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Departamento de história – DH
Disciplina: História Contemporânea II
Docente: Belarmino de Jesus Souza
Discentes: Josinelio Martins S. Ferraz, Daiana Oliveira da S. Sousa, Suzana
Data da apresentação: 26/09/2019
Por virtude dos fatos relacionados acimas, notamos que o poder político e militar
do governo Romanov estavam profundamente abalados, além de demonstrar certa
hostilidade no relacionamento da sociedade civil com o czar, aquele sentimento de
súditos para realeza também em partes sucumbia. Depois dessa manifestação outros
processos se tornaram possíveis, como a criação da Duma (uma espécie de Conselho
consultivo). Essa organização política foi feita sob a pressão do movimento sangrento de
janeiro de 1905. Assim, dentro do manifesto de outubro Nicolau II fala sobre a concessão
de uma Duma que tenha ampla participação, assim como, a introdução das liberdades
civis básicas através da participação da Duma no legislativo. No entanto, houve tamanha
convergência nas ideias entre o Czar e Duma que as primeiras não chegaram a durar
muito. A primeira que não correspondia às políticas governamentais do Imperador, tinha
maioria de deputados do Partido Social Democrata, e suas exigências como o Sufrágio
Universal, libertação dos presos políticos e a Reforma agrária foram logo boicotadas,
gerando a dissolução por Nicolau II. A segunda Duma agiu por pouco tempo, sendo a
partir da primeira divergência com o então czar, foi dissolvida também. A terceira durou,
pois, os membros partindo da primeira e segunda experiência, agiram com cautela nos
embates com o governo principal, caindo nas graças deste. Tanto que em 1912 é eleita
uma quarta Duma com quase maioria dos mesmos membros da anterior (era composta
por 450 deputados, eleitos por mandato com a duração de 4 anos).
OS SOVIETES:
Outro fator que não podemos deixar de citar como fomentadores da do movimento
revolucionário russo, foi a participação da Rússia na Primeira Grande Guerra. A
aprovação da mobilização de agosto e 1914 é um marco dentro das ações político
militares que levará a Rússia aos fenômenos revolucionários. Houve a época
descontentamento dos trabalhadores (as) e posteriormente do próprio exército. As
situações relegadas ao segundo grupo, era de verdadeira calamidade e desânimo. A
Rússia não tinha artigos de guerra (munição) o suficiente para assumir assim uma Grande
Guerra, muito menos comida o suficiente para alimentar os soldados nas trincheiras. A
situação fica tão drásticas que chega a faltar vestimentas básicas como botas para os
soldados. Claro que esses acontecimentos geraram dentro do confronto uma grande
matança do exército russo, calcula-se que mais da metade dos homens que fora a Guerra
(cerca de 31.000 mil) só voltavam do Front cerca de metade. Não é à toa que a
Revolução de Fevereiro trouxe em seu bojo tanto desertores. Do outro lado as mulheres
se viam entrincheiradas em sua casa, os núcleos familiares tanto no campo quanto da
cidade, precisavam do homem para adicionar a renda para família, fenômeno que trouxe
insatisfação geral. As indústrias russas ainda não haviam constituindo-se enquanto
pesadas de fato. A marinha ainda não havia se recuperado das severas perdas ocorridas
na Guerra Russo - japonesa. Não podemos descartar as considerações sobre a
economia, que assim como a Guerra Russo - Japonesa contribuiu para a miséria das
classes trabalhadoras. A participação na Tríplice Entente (Rússia, França e Reino Unido)
causa descontentamento no povo, o Império da Rússia não aceita abandonar os
territórios da Sérvia, sendo um dos motivos de se posicionar para uma Aliança. Ameaçou
as fronteiras dos alemães e dos austríacos, reverberando a plena participação de suas
atividades na Primeira Guerra Mundial.
Nicolau II foi aconselhado por muitos a não participar da Primeira Guerra, ainda
mais pela situação social/econômica precária no país. Outras iniciativas do Imperador,
como a participação na Guerra dentro do Front, liderando o exército dos Russos no
campo de batalha, a fim de suscitar um prestígio que já havia se tornado inacessível,
também se somaram aos motivos de revolução. Nicolau II não foi capaz de perceber o
movimento revolucionário que despontou em Petrogrado. Assim questões domésticas e o
controle da capital ficaram com sua mulher Alexandra, que não tinha autoridade o
suficiente a época e era enxergada com desconfiança. Mais do que enfraquecer-se
militarmente e endividar a Rússia, Nicolau II abriu ainda mais brejas políticas para revoltas
populares. Foi assim que os pedidos da sociedade por “Paz, Pão e Terra” levaram ao
mesmo que com certa espontaneidade, aos primórdios da experiência Revolucionária,
1917.
POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS
Sindicatos:
Comunismo de guerra:
Após vencer a guerra civil com intuito de reerguer a Rússia foi criado o NEP (Nova
política econômica), segundo Lenin seria dar um passo para trás para depois das dois
passos para frente, pois voltava fazer uso de manobras capitalistas para revigorar a
economia e depois restaurar o comunismo, permitiu a volta do comercio e agricultura e
permitiu-se até pequenas propriedades privadas, voltou a circular a moeda e a
contratação de funcionários assalariados, foi criada oficialmente a URSS união republicas
sociais soviéticas.
ASCENSÃO DE STALIN:
Fica evidente a disputa de poder entre Trotsky e Stalin, apesar da preferência de Lênin
assume, Stalin a presidência do partido e consecutivamente a liderança do governo de
forma paulatina, impondo um regime repressivo. As perseguições durante sua ascensão
ao poder, foram exploradas até o último momento, eram perseguidos partidos, membros
que discordam de sua política, a homossexualidade (vista como desvio pequeno
burguês), entre outros. A utilização massiva dos campos de concentração de trabalho
forçada, (o gulag) que foram criados durante o governo czarista, foi utilizado para
“reeducação” principalmente dos presos políticos.
URSS E O MUNDO
Até o fim dos anos 20, portanto, as conquistas políticas da Revolução Soviética é
que eram exaltadas, pois sabia-se, mesmo vagamente, das enormes dificuldades sociais
e, sobretudo, econômicas vividas no país dos sovietes. Stalin impulsionou e desenvolveu
da indústria na Rússia, construiu inúmeras fabricas e indústria de energia, importou
maquinário e ciência, e elevou a Rússia a uma das maiores potencias industriais e
cientifica, melhorando a educação. Jornais comunistas, livros de divulgação e panfletos
alardeavam o progresso material na União Soviética, os textos ressaltavam
particularmente os aspectos materiais da construção do socialismo na Rússia:
surgimento, da noite para o dia, de centenas de cidades e usinas, trabalhos de urbanismo
e construção civil, mecanização da indústria e obras suntuosas. Em cada realização, os
autores citavam enormes cifras sobre o uso do aço, ferro, asfalto, concreto armado e
vidro. Enquanto o Ocidente sofria com a catástrofe econômica iniciada em 1929, o país
dos sovietes ileso. Com o fim da II Guerra Mundial, as imagens e representações sobre o
país dos sovietes redimensionaram-se. A decisiva contribuição do Exército Vermelho na
derrocada da máquina de guerra nazista e o crescimento espetacular do movimento
comunista na Europa, Ásia e América Latina desmentiam os argumentos pessimistas dos
conservadores e da oposição trotskista. A União Soviética encobria antigos referenciais
míticos, simbólicos e imaginários que sustentavam as ideias, os valores e as sensações
daqueles que se definiam como revolucionários.
3 - Declaração do direito dos povos (direito de Estados Nacionais independentes para não
– russos)
7 - Nas palavras de Goldan: ““união livre, emancipação das mulheres através do trabalho
assalariado, socialização do trabalho doméstico e definhamento da família”;
9 - Discriminação da homossexualidade;
Porém, vale ressaltar que os saltos sociais e políticos do Estado Socialistas tem
suas limitações. Primeiro, no que concerne a ditadura do proletariado que é criticada sob
a perspectiva de Rosa Luxemburgo. Segundo a autora no seu livro “Revolução Russa” a
ditadura do proletário não deveria cortar todas as liberdades políticas, principalmente a de
discussão pois era uma possibilidade de formar a classe trabalhadora politicamente. Ela
também dirige crítica, são construtivas ao camarada Lênin. Não o culpando de todo a
práxis que não foi de acordo com a teoria, mas especificando o porquê foi tão complexo
seguir a teoria dada a realidade da Rússia, social sobretudo econômica. Marx e Engels
imaginaram que só um país plenamente desenvolvido nos moldes do modo de produção
capitalista, seria capaz de desenvolver o socialismo. A revolução seria acompanhada pelo
grupo do operariado, mas mais de 80% do país era camponesa. As próprias mudanças e
a estatização das necessidades da população sofreram mudanças. Se a um primeiro
momento o Estado pautou destruição da família em passos lentos, através da
socialização do trabalho doméstico, o cuidado com os órfãos, proibição da adoção
propagandas e campanhas de alfabetização entre outros. A um segundo momento
percebe-se que não se tem suporte econômico o suficiente para sanar essas
necessidades sociais, então a família volta ação, principalmente no governo de Stalin.
Além de outras perseguições como a homossexuais e políticos que não se alinhem aos
pensamentos do partido. Sendo que a teoria marxista se compreende como o comunismo
em âmbito global, o socialismo seria apenas parte de um processo em um país só. Algo
passageiro, pois não é possível sua sustentação nem na teoria, nem nas práxis como
podemos ver. A aplicação do socialismo vai ficar cada vez mais restringida a Rússia,
sendo essa característica clara na ascensão de Stalin e a aplicação do primeiro plano
quinquenal, por último é importante refletir sobre o verdadeiro peso da Revolução de
1917, como fez Carr no seguinte trecho:
“A Revolução Russa de 1917 ficou aquém os objetivos que ela mesma se fixou e
das esperanças que despertou. Sua História está cheia de falhas e é ambígua.
Mas ela tem sido uma fonte de repercussões mais profundas e duradouras, em
todo mundo, do que qualquer outro acontecimento dos tempos modernos. ”
(CARR, 1981. p.172)
REFERÊNCIAS
CARR, E, R. A Revolução Russa de Lenin a Stalin (1917 – 1929). Rio de janeiro: Zahar
ediçores,1981
FREITAS, Caio. A Revolução Russa. Rio de Janeiro: Bloch Editorês S.A .1967
GOLDMAN, W. Mulher, Estado e Revolução: política familiar e vida social soviéticas
(1917-1936). São Paulo: Boitempo, 2014
LUXEMBURG, R. A Revolução Russa. Petrópolis, RJ: Vozes. (Clássicos do
pensamento político) v.29, 1991
MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
1999.
MARX, K.; ENGELS, F.; LLITCH, L. Manifesto do Partido Comunista; Teses de Abril. São
Paulo: Boitempo, 2017.
SCHNEIDER, G. U. (org.) A revolução das mulheres: emancipação feminina na Rússia
soviética: artigos, atas panfletos, ensaios. São Paulo, Boitempo, 2017.
REED, J. Os dez dias que abalaram o mundo. São Paulo, Brasil: Círculo do Livro S.A.
1919.
LENIN, V. L. Lenin e a Revolução de outubro: Textos escritos no calor da hora (1917
-1923). São Paulo: Expressão popular, 2017.