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Edmilson e Gabriela
O que é o aplicativo?
Com 1,5 bilhão de usuários cadastrados até o final de 2019, o Tik Tok vem
ganhando ainda mais popularidade durante este período de isolamento social imposto
pela pandemia do Coronavírus. Estimulado pelo recente contexto, já em 2020, o
aplicativo bateu o novo recorde de mais de 2 bilhões de downloads em todo o mundo.
Ameaçando a hegemonia de outras grandes plataformas do meio digital, como o
Facebook e o Instagram; com essas estatísticas o Tik Tok já ultrapassou o Whatsapp
em número de usuários, se tornando o sétimo aplicativo mais baixado na última
década. Ainda pouco popular no Brasil, em 2018, o aplicativo foi o mais baixado nos
EUA Os maiores países em já é extremamente acessado em países asiáticos,
principalmente na China e na Índia.
Criando e fomentando ainda mais a cultura digital dos memes e vídeos rápidos,
em 2019 o mundo assistiu ao maior fenômeno surgido através do app. O usuário
Montero Hill, usando o nick “Lil Nas X” lançou a música “Old Town Road” pelo Tik Tok,
alcançando uma imensa popularidade. O que começou como uma espécie de meme,
se tornou um enorme sucesso musical, permanecendo 19 semanas no primeiro lugar
da principal parada norte-americana, a Billboard, se tornando assim o maior sucesso
nesse índice até àquela altura.
Pudemos notar que o Tik Tok é ainda pouco usado por museus e galerias de
arte. Ainda são poucas as instituições, mas ainda sim a maioria são museus do
continente asiático, onde o aplicativo foi criado.
Em sua maioria, são contas com poucas postagens e muitas do que seriam
“caretas”, por não estarem dentro da linguagem da rede. Outros acertavam mais na
comunicação. O The Metropolitan Museum, por exemplo, não possui nenhuma
postagem, porém lançou a hashtag #salutetotheclassics a fim de que os usuários da
rede possam realizar desafios a partir de obras clássicas do acervo da instituição. O
presença do Met na rede, foi abordada em uma de nossas leituras, onde o autor nos
diz que mesmo o museu não estando pronto para o Tiktok é bastante vantajoso possuir
- e garantir - um perfil com o nome da instituição. As experiências dos poucos museus
e instituições culturais que possuem perfis na rede, são focadas na divulgação das
exposições e ações da instituição ou em desafios direcionados ao o público a partir de
alguma hashtag a ser replicada pelos usuários do aplicativo. E as experiências em
museus e espaços expositivos também aparecem com frequência nos vídeos de
usuários, porém simplesmente como uma forma de registrar a sua visita e presença no
espaço. Na grande maioria dos casos que observamos, não fica evidente uma proposta
de viés educativo ou que possibilite uma relação de troca de conhecimento entre
grande parte dos museus presentes na rede e os seus usuários. Porém tem o
potencial para ser mais um canal de interação aberto, de viés mais informal, entre os
museu e os seus públicos, principalmente o jovem, especialmente diante da
impossibilidade de realizar ações presenciais em em tempos de isolamento social,
seguindo assim a tendência social que tem movimentado ainda mais o app atualmente.
A princípio, no caso do MAR, uma conta vinculada ao museu poderia propor diversas
ações (dentre elas, as de cunho educativo) em forma de desafios e vídeos a serem
postados e compartilhados por usuários através de hashtags, vídeos dos bastidores do
museu e de suas exposições, bem como de mediações e experiências de visitantes no
museu
Baseado nos artigos e na pesquisa realizada, entendemos que a rede pode ser um
atrativo para o público adolescente (15 a 21 anos) que interessa o MAR. Porém, em
tempos de quarentena questionamos a necessidade de postar videos fora do espaço
museal. Por isso, nossa primeira proposta é a criação de uma hashtag que incentive os
“tiktokers” a realizar desafios relacionados ao acervo museológico do MAR. Propomos
a criação de uma hashtag para convocar os usuários do Tik Tok a gravarem vídeos
curtos, de 15 segundos ou 1 minuto, no formato disponibilizado pelo aplicativo,
imitando as cenas das fotografias: “Os Meninos do Morrinho” de Paula Trope,
“Trabalhador da construção civil” e “Torcida na Geral do Maracanã na Copa do Mundo
de 1950” de Kurt Klagsbrunn e “Sem título (Carnaval/Rio de Janeiro) de Pierre Verger;
expostas em “Rua!”. Utilizando as diversas opções e funções de edição de vídeo
disponibilizadas pelo aplicativo , que vão desde funções essenciais de edição como o
corte e tempo de velocidade das cenas, até a adição de filtros, templates e imagens de
fundo.
Os usuários que produzirem os vídeos mais acessados, poderão ganhar entradas
para o museu e ter o direito de acompanhar parte da montagem da exposição Casa
Carioca (se possível; verificar com a curadoria).
Referências:
ROLFINI, Fabiana. TikTok bate novo recorde: mais de 2 bilhões de downloads. Olhar
Digital, 2020. Disponivel em:
https://olhardigital.com.br/noticia/tiktok-bate-novo-recorde-mais-de-2-bilhoes-de-downlo
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RICHARDSON, Jim. Should your Museum be on the latest social media craze TikTok?.
Museum Next, 2010. Disponivel em:
https://www.museumnext.com/article/should-your-museum-be-on-tiktok/ Acesso em:
30/04/2020.
SCHNEIDER, Sara. Natural History Museum Curator Becomes ‘Shell-Ebrity’ With
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https://www.wesa.fm/post/natural-history-museum-curator-becomes-shell-ebrity-mollusk
-tik-toks#stream/0 Acesso em: 30/04/2020.
TRÉVIEN, Claire. Should art galleries and museums get on board with TikTok?.
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GAT, Orit. Beyond TikTok: Gen Z at the museum. Art Basel, ano desconhecido.
Disponível em: https://www.artbasel.com/stories/new-ways-of-seeing-generation-z
Acesso em: 30/04/2020.
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Disponível em:
http://www.hnmuseum.com/en/aboutus/tik-tok-%E2%80%93-new-access-museums-fav
ored-young-people Acesso em: 30/04/2020.