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Data:09/04/2019 

Turma:CPI A 1 2019 
Tema:CP07.01.07 - Competência. Conceito. Critérios de determinação da competência interna. Causas
de modificação da competência 

1ª - Questão:
Augusto e Maria, casados, tiveram seis filhos, todos maiores de idade. Augusto falece e os
herdeiros abrem o inventário e partilha de bens na 5ª vara de cível do Méier. Um ano mais
tarde, falece Maria, e seus herdeiros distribuem o inventário que cai na 1ª vara de família do
Méier. A vara de família foi criada após a instauração do primeiro inventário.
Diante do conflito positivo de competência, o qual ambos os juízos requerem a união dos
feitos, o juízo da vara cível fundamenta suas razões na conexão, art. 55,§3º CPC/15 e o juízo
da vara de família fundamenta as suas razões com base no art. 66, III, CPC/15. A questão é
remetida para o tribunal resolver a questão.
Decida a questão de forma fundamentada.

A competência será da vara de família, já que esta é competente em razão da


matéria, competência, pois, absoluta.
O Código adota, dessa forma, o princípio da perpetuatio jurisdictionis ou
perpetuação da jurisdição, segundo o qual, uma vez definida essa competência, ela
normalmente não mais se alterará. Diz-se normalmente porque a própria lei traz duas
exceções à regra. São elas: a supressão de órgão judiciário ou a alteração das regras de
competência absoluta. Por exemplo, caso em determinada comarca seja extinta uma das varas,
os processos que nela tramitam terão que ser remetidos a outra. Não há aqui alternativa
justamente em virtude da supressão do órgão judiciário. Mas a recíproca não é verdadeira: a
criação de novas varas não alterará a competência dos processos que já estão em trâmite, por
se tratar de competência relativa (de foro). A situação se altera se houver a criação de uma
vara especializada em relação à matéria (competência absoluta). Nesse caso, haverá a
modificação da competência, conforme prevê a parte final do art. 43 do Código.
Observe-se que embora o princípio da perpetuatio jurisdictionis sofra exceção
nos casos de alteração da competência absoluta, mostra-se relevante saber a fase em que se
opera essa alteração. Dependendo deste momento, haverá uma ou outra solução. Se a
modificação se der no curso do processo, rompe-se o princípio e os autos devem ser
encaminhados para o novo juiz competente.
Todavia, se essa alteração da competência absoluta ocorrer após a prolação da
sentença, ela será processualmente irrelevante. Estando o processo já na fase de execução, não
haverá a redistribuição do processo. Essa orientação levou inclusive à edição da Súmula 367

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do STJ: “A competência estabelecida pela EC 45/2004 não alcança os processos já
sentenciados”.
O art. 45 do Código traz um exemplo típico de modificação da competência no
curso do processo, em virtude de regra de competência absoluta. Segundo o dispositivo, a
intervenção da União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou ainda de
conselho de fiscalização de atividade profissional (tais como o Conselho Federal de Medicinal
ou Conselho Federal de Odontologia) ocasionará a remessa dos autos à Justiça Federal. Em
outras palavras, havendo tal intervenção em processo que tramite perante a Justiça Estadual,
deverá o juiz estadual imediatamente promover o envio dos autos. E isso se dará quer o
ingresso dessas entidades ocorra na qualidade de parte ou de terceiro interveniente. A razão é
que elas atraem a competência da Justiça Federal, na forma do art. 109, I, da Constituição
Federal13. Observe-se que a própria norma constitucional excepciona os casos em que não
haverá essa alteração da competência: falência, acidentes de trabalho e aquelas relativas a
questões eleitorais ou trabalhistas. Nelas, mesmo com a intervenção da União, a competência
permanecerá inalterada.
Vale destacar que a competência para deferir ou indeferir a admissão de ente
federal no processo é da própria Justiça Federal, consoante entendimento da Súmula 150 do
Superior Tribunal de Justiça: “Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de
interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou
empresas públicas”. Dessa forma, somente um juiz federal poderá admitir tal intervenção e,
consequentemente, fixar a competência federal.
Por fim, consoante os §§ 1º e 2º do art. 45, não haverá a remessa à Justiça
Federal quando o juiz estadual for competente em sentido absoluto para apreciar alguns dos
pedidos. Tal regra reafirma o disposto no art. 327, § 1º, II, do Código, o qual só permite a
cumulação de pedidos quando o juiz for competente para o exame de todos eles.

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