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Definições e Psicologia
Aécio Borba
Faculdade de Psicologia e Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do
Comportamento – UFPA
Research Scholar- Department of Behavior Analysis / University of North Texas
• A parte do ser humano que é formada por dois lados: Razão e Emoção.
• Um monte de gente, desde a Grécia Antiga...
Razão x • A parte racional dos seres humanos é aquela que
pensa, reflete, conhece o mundo
Emoção
• A parte emocional (irracional?) dos seres
humanos é aquela que experimenta a realidade.
Não quero sair de casa... Estou muito • Em muitos momentos, emoções são tratadas dentro de nossa
sociedade como causas do comportamento, que afetam a forma
triste. como nos comportamentos e conhecemos o mundo.
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Problemas...
• Em todos esses casos, o problema está em “entender” e “controlar” • Emoções são comumente tratadas como eventos...
as emoções.
• Mentais
Por que isso é • Internos (fisiológicos)
• Mas como fazer isso?
um problema? • Privados
• Subjetivos
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• Sentimentos, emoções, desejo, etc. podem ser • O conceito de eventos privados tem sido
trabalhados pelo analista do comportamento com o
conceito de eventos privados! (desde sempre!) extremamente criticado para
• Skinner, 1945 lidar com fenômenos relativos à
• Skinner, 1974 subjetividade.
• Tourinho (1997, 1999, 2004, 2005... E muitos outros)
Interrupção da Análise
• O pesquisador corre o risco de não olhar para fenômenos ambientais
relevantes (Rachlin, 2003).
• Perigo de cair novamente no mentalismo. A Análise do comportamento não lida
com fenômenos mentais, internos, E Então?
• Explicar com base no EP não explica o próprio Evento Privado. subjeXvos e privados.
Rachlin, H. (2003). Privacy. Em: K. A. Lattal & P. N. Chase (Eds), Behavior theory and philosophy. (pp. 187-201). New York:
Kluwer Academic/Plenum publishers.
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Subjetivas
Objefva
• A forma de compreender e pensar sobre esses fenômenos muda de • O grande sucesso da Análise do Comportamento – na Clínica e em
forma radical quando pensamos assim. todas as suas outras aplicações – está em olhar para as relações
• Isso significa que devemos compreender esses fenômenos a partir de suas ambiente-organismo de forma a construir repertórios efetivos e
raízes. manipular o ambiente de forma a transformar o ambiente.
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Análise do
O Conceito de
Comportamento e Eventos Privados,
Subjetividade: Primeiros Resposta Encoberta
e Estímulo Privado
Passos.
Plano do
Análise do
Comportamento e
Subjetividade: Novos
Subjefvidade e três
níveis de seleção
Eventos Privados
Curso Passos Primeiros Passos
Modelo Causal:
Determinismo
E a Subjetividade?
Selecionismo
Determinista
Funcionalismo
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• Depressão
Estímulos e Respostas
• Todo evento psicológico – incluindo as emoções – devem por isso ser
pensados como comportamentos - o que inclui estímulos e
respostas.
Estímulos Privados
• Estímulos e respostas devem ser compreendidos como termos de
relações comportamentais.
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• Estímulos públicos assumem função a partir de sua interação com • Se conceitos psicológicos são respostas verbais, o reforço é
contingências de reforçamento. necessariamente social.
• Estímulos privados também assumirão funções de acordo com • O reforço do comportamento verbal é disponibilizado pela
contingências de reforçamento. comunidade verbal a partir de estimulações públicas.
• Sorrisos ou situações podem levar o sujeito a dizer “estou feliz”.
• Mas como essas respostas são instaladas e mantidas?
• Quando uma criança aprende a emifr a resposta • É a comunidade verbal que torna discriminativos certas estimulações
verbal “estou feliz/triste”, ela não o faz sob controle privadas.
de esfmulação privada, mas sob controle de uma
comunidade verbal.
• O reforço social não precisa se contínuo
• É em um momento posterior que a comunidade
verbal passa a ensinar a ficar sob controle de • As mudanças sociais ocorridas na sociedade contemporânea levam a
condições corporais (esomulos privados) observar eventos psicológicos como discriminativos.
• Ex: “Engula o choro”
• Em sociedades não-privafzadas, não ocorre essa segunda
parte.
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• Como a comunidade verbal não tem acesso direto às estimulações • Disso decorre que, ao tratarmos de conceitos
privadas, não se pode nomeá-las de forma precisa. psicológicos, podemos dizer que eles são
• Podemos descrever eventos privados diferentes quando falamos em parcialmente controlados por estímulos
“ansiedade” discriminativos privados
• Um mesmo estímulo privado pode gerar diferentes respostas descritivas de • Sempre haverá importância outros estímulos públicos e a
sentimento ação da comunidade verbal.
• Ex: Batimento cardíaco
• Uma questão importante a ser salientada é que, em uma perspecfva • Skinner aponta que não existe uma diferença de natureza entre
comportamental, uma resposta é sempre de um organismo como um respostas encobertas e abertas, uma vez que toda resposta é
todo. inicialmente adquirida na sua forma aberta.
• Dentro de uma análise ontogenéfca, não faz senfdo falar de respostas de • A diferença é a participação do aparelho motor
partes do organismo.
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Fatores que Influenciam o Quanto uma Fatores que Influenciam o Quanto uma
Resposta É Aberta Resposta É Aberta
• 1) Grau de ativação do aparelho motor • 3) Treino do observador para analisar ou deduzir o comportamento
• Uma resposta que o ative mais é mais aberta; dos outros;
• Ex: Psicólogo
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Causalidade de Análise do
Selecionismo: Três Passos
Comportamento
• Variação
• Oferece o material a ser selecionado
• O que pode ser considerada uma causa?
• Pode ser induzido ou aleatório
• Interação (Seleção propriamente dita)
• Para o analista do comportamento: • Favorecimento ou não da variação no ambiente. Quando a variação é
• Variáveis Dependentes (Organismo) vantajosa, mantêm-se; quando não, extingue-se.
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ConXnuum de Complexidade
Selecionismo
(Tourinho, 2006)
• Nesse sentido, não faz sentido afirmar que um comportamento é
filogenético ou cultural, uma vez que o nível cultural inclui os níveis
ß Complexity of Behavioral Phenomena à filogenético e ontogenético.
Phylogenetic Selection • Nesse sentido, não podemos falar de três níveis de seleção, mas de
OntogeneGc SelecGon um continuum que fica progressivamente mais complexo
Cultural Selection
Filogênese Examples
Seleção Natural
Origem Humana
Não
Acredita?
• Mudanças ambientais diminuíram a possibilidade de manter a
vida que uma certa espécie de primata vinha levando.
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Determinação Biológica
Novo Ambiente Novas Adaptações
Grama alta Bipedalismo O organismo foi selecionado para aqueles
Quente ambientes originais
Perda de pêlos, ganho de novos sistemas de refrigeração do
Alimentação:
Exemplo: Beleza
• Preferência por carne (alta necessidade de
proteínas e gordura)
• Preferência por doces (alta necessidade de • Uma grande simetria no rosto
glicose, precursor de energia)
aumentará a probabilidade de uma
• Obesidade
pessoa ser considerada bonita.
Exemplos Visão
• Isso é verdade mesmo para diferentes
culturas – a moça ao lado seria
• Homem (Caçador): vê mais longe, maior considerada bonita em várias partes do
noção de profundidade, habilidade motora mundo.
desenvolvida
• Mulher (Coletora): melhor visão periférica,
capacidade verbal desenvolvida
Proporção
Cintura/Quadril:
Cuidados
0,7
Tórax Largo
(Bom caçador: força, • Predisposição diferente de predestinação
fôlego) • Exagero jornalístico
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Ekman (1972)
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• Dependente de uma história de vida individual • Além do efeito sobre a freqüência do comportamento, há uma
alteração de determinadas condições corporais (Skinner, 1987).
• Seleção de comportamentos operantes e estabelecimento de reflexos
condicionados • Quando sob contingências de reforçamento específicas, essas
condições corporais podem assumir função de estímulo e controlar
discriminativamente certas respostas
Skinner, B. F. (1987). What is wrong with daily life in the
western world? In: Upon further reflection. New Jersey:
Prentice-Hall.
Interação Respondente-Operante
(Exemplo) Relações de Equivalência
• Relações entre estímulos que fazem parte
de uma classe de equivalência, ou seja,
estímulos funcionalmente equivalentes.
Possuem 3 características:
• Reflexividade
• Simetria
• Transitividade
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Reflexividade Simetria
Simetria TransiXvidade
• Refere-se à transferência da relação a novas combinações por meio
• Simetria refere-se à de associação partilhada
reversibilidade de uma
relação.
• Se A = B e B = C, logo A = C
• C=A
• Se A = B, então B = A • B=A
• C=B
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Condições
• Assim, condições corporais específicas podem assumir funções de corporais
estímulos ao serem pareadas com determinados eventos. específicas
Homem
Bonito Idris Elba
Nível Cultural
Cultura Ocidental
• Envolve aspectos do comportamento coordenado entre membros de
grupo
• Características próprias da cultura ocidental promovem a
observação do próprio corpo, gerando uma série de declarações
verbais acerca de sentimentos e emoções
• Certos aspectos da análise da subjetividade devem perpassar uma
análise de como certos comportamentos são vistos em uma cultura, e
que tipos de entrelaçamentos são selecionados • É uma cultura individualista que promove determinados tipos de
responder emocional.
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Cultura e Comportamento
Eventos Privados x Linguagem
Verbal
• Todas essas características da cultura constituem padrões de • A relação com a linguagem promove uma diferenciação e
comportamento que são mantidos dentro de um grupo complexificação do responder emocional
• Compreender esses fenômenos está diretamente relacionado ao
comportamento verbal dos indivíduos dentro de uma cultura • Tourinho (2009) diferencia sentimentos e emoções com base na
relação com a linguagem
• Emoções: relações filogenéticas e ontogenéticas
• Sentimentos: inclui relações culturais
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Sentimentos e Cultura
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u398210.shtml
• Sentimentos são fenômenos que incluem emoções básicas, mas que são nomeadas
de forma diferente pela cultura e, com isso, promovem padrões comportamentais
diferentes
• Ijirashii (Japão): Excitação quando alguém digno supera um obstáculo (Orgulho?). • Ex: Enquanto o amor é visto como algo bom e positivo em culturas
• Schadenfreude (Alemanha): Alegria gerada pela percepção de alguém sofrendo (Inveja?). ocidentais, ele é visto como próximo à tristeza em certas culturas
• Malu (Dusun Baguk, Malásia): Sobreposição de vergonha e embaraço, eliciado pela presença de da China
uma pessoa de nível mais alto.
• Nginyiwarrarringu (Pintupi Aborigines of the Western Australian Desert): Um medo súbito que faz
• O que gera determinado sentimento?
com que fique de pé para ver o que o causou.
• Sram (Rússia): Vergonha especificamente relacionada a indecência sexual, originada no discurso
religioso. Pode também ser usado como nome para a genitália (em especial feminina), ou como
prefixo para um local onde ocorrem afvidades sexuais.
Emoções e Sentimentos
Linguagem e Cultura
Exemplo: Alegria
• Certas palavras podem entrar em quadros relacionais com certas
situações, condições corporais e outras idéias, gerando relações
complexas. • Promovida por reforçamento positivo.
• Reforçadores primários foram selecionados filogeneticamente – ex: contato
social, contato sexual.
• Eventos reforçadores geram respondentes associados
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Relações de Equivalência
Exemplo: Alegria
Felicidade é “Não é
ter alguém “EU” “Eu” Possível Ser
feliz sozinho”
Condições Condições
Felicidade é Condições Corporais Corporais
ter alguém Corporais
Magreza Felicidade
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Complexidade
• Ao analisar o comportamento humano na clínica, é fundamental
perceber sentimentos, emoções e outros fenômenos subjetivos como
eventos complexos e multideterminados.
Guilhardi, H. J. (2004). Terapia por contingências de reforçamento. Em: C. N. de Abreu, e H. J. Guilhardi (Eds.). Terapia
comportamental e cognitivo comportamental: práticas clínicas. São Paulo: Roca. Anderson, C. M., Hawkins, R. P., Scotti, J. R. (1997). Private events in behavior analysis: Conceptual basis and clinical
Banaco, R. A. (1999). O acesso a eventos privados na prática clínica: Um fim ou um meio? Revista Brasileira de Terapia relevance. Behavior Therapy, 28, 157-179
Comportamental e Cognitiva, 1, 135-142.
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Kohlenberg, R. J., Tsai, M., Dougher, M. J. (1993). The dimensions of clinical behavior analysis. The Behavior Analyst, 16,
271-282.
Um Meio TAC
• Eventos privados: Pistas sobre contingências. • Eventos Privados: condições corporais
• O terapeuta deve usar os EP para identificar as contingências • Meio de compreender contingências às quais o indivíduo está
relevantes. submetido
• Ex: TAC, TCR, FAP. • Compreendendo melhor as contingências, aumenta a efetividade da
terapia
• Necessidade de compreender a linguagem cotidiana
FAP
• Foco: confngências ambientais das quais EP são função • Foco: Relação terapêutica
• Olhar só para EP pode limitar a análise e comprometer a efefvidade • Busca de Comportamentos Clinicamente Relevantes (CRB1, 2 e 3)
da terapia • Manipulação das contingências que estão ocorrendo na própria
• Melhoria da relação terapêufca sessão
• Tratamento de EP semelhante à TAC, mas com foco na sessão
• Importância de disposição de comportamentos contingentes
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(ACT)
emocionais – não apenas como pistas, mas intervindo diretamente
sobre elas.
• Ex: ACT, DBT
Linguagem cotidiana: EP SÃO CAUSAS, e serão tratados como
• Apesar da ênfase em lidar com EP, o raciocínio é o mesmo das tal
anteriores: EP não é causa.
ACT
Mindfulness
Regulação
(Atenção
Emocional
• Posso estar deprimido E sair de casa, estar ansioso E apresentar Plena)
trabalhos na faculdade Habilidades centrais do
• Aceitação à Sentir e Experienciar, ouvir seus próprios sentimentos cliente –
• Compromisso à Importância da mudança à Entrar em contato Terapia dialéXca-
com as contingências comportamental (DBT)
Tolerância Efetividade
ao Estresse Interpessoal
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Identificação de precursores
• Isso pode incluir eventos privados, mas sempre envolve relações do • A construção de um repertório discriminativo de emoções e
sujeito com o ambiente. ` sentimentos pode ser necessário.
Quinta, (2017) Refelexões sobre o estabelecimento de objetivos terapêuticos na clínica analítico-comportamental Em:. Teoria e Formulação de Casos em
Análise Comportamental Clínica. (A. K. C. R. De-Farias, F. N. Fonseca, & L. B. Nery, eds.). P. 103-4. (Versão Ebook).
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OBRIGADO!
• O analista do comportamento (e o terapeuta em particular) devem
voltar-se para contingências de reforçamento que controlam o
comportamento.
• Não devemos esquecer que é assim que podemos fazer o que AECIOBORBA@GMAIL.COM
fazemos melhor.
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