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OTÁVIO EM
TEMPOS DE
CORONAVÍRUS

Texto de Gláucia Zanetti

1
O ISOLAMENTO
20 de Março de 2020, Otávio sentava-se bem em frente à
professora. Gostava de ser o primeiro da turma a mostrar o caderno. Ao
seu lado ficava o colega Rogério, colega este que lhe dava um trabalhão
danado, pois mexia nas suas coisas. Era uma sexta-feira e tudo parecia
que ia ser um dia normal de aula como tantos outros. No entanto, ao
chegar na metade da aula a diretora da escola entra apressada na sala.
Mal pede licença e já vai logo comunicando.

- Por decorrência da pandemia de coronavírus não vai ter aula por


um período de tempo. Esta é uma medida sanitária para evitarmos
contaminação.

Otávio vai para casa tranquilo, acha até bom, pois vai poder ficar
em casa alguns diais. O tempo vai passando, os dias vão passando, e
Otávio começa a ficar entediado. Ele já brincou de carrinho, quebra-
cabeça, pulou corda e jogou vídeo-game. Já não sabia mais o que fazer.
Ah! Já tinha brigado com sua irmã.

2
A irmã de Otávio era uma menina de gênio forte. Não gostava que
Otávio pegasse o seu gatinho. O gatinho era um filhote de siamês
chamado de Bob. O nome foi dado pelo tio Juarez um grande
frequentador da casa de Otávio.

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Por falar em Juarez, em uma certa noite a família foi jantar na casa
do tio. Furaram a quarentena, na verdade abriram uma exceção. É que
Juarez já estava idoso, era viúvo e morava sozinho. Com o isolamento
social ele estava sentido-se muito solitário.
Naquela noite Otávio colocou a sua máscara de Batman comprada
no shopping no último final de semana.

Estava feliz por poder sair de casa. Oh! Mas na casa do tio não
tinha criança. Com quem Otávio iria brincar?

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Lavavam-se as mãos e passavam álcool em gel a todo o momento,
este ritual foi praticado diversas vezes naquela noite. Ficaram todos na
sala conversando sobre os últimos noticiários acerca da pandemia. Otávio
já havia andado pela casa toda e não achou nenhum brinquedo. Quando
de repente ele entra em um corredor que dá em uma sala. Ele entra e liga
a luz. Sente um cheiro estranho. Na verdade era cheiro de mofo. Ali ficava
a biblioteca de seu Juarez, seu tio gostava de ler. Ele era um advogado,
no entanto, ele não advogava mais. Mas gostava tanto desta sala e era
raro as pessoas que haviam entrado neste espaço secreto

Tem uma mesa no centro da sala e Otávio vê muitas coisas


antigas: uma ampulheta, máquina de escrever e um disco de vinil. No
entanto, o que mais o chama a atenção é um quadro pendurado na
parede. O quadro é estranho, tem uma imagem de um homem com as
mãos na cabeça e parece estar apavorado. A obra é de Evard Munch, “O
Grito” de 1893.

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Ele fica contemplando o quadro quando de repente ele resolve
tocar no desenho e sua mão é puxada e ele acaba entrando dentro do
quadro. Tratava-se de um quadro mágico e Otávio é transportado para
outro local. Ele é surpreendido sozinho em uma rua e vê muitos prédios
com arquiteturas antigas. Sente-se como se estivesse em um filme.

Ao redor muitas pessoas passam por ele. Todas com roupas


diferentes e penteados engraçados. Estas pessoas passam por ele como
se não o vissem. Começa a caminhar e avista uma bela praça e percebe
que tem crianças. Então resolve se direcionar ao local. Chegando lá
percebe que algumas crianças estão usando máscaras. As crianças estão
entretidas brincando, mas tem uma que está sentada em um banco. É um
menino de uns 12 anos. Otávio se aproxima e pergunta:

— Qual seu nome?

— Meu nome é Joaquim.

— Eu me chamo Otávio. Estou perdido.

— Onde estou? Você pode me dizer?

— Você está em Porto Alegre.

Eles estavam em Porto Alegre, no dia 20 de Agosto de 1918.


Otávio custa a acreditar, chega a discutir com Joaquim.

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— Não ! Não pode ser esta data, pois as pessoas estão usando
máscaras por causa da pandemia para se proteger do Coronavírus.

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Então, Joaquim entrega um jornal para Otávio. Era um jornal
Correio do Povo de 1918. Uma reportagem dizia sobre a questão da
pandemia que estava assolando o Rio Grande do Sul e o Brasil. Tratava-
se da Gripe Espanhola, uma doença que se espalhou pelo país. Milhares
de pessoas estavam morrendo no mundo. O Hospital da Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre estava superlotado e muitas pessoas
estavam morrendo por não terem o atendimento médico necessário.
Havia um caos na saúde e a economia também não andava bem.

Nesta época não existia antibiótico então a prevenção era o melhor


a fazer. As recomendações médicas neste período eram de que todos
deveriam evitar sair de casa e lavar as mãos com freqüência. Muitos
tomavam quinino porque acreditavam que isto curaria a doença. Algumas
pessoas até passavam mal por tomarem muito quinino. A rua da Praia,
como é conhecida a rua dos Andradas, em Porto Alegre estava deserta,
pois a maioria dos estabelecimentos estavam fechados.

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Joaquim e Otávio viviam em épocas diferentes, mas havia algo
neles que os aproximavam, além da idade que era a mesma, eles tinham
12 anos. Estavam vivendo em meio a uma pandemia. Começou a
entardecer e os dois vão para a casa de Joaquim, chegando na casa se
dirigem ao quarto. Eles se sentam em cima de um fantástico tapete
vermelho feito pela avó de Joaquim. Ele era macio e confortável. Otávio
fala:

— Ah! Aqui é melhor. A temperatura está mais agradável.

O mês de Agosto no Rio Grande do Sul é muito frio. A mãe de


Joaquim serve um chocolate quente para os dois. Depois eles brincaram
de três Marias, uma brincadeira da época. Otávio acha um livro amarelo
em cima de uma mesinha ao lado da cama. A capa chama a atenção,
pois tem uma pessoa com uma máscara estranha que se parece com um
bico de pássaro.

— Joaquim que livro é este? Pergunta Otávio.

— Este é um dos meus livros preferidos. Tenho lido muito ele nos
últimos tempos porque ele fala sobre outra doença. A doença da Peste
Negra que ocorreu no ano em 1346 na Europa. Também foi uma
pandemia. Eu li que matou milhões de pessoas. E os médicos para não
se contaminarem usavam essa máscara cômica que aparece na capa do
livro.

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— Joaquim está ficando muito tarde e preciso voltar para a casa de
meu tio. Como faço?

— Temos que encontrar outro quadro encantado e que sirva de


portal para você retornar. Existem quadros que são mágicos. Vamos ao
museu quem sabe lá conseguimos achar. Ao chegar no museu,
observaram que havia uma exposição itinerante das obras de Tarsila do
Amaral. Havia as seguintes obras: “Abaporu”, “ Os Operários”, “Urutu” e a
“Cuca”. Eles observaram todas, mas nenhuma era encantada, acharam
que talvez a obra chamada de “Cuca” pudesse ser especial por ter
relação com criança. Reza a lenda que a cuca seria uma bruxa velha com
aparência assustadora que possuía cabeça de jacaré e unhas imensas.
Dona de uma voz assustadora, a Cuca rapta as crianças desobedientes.
Dizem que a bruxa Cuca dorme uma vez a cada sete anos. Por isso, os
pais tentam convencer as crianças a dormirem nas horas corretas, pois do
contrário, serão levadas pela Cuca. No entanto esta obra não era
especial, pois embora seja interessante acabe por assustar as crianças.
Continuaram percorrendo o museu e depararam-se no final do
corredor com um quadro o qual parecia refletir uma luz. Era um quadro
antigo chamado de a Santa Ceia, quando Otávio tocou neste quadro
abriu-se um portal no qual ele retornou a casa do tio Juarez. Ele foi rápido
a sala e todos o esperam para a janta. A janta foi um frango assado com
saladas. Todos comeram rápido, pois já estava tarde. O frango demorou
para assar. Otávio permaneceu em silêncio a janta inteira, pois ele estava
perplexo com o que tinha acontecido, mas, sem coragem para contar o
ocorrido para qualquer pessoa que fosse.

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A LIÇÃO

Quando Otávio chegou em casa ele esperou todos irem dormir


para após ligar para seu tio. Contou tudo o que tinha ocorrido naquela
noite e seu tio explicou que o quadro do “O Grito” foi usado como portal,
porque existe nele uma simbologia, ele representa a situação que o
mundo está vivendo por causa da pandemia do coronavirus. Representa
sentimentos como estes: medo, pavor, angústia, doença e dor.

Já o quadro a Santa Ceia é usado como portal de retorno. Neste


quadro temos Jesus Cristo no centro jantando com os discípulos.
Discípulos eram as pessoas que seguiam Jesus. Foi pintado por
Leonardo da Vinci em 1498.

Este quadro representa o portal que todos devemos passar. É o


retorno para o encontro com seu eu verdadeiro e sua essência espiritual.
O retorno simboliza a volta para Deus. A humanidade toda está tento
oportunidade de passar por este portal. Os que conseguem são aqueles
que aproveitam a lição da doença para valorizar a saúde elegendo
hábitos alimentares mais saudáveis. Utilizam o isolamento social para
aproximar-se de familiares.

A História da humanidade nos mostra grandes epidemias que


surgiram ao longo do tempo entre 1347 a 1352 ocorreu a Peste Negra
também chamada de Peste Bubônica que matou muita gente no mundo,
logo após temos a mudança de mentalidade com o surgimento do
Renascimento e o avanço das ciências.

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Em 1918 a 1920 tem a Gripe Espanhola em meio a Primeira
Guerra Mundial matando tanto quanto a guerra.

Todas estas epidemias, assim como o Coronavírus, parecem nos


dizer que devemos buscar a Deus e sua essência. Teremos de enfrentar
com coragem, lucidez e empatia com relação ao outro. É o momento de
revermos nossas relações com o outro, com alimentação e com o
consumo. Algo parece nos mostrar a grande fragilidade humana nos
tornando mais humildes.

Otávio agradeceu a explicação de seu tio e foi dormir, mas, antes


refletiu sobre tudo. Pensou que não estamos tento aula na escola, mas
estamos aprendendo na vida, algo para a vida. Aprendendo com o
isolamento social a conviver melhor com a família. Eu também aprendi
vários jogos com meu pai e comecei a preparar o meu café sem esperar
que a minha mãe fizesse. E vou tentar não incomodar minha irmã.

A internet era outra distração de Otávio, ele conversava muito com


a sua tia Eunice que morava em Palmas, no Tocantins. Conversavam
sobre como andam as coisas pelo Sul. Aproveitando a conversa
combinaram como seriam as férias de Otávio no Tocantins. No entanto,
não sabiam bem como ficariam as férias em função da pandemia. As
férias seriam um passeio as reservas indígenas da Ilha do Bananal. A tia
era descendente dos índios Carajás e queria levar o sobrinho para
conhecer as belezas naturais da região e tomar banho de rio, algo que
Otávio adorava.

15 de Setembro de 2020 e Otávio estava de aniversário. No inicio


do dia ele ficou um pouco triste, pois este ano não iria ter festa.
Entretanto, a tarde algo inesperado ocorreu. As 15:00 a mãe de Otávio
chama-o e diz:

— Você vai ter uma festa de aniversário pela internet

— Mãe, como assim?

— Venha! Aqui ver.

Estavam todos os amigos de Otávio e mais os seus primos


reunidos em um vídeo online. Que legal, todos estavam alegres por se
reverem. Todos juntos cantaram parabéns e houve muitos abraços e
beijos virtuais. Foi realmente uma grande festa em tempos de pandemia.

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AS FÉRIAS
16 de Janeiro de 2021 e Otávio prepara-se para a viagem das
férias. Nesta época as coisas já estavam mais tranquilas em relação à
pandemia do Coronavírus. A pandemia matou muita gente no mundo e no
Brasil. A doença não acabou, mas neste período o numero de vítimas é
bem menor. Tanto no Brasil como no restante do mundo as medidas de
segurança e distanciamento social foram afrouxadas, entretanto todos
procuram sair menos, os abraços já não são tão apertados. Houve um
esfriamento nas relações.

Otávio finalmente chega na Ilha. A Ilha do Bananal é a maior ilha


fluvial do mundo, quer dizer a maior ilha no meio de um rio. Ele se diverte
com os banhos no rio Araguaia. Participa de trilhas ecológicas pela
região. Em uma destas trilhas ele se senta embaixo de uma piaçava, uma
grande palmeira da região. Enquanto descansa ele observa os pássaros.
Vários pardais, canários, araras, papagaios e caturritas. Quando de
repente aparece uma onça-pintada, Otávio gela de medo, o olhar da onça
fixa-se em Otávio e ele não sabe o que fazer, pensa em subir na árvore,
mas é uma palmeira e é difícil de subir, ele não é uma criança indígena
que sobe em uma palmeira em minutos. Passou um filme na sua mente,
achou que ali seria o seu fim. Mas é em meio a cantos de pássaros que
se ouve um canto diferente, é um canto longo e melodioso parecido com
uma flauta. Isto chama a atenção da onça que tenta procurar o som, nisto
chega um índio, a onça pula em cima de Otávio, mas o índio é rápido e
ágil e consegue fazer com que a onça vá embora, defendendo Otávio.

O índio leva Otávio ao encontro do restante grupo que fazia a trilha.


No caminho, o índio explica a Otávio que na verdade quem salvou Otávio
foi o canto do Uirapuru, pois este tem um canto encantado, é um pássaro
raro e quem consegue vê-lo terá sorte na vida. Otávio agradece e se
despede do índio.

No retorno da viagem, Otávio conta o que ocorreu a seu tio Juarez


este lhe diz que tanto o pássaro Uirapuru como o quadro da Santa Ceia
tem algo em comum, pois o quadro é a obra do ser Humano representado
Deus e o pássaro é a própria representação de Deus para o ser Humano.
A humanidade passou por momentos difíceis com a pandemia, mas agora
estamos entrando em um outro momento, é um tempo de reavaliação de
nossos desejos. Os índios do Araguaia conseguem conviver em harmonia
com a natureza.

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— E nós será que conseguimos? Pergunta Juarez. Otávio
responde:

— Estas coisas são muito complexas, mas você tio consegue me


explicar de uma forma tão simples coisas sobre a vida.

— Otávio, você é bastante jovem, mas já pode realizar reflexões


sobre a vida. Aproveita a oportunidade que a vida está lhe dando!

O Portal
A casa media 8mx6m, toda pintada de amarela. Pequena e
simples, possuía dois quartos, um pertencia ao Otávio. O seu quarto era o
local que ele mais gostava de estar, ainda mais com a questão do
isolamento.

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De estatura média, cabelos castanhos e olhos arregalados, Otávio
deixava transparecer um olhar meigo e ao mesmo tempo curioso. Morava
perto de uma praça, onde ele gostava de jogar bola com seus amigos,
mas como agora ele ficava só em casa, ele preferia estar no seu
quartinho.

Tímido e introspectivo preferia brincar com seus brinquedos, por


falar nisso, possuía muitos brinquedos, mas o que ele mais gostava ficava
escondido em baixo da cama e ele pegava apenas às vezes. Era um livro
de 1930, velho e com traça. Tinha cheiro de coisa velha. Era preciso
manusear as folhas com delicadeza para não rasgar. O livro foi herança
do seu avô.

-Mas que coisa! Como pode um menino gostar de livro velho, dizia
sua mãe. É que ele fazia uma coisa que os outros brinquedos não faziam
a Otávio. Ele saciava a sua curiosidade e a sua sede por aventuras.

Sábado, sim era um Sábado, Otávio estava no seu quartinho. Ele


esperou seus pais irem sentar no jardim para conversar com a tia Eunice.
Ele espiou e viu que estavam todos entretidos com uma conversa alegre.
Abaixou-se pegou o livro velho e abriu a esmo e de repente o quarto
escureceu e uma luz muito clara saiu de dentro do livro e ele se viu
voando para dentro de uma incrível aventura.

Quando viu estava em um local com muita areia e sol quente,


muito quente. Otávio começou a caminhar muito quando de repente viu
algumas construções. Havia muita gente e andavam de um lado para
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outro. Eis que ele avistou um homem já bem idoso, que lembrava seu
avô, então resolveu falar com este senhor.

-O senhor pode informa-me onde estou?

-Oi menino! Você está no Egito. No ano de 3000 a.C

-O que são estas construções?

-São pirâmides. Esta é a pirâmide de Queóps é a maior


pirâmide do Egito ela mede 138,8 m de altura.

-Mas para que servem?

- Possui a função de abrigar e proteger o corpo do faraó


mumificado. As múmias são colocadas dentro dos sarcófagos e
depois alocadas nas pirâmides.

- Ai! Isto está me dando medo.

- Qual o seu nome?

- Otávio .

Eu me chamo Radamés. Vivo aqui há muitos anos e sou


guia turístico. É frequente eu atender crianças que vem através do
portal.

- Vem Otávio! Vou te mostrar muitas outras coisas.

- Você esta vendo estes desenhos nas paredes?

-São desenhos dos nossos deuses. Este é o deus Amon, é o rei


dos deuses do Egito. O outro é Osíris deus da vida após a morte.

Os dois resolveram sair do meio das construções e do burburinho


da multidão. Afastaram-se um pouco e resolveram molhar os pés no rio
Nilo. Começou a ventar e o temporal veio derrubando tudo. É mês de
Agosto, mês de cheias do rio Nilo.

Caiu um galho de uma tamareira em cima de Otávio. Ele rola em


meio às plantas de papiro e cai no rio. Otávio não sabe nadar. Ele luta
para não se afogar e segura-se em um pequeno galho. Radamés olhava
para Otávio, mas sabia que não ia conseguir salvar o menino. Então ele
grita para Otávio:

- Peça ajuda a Seth. Fale três vezes Seth.

Otávio fez isto. Quando de repente aproxima-se um homem em


uma canoa e o resgata.

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- Mas, quem é Seth? Pergunta Otávio.

- Há! Este é o deus das tempestades, sempre devemos invocá-lo


nestas horas.

A tarde caia calma. Radamés e Otávio já estavam cansados.


Então, partiram em direção a casa de Radamés, lá tomaram chá de
Hibisco com pão. Após se direcionaram a um corredor encarpetado, que
dava em outro ambiente. Neste espaço as paredes eram decoradas com
desenhos e havia muitos livros. Otávio sempre curioso pegou um livro e
tentou lê-lo, mas não conseguiu. O livro estava escrito em hieróglifo.

Otávio sentou em um banco, olhou para o lado e viu em cima de


uma mesa um papel enrolado, era escuro e demonstrava ser antigo.
Parecia um pergaminho. Achou interessante e resolveu vê-lo melhor,
percebeu que também eram hieróglifos. Neste caso um papiro. Radamés
ofereceu-se a ensinar hieróglifo a Otávio. Ele ficou muito contente.

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-Mas o que está escrito neste papiro?

-Está ensinando como se faz um embalsamento. Embalsamento é


a arte de mumificar os cadáveres, até transformá-los em múmias. No
processo de mumificação o cadáver era cortado na região do abdômen e
retirado as vísceras, depois eram colocados produtos para conservar o
corpo, por fim enrolado em pano branco.

Os egípcios mumificavam, porque acreditavam em uma vida após a


morte. Sendo que tais corpos precisavam ser preservados, pois,
posteriormente o espírito voltaria para esse corpo.

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O Medalhão
Segundo crenças egípcias, depois da morte a pessoa passaria pelo
tribunal de Osíris . Nesse tribunal, Osíris pesava o coração do morto para
avaliar se este mereceria uma vida no além. As múmias eram colocadas
em sarcófagos, espécies de caixões egípcios.

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-Radamés! Está anoitecendo preciso retornar para junto de minha
mãezinha.

-Então vamos até a Esfinge de Gizé, lá existe um medalhão que


fará você retornar. Chegando à Esfinge, Radamés abriu uma porta e
olhou para onde deveria estar o medalhão, mas ele não estava lá.

- O medalhão foi roubado! Exclamou Radamés.

Radamés achou um papiro e nele estava escrito o que deveriam


fazer para encontrar o medalhão.

- Aqui diz que é preciso acharmos o baú do faraó Ramsés II.

-Vamos lá temos que seguir as regras e pistas do papiro. Temos


que caminhar até o rio Nilo e pescarmos peixes e darmos para alguém
que esteja com fome. Depois devemos doar mantos para pessoas que
tenham frio. Após podemos retornar aqui. Radamés e Otávio realizaram
as tarefas. Retornando a Esfinge encontraram uma mensagem. Escrita:
“muito bem vocês exercitaram a benevolência para com o próximo,
ajudando escravos egípcios. Olharam para o lado e viram um baú com o
medalhão.

O Otávio apertou o medalhão e então se abriu um portal pelo qual


Otávio conseguiu retornar. Otávio espiou na porta e a tia Eunice já não
estava mais.

Resolveu dormir, mas nunca contou nada a ninguém porque quem


acreditaria! Ele concluiu que o isolamento social causado pela pandemia
do Coronavírus, trouxe a ele muitas aventuras e aprendizagens.

Durante a pandemia Otávio esteve viajando de forma fictícia ao


Egito e aprendeu muito sobre as coisas de lá.

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O tempo que Otávio conviveu com a irmã durante a quarentena,
serviu para eles se conhecerem melhor e aprenderam a conviver de forma
mais amorosa e carinhosa dentro da família.

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