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24/09/2019

Definições e Psicologia

Olhar só pra dentro é o maior


desperdício: Sentimentos e Emoções
na Terapia Comportamental • Conhecimento (estudo, ciência) da Alma / Mente / Espírito / Psiquê

Aécio Borba
Faculdade de Psicologia e Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do
Comportamento – UFPA
Research Scholar- Department of Behavior Analysis / University of North Texas

Ok, e o que é Alma/Mente/Etc.?


• Por toda a história do pensamento ocidental, discutimos as duas
ideias como uma dicotomia:

• A parte do ser humano que é formada por dois lados: Razão e Emoção.
• Um monte de gente, desde a Grécia Antiga...
Razão x • A parte racional dos seres humanos é aquela que
pensa, reflete, conhece o mundo
Emoção
• A parte emocional (irracional?) dos seres
humanos é aquela que experimenta a realidade.

Não quero sair de casa... Estou muito • Em muitos momentos, emoções são tratadas dentro de nossa
sociedade como causas do comportamento, que afetam a forma
triste. como nos comportamentos e conhecemos o mundo.

• Por um longo período, isso foi tratado como um problema:


Estou com ódio depois de tudo aquilo. • A emoção atrapalha o processo de conhecimento
(Descartes, Bacon)
Olhe as frases Emoção • A emoção deve ser controlada para vivermos em
Ao Lado: Não vou fazer isso... Morro de medo.
sociedade (Elias)

• E isso é um ponto importante também pra


Psicologia.
Não consigo entender o que está dentro
de mim.

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• Um terapeuta que ignora os sentimentos do cliente


pode dificultar a construção de um laço terapêutico
• Dentro de nossa sociedade, a maioria das
pessoas entende emoções como causas do • Seria visto como uma pessoa fria, difícil de se
relacionar.
comportamento.
• Sentimentos e emoções são modos de
comunicar o que está acontecendo consigo e
Importância • No contexto clínico, é comum que o cliente
descreva o que ocorre consigo mesmo em
Importância com os outros.

para o Clínico termos de sentimentos e emoções (Banaco,


1999; Barbosa & Marques, 2012; Quinta, 2017).
para o Clínico • Sob muitos aspectos, a prática do psicólogo é
entendida (no senso comum) como lidando com
problemas emocionais.
• Muitos dos chamados Transtornos Psiquiátricos
• Essas emoções e sentimentos podem ser (Psicopatologias) são fundamentalmente
interpretados como aversivos ou problemas. “distúrbios” no funcionamento das emoções.

• “Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou


situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma • “Instabilidade afefva devida a uma acentuada
injeção, ver sangue).” reafvidade de humor (p. ex., disforia episódica,
irritabilidade ou ansiedade intensa com duração
geralmente de poucas horas e apenas raramente
Emoções e • “Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais Emoções e de mais de alguns dias).
situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível
Transtornos avaliação por outras pessoas “ Transtornos • “Senfmentos crônicos de vazio”.
Psiquiátricos Psiquiátricos • “Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em
controlá-la (p. ex., mostras freqüentes de
• “Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos irritação, raiva constante, brigas ksicas
dias, indicado por relato subjefvo ou por observação recorrente”
feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois
anos.”

Importância para o clínico


• Nos exemplos citados, o que é
considerado problemático é uma • Emoções e sentimentos devem ser entendidos de forma eficiente
variação, controle ou intensidade das para orientar o trabalho clínico.
Emoções e emoções.
Transtornos • É fundamental uma forma efetiva de construção do fenômeno para
Psiquiátricos • Sentir muito ou Sentir Pouco são orientar a intervenção.
problemas – logo, assume-se a ideia de
que existe o “sentir certo”.

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Problemas...
• Em todos esses casos, o problema está em “entender” e “controlar” • Emoções são comumente tratadas como eventos...
as emoções.
• Mentais
Por que isso é • Internos (fisiológicos)
• Mas como fazer isso?
um problema? • Privados
• Subjetivos

• Emoções são comumente tratadas como eventos...


• Emoções são comumente tratadas como eventos...
• Mentais
• Mentais • Internos (fisiológicos)
• Como não são físicas, elas dependem de métodos • Privados
diferentes e não podem ser compreendidas por uma • Elas são inacessíveis à observação pública; então, como
ciência natural.
Por que isso é • Elas seguem regras diferentes. Por que isso é podemos descrevê-las?
• Não tenho (como observador) como saber se você está
um problema? • Internos (fisiológicos) um problema? senfndo o que relata senfr.
• Elas são eventos de ordem biológica, e por isso devem • Subjefvos
ser estudos pela fisiologia, e não pela Psicologia. • Apenas quem experimenta uma emoção pode
• Privados descrever o que realmente sente.
• Subjetivos • A subjefvidade escapa ao pensamento cienofico – e,
por isso, escapa às práfcas baseadas em um saber
cienofico.

• Emoções são comumente tratadas como eventos...


Análise do Comportamento
• Mentais
• Internos (fisiológicos) A Análise do Comportamento é uma prática científica baseada nos
Por que isso é • Privados
princípios do Behaviorismo (Radical), e isso implica em algumas práticas...
um problema? • Subjefvos

• Todos os problemas anteriores são ainda mais “problemáfcos”


quando estamos tratando da Análise do Comportamento.

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Por que isso é um problema na Análise do


Comportamento? Bem... Sorry.
• Nenhuma dessas crífcas é totalmente errada...
• Emoções são comumente tratadas como eventos...
• “Somos behavioristas radicais, não metodológicos!” (Matos,
2001).
• Mentais • Menfra (Carvalho Neto, 2015).
• Mas a análise do comportamento rejeita a ideia de mente, e “reduz” (interpreta) todos os fenômenos como
comportamentos.
• “Mas nós podemos lidar com eventos mentais!”
• Internos (fisiológicos)
• Eventos fisiológicos são domínio da fisiologia, não tendo lugar na práfca do analista do comportamento • Não.
(não somos médicos!) • Se você acha que sim, então você é um behaviorista metodológico.
• Privados e Subjefvos
• O behaviorismo lida com aquilo que é diretamente observável. Do contrário, como conduzir experimentos?
• Mas já estamos em um momento que podemos estudar os
eventos fisiológicos.
• De novo, behaviorismo metodológico.

Já sei! Talvez não.

• Sentimentos, emoções, desejo, etc. podem ser • O conceito de eventos privados tem sido
trabalhados pelo analista do comportamento com o
conceito de eventos privados! (desde sempre!) extremamente criticado para
• Skinner, 1945 lidar com fenômenos relativos à
• Skinner, 1974 subjetividade.
• Tourinho (1997, 1999, 2004, 2005... E muitos outros)

• Mas eu volto a isso já já!


• Bem...

Interrupção da Análise
• O pesquisador corre o risco de não olhar para fenômenos ambientais
relevantes (Rachlin, 2003).
• Perigo de cair novamente no mentalismo. A Análise do comportamento não lida
com fenômenos mentais, internos, E Então?
• Explicar com base no EP não explica o próprio Evento Privado. subjeXvos e privados.

Rachlin, H. (2003). Privacy. Em: K. A. Lattal & P. N. Chase (Eds), Behavior theory and philosophy. (pp. 187-201). New York:
Kluwer Academic/Plenum publishers.

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O Erro está na Premissa


Me perdi.
Mentais

• Nenhuma dessas “saídas” é adequada porque elas se baseiam em


uma premissa incorreta.
Emoções
Privadas Internas
et al.

Subjetivas

O Erro está na premissa

Físicas Análise do Comportamento pode


lidar com emoções (e sentimentos,
Se você puder lembrar apenas desejos, vontades...) porque elas
Pública
Emoções
Relacional
uma coisa desse curso:
são comportamentos – e, por isso,
et al. fenômenos relacionais entre o
sujeito e o mundo.

Objefva

Análise do Comportamento de Sentimentos e Análise do Comportamento de SenXmentos e


Emoções Emoções
• Apontar que emoções são comportamentos físicos, públicos, • A teoria deve orientar o clínico a buscar as variáveis de controle do
objetivos e relacionais não é apenas uma mudança semântica. comportamento.

• A forma de compreender e pensar sobre esses fenômenos muda de • O grande sucesso da Análise do Comportamento – na Clínica e em
forma radical quando pensamos assim. todas as suas outras aplicações – está em olhar para as relações
• Isso significa que devemos compreender esses fenômenos a partir de suas ambiente-organismo de forma a construir repertórios efetivos e
raízes. manipular o ambiente de forma a transformar o ambiente.

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Análise do
O Conceito de
Comportamento e Eventos Privados,
Subjetividade: Primeiros Resposta Encoberta
e Estímulo Privado
Passos.

Plano do
Análise do
Comportamento e
Subjetividade: Novos
Subjefvidade e três
níveis de seleção
Eventos Privados
Curso Passos Primeiros Passos

Implicações Clínicas da Análise do


Comportamento de Sentimentos e
Emoções.

Análise do Comportamento: Princípios


O “Outro” Comportamento...
Básicos
• Objeto de Estudo: o Comportamento • Paradigma Respondente
• Paradigma básico: tríplice Contingência • Incondicionado ou Condicionado

Modelo Causal:
Determinismo
E a Subjetividade?
Selecionismo

Determinista
Funcionalismo

Análise do Uma análise da Funcional


Comportamento:
Princípios Básicos Todos os comportamentos deverão ser subjefvidade deverá Ela deverá
entendidos a partir de suas relações com suas
consequências
ser coerente com esses portanto, ser...
Selecionista
princípios básicos
Perspecfva Relacional (interação ambiente- Anti-
organismo) mentalista

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Estudo da SubjeXvidade na Análise do


Skinner (1945)
Comportamento
• Skinner (1945) propõe que fenômenos cognitivos e emocionais são • Ao descrever os termos psicológicos tradicionais, se busca:
legítimos objetos de estudo da Análise do Comportamento • (1) as condições específicas de estimulação sob as quais eles são emitidos;
• Contexto: Operacionismo – Ciência é o que o comportamento verbal do • (2) porque cada resposta é controlada por aquela estimulação específica.
cientista.
• Para Skinner, essa nomeação se serve dos mesmos processos que as
• É ao apontar essa questão que Skinner passa a diferenciar o demais formas de nomeação.
Behaviorismo Radical de outras propostas Behavioristas
(metodológicas)

• No entanto, elas devem ser analisadas de forma (quase) diferenciada.

Comportamento Verbal Portanto...

• O reforço da comunidade verbal é contingente à


emissão daquela resposta diante do estímulo
adequado.
• Mas como reforçar verbalizações sobre sentimentos e
emoções?

Skinner (1945) Skinner (1945)


• Para Skinner, não há uma diferença de Natureza ou Propriedades
entre determinados eventos chamados de psicológicos. É uma
diferença de acessibilidade.
Em Skinner, Conceitos
Dessa forma, Skinner aponta que Psicológicos (ou
conceitos psicológicos são eventos Subjetivos, Mentais,
• Eventos não acessíveis à observação pública são chamados de
naturais como quaisquer outros Internos...) possuem as eventos privados, e podem ser de dois fpos:
eventos comportamentais mesmas leis que outros • Esomulos
comportamentos. • Respostas

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Eventos Privados e a subjetividade


É importante perceber que o
conceito de estímulos e respostas só
• Se estímulos privados assumem alguma função de controle, é porque
é possível dentro de uma relação.
eles a adquirem a partir de sua relação com uma comunidade verbal
que atribui valor e leva o sujeito a discriminar tais fenômenos.
Lembrete
importante! • Assim, pode-se dizer que o mundo privado é construído a partir da
interação entre o sujeito e o mundo público.
Estímulos e respostas são parte do
comportamento. • Nesse sentido, mesmo o controle do comportamento a partir de
estímulos privados tem origem pública.

Eventos Privados e a SubjeXvidade Comportamento Verbal


• Como chegar a conceitos psicológicos?

• Conceitos Psicológicos serão entendidos, dentro da Análise do


Comportamento, da forma como são observados pelo cientista: como
respostas verbais.
• O reforço da comunidade verbal é contingente à
• A questão central é como essas respostas verbais podem ser emissão daquela resposta diante do estímulo
condicionadas (ensinadas). adequado.
• Mas como reforçar verbalizações sobre sentimentos e
emoções?

Comportamento Verbal e Subjetividade


• Se um conceito psicológico é uma resposta verbal, ele depende de 1) Estímulos
correlatos
•Dano ao tecido
uma comunidade verbal que o reforce. públicos para “dói”;
• Se depende de uma comunidade verbal, ele é sempre uma relação Processos de
entre homem e ambiente social em que está envolvido. Aprendizagem
2)
Comportamentos
e respostas
públicas que
•Mão no braço,
sejam
controlados pelo
mancar
mesmo estímulo;

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3) Descrições do próprio comportamento, que o


sujeito adquire tanto por meio da comunidade
verbal que observa o comportamento quanto à
própria estimulação proprioceptiva. • Em todos esses exemplos, a comunidade verbal produz
contingências de reforçamento não sob controle da estimulação
Processos de • Pensar verbal, semelhante ao falar; privada, mas a partir de estímulos públicos.
aprendizagem
4) Metáforas, onde o falante transfere • Por isso, qualquer evento psicológico não pode ser considerado
descrições de fenômenos públicos para inteiramente privado, e sim circunstancialmente privado.
fenômenos privados.

• Depressão

Estímulos e Respostas
• Todo evento psicológico – incluindo as emoções – devem por isso ser
pensados como comportamentos - o que inclui estímulos e
respostas.
Estímulos Privados
• Estímulos e respostas devem ser compreendidos como termos de
relações comportamentais.

• Nesse sentido, ao falar em estímulos privados e respostas encobertas,


não estamos falando das emoções em si, mas de partes do
comportamento.

Assim... Universo e Ambiente


• Esomulos Privados são eventos que têm origem sob a pele e que Universo
controlam certas respostas. (Todos os Eventos que Podem – Potencialmente –
Assumir Função de Esomulo)
• Eles podem adquirir funções específicas
• Reforçadores
• Punidores Ambiente
• Esomulos Discriminafvos (Todos os Eventos que Assumiram
• Operações estabelecedoras
Função de Estímulo)

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Universo e Ambiente Interno


• Uma parte desse universo que pode assumir função de estímulo está
“contido” dentro da pele.

• Esses estímulos podem afetar o indivíduo por meio de estimulação


proprioceptiva e interoceptiva.

• Esses estímulos podem afetar apenas aquele que os percebe.


• Outras pessoas serão afetadas de forma exteroceptiva.

• Estímulos públicos assumem função a partir de sua interação com • Se conceitos psicológicos são respostas verbais, o reforço é
contingências de reforçamento. necessariamente social.

• Estímulos privados também assumirão funções de acordo com • O reforço do comportamento verbal é disponibilizado pela
contingências de reforçamento. comunidade verbal a partir de estimulações públicas.
• Sorrisos ou situações podem levar o sujeito a dizer “estou feliz”.
• Mas como essas respostas são instaladas e mantidas?

• Quando uma criança aprende a emifr a resposta • É a comunidade verbal que torna discriminativos certas estimulações
verbal “estou feliz/triste”, ela não o faz sob controle privadas.
de esfmulação privada, mas sob controle de uma
comunidade verbal.
• O reforço social não precisa se contínuo
• É em um momento posterior que a comunidade
verbal passa a ensinar a ficar sob controle de • As mudanças sociais ocorridas na sociedade contemporânea levam a
condições corporais (esomulos privados) observar eventos psicológicos como discriminativos.
• Ex: “Engula o choro”
• Em sociedades não-privafzadas, não ocorre essa segunda
parte.

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• Como a comunidade verbal não tem acesso direto às estimulações • Disso decorre que, ao tratarmos de conceitos
privadas, não se pode nomeá-las de forma precisa. psicológicos, podemos dizer que eles são
• Podemos descrever eventos privados diferentes quando falamos em parcialmente controlados por estímulos
“ansiedade” discriminativos privados
• Um mesmo estímulo privado pode gerar diferentes respostas descritivas de • Sempre haverá importância outros estímulos públicos e a
sentimento ação da comunidade verbal.
• Ex: Batimento cardíaco

• Os conceitos psicológicos, portanto, não dizem


respeito a fenômenos internos, mas relações
características entre o sujeito e a comunidade verbal.

• Skinner define respostas encobertas como aquelas que são


inacessíveis à observação pública.
Respostas Encobertas • Assim como no tratamento de eventos privados, esse é um ponto de partida,
mas o conceito na forma como está enunciado agrega muito mais fenômenos
que a noção relativa a conceitos psicológicos.

• Uma questão importante a ser salientada é que, em uma perspecfva • Skinner aponta que não existe uma diferença de natureza entre
comportamental, uma resposta é sempre de um organismo como um respostas encobertas e abertas, uma vez que toda resposta é
todo. inicialmente adquirida na sua forma aberta.
• Dentro de uma análise ontogenéfca, não faz senfdo falar de respostas de • A diferença é a participação do aparelho motor
partes do organismo.

• Elas são tornadas encobertas a partir de sua interação com


• A análise de respostas encobertas deverá seguir a mesma idéia contingências específicas dispostas pela comunidade verbal.

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Contingências Que Promovem A Resposta


Que Contingências São Essas?
Encoberta
• 1) Controle de estímulos • 3) Reforçamento diferencial da resposta encoberta
• Um controle de estímulo difuso pode não gerar uma resposta aberta. • Vantagens para o sujeito

• 2) Custo de Resposta • 4) Contingências sociais


• A emissão na forma aberta tem um custo muito alto, então se emite primeiro • Certas condições podem favorecer certas respostas
na forma encoberta.
• Ex: mudar a mobília
• 5) Punição da forma aberta
• Desvantagens para o sujeito
• Ex: Comportamento emocional
• Ex: Morar só

ConXnuum de Observabilidade de Respostas


Respostas Encobertas
Encobertas
• Ao analisar respostas encobertas, contudo, percebe-se que elas não
podem ser caracterizadas unicamente como abertas ou encobertas

• Podemos falar em um continuum que iria de respostas totalmente


abertas àquelas inteiramente encobertas.
• O grau em que uma resposta pode ser considerada encoberta é variável.

• Poderíamos acrescentar quaisquer outras relações

Fatores que Influenciam o Quanto uma Fatores que Influenciam o Quanto uma
Resposta É Aberta Resposta É Aberta
• 1) Grau de ativação do aparelho motor • 3) Treino do observador para analisar ou deduzir o comportamento
• Uma resposta que o ative mais é mais aberta; dos outros;
• Ex: Psicólogo

• 2) Grau de familiaridade do observador • 4) Instrumentos utilizados para observação.


• Quanto mais familiar, menos encobertas algumas respostas são • Ex: Nicolelis
• Ex: Família, namorado

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Eventos Privados e Skinner


• Essas perspecfvas são apresentadas por Skinner em sua análise da
subjefvidade. A Análise Selecionista da
• Essa análise pode ser complementada ao buscar três questões: Subjetividade
• Um modelo selecionista;
• Interação Operante-Respondente;

Causalidade de Análise do
Selecionismo: Três Passos
Comportamento
• Variação
• Oferece o material a ser selecionado
• O que pode ser considerada uma causa?
• Pode ser induzido ou aleatório
• Interação (Seleção propriamente dita)
• Para o analista do comportamento: • Favorecimento ou não da variação no ambiente. Quando a variação é
• Variáveis Dependentes (Organismo) vantajosa, mantêm-se; quando não, extingue-se.

• Variáveis Independentes (Ambiente) • Retenção


• Aquelas características que serão passadas adiante no tempo;
• Importância fundamental para a evolução;
• Ocorre em um nível mais simples do organismo.

Os três níveis Selecionismo


• Um ponto importante a salientar ao discutir o modelo de seleção
pelas consequências é que não se pode lidar com os diferentes níveis
Seleção Cultural (práticas como independentes ou mesmo “complementares”, como se fossem
típicas de uma sociedade) partes diferentes

Seleção Ontogenéfca (reflexos


condicionados, operantes)
• Uma forma de análise mais eficiente é entender esses níveis como
sobrepostos, onde cada nível inclui os anteriores.
Seleção Natural (reflexos incondicionados,
predisposições)

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ConXnuum de Complexidade
Selecionismo
(Tourinho, 2006)
• Nesse sentido, não faz sentido afirmar que um comportamento é
filogenético ou cultural, uma vez que o nível cultural inclui os níveis
ß Complexity of Behavioral Phenomena à filogenético e ontogenético.

Phylogenetic Selection • Nesse sentido, não podemos falar de três níveis de seleção, mas de
OntogeneGc SelecGon um continuum que fica progressivamente mais complexo

Cultural Selection

Filogênese Examples

Para compreender uma série de comportamentos


humanos, é necessário olhar para sua história evolufva.

Seleção Natural

Origem Humana

Não
Acredita?
• Mudanças ambientais diminuíram a possibilidade de manter a
vida que uma certa espécie de primata vinha levando.

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Determinação Biológica
Novo Ambiente Novas Adaptações
Grama alta Bipedalismo O organismo foi selecionado para aqueles
Quente ambientes originais
Perda de pêlos, ganho de novos sistemas de refrigeração do

Pouca disponibilidade de alimento para coleta


corpo Heranças dos
Presas grandes, difíceis de caçar
Transformação da alimentação – preferência por carne e
frutas Nossos
Trabalho em grupo
Capacidade de correr longas distâncias
Ancestrais Com o início da cultura, o homem
consegue transformar rapidamente seu
ambiente, mas seu corpo ainda é o mesmo
Coordenação entre grandes grupos selecionado para aquele tipo de ambiente
Linguagem; comportamento simbólico
Problemas reprodutivos
Formação de vínculo
Perda de armas naturais (presas, garras, força
física) Habilidade com ferramentas

Alimentação:
Exemplo: Beleza
• Preferência por carne (alta necessidade de
proteínas e gordura)
• Preferência por doces (alta necessidade de • Uma grande simetria no rosto
glicose, precursor de energia)
aumentará a probabilidade de uma
• Obesidade
pessoa ser considerada bonita.
Exemplos Visão
• Isso é verdade mesmo para diferentes
culturas – a moça ao lado seria
• Homem (Caçador): vê mais longe, maior considerada bonita em várias partes do
noção de profundidade, habilidade motora mundo.
desenvolvida
• Mulher (Coletora): melhor visão periférica,
capacidade verbal desenvolvida

Traços Fortes (Queixo,


estrutura do rosto) A seleção natural produz dois fpos de
Testosterona
comportamentos:
Beleza • Reflexos: formas pré-determinadas de
• Rostos simétricos
comportamento
• “Instintos”: Predisposição a agir de formas pré-
• Traços Neotenicos
definidas
Traços Delicados (Queixo, Reflexos e
Seleção de genes e estruturas biológicas
“Instintos”
estrutura do rosto)
Idade reprodutiva

Proporção
Cintura/Quadril:
Cuidados
0,7
Tórax Largo
(Bom caçador: força, • Predisposição diferente de predestinação
fôlego) • Exagero jornalístico

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• Aponta a existência de emoções básicas, definidas a partir da identificação dos rostos


por pessoas de outras culturas
• Existem emoções que são produzidas a parfr da seleção
natural, determinados por variáveis filogenéfcas
• No trabalho de 1972, Ekman identifica seis emoções básicas
• Em uma revisão em 1999, expande para 15 emoções básicas
Subjetividade • Essas emoções seriam equivalentes em todos os seres
humanos – e até em alguns animais
• Valor de sobrevivência

Ekman (1972)

Vocês conseguem identificar?


Banaco (1999)

• Banaco aproxima emoções básicas das consequências à respostas

• Nesse sentido, haveriam quatro emoções básicas, que dependendo


da intensidade poderiam ser nomeadas de forma distinta

Análise Filogenética das Emoções


• A filogênese prepara o homem apenas para o ambiente evolutivo em
que as características da espécie foram selecionadas

• É importante responder de forma efetiva ao ambiente atual

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Ontogênse Subjetividade e Ontogênse


• Catania (1999) aponta que talvez a característica mais adaptativa • Comportamentos que produzem reforçadores tendem a ser
selecionada mais importante foi a de responder ao ambiente atual mantidos, enquanto aqueles que produzem punidores são eliminados

• Dependente de uma história de vida individual • Além do efeito sobre a freqüência do comportamento, há uma
alteração de determinadas condições corporais (Skinner, 1987).
• Seleção de comportamentos operantes e estabelecimento de reflexos
condicionados • Quando sob contingências de reforçamento específicas, essas
condições corporais podem assumir função de estímulo e controlar
discriminativamente certas respostas
Skinner, B. F. (1987). What is wrong with daily life in the
western world? In: Upon further reflection. New Jersey:
Prentice-Hall.

Interação Respondente Operante Interação Respondente-Operante


(Darwich & Tourinho, 2005) (Exemplo)

Interação Respondente-Operante
(Exemplo) Relações de Equivalência
• Relações entre estímulos que fazem parte
de uma classe de equivalência, ou seja,
estímulos funcionalmente equivalentes.
Possuem 3 características:
• Reflexividade
• Simetria
• Transitividade

Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, linguagem e


cognição. 4a. ed. Porto Alegre: Artmed.

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Reflexividade Simetria

• Emparelhamento ao modelo com • Simetria refere-se à


ele mesmo. reversibilidade de uma
relação.
• Também chamado idenfdade.
• Se A = B, então B = A

Simetria TransiXvidade
• Refere-se à transferência da relação a novas combinações por meio
• Simetria refere-se à de associação partilhada
reversibilidade de uma
relação.
• Se A = B e B = C, logo A = C
• C=A
• Se A = B, então B = A • B=A
• C=B

Relações de Equivalência Relações de Equivalência


• Quando estímulos assumem funções a partir de relações emergentes,
[Idris
não diretamente treinadas, apresentando as três propriedades,
Elba] podemos dizer que esses estímulos são membros de uma classe de
equivalência.

• As classes de equivalência não precisam ser apenas de 3 termos,


podendo se tornar cada vez mais complexas.
Idris Elba

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Relações de Equivalência e Subjetividade Relações de Equivalência


• Condições corporais podem entrar em relações de equivalência com
[Idris Elba]
estímulos ambientais (deGrandpre & cols., 1994)

Condições
• Assim, condições corporais específicas podem assumir funções de corporais
estímulos ao serem pareadas com determinados eventos. específicas

Homem
Bonito Idris Elba

DeGrandpre, R. J. Bickel, W. K. & Higgins, S. T. (1992). Emergent


equivalence relations between interoceptive (drug) and
exteroceptive (visual) stimuli. Journal of the Experimental
Analysis of Behavior, 58, 9-18.

Quadros Relacionais Ontogênese


• Hayes e colaboradores apontam que não apenas relações de • A ontogênese tem como limitação o fato de que um organismo pode
identidade/igualdade podem emergir. aprender apenas entrando em contato direto com as contingências
de reforçamento.
• Relações distintas podem ser treinadas: maior que, menor que,
diferente, mais, menos, etc... • Um novo nível de seleção surge quando um sujeito pode entrar em
contato com contingências dispostas por um grupo
• Para Hayes e cols., o aspecto verbal é fundamental.
• Ao mencionar o aspecto verbal, começamos a entrar em um novo nível de
análise.

Hayes, S. C., Barnes-Holmes, D. & Roche, B. (2001). Relational


frame theory. New York: Plenum Academic/Plenum Publishers.

Nível Cultural
Cultura Ocidental
• Envolve aspectos do comportamento coordenado entre membros de
grupo
• Características próprias da cultura ocidental promovem a
observação do próprio corpo, gerando uma série de declarações
verbais acerca de sentimentos e emoções
• Certos aspectos da análise da subjetividade devem perpassar uma
análise de como certos comportamentos são vistos em uma cultura, e
que tipos de entrelaçamentos são selecionados • É uma cultura individualista que promove determinados tipos de
responder emocional.

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Características da Cultura Características da Cultura


Ocidental Ocidental
• A cultura ocidental capitalista traz algumas características que vão • Individualismo
produzir uma forma muito particular de relacionar-se com emoções • Sentimentos, emoções e pensamentos não são vistos
e sentimentos:
como relações, mas como ocorrências individuais
• Número de pessoas convivendo em um mesmo • Uma vez vistas como ocorrências individuais, passam
espaço por um processo de substantivação
• Competitividade • Pensar vira Pensamento
• Amar vira Amor
• Essas características promovem um individualismo • Desejar vira Desejo
• Tenho Vontade, Tenho Conhecimento,

CaracterísXcas da Cultura Características da Cultura


Ocidental Ocidental
• Alguns aspectos que aumentam o tratamento imaterial de • Sennet (1982) aponta o desinvestimento das relações interpessoais
sentimentos – o indivíduo torna-se o centro do discurso e o centro da
• Ser coerente consigo mesmo, conhecer suas preocupação do homem
emoções e pensamentos, etc à imagem de que há
algo dentro de si (conhece a ti mesmo, agir com o • Na cultura contemporânea, pode ser observada progressivamente
coração) um hedonismo, onde ações e relações são pautadas na produção
de prazer e em um culto da felicidade
• Senso comum: explicação suficiente e mais reforçada
(flores para a mãe)
• Linguagem econômica do Senso comum X Linguagem • Produção de prazer = Relações “líquidas” (cf. Bauman)
científica

Cultura e Comportamento
Eventos Privados x Linguagem
Verbal
• Todas essas características da cultura constituem padrões de • A relação com a linguagem promove uma diferenciação e
comportamento que são mantidos dentro de um grupo complexificação do responder emocional
• Compreender esses fenômenos está diretamente relacionado ao
comportamento verbal dos indivíduos dentro de uma cultura • Tourinho (2009) diferencia sentimentos e emoções com base na
relação com a linguagem
• Emoções: relações filogenéticas e ontogenéticas
• Sentimentos: inclui relações culturais

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Sentimentos e Cultura

• Se o sentimento, enquanto fenômeno complexo que


• As palavras mais difíceis de traduzir:
Sentimentos e inclui variáveis culturais, depende da linguagem,
dependerá também da língua • 1. "Ilunga" (tshiluba/congo) - uma pessoa que está disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a tolerar o
mesmo pela segunda vez, mas nunca pela terceira vez.
Cultura • Daí as diferenças de como certas emoções e
sentimentos são percebidos em determinadas • 2. "Shlimazl" (ídiche/judeus da europa oriental) - uma pessoa cronicamente azarada.
culturas • ...
• ...
• 5. "Altahmam" (árabe) - um tipo de tristeza profunda.
• 6. "Gezellig" (holandês) – aconchegante (mas apenas na presença de outras pessoas)
• 7. Saudade (português) - sentimento nostálgico, sentir falta de alguma coisa ou alguém (o
significado não é consensual).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u398210.shtml

• Emoções seriam a matéria prima que poderia ser diferenciada em diferentes


Sentimentos e Cultura sentimentos

• Sentimentos são fenômenos que incluem emoções básicas, mas que são nomeadas
de forma diferente pela cultura e, com isso, promovem padrões comportamentais
diferentes
• Ijirashii (Japão): Excitação quando alguém digno supera um obstáculo (Orgulho?). • Ex: Enquanto o amor é visto como algo bom e positivo em culturas
• Schadenfreude (Alemanha): Alegria gerada pela percepção de alguém sofrendo (Inveja?). ocidentais, ele é visto como próximo à tristeza em certas culturas
• Malu (Dusun Baguk, Malásia): Sobreposição de vergonha e embaraço, eliciado pela presença de da China
uma pessoa de nível mais alto.
• Nginyiwarrarringu (Pintupi Aborigines of the Western Australian Desert): Um medo súbito que faz
• O que gera determinado sentimento?
com que fique de pé para ver o que o causou.
• Sram (Rússia): Vergonha especificamente relacionada a indecência sexual, originada no discurso
religioso. Pode também ser usado como nome para a genitália (em especial feminina), ou como
prefixo para um local onde ocorrem afvidades sexuais.
Emoções e Sentimentos

Linguagem e Cultura
Exemplo: Alegria
• Certas palavras podem entrar em quadros relacionais com certas
situações, condições corporais e outras idéias, gerando relações
complexas. • Promovida por reforçamento positivo.
• Reforçadores primários foram selecionados filogeneticamente – ex: contato
social, contato sexual.
• Eventos reforçadores geram respondentes associados

• Ao ser reforçado positivamente, o indivíduo emitirá novamente


operantes que possam produzir aqueles reforçadores.
• Certos padrões de respostas podem ser mantidos ou eliminados no repertório.

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Relações de Equivalência
Exemplo: Alegria

• Uma determinada condição ambiental pode ser descrita como Parceiro


causando alegria.

• As condições corporais podem ser dotadas de importância pela Felicidade é “Estou


comunidade verbal. ter alguém feliz”

• Essa descrição pode se tornar membro de quadros relacionais.


Condições
Corporais

Relações de Equivalência E Mais Complexa Ainda...


Equivalência Quadro de Oposição
Parceiro Não ter
parceiro
Parceiro

“Estar feliz é o “Estar Feliz é o


“Estou feliz” contrário de Contrário de “Estou triste”
estar triste” estar triste”
Estar feliz é o
contrário de “Estou feliz”
estar triste

Felicidade é “Não é
ter alguém “EU” “Eu” Possível Ser
feliz sozinho”

Condições Condições
Felicidade é Condições Corporais Corporais
ter alguém Corporais

Relações Verbais e Subjetividade Exemplo


• Algumas relações verbais podem ser extremamente complexas, e
controlar o responder em certas situações. Beleza

• Em alguns casos, isso pode gerar comportamentos disfuncionais que


promovem sofrimento ao indivíduo.

Magreza Felicidade

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Exemplo Complexidade da Subjetividade


Se não estou • O grau de complexidade de relações verbais tornam essencial
Felicidade
feliz... observar quais os processos verbais que estão em atuação.

Não posso Comer


engorda Beleza
Não estou
bonita!
• Relações que envolvem variáveis ontogenéticas e culturais podem se
comer!
tornar extremamente distintas de componentes puramente
filogenéticos.
• Variáveis verbais podem inclusive alterar a própria função de determinados
estímulos.
Pessoas não Não estou
Pessoas vão
gostam de gostar de mim Magreza magra o
mim bastante.

Complexidade
• Ao analisar o comportamento humano na clínica, é fundamental
perceber sentimentos, emoções e outros fenômenos subjetivos como
eventos complexos e multideterminados.

• É necessário sempre observar que relações respondentes e operantes


(verbais e não verbais) estão implicadas
Eventos Privados e Clínica

A Importância de EP na Área Clínica A Importância de EP na Área Clínica


• Pouco acesso às contingências às quais o cliente está submetido (e.g., • Importância que a cultura atribui a emoções e sentimentos (cf.
Guilhardi, 2004); Anderson & cols., 1997).
• Qualidade da relação terapêutica (Banaco, 1999); • Participação em processos complexos de determinação do
comportamento.
• Mas como lidar com tudo isso?

Guilhardi, H. J. (2004). Terapia por contingências de reforçamento. Em: C. N. de Abreu, e H. J. Guilhardi (Eds.). Terapia
comportamental e cognitivo comportamental: práticas clínicas. São Paulo: Roca. Anderson, C. M., Hawkins, R. P., Scotti, J. R. (1997). Private events in behavior analysis: Conceptual basis and clinical
Banaco, R. A. (1999). O acesso a eventos privados na prática clínica: Um fim ou um meio? Revista Brasileira de Terapia relevance. Behavior Therapy, 28, 157-179
Comportamental e Cognitiva, 1, 135-142.

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EP e Clínica Desenvolvimento Histórico


• A possibilidade de uso implica no cuidado com o abuso. • A Terapia Comportamental só começou a enfatizar EP a partir da
• Poder trabalhar de forma coerente e útil não deve abrir espaço para década de 1980 (cf. Kohlenberg & cols., 1993).
tornar emoções e sentimentos no alvo da intervenção. • Eventos Privados: meio ou fim da terapia? (Banaco, 1999).
• As terapias comportamentais têm demonstrado diferentes ênfases na
abordagem de EP.

Kohlenberg, R. J., Tsai, M., Dougher, M. J. (1993). The dimensions of clinical behavior analysis. The Behavior Analyst, 16,
271-282.

Um Meio TAC
• Eventos privados: Pistas sobre contingências. • Eventos Privados: condições corporais
• O terapeuta deve usar os EP para identificar as contingências • Meio de compreender contingências às quais o indivíduo está
relevantes. submetido
• Ex: TAC, TCR, FAP. • Compreendendo melhor as contingências, aumenta a efetividade da
terapia
• Necessidade de compreender a linguagem cotidiana

FAP
• Foco: confngências ambientais das quais EP são função • Foco: Relação terapêutica
• Olhar só para EP pode limitar a análise e comprometer a efefvidade • Busca de Comportamentos Clinicamente Relevantes (CRB1, 2 e 3)
da terapia • Manipulação das contingências que estão ocorrendo na própria
• Melhoria da relação terapêufca sessão
• Tratamento de EP semelhante à TAC, mas com foco na sessão
• Importância de disposição de comportamentos contingentes

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Na ACT, é fundamental agir sobre os processos verbais


envolvidos nas emoções.

Um fim Foco na linguagem

• O cliente atribui a sentimentos e emoções as causas de seu


comportamento, e interage com eles.
Terapia de Quadros Relacionais
• Isso é ensinado pela comunidade verbal.
Aceitação e
• Algumas terapias comportamentais lidam diretamente com questões Compromisso EP assumem função de estímulo

(ACT)
emocionais – não apenas como pistas, mas intervindo diretamente
sobre elas.
• Ex: ACT, DBT
Linguagem cotidiana: EP SÃO CAUSAS, e serão tratados como
• Apesar da ênfase em lidar com EP, o raciocínio é o mesmo das tal
anteriores: EP não é causa.

Objetivo da ACT: alterar relações funcionais verbais de forma a


aumentar o contato do sujeito com as contingências

ACT
Mindfulness
Regulação
(Atenção
Emocional
• Posso estar deprimido E sair de casa, estar ansioso E apresentar Plena)
trabalhos na faculdade Habilidades centrais do
• Aceitação à Sentir e Experienciar, ouvir seus próprios sentimentos cliente –
• Compromisso à Importância da mudança à Entrar em contato Terapia dialéXca-
com as contingências comportamental (DBT)
Tolerância Efetividade
ao Estresse Interpessoal

Lidar com crises


Atenção plena ao momento

Distração, construir contingências que


favoreçam outras emoções
Mudança de estímulos Tolerância ao
mindfulness discriminativos
Estresse Auto-regulação

Estratégia para lidar com


ansiedade, etc. Aceitação, etc.

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Diminuição da vulnerabilidade por desenvolver


habilidades para controlar e responder
Em todos os casos
emocionalmente de forma adequada e efetiva
• Emoções e sentimentos não podem ser tratados como eventos
internos, subjetivos, etc.
Mudança de significação da emoção

Regulação • Eles podem – e devem - ser compreendidos dentro de relações


emocional Construção de eventos positivos (produzem
sujeito-mundo.
emoções positivas)

Identificação de precursores

Autoconhecimento Autoconhecimento e terapia comportamental


• Autoconhecimento significa ser capaz de descrever as variáveis das • O repertório de descrição de sentimentos pelo cliente pode ser pobre
quais seu próprio comportamento é função. ou estar sob controle de variáveis pouco relevantes.

• Isso pode incluir eventos privados, mas sempre envolve relações do • A construção de um repertório discriminativo de emoções e
sujeito com o ambiente. ` sentimentos pode ser necessário.

• Importante: Note que ao fazer isso, o terapeuta comportamental não


deverá descrever eventos internos - e sim relações do sujeito com o
mundo.

Alguns exemplos (Quinta, 2017) Alguns exemplos (Quinta, 2018)


Sentimento Contingências Exemplos Sentimento Contingências Exemplos
Alegria Acesso a reforçadores positivos Tirar nota boa em uma prova; obter sucesso com Ansiedade Sinalização de contingências aversivas/punição Véspera de prova difícil; espera no consultório de
uma intervenção terapêutica; ter um amigo que ri um dentista; paquerar alguém de quem se pode
de suas piadas levar um fora; perceber sintomas físicos que
podem indicar problemas graves de saúde
Tristeza Perda de acesso a reforçadores positivos Morte de um ente querido; término de um
relacionamento; celular cair e quebrar Medo Presença de um estímulo aversivo no ambiente Estar diante de um animal temido (p. ex., rato,
Raiva Presença de estimulação aversiva, geralmente Sofrer agressão física ou verbal; ser roubado barata e cobra); sofrer um assalto
produzida por outra pessoa, ou retirada de um Contingências Vergonha e Culpa Punição positiva ou negativa associada ao Ser castigado por desobedecer aos pais; ser
reforçador positivo (punição negativa) desrespeito por normas sociais de conduta censurado por um comportamento sexual fora dos
Frustração Contingências de extinção – um comportamento Estudar muito e não obter uma boa nota; esforçar- padrões; causar o mal-estar de outra pessoa
que é habitualmente reforçado deixa de sê-lo se para obter uma promoção no trabalho e não Amor Contato com múltiplos reforçadores a partir de Relações familiares, namoro, amizade
conseguir; marcar um encontro com uma pessoa uma pessoa
que não comparece

Quinta, (2017) Refelexões sobre o estabelecimento de objetivos terapêuticos na clínica analítico-comportamental Em:. Teoria e Formulação de Casos em
Análise Comportamental Clínica. (A. K. C. R. De-Farias, F. N. Fonseca, & L. B. Nery, eds.). P. 103-4. (Versão Ebook).

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Alguns exemplos (adaptado de BANACO, Terapeuta como Comunidade verbal


S/D)
SenGmento Contingências Exemplos
• Note que em todos os exemplos, os sentimentos não orientam o que
Ciúme Ameaça de perda de reforçadores positivos sociais Perda de uma pessoa amada por falta de
o indivíduo está sentindo, mas que relações ele estabelece com o
habilidade própria ou por concorrência mundo.
Inveja Sinalização de reforçadores positivos acessados Interesse em ter o que outra pessoa tem; desejo
por outrem mas não disponíveis para si de possuir o bem alheio
Confiança (1) Esquema de reforçamento em que há alta Confiança de que vai dar certo; • O objetivo do terapeuta é auxiliar o cliente a desenvolver um
probabilidade de obtenção de reforçadores repertório verbal que seja eficiente para:
Confiança (2) Baixa probabilidade de emissão de estimulação Relação terapêutica, parceria • Descrever o próprio comportamento (incluindo sentimentos e emoções)
aversiva pelo outro
Esperança / Fé Esquema de reforçamento em que há baixa Fé religiosa
• Observar como este comportamento está relacionado a fatores ambientais e
probabilidade de obtenção de reforçadores relacionais.
imediatos

Objetivos terapêuticos Objetivos terapêuticos e subjevidade


• É importante salientar que os objetivos terapêuticos devem ser • Isso também vale para questões relacionadas a emoções e
sempre voltados para a construção de um repertório que permita ao sentimentos
cliente interagir de forma mais produtiva com o mundo.
• O objetivo não é lidar com problemas emocionais em si, mas como o
• Nesse sentido, o objetivo do terapeuta deve sempre voltar-se para sujeito interage com o mundo frente a esses problemas emocionais.
construção de repertórios capazes de produzir acesso a reforçadores
e lidar com aversivos presentes no ambiente.

Alguns pontos importantes Alguns pontos importantes


• Sessão terapêutica como foco Expressão dos sentimentos está sempre relacionado a uma
comunidade verbal
• Terapeuta como comunidade verbal
Isso pode permitir tatos imprecisos ou descrições de sentimentos que
são efetivamente mandos.
• Sentimentos e emoções dentro da sessão terapêutica podem estar
sob controle de variáveis semelhantes aqui e “lá fora”.

• Audiência não-punitiva a sentimentos e emoções


• Empatia e compreensão =/= aceitação e concordância

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O conceito de eventos privados abriu


espaço para uma série de temas que são
relevantes no estudo do comportamento.

EP são uma ferramenta explicativa

Considerações Finais Considerações Finais importante para a compreensão de


fenômenos comportamentais complexos.

Esses temas são essenciais para o clínico.

Contudo, ter um conceito Considerações Finais


para lidar com sentimentos e
emoções não implica em • É preciso muito cuidado para resistir à tentação de cair em
fazer apenas isso. discussões internalistas.
• Rachlin (2003): na hora em que o analista do
Considerações Finais comportamento começa a falar em eventos internos,
Olhar para as contingências ele compete com outros.
de reforçamento (e modificá-
las) é a chave para mudar o
comportamento.

Olhar só pra dentro é o maior


desperdício...

OBRIGADO!
• O analista do comportamento (e o terapeuta em particular) devem
voltar-se para contingências de reforçamento que controlam o
comportamento.
• Não devemos esquecer que é assim que podemos fazer o que AECIOBORBA@GMAIL.COM
fazemos melhor.

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