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Jesus, esperança para os enfermos
Pr. Levino dos Santos Oliveira

INTRODUÇÃO:
• Há alguns anos atrás, a mídia televisa veiculou a propaganda de um con-
curso para descobrir moças que seguiriam a carreira de modelo. O tom da
propaganda era que as concorrentes se inscrevessem mesmo que se auto-
considerassem imperfeitas. A chamada terminava dizendo que todas quantas
quisessem deveriam se inscrever, pois afinal, que não tem um defeitinho?
• Alguém já fez uma gravação de voz ou filmagem de você enquanto discursa-
va ou fazia algo parecido? Se já, você gostou? Provavelmente não. Geralmente
as pessoas ficam tão surpresas quando se vêem numa gravação que tendem
a duvidar se são elas mesmas ali.
• A vontade de ser diferente, a necessidade de mudar, é algo que acontece
com muita gente. Agora, imagine quando a pessoa tem uma enfermidade que
o incomoda e o limita. A história bíblica que vamos acompanhar é um desses
casos – o maior sonho do personagem era ser diferente, ser curado de sua
doença.

Ler (João 5: 1-16)

1 – A MULTIDÃO PERECE EM BUSCA DE CURA


A – Betesda – Um lugar de milagres
• Hoje, ainda, as pessoas crêem em muitas coisas que não tem fundamento,
como exemplo: simpatias, espelho quebrado, gato preto, etc.
• Betesda era um lugar que atraía multidões. Ainda hoje, o mesmo ocorre em
muitos lugares, tudo que é sensacionalista atrai muita gente. Não é à toa que
a televisão está cheia de programas religiosos com esse tom, apresentando
benzedores e tudo mais para dar solução imediata a tudo.
• Bestesda era uma concentração de sofredores (enfermos, cegos, paralíti-
cos, coxos, etc.) De certa forma, nos nossos dias, as pessoas vivem o mesmo
drama. Pode ser que não estejam lá em Betesda, mas vivem num poço de suas
doenças sociais e espirituais.
B – Pessoas presas às crendices
• Segundo os arqueólogos, o poço de Betesda continha três sifões e, certa-
mente, quando um deles enchia-se de ar causava o movimento das águas.
• Como aquele homem, há pessoas que vivem uma vida inteira correndo atrás
de ilusões (por exemplo: ter um cônjuge perfeito, mas não percebe em si
mesmo suas próprias imperfeições).
C – Sofrimento sem fim (38 anos)
• Nunca lhe davam oportunidade, sempre outro conseguia a frente.
• Quanto tempo ele passou olhando as águas enquanto sua vida passava...
(vivendo unicamente por algo que já havia passado e jamais voltaria)

Ilustração: “O Maior Tesouro”


Certa vez, um homem caminhava pela praia numa bela noite de luar.

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Pensava desta forma: Se tivesse um carro novo, seria feliz! Se tivesse uma
ótima casa, seria feliz! Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz! Se tivesse
um grande amor, seria feliz!
Nesta caminhada, tropeçou em uma sacolinha cheia de pedras. Ele começou a
jogar as pedrinhas uma a uma no mar cada vez que dizia: Ah! Como seria feliz
se tivesse... No final da caminhada sobrou apenas uma pedrinha na sacolinha.
Decidiu guardá-la.
Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha pequenina era um belís-
simo diamante. Imagine quantos diamantes ele jogou ao mar sem parar para
pensar?
Assim são as pessoas... jogam fora seus preciosos tesouros por estarem so-
nhando e desejando o que não têm, sem dar valor aos tesouros que já pos-
suem.
Se olhássemos ao redor, parando para observar, perceberíamos quão afortu-
nados nós somos. Muito perto de nós está a felicidade. Cada pedrinha precisa
ser avaliada. Pode ser um diamante valioso. Cada dia de nossa vida pode ser
considerado um diamante precioso, valioso e insubstituível. Depende de cada
um aproveitar ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-
lo.
Onde você tem jogado suas pedrinhas? Pode não ser tarde para voltar e en-
contrá-las.

(http://www.gotasdecristal.com.br)

2 – QUANDO JESUS APARECE, SURGEM NOVAS EXPECTATIVAS (v. 6a)


A – Jesus conhece tudo e todos.
• Ele sabia quanto tempo o homem estava sofrendo, qual era a sua doença.
Cristo é aquele que entende nosso sofrimento.
B – Hoje Ele pergunta – Queres ser curado?
• Parece uma pergunta óbvia, sem nexo.
• Você realmente quer ser curado? Cristo está pronto a curar (problemas es-
pirituais, familiares, físicos), mas para isso também é necessário que façamos
algo, quem sabe seja uma mudança dos hábitos alimentares ou pecados que
precisam ser abandonados ou dar o perdão a alguém.
C – Jesus contraria totalmente a maneira de cura.
• O homem esperava que Jesus fizesse a água movimentar-se especialmente
para ele.
• Ou, quem sabe, esperava que fosse mergulhado 7x no tanque como aconte-
ceu com Naamã nas águas do rio Jordão.
• Ou, talvez, tivesse que beber da água, como foi oferecida à mulher Samari-
tana.

3 – A CURA DE DEUS É SURPREENDENTE


A – É simples e não depende do homem.
• É segundo a necessidade do ser humano.
• É na hora que o homem esvazia o seu ego.
• Pode ser instantâneo ou aos poucos.
B – Pra Deus não tem dia especial de cura, foi num sábado (v. 9).

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• O homem estava contente (sua família também).
• Deus se preocupa com as pessoas, o hipócrita com as coisas (os hipócritas
diziam que ele não podia carregar o seu leito no dia de Sábado).
C – Quem é o que cura? (12). O homem responde que não sabia.
• Só sei que mandou pegar o meu leito e andar (v. 11)
• Não sabia quem era, mas já falava dele. Quando recebemos cura maravilho-
sa do Senhor, não tem como ficar calados – vamos testemunhar naturalmente,
vamos falar do poder que operou em nós sem detalhar ou explicar fórmulas.
• A doença estava relacionada com o pecado: “vá e não peques mais” (v. 14).
Como foi dito a pouco, Cristo oferece cura, mas em muito depende de nós
aceitarmos a cura que Ele nos oferece. Devemos fazer aquilo que é nossa parte
para usufruir de tal benção.
• Onde encontrar Jesus? (v. 14) Aquele homem encontrou Jesus mais tarde no
templo. Amigo, se queres ter um encontro com Cristo, que tal procurá-lo hoje
na casa dEle? É ali que Ele atende os interesses de seu Pai (foi o que disse a
José e Maria quando o perderam). Seu interesse é a sua cura, sua felicidade,
sua salvação.

CONCLUSÃO:
Quem não sonha em ser curado? Alguns o serão, outros ouvirão: a minha
graça te basta. Mas mesmo assim, Confie em Deus e deixe que Ele opere um
milagre em e por você. Deus é a Esperança para os enfermos em todos os
aspectos, seja no físico, familiar, moral, etc. Ele pode e quer te ajudar. Vamos
a ele ainda hoje.

5 | Apresentando Jesus - Sermonário

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Jesus, esperança para os solitários
Pr. Evaldino Ramos

TEXTO: “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e di-


zendo: Meu Pai se possível passa de mim esse cálice! Todavia, não seja como
eu quero, e sim como tu queres.” Mt. 26:39

INTRODUÇÃO:
Um psicólogo renomado diz que a solidão gera a ansiedade e a ansiedade gera
a memória virtual. Talvez isso tenha acontecido com Jesus, pois Ele anteviu o
resultado do Seu sacrifício, não pela memória virtual, mas, pela presciência,
muito mais forte, aguçada e precisa que a memória virtual. O texto de hoje
fala de um dos momentos que passou solitário, mas sempre se refugiava nos
braços do Pai, e não se entregava a solidão.

I – A SOLIDÃO E A TRISTEZA
A. Há várias situações que provocam a solidão e tristeza. Por exemplo, quando
você perde coisas ou propriedades, quando a sua empresa vai mal, ou a casa
se vai em um negócio mal feito. Quando de repente fica sem emprego, sem os
amigos você entra no mundo da solidão. Quando perde um parente por morte
ou divórcio parece que a tristeza é profunda e dói demais.
B. Em horas assim difíceis você recorre às promessas da Palavra de Deus?
Ainda consegue acreditar no amor divino quando tudo está escuro? O próprio
Filho de Deus quando aqui esteve passou por momentos de tristeza.

O profeta Isaías O chamou de homem de dores. Certamente, apesar dos sen-


timentos de alegria por salvar a humanidade da morte, a tristeza da traição, o
abandono dos apóstolos nos momentos cruciais do seu sofrimento invadiram
e machucaram o Seu coração.
C. Jesus enfrentou a solidão, até o Seu querido Pai, que várias vezes O chamou
de Filho Amado teve que deixá-Lo sofrer para realizar a salvação da humani-
dade. É bom saber que mesmo quando estamos tristes, podemos ter a certeza
de Seu amor, e de Sua companhia ao nosso lado. Essa é uma das maravilhosas
promessas que Ele nos deu. No livro do profeta Isaías capítulo 57:15: “Porque
assim diz o Alto e o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome
de Santo. Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e
abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração
dos contritos.” Após Sua ressurreição, o Senhor deixou tudo para acompanhar
a pé, dois discípulos que iam para a cidade de Emaus, que estavam vencidos
pela decepção e pela tristeza.
Mais uma vez cumpriu a promessa, e mais do que isto, revelou a Sua consi-
deração e o carinho por todas as pessoas tristes e solitárias (Luc 24:13).

II – MOMENTOS SOLITÁRIOS
A. Desde o nascimento esteve só, sem lugar para ficar seus pais, Maria e José
se hospedaram numa estrebaria (Lc 2:7).
B. Seus pais o levaram para Nazaré para sair da mira do rei Herodes.

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C. Esteve a sós por quarenta dias no deserto em jejum (Lc 4:1 e 3).
D. Passava noites inteira orando sozinho.
E. Foi ao Getsêmani com três dos discípulos, mas ficou sozinho suando gotas
de sangue (Lc 22:45).

Amigo, se está faltando alguma coisa, se estás triste e se sentindo em solidão,


Jesus passou por tudo isso e Ele entende a sua dor, sua tristeza e solidão,
coloque sua confiança no Senhor porque Ele não o abandonará.
Lembre-se das palavras de Jesus: “Vosso Pai Celestial sabe que necessitais
destas coisas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã.” Mateus
6:31-33
Se estiver perdendo a saúde, lembre-se do Médico dos médicos. Aquele que
curou a tantos enfermos vai também reservar uma benção para você.
Lembre-se também que todas as coisas vão contribuir para o bem integral
daqueles que buscam com sinceridade os caminhos de Deus. (Romanos
8:28).
Se o mundo hoje se tornou uma ameaça... Se a segurança e a paz estão cada
vez mais distantes... Se o temor coletivo intranquiliza todas as classes, po-
demos sentir a paz descrita no evangelho de João 14:27: “Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize.”
Se hoje você está triste porque perdeu uma oportunidade e está se lamen-
tando: por que aconteceu isto? Ah se eu tivesse feito isto ou aquilo! Eu deveria
estar dormindo quando aceitei aquela proposta. Por que eu não disse não? Leia
e releia o verso citado acima.

III – SUPERANDO COM FÉ EM DEUS


A. Amigo, quem acredita em Deus pode sempre recomeçar, pode recuperar o
tempo e as coisas perdidas. Recomeçar, ter forças para superar os obstáculos.
São os desafios de todo aquele que crê. Em II Coríntios 6:2 está escrito: “Eis
agora o tempo oportuno. Eis agora o dia da salvação.”
B. Na conhecida poesia o autor diz que tudo que deveria ter não o tinha e
usou emprestado como a hospedaria onde nasceu, a manjedoura que foi seu
primeiro berço, o jumento para entrar em Jerusalém, os pães e peixes que
alimentou a multidão, a tumba onde puseram o seu corpo, mas exatamente o
que não merecia e era nosso, os tomou como seu, que foi a coroa de espinhos
e a cruz dolorosa.
C. Em todos esses momentos Jesus pensou em você, se humilhou e tornou-se
homem, unicamente para nos salvar, nos salvar da solidão, nos salvar das tris-
tezas e nos salvar das mágoas, do ressentimento, do medo, da incerteza, da
insegurança, nos salvar dos pecados, nos salvar deste mundo mal e vivermos
juntos com ele para sempre.

CONCLUSÃO:
Vivemos num mundo de tristeza. Se você está triste porque sua imagem foi
manchada e as pessoas não confiam mais em você... Se estiver recebendo
críticas e o seu mundo parece desabar, lembre-se que você é muito precioso
para Deus.

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O profeta Jeremias registra uma belíssima declaração de amor dedicada a
você: “Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí.” Je-
remias 31:3
Se sente desolado porque a morte feriu o seu lar, lembre-se que Deus tem
um remédio para isso também. Aquele Jesus que disse: “Lázaro, sai!” vai
dizer a mesma frase aos nossos queridos no dia maravilhoso em que voltará
ao mundo. Naquele dia todas as nossas tristezas irão embora para sempre.
Apenas precisamos acreditar. Acreditar na virada que Deus vai dar em toda
essa situação.
O que precisamos é aprender a plantar esperança. A Bíblia diz: “Aquele que
sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus
feixes.” Salmo 126:6.
“Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.” Salmo 30:5.
Existem duas coisas que podem nos ajudar:
1. Jesus nos dá forças para suportar.
2. Jesus colocará fim ao sofrimento quando vier.
Graças a Deus podemos aguardar com fé a chegada dessa gloriosa manhã.
E isso nos dá serenidade. Nenhuma tempestade é suficientemente forte para
nos assustar quando sabemos que o nosso barco chegará ao Porto com se-
gurança.
Não há tristeza que possa diminuir a alegria da bem-aventurança que nos
aguarda. Louvemos ao Senhor, porque através dEle podemos hoje superar
a tristeza e a solidão. Venha e una-se a Deus, aceita a Jesus pela fé, creia
que Ele existe, pois, “Ele se torna galardoador de todos que o buscam” (Hb
11:6).

8 | Apresentando Jesus - Sermonário

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Jesus, esperança para os deprimidos
Pr. Eronildo Silva
Texto: João 5:1-15

Introdução:
Jesus, o Verbo Encarnado, vestindo se identificou totalmente com o homem.
Sabia se relacionar com todos; o simples ou os de grande fama, o analfabeto
marginalizado e o doutor menosprezado. Conhecia as necessidades do coração
humano.

No evangelho de João encontraremos nosso personagem de estudo e seu en-


contro com o Mestre da Esperança.

O capítulo 5 mostra onde a Esperança será transmitida, a cidade: Jerusalém


– o local: o tanque de Betesda, e seus cinco alpendres, ou entradas.

Perto dessas entradas muitos doentes: cegos, aleijados e paralíticos. Todos


esperando o movimento da água, pois, acreditavam que de vez em quando
um anjo do Senhor descia e agitava a água, o primeiro que entrasse no tanque
sarava de qualquer doença. Entre eles, um homem que há trinta e oito anos
estava doente.

Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo que era
doente, perguntou: “Você quer ficar curado?” Sua resposta foi: “Senhor, eu
não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez
que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim”. Então Jesus disse:
“Levante-se, pegue a sua cama e ande!”. No mesmo instante, o homem fi-
cou curado, pegou a cama e começou a andar. Mais tarde Jesus encontrou o
homem no pátio do Templo e disse a ele: “Escute! Você agora está curado.
Não peques mais, para que não aconteça com você uma coisa ainda pior” (Jo
5. 1-9,14).

Um paralítico, uma história, antes da cura, um homem decepcionado.

Na pergunta de Jesus, uma reclamação: “eu não tenho ninguém para me pôr
no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente
entra antes de mim”.

Muitas vezes nos encontramos em situação semelhante: vítimas da de-


cepção.

Tem o fracasso roubado sua esperança? Tens sido assolado por uma desilusão
na vida? O desencanto tem roubado o brilho de teus dias? Tens sido pego pelo
desapontamento? Há surpresas desagradáveis no teu viver? Alguém esta te
contrariando e és vítima do desgosto?

O que seria de nós, quando acometidos da paralisia espiritual, se Jesus não

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se envolvesse conosco?

À semelhança daquele paralítico, às vezes paras e tua alma fica letárgica, e teu
espírito se atrofia e se decepcionas?

Hoje veremos os 3 níveis de decepção que todo cristão está sujeito.

I. DECEPCIONAMO-NOS CONOSCO MESMO

Olhando para as suas pernas atrofiadas, sua sujeira, seu mau cheiro, sua de-
pendência dos outros, sua miséria, sua inércia este paralítico ficava frustrado
consigo mesmo.

O texto de Jo 5.14, mostra que a causa de sua paralisia era a existência de


algum pecado que não fora perdoado.

Não há nada mais frustrante que uma consciência pecaminosa.

Hoje, inúmeros motivos fazem muitos prostrarem-se inertes levando-os a


doenças, pois não podem confiar em si mesmos.
Salomão disse que: “o que confia no seu próprio coração é insensato” (Pv
28:26).

Paulo se viu frustrado consigo mesmo e desabafou: “Pois eu sei que aquilo que
é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo
tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo. Pois
não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que
eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o
pecado que vive em mim é que faz. Quando quero fazer o que é bom, só con-
sigo fazer o que é mau. Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. Mas
vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela
que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro do pecado que age no
meu corpo. Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para
a morte? (Rm 7.18-24, BLH).

Quantas vezes te afliges por detectar falhas em teu caráter, se decepcionas


por não conseguirdes orar como gostarias, se chateias por se omitir diante de
desafios que Deus coloca perante ti?

Quantas vezes afundastes por deixar de praticar a teoria do bem que co-
nhecestes, ficastes arrasados por não meditares na Palavra de Deus como
deverias?

Quantas vezes deprimistes por não conseguires ser quem gostarias de ser?

Deus permite que isso ocorra para que tenhamos consciência de que o con-
teúdo do Evangelho dentro de nós é como verdadeiro tesouro espiritual, e
tenhamos consciência de que “somos como vasos frágeis de barro para que

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fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós” II Cor. 4:7.

Deixe sua vida na direção de Deus, como disse o Salmista: “Entrega o teu
caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. E ele fará sobressair a tua
justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia” (Sl 37:5).

Além de nos frustrar conosco mesmos, também nos desiludimos com aqueles
que se relacionam conosco.

II. DECEPCIONAMO-NOS COM AS PESSOAS AO NOSSO REDOR

O paralítico esperava ajuda das pessoas que estavam ao seu lado, mas isso
não aconteceu isto temos comprovado em suas palavras com um tom de ran-
cor: “eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe.
Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim”.

A frustração desse homem com as pessoas se deu por dois motivos:

a. Primeiro, a falta de amor e solidariedade de seus compatriotas;


b. Segundo, a concorrência intensa que havia na luta desesperada pela
bênção.

Seriam esses os motivos que têm deixado tanta gente fracassada atual-
mente?

Quando mais precisamos das pessoas e elas nos decepcionam, podem nos
frustrar.
Quando temos recursos os “amigos” brotam naturalmente onde estamos, mas,
quando caímos em insolvência, ficamos sem os companheiros; foi o que ex-
perimentou o filho pródigo.

Sua confiança já foi traída? Mesmo Jesus não esteve isento dessa desven-
tura.

Já mentiram para você? Já agiram injustamente?


Não há como não ficarmos abatidos com tudo isso.

Tem as frustrações lhe oprimido tanto, que já perdeu a consciência de que o


Salvador está diante de você, como esteve diante do paralítico do tanque Be-
tesda, amorosamente perguntando: “Quer ser curado?”.

Ele está preocupado...; Ele está te vendo...; não está indiferente às tuas frus-
trações... Não é insensível às tuas necessidades... Ele se identifica contigo.
O Senhor não passou por aquele tanque ignorando o paralítico. Foi Ele quem
estabeleceu o diálogo com aquela pobre criatura, e não te decepcionará.

III. DECEPCIONAMO-NOS COM A RELIGIÃO


O pobre paralítico também estava decepcionado com a Religião.

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Os religiosos foram acusados por Jesus de prenderem-se a questões periféri-
cas da crença e desprezarem o que realmente tinha suma importância na Lei:
a justiça; a misericórdia; e a fé.

Ninguém exercia esse conteúdo essencial beneficiando aquele pobre coitado.

Quando foi curado, ao invés de renderem ações de graças pela vitória, murmu-
raram porque o milagre tinha ocorrido no dia de sábado.

É gritante o fato de que religião por religião é cega, tendenciosa, fanática,


venenosa, enfim, frustrante.

Por outro lado, o paralítico confiava na reputação mística do tanque de Betesda


uma fonte intermitente, que fluía ocasionalmente em esguichos, para depois
cessar.
O povo dava a isso alguma espécie de significação sobrenatural, como se fora
a ação de um anjo.

O problema é que o paralítico estava ali supersticiosamente e nunca recebera


sua bênção. Talvez, tenha até piorado psicologicamente, pois a “mexida” na
água somente funcionava para alguns outros enfermos, menos para ele.

Quando nos apegamos a certas fórmulas espirituais para resolver nossas di-
ficuldades e elas não funcionam nos frustramos.

É comum diante de uma dificuldade alguém aconselhar-nos: “Leia a Bíblia e


ore que tudo vai se resolver”.

Ler a Bíblia e orar mecanicamente não resolve nada!

Tais atitudes podem até piorar a situação, se elas nos tornarem frios religio-
sos.

É importante ler as páginas das Escrituras, e orar ao Pai, mas, isso só tem
sentido quando mantemos uma comunhão pessoal com Deus.

Jesus não veio trazer religião à Terra! Ele veio estabelecer relacionamentos.

O nome de Jesus de nada adianta se não fizermos parte da mesma natureza


do Senhor e não formos amigos íntimos do Seu Santo Espírito. Quando não
vivemos isso, acabamos vivendo religião, e ela acaba nos decepcionando.

Quando nos frustramos com a religião à medida que estabelecemos uma es-
pécie de concorrência com o irmão ao nosso lado, nos assemelhamos ao pa-
ralítico.

Ele reclamou a Jesus: “Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes
de mim”.

12 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2012 12 23/3/2010 18:08:52


Cada um dos outros enfermos nas cinco entradas daquele tanque era para
o pobre paralítico um concorrente da bênção; um rival na luta pelo melhor
lugar; um competidor de maior rapidez; e um adversário pelo favoritismo da
misericórdia de Deus.

Em nome da religião, ou de modo inconsciente assumimos atitudes de disputa


no ambiente religioso. E não há nada que mais decepcione o ser humano que
religião vazia de conteúdo espiritual!

Outra idéia que nos frustra é darmos crédito a pessoas que dizem mensagens
afirmando serem de Deus, e que na verdade, não são d’Ele, criando frus-
trantes expectativas.

O grande antagonismo da desgraça do paralítico de João 5 é o nome do local


onde ele jazia: “Betesda”: “Casa de misericórdia”, mas que misericórdia ele
gozava até Jesus chegar ao tanque?

Todavia, O Senhor Jesus resolveu a decepção do paralítico, da mesma maneira


com que quer resolver as tuas decepções.

IV. JESUS RESOLVE AS TUAS DECEPÇÕES

Jesus não está alheio as tuas necessidades, pois te observa e te sonda.

Todavia, pede que faças a parte destinada a resolver teus problemas.

Tuas lutas, somente são resolvidas quando te comprometes com o Senhor.


Esse compromisso é mútuo.

Jesus te vê quando estas decepcionado, e não se afasta se estás frustrado!

Costumeiramente, há uma tendência de se afastar dos complicados. O homem


contemporâneo tem inúmeros problemas, querendo sempre se afastar das
pessoas problemáticas, gerando o aumento das complicações humanas e o
estabelecimento da falta de amor entre os indivíduos.

Naquele dia, Jesus chegou a Jerusalém com objetivo de participar de uma das
festas judaicas, mas na Sua agenda de trabalho a prioridade estava nas pes-
soas e não nas coisas.

O capítulo cinco de João declara que Jesus viu o homem deitado e, sabendo
que fazia todo esse tempo que ele era doente, perguntou: “Você quer ficar
curado?”

Jesus está te vendo! Saiba que Ele não te ignora, mesmo com tua vida com-
plicada, o Senhor te vê.

13 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2013 13 23/3/2010 18:08:52


As pessoas te ignoram e te evitam por que só vê o que é aparente, a compli-
cação insolúvel.

Mas Deus não age assim. “O Senhor não vê como vê o homem, pois o homem
vê o que está diante dos olhos, porém, o Senhor olha para o coração” (1 Sm
16.7b).

O homem segundo o coração de Deus (Davi) quando sentiu-se complicado


orou de um modo que nós também podemos clamar: “Tem misericórdia de
mim, Senhor; vê como me fazem sofrer aqueles que me aborrecem, tu que me
levantas das portas da morte” (Sl 9:13).

Nas portas da morte teu Pai te vê, e quer te levantar, Ele está interessado por
ti, é Ele quem inicia o diálogo:

“Você quer ficar curado”? Jesus sempre se identifica com os pecadores. Ele se
interessa pelo frustrado. “Ele veio buscar e salvar os perdidos” (Lc 19.10).

Confie n’Ele! Cristo tem poder para solucionar todas as tuas frustrações. “Ele
tem todo o poder no céu e na Terra” (Mt 28.18).

Diante da pergunta: “Queres ficar são?” O Senhor questionava se aquele


homem queria “mudar de vida”, se deseja parar de pedir esmola, se deseja
trabalhar, se deseja andar com suas próprias pernas, se deseja trocar de rou-
pas, se queria sair do pó, se almejava parar de depender dos outros.

Em suma, se deseja se arrepender e abandonar definitivamente o pecado.

Isso é tão certo, que João nos informa que mais tarde Jesus o encontrou no
pátio do Templo e disse: “Escute! Você agora está curado. Não peques mais,
para que não aconteça com você uma coisa ainda pior”.

Hoje o Senhor quer solucionar tuas frustrações; quer resolver teus fracas-
sos da esperança perdida; quer devolver alguma desilusão perdida; quer te
levantar se caíres por um desengano; quer te encorajar se estás inerte pelo
desapontamento; quer te encorajar ante as surpresas desagradáveis do co-
tidiano.

Quer te curar da depressão, mas deseja que entregues confiadamente e sem


reservas teus cuidados a Ele.

Quer melhorar teu casamento, mas anseia que perdoes teu cônjuge e elimines
os defeitos de caráter.

Para cada bênção que almejas do Senhor, Ele quer algo de você.

Espera de ti, fé em Sua Palavra para resolver tuas decepções.

14 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2014 14 23/3/2010 18:08:52


A Palavra do Senhor continua sendo o meio de dar um fim às tuas lutas.

Apelo:

Confie no Senhor! O paralítico ouvindo a Palavra de autoridade de Jesus tomou


o seu leito e começou a andar. Andou porque depositou sua fé na Palavra de
Cristo.

Fé na Palavra é a atitude que resolve decepções.


Faça como o salmista que confiou inteiramente no Pai: “Somente em Deus
espera silenciosa a minha alma; dele vem a minha salvação. Só ele é a minha
rocha e a minha salvação; é Ele a minha fortaleza; não serei abalado. Porque
dele vem a minha esperança.” (Sl 62.1-7).

15 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2015 15 23/3/2010 18:08:52


Jesus, esperança para os culpados
Pr. Guilherme S. P. Chateaubriand
Introdução:
Alguma vez você já se sentiu culpado? Todos nós temos momentos em nossa
vida que nos fazem sentir culpa. Para o dono de uma empresa talvez seria o
momento de mandar um funcionário embora, para um adúltero o momento
da voltar para casa, para um ladrão o momento de sua prisão, para um filho o
momento da desobediência, para um Adventista do Sétimo Dia a transgressão
de um Sábado etc. Claro que para alguns fatos citados a sua base é a deso-
bediência, e isso por si só basta para nos deixar com o senso de culpa.
Mas muitos estão vivendo na miséria do pecado e precisam ser libertados do
sentimento de culpa.

Conteúdo:
I João 2:2 diz - E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente
pelos nossos, mas, também, pelos de todo o mundo. A observação dos man-
damentos.
Nunca, nenhum ser humano sozinho, irá conseguir livrar-se do sentimento de
culpa, mas se você procurar a Jesus Cristo e colocar a sua vida diante Dele,
confessando os seus pecados, buscando não pecar mais e não desistindo, a
cura para o seu coração virá.
Mat 11:28 diz: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu
vos aliviarei.
Gostaria de usar um texto bíblico para exemplificar o trabalho de Jesus pelo
culpado. Em Lucas 19:1-10 está escrito: (ler)
Imagine você sendo uma pessoa totalmente indesejada pelos outros, alguém
que ninguém gostasse de ficar perto, porém o seu coração fala que você pre-
cisa de uma mudança, mas algo não te deixa dormir, em algum momento
pessoas foram prejudicadas por seus atos, mães não tiveram dinheiro para
comprar o leite de seus filhos, pais tiveram suas famílias despejadas e ficaram
sem ter onde morar, muitos prejudicados financeiramente por você cobrar a
mais do que deveria. “Você roubou”.
Talvez eu esteja falando para alguém que não consegue dormir pelos atos
impuros e injustos cometidos, pode ser por magoar a sua esposa, discutir
com seus filhos, coloca a sua cabeça em seu travesseiro e não consegue re-
laxar. Quando, de repente, um amigo seu, com quem você costuma abrir o
seu coração lhe fala que tem a solução, ele lhe diz de um salvador que se im-
porta com você, mesmo tendo todos os defeitos que você tem, e que ele é a
solução para o teu sono voltar a ser tranqüilo, para o equilíbrio da sua mente.
Certamente a sua atitude seria de encontrá-lo a todo custo. Você deixaria a
vergonha de lado, pois a solução do seu problema agora existe, só falta uma
decisão, uma atitude, ir ao encontro do Mestre. Isso aconteceu com Zaqueu,
ele rompeu todas as barreiras que o afastava de Jesus.

Momento de Dificuldade
1º Lucas 19:1-3. A pequena estatura de Zaqueu não o deixava ver Jesus, essa
era uma das dificuldades que o impedia de ver Jesus.

16 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2016 16 23/3/2010 18:08:52


Quantas vezes nos achamos pequenos demais para ir ao encontro do Mestre,
quantas vezes nos achamos indignos de orar, pois o pecado nos acusa, mar-
tela em nossa mente. Outra dificuldade que Zaqueu tinha era a multidão que
existia em sua frente. Essa multidão pode significar as tentações, pecados,
problemas e erros cometidos que tentam e muitas vezes nos afasta de Deus.
Solução para Dificuldade
2º Lucas 19:4. Através da história de Zaqueu temos aprendido como resolver
o problema da culpa em nossas vidas. Quando você olhar para frente e não
encontrar saída é hora de lembrar por onde você passou e ver se lá existe
uma árvore para que você possa subir. Isso significa que em alguns momentos
temos que recomeçar, deixar nosso orgulho de lado, não importar com que
os outros vão pensar de nós. Zaqueu era conhecido por todos, mas não teve
vergonha de subir em uma árvore. O que ele mais queria era ver Jesus, ser de
Jesus. A pergunta que passou em sua mente foi: “O que Jesus vai pensar de
mim?” E não, “o que meus amigos vão pensar de mim?” Subir numa árvore,
um homem importante como Zaqueu significa deixar o Espírito Santo atuar em
sua mente e obedecer ao chamado de Deus.
Dificuldade Resolvida
3º Lucas 19:5-7. Certamente uma pessoa como Zaqueu chamava atenção
quando em cima de uma árvore. Você pode imaginar uma criança em cima
de uma árvore, mas uma pessoa rica, um camarada que para muitos era de-
sonesto, com um alto posto no governo, isso foi um caso que provavelmente
chamou a atenção de todos que passavam por ali e inclusive de Jesus. Quando
tomamos decisões ao lado de Deus elas refletem, chamam atenção. O que
aquele homem mais queria era um encontro com Jesus, e ele teve. Às vezes
precisamos sair da nossa zona de conforto para encontrar nosso Amigo Jesus.
Foi isso o que Zaqueu fez. Ele se importou somente no que Jesus ia pensar
dele e fez o que deveria fazer. Não sei como está sua vida, pode ser que você
já tenha pensado em ir até Jesus e é por isso que você veio hoje aqui nesta
igreja, está aí sentado. Quero dizer que Deus valoriza aqueles que o buscam e
que a palavra de Deus nesta noite (manhã) não sairá vazia. Ela tem um canto
no teu coração.
Quando Jesus disse: “Zaqueu desce depressa”, ele desceu correndo; não pen-
sou duas vezes e então Jesus disse: “Hoje me convém pousar em tua casa”.
Imagino o quanto Zaqueu ficou feliz, ele deve ter arrumado o quarto para Jesus
de forma cuidadosa, especial. A comida servida em sua mesa deve ter sido a
melhor possível, ele deve ter chamado sua mulher para participar juntamente
com seus filhos, ele queria repartir a benção com todos do seu lar. Imagino
aqueles que ficaram sem entender o que levou a Jesus a dormir na casa de
um publicano, eles não entendiam que “Jesus veio para buscar e salvar o que
se havia perdido”. Zaqueu estava disposto a mudar sua vida, queridos! Quão
maravilhosa é a aceitação de Cristo em nosso viver!
4º Lucas 19: 8. A parte mais difícil da conversão é sermos humildes o sufi-
ciente para reconhecermos o nosso erro, não só diante de Deus, mas também
dos seres humanos a quem nós praticamos o mal. Zaqueu não só reconheceu,
mas através do gesto de devolução do que ele havia roubado ficou claro que o
seu coração estava humilde diante do salvador. Muitos de nós podemos pedir
perdão a Deus pelos nossos pecados, mas deveríamos também pedir perdão

17 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2017 17 23/3/2010 18:08:52


a Deus pelos nossos pecados, mas deveríamos também pedir perdão àqueles
aos quais nós magoamos para que a obra seja perfeita.

Conclusão:
5º Lucas 19:9-10. A obra de Deus é buscar e salvar o que se perdeu, aquele
ao qual necessita de uma mão, de um guia. Jesus quer fazer isso em sua vida,
mas você deve seguir esses passos, lembrar que ele está disposto a fazer por
você aquilo que ninguém mais pode fazer. Zaqueu se sentiu culpado pelo que
havia feito com todos, e quando aceitou a Jesus, logo saiu dali reparando os
erros que havia cometido!
Culpados todos nós somos, porém temos um amigo que é Jesus Cristo, o nosso
Advogado que está pronto para nos ajudar nas horas que necessitarmos. Por
isso devemos ter a certeza de que Ele nos perdoou e que nós estamos livres
da culpa, não temos mais motivos de nos sentirmos para baixo.
I João 2:1 - Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e,
se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
Lembre-se, Jesus é o seu advogado e Ele não vai te desamparar.

18 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2018 18 23/3/2010 18:08:52


Jesus, esperança para os angustiados
Pr. Fernando Lopes de Melo
Introdução:
O que é angústia? Muitos poderiam dar uma resposta bem pessoal e subjetiva
a essa pergunta. Falando de modo geral, angústia é um sentimento que acom-
panha o homem desde seu nascimento até a morte em todas as situações da
vida; a angústia tem sido companheira do ser humano.
A angústia é uma das mais fortes opressoras da humanidade, é um sentimento
da alma que pode atacar na mesma medida tanto o rei como o mendigo. Por
vezes, a angústia se torna uma emoção que pode ser abafada, mas não des-
ligada.
O homem natural tem dificuldade de escapar dela. Na verdade existem algu-
mas pessoas de caráter forte que, com sua determinação, se posicionam obsti-
nadamente diante da angústia, mas elas também não conseguem vencê-la to-
talmente. É praticamente impossível ignorar a angústia, pois ela é implacável
em causar dor ao coração.

Uma enfermidade real


De repente, vem aquele aperto no peito! Pode ser em qualquer momento, hora
ou lugar. Como se uma grande mão apertasse seu peito, em seguida vem uma
sensação bem esquisita de opressão. Você quer se livrar dela, mas não con-
segue. O coração bate mais rápido ou então você sente uma apreensão.
Se você vive um momento confuso ou difícil, a angústia pode se instalar na sua
mente e no seu coração.
Angústia é uma sensação psicológica, caracterizada por “abafamento”, inse-
gurança, falta de humor, ressentimento, dor e ferida na alma. Na moderna
psiquiatria, a angústia é considerada uma doença que pode produzir proble-
mas psicossomáticos.
Jean-Paul Sartre, filósofo francês contemporâneo defendeu que a angústia
surge quando o homem tem que administrar sua liberdade. Sempre temos
decisões e escolhas a fazer. Ao perceber o peso dessa responsabilidade, ele se
sente angustiado em saber que é senhor de seu destino.
Também Sigmund Freud, Pai da Psicanálise, realizou estudos sobre o problema
da angústia. Ele afirmou que vivemos um conflito interno entre as nossas von-
tades, os elementos repressores dela e o equilíbrio entre elas. Podemos tudo
aquilo que queremos? Não. O balanço entre as vontades e as repressões tem
que ser buscado. A esse conflito interior na busca do equilíbrio Freud denomi-
nou angústia.
Fernando Pessoa declarou que “Considerar a nossa maior angústia como um
incidente sem importância, não só na vida do universo, mas da nossa mesma
alma, é o princípio da sabedoria” mas, quando estamos mergulhados no te-
nebroso mar da angústia isso não é fácil.

Angústia, um drama antigo


A angústia é tão antiga quanto a raça humana. Nossos primeiros pais a experi-
mentaram, por causa da sua desobediência e da separação de Deus. Gênesis
42.21 relata que quando os irmãos de José chegaram ao Egito para comprar

19 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2019 19 23/3/2010 18:08:52


cereal e se encontraram no palácio de José disseram uns aos outros: “Na ver-
dade, somos culpados, no tocante ao nosso irmão, pois lhe vimos a angústia
da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos...”
No Salmo 119.143, Davi nos ensina que a palavra de Deus sempre é mais
forte que a angústia: “Sobre mim vieram tribulação e angústia, todavia os teus
mandamentos são o meu prazer”. A angústia está presente, mas a alegria na
palavra de Deus é maior.
Paulo declara: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou
angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?... Porque
eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados,
nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem pro-
fundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Rm 8.35; 38-39.

Jesus compreende nossa angústia


“Foi Jesus a um lugar chamado Getsêmani... e começou a entristecer-Se e a
angustiar-Se. Então... disse: A Minha alma está profundamente triste até à
morte.” Mt 26.36-38.
“Começou a sentir-Se tomado de pavor e de angústia.” Mc 14.33.
Os versos acima descrevem vividamente o estado de ânimo de Jesus naquela
hora de suprema tribulação.
Foi uma tristeza tão profunda que lançava sobre o Salvador a sombra da
morte. Igualmente, Jesus foi invadido por uma angústia indescritível, e ficou
tomado de pavor. Essas expressões nos apresentam um Jesus completamente
humano, que sofre as emoções típicas dos seres humanos quando são levados
ao ponto extremo de sua resistência emocional.
Jesus Cristo no Jardim do Getsêmani sofreu uma angústia tão grande que
não fazemos a menor idéia do que possa ter sido passar pelo que Ele passou.
Quando temos medo, quando não sabemos mais o que fazer, podemos olhar
para Jesus e nos lembrar de que Sua tribulação ainda foi muito maior. Lucas
22.44 fala disso: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconte-
ceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue, caindo sobre a terra”.
Jesus Cristo não quis morrer no Getsêmani, mas Ele estava morrendo, e isso O
afligiu tanto que entrou em agonia e suou gotas de sangue. Jesus teve que ex-
perimentar as piores profundezas da angústia. Isto deveria e pode nos ajudar
e nos consolar em nossas angústias e tribulações.
No Getsêmani Jesus, em Sua ilimitada angústia, confiou no Pai e nos deixou o
exemplo de como confiar no Deus Todo-Poderoso em nossa angústia.
Ele próprio não viu outra maneira para sair da Sua angústia. Orou intensa-
mente. Quanto mais devemos nós também trilhar esse caminho para sair de
todas as nossas angústias e apertos que nos surpreendem quase que diaria-
mente.

Veste de Louvor
“O Espírito do SENHOR Deus está sobre Mim [...] e a pôr sobre os que em Sião
estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto,
veste de louvor em vez de espírito angustiado” (Isaías 61:1,3).

20 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2020 20 23/3/2010 18:08:52


Estas animadoras palavras nos asseguram que Cristo pode trocar nossa tris-
teza pelo óleo da alegria e nossa angústia por vestes de louvor.
Angústia: essa é a condição não confessada de muitos cristãos; desencora-
jados, abatidos, cansados, escravos de pensamentos deprimentes e negativos,
ignorando que a Bíblia reconhece seu estado e oferece a cura. Precisamos
lançar longe nossas cinzas, para assim acabar com o nosso luto e buscar a
libertação das depressões.
Cristo ressuscitou! Este é princípio de um novo dia, uma grande e viva espe-
rança. Essa esperança nunca morre, principalmente se você confia que há um
Deus no céu que opera milagres!
Nestes dias em que tantos são acometidos por sentimentos tão profundos e
dolorosos é maravilhoso saber que temos um Salvador que conhece pessoal-
mente o que significa sofrer a angústia do abandono, do desamparo, da agonia
de alma, do desânimo e da depressão. Essa condição pode se repetir entre
cristãos fiéis e, a diferença do que afirmam alguns, não revela falta de fé.
As pessoas que passam por tais situações precisam de carinho, compreensão,
apoio, ajuda para superar seus obstáculos e, pela graça de Deus, desfrutar
plenamente a vida que Deus lhes deu. Podem se vestir com vestes de louvor.

Jacó e o Anjo
Ah! Que é grande aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia
para Jacó; ele, porém, será livre dela. Jr 30.7.
Jacó e Esaú representam duas classes: Jacó, os justos, e Esaú, os ímpios. A
angústia de Jacó, quando compreendeu que Esaú estava marchando contra
ele com quatrocentos homens, representa a angústia dos justos exatamente
antes da vinda do Senhor.
O anjo colocou-se diante de Jacó, e este o segurou e lutou com ele durante
toda a noite. Assim também farão os justos no seu tempo de provação e
angústia, lutando em oração com Deus, como Jacó lutou com o anjo.
Jacó, em sua aflição, orou toda a noite por livramento das mãos de seu irmão.
Embora este texto tenha uma aplicação profética para o futuro podemos nos
valer de seu exemplo, quando em angústia, clamando a Deus por livramento.
Como Jacó, podemos manifestar fé inflexível e fervorosa determinação. A luta
fervorosa, perseverante, de Jacó com o anjo deve ser um exemplo para os
cristãos: Jacó prevaleceu porque foi perseverante e determinado.

Vencendo o preconceito
Ainda existe preconceito contra pessoas que tem ou passam por problemas
emocionais ou psicológicos. Se alguém tem diabetes, hipertensão arterial, úl-
cera de estômago, artrite, doenças pulmonares, mesmo câncer, entre outras
doenças físicas, é bem recebido, obtém compreensão, apoio, incentivo e até
afeto. Mas quando se fala de angústia, depressão, ansiedade ou qualquer tipo
de alteração mental as pessoas podem ser rotuladas de fracas, dependentes,
covardes, sem força de vontade, supersensíveis, esquisitas ou mesmo sem
fé.
Até mesmo os que padecem por estes problemas muitas vezes se sentem cul-
pados por terem deixado isso acontecer com eles.

21 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2021 21 23/3/2010 18:08:52


Devemos lembrar que somos seres integrais. Não se adoece só numa parte do
corpo. O corpo e a mente formam uma unidade indivisível.
A frase comum delas é: “Nunca pensei que fosse ter um problema assim! E eu
que criticava e debochava das pessoas com problemas desse tipo, achando-as
fracas!” Pode demorar vinte, trinta, quarenta anos para a dor emocional surgir
à tona da consciência produzindo um transtorno mental e, finalmente, a pes-
soa parar e reconhecer que precisa.
Não tenha vergonha do seu sofrimento mental. Já basta sofrê-lo. Todo ser
humano em algum momento tem problemas com a depressão, angústia ou a
ansiedade. A diferença é o grau, a intensidade e a maneira como esses males
se manifestam; haja ou não consciência deles.
Claro, alguns administram bem sua angústia e ansiedade e, por isso, conse-
guem viver com equilíbrio emocional. Outras são dominadas e sucumbem em
algum transtorno mental leve, médio ou grave, com ou sem sintomas.
Saúde mental é a capacidade de administrar suas lutas interiores, seus confli-
tos, sua angústia, de maneira que você possa trabalhar recrear-se, produzir,
amar, conviver socialmente de maneira construtiva e amistosa, com consciên-
cia de si, de suas limitações e capacidades. Seja humilde e procure ajuda, se
precisar. É possível que seu sofrimento possa acabar.

Águas passadas
Diferentemente da ansiedade, que geralmente se revela pelo medo de alguma
coisa no futuro, a angústia nos faz sofrer pelas interferências das sombras do
passado. Há um ditado popular que diz: “Águas passadas na movem moinhos.”
Podemos anular todos os efeitos do passado num estalar de dedos?
Algum dia, alguma hora, de alguma maneira seu corpo-mente vai precisar
“colocar as cartas na mesa” para revolver o que pode ter ficado anos e, até
mesmo décadas, mal resolvidos em seu interior. Sintomas físicos podem sig-
nificar isto. Uma “crise” emocional também. Este é o momento do enfrenta-
mento da angústia e da sua verdade. E ao conhecer a verdade, ela, finalmente,
poderá libertar você.
Quero te dar algumas 10 dicas para superar as interferências do passado que
podem te trazer angústia: 1. admita sua impotência para mudar a si mesmo.
2. creia que há cura disponível e deseje-a com todo o seu coração. 3. busque
ajuda de Deus. 4. faça sua parte, 5. Lute contra os pensamentos auto-depre-
ciadores. 6. Identifique e valorize as coisas positivas em si mesmo. 7. Não
culpe as pessoas ou as circunstâncias pelo seu sofrimento; 8. Faça o melhor
que puder e relaxe. 9. Tenha uma atitude amistosa, reflexiva, perdoadora para
consigo mesmo. 10. Procure esquecer o passado.
O que passou, passou? Sim e não. Não porque não podemos anular todos os
efeitos do passado num estalar de dedos, e sim porque também não precisa-
mos viver como vítimas dele.

Dominando os sentimentos
O que fazer quando você sentir esta sensação desagradável que acomete ricos
e pobres, jovens, velhos e crianças! A angústia é mais comum nas mulheres.
Quando sentir esta sensação desagradável, primeiro afaste a possibilidade
de causa orgânica como: distúrbios hormonais como: menopausa, climatério,

22 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2022 22 23/3/2010 18:08:52


entre outros. Anemia, problemas cardíacos e depressão, por exemplo.
Geralmente, a angústia está associada à depressão e algumas pessoas são
predispostas a sofrer de angústia periódica. Nem sempre quem sente angústia
ocasionalmente, sofre de depressão.
Quando estas sensações surgem e são momentâneas fazem parte do cotidiano
do ser humano. Não podemos controlar os acontecimentos e isso gera medo.
Podemos controlar nossas emoções; isso é tranqüilizador.
Observe a freqüência desta sensação desagradável. Procure observar com cui-
dado. O que você está pensando quando sente esta sensação? Não tenha medo
da Ansiedade ou Angústia. Não tente reprimi-la, mas mude o padrão mental.
Se você está pensando em algo desagradável, modifique o pensamento.
Aprenda a respirar! Uma vida saudável feita de pensamentos sadios e ati-
vidades produtivas tem como efeito, emoções também sadias. Pense nisso!
Como estão seus relacionamentos, sua vida em família, seus desejos e proble-
mas? Procure se conhecer para disciplinar seus pensamentos.

Conclusão
A angústia pode estar associada a causas psicológicas como: traumas, com-
plexos, meio ambiente repressor e sensações de opressão. Praticar esportes,
lazer, uma atividade, amigos, são bons remédios para evitar a angústia. Ela
só será considerada patológica se junto com ela estiverem outros sintomas
como: falta de concentração, tristeza permanente, inquietação, pensamentos
negativos. Se a angústia estiver sendo um fator limitante em sua vida procure
ajuda profissional.
Às vezes, a causa da angústia pode ser espiritual. Falta de compromisso sério
com Deus, pecados acariciados, sentimento de culpa. Falta de devoção pes-
soal.
Vivemos num mundo muito material e imediatista. Precisamos de alimento
espiritual. É preciso decidir colocar nossos fardos sobre Cristo, mas antes pre-
cisamos colocar nossa vida em suas mãos.
Quero convidá-lo a entregar sua vida ao Salvador, Ele conhecer suas lutas e
dor. Quer ter dar paz e perdão. Quer que você experimente o refrigério de Sua
presença na vida.

23 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2023 23 23/3/2010 18:08:52


Jesus, esperança para os viciados
Pr. Nelson Milanelli
Introdução:
Começar o assunto de hoje não poderia ser de outra forma senão dizendo
claramente que Jesus tem poder sobre todas as coisas. “Jesus, falou-lhes,
dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra” Mat. 28:18. Confiados
neste poder cremos: - 1º. Nada poderá nos vencer. - 2º. Ligados a Jesus, a
única fonte de poder total, podemos vencer a luta contra qualquer vício. – 3º.
Ele é virtude das virtudes.
A realidade da vida humana hoje num ambiente de pecado é muito diferente
daquela sonhada e criada pelo nosso Deus. Todas as maravilhas criadas por
Ele que cercavam os seres humanos ofereciam-lhes bem-estar e alegria. Não
havia se quer a menor presença de desequilíbrio em nenhuma área da vida
e de toda a criação. Harmonia plena entre todos os seres vivos e a natureza
glorificava o nome Santo do Criador.
O funcionamento da vida era perfeito, em tudo que Adão e Eva viviam seu cor-
po, sua mente e seu espírito, estavam devidamente sob controle. O domínio
próprio, a temperança eram a realidade natural de sua existência. Todas as
coisas ao redor neste ambiente contribuíam para que o casal desfrutasse de
forma plena a vida que Deus lhes confiou. Eles administravam a vida, e tinham
o domínio sobre toda a criação. Neste modelo inicial todas as coisas da vida
eram aproveitadas com bom senso e contribuíam de maneira equilibrada para
uma vida feliz. O comer, o beber, a sexualidade, a música, os relacionamentos,
tudo produzia alegria e prazer para o viver humano.
A presença do pecado contaminou este ambiente perfeito com o vírus do dese-
quilíbrio, e tudo passou a uma desarmonia desastrosa. Perdemos o domínio
sobre nós mesmos e sobre todas as coisas, agora o que era natural passou a
ser nosso maior desafio. Como viver a vida de maneira equilibrada e feliz? Ao
perder o domínio sobre nós mesmos, os apetites passaram a nos dominar, as
vontades e desejos desajustados, agora nos atrapalham. Uma mente obscure-
cida por hábitos de vida nocivos a vida, corrompem e desagregam nossos
relacionamentos uns com os outros. Em busca de satisfazer prazeres carnais
e vulgares nos rebaixaram como seres humanos a situações de vida humil-
hantes e lamentáveis. Quanto custa dominar-se novamente? Qual o preço a
pagar para recuperar o domínio de nossas próprias vidas? Do que tenho que
me libertar hoje, para ser livre de verdade?

I – DEFINIÇÕES SOBRE VICÍOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS


Comecemos com um pensamento de Margaret Mead:
“A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando se tem
o prazer seguido da dor”.
Essa não é uma escritora cristã definindo algo teologicamente, mas ao nos
depararmos com este primeiro pensamento devemos refletir pelo menos em
dois aspectos. Virtude a princípio era uma conseqüência natural de viver a
criação de Deus, hoje temos que pagar um preço muitas vezes para consegui-
la, e doe. Segundo, a frase resume de maneira surpreendente o problema
de nossos vícios, pois aparentemente bom não quer dizer bom de verdade.

24 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2024 24 23/3/2010 18:08:52


Dar prazer não quer dizer que determinada coisa é boa. Vício causa dor e nos
destrói, eis aí a questão.
O dicionário aponta algumas idéias muito claras do que é vício e suas conse-
quências. Veja a seguir:
1. Defeito ou imperfeição.
2. Prática freqüente de ato! Considerado pecaminoso.
3. Tendência para contrariar a moral estabelecida. = DEPRAVAÇÃO, LIBERTI-
NAGEM
4. Hábito inveterado. = MANIA
5. Dependência do consumo de uma substância (ex.: vício do álcool).
6. Erro de ofício.
7. Erro habitual no uso da língua.
8. Mau hábito ou costume que as bestas adquirem.

Veja que ao pensar nestas definições somo levados a várias ideias e apli-
cações, mas a última me incomodou bastante. Pensar que bestas, ou seja,
animais irracionais desenvolvem maus hábitos e eu como ser humano a me
deixar dominar por um vício fico comparado a estes animais que não dominam
seu raciocínio, isso é demais.
• Acompanhe comigo algumas reflexões sobre como os vícios acontecem em
nossa vida.
“A concupiscência dos olhos e as paixões corruptas são despertadas pela con-
templação e a leitura. ... A mente tem prazer em contemplar cenas que des-
pertam as paixões baixas, vis. Essas imagens depravadas, vistas por olhos de
uma imaginação viciada, corrompem a moral e predispõem os iludidos e o-
bcecados seres humanos a darem rédea solta às paixões libidinosas. Seguem-
se então pecados e crimes que arrastam para baixo seres formados à imagem
de Deus, nivelando-os aos irracionais, afundando-os afinal na perdição. Evitai
ler e ver coisas que sugiram pensamentos impuros. Cultivai as faculdades mo-
rais e intelectuais.” Ellen G. White,Testimonies, vol. 2, pág. 410.
“Pelos pensamentos e sentimentos alimentados nos primeiros anos, determina
cada jovem a história de sua vida. Os hábitos corretos, virtuosos e varonis
formados na juventude, tornar-se-ão uma parte do caráter, e geralmente de-
terminarão a conduta da pessoa em toda a vida. Os jovens podem tornar-se
viciados ou virtuosos, segundo a sua escolha. Também podem ser distinguidos
por atos verdadeiros e nobres, bem como por grandes crimes e impiedade.”
Ellen G. White, Orientação da Criança, pág. 196.
“Nas pessoas viciadas no hábito da masturbação é impossível despertar-lhes
as sensibilidades morais para apreciarem as coisas eternas, ou deleitar-se em
exercícios espirituais. Pensamentos impuros tomam e controlam a imaginação
e fascinam a mente, e segue-se um quase incontrolável desejo para a prática
de atos impuros. Se a mente fosse educada a contemplar assuntos elevados, a
imaginação ensinada a refletir sobre coisas puras e santas, ela seria fortalecida
contra esse vício terrível, degradante, destruidor do espírito e do corpo. Seria,
pela disciplina, acostumada a demorar-se nas coisas elevadas, celestiais, pu-
ras e sagradas, e não poderia ser atraída para esse vício torpe, corrupto e vil.”
Testimonies, vol. 2, pág. 470.

25 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2025 25 23/3/2010 18:08:53


“O pernicioso hábito de ler romances (ou novelas e filmes, pensando em nos-
sos dias) é um dos meios empregados por Satanás para destruir as pessoas.
A mente ocupada com histórias excitantes perde o gosto pela leitura sólida...
Tenho conhecimento de muitos exemplos dos maus efeitos deste funesto cos-
tume... Quanto mais condescendiam eles com o desejo dessa espécie de ali-
mento mental, tanto maior se tornava a fome nesse sentido. A imaginação
ansiava constantemente seu habitual estimulante, como o bêbado, a bebida e
o fumo. Suas forças mentais e morais se achavam debilitadas e pervertidas,
perderam o interesse nas Escrituras, e o gosto na oração; e estavam tão ver-
dadeiramente arruinados, mental e espiritualmente, como se acha o viciado
das bebidas alcoólicas e o adepto do fumo. Os leitores de novelas são embria-
gados mentais; e precisam tão verdadeiramente de assinar um compromisso
de total abstinência, como a vítima de qualquer outra forma de intemperança.
Ellen G. White Signs of the Times, 19 de maio de 1887.
“Pela pecaminosa condescendência com o apetite pervertido, pais se colocam
muitas vezes numa condição de instabilidade nervosa ou exaustão, na qual
são incapazes de discernir entre o direito e o erro, governar seus filhos sabia-
mente, e julgar corretamente seus motivos e ações. Acham-se em perigo de
aumentar pequenas coisas a dimensões de montanhas em sua imaginação,
enquanto passam por alto pecados graves. O pai que se tornou escravo de
apetites anormais, que sacrificou a varonilidade que lhe foi dada por Deus para
tornar-se viciado no fumo, não pode ensinar seus filhos a controlar o apetite e
a paixão. É-lhe assim impossível educá-los por preceito ou por exemplo. Como
pode o pai cuja boca está cheia de fumo, cujo hálito envenena a atmosfera
doméstica, ensinar a seus filhos lições de temperança e domínio próprio? ...”
Ellen G. White Temperança pag. 71
“Aquele que se demora perto do vinho está a jogar a partida da vida com
Satanás. Foi ele que tornou os homens maus seus instrumentos, de modo
que os que iniciam o hábito da bebida se podem tornar viciados. Ele tem seus
planos feitos para que, quando o cérebro estiver confundido pelo álcool, leve
o bêbado ao desespero, e faça-o cometer algum crime atroz. No ídolo erguido
por ele para o homem adorar, encontra-se toda poluição e crime, e o culto
do ídolo arruinará tanto a alma como o corpo, e estenderá a má influência à
mulher e aos filhos do ébrio. As tendências corruptas dele são transmitidas
a sua posteridade, e por meio desta às gerações vindouras.” Ellen G. White
Temperança pag. 38

II - DEFINIÇÕES SOBRE VIRTUDE E SUAS CONSEQUÊNCIAS


Vamos lá, novamente indo ao dicionário encontramos o seguinte:
1. Disposição constante do espírito que nos induz a exercer o bem e evitar o
mal.
2. O conjunto de todas ou qualquer das boas qualidades morais.
3. Ação! Virtuosa.
4. Austeridade no viver.
5. Castidade, pudicícia.
6. Qualidade própria para produzir certos e determinados resultados.
7. Propriedade, eficácia.
8. Validade, força, vigor.

26 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2026 26 23/3/2010 18:08:53


Somando aqui a definição de nossa enciclopédia virtual Wikipédia:
Virtude (latim: virtus; em grego: ἀρετή) é uma qualidade moral particular.
Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do
que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação
boa: trata-se de uma verdadeira inclinação.
Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem,
quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletiva-
mente.
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais
que constituem o homem de bem. Segundo Aristóteles, é uma disposição
adquirida de fazer o bem,e elas se aperfeiçoam com o hábito.
Essas ideias apontam para uma maneira equilibrada de viver, contrariando
totalmente a vida viciada. Pense que “A fim de preservar a saúde, é necessário
temperança em todas as coisas. ... Nosso Pai celestial enviou a luz da reforma
de saúde para guardar contra os males resultantes de um apetite viciado,
para que os que amam a pureza e a santidade possam saber como usar com
discrição as coisas boas que Ele lhes proveu, e para que, ao exercerem a tem-
perança na vida diária, possam ser santificados pela verdade.” Ellen G. White
Conselhos Sobre Saúde, págs. 120 e 121.

Como nos diz o apóstolo Paulo: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas
convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” I Cor. 10:23. “Todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas,
mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” I Cor. 6:12.

Conclusão
Deus quer nos devolver o controle adequado de nossas vidas, mas este ca-
minho passa por os aspectos de nossa existência. Ao encararmos nossos ví-
cios, quer sejam na alimentação, no álcool, fumo ou drogas, nas paixões vul-
gares da sexualidade ou em qualquer outra área da vida, quero lhe dizer que
há poder em Cristo Jesus para vencermos.
“Os que põem em Cristo a confiança, não devem ficar escravizados por ne-
nhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar sub-
jugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão.
Deus não nos deixou lutar com o mal em nossa própria, limitada força. Sejam
quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos
vencer, mediante o poder que Ele nos está disposto a comunicar.” Ellen G.
White, Temperança, pág. 112
Fil. 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar,
segundo a sua boa vontade.”
É o poder Dele a fonte de nossa libertação dos vícios e de quaisquer outros
problemas, sendo o maior deles o pecado, a verdadeira raiz de todo o mal. Não
permita que nada lhe separe do amor de nosso Deus, enfrente seus medos,
lute com os vícios que lhe afastam Dele. Viva sem ser escravo de nada, viva
a plena alegria e liberdade em Cristo Jesus, a virtude de Deus contra os vícios
trazidos pelo pecado.
Lembre-se que Cristo a Nossa Virtude, já venceu por nós, e nada pode nos
separar do seu amor. Rom. 8: 35-39

27 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2027 27 23/3/2010 18:08:53


“Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou
perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito:
Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como
ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos,
nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os po-
deres, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá
separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”

28 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2028 28 23/3/2010 18:08:53


Jesus, esperança para os rejeitados
Pr. Levino dos Santos Oliveira
INTRODUÇÃO:
Há época em nossa vida em que nada dá certo. Já aconteceu isso contigo?
Isso é um fato, há momentos em que sentimos que as coisas não avançam,
aliás, o contrário acontece. Circunstâncias acarretam problemas que dão uma
dimensão tão grande que parece que seremos engolidos pelos problemas.
• Jesus estava vindo de um lugar onde os homens o haviam rejeitado.
• “O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença”. (Dr. Amim Rodor)

LER LUCAS 8:40-48

1. O PEDIDO DE JAIRO
a) Jairo era um homem religioso.
• Estava desesperado (Você pode imaginar alguém na fila de um hospital cla-
mando por socorro para um querido que sofreu um acidente e está muito mal,
mas ninguém lhe dá a mínima? Era a exatamente essa situação de Jairo).
• Não estava se importando com que os outros iriam pensar Estava disposto a
quebrar os paradigmas para salvar a sua filha. Se fosse necessário subir numa
árvore como Zaqueu o fez, ela faria sem se importar com ninguém, pois estava
fora de si.
b) A religião não adianta muito nesta hora (a comunhão com Deus sim).
• Havia gasto muitos de seus recursos. Jairo era um homem que gozava de
boa reputação, líder de sua comunidade, sua função era cobiçada por muitos
naquela ocasião.
• Ele amava muito sua filha única. O amor é um sentimento comum a todos
os seres humanos, independente de sua origem, criação ou status. Todos nós
sentimos amor por algo ou por alguém.
c) Embora Jairo estivesse clamando a Jesus, este queria ensinar algo mais a
ele.
• Talvez por imaginar-se importante, acreditava que teria a primazia de Cristo.
Mesmo sendo um homem importante, naquele momento ele se sentia rejei-
tado, pois quando pediu para que Cristo fosse até sua casa, Ele não o fez im-
ediatamente, como diz o texto bíblico .
• Na presença de Deus, não há classes sociais.

2. O SURGIMENTO DA MULHER QUE JÁ SOFRERA MUITO.


Deus tem um tempo determinado para cada um de nós.
12 anos é o tempo que a mulher sofria, e também o tempo de vida da filha de
Jairo. Há 12 anos, a alegria de Jairo havia chegado, quando ocorreu o nasci-
mento de sua filha. Em contrapartida, foi também nesse período que começou
o sofrimento daquela mulher rejeitada por todos devida à sua doença.
a) Há 12 anos a maior tristeza daquela mulher havia chegado (v. 42b – 48)
• Procurou os melhores médicos (hoje, temos planos de saúde, fazemos reser-
vas financeiras para emergências, será que isso basta?).
• Até então, devido à rejeição sofrida por tanto tempo, ela não tinha coragem
de expor-se publicamente.

29 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2029 29 23/3/2010 18:08:53


b. Percebeu que se não fosse a Cristo morreria.
• Tocou-lhe por trás (v. 44)
• No mesmo instante estancou-lhe a hemorragia. A aceitação de Deus a al-
guém é imediata, Ele não precisa vencer preconceitos. Quem for a Ele será
abençoado instantaneamente.
• Deus nos faz algumas perguntas sem nexo. Quem me tocou? Quem me
rouba? Foi assim com o jovem rico, foi assim com Acã. Era a oportunidade de
refletir sobre a pergunta de Deus, como um convite ao arrependimento, como
uma oportunidade última de aceitar o apelo do Espírito Santo.
• Quem alcança Cristo, dele recebe poder. Não foi fácil para aquela mulher
chegar até Cristo. Suas pernas já travavam devido ao sofrimento de 12 anos,
ela tinha vergonha de andar em público, seu cheiro não era o dos melhores,
mas mesmo assim foi.

c. Ao se envolver com Cristo fica impossível esconder-se.


• Ela entendeu que não podia ficar oculta (nós sabemos quando alguém joga
um olhar direto para nós, mesmo longe).
• Quem é transformado, testemunha (v.47). Foi isso que ela fez naquele ins-
tante.
Certa vez um jovem pregador apresentou um sermão e em uma de suas i-
lustrações lembrou o episódio quando o presidente FHC foi flagrado com um
furo na meia. No auditório estava um visitante que se constrangia com suas
palavras porque uma de suas meias também estava furada. Para completar,
em um sorteio para os visitantes, recebeu de brinde um par de meias novas.
É claro que ninguém sabia da coincidência. Aquele jovem foi pra casa, refletiu
sobre aquilo e entendeu que era impossível se esconder de Deus. Decidiu es-
tudar a Bíblia, foi batizado e tornou-se um líder naquela igreja.
• A fé a salvou (a fé em Cristo cura, salva, dá paz, transforma).

3. DECEPÇÃO TOTAL DE JAIRO (v. 49-56).


a. A notícia da morte.
• A morte de um ente querido abate qualquer pessoa. Não há ninguém normal
que não sinta o peso da morte de pessoas que conhece ou ama. O ser humano
não foi feito para morrer e sim para viver.
• A insensibilidade dos discípulos era notória. Eles pediram para que Jairo se
retirasse dali e deixasse de incomodar o Mestre, pois sua filha já estava morta
mesmo.
• Jesus deu a oportunidade de Jairo crer na Verdade, pois ele estava perante
a Verdade, a Ressurreição e a Vida (João 14:6).
• Essa era a grande chance de Jairo provar se de fato cria no Mestre. Quando
tudo parece perdido é aí que Deus opera. Jairo pensava que tudo havia acaba-
do para ele. Sua filhinha havia morrido, seus sonhos estavam pelo chão, mas
é aí que Deus entra em cena.
b. A atitude de Cristo face à morte.
• Até mesmo Cristo tinha amigos mais íntimos para esses momentos.
Pessoas que ele confiava que estariam orando ao Pai para que Lhe desse poder
dos Céus.

30 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2030 30 23/3/2010 18:08:53


• As pessoas zombavam de Cristo sobre a morte. Também sofremos por causa
da ressurreição do nosso Mestre. As pessoas preferem crer em doutrinas e
crenças folclóricas do que na Palavra de Deus.
• Se Jesus tem o poder sobre morte, então ele tem poder sobre tudo. (I Cor.
15:50-55; João 11:25)
• Não adianta procurar a vida em outros lugares, a vida é uma pessoa – é o
Senhor Jesus.

CONCLUSÃO:
A vida de rejeição e sofrimento desses personagens foi transformada em vi-
das repletas de esperança. Pela fé exercida no nome de Jesus, a esperança se
tornou realidade. As palavras, as ações de Cristo trazem esperança, especial-
mente para quem se sente rejeitado. Rom. 10:17

31 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2031 31 23/3/2010 18:08:53


Jesus, esperança para os cansados
Pr. Eronildo Silva
Texto: Mateus 6: 25-34

Introdução:
O problema mais sério de saúde do homem dos nossos dias não é a AIDS, nem
o Câncer, nem doenças deste tipo.
É o stress, o esgotamento mental, psíquico e emocional, que o leva à ruptura
da personalidade. Os hospitais que mais crescem são as clínicas psicológicas
e de “repouso”, como o SPA, dada a crescente procura de vagas. Os cursos de
psicologia aplicada (Meditação transcendental, Yoga, o Poder da Mente, etc.),
têm lotação, geralmente vaga esgotada. As pessoas tensas, nervosas, stres-
sadas procuram onde e como libertar-se das suas sobrecargas.
Existe uma série de fatores já identificados que produzem tensão na vida
humana: o trabalho excessivo, a exigência de perfeição no que se faz, os con-
flitos no trabalho e no lar, a pressão financeira, o mau relacionamento sexual
com o marido ou com a esposa, as críticas recebidas, etc.
Muita coisa se junta para produzir uma atmosfera de tensão na vida, levando
as pessoas a situações muitas vezes extremamente danosas.
Ansiedade: uma emoção que é caracterizada por um sentimento de desas-
sossego, apreensão, medo, preocupação, tensão, inquietação.
As causas da Ansiedade e os Sintomas da Ansiedade estão sendo estudados
constantemente.
Dr. Garry Collins diz: ... é a doença do século.
Dr. John Hagai diz: ... é o inimigo nº 1 das pessoas.
Diminuir o ritmo de trabalho, relaxar, meditar, fazer um pouco de exercícios
físicos, praticar esportes, passear, ir à praia, cantar, fazer trabalhos manuais,
ouvir música clássica (a música jovem atual é stressante) e outras coisas que
nos lancem fora da rotina e reduzem a tensão são atividades sugeridas por
terapeutas especialistas no problema e no aconselhamento.
Jesus quase não falou de muitos temas que estão em nossas conversas e
preocupações. O mesmo não se pode dizer da ansiedade. A ela Jesus reserva
significativo espaço no bojo de Seu ensino essencial: o Sermão do Monte.
Isoladamente, é o assunto tratado de modo mais ilustrado e longo em todo
o sermão (Mateus 5 - 7). E por quê? Ora, as razões são muitas. Os básicos
logo a associa às dificuldades da existência em todos os tempos; os psicólogos
não resistem à tentação de associá-la ao mundo estressado no qual vivemos;
tratando, assim, não da própria ansiedade, mas dos agentes contemporâneos
de sua emulação.
Há muitas causas secundárias quando se pensa em ansiedade. No entanto,
veremos a maneira mais apropriada para que não faça parte da nossa vida.
Ler o texto de Mateus 6: 25-34

Ler o texto de Mateus 6: 25-34

A palavra ansiedade na língua grega significa estrangulamento.

32 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2032 32 23/3/2010 18:08:53


A ansiedade nos tira o oxigênio, corta o nosso fôlego e nos asfixia. Ela rouba
nossas forças, embaça nossos olhos e tira de nós a perspectiva do futuro. A
ansiedade é um mal que atinge a todos, pobres e ricos, doutores e analfabetos,
homens e mulheres, adultos e crianças. A pressão da vida moderna, a falta de
comunicação no lar, o isolamento das pessoas e a ausência da comunhão com
Deus abrem a porta para a ansiedade.
Jesus nos alerta a não vivermos ansiosos com respeito ao dia de amanhã,
quanto ao que havemos de comer, beber ou vestir (Mt 6.25). Não administra-
mos o futuro, por isso não podemos sofrer por alguma coisa que ainda está
para acontecer.
A ansiedade é inútil, pois além de não nos ajudar a resolver o problema do
amanhã, ela nos enfraquece hoje. Ela é incoerente, pois muitas vezes sofre-
mos hoje por algo que jamais vai acontecer. E se tivermos de enfrentar um
problema, a ansiedade nos leva a sofrer duas vezes, pois sofremos antes e
quando o problema chega, vamos ter que encará-lo novamente.
A ansiedade é também um ato de incredulidade. Ficamos ansiosos porque du-
vidamos que Deus é poderoso e suficiente para cuidar da nossa vida. Onde a
ansiedade se instala já não há espaço para a fé.
Jesus nos ensina que a criação de Deus é um antídoto contra a ansiedade. Os
pássaros não semeiam, não colhem nem ajuntam em celeiros, mas Deus os
alimenta. Os lírios do campo se vestem garbosamente e eles não trabalham
nem fiam, no entanto nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como eles
(Mt 6.28,29).
O apóstolo Paulo diz que não devemos ficar ansiosos por coisa alguma, antes
devemos apresentar a Deus em oração nossas necessidades (Fp 4.6). O mes-
mo apóstolo diz que devemos lançar sobre o Senhor toda a nossa ansiedade
porque Ele tem cuidado de nós (1 Pe 5.7).

Davi nos ensina a receita para a cura da ansiedade. Ele diz que devemos nos
agradar de Deus, sabendo que Ele é poderoso para satisfazer os desejos do
nosso coração (Sl 37.4).
Temos que ter a coragem de entregar nosso caminho ao Senhor, confiar e des-
cansar nEle, sabendo que Ele tudo fará por nós (Sl 37.5,7).
Quando Jesus enfatizou a ansiedade como problema, o que Ele diagnosticou
como causa foi a falta de confiança real no Deus real, no Deus que cuida, que é
Pai, que está atento, que se dedica a ervas e pássaros, e, portanto, tem muito
mais razão para cuidar da existência humana.
E tudo quanto Jesus disse acerca da ansiedade se faz concluir com um convite
a entrega total à confiança no reino de Deus; ou no Deus que reina sobre a
vida; especialmente sobre os detalhes mais sutis.
O mesmo Deus que está na sala de comando do universo também dirige a
nossa vida. Nossas crises não o apanham de surpresa. Ele conhece nossas
necessidades antes mesmo que as apresentemos a Ele. Valemos mais que as
aves do céu e os lírios do campo. Ele jamais vai desistir de completar sua obra
em nós.
Se permitir passarmos por situações difíceis isso não significará ausência de
Seu amor nem falta de cuidado, mas ação pedagógica para esculpir em nós o
caráter de Cristo.

33 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2033 33 23/3/2010 18:08:53


Deus está trabalhando em nós e nos transformando de glória em glória para
refletirmos a imagem do seu Filho.
Todas as coisas que se nos vêm são trabalhadas pela providência divina para
o nosso bem último e maior (Rm 8.28).

Jesus nos lembra alguma coisa importante, que pertence à doutrina da


providência:
1º) Devemos ter consciência da nossa limitação. Pois mais que fizermos, não
poderemos fazer tudo, porque somos limitados.
2º) Precisamos crer mais em Deus, em que Ele é realmente o Deus do Salmo
121, que “não dormita, nem dorme”. Ele está ativo, sempre para o nosso
bem.
3º) Precisamos confiar mais. Confiar significa entregar, como bem coloca o
Salmo 37:5 “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará”,
deixando a Deus resolver os problemas que nos fogem às possibilidades.

É preciso, pois, lutar contra o stress, de modo a evitar as suas terríveis conse-
qüências. A doutrina da providência é um excelente antídoto contra ele. Use-a
e relaxe!
Passos Bíblicos para Lidarmos com a Ansiedade:
“Alegrai-vos no Senhor” -Filp 4:4
Exiba sua moderação para com todos. - Fl 4:4
Pare de se preocupar e ore. - Fl 4: 5-6
Entenda que Deus pode nos dar uma paz - tão real - que nem faz sentido para
os outros. - Fl 4:7
Pense pensamentos positivos. - Fl 4:8
Focalize em vidas sérias com Deus. - Fl 4:9.
Pare de lamuriar ... desenvolva o contentamento cristão – Fl 4:11
Ouça boa música. - I Samuel 16:23
Imagine o pior e veja que não é tão ruim assim.
Viva cada dia, por dia. Não traga o dia de amanhã para hoje.
Jesus proíbe isto. - Mat 6:34
Não deixe seu coração ficar prisioneiro da ansiedade.
A Bíblia diz que “a ansiedade no coração do homem o abate” (Pv 12.25), mas
“o ânimo sereno é a vida do corpo” (Pv 14.30).
Diz a Escritura: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz
secar os ossos” (Pv 17.22).
Descanse em Deus.
Tire os seus olhos das circunstâncias e ponha-os naquele que está acima e no
controle das circunstâncias.
Não entre na caverna da depressão, mas diga à sua própria alma: “Por que
estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em
Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 42.11).

34 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2034 34 23/3/2010 18:08:53


Jesus, esperança para os endividados
Pr. Evaldino Ramos

TEXTO: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para
que, nele, fôssemos feitos justiças de Deus.” I Cor. 5:21

INTRODUÇÃO:
Alguns perguntam: Porque Deus pode declarar justo o ímpio e pecador? Em
nosso conceito humano de justiça, não se supõe que o ímpio seja declarado
inocente e o inocente seja condenado. Onde estaria a justiça humana se assim
fosse predito na lei? Como é que Deus que é justo por excelência, pode justi-
ficar o ímpio? Não se protesta quanto isso ocorre com a justiça humana?
Na realidade, todos sabem que tudo tem um preço, e esse preço gera uma
dívida, o pecado também tem um preço e por isso gera uma dívida; “a dívida
do pecado, como se paga?” Perguntou-me um jovem, “eu quero pagar essa
dívida, quero ver a Jesus quero pedir minhas contas”, na realidade ele falava
isso alucinado pelo mundo das drogas e ao mesmo tempo se sentindo o maior
dos pecadores. Culpado e condenado por sua própria consciência não conse-
guia se livrar de sentimentos que o escravizavam dia e noite. A grande verdade
que essa é a culpa do pecado, uma dívida que involuntariamente o ser humano
não se sente habilitado para pagar e muitos querem entregar os pontos. Talvez
tenha alguém entre nós que queira dizer: “Não posso, tenho uma dívida tre-
menda com Deus”; olha, foi essa dívida, a sua e a minha que Jesus assumiu,
ele recebeu o castigo dessa dívida diz o profeta Isaías e isso nos trouxe paz,
por isso morreu no centro das três cruzes como o maior dos criminosos, pois
estava endividado pelos nossos pecados, mas a grande notícia dessa noite é:
Está tudo pago, tudo certo, Jesus pagou esse grandioso preço, você está em
dia, está livre, você tem crédito em Cristo para ir ao céu.

I- A DÍVIDA DO PECADO
A. O início do pecado na terra é apresentado pela Bíblia em Gên. 3:6 “Então,
vendo a mulher que aquela árvore era boa para comer, e agradável aos olhos,
e árvore desejável para dar entendimento, tomou do fruto, comeu, e deu a seu
marido, e ele também comeu.” Quando os pais da humanidade desobedece-
ram a Deus, se distanciaram dEle e na fragilidade humana caíram em pecado,
o pecado entrou no mundo, pois essa era toda a humanidade deste. Então, a
partir desse incidente toda a descendência nasceria com a natureza propensa
ao pecado.
B. Deus os buscou, procurou por eles e esperou na viração daquele mesmo
dia, pois, Deus não desiste do ser humano e impulsionado por seu indescritível
amor toma sempre a iniciativa para pagar a dívida, apagar, esquecer e seguir
a linda história traçada antes da entrada do pecado como diz Elen White, “Adão
e Eva, em sua imaculada pureza, deleitavam-se nas cenas e nos sons do Éden.
Deus lhe designara o trabalho no jardim – ‘o lavrar e o guardar’ (Gn 2:15). O
trabalho de cada dia lhes trazia saúde e contentamento, e o feliz par saudava
com alegria as visitas de seu Criador, quando, na viração do dia, andava e
falava com eles. Diariamente lhes ensinava Deus Suas lições.

35 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2035 35 23/3/2010 18:08:53


C. A mancha do pecado gerou uma dívida do ser humano para com Deus,
naquele mesmo momento sentiram uma sensação estranha, vergonha, medo
e separação, e agora como resolver esse problema, não há como pagar, pois
o preço é a vida. No encontro com Deus ouviram a linda promessa profética,
enviarei um salvador, um descendente para esmagar a serpente e libertar toda
descendência da raça humana (Gn 3:15).

II- O DESCENDENTE INDIVIDADO PAGA POR AMOR


A. Jesus veio e viveu entre nós (Jo 1:14) e “...em tudo foi tentado, mas sem
pecado” Hb 4:15 foi cumprida a promessa, mais uma vez Deus se aproxima do
ser humano “na plenitude do tempo, veio Emanuel (Deus conosco) para salvar
e redimir a todos. ‘O Verbo se fez carne e habitou entre nós’ (Jo 1:14). A en-
carnação foi a maior prova do envolvimento da Divindade na salvação humana.
Cristo abriu mão de sua posição privilegiada e se tornou um bebê, tão frágil e
dependente como qualquer criança de hoje.” Jornada Espiritual III, 11.
B. Jesus recebe a dívida do nosso pecado, ele não tinha pecado. O texto áureo
de hoje declara com todas as letras, e veja mais, em Hebreus 9:12 diz que
com o seu “próprio sangue” Ele faz de uma vez por todos o sacrifício. Em vári-
os julgamentos esteve com Anás, Caifás, Herodes, Sinédrio, Pilatos e ninguém
o inocentava, e depois nas mãos do povo que gritava: Crucifica-O, estava to-
talmente endividado, não por Seu pecado, pois não os tinha, nenhum sequer,
endividado porque recebia sobre seus ombros o pecado de toda a humanidade
desde Adão até o último homem que viva sobre a terra. “Verdadeiramente Ele
tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou as nossas dores”(Is 53:4).
Essa foi a dívida de Jesus, uma dívida não cometida e sim assumida, a minha
dívida, a sua dívida.
C. Ele pagou a dívida e eu e você somos livres, Ele recebeu o nosso pecado
e nós somos limpos, Ele recebeu nossas acusações e nós somos libertos, Ele
recebeu nossa condenação e nós somos inocentados, Ele morreu e nós temos
vida, Ele foi injustiçado por nossa injustiça e nós somos inocentados por Ele,
por Seu amor, graça e misericórdia.

III- LIVRES PARA SEMPRE


A. Somos livres em Cristo e estar com Cristo nos mantém possuidores dessa
liberdade. Cristo abriu a porta do Céu para todo aquele que deseja.
B. “Nosso Redentor abriu o caminho, de maneira que o mais pecador, necessi-
tado, opresso e desprezado possa achar acesso ao Pai, todos podem ter um lar
nas mansões que Jesus foi preparar.” O Desejado de Todas as Nações, 113.

CONCLUSÃO:
Somos pecadores e culpados, a condenação é o mais certo, pois “o salário do
pecado é a morte”. Mas, Deus prometeu e cumpriu, enviou o nosso Salvador,
Jesus, Ele aceitou receber nossa culpa e condenação, assumiu nossa dívida e
tirou de letra, viveu sem pecado e mesmo assim morreu, foi pelo teu pecado,
estava todo endividado, mas morreu, pagou o preço, e sabe o mais bonito é
que ele ressuscitou e intercede por nós, pois nEle somos inocentados, livres
e salvos, aceite-O, Ele te ama, aceite-O e experimente Seu perdão, aceite-O.
Clame e Ele te ouvirá, perdoará o teu pecado e salvará você.

36 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2036 36 23/3/2010 18:08:53


Jesus, esperança para os ansiosos
Pr. Eronildo Silva
Texto: Lamentações de Jeremias 3:19-26

Introdução:
O nome do livro é propício. Lamentações é um livro composto por quatro
grandes lamentações.
Jeremias foi vocacionado ainda muito jovem, e tentou fugir do duríssimo min-
istério que foi colocado a sua frente. Mas Deus já o havia vocacionado desde
o ventre de sua mãe.
Talvez, não tenha havido, em toda a história do povo de Deus, um profeta
tão mal compreendido e impopular como Jeremias. Enquanto os falsos pro-
fetas previam anos de grandes realizações, Jeremias anunciava o cativeiro
como juízo de Deus sobre os pecados de seu povo. Enquanto os falsos profe-
tas anunciavam que o cativeiro duraria apenas dias, Jeremias profetizava um
longo período de setenta anos. Enquanto havia os “pregadores” de uma rebe-
lião, Jeremias advertia que o problema não era a Babilônia e, sim, Deus, que
estava por trás daquela nação. Sendo assim, os magistrados deveriam aceitar
o cativeiro como repreensão de Deus. Enquanto os remanescentes queriam
fugir para o Egito, Jeremias exortava o povo a ficar em Jerusalém e esperar o
livramento de Deus.
Todos estes fatos fizeram de Jeremias um profeta impopular, taxado de anti-
patriota e odiado pelo povo. O ódio era tanto que, quando ele tinha uma nova
profecia a dar ao povo, era Baruque, seu secretário, quem ia diante do povo
para falar em seu nome.
Jeremias era uma pessoa muito sensível, capaz de se condoer-se e sofrer,
com seu próprio ministério. Jeremias sofria em pensar no cumprimento de
suas profecias, no sofrimento que o povo de Deus iria enfrentar por sua deso-
bediência. Além de tudo isto, havia as injúrias pessoais sofridas por ele: o
profeta foi jogado numa cisterna lamacenta, onde quase morreu, mas foi salvo
pelo rei Zedequias, que temia o cumprimento de suas profecias. Quando os
remanescentes fugiram para o Egito, Jeremias foi levado como prisioneiro.
Jeremias escreveu lamentações durante a terceira invasão de Nabucodonosor,
por volta do ano 586 a.C. e, quando ele viu a destruição por ele predita, sua
mente foi invadida por várias lembranças amargas, dando origem ao livro em
questão. Vejamos algumas dessas lembranças: Lamentações de Jeremias cap.
3
vs. 1 - eu sou um homem que viu a aflição;
vs. 15 - estou farto de amarguras;
vs. 14 - fui feito objeto de escárnio;
vs. 17 - estou sem paz e sem lembrança do bem.

Assim como Jeremias, talvez muitos de nós tenhamos do que nos lamentar. E
mais ainda: como Jeremias, muitos não conseguem se desvencilhar de suas
lembranças amargas.
Vejamos as conseqüências das lembranças amargas na vida de Jeremias:

37 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2037 37 23/3/2010 18:08:53


vs. 4 - envelheceu
vs. 5 - ficou cercado de dor;
vs. 6 - sentiu-se nas trevas;
vs. 7 - viu-se isolado e cativo;
vs. 13 - teve seu coração ferido;
vs. 18 – e, por fim, viu sua esperança em Deus desaparecer.

As lembranças amargas de Jeremias referem-se à destruição de Jerusalém e


ao conseqüente cativeiro do povo. Mas, quais são as suas lembranças amar-
gas?
Quais são as recordações do seu passado que lhe colocam medo do presente
e insegurança em relação ao futuro ?
Quais são as situações de pecado, pelas quais Satanás lhe acusa até hoje,
jogando este pecado em sua cara e lhe humilhando constantemente?
Quais são as situações que lhe fazem assistir novamente ao velho filme da sua
vida e achar que as coisas sempre serão do mesmo jeito?
Quais as situações que tiram sua capacidade de sonhar?
Como sabemos, a vida humana acontece em meio a uma guerra. Há dias em
que estamos efervescendo de alegria; há outros em que nos desfazemos de
tristeza.
Há dias em que somos cidadãos da esperança; há dias em que já estamos der-
rotados antes mesmo da batalha começar.
Há dias em que amanhecemos com um canto de louvor nos lábios; há dias em
que amanhecemos com a boca cheia de lamúria e de murmuração.
Essas disparidades, às vezes, instala-se em nós e, dependendo do momento,
o que se cria em nosso interior é um fruto extremamente amargo, com a fi-
sionomia da maior desesperança.
Assim, vamos ficando meio duros, empedernidos, viciamo-nos com desgraça e
perdemos toda a chance de projetar algo melhor.
O futuro não projeta mais, apenas retroage, levando-nos para as agonias do
passado.
A maioria de nós tem vivido, de um modo ou de outro, essa situação de perder
a fé na vida, de perder a doçura de esperar.
Assim, entramos numa situação caótica de perder a possibilidade de crer, de
esperar, de se empolgar, de sonhar, de ver o melhor, de profetizar ante a des-
graça da vida a libertação que só vem do Senhor.
Jeremias esteve assim mas, no vs. 21, ele chega à conclusão de que precisa,
desesperadamente, livrar-se das lembranças amargas que o perseguem. E,
para isto acontecer, ele precisa substituir as lembranças amargas por aquilo
que lhe pode trazer esperança.
O que pode ocupar nossa mente no lugar das lembranças amargas e dar es-
perança?

1 - Misericórdia (vs. 22)


As misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã.
Em meio à tristeza e à dor, em meio às lembranças amargas, somente as mi-
sericórdias do Senhor podem renovar todas as coisas.
É pelas misericórdias de Deus que Ele nos perdoa, nos dá nova chance de

38 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2038 38 23/3/2010 18:08:54


recomeçar e aprender com os erros do passado.

2 - Fidelidade (vs. 23)


Deus é fiel e não pode negar-se a si mesmo.
Por isso, as misericórdias do Senhor são sustentadas pela sua fidelidade, por
seu caráter e não por um emocionalismo barato.
A garantia da misericórdia de Deus é seu caráter. Esta realidade de que Deus
não muda, antes, pelo contrário, é fiel, deve se tornar uma fonte infindável de
esperança.
Preste atenção: por mais que eu esteja deprimido, sentindo-me culpado, por
mais que minha lamparina esteja sem óleo, por mais que minha mente esteja
repleta de lembranças amargas, Deus tem o compromisso de segurar-me e
esse compromisso é mais de Deus consigo mesmo, do que comigo.
Grande é a sua fidelidade. Por mais que a situação esteja caótica, seja na
família, no trabalho, na vida pessoal, posso ter esperança porque o Deus com
quem me relaciono fez um pacto, uma aliança comigo e Ele é fiel!

3 - Bondade (vs. 25)


A terceira coisa que pode ocupar nossa mente para nos dar esperança é a
bondade do Senhor.
Essa bondade faz-me ver que Deus, embora aos nossos olhos pareça tardio,
jamais falha.
Por mais que a situação estivesse difícil, Jeremias descobriu que valia a pena
esperar no Senhor.
E por que valia a pena esperar ? Porque o Senhor é bom !

Quem espera no Senhor, não vai encontrar outra coisa senão bondade.
Ele é bom para a alma que o busca.
Mas Jeremias descobre algo que também é muito importante:
“bom é aguardar a salvação do Senhor e isso em silêncio, sem lamúria, nem
murmuração, sem resmungar, sem amaldiçoar o dia do seu nascimento, sem
lançar a Deus a culpa de sermos como somos, ou por ter Ele permitido que
outros nos machucassem.

Conclusão
O Senhor deseja que você tenha esperança, foi por isto que você está aqui
nesta noite.
Para que você aproveite a vida e use-a da maneira mais digna possível.
E a maneira mais digna de viver, é viver com esperança.
Desesperança é a sepultura para o espírito falido.
Viva com dignidade, viva com esperança, na intervenção do Senhor.

39 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2039 39 23/3/2010 18:08:54


Jesus, esperança para os perdidos
Pr. Guilherme S. P. Chateaubriand

Introdução:
Você se lembra de quando era criança se em algum momento você se perdeu?
Talvez em um supermercado, em uma loja, ficou procurando a sua mãe e não
a encontrava e de repente bateu um desespero em você. Algumas pessoas até
tentaram lhe ajudar, mas ninguém sabia quem era a sua mãe, eles viam você
chorar, tentavam te acalmar, mas nada adiantava, pois o que você realmente
queria era estar nos braços de sua mãe. Você estava perdido. (Você pode falar
de uma história pessoal em um momento no qual você se perdeu).
Perdidos são todos aqueles que não querem seguir os caminhos de Deus,
aqueles que querem fazer as coisas pela sua própria cabeça, que não se sub-
metem a vontade do Pai celestial. Gostaria então de citar um exemplo para
vocês.
Logo que o povo de Israel saiu do Egito foram levados por Deus para vales,
montanhas desertos, através do mar vermelho, do rio Jordão, todos espera-
vam chegar à Canaã, assim como hoje todos nós queremos também chegar
à nova Canaã, à Canaã Celestial. Temos que pensar que sem Deus estaremos
perdidos, precisamos da orientação de Deus para chegar ao destino final.

Conteúdo:
Em Ex. 23:20-21 vemos que Deus providenciou uma coluna de fogo para
guiar o seu povo pelo Deserto e outra coluna de nuvem, que em hebraico fo-
ram chamadas de shekiná. A coluna de nuvem, que os guiava durante o dia
não era apenas uma sombra protetora para atravessar o deserto. Tão pouco
a coluna de fogo era somente uma fonte de calor para as noites frias. Era o
símbolo visível de que Jeová estava habitando com eles. Quando olhavam para
o tabernáculo poderiam vê-lO, porque a glória de Deus estava permanente-
mente diante da arca da aliança (Lv 16:2). Você já imaginou se o povo de
Deus decidisse não aceitar os sinais de Deus? Será que eles resistiriam pelo
menos uma noite no deserto ou estariam logo perdidos sem saber para onde
ir? Poderiam ser atacados pelos inimigos, etc. Distantes de Deus perdemos o
senso de orientação e direção.
Então, a coluna de nuvem e a coluna de fogo (ou shekiná) os guiavam por
onde deveriam ir, era a mão de Deus os guiando como um pai guia o seu
filho. Quando a coluna parava sobre algum lugar, era uma ordem de Deus
para que os filhos de Israel armassem suas tendas. Se acontecesse da coluna
permanecer parada por muito tempo, eles deveriam permanecer ali até que a
coluna se movesse novamente.
Mesmo sendo a vontade daqueles homens prosseguirem e possuir a terra,
importava-lhes mais obedecer à vontade de Deus e esperar, embora seja incô-
moda a situação da espera.
Outras vezes, a coluna de fogo se movia durante a noite, era hora de levantar
acampamento e seguir, mesmo sem saber quando iriam parar novamente para
o descanso.
E foi assim durante 40 anos, ao mando do Senhor paravam e ao mando do
Senhor partiam, porque Deus os falava através da nuvem e do fogo.
Muito tempo depois veio Jesus, o Emanuel, que traduzido é “Deus conosco”
(Mt. 1;23).

40 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2040 40 23/3/2010 18:08:54


O Verbo continuou a falar com o seu povo, só que desta vez, face a face.
E, quando Jesus ascendeu ao Pai, não nos deixou órfãos ou perdidos, porque
enviou à sua igreja o Espírito Santo, que hoje fala conosco, ao nosso coração.
(I Jo. 4;13).
Portanto, importa que ouçamos a voz do Espírito Santo em nós, para reali-
zarmos todas as vontades de Deus em nossas vidas.
É a voz obedecida do Espírito Santo que garante que não nos percamos, se
você deixar de lado esta voz suas escolhas serão erradas. Posso estar falando
com alguém que decidiu deixar Deus de lado, gostaria de te dizer que o que
mais um pai quer quando perde a sua criança é achá-la de volta, quantos car-
tazes colocados em ônibus de pais que procuram seus filhos, quantos anúncios
na TV de pais que querem reencontrá-los. Deus está esperando por você, Ele
quer te encontrar, pois sem Ele você está perdido e como uma criança de dois
anos que se perde da sua mãe, Deus tem colocado cartazes em todos os lu-
gares, seja através das lembranças em sua mente que você precisa orar mais,
talvez a vontade de ir à igreja que você há muito tempo não tem ido, algum
pecado que só Ele e você sabem que existe e a voz do Espírito Santo na sua
mente que não quer se calar. Porém, se você não tem forças para lutar contra
as tentações que te afastam de Deus a Bíblia diz em Tiago 1:12 “Bem-aven-
turado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a
coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam”.
Às vezes esta voz pode estar falando em sua mente para seguir, é hora de
levantar acampamento e correr. Você pode estar no trabalho, em casa, na
rua... Quando sentir esta voz lhe incomodando é tempo de falar de Cristo, de
levantar da cama para orar, de ir para onde Deus está lhe dirigindo.
Outras vezes esta voz pode estar falando para esperar. Embora seja incômoda
a espera, você deve obedecer à voz de Deus. Certamente, a melhor coisa a
fazer é não ir.
Precisamos estar sensíveis ao Espírito Santo para podermos distinguir quando
Ele está falando conosco. Se não conseguimos distinguir esta voz, é possível
que outras vozes venham falar-nos ao coração. Daí três coisas podem acon-
tecer:
Adiantamos o passo e estamos sempre querendo fazer as coisas sem a ajuda
de Deus;
Ficarmos para trás porque não sentimos o Espírito se mover e estamos dis-
tante das bênçãos que Deus preparou para nós;
Ou erramos a direção a seguir e tomamos outros rumos que não incluem a
vontade de Deus, como fez o profeta Jonas fugindo para Tarsis (Jn 1).
Precisamos também usar o nosso corpo como um shekiná de Deus. Como no
deserto a coluna de nuvem e a coluna de fogo serviram para guiar o povo e
como Deus falava através delas, assim também, deve Deus falar através de
nós.

Conclusão:
Qual a vontade de Deus em sua vida hoje?
Você pode ouvir Deus falando o que fazer? Claro que sim, todos nós sabemos
qual a sua vontade, mas nem todos decidem seguir o que Deus nos pede.
Colocar uma história sua em que Deus falou com você.

41 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2041 41 23/3/2010 18:08:54


Jesus, esperança para os injustiçados
Pr. Fernando Lopes de Melo
Introdução
Não é incomum vermos pessoas reivindicando seus direitos ou reclamando
que determinada questão lhes pareceu injusta. Em maior ou menor grau talvez
você já tenha se sentido injustiçado em alguma situação. No trabalho, na es-
cola, na faculdade, no lar, ou mesmo na igreja; quando vemos nosso direito
violado, nos inquietamos e por vezes sofremos.
Nem sempre, pelo fato de sermos filhos de Deus, somos isentos de padecer
por causa da injustiça. “Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que
perece na sua justiça, e há ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade.”
Ec 7.15
Hoje quero lhe apresentar Jesus, aquele que traz esperança, pois Ele é “O
Senhor justiça nossa.” Jr 23.6

O problema da injustiça
Algumas pessoas estão clamando por justiça? Que justiça é esta?
Temos que pedir sabedoria a Deus para reconhecermos se realmente estamos
sendo injustiçados. Em Mateus 20.1-15 Jesus contou a parábola do propri-
etário de uma plantação que saiu para contratar trabalhadores.
Contratou pessoas às 6 horas da manhã, às 9 horas, ao meio dia e às 5 da
tarde, combinando com eles o mesmo salário. Na hora do pagamento os que
haviam trabalhado durante todo o dia sentiram-se injustiçados por terem re-
cebido o mesmo valor dos trabalharam apenas uma e começaram a reclamar.
Mas Jesus disse a um deles: “Amigo, não te faço injustiça; não ajustaste co-
migo um denário? v. 13
Uns “clamam por justiça e dizem não suportar mais a falsidade e as perse-
guições que andam sofrendo”. Pedem: “Orem por mim porque estou sendo
injustiçado?”
Será que devemos orar para que Deus te livre das lutas e das “injustiças” que
você está sofrendo?
É melhor que você peça a Deus forças para suportar todas as dificuldades e
ainda possa perguntar: “Como eu posso crescer ao enfrentar este problema?”,
“O que eu posso aprender com as coisas que eu ainda não entendo?
Ore para que Deus lhe fortaleça nas tribulações. Ore para que haja cresci-
mento espiritual através das provações. Lembre-se da oração de Jesus: “Não
peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” Jo 17.15

Orando contra
É natural que quando sofremos alguma injustiça fiquemos indignados com as
pessoas que agiram assim, mas devemos cuidar para que a nossa indignação
seja contra a coisa certa.
Temos visto pessoas tentarem fazer justiça coma s próprias mãos, dando
vazão aos seus sentimentos de ódio e vingança, com atos dos mais sórdidos
possíveis. Criminosos têm sido linchados, traições, mentiras e outras coisas
ruins têm ocupado o lugar da injustiça. Mas a arma do cristão está em suas
mãos quando ele ora. A oração tem poder. Diante das injustiças devemos orar.
Orar contra.
Você já deve ter ouvido falar de orar por alguém ou por alguma coisa, mas
orar contra...

42 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2042 42 23/3/2010 18:08:54


Você já deve ter ouvido falar de orar por alguém ou por alguma coisa, mas
orar contra...
Davi orou: “... a minha oração é contra as práticas dos malfeitores” Sl 141.5.
Veja que sua oração foi contra as práticas e não contra as pessoas.
Maria, a Sanguinária, rainha da Escócia, dizia temer as orações de John Knox,
mais do que a um exército. Tiago: “A oração do justo pode muito em seus
feitos” Tg 5.16.
O injustiçado na terra pensa que não tem nenhuma força: nem econômica,
nem militar, nem política. Sua voz é fraca demais para ser ouvida no auditório
dos tribunais. Se ele, porém, se relaciona corretamente com Deus, tem na
oração a sua arma mais eficaz.
Deus mesmo lhe advogará a causa, e a vitória não fugirá às suas mãos. Quan-
do eu oro, Deus age; ele é o Deus que intervém nos processos da nossa vida,
desde que convidado, evidentemente. E se ele age, há solução visível: “...
operando eu, quem impedirá?” Is 43.13.
O texto é claro: “... continuarei a orar contra os feitos dos ímpios”. Não diz que
devemos orar contra os ímpios. Na verdade, a Bíblia manda amá-los. A oração
deve ser contra o pecado e não contra o pecador.

Seria Deus o responsável?


Podemos correr o risco de pensar que se Deus tem o controle de todas as
situações e também de nossa vida por Ele permite que seus filhinhos queridos
sofram por causa das injustiças?
Alguém pode sentir-se injustiçado ao pensar que, de certa forma, estamos so-
frendo em função do pecado dos primeiros seres humanos. Além da presença
do mal e suas resultantes, a Bíblia enfatiza a existência concreta de um agente
maligno, Satanás.
Podemos ter convicção que nossas questões não passam despercebidas pelo
Pai. Ele considera que “Toda injustiça é pecado” I Jo 5.17. Além do mais, ainda
que não vejamos a justiça sendo feita no tempo e do modo que gostaríamos
de ver; no tempo de Deus tudo será julgado e pleiteado devidamente: “Pois
quem faz injustiça receberá a paga da injustiça que fez; e não há acepção de
pessoas.” Cl 3.25.

Justiça e paz
Deus reconhece que as injustiças podem tirar a tranqüilidade das pessoas. As
Escrituras afirmam que “A justiça e a paz se beijaram.” Sl 85.10 e que: “A obra
da justiça será paz; e o efeito da justiça será sossego e segurança para sem-
pre. Is 32.17. Mas sabendo que vivemos em um mundo cheio de injustiças,
Cristo disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá
o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize!” Jo 14.27
Tendo a Jesus em nosso coração, até quando somos injustiçados, temos paz.
O que você tem feito para ser feliz? Estamos sempre muito preocupados em
fazer algo por nós, reivindicar nossos direitos. Mas realmente precisamos fazer
alguma coisa? Não devemos ser conformistas e ficar contemplando de maneira
passiva as injustiças serem cometidas, mas a força da nossa ação está no
Senhor. “Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra uma nação
ímpia; livra-me do homem fraudulento e iníquo.” Sl 43.1, “Viste, Senhor, a
injustiça que sofri; julga tu a minha causa.” Lm 3 .59
“Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.”
(Platão)

43 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2043 43 23/3/2010 18:08:54


Fome e sede de justiça
Pensar nesse tema é ser automaticamente, conduzido ao sermão do monte:
“Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, por que serão fartos”.
Mt 5.6
Aqui podemos compreeder este texto dentro de dois aspectos:

A . Dinte das injustiças humanas


Bem aventurados significa basicamente ser feliz, mas no conceito de Jesus é
algo bem mais profundo e tem haver com o interior do ser humano.
Fome e sede são necessidades básicas do ser humano. Ter fome e sede de
justiça e não de injustiça, ou de violência ou vingança pessoal, mas fome de
Deus e da sua justiça. Justiça significa dar a cada um o que lhe é de direito.
A Bíblia nos ensina que Deus é Justo Juiz, portanto dará a cada um segundo
suas obras. Ter sede e fome de Justiça é desejar a ação de Deus para que as
pessoas tenham seus direitos respeitados. Não deveríamos ser indiferentes
quando assistimos qualquer tipo de injustiça. Devemos ter atitudes que pos-
sam, de alguma forma, modificar situações. Seja através da oração, de uma
palavra, de um voto consciente ou qualquer maneira cristã que altere o curso
das coisas. Os que têm fome e sede de justiça são aqueles que anseiam por
ver o triunfo final de Deus sobre o mal e o Seu reino plenamente estabelecido.
Anseiam fazer, eles próprios, o que é justo e reto.

B. Diante da nossa injustiça interior


Deus satisfaz o anelo de justiça mediante o Salvador Jesus Cristo. Ele é a nossa
justiça. Profeticamente Jeremias falou de Cristo como “Senhor Justiça Nossa”.
Jr 23.6. Recebendo Jesus no coração, a beleza e a perfeição da Sua vida tor-
nam-se nossas. E assim se cumpre a palavra: “Bem-aventurados os que têm
fome e sede de justiça, porque serão fartos”. A Palavra de Deus nos mostra
que é somente o sedento, o faminto espiritual, que se sacia das provisões
divinas. Paul Earnhart diz: “Espiritualmente falando, os homens se parecem
com corpos semi-mortos, mas eles teimosamente se recusam a reconhecer a
medonha falta de significado da vida sem Deus. Nem todos os que estão numa
“terra distante” têm a sanidade mental para confessar, como o pródigo, que
“morro de fome” (Lc 15.17)! Tais indivíduos continuam a procurar, insensata-
mente, alguma “casca” melhor, para encher o vazio.”

Conclusão:
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles
é o reino dos céus. Mt 5.10
Quando um incrédulo observa a violência e injustiça; verifica que pessoas jus-
tas podem ser injustiçadas e pessoas injustas prevalecerem, isso pode levá-los
a criticar a Deus e a veracidade de suas leis e promessas. Mas o nosso olhar
não se limita as realidades presentes. Ainda que não vejamos nossas causas
reivindicadas aqui confiamos no Senhor e nas recompensas eternas. E com
que justiça Ele julga? Com a justiça da cruz! Aonde o justo se fez maldito por
amor a nós e aonde há perdão para todo aquele que crer!
Lute sempre pelos seus direitos, mas deposite sobre o Senhor seus fardos.
Coloque sobre Jesus seus problemas e mesmo não sendo reconhecido, valori-
zado ou quando injustiçado, Ele preencherá os anseios de seu coração.
Prejuízos físicos, materiais, relacionais ou emocionais não podem destruir sua
fé e confiança. Que o Senhor Justiça Nossa te enche de esperança.

44 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2044 44 23/3/2010 18:08:54


Jesus, esperança para todas as gerações
Pr. Nelson Milanelli
Introdução:
A humanidade como um todo constrói seus monumentos, cada povo registra
sua história a sua maneira. Apesar de existir uma diversidade de maneiras
de fazer isso, podemos notar que a base, ou sentimento inicial para destacar
quer seja uma pessoa, um lugar ou um acontecimento especial, todas tem em
comum o sentimento nacional, ou familiar de determinado grupo de pessoas,
que reconhece através do monumento aquele sentimento que quer ser lem-
brado. Glória, força, vitória, tristeza, gratidão, luta, esperança, enfim, isso é
conhecido entre as nações, todos nós já nos deparamos com uma estátua, ou
alguma outra obra de arte que nos fazem conhecer a história de algum povo.
A Bíblia fala de alguns destes monumentos, você se lembra de uma grande pe-
dra por nome Ebenézer, levantada por Samuel diante do povo de Israel? Este
relato está em I Sam. 7:12 “Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre
Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR.”.
Esta pedra deveria lembrar ao povo o cuidado de Deus para com eles. Pense
em alguns outros destes monumentos mencionados na Bíblia, você pode se
lembrar de algum em especial que fala claramente do amor de Deus?

Desenvolvimento
Com certeza todos nós já pensamos na cruz de Jesus. O que realmente ela te
faz lembrar? Será que seria da triste morte de nosso Salvador, ou você con-
segue ver algo mais do que isso? O apóstolo Paulo em I Cor. 1:23 declarou:
“mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura
para os gentios;”. Os judeus não gostavam de pensar nela, pois lhes parecia
uma vergonha nacional, fraqueza diante dos romanos. Os gentios a viam como
loucura, como um crucificado poderia ser o salvador? E você, o que vê neste
monumento erguido no monte calvário? Paulo continua no verso 24, “mas
para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo,
poder de Deus e sabedoria de Deus.”.
Com certeza o apóstolo via algo mais. Se você continuar lendo este capítulo
do livro de Romanos a conclusão é inevitável, Deus vai por outro caminho para
nos ensinar sobre Ele. A maioria das nações constrói seus monumentos para
lembrar-se da força, da glória, das vitórias, mas nenhum outro monumento
criado pelos homens reúne tantas idéias e lembranças como a loucura da cruz.
Rom. 1:25-31

25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de


Deus é mais forte do que os homens.
26 Irmãos reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados
muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre
nascimento;
27 Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar
os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;
28 E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas
que não são, para reduzir a nada as que são;

45 | Apresentando Jesus - Sermonário

SERMONARIO APRESENTANDO JESUS 2045 45 23/3/2010 18:08:54


29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus,
sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,
31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.

Deus trabalha na contramão de como nós pensamos grande parte das pessoas
usadas por Ele para levar Sua mensagem não eram vistos pelo mundo de sua
época de forma brilhante e gloriosa. Pessoas simples e humildes dedicadas ao
Seu poder realizaram e realizam até hoje grandes coisas pra Ele.
Em cada geração Deus levanta seus monumentos, suas verdadeiras obras de
arte. Não parecem nada com os nossos monumentos humanos. Assim como
a cruz era algo totalmente diferente do padrão na época de Jesus, hoje como
em cada um dos tempos, Deus constrói homens e mulheres, jovens e crianças,
ricos e pobres, sábios e simples como suas testemunhas, seus verdadeiros
monumentos para lembrar os homens da esperança maior de salvação que Ele
oferece para todas as gerações.

Gente comum que vive vidas extraordinárias é a especialidade de Deus. Pes-


soas que aparentemente nunca realizariam grandes coisas surpreendem mil-
hares, olhe para história bíblica e veja. Pense num povo escravo chamado para
ser povo real, num menino pastor que virou rei, naquele homem que morava
no deserto e anunciou a Cristo, nos pescadores que se tornaram apóstolos, no
homem de dores que se tornou Nosso Salvador. Deus sempre anda na con-
tramão da humanidade realizando proezas para nos salvar.

Em cada geração Ele chama pessoas para realizarem Suas obras. “A comissão
dada por Cristo aos discípulos foi cumprida. Ao saírem esses mensageiros da
cruz a proclamar o evangelho, houve tal revelação da glória de Deus como
nunca antes fora testemunhada pelos mortais. Mediante a cooperação do Es-
pírito divino, os apóstolos fizeram uma obra que abalou o mundo. O evangelho
foi levado a todas as nações numa única geração.” Atos dos Apóstolos, pág.
593.

“Deus não faz acepção de pessoas; mas aqueles que, em todas as gerações,
temem ao Senhor e praticam a justiça são aceitos por Ele; ao passo que os que
estão murmurando, sendo incrédulos e rebeldes, não terão o Seu favor ou as
bênçãos prometidas aos que amam a verdade e nela andam. Os que têm a luz
e não andam nela, mas desatendem às reivindicações de Deus, verificarão que
suas bênçãos serão mudadas em maldições, e suas misericórdias em juízos.
Deus quer que aprendamos a humildade e a obediência ao lermos a história
do antigo Israel, que era Seu povo escolhido, peculiar, mas que trouxe sobre
si destruição por seguirem seus próprios caminhos.” Testimonies, vol. 3, págs.
171 e 172.

A diferença entre fazer parte das pessoas especiais que viveram neste mundo
e foram alcançados com a verdadeira esperança é a humildade e a obediência
que prestamos a Deus. O povo de Israel era o grande monumento que Deus
queria erguer entre as nações de sua época, gente sincera e fiel a Ele seria o

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testemunho ideal para revelar Seu caráter ao mundo. Hoje não é diferente,
Deus quer erguer homens e mulheres, gente de todas as idades, em todos os
lugares da terra que revelem Seu caráter ao mundo. Que sejam Sua mão, seus
braços e pernas, gente que faça diferença e viva por algo mais neste mundo,
que toque a humanidade com a presença do céu em suas vidas, que permitam
que Jesus seja erguido em suas vidas e encarnem o evangelho prático, que
levem esperança viva. Gente que sabe onde colocou sua esperança.

Rom. 15:13 – “ E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz


no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Es-
pírito Santo.” Essa deve ser nossa oração, pedir que Ele nos encha da Sua
presença.

Conclusão:
Nos últimos domingos vimos que não importa a condição em que o evangelho
nos encontre, nós nunca somos deixados nos mesmo lugar depois de conhecê-
lo. Jesus é a esperança para as pessoas em todas e quaisquer circunstâncias.
João 14:6 “Ele é o caminho, a verdade e a vida...” Ele é tudo pra todos, em
todas as épocas, a todas as gerações e para pessoas de todas as idades.
A cruz tem efeito real na vida de crianças, jovens e adultos. Somos alcançados
nas mais várias experiências de vida. A especialidade de Deus é gente, pes-
soas são o seu grande objetivo. Tudo que pode fazer para que o evangelho
tenha sentido em nossa vida Ele faz.
Olhem para Sua vida, as crianças tinham lugar especial no Seu coração, os
jovens, os pobres, os ricos, o ladrões, os mentirosos, os enfermos, os viciados,
os ansiosos, enfim, Ele pode alcançar a todos. Sua mensagem é completa e
fornece esperança em qualquer situação da vida, em qualquer momento que
precisarmos.
Não sei como você vê Jesus após esta série de domingos de esperança, mas
saiba que o Cristo apresentado aqui funciona, Ele é real, você pode experi-
mentá-lo, senti-Lo em sua vida. Ele quer erguê-lo como um monumento em
Seu nome.
O mesmo Deus que esteve presente em todas as gerações está presente hoje
em nossos dias. Ele tem poder para nos alcançar em meio a todos os nossos
problemas, pode realizar nossos sonhos, nos orientar quanto ao futuro, pre-
cisamos de um único elemento para ter tudo isso. Nossa escolha de aceitá-Lo,
nossa entrega total, nossa vida entregue a Ele.
Jesus é a esperança para todas as gerações, Ele é o poder de Deus para salvar
todo aquele que crer em Seu nome.
Quer você ser um monumento de glória, força e vitória do Céu aqui na terra?
Então recite comigo o Salmo 37:5 “Entrega teu caminho ao Senhor confia
Nele, e o mais Ele fará”.

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