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ASTROLOGIA QABALISTICA

Astrologia Cabalística

O estudo da astrologia cabalística precisa ser feito


com estudos paralelos do Sêfer Ietsirá, a Torá e
várias outras fontes. Na Torá encontramos muita
riqueza que está oculta por trás de seus
simbolismos. Uma frase é fonte de muitas verdades
e inspiração. A Cabalá fica mais fácil de entender
tendo a astrologia como ilustração dos conceitos.
TEMA 1 : Etz Chaim - A Árvore da Vida
Roteiro:
1. As dez Sefirot
2. Os caminhos que conectam as Sefirot.
3. O significado dos planetas nas Sefirot.
4. O significado dos planetas nos caminhos e nos
elementos.
5. Tikun (a correção).
6. Analisando o mapa de uma personalidade.
7. Construção do mapa pessoal e interpretação.
O inicio do estudo da Etz Chaim (Árvore da Vida). As
10 Sefirot, os 22 caminhos, os planetas nas sefirot,
nos caminhos e nos elementos (terra, ar, água e
fogo). Os quatro mundos. As letras hebraicas e seus
simbolismos.

É uma riqueza de conhecimentos e de misticismo,


que dela se tira tudo sobre a vida. Astrologia
Cabalística. Um mundo mágico do misticismo
judaico. Um mapa para a vida ou para qualquer
evento que queira desvendar os mistérios, até de
uma empresa.

Detalhes da Etz, apenas clicando na imagem.


Cada Sefirá possui um planeta regente, cada
caminho é designado por um signo no zodíaco, uma
letra do hebraico que o caracteriza, estão presentes
os caminhos com os elementos da natureza: fogo,
terra, ar e água.

As Sefirót são separadas em quatro mundos


conforme o nível de espiritualidade, e a Arvore da
Vida (Etz Chaim), é dividida em tês colunas, direita ,
esquerda e central e cada uma delas tem uma
tendência, ou expansão ou contração.

Essa é a Etz Chaim natural. As posições são


correspondentes aos planetas em seus domínios, os
signos caracterizando cada caminho, os elementos
em cada Sefirá a forma da energia. Porém,
podemos produzir a Etz Chaim individual, basta que
transportemos as posições dos planetas como
estavam posicionados no céu na data de
nascimento.
Será escolhido o mapa de alguma pessoa conhecida
por todos para que possamos, passo a passo,
conhecer a astrologia cabalística.

Essa astrologia é o mapa da alma e um mapa para a


elevação espiritual Fala do Karma e da missão que
temos nessa vida.

Fornece o caminho para efetivar essa missão e o


desenvolvimento espiritual, bem como o que
precisamos corrigir.

Tema 2: A Sefirá de Chochmá


Chochmá é a Sefirá que guarda as energias mentais
do acesso ao mundo das verdades Divinas. É uma
Sefirá de energias muito sutis, as quais não temos
condições para o controle objetivo de seu
funcionamento. Não é o pensamento individual é o
pensamento universal, o mundo das idéias do Ein
Sof, do Sem Fim. Por isso nosso pensamento é tão
arredio, tão indomável, tão incontrolável. Temos a
impressão que a mente é algo externo a nós. Tudo
se passa sem que tenhamos o controle do que
queremos. O medo injustificável, o pessimismo sem
motivos, a dor sem machucados.

Chochmá é uma energia, que se não tivermos um


auto-controle sobre ela, pode nos levar do céu ao
inferno num milésimo de segundo. A Sefirá de
Chochmá se refere á consciência primordial de D´us
e se não temos o controle para direcionar a sua
atividade em nossas mentes tudo pode vir a refletir
em nossas emoções, desde a alegria suprema até à
dor mais insuportável.

Na astrologia cabalística, nessa Sefirá, é possível


determinar as nossas potencialidades pessoais
relacionadas a sua energia. Os planetas que ocupam
essa Sefirá nos dão a consciência de como estamos
mergulhados nesse mar primordial da verdade
suprema e como a interpretamos. O segredo do
controle desse animal indomesticável é a
interpretação que damos aos seus conteúdos.

Com o astro Sol em Chochmá podemos mostrar


muita intuição, a criatividade natural e uma
capacidade para inovação. O astro Sol retirá de
Chochmá os pensamentos inovadores. Com o astro
Lua em Chochmá a pessoa tem como característica
uma intuição nata e muito profunda. Com a Lua em
Chochmá a pessoa consegue administrar muito bem
a razão e os sentimentos. Geralmente artistas tem
essa configuração no mapa cabalístico. Com
mercúrio em Chochmá, a pessoa age livremente
com seus pensamentos, uma mente livre, com
idéias originais, que fogem ao padrão convencional.
Existe uma facilidade nata para lidar com as ideias
abstratas. Einstein tinha mercúrio em Chochmá,
Vênus nessa Sefirá é o posicionamento de uma
pessoa carinhosa, meiga, calma e pacífica. É uma
pessoa satisfeita consigo mesma.... Como podemos
ver, as Sefirot são como um DNA da alma. No caso
de Chochmá, a capacidade para acessar o mundo
das idéias é possível de ser observável. A Sefirá de
Chochmá existe para todos, porém o planeta que
aparece nela vai dar a característica de como cada
pessoa retira da consciência universal primordial a
interpretação das situações que passa pela vida.
Assim, apesar de ser um animal indomável, através
de uma consciência emprestada de outros planetas,
podemos direcionar as forças das energias de
Chochamá. É o nosso livre arbítrio. Conduzimos
nosso destino utilizando a consciência que
queremos ter das situações que a providência
divina nós coloca no dia-a-dia.
Aplicação do que entendemos sobre Chochma:

Vimos que a Sefira de Chochmá é o fluxo de energia


que faz com que tenhamos uma conexão com a
consciência primordial do Ein Sof.

Porém, esse mundo de pensamentos são como uma


onda imensa nos engolindo. É necessário filtrar,
organizar, decifrar e finalmente entender esse
pensamento, que ainda é uma sabedoria, sem
forma, sem palavras, sem entendimento. Pelo
menos até a próxima Sefira que estudaremos: a
Sefira de Biná.
Tanto Buda como o Rebe Nachman de Bratslav
afirmaram a mesma coisa:
- "Você é aquilo que pensa, tendo se tornado
naquilo que pensava".
As inspirações captadas por Chochmá,
independente do planeta que a ocupa, são
pensamentos que a mente aceita como
verdadeiras, independente da realidade
circundante. A energia de Chochmá é tão sutil e
poderosa que faz a pessoa que a ouve ter a
absoluta certeza de suas palavras.
Assim, é necessário um preparo e auto-controle
muito grandes para que a sabedoria de Chochmá
seja bem entendida por nós.
Se a energia de Chochmá pesca uma ideia do
mundo de Ein Sof, esse pensamento penetra com
tanta força em nossa mente que começa a fazer
parte de nossa vida, começa a fazer parte de nossas
certezas, começa a fazer parte de nossa verdade,
por mais que tudo a nossa volta contrarie esse
pensamento.
Como usar isso?
Da mesma forma que sabemos que se pegarmos
uma arma ela pode disparar. Assim, se pegarmos
em uma arma temos que saber usa-la, caso
contrário, poderemos nos ferir.
Vamos por partes.

Primeiro, os quatro pilares da Cabalá, que mostram


a nossa capacidade de fazer mudanças:

1. Emuná: Fomos dotados da capacidade de mudar


tudo em nós mesmos.
2. Ratson: Extraímos as forças de nossa própria
vontade.
3. Avodá: É necessário um programa constante de
introspecção.
4. Cada sucesso que alcançamos, por menor que
seja, é necessário festejar com alegria.

Esses quatro pilares fazem com que os


pensamentos pescados pela Chochmá sejam
criativos, transformadores, iluminadores e
inteligíveis. Esses quatro preceitos da Cabalá tem
suas raízes em seus próprios conceitos. São uma
síntese prática do que a Árvore da Vida nos mostra
como caminho.
Assim, através da vontade, da boa vontade,
podemos extrair verdades que nos guiam para os
nossos objetivos. De maneira clara, tranquila, com
solidez e certeza. Festejar o sucesso, por menor que
seja, faz com que aquilo que alcançamos seja
aprendido por completo através das energias dos
fluxos sefiróticos.
Agora, a prática desse princípio.

Estou gordo. Sinto fome. Estou tentando fazer


regime, mas quero comer um Big Mac quádruplo. É
um exemplo bem simples, mas quem passa por isso
sabe da dificuldade.

No momento que sentimos a fome, dispara a


vontade de comer o que tem pela frente. Em meio a
essa vontade, pensamentos de auto-reprovação
aparecem. Pare e os ouça. São pensamentos que
realmente estão te reprovando e vão agir
concretamente para que o que vc vai comer te faça
mal. Concentre-se nessa ideia, nesse pensamento
que te veio, como se fosse de outra pessoa.
Conscientize-se, absorva o significado, entenda por
que te veio, e ouça com os ouvidos da emoção.
Coma, mas o suficiente para satisfazer a fome, nada
mais que isso. Sem gula, sem exageros, sem
desesperos. O grande segredo é saber ouvir a voz
de Chochmá.

Pense nesse exemplo com relação a estudar para


uma prova, em se preparar para uma entrevista de
emprego, em organizar seu trabalho, em como lidar
com a família, com a esposa, com os filhos. Pensa
nessa voz que te fala na hora de tratar com as
pessoas, em agradecer, em retribuir um favor, em
honrar a palavra que deu, em se sentir grato por
estar vivo.

A voz de Chochmá é capaz de mudar as nossas


atitudes em direção ao que queremos ser.

Uma síntese da Sefirá de Chochmá:


A Chochmá contém as energias do pensamento
reativo. Nela as ideias, os pensamentos, as intuições
ainda não tem uma forma, é um estado de "pescar"
sabedorias do cosmo, de D' us, do Ein Sof (Sem
Fim).

Esse pensamento reativo, inconsciente, que brota


na mente e é capaz de transformar-se numa
profecia, que auto-realiza-se. É tão

enraizado o pensamento que se fixa no


inconsciente e acaba se tornando um paradigma
para quem o pensa. Como paradigma, e a certeza
como é aceita, a atividade mental cria as suas
próprias evidência dessa realidade. Não diferencia
pensamentos bons de pensamentos ruins, apenas
os aceita inquestionavelmente. É o acesso ao
pensar puro, sem palavras, sem imagens. A força
dessa energia pode ser tanto construtiva como
destrutiva. É a energia pensante do Universo.

TEMA 3: Caminho de Shin - Conexão de Chochmá


com Biná

Os quatro mundos em que a Árvore da Vida está


dividida: 1) Atsilut, o mundo de Ên Sof, 2) Beriyá, o
mundo do pensamento, tanto da sabedoria abstrata
como dos pensamentos como entendimento. Nele
estão contidas as Sefirót de Chochmá, Biná e Daat;
3) Yetsirá, o mundo das emoções e sentimentos.
Nele estão contidos as Sefirót de Chéssed, Guevurá,
Tiféret, Netsach, Hod e Yessod; 4) Assiyá, o mundo
física de nossas sensações. Esses quatro mundos
contemplam as características de nossas duas
almas, a alma animal (Nêfesh Elokit) e a alma
animal (Nêfesh Bechamit).

Já conversamos sobre a Sefirá de Chochma. Em


síntese é um fluxo de energia onde flui um
pensamento reativo, inconsciente, que brota na
mente e é capaz de transformar-se numa profecia,
que auto-realiza-se. Tudo que é pensado é
considerado uma verdade. É tão enraizado o
pensamento que se fixa no inconsciente e acaba se
tornando um paradigma para quem o pensa. Como
paradigma, e a certeza como é aceita, a atividade
mental cria as suas próprias evidência dessa
realidade. Isto é, a mente cria uma realidade
interna desconectada da realidade. É
transcendente.
A Sefirá de Biná, a próxima depois de Chochma,, por
enquanto podemos dizer que é o entendimento
racional das energias que fluem de Chochmá.

O caminho que liga Chochmá a Biná representa o


primeiro elemento da natureza, o elemento fogo e
a letra hebraica associada a esse caminho é o Shin.

Na ilustração, podemos ver quatro planos que


separam o espaço que envolve o mundo
transcendente e o mundo concreto. Atsilut, Beriyá,
Yetsiá e Assiyá. Atsilut é o mundo de Ein Sof, o
mundo sem fim de D´us. O segundo plano é Beriyá,
o mundo onde estão as Sefirót que estamos
estudando.

O mundo de Beriyá contém as Sefirót de Chochmá,


Biná e Daat. Nesse mundo as energias que fluem
entre as Sefirót são as energias originadas na
Criação e usadas para ciar o mundo. Em tudo no
mundo essas energias estão presentes. No mundo
de Beriyá os fluxos referem-se ao intelecto, a mente
consciente e inconsciente. O mundo onde convive o
ser e o não ser. É o "mundo das ideias" de Platão.
No Wikipédia, a teoria das ideias de Platão é
sintetizada:

"A Teoria das Ideias ou Teoria das Formas é um


corpo de conceitos filosóficos criado por Platão, na
Grécia Antiga. Esta teoria assevera que a realidade
mais fundamental é composta de ideias ou formas
abstratas, mas substanciais. Para ele estas ideias ou
formas são os únicos objetos passíveis de oferecer
verdadeiro conhecimento. A teoria foi desenvolvida
em vários de seus diálogos como uma tentativa de
resolver o problema dos universais".
O diálogo de Platão que mais desenvolve essa teoria
é Timeo. Encontrei uma versão muito boa na
Internet. O tradutor e comentários de Rodolfo
Lopes. Faculdade de Letras de Coimbra.

Nessa dimensão existe apenas as essências das


coisas. Nele é pensado o cerne dos conceitos.
Convive nesse mundo a possibilidade do ser e do
não ser, que torna-se possível por essas energias
estarem desvinculadas do mundo concreto e da
realidade, até que atinja a terceira Sefirá que é
Daat, que unirá a mente às emoções.

Para as energias. que descrevemos acima, Chochmá


flui em direção a Biná (entendimento), o caminho
pelo qual essa energia flui é no elemento fogo (letra
Shin), a energia capta as características desse
elemento. Assim, a energia que faz fluir o conteúdo
de Chochmá para Biná é realizado tendo como fluxo
energético o elemento fogo.

O elemento fogo é responsável pela energia


universal radiante. Essa energia é transferida de
forma inflamada e entusiástica. Jung definiu esse
fluxo (do elemento fogo) como "núcleo dinâmico da
energia psíquica". A energia do elemento fogo flui
espontaneamente de maneira inspirada e
automotivada. Os meios dessa energia fluir através
da determinação, da fé em si mesmo, do
entusiasmo, força e honestidade. A liberdade é o
status necessário para ela fluir. Com tudo isso a
energia do elemento fogo pode ser capaz de dirigir
conscientemente o poder da vontade, que em
Chochmá está sem forma e sem foco. A tradução do
nome da letra Shin, que caracteriza esse caminho,
literalmente significa fogo. O formato da letra Shin
lembra uma fogueira (com três chamas). Três
chamas voltadas para cima. A palavra Shin, bem
como a palavra Shaná (ano), derivam da raiz Shiná,
que significa mudança.

Veremos mais tarde, que cada Sefirá contém


também os quatro elementos, dividindo-as em
quatro partes. Fogo voltando seu fluxo para cima,
terra para a esquerda, ar para baixo e água para a
direita.
Com o estudo da Sefirá de Biná (á direita de
Chovhmá) e Daat (a Sefirá que forma um triangula
em Beriyá, poderemos discutir os fluxos mentais
num contexto integrado, que pode começar a ser
utilizado para o autoconhecimento e
desenvolvimento.

TEMA 4: Um pouco de misticismo


O Sefer Ietsirá ( Livro da Formação) é o mais antigo
e mais misterioso de todos os textos cabalistas. Os
primeiros comentários aparecem no século X, e
citado já no século VI. Referências ao trabalho
remontam o século I. A tradição considera sua
existência desde os tempos bíblicos. A tradição
atribui o Sefer Ietsirá a Abraão. Para o
entendimento de seu conteúdo é necessário um
paralelismo na literatura Bíblica e Talmúdica,
quando as palavras começam a fazer sentido.

A Cabalá divide-se em três categorias: teórica,


meditativa e mágica.

A Cabalá teórica é baseada fundamentalmente no


Zohar, que trata principalmente dos processos e
dinâmica do domínio espiritual. A Cabalá meditativa
trata do uso de nomes Divinos para alcançar
estados superiores de consciência. A terceira
categoria, a mágica, está intimamente relacionada à
meditativa. A tradição fala de meditações que
podem influenciar ou alterar os eventos naturais, e
em estados alterados pode-se canalizar poderes
telecinético e espiritual.

O Sefer Ietsirá é dividido em seis capítulos (a versão


que estou usando). O primeiro capítulo trata
extensamente das Sefirót. O segundo, uma
discussão sobre as letras do alfabeto. Nos capítulos
três, quatro e cinco discute-se as divisões das letras
em letras mães, duplas e elementares, relacionadas
ao Universo, alma e tempo, onde podemos
encontrar um sistema astrologicamente
estruturado e detalhado. O sexto e último capítulo
discute os conceitos de eixo, ciclo e coração, que só
aparece, mais tarde no Livro de Bahir, um livro
sobre a Cabalá anterior ao Zohar. Esse último
capítulo conclui com uma estrofe que vincula o
Sêfer Ietsirá a Abraão.

Ao longo dos TEMAS iremos citar passagens do


Sefer Ietsirá para uma abordagem mística da
astrologia cabalística. No primeiro capítulo, a
primeira estrofe menciona os 32 caminhos da Etz
Chaim (os 32 caminhos). As frases da tradução
foram dispostas de uma maneira diferente para
realçar as menções do texto original (esta é uma
tradução de Arieh Kaplan).

Capítulo I: versículo 1
Com 32 caminhos místicos de Sabedoria
gravou Yah
o Senhor dos Exércitos
o D'us de Israel
o D'us vivo
Rei do Universo
El Shadai
Clemente e Misericordioso
Elevado e Exaltado
que mora na Eternidade
cujo nome é Sagrado -
Ele é sublime e sagrado
E criou Seu Universo
com três livros (Sefarim)
com texto (Sefer)
com número (Sefar)
e com comunicação (Sipur).

Vamos analisar cada uma das partes do texto. Em


"Com 32 caminhos", os 32 caminhos referem-se às
10 Sefirót e as 22 letras do alfabeto hebraico, que
representam os 22 caminhos. As letras e as Sefirót
são a base para os elementos da Criação:
quantidade e qualidade.
Nenhum dos nomes de D´us referem-se ao próprio
criador. O Criador é apenas mencionado mediante
as palavras Ên Sof (Sem Fim). Os nomes
mencionados nas escrituras e em outros lugares
referem-se aos diversos caminhos através dos quais
D´us menifesta-se a si mesmo na Criação.

O nome Elohim, usado em todo o primeiro capítulo


de Bereshit (Gêneses), refere-se à manifestação da
delineação e definição da Criação.

Cada um dos 32 caminhos serve para delinear e


definir um aspecto da Criação em particular.
Em hebraico o número 32 é escrito com Lamed e
Bet e é lido como Lêv, que significa coração.

A Torá é vista como o coração da Criação.A primeira


letra da Torá é o Bet (Bereshit - No princípio). A
última letra da Torá é o Lamed, da palavra Israel. As
duas juntas também se lê Lêv. Os trinta e dois
caminhos estão contidos na Torá, que o meio
através do qual a Mente se revela.

Uma interessante abordagem entre as letras Bet


(B), Lamed (L) e o Tetragrama Yod, Vav, Hê e Vav,
podem servir como sufixos de pronomes pessoais:
Dentre todo alfabeto hebraico só há duas letras às
quais estes sufixos , retirados do tetragrama e da
palavra Lêv, podem se reunir, e estas são o Lamed e
Bêt. Isto é, somente entre as letras, numa
combinação duas a duas, obtemos o pronomes
pessoais junto á palavra coração.
O texto do Sêfer Ietsirá:

Shloshim UShtaim Netivot Peliót Chochma


Com 32 caminhos místicos
de Sabedoria

A palavra hebraica usada para caminho é Netivot e


não Dêrech (a mais comum e que também significa
caminho). De acordo com o Zohar, há uma
importante diferença entre ambas. Derech é uma
estrada pública, uma rota usada por todo mundo,
Um Nativ é uma rota pessoal, um atalho aberto por
um indivíduo para seu próprio uso. É um caminho
oculto, sem marcas nem sinalizações, que devem
ser descobertos por si mesmo e caminhar pelos
significados com suas próprias ferramentas.

Os 32 caminhos da Sabedoria são então chamados


Netivot (a terceira palavra). São caminhos privados
que devem ser desbravados por cada um. Não há
uma rota definida. Cada indivíduo deve descobrir
seu próprio caminho.

As 32 palavra Helohim (Deus), que aparecem no


primeiro capítulo de Bereshit (Gêneses), é
considerada no Talmud como um dos sete nomes
sagrados de D´us. O nome Heloim refere-se à Midat
HaDin, o atributo (Midat) de D´us, que julga e clama
por justiça (Din).

Neste primeiro capítulo do livro de Bereshit


(Princípio) encontramos a alusão aos 32 caminhos
da árvore da vida. E cada uma das 32 vezes que
Heloim é mencionado é associado a quatro verbos,
disse, chamou, fez e vi.
Nos versículos onde aparece Helohim associado ao
verbo "disse", aparecem 10 vezes, e estão
associados ás 10 Sefirót.

As sete vezes que Helohim aparece acompanhado


do verbo "chamou", estão associados aos 7
caminhos verticais, chamados de As Sete Duplas.
Nesses 7 caminhos estão os planetas.

As três vezes que Heloim aparece acompanhado do


verbo "fez", estão associados aos três caminhos
horizontais, denominados As Três Mães. Nesses
caminhos estão os elementos fogo, ar e água.

As doze vezes que aparece o verbo "viu" junto a


Heloim, estão associados aos 12 caminhos
inclinados, que são chamados de Os Doze
Elementares. Nesses 12 caminhos estão os 12
signos.
Temos, então, caracterizados na Etz Chaim os
planetas, os signos e os elementos fogo, ar, água e
terra. Além disso, a combinação de três Sefirot,
excetuando Keter, temos também os ritmos,
cardinal, mutável e fixo. A ordem como estão
dispostos é exatamente como estão dispostos do
mapa astral convencional. A diferença está na base
referencial de cada sistema. Enquanto a astrologia
convencional utiliza as áreas da vida, como: casa 1,
como vejo o mundo, casa 2, como consigo acumular
riquezas, casa 3, como me comunico...etc, a
astrologia cabalística utiliza como base referencial
as energias místicas da criação que estão presentes
em tudo na vida e no mundo. É necessário rever
todos os conceitos anteriores para entender como
eles são interpretados nesse novo referencial. A
convencional diz sobre a vida, a cabalística, sobre a
alma.

Vamos voltar à construção da Árvore da Vida,


analisando no TEMA 5 a Sefirá de Biná. Teremos o
conjunto de Chochmá, o elemento fogo que liga à
sefirá de Biná. Vamos analisar a Sefirá de Daat e os
caminhos que ligam Chochmá a Daat e Daat à Biná.
Recorreremos ao Sefer Ietsirá conforme o
desenvolvimento das Sefirót, para que tenhamos o
entendimento mais profundo dos significados de
cada parte da Etz Chaim.

TEMA 5: Mapa astral cabalístico de Albert Einstein


A cada avanço que vamos fazendo na teoria, vamos
também exemplificando concretamente no Mapa
Astrológico, para ter um bom entendimento. Vamos
analisar o mapa de Albert Einstein, Veremos como
os planetas estão localizados e como podemos
interpretar. Fica mais prático e agradável para
perceber como a teoria pode ser aplicada. Para a

construção do mapa astral cabalístico fica fácil em


primeiro lugar calcular o mapa convencional, que
encontramos gratuitamente em vários sites na
Internet (deixarei os links para esses sites no final
desta postagem). Com o mapa convencional em
mãos, transferimos os planetas para a Etz Chaim
(árvore da vida).
Vamos começar a "ler" um Mapa Astral Cabalístico.
Ao lado temos as três primeiras Sefirót que
estudamos até aqui. A sequencia do estudo sempre
será esta. Estudar uma sequencia de Sefirot,
fechando cada triangulo de referência, que
representa um mundo (Assiyá, Beriá, Ietsirá , depois
procurar a mística envolvida na parte estudada e
em seguida ir completando o mapa de Albert
Einstein. Por enquanto, não abordaremos como
construí-lo, será tema para o final. Concentraremo-
nos na análise para depois aprendermos como
construir o nosso próprio mapa.
No diagrama acima temos as três Sefirót, que
referem-se ao intelecto, ao pensamento. A primeira
Sefirá é de Keter que não é preenchida, pois é a
energia de Ên Sof. A segunda Sefirá (Chochmá) tem
os planetas de Saturno e Mercúrio na parte
correspondente ao elemento fogo (a parte de cima
da Sefirá). O caminho entre Keter e Chochmá (a 1a.
dupla) é regido pela letra Hê, do signo de Áries. Está
preenchido pelos planetas Mercúrio, Vênus e
Saturno (podemos ver que os planetas pessoais
podem aparecer em vários lugares do mapa). A
segunda Sefirá é a Biná. Ainda não a estudamos
detalhadamente, apenas mencionamos que
significa o Entendimento, porém me antecipo para
que o estudo fique mais dinâmico. O segundo
caminho que liga Keter a Biná (a 2a. dupla), que
está preenchido pelos planetas Netuno, Plutão e
Kiron, e regido pela letra Vav do signo de Touro. O
terceiro caminho (1a. Mãe, que representa
caminhos do elemento fogo). Está preenchido com
os planetas Lua, Mercúrio, Saturno e Vênus. No final
desta página do blog darei a relação dos planetas e
signos (seus símbolos e denominações)

Dados de nascimento de Albert Einstein


Nascimento: 14 de março de 1879
Horário: 11:30
Local: Ulm, Alemanha

Análise inicial: referindo apenas a esse, Briá


(Chochmá e Biná)
Planeta nas colunas: Direita (tem maior número de
planetas)
Sefirót carregadas: não há ( carregado é ter mais de
três planetas)
Sefirót vazias: não há
Planetas nos distribuídos: Briá (Chochmá e Biná)
Caminhos carregados: Hê - Aries
Elementos em destaque: Fogo

Por enquanto, a análise vai se ater a essa parte do


mapa de Einstein. Esta postagem será para analisar
o mapa depois de cada grupo de Sefirót estudado.
No final de cada tópico será dada a referencia para
está página.

O mapa cabalístico tem três linhas principais. A


linha da direita, que tem o nome de Chéssed (igual
a da Sefirá) é a mais carregada, dois planetas,
Saturno e Mercúrio (no mapa completo essa linha
continua sendo a mais carregada). A linha da
direita, sendo a mais carregada, caracteriza uma
capacidade para o amor (universal), misericórdia e
generosidade. Podemos dizer que o lado
sentimental é mais forte que o racional (racional
não é o matemático, mas a percepção da vida pelo
lado racional). Faremos alusão ao livro escrito por
Einstein, "Como vejo o mundo", para retirar
algumas evidencias de sua personalidade para
conferir com suas características no mapa astral.
Saturno, que no mapa natural rege Biná, está em
Chochmá o que, em geral, indica problemas e
dificuldades com a linguagem e a expressão.
Saturno em Chochma, especial na área do elemento
fogo, indica algum problema mental. Chochmá é a
sabedoria pura, ilimitada, que não passa pelo crivo
da linguagem. Pela biografia de Einstein, ele tinha
dislexia e chegou a ser considerado doente mental
devido a demora para começar a falar na infância.
Algumas fontes chegam a afirmar que ele só se
tornou fluente na linguagem aos nove anos de
idade. Sua genialidade manifestou-se justamente na
capacidade de atingir o pensamento abstrato e na
criatividade de caminhos inovadores de suas
teorias. A presença de Mercúrio juntamente com
Saturno nessa Sefirá equilibra de certa forma a
energia de Saturno. Mostra a capacidade de se
expressar de maneira original e irreverente. è uma
contradição: por um lado a dificuldade de se
expressas e usar a linguagem e, por outro, o jeito
único e peculiar como se expressava. Irreverente,
aéreo, parecendo em outro mundo.

Mercúrio na Sefirá de Chochmá

Mercúrio se sente muito à vontade na Sefirá de


Chochma. Mercúrio é o planeta das comunicações e
do modo de pensar, quando está na Sefirá do
conhecimento e das ideias, o conhecimento
abstrato, mergulhado nas águas da consciência
primordial de Ein Sof, a pessoa pode agir
livremente. Mercúrio indica a liberdade de pensar.
Em termos práticos, a pessoa com esse aspecto
possui uma mente livre, com idéias originais, que
fogem ao padrão e que podem até mesmo, chocar
alguns mais conservadores. A pessoa tem facilidade
para expressar abstratamente, demonstra maestria
nas comunicações e pode ter uma visão holística
das coisas. A comunicação com o mundo espiritual
é facilitada assim como a capacidade de tornar essa
realidade acessível às pessoas. Temos o
comunicador, o tradutor da linguagem espiritual
para o mundo físico.

Saturno na Sefirá de Chochmá

Se Marte já de deixa vestígios na relação do


indivíduo com suas ideias, isso é ainda mais verdade
no caso de Saturno. Aqui temos a pessoa co
dificuldade em acessar ou lidar com seu intecto.
Potante, podemos ter dois tipos básicos de pessoa:
aquela que se reprime, se abnega e regenera os
próprios valores e ideias (talvéz por achá-los
"sujos", "impuros" ou simplesmente
"inadequados") ou aquela que possui una
defasagem intelectual quando comparada à média
das pessoas. Nesse último caso, a pessoa pode
simplesmente ter mais dificuldades com algum tipo
de inteligência (como a matemática ou lógica), pode
indicar retardos (leves ou graves) ou pode ainda,
apresentar problemas mentais graves (dislexia,
distúrbio de atenção, afasia, esquizofrenia,
psicoses, etc). O regente de Biná (Saturno) em
Chochmá, se sente pouco à vontade aqui, o
indivíduo pode se perder entre a razão e o fluxo
intenso de ideias. A pessoa precisa aprender a lidar
com esse fluxo desordenado de ideias e usar
adequadamente a linguagem e razão.

As duas últimas colocações sobre Mercúrio e


Saturno são os significados isolados desses
planetas. A leitura deve levar em consideração a
presença do dois planetas para uma interpretação
mais pessoal. Porém, vemos que as descrições
falam muito da personalidade de Einstein em sua
maneira de pensar.
De uma forma geral, qualquer planeta que estiver
em Chochmá irá falar sobre a maneira como a
pessoa lida com o lado abstrato das idéias. Como é
a consciência subjetiva e como consegue expressar
as suas ideia próprias em relação ao mundo. Tem
planetas que podem indicar doenças nessas áreas,
formas como reage às ideias das outras pessoas e
como se comporta com a sua própria maneira de
pensar. Essa é uma área onde podemos entender as
dificuldades e as facilidades com que as pessoas
tem para lidar com o mundo das ideias, o mundo
abstrato, subjetivo, não concreto.

Podemos analisar o mundo de Briá, que no mapa de


Einstein é o mais carregado de planetas. Vamos
analisar o fato de Briá ser o proeminente, depois
veremos os planetas individualmente.
O Mundo de Briá é o mundo da parte da alma
chamada de Neshamá e inclui as Sefirot de
Chochmá, Biná e Tiferet. O mundo de Briá é o
mundo superior, similar aos céus, que fica acima da
altura dos olhos. è toda informação nova que se
contempla com Tiferet, que está incluída em
Chochmá e processada em Biná. O mundo de Biná
revela o talento escondido em nós e que ainda não
se realizou. Mostra a visão pessoal, a formação da
singularidade do indivíduo e o modo de ligação
teológica que o dono do mapa apresenta.

Vênus da Sefirá de Biná

Venus em Biná mostra o prazer pelo conhecimento.


Veja que Biná também está ligado à Keter, ou seja,
a forma de entendimento pode ser diretamente da
fonte das ideia abstratas, da consciência de Ên Sof.
Com Vênus em Biná a pessoa tem a capacidade de
ser agradável e convincente na exposição de suas
ideia. É o tipo clássico para o diplomata. A pessoa
também tem gosto pelo assuntos de Biná. Essa
colocação é muito comum em mapas de cientistas
que amavam seu trabalho intelectual, ou pessoas
que consideravam a si mesmas muito inteligentes,
sentindo orgulho disso (Saturno em Chochmá
impede esse tipo de manifestação na
personalidade). São pessoas que provavelmente
estarão a vida toda estudando, aprendendo e
buscando formas enriquecedoras de aumentar sua
sabedoria e conhecimento.

Ainda temos que analisar os três caminhos que


conectam as três Sefirot. O caminho da letra Hei,
que liga Chochma a Ên Sof (a 1a. dupla), o caminho
entre Biná e Ein Sof (2a. dupla) e o caminho de
Chochma para Biná (1o. Elementar).

Obs. O objetivo de estudar a astrologia cabalística é


o de aproximarmo-nos o mais perto possível da
Cabalá. Pois na Árvore da Vida estão todos os
conceitas da Cabalá, tanto do Sefer Bahir, como do
Zohar. Estudaremos as duas grandes partes da
Cabalá: a teórica (conhecimento do Zóhar) e a
meditativa (alcançar níveis de consciência alterada
para um conhecimento transcendente).

--------------------------------------------- Final da primeira


análise ----------------------------------------------
Com os novos elementos que agregamos ao nosso
estudo, podemos avançar um pouco mais na análise
do mapa cabalístico de Albert Einstein. O Objetivo
desse estudo é extrair o máximo possível de cada
elemento constituinte de um mapa, para que
possamos enriquecer o conhecimento que
podemos adquirir através dele. Fica fascinante a
pesquisa estudando o mapa de uma personalidade,
pois estaremos entrando no mundo interno de
Einstein. Estaremos vivendo suas emoções, sua
forma de pensar e ver o mundo como ele via.
Conforme comentamos, o livro escrito por Einstein,
"Como vejo o mundo", irá balizar e confirmar (ou
não) os estudos e pesquisas que iremos fazendo ao
longo dessa pesquisa. Os conhecimentos místicos,
relativos ao Sefer Ietsirá, as correspondências na
Torá, as referencias ao Zohar, são fontes riquíssimas
de acesso ao abstrato, ao subjetivo, à alma humana.
Esse é o nosso objetivo: escavar a alma humana em
seus mais profundos segredos.
Tema 6 : Introdução ao Significado das Letras
Hebraicas - A letra Hei

Vamos começar a estudar as letras que


caracterizam os caminhos da Árvore da Vida.
Originalmente, como acontecem com os signos, que
foram criados com a observação das constelações,
toda Etz (Árvore) foi construída à partir das letras
do alfabeto hebraico. A Cabalá diz que o Universo
foi construído com as letras do alfabeto.
Uma pausa importante para entender o que é isso.
O que significa dizer que o Universo foi construído
com letras? Será que D´us precisava de letras para
criar o mundo, como nós as usamos para escrever?
Qual o sentido disso?

O alfabeto hebraico tem os formatos como


apresentam hoje apenas à partir dos últimos três
milênios, antes tinham formas semelhantes, que
foram se aproximando cada vez mais do que são
hoje. O que diferencia uma letra da outra é o som
formado por cada uma delas. Mais que o som, a
forma como gesticulamos para que seus sons sejam
emitidos. Existem grupos de letras que são
gesticuladas à partir dos lábios, da ponta da língua,
do palato, da parte anterior do palato, com a
garganta, etc. Com essas gesticulações os sons são
emitidos.
A primeira letra que vamos estudar é a letra Hei,
como mostra a ilustração no início do texto.
Pronuncia-se essa letra como a palavra em
português “rei” (realeza). O Hei é pronunciado a
partir do ar emitido pela garganta. Experimente
falar várias vezes e cada vez mais lentamente a
palavra “rei” e vc perceberá que a sensação é de um
raaaaa..., uma exalação de ar de dentro dos
pulmões. É uma letra exalada, expirada,
pronunciada usando o ar dos pulmões.

São estas gesticulações necessárias para emitir o


som das letras que importa para entender o
significado de cada uma delas e como elas
caracterizam os caminhos da Etz Chaim (Árvore da
Vida). É assim que o Sefer Ietsirá menciona a
criação do Universo por D´us através das letras. Foi
criado com o vários “sopros” Divinos, da mesma
forma como aparece na criação do homem.
“Formou Ad´nai Heloim (Senhor D´us) o ser humano
do pó da terra, e soprou em suas narinas o alento
da vida, e o homem tornou-se um ser vivente”
(Gênesis 1:7)

É dessa forma que vamos estudar cada letra de


cada caminho da Etz Chaim. Através de sua
gesticulação, sua pronuncia, seu formato (que se
assemelha aos antigos caracteres), para captar a
energia contida. São energias que se encerram nas
letras que dão seu caráter sagrado, tanto pela
referência da Criação por D´us, como da força
espiritual que as anima.

No segundo capítulo do Sefer Ietsirá aparece o


seguinte verso:
Dez Sefirót do nada
E vinte e duas letras [da] Fundação:
Três Mães
Sete Duplas
E doze Elementares.
No trecho do Sefer Ietsirá as 22 letras do alfabeto
hebraico são mencionadas como a Fundação, pois
através delas que o Universo foi criado. Delas
originaram as 10 Sefirót e os 22 caminhos. A Árvore
da Vida (Etz Chaim) não aparece em nenhum livro a
não ser pelos estudiosos, que construíram o
formato como a conhecemos hoje, estudiosos da
Cabalá.. É a forma geométrica que consegue
comportar dez Sefirót, três linha horizontais (Três
Mães), sete linhas inclinadas (Sete Duplas) e as doze
linhas verticais (Doze Elementares). Como o
formato da Árvore, seus nomes também não são
mencionados no Sefer Ietsirá. Seus nomes foram
retirados de dois, entres muitos versículos, que se
referem aos seus nomes:

“Com Sabedoria D´us estabeleceu a terra, com


Entendimento a firmou nos céus e com seu
Conhecimento as profundidades foram quebradas.”
(Provérbios 3:19-20).
“Teus. ó D´us, são a Grandeza, a Força, a Beleza, a
Vitória e o Esplendor, por Tudo no céu e na terra;
teu, ó D´us, é o Reino....” (Crônicas I, 29:11).

No Zohar a palavras Grandeza aparece como Amor


(Chéssed) e a palavra Tudo como Fundação (Iessód).

Assim, entendendo o que as letras representam,


tanto na Criação do Universo, na caracterização dos
caminhos da Etz Chaim, da forma como
percebemos os sons criados e a maneira como os
gesticulamos, vamos analisar o significado de cada
letra. Essa parte da Cabalá teórica é utilizada na
Cabalá meditativa, são meios para alcançar estados
alterados de consciência. Essa matéria será usada
para um estudo detalhado dos 72 nomes de D´us
depois que acabarmos de entender a Astrologia
Cabalística.
Vamos para a análise da letra Hei.

O nome da letra Hei do Aleph Beit (alfabeto)


significa “veja” ou “olhe”. É um chamado de
atenção para focar-se em algo.
O Hei é a letra mais frequentemente ligada aos
nomes de D´us. Como em Hya e Heloim. A mais
sagrada configuração do Nome Sagrado YHVN, tem
dois Hei.
O Hei é uma das letras mais suaves na pronuncia
hebraica. Existe o Reish, o Chet, que são fonemas
similares, mas não possuem a suavidade do Hei,
uma simples respiração, uma exalação do ar, quase
como se tentássemos colocar o nosso interior para
fora.
Quando a letra Hei sussurra em nossa consciência,
podemos ter a certeza de que estamos num estado
santificado. O som vem com a contração do
diafragma fazendo com que o ar que passa pela
garganta emita o som do Hei. É uma letra
pronunciada de dentro do nosso corpo, do mais
dentro que pode sair. O Hei pode ser observado na
respiração ofegante depois de uma corrida. O
fôlego, ou a falta dele, faz soar o som do Hei. O ar
percorre todo o nosso pulmão, passa pelo esôfago,
pela garganta e o som suave, quase como um
respiro, semelhante a um suspiro.

Ar que nasce do mais profundo de mim


Que arranca farto de vida o meu espírito,
Sussurra suavemente como o som da brisa
Esse é o Hei,
Que exala meu ser e respira minha existência.
A poesia é uma forma de expressão que contém a
capacidade de expressar sentimentos. É dessa
forma que o Hei age em nós, é assim que a letra
usada nos nomes de D´us atua em nossa alma.
Daremos uma estrofe de poesia para cada letra que
estudarmos. Teremos no fim vinte e duas estrofes
que irão representar todas as energias da Criação,
das energias que animam toda Criação.

O Hei avisa, alerta, “Veja! Está aqui! Aqui mesmo,


dentro e diante e diante de você, está a expressão,
a manifestação de D´us!”. O Hei alerta para a vida,
para a realidade, trás vida de onde não tem, faz
nascer a alegria de onde só vem tristeza.

Uma passagem da Torá ilustra muito bem como o


Hei interfere no destino:
A Torá narra que D´us indica a fé de Abrão e de
Sarai, sua esposa, adicionando um Hei em seus
nomes. D´us coloca um Hei em Abrão e passa a
chamar-se Abraão, e Sarai, passa a chamar-se Sara
(substituindo um Yud por um Hei). Em seguida,
apesar da idade avançada, Abraão engravida Sara.
Concebe Isaac, iniciando toda a linhagem do povo
hebreu. A letra Hei ajuda a santificar Abraão e Sara,
simbolizando sua capacidade de manifestar uma
nova vida. Isaac significa “riso”, “alegria”, que
nasceu da infertilidade.

O Hei é um grito de alerta para renascer, para dar


vida, para trazer luz à alma. Quando o Hei é
pronunciado de forma interiorizada, trazendo o
nosso eu para fora, pode encerrar um período de
infertilidade, porém, dessa contração do diafragma,
como se fosse um esvaziamento, a alegria, os sons
do riso e do prazer voltam a ecoar em nossa alma.
O Talmud diz que D´us usou as letras Yud e Hei para
criar o Universo. O Yud foi usado para criar o
“Mundo Futuro”, ecia o Hei, para criar “Este
Mundo”. Quando o Hei se manifesta em nossa
consciência, estamos sendo solicitados a prestar
atenção no que está diante de nós, a olhar para as
coisas concretas da vida, a fixar-se “Nesse Mundo”.
Com a consciência dessa letra podemos estar
mergulhados na energia de Ên Sof (O Infinito), que
não nos perdemos, não tiramos os pés do chão
apesar da transcendência.

Assim, com a letra Hei, podemos caminhar da Sefirá


de Ên Sof para a Sefirá de Chochmá.
TEMA 7: Significado da Letra Shin

O entendimento do significado da letra hebraica é


um exercício de concentração e observação da
própria articulação, gesticulação para pronuncia-la.
Veremos isso mais adiante. O Shin é a letra do
caminho que representa o elemento fogo. Shemesh
é sol, esh é fogo. Nas próprias palavras a letra que
dá a tônica da pronuncia trás a sua energia e sua
manifestação. A letra Shin parece uma fogueira com
três chamas. É o fogo ardendo, queimando sem
parar, constantemente alimentado pelo ar. Esh, em
hebraico, fogo, escreve-se com a letra Shin e a letra
Alef, Alef é a letra que representa o elemento ar.
Esh, fogo e ar, ambos nutrindo-se reciprocamente
para não terminar, em constante mudança, porém
com uma suficiência dos elementos que nutrem
suas chamas. A palavra Shadai, um dos nomes de D
´us, começando com Shin, significa Suficiência. Shin
é a letra que faz com que expressemos a suficiência
do que temos para manter a energia, a alegria, o
sorriso. Shchok, significa riso.
Vamos nos atentar para a gesticulação para
expressar a letra Shin. O som do Shin aparece
quando apertamos a língua contra os dentes
inferiores para que o ar saia e em seguida a língua
impede que a boca se feche ficando entre os
dentes. O “ene” mudo de Shin provoca isso. Se
fosse Shim, com “eme” mudo no final, a boca se
fecharia. O que isso parece mostrar? É como se
quiséssemos pedir paz, exalando o ar de dentro do
pulmão, que sai espontaneamente, e não deixa que
as portas de sua liberdade se fechem. Shin é a letra
tônica de Shalom, paz. Suficiência na paz. Estar
satisfeito na tranquilidade da alegria. Satisfação
pelo que é.

Shin

Fogo que queima eternamente em minha alma


Aquieta-te no silêncio da tranquilidade plena no
meu peito,
Erga-te paz que abita a essência de meu ser
E com a letra Shin
Crepite constantemente em chama a minha alegria.
O dia santificado por D´us, em seu descanso na
Criação do Universo, começa com Shin. Shabat. É o
descanso em meio a mudança e a suficiência, a
criação do mundo e seu termino. E D´us viu que era
bom! Era o suficiente.
Shchok é sorriso. O sorriso mantém uma satisfação
na alma enquanto está nos lábios. Viva o Shin
mantendo um sorriso leve no rosto, sem esticar os
músculos da boca, mas enrijecendo suavemente
todos os músculos do rosto. O sorriso se abre
espontaneamente. Isso vai fazer com que sintamos
uma satisfação constante e todos são contagiados.

Tema 8: A Sefira de Biná


A segunda
Sefirá que
iremos discutir é Bina. Já conversamos sobre a
Sefirá de Chochma, onde existe a centelha do
pensamento intuitivo e transcendente, agora a
Sefirá de Biná, Entendimento, aonde a
reinterpretação do mundo através das lentes
Chochmá é direcionado, tomando forma,
discernindo as idéias e estruturando o pensamento
racional, lógico e causal.

Segundo Deepak Chopra, temos 100 mil


pensamentos por dia, sendo que 95% deles são
repetidos a cada dia. Esse é o processo de
Chochmá. No mundo transcendente de Chochmá o
pensamento está livre, fora de nosso controle. Lá
são criadas imagens, símbolos, pensamentos e
todos sem o nosso comando. Um único
pensamento pode ficar se repetindo milhares de
vezes sem que consigamos parar, até que ele se
torne uma verdade, mesmo que totalmente longe
da realidade. Então é nesse emaranhado de
pensamentos que entra a energia estruturadora da
Sefirá de Biná. A chave para criar mudanças está
em, primeiramente, reconhecer hábitos da mente.
A função da Sefirá de Biná é a de absorver a
centelha da Chochmá criativa da reinterpretação e
redirecioná-la segundo uma nova maneira de
pensar. A mudança que podemos fazer, de erros
repetitivos e reincidpentes, da inflexibilidade da
mente de Chochmá, exige um envolvimento
consciente na transição da centelha do pensamento
de Chochmá para o fluxo da maturidade do
pensamento em Biná.

Em contraposição, os pensamentos livres que


percorrem a mente pelo fluxo de Chochma,
também podem ser bons pensamentos, positivos e
construtivos. Nesse caso, aproveitando a força de
Chochmá, a repetição desses pensamentos só trará
benefícios.
Dessa forma, temos duas canalizações das energias
dos fluxos mentais, uma livre e subconsciente,
outra, estruturadora e consciente. Cabe ao bom uso
dessas forças alimentar pensamentos construtivos
ou redirecionar pensamentos destrutivos. Essa
administração das energias psíquicas está a cargo
totalmente de nossa vontade. Esse é o livre-arbítrio
dado por D´us. Somos donos de nossos destinos se
soubermos como direcionar nossa vontade para o
próprio bem estar e saúde.

Como podemos ver na ilustração no topo da página,


Chochmá é regida pelo planeta Urano e Biná é
regida pelo planeta Saturno. Urano atribui uma
característica de rebeldia, criatividade,
impulsividade, inovação, sem a noção de espaço ou
tempo e atitudes inesperadas, enquanto Saturno
atribui um comportamento estruturador,
disciplinador e dotado de tempo e espaço. Esses
planetas são a expressão das duas Sifirot (plural de
Sefirá). Na Etz Chaim natural, esses são os lugares
dos dois planetas. Numa Etz Chaim pessoal, outros
planetas podem estar no lugar de Urano e Saturno.
Assim, os fluxos de energia mental terão
características conforme os planetas que as
ocupam. Como vimos no mapa de Einsteim, em
Chochmá aparecem os planetas Mercúrio e
Saturno, que dão as características possuídas por
Einstein nessas áreas. Em Biná aparece o planeta
Vênus. Esse planeta, na área do elemento fogo, no
topo da Sefirá de Biná, vai determinar uma energia
estruturadora do fluxo de Chochmá direcionada
para a beleza, como veremos na análise no mapa
cabalístico de Einstein, no Tema 5. Nesse TEMA: O
Mapa Astral Cabalístico de Einstein, estará
desenvolvida a análise desse posicionamento de
Vênus, juntamente com o que vimos dos
significados das Letras Hei e Shin, integrando com a
posição de Saturno e Mercúrio em Chochmá, que já
foram discutidos.
Nesse mundo de Beriyá, a inata natureza da mente,
onde fluem as energias de Chochmá, Biná e uma
terceira Sefirá que veremos, Daat (Conhecimento),
as emoções não estão presentes, apenas as forças
da mente. Em Daat, através de um canal para o
mundo de Yetsirá, o plano das emoções, as energias
mentais se conectarão com as energias dos fluxos
das Sefirot por onde fluem as emoções e
sentimentos.

Tema 9: A Astrologia e o Judaismo

Até agora viemos conversando objetivamente sobre


a Etz Chaim, descrevendo as primeiras Sefirot, as
letras hebraicas que caracterizam os caminhos, os
planetas que regem essas áreas e os elementos
fogo, água, ar e terra. Porém, como o Judaísmo
enxerga todos esses assuntos? É contra, é à favor, é
proibido, é estimulado a estudar?

Para responder essas perguntas vamos nos remeter


aos sábios que interpretaram a Torá, o Talmud e
estudiosos da Cabalá. Moshé Chaim Luzzatto,
nascido em Pádua, Itália, no ano de 1707. Também
conhecido como RaMChaL, pelas iniciais de seu
nome, é conhecido pela sua obra O Caminho dos
Justos (Messilat Yesharim), uma obra clássica sobre
piedade/devoção. Nesse livro encontramos um
caminho para a santidade. Porém, um outro livro, O
Caminho de D´us (Derech HaShem), é uma síntese
de todo pensamento judaico. Um livro com quatro
partes: O Fundamento, A Providência, A Alma e
Servindo à D´us. Ramchal sintetiza em poucas
páginas cada assunto ligado á religião judaica. Entre
todos os assuntos, dois deles, são importantes para
responder ás nossas perguntas.
Na primeira parte, O Fundamento, no capítulo
intitulado O físico e o Espiritual, e na segunda parte,
A Providência, no capítulo A Influência das Estrelas,
Rabbi Moshé Luzzatto disserta sobre as forças da
natureza criadas por D´us e as estrelas como
reflexo. As citações abaixo foram extraídas desse
Livro, O Caminho de D´us.

"A criação de modo geral consiste de duas partes


básicas: o físico e o espiritual.
O físico é o que experimentamos com os nossos
sentidos, e isto, por sua vez, é dividido em terrestre
e astronômico. O Astronômico inclui corpos celestes
como as estrelas e os planetas. O terrestre inclui
tudo o que está na esfera inferior: a terra, a água, e
a atmosfera, e todas as coisas detetáveis neles
contidas.
O espiritual é composto por todas as entidades que
não são físicas e que não podem ser detectadas por
meios físicos. Elas, por sua vez, estão divididas em
duas categorias: almas e seres transcendentais.
As almas compreendem uma classe de entidades
espirituais que estão destinadas a a entrar nos
corpos físicos. Elas existem para ficarem
circunscritas por e fortemente ligadas a esses
corpos, agindo sobre eles de várias maneiras, em
épocas diferentes.
Os seres transcendentais compreendem uma classe
de entidades espirituais que não são entidades
destinadas a serem associadas aos corpos físicos.
Eles estão divididos em duas categorias. A Primeira
categoria é composta pelas Forças (Kochót) e a
segunda, pelos anjos."

É sobre essas Forças que no outro capítulo, Ramchal


irá falar sobre as estrelas.
"Na primeira seção, examinamos como todo
fenômeno físico tem suas raízes entre as Forças
transcendentais. Então, quando esses fenômenos
estão assim enraizados de todas as maneiras
possíveis, eles devem refletir-se e transmitir-se a
uma coisa física, na forma necessária.
Por esse motivo, as estrelas e os planetas foram
criados. Através de seus ciclos, todos os fenômenos
enraizados no reino espiritual são transmitidos e
refletidos às suas contrapartidas físicas. Aí então,
eles podem existir no mundo terrestre, numa forma
adequada.
O número de estrelas, assim como os níveis de suas
diversas divisões, foram designados, todos, da
maneira julgada necessária e mais adequada pela
Sabedoria Suprema para esse processo de
transmissão.
A capacidade de existir de todas as coisas terrenas é
influenciada pelas suas respectivas estrelas. Através
dessas estrelas, sua essência é refletida de seu
aspecto lá no alto, entre as Raízes e aqui na terra."

Resumindo numa frase, Rabbi Moshé Luzzatto,


menciona a existência de Forças espirituais
transcendentes. Essas Forças atuam sobre a
existência física e essas influências são refletidas
pelas estrelas, por suas posições e divisões no céu.

É necessário ler o texto na sua totalidade para


entender o raciocínio desenvolvido por Rav Luzzatto
para explicar todo o processo de interação entre as
Raízes, forças transcendentais que atuam sobre o
nosso mundo físico.

É importante mencionar, também, que Ramchal cita


a astrologia como ferramenta para ajudar a ter uma
visão mais clara do mundo físico, porém, que D´us
estabeleceu limites para esse entendimento e
acesso, pois o livre arbítrio existe e pode alterar as
energias e forças estabelecidas.

"No entanto, também é possível que essa influência


estelar seja superada por um poder maior,
Normalmente, isto acontece, e consequentemente
nossos sábios nos ensinam que "Não há uma
constelação (Mazal) para Israel". O poder dos
decretos e da influência de D´us é maior que o das
estrelas, e o resultado disso, então, depende da
influência maior, antes que da influência
astrológica".
TEMA 10: Folha para o Mapa Astral Cabalístico

Neste TEMA iremos mostrar a folha para montagem


do mapa astral cabalístico.

Elementos da folha do Mapa Astral:

1. Etz Chaim
2. Elementos fogo, água, terra e ar nas Sefirót
3. Tabela para colocação dos planetas nas Sefirót
4. Correspondencias dos planetas com o mapa
convencional
4. Tabela das letras hebraicas com respectivos
valores
A folha para montar o Mapa Astral Cabalístico tem
todas as informações para personalizar a Etz Chaim.
Os planetas são colocados nas respectivas Sefirót de
acordo com a posição dos planetas na data de
nascimento. Basta ter as posições dos planetas nos
signos e seus respectivos ângulos para transpor na
Etz Chaim seus posicionamentos.

A análise segue o seguinte roteiro:

1. Calcula-se o signo e o planeta da tônica do mapa


através da numerologia do nome do dono do mapa
e de sua mãe (será descrito mais para frente esse
cálculo).
2. Número de planetas nas colunas para determinar
a mais carregada.
3. Análise das Sefirót mais carregadas (com mais de
três planetas).
4. Análise das Sefirot vazias.
5. Distribuição dos planetas no mapa, área mais
carregada de planetas.
6. Caminhos carregados (mais de três planetas).
7. Elementos em destaque (terra, água, fogo e ar)
8. Análise de cada planeta e cada Sefirá.

Observações:
Em Chochmá é possível avaliar a presença de uma
doença mental
Em Malchut é possível avaliar a presença de
alguma doença física

Pesquisa sobre identificação de Problemas mentais


segundo o mapa cabalístico
Pesquisa aberta
Identificação de problemas mentais pela astrologia
cabalística

A astrologia da cabala trás um mapa da alma, onde


estão as raízes dos problemas mentais.
Especialmente nas Sefirot no mundo intelectual de
Séchel.

Estou fazendo uma pesquisa, com objetivo de


comprovação estatística, na identificação, com um
elevado nível confiança na de problemas mentais e
psíquicos, como alzaimer, depressão e ansiedade,
pânico, neurose, fobia social, psicose e manias,
inclusive a psicopatia.
São doenças metabólicas que podem ser aliviadas e
até controladas com medicação, com exceção do
Alzheimer. Mesmo assim, a Etz Chaim trás caminhos
para aliviar esses problemas, porém não é
descartada a necessidade da medicação. Pessoas
interessadas em ter um feedback sobre esse
assunto no mapa de parentes, ou de seu próprio
mapa podem enviar os dados por e-mail, não é
necessário identificar de qual pessoa se refere.
Os dados necessários para o cálculo do mapa
cabalístico:
Data de nascimento: dia/ mês/ ano de nascimento
Local de nascimento: a cidade natal
Se possível o horário de nascimento.

Os planetas Marte, Saturno, Plutão, Mercúrio, se


posicionados em determinados lugares da Etz
Chaim, combinando com as letras dos caminhos e o
elemento da Sefirá onde está posicionado, pode
alertar para a presença ou potencial
desenvolvimento dessas doenças. Juntamente com
os dados, se tiver o problema mental, por favar
indicar (opcional).

Tema livre: A previsão na Astrologia Cabalística


Como já foi comentado num tema anterior, D´us

restringiu ao homem a possibilidade de fazer


previsões. Olhar o futuro, predizer acontecimentos.
Isso é profecia e somente escolhidos tem esse dom.
Porém, a astrologia foi dada a ser conhecida para
que o ser humano tivesse um conhecimento de sua
alma

e de sua missão durante os retornos da alma à vida.


Para que possamos fazer a nossa correção (Tikun),
precisamos estar conscientes do nosso papel na
vida. É claro que podemos fazer isso sem a ajuda da
astrologia, mas, se a conhecemos, temos uma rota
mais segura do que precisamos fazer, do que
precisamos corrigir e do que precisamos aprender.

A ilustração ao lado é a foto de um folha para o


estudo dos trânsitos. Aparecem os planetas mais
impostantes para esse estudo (de baixo para cima,
Marte, Júpiter, Saturno Urano, Netuno e Plutão).
Horizontalmente, estão marcadas as posições dos
planetas nas constelações, isto é, o percusso de
cada planeta através dos signos de janeiro até
dezembro de 2017. Estão desenhados em vermelho
os trânsitos, marcando o período que eles refletem
o que acontece no "aqui em baixo".

Na astrologia convencional (ou tradicional) as


previsões são realizadas através dos trânsitos
planetários. Trânsitos astrológicos são ângulos
importantes (60, 90, ou 120 graus) entre o planeta
que está em seu percurso normal hoje em sua
órbita em relação a posição de outros planetas do
nosso mapa astrológico natal, ou seja, os planetas
na posição em que estavam na data do nascimento.
Por exemplo. tenho Saturno a 21 graus e 56
minutos no signo de Sagitário.

Os trânsitos importantes com esse Saturno natal no


meu mapa (trânsitos com Saturno são sempre
importantes), serão aqueles em que os planetas em
suas órbitas atuais façam ângulos de 60, 90, ou 120
graus com esse meu Saturno natal, ou seja planetas
que estejam passando por esse mesmo angulo (21
graus e 56 minutos) nos signos de Aquário (60
graus), Peixes (90 graus) ou Áries (120 graus), ou
então, nesse mesmo angulo (21 graus e 56 minutos)
em libra (60 graus), Virgem (90 graus) ou Leão (120
graus), serão trânsitos importantes a serem
estudados. Esses trânsitos mostram as fases da vida
pelas quais estamos passando. Pode-se fazer uma
estimativa do futuro, mas será um tiro no escuro,
pois as interpretações serão muito subjetivas e
muito dependentes do que a pessoa escolhe como
rumo para sua vida (o livre-arbítrio).

No parágrafo anterior abordamos sobre trânsitos.


Eles podem ser muito úteis para entendermos as
fazes pelas quais passamos pela vida. São
principalmente importantes e valiosos quando os
estudamos no momento que estamos passando por
eles. Quanto mais próximo da data presente
olharmos para os trânsitos, mais eles serão valiosos
para um autoconhecimento, para corrigir algo em
nós, para entendermos alguma dificuldade pela
qual estamos passando. Fiz meus mapas e de minha
família durante os últimos 30 anos, sempre no final
do ano e para analisar como seria o ano que estava
entrando. Foram raras as vezes que os trânsitos não
refletiram o que estava acontecendo, e essas vezes
foram com trânsitos que eu pude compreender e
evitar que afetassem negativamente. O s momentos
mais marcantes da minha vida eu pude observar
acontecendo no momento exato desses ângulos
com meus planetas natais.

Bom, e para a Astrologia Cabalística, é possível fazer


essas avaliações? Existem trânsitos na Astrologia da
Cabalá? Podemos fazer com o Mapa Astral
Cabalístico o mesmo que fazemos com o Mapa
Astral convencional?

Sim, sem dúvida nenhuma. Porém, pela própria


estrutura da Etz Chaim, que privilegia mais a
estrutura de nossas almas, que facetas de nossas
vidas, é difícil visualizar o transito. O mapa astral
convencional é como uma ilustração do céu, o
mapa da Cabalá é uma representação das forças de
nossa alma. Porém, podemos identificar os
trânsitos pelo mapa convencional e analisá-lo no
mapa cabalístico. Por exemplo, se estou passando
por um transito de Saturno em sua órbita atual
fazendo um angulo de 120 graus com com meu Sol
Natal (em gêmeos), isso é um trígono entre Saturno
e Sol. Ao envés de analisar o que é isso no mapa
convencional, podemos analisar no mapa
cabalístico. Tenho que procurar onde o Sol (natal)
aparece nas Sefirót e nos caminhos de minha Etz
Chaim. A análise será muito mais aprofundada,
verificando o que se passa em minha alma de
acordo com o transico que está acontecendo. Na
Cabalá tem uma frase que se repete muito: "Aqui
em baixo como lá em cima". Analisar aspectos com
o Tikum são particularmente ricos. Temos o
significado do planeta na Sefirá e o significado do
planeta em transito fazendo ângulos importantes
com planetas nas diversas Sefirót de meu mapa
cabalístico.
Esses trânsitos mostram o que se passa com minha
alma a nível intelectual e emocional, com o Tikun,
Kiron e a Lilit.

Tema 11: Lendo a Árvore da Vida (Etz Chaim)

O homem, ponto de contato entre o céu e a terra, é


uma imagem de seu Criador. A árvore da Vida é um
retrato da criação. É um diagrama objetivo dos
princípios que atuam sobre o Universo. Nela estão
contidas todas as leis que governam o Universo,
bem como sua correlação. Ela é também uma visão
completa do homem.
Aqui no mundo relativo movemo-nos entre
partículas e ondas, sem que a maioria suspeite
sequer de que tudo aquilo que se toca está sempre
desaparecendo, e aquilo que se vê não

está ali. A solidez é uma charada, um estado


temporário do nada, congelado provisoriamente
numa forma familiar aos nossos sentidos, e nós
próprios não passamos de viajantes neste cenário
sempre em mutação que chamamos Terra.

Através da árvore da vida temos uma associação


objetiva que nós dá a visão interior e o
conhecimento do princípio do paralelismo, dos
universos superior e inferior, exterior e interior. A
Árvore reúne numa ordem inteligente todos os
aspectos dos fenômenos, demonstrando-os num
quadro refletido, um universo no qual o Criador
está presente até no mais denso da matéria.
A estrutura da Etz Chaim é baseada em emanações
que fluem da primeira Sefirá (envoltório ou
recipiente), Keter, até a última e décima Sefirá,
Malchut. Após o ímpeto inicial da criação, uma
sequência se desdobra a partir da primeira Sefirá na
coluna central, através de oito estágios para se
dissolver na décima Sefirá no final, também, da
coluna central.
Essa progressão é conhecida como o relâmpago, o
qual ziguezagueia pela árvore abaixo. Começando
por Keter (Coroa), flui por Chochmá (Sabedoria),
onde se manifesta com uma dinâmica potente no
alto da coluna denominada de Abba (o pai
cósmico), o princípio masculino, encabeçando a
coluna da direita. O fluxo de energias, o relâmpago,
atravessa Biná (entendimento), o qual como Íma (a
mãe cósmica), encabeçando a coluna esquerda
feminina. As colunas, ativa e passiva,
respectivamente, a coluna da esquerda e da direita,
denominadas os pilares da severidade e da
misericórdia.
O fluxo das emanações, saindo do mundo de Beriyá
(intelecto), flui para a coluna da direita em direção a
Sefirá de Chessed (misericórdia)[2º. estágio]. Aqui, a
energia passando para a coluna ativa novamente,
assume a qualidade dinâmica e expansiva desse
estágio, antes fluir para a próxima Sefirá, Gevurá
(julgamento)[3º estágio]. Nessa última Sefirá, a
força é testada, calculada e ajustada, antes de ser
transferida para Tiferét [4º estágio], a Sefirá vital,
no pilar médio da Etz (árvore). Nesse momento há
um ponto crítico de equilíbrio. Tiferét (beleza), tem
uma relação especial com Keter, com a conexão que
tem através do eixo central. A única coisa que
separa Tiféret de Keter é uma Sefirá invisível,
conhecida como Daat (conhecimento) que atua
apenas em condições particulares. Em Tiféret uma
imagem é mantida, um espelho de Keter, porém
atuando numa intensidade menor, depois de passar
pelo véu que separa o mundo de Beryá (intelecto) e
o mundo de Ietsirá (formação). As emanações são
passadas então para a Sefirá de Nétsach
(eternidade) [5º estágio]. Esse é o ponto onde as
funções ativas repetem-se continuamente para
manter o nível de energia. Dessa Sefirá
transformadora a emanação flui para Hod
(esplendor) [6º estágio]. Hód pode ser traduzido
também como reverberação, o que é, talvez, uma
melhor descrição de Hód., cujo trabalho é colher e
passar a informação. A partir daí a emanação toca
novamente a coluna central se se encontra com a
Sefirá de Yessód (fundação)[7º estágio]. Aqui as
emanações são novamente refletidas, porém de
forma obscura, um reflexo de um reflexo, porém
ainda forte para produzirem intensas projeções
(apenas projeções). Diretamente abaixo, a última
Sefirá, Malchut (reino)[8º estágio]. Nessa Sefirá
estão acumuladas todas as energias, ativas e todo o
processo recebido da Sefirá superior.
Shimon HaLevi, em seu livro Tree of Life, An
Introduction to the Cabala, faz uma analogia do
fluxo da emanação Divina através das Sefirót com a
atividade de escrever um livro:
“.....o relâmpago passando através da Árvore da
vida pode ser encontrado no processo de escrever
um livro. Keter é a coroa, o princípio ativo. A ideia é
concebida em Chochmá. Como uma visão, ela pode
ser poderosa, a semente de um grande romance,
mas em Chochmá é meramente uma ideia,
poderosa mas informe. Por um longo período ela
começará a ser formulada em Biná. Será como uma
peça ou como um filme? Talvez melhor como um
conto curto e objetivo? O tempo e o princípio da
receptiva Sefirá de Biná dão-lhe forma de livro,
digamos de tamanho médio, dedicado a uma
situação particular, no qual certos personagens
serão incluídos. Nesse estágio ele pode permanecer
por alguns anos, na mente do escritor, o qual talvez
nunca chegue a escrevê-lo. Mas, um dia, ele ganha
corpo, numa entidade definida. É Daat,
conhecimento,. Daí em diante será um processo
totalmente novo, chamado por alguns escritores de
“bolação”. Ao período de incubação segue-se a
gestação, com características de crescimento e
expansão. As situações se desenvolvem, fragmentos
de diálogos aparecem na consciência do escritor,
personagens começam a se desenvolver., toda a
história começa a se completar e fazer sentido.
Nesse ponto, Chéssed, da operação é que o escritor
atira-se ao trabalho ou perde, por pura dissipação
mental, ideias que borbulham dentre dele. Ele
começa a escrever um esboço, organizando as
forças criativas presentes em seu espírito. Contudo,
ele precisa julgar e orientar (função de Guevurá) o
material que Chéssed lhe fornece, uma vez que ele
é quase excessivo. Aos poucos, o livro começa a
ganhar forma, a essência, ou Tifeéret, começa a se
manifestar. Talvez seja o mais importante trabalho
de sua época, a destilação da experiência de toda
uma vida, talvez se trate apenas de um humilde
livro didático, mas seja como for ele trará sua
própria marca registrada, sua personalidade
particular. É assim que nós distinguimos um Tolstoi
de um Hemingway. Em Tiféret, a síntese da forma e
da energia está centrada na coluna do meio, e aqui
está a razão pela qual a Sefirá é conhecida como
Beleza. De qualquer maneira, a esta altura do livro
ainda não estará visível, estando ainda em grande
parte na mente do escritor. Ele ainda tem que
compô-lo em seu todo, ou a obra será mais uma
obra-prima não escrita. Netsach (eternidade)
cumprirá essa parte da tarefa. As força vitais do
corpo, controladas por Hod, os processos
voluntários, farão com que a pena se mova sobre o
papel. Netsach sabe sua tarefa instintivamente,
enquanto Hod, treinado com reflexos mentais e
físicos, enfoca os conhecimentos adquiridos com a
linguagem, no que serão sentenças compreensíveis.
Yessód, fundação, que é um amálgama de tudo o
que já passou, organiza a operação de um modo
bem pessoal, retendo o que já foi escrito e
mantendo a memória do conjunto, para efeito de
consulta e referência. Malchut, é a última Sefirá, o
corpo e o livro em si, a verdadeira manifestação
física no mundo. O céu encontrou a Terra.” Nos
próximos temas, vamos terminar o mundo de Beryá
(intelecto), falando do significado da letra Vav.
Encerrando essa parte, analisar o mapa astral de
Einstein na totalidade do que aprendemos até aqui.
As Sefirót, as letras, o elemento fogo e os signos
com os planetas de Albert Einstein.

TEMA 12: A Cabalá, os Anjos, 72 nomes de D´us e a


Astrologia
A partir desta postagem estaremos entrando no

mundo místico da Cabalá. Pelos caminhos da


astrologia iremos conectar-nos aos Anjos Espirituais
que habitam os mundos superiores. Estaremos
desenvolvendo mantras para a meditação. O Zohar,
o principal livro sobre a Cabalá, juntamente com o
Tânya (Likutei Amarim Tanya), escrito por Schneour
Zalman de Liadi, o primeiro Rebe de Lubavitz, o
Sêfer Ietsira (Livro da Fundação) e principalmente a
Torá, de onde são retiradas as revelações para
todas essas obras, são as nossas fontes para estudar
a astrologia e os anjos, os mantras e os nomes de D
´us.

Objetivamente, antes de entrarmos nesse assunto,


para estudar a parte teórica, o misticismo e a
possibilidade de utilizar todo esse aparato para a
alma, vamos saber o que temos pela frente.
Num post anterior, foi mencionado os vários níveis
de entidades criadas no Universo. Foi quando
conversamos sobre o livro Os caminhos de D´us, de
Moshe Chaim Luzzatto, quando discutimos sobre a
astrologia e o judaísmo. Para sabermos do que
vamos discutir e ter de antemão os recursos que
dispomos para trabalhar a nossa alma, vamos dar
um breve passeio por esse assunto: os anjos e os 72
nomes de D´us.
Os 72 nomes de D´us foram tirados da Torá, o
antigo testamento, de três versículos que contam a
passagem do povo hebreu através da abertura das
águas do Mar Vermelho, que Moisés serviu de canal
para salvarem-se da perseguição. Os três versículos,
em hebraico, cada um deles tem 72 letras. Uma
combinação da primeira letra do primeiro versículo
com a última do segundo versículo e a primeira
letra do terceiro versículo, até a combinação das 72
letras, formando 72 palavras de três letras,
formando os 72 nomes de D´us, cada uma deles
com três letras.
Cada nome de D´us está relacionado a um anjo, que
serve para enviar a luz (Ór) de Ên Sof (O Sem Fim)
para a criação, para o mundo material, incluindo o
homem. Mais precisamente, os anjos foram criados
por D´us para servir de emissários das Forças
Divinas. A palavra Anjos em hebraico (Malachim),
significa EMISSÁRIOS. Assim como cada Nome de D
´us está associado a um anjo, cada anjo está
associado a uma parte de uma constelação (Mazal).
Cada anjo está associado a um intervalo de 5 graus
num signo do zodíaco que tem 30 graus. São 72
anjos regendo 72 canais de Luz. O primeiro anjo,
associado ao primeiro nome de D´us, é Vehu (três
letras, Vav, Hei e Vav), significando "A força da
superação", que ocupa os primeiros cinco graus de
Áries. Cada Anjo tem seu mantra, uma frase dos
Salmos. Para Vehu, está associado a ele o Salmo 3,
versículo 4: "Tu, Meus D´us, é um escudo a me
proteger. És minha glória, a razão de se manter
erguida a minha cabeça". Na Etz Chaim (àrvore da
Vida), os dois primeiros caminhos são regidos pelas
letras Vav e Hei.

No diagrama de Chochmá, acima, estão associados


a cada elemento (fogo, terra, ar e terra), dois
nomes de D´us e os respectivos Anjos. Cada planeta
que estiver posicionado em algum elemento, no
caso de Chochmá de 20o a 30o dos signos Cadentes
(já discutimos isso antes), terá dois Anjos
emissários, o primeiro, dentro desse intervalo de 0
a 10o dos signos cadentes, 0 a 4o o primeiro anjo e
5o a 9o o segundo Anjo.

Todo esse sistema criado em torno da Etz Chaim,


seus caminhos, Sefirót, planetas, letras, anjos e o
nome de D´us, propiciam um entendimento
profundo de cada parte de nossas almas. É um
sistema montado com as energias primordiais da
criação e que agem diretamente sobre a nossa
maneira de viver e ver as coisas.

Assim, tudo que existe em nosso mundo, mesmo a


menor folha de grama, recebe, essa Luz
transportada pelos anjos. Da mesma forma
acontece com os planetas.
Entre a Luz (Ór) emitida pelas Forças da Criação
(representadas pelas Sefirót), constantemente e
ininterruptamente, movem a nossa existência, e a
luz que se reflete em nosso mundo físico, o mundo
da matéria, existem diferentes planos. São eles:
Emanação, Criação, Formação e Ação (já
comentado anteriormente). Entre esses vários
planos estão os anjos. No livro de Maimônides, Os
Oito Capítulos, é desenvolvido extensamente esse
assunto e o usaremos como fonte para
determinados esclarecimentos.

Oa anjos são entidades que vivem em planos


intermediários e que fazem a ponte entre o ponto
inicial da Luz (Ór), ao qual chamamos D´us, e tudo
que existe em nosso mundo físico. São energias
invisíveis, mas que possuem grande poder de
influência sobre nossas vidas.
Na Bíblia, O Antigo Testamento (Torá), uma
passagem mostra como é claro a presença dessas
entidades espirituais entre nós: em Gênesis capítulo
2, versículo 4, quando Jacob, em um momento
caótico de sua vida, dominado pela dúvida, deita
sua cabeça em uma pedra e sonha com anjos que
sobem e descem por uma escada. A partir de então,
sua vida toma um rumo completamente diferente.

Qual o estudo que estaremos desenvolvendo aqui


com esse assunto?

Estaremos caracterizando cada anjo com sua


associação ao nome de D´us, entre os Seus 72
nomes. Entenderemos o significado de cada um
desses 72 nomes, cuja incumbência desses seres
espirituais é de acompanhar-nos em nossa
passagem pela vida. Da mesma forma como damos
um significado aos planetas em nossas Sefirot,
teremos os anjos que regem nossas motivações de
vida. Poderemos entender através desse estudo
como as Forças da Criação estão agindo sobre nós,
pela Providencia Divina, para a nossa Correção
(Tikun), ou seja pelo propósito com que viemos
para esse mundo, qual a nossa missão e como ela
pode ser realizada.

A partir desse tema, estaremos estudando cada


Sefirá, o significado de cada planeta contido nas
Sefirot, o anjo que rege cada posição de nossos
planetas e o nome de D´us atribuído a esse anjo,
cuja meditação sobre suas letras e seu significado,
nos darão a consciência do que somos, o que
estamos incumbidos de realizar e como podemos
fazer isso.

Com isso, podemos configurar as posições do mapa,


e nele, associar a cada parte do mapa um anjo.
Dentro de um mesmo signo, que tem 30 graus no
círuculo zodiacal do mapa convencional, estão
associados quatro anjos, um para cada 5 graus do
signo. Por exemplo: em nosso mapa, no signo de
Áries, que tem 30 graus dos 360 do círculo zodiacal,
cada cinco graus tem um anjo associado. Do angulo
zero de Áries até o quarto grau, o anjo Vehuiah é o
emissário que cuida das "Forças de Superação" e
tem associado o nome Varru de D´us (Vav, Hei e
Vav). Para este anjo uma frase do Salmos é o
mantra que o anima, o Salmo 3, versículo 4. "Tu,
meu D´us és um escudo a me proteger. És minha
glória, a razão de se manter em pé minha cabeça".
Com exceção de alguns anjos, todos os demais tem
seu nome determinado, adicionando ao nome de D
´us o sufixo "el". Yeliel, para o segundo nome de D
´us Yeli, Seitel, para o terceiro nome de D´us Seiat,
Alamia, para o quarto nome de D´us Olam, e assim
em diante, todo círculo do zodíaco está configurado
com os 72 anjos e os 72 nomes de D´us, com os
respectivos Salmos atribuídos a eles. O circulo
zodiacal, que é uma fotografia do seu, mostra os
360 graus em que estão as constelações, e nelas os
signos. Cada signo tem 30 graus e em cada 30 graus,
quatro anjos estão associados a cada cinco graus.
Temos então 4 anjos para cada um dos 12 signos, e
consequentemente, 4 anjos para cada signo,
completando os 72 anjos.

Na prática temos a seguinte situação para a


meditação cabalística (o tema místico da Cabalá).
Analisando o mapa astrológico cabalístico,
identificamos nossas forças da alma. Os potenciais,
as capacidades, nossas necessidades, o Tikun (o que
deve ser corrigido). No mapa astrológico
convencional fazemos o estudo dos trânsitos pelos
quais estamos passando. Os trânsitos vão revelar
quais as partes do mapa cabalístico está sendo
estimulado. Seja um trânsito de uma boa fase, ou
um transito em que estaremos sendo testados,
teremos um anjo regendo a posição daquele
planeta que está sendo afetado (pelo seu
posicionamento em algum signo). Temos então a
ajuda espiritual, com a mentalização e
entendimento do nome de D´us associado e o anjo
que rege o planeta afetado. Temos nesse momento
o anjo que pode nos sustentar, emitir as energias a
que ele tem como missão de ser o emissário, um
texto do Salmo, para entoarmos. Sobre essa
configuração para o momento em que estamos
passando a meditação nos dará a conscientização
do que temos que mudar em nós mesmos. Como
consequência, cada Sefirá está regido por seis anjos.
No mapa cabalístico, temos então para cada Sefirá,
quatro anjos cuidando de seus quatro elementos
internos, fogo, terra, ar e terra. A representação de
cada planeta nessas áreas do mapa em nossa alma,
tem um anjo para nos orientar, disponibilizar as
energias do Cosmos e varis outros recursos que
iremos ver nos próximas postagens. Mais uma coisa
para falarmos, além do planeta natal que esta sob
um determinada trânsito, podemos nos beneficiar
desse sistema cabalístico para uma auto-
conscientização de nossas falhas, aspectos trazidos
de vidas passadas e que nos acompanham,
realização de nosso Tikun (correção) através do que
foi exposto aqui. Basta recorrer aos dois mapas, o
cabalístico para características enraizadas na e, no
mapa tradicional, as várias facetas de nossa vida,
encontrar os Nomes de D´us e seus respectivos
anjos, para que possamos fazer o ajustamento de
nossas deficiências, ou mesmo, o estímulos para
nossos potenciais. É isso que faremos nas próximas
postagem. Primeiro definindo todas as relações
entre signos, Anjos, nomes de D´us e textos do
Salmos.

Conclusão:

A começar do próximo post, iremos analisar


juntamente com a Sefirá e o planeta na Etz Chaim,
as forças espirituais de anjos emissários para a
nossa vidas e como podemos ter a ajuda para nos
conduzir em direção ao nosso Tikun (Correção).

Tema 13: Análise do mapa - Forças da Emanação


Divina e Mudanças
Anjos missionários de D'us mostrando o nosso
caminho

A melhor maneira, e mais eficaz, para entender


como é o uso dos recursos místicos da Etz Chaim é
analisando um mapa de uma pessoa e aplicando os
conhecimentos, que temos disponíveis pela Cabalá,
para perceber como todo esse conhecimento pode
ser utilizado em nosso benefício, em direção ao
nosso aperfeiçoamento. Vou utilizar um mapa
recentemente analisado, focar a parte da Etz Chaim
onde problemas foram identificados, primeiro em
trânsito astrológico, depois com posicionamento de
planetas na Árvore da Vida. Obviamente, não darei
dados sobre a pessoa, nem detalhes sobre sua vida.
Vamos olhar o mapa como se fosse alguém
desconhecido.
Inicialmente vamos descrever o que o mapa traz, as
posições de planetas relevantes que vamos analisar,
os elementos da natureza (fogo, terra, ar e água), as
Sefirót carregadas (com pelo menos três planetas) e
a parte da Etz que está sendo afetada pelo trânsito
do planeta Urano. Transito é um estudo, na
astrologia convencional, que interpreta o
significado de determinada ocorrência astronômica
em relação ao mapa natal que está sendo o objeto
de estudo. O trânsito são ângulos importantes (60,
90 120 e 180 graus) entre o planeta que está em
órbita (no caso vai ser o planeta Urano) om o
planeta do mapa natal escolhido para estudar. O
trânsito é Urano formando uma quadratura (90
graus) com o Sol natal. Um transito longo, com uma
duração de mais de dois anos. Inicialmente, vamos
estudar a posição de Urano na Sefirá de Biná e em
seguida usar os recursos místicos abordados no

Tema 12, para entender como pode ser usado para


mudanças que queremos fazer em nós mesmos
Este é um mapa que eu analisei a pedido de um
amigo. Obviamente, guardarei o sigilo de seus
dados, porém é interessante a interpretação dos
posicionamentos dos planetas nas Sefirot. Vou
colocar aqui os posicionamentos dos planetas das
Sefirot de Beriá, o mundo do Intelecto, que é o que
estudamos até agora. Explicar o transito
mencionado acima e usar os pontos onde estão
localizados os planetas que "estão sendo
estimulados" pelo transito, para acessar os nomes
de D´us que estabelecem os canais de energia
canalizados pelos Anjos, emissários de HaShem (D
´us). Teremos uma ideia do que é possível fazer com
o mapa cabalístico no sentido de transformar a
nossa visão em relação aos acontecimentos pelo
qual passamos e também, como podemos aprender
com essas situações e corrigir alguma coisa em nós
em direção ao bem estar, à felicidade.

Análise do Mapa Cabalístico

Elementos predominantes: Ar – Água

Pessoas com esses elementos da natureza


predominantes em seu mapa são criativas e
imaginativas. Os artistas de todas ás áreas são
capazes de vizualizar outras realidades e outros
mundos. A pessoa é sensível, emotiva e consegue
ter empatia com todos à sua volta. O dono do
mapa, tendo também planetas no elementos Terra,
faz com que os aspectos negativos dessa
configuração não sejam importantes, embora
alguma dificuldade em lidar com aspectos práticos
possam aparecer eventualmente. São
características dessa configuração a gentileza,
sensibilidade, bondade, doçura, generosidade e
sociabilidade.

Chochmá – Os planetas Júpiter(♃), Plutão(♇) e


Marte ( ♂)
O Planeta Júpiter (♃), no elemento Terra de
Chochmá
É um posicionamento muito feliz na Etz Chaim
(Árvore da Vida). Em tudo que Júpiter toca provoca
expansão, desenvolvimento, abrangência,
amplitude. Por estar no elemento Terra, são
minimizados os efeitos negativos, que é a falta de
limites e a desordem. Com Júpiter na Sefirá da
Sabedoria da Consciência Primordial, faz com que
fortes atributos sejam características natas do dono
do mapa: liderança, facilidade em aconselhar,
altruismo, preocupação como bem estar do outro,
compreensão, apesar de Mercurio estar na Sefirá de
Guevurá, que denota imposição da opinião. A
palavra chave para esse posicionamento é
Liderança, e mais especificamente nas esperas
espiritual e religiosa. Possui um profundo
autodomínio, diferente de contido, é uma
verdadeira força de controlar seus impulsos. Entre
suas preocupações principais está a de cuidar dos
outros, de poder transmitir segurança e apóio,
expressando com muita facilidade a tranquilidade
de espírito. A criatividade e originalidade faz com
que, quem tem Júpiter em Chochma, ter a
capacidade de transitar por todas as áreas de
atuação que envolvam grupos de pessoas, partes da
sociedade, reunindo pessoas que se interessem
pelo que o DM tem a dizer. Aconselhamento em
grupos, liderança nas ideias, ensinar formas de
conduta, ou através das próprias atitudes, ou
através de ensinamentos. Como a liderança e o
auto-controle são as chaves desse posicionamento,
são essas qualidades que o DM (dono do mapa)
consegue transmitir como muita facilidade. Porém,
se esse é um caminho de vida, aconselhar, é
necessário que haja um estudo detalhado do
método como irá fazer isso. Júpitar não propicia
detalhes, mas abrangências, por isso, é preciso criar
métodos, caminhos estudados de maneira
específica, roteiros de desenvolvimento, planos de
entendimento e principalmente estratégias de ação.

O Planeta Plutão (♇) no elemento Ar da Sefirá de


Chochamá
Esse planeta, e em especial no elemento Ar, quando
colocado na Sefirá de Chochmá, indica uma
personalidade carismática e cativante. É o tipo da
pessoa que se interessa por diversos assuntos, que
tem uma mente profunda, aguçada e muito
perspicaz. Em geral, são pessoas com o intelecto
altamente desenvolvido, que dominam e têm muito
poder sobre os aspectos mentais, em especial
aqueles associados ao inconsciente: memória,
criatividade, capacidade visual, senso crítico,
pensamento abstrato. Novamente, nesse aspecto,
por estar no elemento Ar, os aspectos negativos e
perigosos não estão presentes em sua
personalidade, apenas é necessário tomar cuidado
com a tendencia de dominar as outras pessoas
através da argumentação mental, e isso é bem
amenizado pela característica de possuir um auto-
controle acentuado, pelo posicionamento de
Júpiter, também nessa Sefirá.

A associação dos planetas Júpiter (♃) e Plutão (♇)


na Sefirá de Chochmá
A capacidade nata para a liderança e preocupação
com o bem estar dos outros, associado com a
capacidade de lidar com a mente profunda, os
pensamentos incoscientes, e poder mental no
relacionamento com grupos, o DM tem a facilidade,
e se sente bem tendo essas atividades: orientação e
treinamento de grupos, reuniões entre pessoas com
um determinado objetivo, consultorias. O DM tem
grande sucesso e realização pessoal na condução de
grupos de pessoas. É a associação planetária de
Gurús, líderes políticos, formadores de opinião, e
com uma grande capacidade de desenvolver
mecanismos para conduzir ideologicamente seus
seguidores.

Marte ( ♂) no elemento Ar da Sefirá de Chochmá


Marte é um planeta energético. É o planetas das
batalhas, das lutas pelo que acreditamos. Marte na
Sefirá de energias sutis de Chochma poderiam
provocar grande irritação, nervosismo e ansiedade
se estivesse no elemento fogo. Porém com Marte
no elemento Ar, indica uma pessoa com talento
para lutar pelo que acredita sem o uso da força,
mas com a argumentação, a intuição. Com essa
posição o DM tem ideias que atingem as
profundidades do ser, é obstinada, não muda
facilmente de opinião e segue fiel ao seu modo de
pensar e agir. A agressividade física está sublimada
na forma de um guerreiro no plano das ideias,
usando sua iniciativa de maneira sábia, de forma
estratégica e sem impulsividade ou violência.

Marte ( ♂), Plutão (♇) e Júpiter (♃) ocupando


conjuntamente a Sefirá de Chochmá
Considerando as explicações acima sobre os
planetas Júpiter e Marte, vamos entender como
funciona o planeta Plutão juntamente com a dupla
mencionada na Sefirá de Chochmá. Analisamos
Júpiter no elemento Terra e Marte no elemento Ar.
É a capacidade de liderar grupos para alcançar
objetivos em comum. Marte (que já analisamos)
estando no elemento Ar da Sefirá, juntamente com
Plutão vai acentuar as características intelectuais de
desse planeta. Se Plutão caracteriza uma mente
profunda ligada a ideias do inconsciente, Mercúrio
propicia essa sabedoria nata na área consciente
também, porém numa sabedoria de ideias
abstratas. O DM tem a capacidade de lidar com
assuntos transcendentes, do tipo inconscientes,
conforme mencionado nas características de Plutão,
mas também tem acesso e facilidade no mundo dos
pensamentos abstratos e sabe expressá-los. Aqui
cabe uma orientação. Como existem muitas
energias conjugadas nessa Sefirá, as energias
criativas do DM podem criar uma ecessiva
ansiedade (saudável) para expressar tudo aquilo
que tem em mente ou que está trabalhando. Para
que a expressão de suas ideias possa fluir com
tranquilidade, boa compreensão por quem o ouve,
é necessário criar um método para que isso
aconteça naturalmente: um curso de oratória seria
muito bem aproveitado e com resultados
extremamente úteis.
Sol ( ) no elemento Ar na Sefirá de Bina
Analisando de maneira isolada o Sol em Bina, o DM
tende a ser uma pessoa racional, determinada,
lógica e direta. Pode também indicar gosto por tudo
que é cerebral, racional e intelectual, desde jogos
até novas teorias científicas. Esse planeta em Biná,
enfatiza os posicionamentos de Chochmá no que diz
respeito a pensamentos com profundidade e
abrangência. Como está no elemento Ar, o lado
emotivo convive com o lado racional
harmoniosamente. Porém, juntamente com o Sol
em Biná, aparece também o planeta Urano.

Urano (♅ ) no elemento Ar
Vamos nos deter um pouco mais nesse planeta, pois
explicará em muito o transito que o DM já está
começando a passar no final desse ano (2016) e se
prolongará por todo o ano de 2017.
No livro “Astrologia, psicologia e os quatro
elementos”, Stephen Arroyo estuda exaustivamente
o significado do elemento Ar, elemento da Sefirá de
DM, onde estão posicionados o Sol e Urano.
Diz Arroyo,:
“...os signos de Ar focalizam suas energias em ideias
específicas que ainda não se materializaram. Desse
modo, embora os signos de Ar sejam
frequentemente acusados de serem seguidores de
sonhos sem valor prático, estão desempenhando
um papel na realização da criação, no nível social
mais amplo, pois suas ideias podem,
eventualmente, afetar a vida de milhões de
pessoas”.
“... tratam da “experiência na sua preocupação com
as relações teóricas”. A ênfase sobre teoria e sobre
conceitos, na vida das pessoas do signo de Ar, leva-
as à decoberta de um modo de expressão mais
compatível na arte, nas palavras e no pensamento
abstrato”.
O posicionamento de Urano e Sol na Sefirá de Biná
atribui ao DM um entendimento mais prático e real
com relação a esses assuntos, não deixando de ter
também os fundamentos teóricos para a
estruturação das ideias.
“Os signos de Ar são capazes de ter um ponto de
vista imparcial a respeito da experiência imediada
da vida cotidiana, o que lhes dá a possibilidade de
ganhar objetividade e perspectiva e de abordar
racionalmente tudo o que fazem. ... os signos de Ar
( no caso o signo onde o Sol está posicionado no
mapa de DM, Libra) são os signos mais sociáveis de
todos os signos, no sentido de poderem apreciar
objetivamente os pensamentos das outras pessoas,
mesmo que não concordem com eles. Porém,
sentem-se ameaçados se as suas opiniões são
ignoradas”.
Sol e Urano estão no elemento AR, na Sefirá de
Biná. Esse é o principal posicionamento de DM
nesse ano de 2016 e para 2017, pois Urâno em
trânsito formará uma quadratura (ângulo de 90º
graus) com Sol e Urano natal. Portanto, essa região
de Biná estará sendo extremamente estimulada
durante o ano de 2017 e grande parte do ano de
2018. O significado desse trânsito, como já dito,
será visto depois da análise de Biná.
Urano (♅) no elemento Ar na Sefirá de Biná
Urano em Biná tem uma característica em comum
com Urano em Chochmá, a originalidade, embora
no primeiro caso, essa originalidade se manifeste
mais racionalmente. É uma excelente colocação,
mas que pode ser mal interpretada pelas outras
pessoas. A pessoa com essa configuração tende a
ser mais criativa, inovadora e cheia de novas ideias.
É a pessoa com pretensão a cientista. Também
pode se manifestar como a pessoa com necessidade
de revolucionar alguma coisa: sua vida, sua família
ou sua sociedade. Justamente por isso, a pessoa
pode ser vista pelos outros como exêntrica,
revolucionária, inconformada, etc. E há muito de
verdade nisso. Se a pessoa não se atentar para isso,
pode-se tornar melancólica e deprimida, sempre
insatisfeita com o ambiente que a rodeia. É a
pessoa que sempre estará procurando mudanças e
coisas novas a serem feitas. Tudo depende de como
toda essa energia será canalizada. A consciência de
que isso pode ocorrer já fará o DM adotar uma
outra atitude na sua forma de conduzir qualquer
processo nessa fase, pois tem o seu Sol natal em
conjunção (no mesmo lugar) que seu Urano natal. A
todo esse mecaninismo que Sol e Urano engendra
nas atividades do DM, soma-se a ele, tudo o que se
falou do elemento AR. Uma preocupação, tanto ao
nível das ideias como em sua aplicação prática, em
atuar em prol da sociedade.
Finalmente, vamos falar do trânsito de DM que
estará acontecendo nesse ano de 2017 e
prolongando-se até 2018. Não é o único trânsito
acontecendo, porém é o que será mais sentido e
provocará as maiores e mais importantes
mudanças, apesar de já estar acontecendo.

Transito de Urano quadratura com o Sol natal

Trânsito de Urano (♅) em Quadratura (90º) com


Urano e Sol natais
Descrição: Urano passando pelo signo de Áries ( ),
transitando de 20º 34’ a 28º 34’, até final de julho, e
entrando num movimento aparante retrógrado até
o final do ano voltando ao seu movimento
progressivo até 29º nos ultimos meses de 2018 (é
um transito de dois anos, geralmente abrangendo 6
meses antes, o ano inteiro e seis meses do próximo
ano). O caminho de Urano em trânsito está
marcado no zodíaco do mapa astral convencional. O
Planeta Urâno está passando pela sua casa sete,
casa dos relacionamentos e parcerias, em
quadratura aos planetas Urano e Sol natais na casa
quatro, casa do lar e da família.
Significado do trânsito:
1º.) Urano transitando pela casa VII
Um planeta em trânsitos pelas casas natais é
sentido quando algum aspecto importante acontece
entre o planeta em transito e um planeta natal, que
é o caso de DM.
Urano em transito pela sétima casa sinaliza
mudança na área dos relacionamentos, e muito
obviamente, podemos querer o rompimento de
alguma parceria ou sociedade. Um impulso como
esse não aparece da noite para o dia.
Provavelmente, vem ganhando força durante algum
tempo. Durante esse transito (pela casa VII), não
podemos mais conter com facilidade nossos
resmungos e frustrações com relacionamentos
insatisfatórios e é mais do que certo que esses
sentimentos entrem em erupção e nos obriguem a
agir. Poderemos querer terminar com
relacionamentos completamente, esperando ou
sabendo que há algo melhor esperando por nós “lá
fora”. De uma forma ou de outra, acreditamos que
nosso relacionamento não significa mais nada para
nós o que significava antes. Aquela parte de nós
que deseja agir na direção da mudança se
sobrepõe, ganhando supremacia sobre nosso
desejo de manter e preservar o que já temos e
conhecemos.
Em alguns casos, pode ser possível continuar com
nosso parceiro e trabalhar no sentido de melhorar o
relacionamento. Isso exigirá uma certa coragem:
teremos que enfrentar a outra pessoa e dar vós a
nossa inquietação ou frustração. Logicamente, cada
caso é um caso diferente, um relacionamento
depende muito de quem está sob controle da
situação.
Com Urano em trânsito pela casa VII, podemos
precisar de mais espaço e liberdade para explorar
quem somos, independente do relacionamento que
temos. Esse trânsito pode trazer uma nova pessoa
para nossa vida, que nos excita e desperta as
paixões. Há algo de poderoso nesse encontro, como
se já conhecêssemos antes a pessoa. Se
mantivermos atualmente um relacionamento
satisfatório, essa nova atração apresentará um
dilema. Devemos manter o que já temos, ou
devemos nos arriscar, abandonando o
relacionamento atual, para ir atrás desse novo
relacionamento? Se a nossa relação atual é instável
e não gratificante, a pessoa nova aparecerá ser a
resposta para nossos sonhos e funcionará como um
catalizador que realizará mudanças necessárias.
Tudo vai depender da consciência do DM em
relação à vida para tomar as suas decisões numa
fase como essa.
2º.) Urano transitando pela casa VII em quadratura
com o Sol natal na casa IV
O planeta Urano demora cerca de 84 anos para
completar uma volta ao redor do Sol. Urano demora
um pouco mais de 17 horas para completar uma
volta sobre si próprio. A inclinação do eixo de
rotação do planeta Urano é de cerca de 98°, ou seja,
o planeta gira “de lado” ou “tombado”, pois o eixo
de rotação é quase paralelo ao plano da órbita. A
rotação é considerada em sentido retrógrado; no
Sistema Solar, para além de Úrano, apenas o
planeta Vénus possui uma rotação em sentido
retrógrado.
Considerando o tempo que Urano demora para dar
a volta em torno do sol, 84 anos, Urano fica em
cada signo, e em média, em cada casa por 7 anos.
Assim, o próximo trânsito de Urano com o seu Sol
natal será um trígono e ocorrerá em 7 anos. O
transito de Urano em trígono com o Sol é dos mais
afortunados do zodíaco. Se fazemos tudo o que
uma quadratura entre os dois planetas “pede”, em
sete anos teremos a concretização de todos
esforços dedicados aos nossos objetivos.
Urano em quadratura com o Sol natal
frequentemente traz conflitos. Se somos do tipo de
pessoas que aprecia a excitação de mudança, esses
trânsitos serão mais fáceis de se lidar. Mas se
tememos o desconhecido ou o não-tentado, então
os transitos em quadratura não serão confortáveis.
O que não é o caso de DM, pois em seu mapa o Sol
natal está em conjunção com o Urano natal,
atribuindo uma característica arrojada à sua
personalidade.
Sentimentos de inquietação normalmente
acompanham esses trânsitos. Podemos nos sentir
aborrecidos pelas circunstâncias na nossa vida.
Podemos querer culpar os outros pela nossa
insatisfação, mas não necessariamente as pessoas
em nossa volta que devem mudar, mas nós
mesmos. Precisamos prestar atenção à parte de nós
que está inquieta e insatisfeita, e abrir espaço em
nossa vida para que aconteçam coisas novas. O eu
central quer que mudemos nesse momento e, se
negarmos essas inclinações, o mais provável é que
atraiamos a ruptura que nos force a mudanças de
fora para dentro (circunstâncias externas).
O Sol é também o simbolo do pai, e os trânsitos
Urano-Sol podem indicar mudança em nosso
relacionamento com ele, principalmente nos
trânsitos da quadratura, nessas fases se apresentem
aspectos dificultosos tendendo a expor os
problemas inerentes entre nós e o pai.
Esse trânsito pode simbolizar também em descobrir
o “pai dentro de nós”. A capacidade de assumir e
dirigir nossas próprias vidas. Em vez de nos
ajustamos ao que os outros querem, podemos nos
descobrir exigindo que os outros se ajustem a nós.
Os trânsitos de Sol-Urano são especialmente fortes
para despertar os nossos próprios poderes e, se já
não estão presentes o que vimos das capacidades
mostradas no mapa cabalístico, esse é o momento
de perceber que eles existem.
Durante esse trânsito de Urano-Sol, que já pode
estar acontecendo a alguns meses, podemos não
ser a pessoa mais pacífica para se conviver. Ficamos
excitáveis, “pilhados”, imprevisíveis e inquietos.
Queremos remover o que sentimos estar nos
sufocando e libertamo-nos das restrições pelas
quais nos sujeitamos. As novas ideias estão
borbulhando em nossas mentes, bem como a
maneira de ver a vida. Se pudermos aceitar esse
novo influxo de energia e fazer as mudanças
necessárias da forma mais diplomática possível,
esse transito significa um importante passo à frente
no autodesenvolvimento.

Essa foi a análise da Etz Chaim nas Sefirót de


Chochmá e Biná e o trânsito no mapa convencional
entre o planeta Urano em órbita, formando uma
quadratura com o Sol natal. Agora veremos como
acessar os Anjos, no caso de DM, para ajudar a
passar pelo trânsito de dois anos e tirar alguma
lição desse período em particular para seu auto-
conhecimento e desenvolvimento.

Iaz

O Sol de DM está a 17
graus 21' 30'' no signo de Libra. Essa posição está
relacionada com o 40o. nome de D'us, Iaz, cujo Anjo
recebeu o nome de Ieiazel. A pessoa nascida sob a
influência do anjo Ieiazel é psiquicamente forte,
capaz de se reeguer diante dos maiores obstáculos.
Faz parte de sua missão ajudar a humanidade a
libertar-se de suas angústias. O aspecto contrário
relaciona-se à destrutividade e ao descontrole
emocional. A conexão com esse Anjo ajuda na
proteção contra o pânico, um estado de conexão
com a Luz. Uma ótima maneira combater o pânico é
inserir o compartilhar em sua vida. Ajudando
alguém que precise, tira-o do curto-circuito,
começando a receber a Luz novamente. Sua atitude
perante a vida deve ser de compartilhar as coisas
que domina para o bem estar das pessoas.

O Salmo 88: vs. 14 - "Porém, eu a Ti, Senhor, tenho


clamado, e pela manhã minha prece Te saudará"

O contato com o Anjo


É preciso que se conheça o aspecto do receptor
relacionado ao Anjo, para ampliar a consciência
sobre o tema e assim não esperar apenas uma
solução mágica para a vida, se tornando
protagonista desse processo. Entender a missão do
Anjo que rege o momento de seu nascimento e
associar essas forças aos seus estímulos de vida.

A Meditação

A visualização das letras do Anjo (Iaz) pode trazer


muita Luz ao tema que traz para a vida da pessoa.
Os Anjos habitam um plano extra-físico chamado
Plano da Formação. É portanto, pela forma de suas
letras, que se consegue maior proximidade com
eles. A vocalização relacionada potencializa ainda
mais a conexão.

O Salmo
A palavra possui grande poder de criar realidade.
Por isso, para cada Anjo, há um versículo de um
Salmo relacionado, que deve ser recitado em voz
alta, no momento da conexão.
A Ação
Para cada Anjo é sugerida uma ação. Se
experimentar realiza-la, torna o processo muito
mais intenso.

TEMA 14: Como descobrir o seu Anjo protetor -


Meditação e Transformação
Estamos estudando a Astrologia Cabalística. Foi
falado, nas primeiras postagens, que a astrologia é
uma maneira de entender a Cabalá através de uma
metodologia que fica mais acessível para assimilar
seus princípios e conceitos. Agora, é mais fácil
entender como os Anjos, que vivem no mundo de
Ietsirá, são um canal da luz de D´us. Estamos no
mundo de Malchut, das coisas físicas e materiais, os
outros mundos funcionam como filtros da intensa
Luz do Criador e é necessário que emissários das
Forças Cósmicas de Ên Sof tragam para nós a
possibilidade de nos conectarmos a D´us. Com esses
Anjos podemos obter a ajuda que precisamos no
sentido de realizar a nossa missão na vida, através
do Tikun, a correção que precisamos em nossas
almas.
Nessa postagem, vamos mostrar como encontrar o
Anjo que ficou ligado a nós em nosso nascimento e
que continuará sempre acompanhando. O anjo, o
qual é destinado ser nosso protetor, é aquele
responsável pela canalização das Forças Criativas
necessárias para cumprir o nosso Tikun e podermos
subir mais um degrau em direção ao nosso Criador.
No final desta postagem estão colocadas tabelas de
cada signo indicando os Anjos para cada cinco dias
do signo, o nome correspondente entre os 72 dois
nomes de D´us, o nome do Anjo com sua missão e o
Salmo correspondente à missão do Anjo junto a
nós. Se não quiser calcular o mapa astrológico para
localizar seu anjo, basta encontrar seu signo e o dia
de nascimento nas tabelas colocadas no final da
postagem.

Vamos tratar disso objetivamente.

O roteiro para determinação do local onde o Anjo


protetor está:
1. Encontrar a posição do sol no momento de nosso
nascimento.
2. Utilizar uma tabela, que indica qual o Anjo que
rege o posicionamento do Sol. A posição do Sol
indica qual o nosso signo. O sol representa o nosso
eu interior.
3. Localizando a posição do Sol, do nome de D´us
associada a essa posição e o Anjo emissário de
HaShem (o Senhor), podemos utilizar as forças
canalizadas pelo Anjo.
4. Para cada Anjo existe um mantra, que é um
versículo do Salmos. Além disso, cada Anjo tem a
sua missão. Entendendo a missão do Anjo junto a
nós, a recitação dos Salmos e a meditação com o
nome de D´us, sentimos nossos caminhos se
abrirem. Tudo fica mais leve.

1. Encontrar a posição do Sol no momento de nosso


posicionamento
A maneira mais rápida para encontrar o ângulo no
signo em que o Sol se encontrava no momento de
nosso nascimento é com o cálculo do mapa astral
convencional.

Calculando o mapa natal é só procurar a posição do


Sol. Uma segunda maneira, é consultado uma
tabela, denominada Efemérides, que mostra a
posição de todos os astros em cada ano, mês e
momento. Isso dá um pouco de mão-de-obra.

Vamos ver como calcular o mapa natal para saber a


posição do Sol no momento em que nascemos.

Na Internet tem vários sites que fornecem o serviço


para o cálculo do mapa natal, o mapa astrológico de
nascimento. Nesse mapa aparece as posições de
todos os planetas na data de nosso nascimento.
Nele iremos ter a posição do Sol.

Nessa página aparecem os espaços para colocarmos


os nossos dados de nascimento:
nome (pode ser um apelido),
sobrenome (opcional),
sexo,
data de nascimento (dia/mês/ano)
, horário de nascimento,
país e cidade natal.

Em seguida, o site calcula e apresenta na tela o


mapa astrológico natal.
No mapa calculado pelo site, aparecem muitas
informações. Entre elas as posições de todos os
planetas e astros na data de nosso nascimento.

Nessa
tabela
encontramos todas as informações para construir o
mapa cabalístico. Entre os astros, O Sol aparece em
primeiro lugar. Mostra o ângulo do signo em que se
encontrava o SOl na data e hora do nascimento.

Na tabela podemos ver: 28Gem 40' 18''

Isso significa que, no momento do nascimento, o


Sol estava a 20 graus 40 minutos e 18 segundo da
constelação de Gêmeos. Cada signo ocupa 30 graus
dentro do circulo zodiacal de 360 graus. Doze signos
(30 graus cada um), são 360 graus os doze signos.

Temos a posição do Sol no momento de nosso


nascimento. Sou do signo de Gêmeos, e meu Sol
estava a 28 graus 40 minutos e 18 segundos dentro
do signo, quase no signo de Câncer. Aparece
também o ascendente, na penúltima linha da
tabela, AC 13 Leo 19'', ascendente em Leão. O
nódulo lunar, na tabela True Node, mostra a
posição de Tikun, que vai identificar em que signo
está nosso Tikun (Correção).

Agora é a etapa de procurar qual o Anjo que rege


essa posição nas constelações (Mazalim, Mazal).
Para isso basta consultar a tabela abaixo. Em cada
tabela foram colocadas as informações referentes
ao intervalo da data de nascimento, ao nome de D
´us que corresponde a posição no signo, nome do
Anjo, e o trecho nos Salmos que nos conectamos
com nosso Anjo.

Procure a tabela a qual se refere ao seu signo,


localize a sua data de nascimento entre os
intervalos de datas nas seis linhas da tabela. Nesta
linha encontra-se o nome de D´us e seus respectivo
Anjo que rege o período de seu nascimento. O
Salmo é o mantra para ser repetido durante a
meditação nas letras do nome de D´us. Cada
meditação tem uma situação específica de ação.
Numa outra lista será comentada.

Na sequência vou terminar de completar as tabelas,


dar o significado da missão de cada anjo e a forma
de meditar com as palavras dos Salmos e o simbolo
do nome de D´us para cada caso.

1. Signo de Áries
2. Signo de Touro

3. Signo de Gêmeos
4.

Signo de Câncer

5. Signo de Leão
6.

Signo de Virgem

7. Signo de Libra
8. Signo de Escorpião

9. Signo de Sagitário

10. Signo de Capricórnio


11. Signo de Aquário
12. Signo de Peixes

Folha para análise astrológica completa


TEMA 15 - TIKUN - Nossas Vidas Passadas e a Nossa
Missão Nessa Vida

O Tikun pode ser localizado no


mapa astrológico convencional.
Tem o formato da letra grega ômega
com um "T" interno. Nesse exemplo
o Tikun está em Capricórnio e em
conjunção com Urano.
O Tikun, diferente de outros astros na astrologia,
não é um ponto físico no céu. O Tikun é uma
posição. É uma relação entre a Terra, o Sol e a Lua
no momento de nosso nascimento. O Tikun, ou
como denominado na astrologia convencional
Nódulo Lunar Norte, reflete, como um espelho
voltado para nós, qual é a nossa missão nessa vida.
A essa altura, já não estamos mais falando de uma
astrologia que lida com as várias facetas de nossa
vida. Com as últimas postagens, entramos numa
área mística da Cabalá, na qual tem lugar os Anjos,
as Forças e Emanações Divinas, a meditação
transcendental, os 72 nomes de Dus, a missão dos
Anjos, etc. Estamos, agora, conversando sobre um
assunto transcendental, nada podendo ser
observado pela nossa experiência física, mas sim
através das forças que perpassam nossas almas.
Estamos falando das Emanações Divinas. O Tikun
está configurado para mostrar as nossas
experiências de vidas passadas e qual a correção
(Tikun) que viemos fazer na presente existência.
Não importa muito o que fomos, ou o que fizemos,
mas sim o que nossa alma trás consigo, o que está
enraizado em nossa alma tão profundamente que a
acompanha depois de abandonar o corpo físico. A
carga suficientemente grande para marcar a alma e
acompanha-la para as encarnações posteriores. São
forças tão intensas que determinam a evolução ou a
involução da alma, é como uma marca feita a ferro
em brasa em nossa carne. Acompanha durante a
vida toda e por todos pode ser vista, como a marca
que D´us fez na testa de Caim ao matar seu irmão.

Estamos entrando em uma área onde é preciso ter


muito cuidado para não banalizar o assunto, nem
fazer disso algo sobrenatural e mágico. É real,
observável, e tem o objetivo de ajudar-nos a
desvencilhar de comportamentos e pensamentos
inconscientes e prejudiciais. Apenas, por nossa alma
ter sofrido marcas no passado, ou não, ou ter
trazido para essa vida glórias alcançadas
anteriormente. Por isso, vamos tratar desse assunto
com seriedade, sem especulações, sem mistérios,
sem crendices infundadas.

Na astrologia convencional o Tikun é conhecido


como Nódulos Lunares. Os Nódulos Lunares,
também chamados de Cabeça e Cauda do Dragão,
são pontos equinociais (pontos extremos),
elementos de ligação entre a Terra, a Lua e o
caminho aparente do Sol - a eclíptica, ou seja, a
projeção do caminho do sol visto da Terra através
das constelações. Permanecendo em cada signo
durante 19 meses, seu movimento diário é de 3º de
arco, ou seja, a cada dia movimenta-se três graus
em cada signo. No Zodíaco os nódulos deslocam-se
em sentido contrário aos luminares (sol e lua) e na
interpretação de um mapa, simbolizam a ligação
entre o presente e o futuro servindo como fonte de
conhecimento. Os Nódulos Lunares são marcados
pela intersecção entre a órbita da Lua e a eclíptica,
e devido a uma desfasagem (inclinação) de
aproximadamente 5º e 8’ existente entre ambos os
percursos, do Sol e da Lua. Por causa dessa
inclinação, dois pontos podem ser definidos entre
as duas trajetórias (Sol e Lua), vistos da Terra.

Uma interpretação pela astrologia convencional é


uma leitura revelando as tendências inconscientes
do indivíduo (nódulo sul), apontando também a
direção para a qual ele deve crescer e desenvolver-
se (nódulo norte). são também interpretadas como
tendências marcadas pelo nódulo sul o que
espontaneamente aflora no indivíduo na primeira
metade da vida, assim como o nódulo norte indica a
vocação ignorada que ele persegue, explicando as
barreiras e obstáculos que o induzem a caminhar
naquela direção.
Na astrologia da Cabalá o Tikun representa, de um
lado, as cargas espirituais de vidas passadas e de
outro lado, qual a missão pela qual viemos para o
mundo no sentido de corrigir essas cargas que
acompanharam a alma. A alma não tem sua
existência no mundo físico, logo essas cargas
trazidas de vidas passadas são energias do bem ou
do mal intrínsecas às características do que a alma
pode carregar. Por isso, são energias muito sutis,
porém de grande influência em nossas vidas. Assim,
no Tikun, podemos identificar tendências e hábitos
inatos que aprisionam o indivíduo e a necessidade
de lutar contra tais tendências. É a correção. Em se
tratando de fobias encontramos as razões destes
medos extremos profundamente entranhados na
alma, permanecendo como um resíduo mesmo
quando o indivíduo nem se lembra
conscientemente o por que de seus temores.
O Tikun pode ser analisado conforme o signo que
está posicionado, que na colocação da Etz Chaim,
vai aparecer em algum caminho entre as Sefirót, em
alguma Sefirá e num dos caminhos que
representam os elementos (fogo, terra, ar e água).
Na Sefirá, qual o nível de correção deve ser feito em
relação às forças expansivas das Sefirót da coluna
esquerda, ou sentimental, e as forças restritivas na
coluna da esquerda, e se mental, emocional,
sentimental ou de carácter físico. O Anjo atribuído
ao posicionamento do Tikun vem como emissário
para auxiliar a alcançar a sua Correção nessa vida. O
trecho dos Salmos, o nome de D´us, e o ritual
atribuído à pratica da meditação, irão dizer muito
em que devemos melhorar e qual a direção correta
devem voltar-se os nossos olhos.

Ao longo dos temas das postagem iremos analisar


esses posicionamentos e entender melhor o que
devemos fazer para aproveitar essas informações
que a Etz Chaim nos trás. É confortador saber a
direção correta. Aquele caminho que vai nos
preencher a alma e o espírito, fazendo com que
sintamos ter cumprido a nossa missão designada
por D´us. De uma certa forma, todos os
posicionamentos dos planetas na nossa Etz Chaim,
colocam as situações com as quais devemos lidar.
Com isso, sabendo do percurso que devemos
trilhar, podemos corrigir as facetas que nossas
almas precisam para evoluírem.

A literatura judaica é rica de textos extraordinários


que nós levam a todo tipo de correção. O livro de
Chaim Luzzatto, O Caminho dos Justos, é um texto
que faz refletirmos sobre o caminho de luz. Outro
livro extraordinário é Os Deveres do Coração, de
Rabi Bachia. Textos mais recentes, como As
Histórias do Rabi são particularmente inspiradoras.
A volumosa obra de judeus relacionada ao auto-
aperfeiçoamento é produto dessa concepção
cabalista de Tikun.

Alguns conceitos gerais relacionados ao Tikun nos


signo, os quais iremos ver com mais profundidade
nas próximas postagens:

Tikun em Áries - a alma está aprendendo uma


autoconsciência nos níveis mais elementares da
ação, permitindo ao ser formar-se enquanto
identidade definida, com posicionamentos que não
foram assumidos em vidas passadas.

Tikun em Touro - A Correção das pessoas com Tikun


em Touro está relacionado com a necessidade de
desenvolver uma atitude mais centrada com relação
às perdas, rupturas ou separações. Trazem de vidas
passadas as forças que impelem a alma fazer sentir
traumas relacionados a isso. A diferença de duas
pessoas que são educadas num mesmo ambiente
familiar é a tendência que trazem como herança.
Uma vai interpretar o pequeno mundo a sua volta
de forma diferente por causa do Tikun e outros
fatores do mapa.
Tikun em Gêmeos - A posição desse Tikun está
relacionado ao ajuste que precisa ser feito nos
relacionamentos com as outras pessoas, que para
cada pessoa o ajuste é singular, pois trouxe de vidas
passadas forças que as compelem à selvageria e
agressividade. Precisa buscar o compartilhamento
de tudo.

Tikun em Câncer - As provações das pessoas com


esse Tikun relacionam-se ao orgulho exagerado que
trouxe de vidas passadas. A humildade, o senso de
responsabilidade ética e a solidariedade serão
constantemente testadas até que essa posição seja
Corrigida, e tendo sucesso, vai galgar degraus em
sua evolução.
Apenas para exemplificar algumas posições do
Tikun. Iremos estudar mais adiante o Tikun nos
signos, nas Sefirót e nos 22 caminhos da Etz Chaim.
TEMA 16 - A Criação do Mundo, D´us e os 72 Anjos

Numa passagem da Bíblia (Torá), no livro de Gênesis


(Bereshit), é relatado o sonho de Jacó. Estava
deitado, apoiando a cabeça sobre uma pedra e teve
um sonho. Nele via uma escada para o céu em que
anjos desciam e subiam por ela. O texto da Torá
menciona que a escada levava às portas do céu e
que a escada tinha 72 degraus. Nesse sonho, Jacó,
filho de Abraão, ouviu revelações de D´us. Nas
revelações de D´us estavam as palavras sobre a
descendência de Jacó e a terra prometida.
Nessa passagem da Torá, nos versículos
descrevendo o sonho, é a primeira vez que o nome
inefável de D´us é mencionado, YHVH (Yod, Hei,
Vav, Hei), traduzido como Jeová. A partir dessa
passagem esse Nome de D´us é mencionado
constantemente nas escrituras. A citação do nome
inefável de D´us e a menção dos Anjos foi objeto de
estudo de diversos cabalistas no período Talmúdico.
O fato de YHVH ser mencionado pela primeira vez
justamente quando Anjos são mencionados
também pela primeira vez na Torá devia ter um
motivo.

O significado de YHVH na guemátria (um assunto da


Cabalá tratando do valor das letras hebraicas).
Este é o nome impronunciável que aparece na Torá
e traduzido como Jeová (YHVH).

A primeira letra é o Yod, tem valor 10. Pela Cabalá D


´us criou primeiro as letras para depois criar as dez
Forças da Criação. No primeiro versículo de Gêneses
(Bereshit) aparece: "No princípio criou D´us os céus
e a terra." Em hebraico está assim: "Bereshit Barach
Heloim Et HaShamaim VeHetHaAretz". O verbo
"criou" aparece antes do nome de D´us e a palavra
"céu" em hebraico está no plural. Os cabalistas
interpretam que Hên Sof (O Sem Fim) criou a D´us
inicialmente. Depois de ter criado as letras, D´us
pôde criar as 10 Emanações Criativas. As Sefirót.
Com isso, foi criado o mundo da Emanação (Atzilut).
As duas primeiras letras (Yod e Hei), têm o valor de
15 (10 +5). Nesse mundo estão as almas. É o mundo
da criação, Beriah. Yah (como são lidas a duas letras
juntas), é outro nome de D´us.
As três primeiras letras, Yod, Hei e Vav, somam 21
(10+5+6). É o mundo da Formação (Ietsirá). Este
nome de D´us Yachu foi objeto de muita
especulação entre os cabalistas na permutação das
letras associadas ao tetragrama YHVH, para
alcançar níveis superiores de consciência.
As quatro letras juntas, Yod, Hei, Vav, Hei, somam
26 (10+5+6+5). É o mundo da Ação (Assyá).
= 10 + 15 + 21
+ 26 = 72
Estamos vendo os 72 nomes de D´us em YHVH, os
setenta e dois Anjos criados por D´us para
manifestarem-se nos mundos mais densos e
atuarem como emissários de Luz Divina.

A cada mundo criado foi sendo adicionada uma


nova letra e, a cada junção de letras, um novo plano
espiritual mais denso, até o mundo de Assyá, o
mundo físico.

No plano intermediário D´us colocou os Anjos para


que fossem os Emissários (Malachim) de suas
Emanações , as Centelhas Divinas, e a essas
centelhas podemos nos conectar através dos Anjos.
TEMA 17 - Integrando as Partes - Etz Chaim,
Astrologia, Anjos e Cabalá

Até aqui vimos vários assuntos. Começamos a


analisar as Sefirót (receptáculos) da Etz Chaim
(Árvore da Vida), exemplificamos a astrologia
cabalística com o mapa de Albert Einstein, falamos
sobre o significado de algumas letras do alfabeto
hebraico, mostramos a concepção dos Anjos no
pensamento cabalístico e os posicionamos no
sistema astrológico. Abordamos alguns aspectos da
guemátria (estudo do valor das letras). Parece um
emaranhado de pensamentos dispersos, mas foi
necessário falar um pouco de tudo que faz parte do
convívio com a dinâmica da Etz Chaim. Como em
todo sistema de representações, nenhum de seus
elementos podem ser vistos de forma isolada,
correndo o risco de cair num entendimento
fragmentado e dissociado. Todo sistema tem suas
partes inteiramente correlacionadas e devem ser
vistas na totalidade, as partes integradas numa
interação de causa e efeito, com uma dinâmica
retroativa, em que as partes são produto de seus
próprios significados, trás o verdadeiro
conhecimento. O conhecimento das causas de um
fenômeno e como suas consequências agem na
modificação de suas próprias causas. Aí está a
grande contribuição de um sistema, e é a Astrologia
Cabalistica que estamos tentando integrar para
obter um conhecimento que pode causar as
mudanças profundas em nossas vidas.

Essa visão de um sistema é chamado de


Pensamento Complexo, extensamente estudado
por Edgar Morin, que ajuda muito a entender
modelos sistêmicos, como é a Astrologia Cabalista.
Um passar de olhos sobre a Etz Chaim com esse
método em mente pode ser muito interessante e
iluminador.

A Etz Chaim é um modelo sistêmico onde está


estruturado uma maneira de observamos todas as
suas partes de uma forma integrada. As dez Sefirót
são as energias criativas com as quais tudo no
Universo foi criado. Tudo pode ser visto através
desse sistema. Uma pessoa ou uma empresa. Do
mais elevado e espiritual até o mais denso e físico.
A Etz Chaim está estruturada para conhecer a
essência do ser humano, a sua alma, ou uma
organização, sua missão de existir. No livro de
Shimon HaLevi ele explica como utilizar esse
sistema para várias situações, a politica, a
sociedade, um país, etc. A posição dos planetas na
data de nosso nascimento são transferidas para a
Etz e fica sendo a representação dos aspectos de
nossa existência. Os caminhos, com os signos e as
letras hebraicas associados, fornecem o caminho
por onde podemos trilhar, é nossa escolha, todos os
caminhos dão num só lugar, o Ên Sof (O Sem Fim).
Ao escolher um caminho estamos colocando em
prática o livre-arbítrio, embora a Providência Divina
sempre atuar no sentido de vivenciarmos o que é
necessário para a evolução da alma. Os erros, as
dificuldades, as decepções, as frustrações são
causas do nosso Tikun, mas também por nossas
escolhas. Todas as posições dos planetas, o Sol
indicando o momento do nascimento, o regente de
nosso Ascendente, todo o Cosmos no momento de
nosso nascimento é mapeado na Etz Chaim e cada
aspecto particular desse Cosmos tem associado a
ele um Anjo. O emissário de D´us para a emanação
de suas Forças com o objetivo de dar o Sopro Divino
para sua Criação. A Criação só existe por D´us estar
constantemente emanando suas Forças. Através
dos Anjos essas forças são canalizadas para o que
precisamos, seja para um auxílio, para um
agradecimento, para um fortalecimento. Está em
nós a atitude de ir de encontro ao que está
disponível.

A partir desse TEMA vamos começar a olhar para a


Etz Chaim como um modelo sistêmico e tirar dele os
que precisamos para conhecermo-nos melhor.

No próximo post continuo a descrever as Sefirót,


retomando a sequência que estava sendo dada no
conhecimento de toda a estrutura da Etz Chaim
TEMA 18: Porque precisamos da Cabalá? O que ela
pode nos oferecer?
Vivemos num momento de mudanças que nunca
antes havia se apresentado aos seres humanos. A
velocidade com que tudo muda, os valores de
nossos filhos parecem não ter sido passados por
nós, as pessoas correm, fogem, recolhem-se. Todos
se protegem frente a tantas mudanças. Nas redes
sociais encontramos pedidos de socorro, revestidos
de sorrisos falsos ou maquiados. Já não temos a
liberdade que tínhamos antes de poder expressar
nossas opiniões sem que uma avalanche de "dedos
apontando" nos fazem, internamente e
disfarçadamente, nos sentirmos culpados ou então
agredidos. Os conflitos entre as Nações
multiplicam-se, o radicalismo religioso, camuflado,
é justificativa para ataque covardes e insanos. A
sociedade parece dissolver-se, sem aquela antiga
sensação de estarmos numa comunidade atraídos
pelos mesmos objetivos. O egoismo, egocentrismo
nas relações pessoais, são tão constantes que o
número de divórcios parece maior que o número de
casamentos. A busca pela alma gêmea tornou-se
uma ilusão. Todos querem desesperadamente o
amor em meio a frustrações, decepções,
humilhações. Parecemos fadados a viver sós mesmo
que entre muita gente. Nossos objetivos de vida já
não comportam a paz, a tranquilidade, o bem estar,
mas apenas o dinheiro no banco. Os valores mais
elevados do espírito estão sendo esquecidos.

Tudo isso nós já sabemos. O que não sabemos é


que existe um ferramental para que possamos lidar
com todos esses inconvenientes da vida. D´us não
nos daria a vida se não nos desse uma maneira de
vivê-la na mais plena condição de usufruí-la de uma
forma completa e íntegra.

Nas postagens anteriores nós pudemos ver algumas


gotas desse mar de sabedoria que D´us revelou aos
homens. Um instrumento de auto-análise para a
correção que precisamos fazer em nossa vida para
que tudo isso seja possível.

A Cabalá é um sistema. Esse sistema tem como


objetivo a elevação espiritual de nossas almas. Mas
o que é exatamente elevar a alma para níveis mais
altos?

A elevação da alma é trazer a Luz de D´us (Or


Elohim) para a alma. Isso obtêm-se através das
nossas atitudes diante da vida. A elevação,
Iluminação, se dá com a conscientização das
verdades Divinas. A verdade que anima a vida
espiritual. Acho que para todos nós é impossível
pensar que, a complexidade do corpo, da natureza,
do mundo, existem apenas para trabalharmos,
sustentarmo-nos, tirar férias para depois acabar
tudo. Não tem sentido. O objetivo verdadeiro da
vida é enriquecer o lado espiritual, que é eterno,
atemporal, e repleta da verdadeira felicidade.

Temos um ferramental valioso para alcançar esse


equilíbrio da alma e a satisfação na vida. Com a
conscientização do que somos, de nossa missão, do
que precisamos realizar para alcançar esse
equilibro, já é o suficiente para sentirmos que
estamos fazendo a coisa certa.

A Cabalá, como já foi mencionado, tem alguns


objetivos. Entre eles está o conhecimento da
formação do Universo e o por quê ter sido assim, e
o processo da criação do mundo no caminho da
Iluminação. Num livro muito antigo, O Sefer Ietsirá
(Livro da Formação), pela tradição escrito por
Avraham (Abraão), estão todos os elementos para
entender a criação e formulação de um sistema que
culminou na Árvore da Vida e de todos os processos
de análise da sua constituição. A Árvore da Vida (Etz
Chaim) não é uma representação imutável, muito
pelo contrário, é uma dinâmica de nossa vida
refletido no Cosmos. O princípio desse sistema é de
que as forças Divinas criaram tudo com uma mesma
energia. Os céus, a terra, animais, o homem e o
Universo, com as estrelas, os planetas e seus
movimentos. Em tudo está impregnado da Força
Divina, assim, o que acontece na Terra pode ser
visto refletido nos astros. Tudo está diante de nosso
nariz, e que mesmo não podendo enxergar, o
movimento cósmico nos mostra. Nesse modelo
sistêmico complexo, podemos saber dos princípios
pelos quais viemos para a vida, a nossa missão, as
correções que precisam ser feitas, o que está
reservado para nós, e ao mesmo tempo, a liberdade
que temos de fazê-lo ou não: o livre-arbítrio.

A Árvore da Vida (Etz Chaim) foi construída na


forma como conhecemos hoje, pela interpretação
que os cabalistas fizeram do Sefer Ietsirá. A única
possibilidade do formato geométrico, de acordo
com os dizeres nesse livro, é a que vemos hoje. Nela
estão as letras que regem os signos (os signos, que
são as contelações por onde caminha o sol visto da
Terra), são mencionados nesse livro. Toda a
estrutura, o significado, a dinâmica e a sua
utilização já estava escrito há mais de 3.000 anos.
Muitas coisas que só foram descobertas no século
XX, no Sefer Ietsirá já era mencionado.

Temos a vida para ser vivida, temos um mapa do


percurso, temos o porque ser assim e o mais
importante de tudo para que tudo isso. A certeza de
que tudo o que acontece está sendo coordenado
por uma Força. A Força das Emanações de D´us, que
fogem a nossa compreensão, mas que são
significadamente atuantes no dia-a-dia de nossas
vidas.
Começamos a estudar a Etz Chaim. Vimos as duas
Sefirót, Chochmá e Bina. Vimos algumas letras, o
Hei, o Shin. Vimos os elementos fundamentais da
natureza, o fogo, terra, ar e água. Vimos como
posicionar os planetas do sistema solar nessa
estrutura da Etz Chaim, vimos como identificar os
Anjos missionários da Ôr Helochim (Luz de D´us).
Fizemos uma relação de todos os 72 Anjos, que
derivam dos 72 nomes de Deus. De forma sintética,
como conectarmos ao nosso Anjo para buscar
forças na execução de nossa missão. Por último,
vimos como a formação dos quatro mundos, Atsilut,
Beriá, Ietsirá e Assiá, derivam do nome YHVH
(Adonai), que aparece nas escrituras, quando são
mencionados os Anjos de D´us.

Temos, de uma forma integrada, todos os


elementos constituintes da Etz Chaim para
conhecermo-nos, saber sobre a nossa missão e
correção nessa vida (Tikun), nossas características
mais profundas, aquelas que acompanham nossas
almas, o processo pelo qual podemos escolher o
melhor caminho para alçar a alegria e o equilíbrio.
Agora, a partir dessa postagem introdutória, vamos
poder visualizar na Etz Chaim como um todo, qual o
roteiro que nos foi preparado para seguir o que a
Providência Divina nos reservou. Não precisamos
criar conflitos, desavenças, dificuldades, atropelos,
se entendermos o porquê das coisas serem da
forma como se apresentam.

Á partir de agora não veremos os elementos


constitutivos desse mapa de forma isolada, mas
utilizando todos os recursos nele disponíveis.
Veremos a Etz Chaim inteira desenhada e
descobrindo cada parte durante as postagens que
usaremos para sua compreensão. Existe a maneira
para descobrir a nossa alma gêmea, como enfrentar
as dificuldades que se apresentam, pela
conscientização, fazendo emergir da inconsciência
cega e de escuridão, trazendo a Luz, recebendo as
Emanações Divinas, as quais trazem o alívio para a
alma, a tranquilidade serena da verdade, o bem-
estar que o conhecimento dos processos da vida
provocam no coração, a integração do intelecto
com as

emoções, desvendar os véus do mundos superiores


para que essas Emanações cheguem até nós.

Podemos experimentar os níveis alterados da


consciência para o verdadeiro prazer da presença
Divina e o prazer nas relações com as outras
pessoas, nas relações sociais, afetivas, amorosas e
familiares. Sabendo o porquê, como, para quê e as
razões transcendentes que motivam as nossas
vidas, podemos extrair do aqui e agora a realização
plena de nossas almas.
Convido você a caminhar comigo por esse percurso
através de nossas almas. Venha junto comigo
descobrir os segredos encrustados em nós mesmos,
perceber a verdade que nos anima a alma, os
segredos mais profundos que nos habitam e dão o
sentido para a nossa essência. Vamos caminhar de
mãos dadas por terrenos às vezes áridos, mas que
nos trarão a certeza de estarmos indo na direção
correta.

Que o Senhor, D´us Todo Poderoso, nosso Criador,


nos abençoe nessa caminhada e coloque em nossas
mãos a possibilidade de conhecê-lo, de trazê-lo
para nossos corações e experimentar o prazer da
vida em Sua presença.

Amêm
TEMA 19 A - Construção e Analise do Mapa
Cabalistico : João Carlos Martins

Vamos dar inicio a uma análise completa de um


mapa astrológico cabalístico. A ideia agora é passar
por todas as etapas para a construção do mapa
cabalístico, analisar e retirar todas as informações
úteis no sentido de deixar a vida mais rica, atuar na
execução do Tikun, conhecer os Anjos que dão a
proteção para áreas difíceis e os Anjos que nos
acompanham desde o nascimento. O objetivo é
utilizar esse conhecimento para tornar a vida mais
leve, utilizar potenciais adormecidos, amenizar
sofrimentos e trazer a LUZ DIVINA conscientemente
para a vida do dia a dia.
1. Cálculo do mapa astrológico convencional
Abordamos no TEMA 14 como calcular o mapa
astrológico.
O site: www.astro.com.br -disponibiliza o cálculo
gratuito do mapa, basta informar os dados de
nascimento. Com o mapa calculado, utiliza-se as
informações necessárias para montar o mapa
cabalístico. Vamos utilizar duas tabelas desse mapa.
Um deles, que trás os ângulos nos signos de todos
os planetas e outros astros no momento de nosso
nascimento. A outras tabela é da distribuição entre
os elementos. Vamos construir e analisar o mapa de
João Carlos Martins. Personalidade conhecida por
todos, tanto pelo reconhecimento que alcançou
como músico, como as dificuldades e superações
por quais passou na vida e atualmente o esforço em
atuar socialmente no comando de músicos
carêntes. É regente da Orquestra Bachiana de novos
talentos.

TABELA I
2.
Posicionamento dos Planetas

Esta tabela mostra as posições de todos os planetas,


o Tikun (ou como conhecido, Nódulo Lunar Norte),
Kiron, A posição das casas astrológicas iremos
utilizar para complementar alguns pontos do mapa
cabalístico. A partir de agora, vamos nos referir ao
Mapa Cabalístico com as iniciais MC e o mapa
astrológico tradicional como MT. A leitura do
posicionamento do planeta nesta tabela é pelo
ângulo e signo em que está posicionado:
Sol : 3Can 52'10'' - Isso significa, que no momento
do nascimento de João Carlos Martins (JCM), o
astro SOL estava a 3 graus, 52 minutos e 10
segundos, na constelação de Câncer. Cada uma das
doze constelações por onde o caminhar do Sol é
visto da Terra. A posição do Sol no instante do
nascimento é que determina o signo da pessoa. As
doze foram divididas exatamente em 30 graus,
totalizando os 360 graus e dividido em três
decanatos. O primeiro decanato de 0 a 9 graus, o
segundo decanato de 10 a 19 graus e o terceiro
decanato de 20 a 29 graus. O trigêsimo grau é o
grau zero da constelação seguinte. As 12
constelações representam os doze signos
astrológicos.
TABELA Il
3. Transferência dos planetas para o mapa
cabalístico

Com as posições dos astros em mãos, basta


consultar a tabela ao lado. Os doze signos
representados por seus símbolos (abaixo uma
tabela com os signos e seus símbolos.

Os doze signos são classificados e três categorias:


CADENTE, FIXO e MUTÁVEL.

Essa é a grande diferença entre a astrologia


convencional e a astrologia cabalística. Enquanto na
convencional, o circulo do zodíaco mostra uma
ilustração do céu no momento do nascimento, a
cabalísta classifica os planetas em grupos para
posicionar cada planeta nas Sefirot.
As Sefirot CHOCHMÁ, BINÁ e CHESSED recebem os
planetas dos signos Cardinais num intervalo de
angulo definido. NETSACH , TIFERET e GUEVURÁ de
signos Fixos, HOD, IETSIRÁ e MALCHUT de signos
Mutáveis.

As classificações e ângulos utilizados, faz com que


cada planeta dentro do grupo represente um
elemento natural: fogo, terra, ar e água.

Esse formato de apresentação faz com que o mapa


astral seja uma representação da personalidade
humana, em vez de representar facetas da vida de
alguém.
Com a tabela das posições dos planetas em mão,
vamos transferir os planetas do MT para o MC.
Basta percorrer a lista dos planetas na TABELA I,
verificar o signo e o angulo e procurar na tabela II ,
na coluna vertical o signo e na linha horizontal o
ângulo. Por exemplo, a LUA, na TABELA I, mostra
que está a 10Pei 35'37''. Procurando na TABELA II, o
signo de peixes é o último da coluna vertical, o
ângulo 10 graus 35' e 37'' é encontrado na segunda
coluna, indicando 20 graus. Assim, a LUA será
posicionada na Sefirá de Iessod. As colunas
representam os intervalos dos decanatos. A
primeira coluna, o primeiro decanato, de 0 a 9
graus, o segundo decanato, de 10 a 19 graus e a
terceira coluna o terceiro decanato, de 20 a 29
graus. Dessa forma, transferimos todos os astros do
MT para o MC, os 10 planetas, o Tikun (Nódulo
Lunar) e Kiron.
TABELA III - Símbolos dos Signos
Cada Signo tem seu planeta regente. O signo de
Gêmeos tem Mercúrio como planeta regente. Os
planetas regentes também estão representados na
TABALA II, bem como os elementos (fogo, terra, ar e
água) de cada signo.
No próximo post iremos mostrar a transferência de
todos os astros do mapa convencional para o mapa
cabalístico.
Para a interpretação do mapa precisaremos ter os
planetas posicionados nas Sefirót, saber em que
signo estavam esses planetas e em que elemento o
planeta pertencia. Essas informações estão todas na
TABELA II.
TEMA 19 B - Estrutura Psiquica e a Arvore da Vida
Na psicanálise de Freud foi a primeira vez que se
estudou sistematicamente o mecanismo psíquico
da mente humana. Freud chamava a psicanálise de
ciência da "alma". Não queremos aqui, adaptar as
descobertas de Freud à Árvore da Vida (Etz Chaim),
mas apenas identificar no processo dinâmico das
Forças que animam a alma, alguns princípios
defendidos pela psicanálise. Alguns princípios
fundamentais da psicanálise explicam o mecanismo
e a estrutura psíquica de nossa mente, da mesma
forma que a Etz Chaim o faz através da astrologia..
Esses princípios servem para entendermos o nosso
comportamento frente a vida. A astrologia
cabalística tem o objetivo de mostrar uma estrutura
de personalidade com a qual lidamos com as
necessidades da alma. Vamos primeiro colocar
alguns princípios defendidos pela psicanálise e em
seguida tentar entender como isso se reflete no
dinamismo com que a cabala os enxerga no sentido
de lidar com as Forças da Emanação Divina.

Três princípios importantes na psicanálise, e que lhe


dão fundamentos, são os princípios da Estabilidade,
da Inércia e da Integração do ego. Este tema está
sendo escrito antes da análise do mapa cabalista de
João Carlos Martins, para dar uma fundamentação
mais rica nessa análise.

I. Os Princípios Fundamentais da Psicanálise

O princípio da Estabilidade

As perturbações do equilíbrio psicológico surgem na


forma de necessidades e desejos. Buscam a
satisfação e são motivo do comportamento
voluntário. Uma tendencia básica do organismo é
manter essas tensões (necessidades e satisfações)
num nível estável e equilibrado. A teoria
psicanalítica do ego se apóia em que sua função é
pôr em prática o princípio da estabilidade, que age
de forma a manter o nível de excitação constante,
equilibrando os esforços para satisfazer as
necessidades. Para realizar isso, são excluídos ou
reduzidos os estímulos externos, aliviando a
pressão das necessidades, impulsos e desejos.

O princípio da Inercia

Os padrões de comportamento inadequados para a


estabilidade do organismo são repetidos até que se
tornem automáticos e sejam executados com um
mínimo de esforço. Com a experimentação inicial,
na tentativa e erro, o aprendizado acontece com a
satisfação da necessidade despendendo um mínimo
de energia. A inercia (ou economia) da energia se
dá com a substituição dos ajustes que provocam
maior esforço. A experimentação, juntamente com
a repetição, faz o organismo encontrar formas de
equilíbrio que dispendam menor energia, ou que
provoquem menores desgastes. O princípio da
inércia impele o organismo a se apegar ao
comportamento automático do passado,
denominado por Freud de fixação.

O princípio, ou função, de integração do ego.

Essa função do ego, integração, depende da


capacidade de aprender com experiências passadas,
para abstrair e distinguir. A integração faz com que
novos comportamentos se ajustem à novas
necessidades, integrando adaptações que mantém
o estado de equilíbrio do organismo.
Assim, existe uma luta contínua entre a tendência
do organismo de conservar os velhos padrões,
dentro do princípio da inércia, e do desafio do
crescimento e das novas circunstância, para que
novos padrões sejam adotados. A capacidade
integradora do ego é que
determina o quanto a
psique desenvolve
uma consciência
saudável da realidade.

II. Os princípios
astrológicos na
construção da Etz Chaim
Os signos obedecem duas grandes classificações.
Triplicidades e Quadruplicidades. As triplicidades
são signos classificados como Cardinais, fixos e
Mutáveis. Quadruplicidades são signos dos
elementos fogo, terra, ar e água. Essas
classificações são para agrupar determinadas
características semelhantes entre signos diferentes.
Signos Cardiais são Áries, Câncer, Libra e
Capricórnio.
Signos Fixos são Touro, Leão, Escorpião e Aquário.
Signos Mutáveis são Gêmeos, Virgem, Sagitário e
Peixes.

As triplicidades, ou ritmos, agrupam esses signos


por determinadas características em comum e os
distingue através da quadruplicidade, pois cada
signo de uma triplicidades (cardeal, fixo ou mutável)
tem o elemento diferente dos demais signos de seu
grupo.

O Princípio dos Signos Cardinais

Áries, Câncer, Libra e Capricórnio têm


características em comum. São signos que dão um
caráter para a personalidade de busca pelo novo.
Pessoas com planetas com ênfase em signos
cardinais manifestam a necessidade de movimento,
atividades intensas e constantes, além de liderança,
vontade e iniciativa. Esse impulso pela atividade
intensa pode provocar um pouco de imprudência,
sem uma correta avaliação de seus limites.
Precisam fazer revoluções importantes na vida para
não sentirem-se estagnados e insatisfeitos. Cada
signo cardinal vai ter uma reação diferente a esses
impulsos. Os elementos, fogo, terra, ar e água, vão
dar a forma como isso se dá.

O Princípio dos signos Fixos

Escorpião, Touro, Aquário e Leão manifestam uma


energia consolidada e estabelecida. São signos que
demonstram segurança em seu modo de pensar,
sem mudar de ideias pelo caminho. Existe um
apego a esses pensamentos e sentem-se seguros
com essa estabilidade. São preocupados em manter
vínculos, cumprir promessas e compromissos à
risca. Podem ter dificuldade em se adaptar a novas
situações e com mudanças repentinas. Também
nesses signos os elementos vão determinar a
intensidade e forma dessas características.

O Princípio dos signos Mutáveis

Peixes, Virgem, Gêmeos e Sagitário estão


sintonizados com as mudanças, a flexibilidade e
maleabilidade, a capacidade de lidar com situações
novas de maneira muito tranquila. São pessoas que
se sentem à vontade com mudanças e se adaptam
muito bem a elas. As características particulares de
cada signo também são determinadas pelos
elementos.
III. Fluxo da energia através das SEFIRÓT na
sequencia das triplicidades

Na astrologia cabalística o objetivo é a evolução da


alma, degraus da espiritualidade. Assim, as
triplicidades são organizadas de forma diferente
que na astrologia convencional. Como podemos
observar na tabela do TEMA 19A, onde é mostrado
como distribuir os planetas pela Etz Chaim,
Chochmá, Biná e Chessed recebem os planetas de
signos Cardinais, as Sefirót Guevurá, Tiferet e
Nétsach, recebem os planetas de signos Fixos e
Chod, Iessod e Malchut planetas de signos
Mutáveis. O caminho pela Etz Chaim, então, é feito
na sequência: Cardinal, Fixo, Mutável. Com isso, a
alma, em seu intelecto, emoções e sentimentos e
no mundo físico e real, têm uma sequencia própria
de manifestação das atividades. Primeiro de
iniciativa e busca por novos sentidos, segundo pela
tendência a se fixar em comportamentos adaptados
e terceiro, pela busca de novas situações na
realidade.

Esse fluxo de energia entre as Sefirót assemelha-se


bastante com o modo de funcionar da psique, como
vimos nos princípios da psicanálise. Não podia ser
diferente, pois em ambos estamos falando da alma
humana. O importante aqui é entender esse
mecanismo. A semelhança do princípio da
estabilidade com o ritmo Cardinal, o princípio da
inércia com o ritmo Fixo (que Freud até denominou
de fixação), e o princípio da integração com o ritmo
Mutável.

Uma coisa que devemos ter em mente, para a


análise de um mapa astral cabalístico, é que não
estamos tratando de facetas da vida externa. Não é
analisado a forma de ganhar dinheiro, a maneira
como nos comunicamos, o ambiente familiar da
infância...,etc, mas sim, as características de nossa
alma e a iluminação Divina que recebemos. Na
primeira Sefirá, sabemos como é nossa relação com
D´us e como sua Luz chega até nós. Na segunda,
Biná, a nossa energia para entender as coisas
externas, as intuições que nos vêm e como
coordenar tudo isso para um entendimento sadio. A
terceira, Héssed, como lidamos com o sentimento
de doação, a misericórdia. A doação é referente a
tudo em nossos aspectos mental e emocional.
Como podemos ver é um mapa para encontramos
nossas potencialidades, capacidades e defeitos que
precisam ser corrigidos. A Árvore da Vida é um
roteiro para a nossa integridade, a interação das
nossas ações para as coisas que precisamos e como
alcança-las. Uma maneira de ver os princípios da
psicanálise é, e não poderia ser diferente, em colo
equilibrar nossas forças e energias para ter uma
vida, tanto do dia-a-dia como espiritual,
equilibradas, sem excessos, sem desperdícios, sem
fantasias fúteis, mas com a consciência na realidade
plena, uma realidade que vai nos levar para um
crescimento interno.

TEMA 19 C - A Montagem do mapa cabalístico de


João Carlos Martins
Primeiro vamos exemplificar de forma objetiva
como montar o mapa cabalístico. Tendo em mãos o
mapa convencional, basta transpor as informações
para o outro mapa. Duas tabelas são suficientes
(acesse o TEMA 19A para mais detalhes).

TABELA I - POSIÇÃO DOS


PLANETAS
Vamos começar a transferir os planetas para a Etz
Chaim: 1) para as Sefirót, 2) para as linhas
horizontais dos elementos (fogo, terra, ar e água),
3) para os
demais
caminhos que
ligam as
Sefirót, que
representam os
signos.
Na análise vamos verificar as partes da Etz
carregadas (com mais de três planetas), as colunas
verticais: a esquerda (severidade), a direita
(compaixão), a coluna central (o equilíbrio,
unidade), os mundos com maior número de
planetas (Beryá, Ietsirá, Malchut), a configuração de
cada Sefirá, com os planetas contidos, as relações
com as outras Sefirót, e a divisão de cada Sefirá nos
elementos água, terra, ar e água.

Por enquanto, vamos nos preocupar em montar o


mapa cabalístico, depois analisá-lo.
TABELA II
Construindo a Etz Chaim
I. Transportar os planetas do mapa natal
convencional para as Sefirót

Na Tabela I temos as posições dos planetas no


mapa de JCM. As últimas linhas mostram as
posições do ascendente e das casas. Essas últimas
informações não são utilizadas, pois são calculadas
pelo movimento do Sol. No mapa cabalista o que
conta é o movimento da Lua.

Seguindo a ordem dos astros que aparecem na lista


e procurando na Tabela II a posição correspondente
na Sefirá:

1. SOL 3Can 52'10'' - Sefirá de Chochmá


Na Tabela II, procuramos o signo de Câncer. É o
segundo signo da tabela. O signo é do ritmo
Cardinal e é do elemento fogo. O SOL está a 3 graus
e 52 minutos e 10 segundos no signo. Procurando
na coluna corresponde vemos o intervalo de 0 graus
a 9 graus, o astro SOL deve ser colocado na Sefirá
de Chochmá.

2. Lua 10Pei 35'37'' - Sefirá de Iessod

Procurando o signo de Peixes, é o último da tabela.


O signo é do ritmo Mutável e do elemento água . A
Lua está a 10 graus de Peixes, 35 minutos e 37
segundosdentro do signo. Na coluna
correspondente das Sefirót, de 10 a 19,
encontramos Iessód.

3. Mercúrio 29Can 8'48'' - Sefirá de Chochmá


Procurando o signo de Câncer, segundo da tabela. O
signo é do ritmo Cardinal e do elemento água.
Mercúrio está a 10 graus de Peixes, 35 minutos e 37
segundos dentro do signo. Na coluna
correspondente das Sefirót, de 20 a 29,
encontramos Chochmá.

4. Vênus 5Can 51'27'' - Sefirá de Chochmá

Segundo da Tabela, o signo de Câncer é do ritmo


Cardinal e do elemento água. Vênus está a 5 graus,
51 minutos e 27 segundos dentro do signo. Nas
colunas das Sefirót, de 0 a 9 graus, encontramos a
Sefirá de Chochmá.

5. Marte 25Can 1'25'' - Sefirá de Chochmá


Segundo da Tabela, o signo de Câncer é do ritmo
Cardinal e do elemento água. Marte está a 25 graus,
1 minutos e 25 segundos dentro do signo. Nas
colunas das Sefirót, de 20 a 29 graus, encontramos
a Sefirá de Chochmá.

6. Júpiter 8Tou 24'58'' - Sefirá de Guevurá

Quinto da Tabela, o signo de Touro é do ritmo Fixo


e do elemento terra. Júpiter está a 8 graus, 24'
minutos e 58'' segundos dentro do signo. Nas
colunas das Sefirót, de 20 a 29 graus, encontramos
a Sefirá de Guevurá.

7. Saturno 11Tor 35'3'' - Sefirá de Tiféret


Quinto da Tabela, o signo de Touro é do ritmo Fixo
e do elemento terra. Saturno está a 11 graus, 35'
minutos e 3'' segundos dentro do signo. Nas colunas
das Sefirót, de 10 a 19 graus, encontramos a Sefirá
de Tiféret.

8. Urano 24Tou 22'56'' - Sefirá de Nétsach

Quinto da Tabela, o signo de Touro é do ritmo Fixo


e do elemento terra. Urano está a 24 graus, 22'
minutos e 56'' segundos dentro do signo. Nas
colunas das Sefirót, de 20 a 29 graus, encontramos
a Sefirá de Nétsach.

9. Netuno 22Vir 51'29'' - Sefirá de Malchut


Décimo da Tabela, o signo de Virgem é do ritmo
Mutável e do elemento terra. Urano está a 22
graus, 51' minutos e 29'' segundos dentro do signo.
Nas colunas das Sefirót, de 20 a 29 graus,
encontramos a Sefirá de Malchut.

10. Plutão 1Lea 39'40'' - Sefirá de Guevurá

Sexta da Tabela, o signo de Leão é do ritmo Fixo e


do elemento fogo. Plutão está a 1 graus, 39'
minutos e 40'' segundos dentro do signo. Nas
colunas das Sefirót, de 0 a 9 graus, encontramos a
Sefirá de Guevurá.

11. Tikum 16Lib 32'27'' - Sefirá de Biná


Terceiro da Tabela, o signo de Libra é do ritmo
Cardinal e do elemento Ar. Tikun está a 16 graus,
32' minutos e 40'' segundos dentro do signo. Nas
colunas das Sefirót, de 10 a 19 graus, encontramos
a Sefirá de Biná.

12. Kiron 20Can 24'0'' - Sefirá de Chochmá

Segundo da Tabela, o signo de Câncer é do ritmo


Cardinal e do elemento Àgua. Kiron está a 20 graus,
24' minutos e 0'' segundos dentro do signo. Nas
colunas das Sefirót, de 20 a 29 graus, encontramos
a Sefirá de Chochmá.

Comparação entre o mapa astrológico convencional


e cabalístico
Nos próximos temas vamos analisar o mapa
cabalístico de João Carlos Martins, detalhando o
significado de cada Sefirá, o significado dos planetas
contidos nelas e aspectos da formação da Etz
Chaim.
TEMA 20 - Aprofundando um pouco mais sobre a
Cabala

No TEMA anterior, vimos como montar o mapa


cabalístico à partir de um mapa astrológico
tradicional. Vimos que sua estrutura muda
radicalmente. Isso pode ser explicado. Há dois mil
anos atrás, quem financiava os estudos da
astrologias eram os reis. Queriam saber sobre o seu
reinado, a riqueza, o povo. Interessava os
acontecimentos externos.

Não era preocupação saber sobre si mesmo. Todo o


conhecimento astrológico caminhou para aqueles
objetivos. Não é de se admirar que o mapa que
reflete os acontecimentos externos não tenha nada
a ver com o mapa que reflete as raízes do mais
profundo de nossa alma.
Um roteiro para a análise de um mapa cabalístico
precisa começar pelas análises mais amplas e
abrangentes e aos poucos refinando a pesquisa
para os aspectos mais particulares. A distribuição
dos planetas entre as três colunas na Etz Chaim vai
diferenciar a tendencia com relação ao dar e
receber, um tema importante na Cabalá. Defini-se
as coluna predominante pelo número de planetas
em cada coluna. A Coluna da direita, a coluna de
Hessed, vai mostrar uma tendencia em ser mais
expansivo, doador e compartilhador, enquanto a
coluna da esquerda, a coluna de Din, representa o
lado que recebe, que foca, que decide, mas
restringe. A linha do meio, a coluna de Rachamim,
representa o nosso lado físico, aquilo que pode ser
observado, e equilibra as nossas necessidades
correspondentes às colunas da direita e esquerda. É
a colula que liga Keter a Malchut, unindo todos os
quatro mundos. Os efeitos são distinguidos no
mundo físico, porém a fonte da alimentação de
energias são o intelecto, os sentimentos e as
emoções.

I. A distribuição dos planetas pelas colunas da Etz


Chaim de João Carlos Martins:

A coluna que recebe o maior número de planetas é


a coluna da direita, Héssed. Isso mostra que a
personalidade, e mais do que isso, a propensão
interna é de doação, da iniciativa, do
empreendedor. É o lado sentimental, das
possibilidades infinitas e expansivas. É a coluna
onde encontramos as respostas, de onde os
recursos próprios são extraídos. Essa coluna mostra
que na vida interior não é predominante o tempo e
o espaço. Sempre é possível realizar. Não há
impedimentos, os obstáculos são minimizados.
Entre as características que dão as forças para os
planetas que a ocupam não estão as limitações.
Tudo sempre é visto como uma realização possível,
inundado de otimismo e força para realização. Não
há limites ou fronteiras aonde que chegar. A coluna
da direita está relacionada com o futuro e o
elemento água, elemento predominante em seu
mapa.

A coluna central do mapa tem menos planetas,


porém pelos planetas que a ocupam, acaba sendo
uma coluna importante que espelha as necessidade
internas. Nessa cluna está a Sefira de Tiferet, é a
Sefirá que integra todas as demais e como veremos
mais tarde, o significado do planeta Saturno nessa
Sefirá é uma grande força integradora do ego, que
vai interagir com todas as forças das demais Sefirót.

A coluna da esquerda tem planetas suficientes para


que não a torne uma faceta da personalidade com
alguma fragilidade. Em particular, nessa coluna de
Din, na Sefirá de Biná, estão os dois pontos que
mostram a missão na vida atual. O Tikun e Kiron.
Estão numa mesma Sefirá e num mesmo elemento.
Isso mostra a grande importância da coluna de Din
na configuração do mapa.

II. A configuração global do mapa

Comparando ao mapa astrológico convencional o


mapa cabalístico vemos que é bem diferente. Os
planetas estão mais espalhados, não tem áreas
vazias, as colunas estão com potenciais
importantes, os elementos predominantes são água
e terra. Os ritmos preenchidos com planetas,
cardinal, fixo e mutável por toda a extensão do
mapa.
Os elementos predominantes: água - terra

Esses elementos podem fluir muito bem juntos e se


completam. Os planetas que posicionam-se nos
elementos terra são complementares aos que caem
no elemento água.

O aspecto prático do elemento terra dá


sustentação aos planetas em água que se ligam ao
sentimento e emoção. Essa associação de água e
terra confere amabilidade, doçura e generosidade,
ao mesmo tempo que atribui forças de realização e
produção.

Esse tipo de predominância nos elementos é típico


de pessoas bem ajustadas, integradas, mas que
pode ter dificuldades para lidar com inovações e
mudanças muito significativas. Lidam
extremamente bem com o mundo que estão
acostumadas, mas não realizam grandes vôos de
mudança no estado de vida que criaram.

No post seguinte vamos analisar cada uma da


Sefirot da Etz Chaim. Veremos o significado dos
posicionamentos dos planetas de João Carlos
Martins e uma comparação entre a estrutura da
Árvore da Vida com a hipótese estrutural da
psicanalise.
TEMA 21 - Identificando a estrutura psíquica na Etz
Chaim da Cabalá e analisando com profundidade o
mapa cabalístico de João Carlos Martins
Nesse tema nós estaremos publicando o conteúdo a
cada parte desenvolvida, pois será um tema longo,
integrando todos os assuntos vistos até aqui.
Montamos o mapa astrológico cabalista de João
Carlos Martins. Fizemos algumas análises globais do
mapa. Ninguém melhor para ser analisado para
entender as forças que nos animam. Onde está a
força que temos para suportar e superar os
obstáculos que a vida nos coloca. Não foi por acaso
que escolhemos o Maestro para identificar o
potencial de realização que está armazenado em
nossa alma.

PARTE I
Com essa postagem queremos estudar os aspectos
das Forças Divinas que emanam de Or Ein Sof (Luz
do Sem Fim), de acordo com a Cabalá, e em
paralelo o que podemos utilizar da Teoria
Psicanalista, para formar um raciocínio que nos leve
a entender os processos que articulam-se em
nossas mentes e na alma.
Usaremos algumas definições básicas da Psicanálise
(não somos conhecedores do assunto), colhidas de
livros introdutórios sobre o assunto para fazer esse
paralelismo. A intenção é ter duas vertentes
discutindo sobre o mesmo assunto, reconhecendo
os pontos em comum e os pontos divergentes. O
objetivo é entender de onde podemos tirar o
entendimento sobre a capacidade de nossa mente
para mudar o que queremos, apesar de todo
esforço psíquico que nosso inconsciente utiliza para
dificultar essa busca. O assunto que iremos utilizar
da Psicanálise é a hipótese estrutural do aparelho
psiquico, o id, ego e superego, as funções de defesa
do ego, e aplicar esse conhecimento na estrutura
da Árvore da Vida. Os dois processos de pesquisa da
alma nos darão algumas conclusões muito
interessantes. Para podermos entender as
ferramentas que vamos utilizar, será feita uma
introdução sobre as teorias mencionadas, como
identificar esse processo na dinâmica da Árvore da
Vida e qual a razão de podemos utilizar esse
paralelismo.
Lembrando um pouco o que foi dito no último
tema, descrevemos o formato da Etz Chaim,
mencionando sobre as três colunas que a
compõem, o significado de cada coluna e como isso
explica algumas características internas e gerais de
João Carlos Martins.

Apenas um parêntesis, ao terminarmos a análise do


mapa, com a discussão psicanalista e a análise
cabalística, o material será entregue ao Maestro
para que tenhamos um posicionamento pessoal
sobre tudo o que estamos discutindo.

Seu texto será colocado no blog. Será um encontro


com o Maestro.
Mapa Cabalístico de
João Carlos Martins
Esse é o mapa de JCM montado no formato da Etz
Chaim. Na Sefira de Keter não é colocado nenhum
planeta natal de JCM, porém seu regente é Netuno.
Na Sefirá de Chochmá não se encontram planetas
ou astros, porém Kiron e o Tikun localizam-se nessa
Sefirá. Preenchemos apenas as 10 Sefirót com os
planetas na data de nascimento para tornar mais
clara a visualização. Outras informações serão
mencionadas no momento adequado. Também não
utilizamos as divisões dos elementos nas Sefirót
(fogo, terra, ar e água), para facilitar a análise.
Vamos repetir sintética- mente o que foi analisado
no última tema (Tema 20), para termos todas as
informações nessa mesma postagem.
PARTE II

Na postagem anterior, TEMA 20, vimos o significado


das três colunas na Etz Chaim. Esse ´s um conceito
muito interessante, que vai dar sustentação para a
identificação das instâncias do aparelho psíquico
nas Sefirót da Árvore da Vida.

No mapa de JCM a coluna que recebe o maior


número de planetas é a coluna da direita, Héssed.
Isso mostra que a personalidade é voltada para o
exterior, e mais do que isso, a propensão interna é
de doação, da iniciativa, do empreendedor. É o lado
sentimental, das possibilidades infinitas e
expansivas. É a coluna onde encontramos as
respostas, de onde os recursos próprios são
extraídos. Essa coluna mostra que na vida interior
não é predominante o tempo e o espaço. Sempre é
possível realizar. Não há impedimentos, os
obstáculos são minimizados. Entre as características
que dão as forças para os planetas que a ocupam
não estão as limitações. Tudo sempre é visto como
uma realização possível, inundado de otimismo e
força para realização. Não há limites ou fronteiras
aonde que chegar. A coluna da direita está
relacionada com o futuro e o elemento água,
elemento predominante em seu mapa.

A coluna central do mapa tem menos planetas,


porém pelos planetas que a ocupam, acaba sendo
uma coluna importante que espelha as necessidade
internas. Nessa coluna está a Sefirá de Tiferet, é a
Sefirá que integra todas as demais e como veremos
mais tarde, o significado do planeta Saturno nessa
Sefirá é uma grande força integradora do ego, que
vai interagir com todas as forças das demais Sefirót.
A coluna da esquerda tem planetas suficientes para
que não configure uma personalidade com
fragilidades. Em particular, nessa coluna de Din, na
Sefirá de Biná, estão os dois pontos que mostram a
missão na vida atual. O Tikun e Kiron. Estão numa
mesma Sefirá e num mesmo elemento. Isso mostra
a grande importância da coluna de Din na
configuração do mapa.

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