Sei sulla pagina 1di 23

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CAMPUS: NOVA AMÉRICA


CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMÉRCIO EXTERIOR

PROCEDIMENTOS PARA LIBERAÇÃO ADUANEIRA

MARCIO LUIZ MOREIRA1

ROSANA PACHECO DE QUEIROZ 2

RESUMO

..............................

1
Pós-Graduando em Comércio Exterior pela Universidade Estácio de Sá .....................
2
Professora/Coordenadora: Rosana Pacheco de Queiroz.
INTRODUÇÃO

A ideia de comércio existe desde as primeiras civilizações. No início, era


comum a troca de produtos que eram necessários à sobrevivência, principalmente
os agrícolas. Comércio é uma relação de trocas de um ou mais produtos entre dois
ou mais sujeitos sociais que implica necessariamente numa reciprocidade (SOSA,
1996 apud FERREIRA, 2015, p. 15). Portanto, o que conceitua Logística
Internacional e Aduaneira é o Comércio. Considerando esse conceito, para que
exista o comércio, os envolvidos na negociação devem receber e oferecer algo.
Comércio Exterior, segundo Pereira (2010), pode ser entendido como termo,
norma nacional das transações e estudos realizados no comércio internacional.
Essas regras são normas nacionais, criadas para disciplinar tudo o que diz respeito
à entrada no país de mercadorias procedentes do exterior (importação) e à saída de
mercadorias do território nacional (exportação).
Tais regras repercutem em questões tributárias, comerciais, financeiras,
administrativas e, por fim, refletem diretamente nas questões aduaneiras.
A liberação aduaneira consiste em uma operação alfandegária que é
organizada pela Receita Federal e que regulariza a entrada e a saída de artigos do
país, compreende, portanto, a importação e exportação de produtos. Esse processo
consiste na verificação de documentos e demais dados que o exportador/vendedor
precisa oferecer para comprovar a regularidade de seu serviço/produto e venda
antes de chegar às mãos do seu comprador (FEBRATEX GROUP, 2019). Citação...
pode mudar
Todas as mercadorias destinadas ou oriundas do mercado externo estão
sujeitas ao processo de despacho aduaneiro seja de exportação ou importação, a
fim de que a autoridade aduaneira possa verificar se todos os requisitos
administrativos, sanitários ou fiscais foram cumpridos de acordo com as normas e
regulamentos existentes em cada nação.
O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica descrevendo e
explorando os processos importação aduaneira, levando em considerando a
conformidade desses processos com a legislação brasileira.
O objetivo deste trabalho é demonstrar as etapas dos procedimentos para
liberação aduaneira em relação a Importação e Exportação no Brasil, utilizando
pesquisa qualitativa, descritiva, bibliográfica e documental.
DESENVOLVIMENTO

O controle aduaneiro é de suma importância para o país, pois não se


preocupa apenas com o recolhimento ou não do tributo em si, mas com a segurança
de toda a sociedade, no que diz respeito a saúde, segurança, meio ambiente,
economia, indústria, direito dos consumidores, concorrência etc. Por este motivo,
que diversos setores/órgãos de outros ministérios intervêm nos procedimentos,
quando a legislação pertinente determina.

Pode-se exemplificar como proteção a sociedade exercida pela Aduana, a


aplicação por esta, da decisão do S.T.F.¹ (Supremo Tribunal Federal), em
24.06.2009, nos autos da A.D.P.F.(Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental) nº101, que declarou constitucional a legislação que proíbe importação
de pneus usados, com base no Artigo 225, da C.F. (Constituição Federal), que
assegura a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impedindo,
assim, a incineração e depósito de pneus velhos.

Apesar do objetivo essencial do controle aduaneiro, de regular o fluxo de


comércio exterior, estabelecendo incentivos ou restrições, quando for o caso, bem
como a necessária fiscalização, atuará sempre na proteção da sociedade. 1
-www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=110046

Para Zilli; Lino e Dal Toé (2013, p. 02) a eficácia no fluxo de importações e
exportações, com destaque para o despacho aduaneiro de importação, é um
procedimento fiscal por onde todas as mercadorias, impreterivelmente, devem
passar para que sejam nacionalizadas.
A importação pode ser definida como a operação que proporciona a entrada
de mercadorias e serviços em um território aduaneiro, depois de cumpridos todos os
requisitos legais e comerciais determinados no país. Dentro dessa operação,
enquadram-se as importações para doações, testes, entre outras. Através da
importação, o país adquire uma relevância no que diz respeito ao desenvolvimento
social e econômico, pois conquista uma expansão do intercâmbio e da troca de
conhecimento e tecnologias (ASSUNPÇÃO, 2007 apud SOUZA et al 2015).
O Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC) destaca,
dentre outras, finalidades de atuação definir diretrizes e procedimentos relativos à
implementação da política de comércio exterior visando à inserção competitiva do
Brasil na economia internacional, orientar a política aduaneira, formular diretrizes
básicas da política tarifária na importação e exportação e salvaguardas (FERREIRA,
2018).
A infraestrutura, também, requer atenção. Os constantes congestionamentos
nos portos e aeroportos, os custos envolvidos na operação logística para o
desembaraço e entrega das mercadorias na unidade do importador, reduzem a
competitividade das empresas que realizam as operações de importação, o que tem
impacto direto no desenvolvimento econômico do país, pois reduzem a geração de
empregos e renda no mercado interno (SOUZA et al, 2015).
BIBLIOGRAFIA
Assumpção, RM. Exportação e Importação – Conceitos e Procedimentos
Básicos. 1. Ed. São Paulo: Ibpex, 2007.
Febratex Group. Liberação aduaneira passo a passo: aprenda já. Fev. 2019. Disponível
em: https://fcem.com.br/noticias/liberacao-aduaneira-passo-a-passo-aprenda-ja/#:~:
text=A%20libera%C3%A7%C3%A3o%20aduaneira%20consiste%20em,conclu
%C3%ADda%2C%20quando%20n%C3%A3o%20h%C3%A1%20diverg
%C3%AAncias.
Mendes, HAF. Logística Internacional e Aduaneira. Rede e-Tec Brasil/UFMT,
Cuiabá, 2015. Disponível em: http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/
1569/08%20Logistica_Internacional_Aduaneira_LOGISTICA-CEPA.pdf?sequence=
1&isAllowed=y

Pereira, Laércio Vieira. Comércio Exterior x Comércio Internacional. 28 Out.


2010. Disponível em: <http://laerciovp.blogspot.com.br/2010/10/comercioexterior-x-
comercio.html>. Acesso em: jun.2012.

Souza, RS;ima, WA; Souza, GS; Silva, FMC. Os desafios para as operações de
importação no Brasil: Um estudo de caso de uma empresa importadora da região
do Sul de Minas Gerais. XII SEGET, 2015. Disponível em:
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos15/9122228.pdf

ZILLI, J. LINO, CLF, DAL TOÉ, RA. Análise comparativa do processo de


despacho aduaneiro de importação de mercadorias no porto de Luanda/Angola
versus do porto de Itajaí/Brasil. 2013. In: XXIV ENANGRAD. Encontro Nacional
dos Cursos de Graduação em Administração. Florianópolis. Disponível
em:http://www.enangrad.org.br/anais2013/_resources/artigos/gol/03.pdf

http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais
CADASTRO NO SISTEMA RADAR.

Para a realização de uma operação de importação/exportação/drawback é


necessário providenciar habilitação/cadastro dos interessados junto à Secretaria da
Receita Federal pelo Siscomex ou Portal Único.

Com o deferimento do cadastro/Radar, o importador/exportador estará habilitado


para negociar, executar os procedimentos para liberação.

No caso de importação, verifica-se a necessidade ou não de licenciamento, de


acordo com a classificação do produto (N.C.M) - Portaria Secex 23 – 14.07.2011. Há
três modalidades de licenciamento: Importação dispensada de licenciamento;
importação sujeita a licenciamento automático e importação sujeita a licenciamento
não automático.¹ 1 - http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/legislacao/862-
portaria-secex-consolidada

O sistema Radar – Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos


Intervenientes Aduaneiros – foi disponibilizado, em 21 de agosto de 2002, para
todas as Unidades Aduaneiras da SRF. Os requisitos de acesso são determinados
através de Instruções Normativas da Secretaria da Receita Federal.

Basicamente, é um sistema que permite ao governo habilitar ou não uma empresa a


operar em comércio exterior, através da necessidade de habilitação do seu
responsável legal.

A concepção geral do sistema objetiva disponibilizar, em tempo real, informações de


natureza aduaneira, contábil e fiscal que permitam à fiscalização identificar o
comportamento e inferir o perfil de risco dos diversos agentes relacionados ao
comércio exterior, tornando-se uma ferramenta fundamental no combate às fraudes.
A Instrução Normativa no 229 considera Responsável Legal aquele que consta do
contrato social da empresa importadora/ exportadora com poderes para falar em
nome desta ou tem procuração para tanto, inclusive para nomear representantes. E
considera Representante Legal aquele que opera por procuração específica para
promover o despacho aduaneiro, nos termos do art. 560 do Regulamento Aduaneiro.
O governo solicita diversas informações e documentos e realiza uma análise fiscal
sumária (um pente fino prévio ao registro), para verificar eventuais pendências e a
capacidade econômica e financeira da empresa.

Segre, German. Manual Prático de Comércio Exterior (p. 38-39). Atlas. Edição do
Kindle.

DICAS: ✓ A Instrução Normativa no 1.603, de 15 de dezembro de 2015, é a vigente


no momento em que este livro está sendo escrito. Aconselhamos verificar as
exigências na seção de Aduana e Comércio Exterior no site <
www.receita.fazenda.gov.br >.

✓ O prazo de obtenção da senha de acesso ao Sistema Radar, sem o qual não


poderá operar em comércio exterior, em teoria, é de 10 a 30 dias, dependendo do
perfil da empresa. A alternativa, caso a Receita Federal não atenda a esse prazo, é
solicitar a senha através de mandado de segurança, porém é necessário para isso
poder demonstrar que o prazo de lei venceu e a receita Federal não outorgou nem
negou o pedido. ✓ Caso deseje realizar uma importação e não esteja habilitado,
pense que, para solicitar a mercadoria a uma outra empresa importadora, deverá
verificar antes a legislação da importação “por encomenda” e “por conta e ordem de
terceiros”, sob pena de sofrer grande prejuízos (< www.receita.fazenda.gov.br >).
Segre, German. Manual Prático de Comércio Exterior (p. 39). Atlas. Edição do
Kindle.

OBJETIVO DO RADAR.

O sistema do Radar é primordial, para que o interessado tenham o seu perfil e de


seus dirigentes registrados para controle da Receita Federal do Brasil. Este registro
envolvem dados dos seus diretores e informações completas da empresa, assim
teremos a análise do tipo do Radar que poderá usufruir com os valores
determinados pelo Governo Federal. Esta ferramenta é utilizada também para
combate a corrupção e fraudes.
SISCOMEX.

O Siscomex começou a operar em 1993, para as exportações e, em 1997, para as


importações. É administrado pelos chamados órgãos gestores, que são: a Secretaria
de Comércio Exterior (Secex), a Secretaria da Receita Federal (SRF) e o Banco
Central do Brasil (Bacen). É um sistema informatizado, por meio do qual é exercido
o controle governamental do comércio exterior brasileiro. É uma ferramenta
facilitadora que permite a adoção de um fluxo único de informações, eliminando
controles paralelos e diminuindo significativamente o volume de documentos
envolvidos nas operações.

Segre, German. Manual Prático de Comércio Exterior (p. 48). Atlas. Edição do
Kindle.

Com a nova implantação do sistema no Portal Único, as novidades são muitas para
Importar e Exportar.

DECLARAÇÃO ÚNICA DE EXPORTAÇÃO (DU-E).

A Declaração Única de Exportação (DU-E) instituída pela Portaria Conjunta


RFB/SECEX nº 349, de 21 de março de 2017 consiste em um documento eletrônico
que define o enquadramento da operação de exportação e subsidia o despacho
aduaneiro de exportação. Compreende informações de natureza aduaneira,
administrativa, comercial, financeira, fiscal e logística, que caracterizam a operação
de exportação dos bens por ela amparados.
A Instrução Normativa nº-1.702, de 21 de março de 2017 disciplina o despacho
aduaneiro de exportação processado por meio de Declaração Única de Exportação
(DU-E) e estabelece, entre outros, que a Declaração Única de Exportação (DU-E) E
é um documento eletrônico que:

“I - contém informações de natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira,


tributária, fiscal e logística, que caracterizam a operação de exportação dos bens por
ela amparados e definem o enquadramento dessa operação; e

II - servirá de base para o despacho aduaneiro de exportação.

Parágrafo único. As informações constantes da DU-E servirão de base para o


controle aduaneiro e administrativo das operações de exportação.
No que se refere à elaboração da DU-E, a referida Instrução Normativa define que a
DU-E será formulada em módulo próprio do Portal Siscomex e consistirá na
prestação, pelo declarante ou seu representante, das informações necessárias ao
controle da operação de exportação, de acordo com:

I - a forma de exportação escolhida pelo exportador;

II - os bens integrantes da DU-E; e

III - as circunstâncias da operação.

A DU-E terá como base a nota fiscal que amparar a operação de exportação, exceto
nas hipóteses em que a legislação de regência dispensar a emissão desse
documento e nas hipóteses de exportação com base em nota fiscal em papel ou
sem nota fiscal, todos os dados necessários à elaboração da DU-E deverão ser
fornecidos pelo declarante.”

O exportador poderá optar por uma destas 3 (três) formas de realizar sua
exportação por meio de DU-E:

I - exportação própria;

II - exportação por meio de operador de remessa expressa ou postal; ou

III - exportação por conta e ordem de terceiro." [1] [2] 

Segundo consta no Portal Único Siscomex, “o novo processo de exportação,


realizado por meio de Declaração Única de Exportação (DU-E), busca adequar o
controle aduaneiro e administrativo ao processo logístico das exportações, de
maneira a realiza-los de maneira eficaz e segura, porém sem causar atrasos
desnecessários ao fluxo das exportações. Os controles aduaneiro e administrativo
de uma exportação realizada por meio de DU-E são efetuados por intermédio de
módulos especializados do Portal Siscomex.” [3]
http://www.aprendendoaexportar.gov.br/index.php/declaracao-unica-de-exportacao-
du-e

A DU-E veio para facilitar os tramites da liberação na exportação, além de simplificar


as orientações no preenchimento, reduziu algumas etapas dentro do próprio sistema
e eliminou vários documentos como:

Registro de Exportação,

Registro de Crédito,

Declaração Simplificada de Exportação,

Declaração de Exportação.
Sistema Portal Único de Comércio Exterior (Pucomex). Por Suana - Publicado 30/10/2018.

DUIMP.

Um novo processo de importação foi implementado em 2020. A Duimp prevê a


implementação de regras diferentes, com o objetivo de reduzir a burocracia e
facilitar os processos. Como isso será feito? A partir de uma série de mudanças,
inclusive, a centralização das informações.

A sigla se refere à Declaração Única de Importação. O documento é eletrônico e foi

proposto como a possibilidade de centralizar todas as informações e os dados do

processo, que podem ser de natureza:

Administrativa;

financeira;

aduaneira;

tributária;

fiscal.

A partir da implantação, os órgãos da administração pública terão mais controle

sobre as importações realizadas. Ao mesmo tempo, será possível diminuir

incongruências e redundâncias, que ocorrem nas operações.

Por isso, a expectativa é que o prazo médio de liberação de mercadorias

na importação saia de 17 para 10 dias. A redução chega a 40% do tempo, o que

deverá beneficiar a cadeia logística e reduzir custos.

https://www.remessaonline.com.br/blog/duimp/?

utm_id=8625638102&matchtype=b&placement=&adgroupid=87163560379&loc_inter

est_ms=&loc_physical_ms=1001655&network=g&target=&adposition=&utm_source=
google&utm_medium=cpc&utm_campaign=RM_Search_Desk_DSA_Blog_PF&utm_t

erm=&utm_content=452533094873&gclid=EAIaIQobChMIw4KI05H96gIVUQaRCh23

sAFyEAAYAiAAEgJ6NPD_BwE

Para facilitar o preenchimento da Duimp, haverá a possibilidade de aproveitarmos

um pré cadastro feito pelo exportador dos produtos fabricados, no momento do

preenchimento nós iremos importar dados das mercadorias.

Este sistema ainda não está disponível para tosos, somente para algumas empresas

certificadas, com tratamento diferenciado em fase experimental. Uma delas é a OEA

– Operador Econômico Autorizado. A certificação OEA consiste no

reconhecimento pela Receita Federal dos operadores da cadeia logística

internacional que demonstram capacidade de gerir riscos relacionados à segurança

física das cargas e à conformidade tributária e aduaneira. A adesão ao programa é

voluntária. Ao passar por esta fase experimental, a Receita Federal fara uma análise

do desenvolvimento do sistema para libera-lo a todos os usuários.


TER UM DESPACHANTE ADUANEIRO.

Basicamente, o despachante aduaneiro é o profissional que representará sua


empresa junto às autoridades. Ele deve ser cadastrado pelo representante legal da
empresa, utilizando a senha de acesso ao Sistema Radar, no site <
www.receita.fazenda.gov.br > no link Aduana e Comércio Exterior.

O procedimento fiscal de despacho aduaneiro envolve uma série de conhecimentos


de natureza técnica, tais como o pleno domínio da Tarifa Externa Comum (TEC) e
suas regras, das negociações tarifárias firmadas pelo Brasil, notadamente as que
dizem respeito a Aladi, ao Mercosul e ao GATT (OMC), dos vários regimes sujeitos a
isenção e suspensão de tributação, na área da importação e exportação (drawback
etc.), das normas que regem o licenciamento e tantas outras. Trata-se, assim, de
uma atividade que exige conhecimentos não só na área aduaneira, mas igualmente
na do direito tributário, administrativo, comercial, marítimo etc.

DICAS: ✓ Antes de contratar um despachante aduaneiro, recomendamos verifique


os antecedentes comerciais junto a outras empresas atendidas por ele e os locais
nos quais ele trabalha normalmente. Alguns despachantes possuem melhor trânsito
em determinadas unidades e seu serviço e agilidade mudam se sua empresa deseja
realizar o despacho em outra unidade da aduana. O mesmo aplica-se a alguns
profissionais que possuem experiência, porém apenas com determinado perfil de
produtos e, mesmo, conhecendo a legislação, desconhecem “detalhes importantes”
a ser considerados na operação de outros produtos. ✓ A contratação de
despachante aduaneiro é recomendável, mas não obrigatória. A empresa pode fazer
o cadastro de um ou mais funcionários no Siscomex para que estes façam o
seguimento ou ainda as rotinas confiadas aos despachantes aduaneiros.

Segre, German. Manual Prático de Comércio Exterior (pp. 39-40-41). Atlas. Edição
do Kindle.

Este profissional após ser selecionado para representar junto à Receita Federal, terá
a responsabilidade em fazer a análise documental antecipada, formular a
Declaração Aduaneira, absorvendo as legislações aduaneiras mundiais, entre elas
os mais importantes blocos econômicos (União Europeia e Mercosul).
Na importação e exportação, fazem os enquadramentos das tarifas, para
providenciar o pagamento dos devidos Impostos federais e estaduais, na sequencia
os pagamentos dos fretes marítimos, aéreos, ferroviários, armazenagens,
capatazias, marinha mercante e demurrage. Podendo assim cumprir todas as etapas
com sucesso.
MODELOS DE DOCUMENTOS

Os documentos a ser utilizados na importação ou exportação variam de acordo com


fatores como a existência ou não de acordos comerciais, o tipo de produto etc. Os
principais documentos a ser utilizados são:
■ ProForma invoice (fatura proforma): é documento de responsabilidade do
exportador, emitido a pedido do importador, para que este providencie a Licença de
Importação – se for o caso –, dentre outras providências. Este documento é o
modelo de contrato mais frequente, formaliza e confirma a negociação, desde que
devolvido ao exportador, contendo o aceite do importador para as especificações
contidas. Este documento não gera obrigações de pagamento por parte do
importador. A fatura proforma deve ser emitida no idioma do país importador ou em
inglês.
■ Commercial invoice (fatura comercial): é o documento internacional, emitido pelo
exportador, que, no âmbito externo, equivale à nota fiscal, cuja validade começa a
partir da saída da mercadoria do território nacional e é imprescindível para o
importador desembaraçar a mercadoria em seu país.
■ Packing list (romaneio de embarque): deve ser emitido pelo exportador. É
necessário para o desembaraço da mercadoria e para orientação do importador
quando da chegada dos produtos no país de destino. Na verdade, é uma simples
relação, indicando os volumes a serem embarcados e respectivos conteúdos.
■ Certificado de origem: é o documento providenciado pelo exportador. É emitido
pelas federações de agricultura, da indústria e do comércio, por associações
comerciais, centros e câmaras de comércio. O importador o utiliza para
comprovação da origem da mercadoria e habilitação à isenção ou redução do
Imposto de Importação, em decorrência de disposições previstas em acordos
internacionais, ou em cumprimento de exigências impostas pela legislação do país
de destino. Os certificados de origem são fornecidos mediante a apresentação de
cópia da fatura comercial e documentos de análise previstos em cada acordo
internacional.
■ Conhecimento de embarque (B/ L – AWB – TIF – CRT): documento emitido pela
companhia transportadora que atesta o recebimento da carga, as condições de
transporte e a obrigação de entrega das mercadorias ao destinatário legal, no ponto
de destino preestabelecido, conferindo a posse das mercadorias. É, ao mesmo
tempo, um recibo de mercadorias, um contrato de entrega e um documento de
propriedade, constituindo assim um título de crédito. Esse documento recebe
denominações de acordo com o meio de transporte utilizado.
■ Nota fiscal: acompanha a mercadoria desde a saída do estabelecimento até o
efetivo desembaraço físico junto à Secretaria da Receita Federal. Entende-se como
desembaraço o procedimento aduaneiro que autoriza o embarque da carga para o
exterior.
■ Certificado fitossanitário: certificado confeccionado segundo o modelo da
Convenção Internacional de Proteção de Plantas e emitido de acordo com o que
estabelecem as Diretrizes para a Elaboração e Emissão dos Certificados
Fitossanitários do Cosave.
■ Certificado Sanitário Internacional: certificado expedido por autoridade veterinária,
no qual conste que as carnes ou os produtos de origem animal cumprem com as
condições internacionais vigentes em matéria de higiene veterinária de produtos e/
ou de sanidade animal.
■ Certificado zoosanitário internacional: certificado expedido por autoridade
veterinária do país exportador, atestando o perfeito estado de saúde do animal, dos
animais, ou de materiais de multiplicação, e as medidas adotadas para evitar a
transmissão de epizootias.

Segre, German. Manual Prático de Comércio Exterior (pp. 56-57). Atlas. Edição do
Kindle.

Estes documentos são fundamentais para o desenvolvimento da etapa do


desembaraço, de acordo com a mercadoria, classificação fiscal(NCM), país
produtor, etc. Poderá ser cobrado outros documentos para comprovação da
qualidade, local de produção, preço acordado. Alguns com obrigatoriedade de visto
consular.
INCONTERMS.

Os Incoterms são um dos melhores exemplos da “Lex Mercatória” – lei dos


mercadores – instituída ao longo do tempo pelos costumes. Trata-se de regras
internacionais para a interpretação dos Termos Comerciais fixados pela Câmara do
Comércio Internacional. Seu nome significa International Comercial Terms, que em
português significa Termos do Comércio Internacional. A CCI instituiu, em 1936, os
Incoterms (International Commercial Terms). Os Termos Internacionais de
Comércio, inicialmente, foram empregados nos transportes marítimos e terrestres e
a partir de 1976, nos transportes aéreos. Mais dois termos foram criados em 1980
com o aparecimento do sistema intermodal de transporte que utiliza o processo de
unitização da carga. Em 2010, uma nova versão dos Incoterms foi instituída
contendo onze termos e no Brasil autorizada pela Câmara de Comércio Exterior
(Camex) através da Resolução Camex no 21, publicada no Diário Oficial da União
(DOU), em 8.4.2011.

Segre, German. Manual Prático de Comércio Exterior (p. 59). Atlas. Edição do
Kindle.

Os Inconterms são fundamentais para especificar o tipo de negociação entre


exportador e importador. De acordo com cada um deles, podemos diferenciar a
responsabilidade de cada um, tanto com a parte financeira como pagamento de frete
e taxas, como a responsabilidade em coletar a mercadoria no recinto do
produtor/exportador e transporta-la até o veículo que fará a viagem internacional,
também entrega-la no destino final e esclarecer todos os riscos nas operações
realizadas.
Como exemplo:
GRUPO Sem pagamento de transporte.
FCA - Livre no Transportador,
FAS - Livre junto ao Navio,
FOB - Livre a bordo do Navio.
GRUPO Com pagamento de transporte e com ou sem seguro.
CFR - Custo e Frete,
CIF - Custo, Seguro e Frete,
CPT - Transporte pago até ...
CIP - Transporte e Seguro pagos até …

Podemos afirmar que através dos Inconterms aplicados aos documentos, são os
indicadores para orientação do cálculo dos custos da operação. Pois através dos
fretes e taxas embutidos nas faturas e conhecimentos de carga, são extraídas as
informações.
DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO.

Despacho Aduaneiro de Importação é o procedimento fiscal mediante o qual se


processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, seja
importada a título definitivo ou não (Decreto no 6.759/ 2009, artigo 542).

NACIONALIZAÇÃO.

A nacionalização é a sequência de atos que transfere a mercadoria estrangeira para


a economia nacional. Nas importações definitivas o documento que comprova a
transferência de propriedade do bem importado é, normalmente, o conhecimento de
embarque, enquanto que nas hipóteses de nacionalização de importações
inicialmente ingressadas no país em caráter não definitivo, outros documentos, tais
como a fatura comercial, podem servir para comprovar a referida transferência.

Dentro da importação, a nacionalização funciona como um processo de


transferência de titularidade, onde o produto é importado temporariamente, para ser
utilizado / explorado por um período estipulado através de contrato e aprovado pela
Receita Federal. Assim ao final do período contratado poderá ser prorrogado,
devolvido a sua origem ou feita a nacionalização. Ou seja, o interessado
providenciará o processo de nacionalização, deverá ser calculado o tempo de
utilização ou exploração do equipamento, pagará os devidos impostos (federal e
estadual) e as taxas devidas para ser liberado pela aduana, passando para sua
propriedade o(os) equipamento(os) / mercadoria(as).
DESPACHO PARA CONSUMO.

Despacho para consumo é o conjunto de atos que tem por objetivo, satisfeitas todas
as exigências legais, de colocar a mercadoria nacionalizada, ou seja, transferida da
economia estrangeira para a economia nacional, à disposição do adquirente
estabelecido no país, para seu uso ou consumo.

Segundo Liziane Meira, o despacho para consumo é o procedimento de fiscalização


na importação, com intuito de que a autoridade aduaneira verifique o pagamento dos
tributos sobre a importação e o cumprimento de outras condições ou de controle do
desembarace

DESPACHO ADUANEIRO NA EXPORTAÇÃO.

Despacho Aduaneiro de Exportação é o procedimento fiscal mediante o qual se


processa o desembaraço aduaneiro da mercadoria destinada ao exterior, seja ela
exportada a título definitivo ou não (Decreto no 6.759/ 2009, artigo 542).

Segre, German. Manual Prático de Comércio Exterior (p. 40-42). Atlas. Edição do
Kindle.

BAGAGEM.

Em relação a bagagens, acompanhadas ou desacompanhadas, o


despacho aduaneiro deve ser iniciado em até 45 (quarenta e cinco) dias
da chegada no país. Apresentando todos os documentos exigidos pela
aduana (Art. 29 da I.N. RFB 1.059/2010).
TERRITÓRIO ADUANEIRO.

O território aduaneiro compreende todo o território nacional, estando dividido, para


fins de jurisdição dos serviços aduaneiros, em “Zona Primária” e “Zona Secundária”.

ZONA PRIMÁRIA.

A zona primária compreende as faixas internas de portos e aeroportos, recintos


alfandegados e locais habilitados na fronteira terrestre, bem como outras áreas nas
quais se efetuem operações de carga e descarga de mercadorias, ou embarque e
desembarque de passageiros, procedentes ou destinados ao exterior. Essa zona é
demarcada pela autoridade aduaneira local, ouvido o órgão ou empresa a que esteja
vinculada a administração do porto, aeroporto ou estação de fronteira, e abrange:

■ a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos


alfandegados;

■ a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados;

■ a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados.

Aqui, os recintos alfandegados são os pátios, armazéns, terminais e outros locais


destinados à movimentação e ao depósito de mercadorias importadas ou destinadas
à exportação, que devam se movimentar ou permanecer sob controle aduaneiro,
assim como as áreas reservadas a verificação de bagagens destinadas ao exterior
ou dele procedentes. Incluem-se ainda as dependências de lojas francas. Em tudo o
que interessar à fiscalização aduaneira na Zona Primária, a autoridade aduaneira
tem precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições. São ainda
consideradas como Zona Primária, para fins de controle aduaneiro, as áreas de livre
comércio caracterizadas como Zonas de Processamento de Exportação (ZPE),
destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem
comercializados com o exterior.
ZONA SECUNDÁRIA.

Zona secundária compreende o restante do território aduaneiro, nela incluídos as


águas territoriais e o espaço aéreo. Os recintos alfandegados na Zona Secundária
são os entrepostos, depósitos, terminais ou outras unidades destinadas ao
armazenamento de mercadorias importadas ou destinadas à exportação, que devam
movimentar-se ou permanecer sob controle aduaneiro, incluindo-se também as
dependências destinadas ao depósito de remessas postais internacionais sujeitas ao
mesmo controle.

Segre, German. Manual Prático de Comércio Exterior (pp. 41-42). Atlas. Edição do
Kindle. Rg

OBS.: Existe uma divisão de territórios, chamados de: espaço aéreo, mar territorial –
convenção das nações unidas – divisão dos mares. Após 12 milhas náuticas, 22km
após o seu território nacional). Artigo 3º - C - II do Regulamento Aduaneiro. (Decreto-
Lei no 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):

A liberação aduaneira consiste em uma operação alfandegária, organizada pela


Receita Federal, que regulariza a entrada e a saída de artigos do país, isto é, a
importação e exportação de produtos.

Quando o pedido chega no país, ele entra em uma ordem cronológica na


alfândega para que seja realizada uma análise em busca de possíveis
irregularidades. Depois disso, se for comprovado que tudo está em ordem, há uma
definição de canais, chamados de parametrização, o sistema define o canal de
desembaraço de acordo com os horários pré-determinados pelos portos e
aeroportos. Eles podem ser classificados como:

Verde: no caso de não haver nenhuma verificação realizada pela


receita federal.

Amarelo/importação: apenas a análise dos documentos é necessária;

Laranja/exportação: exame da documentação da carga;

Vermelho: quando é feita uma análise física e documental da compra;


Cinza: a carga será retida por até 90 dias prorrogáveis por igual período, sendo
examinada, assim como seus documentos e ainda estará sujeita à avaliação do
preço da mercadoria (valoração aduaneira).

Entre estes procedimentos, acontecem vários tipos de conferência, onde a


fiscalização poderá identificar algumas irregularidades e assim poderão exigir que
sejam retificadas, em relação às informações apresentadas e até aplicar multas
cabíveis.

Amparo legal da liberação alfandegária. Regulamento Aduaneiro Seção VI- Do


Desembaraço Aduaneiro - Art. 571.  Desembaraço aduaneiro na importação é o ato
pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira (Decreto-Lei nº 37, de
1966, art. 51, caput, com a redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 2o).

Instrução normativa nº 1.702, de 21 de março de 2017. Disciplina o despacho


aduaneiro de exportação processado por meio de declaração única de exportação
(du-e).

Passando por todas as etapas da liberação alfandegária, o representante legal


(despachante aduaneiro) comunica ao cliente que está providenciando os cálculos
de armazenagem e as taxas de utilização junto ao terminal de carga, faz-se a
vinculação do transportador no sistema do terminal, para que a mercadoria seja
retirada dentro do período estipulado.
REVISÃO ADUANEIRA.

Trata-se de uma fase posterior ao desembaraço aduaneiro, onde se verifica a


regularidade de todo o procedimento de importação, em relação ao pagamento dos
tributos, concessão de isenção e benefícios fiscais e as informações prestadas na
declaração de importação.

“Art. 638 R.A.- DEC. Nº 6.759 de 05.02.2009. Revisão aduaneira é o ato pelo qual é
apurada, após o desembaraço aduaneiro, a regularidade do pagamento dos
impostos e dos demais gravames devidos à Fazenda Nacional, da aplicação de
benefício fiscal e da exatidão das informações prestadas pelo importador na
declaração de importação, ou pelo exportador na declaração de
exportação (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 54, com a redação dada pelo Decreto-
Lei no 2.472, de 1988, art. 2o; e Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, art. 8º). 

§ 1o Para a constituição do crédito tributário, apurado na revisão, a autoridade


aduaneira deverá observar os prazos referidos nos arts. 752 e 753. 

§ 2o A revisão aduaneira deverá estar concluída no prazo de cinco anos,


contados da data:

I - do registro da declaração de importação correspondente (Decreto-Lei nº 37,


de 1966, art. 54, com a redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 2o); e

II - do registro de exportação. 

§ 3o Considera-se concluída a revisão aduaneira na data da ciência, ao interessado,


da exigência do crédito tributário apurado”.

Potrebbero piacerti anche