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Administração e Planejamento

em Serviço Social
Unidade II

Planejamento,
Participação e
Mobilização Social
Introdução
Olá, estudante! Esta seção tratará de temas muito interessantes, em
que abordaremos pontos importantíssimos da administração e do
planejamento no serviço social. Temas relacionados e considerados
direcionadores de ações sociais.

Veremos o processo de participação e mobilização social, que consiste


na base fundamentadora de ações sociais, de forma abrangente e com
distribuição ampla e democrática. Nesse sentido, visualizaremos os
planejamentos alinhados à concepção participativa e de mobilização no
atendimento às demandas sociais.

Além disso, teremos a oportunidade de entender integralmente, seja


prática ou conceitualmente, diferenciar e analisar o que é um plano, um
programa e um projeto social. Cada um com suas características,
conceitos, aplicações e avaliações.

Teremos muitas novidades e atrativos neste material. Esperamos que


goste e aproveite este momento de aprendizagem! Tenha uma
excelente leitura!

A Participação como Estratégia de


Planejamento Social
A organização de uma sociedade ocorre quando os direitos civis, sociais
e políticos são adquiridos por seus cidadãos. Assim, as chances de
conquistas como educação, segurança, saúde, habitação e renda serão
maiores. Nesse sentido, a participação na vida política pode criar
alicerces mais sólidos para a conquista popular.

Podemos, desse modo, relacionar a conquistas de direitos, com a


mobilização social, que tem os mesmos objetivos da sociedade
organizada, com a inclusão dos indivíduos de diversas áreas e
segmentos na vida civil, social e política de uma região. Portanto, ao
tratarmos de participação e conquistas da população, a ferramenta
fundamental ao alcance é a mobilização. Segundo Alves (2004, p. 58), “a
mobilização é a ação inicial de um processo participativo, o primeiro
passo de toda ação essencialmente política e coletiva, é o despertar
para uma tomada de posição no contexto social”.
PENSE NISSO

Mobilize para mobilizar!


“Toda mobilização é mobilização para alguma coisa, para alcançar
um objetivo pré-de nido, um propósito comum, por isso é um ato
de razão. Pressupõe uma convicção coletiva da relevância, um
sentido de público, daquilo que convém a todos”.

Fonte: Toro e Werneck (2007, p. 4).

Tratando do contexto social, a mobilização tem um papel motivador


para a participação, criação e a busca de alterar o cenário social e
econômico de regiões. Além disso, proporciona maior sensibilidade e
um olhar mais amplo das demandas sociais locais, com maior
conscientização e efetividade. Ou seja, a mobilização corresponde à
ação de inserção, de participação e de engajamento acerca da situação
local, com objetivo e interesses comuns (ABREU; CARDOSO, 2009).

Para que a mobilização seja útil a uma sociedade ela


tem que estar orientada para a construção de um
projeto de futuro. Se o seu propósito é passageiro,
converte-se em um evento, uma campanha e não em
um processo de mobilização. A mobilização requer uma
dedicação contínua e produz resultados
quotidianamente (TORO; WERNECK, 2007, p. 11).
Assim, a mobilização caracteriza-se como uma ação e participação
contínua dos próprios alvos de políticas públicas sociais, na busca por
melhorias do seu entorno e de sua localidade. É a sugestão de mudança
na ação política, por meio da criação de redes de comunicação dos
indivíduos, instituições e organizações públicas ou privadas em prol do
mesmo objetivo (DURIGUETTO; BALDI, 2012).

Um dos pilares da mobilização é o desenvolvimento de planos para


bene ciar uma localidade, contemplando as necessidades e desejos.
Assim, proporciona a oportunidade de aproximação do cidadão local
das decisões do seu próprio território. A mobilização propõe a abertura
de diálogos amplos e diretos (BROSE, 2001).

Existem algumas metodologias e técnicas para a efetivação da


mobilização social, justamente para facilitar todo o processo de
formatação, entendimento do contexto local, das demandas e da
execução. Nesse processo de mobilização social, deverão ser
consideradas as organizações existentes na localidade (étnica, cultural,
educacional, política e etária), buscando envolvê-las integralmente, para
que o plano seja desenvolvido em conjunto. O mais importante é ter,
claramente, a premissa participativa e objetivos comuns (DAL MORO;
MARQUES, 2011).

Portanto, para a ocorrência da mobilização social, é necessária a


participação e um planejamento participativo, para o alcance das metas
e dos objetivos propostos.

O planejamento participativo caracteriza-se como um processo político


integral e contínuo, com o olhar no alcance dos objetivos coletivos de
uma localidade e que tenha a abrangência participativa de boa parte
dos indivíduos que vivem no local. Ou seja, deve ser um processo
político alinhado em prol da maioria e que promova transformações nas
estruturas locais (ABREU, 2002).

Assim, é necessário que, além da participação, coordenação,


mobilização e organização incluam-se princípios técnicos, para delinear
e arquitetar o planejamento, ou seja, um arcabouço de ferramentas
técnicas em conjunto e a serviço da participação da maioria nas
decisões (TORO; WERNECK, 2007).

Como a participação e a mobilização são fundamentais e partes


essenciais do planejamento, foram desenvolvidos alguns critérios,
argumentos e instrumentos para e ciência do planejamento
participativo (TEIXEIRA, 2009):

1) Inicia-se o planejamento com a participação declarada da


população local, ou seja, com credibilidade, legitimidade e objetivo
de nido e correspondente com a necessidade da localidade.
2) A fase de pesquisa e identi cação deverá contar com a
participação da comunidade, de técnicos e líderes; assim, a
apresentação dos dados será a mais verdadeira possível,
permitindo análises quantitativas e qualitativas.
3) Necessita-se de um momento pedagógico com a comunidade
local, na promoção da sensibilização e conscientização da
realidade, buscando alternativas criativas para a resolução dos
problemas.
4) O planejamento participativo promoverá um produto
caracterizado por metas reais e de alcance palpável.
5) É fundamental a aparência e a visibilidade das raízes populares
no planejamento.
6) Os possíveis con itos locais serão caracterizados como
ferramentas para o plano, com a promoção de diálogos, debates,
negociação, pactos e coalizões, que poderão fomentar visões mais
pluralistas e democráticas.
7) A participação e a mobilização nos planejamentos sociais
permitirão continuidade, deixando para trás a mística de que
quando ocorre mudança de governo, os planos são abandonados
ou descartados.
8) O poder uniforme e participativo promove a motivação na
população local, com a previsão de alcance de objetivos e metas
mais claros e palpáveis.
9) A participação promove o senso de responsabilidade para os
indivíduos muito intensamente; assim, terão mais fomento para o
acompanhamento, a scalização, o assessoramento e o controle
dos planos.
Os mecanismos enumerados propõem uma assertividade maior no
planejamento participativo. Porém, existem alguns riscos envolvidos
nesse processo, principalmente tratando de equívocos praticados.
Observe o quadro a seguir:

RISCO CARACTERÍSTICA

Órgãos que desenvolvem os planejamentos


Manipulação da
apresentam informações não reais sobre a
comunidade
ação a ser desenvolvida.

Apresentação, principalmente
Distorção de quantitativa, de características das
necessidades necessidades da localidade de forma
distorcida.

A participação não efetiva dos membros de


Aparência
diversos setores envolvidos,
participativa
principalmente dos que vivem no local.

Uma adesão dos participantes de forma


Adesão acrítica muito amistosa e não crítica do contexto
local.

Quadro 2.1 - Riscos que envolvem o planejamento participativo


Fonte: Adaptado de Toro e Werneck (2007).

Além das características de um planejamento participativo e dos


possíveis riscos envolventes, necessita-se do entendimento dos
aspectos metodológicos a serem desenvolvidos e aplicados em um
plano participativo.

Como qualquer planejamento, é necessária a criação de passos a serem


seguidos e desenvolvidos. Porém, em um plano participativo, a efetiva
participação, ativa, ampla e consciente da população local é
fundamental, pois assim poderão ter mais ideias próximas da realidade,
e o alcance de objetivos comuns será mais possível (CARVALHO,
1999).
Figura 2.1 - Participação em
projetos sociais
Fonte: Cathy Yeulet / 123RF.

Assim, os passos principais em um planejamento participativo são:


organização, sensibilização, conscientização e motivação. O primeiro, a
organização, trata-se de uma estruturação do ambiente local de
maneira alinhada e coerente, ou seja, a organização das pessoas, dos
objetivos, das premissas, das necessidades e do ambiente que será
observado. São diversas as formas de organização: o engajamento, as
comissões, as responsabilidades, os grupos, as tarefas. En m, o fator
organização deverá estar sempre presente (DURIGUETTO; BALDI,
2012).

O segundo, a sensibilização, é uma forma de apresentação clara e visível


das necessidades locais e da importância da participação de todos. É
uma comunicação afetiva e efetiva, de maneira abrangente, quantitativa
e qualitativa (ALVES, 2004).

O terceiro elemento, a conscientização, é veri cado como aquele que


"permite aos indivíduos ter uma clara consciência da realidade em que
vivem, desenvolvendo um sentimento de crítica, destinado a melhorá-la
com sua participação" (GUERRA, 2010, p. 41). Trata-se de uma
abrangência e percepção maiores da realidade na qual estão inseridos,
gerando uma visão mais macro e crítica, de observação mais profunda
das causas e consequências da realidade local (GUERRA, 2010).

O quarto elemento, a motivação, origina-se justamente pela


interpretação da realidade e faz orescer um desejo comum em alterar
a situação e alcançar novas realidades e possibilidades. A motivação
gera a mobilização e a consequente participação (DAL MORO;
MARQUES, 2011).

Estruturação e Planejamento de um
Processo de Mobilização Social
Para iniciar o planejamento de uma mobilização social, é fundamental a
apresentação de seu propósito, que está intimamente relacionado à
qualidade da participação que ocorrerá na ação. Nesse sentido, o
propósito necessitará se expressar de maneira atrativa, que aguce a
convocação social e sentimento e a nalidade da mobilização, tocando a
emoção, a paixão das pessoas (TORO, WERNECK, 2007).

Para tanto, é imprescindível que o propósito re ita um consenso


coletivo, ou seja, a construção de um interesse compartilhado, que não
seja um acordo em que os indivíduos neguem suas diferenças, mas
sejam preservadas e respeitadas. “As pessoas não estão
necessariamente de acordo entre si, mas de acordo com alguma coisa,
com uma ideia, que é colocada acima de suas divergências. Ele é a
expressão de um exercício de convivência democrática” (BAPTISTA,
2007, p. 49).

Assim, a mobilização social não pode ser considerada a viabilização de


sonhos individuais, mas, sim, coletivos.

Nesse processo de iniciação da mobilização social, é importante o papel


de atores determinados a iniciarem um movimento no sentido de
desenvolver uma ação e dispõem de esforços para alcançá-la
(BAPTISTA, 2007).
Os papéis a serem protagonizados são desempenhados por grupos de
interesse comuns. Podemos iniciar com o Produtor Social, que é “uma
pessoa ou instituição que tem a capacidade de criar condições
econômicas, institucionais, técnicas e pro ssionais para que um
processo de mobilização ocorra” (TORO, WERNECK, 2007, p. 51).

O Produtor Social é responsável por viabilizar o


movimento, por conduzir as negociações que vão lhe
dar legitimidade política e social O Produtor Social tem
a intenção de transformar a realidade, tem certos
propósitos de mudança e se dispõe a apresentar e
compartilhar esses propósitos com as outras pessoas,
que vão ajudá-lo a explicitá-los, ampliá-los e, é claro, a
alcançá-los. Para isto ele precisa ter uma certa
legitimidade, seja própria, seja conferida por alguém ou
por algum princípio, senão é difícil que ele consiga a
credibilidade necessária no primeiro momento. Ao
longo do processo esta legitimidade vai crescer ou
diminuir, re etindo a qualidade da sua gestão do
processo (TORO; WERNECK, 2007, p. 51).

Dentre as principais ações/funções do produtor social destacam-se as


seguintes:

● acreditar nas pessoas que estão envolvidas no


planejamento;
● acreditar na democracia e na coletividade como
impulsionadoras de motivação e criatividade;
● ter capacidade de interpretação da realidade social;
● ter capacidade de orientação e de comunicação;
● ter proximidade com os conceitos de democracia,
cidadania, público e participação;
● ter sensibilidade e tolerância.

Veri cado o papel do produtor social, veremos, agora, o do reeditor


social, caracterizado pela potencialidade de promover circunstâncias e
propósitos e que possua credibilidade e legitimidade com seu público:
capacidade de transformar, introduzir e criar sentidos, contribuindo
para modi car as formas de pensar, de sentir e de atuar. Podemos citar
como exemplos de reeditores os educadores e um líder comunitário
(TORO, WERNECK, 2007).

O reeditor também não pode ser considerado multiplicador ou


militante tradicional, pois não replica simplesmente informações, mas
interpreta e adapta a sua realidade local. Além disso, utiliza valores e
experiências centralizadas nos diagnósticos e percepções de uma
localidade. Portanto, o reeditor avigora a democracia e a cidadania de
uma sociedade (BROSE, 2001).

Nesse contexto,

O Produtor tem a intenção de convocar os reeditores a


produzirem modi cações em seu campo de atuação.
Por isso a mobilização requer que as mensagens sejam
editadas, quer dizer, que se convertam em formas,
objetos, símbolos e signos adequados ao campo de
atuação do reeditor para que ele possa usá-los,
decodi cá-los, recodi cá-los segundo sua própria
percepção (TORO; WERNECK, 2007, p. 53).  

Surge, desse modo, a gura do editor, considerado a pessoa ou


instituição que desenvolve a comunicação. O sucesso de uma
mobilização dependerá da maneira como a comunicação ocorrerá, pois
é evidente a particularidade dos envolvidos, principalmente dos
reeditores. Assim, é fundamental uma convergência e pluralidade entre
os atores no processo de mobilização (BROSE, 2001).

Observadas as características e as funções dos atores no processo de


mobilização, é plausível que veri quemos o campo de atuação, já que a
disposição da participação do processo de mudança é ampla e
signi cativa. Nesse sentido, segundo Oliveira (2013, p. 385), para que
as pessoas se disponham a participar e descubram sua forma de
contribuir, é preciso que:

Disponibilizem informações claras sobre os objetivos,


as metas, a situação atual e as prioridades da
mobilização a cada momento;
Tenham segurança quanto ao reconhecimento,
valorização e respeito à sua forma de ser e de pensar;
Sintam a con ança dos outros participantes quanto à
sua capacidade e possibilidade de contribuir para o
alcance dos objetivos.

Para que isso ocorra, o planejamento de mobilização deverá fornecer:

Compreensões adequadas ao campo de atuação de


cada participante: explicações sólidas sobre os
problemas a resolver, situações a criar ou modi car,
sentido e nalidade das decisões a tomar e das ações a
seguir em seu campo diário de trabalho.
Indicações das decisões e ações que estão ao alcance
das pessoas dentro de seu campo de atuação e
trabalho e a explicação de como e por que contribuem
ao propósito buscado (OLIVEIRA, 2013, p. 387).

Assim, para que haja efetividade no processo de mobilização, é


necessário que os produtores sociais conheçam com profundidade o
campo de atuação e os papéis de todos os pro ssionais e atores que
podem participar da mobilização, e, em síntese, as propostas de atuação
sejam claras e realistas, pautadas pelo respeito e pelos limites de cada
participante, motivadoras, estimulantes e contribuam para que os
objetivos sejam alcançados (TORO; WERNECK, 2007).

Por m, no processo de mobilização deverá estar implícita a


coletivização, que se caracteriza como um “sentimento e a certeza de
que aquilo que eu faço, no meu campo de atuação, está sendo feito por
outros, da minha mesma categoria, com os mesmos propósitos e
sentidos. É ela que dá estabilidade a um processo de mobilização social”
(TORO; WERNECK, 2007, p. 55).

Nesse contexto, a comunicação torna-se uma ferramenta


importantíssima no processo de coletivização. Além disso, o alcance da
coletivização pode ocorrer por meio da circulação de informações. Ou
seja, para que haja uma mobilização com sucesso, é necessário que
todos os participantes tenham um comportamento comunicativo,
interesse e disposição para consumir e fornecer informações (BROSE,
2001).

A Racionalidade do Planejamento
Estudamos a importância e o signi cado da palavra administração,
oriunda do latim ad (direção para, tendência para) e minister
(subordinação e obediência), que signi ca a realização de uma função
ou de uma tarefa sob o comando de outro, ou seja, a prestação de um
serviço para alguém.

No Serviço Social, a administração também contribui para a gestão da


ação pro ssional e está relacionada ao planejamento, à organização, à
liderança e ao controle dos recursos disponíveis em uma organização
na busca por resultados propostos, tendo “a função de gerir e alcançar
objetivos por meio das pessoas, de maneira e ciente e e caz”
(MAXIMIANO, 2012, p. 19).

O planejamento social deve ser pensado como um instrumento que


contribui para o fazer pro ssional do/a Assistente Social, desde que as
dimensões da pro ssão possam estar inseridas no seu conteúdo.

Como um instrumento importante, que exige uma sequência lógica de


ações que podem ser desenvolvidas para o cumprimento de atividades,
o planejamento, segundo Baptista (2007),

[...] refere-se, ao mesmo tempo, à seleção das


atividades necessárias para atender questões
determinadas e à otimização do seu inter-
relacionamento, levando em conta os condicionantes
impostos a cada caso; diz respeito, também, à decisão
sobre os caminhos a serem percorridos pela ação e às
providências necessárias à sua adoção, ao
acompanhamento da execução, ao controle, à
avaliação e à rede nição da ação (BAPTISTA, 2007,
p.14).
Sendo assim, para um bom êxito na execução das suas atividades, é
importante que o pro ssional do Serviço Social utilize uma lógica que
compreenda a relevância da sua ação e, com isso, fortaleça a
racionalidade no planejamento.

No que diz respeito às dimensões essenciais da pro ssão, o Assistente


Social busca, por meio da dimensão teórico-metodológica, uma
formação capaz de proporcionar uma ação quali cada para conhecer e
reconhecer a realidade social, a conjuntura política e econômica onde
está inserido e realiza a sua função. Para que isso aconteça de fato, são
essenciais uma metodologia e uma teoria que possam contribuir para o
pro ssional no sentido de proporcionar o entendimento da realidade
ora apresentada.

Por outro lado, o assistente social precisa, também, seguir o que prega a
dimensão ético-política quando for executar a sua ação, especialmente
no que diz respeito ao seu posicionamento, que não deve ser pautado
na neutralidade, frente às relações de poder que a sociedade capitalista
apresenta, de forma contraditória.

Atendendo às dimensões propostas pela pro ssão, espera-se que o


assistente social contribua de forma racional com a sociedade,
elaborando, executando e participando de ações que tenham, em seu
planejamento, interligações e proposições voltadas a sua racionalidade
e intenção. Compreendendo o planejamento como um dos
instrumentos utilizados pelo Serviço Social, o pro ssional deve agir
conforme a dimensão técnico-operativa, demostrando conhecimento e
apropriação com a realidade apresentada.

Segundo Freitas (2015, p 47),

[...] o planejamento vem sendo de nido


conceitualmente, nas mais diversas áreas do
conhecimento, como a habilidade de racionalizar e
estabelecer objetivos, alternativas, estratégias, metas e
evitar “riscos”, no contexto organizacional e
administrativo de uma sociedade, setor, ou atividade.

Compreendendo essa importância, observamos que, no caso do Serviço


Social, o planejamento deve ser elaborado de forma intencional, com o
objetivo de compreender a lógica da racionalidade, principalmente no
que se refere às operações de “re exão-decisão-ação-retomada da
re exão”, conforme orienta (BAPTISTA apud FERREIRA, 2007, p. 15-
16),

a) de re exão – que diz respeito ao conhecimento de


dados, à análise e estudo de alternativas, à superação e
reconstrução de conceitos e técnicas de diversas
disciplinas relacionadas com a explicação e
quanti cação dos fatos sociais, e outros;
b) de decisão – que se refere à escolha de alternativas, à
determinação de meios, à de nição de prazos, etc.;
c) de ação – relacionada à execução as decisões. É o
foco central do planejamento. Orienta-se por
momentos que a antecedem e é subsidiada pelas
escolhas efetivadas na operação anterior, quanto aos
necessários processos de organização;
d) de retomada da re exão – operação de crítica dos
processos e dos efeitos da ação planejada, com vistas
ao embasamento do planejamento de ações
posteriores.

Percebe-se que, no planejamento, as ações precisam ser re etidas com


base em uma realidade vivenciada, para que as decisões possam ser
pautadas no atendimento necessário e, ainda, devem ser executadas
conforme proposto como situação-problema, orientada por situações
re etidas no cotidiano. Nesse sentido, o assistente social precisa
pautar-se nos instrumentais especí cos da pro ssão, buscando, com
isso, executar a prática pro ssional de forma ética, prezando a e cácia e
efetividade de tais instrumentos.

O planejamento, partindo do olhar lógico e racional, aborda contextos


cotidianos e de atendimento às necessidades individuais e coletivas.
Pelo aspecto da lógica, ocorre pela própria dinâmica situacional que
convivemos; já pelo aspecto racional, baseia-se nas decisões
fundamentadas por conhecimentos vividos. Ou seja, pela naturalidade
das ações das pessoas no contexto social (BAPTISTA, 2007).
Assim, o processo lógico e racional de planejamento se organiza em
operações complexas e interdependentes. Inicia-se pela re exão, que
corresponde à análise da situação, de dados e das técnicas e
explicações do contexto. Em seguida, ocorre a operação de decisão, que
corresponde à de nição das alternativas e dos prazos dos caminhos a
serem seguidos. Depois, há a ação, que corresponde à execução e à
prática das decisões. E, por m, a retomada da re exão, que
corresponde à operação crítica e avaliadora do planejamento (CURY,
2001).

As operações ocorrem de forma lógica, racional e interdependente,


como veri cado na imagem a seguir:

Figura 2.2 - Planejamento racional


Fonte: Adaptada de Baptista (2007).

Podemos observar que o planejamento racional é constituído de


fatores técnicos e políticos. Técnico, pelo fato de que implica uma ação
racional, e político, por envolver diversas forças e de interesses nas
tomadas de decisões. Sobre o olhar político do planejamento:
[...] a dimensão política decorre do fato de ser o
planejamento um processo contínuo de tomada de
decisões, na busca de caminhos, sobre o que fazer, por
que é para que fazer, onde fazer e quando fazer, que
pela área governamental, quer pela área privada
(BAPTISTA, 2007, p. 49).

A dimensão política trabalha com outra operacionalização, também


interdependente, porém com atos diferentes: o equacionamento, que
corresponde à gama de informações relevantes para a tomada de
decisões, ou seja, a veri cação contextual analisada; em seguida, a
operação de decisão, que corresponde às escolhas do processo de
planejamento; depois, a operacionalização, que corresponde ao
detalhamento das atividades que serão desenvolvidas e implementadas
e naliza com a operação de ação, que corresponde à transformação em
realidade do planejado (OLIVEIRA, 2013).

Assim, podemos veri car que não há neutralidade na realização do


planejamento por instrumentos técnicos e políticos. Portanto, nota-se a
relevância de uma equipe técnica na elaboração das ações sociais pela
crença e prioridade pelo reconhecimento e pela defesa de interesses
coletivos.

Nesse sentido, o planejador tem a função de fornecer opções e


posições no âmbito das relações sociais:

“[...] isto está relacionado à visão de mundo de cada


pessoa e à fonte onde busca seus fundamentos no
contexto das grandes correntes teórico-metodológicas.
[...] se sua perspectiva da realidade se faz a partir de um
ângulo conservador, o planejador vai percebê-la
enquanto fato social objetivo, tomando o dado como o
limite da re exão. [...] nessa perspectiva não é levado
em consideração que a estrutura das classes sociais
naquele momento histórico é determinada pelas
relações econômico-sociais que são estabelecidas no
jogo de forças em presença na sociedade” (BAPTISTA,
2002, p. 20).
Portanto, é preciso que o planejador tenha uma visão ampla do cenário
e do contexto social nos quais a ação está inserida, com percepções
genéricas, que podem in uenciar o objeto do planejamento. Passa a
entender o ambiente pontualmente, de maneira plural e universal
(BAPTISTA, 2002).

O Planejamento Social como Processo-


Técnico Político de Intervenção
O envolvimento entre os seres humanos faz com que ocorra uma
socialização, no sentido de compartilhamento de informações, saberes,
práticas e ações capazes de oportunizar o aprendizado e promover a
melhoria da convivência na sociedade. Podemos dizer que, quando
ocorrem algumas coalizões nessas práticas, ocorre, também, ligação de
sentimentos, ideologias e, também, de projetos coletivos, que podem
ser con gurados como “projetos societários”.

Com relação ao Serviço Social, enquanto pro ssão pautada na luta por
direitos e que tem a sua história voltada para a ruptura de ações que
contribuíam com o sistema capitalista, a maioria dos assistentes sociais
buscou, coletivamente, desmisti car a ideia de que o Serviço Social
servia apenas para ajudar as pessoas. enfatizando a imagem de uma
pro ssão caritativa e que tinha um viés de benevolência. Isso contribuiu
bastante para a elaboração do projeto societário.

Após muitas lutas e discussões sobre a importância da garantia e


efetivação dos direitos sociais, o Serviço Social conseguiu se posicionar
na sociedade, por meio do seu projeto ético-político que tem como
contribuição essencial de execução o Código de Ética Pro ssional
(CEP), cuja primeira versão foi elaborada no ano de 1948. As edições
foram revistas, após as diversas lutas da categoria e, ampliadas para o
atendimento de diversos segmentos da sociedade. A versão mais atual
é a do ano de 1993.

Segundo Gandin (2008, p. 16) o Planejamento é “um processo cientí co


de intervenção na realidade”, e, por isso, entendemos que é necessário
um estudo da realidade vivida, buscando uma ação planejada, de modo
processual, e que intervenha naquilo que se apresenta como fator de
acomodação.

O planejamento social enquanto intervenção do assistente social,


pautado no projeto ético-político da pro ssão, pode-se informar que “a
dimensão política do planejamento decorre do fato de que ele é um
processo contínuo de tomada de decisões inscritas nas relações de
poder, o que caracteriza ou envolve uma ação política” (BAPTISTA,
2007, p. 17).

Porém, vale destacar que, enquanto instrumento que exige um rigor


técnico-metodológico na sua aplicabilidade, o planejamento social
requer pro ssionais da área que contribuam para que a função seja
executada com qualidade.

Para tanto, cabe aos assistentes sociais empregarem as dimensões da


pro ssão na busca por uma elaboração e execução desse instrumento,
compreendendo o diagnóstico social que deve ser realizado com
antecedência, seguindo as orientações previstas no Código de Ética
Pro ssional e na Lei de Regulamentação da Pro ssão, e não considerá-
lo um instrumento tecnocrata e burocrático exigido pelos órgãos
governamentais ou não governamentais.

Em síntese, o planejamento social é considerado uma ferramenta para


conhecer, interpretar e reconhecer o cenário real de uma localidade e,
consequentemente, fomentar a intervenção social com qualidade,
buscando alcançar o bem comum. Nesse sentido, o planejamento social
é, claramente, um processo dinâmico e perene, com movimentos e
sentidos ordenados de re exão-decisão-ação (BAPTISTA, 2007).
Atos e
fases do
planejamento

123rf.

Um planejamento social abrange 13 fases e três atos apresentados


desta forma:

As fases da 1ª a 5ª correspondem à re exão; as fases de 6ª a 8ª


correspondem à decisão e as fases de 9ª a 13ª correspondem à ação,
como observado no infográ co (OLIVEIRA, 2013).

Detalhando as fases de um planejamento social, iniciamos com a


(re)construção do objeto, ou seja, a primeira fase de um entendimento
do cenário da realidade local, um olhar mais detalhado e aprofundado.
Nesse sentido, é muito importante perceber a conjuntura do local e as
relações, as ações e os conhecimentos presentes (OLIVEIRA, 2013).

Já o estudo da situação, segundo Baptista (2007), corresponde ao


processo interpretativo do contexto, ou seja, as informações relevantes
e compreendidas do cenário que são os alicerces para a tomada de
decisões.

Con guração do marco de situações ou de


antecedentes, acompanhada de análise compreensiva
e explicativa de suas determinações; a Identi cação
sistemática e contínua das áreas críticas e de
necessidades, a que se pode acrescentar, ainda, de
oportunidade e de ameaças; a Determinação de
elementos que permitam justi car a ação sobre o
objeto; o Estabelecimento de prioridades; a Análise dos
instrumentos e técnicas que podem ser operados na
ação; a Identi cação de alternativas de intervenção
(MATTELART apud BATISTA, 2007, p. 41).

Assim, o estudo da situação é uma fase re exiva, explicativa e


compreensiva da realidade demandada de ações sociais.

A de nição de referenciais teórico-práticos corresponde ao


entendimento da natureza do objeto. Tem o interesse de analisar a
realidade planejada, ou seja, qual caminho será percorrido e suas
dimensões culturais, socioeconômicas e políticas (BAPTISTA, 2007).

Já o desenvolvimento de hipóteses preliminares corresponde à busca


por pressupostos e possíveis resultados do planejamento social. Em
seguida, há a coleta de dados, que efetivamente corresponde à coleta
de informações predeterminadas na construção metodológica e
baseada na busca do alcance dos objetivos propostos (OLIVEIRA,
2013).

A fase de organização e análise corresponde ao aprofundamento da


observação, já que é um momento analítico e sistemático. Em seguida, a
de nição de objetivos e metas, que corresponde ao ponto fundamental
do plano, ou seja, aonde este deverá chegar. Assim, tem-se um
posicionamento claro e uma orientação pontual para seu alcance
(BAPTISTA, 2007).

A plani cação corresponde à fase de interpretação das decisões, “é


instrumento que está mais próximo da execução, sendo assim faz-se o
detalhamento das atividades que serão desenvolvidas estabelecendo-
se os prazos e especi cando os recursos que serão utilizados”
(OLIVEIRA, 2013, p. 21).

Posteriormente, segue-se a implementação, que corresponde à


viabilização e à aplicação efetiva do plano. Compreende a coordenação
e a integração de todas as áreas do planejamento de um processo. Já a
implantação e execução são a prática das ações que já foram planejadas,
orientadas e avaliadas, ou seja, a execução (BAPTISTA, 2007).

Por m, o controle promove a veri cação da efetividade e do impacto


que sua ação e decisão tiveram sobre as outras etapas do processo, e o
controle é o instrumento que veri ca o que já foi previsto e o que está
acontecendo (OLIVEIRA, 2013).

O planejamento é realizado por um processo de aproximações cuja


centralidade está no objetivo da intervenção social. Tais aproximações
“consubstanciam o método e ocorrem em todos os tipos e níveis de
planejamento. Ainda que submetidas ao movimento mais amplo da
sociedade, o seu conteúdo especí co irá depender da estrutura e das
circunstâncias particulares de cada situação” (BAPTISTA, 2002, p. 28).

Nesse contexto, é preciso reconhecer a real necessidade de uma ação


social fundamentada no cenário complexo, perante questões
relacionadas a pressões especí cas. Essas questões estão relacionadas,
necessariamente, segundo Baptista (2002, p. 29):

Necessidades da utilização de recursos escassos para


atender a alta demanda;
Necessidade de aplicação dos recursos excedentes;
Disponibilidade de recursos de agências de
nanciamento;
Transferência do poder decisório para novas lideranças;
Necessidade de fundamentar novos programas.

Portanto, ainda que o planejamento possa resultar desses fatores


citados, a tendência é que os planos sejam dotados de uma ação
organizada como política contínua de intervenção social.  

Assim, é imprescindível que os pro ssionais de serviço social busquem


profundidade no conhecimento sobre métodos que fomentam os
processos de planejamento social. O pro ssional terá de enviesar suas
ações no planejamento participativo, por ter a premissas de
horizontalizar os processos e considerar que os indivíduos possuem
potencialidade de interferência e de participação (ARMANI, 2004).
Nesse sentido, é possível fomentar o reconhecimento, por parte do
planejador social, da realidade da localidade demandada e da
importância dos sujeitos políticos envolvidos no processo, como
ferramenta no enfrentamento da burocratização dos planejamentos.

Construção e Reconstrução do Objeto


Por ser uma das pro ssões que lidam diretamente com a relação
Capital x Trabalho, o Serviço Social, no Brasil, remonta ao início do
século 20, período em que a Igreja Católica ocupou grande espaço nas
discussões políticas voltadas ao Capital, em razão de o sistema vigente
estar, de certa forma, retirando as pessoas do âmbito religioso e a Igreja
se utilizou dessa estratégia para que sua congregação fosse mais
fortalecida.

Com o passar dos anos, o Serviço Social rompeu com algumas práticas
conservadoras existentes desde sua origem e passou a encarar a
questão social como um conjunto de situações desiguais em que vivem
a maioria das pessoas, de nindo-a como seu objeto de estudo, por
diversos estudiosos da área.

A questão social surge das necessidades expostas pelas pessoas que


estão à margem da sociedade imposta pelo sistema capitalista, que
exclui e exige demasiadamente, de cada cidadão: a mão de obra, a
atenção e até a dignidade enquanto ser humano.

Por ser considerada objeto de intervenção do Serviço Social, a questão


social pode ser construída e reconstruída conforme a realidade
apresentada e, para tanto, é necessário compreender que,

[...] os assistentes sociais trabalham com a questão


social nas suas mais variadas expressões quotidianas,
tais como os indivíduos as experimentam no trabalho,
na família, na área habitacional, na saúde, na
assistência social pública, etc. Questão social que
sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver
sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resiste,
se opõem. É nesta tensão entre produção da
desigualdade e produção da rebeldia e da resistência,
que trabalham os assistentes sociais, situados nesse
terreno movido por interesses sociais distintos, aos
quais não é possível abstrair ou deles fugir porque
tecem a vida em sociedade (IANAMOTO, 2011, p. 28).

Uma das formas de intervenção pro ssional nas expressões da questão


social é apresentada como instrumental teórico-prático, por meio da
elaboração e da execução de planejamentos no processo de
atendimento a essa demanda.

É justamente elaborando e executando um planejamento social que o


assistente social pode contribuir para a mudança na sociedade,
utilizando-se de processos racionais e instituindo ações, como: o que
fazer, como e quando fazer e com quais recursos fazer as atividades
necessárias para a transformação social, baseando-se sempre nas
dimensões da pro ssão e no projeto ético-político.

Estudo da Situação
As relações que construímos na sociedade são reproduzidas conforme
as condições relacionadas com as práticas política, ideológica e
comportamental que temos perante as pessoas à nossa volta.

No ambiente pro ssional onde o Assistente Social atua, pode-se dizer


que as relações são construídas segundo o objeto de intervenção da
pro ssão, ou seja, a questão social. E é por tais expressões que
podemos inferir que o Serviço Social se situa no processo de
reprodução das relações sociais.

Considerando o planejamento social um dos instrumentos de trabalho


do assistente social, vale destacar que contribui para a redução das
desigualdades sociais, por ser, também, tido como um exercício de
cidadania, no qual diversos atores sociais estão envolvidos. Para que o
planejamento social possa ser elaborado de forma que estimulem as
pessoas a tomarem consciência sobre a importância do seu papel
enquanto protagonistas sociais, é necessário que haja um estudo
situacional sobre a realidade. Esse estudo consiste justamente na
di culdade de equacionar a oferta organizada de serviços, baseada em
uma análise técnica da situação de um determinado território ou de
uma determinada população. É necessário que se tenha um estudo
aprofundado das demandas apresentadas pela população, para que
haja a compreensão por parte do pro ssional na elaboração do
planejamento social.

O estudo da situação exige, do pro ssional, a operação de re exão, “diz


respeito ao conhecimento de dados, à análise e estudo de alternativas,
à adaptação e combinação de conceitos e técnicas de diversas
disciplinas relacionadas com a quanti cação dos fatos sociais”
(BAPTISTA, 2007, p. 15). Portanto, é o resultado de um processo de
coleta, de tratamento e de análise dos dados colhidos no local onde se
deseja realizar determinada mudança, ou seja, nos espaços
socioassistenciais ocupados pelos assistentes sociais.

Entendendo dessa forma, podemos dizer que o estudo da situação é um


passo importante para o planejamento social e uma habilidade que o
pro ssional do Serviço Social deve buscar desenvolver, visto que é um
instrumento que requer início, meio e m e visa contribuir de forma
mais lógica e organizada para o funcionamento efetivo da população
atendida. Para isso, é necessário haver compromisso, atitude, empenho
e desejo da localidade atendida.

Planos, Programas e Projetos


Faremos, agora, uma ampla abordagem sobre planos, programas e
projetos, desde a conceituação à análise. Ou seja, veri caremos o
processo de idealização, ação e avaliação.

Planos
Podemos dizer que o plano registra o resultado do planejamento.
Segundo Keeling (2002, p. 99), “no plano são sistematizados e
compatibilizados os objetivos e metas, procurando aperfeiçoar o uso
dos recursos da organização”. Assim, o plano cria a determinação dos
objetivos, caminhos, linhas, responsabilidades e estratégias a serem
seguidos e executados.

O plano de ne os objetivos, a alocação dos recursos, com ações


sequenciais, estratégicas e ordenadas, conforme as prioridades e com
os referenciais teórico e político determinados.

Na construção de um plano, são fundamentais a clareza, a simplicidade


e a objetividade da apresentação e da linguagem. Sua estrutura é,
basicamente, formada pelos componentes a seguir:

● objetivos claros e as problemáticas solucionáveis;


● viabilidade nanceira, institucional, política e técnica;
● as possíveis alterações em diversas áreas, sejam na equipe, no
conteúdo, na estrutura, nas ações;
● as metas e resultados esperados, de forma genérica ou em
fases;
● a previsão da necessidade de recursos;
● o investimento e gastos gerais;
● as fontes e nanciamentos;
● a determinação dos responsáveis por sua execução e avaliação.

Ainda, para que um plano seja analisado e avaliado são necessários os


seguintes pontos:

Apresentação e estrutura: observação da redação do texto, na


clareza, a apresentação dos grá cos, quadros e tabelas. Além da
presença de todas as partes do plano, a coerência sequencial e
estrutural.
Análise do conteúdo: observação da essência do plano, ou seja,
as intenções e diretrizes, além de veri cação das viabilidades e da
relação plano e ação.
Análise técnica: observação mais aprofundada dos seguintes
itens: a) identi cação do plano: veri cação genérica da
organização e equipe; b) justi cativa: se o motivo da execução do
projeto corresponde às necessidades locais; c) diagnóstico:
fundamenta-se na veri cação da teoria, dos parâmetros, das
análises, da problemática; d) nalidades, objetivos e metas:
veri ca-se a clareza e a possibilidade de alcance; e) política de
ação: veri ca-se a possibilidade de alcançar os prazos, o
orçamento e recursos disponíveis; f) estratégias: veri cam-se os
caminhos mais viáveis e assertivos a serem seguidos.
Análise do equacionamento dos recursos: a) nanceiros:
compatibilidade nanceira, nos prazos e fontes; b) humanos:
pessoas adequadas para operacionalização; c) institucionais:
legalidade e legitimidade.

Em síntese, um plano bem elaborado oferece mais probabilidade de


sucesso do programa ou projeto.

Programas
O programa pode ser de nido como uma união de projetos que buscam
os mesmos objetivos, além disso, tem a potencialidade de de nir as
prioridades de intervenção, de identi car a ordem dos projetos e de nir
a alocação dos recursos a serem utilizados, assim, consegue agrupar os
projetos com a mesma nalidade.

Em síntese, segundo Baptista (2007, p. 72):

O programa é basicamente o desdobramento do plano,


permitindo projeções mais acuradas e informações
mais especí cas com relação aos diferentes níveis,
modalidades e especi cações de alcance setorial ou
regional. Segundo a autora, não se trata apenas da
junção de vários projetos, pois pressupõe também a
coerência e a vinculação entre esses.

Além disso, o programa tem o direcionamento e elementos básicos,


como apresentar um resumo de informações sobre o contexto atual e o
esperado, de nir as funções de cada órgão ou pessoas responsáveis,
formular com clareza e pontualidade os objetivos, as estratégias e, por
m, os recursos necessários para a execução.

Projetos
Os projetos são considerados a ação nal do planejamento, ou seja,
colocar a ideia em prática. Segundo Keeling (2002), o projeto signi ca
um trabalho interdependente das atividades que serão realizadas em
um tempo determinado, com os recursos disponíveis e em busca por
um objetivo (KEELING, 2002). Ao tratarmos de projeto com viés social,
Armani (2004, p. 18) sinaliza:

O projeto (social) nasce de uma ideia, de um desejo ou


interesse de realizar algo, ideia que toma forma, se
estrutura e se expressa através de um esquema (lógico),
o qual, no entanto, é apenas esboço (sempre)
provisório, já que sua implementação exige constante
aprendizado e reformulação. Basicamente, um projeto
é uma ação social planejada, estruturada em objetivos,
resultados e atividades baseados em uma quantidade
limitada de recursos (humanos, materiais, nanceiros)
e de tempo. O projeto é muito mais que um documento
organizado a ser encaminhado na busca de
nanciamento: ele é um conjunto de hipóteses em
torno de uma situação problema e das estratégias que
buscam sua solução, tendo como intenção a mudança
futura de uma determinada realidade.

Ainda segundo Armani (2004), para que um projeto social tenha


sucesso é necessário que as atividades e resultados esperados
apresentem um padrão de qualidade convergente com o cronograma e
orçamentos; que atinja com êxito os objetivos preestabelecidos, e que
gere melhor qualidade de vida no local bene ciário; que, na execução,
haja a apropriação do público assistido; que gere conhecimentos, novas
práticas e saberes e que tenha a possibilidade de ser replicado e
melhorado.
SAIBA MAIS

Sabia que existem muitas organizações não


governamentais que atuam especi camente com projetos
sociais?
Essas organizações do terceiro setor desenvolvem projetos de
diversas áreas, na tentativa de atender às demandas sociais e ao
público necessitado. A seguir, uma lista das 15 áreas sociais com
maior número de projetos:

Combate à desigualdade racial;

Educação de crianças e jovens;

Crianças desaparecidas;

Combate à pobreza;

Inclusão de refugiados;

Apoio a dependentes químicos;

Defesa dos direitos indígenas;

Preservação do meio ambiente;

Empoderamento feminino;

Ajuda a animais abandonados;

Inclusão de pessoas com de ciência;

Apoio a pessoas em situação de rua;

Combate ao abuso infantil;

Apoio a mulheres vítimas de violência;


Acolhimento e melhoria da qualidade de vida de
idosos;

São diversas as áreas de muita importância e atenção para a


sociedade. Vale a pena ajudar e carmos atentos! Saiba mais
acessando o link a seguir.

https://observatorio3setor.org.br/carrossel/lista-conheca-
projetos-sociais-de-15-causas-diferentes/

Todo projeto tem algumas fases com características próprias, que vão
desde sua idealização até sua conclusão. Segundo Keeling (2002, p. 13),
“a compreensão do ciclo de vida é importante para o sucesso na gestão
de projetos, porque acontecimentos signi cativos ocorrem em
progressão lógica e cada fase deve ser devidamente planejada e
administrada”.

Assim, considera-se o ciclo de vida de um projeto com as etapas


descritas a seguir:
FASE DESCRIÇÃO

Momento da identi cação da demanda social,


Fase da com a indicação do objeto e análise do
identi cação   diagnóstico inicial. Além disso, veri ca-se a
viabilidade técnica, nanceira e política.

Momento da formulação do objetivo, a


Fase da projeção de resultados, a identi cação das
elaboração   atividades e fatores de risco, indicadores,
viabilidade, plano operacional.

Fase da Momento da busca de recursos para a


aprovação ativação e execução do projeto.

Fase de Momento complexo de desenvolvimento de


implementação atividades e execução.

Fase da avaliação Momento de veri cação dos impactos


  causados pelo projeto.

Momento da conclusão da avaliação,


Fase de
observação dos objetivos, resultados e fatores
replanejamento  
de risco.

Quadro 2.2 - Ciclo de vida de um projeto


Fonte: Adaptado de Armani (2004).

Um aspecto muito considerável em um projeto é a sua metodologia,


que, normalmente, tem a função de delinear os caminhos que serão
percorridos em todas as fases do projeto. Nesse sentido, considera-se
um roteiro básico com seus componentes para a elaboração de um
projeto (COHEN; FRANCO, 2000).

a. Identi cação da organização propositora e executora


(identi cação geral da entidade que está apresentando o projeto);
b. O título do projeto (com clareza e objetivo);
c. A justi cativa (contempla as informações de necessidade do
projeto, os antecedentes, as prioridades e alternativas,
apresentação do contexto, a validade da proposta);
d. O objetivo geral, objetivos especí cos e metas (de nição de forma
precisa de aonde o projeto pretende chegar e as metas a
alcançar);
e. O público-alvo (os bene ciários do projeto com caracterização do
per l socioeconômico, sociodemográ co);
f. A metodologia (os processos, os métodos, técnicas e
instrumentos);
g. Os requisitos técnicos (recursos humanos, materiais,
tecnológicos, nanceiros, parcerias);
h. O sistema de controle e avaliação (controle, indicadores,
resultados);
i. E, por m, as medidas de implementação (realização do projeto).

Vimos, assim, a imensa dimensão de um projeto. Em seguida,


observaremos as características de análise.

Análise de Projetos Sociais


Segundo Carvalho (2001), os aspectos fundamentais para a análise de
projetos sociais são os seguintes:

Análise da apresentação: veri car a redação, a clareza e a


visualização de grá cos e a ns.
Análise do conteúdo: veri car a relevância do problema abordado.
Estrutura: veri car a estrutura e coerência do documento.
Escolha de prioridades e alternativas: veri car a viabilidade
política, técnica e econômica.
Análise técnica: veri cação dos seguintes itens:
1- Identi cação do projeto: veri cação da equipe e organizadores;
2- Finalidades, objetivos e metas: veri cação da clareza e
probabilidade de alcançá-los;
3- Justi cativa: veri car a conexão das necessidades e seu
fundamento coeso.
Detalhamento do projeto: veri cação da lógica sequencial, dos
resultados esperados, dos instrumentos, técnicas.
1- Recursos nanceiros: veri cação da coerência de valores,
fontes, prazos, parceiros;
2- Recursos humanos: veri cação do pessoal coerente com a
operacionalização;
3- Recursos materiais: veri cação e adequação das instalações e
equipamentos;
4- Medidas de implementação: veri cação da legalidade e
legitimidade.

Nesse sentido, observando os elementos e aspectos fundamentais da


análise de projetos sociais, veri camos sua amplitude e a necessidade
de conexão em todos os pontos do projeto.
SAIBA MAIS

Monitoramento e Avaliação
Monitoramento: tem o propósito de subsidiar os gestores com
informações mais simples e tempestivas sobre a operação e os
efeitos do programa, resumidas em painéis ou sistemas de
indicadores de monitoramento.

Avaliação: tem o propósito de subsidiar os gestores com


informações mais aprofundadas e detalhadas sobre o
funcionamento e os efeitos do programa, levantadas nas pesquisas
de avaliação.

Fique por dentro do assunto, acessando o link a seguir.

https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/992/1/SOUSA%2C%20Marconi%20Fernandes%20-
%20Conceitos%20B%C3%A1sicos%20de%20Monitoramento%20e%20Avalia%C3%A7%C3%A3o.pdf

O Monitoramento e a Avaliação de Planos, Programas e


Projetos Sociais
O processo de avaliação pode ser veri cado e apresentado em todo o
processo de planejamento, programa ou projeto. “Avaliar é tomar
partido em relação à realidade analisada” (BAPTISTA, 2002, p. 115).
Pode-se avaliar de maneira qualitativa e quantitativa, baseados em
métodos tradicionais e contemporâneos. Porém, em uma visão ampla e
macro, a avaliação é contínua e abrange observações qualitativas e
quantitativas para sua clareza e precisão.    

As concepções tradicionais colocaram ênfase no


sistema de ação movido pelo projeto e, portanto, na
quanti cação de metas e resultados produzidos
(avaliação quantitativa), as concepções seguintes
enfatizaram a lógica dos atores que movem o projeto e,
portanto, a avaliação dos processos que imprimem
direção e dinâmica à ação (avaliação qualitativa)
(CARVALHO, 2001, p. 68).

Assim, a avaliação busca ser mais abrangente e totalizante, buscando


compreender todo o processo desde a formulação, implementação,
execução, e ação dos planos, processos, resultados e impactos. Nesse
sentido, sugere-se a observação dos seguintes elementos na avaliação
de planos, programas e projetos (JANNUZZI, 2005):

ELEMENTOS PARA
DESCRIÇÃO
AVALIAÇÃO

Avaliação no presente, veri cando o


passado, observando as
A dimensão do futuro  
possibilidades de desenvolvimento
social.

Avaliação do processo de construção


A dimensão da
histórica, ou seja, os fatores que
historicidade
ocasionam a demanda social.

A dimensão da Avaliação e modi cação do que se


contradição   mostrou inadequado.

A dimensão do
Avaliação da observação do externo
enfrentamento da
sobre o que foi executado.
reti cação
Quadro 2.3 - Elementos fundamentais para avaliação de um projeto
Fonte: Adaptado de Jannuzzi (2005).

Ainda como contribuição do processo de avaliação, considera-se um


momento de in exão e re exão, de aprendizado, da gestão do
conhecimento, o momento mais importante para pessoas e
organizações aprenderem. Além de gerar informações que subsidiem a
tomada de decisões e aprimore os saberes sobre a execução (EHLERS;
CALIL, 2004).

Figura 2.3 - Jovens em Projetos


Sociais
Fonte: stylephotographs / 123RF.

Para Baptista (2002, p. 115), “o exercício da avaliação objetiva


assegurar uma permanente adequação do planejado e do executado à
intencionalidade do planejamento, considerando a dinâmica das
variações e desa os permanentes postos na situação enfrentada”.

Podemos pontuar as características básicas da avaliação em projetos


sociais:
● é um processo contínuo e permanente;
● é um processo de aprendizado social;
● é um processo que sustenta a tomada de decisão;
● é um exercício de controle social;
● é um processo participativo.

Para as organizações, entidades e órgãos sociais, a avaliação é de suma


importância, pois apresenta para a sociedade a seriedade e o
compromisso com a localidade e o cumprimento de suas premissas e
valores. Alguns dos fatores importantes para as organizações são a
possibilidade de apresentar seu dever ético, que é um importante
sinalizador estratégico e pode facilitar a mobilização de recursos
(MARINO, 2003).

Considera Marino (2003, p. 82):

Nesse novo paradigma, a avaliação é um investimento


e não um custo; é uma atividade de rotina intrínseca ao
projeto e não um momento isolado ou externo ao
processo; é uma fonte permanente de informação e de
constante atualização da prática e não uma
identi cação do erro e do culpado, sendo
operacionalizada sempre de forma participativa,
envolvendo todos os grupos interessados – gestores,
executores, usuários (clientela atendida, direta e
indiretamente), nanciadores.

Quando abordamos a temática de tipologia de avaliação, consideramos


que não é igual, diferenciam-se por diversos critérios, como: sua
duração, seus objetivos, sua natureza e sua abrangência. Podemos
apresentar algumas tipologias, segundo Cohen e Franco (2000):

a. Avaliação ex ante: viabilidade. Apresenta critérios racionais que


permitam a decisão se o projeto deve ou não ser implementado.
b. Avaliação ex post: ocorre durante e ao nal da implementação,
implantação e execução, divide-se em: avaliação de processo
(avaliação contínua ou monitoramento) e avaliação de resultado
(avaliação na fase intermediária ou próxima ao nal) e avaliação de
impacto (determina o alcance dos seus objetivos e quais são seus
efeitos secundários).

Nos planos, programas e projetos sociais há, também, os indicadores de


avaliação social, que Guerra (2010, p. 52) contempla:

Em projetos sociais, indicadores são parâmetros


quali cados e/ou quanti cados que servem para
detalhar em que medida os objetivos de um projeto
foram alcançados, dentro de um prazo delimitado de
tempo e numa localidade especí ca. Como o próprio
nome sugere, são uma espécie de “marca” ou
sinalizador, que busca expressar algum aspecto da
realidade sob uma forma que possamos observá-lo ou
mensurá-lo.

Ainda segundo Guerra (2010), os indicadores podem ser classi cados


da seguinte forma:

INDICADOR DESCRIÇÃO

Palpáveis, observáveis e
veri cados de forma
quantitativa ou
Tangíveis  
qualitativamente, como a renda,
escolaridade, saúde,
conhecimentos, habilidades.

Indicadores complexos e
subjetivos, veri cados de forma
Intangíveis  
indireta, como: valores, atitudes,
comportamento, cidadania.

Quadro 2.4 - Indicadores de avaliação


Fonte: Adaptado de Guerra (2010).
Ainda, Guerra (2010), a rma que os indicadores podem ser veri cados
por meio do ângulo de observação, ou seja, avaliados pela e ciência,
e cácia e efetividade e impacto:

ÂNGULO DE AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO

Conferência da boa utilização


E ciência  
dos recursos.

Conferência do alcance dos


E cácia  
resultados esperados.

Conferência das mudanças


Efetividade  
desejadas e objetivadas.

Conferência das mudanças


notadas no contexto amplo da
Impacto  
localidade, além da veri cação
da capacidade de in uenciar.

Quadro 2.5 - Ângulo ou olhar da avaliação


Fonte: Adaptado de Guerra (2010).

Podemos, também, identi car quem realiza a avaliação. Segundo


Marino (2003), são os seguintes executores:

● Avaliação externa: realizada por pessoas externas à


organização.
● Avaliação interna: realizada dentro da organização,
implementada pelos gestores, executores ou mesmo pelo público-
alvo do programa ou projeto.
● Avaliação mista: avaliação que combina os externos e internos.
● Avaliação participativa: busca diminuir a distância entre o
avaliador e o público-alvo, ou seja, o envolvimento dos
formuladores, gestores, executores e público-alvo.
Ainda, observa-se a avaliação de um projeto social quanto à função,
como observado no quadro a seguir:

FUNÇÃO DA
DESCRIÇÃO
AVALIAÇÃO

Avaliação de Veri ca a mensuração da consecução


conformidade dos objetivos propostos.

Veri ca os efeitos ou resultados com


base nas variáveis que oferecem
Avaliação somativa
parâmetros que permitam a aferição do
sucesso ou fracasso.

Veri ca a constatação de acertos ou


Avaliação formativa falhas na utilização de instrumentos,
conteúdos e procedimentos.

Quadro 2.6 - Função da avaliação


Fonte: Adaptado de Armani (2004).

En m, tivemos a oportunidade de observar as principais e essenciais


alternativas de avaliação de projetos sociais.

Para nalizar, veremos um instrumento importante na avaliação de um


projeto social, que é o documento de avaliação. Nele, necessariamente
deverá contemplar: a descrição completa do programa ou projeto; os
parâmetros de mensuração propostos; a apresentação de todos os
dados coletados antes, durante e após a aplicação do projeto; um
comparativo dos parâmetros e objetivos e metas e as conclusões nais
e sugestões contributivas.

Veri camos que, para o serviço social, os programas e projetos são o


motor fundamental para o atendimento das demandas sociais e para o
benefício amplo e macro para os cidadãos vulneráveis.
INDICAÇÃO DE LEITURA

Gerenciamento de projetos fora da caixa: que com o que é


relevante
Autora: Fabiana Bigão Silva

Ano: 2016

Editora: Alta Books

ISBN: 978-8550800073

Comentário: um livro muito prático e didático, que mostra como a


gestão de projetos acontece em todo seu caminho, desde a
idealização até a nalização, com fatos reais, explicando e
exempli cando a nalidade de cada ação de gerenciamento. Assim,
o livro facilita, para o leitor, identi car o que usar e adaptar os
métodos existentes à sua realidade. Ou seja, traz um subsídio
muito intenso no entendimento de cada ação que deverá ser
executada para a condução maximizada do projeto. Com certeza,
uma leitura que valerá muito! Con ra!
Considerações Finais
Chegamos ao nal de mais uma seção do nosso livro! Até este
momento, tivemos a oportunidade de apreender conceitos e novos
conhecimentos, que alicerçam os saberes no que tange à administração
e ao planejamento em serviço social. Veri camos integralmente o
processo de participação e mobilização social e sua importância para
uma gestão ampla e democrática, além de entender como o
planejamento ocorre nesse processo. Planejamento esse que decorre
de forma interdependente, com características racional, técnica e
política.

Dialogamos sobre a essência de ações sociais fundamentadas com


preceitos de gestão, ou seja, a elaboração de planos, programas e
projetos. Pudemos veri car e analisar cada um, evidenciamos suas
diferenças e classi cações. Com esse arcabouço sólido, vocês, alunos,
terão maiores facilidades para gerenciar as futuras ações sociais de que
farão parte em um futuro próximo.

Novamente, esperamos ter contribuído para o seu aprendizado! Temos


a certeza de que essas informações serão úteis no seu cotidiano, como
pro ssional do serviço social! Um forte abraço!

Atividades
A premissa central do planejamento social participativo está na possibilidade de
compartilhamento de decisões de formas macro e ampla entre todos os
envolvidos no plano, programa ou projeto social. A perspectiva da participação no
planejamento está relacionada:

ao envolvimento tradicionalista e com característica social local.


a possibilidade de participação por representatividade dos envolvidos.
a característica metodológica e tecnocrata dos envolvidos.
a característica orgânica e natural no envolvimento participativo.
a adesão aleatória e proporcional dos envolvidos.

O planejamento social pode ser caracterizado como um procedimento técnico‐


político, cada um alicerçado por dois olhares diferentes, para aplicar os métodos e
alcançar os objetivos e metas propostas. Nesse sentido, partindo da concepção
técnica-política do planejamento social, é correto a rmar que:

envolve questões políticas pelo contexto de planejamento a apresentação de


forças e interesses distintos entre os sujeitos.
desenvolve seu planejamento com metodologia empírica com bases e
fundamentos na realidade social internacional.
apresenta um olhar técnico, por pertencer a um planejamento alinhado com os
desenvolvidos em ambientes educacionais.
desenvolve a dimensão política, por tratar de planejamento aplicado e avaliado
por órgãos de gestão pública.
promove a integração entre o setor público e privado, essencialmente na fase
de elaboração do planejamento.

O planejamento social é fundamental para atender as demandas dos serviços,


programas, projetos e políticas sociais, ou seja, para que ocorra a execução e a
avaliação, o planejamento é essencial. Assim, acerca do planejamento das
políticas, programas e projetos sociais é correto a rmar que:

o planejamento é uma ferramenta muito importante, em razão da neutralidade


e não envolvimento na fase nal da ação social.
o planejamento social possibilita o conhecimento e compreensão da realidade
local para a intervenção coerente e de qualidade.
o planejamento tem o objetivo principal de especi car os valores nanceiros
envolvidos no plano, programas e projetos públicos.
o planejamento caracteriza-se pela profundidade técnica e baseia-se na
criação dos prazos e métodos.
o planejamento tornou-se o passo nal dos serviços, dos programas e dos
projetos sociais, pois tem foco na avaliação.
Considerações Finais
Prezado(a) aluno(a), nalizamos mais uma aula! Desta vez com
maior profundidade prática sobre o funcionamento de
planejamento estratégico e participativo no âmbito social.
  Pudemos observar o caminho que o planejamento estratégico
percorre para o alcance de seus objetivos, desde a concepção da
ideia até a veri cação de tudo que foi praticado, porém, desta vez,
observamos de forma estratégica e participativa, a forma mais
completa e buscada em ações e práticas sociais.

Assim, de forma estratégica e participativa, a probabilidade de


execução e avaliação serem positivas é maior, pois ocorre uma
análise muito mais aprofundada e coerente de todo o processo de
planejamento.

Veri camos como os órgãos públicos, as empresas privadas e as


organizações da sociedade civil desenvolvem seus planejamentos
de forma estratégica e participativa, além disso, pudemos
entender como é todo o funcionamento prático de uma ação
social, principalmente os projetos, que darão subsídios
importantes, para você, futuro pro ssional do serviço social.

Assim, nalizamos nossa última seção! Com muita informação e


observações efetivas de planejamento e ação social. Esperamos,
mais uma vez, ter contribuído para seu desenvolvimento
intelectual e aprendizagem! Um forte abraço!

Atividades
O Serviço social está presente em empresas públicas, privadas e da
sociedade civil buscando efetivar e conectar seus interesses com as
necessidades das comunidades no seu entorno ou distantes. Essa
aproximação entre os envolvidos e a participação do pro ssional do serviço
social pode gerar o desenvolvimento de:

veri cação das reais demandas da comunidade e efetivas ações sociais.


participação no processo gerencial das organizações e na de nição de
metas.
ofertar postos de trabalho e ferramentas de capacitação pro ssional dos
moradores.
melhorar o desempenho dos ativos institucionais e mercadológicos com
as ações sociais.
desenvolvimento de articulações políticas para o benefício das empresas.

O planejamento estratégico social é considerado na contemporaneidade


uma ferramenta muito utilizada e recomendado na forma de plani cação de
políticas públicas em todas as esferas governamentais no âmbito social, por
possuir características mais abrangentes e com um campo visão mais amplo.
Esse fato deve-se por essa ferramenta inserir:

uma barreira entre os governos e as instituições.


um processo horizontal de atribuições e funções.
a desconexão dos movimentos sociais representativos.
a ordenação hierárquica dos envolvidos.
métodos e ações com visão ampliada.

Nos dias atuais a maneira mais moderna e praticada de gerenciamento de


projetos de cunho social é o planejamento estratégico, pois além de utilizar
técnicas modernas para o alcance de objetivos e metas genéricas e
utilização de recursos humanos, materiais e nanceiros, tal fato ocorre
porque o planejamento estratégico possui a característica de:

inserir em seu método de execução a fragmentação dos processos.


desenvolver diversos planos, projetos e políticas ao mesmo tempo.
oportuniza o direcionamento para criação de vários objetivos gerais.
diferenciar as características das tarefas e atividades desenvolvidas.
desenvolver critérios de avaliação de pessoas por relações pessoais.

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