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Thiago H.

Strassalano

PROJETO

Projeto desenvolvido por Thiago H. Strassalano, como conclusão do curso


de Tecnologia em Mídias Digitais; habilitação em Arte e Tecnologia,
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Thiago H. Strassalano

PROJETO
sumário #6 TESTES REALIZADOS DURANTE A PESQUISA
pág. 31
INTRODUÇÃO Teste 1
pág. 07 pág. 31
#1 COMO SURGIU A PESQUISA Teste 2
pág. 09 pág. 32
#2 REFERÊNCIAS TEÓRICAS NO CAMPO DA CIÊNCIA Teste 3
pág. 13 pág. 33
#3 AS CORES E SEUS PROCESSOS Teste 4
pág. 17 pág. 34
#4 CONTRIBUIÇÕES DO CAMPO DA ARTE E DA FOTOGAFIA Projeto final
pág. 21 pág. 35
#5 O PROJETO “CINEMA LUZ” #7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
pág. 27 pág. 36
Introdução

Este Trabalho de Conclusão de Curso apresenta as considerações


referentes ao projeto de pesquisa intitulado “Cinema Luz”,
Trabalho de Conclusão de Curso para a disciplina de Tecnologia e Mídias desenvolvido ao longo do ano de 2006, durante a disciplina de
Digitais referente à Habilitação em Arte e Tecnologia “Tecnologia e Mídias Digitais”.
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O objetivo principal da pesquisa foi explorar a interação entre a ilumi-
Professoras orientadoras: Rejane Cantoni e Jane de Almeida. nação e o meio em que ela incide em determinado momento, somando
aos efeitos produzidos um acompanhamento musical e animações
SÃO PAULO, NOVEMBRO DE 2006. produzidas a partir do jogo de luzes. Ou seja, a pesquisa se concentrou na

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investigação de diferentes recursos de luz e som, buscando
gerar como produto final um conjunto de projeção de luzes, animações
e trilha sonora, sendo todo este processo controlado por mim.
A partir desse objetivo principal, este Trabalho de Conclusão de Curso

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procura abordar os seguintes temas: os estudos relacionados à luz e sua

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refração e projeção, as cores e seus processos, as técnicas de projeções
de luzes, os artistas que utilizam a luz com o propósito de desenvolver
a “arte de iluminar”, a montagem de estruturas de iluminação, os tipos de
equipamentos de iluminação que sejam capazes de realizar as projeções,
a interface computacional através da qual poderão se comunicar Como surgiu a pesquisa?
o usuário e o equipamento de iluminação e, por fim, a questão
da sinestesia entre luzes, sons e ambiente. Para explorar esses temas, A idéia de desenvolver esta pesquisa surgiu por ocasião das festas e
este trabalho também se baseou em alguns testes empíricos, eventos dos quais participei como convidado, quando, então, prestei
que resultaram no projeto final que intitulei “Cinema Luz”. atenção no tipo de iluminação que era produzida pra tais situações.
Percebi, nestas festas e eventos, que as projeções de luzes desenvolvidas
pelo LJ (Ligth Jockey – profissional que realiza projeções de luzes)
interferiam, até certo ponto, no trabalho do VJ (Vídeo-Jockey), profissional
este que realiza projeções de vídeo ao vivo. Isso porque os feixes de
luzes incidiam sobre as projeções de vídeo e, conseqüentemente, não se
podia enxergar os vídeos, uma vez que as duas projeções estavam sendo

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realizadas ao mesmo tempo e no mesmo local. Notei, assim, com cores escolhidas aleatoriamente ou não, na direção de flores
que havia uma falta de comunicação e interação entre o LJ e o VJ. de cores neutras (como o branco) ou claras, criando, assim,
Outro exemplo que despertou minha atenção foi a iluminação aplicada um design em conjunto com essas flores.
aleatoriamente em um ambiente sem que haja integração com os outros A partir de todos esses exemplos, a hipótese que orientou esta pesquisa
elementos, como o áudio, por exemplo. Neste tipo de contexto, foi que, no caso dos espaços arquitetônicos, a iluminação pode
a alternativa poderia ser a aplicação de projeções de luzes em conjunto ser melhor empregada se a ela forem agregados outros recursos
com uma narrativa sonora, isto é, a interação entre áudio, vídeo (como som e imagem) e explorados os detalhes que esses espaços
e iluminação a fim de obter uma melhora na estética ambientada. oferecem – colocando, desse modo, a questão da estética
Além disso, percebi, com relação à aplicação de luzes em ambientes e do design como prioridade.
paisagísticos, que o uso de equipamentos de iluminação em tais Tomemos como exemplo o uso da iluminação em espaços públicos,
ambientes pode proporcionar vantagens tanto para o paisagismo quanto tal como no Teatro Municipal de São Paulo. Neste espaço,
para a iluminação, enriquecendo a estética do ambiente. Um exemplo a iluminação externa é composta de luzes quentes de mercúrio
a ser citado, nesse sentido, é a iluminação em um espaço público: é (sendo essa luminosidade em tons de amarelo) e algumas luzes frias
possível projetar luzes em árvores para aproveitar as suas sombras para (em luminosidade branca). Podemos constatar que em torno de toda
gerar imagens em paredes, através do recurso da “lycra semi-elástica”, a arquitetura do prédio as luzes amarelas são aplicadas nas paredes
dado que a lycra permite a projeção em ambos os lados. A visualização e nos contornos, já as luzes brancas estão dispostas somente
da sombra projetada produz uma contra-luz que, por sua vez, projeta a em estátuas e em alguns pontos, como nas janelas.
mesma sombra para o lado oposto de onde ela está sendo direcionada. A disposição das luzes no exemplo citado poderia ter melhores resultados
Outro caso que pode ser mencionado é a aplicação de luzes, projetadas se não se restringisse apenas à iluminação das paredes, dos contornos do
prédio, das janelas e das estátuas, mas também buscasse valorizar
os detalhes da própria arquitetura que o prédio exibe por meio da
aplicação de técnicas de sombreamento em objetos e do uso de cores
que possam realçar mais a estética e o design dos seus detalhes.

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Diante de toda essa problemática que envolvia a iluminação,

#
percebi a importância da forma pela qual as luzes são projetadas.
Pensei, então, em aplicar a questão da estética e do design
no contexto da arte e tecnologia, visando explorar mais os seus
resultados nas projeções de luzes através do jogo com as cores
e as formas recortadas das luzes. Referências teóricas no campo da ciência
Sendo assim, as luzes, que foram os objetos em questão,
transformaram-se em objetos de arte ao serem relacionadas Para o desenvolvimento desta pesquisa utilizei como referências teóricas
à estética conceitual. O conceitual, neste sentido, diz respeito principais dois cientistas que se dedicaram aos estudos sobre óptica
à transformação que o objeto “luz” obteve ao se discutir a projeção e a luz e produziram conceitos importantes para os argumentos
da luz correlacionada a questão do design e da estética. que estão expostos ao longo deste TCC: Roger Bacon e Isaac Newton.
O inglês Roger Bacon (1214-1294) tornou-se conhecido por colocar
ênfase nas questões empíricas nos seus estudos relacionados à óptica.
Foi ele o responsável por ter criado as lentes usadas em telescópio
e que evoluíram, no decorrer dos anos, para serem utilizadas também nos
equipamentos de iluminação com a finalidade de convergir e refletir luz.

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Este é um ponto relevante para os meus argumentos porque conta dos seus estudos físicos e matemáticos, descobriu,
o uso das lentes nos equipamentos possibilita alterar o ângulo ao observar o espectro de luz através de um prisma no qual ele incidiu
de reflexão do facho de luz e isto foi explorado nos meus experimentos, um feixe de luz branca, que, ao atravessar o prisma, podia-se observar
que serão apresentados a seguir. o fenômeno descrito como “Dispersão Luminosa”.
Tendo em consideração aspectos como reflexão, refração e difração Assim, o cientista constatou a fragmentação e a refração (ou a difração)
em relação à luz, desenvolvi, através de projeções de luzes, conceitos luminosa sobre o prisma, o que o levou a observar as cores que eram
que podem ser aplicados em projeções e iluminações realizadas formadas nessa projeção e, depois, a separar a gama de cores
em diversos meios. O que busquei explorar foram as angulações e e a conseguir tons de arco-íris com esse experimento.
movimentos dos equipamentos de iluminação, assim como das cores, Tomando como base a utilização da luz nos estudos de Newton
formas e intensidade das luzes, levando em conta a questão da distância e entendendo que a luz é, na verdade, um comprimento de onda sensível
entre os equipamentos, se possuíam ou não lentes capazes de convergir ao olho humano, considerei também, em meus experimentos,
em um ponto de projeção ou até mesmo recortar os fachos as grandezas físicas (tais como brilho (ou amplitude), a cor (freqüência)
de luzes, quando esta for a finalidade. e a polarização (ou ângulo de vibração)), as formas e os conceitos
Com isso, pesquisei também os equipamentos de iluminação em relação estéticos e sinestésicos possíveis, tendo em vista a dualidade que ocorre
às propriedades que cada um deles possui, no intuito de analisar entre onda e partícula da luz e suas propriedades físicas.
recortes, contraluzes e convergências, sendo estas convergências
de interação entre cores, recortes, difusores e filtros.
A contribuição de Isaac Newton para este trabalho refere-se à teoria da
dispersão luminosa. Newton (1642-1727), cientista inglês renomado por
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As cores e seus processos

Uma das questões principais do meu projeto está relacionada às cores,


dado que a colorimetria é a ciência que se dedica ao estudo das cores
e seus parâmetros existentes em diversos formatos, seja na aplicação
de cores no vídeo, no impresso ou em relação ao que a visão humana
capta através do olhar. Desse modo, a colorimetria também
é uma referência para a pesquisa aqui apresentada,
pois parti desta possibilidade de estudo para testar
as projeções luminosas
e suas refrações.

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As propriedades das cores utilizadas – levando em conta a gama de cores por gelatinas e ou filtros para se atingir a tonalidade de cor exata, dado
que são usadas para projeções de luzes –, são as que correspondem ao que, atualmente, existem equipamentos de luzes (“Movie Lights”) capazes
parâmetro RGB (“R” de vermelho, “G” de verde e “B” de azul, ou “red”, de medir com precisão os valores “RGB” e, com isso, projetar as luzes
“green” e “blue”). Quando separadas essas cores e, preservando sua cor com a tonalidade exata que foi medida através das equações
original de parâmetro, 100% vermelho é vermelho, verde em 100% físicas que resultam nos valores de cores.
é verde e azul em 100% é azul. Ao misturarmos esses três parâmetros
na mesma gama de cor, a incidência é da cor branca – neste caso,
exemplifiquei as cores em parâmetro 100% puro de cada cor.
Os parâmetros de cor RGB podem ser medidos pela porcentagem
de cada cor aplicada, ou então pela numeração
que vai de 0 a 255 para cada parâmetro. Assim temos:
R = 0 - 255 G = 0 - 255 B = 0 - 255
Nesse sentido, como um ponto de luz é 100% R, outro é 100% G
e o outro 100% B, se os três pontos de luz RGB foram incididos um sobre
o outro, o seu valor ficará branco, porque os três pontos estarão juntos.
Em um outro caso, se a intenção for buscar uma cor oposta, basta que
se faça a variação da porcentagem da cor que estará sendo incidida.
Assim para a realização de projeções de luzes, principalmente com relação
à união das cores, pode-se aplicar diversas formas e técnicas, não somente
# 4
Contribuições do campo da arte e da fotografia

Também os campos da arte e da fotografia forneceram contribuições


importantes para este TCC. Uma dessas contribuições advém
do dinamarquês Olafur Eliasson, nascido em 1967, em Copenhagen.
Este artista estudou Artes na “Royal Danish Academy of Art de
Copenhagen” entre os anos de 1989 e 1995, e atualmente reside
em Berlim. Suas realizações no campo da arte com relação à iluminação
se referem ao uso de objetos que causam reflexão com as luzes,
que acaba produzindo projeções de fachos de luzes e/ou incidência
de raios luminosos em ambientes com iluminação natural ou não.

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Outro exemplo que serviu como referência é uma obra de Round Rainbow, No campo da arte cinética, o artista mais importante para esta pesquisa
produzida em 2005, na qual o artista prendeu um aro metálico no meio é Abraham Palatnik, nascido em 1928, em Natal, Rio Grande do Norte.
de um espaço e com um spot de luz ele incidiu sobre o aro Palatnik, na década de 40, estudou pintura, desenho, história, filosofia da
um facho de luz. Através da refração da luz, causa-se um reflexo arte e fez um curso de motores a explosão, em Israel. O artista produziu
em toda a volta do espaço, permitindo, assim, observar o espectro uma obra que se destacou durante a “I Bienal de São Paulo” em 1951,
de cores separadas e refletidas nas paredes. denominada “Aparelho Cinecromático”, que se tratava de quadros dentro
dos quais eram montadas engrenagens e objetos de luzes; tudo isto
atrás de uma tela onde luzes eram projetadas e, através de engrenagens,
movimentos aleatórios eram realizados com essas luzes. Por conta da
sua participação nesta exposição, Palatnik foi reconhecido como um dos
pioneiros da arte cinética no mundo.
Figuras 4 e 5: Aparelho Cinecromático, Palatnik, 1951.

Figuras 1, 2 e 3: Obra de Round Rainbow, 2005.


Em relação ao campo da fotografia, pode-se destacar o trabalho Há também outros artistas importantes que complementam as referências
do fotógrafo e filósofo esloveno Evgan Bavcar, nascido em 1948. usadas neste TCC. Dentre eles, Oskar Fischinger (1900-1967), que aplicou
A técnica fotográfica que Bavcar desenvolveu envolve uma série de o experimentalismo no cinema usando projeções de luzes captadas
aspectos interessantes, dado que, por conta da sua deficiência visual, por câmeras em película de 35mm, de modo que a película fizesse
o fotógrafo necessita do auxílio de um interlocutor para descrever a captação dos movimentos das luzes e, com isso, transformasse as
o ambiente ou objeto a ser retratado e, conseqüentemente, redesenha imagens em animações. Além deste projeto, destacam-se outros como
o que foi descrito em sua mente para poder programar a máquina os Radio Dynamics (de 1942) e Motion Painting n° 1 (de 1947),
fotográfica e assim realizar a captação da imagem. o Writing Light (de 1969) e o Lumigraph Loaned – sendo que este
Outro fator interessante é a forma com que o fotógrafo ilumina último permitiu desenhar a partir das projeções de luzes.
ambientes, utilizando-se de uma lanterna. Ao fotografar, o artista Figura 7: Lumigraph Loaned

programa a máquina fotográfica para deixar a abertura do filme


sub-exposta, projetando, desse modo, luzes sobre o seu foco apenas
para ressaltar a silhueta e outras formas na fotografia.
Figuras 5 e 6: fotografias de Bavcar na qual se destaca a técnica de subexposição.
# 5
Figura 9: Motion Painting n° 1. Figura 10: Writing Light. O Projeto “Cinema Luz”

Esta pesquisa conta, ainda, com um projeto final de projeção de luzes e


imagens, a partir do uso de uma maquete, que denominei “Cinema Luz”.
Em escala natural, este projeto dependeria do uso de uma aparelhagem
de iluminação, uma mesa de controle da luz, um gerador de energia
e uma estrutura de Box Truss – estrutura esta de alumínio de alta
resistência que permite sustentar todo o aparato mecânico de iluminação.
No dia da apresentação do projeto “Cinema Luz” para a banca
examinadora, no entanto, será montada uma maquete e usadas lanternas,
que servirão para exemplificar como o projeto funcionaria em tamanho

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real e com o uso do equipamento adequado para a animação com luzes. (retangular 16:9), que ficará posicionada ao fundo
Isso porque a estrutura de Box Truss é um aparato de alumínios e onde as luzes serão projetadas.
entrelaçados que possibilita a sustentação dos equipamentos de luz Com relação aos equipamentos de luzes, pesquisei diversos modelos
e pode fazer com que eles fiquem suspensos a uma certa altura para e tipos no mercado, dentre eles o “Movie Light”, o “Fresnel”, o “Lico”
que a projeção possa ser feita com mais qualidade e segurança. Como (elipsoidal), o “Scanner Light”, “spots” e o “Smart Gobos”.
tal estrutura pode variar em formato, que vai desde formas retilíneas, Dentre os equipamentos citados, vale ressaltar que alguns deles
arredondadas (círculos) e até com formas trapezoidais, seus diâmetros possuem corpo eletromecânico, cujo funcionamento mecânico
são bem variados – tal como indicam as imagens abaixo: se dá através de comandos executados pela mesa controladora
Figuras 11, 12 e 13: Maquete da estrutura de luz. e/ou o software. Já os equipamentos mais simples não
possuem essa parte mecânica, apenas para controlar
a intensidade das luzes.
Essas luzes, por possuírem tais especificações mencionadas
acima, serão programadas ou pré-programadas para realizar o meu
projeto. Pretendo aplicar para esses equipamentos de projeções uma
interface computacional e uma mesa controladora Midi com interface
Sendo assim, para executar a montagem dessa estrutura, seria necessário de controle “DMX” protocolo de programação, usado em mesas de
um estudo sobre o local onde esta poderia ser montada. iluminação profissional. Este software é o responsável pela manipulação
No caso da apresentação do projeto deste TCC, escolhi uma estrutura do equipamento de luz e, ao ser conectado à mesa, faz com que o
em formato trapezoidal e uma tela em lycra no formato de tela de cinema equipamento realize a programação desejada.
Por exemplo: o equipamento de iluminação denominado Movie light
(equipamento gerador de luzes capaz de realizar movimentos giratórios
em 360º na horizontal e 180º na vertical), ao receber informações
enviadas pela mesa de controle Midi, realiza seu comando, fazendo

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com que o equipamento tenha movimentação executada

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pelo operador de luz (ou pelo LJ).
A mesa controladora Midi é parecida com uma mesa de som, no entanto
ela realiza todas as funções necessárias para o controle da luz. Este tipo
de mesa realiza somente os movimentos e controles de intensidade de
cores, havendo assim a necessidade de utilização do software que faça Testes realizados durante a pesquisa
com que, a cada batida da música, o som realize um movimento diferente.
No projeto que será apresentado, este tipo de mesa não será utilizado TESTE 1
porque a intenção é obter uma interação do som com a luz através do O primeiro teste que realizei aconteceu durante um evento,
meu manuseio pessoal (do som e da luz). Além disso, utilizarei uma tela e de forma inusitada. Montei no teto um globo de espelhos e,
em lycra no formato de tela de cinema (com dimensões de 16:9) para a uma distância de 3 metros, aproximadamente, coloquei uma pequena
projetar as luzes, tornando-as, assim, visíveis em diversos ângulos, cores, lanterna direcionando o seu foco de luz para o globo. Ao ligar a lanterna,
formas e sombras criadas durante as projeções. Tudo isso acontecendo ela incidia seu foco de luz em direção ao globo, que, por sua vez,
em conjunto com uma narrativa sonora, a fim de compor o conjunto projetava sua sombra na parede oposta da lanterna, causando uma
estético deste projeto. projeção de luz parecida com um eclipse. Ao girar o globo de espelhos,
a aparência era mesmo a de um eclipse, pois em volta da parede era visto

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o reflexo dos espelhos grudados no globo e, conseqüentemente, TESTE 3
uma sombra na parede oposta à lanterna. O terceiro teste foi realizado em conjunto com o grupo de arte
coletiva “La Borg”, durante os ensaios de projeção que este grupo realiza.
TESTE 2 Neste experimento, procurei testar a iluminação com relação à questão
O segundo teste foi realizado em meados de julho de 2006. de direcionamento do foco de luz sobre objetos.
Neste, utilizei uma lanterna de potência de iluminação média e sem Os objetos escolhidos para o teste eram líquidos de diferentes densidades,
controle de intensidade – ou seja, sem dimmer – além de luz branca, como óleos, tintas e outras composições pigmentadas. Utilizei, também,
alguns recortes de cartolina preta para projetar formas e duas gelatinas alguns equipamentos, tais como cabeças de luzes do tipo “Fresnel”,
de cor 020 “Medium Amber” (de tonalidade alaranjada) e 003 “Lavander” lentes convergentes para projetar e difusores como tecron
(de tonalidade arrochada). para suavizar as sombras dos objetos iluminados.
Para este teste realizei mudanças de cores com gelatina para suavizar Foram simulados movimentos nas luzes e aplicados difusores para causar
as projeções, mas pude perceber que as sombras e recortes nas projeções o efeito de sombreamento, mas não foram utilizadas gelatinas de cores,
ficaram difusos. Quando a luz branca era projetada, os recortes ficavam pois os objetos eram tintas, líquidos e pigmentos, que teriam, portanto,
mais evidentes; porém, quando se distanciava o recorte de papel do ponto a cor no estado natural alterada, sobretudo porque as luzes usadas
de luz, a sombra formada na parede ficava mais difusa e sombreava eram de intensidade quente.
mais o próprio recorte papel do ponto de luz. Então, pude concluir que Na mesma oportunidade realizei outro teste para a observação do
não podia distanciar os recortes, pois, assim, perderia o foco na projeção. recorte da luz sobre objetos quando sombras no fundo eram projetadas.
Além disso, quando aplicadas as cores, dada a minha necessidade de A intenção era analisar até que ponto a sombra ficaria mais ou menos
utilizar outras gelatinas e papel tecron, a luz também ficava mais difusa. difusa à medida que a luz não se distanciasse do foco. A preocupação,
neste caso, era buscar o foco ideal para não deixar a imagem difusa, assim PROJETO FINAL
como realizar os movimentos adequados com o objeto luz para que a Para finalizar a apresentação desta pesquisa será realizada a montagem
imagem não saísse do foco. de uma maquete em formato de miniatura. O propósito é usá-la para
exemplificar o que pode ser feito com a projeção de luzes em um espaço
TESTE 4 de diâmetro maior do que o da maquete e que esse mesmo espaço pode
O quarto teste também foi realizado com o grupo “La Borg”, variar a sua área. Tem-se por objetivo, assim, obter outras dimensões, e
mas, desta vez, o experimento tratava de projeções com fumaça. Foram em diversas escalas, com a projeção de luzes.
utilizados um projetor de vídeo, imagens coloridas, incensos, madeira, Por fim, espera-se demonstrar com o projeto “Cinema Luz” que são
cigarro e outros carburantes. Enquanto o projetor exibia imagens com variadas as possibilidades de uso do objeto luz, sobretudo quando este é
cores e formas se movimentando, no facho de luz eram aplicadas as aplicado a obras que relacionam arte e tecnologia.
nuvens de fumaça que estavam sendo geradas pelos objetos carburantes.
Pôde-se perceber que o recorte de luz do projetor produzia variações
de cores na nuvem de fumaça e, conseqüentemente, transformava-se em
imagens fractalizadas. Foi perceptível a variação da intensidade da luz
sobre a fumaça devido à ausência de um equipamento de luz profissional,
já que o equipamento que estávamos utilizando era um projetor de vídeo
que estava servindo como projetor de luz. Ficou constatado,
então, que para se obter outro efeito seria necessário
um equipamento de luz do tipo “Movie light”.
#7 Referências bibliográficas Outras fontes de pesquisa

Roger Bacon. Disponível em:


BAVCAR, Evgen. Memória do Brasil. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. http://pt.wikipedia.org/wiki/Roger_Bacon
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º 36 º º 37 º
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Acessado em 30 de março de 2006.

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