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CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
MÓDULO I
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aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
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SUMÁRIO
MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
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3.2 INSETICIDAS
3.2.1 Inseticidas organofosforados (OF) e carbamatos (Carb)
3.3 INSETICIDAS ORGANOCLORADOS
3.4 DDT – DICLORODIFENILTRICLOROETANO
3.4.1 Indução enzimática
4 DDD – DDD, TDE, ROTHANE ETC.
4.1 METOXICLOR
4.2 CLOROBENZILATO
4.3 DIFOCOL
4.4 HEPTACLOR
4.5 CLORDANE
4.6 ALDRIN
4.7 DIELDRIN
4.8 ENDRIN
4.9 ENDOSULFAN
4.10 DODECACLORO
4.11 CLORDECONA
4.12 TOXAFENO
5 INSETICIDAS PIRETROIDES
6 FUNGICIDAS
7 HERBICIDAS
8 INTOXICAÇÃO POR RATICIDA
9 ESTRICNINA
10 ARSÊNICO
11 FLUORACETATO DE SÓDIO – (Composto 1080)
MÓDULO II
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4
13.1.1 Benzodiazepínicos
13.1.1.1 Fenotiazínicos
13.1.1.2 Butirofenonas e Tioxantenos
13.2 ANTICONVULSIVANTES
13.2.1 Barbitúricos
13.2.2 Carbamazepina
13.2.3 Fenitoína
13.2.4 Ácido valproico
13.2.5 Antidepressivos tricíclicos
13.3 DESCONGESTIONANTES NASAIS E SISTÊMICOS
14 INTOXICAÇÃO POR DROGAS DE ABUSO
14.1 O ÁLCOOL
14.2 PSICOESTIMULANTES – ANFETAMINAS E A COCAÍNA
14.2.1 Anfetaminas
14.2.2 A Cocaína
14.3 OS ALUCINÓGENOS
14.3.1 A maconha
MÓDULO III
15 ANIMAIS PEÇONHENTOS
15.1 OFIDISMO
15.1.1 Aspectos epidemiológicos
15.2 SERPENTES PEÇONHENTAS
15.2.1 Crotalíneos
15.2.1.2 Características
15.2.1.3 Principais gêneros e espécies
15.2.2 Elapíneos
15.2.2.1 Principais gêneros e espécies
15.3 GÊNERO BOTHROPS
15.3.1 Principais espécies
15.4 GÊNERO CROTALUS
15.4.1 Características
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5
15.4.1.1 Principal espécie
15.5 GÊNERO LACHESIS
15.5.1 Principal espécie
15.6 GÊNERO MICRURUS (GRUPO ELAPÍNEOS)
15.6.1 Principais espécies
16 SERPENTES NÃO PEÇONHENTAS
17 ESCORPIONISMO
17.1 PRINCIPAIS ESPÉCIES
18 ARANEÍSMO
18.1 ARANHAS PEÇONHENTAS
18.1.1 Soros
18.1.2 Epidemiologia
18.1.3 Phoneutria
18.1.4 Principais espécies
18.1.5 Loxosceles
18.1.5.1 Principais espécies
18.1.6 Latrodectus
19 OUTROS ANIMAIS PEÇONHENTOS
19.1 LACRAIAS
19.1.1 Tratamento
19.2 ABELHAS
19.2.1 Manifestações
19.3 FORMIGAS
19.3.1 TRATAMENTO
20 PLANTAS TÓXICAS
20.1 OUTRAS PLANTAS TÓXICAS
MÓDULO IV
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6
21.1.2 Cádmio
21.1.3 Chumbo
21.1.4 Arsênico
21.1.5 Mercúrio
21.1.6 Níquel
21.1.7 Bário
22 INTOXICAÇÃO POR DERIVADOS DE PETRÓLEO
22.1 ASFALTO
22.2 NAFTALINA
22.3 GASOLINA E QUEROSENE
22.4 METANOL
22.5 BENZENO
22.6 TOLUENO
23 GASES TÓXICOS
23.1 GÁS SARIN
23.2 GÁS VX
24 COMPOSTOS TÓXICOS PROTOPLASMÁTICOS
24.1 MERCÚRIO (Hg)
24.2 FÓSFORO (P) E SEUS COMPOSTOS
25 COMPOSTOS ORGANOMETÁLICOS
25.1 CHUMBO TETRAETILA
25.2 ARSINA (As H3)
25.3 NÍQUEL-CARBONILA Ni (CO)4
26 COMPOSTOS INORGÁNICOS HlDROGENADOS
26.1 FOSFINA (H3P)
26.2 GÁS SULFÍDRICO (H2S)
MÓDULO V
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7
27.3 ATROPINA, SULFATO
27.4 DEFEROXAMINA
27.5 FLUMAZENIL
27.6 ACETILCISTEÍNA
27.7 NALOXONA
27.8 METILTIONÍNIO, CLORETO
27.9 BIPERIDENO
27.10 EDTA - EDÉTICO, ÁCIDO
27.11 DISSULFIRAM
27.12 PENICILAMINA
27.13 NEOSTIGMINA
MÓDULO VI
30.1 LEIS:
31.2 DECRETOS
31.3 NORMAS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
Temida por todos, a toxicologia foi considerada até o século XIX como a
“ciência dos venenos”. Seu conhecimento, restrito a alguns estudiosos, relacionava-
se à traição, ao medo e à morte, pois esse conhecimento pouco era empregado em
benefício da humanidade.
O envolvimento da substância química na existência humana, como uma
arma, fez a toxicologia desenvolver-se inicialmente pelo aspecto legal dada
necessidade da identificação do toxicante nas vítimas suspeitadas de assassinato
ou de suicídio.
Esse fato pode explicar por que o estudo da toxicologia esteve no mundo
inteiro restrito aos cursos de graduação em farmácia. Com um currículo abrangendo
matérias de química e farmacologia, o farmacêutico, pelas análises toxicológicas em
material biológico, pode identificar e quantificar o toxicante, seus produtos de
biotransformação e, adicionalmente, as alterações bioquímicas por ele causadas.
Essas informações tornaram-se vitais para a emissão de laudos periciais, quando a
causa mortis apontava para uma suspeita de intoxicação.
A biologia, a fisiologia, a farmacologia, a bioquímica, a genética, a química, a
matemática, a física e a estatística são algumas das ciências necessárias ao
desenvolvimento da moderna toxicologia. Com um escopo de atuação abrangente,
essa denominação da toxicologia neste último século pode ser definida como “a
ciência que estabelece condições seguras de exposição às substâncias químicas”. A
avaliação do trinômio risco x segurança x benefício na exposição a substâncias
químicas dá a certeza da possibilidade dessa convivência, por meio do estudo do
xenobiótico e de seu mecanismo de ação no organismo, como ferramenta
imprescindível à prevenção da intoxicação.
Toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes da
interação de substâncias químicas com o organismo. A toxicologia abrange uma
vasta área do conhecimento, onde atuam profissionais de diversas formações:
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química toxicológica, toxicologia farmacológica, clínica, forense, ocupacional,
veterinária, ambiental (ecotoxicologia), aplicada a alimentos, genética, analítica,
experimental e outras áreas.
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1.2 ASPECTOS DA TOXICOLOGIA
Com base nos estudos dos três ramos da toxicologia, torna-se possível
identificar aspectos que determinam a finalidade da abordagem, o problema e a sua
possível resolução.
Aspecto preventivo – A partir do reconhecimento dos riscos que uma
dada substância oferece, podem se estabelecer padrões de segurança em
relação à exposição. É o mais importante aspecto da toxicologia, pois
determina os meios de relação segura com substâncias químicas por
extrapolação, hipóteses ou fatos, à luz dos conhecimentos existentes, com
vistas à prevenção da intoxicação. Como exemplos, cita-se: o estabelecimento
de prazos de carência na aplicação de praguicidas nas lavouras até que o
alimento chegue à mesa do consumidor, o controle da atmosfera nas grandes
cidades, o estabelecimento de concentrações máximas permitidas de aditivos e
contaminantes de alimentos e o controle terapêutico de medicamentos de uso
prolongado, entre outros.
Aspecto curativo – A toxicologia curativa trata o indivíduo de acordo
com o tipo de intoxicação. Pelo diagnóstico clínico ou laboratorial, oferece
meios de recuperação do intoxicado, identificando as alterações fisiológicas e
bioquímicas e restaurando a saúde. Pela toxicologia curativa, faz-se a
recuperação de um indivíduo farmacodependente, ou de um trabalhador com
alterações da saúde causadas pela exposição a substâncias químicas no
ambiente de trabalho, ou ainda a desintoxicação de indivíduos expostos a
poluentes ambientais.
Aspecto repressivo – Estabelece a responsabilidade penal dos
indivíduos envolvidos em situações ilegais no uso de substâncias químicas. É o
caso da presença de aditivos químicos nos alimentos não permitidos por lei; a
utilização de agentes de dopagem em competições esportivas; a emissão de
poluentes atmosféricos por uma fonte acima dos limites permitidos, etc. O
caráter repressivo da toxicologia está estreitamente relacionado à toxicologia
forense, área especializada que estuda os aspectos médico-legais dos danos
que as substâncias químicas causam no sistema biológico.
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1.3 ÁREAS DA TOXICOLOGIA
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alimentos pouco atrativos em relação ao visual; dos conservantes, que
preservam o alimento do crescimento bacteriano ou fúngico; dos estabilizantes,
que conservam as propriedades físico-químicas; e dos flavorizantes, que
conferem sabor.
Para cada tipo de aditivo há uma correspondente Ingestão Diária Aceitável –
IDA –, padrão de segurança que estabelece a quantidade da substância que pode
ser ingerida por dia durante toda a vida, sem representar prejuízo à saúde do
consumidor;
Indiretos – são resultantes da adição de substâncias químicas durante
as fases de produção, de processamento ou de embalagem e estocagem. A
ocorrência destes aditivos no alimento é o maior problema de toxicologia
alimentar. Sem padrões de segurança definidos, vários aditivos colocados no
alimento, geralmente com propósitos tecnológicos e sem controle de qualidade
para sua ocorrência segura à mesa do consumidor, podem reunir vários
contaminantes e representar um risco toxicológico de proporções ignoradas.
Entre estes, estão os antibióticos, para prevenção e controle de doenças em
animais, os promotores de crescimento, os praguicidas, os metais pesados, os
radioisótopos e outros agentes contaminantes que, com a possibilidade de
interações no alimento ou no organismo, pode resultar em efeitos nocivos
inesperados e não diagnosticados.
Contaminantes – A contaminação do alimento ocorre quando o aditivo
direto ultrapassa a IDA ou quando o aditivo indireto permanece no produto final
(exemplo, resíduo de agrotóxicos), ou por contaminação incidental resultante
de poluentes ambientais, presença de micotoxinas devido ao crescimento de
fungos, etc. O contaminante de alimento pode surgir na fase de produção, do
processamento ou da estocagem, e é de difícil controle.
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1.3.2 Toxicologia ambiental
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contaminação do ar, solo e água. São inseticidas, fungicidas e herbicidas e, na
maioria organossintéticos, cuja persistência no ambiente dependerá da
estabilidade química do composto, pressão de vapor, temperatura,
solubilidade, grau de adsorção no solo, degradação química, fotoquímica e
biológica.
Outros contaminantes ambientais de importância toxicológica são os metais
como arsênio, mercúrio, chumbo, cádmio, todos originados de fontes industriais; os
asbestos, fibras de silicatos minerais que causam asbestose; os detergentes que
impedem a oxigenação da água quando em quantidades elevadas.
A ação nociva da maioria dos poluentes ambientais está razoavelmente bem
estudada, entretanto, os efeitos resultantes da exposição a misturas de poluentes,
em baixas concentrações em longo prazo são bem pouco conhecidos, sobretudo
devido à diversificação das pessoas expostas que incluem crianças, idosos, pessoas
com patologias diversas. Daí a dificuldade de relacionar causa/efeito para esses
contaminantes e a complexidade da monitorização da saúde da população exposta.
Os padrões de segurança em toxicologia ambiental baseiam-se na avaliação do
risco para estabelecer as concentrações seguras da exposição.
São eles:
CME: Concentração Máxima de Emissão – concentração máxima de
poluentes, que pode ser emitida por uma fonte qualquer;
CMI: Concentração Máxima de Imissão – concentração máxima do poluente
que pode entrar em contato com o homem sem que haja prejuízo a sua saúde, a
curto e longo prazo;
Para a CME, estabelecem limites de tolerância (LT) em partes por milhão
(ppm), partes por bilhão (ppb) ou em microgramas por metro cúbico (g/m3). Para a
CMI, são estabelecidos limites de tolerância biológicos, os quais são obtidos através
de indicadores biológicos de exposição (IBEs).
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1.3.3 Toxicologia Ocupacional
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Limite de Tolerância (LT): Concentração máxima que dada substância pode
alcançar no ambiente de trabalho sem que isso represente um dano à saúde do
trabalhador. Os limites de tolerância estão relacionados apenas à via respiratória
sem considerar outras vias de penetração
Sob o ponto de vista da monitorização da saúde, a observação apenas
destes limites no ambiente de trabalho é insatisfatória, porquanto não contempla os
indivíduos suscetíveis, hábitos individuais e o somatório de exposições por outras
vias de introdução. Para complementar os dados obtidos na monitorização
ambiental, é necessário o estabelecimento de limites biológicos para a identificação
de diferenças individuais.
Limites de tolerância biológica (LTB): É a quantidade-limite do xenobiótico ou
seu produto de biotransformação encontrada em material biológico (ar exalado,
urina, sangue), bem como alterações bioquímicas e fisiológicas decorrentes da
exposição a determinado agente tóxico, sem sinais clínicos de intoxicação ou efeitos
irreversíveis.
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de sensibilização prévia. Ex.: deficiência na atividade da acetilcolinesterase,
enzima responsável pela degradação da acetilcolina;
Alergia: Não se caracteriza como intoxicação e, por isso, é estudada
pela Imunologia e pela toxicologia. Não depende da dose e necessita de prévia
exposição do indivíduo ao medicamento. Ex.: a reação alérgica que ocorre em
boa parte da população à penicilina;
Tolerância: É a diminuição dos níveis plasmáticos esperados quando
da utilização contínua de determinados medicamentos, havendo necessidade
de doses crescentes para obtenção dos efeitos iniciais. Ex.: o uso contínuo de
anticonvulsivante tipo barbitúrico, indutor enzimático, levando a
biotransformação mais rápida com consequente diminuição da meia-vida
biológica do medicamento;
Dependência: Ocorre quando o medicamento passa a fazer parte do
funcionamento do sistema biológico. Neste caso, o organismo muitas vezes
necessita do medicamento para se manter vivo ou desempenhar uma função.
Ex.: a dependência farmacológica a opiáceos, como morfina e heroína ou a
etanol e a anfetamínicos;
Interações: Resulta na utilização simultânea de dois ou mais
medicamentos, podendo haver neutralização dos efeitos esperados, ou ainda,
uma adição ou potenciação de efeitos, levando a um quadro variável de
intoxicação.
Em toxicologia de medicamentos, é muito importante a observação e a
definição dos termos: Meia vida biológica, biodisponibilidade, dose-resposta, dose
terapêutica, margem de segurança, dose tóxica, dose letal, com vistas à consecução
de resultados terapêuticos satisfatórios e à prevenção do aparecimento de efeitos
tóxicos.
Um dos instrumentos mais valiosos de que se dispõe para assegurar uma
terapia com máxima eficácia e efeitos tóxicos mínimos, em casos de tratamentos
prolongados, é a monitorização terapêutica. Desta forma, torna-se possível, ao
prescrever uma dose, medir sua concentração no local de ação e,
consequentemente, prever a intensidade do efeito. Os fármacos comumente
monitorados são: anticonvulsivantes, antineoplásicos, cardioativos, antibióticos,
analépticos, neurolépticos.
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1.3.5 Toxicologia social
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Tipo álcool-barbitúrico: etanol, barbitúricos e outros fármacos
sedativos;
Tipo anfetamina: anfetamínicos em geral;
Tipo cannabis: cocaína, folhas de coca, crack;
Tipo alucinógeno: LSD, mescalina, psilocibina;
Tipo opiáceo: morfina, heroína, codeína;
Tipo solvente volátil: tolueno, acetona, clorofórmio.
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indivíduo ou para a saúde pública;
Antídoto: Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de
substâncias;
Intoxicação: É um processo patológico causado por substâncias
endógenas ou exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico, resultante
das alterações bioquímicas no organismo. O processo é evidenciado por sinais
e sintomas ou mediante dados laboratoriais;
Intoxicação aguda: Decorre de um único contato (dose única-potência
da droga) ou múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente tóxico, no
período aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer
de alguns dias, no máximo duas semanas. Estuda a relação dose/resposta que
conduz ao cálculo da DL50;
Intoxicação subaguda ou subcrônica: Exposições repetidas a
substâncias químicas – caracterizam estudos de dose/resposta após
administrações repetidas;
Intoxicação crônica: Resulta efeito tóxico após exposição prolongada a
doses cumulativas do toxicante ou agente tóxico, em período prolongado,
geralmente maior de três meses a anos.
Fases da intoxicação: O processo de intoxicação pode ser desdobrado,
para fins didáticos, em quatro fases:
Fase de exposição: É a fase em que a superfície externa ou
interna do organismo entra em contato com o toxicante. Importante
considerar nesta fase a via de introdução, a frequência e a duração da
exposição, as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a
concentração do xenobiótico e a susceptibilidade individual;
Fase de toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na
relação entre a disponibilidade química e a concentração do fármaco
nos diferentes tecidos do organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a
distribuição, o armazenamento, a biotransformação e a excreção das
substâncias químicas. As propriedades físico-químicas dos toxicantes
determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim como a
velocidade de sua eliminação do organismo;
Fase de toxicodinâmica: Compreende a interação das moléculas
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do toxicante e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e,
consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático;
Fase clínica: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas,
ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas
diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela
interação do toxicante com o organismo.
Interações entre substâncias: A exposição simultânea a várias
substâncias pode alterar uma série de fatores (absorção, ligação
proteica, metabolização e excreção) que influem na toxicidade de cada
uma delas em separado. Assim, a resposta final a tóxicos combinados
pode ser maior ou menor que a soma dos efeitos de cada um deles,
podendo-se ter:
Efeito aditivo (efeito final igual à soma dos efeitos de cada um
dos agentes envolvidos);
Efeito sinérgico (efeito maior que a soma dos efeitos de cada
agente em separado);
Potencialização (o efeito de um agente é aumentado quando em
combinação com outro agente);
Antagonismo (o efeito de um agente é diminuído, inativado ou
eliminado quando se combina com outro agente).
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Procedimentos terapêuticos gerais:
Suporte Avançado de vida: (baseado no ATLS, *Advanced trauma life
support*)
Manutenção das vias aéreas: desobstrução e permeabilidade;
Respiração adequada e suporte ventilatório;
Circulação: sinais vitais e venóclise periférica;
Estado neurológico: nível de consciência;
Exposição: exame físico minucioso.
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2.3 PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS ESPECÍFICOS
DESCONTAMINAÇÃO:
Exposição respiratória:
Remover a vítima do ambiente contaminado;
Ventilação e oxigenação.
EXPOSIÇÃO OCULAR:
Eversão da pálpebra;
Irrigação com água ou soro fisiológico (20 minutos no mínimo);
Neutralização química contraindicada.
EXPOSIÇÃO CUTÂNEA:
Retirar as roupas e acessórios contaminados;
Lavar o paciente com sabonete e água corrente, por 15 a 20 minutos;
Atenção para áreas de depósito (unhas, orelhas, genitália, nariz).
EXPOSIÇÃO ORAL:
DESCONTAMINAÇÃO GASTROINTESTINAL:
EMESE
VANTAGENS:
CONTRAINDICAÇÕES:
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Crianças menores de seis meses;
Pacientes com depressão do sistema nervoso central;
Presença de convulsões e agitação psicomotora;
Ingestão de cáusticos;
Ingestão de derivados de petróleo e hidrocarbonetos.
Estímulo físico;
Estímulo químico;
Solução emetizante aniônica (detergente de cozinha neutro);
Xarope de ipeca;
Apomorfina.
Mecanismo de ação
Irritante gástrico local
Latência de cinco minutos.
Posologia:
Administração oral;
20 ml diluídos em 200 ml água (morna);
Efeitos adversos:
Dor abdominal;
Diarreia.
b) XAROPE DE IPECA
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Cephaellis ipecacuanha ou C.acuminata
Mecanismo de ação
Irritante gástrico local
Emético de ação central
Latência de vinte minutos;
Administração oral;
Efeitos adversos.
Vômitos incoercíveis;
Diarreia;
Arritmias cardíacas;
Convulsões.
c) APOMORFINA
Mecanismo de ação:
Emético de ação central:
Latência de cinco minutos;
Administração subcutânea;
Efeitos adversos:
Depressão respiratória;
Depressão neurológica;
Hipotensão.
INDICAÇÕES:
CONTRAINDICAÇÕES:
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Absolutas:
Ingestão de substâncias cáusticas;
Ácidos ou bases fortes.
Relativas:
Paciente com depressão de SNC (sem entubação prévia);
Paciente agitado ou apresentando convulsões (sem entubação prévia);
Ingestão de derivados de petróleo.
PROCEDIMENTO
COMPLICAÇÕES:
Aspiração pulmonar;
Perfuração esofágica;
Sangramento nasal;
Distúrbio hidroeletrolítico.
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Pirólise de material orgânico obtido a partir da polpa da madeira.
Mecanismo de ação:
Ligam-se ao carvão:
Posologia:
Administração oral;
Dose: 1g/kl (máximo 50 g);
Diluição em 200 ml de água.
Eficácia:
Efeitos adversos:
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Náuseas e vômitos;
Obstrução gastrointestinal;
Constipação;
Fezes enegrecidas;
Pneumonite por aspiração.
CIRCULAÇÃO ENTERO-HEPÁTICA
Mecanismo de ação:
Mecanismo fisiológico para reabsorção de sais biliares (94%);
Conduta: carvão ativado seriado;
Via oral ou pela SNG;
Posologia:
Dose: 15-20 g adultos; 250 mg/kl crianças;
1 hora após administração do carvão ativado.
Precauções de uso:
Doenças cardiovasculares;
Doenças renais;
Distúrbios hidroeletrolíticos.
Contraindicações:
Íleo adinâmico;
Obstrução intestinal;
Diarreia.
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Antídoto: produto químico que diminui e neutraliza a ação de um agente tóxico ou se
opõe a seus efeitos.
Antagonista: antídoto que age por competição, pelo mesmo receptor no sítio
de ação, com o agente tóxico.
Alguns exemplos de antídotos:
Pralidoxima: inseticidas organofosforados (IOP);
Atropina: IOP, Carbamatos;
EDTA: Pb, Cd, Cu, Zn;
Etanol: metanol, etilenoglicol;
Azul de metileno: metahemoglobinizantes;
N-acetilcisteína: paracetamol;
Flumazenil: benzodiazepínicos;
Vitamina K: cumarínicos;
Carvão ativado;
Soro antiveneno;
Soros disponíveis no CTI:
1.Soro antiveneno:
Antibotrópico (sab);
Anticrotálico (sac);
Antibotrópicocrotálico (sabc);
Antiaracnídico (saa);
Antielapídico (sae);
Antiescorpiônico (saes);
Antilonomia.
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CLASSIFICAÇÃO E N0 DE AMPOLAS
ACIDENTE LEVE MODERADO GRAVE
Coritalus 5 10 20
Micrurus ? ? 10
Phoneutria * 2–4 5 – 10
Losxoceles * 5 10
2.4.2.2 Procedimentos
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Duas venóclises periféricas calibrosas;
Paciente em repouso absoluto;
Soroterapia na sala de emergência;
Comunicar médico do P.S. (antes);
Preparo para prevenção de reações adversas (acidente ofídico ou
loxoscélico);
Infusão lenta (20-60 minutos) e vigilância constante do paciente,
durante uma hora após a soroterapia.
REAÇÕES ADVERSAS:
Urticárias;
Tosse;
Epigastralgia;
Tremores;
Náuseas;
Dispneia;
rash cutâneo;
Vômitos;
Hipotensão;
Arritmias.
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2.4.2.4 Conduta na reação anafilática
3.1 O PROBLEMA
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Nervoso Central – SNC, redução de fertilidade, reações alérgicas, formação de
catarata, evidências de mutagenicidade, lesões no fígado, efeitos teratogênicos
entre outros, compõem o quadro de morbimortalidade dos expostos aos agrotóxicos.
As principais lesões apresentadas, pelos expostos à ação direta ou indireta
dos agrotóxicos, geralmente utilizados na agricultura irrigada, segundo o médico
Flávio Zambrone, do Centro de Intoxicação da Unicamp, estão relacionadas abaixo:
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Dioxina presente no herbicida 2,4,5-T
Herbicida dinitro-orto-cresol
Herbicida trifluralina
Mutagênese
Inseticida organoclorado
Inseticida organofosforado
Diversos inseticidas, acaricidas,
Carcinogênese fungicidas, herbicidas e reguladores de
crescimento.
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reservatórios comunitários de água e 4,2% dos 10.500.000 poços domésticos da
zona rural há resíduos de agrotóxicos, excedendo em 0,6% acima os limites
permitidos (Garcia, 1996). No Brasil, praticamente não há vigilância dos sistemas
aquáticos nem monitoramento ou tratamento de águas de consumo para detectar
e/ou eliminar agrotóxicos, sendo muito provável que tenhamos o mesmo problema
ampliado. No Paraná, de 1976 a 1984, de 1825 amostras de água colhidas nos rios,
sem finalidades estatísticas, mas para atender a outros fins, a Surehma
(Superintendência dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente) constatou que 84%
apresentaram resíduos e 78% ainda estavam contaminadas depois dos tratamentos
convencionais de água.
Nos sistemas aquáticos estão incluídos os peixes, um recurso natural dos
mais importantes, pois está intimamente ligado à sobrevivência do homem, sendo
por muitas vezes a principal fonte de alimento de determinadas populações. A
conservação deste recurso depende de técnicas de manejo adequadas que
garantam a reprodução das espécies e a proteção dos alevinos, além da fiscalização
eficiente do cumprimento da legislação em vigor e da educação ambiental.
A fauna ictiológica reclama a mesma proteção que as florestas, os animais
silvestres e os campos agricultáveis, afinal os produtos oriundos destes ambientes
tornar-se-ão alimentos humanos, e, caso estejam contaminados com agrotóxicos,
trarão reflexos irreversíveis ao bem-estar e à qualidade de vida das populações
consumidoras.
3.2 INSETICIDAS
AN02FREV001/REV 4.0
37
Organoclorados: Uso progressivamente restringido ou proibido. Ex: Aldrin,
Endrin, BHC, DDT, Endossulfan, Heptacloro, Lindane, Mirex, Dicofol,
Clordane, entre outros;
Piretroides: Ex.: Aletrina, Cipermetrina, Piretrinas, Tetrametrina, entre outros.
AN02FREV001/REV 4.0
38
Fasciculações musculares, tremores, câimbras, fraqueza,
ausência de reflexos, paralisia muscular (incluindo musculatura
respiratória acessória) e arreflexia;
Hipertensão, taquicardia, palidez, pupilas dilatadas (midríase),
hiperglicemia.
Síndrome intermediária:
De 24 a 96 horas da exposição a alguns OF, pode surgir fraqueza ou
paralisia muscular proximal (membros superiores e pescoço). Outros grupos
musculares também podem ser afetados, inclusive a musculatura respiratória
(respiratórios acessórios), levando à parada respiratória. A recuperação pode
levar de 4 a 18 dias. Pode ocorrer em intoxicações graves e está relacionada à
inibição irreversível da acetilcolinesterase.
Polineuropatia tardia:
Este quadro desenvolve-se de duas a quatro semanas após a exposição a
inseticidas OF. Caracteriza-se por fraqueza muscular distal, câimbras musculares
dolorosas, formigamento, reflexos diminuídos e um quadro caracterizado por
incoordenação motora, hipertonia ou espasticidade, reflexos exageradamente
aumentados e tremores (síndrome de liberação extrapiramidal – parkinsonismo).
A recuperação é variável. Esse quadro não tem relação com a inibição das
colinesterases e relaciona-se com exposições a alguns OF.
Diagnóstico diferencial: intoxicação por fungos de ação muscarínica,
barbitúricos, medicamentos de ação colinérgica e opioides. traumatismo
cranioencefálico, infecção pulmonar e acidente vascular cerebral. síndrome
convulsiva e edema agudo de pulmão.
Diagnóstico e tratamento:
AN02FREV001/REV 4.0
39
Medidas gerais: manter ventilação adequada pela desobstrução das vias
aéreas, aspiração das secreções e, se necessário, ventilação assistida.
Na exposição dérmica, fazer descontaminação, lavando áreas atingidas com
água fria e sabão neutro, por 20 a 30 minutos, pode-se usar solução de bicarbonato
– os fosforados são instáveis em meio alcalino, com atenção especial a cabelos,
unhas e dobras cutâneas, não esfregar a pele com força. Na exposição ocular, lavar
com água ou solução salina morna, durante 15 a 20 min., pode ser usado colírio
anestésico previamente para facilitar procedimento. Na ingestão, descontaminar o
trato gastrointestinal com lavagem gástrica até quatro a seis horas após, entubado o
paciente, não provocar vômitos pelo risco de aspiração de derivados de petróleo
(solventes utilizados nos inseticidas) e que podem evoluir para pneumonite química.
Uso de carvão ativado, com laxativos como sulfato de sódio ou hidróxido de
magnésio (para evitar constipação intestinal pelo uso do carvão). Não usar laxantes
oleosos, leite ou alimentos gordurosos, pois aumentam a absorção – agentes tóxicos
são lipossolúveis. Em todos os casos, a partir de moderada gravidade, usar
Diazepam EV para controlar fasciculações musculares e convulsões. Bicarbonato
EV para corrigir a acidose metabólica (a correção do bicarbonato sérico deve ser
plena). Controle hidroeletrolítico. Avaliar funções renal e hepática.
Contraindicado: teofilina, aminofilina, morfina, reserpina e fenotiazínicos:
podem aumentar a depressão central, colaborar para inibição da colinesterase ou
provocar arritmias cardíacas.
O socorrista deve proteger-se com luvas e avental de borracha durante a
descontaminação do paciente, que precisa ser feita em local ventilado.
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
AN02FREV001/REV 4.0
40
Moderada franca, e/ou sinais de 4mg, crianças-0,01 a 0,05mg/Kg a
estimulação nicotínica cada 10 a 15 min. EV até sinais de
evidente (tremores, atropinização (ausência de
fasciculações e secreção pulmonar e sudorese;
fraqueza muscular) além de rubor facial; moderada taquicardia
alterações do SNC FC: 120-140bpm; resposta pupilo-
(ansiedade, confusão mental midríse não é parâmetro confiável).
ou letargia e sonolência). A Repetir a cada 30 ou 60 min,
AChe geralmente está entre conforme necessidade para manter
25 e 50% do basal. atropinização (por 24 h ou +).
Retirada lenta e gradual e uso
suspenso na ausência de
manifestações colinérgicas,
atropina deve ser restituída.
2. Pralidoxima (Contrathion®): em
sol. 1% – maior eficácia nas
primeiras 24 h. Adultos: 1 g a 2 g
EV a cada 4 ou 6 h, diluída em 150
ml de SF, em 30min. (não exceder
200mg/min). Crianças: 20 mg a40
mg/kg de peso, EV, a cada 4 ou 6
h, diluída em SF, em 30 min.(não
exceder a 4 mg/kg/min).
Manutenção por 48 h ou mais
(preferir infusão contínua
a doses repetidas) enquanto
presentes s/s e AChe menor 50%
do basal.
Descontaminação cutâneo-mucosa;
suporte e manutenção do estado
geral.
AN02FREV001/REV 4.0
41
Grave anterior. Síndrome intubação endotraqueal e
muscarínica franca e/ou oxigenação ao mesmo tempo em
insuficiência respiratória, que se administra atropina EV até
fraqueza muscular, obter sinais de atropinização (ver
fasciculações, convulsões e item anterior).
coma. A AChe está inferior a 2. Pralidoxima: dose de ataque de 2
25% do basal ou a enzima g EV (20 – 40 mg/kg para crianças)
está completamente inativada e manutenção.
(AChe = 0). 3. Diazepam como sedativo
ansiolítico e anticonvulsivante.
4. Descontaminação cutâneo-
mucosa; suporte
e manutenção do estado geral.
OBSERVAÇÕES:
AN02FREV001/REV 4.0
42
1 Medida de atividade da colinesterase: Plasmática (“pseudocolinesterase”)
e Eritrocitária (indicador mais preciso). Na intoxicação por Carb, esta
dosagem tem valor diagnóstico reduzido, devido à rápida reversão e à
normalização dos níveis alterados (de alguns minutos a horas). (Variáveis
que aumentam a atividade da acetilcolinesterase: alcoolismo, artrite, asma
brônquica, bócio nodular, diabetes, esquizofrenia, estados de ansiedade,
hiperlipidemia, hipertensão, nefrose, obesidade, psoríase, tireotoxicose,
exposição a organoclorados; algumas variáveis que diminuem a atividade da
acetilcolinesterase: anemias crônicas, carcinoma, desnutrição, enfermidades
hepáticas, epilepsias, febre reumática, infarto do miocárdio, infecções
agudas, anticoncepcionais orais, clorpromazina, corticoides, drogas
anticâncer, fisostigmina, neostigmina, raios X, outros).
2 Creatino-fosfo-quinase (CPK)
3 Eletromiografia
Exames complementares: hemograma, radiografia de tórax, ionograma,
gasometria arterial, ureia, creatinina, eletrocardiograma, e outros.
Prognóstico: Morte usualmente por insuficiência respiratória devido à
fraqueza muscular e à depressão respiratória do SNC, agravados por
broncoconstrição e excessiva secreção brônquica (efeitos muscarínicos).
AN02FREV001/REV 4.0
43
Apreensão, excitabilidade, desorientação;
Contrações palpebrais, tremores musculares, convulsões generalizadas,
podendo evoluir para coma e depressão respiratória, acidose metabólica,
arritmias;
Pneumonite química se produtos com solventes derivados do petróleo.
TRATAMENTO:
AN02FREV001/REV 4.0
44
hexaton, lendine, lentox, lindgam, lindagranox, lindatox, ldosep, lintox, novigam,
omnitox, silvanol, viton.
Comparado com o DDT, o HCH possui baixa persistência no ambiente.
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45
DDT parece aumentar o metabolismo dos estrogênios nos pássaros. Este
desequilíbrio pode levar a distúrbios no metabolismo do cálcio. Para complicar, o
DDT também exerce um efeito estrogênico: inibe a Ca+2-ATPase, que é necessária
para a calcificação da casca do ovo. Voluntários humanos consumiram 35 mg de
DDT diariamente, cerca de 1.000 vezes mais elevada que a ingestão humana média,
for períodos de 25 meses, sem se observar sintomas.
Entretanto, há estudos apontando para a carcinogenicidade, que ocorre após
pequenas quantidades por um longo período (IARC, 1974). O DDT foi banido dos
EUA em 1972, baseando-se esta decisão no desequilíbrio ecológico, no
desenvolvimento de insetos resistentes e na carcinogênese, além de ser potente
indutor enzimático. Não obstante esse problema, seu mérito de ser um erradicador
da malária em muitas regiões tropicais continua e ser obstáculo para sua total
proscrição como pesticida.
4.1 METOXICLOR
AN02FREV001/REV 4.0
46
biológica, sendo por isso um substituto natural do DDT, especialmente no controle de
insetos de frutas e de vegetais comestíveis. É também utilizado em forragens.
4.2 CLOROBENZILATO
4.3 DIFOCOL
4.4 HEPTACLOR
AN02FREV001/REV 4.0
47
no meio, sendo oxidado a epóxido ou epoxiheptacloro. Isolado do clordane técnico
em 1946.
4.5 CLORDANE
4.6 ALDRIN
Nome técnico ou comum: aldrin, aldrex, toxadrin, HHDN etc. Quando puro é
um sólido cristalino com pf de 104-104,5 graus. O produto de grau técnico é uma
substância de coloração pardacente. Praticamente insolúvel na água e solúvel em
solventes orgânicos, estável em meio alcalino e também em meio ácido em pH
superior a 3. Altamente persistente no ambiente. Tem sido extensivamente usado
como inseticida, especialmente como formicida, concentrado (40g/100g). No Brasil,
seu uso é rigorosamente restringido.
4.7 DIELDRIN
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48
ação da luz. Praticamente insolúvel em água, muito pouco solúvel em óleos minerais,
hidrocarbonetos alifáticos e alcoóis, moderadamente solúvel em acetona e muito
solúvel em solventes aromáticos e halogenados. Bastante empregado como
inseticida em ambientes domiciliares, no controle dos vetores, como no caso da
malária. É altamente persistente.
4.8 ENDRIN
4.9 ENDOSULFAN
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49
4.10 DODECACLORO
4.11 CLORDECONA
4.12 TOXAFENO
AN02FREV001/REV 4.0
50
densidade de l,660 a 20 graus. É constituído de cerca de 200 compostos químicos
similares, dos quais três são considerados os responsáveis principais pela sua ação
inseticida. Também conhecido como canfeno clorado, é pouco solúvel em água e
solúvel na maioria dos solventes orgânicos. É um inseticida não sistêmico de contato,
apresentando também uma atividade acaricida. Apresenta pequena persistência no
ambiente e é facilmente excretado quando absorvido por mamíferos. É empregado
no combate às pragas do algodão e, em menor escala, nas culturas de grãos e na
pecuária bovina, caprina e suína.
5 INSETICIDAS PIRETROIDES
AN02FREV001/REV 4.0
51
6 FUNGICIDAS
7 HERBICIDAS
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52
DNOC. Utilização crescente na agricultura nas duas últimas décadas. Substituem a
mão de obra na capina, diminuindo o nível de emprego na zona rural. Seus
principais representantes e produtos mais utilizados são:
AN02FREV001/REV 4.0
53
excessiva de O2 pode agravar a lesão pulmonar. Não existe antídoto
específico contra o Paraquat.
AN02FREV001/REV 4.0
54
Tratamento: Ingestão: eméticos, medidas provocadoras de vômitos e lavagem
gástrica com solução de bicarbonato de sódio a 5%, demulcentes e óleo de
rícino (dissolve os fenóis e retarda a absorção), carvão ativado.
Sintomático: combate a hipertermia, com medidas físicas (bolsas de gelo,
compressas frias), correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, tratamento das
convulsões com barbitúricos. Contaminação cutânea: lavagens corporais
abundantes com água e aplicação tópica de óleo de rícino.
Derivados do ácido fenoxiacético: 2,4 diclorofenoxiacético (2,4D) e o 2,4,5
triclorofenoxiacético (2,4,5T). O 2,4D (Tordon) é bem absorvido pela pele, por
ingestão e inalação, podendo produzir neurite periférica retardada e diabetes
transitória no período da exposição.
Em altas doses: lesões degenerativas hepáticas e renais. O 2,4,5T é
semelhante ao anterior, apresenta uma dioxina como impureza, responsável pelo
aparecimento de cloroacnes, abortamentos e efeitos teratogênicos e carcinogênicos.
A mistura do 2,4D com o 2,4,5T representa o principal componente do agente
laranja, utilizado com desfolhante na guerra do Vietnã, responsável pelo
aparecimento de cânceres, entre eles linfomas, nos veteranos de guerra e de
malformações congênitas em seus filhos.
Manifestações clínicas: Perda de apetite, irritação da pele exposta, enjoo,
irritação do trato gastrointestinal, vômitos, dores torácicas e abdominais,
esgotamento, fraqueza, fasciculação muscular, confusão mental, convulsões, coma.
Tratamento: Sintomático e de manutenção. Não há antídoto específico.
AN02FREV001/REV 4.0
55
Raticidas anticoagulantes – Cumarínicos e derivados da indandiona:
Usos: Raticidas, medicamentos.
Principais compostos: Medicamentos: Warfarin sódico, Marevan.
Raticidas: Warfarin (Ratox, Brumoline, Dorexa, Storm, Mat-Rat, Mata-Rato m7,
Mato-Rato Orval, Nexarato, Ratofim, Ri-do-Rato, Sigma, outros), Brodifacoun
(Klerat, Ratak 10, Talon), Difenacoun (Ridak), Flocoumafen, Difetialone
(Rodilon), Bromadiolone (Fenômeno, Mata-Rato Purina), Clorfacinona,
Difacinona, Pindone, Hidroxicumarina (Racumin).
Mecanismo de ação: Inibem a formação, no fígado, dos fatores de
coagulação dependentes da vitamina K (II, VII, IX e X). Estes produtos
aumentam também a fragilidade capilar em altas doses e/ou pelo uso repetido.
Manifestações clínicas: Náuseas e vômitos podem ocorrer logo após a
ingestão, mas na maioria dos casos, inicialmente assintomáticos; sintomas
poderão aparecer após dias. A principal manifestação é o sangramento em
diversos órgãos: sangramento gengival, sangramento nasal, tosse com
sangue, fezes ou urina com sangue, hematomas e equimoses. Casos de
intoxicação severa: hemorragia maciça (geralmente interna), dor abdominal
aguda, choque, coma.
Laboratório: tempo de protrombina (TP), tempo de ativação da
protrombina (TAP).
Tratamento: Medidas de descontaminação: esvaziamento gástrico
quando pertinente carvão ativado em doses seriadas, catártico salino.
Antídoto: Vitamina K1 (Fitomenadiona) – Kanakion: 0,6 mg/Kg de peso
para crianças, e 10,0 a 20,0 mg para adultos. Estas doses podem ser como
dose única ou a cada 8 a 12 horas nos casos graves, administrada por via
endovenosa lentamente, não ultrapassando a velocidade de 1,0 mg/min,
associada à transfusão de plasma ou sangue fresco, se necessário. Evitar
fármacos que alterem metabolismo dos anticoagulantes. A duração do
tratamento usualmente é demorada.
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56
9 ESTRICNINA
AN02FREV001/REV 4.0
57
10 ARSÊNICO
AN02FREV001/REV 4.0
58
11 FLUORACETATO DE SÓDIO – (Composto 1080)
FIM MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
59
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
60
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados
aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
61
MÓDULO II
12.1 ESTATÍSTICAS
AN02FREV001/REV 4.0
62
•3o Grupo mais frequente em humanos desde 1996:
– Medicamentos (30,4%);
– Animais peçonhentos (22,2%);
– Domissanitários (9,3%).
•2o Grupo mais frequente em menores de 5 anos:
– Medicamentos (40,7%);
– Domissanitários (18,3%);
– Produtos químicos industriais (10,6%).
•3a Causa mais frequente de intoxicações acidentais:
– Animais peçonhentos (31,8%);
– Medicamentos (20,1%);
– Domissanitários (12,4%);
– Produtos químicos industriais (8,4%).
FIGURA 1
Produtos
Agrotóxicos/Uso Domissanitários Veterinários
Doméstico 9,29% 0,81%
3,83% Raticidas
4,99% Produtos Cosméticos
Agrotóxicos/Uso Químicos 1,01%
Agrícola Industriais
7,04% 7,42% Metais
0,39%
Drogas de Abuso
1,62%
Outra Plantas
9,73% 2,21%
Alimentos
Medicamentos 0,81%
Desconhecido
30,38% 1,85%
Animais Outro
27,32% 1,03%
AN02FREV001/REV 4.0
63
A ingestão de produtos cáusticos, relativamente frequentes, constitui uma
emergência endoscópica, mas o clínico é o primeiro a atender o paciente intoxicado
e a evolução e o prognóstico depende das medidas terapêuticas iniciais. Efeitos e
complicações sistêmicas são decorrentes da ação corrosiva local nos tecidos
expostos.
Esquematicamente, os produtos corrosivos constituem dois grupos: os
ácidos e os alcalinos, seus derivados e substâncias de efeitos semelhantes.
PRODUTOS:
ÁCIDOS: ÁLCALIS:
AN02FREV001/REV 4.0
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Patogenia Necrose de coagulação Necrose de liquefação
AN02FREV001/REV 4.0
65
endoscopia digestiva alta nas primeiras 24 e 48 horas (grau de
comprometimento digestivo); pesquisa de sangue oculto em fezes.
TRATAMENTO:
Ingestão: Diluição imediata com água ou leite/volumes inferiores a 15
ml/Kg, demulcentes/protetores de mucosa (óleo de oliva, clara de ovo, leite,
gelatina, hidróxido de Al);
Uso de antieméticos;
Controle da dor (analgésicos opiáceos);
Assistência respiratória (manter vias aéreas livres e O2, se necessário);
Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos;
Suspender alimentação VO (três dias para álcalis e cinco a sete dias
para ácidos – segue-se com alimentação líquida-pastosa inicialmente).
CONTRAINDICAÇÕES:
Medidas de esvaziamento gástrico (lavagem gástrica, êmese);
Diluição em grandes volumes (risco de induzir êmese);
Agentes neutralizantes (reação exotérmica agrava lesão tecidual) ou
substâncias carbonatadas (produção de gás carbônico, distensão gástrica,
aumenta risco de perfuração);
Catárticos (laxantes) aumentam dano por aumentar trânsito do ácido
no trato gastrointestinal;
Carvão ativado (pouca capacidade adsortiva e bloqueia o campo visual
endoscópico, mediastinite química quando há perfuração). Benefício quando da
coingestão de outras drogas.
Endoscopia em pacientes instáveis, com evidência de perfuração,
comprometimento de via aérea ou após 48 horas por aumentar risco de
perfuração.
CONTROVÉRSIAS:
Corticoides: (hidrocortisona ou prednisona) não comprovada ação na
prevenção de estenose cicatricial. Pode mascarar sintomas secundários à
perfuração.
AN02FREV001/REV 4.0
66
Antibiótico profilático: parece não ter valor, devendo ser reservado para
casos de infecção (prevenir sepse ou no caso de perfuração, sepse, infecção).
INALAÇÃO:
Retirada do local contaminado;
Assistência respiratória (rouquidão ou estridor sugere edema de
laringe);
Tratar broncoespasmo com broncodilatadores;
Espirometria e RX de tórax (possibilidade de pneumonite química ou
edema pulmonar).
CONTATO CUTÂNEO:
-> Lavagem copiosa do local com grande quantidade de água corrente fria diminui o
dano tecidual;
-> Neutralização do tecido (pela lavagem) ao pH 7;
-> Remoção de corpos estranhos contaminados;
-> Cremes tópicos antibióticos;
-> Imunização antitetânica;
-> Admissão hospitalar quando queimaduras 2º e 3º graus e 1º grau em mais de
15% da superfície corporal.
CONTATO OCULAR:
Descontaminação ampla com água ou soro corrente, sob baixa
pressão (pálpebras abertas); remover lentes de contato;
Instilar solução salina, ringer lactato ou dextrose por 20 min., manter o
pH da conjuntiva neutro;
Avaliação oftalmológica.
AN02FREV001/REV 4.0
67
A seguir, algumas fotos de acidentes causados por domissanitários:
AN02FREV001/REV 4.0
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13 INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS
.
13.1 ANSIOLÍTICOS E TRANQUILIZANTES
13.1.1 Benzodiazepínicos
AN02FREV001/REV 4.0
69
Ação muito curta – Midazolam (Dormonid);
Ação curta – Alprazolam (Frontal), Lorazepam (Lorax, Mesmerim),
Oxazepan (Clizepina);
Ação Longa – Clordiazepóxido (Psicosedin, Limbitrol, Relaxil),
Diazepam (Calmociteno, Diazepam, Diempax, Kiatrium, Valium), Flurazepam
(Dalmadorm, Lunipax).
Estudos sugerem que os benzodiazepínicos interagem em um receptor
específico com um modulador proteico endógeno que antagoniza a ligação com o
GABA, potencializando os seus efeitos. Certos benzodiazepínicos estão associados
com dependência e alguns produzem reações de abstinência mais intensas que
outros.
Clínica da intoxicação aguda: Absorção de dose excessiva está
usualmente associada com sedação, sonolência, fala arrastada, diplopia,
disartria, ataxia e confusão mental. Pode ocorrer depressão respiratória e
hipotensão arterial. Na maioria dos casos, a evolução é benigna, mas existem
relatos de intensa depressão respiratória e coma, inclusive de óbitos após o
uso de benzodiazepínicos de ação muito curta, especialmente quando
administrados por via intravenosa. Crianças, idosos e pacientes com
insuficiência cardiorrespiratória são mais sensíveis e o álcool e os barbitúricos
podem potencializar os efeitos tóxicos.
TRATAMENTO
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70
13.1.1.1 Fenotiazínicos
AN02FREV001/REV 4.0
71
terapêuticas e após poucos dias de uso. Sedação, miose, hiper ou hipotensão,
taquicardia, retenção urinária, xerostomia, ausência de sudorese. Sintomas
extrapiramidais. Convulsão, coma, falência respiratória, prolongamento do intervalo
QT, arritmias, distúrbios da temperatura.
TRATAMENTO
AN02FREV001/REV 4.0
72
13.1.1.2 Butirofenonas e tioxantenos
13.2 ANTICONVULSIVANTES
13.2.1 Barbitúricos
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73
Duração curta: Pentobarbital, Secobarbital;
Duração intermediária: Amobarbital, Butabarbital;
Duração longa: Fenobarbital, Mefobarbital, Prominal.
Clínica da intoxicação aguda: Depressão do SNC e cardiovascular coma.
SNC: sonolência, letargia, confusão, delírio, dificuldade de fala, diminuição
ou perda dos reflexos, ataxia, nistagmo, hipotermia, depressão respiratória.
SCV: hipotensão, taquicardia, choque. Gastrointestinal: diminuição do tônus
e motilidade podem compactar comprimidos. Óbito por insuficiência
cardiorrespiratória ou secundária a depressão de centros medulares vitais.
Tratamento: Nos casos graves é complexo. Assistência respiratória, manter
vias aéreas. Monitorização respiratória e cardiovascular. Corrigir
hipovolemia. Ingesta/esvaziamento gástrico: êmese só em poucos minutos
após ingesta. Lavagem gástrica com intubação (previne aspiração) até 24
horas ou mais, lavado pode ser feito com sonda mais larga ou por
endoscopia para remover conteúdo. Carvão ativado seriado, catártico salino.
Manter equilíbrio hidroeletrolítico pode ser necessário uso de vasopressores.
Alcalinização urinária. Avaliar função renal, eletrólitos, gasometria, pH
urinário. Paciente com insuficiência renal necessário hemodiálise. Medidas
sintomáticas e de manutenção.
13.2.2 Carbamazepina
AN02FREV001/REV 4.0
74
Clínica da intoxicação aguda: Distúrbios neurológicos por depressão do
SNC: ataxia, nistagmo, oftalmoplegia, midríase, taquicardia sinusal. Casos
graves podem evoluir com mioclonias, convulsões, coma e parada
respiratória.
Tratamento: Nos casos de ingestão recomendam-se esvaziamentos
gástricos, mesmo se decorridas muitas horas da ingestão. É preferível
lavagem gástrica em serviço bem equipado em virtude de possível e
inesperado aparecimento de depressão neurológica. Administração seriada
de carvão ativado a cada quatro horas. Tratar convulsões com diazepam,
manter via aérea permeável, ventilação assistida, se necessário, tratar
arritmias. Tratamento da hipotensão arterial com correção do volume e
drogas vasopressoras (dopamina, norepinefrina). Filtro de carvão ativado
pode ser útil nos casos graves que não responderem ao tratamento de
suporte. Não há antídoto específico. Diurese forçada, diálise peritonial e
hemodiálise não são eficazes. Pacientes assintomáticos devem ser
observados por no mínimo seis horas após ingesta. Pacientes graves devem
ser observados em UTI até 24 horas após terem se mantido estáveis.
13.2.3 Fenitoína
AN02FREV001/REV 4.0
75
Johnson, febre, doença do soro, discrasias sanguíneas e insuficiência renal.
Descrevem-se também reações paradoxais, com aumento das convulsões
sem outros sinais de intoxicação aguda. Toxicidade cardíaca frequente após
infusão intravenosa rápida ou ingestão de doses muito grandes: arritmias e
bradicardia sinusal, fibrilação atrial, bloqueio incompleto de ramo direito e
hipotensão arterial. Casos mais graves: fibrilação ventricular e assistolias,
evoluindo para óbito.
Tratamento: Ingestão: Esvaziamento gástrico mesmo decorrido várias horas.
Paciente torporoso: lavagem gástrica em serviço bem equipado. Administrar
carvão ativado. Medidas dialisadoras não encontram justificativas. Possível
eficácia da plasmaferese. O tratamento é essencialmente sintomático e de
suporte, incluindo correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e assistência
respiratória e cardiocirculatória.
AN02FREV001/REV 4.0
76
Os distúrbios hepáticos são evidenciados por uma simples elevação dos
níveis de transaminases sem sintomatologia, até um quadro característico
de Síndrome de Reye, com necrose hepática centrolobular, hiperamoniemia
e encefalopatia. Descrita também hepatite tóxica fulminante e irreversível,
sem sintomatologia da Síndrome de Reye. Admite-se que crianças com
menos de 2 anos, especialmente as submetidas à terapêutica
anticonvulsivante múltipla, incluindo ácido valproico, apresentam maiores
riscos de desenvolver lesão hepática. O tratamento, além da interrupção da
droga, é sintomático e de suporte.
AN02FREV001/REV 4.0
77
13.3 DESCONGESTIONANTES NASAIS E SISTÊMICOS
AN02FREV001/REV 4.0
78
Tratar hipertensão e arritmias, monitorar sinais vitais e realizar ECG por
quatro a seis horas após a intoxicação. O tratamento é sintomático e
suportivo. Bradicardia pode ser tratada com atropina. Ectopias ventriculares
são mais bem tratadas com propranolol, devendo-se evitar quinidina e
antiarrítmicos da mesma classe.
FIGURA 2
I
800
benzodiazepínicos
700 desconhecido
fenobarbital
antidepressivos cíclicos
600 hormônio gonadotrófico
fenotiazínicos
500
carbamazepina
vitaminas
antibacterianos
400 paracetamol
anti-histamínico
diclofenaco
300
anti-hipertensivos
dipirona
200 salicilatos
haloperidol
anti-sépticos
100
antieméticos
antidepressivos ISRS
0
AN02FREV001/REV 4.0
79
14 INTOXICAÇÃO POR DROGAS DE ABUSO
AN02FREV001/REV 4.0
80
gênicas. O stress agudo e principalmente crônico contribui com a liberação intensa
de glicocorticoides, que são conhecidos por aumentar a sensibilidade do núcleo
accumbens ao abuso de drogas, porque facilita a liberação da dopamina neste
núcleo.
A base genética da dependência afeta múltiplos genes localizados no
genoma. A transcrição da ativação do receptor dentro do sistema dopaminérgico
parece levar à ativação de genes específicos (C-fos), que ativam a proteína
(proteína relacionada Fos), que pode ter um papel neuroadaptativo para
administração repetida de drogas.
Nova análise genética como a manipulação do genoma molecular ajuda a
identificar elementos que podem conferir vulnerabilidade para abuso de drogas e
dependência.
14.1 O ÁLCOOL
AN02FREV001/REV 4.0
81
necessidade de sono. Estas drogas diminuem a fadiga, induzem à euforia e
apresentam efeitos simpaticomiméticos (aumento das ações do sistema nervoso
simpático). Compreendem as seguintes drogas: anfetamina e cocaína.
14.2.1 Anfetaminas
AN02FREV001/REV 4.0
82
14.2.2 A Cocaína
AN02FREV001/REV 4.0
83
competitivo no transporte desta proteína. A capacidade de a cocaína induzir
alterações do humor depende da quantidade de dopamina e noradrenalina liberada
no cérebro. O efeito psicoestimulante varia na intensidade: de moderado a tóxico,
com o aumento da dose. Muitos dos efeitos descritos exibem tolerância, sendo que
o efeito estimulante de suprimir o apetite desenvolve-se dentro de poucas semanas.
Após o uso contínuo, pode desencadear estado de psicose tóxica, com alucinações
visuais e auditivas, delírio, ideias paranoides e tendências suicidas.
A cocaína, quando ingerida com álcool, leva à formação de um metabólito
conjugado cocetileno, que tem propriedade psicoativa e uma meia-vida maior que a
cocaína e o etanol ingeridos separadamente. Seu acúmulo leva rapidamente a um
quadro de intoxicação. Os efeitos cardiovasculares são complexos e são doses
dependentes. O aumento da noradrenalina eleva a resistência periférica total,
aumentando a pressão arterial. Esta vasoconstrição reduz a capacidade da perda de
calor pela pele e contribui para uma hipertermia. Os efeitos anestésicos locais
interferem com a condução miocardíaca, levando a arritmias cardíacas e
convulsões.
Como complicações do uso crônico desta droga, temos a psicose paranoide e
endocardite bacteriana devido ao uso de seringas contaminadas. As intoxicações
por doses excessivas de cocaína em geral são rapidamente fatais, como arritmias,
depressão respiratória e convulsão.
14.3 OS ALUCINÓGENOS
AN02FREV001/REV 4.0
84
estas drogas compartilham de algumas características químicas e de um número
maior de características farmacológicas.
O LSD é um composto químico semissintético que não ocorre na natureza.
Essa droga também tem semelhança química com neurotransmissores do tipo
noradrenalina, dopamina e serotonina. Os efeitos simpaticomiméticos podem causar
midríase, taquicardia, piloereção e hiperglicemia. O LSD interage com diversos tipos
de receptores de serotonina no cérebro. Parece alterar a metabolização da
serotonina, o que é indicado pelo aumento das concentrações cerebrais de seu
principal metabólito, o ácido 5-hidroxiindolacético. Apresenta atividade agonista no
receptor serotonina.
O mecanismo da ação alucinogênica do LSD e análogos envolve três fases:
(1) antagonista da serotonina; (2) redução na atividade do sistema rafe; (3) agonista
do receptor de serotonina pós-sináptico. Atua em múltiplos locais no SNC, desde o
córtex e o tálamo cerebral, onde atuaria em receptores serotoninérgicos do tipo 5-
HT2. São características as alterações sensoriais, cuja intensidade depende da dose
utilizada, indo de simples aberrações da percepção de cor e forma dos objetos até a
degradação da personalidade. As características das alucinações variam de um
indivíduo para outro, presumivelmente de acordo com sua personalidade e com os
tipos de interesse que desenvolve.
As alucinações podem ser visual, auditiva, tátil, olfativa, gustativa ou
percepção anestésica na ausência de um estímulo externo. Há distorção do espaço,
e os objetos visualizados agigantam-se ou são reduzidos, inclusive partes do próprio
corpo. Pode ocorrer o fenômeno da despersonalização, com a sensação de que o
corpo ou uma de suas partes está desligada. Altera-se a sensação subjetiva de
tempo, e minutos podem parecer horas. Nas fases de alucinações mais intensas,
pode ocorrer ansiedade, desorientação e pânico. Muitos apresentam depressão
grave com tentativa de suicídio.
Foram descritos inúmeros casos de psicoses duradouros (dias ou meses) ou
mesmo permanente, após o uso da droga, e o reaparecimento espontâneo de
alucinações, ansiedade e distorção da realidade.
AN02FREV001/REV 4.0
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14.3.1 A maconha
AN02FREV001/REV 4.0
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Intoxicações humanas no CCISP por droga de abuso (2002)
Depressores
38% Estimulantes
7%
Canabinóides
5%
Inalantes
2%
1%
5% Alucinógenos
Outros
42%
Ignorado
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
88
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados
aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
89
MÓDULO III
15 ANIMAIS PEÇONHENTOS
15.1 OFIDISMO
AN02FREV001/REV 4.0
90
Ausência de ouvido. As serpentes não escutam, elas sentem as
vibrações do solo pelo próprio esqueleto;
Língua bífida, ou seja, dividida em duas partes na ponta. Essa língua
serve para explorar o ambiente e pegar pequenas substâncias suspensas no
ar, encaminhando-as a um órgão localizado dentro da boca (órgão de
Jacobson), e que desempenha função equivalente ao olfato;
Olhos sem pálpebras, sempre abertos;
Sangue "frio" (pecilotérmico), isto é, sua temperatura varia de acordo
com a do ambiente;
Órgãos internos como os demais vertebrados, tais como pulmão,
fígado, coração, rins, testículos, ovários, etc. Estes órgãos são alongados,
acompanhando o formato do corpo. A cobra não possui bexiga. Do mesmo
modo que as aves, as cobras eliminam a urina junto com as fezes. As
serpentes são animais adaptados à vida em diversos ambientes: na
superfície ou embaixo da terra, na água e nas árvores;
Possuem várias glândulas na cabeça e na boca, que produzem
substâncias que podem ser tóxicas, variando em quantidade e qualidade
entre as espécies. O veneno é uma secreção que funciona para captura e
digestão do alimento e, também, como defesa do animal contra seus
agressores;
As serpentes, quando assustadas, podem tomar atitudes diversas: as
venenosas em geral ficam enrodilhadas, prontas para o bote, e afastam-se
lentamente; serpentes não venenosas dão em geral vários botes na pessoa,
extremamente rápidos, e afastam-se velozmente. Algumas serpentes não
venenosas, além de morder, abocanham o local e dificilmente soltam; então é
necessário abrir a boca do réptil, afastando os maxilares do local mordido,
para evitar dilaceração.
Alguns critérios de identificação permitem reconhecer a maioria das
serpentes peçonhentas brasileiras, distinguindo-as das não peçonhentas:
a) as serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno
localizados na região anterior do maxilar superior. Nas Micrurus (corais),
essas presas são fixas e pequenas, podendo passar despercebidas;
AN02FREV001/REV 4.0
91
b) presença de fosseta loreal – com exceção das corais, as serpentes
peçonhentas têm entre a narina e o olho um orifício termo receptor,
denominado fosseta loreal. Vista em posição frontal, este animal
apresenta quatro orifícios na região anterior da cabeça, o que justifica a
denominação popular de "cobra de quatro ventas";
c) as corais verdadeiras (Micrurus) são a exceção à regra acima referida,
pois apresentam características externas iguais às das serpentes não
peçonhentas (são desprovidas de fosseta loreal, apresentando coloração
viva e brilhante). De modo geral, toda serpente com padrão de coloração
que inclua anéis coloridos deve ser considerada perigosa;
d) as serpentes não peçonhentas têm geralmente hábitos diurnos, vivem em
todos os ambientes, particularmente próximos às coleções líquidas, têm
coloração viva, brilhante e escamas lisas. São popularmente conhecidas
por "cobras d'água", "cobra cipó", "cobra verde", dentre outras numerosas
denominações. Estão relacionadas, abaixo, as espécies consideradas de
maior importância médico-sanitária, em face do número ou da gravidade
dos acidentes que provocam, nas diversas regiões do país.
AN02FREV001/REV 4.0
92
15.2.1 Crotalíneos
15.2.1.1 Características
AN02FREV001/REV 4.0
93
15.2.2 Elapíneos
Este grupo é constituído apenas pelo gênero Micrurus, que é formado pelas
corais verdadeiras, também denominadas como coral e boicorá. O quadro seguinte
explica, na forma de diagrama, como identificar as principais serpentes de interesse
neste estudo.
AN02FREV001/REV 4.0
94
FIGURA 3
95
inoculadora de veneno. Possuem hábitos variados, podendo ser encontradas
penduradas em árvores (cobra papagaio), enterradas, entocadas, à beira dos rios ou
dentro d’água. Apresentam tamanhos que variam, na vida adulta, de 40 centímetros
a 2 metros de comprimento. Essas cobras estão distribuídas em todo o território
nacional e são responsáveis por 88% dos acidentes ofídicos no país.
AN02FREV001/REV 4.0
96
áreas com atividades agropastoris. AC, AM, RR, PA,
AP, MA, RO, TO, CE e MT (áreas de florestas).
FIGURA 6
Nome científico: Bothrops erythromelas
Nome popular: jararaca ou jararaca-da-seca.
Características: porte pequeno, aproximadamente
0,50 m de comprimento; hábitos terrestres.
Sintomas: Os distúrbios de coagulação são as
manifestações mais comumente registradas.
Acidentes com poucas alterações locais,
geralmente benignas.
Distribuição geográfica: PI, CE, RN, PB, PE, AL,
SE, BA e MG (áreas xerófitas/caatinga). Foto: Ivan Sazima
AN02FREV001/REV 4.0
97
Nome científico: Bothrops jararacuçu FIGURA 8
Nome popular: jararacuçu. Características:
provoca acidentes graves, com casos fatais.
Distribuição geográfica: BA, ES, RJ, SP, PR, MG,
MT e SC.
FIGURA 9
FIGURA 10
AN02FREV001/REV 4.0
98
FIGURA 11
Nome científico: Bothrops neuwiedi
Nome popular: jararaca-pintada
Características: provoca acidentes geralmente
com bom diagnóstico.
Distribuição geográfica: em todo o país, exceto
na Amazônia.
15.4.1 Características
AN02FREV001/REV 4.0
99
15.4.1.1 Principal espécie
AN02FREV001/REV 4.0
100
15.5.1 Principal espécie
AN02FREV001/REV 4.0
101
15.6.1 Principais espécies
AN02FREV001/REV 4.0
102
Nome popular: coral
Distribuição geográfica: AM, PA, RR, AP, MA, RN, AL, PE, BA, GO, MG, MT, MS, RJ
e SP.
AN02FREV001/REV 4.0
103
FIGURA 15 – COBRA-VERDE FIGURA 16 – MUÇURANA
(PHILODRYAS) ‘ ‘ OU COBRA-PRETA (CLÉLIA)
AN02FREV001/REV 4.0
104
Tratamento: Sintomático e de suporte: analgésicos, se necessário, cuidados locais
rotineiros (assepsia), profilaxia antitetânica, observação da evolução do quadro
(principalmente em crianças). Observação cuidadosa da evolução do caso.
-
Analgésico
- Tempo de 2 a 4
- Edema, - Drenagem
coagulação ampolas
LEVE eritema e dor - Ausentes postural
(TC) = normal SAB ou
discretos. - Hidratação
ou alterado SABC - I.V.
- Profilaxia do
tétano
-
- edema,
Analgésico
eritema e dor - Tempo de 4 a 8
- Drenagem
MODERAD evidentes, - Ausentes ou coagulação ampolas
postural
A atingindo hemorragias (TC) = normal SAB ou
- Hidratação
segmento ou alterado SABC - I.V.
- Profilaxia do
superior.
tétano
- -
- Tempo de
Manifestações - Hipotensão - Analgésico
coagulação
locais choque 12 ampolas - Drenagem
(TC) = normal
GRAVE intensas - Hemorragia SAB ou postural
ou alterado
(equimose, grave SABC - I.V. - Hidratação
- Provas de
bolhas, - I.R.A. - Profilaxia do
função renal
necrose) tétano
AN02FREV001/REV 4.0
105
CROTALUS
TRATAMENT
QUADRO
ALTERAÇÕE TRATAME O
CLÍNICO MANIFESTAÇ
MANIFESTAÇ S NTO COMPLEMEN
AVALIAÇ ÕES
ÕES LOCAIS LABORATOR ESPECÍFIC TAR E
ÃO SISTÊMICAS
IAIS O SINTOMÁTIC
INICIAL
O
- Fácies
- Nenhuma ou miastênica - Tempo de
5 ampolas
edema e discreta coagulação - Analgésico
LEVE SAC ou
parestesia - Mialgia (TC) = normal - Hidratação
SABC – I.V.
discretos. discreta ou ou alterado
ausente
- Nenhuma ou - Fácies - Tempo de
10 ampolas
MODERA edema e miastênica coagulação - Analgésico
SAC ou
DA parestesia evidente (TC) = normal - Hidratação
SABC – I.V.
discretos. - Mialgia ou alterado
- Fácies
miastênica - Analgésico
- Tempo de
evidente - Hidratação
- Nenhuma ou coagulação
- Mialgia 20 ampolas - Diurese
edema e (TC) = normal
GRAVE evidente SAC ou osmótica
parestesia ou alterado
- Oliguria ou SABC – I.V. - ventilação
discretos. - Provas de
anúria artificial (ambu
função renal
- Insuficiência ou mecânica)
respiratória
AN02FREV001/REV 4.0
106
MICRURUS
TRATAMENT
QUADRO
ALTERAÇÕE TRATAME O
CLÍNICO MANIFESTAÇ
MANIFESTAÇ S NTO COMPLEMEN
AVALIAÇ ÕES
ÕES LOCAIS LABORATOR ESPECÍFIC TAR E
ÃO SISTÊMICAS
IAIS O SINTOMÁTIC
INICIAL
O
- Nenhuma ou - Neostignina
- Fácies
dor local e _____ 10 ampolas - Ventilação
GRAVE miastênica
parestesia _____ SAE - I.V. artificial (ambu
- Mialgia
discretas ou mecânica)
ABREVIAÇÕES:
SAB – Soro Antibotrópico SAE – Soro Antielapídico
SABC – Soro Antibotrópico – Crotálico I.V. – Intravenoso.
SAC – Soro Anticrotálico T.C. – Tempo de Coagulação.
17 ESCORPIONISMO
AN02FREV001/REV 4.0
107
No mundo todo existem aproximadamente 1.400 espécies de escorpiões até
hoje descritas, sendo que no Brasil há aproximadamente 75 espécies amplamente
distribuídas. Esses animais podem ser encontrados tanto em áreas urbanas quanto
rurais.
Os escorpiões são carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos,
como grilos, baratas e outros, desempenhando papel importante no equilíbrio
ecológico. De hábitos noturnos, escondem-se durante o dia sob cascas de árvores,
pedras, troncos podres, dormentes de linha de trem, madeiras empilhadas, em
entulhos, telhas ou tijolos e dentro das residências. Muitas espécies vivem em áreas
urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas, bem como
alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e
mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil.
Na área urbana, estes animais aparecem em prédios comerciais e
residenciais, armazéns, lojas, madeireiras, depósitos com empilhamento de caixas e
outros. Eles aparecem, principalmente, por meio de instalações elétricas e esgotos.
São sensíveis aos inseticidas, desde que aplicados diretamente sobre eles. As
desinsetizações habituais não os eliminam, pois o produto fica no ambiente em que
foi aplicado e os escorpiões costumam estar escondidos. O fato de respirarem o
inseticida ou comer insetos envenenados não os mata. São resistentes inclusive à
radiação.
Seu aparecimento ocorre principalmente devido à presença de baratas,
portanto a eliminação destas, de caixas de gordura e canos que conduzem ao
esgoto, é a principal prevenção contra o aparecimento dos escorpiões.
Não têm audição e sentem vibrações do ar e do solo. Enxergam pouco,
apesar de terem dois olhos grandes e vários pequenos. Seus principais predadores
são pássaros, lagartixas e alguns mamíferos insetívoros.
AN02FREV001/REV 4.0
108
17.1 PRINCIPAIS ESPÉCIES
Tityus serrulatus
Também chamado escorpião amarelo,
pode atingir até 7 cm de comprimento. Apresenta
o tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda
amarela sendo esta serrilhada no lado dorsal.
Considerado o mais venenoso da América do Sul,
é o escorpião causador de acidentes graves,
principalmente no estado de Minas Gerais. FONTE: Manual de Diagnóstico e Tratamento
AN02FREV001/REV 4.0
109
Tityus stigmurus
Apresenta colorido geral amarelo-claro, com um triângulo negro na cabeça e
uma faixa longitudinal mediana e manchas laterais no tronco. Distribuição
geográfica: Nordeste do Brasil.
Tityus trivittatus
Apresenta colorido amarelo-escuro, com três faixas longitudinais quase
negras, podendo haver pequenas variações na cor. Atinge cerca de 7 cm de
tamanho. Distribuição geográfica: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
AN02FREV001/REV 4.0
110
18 ARANEÍSMO
AN02FREV001/REV 4.0
111
Latrodectismo: quadro clínico caracterizado por dor local intensa,
eventualmente irradiado. Alterações sistêmicas como sudorese, contraturas
musculares, hipertensão arterial e choque são registrados.
18.1.1 Soros
18.1.2 Epidemiologia
AN02FREV001/REV 4.0
112
18.1.3 Phoneutria
FIGURA 20 – ARANHA
São as chamadas armadeiras, porque,
ARMADEIRA
quando ameaçadas, “armam-se” levantando as
patas dianteiras e eriçando os espinhos. É
extremamente agressiva. Habitam sob troncos,
normalmente folhagens densas, como
bananeiras, montes de lenha ou materiais de
construção empilhados e, eventualmente,
aparecem dentro das residências,
principalmente em roupas e calçados.
O animal adulto mede 3 cm de corpo e FONTE: Plantas Venenosas e Animais
Peçonhentos – Samuel Schvarstsman,
até 15 cm de envergadura de pernas. Não faz 1992.
AN02FREV001/REV 4.0
113
FIGURA 21 – PHONEUTRIA NIGRIVENTER
18.1.5 Loxosceles
FIGURA 22 – LOXOSCELES
AN02FREV001/REV 4.0
114
18.1.5.1 Principais espécies
FIGURA 23 – LATRODECTUS
CURACAVIENSIS
18.1.6 Latrodectus
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115
Lycosa
Caranguejeiras
FIGURA 25 –
As aranhas caranguejeiras, apesar
MYGALOMORPHAE
de seu aspecto assustador (podem chegar
a medir 20 cm de diâmetro), causam
acidentes leves. A picada pode ser muito
dolorosa, porém seu veneno é pouco ativo
para os seres humanos, somente seus
pelos podem causar irritação em algumas
pessoas.
Características: cor marrom escuro, coberta
de pelos, pode atingir até 25 cm de
FONTE: Manual de Diagnóstico e
comprimento com as patas estendidas.
Tratamento de Acidentes por Animais
Sintomas: Dificilmente pica. O que ocorre com
Peçonhentos, 1998.
maior frequência é uma dermatite pela ação
irritante dos pelos do seu abdome, que se
AN02FREV001/REV 4.0
116
desprendem quando o animal se sente
ameaçado.
19.1 LACRAIAS
AN02FREV001/REV 4.0
117
• os jardins devem ser limpos, a grama aparada e as plantas ornamentais e
trepadeiras devem ser afastadas das casas e podadas para que os galhos
não toquem o chão;
• porões, garagens e quintais não devem servir de depósito para objetos fora
de uso que possam servir de esconderijo para as lacraias;
• os muros e calçamentos devem ser cuidados para que não apresentem
frestas onde a umidade se acumule e os animais possam se esconder.
Tomando-se esses cuidados, a ocorrência de lacraias diminui muito. Mas,
em caso de acidente, evite beber álcool, querosene, cachaça, etc., pois isso só lhe
causaria intoxicação. Mantenha o local da picada o mais limpo possível. Embora o
veneno das lacraias não seja muito perigoso para o ser humano, é bom procurar
orientação médica.
19.1.1 Tratamento
19.2 ABELHAS
AN02FREV001/REV 4.0
118
tropical seco; de 200 a 250 km/ano em clima úmido, tais como florestas tropicais da
bacia amazônica e Guianas; e, em direção ao Paraguai e à Bolívia foi de
aproximadamente 150 km/ano e tornou-se zero após os paralelos 33 e 34, entre as
províncias de Entre Rios, Santa Fé, Córdoba e São Luiz, na Argentina.
O veneno da Apis mellifera é uma mistura complexa de substâncias
químicas com atividades tóxicas como: enzimas hialuronidases e fosfolipases,
peptídeos ativos como melitina e a apamina, aminas como histamina e serotonina
entre outras. A fosfolipase A2, o principal alérgeno, e a melitina representam
aproximadamente 75% dos constituintes químicos do veneno. São agentes
bloqueadores neuromusculares, podem provocar paralisia respiratória, possuem
poderosa ação destrutiva sobre membranas biológicas, como exemplo, sobre as
hemácias, produzindo hemólise. A apamina representa cerca de 2% do veneno total
e se comporta como neurotoxina de ação motora. O cardiopeptídeo, não tóxico, tem
ação semelhante à das drogas adrenérgicas e demonstra propriedades
antiarrítmicas. O peptídeo MCD, fator degranulador de mastócidos, é um dos
responsáveis pela liberação de histamina e serotonina no organismo dos animais
picados.
As reações desencadeadas pela picada de abelhas são variáveis, de acordo
com o local e o número de ferroadas, as características e o passado alérgico do
indivíduo atingido. As manifestações clínicas podem ser: alérgicas (mesmo com uma
só picada) e tóxicas (múltiplas picadas).
19.2.1 Manifestações
AN02FREV001/REV 4.0
119
horas, diminuindo-se gradativamente nos dias subsequentes. Podem ser tão
exuberantes a ponto de limitar a mobilidade do membro. Menos de 10% dos
indivíduos que experimentaram grandes reações localizadas apresentarão a seguir
reações sistêmicas.
3. Sistêmicas: Apresentam-se como manifestações clássicas de anafilaxia,
com sintomas de início rápido, 2 a 3 minutos após a picada. Além das reações
locais, podem estar presentes sintomas gerais como cefaleia, vertigens e calafrios,
agitação psicomotora, sensação de opressão torácica e outros sintomas e sinais.
a) Tegumentares: prurido generalizado, eritema, urticária e angioedema;
b) Respiratórias: rinite, edema de laringe e árvore respiratória, trazendo
como consequência dispneia, rouquidão, estridor e respiração asmatiforme. Pode
haver broncoespasmo;
c) Digestivas: prurido no palato ou na faringe, edema no local dos lábios,
língua, úvula e epiglote, disfagia, náuseas, cólicas abdominais ou pélvicas, vômitos e
diarreia;
d) Cardiocirculatórias: a hipotensão é o sinal maior, manifestando-se por
tontura ou insuficiência postural até colapso vascular total. Podem ocorrer
palpitações e arritmias cardíacas e, quando há lesões preexistentes (aterosclerose),
infartos isquêmicos no coração ou cérebro.
4. Reações alérgicas tardias: Há relatos de raros casos de reações alérgicas
que ocorrem vários dias após a(s) picada(s) e se manifestaram pela presença de
artralgias, febre e encefalite, quadro semelhante à doença do soro.
5. Tóxicas: Nos acidentes provocados por ataque múltiplo de abelhas
(enxame) desenvolve-se um quadro tóxico generalizado denominado de síndrome
de envenenamento, por causa de quantidade de veneno inoculada. Além das
manifestações já descritas, há dados indicativos de hemólise intravascular e
rabdomiólise. Alterações neurológicas como torpor e coma, hipotensão arterial,
oligúria/anúria e insuficiência renal aguda podem ocorrer.
As reações de hipersensibilidade podem ser desencadeadas por uma única
picada e levar o acidentado à morte, em virtude de edema de glote ou choque
anafilático.
Na síndrome de envenenamento, descrita em pacientes que geralmente
sofreram mais de 500 picadas, distúrbios graves hidroeletrolíticos e do equilíbrio
AN02FREV001/REV 4.0
120
ácido básico, anemia aguda pela hemólise, depressão respiratória e insuficiência
renal aguda são as complicações mais frequentemente relatadas.
Remoção dos ferrões: Nos acidentes causados por enxame, a retirada dos
ferrões da pele deverá ser feita por raspagem com lâminas e não pelo pinçamento
de cada um deles, pois a compressão poderá espremer a glândula ligada ao ferrão e
inocular no paciente o veneno ainda existente.
19.3 FORMIGAS
AN02FREV001/REV 4.0
121
As espécies mais comuns são a Solenopsis invicta, a formiga lava-pés
vermelho, originária das regiões Centro-Oeste e Sudeste (particularmente o
Pantanal mato-grossense) e a Solenopsis richteri, a formiga lava-pés preta,
originária do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. A primeira é responsável pelo
quadro pustuloso clássico do acidente. O formigueiro do gênero tem características
próprias: tem inúmeras aberturas e a grama próxima não é atacada, podendo haver
folhas de permeio à terra da colônia. As saúvas, comuns em todo o Brasil, podem
produzir cortes na pele humana com as potentes mandíbulas.
O veneno da formiga lava-pés (gênero Solenopsis) é produzido em uma
glândula conectada ao ferrão e cerca de 90% é constituído de alcaloides oleosos,
onde a fração mais importante é a Solenopsin A, de efeito citotóxico. Menos de 10%
têm constituição proteica, com pouco efeito local, mas capaz de provocar reações
alérgicas em determinados indivíduos. A morte celular provocada pelo veneno
promove diapedese de neutrófilos no ponto da ferroada.
Imediatamente após a picada, forma-se uma pápula urticariforme de 0,5 a
1,0 cm no local. A dor é importante, mas com o passar das horas, esta cede e o
local pode se tornar pruriginoso. Aproximadamente 24 horas após, a pápula dá lugar
a uma pústula estéril, que é reabsorvida de 7 a 10 dias. Acidentes múltiplos são
comuns em crianças, alcoólatras e incapacitados. Pode haver infecção secundária
das lesões, causada pelo rompimento da pústula pelo ato de coçar. Processos
alérgicos em diferentes graus podem ocorrer, sendo inclusive causa de óbito. O
paciente atópico é mais sensível. Infecção secundária é mais comum, podendo
ocorrer abscessos, celulites, erisipela. O diagnóstico é basicamente clínico.
19.3.1 TRATAMENTO
AN02FREV001/REV 4.0
122
dias, após a melhora das lesões. Anafilaxia ou reações respiratórias do tipo
asmático são emergências que devem ser tratadas prontamente.
20 PLANTAS TÓXICAS
AN02FREV001/REV 4.0
123
FIGURA 27 – COMIGO-NINGUÉM-PODE
Família: Araceae
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.
Nome popular: Aninga-do-Pará.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro clínico: irritante mecânico por ingestão e
contato (ráfides). Dor em queimação, eritema e
edema (inchaço) de lábios, língua, palato e
FONTE: Arquivo pessoal do autor
faringe. Sialorreia, disfagia, asfixia. Cólicas
abdominais, náuseas, vômitos e diarreia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia.
Lacrimejamento.
Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese. Tratamento sintomático:
Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, bochechos com hidróxido de
alumínio); analgésicos e antiespasmódicos. Anti-histamínicos. Corticoides em
casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios
antissépticos. Oftalmologista.
FIGURA 28 – TINHORÃO
Família: Araceae
Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro clínico: Irritante mecânico por ingestão e
contato (ráfides). Dor em queimação, eritema e
edema (inchaço) de lábios, língua, palato e
FONTE: Arquivo pessoal do autor faringe. Sialorreia, disfagia, asfixia. Cólicas
abdominais, náuseas, vômitos e diarreia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.
AN02FREV001/REV 4.0
124
Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva,
bochechos com hidróxido de alumínio), analgésicos e antiespasmódicos. Anti-
histamínicos. Corticoides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos.
Oftalmologista.
FIGURA 29 – TAIOBA-BRAVA
Família: Araceae.
Nome científico: Colocasia antiquorum Schott.
Nome popular: cocó, taió, tajá.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro clínico: irritante mecânico por ingestão
e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço)
de lábios, língua, palato e faringe. Sialorreia,
FONTE: Arquivo pessoal do autor
disfagia, asfixia. Cólicas abdominais, náuseas,
vômitos e diarreia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia.
Lacrimejamento.
Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de
oliva, bochechos com hidróxido de alumínio), analgésicos e antiespasmódicos. Anti-
histamínicos. Corticoides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios
antissépticos. Oftalmologista.
AN02FREV001/REV 4.0
125
BANANA DE MACACO
FIGURA 30 – BANANA DE
MARCACO
Família: Annonaceae
Nome científico: Rollinia leptopetala R.E.Fr.
Nome popular: araticum, ata-brava, banana-
de-macaco, bananinha, bananinha-de-
macaco, bananinha-de-quem-quem, fruta-
de-macaco, pereiro.
Parte tóxica : todas as partes da planta.
Princípio ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro clínico: irritante mecânico por
ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema
(inchaço) de lábios, língua, palato e faringe.
Sialorreia, disfagia, asfixia. Cólicas FONTE: Disponível em:
abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Philodendron_bipinn
atifidum>. Acesso em: 28 dez. 2011.
Contato ocular: irritação intensa com
congestão, edema, fotofobia.
Lacrimejamento. Tratamento: Evitar lavagem
gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, bochechos
com hidróxido de alumínio), analgésicos e antiespasmódicos. Anti-histamínicos.
Corticoides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos.
Oftalmologista.
AN02FREV001/REV 4.0
126
Família: Euphorbiaceae. FIGURA 31 – COROA DE CRISTO
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa-de-cristo.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: látex irritante
Quadro clínico: irritação de pele e mucosas
com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas,
prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia,
edema de lábios e língua, dor em queimação, FONTE: Arquivo pessoal do autor
náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões na córnea.
Tratamento: lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de
potássio 1:10.000, pomadas de corticoides, anti-histamínicos VO
Ingestão: evitar esvaziamento gástrico. Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores
de mucosa (leite, óleo de oliva).
Casos graves: corticoides. Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios
antissépticos, avaliação oftalmológica.
FIGURA 32 – BICO-DE-PAPAGAIO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: látex Irritante
Quadro clínico: irritação de pele e mucosas
com hiperemia ou vesículas e bolhas;
pústulas, prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia,
FONTE: Arquivo pessoal do autor
edema de lábios e língua, dor em queimação,
náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.
AN02FREV001/REV 4.0
127
Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de
potássio 1:10.000, pomadas de corticoides, anti-histamínicos VO.
Ingestão: evitar esvaziamento gástrico. Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores
de mucosa (leite, óleo de oliva). Casos graves: corticoides.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação
oftalmológica.
FIGURA 33 – AVELÓS
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo,
dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São
Sebastião.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: látex irritante
Quadro clínico: Irritação de pele e mucosas com
hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido,
dor em queimação.
FONTE : Arquivo pessoal do autor Ingestão: lesão irritativa, sialorreia, disfagia, edema
de lábios e língua, dor em queimação, náuseas,
vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.
Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de
potássio 1:10.000, pomadas de corticoides, anti-histamínicos VO.
Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico. Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores
de mucosa (leite, óleo de oliva). Casos graves: corticoides.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação
oftalmológica.
AN02FREV001/REV 4.0
128
FIGURA 34 – PINHÃO-ROXO
Família: Euphorbiaceae
Nome científico: Jatropha curcas L.
Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-
paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-
roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo.
Parte tóxica: folhas e frutos.
FIGURA 35 – MAMONA
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Ricinus communis L.
Nome popular: carrapateira, rícino,
mamoeira, palma-de-cristo, carrapato.
Parte tóxica: sementes.
Princípio ativo: Toxalbumina (ricina)
Quadro clínico: ingesta: ação irritativa do
FONTE: Arquivo pessoal do autor trato gastrointestinal, dor abdominal, náuseas,
vômitos, cólicas intensas, diarreia às vezes sanguinolentas. Hipotensão, dispneia,
arritmia, parada cardíaca. Evolução para desidratação grave, choque, distúrbios
hidroeletrolíticos, torpor, hiporreflexia, coma. Pode ocorrer insuficiência renal.
Contato: látex, pelos e espinhos: irritante de pele e mucosas.
AN02FREV001/REV 4.0
129
Tratamento: Antiespasmódicos, antieméticos, eventualmente antidiarreicos.
Correção precoce dos distúrbios hidroeletrolíticos
Lesões de pele: soluções antissépticas, analgésicos, anti-histamínicos.
Casos graves: corticoides.
FIGURA 36 – SAIA-BRANCA
Família: Solanaceae.
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo,
trombeteira, cartucheira, zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: alcaloides beladonados (atropina,
escopolamina e hioscina).
Quadro clínico: Início rápido: náuseas e vômitos.
Quadro semelhante à intoxicação por atropina: pele
quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas
FONTE: Arquivo pessoal do autor secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora,
febre, distúrbios de comportamento, alucinações e
delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares,
respiratórios e óbito.
Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água,
permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%. Tratamento de suporte/sintomático.
Tratar hipertermia com medidas físicas. Evitar sedativos nos casos mais graves.
AN02FREV001/REV 4.0
130
Quadro semelhante à intoxicação por atropina: pele
FIGURA 37 – SAIA ROXA
quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas
secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora,
febre, distúrbios de comportamento, alucinações e
delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma,
distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.
Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem
gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de
potássio ou ácido tânico a
4%. Tratamento de suporte/sintomático. Tratar FONTE: Arquivo pessoal do autor
FIGURA 38 – ESTRAMÔNIO
Família: Solanaceae
Nome científico: Datura stramonium L.
Nome popular: zabumba, mata
zombando, figueira do inferno
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: Plantas beladonadas
Quadro clínico: Início rápido: náuseas e
vômitos.
FONTE: Arquivo pessoal do autor Quadro semelhante à intoxicação por atropina:
pele quente, seca e avermelhada, rubor facial,
mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de
comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica. Nos casos graves:
depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.
Tratamento: esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água,
permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%. Tratamento de
suporte/sintomático. Tratar hipertermia com medidas físicas. Evitar sedativos nos
casos mais graves.
AN02FREV001/REV 4.0
131
FIGURA 39 – LÍRIO
Família: Meliaceae
Nome científico: Melia azedarach L.
Nome popular: lilás ou lírio da índia, cinamomo,
lírio ou lilás da china, lírio ou lilás do Japão,
jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro,
jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-
FIGURA 40 – CHAPÉU-DE-NAPOLEÃO
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Thevetia peruviana Schum.
Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio Ativo: Glicosídeos Cardiotóxicos
Quadro Clínico: Quadro semelhante à
intoxicação por digitálicos.
FONTE: Arquivo pessoal do autor
Ingestão: dor/queimação, sialorreia, náuseas,
AN02FREV001/REV 4.0
132
vômitos, cólicas abdominais, diarreia.
Manifestações neurológicas com cefaleia, tonturas, confusão mental e distúrbios
visuais.
Distúrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotensão.
Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival, lacrimejamento.
Tratamento: Tratamento de suporte, com atenção especial aos distúrbios
hidroeletrolíticos.
Antiarrítmicos habituais nos distúrbios de ritmo.
Antiespasmódicos, antieméticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais.
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e
avaliação oftalmológica.
AN02FREV001/REV 4.0
133
Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos e
avaliação oftalmológica.
FIGURA 42 – ESPIRRADEIRA
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos
Quadro clínico: quadro semelhante à intoxicação
por digitálicos.
Ingestão: dor/queimação, sialorreia, náuseas,
vômitos, cólicas abdominais, diarreia.
AN02FREV001/REV 4.0
134
FIGURA 43 – DEDALEIRA
Família: Scrophulariaceae
Nome científico: Digitalis purpúrea L.
Nome popular: Dedaleira, digital.
Parte tóxica: folha e flor
Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos
Quadro clínico: quadro semelhante à
intoxicação por digitálicos.
Ingestão: dor/queimação, sialorreia, náuseas,
vômitos, cólicas abdominais, diarreia.
Manifestações neurológicas com cefaleia,
FIGURA 44 – MANDIOCA-BRAVA
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Manihot utilissima Pohl.
(Manihot esculenta ranz).
Nome popular: mandioca, maniva.
Parte tóxica: raiz e folhas.
Princípio ativo: glicosídios cianogênicos
AN02FREV001/REV 4.0
135
Quadro clínico: liberam ácido cianídrico causando anóxia celular. Distúrbios
gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, acidose
metabólica, hálito de amêndoas amargas.
Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor, convulsões e coma.
Crise típica: opistótono, trismas e midríase.
Distúrbios respiratórios: dispneia, apneia, secreções, cianose, distúrbios
cardiocirculatórios.
Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.
Tratamento: tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos
na saliva ou cianeto no sangue. Nitrito de amila por via inalatória 30 seg a cada 2
min: formação de cianometahemoglobina (atóxica). Nitrito de sódio 3% – 10 ml EV
(adultos), se necessário. Tratar com Azul de Metileno + Vit C.
Hipossulfito de sódio 25% - 25 a 50 ml EV (adultos), 1 ml/Kg (crianças).
Dão origem a tiocianatos.O2. Hidroxicobalamina 15.000 mcg EV-formação de ciano-
cobalamina (atóxica). Esvaziamento gástrico.
Família: Rosaceae
Nome científico: Prunus sphaerocarpa SW
Nome popular: pessegueiro bravo, marmeleiro bravo.
Partes tóxicas: frutas e sementes.
Princípio ativo: glicosídios cianogênicos
Quadro clínico: liberam ácido cianídrico causando
anóxia celular.
FONTE: Arquivo pessoal do autor
Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos,
cólicas abdominais, diarreia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas.
Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor, convulsões e coma.
Crise típica: opistótono, trismas e midríase.
Distúrbios respiratórios: dispneia, apneia, secreções, cianose, distúrbios
cardiocirculatórios.
AN02FREV001/REV 4.0
136
Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.
Tratamento: Tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos
na saliva ou cianeto no sangue.
Nitrito de amila por via inalatória 30 seg a cada 2 min: formação de
cianometahemoglobina (atóxica).
Nitrito de sódio 3% - 10 ml EV (adultos), se necessário. Tratar com Azul de Metileno
+ Vit C.
Hipossulfito de sódio 25% - 25 a 50 ml EV (adultos), 1 ml/kg (crianças).
Dão origem a tiocianatos.O2.Hidroxicobalamina 15.000 mcg EV-formação de ciano-
cobalamina (atóxica). Esvaziamento gástrico.
BROTO DE BAMBU
137
FIGURA 47 – GIESTA
Família: Leguminosae (Fabaceae)
Nome científico: Cytisus Scoparius
Nome popular: giesta.
Parte tóxica: folha, caule e flor.
Princípio ativo: alcaloides não atropínicos
Quadro clínico: predominam sintomas
gastrointestinais: náuseas, cólicas
abdominais e diarreia.
FIGURA 48 – JOÁ
Família: Solanaceae
Nome científico: Nicandra physaloides
Nome Popular: Joá-de-capote
Nome popular: Joá.
Parte tóxica: fruto e semente.
Princípio ativo: alcaloides não atropínicos
AN02FREV001/REV 4.0
138
gástrica). Antiespasmódico, antiemético. Manter o estado de hidratação. No quadro
obstrutivo por joá: clister à base de soro fisiológico. Tratamento sintomático.
FIGURA 49 – ESPORINHA
Família: Ranunculaceae
Nome científico: Delphinium spp
Nome popular: esporinha
Parte tóxica: semente
Princípio ativo: alcaloides não atropínicos
(alcaloide delfina)
Quadro clínico: predominam sintomas
gastrointestinais: náuseas, cólicas abdominais
FONTE: Arquivo pessoal do autor e diarreia.
Distúrbios hidroeletrolíticos. Raramente torpor e
discreta confusão mental.
Tratamento: esvaziamento gástrico (muitas vezes não é necessária lavagem
gástrica). Antiespasmódico, antiemético. Manter o estado de hidratação.
AN02FREV001/REV 4.0
139
Plantas: Cogumelos não comestíveis: Várias famílias e gênero: Amanita sp, Boletus
sp, Clavaria sp e outros.
Princípio ativo: Cogumelos
Quadro clínico: (pp. síndromes) síndrome gastrointestinal: náuseas, vômitos,
desconforto e dores abdominais e diarreia.
Aparecimento em 1 a 3 horas.
Distúrbios hidroeletrolíticos e circulatórios.
Síndrome muscarínica: período de incubação geralmente de uma hora. Cefaleia,
vômitos, cólicas abdominais, sudorese intensa. Visão borrada, miose, salivação,
broncoespasmo, lacrimejamento, rinorreia. Bradicardia, tremores, tonturas,
hipotensão arterial, choque.
Tratamento: síndrome gastrointestinal: sintomático, antiemético, antiespasmódico,
correção dos distúrbios hidroeletrolíticos. Observar paciente por 2-3 dias.
Síndrome muscarínica: atropina. Medidas sintomáticas e de suporte.
FIGURA 51 – URTIGA
Família: Urticaceae.
Nome científico: Fleurya aestuans L.
Nome popular: urtiga-brava, urtigão,
cansanção.
Parte tóxica: pelos do caule e folhas.
Princípio ativo: histamina, acetilcolina,
serotonina.
Sintomas: o contato causa dor imediata devido FONTE: Arquivo pessoal do autor
ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão
cutânea, bolhas e coceiras.
AN02FREV001/REV 4.0
140
FIGURA 52 – AROEIRA
Família: Anacardiaceae.
Nome científico: Lithraea brasiliens March.
Nome popular: pau-de-bugre, coração-de-
bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato,
aroeira-brava.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
MEDIDAS PREVENTIVAS
AN02FREV001/REV 4.0
141
7 – Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a
planta para identificação.
8 – Em caso de dúvida, ligue para o Centro de Intoxicação de sua região.
AN02FREV001/REV 4.0
142
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
144
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados
aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
145
MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
146
número de expostos e alguns exemplos de atividades que envolvem exposição
ocupacional:
Arsênico: fabricação de ligas metálicas, pigmentos e reagentes;
Cádmio: solda prata e tratamento de superfícies;
Chumbo: fabricação e reforma de baterias de chumbo/ácido. Têmpera
e trefilação de metais. Fundição de ligas de bronze e similares;
Cobre: galvanoplastia solda MIG e oxiacetileno;
Cromo: galvanoplastia, solda em aço inoxidável, fabricação de tintas e
pintura;
Ferro: fundição de ferro, soldas em geral, em ferro ou aço.
Manganês: solda MIG, fundição de ferro.
Mercúrio: fabricação de lâmpadas, garimpo, odontologia.
Níquel: galvanoplastia, solda em aço inoxidável.
Zinco: galvanoplastia solda oxiacetileno.
Outros metais ainda podem ser identificados, porém com menor importância
toxicológica ou de pouca utilização no Brasil, como o cobalto e o molibdênio. A
relação anterior não tem a pretensão de ser completa nem de citar todos os locais
ou atividades de que podem se originar uma exposição ocupacional a metais
pesados, mas dá uma ideia da diversidade destes locais ou atividades.
21.1.1 Alumínio
AN02FREV001/REV 4.0
147
21.1.2 Cádmio
21.1.3 Chumbo
21.1.4 Arsênico
AN02FREV001/REV 4.0
148
21.1.5 Mercúrio
21.1.6 Níquel
21.1.7 Bário
AN02FREV001/REV 4.0
149
Fontes deste metal: é usado como contraste de RX. Outras fontes são:
indústrias de cerâmica, plásticos, tintas, pesticidas e combustíveis.
22.1 ASFALTO
22.2 NAFTALINA
AN02FREV001/REV 4.0
150
causam sua degradação em poucas horas. Inflamável ou explosivo quando exposto
ao calor ou chamas. Naftalina tem rápida absorção oral e é também absorvida via
inalatória ou dérmica, é potencializada por solventes orgânicos ou lipídio. Dose letal
estimada em humanos: 1-2 gramas (cada “bolinha” íntegra pode conter 2 – 3 g).
Quadro clínico: Irritação gastrointestinal, sudorese, irritação do trato
urinário; hiperexcitabilidade, letargia, convulsões, coma. Hemólise em 1-3 dias;
insuficiência renal. Possível metemoglobinemia. Irritante ocular ou por contato
dérmico.
Tratamento: Esvaziamento gástrico em até duas horas. Êmese somente
imediata e se não houver cânfora associada. Cuidar risco de obstrução mecânica
por “bolinha”. Lavagem gástrica com água morna. Carvão ativado, catárticos salinos.
Tratamento geral: assistência respiratória; diazepam, em caso de convulsões,
hidratação, alcalinização urinária. Pode ser necessária transfusão sanguínea.
Medidas sintomáticas.
AN02FREV001/REV 4.0
151
Equilíbrio hidroeletrolítico, ácido básico. Avaliar gasometria arterial. Em casos
graves: avaliar função renal e hepática. Contra pneumonite química: assistência
respiratória (NÃO usar corticoides, NÃO fazer antibiótico profilático). Demais
medidas sintomáticas e de manutenção.
22.4 METANOL
22.5 BENZENO
AN02FREV001/REV 4.0
152
calçados e cola para carpetes. Bem absorvido por via oral e pulmonar e pouco por
via dérmica. Severo irritante ocular e moderado irritante de pele.
Quadro clínico: na intoxicação aguda, após exposição a vapores e
ingestão: EUFORIA, com cefaleia, tonturas, ataxia, confusão mental e coma nos
casos graves, hipertonia muscular e hiperreflexia associados ao coma. Convulsões
ocorrem comumente na presença de asfixia. Principal risco: pneumonite química por
aspiração pulmonar. Ingestão: queimação da mucosa oral, náuseas, vômitos e
salivação; pode ocorrer gastrite hemorrágica. Aspiração durante a ingestão ou
vômitos causa severa pneumonite química. Morte pode ocorrer por falência
respiratória ou fibrilação ventricular.
Intoxicação crônica: sintomas inespecíficos como anorexia, nervosismo,
tonturas, fadiga, letargia, alucinações, parestesias, lesões dermatológicas e
discrasias sanguíneas com plaquetopenia, leucemia, aplasia de medula devido à
ação mielotóxica do benzeno.
Tratamento: assistência respiratória, se necessário. Ingesta de pequenas
quantidades (5 ml a 10 ml): repouso gástrico, para evitar vômitos, após quatro horas,
administrar líquidos frios fracionados. Controle radiológico. Ingesta maior de 1
ml/kg/peso corporal – lavagem gástrica cuidadosa com intubação endotraqueal para
prevenir aspiração. Administrar catárticos salinos. Monitorar eletrocardiograma pelo
risco de fibrilação ventricular. Controlar convulsões com benzodiazepínicos. Na
contaminação ocular ou pele, lavar abundantemente com água corrente. Se houver
irritação ocular, fazer avaliação oftalmológica. Manter equilíbrio hidroeletrolítico e
ácido básico. Medidas sintomáticas e de manutenção.
Intoxicação crônica: não existe nenhum tratamento específico ou antídoto.
Em suspeita ou confirmação de intoxicação crônica, o afastamento da exposição
deve ser imediato.
22.6 TOLUENO
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153
Quadro clínico: Depressor do SNC e mesmo em baixas concentrações
ambientais produz fadiga, fraqueza e confusão mental. Ao contrário do benzeno, o
tolueno não produz anemia aplástica e leucemia. Pode sensibilizar o miocárdio aos
efeitos arritmogênicos das catecolaminas. O tolueno é irritante da mucosa
respiratória e ocular. Abuso crônico de tolueno pode levar a desmielinização difusa
do SNC, miopatia e dano renal. Ocorre dermatite na exposição cutânea prolongada.
A ingestão de tolueno pode causar irritação da boca, faringe, vômitos e diarreia.
Secundariamente aos vômitos, pode ocorrer tosse, sufocação, broncoespasmo e
cianose.
Tratamento: Ingesta de pequenas quantidades (5 a 10 ml): repouso gástrico
para evitar vômitos. Ingesta maior de 1 ml/kg/peso corporal: lavagem gástrica
cuidadosa com intubação para prevenir aspiração (é mais eficaz nos primeiros 30
min. após a ingestão). Assistência respiratória. Controle radiológico. Atenção ao
risco de arritmia cardíaca. Manter equilíbrio ácido básico. Medidas sintomáticas e de
manutenção.
23 GASES TÓXICOS
AN02FREV001/REV 4.0
154
um longo período de tempo, tornando muito perigosa a permanência em locais
fechados atingidos por ele.
Toxidez: o sarin é um neurotóxico letal. Pode ser absorvido pela respiração
e do contato com a pele ou mucosas da boca e dos olhos. Uma vez na corrente
sanguínea, afeta o sistema nervoso central causando desmaios, convulsões e
colapso nervoso; inalado, mata em poucos segundos.
23.2 GÁS VX
AN02FREV001/REV 4.0
155
Por outro lado, o mercúrio, que é um tóxico protoplasmático, age
diretamente nas células, intervindo em seu metabolismo. No entanto, as substâncias
assim classificadas podem agir igualmente em todas as células, quando presentes
em altas concentrações, ou produzir seus efeitos nocivos somente em alguns
tecidos ou órgãos que sejam particularmente mais sensíveis.
Citam-se, como exemplo deste grupo, o mercúrio (hg) e o fósforo (P), que
também serão tratados em capítulos especiais.
AN02FREV001/REV 4.0
156
Na anatomia patológica, são encontradas desmielinizações de troncos
nervosos, principalmente do cerebelo.
O homem normal elimina 10 m g de mercúrio na urina, por dia. A injeção de
BAL (British Anti-Lewisite), que é 2, 3, dimercaptopropano determina; em casos de
mercurialismo, aumento considerável na eliminação do mercúrio na urina.
O fósforo branco, que era utilizado nas indústrias, dada a sua alta toxicidade,
foi gradativamente substituído pelo fósforo vermelho e o sesquisulfeto de fósforo. O
homem expõe-se profissionalmente ao fósforo, em vários tipos de atividades
industriais: indústria de produtos fosforescentes (tipo lâmpadas), de fogos de
artifício, de armas e explosivos, de pesticidas, de fósforos de segurança, etc.
A via de absorção mais importante num ambiente de trabalho é a
respiratória, mas deve-se levar em conta a sua solubilidade em gordura, quando
consideramos a sua penetração pela via cutânea ou digestiva. Da mesma forma,
não se deve administrar leite ou óleo para "neutralizar" a ação do veneno (contendo
fósforo) ingerido acidentalmente ou não.
O fósforo é eliminado sob a forma de vapores (com odor de alho) pela via
respiratória, por vômitos ou fezes ou de fosfatos, pela via urinária.
A exemplo do mercúrio, o fósforo é um veneno protoplasmático, portanto,
lesa as células ricas em protoplasma; células hepáticas, dos túbulos renais, da
córtex da suprarrenal, do endotélio dos vasos e do miocárdio.
A intoxicação crônica (a profissional) caracteriza-se pelo aparecimento de
sintomas gerais (anorexia, astenia, sintomas e sinais vagos do aparelho digestivo,
etc.).
Importantes, porém, são as alterações hepáticas e ósseas, principalmente
as da mandíbula.
AN02FREV001/REV 4.0
157
25 COMPOSTOS ORGANOMETÁLICOS
São compostos que na sua estrutura comportam uma parte metálica e outra
orgânica. em geral, a toxicidade destes compostos está na dependência do metal,
porém a rapidez da absorção e do aparecimento da sintomatologia está na
dependência da parte orgânica e da volatilidade do composto. Podem-se citar vários
exemplos de gases e vapores que constituem este grupo: a arsina, o chumbo
tetraetila, o níquel-carbonila, etc.
Embora já abordados, serão feitas algumas considerações a seguir:
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158
No seu quadro mais grave, frequentemente, os pacientes experimentam
episódios de comportamentos maníacos. A intoxicação aguda manifesta-se por
fadiga, fraqueza, perda de peso, dores musculares, tremores, queda do purbo,
queda na pressão arterial. Também é irritante da pele e das mucosas.
Para o diagnóstico, são importantes o antecedente profissional, o quadro
clínico e a dosagem de chumbo na urina e/ou no sangue. Predominando o quadro
neurológico, deve-se fazer o diagnóstico diferencial com delirium tremens.
O tratamento pode ser semelhante ao administrado aos intoxicados crônicos
por chumbo inorgânico.
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159
2. Diálise;
3. A administração do BAL tem pouco valor para o quadro agudo, mas pode
prevenir contra o aparecimento de efeitos tardios do arsênico.
E um gás incolor, mais pesado que o ar, produzido pela ação da água no
fósforo, na conservação ou no transporte do ferro-silício, que contém fosfato de
AN02FREV001/REV 4.0
160
cálcio como impureza, no emprego de fosfato de zinco como raticida, no uso de
acetileno que pode contê-la como impurezas, etc.
Fisiologicamente, pode agir de modo agudo e crônico. O quadro agudo
caracteriza-se pelo aparecimento de sintomatologia nervosa (vertigens, cefaleia,
tontura, tremores de extremidades, convulsões e coma) e sintomas respiratórios: dor
torácica, dispneia, tosse e às vezes edema agudo do pulmão. O tratamento é
sintomático.
E um gás de odor forte (ovo podre), incolor, com densidade maior do que o
ar. O homem expõe-se profissionalmente ao gás sulfídrico:
a. em locais onde há matéria orgânica em decomposição;
b. na fabricação da seda artificial pelo processo viscose;
c. na refinaria de petróleo (impurezas contendo enxofre);
d. na fabricação de gás de iluminação;
e. na indústria de borracha.
É um gás altamente irritante e tem sua ação local mais importante, agindo
principalmente no trato respiratório alto e nas conjuntivas oculares. Como ação
sistêmica, pode-se ter:
a. Excitação seguida de depressão do sistema nervoso central,
particularmente do centro respiratório;
b. Inibição da citocromo-oxidase à transformação da hemoglobina em sulfo-
hemoglobina.
O quadro clínico pode ser subdividido em:
a. Superagudo: O paciente tem convulsões, perde subitamente a
consciência e apresenta dilatação da pupila.
b. b Agudo: O paciente pode apresentar dois tipos de sintomas:
1. Sintomas respiratórios: tosse, às vezes, com expectoração
hemoptoica, polipneia, edema agudo do pulmão;
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161
2. Sintomas nervosos: sensação de desmaio, cefaleia, náusea,
vômito, hiperexcitabilidade e convulsões, podendo terminar em
morte por asfixia.
c. Subagudo: a sintomatologia é devida às irritações locais:
queratoconjuntivites com ulcerações superficiais da córnea, fotofobia,
bronquites e distúrbios digestivos (náusea e vômitos). Alguns
sintomas neurológicos podem aparecer: contraturas musculares,
cefaleias, vertigens, sonolência, amnésia, delírio etc.
d. Crônico: a sintomatologia crônica devido à exposição ao gás sulfídrico
é objeto de controvérsias, mas certamente é responsável pela
existência de bronquites crônicas. O diagnóstico é feito quase que
exclusivamente pela história (anamnese profissional) e pelo
tratamento sintomático.
FIM DO MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
Aluno:
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CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
MÓDULO V
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados
aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO V
AN02FREV001/REV 4.0
165
morfina, aspirina, barbitúricos –, o que é muito útil no tratamento das intoxicações
agudas.
Precauções: não deve ser administrado junto com outros fármacos, pois
existe o risco de o carvão adsorver o medicamento e impedir sua absorção
intestinal.
27.2 PRALIDOXIMA
AN02FREV001/REV 4.0
166
efeito inibidor provocado pelos inseticidas organofosforados (pesticidas ou
compostos relacionados), permitindo, dessa forma, que esta enzima continue a
degradar a acetilcolina acumulada na placa neuromuscular, restaurando seu
funcionamento. Paralelamente a essa ação autonômica (SNA parassimpático), a
pralidoxima reage quimicamente com alguns derivados organofosforados,
inativando-os. A pralidoxima deve ser administrada juntamente com a atropina, visto
que este fármaco é vital no alívio dos efeitos centrais de intoxicação (depressão
respiratória, salivação, broncoespasmo).
O fármaco é mais eficaz quando administrado imediatamente após a
exposição ao pesticida; sendo pouco eficaz caso sejam transcorridas mais de 36
horas do envenenamento. Entretanto, em alguns casos, pode haver absorção
gradual do pesticida pelo intestino delgado algumas horas após sua ingestão.
Nesses pacientes, recomenda-se administração do fármaco durante vários dias.
AN02FREV001/REV 4.0
167
daqueles provocados pelo envenenamento. Tratamento: respiração artificial com o
auxílio de outras medidas de suporte.
AN02FREV001/REV 4.0
168
gastrintestinal; o metabolismo é hepático por hidrólise enzimática. Sua união às
proteínas é moderada. A duração da ação por via oral é de 4 a 6 horas e na forma
parenteral muito breve. É excretado por via renal.
AN02FREV001/REV 4.0
169
do fluxo salivar contribui para o desenvolvimento de cáries, doença periodontal,
candidíase oral e mal-estar.
27.4 DEFEROXAMINA
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170
livre ou fixado a ferritina e hemossiderina, formando o complexo ferroxamina. Pode
também mobilizar e conjugar o alumínio dos tecidos e formar aluminoxamina. Dado
que ambos os compostos (ferroxamina e aluminoxamina) excretam-se com
facilidade, a eliminação de Fe e Al pela urina e pelas fezes é favorecida, reduzindo
seus depósitos patológicos nos órgãos; não elimina o ferro da transferrina ou da
hemoglobina nem o de outras substâncias que contêm hemina. A deferoxamina é
absorvida rapidamente após a administração intramuscular ou subcutânea.
AN02FREV001/REV 4.0
171
Intoxicação aguda por ferro: após a lavagem gástrica, podem ser deixados
de 5 g a 10 g de deferoxamina na cavidade gástrica. Em pacientes normotensos,
pode ser ministrada numa só dose IM de 2 g em adultos e 1 g em crianças. Em
pacientes hipotensos: por via IV 15 mg/kg/hora, reduzindo após 4 ou 6 horas de tal
forma que a dose não ultrapasse 80 mg/kg/24 h. Continuar-se-á o tratamento até
que as concentrações séricas de ferro sejam inferiores à capacidade total de fixação
do ferro.
Sobrecarga de alumínio em insuficiência renal terminal: doses que
resultariam ser efetivas: 1 g a 4 g por semana por via IV durante as duas últimas
horas de cada terceira hemodiálise. Deve-se determinar a dose e seu modo de
administração de forma precisa, bem como adaptar a posologia no decorrer do
tratamento.
AN02FREV001/REV 4.0
172
250mg/dia de vitamina C). Doses mais altas não produzem qualquer efeito adicional
sobre a excreção do quelato. Observou-se alteração da função cardíaca em
pacientes com sobrecarga crônica de ferro submetido a um tratamento combinado
de deferoxamina e altas doses de vitamina C (mais de 500mg diários).
27.5 FLUMAZENIL
AN02FREV001/REV 4.0
173
Os picos de concentração de flumazenil no sangue são proporcionais à
dose, com volume inicial aparente de distribuição de 0,5 litro/kg. A união às
proteínas é de aproximadamente 50% e a droga não apresenta partição preferencial
nos glóbulos vermelhos. Em estudos farmacocinéticos em indivíduos sãos, a
liberação total esteve dentro de 0,7 a 1,3 L/kg/h, com uma eliminação da droga
inalterada pela urina menor que 1%.
Os principais metabólitos do flumazenil identificados na urina foram o ácido
livre dietilado e seus conjugados glicurônicos.
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Contraindicações: pacientes com hipersensibilidade conhecida ao
flumazenil ou às benzodiazepinas. Pacientes aos quais tenha sido ministrado um
benzodiazepina para controlar uma condição de ameaça potencial à vida (por
exemplo, controle da pressão endocraniana ou do estado epiléptico).
27.6 ACETILCISTEÍNA
AN02FREV001/REV 4.0
175
Indicações: mucolítico: doenças broncopulmonares crônicas (enfisema
crônico, enfisema com bronquite, tuberculose, bronquiectasia, amiloidose pulmonar
primária); pneumonia, bronquite, traqueobronquite, fibrose cística, atelectasia por
obstrução mucosa (tampão mucoso), diagnóstico bronquial.
Antídoto: via oral, para a prevenção da toxicidade potencial causada pela
superdose de paracetamol.
AN02FREV001/REV 4.0
176
Antídoto: não existem contraindicações ao uso como antídoto.
27.7 NALOXONA
AN02FREV001/REV 4.0
177
por opiáceos no pós-operatório: IV, 0,005 a 0,01 mg a cada 2 ou 3 minutos, até
obter-se ventilação e nível de consciência adequados, sem dor significativa.
AN02FREV001/REV 4.0
178
eliminado pela urina, que se colore de verde ou azulado (em função da mistura de
cores da urina-normalmente amarelada com o azul de metileno), o que permite seu
emprego na pesquisa da permeabilidade renal.
Dose: casos agudos: por via IV, solução aquosa de cloreto de metiltionínio a
1%, em dose de 1 a 2 mg/kg de peso (no adulto equivale a 60 a 120 mg). Em casos
leves de intoxicação por via oral, 200 mg 3 vezes ao dia. Processos inflamatórios
das vias urinárias: 20 mg a cada 4 horas.
27.9 BIPERIDENO
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179
Dose: a dose usual para adultos por via oral para o parkinsonismo é de 2
mg, 3 a 4 vezes ao dia, e para reações extrapiramidais induzidas por fármacos, 2
mg, 1 a 3 vezes por dia. A dose por via parenteral é de 2 mg, repetida com intervalos
de 30 minutos, até o total de 4 doses ao dia, via intramuscular ou intravenosa lenta.
A dose usual em crianças por via oral é de 1 a 2 mg, 3 vezes ao dia, ou por via
parenteral de 40 mg/kg. A dose pode ser repetida a cada 30 minutos, até 4 vezes ao
dia.
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180
27.10 EDTA - EDÉTICO, ÁCIDO
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181
dimercaprol (BAL) é o tratamento mais indicado, pois o dimercaprol complementa o
edetato de cálcio e sódio por meio da eliminação rápida do chumbo dos glóbulos
vermelhos e do intestino e por sua mobilidade nos depósitos esqueléticos.
Dose: também é eficaz quando administrado por via IM ou IV. Cada ciclo de
tratamento não deve ultrapassar de cinco a sete dias, com intervalos de dois dias de
descanso entre os ciclos. Nos casos de encefalopatia por chumbo, as crianças
podem necessitar de mais dois ciclos de terapêutica, quando a mobilidade do
chumbo nos depósitos esqueléticos se aproxima a uma concentração sérica crítica
de 70 mg/dl. Deverá ser continuada até que os valores diminuam abaixo de 50
mg/dl.
Quando associado ao dimercaprol, cada fármaco será administrado por via
IM profunda em locais separados e simultaneamente, com aplicações a cada 4
horas durante cinco dias. Dose usual para adultos – toxicidade por chumbo: vias IV
e IM, de 30 a 50 mg/kg/dia divididos em 2 doses, a cada 20 horas, durante 3 a 5
dias; dose máxima: até 50 mg/kg/dia. Dose pediátrica: a mesma dose para adultos
por via IV; e por via IM, de 15 a 35 mg/kg/dia divididos em 2 doses a cada 8 ou 12
horas, durante 3 a 5 dias e até o máximo de 75 mg/kg/dia.
AN02FREV001/REV 4.0
182
com os corticoides. Diminui a duração da ação da insulina zinco pela quelação do
zinco.
27.11 DISSULFIRAM
Dose: não deve ser administrado até que o paciente tenha suspendido a
ingestão de álcool (pelo menos por 12 horas). Dose inicial: 500 mg/dia durante uma
ou duas semanas. Dose de manutenção: 250 mg/dia. Nota: se o paciente consumir
álcool enquanto recebe dissulfiram, desenvolve-se uma reação que requer
tratamento: restabelecimento da pressão sanguínea, tratamento para choque e, se
AN02FREV001/REV 4.0
183
necessário, oxigênio, carbogênio (95% oxigênio, 5% de dióxido de carbono),
vitamina C intravenosa em doses massivas (1g) e sulfato de efedrina.
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184
Contraindicações: hipersensibilidade ao dissulfiram ou a outros derivados
de tiuran utilizados na indústria do caucho. Pacientes que tenham recebido
metronidazol, paraldeído, álcool ou preparações que os contenham (xaropes para a
tosse) recentemente. Deve-se evitar a exposição a formas dissimuladas do álcool:
vinagres, molhos, loções etc.
27.12 PENICILAMINA
Dose: quelante: 250 mg, quatro vezes ao dia. Antirreumático: 125 a 250 mg
uma vez ao dia, como dose única; aumentá-la, se for necessário, acrescentando-se
125 mg a 250 mg/dia, com intervalos de 2 a 3 meses, até o máximo de 1,5g/dia.
Antiurolitiásico: 500 mg, 4 vezes ao dia. Dose geriátrica: 125 mg/dia e acrescentar
125 mg/dia a cada 2 ou 3 meses, até o máximo de 750 mg/dia. Doses pediátricas,
quelante – lactentes maiores de seis meses e crianças pequenas: 250 mg como
dose única; crianças maiores: dose de adulto.
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185
Reações adversas: febre, artralgias, erupção cutânea, urticária, aumento
dos gânglios linfáticos, hematúria, aumento de peso, cansaço ou debilidade não
habitual, visão turva, mialgia, hemoptise, dispneia, disfagia, dificuldade para
mastigar ou falar, prurido, colúria, náuseas, vômitos e anorexia.
27.13 NEOSTIGMINA
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186
Propriedades: é um composto sintético de amônio quaternário que inibe a
degradação da acetilcolina pela acetilcolinesterase, facilitando, assim, a transmissão
de impulsos na união neuromuscular. Contudo tem um efeito colinérgico sobre o
musculoesquelético e também pode atuar sobre as células dos gânglios autônomos
e neurônios do sistema nervoso central (SNC). Evita ou alivia a distensão pós-
operatória, estimulando a motilidade gástrica e aumentando o tônus gástrico, o que
representa a associação de ações das células ganglionares do plexo de Auerbach e
nas fibras musculares, como resultado da não degradação da acetilcolina liberada
pelas fibras colinérgicas pré-ganglionares e pós-ganglionares.
Seu efeito antimiastênico é produzido como consequência da potenciação
do efeito máximo e da maior duração da acetilcolina na placa motora que o fármaco
produz. Absorve-se escassamente no trato gastrintestinal e com rapidez por via
intramuscular. Por isso, as doses orais são muito maiores que por via parenteral: 15
mg por via oral equivalem a 0,5 mg administrado por via parenteral.
Sua união às proteínas é baixa, metaboliza-se no fígado e alcança seu efeito
máximo aos 20 ou 30 minutos da administração parenteral. Aproximadamente 40%
são excretados por via renal.
AN02FREV001/REV 4.0
187
8 ingestões. Injetável – dose usual para adultos (antimiastênico): 0,5 mg, e as doses
posteriores serão avaliadas conforme a resposta do paciente (antimiastênico). Como
preventivo da distensão pós-operatória ou da retenção urinária: 0,25 mg após a
cirurgia, repetido a intervalos de 4 a 6 horas, durante 2 ou 3 dias. Doses pediátricas
usuais – como antimiastênico: 0,01-0,04 mg/kg a intervalos de 2 a 3 horas.
AN02FREV001/REV 4.0
188
Contraindicações: geralmente, não são descritas. Deverá ser tomada
precaução especial nos casos de asma brônquica ou bronquite espástica.
FIM MÓDULO V
AN02FREV001/REV 4.0
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
TOXICOLOGIA GERAL
MÓDULO VI
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aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO VI
AN02FREV001/REV 4.0
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28.2 MEDICAMENTOS
AN02FREV001/REV 4.0
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28.3 PRODUTOS POTENCIALMENTE TÓXICOS
AN02FREV001/REV 4.0
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Não coma folhas e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras
ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem
sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta;
Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, provocando irritação na
pele, principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde
possam ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas
venenosas, use luvas e lave bem as mãos após esta atividade;
Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a
planta para identificação.
28.5 SERPENTES
Usar botinas com perneiras ou botas de cano alto no trabalho, pois 80% das
picadas atingem as pernas abaixo dos joelhos;
Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem; não colocar as
mãos em buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, utilizando para isso
um pedaço de pau ou enxada;
Examinar os calçados, pois serpentes podem refugiar-se dentro deles;
Vedar frestas e buracos em paredes e assoalhos;
Limpar as proximidades das casas, evitando manter folhagens densas;
Evitar acúmulo de lixo, entulhos e materiais de construção;
Avaliar bem o local onde montar acampamentos e fazer piqueniques;
Preservar inimigos naturais (raposa, gambá, gaviões e corujas) e criar aves
domésticas, que se alimentam de serpentes.
AN02FREV001/REV 4.0
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29 TOXICOLOGIA E SAÚDE DO TRABALHADOR
AN02FREV001/REV 4.0
196
Os agravos específicos ou “doenças profissionais”, para os quais se
considera que o trabalho ou as condições dele são “causas diretas”,
reconhecidas no âmbito do Seguro de Acidentes do Trabalho (SAT) da
Previdência Social, e cuja ocorrência deve ser notificada segundo
regulamentação na esfera da saúde, da previdência social e do trabalho;
Dois outros grupos são formados por doenças consideradas de
etiologia múltipla, ou causadas por múltiplos fatores de risco. Nestas
doenças, o trabalho poderia ser entendido como um fator de risco
contributivo ou agravador, ou seja, “um atributo ou uma exposição que está
associada com uma probabilidade aumentada de ocorrência de uma doença,
não necessariamente um fator causal”. Elas não são reconhecidas
automaticamente pela legislação vigente, mas geram estudos que podem
levar a um reconhecimento futuro. Sua caracterização etiológica ou nexo
causal será essencialmente de natureza epidemiológica.
CATEGORIA EXEMPLOS
I – Trabalho como causa “Doenças profissionais” legalmente
necessária reconhecidas
II – Trabalho como fator Doença coronariana
contributivo, mas não necessário. Hepatite tóxica
Câncer
III – Trabalho como provocador de Bronquite crônica
distúrbio latente ou agravador de Dermatite de contato alérgica
doença já estabelecida. Asma
Doenças mentais
AN02FREV001/REV 4.0
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A história clínica atual, detalhando a investigação dos diversos aparelhos;
Os antecedentes clínicos pessoais e familiares;
A história ocupacional do paciente (dados atuais e passados),
Seus hábitos e estilo de vida;
O exame físico detalhado;
E a propedêutica complementar.
AN02FREV001/REV 4.0
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biólogos, bioquímicos, farmacêuticos, geneticistas e outros profissionais envolvidos
no estudo da saúde do trabalhador.
O diagnóstico das intoxicações agudas responde à associação de sinais e
sintomas estatisticamente reconhecidos. Ele identifica elementos não específicos,
tais como dores, náuseas, êmese, febre, sudorese, fadiga, etc. dentro de um
contexto clínico que abarca elementos evocatórios, específicos da trajetória, do
metabolismo e da excreção do produto em questão.
Belém
Centro de Informações Toxicológicas de Belém
Responsável: Pedro Pereira de O. Pardal
End.: Hospital Universitário João de Barros Barreto
Rua dos Mundurucus, 4.487 – Bairro Guamá – CEP 66.073-000 – Belém/PA
Fone: (91) 249.6370 (CIT) – Fax: (91) 249.5365 (diretoria)
e-mail: citbelem@yahoo.com
AN02FREV001/REV 4.0
199
Belo Horizonte
Serviço de Toxicologia de Minas Gerais
Responsável: Délio Campolina
End.: Avenida Professor Alfredo Balena, 400 – 1º andar – Santa Efigênia – Hospital
João XXIII – CEP 30130-100 – Belo Horizonte/MG
Fones: (31) 3239.9224/3239.9223 (hospital) / 3239-9308 / 3224-4000 (CIT) – Fax:
(31) 3239.9260 (CIT)
e-mail: servitoxmg@hotmail.com ou dcampolina@uol.com.br
Botucatu
Centro de Assistência Toxicológica de Botucatu
Responsável: Wilma de Grava Kempinas
End.: Instituto de Biociências – Unesp – campus de Botucatu, Rubião Júnior – Caixa
Postal: 510 – CEP 18618-000 – Botucatu/SP
Fone: (14) 3815-3048 / 3811-6017 / 3811-6034 – Fax: : (14) 6822.1385
Site: laser.com.br/ceatox – e-mail: ceatox@ibb.unesp.br
Campina Grande
Centro de Assistência Toxicológica de Campina Grande
Responsável: Dra. Sayonara Maria Lia Fook Meira Braga
End.: Hospital Universitário Alcides Carneiro
Rua Carlos Chagas s/nº – Bairro São José – CEP 58107-670 – Campina Grande/PB
Fone/Fax: (83) 341-4534 (hospital – falar com Socorro Campos)
E-mail: sayonarafook@hotmail.com
Campinas
Centro de Controle de Intoxicações de Campinas
Responsáveis: Eduardo Mello de Capitani e Ronan José Vieira
End.: Faculdade de Ciências Médicas – Cidade Universitária – Zeferino Vaz –
Hospital das Clínicas – Unicamp – CEP 13.083-970 – Campinas/SP
AN02FREV001/REV 4.0
200
Fone: (19) 3788.7573/3788.7290 (CIT) – Fax: (19) 3289-3952 (CIT)
e-mail: mtereza@fcm.unicamp.br
Campo Grande
Centro de Informações Toxicológicas de Campo Grande
Responsável: Márcio Toledo
End.: Av. Eng. Luthero Lopes, 36 – Aero Rancho – CEP 79.084-180 – Campo
Grande/MS – Fone: (67) 386-8655 e 378-2558 – Fax: (67) 381.2996(CIT)
E-mail: civitoxms@bol.com.br
Cuiabá
Centro de Informação Antiveneno de Mato Grosso
Responsável: Dr. José Antônio de Figueiredo
End.: Hospital Municipal e Pronto-Socorro de Cuiabá
Rua General Valle, 192 – Bairro Bandeirantes – CEP 78.010-100 – Cuiabá/MT
Fone/Fax: (65) 617-1700 (hospital) – Fone: (65) 617-1715 (CIT)
E-mail: laine.magalhaes@bol.com.br
Curitiba
Centro de Informações Toxicológicas de Curitiba
Responsável: Gisélia Burigo Guimarães Rubio
Supervisora: Dra. Marlene Entres
End.: Hospital de Clínicas
Rua General Carneiro, nº 180 – Centro – CEP 80.060-000 – Curitiba/PR
Fone: (41) 264-8290 / 363-7820 – Fax: (41) 360-1800 – R. 6619
Atendimento: 0800 41 01 48
e-mail: giselia@pr.gov.br
AN02FREV001/REV 4.0
201
Florianópolis
Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina
Responsável: Marlene Zannin
End.: Universidade Federal de Santa Catarina – Hospital Universitário – Bairro
Trindade – Caixa Postal 5199 – CEP 88040-970 – Florianópolis/SC
Fones: (48) 331.9535/ 331.9173 (CIT) – Atendimento: 0800 643 52 52 – Fax: (48)
331.9083 (CIT)
E-mail: cit@ccs.ufsc.br – cit@hu.ufsc.br
Fortaleza
Centro de Assistência Toxicológica de Fortaleza
Responsável: Dr. José Ambrósio Guimarães
End.: Instituto Dr. José Frota
Rua Barão do Rio Branco, 1.816 – Centro – CEP 60.016-061 – Fortaleza/CE
Fone: (85) 255.5050 / 255.5012 (CIT) – Fax: (85) 255.5048 (CIT)
E-mail: ceatox.adm@ijf.ce.gov.br
Goiânia
Centro de Informações Tóxico-farmacológicas de Goiás
Responsável: Dilza Diniz Dias
End.: Superintendência de Vigilância Sanitária
Av. Anhanguera, 5.195 – Setor Coimbra – CEP 74.043-001 – Goiânia/GO
Fone: (62) 201.4113 – Fax: (62) 291-4350 – Atendimento: 0800 646 43 50
E-mail: cit@visa.goias.gov.br
João Pessoa
Centro de Assistência Toxicológica da Paraíba
Responsável: Ednilza Pereira de Farias Dias
End.: Hospital Universitário Lauro Wanderley
AN02FREV001/REV 4.0
202
Cidade Universitária – Campus I – CEP 58.059-900 – João Pessoa/PB
Fone: (83) 216.7007 – Fax: (83) 224.6688
Site: www.ufpb.br/ceatox – e-mail: ednilza@terra.com.br
Londrina
Centro de Controle de Intoxicações de Londrina
Responsável: Dra. Conceição Aparecida Turini
End.: Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná – Universidade Estadual
de Londrina
Av. Robert Kock, 60 – Vila Operária – Caixa Postal 1611 – CEP 86.038-440 –
Londrina/PR
Fone: (43) 3371.2244 – Fax: (43) 3371-2422
E-mail: cci@uel.br
Manaus
Centro de Informações Toxicológicas de Manaus
Responsável: Andréa de Souza Carneiro
End.: Hospital Universitário Getúlio Vargas – Serviço de Farmácia do HUGV
Av. Apurinã, 4 – Praça 14 – CEP 69.020-170 – Manaus/AM
Fone/Fax: (92) 622-1972
E-mail: citam@ig.com.br
Marília
Centro de Atendimento Toxicológico de Marília
Responsável: Dr. Machado
End.: Rua Aziz Atalah s/nº – CEP 17.500-000 – Marília/SP
Fone: (14) 433.8795 (CIT) – 421.1744 R. 1008 (hospital) – Fax: ( 14) 433.1888 e
422.5457
E-mail: mcshadow@terra.com.br
AN02FREV001/REV 4.0
203
Maringá
Centro de Controle de Intoxicações de Maringá
Responsável: Dra. Magda Lucia Felix de Oliveira
End.: Hospital Universitário Regional de Maringá
Av. Mandacaru, 1.590 – CEP 87080-000 – Maringá/PR
Fone: (44) 225.8484 R. 227 (hospital) – Fone/Fax: (44) 262.1131 (CIT)
E-mail: sec-cci@uem.br
Natal
Centro de Informação Toxicológica de Natal
Responsável: Dr. José Roberto Freire de Oliveira
End.: Hospital Giselda Trigueiro
Rua Cônego Montes, 110 – Quintas – CEP 59.035-000 – Natal/RN
Fone: (84) 232-7969 – Fax: (84) 232-7909
E-mail: rivaneteb@bol.com.br
Niterói
Centro de Controle de Intoxicações de Niterói
Responsáveis: Dr. Luís Querino de Araújo Caldas e Lilia Ribeiro Guerra
End.: Hospital Universitário Antônio Pedro
Av. Marques do Paraná, 303 – Centro – Prédio da emergência do HUAP – 4º andar
– CEP 24033-900 – Niterói/RJ
Fone: (21) 2717.0521 / 2717-0148 – R. 4– Fax: (21) 2717.0521 – R. 5
e-mail: ccilqac@vm.uff.br e ccinlrg@hospital.huap.uff.br
Porto Alegre
Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul
Responsável: Dr. Alberto Nicolella
AN02FREV001/REV 4.0
204
End.: Rua Domingos Crescêncio, 132 – 8º andar – Santana – CEP 90.650-090 –
Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3217.1751 (CIT) – Fax: (51) 3217.9067 – Atendimento: 0800 78 02 00 –
Celular: (51) 9966.9103
Site: www.cit.rs.gov.br – e-mail: cit@fepps.rs.gov.br
Presidente Prudente
Centro de Atendimento Toxicológico de Presidente Prudente
Responsável: Dra. Rita de Cássia Bomfim Leitão Higa
End.: Hospital Estadual Odilon Antunes de Siqueira
Av. Coronel José Soares Marcondes, 3.758 – Jardim Bongiovani – CEP 19.050-230
– Presidente Prudente/SP
Fone/Fax: (18) 231.4422 – Fone: (18) 229-1500 (plantão) – 9771-2286
Site: www.unoeste.br/ceatox – e-mail : ceatox@apec.unoeste.br
Recife
Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco
Responsável: Dr. Américo Ernesto de Oliveira Júnior
End.: Hospital da Restauração – 1º andar
Av. Agamenon Magalhães s/nº – Bairro Derby – CEP 52.010-040 – Recife – PE
Fone: (81) 3421.5444 R. 151 (hospital) – Fax: (81) 3421.5927 / 3423-8263
E-mail: americojr@uol.com.br
Ribeirão Preto
Centro de Controle de Intoxicações de Ribeirão Preto
Responsável: João Batista de Menezes
End.: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP
Av. Bernardino de Campos, 1000 – Bairro Higienópolis – CEP 14.015-130 – Ribeirão
Preto/SP
Fone: (16) 602-1000 (hospital) – 602.1190 (CIT) – Fax: 610.1375
AN02FREV001/REV 4.0
205
Rio de Janeiro
Centro de Controle de Intoxicações do Rio de Janeiro
Responsável: Dr. Jaderson Sócrates Lima
End.: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
Av. Brigadeiro Trompovski, s/nº – UFRJ – 8º andar, sala E-01- Ilha do Fundão –
Cidade Universitária – CEP 21.941-590 – Rio de Janeiro/RJ
Fone: (21) 2573.3244/2290-3344 (CIT) – Fax: (21) 2573-7079 (CIT)
E-mail: jsocrates@hucff.ufrj.br e jsocrates@infolink.com.br
Rio de Janeiro
Fiocruz
Responsável: Eduardo Martins
End.: Av. Brasil, 4.635 – Prédio Haity Moussatche – sala 218 – CEP 21.045 – Rio de
Janeiro/RJ
Fone: (21) 3865-3246 – Fax: 2260.9944 / 2270.2668
Site: www.fiocruz.br/sinitox – e-mail: sinitox@fiocruz.br
AN02FREV001/REV 4.0
206
Responsável: Otávio Monteiro Becker Júnior
End.: Hospital Municipal "Dr. José de Carvalho Florence"
Rua Saigiro Nakamura, 800 – Vila Industrial – CEP 12.220-280 – São José dos
Campos/SP
Fone: (12) 3901-3400 R. 3431/3449 (hospital) – Fax: (12) 3912-1232
E-mail: hmjcf@iconet.com.br
Salvador
Centro de Informações Antiveneno da Bahia – Ciave
Responsável: Dra. Daisy Schwab Rodrigues
End.: Hospital Geral Roberto Santos
Rua Direta do Saboeiro, Estrada Velha do Saboeiro, s/nº, Cabula – CEP 41.150-000
– Salvador/BA
Fone: (71) 387.3414 / 387-4343 e 0800 284 43 43 – Fax: (71) 387.3414
Site: www.ciave.hpg.com.br – e-mail: ciave@saude.ba.gov.br
Santos
Centro de Controle de Intoxicações de Santos
Responsável: Alfredo José Monteiro Scaff
End.: Hospital Guilherme Álvaro
Rua Dr. Oswaldo Cruz, 197 – Boqueirão – sala 134 – CEP 11.045-904 – Santos/SP
Fone: (13) 3222.2878 – Fax: (13) 3222.2654
E-mail: alfredo@lusiada.br
São Paulo
Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo
Responsável: Darcileia Amaral
End.: Hospital Municipal “Dr. Artur Ribeiro de Saboya”
Av. Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro, 860 – Térreo II – Jabaquara – CEP
04.330-020 – São Paulo/SP
AN02FREV001/REV 4.0
207
Fone/Fax: (11) 5012/2399 (CIT) – 5012-5311 (atendimento médico) – Atendimento:
0800 771 37 33
E-mail: cci.sp@bol.com.br
São Paulo
Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
Responsável: Dr. Anthony Wong
End.: Hospital das Clínicas/Faculdade de Medicina
Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 647 – 2º andar – Cerqueira César
CEP 05.403-900 – São Paulo
Fone: (11) 3069.8571 0800148110 – Fax: (11) 3088.9431 – Atendimento: 0800 14
81 10
Site: www.icr.hcnet.usp.br/ceatox – e-mail: ceatox@icr.hcnet.usp.br
Sergipe
Centro de Informação Toxicológica
Responsável: Antônio Medeiros Venâncio
End.: Avenida Tancredo Neves, s/nº – antiga creche – anexo do Hospital
Governador João Alves Filho – Bairro Capucho – CEP 49.000-000 – Sergipe/SE
Fone/Fax: (79) 259.3645
e-mail: sescit@prodase.com.br e vamk@infonet.com.br
Taubaté
Centro de Controle de Intoxicações de Taubaté
Responsável: Dra. Telma da Silva Santos
End.: Fundação Universitária de Saúde de Taubaté – Universidade de Taubaté –
Hospital Escola
Av. Granadeiro Guimarães, 270 – Centro – CEP 12.020-130 – Taubaté/SP
Fone: (12) 232.6565 – Fax: (12) 232.6565
AN02FREV001/REV 4.0
208
E-mail: crisfugliene@ig.com.br
Vitória
Centro de Controle de Intoxicações do Espírito Santo
Responsável: Dra. Sony de Freitas Itho
End.: Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória
Al. Mary Ubirajara, 205 – Santa Lúcia – CEP 29.055-120 – Vitória/ES
Fone/Fax: (27) 3137-2400 / 3137-2406 – Atendimento: 0800 283 99 04
E-mail: sonytho@excelsa.com.br
31 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
31.1 LEIS
AN02FREV001/REV 4.0
209
Estabelece normas para uso das técnicas de engenharia genética e liberação no
meio ambiente, de organismos geneticamente modificados.
31.2 DECRETOS
31.3 NORMAS
AN02FREV001/REV 4.0
210
Normas Regulamentadoras Rurais – NRR 5
http://www.anvisa.gov.br/legis/normas/nrr_5.htm
Produtos Químicos (155.000 – 4).
Normas Regulamentadoras – NR 7
http://www.anvisa.gov.br/legis/normas/nrr_7.htm
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (107.000-2): estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e da implementação, por parte de todos os
empregadores e instituição que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
Normas Regulamentadoras – NR 9
http://www.anvisa.gov.br/legis/normas/nrr_9.htm
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (109.000-3): estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e da implementação, por parte de todos os
empregadores e instituição que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais–PPRA
Normas Regulamentadoras – NR 15
http://www.anvisa.gov.br/legis/normas/nrr_15.htm
Atividades e Operações Insalubres (115.000-6): considera as atividades ou
operações insalubres e os limites de tolerância
Normas Regulamentadoras – NR 16
http://www.anvisa.gov.br/legis/normas/nrr_16.htm
Atividades e Operações Perigosas (116.000-1)
AN02FREV001/REV 4.0
211
Normas Regulamentadoras – NR 25
http://www.anvisa.gov.br/legis/normas/nrr_25.htm
Resíduos Industriais (125.000.0)
AN02FREV001/REV 4.0
212
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASARETT & DOULLS. Toxicology: the basic science of poisons. 6. ed., New York:
Pergamon Press, 1997.
AN02FREV001/REV 4.0
213
MACHADO, J. G. N. Risco de intoxicação na cultura do citrus. Revista Cipa. São
Paulo, ano XVII 196, 1996.
A EMATER-DF faz campanha pelo uso adequado. Defesa Vegetal, São Paulo,
Extra II, 1984.
USO adequado dos defensivos agrícolas. Defesa Vegetal, 1985. São Paulo, Extra
II.
.
FIM DO CURSO
AN02FREV001/REV 4.0
214