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PROJETO DE VIDA

CADERNO DO PROFESSOR - 1ª SÉRIE - VOL.3


2020
PROJETO DE VIDA

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
A VIDA É UM PROJETO

Objetivo: Refletir sobre a importância de planejar o futuro


por meio da elaboração de um Projeto de Vida.
Competências socioemocionais Organização e Determinação.
em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

Neste bimestre, os estudantes devem colocar em prática a construção do seu Projeto de


Vida. Assim, o autoconhecimento é base para a elaboração do Plano de Ação que dará
“concretude” ao que eles desejam alcançar e sonham. Haja vista que pensar no futuro é
uma forma de buscar se preparar para ele, o planejamento define o caminho a ser
percorrido para alcançar o que se deseja, o que deve envolver um conjunto de iniciativas
e Ações, entre as quais está a elaboração de um Plano de Ação.

ATIVIDADE – TODO CAMINHO É DIFERENTE

Portanto, é preciso que os estudantes retomem o que sabem sobre si mesmos para
definição das etapas do Plano de Ação, que se desenvolverá nas aulas desse bimestre.
Isso é imprescindível para que saiam do campo das ideias e da imaginação, do sonho
para a ação. Para isso, o professor deve iniciar a aula falando sobre a importância de
pensar no futuro, nas escolhas e decisões tomadas e, em roda de conversa, propor um
debate sobre a leitura dos textos 1 e 2 da atividade.

TEXTO 1

A única revolução possível é a que se faz dentro de nós

Não é possível libertar um povo sem, antes, livrar-se da


escravidão de si mesmo.
Sem esta [revolução interna], qualquer outra será insignificante,
efêmera e ilusória, quando não um retrocesso.
Cada pessoa tem sua caminhada própria.
Faça o melhor que puder.
Seja o melhor que puder.
O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

Compreenda que, se não veio, cumpre a você (a mim e a todos)


modificar suas (nossas) técnicas, visões, verdades etc.
Nossa caminhada somente termina no túmulo.
Ou até mesmo além…
Segue a essência de quem teve sucesso em vencer um império…
GANDHI, Mahatma. A única revolução possível é dentro de nós. Disponível em:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/gandhi.pdf. Acesso em: jan. 2020.

TEXTO 2

[…] O sentido da vida é tudo aquilo que nos encaminha na direção da realização do
nosso projeto. Cada vez que você dá um passo […] na direção da consecução do seu
projeto, você se realiza como pessoa. […] Uma vida sem rumo deve ser como um barco
sem bússola, um filme sem roteiro.

COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Educação e vida. Belo Horizonte: Modus Faciendi,
2001. p. 34-35.

Após os comentários, os estudantes devem discutir as questões que seguem abaixo,


estabelecendo correlações com as discussões já realizadas anteriormente sobre os
textos:
1. Aprende-se mais errando.
2. Somos reféns do acaso.
3. Vento algum é favorável para quem não sabe aonde quer ir.
4. Toda escolha tem uma intenção positiva.

É esperado que os estudantes reflitam sobre essas questões por meio das perspectivas
trazidas pelos textos, que falam sobre a importância de estabelecer os próprios
caminhos, definir a caminhada e se esforçar por fazer o melhor, pois essas são decisões
fundamentais para empreender qualquer Projeto de Vida.
Cabe destacar que essas reflexões favorecem a abordagem da competência
Determinação. Enfatize que, ao estabelecer objetivos, somos motivados a trabalhar para
que estes se concretizem e, na sequência, problematize com os estudantes: vocês
costumam estabelecer metas no dia a dia? Existe algum objetivo que vocês traçaram
para conseguir melhores resultados nos seus estudos, nos esportes que praticam ou em
alguma atividade que realizam? Geralmente, essas metas são desafiadoras ou fáceis de
realizar? Vocês dedicam esforço para atingi-las?

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

As discussões da atividade, portanto, devem ser mediadas pelo professor, para que os
estudantes reflitam sobre a importância de saber quem são e o que querem, além de,
sobretudo, ter um planejamento para a consecução do seu Projeto de Vida.

CADERNO DO ESTUDANTE

ATIVIDADE – É PRECISO TRAÇAR O CAMINHO


Na atividade É preciso traçar o caminho (página 137), os estudantes devem buscar
algo que realizaram ou alguém que conhecem que alcançou algo por meio de um projeto
traçado. Ao falar sobre isso, é provável que o professor possa aprofundar o
conhecimento dos estudantes sobre o que os levou a conquistar o que buscavam, seja
tomando como exemplo o relato pessoal de algum estudante ou de uma pessoa por ele
citada. Sobre isso, o professor deve perguntar aos estudantes se eles identificam nos
seus relatos o resultado de algum planejamento ou algo que formaliza o registro de
decisões do planejamento e a relação entre planejamento e organização, como: o que
seria feito? Aonde queriam chegar? Como seria feito? Onde seria feito? Por que seria
feito? Quando seria feito? Será que foram definidas prioridades diante do que deveria
ser feito?

ATIVIDADE – COM FOCO E FORÇA DE VONTADE


Além dessas questões ajudarem os estudantes a pensarem na apresentação
sistematizada e justificada das decisões tomadas num “planejamento”, devem também
ajudá-los a refletirem sobre o que se pede na atividade Com organização,
determinação e força de vontade (página 137), a qual procura saber deles o
compromisso que têm consigo mesmos no alcance do que desejam, inclusive na

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

participação e no aproveitamento das aulas de Projeto de Vida. Assim, cabe ao professor


perguntar, em relação a essas questões, se todos se consideram organizados e
determinados no que é preciso para alcançar o que querem e se sabem como aproveitar
as aulas de Projeto de Vida para dar mais organização e direcionamento aos seus
objetivos. Vale ressaltar que o planejamento consiste no processo de tomada de
decisões, e o Plano de Ação é a formalização dos diferentes momentos desse processo.

CADERNO DO ESTUDANTE

Avaliação

Conforme as explicações no início desta aula, é esperado que os estudantes consigam


retomar os seus registros sobre o que sabem a respeito de si mesmos e a importância
que atribuíram ao seu Projeto de Vida, para que possam refletir sobre a diferença entre
ter ou não um planejamento para a realização do seu sonho. Para isso, os estudantes
devem se sentir estimulados a saber as etapas de um Plano de Ação para a
consecução do seu Projeto de Vida, que se desenvolverá num passo a passo nas
próximas aulas.
Além dos pontos anteriores, deve ser observada a valorização, por parte dos
estudantes, sobre o esforço, a superação, formas de organização e foco para alcançar
o que desejam, pois todos esses pontos convergem para o ato de planejar, criar um
plano para possibilitar o alcance de objetivos. Assim, o professor deve estar atento a
se os estudantes conseguem descrever, na atividade É preciso traçar o caminho
(página 137), o ato ou efeito de prever, antecipar ou vislumbrar algo que ainda iria
acontecer, seja citando um exemplo pessoal ou de alguém conhecido. Bem como se
conseguem descrever se houve preparação para fazer o que queriam. Sobre isso, o
professor deve estar atento, por exemplo, a possíveis recursos que os estudantes
podem alegar terem pensando previamente ou ações que determinaram visando à
concretização de objetivos, prazos e etapas definidas. Além disso, é preciso observar
se os estudantes pensam no futuro se preparando para ele, traçando objetivos e/ou
fazendo algum tipo de planejamento. Também pode ressaltar a importância das
competências socioemocionais Organização e Determinação para alcançar seus

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

objetos a partir do plano de ação.


Problematize como os estudantes: como a organização pode ajudar vocês no
momento de coordenar os passos do plano de ação? Qual é o papel da determinação
nesse momento? Acrescente que o exercício da competência Organização auxilia na
eficiência e em agir com cuidado e atenção. Por sua vez, a determinação permite que
o estudante seja motivado, corra atrás dos seus objetivos e trabalhe para alcançá-los,
articulando esforços nesse sentido.
Em linhas gerais, se demonstram ter algum processo contínuo de tomada de decisões,
que se preocupa com o “para onde ir” e “quais são as maneiras adequadas para chegar
lá”, tendo em vista a sua situação presente e possibilidades futuras.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
UMA VIAGEM RUMO A ÍTACA

Objetivo: Iniciar a elaboração do Plano de Ação do


Projeto de Vida.
Competências socioemocionais Organização, Iniciativa social e Empatia.
em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

Desenvolvimento
O tema desta aula é introduzido reportando a um episódio da Odisseia de Homero,
quando Odisseu se recusa a ser imortal e afirma seu destino humano. A ideia é partir
dessa espécie de alegoria para chamar a atenção para o seguinte fato: ao escolher o
destino humano, Odisseu opta por si mesmo, por um destino que só a ele cabia efetivar
e que, consequentemente, o tornaria Odisseu. Ao tomar o destino nas próprias mãos,
Odisseu se faz autor de sua trajetória e então começou a tecer sua própria narrativa,
elaborando a si mesmo, construindo a sua identidade.
Apoiados nesse mito, pode-se afirmar que construir um Projeto de Vida tem muito de
uma narrativa de si mesmo, pois o indivíduo atenta ao que deseja no presente e projeta
essas aspirações para o futuro, ao tempo em que se delineiam os caminhos a serem
percorridos e as habilidades necessárias para atravessá-los. Tomar a si mesmo como
uma narrativa que se elabora possibilita não só essas projeções como a oportunidade
de reformulá-las, observando nas entrelinhas do que foi registrado possíveis margens de
manobra para os roteiros entrevistados nessa etapa. Já nas primeiras aulas de Projeto
de Vida, foram trabalhadas questões concernentes a identidade e valores, estando os
estudantes, portanto, familiarizados com esses temas. A partir destas duas aulas, a

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

proposta é revisitar esses temas, mas visando elaborar sistematicamente o Plano de


Ação do Projeto de Vida de cada estudante. Contudo, é importante esclarecer que cada
estudante passará por uma reelaboração contínua do Plano de Ação, à medida que se
modificarem, ampliarem seus repertórios, durante as próximas às aulas.
Para Saber MAIS!
Abaixo seguem elementos que devem ajudar o professor a fazer as relações
necessárias da aula com a Odisseia de Homero:
Conta uma antiquíssima lenda grega que, após dez anos longe de casa e tendo vencido
a famosa Guerra de Tróia, Odisseu se põe a caminho de Ítaca, sua terra natal, onde o
aguardam a mulher, Penélope, e Telêmaco, seu único filho. Mas, já no início da longa
jornada, o herói é vítima de um naufrágio e é resgatado pela bela ninfa Calipso, que
decide tomá-lo por esposo, aprisionando-o na ilha. Porém, mesmo tratado como um rei
e em companhia da mais bela criatura já vista, durante os dez anos de convívio com a
ninfa, Odisseu jamais foi feliz. Todos os dias, chorava de saudade da terra natal e da
família.
Decidida a convencê-lo a ficar, Calipso argumenta que as mais terríveis provações
aguardam Odisseu pelo caminho; além disso, vinte anos após ele ter saído de casa,
Penélope já não seria mais a mesma, tendo perdido grande parte da beleza, enquanto
ela, Calipso, seria eternamente bela, pois era uma criatura divina. Dito isso, a ninfa
oferece ao herói a suprema riqueza dos deuses: se ele concordasse em permanecer ao
lado dela, ela faria dele também um deus, eternamente jovem, eternamente bonito.
Odisseu retruca que o que ele quer é um destino humano: envelhecer e morrer ao lado
da esposa e do filho, sendo rei em sua terra, Ítaca. Vencida, Calipso deixa-o partir.
Ao escolher o destino humano, consciente das tribulações que encontraria pelo caminho,
é que Odisseu se torna de fato Odisseu. Perseguido pelo deus Poseidon (Netuno);
perdendo amigos devorados por gigantes; enfrentando a maga Circe, que transforma
homens em porcos; combatendo o perverso ciclope Polifemo; resistindo ao canto de
sereias terríveis… Só assim ele podia se tornar de fato quem ele era: o único mortal a ir
ao inferno e retornar, pleno de sabedoria. Odisseu sabia que, enfrentando o destino
humano, o homem se enriquece de histórias. E, pleno de histórias, mesmo sendo mortal,
vive eternamente na memória dos outros homens. É por esse formidável movimento de
vencer a morte mesmo sendo mortais, que os deuses (que nunca morrem) invejam os
homens.
Se tivesse se rendido às propostas de Calipso, Odisseu estaria até hoje ao lado da ninfa.
E jamais teria existido a Odisseia, o conjunto de versos que narram suas façanhas e nos
inspiram (uma obra fascinante que certamente você vai ler um dia).

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PROJETO DE VIDA

Para haver histórias, é preciso que se escolha um destino. E como todos nós, meros
mortais, temos também um destino, costuma-se dizer que cada um tem a sua Ítaca.
Em algum lugar do mundo, a Ítaca de cada um o espera. Você já descobriu a sua?
Perseguir a sua Ítaca é o seu Projeto de Vida.

Primeiro momento
Aos estudantes deve ser apresentada a arquitetura do Plano de Ação do Projeto de Vida
e sua sistematização. Para isso, é importante que o professor tenha em mente que
elaborar um projeto não significa ter algo “engessado”, impossível de se modificar. Ao
contrário, todo Projeto de Vida deve se modificar à medida que as aspirações dos
estudantes mudam e cada um se modifica. A proposta, portanto, é que se estabeleça um
quadro geral, mas suficientemente sistemático, das aspirações que os estudantes
possuem no presente, com as devidas coordenadas para que elas sejam atingidas.
O Projeto de Vida, portanto, passa a ser definido por meio de narrativa sobre si, com os
cuidados necessários com a própria trajetória, com os valores pessoais e os recursos
que cada um dispõe ou que precisa adquirir em função do que aspiram. Ou seja, como
um quebra-cabeça, é chegada a hora de “encaixar todas as peças”. Ressalte que, para
conseguir encaixar todas as peças, é importante que os estudantes estejam em processo
de desenvolvimento da competência Organização, necessária para o planejamento.
Lembre-os que organização exige atenção meticulosa aos detalhes importantes, além
de cuidado e dedicação de tempo. Em roda de conversa com os estudantes o professor
deve fazer o levantamento prévio dos conhecimentos dos estudantes sobre Plano de
Ação e abrir espaço para as dúvidas, pois saná-las certamente facilitará a explanação
inicial da aula. Isso pode potencializar ainda mais temas/conteúdos já desenvolvidos ao
longo dos bimestres anteriores, do componente curricular.
Importa também ressaltar que este é um primeiro exercício de escrita do Plano de Ação
do Projeto de Vida, e a intenção não é esgotar o assunto, mas se familiarizar com sua
estrutura, cujos campos serão construídos periodicamente ao longo das aulas.
Temáticas já abordadas no primeiro bimestre serão retomadas em algumas aulas, sob
novas perspectivas, para que possam ser reelaboradas pelos estudantes, tendo em vista
dessa vez a concretização de seus projetos. Consequentemente, novos temas
aparecerão ao longo deste e do 4º bimestre, para ampliar o repertório e encorajar a
tomada de decisões dos estudantes.

ATIVIDADE – NA PONTA DO LÁPIS

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

Feitas as devidas considerações, os estudantes devem responder às questões da


atividade Na ponta do lápis, conforme o que se pede no Caderno do Estudante
(página 139). A proposta é que os estudantes organizem sistematicamente informações
sobre si, que darão base à construção do Plano de Ação nas próximas aulas. É
importante salientar que a atividade pode submeter os estudantes a novas dúvidas e por
isso, eles tenham que refinar mais ainda as suas percepções sobre o que sabem sobre
si. Lembre-se que os estudantes se deparam agora com a exigência de responder por
um Projeto de Vida em que a fantasia e a realidade, o desejo e a possibilidade de
realização, se confrontam incessantemente. Sabendo disso, o espaço para diálogo é
fundamental.
Ao final, os estudantes devem comentar o que gostariam de compartilhar com a turma
sobre as suas respostas da atividade. É importante, nesse momento, que você estimule
todos eles a comentarem as respostas, dúvidas ou percepções, possibilitando o
desenvolvimento da competência Iniciativa social. Essa competência é importante para
que os estudantes consigam se expressar em público, trabalhar em grupos/equipes,
entre outros.
Durante esse compartilhamento:
- Busque que todos tenham chance de falar. Caso perceba algum estudante mais quieto
ou tímido, procure direcionar perguntas que o ajudem a iniciar o compartilhamento das
informações que registrou. Observe também aqueles estudantes que tendem a
monopolizar a fala, enfatizando a importância da escuta.
- Observe a forma como os estudantes se expressam em público: estão seguros e
preparados?
- A forma como se expressam permite a compreensão de suas ideias? As falas seguem
uma linha de raciocínio com começo, meio e fim?
- As informações que selecionaram para comentar com a turma possibilitaram a
aproximação do grupo?

CADERNO DO ESTUDANTE

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PROJETO DE VIDA

Segundo momento
ATIVIDADE – TECENDO DIÁLOGOS
Com os estudantes organizados em roda de conversa, peça a eles que comentem o que
acham sobre as afirmações da atividade Tecendo diálogos (página 142). A proposta é
que, em grupos de cinco, eles discutam os pontos de vista sobre as afirmações e depois,
em roda de conversa, realizem uma discussão com toda a turma sobre os principais
comentários que teceram em grupo. É importante que o professor considere que os
comentários dos estudantes devem ser espontâneos, estimulados por sua mediação e
sem exigir posicionamento certo ou errado. Lembre-se de que o ápice da atividade está
na divergência de pontos de vista, socializados entre os estudantes, pois é assim que
Projeto de Vida vai sendo compreendido por eles e ocupando, cada vez mais, um espaço
importante na vida de cada um. Além disso, é um momento para que os estudantes
possam desenvolver a competência Empatia, por ouvirem pontos de vistas diferentes e
agir com entendimento, respeito e bondade com os colegas.
Antes de iniciar a atividade, aproveite a oportunidade para conversar com os estudantes
sobre como exercitar a competência Empatia durante o trabalho em grupo e a roda de
conversa. Problematize: como vocês oferecem ajuda ao colega que tem vergonha de
falar em público? Conseguem apoiar aqueles que estão com dificuldade de expressar
seus pontos de vista? São capazes de entender o sentimento e o ponto de vista do outro,
mesmo ele pensando diferente de vocês?
Para concluir, enfatize que a empatia é uma forma de cultivar melhores relacionamentos.
Ao final, espera-se que os estudantes se sintam encorajados na construção do seu
Projeto de Vida.

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

As afirmações da atividade Tecendo diálogos são:


a) Cada um tem o seu tempo de despertar. Ninguém precisa saber, com certeza e
já de saída, ao que quer se dedicar. Muitas vezes, parte-se de um esboço, de
uma intuição inicial que vai ganhando forma e pode modificar-se completamente
mais adiante.
b) Contar com estímulos é essencial para perceber que, na construção do Projeto
de Vida, não se está sozinho.
c) A aula para a construção do Projeto de Vida é tão importante quanto saber
aonde se quer chegar.
d) Predispor-se aos desafios, à perseverança, à dedicação com afinco àquilo que
se quer conquistar é fundamental, uma vez que a pessoa é responsável por seu
desenvolvimento pessoal e sua caminhada. Os resultados não são imediatos, e
erros e acertos aparecerão pelo caminho.

Avaliação

Observe se os estudantes compreendem como o Projeto de Vida se estabelece por


meio das informações que organizaram sobre si mesmos na atividade Na ponta do
lápis, pois essas informações são base para a estruturação do Plano de Ação. Para
isso, o professor deve estar atento à capacidade dos estudantes em estabelecerem as
coordenadas necessárias para a organização do seu Plano de Ação, respeitando a sua
trajetória, seus valores e as condições que possuem para realização do seu sonho. Ou
seja, é preciso perceber se tudo o que descrevem têm raízes em si mesmo. Vale
ressaltar que, quanto maior o nível de autoconhecimento, mais fácil a estruturação do
Plano de Ação acontecerá.
Partindo disso, o professor deve perceber se os estudantes:
- Dispõem das informações necessárias sobre si, esboçando um encadeamento de
respostas que levam para uma passagem do que sonham para um plano concreto de
suas aspirações.
- Estão motivados a aprender como se estrutura um Plano de Ação e a seguir as suas
etapas. Ou seja, se demonstram o encorajamento necessário para a consecução do
Projeto de Vida e se demonstram capacidade de organização e empatia.

Caderno do Estudante

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PROJETO DE VIDA

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
DO SONHO À REALIDADE: A ARTE DO PLANEJAMENTO

Objetivo: Refletir sobre a importância do planejamento para


a consecução do Projeto de Vida.
Competências socioemocionais Organização.
em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

Nesta aula, os estudantes devem refletir sobre a importância da organização e do


planejamento para a consecução do Projeto de Vida. Para isso, terão que estabelecer
uma sequência lógica de Ações para chegarem a um resultado. Isso deve levá-los a
pensarem nas consequências do improviso e de um planejamento ineficiente.
ATIVIDADE – O QUE PODERIA TER MUDADO A HISTÓRIA?

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

Conforme a atividade O que poderia ter mudado na história?, do Caderno do


Estudante (página 143), o professor deve solicitar aos estudantes que, individualmente,
relatem algum fato histórico ou de suas vidas, no qual algo deu errado ou onde eles
reconhecem que o resultado poderia ter sido melhor, se houvesse um planejamento das
suas Ações. Ou seja, espera-se que os estudantes relatem fatos “malfadados” que
levaram a riscos ou a falta de Premissas básicas como ponto de partida para as Ações.
Para isso, ver a questão nº 1 da atividade O que poderia ter mudado na história?
(página 143). Vale ressaltar que a proposta da atividade não é levar os estudantes a se
fecharem numa conclusão única dos fatos, e sim ampliar e enriquecer as diferentes
possibilidades dos acontecimentos, quando estes levam a situações que poderiam ser
planejadas.
Para melhor aproveitamento do tempo da atividade:
● Peça a cada estudante que foque no fato que ocorreu e que pretendem analisar.
● A análise deve ser feita a partir de: o que se queria alcançar, o que aconteceu e
o que faltou ou falhou no fato ocorrido.
● Cada estudante deve anotar as suas conclusões para posteriores ensinamentos
a serem passados para os colegas sobre um planejamento eficiente, conforme a
questão nº 2 da atividade O que poderia ter mudado na história? (página 143).

É importante que o professor, na discussão sobre os ensinamentos, que deve ocorrer


com toda a turma, faça a mediação das falas, tecendo considerações sobre como a
organização e o planejamento podem interferir no resultado de um sonho ou objetivo e
como são fundamentais para a consecução do Projeto de Vida, como será visto na
próxima aula.
Aproveite a oportunidade para retomar o debate sobre a competência Organização.
Problematize com os estudantes: quais são as características de uma pessoa
organizada? Vocês se consideram pessoas organizadas? Como a organização ajuda (ou
pode vir a ajudar) na realização das suas atividades diárias?
Destaque que a organização abarca desde o cuidado com os pertences pessoais e da
escola, até o planejamento de nossos horários, atividades e objetivos de longo prazo.

CADERNO DO ESTUDANTE

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

ATIVIDADE – PEQUENOS PLANEJAMENTOS


Sendo assim, dando continuidade aos aprofundamentos do conteúdo da aula, peça aos
estudantes que, reunidos em quatro grupos, cada um fique responsável por um texto,
conforme a atividade Pequenos planejamentos, disponível no Caderno do Estudante
(página 144).
Grupo 1: Etapas do planejamento
Planejar é o mesmo que preparar bem cada ação e, com isso, ter uma espécie de
previsão sobre o que deve acontecer. Entretanto, não basta organizar bem as Ações: é
preciso acompanhar a realização de cada uma delas, pois é assim que é possível tomar
decisões emergenciais para modificar o que pode estar ocorrendo diferente do
planejado. Ou seja, é por meio do planejamento que é possível avaliar o resultado da
ação.

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

O grupo 1 deve mencionar quatro etapas para um planejamento mencionadas no texto


acima, que são: Planejar/Executar/Avaliar/Ajustar.
Grupo 2: Receita de casquinhas de cidra
Não se espante com a linguagem da receita a seguir! Ela faz parte do livro mais antigo
de culinária em língua portuguesa: Um Tratado da Cozinha Portuguesa (século XV), de
autor desconhecido, originalmente manuscrito. O livro todo, com escrita adaptada para
o século XXI, pode ser baixado no portal da Biblioteca Nacional, acesse através dos
meios digitais as
CASQUINHAS. Tomem cidras verdes, partam-nas em quatro ou oito partes e tirem-lhe
todo o miolo, que fiquem bem fininhas, colocando-as em seguida numa vasilha com água
fria. A seguir deem uma pequena fervura nas cidras, com um pouco de sal na água,
voltando-as em seguida para água fria. Deixem as cascas de infusão durante três dias,
trocando-lhes a água duas vezes ao dia. No fim desse tempo levem as cidras a cozer,
até que possam ser perfuradas facilmente com um alfinete. Façam uma calda e
coloquem dentro as fatias de cidra, de maneira que estas fiquem bem cobertas. Durante
nove dias permanecem as fatias nessa calda, e cada dia levam uma fervura. No último,
acrescentem algumas gotas de água-de-flor à calda, levando a compota mais uma vez
ao fogo, para uma última fervura.
A partir das informações fornecidas na receita acima, os estudantes devem descrever
alguns itens que devem estar presentes na receita para que ela realmente facilite a
organização e o planejamento de uma pessoa que buscará preparar casquinhas de cidra.
O grupo deve citar algum material necessário (ingredientes e utensílios) e um
cronograma de Ações. Assim como deve dizer se as informações das receitas são
suficientes. Se não, quais são os riscos disso e quais etapas da receita exigiriam
detalhamento?
Grupo 3: Rotina diária
Os estudantes desse grupo devem escolher um integrante para descrever um passo a
passo da sua rotina diária. É importante que o grupo registre tudo o que o colega faz
desde a hora que acorda até a hora que vai dormir. Após isso, os estudantes devem
identificar alguns valores que esse colega tem ou que estão presentes na sua rotina.
Grupo 4: Dicas de organização
Os estudantes desse grupo devem pensar na organização de uma mesa de estudo.
Assim, precisam descrever um passo a passo para uma pessoa que precisa ter sua mesa
organizada. Isso exige que os estudantes descrevam, primeiro, a importância de ter
organizada a mesa. Depois, devem listar o que deverá ficar em cima da mesa, o que
deve ir para o lixo, as coisas que precisam estar à mão, por exemplo. Feito isso, os

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

estudantes precisam descrever quatro coisas que lhes parecem as mais importantes
entre todas as indicadas por eles e que justifiquem as suas respostas.
Ao final, todos os grupos devem comentar sua atividade e o que conseguiram extrair dela
sobre a importância de ter um planejamento e como tê-lo para qualquer ação a ser
tomada, como: fazer casquinha de cidra, organizar a própria rotina diária ou arrumar uma
mesa. Assim sendo, peça aos estudantes que retomem os desenhos sobre quais seriam
os seus principais passos para a realização dos seus sonhos e verifiquem se gostariam
de ajustar algo.

Avaliação

Esta aula enfatiza a sensibilização para planejar e a valorização da organização e do


planejamento. Recomenda-se que o professor acompanhe de perto as discussões entre
grupos, o que lhe permitirá verificar até que ponto as análises dos fatos/situações e
informações trazidas nos textos dão indícios de que os estudantes acreditam que
planejar é útil, está ao alcance de qualquer pessoa e pode trazer maior rendimento às
Ações. Espera-se que, na Visão geral da turma, as três noções estejam presentes, e os
estudantes tenham compreendido que planejar envolve diferentes etapas – inclusive
durante e depois da ação. Além disso, que, quando temos organização, conseguimos
alcançar nossos objetivos, por entendermos quais passos devemos seguir.
As atividades propostas nessa aula também permitem que os estudantes percebam se
um sonho é realmente um sonho ou um desejo, pois é planejando as Ações de seus
Projetos de Vida que isso se esclarece.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
MINHAS PREMISSAS: MEUS PONTOS DE PARTIDA

Objetivo: Definir as Premissas do Plano de Ação do


Vida.
Competências socioemocionais em Organização e Assertividade.
foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

Uma das grandes dificuldades para planejar as Ações do Projeto de Vida é identificar as
Premissas do Plano de Ação, pois, é comum os estudantes partirem para as Ações do
Plano, sem defini-las, e isso só aumenta as chances de se perderem no caminho. Isso

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

porque as Premissas são os pontos de partida para que a Visão se realize e a Missão
se cumpra em qualquer projeto.
ATIVIDADE – NÃO ABRO MÃO
Sendo assim, para que os estudantes consigam definir as Premissas para a consecução
do seu Projeto de Vida, é preciso que pensem, primeiro, na Visão e na Missão do seu
Plano de Ação. Contudo, também não tem como falar em Premissas sem identificar os
Valores, pois são dos Valores que as Premissas do Projeto se originam. Assim, cabe
primeiro ao professor fazer uma retomada, com os estudantes, dos Valores discutidos e
compartilhados em sala durante as aulas do 2º bimestre. Para isso, peça aos estudantes
que listem os principais Valores que estão presentes e/ou que contribuem para a sua
forma de ser ou que gostariam de incorporar nas suas vidas, conforme a atividade Não
abro mão, no Caderno do Estudante (página 146).

Os Valores são convicções, crenças dominantes definidas pela própria pessoa, e são
condizentes com a forma de ser e de agir de uma pessoa. Assim como as Premissas, os
Valores norteiam as decisões a serem tomadas no Projeto.

Esse momento da atividade é carregado por um universo distinto de representações.


Assim, cabe ao professor respeitar o mundo subjetivo de cada estudante, mesmo que
alguém não demonstre estar comprometido com os Valores identificados. É importante
que, em roda de conversa, os estudantes compartilhem os Valores por eles identificados,
pois essa é uma oportunidade de estabelecerem contato com esse universo, para a
incorporação de novos Valores, se assim acharem necessário, além de ser uma boa
oportunidade de desenvolverem assertividade.
Dicas para mediação da roda de conversa:
● Retome com os estudantes o significado da competência Assertividade:
coragem para falar o que acredita, expressar suas opiniões, necessidades e
sentimentos.
● Diferencie assertividade e imposição de ideias.
● Incentive os estudantes a exporem os valores identificados por eles.
● Convide-os a explicar por que identificaram determinados valores, isto é, qual foi
o raciocínio que os orientou. Dessa forma, estarão defendendo suas posições e
pontos de vista com embasamento e de forma reflexiva.
Antes de partir para a definição das Premissas, o professor deve solicitar aos estudantes
que busquem lembrar do seu sonho, desenhado em seu Diário de Práticas e Vivências,

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

que retrata aonde querem chegar, ou seja, a sua Visão ou o cenário ideal do seu sonho
realizado. É por meio da Visão que conseguirão definir a Missão do Projeto. Sobre isso,
veja as questões da atividade Não abro mão, no Caderno do Estudante (página 146).
Sobre a Missão, ela define a forma de ser de uma pessoa ao longo da caminha na
realização do seu sonho, ou seja, pode ser considerada um “credo pessoal” ou filosofia
de vida. É por isso que deve ser descrita abrangendo uma forma única de ser,
considerando o propósito de vida de cada um.
Uma vez definidos os Valores, a Visão e a Missão na aula anterior, é chegado o ápice
da aula, que é a definição das Premissas do Plano de Ação do Projeto de Vida dos
estudantes, que corresponde à última questão da atividade Não abro mão, no Caderno
do Estudante (página 147). Considerando isso, o professor deve fazer um levantamento
prévio dos estudantes sobre o que eles entendem sobre Premissas e quais as relações
que estabelecem entre os seus Valores. É importante ressaltar que, assim como os
Valores, as Premissas, a Visão e a Missão funcionam como uma bússola do Projeto de
Vida, que guiarão os estudantes nas suas tomadas de decisões. Por este motivo, não é
possível partir para um planejamento sem antes ter essas questões definidas.
Premissas são verdades assumidas, condições das quais não se abre mão e, por isso,
devem ser lembradas constantemente. Elas advêm dos Valores, que devem guiar a
conduta e as decisões dos estudantes. Além disso, é importante saber que é delas que
vão partir os objetivos, prioridades e resultados que os estudantes esperam alcançar no
Plano de Ação do seu Projeto de Vida. Portanto, para facilitar os desdobramentos nas
próximas aulas, que tratarão dos objetivos do Plano de Ação, é recomendado que os
estudantes definam as Premissas por duas ou mais categorias, como: relacionamentos,
estudos e/ou carreira, espiritual.
Contudo, é importante ressaltar que, para as definições dos Valores, Missões, Visões e
Premissas que os estudantes estão sendo desafiados a definir nesta aula, não existem
respostas corretas, pois elas são subjetivas. As respostas vão depender do que cada um
é capaz de estabelecer no momento. Vale ressaltar que, a partir de agora, o Plano de
Ação do Projeto de Vida (PV) começa a ser estruturado de fato, e não tem problema que
sofra ajustes conforme a compreensão dos estudantes a cada aula. Isso advém de algo
muito natural, que são as próprias mudanças do seu Projeto de Vida.
De toda forma, abaixo seguem alguns pontos para apoiar o professor nas mediações
com os estudantes sobre as Premissas:
a) Uma Premissa é sempre uma afirmativa, e não cabe o uso de “deverá” ou
expressões equivalentes.
b) Não há nada de quem executa ou planeja que altere a premissa.

VERSÃO PRELIMINAR

17
PROJETO DE VIDA

c) Uma Premissa é algo externo ao planejamento e, por isso, é do ambiente para o


qual se planeja e no qual as coisas devem acontecer.
d) As Premissas devem ser coerentes com a Visão e a Missão.
e) As Premissas fazem parte da realidade em que se planeja e onde se vai agir.

Exemplo de premissa para “uma festa ao ar livre”:


- Tempo meteorológico sem chuvas.
Exemplo de premissa para a realização do sonho de ser piloto de avião:
- Protagonismo: ser o agente de todo o processo de aprendizagem para ser aviador.
Ao final, em roda de conversa, o professor deve abrir espaço de fala para os estudantes
que quiserem comentar as suas respostas ou para que exponham alguma dúvida sobre
o Plano de Ação do seu Projeto de Vida. É importante que o professor comente que o
entendimento desses conceitos é fundamental para a elaboração do Plano de Ação,
mas que eles não se esgotam nesta aula.

Para Saber Mais

Premissa vem do latim PRAE MISSUS, “enviado antecipadamente”, que combina as


palavras PRAE, “antes, adiante, à frente”, e MISSUS, particípio passado de MITTERE,
“mandar, enviar”. Uma premissa é um fato inicial, a partir do qual se inicia um raciocínio,
um estudo, um projeto, um plano.

Avaliação

Observar se os estudantes foram capazes de definir as Premissas do Plano de Ação.


Para isso, se certificar se eles conseguiram descrever os seus Valores, a Visão e a
Missão do Plano, conforme solicitado na aula. É necessário, portanto, que os
estudantes consigam fazer a gestão do autoconhecimento, buscando, nos registros do
seu Diário de Práticas e Vivências, o que sabem sobre si mesmos.
É importante observar também se, ao responder a atividade, os estudantes
demonstram fazer uma reflexão individual do seu comportamento, bem como se eles
percebem, por exemplo, a relação das Premissas com as decisões que já tomaram ou
que precisarão tomar para a consecução do seu Projeto de Vida.

VERSÃO PRELIMINAR

18
PROJETO DE VIDA

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
UM CAMINHO A SER SEGUIDO: CHEIO DE OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS

Objetivo: Definir os objetivos do Plano de Ação do


Projeto de Vida
Competências socioemocionais Organização e Autoconfiança.
em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

Esta aula pretende esclarecer e explorar uma das etapas do Plano de Ação: os objetivos,
que derivam diretamente das Premissas e constituem uma etapa essencial para o
estabelecimento das Metas do Projeto de Vida.
Em um Plano de Ação, os objetivos têm a função básica de conduzir às Metas. Mesmo
que estas estejam distantes, é a partir do lugar e das condições atuais que se
estabelecem os objetivos.
A cada meta alcançada, há a aproximação com o objetivo, pois não existem Metas por
si mesmas. Entre os objetivos e as Metas, estão as Ações detalhadas, e por isso os
objetivos devem ser claros, descritos com a maior precisão possível, exequíveis e
passíveis de avaliação concreta ao final de um período. Assim sendo, conforme
solicitado no Caderno do Estudante (página 147), os estudantes devem definir os
Objetivos do seu Plano de Ação. Para isso, irão precisar retomar os registros que
possuem em seus Diários de Práticas e Vivências sobre Visão, Missão e Premissas do
seu Plano, da aula anterior – MINHAS PREMISSAS: MEUS PONTOS DE PARTIDA.
Para apoiar os estudantes na definição dos objetivos do seu Plano de Ação, eles devem
garantir que a escrita responda “o que” pretendem alcançar, assim como se o que
pretendem é exequível. Para isso, terão que pensar também se os objetivos estão
alinhados com o próprio sonho, como pretendem alcançá-los e quais são os prazos para
isso, conforme Em casa: Um pequeno teste! (página 148).

Em Casa: Um pequeno teste!

Para saber se seus Objetivos estão descritos de forma clara, que tal escolher uma
pessoa em quem você confia para lê-los e pedir a ela que fale o que compreende deles,
inclusive a respeito das relações que consegue fazer com o seu Projeto de Vida? Parece
óbvio dizer que Objetivos descrevem exatamente o que você quer atingir. Porém, o que
muita gente esquece é de pensar sobre: por que os Objetivos definidos são importantes;
se estão alinhados com o próprio sonho; como se pretende alcançá-los e quais são os
prazos para isso. Sabendo disso, converse também com a pessoa que você escolheu.

VERSÃO PRELIMINAR

19
PROJETO DE VIDA

É importante ressaltar que os objetivos do Plano de Ação não precisam ser estabelecidos
com a utilização de verbos no infinitivo. Isso porque existe outra maneira de escrita que
indica uma “conquista” dos estudantes, como o exemplo abaixo:
- Passar de ano na escola sem ir para a recuperação.
- Aprovação na escola sem ir para a recuperação.

Para Saber MAIS

Assim como a aula UMA VIAGEM RUMO A ÍTACA, na qual foi possível estabelecer
relações com a obra da Odisseia de Homero, esta aula também permite a ampliação do
repertório dos estudantes ao ser retomado pelo professor um famoso episódio da saga
exemplar de Homero (Ulisses), nessa mesma obra. Para isso, o professor deve tomar
como referência a narrativa do Canto IX da Odisseia, seguida pela mediação das
discussões com os estudantes, com foco na noção de “objetivos”.

A leitura da narrativa do Canto IX da Odisseia pode ser feita sem interrupção pelo
professor, de modo que os estudantes se atenham à sequência e à dinâmica do enredo.
Uma vez feita a leitura, pode-se passar à discussão, tendo em vista a localização dos
objetivos de Ulisses no contexto do episódio abordado. Naturalmente, não é esperado
que os estudantes “acertem” logo nas primeiras colocações. O importante é que, com
base nas aulas anteriores, ancoradas nas noções de Visão, Missão e Premissas –
aspectos já assinalados nas aulas anteriores, tal como se mostram na Odisseia – os
estudantes deduzem ou intuam os objetivos implícitos nas atitudes do herói. Na versão
integral da obra, os objetivos aparecem, sem dúvida, com maiores detalhes, desde a
deliberação de Ulisses sobre quais amigos o auxiliaram – e como o fariam – no combate
ao ciclope, até a saída triunfal da caverna.

Para os objetivos desta aula, contudo, a apresentação resumida do conjunto de Ações,


numa relação de causa e efeito, será suficiente. Em um Plano de Ação, os objetivos
têm a função básica de conduzir às Metas. Mesmo que estas estejam distantes, é a
partir do lugar e das condições atuais que se estabelecem os objetivos. A cada meta
alcançada, há a aproximação com o objetivo. Alguns objetivos ajudam em maior, outros
em menor grau, mas sempre como um percurso indispensável para o que se quer
atingir. No contexto da prisão na caverna do ciclope, os objetivos de Ulisses podem ser

VERSÃO PRELIMINAR

20
PROJETO DE VIDA

esquematizados assim:

Objetivos Meta Ações Quando/Em quanto


necessárias tempo

- Embriagar o ciclope
com vinho; - Quando o ciclope fizer a
- Preparar o toro de primeira refeição, ao
oliveira no fogo; retornar à caverna;
Assegurar
a minha - Juntar minha força e - Quando o ciclope estiver
vida e a Furar o olho a de meus amigos no embriagado;
de meus do ciclope. manejo da arma e
- Tão logo o toro de oliveira
amigos. perfurar o olho do esteja fumegando.
inimigo.

- Amarrar os carneiros,
três a três, com vime - Enquanto o ciclope faz
flexível, e prender cada vigília na entrada,
amigo sob o carneiro do aguardando a nossa
meio; passagem;
Sair da - Utilizar-me do carneiro - Assim que os demais
caverna e maior, me colocar companheiros estiverem
Retomar
reencontrar debaixo dele, agarrando- devidamente ocultos sob
minha
o navio e a me firmemente em seu os carneiros;
viagem a
tripulação. pelo; - Ao raiar do dia seguinte;
Ítaca.
- Aguardar o momento - Quando o ciclope der
em que o ciclope vai passagem aos animais,
pastorear o rebanho; liberando-os para o passeio
- Sair da caverna ao ar livre.
oculto nos carneiros.

Avaliação

VERSÃO PRELIMINAR

21
PROJETO DE VIDA

Observar se os estudantes são capazes de definir os objetivos do Plano de Ação. Para


isso, eles precisam estabelecer relações com os conceitos de Visão, Missão e
Premissas trabalhados na aula anterior: MINHAS PREMISSAS, MEUS PONTOS DE
PARTIDA (página 145), ou seja, é necessário perceber como os estudantes se
apropriam das etapas de construção do Plano de Ação, agora sobre os objetivos. Assim,
cabe perguntar a eles se tudo está fazendo sentido, se percebem que mais uma peça
do quebra-cabeça, chamado Plano de Ação do Projeto de Vida, se encaixa.
Contudo, em linhas gerais, é preciso perceber se os estudantes são capazes de definir
os objetivos com foco em seus Projetos de Vida. Pelo fato de os estudantes conseguirem
estabelecer os conceitos e objetivos do seu Projeto de Vida, é possível também
trabalhar com o desenvolvimento da autoconfiança, uma vez que essa competência
consiste no sentimento da força interior, na crença de que se é capaz de realizar as
atividades para atingir um objetivo.
Estimule-os a expressar o que estão sentindo após estabelecer esses conceitos e
objetivos. Verifique se as expectativas são otimistas ou se surgem pensamentos
negativos. Caso perceba a existência de emoções desagradáveis, ajude os estudantes
a regulá-las propondo um exercício de abertura ao erro, considerando-o como
oportunidade de aprendizagem.
A partir do momento que os estudantes refletem sobre suas vidas e organizam os
passos do seu Projeto de Vida, eles passam a acreditar em si mesmos, nas suas
potencialidades e no que querem alcançar.
É preciso que faça isso de acordo com os focos mais relevantes para a consecução do
seu Projeto de Vida.
Para ajudar na avaliação do professor, é pertinente um momento de autoavaliação dos
estudantes também – basta que o professor pergunte se eles conseguiram se certificar
da importância dos seus objetivos: será que conseguiram identificar o motivo de tal
objetivo? O objetivo tem que estar claro e aproximá-los da sua Visão ou da realização
do seu sonho.
Além do mais, é preciso que considerem os requisitos que precisam ser cumpridos ou
as Metas relacionadas a cada um dos seus objetivos. Ao fazer isso, os estudantes
demonstram também que compreendem a importância de mensurar os resultados dos
objetivos e se são capazes de estabelecer algumas métricas para medir a sua
efetividade na realização dos objetivos que propuseram.

CADERNO DO ESTUDANTE

VERSÃO PRELIMINAR

22
PROJETO DE VIDA

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
TENHO UM SONHO E UM PLANO, MAS AONDE QUERO CHEGAR?

Objetivo: Definir as Metas do Plano de Ação do Projeto


de Vida.
Competências socioemocionais Organização, Assertividade e Imaginação
em foco: criativa.
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.
Para o jogo de Tabuleiro:
- Papelão reciclável, folhas de papel sulfite
colorido e A4 – para cada estudante.
- Cola, tesoura, régua, lápis de cor e canetas
coloridas (hidrográficas) – em quantidade
suficiente para grupos de quatro estudantes.

Primeiro momento
Essa aula prepara os estudantes para a execução do seu Plano de Ação, tomando como
ponto de partida os Objetivos, as Metas e as Ações para que alcancem o que desejam.
Para início de conversa com os estudantes, é preciso retomar pontos da aula anterior –
UM CAMINHO A SER SEGUIDO: CHEIO DE OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS –,
pois nessa aula eles iniciaram a escrita não apenas dos Objetivos, mas de algumas
Metas do seu Plano de Ação. É, portanto, por meio da retomada dos Objetivos que o
professor deve iniciar um diálogo sobre a definição de Metas.
ATIVIDADE – PISANDO FIRME – O QUE E QUANDO FAZER?

VERSÃO PRELIMINAR

23
PROJETO DE VIDA

A meta que os estudantes serão desafiados a definir, conforme a atividade Pisando


firme – o que e quando fazer? no Caderno do Estudante (página 148), deve ser o
resultado não apenas do que querem atingir, mas do quanto são capazes de descrever
o que querem de forma específica e mensurável. É por isso que não há como falar de
Metas com os estudantes sem mencionar a necessidade da construção de indicadores.
Os indicadores são dados que representam um fenômeno e são usados para mensurar
um processo ou seus resultados. Os indicadores possibilitam que os estudantes
monitorem suas Ações no final de um período e, por isso, são chamados de indicadores
de processo e de resultado. Como se vê, a definição de indicadores requer o
conhecimento dos processos e de suas variáveis que influenciam e impactam o alcance
das Metas.
Assim sendo, é necessário que as Metas definidas pelos estudantes sejam determinadas
por meio de uma pontuação que evidencie os seus avanços e/ou a efetividade daquilo
que propuseram, alinhados aos objetivos do seu Plano.
Contudo, para a definição das Metas, os estudantes devem pensá-las de acordo com o
que, para eles, provoca um maior impacto nos resultados que pretendem alcançar. São
as Metas traçadas que representam um grande pano de fundo para as Ações
desenvolvidas no alcance dos seus Objetivos. Sobre isso, na própria atividade Pisando
firme – o que e quando fazer? no Caderno do Estudante (página 148), o professor
encontra exemplos que apoiam as suas explicações junto aos estudantes. Contudo, é
importante que os estudantes saibam que para cada Objetivo existe um conjunto de
Metas a serem alcançadas. Assim, o professor deve orientá-los quando forem reproduzir
a planilha da Atividade em seu Diário de Práticas e Vivências: ela deverá ter o número
de linhas e colunas correspondente aos Objetivos e Metas que possuem.
Planilha da atividade Pisando firme – o que e quando fazer?
Objetivo Metas Ação: Prazo: Indicadores:
o que fazer? quando fazer? porcentagem para
mensurar os
resultados
esperados
Meta 1:

Meta 2:

Meta 3:

VERSÃO PRELIMINAR

24
PROJETO DE VIDA

Segundo momento
Uma vez definidas as Metas do Plano de Ação, os estudantes deverão criar um jogo de
tabuleiro ou um mapa com um ponto de chegada, que será o objetivo final, conforme a
atividade Objetivos e Metas, no Caderno do Estudante (página 150). Para isso, você
deve disponibilizar o material necessário para esta aula e orientar os estudantes a
padronizar o tabuleiro de acordo com as cores que vão usar para marcar as casas
(passos) correspondentes a Objetivos, Metas, Ações, prazos e indicadores. É necessário
também que incluam no tabuleiro seu sonho, sua Visão, sua Missão e as Premissas
descritas nas aulas anteriores, assim como construam o tabuleiro estabelecendo
prioridades, ou seja, o que deve vir primeiro porque fará a diferença na obtenção das
Metas. Para isso, os estudantes vão precisar refletir sobre os Objetivos, elegendo como
prioritários os pontos que provocarão maior impacto nos resultados ao longo do tempo.
Também é possível desenvolver a imaginação criativa neste momento da aula, pensando
que os estudantes precisarão gerar novas maneiras de expressar/mostrar os conteúdos
trabalhados anteriormente, o que lhes permite ter novos pensamentos e/ou novas ideias.
Caso os estudantes tenham dificuldade em criar maneiras de expressar os conteúdos
trabalhados anteriormente, encoraje-os a exercitar a competência Imaginação criativa
por meio de “tentativa e erro”. Talvez a construção do tabuleiro necessite de ajustes ou
a eleição dos pontos prioritários falhe. Convide-os a fazer os ajustes e reajustes
necessários, usando a imaginação e aprendendo a fazer as coisas de maneiras novas e
originais. Para isso, evite trazer soluções ou respostas prontas. Instigue-os a buscar
soluções inovadoras.
Ao final, os estudantes devem compartilhar o jogo de tabuleiro com um colega para que
ele tente opinar sobre as Metas e as Ações estabelecidas pelo colega para o alcance
dos seus objetivos, avaliando se elas parecem coerentes e progressivas. Nesse
momento, você pode estimular os estudantes a desenvolver a competência
Assertividade, uma vez que eles precisarão dar sua opinião sobre os jogos dos colegas
de maneira respeitosa e clara.
Antes de iniciar o compartilhamento do tabuleiro entre os colegas, exponha a importância
desse momento, pois a opinião de um impactará na produção do outro. Retome com os
estudantes as características da competência Assertividade e reforce alguns pontos,
como: a necessidade de se fazer ouvir; a importância de mobilizar o colega com a opinião
que for emitir; a diferenciação entre expressar um ponto de vista e impor uma opinião.
Assim, estando o estudante certo do seu jogo de tabuleiro, ele deve dispô-lo em casa,
em um local onde possa visualizá-lo constantemente. A cada meta cumprida, deve

VERSÃO PRELIMINAR

25
PROJETO DE VIDA

marcá-lo com uma cor de destaque de sua preferência. Essa é uma forma de os
estudantes se manterem motivados no alcance dos seus objetivos.

Avaliação

É preciso que os estudantes definam as Metas do seu Plano de Ação conforme o que se
pede nesta aula. Para isso, o professor deve observar se os estudantes conseguem
retomar os objetivos do seu Plano, para determinar as Metas e Ações, assim como se, a
cada meta indicada, conseguem perceber que precisam estabelecer Prioridades,
ponderando o que mais impacta em cada um dos seus objetivos. Como a atividade tem
diferentes etapas, é importante que os estudantes apresentem organização,
competência necessária para planejar, seguir os passos e alcançar objetivos de forma
eficiente.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
ESTOU NO CAMINHO CERTO?

Objetivo: Refletir sobre os caminhos para alcançar as


Metas do Plano de Ação.
Competências socioemocionais Organização, Responsabilidade e Tolerância à
em foco1: frustração.
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

ATIVIDADE – O CAMINHO E OS RECURSOS


Primeiro momento
A atividade O caminho e os recursos, disponível no Caderno do Estudante (página
151), apresenta uma reflexão a partir de dois exemplos: o primeiro de uma pessoa que
deseja se tornar um designer de moda, e o segundo, que deseja falar inglês
fluentemente, conforme descrição abaixo.
Exemplo 1: Você pode vislumbrar um futuro em que se torne um grande designer de
moda. No entanto, os recursos disponíveis no momento presente são uma máquina de
costura, que está guardada em algum local da casa, e algumas peças de roupas, que já

1
Errata: No caderno do Estudante, onde se lê competências socioemocionais em foco (planejamento,
organização, foco e pensamento crítico), leia-se organização, responsabilidade e tolerância à frustração.

VERSÃO PRELIMINAR

26
PROJETO DE VIDA

não servem e podem ser reformadas. As aulas para aprender a manipular a máquina
podem vir de sua avó ou de algum blog da internet, desses onde as pessoas
disponibilizam suas experiências gratuitamente. Com certeza, a primeira peça que você
conseguir desenhar e produzir será um troféu na sua trajetória de designer de moda.
Exemplo 2: Você quer aprender a falar inglês fluentemente
Ora, o que é possível realizar tendo em vista esta Meta? Você pode estruturar o Plano
de Ação e estudar por meio de filmes, músicas e recursos disponíveis na internet – plano
estratégico – e ainda checar sua aprendizagem em espaços onde haja pessoas que
falem inglês fluentemente. Que tal?
A reflexão da situação de aprendizagem, portanto, deve ser feita em torno da escolha
dos caminhos possíveis, quando se tem um objetivo claramente definido. Espera-se que
os estudantes observem o objetivo trazido nos exemplos e reflitam sobre como foram
divididos em Metas. É importante observar que as Metas podem ser projetadas a partir
dos recursos disponíveis. Neste momento, o estímulo ao diálogo sugere que os
exemplos sejam multiplicados, a partir da experiência de cada estudante, na construção
de seu Plano de Ação, ou seja, a definição dos Objetivos e das Metas pode e deve ser
utilizada como exemplo para compreensão da escolha dos caminhos possíveis. Quais
os caminhos possíveis de serem trilhados pelos estudantes para realizar seu sonho no
momento presente?

ATIVIDADE – UM MILHÃO DE REAIS


Segundo momento
Após o primeiro momento, é importante que os estudantes sejam orientados a criar uma
lista, partindo da hipótese de que ganharam um milhão de reais, conforme a atividade de
mesmo nome. A lista deve compreender três colunas, que devem conter as Ações a
serem empreendidas, tendo em vista o recurso financeiro. A primeira coluna deve conter
as Ações do primeiro dia; a segunda, da primeira semana; e a terceira, do primeiro mês.
Os estudantes devem construir a lista a partir das Metas estabelecidas no seu Plano de
Ação. A divisão das colunas sugere que o estudante pense em curtíssimos, curtos e
médios prazos, com Ações encadeadas.
Atividade: um milhão de reais
1. Tendo como referência as Ações e Metas definidas em seu Plano de Ação,
imagine que você tenha ganhado um milhão de reais. Então, faça uma lista das
Ações que você empreenderá. Você pode dividir a lista em três colunas que

VERSÃO PRELIMINAR

27
PROJETO DE VIDA

representarão as Ações do primeiro dia, da primeira semana e do primeiro mês,


após o recebimento do dinheiro.
2. Observe sua lista, compartilhe com os colegas e reflitam juntos sobre as
possibilidades de realização das Ações listadas.

ATIVIDADE – CAMINHOS CURTOS, DIRETOS E RECOMPENSADORES


Terceiro momento
Uma vez definidas as Metas, os estudantes deverão saber quais delas terão foco em seu
planejamento. De acordo com a atividade Caminhos curtos, diretos e
recompensadores, disponível no Caderno do Estudante (página 152), é solicitada
uma planilha para os estudantes organizarem um planejamento semanal. No entanto,
antes do preenchimento da planilha, o professor deverá orientá-los sobre a metodologia
que será aplicada. Apesar do exemplo da planilha, a proposta é que os estudantes
possam pensar o planejamento e criar sua própria planilha, desde que atenda as
demandas com eficiência. Para que o estudante consiga finalizar a tarefa, é importante
que ele tenha organização. Além disso, a atividade possibilita o desenvolvimento da
competência Responsabilidade, pois os estudantes deverão gerenciar a si mesmos a fim
de conseguir realizar as tarefas, cumprir compromissos e promessas que fizeram,
mesmo quando é difícil ou inconveniente para eles.
Problematize com os estudantes: Vocês costumam cumprir suas obrigações e deveres?
Existem coisas que distraem e fazem com que vocês esqueçam dos deveres? Vocês
acreditam que a planilha ajudará a cumprir seus compromissos? Ao trabalhar com a
planilha, vocês terão a oportunidade de exercitar também a competência Organização?
Explicite a relação entre as competências Responsabilidade e Organização, destacando
que ambas compõem a macrocompetência Autogestão.
É importante que os estudantes atentem para a limitação do número de Metas, de acordo
com a orientação do professor, que é de limitar seu número para manter o foco e o
sucesso na sua execução. Sugere-se, ainda, um método de planejamento chamado
Regra 8-4-2.
O planejamento anual, nesta “regra”, será definido a partir de oito Metas. Contudo, isso
não significa que o estudante apenas realizará oito Metas anualmente, pois sempre que
alcançar uma, poderá inserir outra em seu lugar. A intenção é filtrar as Metas mais
importantes, para que o foco se mantenha nas Ações, posto que muitas Metas podem
confundir a organização das Ações.

VERSÃO PRELIMINAR

28
PROJETO DE VIDA

O planejamento mensal será feito a partir da seleção de quatro Metas dentre aquelas
oito definidas no planejamento anual. O foco, dessa forma, permanece nas Ações, e
sempre que uma meta for alcançada, outra deverá ser posta em seu lugar. A cada mês,
o estudante poderá revisar o cumprimento das Metas do mês anterior e, a partir daí,
planejar o seguinte.
Após a explicação da Regra 8-4-2, no que se refere aos planejamentos anual e mensal,
o professor deve indicar aos estudantes que reservem alguns minutos iniciais para
escrever as oito Metas anuais e as quatro mensais.
A partir de então, eles podem compor o planejamento semanal, conforme o quadro
apresentado no Anexo 1, em que organizarão a cada semana duas Metas conectadas
ao planejamento mensal e ao planejamento anual. Assim, tem-se a Regra 8-4-2.
A ideia de realizar duas Metas por semana é proporcionar maior flexibilidade, pois uma
semana pode não ser suficiente para a realização de uma meta; assim, ela poderá ser
retomada na semana seguinte, facilitando, mais uma vez, o acompanhamento e a
revisão de seu plano. É indicado que, a cada início de semana, o estudante se debruce
por 30 minutos sobre seu planejamento semanal. Na planilha disponibilizada no Anexo
1, há alguns campos para preenchimento, que deverão ser atualizados semanalmente.
Durante esse processo, o estudante poderá desenvolver a competência Tolerância à
frustração, devido ao fato de que, em determinados momentos da vida, ele não
conseguirá cumprir determinada meta e precisará aprender a lidar com os sentimentos
de raiva, tristeza e irritação, mantendo tranquilidade frente às frustrações.
Esclareça que é normal alimentamos sentimentos negativos quando encontramos
obstáculos que nos impossibilitam de atingir as nossas expectativas. Porém, em vez de
nos rendermos a esses sentimentos, o exercício da competência Tolerância à frustração
nos leva a pensar em soluções para lidar com eles. Convide os estudantes a projetarem
estratégias que possam utilizar para lidar bem com situações irritantes e superá-las.
Ao estabelecer as Metas, os estudantes tornarão suas Ações conscientes e poderão
prever até onde conseguem ir com seus planos, mantendo a organização, o foco, a
determinação e a responsabilidade. A planilha traz cinco Ações diárias que devem ser
definidas no campo PRIORIDADES, permitindo a escolha de caminhos curtos e diretos;
no campo COMPROMISSOS estão as tarefas que têm hora para começar e não podem
ser adiadas; no campo PROJETOS, os estudantes podem definir a quais projetos irão
se dedicar nos planos pessoal, social e familiar; tomando nota ainda da Missão e das
Premissas que devem acompanhar todas as suas Ações.
É interessante orientar os estudantes sobre os recuos que podem acontecer durante a
execução das Ações definidas em seu planejamento. Os recuos não devem ser
encarados como retrocessos, mas como possibilidades de rearranjo das Ações. Com os

VERSÃO PRELIMINAR

29
PROJETO DE VIDA

recuos, se ganha em conhecimento, e são gerados novos impulsos, para novas Ações.
Uma mesma ação pode e deve ser retomada na semana seguinte até o cumprimento da
meta, assim como uma mesma meta poderá ser retomada no mês seguinte. Abaixo,
segue a atividade, conforme apresentação no Caderno do Estudante, para melhor
compreensão da planilha:
Situação de aprendizagem: Caminhos curtos, diretos e recompensadores
1. Retomando as suas Metas, escritas na aula: TENHO UM SONHO E UM PLANO,
MAS AONDE QUERO CHEGAR? Faça um planejamento de longo, curto e médio
prazo. A base é o planejamento semanal e, na sequência, você encontrará uma
planilha que orientará suas Ações cotidianas. Inicialmente, esteja atento às
orientações do seu professor antes de iniciar a tarefa.
2. Após a explanação do professor, você deve estabelecer oito Metas para serem
desenvolvidas no intervalo de um ano. Dessas oito Metas, extraia quatro que
serão projetadas para o primeiro mês, compondo o planejamento mensal. No seu
planejamento mensal, você deve reservar um dia, antes de começar sua semana,
para fazer a programação das Ações, incluindo seus compromissos e criando para
si tarefas prioritárias.
3. Esteja atento à planilha e saiba que os compromissos são aquelas atividades às
quais você não pode faltar, que têm prazo para se realizar e horário para
acontecer, tais como as aulas diárias que você frequenta na escola, ou outros
cursos que você frequenta semanalmente. Já as tarefas são mais flexíveis, pois
podem ser cumpridas ao longo do dia, ao determinar algumas horas ou minutos
para realizá-las. Os projetos têm relação com diferentes planos e dimensões de
sua vida. Então você pode focar Metas para um projeto pessoal, social ou
profissional, a depender do que você queira transformar em sua realidade.

Anexo 1

PLANEJAMENTO SEMANA

COMPROMISS PRIORIDADES HORAS MISSÃO


O

VERSÃO PRELIMINAR

30
PROJETO DE VIDA

SEGUNDA 1.
______________ ________
2.
______________ ________
3.
______________
4.
______________ ________
5.
______________ ________
TERÇA 1.
E ______________ ________
X 2.
E ______________ ________
C 3.
U ______________ ________
Ç 4.
______________ ________
Ã
5.
O ______________ ________
QUARTA 1. 1.
______________ ________ M
2. E
______________ ________ T
3. A
______________ ________ S 2.
4.
______________ ________ C
5. O
______________ ________ N
E
C
T
A
D
A
S

VERSÃO PRELIMINAR

31
PROJETO DE VIDA

QUINTA 1.
______________ ________
2. P
______________ ________ R
3. O
______________ ________ J
4. E
______________ ________ T
5. O
______________ ________ S
1.
SEXTA ______________ ________
2.
______________ ________
3.
______________ ________
4.
______________ ________
5.
______________ ________
SÁBADO 1.
______________ ________
2.
______________ ________
3.
______________ ________ P
4. R
______________ ________ E
5. M
______________ ________ I
S
DOMINGO 1. S
______________ ________ A
2. S
______________ ________
3.
______________ ________
4.
______________ ________
5.

VERSÃO PRELIMINAR

32
PROJETO DE VIDA

______________ ________

Figura elaborada pelos autores.

Para a próxima aula: solicitar aos estudantes que tragam o seu jogo de tabuleiro,
construído na aula TENHO UM SONHO E UM PLANO, MAS AONDE QUERO
CHEGAR?

Avaliação

Observar se os estudantes compreendem e aplicam, em seu Plano de Ação, Metas


específicas, alcançáveis e relevantes, pois essa aula deve ajudá-los nessas reflexões.
Assim, espera-se que os estudantes preparem e planejem as Ações com eficiência e
realizem um exercício de reflexão sobre os recursos e apoios possíveis que poderão
utilizar para as Metas curtas, diretas e recompensadoras. Para isso, você deve avaliar se
eles são capazes de aplicar as Metas no planejamento semanal, com auxílio da Regra 8-
4-2, aperfeiçoando a execução de seu Projeto de Vida cotidianamente. Também é
possível avaliar se os estudantes desenvolveram as competências socioemocionais
trabalhadas nesta atividade: Organização, Responsabilidade e Tolerância à frustração.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
TUDO DEPENDE DO QUE EU FAÇO: MINHAS AÇÕES

Objetivo: Aprofundamento sobre a correlação entre os


Objetivos e as Metas e Ações do Plano na
consecução do Projeto de Vida.
Competências socioemocionais Responsabilidade e Organização.
em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

VERSÃO PRELIMINAR

33
PROJETO DE VIDA

ATIVIDADE – TABULEIRO
Nesta aula, os estudantes devem retomar o seu jogo de tabuleiro, construído na aula
TENHO UM SONHO E UM PLANO, MAS AONDE QUERO CHEGAR? A questão 1,
estruturada na atividade Tabuleiro, no Caderno do Estudante (página 154), objetiva a
reflexão sobre a qualidade e a concretude das Ações de cada um até o presente
momento, tendo em vista as Metas traçadas no Plano de Ação e recriadas no jogo de
tabuleiro, para que se possa apreciar melhor a relação entre Ações e Objetivos.
Respondidas as questões da atividade, os estudantes devem comentar o que acham da
afirmação: Tudo depende do que eu faço. Espera-se que eles se responsabilizem por
suas Ações e pelo andamento do Plano de Ação do seu Projeto de Vida. Nesse caso, a
competência Responsabilidade está em foco, pois os estudantes deverão gerenciar suas
atividades para que consigam alcançar seus objetivos.
Explicite e problematize com os estudantes a seguinte afirmação: É necessário gerenciar
atividades para conseguir alcançar objetivos. Na sequência, convide-os a refletir sobre:
para vocês o que significa, na prática, gerenciar suas atividades? Por que essa prática
possibilita o alcance de objetivos? Vocês costumam gerenciar suas atividades no dia a
dia? De que forma? Como a organização contribui para isso?
Abaixo seguem as questões da atividade Tabuleiro:
a) No dia em que você criou o jogo de tabuleiro, qual era a ação mais imediata a se
efetivar e em que estágio ela se encontra agora?
b) Em que ponto do tabuleiro você se encontra no momento? Quais Ações concretas
já estão em andamento para o próximo salto?
c) Relacione o jogo de tabuleiro ao seu sonho. É verdade que os Objetivos definidos
por você levam a uma projeção de futuro a longo prazo? Assim sendo, considere:
com as Ações já realizadas, quais Metas estão próximas de serem ou já foram
alcançadas até este momento?
d) Ao final, olhando para o seu jogo de tabuleiro, comente com seu(sua) professor(a)
e colegas a afirmação: “Tudo depende do que eu faço”.

EM CASA: PARA NÃO SABOTAR OS SONHOS


Em casa: Para não sabotar os sonhos, disponível no Caderno do Estudante (página
154), tem como objetivo também fazer com que os estudantes reflitam sobre suas Ações,
pensando acerca das situações que os levaram a esquecer ou negligenciar o que era
preciso fazer, de acordo com o seu planejamento, assim como inserir os estudantes no
conteúdo da próxima aula – ACERTAR NO ALVO: A IMPORTÂNCIA DAS
ESTRATÉGIAS.

VERSÃO PRELIMINAR

34
PROJETO DE VIDA

Em casa: Para não sabotar os sonhos


1. Cite três situações que podem ameaçá-lo a esquecer ou ainda a negligenciar as
Ações necessárias ao cumprimento de seus Objetivos. Quais as Estratégias
necessárias e os apoios de que você dispõe para livrar-se desses perigos?

Avaliação
Observe se os estudantes compreendem a relação entre os Objetivos e as Ações e
como analisam a qualidade de suas Ações mediante as Metas que estabeleceram
em seu Projeto de Vida.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 9
ACERTAR NO ALVO: A IMPORTÂNCIA DAS ESTRATÉGIAS

Objetivo: Formular as Estratégias do Plano de Ação


para a consecução do Projeto de Vida.
Competências socioemocionais Determinação.
em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

É chegado o momento de propor aos estudantes um caminho mais prático para o alcance
de metas e objetivos. A princípio, o conceito de estratégia pode até estar claro para
alguns estudantes devido à familiarização com Plano de Ação. Contudo, nesta aula, os
estudantes aprenderão a definir as Estratégias para otimização do seu Plano,
compreendendo que as Estratégias são meios para se chegar à Visão. Além disso, os
estudantes refletiram sobre a sua capacidade de operacionalizar as Estratégias ao
descobrirem suas dificuldades de executá-las.
Para início de conversa, com os estudantes, retome a importância de saber aonde ir,
fazer escolhas e tomar decisões, conforme discussões realizadas na aula TENHO UM
SONHO E UM PLANO, MAS AONDE QUERO CHEGAR?, para que por meio disso eles
consigam pensar estrategicamente sobre os seus objetivos. Lembre-se de que os
propósitos de vida e sonhos dos estudantes são a base do Plano de Ação e por isso,
não importa que algumas etapas construídas do Plano estejam precisando de ajustes,
desde que os estudantes tenham clareza do que querem. Haja vista que, até a efetiva
operacionalização do Plano, muitas coisas serão ajustadas, fruto do amadurecimento do
estudante ao longo das aulas e das suas experiências de vida. É importante saber disso,

VERSÃO PRELIMINAR

35
PROJETO DE VIDA

pois é desse amadurecimento que advém a capacidade de pensar nas Estratégias o seu
Plano de Ação.
Outro ponto importante para o professor considerar é que muitas vezes são das
dificuldades que surgem as estratégias. Por isso, é fundamental a constante revisão do
Plano de Ação por parte dos estudantes, para que interpretem os acontecimentos da sua
vida, se conheçam melhor e desenvolvam a capacidade de pensar estrategicamente, ao
ponto de se anteciparem aos problemas e/ou dificuldades do seu Plano de Ação e de
conseguirem seguir em frente. Também pode ser um momento para trabalhar a
competência Determinação, que engloba trabalho duro para alcançar os objetivos e nos
sentirmos motivados e esforçados. Problematize com os estudantes: como cada um de
vocês avalia sua determinação? Estão dispostos a se comprometerem e a dedicarem
tempo e esforço para atingirem os objetivos que traçaram?

ATIVIDADE: VANTAGENS FUTURAS


Pensando nisso a atividade Vantagens futuras, conforme Caderno do Estudante
(página 155), visa exatamente levar os estudantes a pensarem estrategicamente por
meio da definição das Estratégias do seu Plano de Ação.
Atividade: Vantagens futuras
1. Fala-se muito em Estratégias na formulação do Plano de Ação como meio para
alcançar a Visão, construir alternativas e traçar caminhos. Contudo, isso só é
possível para quem sonha e tem Objetivos claros, pois pensar estrategicamente
aponta para onde se deseja chegar. Sobre isso, defina as Estratégias do seu
Plano de Ação no seu Diário de Práticas e Vivências, de acordo com o que se
pede:

VERSÃO PRELIMINAR

36
PROJETO DE VIDA

Figura elaborada pelos autores

● Para os Objetivos e as Metas: retome suas anotações neste Caderno e no seu


Diário de Práticas.
● Para as Estratégias: pense naquilo que necessita executar para que seu Plano
de Ação aconteça. As Estratégias são Ações iniciadas hoje, que poderão levá-lo
a uma situação mais cômoda no futuro. Portanto, a essência da estratégia
consiste em gerar vantagens para você no futuro, pois ela é um meio para obter
seus Objetivos/fins. Para isso, além de saber aonde você quer chegar, é preciso
saber os seus pontos fracos e fortes, para empregá-los em seu Objetivo. Toda
formulação de Estratégias é uma atividade de planejamento, pois todo o seu Plano
de Ação precisa ser revisto antes de alcançar os resultados esperados. É por isso
que é necessário trabalhar prevendo e prospectando o futuro. Como? Trazendo
para o presente elementos que levarão você a atingir o seu futuro imaginado.
2. Agora, antes de seguir para a próxima situação de aprendizagem, analise suas
Estratégias e veja se têm finalidades práticas, como: simplificar ou estabilizar
certas dificuldades seus – pontos fracos – e/ou melhorar as habilidades em que é
muito bom – pontos fortes. Caso isso aconteça, significa que as Estratégias
definidas são precisas e possibilitam exatamente romper com as suas limitações
(sejam internas ou externas) e criar possibilidades. Para ajudá-lo nesta
identificação, faça a análise:
a) das variáveis que impactam positivamente nos seus Objetivos – forças. Quais
são?
b) das variáveis que impactam negativamente nos seus Objetivos – fraquezas. Quais
são?

VERSÃO PRELIMINAR

37
PROJETO DE VIDA

Elaborar e criar Estratégias é fascinante, porém executá-las com sucesso é uma tarefa
desafiadora. Saber utilizar os recursos certos, no momento certo, demanda muita
habilidade. Os estudantes inicialmente podem apresentar dificuldades no
desenvolvimento do Plano de Ação, quando descobrirem que as Ações não podem ser
realizadas de forma aleatória e sem propósito.

ATIVIDADE – VISÃO GLOBALISTA

O importante na atividade Visão globalista, conforme Caderno do Estudante (página


156), é fazê-los entender que definir Estratégias é um processo composto de Ações
interrelacionadas e interdependentes, que visam alcançar objetivos previamente
estabelecidos, assim como são uma “ocupação intelectual” com o futuro, mas revestidas
de ação e não somente de pensamento.
A execução da estratégia desempenha papel fundamental para a própria maximização
e alcance dos resultados planejados do Plano de Ação. A disciplina e a determinação
nesse caso são importantes, como capacidades que precisam ser exploradas
diariamente. Além da disciplina, é importante monitorar o processo de execução das
Estratégias por meio dos resultados planejados para saber se houve desvios de rota em
relação aos Objetivos e às Metas estabelecidas, bem como para diagnosticar quais
foram as decisões que deixaram de ser tomadas ou não foram adequadas.
Atividade: Visão globalista
1. Elaborar e formular Estratégias é uma tarefa desafiadora. Porém, executá-las com
sucesso, colocá-las em prática no momento certo, da maneira certa, com os
recursos certos, ao ponto de traduzir Objetivos e Metas em resultados, é algo mais
desafiador ainda. Isso depende da sua capacidade em fazer as coisas
acontecerem, ou seja, é preciso disciplina e determinação na execução das
Estratégias. Assim, o desafio é transformar suas Estratégias em Ações, pois de
nada adianta definir as Estratégias, se você não sabe como empregá-las. Assim,
escreva no seu Diário de Práticas e Vivências, o que se pede abaixo:

VERSÃO PRELIMINAR

38
PROJETO DE VIDA

● Para cada Estratégia, definem-se Ações prioritárias. As Ações prioritárias devem


passar por um processo de escolhas – “O que eu tenho que fazer?”.
● Deixe a flexibilidade “tomar conta de você” para decidir qual é a melhor Ação a
ser executada. As Ações devem ser adequadas ao momento certo, a depender
da sua situação atual, mas devem ser comprometidas com o seu futuro.
● As Ações devem gerar um “senso” de responsabilidade diário, que promova
integração, comprometimento e motivação com os seus Objetivos.
● Para executar uma ação estratégica, você deve utilizar um conjunto de
competências que domina, assim como ser disciplinado(a) na execução de suas
Ações, pois, além de saber fazer, a execução é essencial para o sucesso do seu
Plano de Ação.

Avaliação
Observe a capacidade de os estudantes estabelecerem uma Visão objetiva acerca do
seu Plano de Ação, de modo a definir Estratégias solucionadoras de futuros problemas,
superar dificuldades presentes e desafios no seu Projeto de Vida. A disciplina, a
determinação e o estímulo na consecução das Estratégias são fatores que demonstram

VERSÃO PRELIMINAR

39
PROJETO DE VIDA

grande comprometimento com o Projeto de Vida. A forma como os estudantes alocam


as Estratégias permite perceber o domínio deles frente ao Plano de Ação, bem como se
conseguem criar através delas oportunidades de crescimento.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 10
DESAFIO DOS SUPERPODERES!

Objetivo: Promover autoconhecimento e desenvolvimento


socioemocional a partir da atividade gamificada de
avaliação formativa de competências
socioemocionais.
Competências socioemocionais Completar com as competências priorizadas em
em foco: cada ano/série.
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.

Acolha os(as) estudantes. Explique a eles(as) quais são as missões que constituem o
Desafio dos Superpoderes no 3º bimestre (7, 8 e missão permanente).

Entenda a proposta das 2 aulas que constituem o DESAFIO DOS SUPERPODERES!


no 3º bimestre

MISSÃO 7: RAIO-X DE UMA JOGADA


Duração prevista: 1 aula
Para cumprir a missão 7, os(as) estudantes:
● Definirão, coletivamente com mediação do professor, as duas competências
escolhidas como desafio para a turma (caso ainda não tenham feito essa
definição anteriormente).
● Criarão seus planos de desenvolvimento pessoal (caso ainda não tenham
criado anteriormente).
● Realizarão um exercício para analisar como se saíram nas ações previstas em
seu plano de desenvolvimento pessoal (caso já tenham criado anteriormente),
observando o que está sendo cumprido e o que pode ser melhorado.

MISSÃO 8: MINHAS COMPETÊNCIAS E MINHAS JOGADAS


Duração prevista: 1 aula
Para cumprir a missão 8, os(as) estudantes:
● Identificarão o “degrau” de desenvolvimento atual nas competências
socioemocionais priorizadas pela turma para cada ano/série, preenchendo as
rubricas do instrumento de avaliação formativa dessas competências.
● Atualizarão seus planos de desenvolvimento pessoal a partir da reflexão

VERSÃO PRELIMINAR

40
PROJETO DE VIDA

realizada na missão 7 e da discussão em grupo sobre a situação analisada, caso


já venham trabalhando com o plano de desenvolvimento pessoal desde os
bimestres anteriores.

MISSÃO PERMANENTE – JORNADA DE DESENVOLVIMENTO


Duração prevista: todas as aulas do ano letivo
A missão permanente, como o próprio nome indica, será transversal a toda vivência
escolar do estudante. Cabe ao professor acompanhar com proximidade cada estudante
e oferecer, de modo individual ou coletivo, devolutivas que contribuam para o seu
desenvolvimento socioemocional ao longo das aulas, sempre que necessário.

Aula 1 – MISSÃO 7: RAIO-X DE UMA JOGADA

A Missão 7 será dividida em 6 A Missão 7 será dividida em 1 momento


momentos para turmas que ainda para turmas que já tenham definido,
não tenham definido, coletivamente coletivamente com mediação do professor,
com mediação do professor, as duas as duas competências escolhidas como
competências escolhidas como desafio desafio para a turma.
para a turma.
Momento 1: Individual Momento 1: Raio-X (versão completa)
Momento 2: Consolidação dos
resultados por turma Não realizar os momentos: individual,
Momento 3: Devolutiva inicial consolidação dos resultados por turma,
Momento 4: Escolha das duas devolutiva inicial, escolha das duas
competências socioemocionais a competências socioemocionais a serem
serem desenvolvidas pela turma desenvolvidas pela turma e plano de
Momento 5: Plano de desenvolvimento pessoal.
desenvolvimento pessoal
Momento 6: Raio-X (versão
simplificada)

Momento 1: Individual
Solicite aos estudantes que escolham, individualmente (neste primeiro momento), uma
competência que consideram mais desenvolvida em si mesmos e uma competência
menos desenvolvida, de acordo com a identificação feita na missão 3.

Momento 2: Consolidação dos resultados por turma


Para a consolidação dos resultados por turma, caso ainda não tenha sido feita no
bimestre anterior, o(a) professor(a) escreve, no quadro ou em um cartaz, as
competências socioemocionais que foram enfatizadas pela rede para o ano/série. O(a)

VERSÃO PRELIMINAR

41
PROJETO DE VIDA

professor(a) solicita aos estudantes que caminhem até o quadro e anotem um sinal de +
na competência que consideram mais desenvolvida em si mesmos(as) e um sinal de -
na competência menos desenvolvida em si mesmos(as).
Exemplo: João foi o primeiro estudante a ir ao quadro e marcou + em Autoconfiança e -
em Curiosidade para aprender. Na sequência, os demais colegas da turma também irão
fazer suas marcações.

Competências socioemocionais Menos Mais desenvolvidas


priorizadas pela rede para a 1º desenvolvidas
série

Autoconfiança +

Iniciativa social

Organização

Responsabilidade

Curiosidade para aprender _

Empatia

Momento 3: Devolutiva inicial

Tendo como ilustração o resultado escrito no quadro, o(a) professor(a) traz uma
devolutiva coletiva para a turma, caso ainda não tenha sido feito esse exercício nos
bimestres anteriores.
Nesta devolutiva inicial e coletiva, cabe a você, professor(a):
- Reforçar para os estudantes que eles não estão sozinhos nesse processo de
desenvolvimento socioemocional, pois eles podem contar com você (professor[a] de

VERSÃO PRELIMINAR

42
PROJETO DE VIDA

Projeto de Vida) e com os demais professores e educadores da escola, além de contar


com seus colegas.
- Promover problematização e reflexão junto aos estudantes que deverão estar em roda
de conversa (com toda a turma) sobre:

(1) quais são as duas competências mais desenvolvidas e as duas menos desenvolvidas
da turma, considerando o resultado consolidado da turma;

(2) como essas 4 competências (2 mais desenvolvidas e 2 menos desenvolvidas) podem


interferir na aprendizagem das outras, seja potencializando o aprendizado ou
dificultando-o, ou ainda interferir no alcance dos objetivos de vida.
Esse exercício grupal visa trazer uma reflexão sobre o consolidado da turma de modo
coletivo, bem como oferecer aos estudantes possibilidade de identificarem colegas que
podem apoiar e por quem podem ser apoiados, exercendo a colaboração. Exemplo: se
uma das competências mais desenvolvidas no estudante Marcelo é a Empatia, e a
menos desenvolvida da Ana também é a Empatia, Marcelo pode se oferecer para apoiar
Ana no processo de desenvolvimento da Empatia.

Momento 4: Escolha das duas competências socioemocionais a serem


desenvolvidas pela turma
Como resultado da problematização com a turma em roda de conversa, estudantes e
professor, juntos, devem selecionar duas competências relacionadas às necessidades
específicas da turma para serem desenvolvidas até o final do ano.

Critérios para escolha das duas competências que serão desenvolvidas pela turma:
(1) Recomenda-se que as duas competências escolhidas sejam de
macrocompetências diferentes. Exemplo: se uma das competências escolhidas foi
a Organização, que é parte da macrocompetência Autogestão, a outra
competência a ser escolhida não deve ser de Autogestão, mas sim de alguma das
outras macrocompetências (Abertura ao novo, Engajamento com os outros,
Amabilidade ou Resiliência emocional).
(2) As duas competências escolhidas pela turma precisam, necessariamente, ter sido
parte das competências socioemocionais priorizadas pela rede para aquele
ano/série.
(3) Podem ser escolhidas as duas competências menos desenvolvidas pela turma
como as duas competências a serem desenvolvidas até o final do o ou optar por
escolhas que combinem 1 (uma) competência mais desenvolvida e 1(uma)
competência menos desenvolvida.

VERSÃO PRELIMINAR

43
PROJETO DE VIDA

Feita a escolha, peça que preencham a página do Caderno de Respostas do 1o


bimestre cujo título é objetivos, escolhendo coletivamente as duas competências
que serão definidas como desafio para a turma.

Momento 5: Plano de desenvolvimento pessoal

Oriente os estudantes a registrarem em seus Diários de Práticas e Vivências seu plano


de desenvolvimento pessoal. Explique que o que está sendo considerado como plano de
desenvolvimento pessoal é a identificação de: 2 competências a serem desenvolvidas
(definidas coletivamente com a turma); o nome de pelo menos 1 colega da turma que
o/a apoiará no desenvolvimento de cada uma dessas 2 competências*; e a indicação de
pelo menos 1 ação que deverá ser praticada intencionalmente para o desenvolvimento
de cada competência escolhida.

Dica sobre formação de trios

Um dos passos do plano de desenvolvimento pessoal é a indicação do nome de pelo


menos 1 colega da turma que o/a apoiará no desenvolvimento de cada uma das 2

VERSÃO PRELIMINAR

44
PROJETO DE VIDA

competências escolhidas pela turma. Para facilitar a colaboração entre os estudantes,


incentive-os a montarem trios, de modo que possam manter os diálogos com esse
mesmo trio, até o final do ano. O trabalho em trios é mais indicado do que o trabalho
em duplas, no caso do Desafio dos Superpoderes.

Momento 6 – Raio-x (versão simplificada)


Sensibilize os(as) estudantes sobre a importância de realizar paradas para reflexão
sobre como estão levando para a prática as ações que propuseram a si próprios no plano
de desenvolvimento pessoal, para que possam identificar o que está dando certo e o que
precisa ser melhorado. Pergunte se eles já estão realizando esse tipo de análise e abra
espaço para que um ou dois estudantes possam trazer sua experiência. A seguir,
questione o que eles pensam e sentem quando algo que planejaram não saiu como
desejado e ouça mais um ou dois estudantes. Caso os estudantes não tenham criado o
plano de desenvolvimento pessoal nos bimestres anteriores, ou seja, estejam iniciando
o trabalho com o plano de desenvolvimento pessoal nesta aula, encerre o momento 6 da
missão 7 após essa problematização inicial. Ou seja, aqui se encerra a versão
simplificada no momento 6 Raio-X.

Plano de Desenvolvimento Pessoal: analisando acertos e erros para crescer!

É fundamental que haja tempo na sala de aula para que os estudantes possam pensar
e sentir sobre o que está dando certo e o que não está funcionando nas ações
planejadas em seus planos de desenvolvimento pessoal. Caso os estudantes estejam
criando os seus planos neste momento, estimule que reflitam sobre situações recentes
em que ações que planejaram não saíram como imaginado. Ao se defrontarem com
os próprios limites ou com os “erros” do processo, os estudantes têm a oportunidade
de conferir sentido e importância ao seu percurso singular.

O momento da reflexão é precioso para superar concepções arraigadas na “cultura do


acerto”. Sem tentativa e erro, não existe aprendizagem e, tampouco, desenvolvimento.
Mais importante do que “acertar”, é identificar o que não está dando certo e buscar
meios de aprimoramento. Esse exercício de autoreflexão, de apuro do
autoconhecimento e de pensar criticamente, é um elemento precioso para que cada
estudante possa dar sentido às suas experiências e rever seus objetivos.

Para a professora ou o professor, esse processo, propicia maior entendimento de


quem são os estudantes e de como estão construindo suas estratégias de
desenvolvimento, considerando que o desenvolvimento socioemocional é um
processo complexo e não linear.

E, para os estudantes, esse processo possibilita uma oportunidade de rever atitudes,


repensar nas próprias ações e reorganizar percursos. Ou seja: de exercitar a

VERSÃO PRELIMINAR

45
PROJETO DE VIDA

macrocompetência abertura para o novo e outras competências essenciais para o


século 21, como a resolução de problemas e a criatividade.

Momento 1 – Raio-x (versão completa)


Caso os estudantes já tenham criado o plano de desenvolvimento pessoal nos bimestres
anteriores, proponha que realizem o passo a passo indicado a seguir, que configura a
versão completa da atividade Raio-X.
Esclareça, então, que o momento agora é para refletir sobre o próprio desempenho, a
partir da análise dos planos de desenvolvimento pessoal, para que possam aprender a
transformar o que está dando “errado” em oportunidade de aprendizagem e
desenvolvimento Informe que eles e elas devem realizar um exercício de raio-x de uma
situação vivida, seja na aula de Projeto de Vida, seja em outras situações, em que
avaliam que não conseguiram exercitar as competências socioemocionais em foco na
turma. Para isso, devem revisitar o que foi planejado em seus planos de desenvolvimento
pessoal. Oriente-os(as), também, a estarem com seu Diário de Práticas e Vivências em
mãos. Eles e elas devem se reunir nos mesmos trios de trabalho, ou seja, os mesmos
trios do Desafio dos superpoderes do 2º bimestre, caso já tenham formados os trios nos
bimestres anteriores.

Problematize se conhecem o termo raio-x. Parta do conhecimento prévio deles e delas


para explicar o que é o termo raio-x no sentido literal: um exame de diagnóstico por
imagem, feito por meio de radiações que, ao atravessarem os órgãos e tecidos, geram
imagens do interior do corpo humano.

Explique que, nessa atividade, o raio-x será usado no sentido figurado, ou seja, não se
trata de fazer um raio-x de verdade, trata-se de fazer uma análise detalhada de
determinada situação.

Acompanhe os(as) estudantes no passo a passo do desenvolvimento do exercício


proposto no Caderno do Estudante, essa atividade é recomendada apenas para turmas
que já elaboram os planos de desenvolvimento pessoal nos bimestres anteriores

Reprodução do texto contido no Caderno do Estudante:

1. Releia as ações do seu plano de desenvolvimento pessoal e escolha uma (1)


ação que você não conseguiu colocar em prática da forma desejada.

2. Você lembra de uma situação concreta em que a ação planejada deu


errado? Você tentou fazer uma jogada que foi uma "bola na trave" ou uma bola
que nem passou perto do gol?

VERSÃO PRELIMINAR

46
PROJETO DE VIDA

2.1 SIM - Ótimo! Conte para seus(suas) colegas como foi essa situação de forma
detalhada.
2.2 NÃO - Pense mais um pouco... Enquanto isso, ouça a situação contada
pelo(a) seu(sua) colega.

3) Junto com seus(suas) colegas respondam:


a) O que deu errado?
b) Por que deu errado?

4) Reflexão “Deu ruim?!”

Para realizar a mediação da reflexão “Deu ruim?!”, é importante que você retome a
discussão de considerar o que não está dando certo como oportunidade de
aprendizagem e de desenvolvimento, já trazida no início da aula. Então, escreva no
quadro a seguinte frase:
Deu ruim?! SOFRER APRENDER para SEGUIR EM FRENTE - essa atividade é
recomendada apenas para turmas que já elaboram os planos de desenvolvimento
pessoal nos bimestres anteriores
Busque dar destaque para os termos aprender e seguir em frente. E traga o termo
sofrer, de forma riscada, indicando que não se trata de focar no sofrimento, e sim, na
aprendizagem.
Peça que cada um(a) reflita sobre a frase e abra a palavra para que alguns(as)
estudantes, conforme o tempo disponível, possam expressar a opinião deles sobre a
frase.
Ressalte a importância da colaboração, como um dos grandes aliados nesse processo
de desenvolvimento socioemocional. Estimule os(as) estudantes a perceberem qual
contribuição podem dar ao desenvolvimento dos(as) colegas, como é importante
encorajar os(as) colegas e não julgar seus erros. Relembre as dicas sobre devolutivas
trabalhadas anteriormente Caso essas dicas ainda não tenham sido trabalhadas,
aproveite esse momento para abordá-las.
Dicas úteis para a conversa de devolutiva – extraídas do Caderno do Estudante
do 2º bimestre
• Aproveite o exercício de feedback para praticar competências
socioemocionais como o respeito, a empatia e a assertividade. Caso você não
entenda o que significa alguma dessas competências, peça ao(à) professor(a)
que explique o que é e como pode ser praticada.
Exemplos:

VERSÃO PRELIMINAR

47
PROJETO DE VIDA

Respeito - trate seu(sua) colega da mesma forma que gostaria de ser tratado(a), não
use palavras que possam ofender.
Empatia - busque entender as necessidades e sentimentos dos colegas, ser
atencioso(a) e trazer elementos na sua fala que possam apoiar o desenvolvimento
deles(as).
Assertividade - converse com os(as) colegas abertamente sobre pontos que podem
ser melhorados, trazendo sugestões de como essa melhoria pode ser alcançada.

• Quando algo que o seu ou a sua colega fizer lhe incomodar ou trazer alegria,
converse com ele ou ela sobre o modo como aquilo foi feito ou o ato/ação em
si. Isso melhora sua comunicação e ajuda seu ou sua amigo(a) a se
desenvolver.
Exemplo: Um estudante indicou em seu plano a seguinte ação para desenvolver a
competência socioemocional tolerância ao estresse: quando eu ficar estressado por
ter pouco tempo para terminar uma atividade, vou observar como estou me sentindo,
respirar fundo e organizar os sentimentos e pensamentos. Para evitar que eu perca
mais tempo preocupado(a) sobre o que tem que fazer, do que realmente fazendo a
tarefa.
Nesse exemplo o foco será em como a pessoa agiu quando teve pouco tempo para
terminar uma atividade. Ao dar o feedback você não deve dizer: “nossa, você é muito
estressado!”, mas sim perguntar “Como você agiu nas últimas vezes que teve pouco
tempo para realizar uma tarefa?”
• Ofereça sugestões que possam ajudar seu(sua) colega a se desenvolver.
Não julgue, quando você indicar algum ponto que precisa ser melhorado, faça
uma sugestão de como seu ou sua colega pode agir para desenvolver melhor
determinada competência.
Exemplo: Continuando o exemplo anterior sobre como desenvolver tolerância ao
estresse. Não fale “você continua sem paciência nenhuma”, faça uma sugestão:
“quando você perder a paciência nessa situação, que tal você respirar fundo e acreditar
que você é capaz de fazer a tarefa?”
• Tenha atenção durante a conversa, busque ouvir com cuidado o que seu
colega está falando. Evite qualquer distração, não fujam do tema da conversa.
Exemplo: esse não é o momento para conversar sobre o resultado do jogo de futebol
ou qualquer outra coisa. Esse é o momento de olhar nos olhos dos colegas do seu trio,
falar e escutar com cuidado.
• Use exemplos concretos. Peça e ofereça exemplos de como você agiu.

VERSÃO PRELIMINAR

48
PROJETO DE VIDA

Exemplo: conte passo a passo do que você fez em uma situação relacionada ao
desenvolvimento da competência escolhida, descreva com detalhes.

Um dos pontos do feedback, é apresentar sugestões de como aprimorar. Informe aos(às)


estudantes que na próxima missão, eles(elas) vão pensar em ideias do que poderia ter
gerado sucesso nessa mesma situação (analisada nesta atividade). No Caderno do
Estudante é usada a seguinte metáfora “Vocês serão como um(a) técnico(a) de futebol
que orienta um(a) jogador(a) a como transformar aquela bola na trave em gol.”.

Aula 2 - MISSÃO 8: MINHAS COMPETÊNCIAS E MINHAS JOGADAS


Acolha os(as) estudantes e explique o objetivo da atividade, articulando sua fala com o
texto presente no Caderno do Estudante:
Na missão anterior, você compreendeu que até mesmo as jogadas que não deram
certo são importantes de serem analisadas. Nessa missão, você irá:
Refletir sobre... E partir para ação...
Passo Quais são suas condições Preenchendo o Caderno de Respostas para
1 atuais para seguir nesse identificar seu desenvolvimento atual nas
jogo que não tem game competências socioemocionais priorizadas
over? pela rede.
Passo Quais estratégias podem Atualizando seu plano de desenvolvimento
2 melhorar as suas pessoal.
jogadas? Essa atividade é recomendada apenas para
turmas que já elaboram os planos de
desenvolvimento pessoal nos bimestres
anteriores.

Passo 1
Peça-lhes que reflitam sobre como exercitaram as competências socioemocionais nos
últimos meses.

Peça que abram o Caderno do Estudante na página do Caderno de Respostas. Convide-


os(as) a se concentrarem e pensarem sobre si mesmos(as), pois nesta atividade
realizarão a identificação de competências socioemocionais utilizando o instrumento de
rubricas.

O “Caderno de Respostas” impresso está nas páginas finais do Caderno do Estudante


do 1º bimestre. O seu preenchimento poderá ser feito na versão impressa ou

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

diretamente na Secretaria Escolar Digital (SED). Disponível em:


https://sed.educacao.sp.gov.br.

Professor(a), retome, ou apresente pela primeira vez, alguns conceitos como o de


rubrica. Rubrica, nesse instrumento, é a representação geral de todos os estágios que
uma pessoa pode se encontrar no desenvolvimento de uma competência. É por este
motivo que cada estágio é chamado de degrau, que vai do 1 ao 4. Os degraus 1, 2, 3 e
4 são acompanhados por uma descrição/frases. Já os degraus intermediários (1-2, 2-3,
3-4) referem-se a situações intermediárias entre as apresentadas nos degraus 1, 2, 3 e
4; nelas o estudante considera que o seu degrau de desenvolvimento na rubrica é maior
do que o anterior, mas não chega ao posterior (por exemplo: o aluno responderia no
degrau intermediário “1-2” se considerasse que já passou do nível descrito no degrau 1,
mas ainda não chegou ao nível descrito no degrau 2).

Informe que é importante para o sucesso da missão 8 que o estudante traga, pelo menos,
uma evidência/exemplo que justifique porque se vê num nível e não em outro. Em geral,
estas evidências podem ser explicitadas a partir de perguntas estimuladas pelo(a)
professor(a) que os fazem pensar em situações que vivenciaram dentro e fora da escola,
quando exercitaram a competência em questão.

Informe o tempo em minutos que eles terão para responderem as competências


priorizadas pela rede para o ano/série, de modo que concluam o preenchimento ainda
na primeira parte da atividade. Informe o tempo em minutos que eles terão para
responderem todas as competências em foco, de modo que concluam o preenchimento
ainda nesta aula. Reforce junto aos estudantes a importância de escreverem justificativas
e comentarem os motivos que os levaram a se avaliar nos degraus que escolheram.

Apenas para as turmas que já elaboram os planos de desenvolvimento pessoal nos


bimestres anteriores, informe que nesta mesma atividade, cada um atualizará seu plano
de desenvolvimento, por isso é necessária uma efetiva gestão do tempo.
Durante todo o exercício cabe ao(a) professor(a) auxiliar os estudantes a responder e
esclarecer dúvidas e orientá-los sobre como devem apresentar os seus resultados, por
meio das células intituladas: Aplicação que estão logo após as rubricas nas fichas.
Essas células serão utilizadas a cada nova rodada de autoavaliação, sendo uma para
cada competência avaliada.
Passo 2 - Essa atividade é recomendada apenas para turmas que já elaboram os
planos de desenvolvimento pessoal nos bimestres anteriores.

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

Encerrado o preenchimento do instrumento, oriente a turma a se agrupar nos mesmos


trios formados anteriormente, mantendo o “Caderno de Respostas” em mãos, ou
utilizando dispositivos eletrônicos que permitam o acesso online.

Cada grupo trabalhará do seguinte modo, conforme orientado no Caderno do Estudante:


Você se lembra da situação analisada na missão anterior? Agora é hora de contar com
a ajuda dos(as) colegas para:
1. Relacionar a situação que você escolheu analisar na missão anterior com seu
desenvolvimento atual registrado no Caderno de Respostas nesta missão,
seguindo o exemplo abaixo:
Exemplo
Ação escrita no plano Situação analisada na “Degrau” de
de desenvolvimento missão 5 desenvolvimento da
pessoal competência
socioemocional em foco na
ação escolhida
Para desenvolver Ana, que estuda na sala ao Nome da competência:
empatia vou buscar lado, estava chorando no Empatia
conversar com colegas, banheiro da escola. 1º bimestre: degrau 2
quando eu perceber que 2º bimestre: degrau 1-2
estão meio pra baixo. Fui perguntar o que estava 3º bimestre: degrau 2
acontecendo. Quando ela me
respondeu falando que estava
triste porque o gato de
estimação dela havia morrido,
eu disse: deixe de ser boba,
pensei que era algo sério.
O que deu errado? Eu chamei
Ana de boba.
Por que deu errado?
Porque eu pensei só com minha
cabeça, como eu gosto mesmo
é de cachorros, achei que era
besteira chorar por causa de
gato. Eu não consegui me
colocar no lugar da Ana e
entender que pra ela gatos
são importantes.

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

Agora é com você, responda:


Ação escrita no plano de Situação analisada na missão 5 “Degrau” de
desenvolvimento pessoal desenvolvimento da
competência
socioemocional em
foco na ação
escolhida

2. Levantar ideias do que poderia ter gerado sucesso nessa mesma situação que
está sendo analisada.
Exemplo
(Dando continuidade ao exemplo anterior).

Ideia 1 – Ouvir o que Ana tinha a dizer sobre o gato, sem expressar minha
opinião.
Ideia 2 – Perguntar para Ana se ela queria ajuda. Se ela respondesse SIM,
perguntar como eu poderia ajudá-la.
Ideia 3 – Dar um gato de presente para Ana.

Durante o trabalho em grupos, circule pela sala observando as discussões e exercitando


a presença pedagógica.

Concluído o levantamento de ideias em grupo, cada estudante deve trabalhar


individualmente para escolher uma estratégia a ser inserida em seu plano de
desenvolvimento pessoal.

As orientações para a escolha e registro da estratégia escolhida constam no


Caderno do Estudante.
Após essa discussão e chuva de ideias, você, individualmente, pensará sobre as
sugestões que foram feitas e escolher uma ideia como a estratégia a ser inserida no
seu plano de desenvolvimento pessoal.
Para escolher a sugestão que será adotada como sua estratégia reflita:
a. Essa ideia está próxima da sua realidade?
b. Você consegue se ver fazendo isso?
(Dando continuidade ao exemplo anterior).

VERSÃO PRELIMINAR

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PROJETO DE VIDA

Ideia 1 – Ouvir o que Ana tinha a dizer sobre o gato, sem expressar minha
opinião.
a. Essa ideia está próxima da sua realidade? Sim!
b. Você consegue se ver fazendo isso? Sim! Vou transformar essa ideia em
estratégia e inserir no meu plano de desenvolvimento pessoal: Quando eu
ver alguém triste e me aproximar para conversar, vou ouvir o que a pessoa
tem a dizer sem expressar minha opinião.

Ideia 2 – Perguntar para Ana se ela queria ajuda. Se ela respondesse SIM,
perguntar como eu poderia ajuda-la.
a. Essa ideia está próxima da sua realidade? Sim!
b. Você consegue se ver fazendo isso? Ainda não, acho que é mais fácil eu
aprender a ouvir com atenção primeiro, para depois oferecer outro tipo de
ajuda.

Ideia 3 – Dar um gato de presente para Ana.


a. Essa ideia está próxima da sua realidade? Não! Eu não tenho dinheiro
para comprar um gato e nem sei onde vende.
b. Você consegue se ver fazendo isso? De jeito nenhum! Pensando bem,
essa não é uma boa ideia, ela poderia até mesmo não gostar de ter um novo
gato no momento.

Faça o registro da estratégia escolhida no seu Diário de Práticas e Vivências e busque


colocar essa estratégia em prática nas próximas oportunidades que você tiver, tanto
na escola quanto nas outras situações da sua vida!

Cabe a você, professor(a), incentivar os(as) estudantes a se orientarem pelo seu plano
de desenvolvimento pessoal, buscando colocar em prática as ações planejadas e a
estratégia de aprimoramento escolhida na missão 8. Lembrando: aprende-se tentando
e errando, o processo de desenvolvimento socioemocional não é linear! Oriente-os(as)
a atualizarem seu Diário de Práticas e Vivência regularmente.

Sempre que necessário e possível, busque retomar as duas competências escolhidas


pela turma durante as aulas, proporcionando o desenvolvimento dessas competências
em diversas situações de aprendizagem, na denominada “Missão Permanente – Jornada
de Desenvolvimento”.

Encerre a atividade reconhecendo as conquistas e progressos da turma, indicando que


a jornada de desenvolvimento pessoal continua! Reforce que eles(elas) não estão
sozinhos, você os(as) estará apoiando em todas as aulas.

VERSÃO PRELIMINAR

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