Matemática Financeira) deve começar a treinar a fazer contas desde

já.

Que tal deixar de lado a calculadora eletronica e, no seu dia a dia,

começar a fazer as contas de cabeça ou à mão ?

Uma das principais fontes de erros nas provas é o cálculo mal feito.
O candidato até sabe conceituar corretamente a questão, monta a
INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA
equação, lembra da fórmula, mas na hora "h" não chega a resultado
algum por ter colocado uma vírgula no lugar errado ou ter errado ao
A Matemática Financeira é a matéria que tem eliminado, nos últimos fazer uma divisão.
concursos públicos, notadamente nos da área fiscal, a maior parte
dos candidatos.
Vamos praticar. Só fazendo bastante exercícios é que iremos
adquirir firmeza suficiente para a hora da prova. E exercícios é o que
É impressionante o número de candidatos extremamente bem não falta nesta apostila.
preparados em todas as outras matérias, que têm condições até de
sobra para estar entre os primeiros colocados, que tropeçam na
Bom estudo.
Matemática Financeira. Tiram médias altíssimas, mas são
eliminados por não obter a nota mínima nesta matéria tão fácil para
quem tem noções básicas de matemática.

Neste nosso curso vamos ensinar a Matemática Financeira de um
jeito diferente do padrão. Ao invés de dar um monte de conceitos
para serem decorados, vamos, numa linguagem coloquial,
concatenar as idéias, desenvolvendo seus fundamentos com
inúmeros exemplos práticos, desde seu princípio onde os conceitos
são muito simples, até a parte avançada que, como você poderá
notar, nada tem de complicada.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO FLUXO DE CAIXA
O movimento de entrada e saída de valores monetários, receitas e
despesas financeiras de uma entidade ou de uma pessoa física
chama-se fluxo de caixa.
Por exemplo: o extrato bancário.

Como já dissemos, o curso requer conhecimentos básicos de A forma mais comum de mostrar este movimento ao longo de um
matemática que não serão dados nestas aulas. Para quem precisa determinado período é em forma de tabela com as colunas de data,
de um reforço nesta área, recomendamos nosso curso de Raciocínio histórico, débito, crédito e saldo.
Lógico, onde é feita toda a revisão da matemática de 2o grau.
Data Histórico Débito Crédito Saldo
Quem não sente firmeza suficiente para executar as 4 operações
aritméticas simples: adição, subtração, multiplicação e divisão (por 01 Saldo 500,00
sinal, quem domina as operações com frações tira de letra a Jan Ant.
02 Depósito
Jan 1

03 Cheque 1.000,00 1.500,00

Jan 01
800,00 700,00
04 Cheque
Jan 02 1.5000,00 -800,00

05 Depósito 500,00 -300,00

Jan 2
600,00 -900,00
06 Saque
Jan Cx. 4.900,00 4.000,00

07 Dep. Gráfico da Movimentação Diária:

Jan Salário

Para melhor visualizar as movimentações financeiras ocorridas na

conta bancária do quadro acima podemos desenhar gráficos de
barra representando, por exemplo o saldo diário ou a movimentação
diária.

Gráfico do Saldo Diário:

Hoje em dia, com o advento do computador, quem trabalha na área,

tem facilidade de visualizar até as movimentações financeiras mais
complexas, através da construção do gráfico adequado.
Apesar de sua inestimável utilidade, em nosso curso os gráficos Ou seja, representando a movimentação da conta bancária
serão pouquíssimo utilizados, pois requerem desenhos em escala. apresentada no Quadro 1, basta convencionar, por exemplo:
Como nos concursos públicos não se podem utilizar equipamentos
eletrônicos e todas as contas devem ser feitas manualmente, não faz Flecha que sobe = débitos = dinheiro que sai da conta (cheques,
sentido trabalharmos com métodos não disponíveis na hora da saques, etc.)
prova.
Flecha que desce = créditos = dinheiro que entra na conta
A mesma observação vale também para a utilização de calculadoras (depósitos, etc.)
eletrônicas, notadamente as financeiras. São ótimas ferramentas
auxiliares de trabalho, mas totalmente inúteis neste nosso curso.
500 1.000 (800) (1.500) 500 (600) 4900
¯ ¯ ¯ ¯
Voltando aos gráficos. É bom o aluno tomar conhecimento do
1 2 3 4 5 6 7
assunto, pois nada impede, que uma ou outra questão de concurso
não seja apresentanda em forma de gráfico.
Uma outra forma de representar os créditos e débitos, no diagrama,
Por exemplo: Dado apenas o gráfico da movimentação diária é através de flechas chegando ou saindo dos dois lados da barra
(quadro 3), dizer se no dia 5 o saldo era maior, menor ou igual ao horizontal
saldo do dia 3, sabendo-se que no dia 1 era de R$ 500,00.
500 1000 500 4900
¯ ¯ ¯ ¯
1 2 3 4 5 6 7
- Diagrama de Fluxo ¯ ¯ ¯
800 1.500 600
Para facilitar a visualização dos problemas utilizaremos basicamente
os diagramas. Estes são suficientemente claros e de facílima Obs: Esta é uma mera convenção para facilitar a visualização dos
execução, pois não necessitam ser desenhados nas proporções problemas. Não confundir com a matéria de contabilidade geral,
corretas. onde débito e crédito pode ter outros significados..

O diagrama de fluxo é uma representação gráfica esquemática do
fluxo do dinheiro no tempo; para isso representa-se uma barra
horizontal com a marcação dos períodos de tempo considerados.
Sobre esta barra horizontal são representadas as entradas e saídas
por meio de flechas dirigidas para cima e para baixo,
respectivamente.
Neste nosso curso adotaremos indistintamente uma ou outra forma
de representação do diagrama de fluxo.
No caso de operações com apenas um pagamento e um
recebimento, como os que serão estudados num primeiro momento,
os fluxos de caixa tomam genericamente uma das duas formas
abaixo:
QUADRO
P - simboliza o valor do capital no momento presente, chamado de
valor atual ou principal.
S - simboliza o montante, o valor do capital após um certo período
de tempo, também chamado de valor futuro.
n - simboliza o número de períodos transcorridos entre o principal e
o montante.
II JUROS SIMPLES 1.
Como exemplo de certos tipos de transações que serão estudadas,
consideremos:
a) A toma emprestados R$ 500,00 de B e assina uma promissória
concordando em que, ao fim de seis meses, pagará a B os R$
500,00 iniciais acrescido da quantia de R$ 25,00.
b) C consegue emprestados, pelo prazo de 10 anos, R$ 100.000,00
de D e assina, para tanto, um contrato. Este estipula:
b1) a restituição dos R$ 100.000,00 ao fim dos 10 anos.
b2) o pagamento de importâncias iguais de R$ 2.500,00 de três em
três meses durante todo o período dos 10 anos, a título de
remuneração do capital emprestado.
As importâncias de R$ 25,00 em a) e de R$ 2.500,00 em b)
chamam-se pagamento de juros.
Assim, podemos definir o que é juro:
Juro é o valor que se paga pelo uso de dinheiro que se toma
emprestado
ou
Juro é o dinheiro produzido quando o capital é investido.
Voltando ao problema a) parece razoável supor que, se A houvesse
tomados emprestados R$ 1.000,00 (e não R$ 500,00) durante os
mesmos seis meses, que a sobrecarga de juros seja 2 x 25,00 =
50,00.
Já, se houvesse emprestado os mesmos R$ 500,00 não por seis
meses, mas apenas por um trimestre, que a sobrecarga dos juros
fosse a metade de R$ 25,00, portanto R$ 12,50.
Isto é:
A sobrecarga de juros sobre um empréstimo depende, ao mesmo
tempo, da quantia emprestada e do tempo durante o qual o dinheiro
será utilizado.
Por outro lado, se A houvesse tomados emprestados R$ 500,00 por
uma ano, B poderia exigir um pagamento de juros de R$ 50,00 no
fim do ano ou dois pagamentos iguais de R$ 25,00 um no fim de 6
meses e o outro no fim do ano.
Além disso, se A houvesse deixado de pagar a primeira quota de
juros de R$ 25,00 B não ficaria satisfeito com um pagamento de
juros de R$ 50,00 ao fim do ano. Ao contrário, teria pedido uma
soma adicional como juros sobre os juros que teria perdido.
Isto é, B teria considerado o pagamento de juros perdido como um
empréstimo adicional, visto como se esse pagamento houvesse sido
efetuado na ocasião devida, poderia tê-lo investido imediatamente
noutra parte.
Isto ilustra uma hipótese básica de Matemática Financeira.
Deve considerar-se sempre o dinheiro como investido de forma
produtiva, isto é, o dinheiro está sempre rendendo juros.
Deve notar-se, por vezes, que a lógica e a prática dos negócios nem
sempre estão de acordo. Por exemplo, um ano consta de 365 dias
(exceto o ano bissexto) e está dividido em 12 meses de extensão
desigual.
Muito frequentemente, entretanto, quando se calcula o juro sobre o
empréstimo a curto prazo, utiliza-se, ao contrário, um ano fictício,
composto de 12 meses, cada um com 30 dias.
2.1. Taxa de Juros
Quando uma quantia de valor P, numa certa data, aumenta para o
valor S numa data posterior,
P chama-se de principal
S denomina-se montante e
I = S - P chama-se juro.
EXEMPLO 1:
A toma emprestados R$ 1.000,00 de B concordando em pagar, ao
fim de um ano, R$ 1.100,00 para saldar seu empréstimo.
Aqui:
P = 1.000,00
S = 1.100,00
1a) Qual o valor dos juros (I) ?
I = S - P = 1.100 - 1.000 = 100,00
1b) Qual é a taxa de juros cobrada?
A taxa de juros produzida ou cobrada é a relação entre os juros
auferidos numa unidade de tempo e o valor principal.
Em outras palavras;
A taxa de juros é um coeficiente que corresponde à razão entre os
juros pagos ou recebidos no fim de um determinado período de
tempo e o capital inicialmente empatado.
No nosso exemplo, sabemos que o valor do capital inicial é R$
1.000,00 e em 1a) achamos o valor dos juros: R$ 100,00 por um
ano.
A taxa de juros i será, conforme definido acima, encontrada através
da divisão de: juros no período determinado pelo valor do principal.
i=I/P
i = 100 / 1.000
i = 0,10 por um ano ou = 0,10 ao ano
A taxa de juros sempre se refere a uma unidade de tempo (ano,
mês, trimestre, etc.) e pode ser apresentada na forma unitária (que
geralmente é uma fração decimal) ou na forma percentual.
- Conversão da forma unitária para a forma percentual: basta
multiplicar por 100 e acrescentar o símbolo de "porcento".
Exemplo:
i = 0,10 ao ano = 0,10 (100 %) ao ano
i = 10 % ao ano
No exemplo acima, por se tratar de um período de um ano,
poderíamos escrever simplesmente:
i = 10%, pois:
A menos que se especifique de modo diverso, dada uma taxa de
juros, a unidade de tempo subentendida é o ano.
Apesar da taxa de juros poder ser escrita tanto da forma unitária
quanto percentual, ela geralmente vem expressa como uma
percentagem. Porém:
Para efeito de cálculos, a taxa de juros deverá ser sempre
convertida para a sua forma unitária.
- Conversão da taxa percentual para a forma unitária: basta
dividir por cem e eliminar o símbolo "percentual".
Exemplo:
i = 25 %
i = 25 % / 100 %
i = 0,25
Esta conversão, por mais banal que possa parecer, é uma das
grandes causas de erro de contas em Matemática Financeira.
O outro ponto nevrálgico nas contas é a confusão entre o período de
tempo considerado e a unidade de tempo à qual a taxa de juros se
refere.
Assim, se estamos falando de taxas de juros anuais, devemos fazer
as contas sempre em anos:
Exemplo:
1 mês deve ser contado como 1/12 ano
47 dias, como fração de ano = 47 / 360
1 bimestre, como 1/6 ano, etc.
Se estamos falando em taxas de juros diárias, o tempo deve ser
sempre contado em dias. Se falamos de taxas de juros mensais, o
tempo deve ser contado em meses. E assim, sucessivamente.
Recomendamos muito cuidado, é o erro mais frequente em todo tipo
de prova.
Os examinadores adoram confundir os candidatos com taxas
bimestrais e trimestrais e tempos contados em meses ou anos. Por
favor, não esqueça, antes de começar a fazer as contas, de
transformar o tempo em bimestres e trimestres respectivamente.
Obs: Resolveremos diversos problemas sobre este tema nos Achar o montante e os juros simples sobre R$ 750,00 a 4% durante
exercícios de aula 1/2 ano.

Aqui, P = 750 , i = 4% e n = 1/2

2.2. Equações básicas para o cálculo dos juros simples P = 750 S = ?

Relembrando a primeira das equações, já vista acima: O juro I é a ¯______________

diferença entre o montante S e o valor do principal P
0 1/2
I=S-P
i = 4% ao ano
Quando somente o principal produz juros durante toda a vida da
transação, o juro devido ao fim do prazo chama-se juro simples. Então,

O juro simples sobre um principal P durante n anos à taxa i é dado I = Pin = 750 . (0,04) . 1/2 = 15,00
por:
S = P + I = 750 + 15 = 765,00
I=P.i.n

Já sabemos que os juros são iguais ao montante menos o principal: I

=S-P 2.3. Dois problemas típicos de juros simples:

donde podemos achar o valor do montante: a) Achar os juros simples de R$ 2.000,00 durante 50 dias, a 5%

S=P+I b) Achar os juros simples de R$ 1.500,00 a 6% entre 10 de Março e

21 de Maio do mesmo ano.
S=P+P.i.n=P(1+i.n)
Cada um deles resolve-se por meio da fórmula I = Pin.
S=P(1+i.n)
Entretanto, em virtude de variantes na prática comercial, duas
respostas diferentes podem ser dadas ao primeiro desses problemas
e não menos de quatro respostas diversas podem ser dadas ao
EXEMPLO 2: segundo. A multiplicidade de resultados provém das práticas
diversas no cálculo de n.
 a) Achar os juros simples exatos e ordinários de R$ 2.000,00 durante
50 dias, a 5%.
2.4. Juros simples exato e ordinário
Solução:
O juro simples exato calcula-se na base do ano de 365 dias (ou 366
se o ano for bissexto). a1) Juro simples ordinário (usamos o ano de 360 dias):

O juro simples ordinário calcula-se na base do ano de 360 dias. n = 50/360 = 5/36 e

O uso do ano de 360 dias simplifica a maioria dos cálculos, e I = Pin

também
I = 2.000 . (0,05) . (5/36) = 125/9
O uso do ano do ano de 360 dias aumenta os juros auferidos por
quem empresta o dinheiro I = R$ 13,89

Voltando ao exemplo a) notamos que a questão não esclarece se é

para achar os juros simples exatos ou ordinários.
a2) Juro simples exato (usamos o ano de 365 dias):
Numa prova de concurso público, diante de um problema como este,
recomendamos começar pelo ordinário (que é o que se pratica n = 50/365 = 10/73 e
habitualmente nas transações bancárias e comerciais) e conferir as
alternativas.
I = Pin
Se nenhuma estiver correta, calcule o juro exato e confira as
alternativas novamente. É provável que, não havendo erro de conta, I = 2.000 . (0,05) . (10/73) = 1.000/73
agora você encontre a alternativa a assinalar.
I = R$ 13,70
O pior que pode acontecer num caso destes é aparecer entre as
alternativas ambos os valores corretos, tanto o juro ordinário quanto
o exato. Mas, não se preocupe. Se a alternativa que for dada como
certa não coincidir com a que você assinalou, entre com recurso. É 2.5. Tempo exato e aproximado
bem provável que a questão seja anulada
Quando se trata de datas, pode achar-se de duas maneiras o
Para sermos precisos, temos que dar, portanto, uma nova redação número de dias durante os quais os juros devem ser calculados.
ao problema:
Tempo exato, como o nome indica, é o número exato de dias que se
contam no calendário. No Brasil, conta-se uma porém não as duas
datas.
Tempo aproximado é aquele que se obtém supondo que cada mês
tem 30 dias.
EXEMPLO 3:
Achar o tempo exato e o tempo aproximado entre 20 de Junho e 24
de agosto de um mesmo ano.
-Tempo exato
No nosso exemplo será o número de dias restantes de junho +
número de dias de julho + número indicado de dias de agosto =
= 10 + 31 + 24 = 65
-Tempo aproximado.
Primeiro método= 10 + 30 + 24 = 64
Segundo método: subtração de datas
Agosto, 24. Escreve-se..... 8 : 24
Junho, 20. Escreve-se...... 6 : 20
Resultado: ......................... 2 : 04
Assim, o tempo aproximado é de 2 meses e 4 dias ou 64 dias.
Observe que este método pode ser usado inclusive para anos
diferentes:
Exemplo: Calcular o número de dias aproximados entre: 01.03.1998
e 25.07.1994. O sistema é parecido com a subtração de horas.
Quando na primeira linha o número de dias é menor que na segunda
linha, soma-se 30 aos dias da primeira linha, subtraindo-se 1 do
número de meses:
1998 : 03 : 01.......................... 1998 : 02 : 31
1994 : 07 : 25.......................... 1994 : 07 : 25
Quando o número de meses na primeira linha é menor que o
número de meses da segunda linha, soma-se 12 aos meses e
subtrai-se 1 dos anos:
1998 : 02 : 31.......................... 1997 : 14 : 31
1994 : 07 : 25.......................... 1994 : 07 : 25
Efetuando-se a subtração,temos: 3 : 07 : 06
3 : 07 : 06 = 3 . 360 + 7 . 30 + 6 =
= 1.080 + 210 + 6 = 1.296 dias
EXEMPLO 4:
Achar o juro exato e o juro ordinário de R$ 2.000,00 a 6% de 20 de
Abril de 97 a 1 de Julho de 97, usando o tempo exato e o tempo
aproximado.
Calculando os tempos obtemos:
tempo exato: = 10 + 31 + 30 + 1 = 72 dias
tempo aproximado: 10 + 30 + 30 + 1 = 71 dias JURO ORDINÁRIO e TEMPO EXATO

Temos, portanto, que achar 4 respostas: é a combinação que proporciona o juro máximo em

qualquer transação ® Regra dos Bancos ou Juros Comerciais

4a) Juro exato, tempo exato

I = 2.000 (0,06) (72/365) = R$ 23,67 2.6. Notas Promissórias, Duplicatas, Letras de Câmbio

Uma nota promissória, assim como a duplicata e a letra de câmbio é

uma promessa escrita por um devedor de pagar, a um credor
4b) Juro exato, tempo aproximado determinada soma em dinheiro, com ou sem juros, numa data
especificada.
I = 2.000 (0,06) (71/365) = R$ 23,34
Obs: Vamos tratar apenas do aspecto financeiro dos títulos e para
esta finalidade, pode-se dar o mesmo tratamento às três espécies
acima enumeradas.
4c) Juro ordinário, tempo exato

I = 2.000 (0,06) (72/360) = R$ 24,00

Exemplo de Nota Promissória:

4d) Juro ordinário, tempo aproximado

NOTA PROMISSÓRIA
I = 2.000 (0,06) (71/360) = R$ 23,67
São Paulo, 20 de Novembro de 1997
Dos quatro métodos de calcular juros simples, ilustrados acima, o
mais comum é aquele de juro ordinário para o número exato de dias. A três meses desta data prometo pagar à ordem de José da
É a prática habitual dos bancos comerciais, sendo também Silva a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) acrescido
conhecido como a Regra dos Bancos ou juros comerciais. de juros de 6%

Joaquim dos Santos

 Os juros: a menos que haja sido expressamente estipulado em
contrário, serão sempre simples e ordinários.
Obviamente, que uma mesma nota promissória poderá ter diversos
tipos de redação. A taxa de juros: a menos que se especifique de modo diverso a
unidade de tempo subentendida é o ano.
No caso acima, estipulou-se um prazo de três meses a contar da
data da emissão.

Este prazo poderia ser também estipulado em dias: "A noventa dias EXEMPLO 5:
desta data...".
Definir: a data de vencimento e o valor no vencimento da Nota
Ou então, na própria nota já ficar estipulada a data do pagamento: Promissória apresentada no Quadro 4:
"Aos quinze dias do mês de Fevereiro de 1988 ..."
Solução:
Quando não houver indicação em contrário, os cálculos devem
seguir o procedimento habitual das transações financeiras com estas a) 20 de Fevereiro de 1998
espécies de títulos de crédito:
b) P= 5.000,00, i = 0,06, n = 3/12 =1/4
- O prazo: é o período (número de meses ou número de dias)
estabelecido na nota. A data de vencimento de uma nota será S = P ( 1 + in) = 5.000 ( 1 + 0,06/4)
achada utilizando:
= 5.000 + 300/4 = 5.000 + 75
a) O mesmo dia do mês, se o tempo for dado em meses.
= R$ 5.075,00
Exemplo: a três meses desta data. Se "esta data" for 15 de
Fevereiro, será num dia 15, três meses após, portanto em 15 de
Maio.

b) o tempo exato se o prazo for dado em dias 2.7 Valor atual de uma divída

O valor de uma dívida numa data anterior à sua data de vencimento

chama-se valor atual da dívida naquela data (anterior).
- O valor nominal: é a soma estatuída na nota. Caso não haja
estipulação de juros na nota promissória, o valor nominal e o valor Sabemos que S = P ( 1 + in )
no vencimento serão os mesmos. Caso contrário o valor no
vencimento será sempre maior que o valor nominal. Portanto: P = S / ( 1 + in )
P = S / ( 1 + in ) Uma promissória datada de 1 de Abril no valor de R$ 1.200,00
devida em 8 meses com juros de 12% é vendida, a 14 de Julho, a Y,
um agiota, que negocia estes títulos na base de 36%. Quanto pagará
Y pela promissória ?
EXEMPLO 6:
Solução:
Determinar o valor atual a juros simples de 6% de R$ 1.500,00
devidos em 9 meses: 1o passo: achar o valor da promissória na data do seu vencimento, 1
de dezembro.
P S= 1.500
Temos:
___________¯
P = 1.200, i = 0,12 e n = 8/12 = 2/3
09m
S = P ( 1+in ) = 1.200 (1+0,12(2/3)
i = 6%
S = 1.200 + 96 = R$ 1.296,00
Temos:
2o passo: achar o valor atual, em 14 de Julho, a juros de 36%, da
promissória cujo valor em 1 de dezembro é R$ 1.296,00
S = 1.500,00, i = 0,06 e n = 9/12 = 3 / 4

Primeiro vamos achar n:

Falta achar P:

Julho: 31 - 14 = 17 dias
P = 1.500 / [1 + 0,06 (3/4)] =
Agosto: 31 dias
Setembro: 30 dias
= 1.500 / 1 + 0,045 = 1.500 / 1,045 Outubro: 31 dias
Novembro: 30 dias
= R$ 1.435,41 Dezembro: 01 dia

n = 140 dias

EXEMPLO 7: Temos:

S = 1.296, i = 0,36 e n = 140 dias

P = 1296 / [ 1 + 0,36 (140/360) ]

= 1.296 / 1 + 0,14 = 1.296 / 1,14

= R$ 1.136,84

Portanto, Y pagará R$ 1.136,84 pela promissória