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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO ENGENHARIA QUÍMICA E ALIMENTOS
EQA 5510: ESTÁGIO CURRICULAR NÃO OBRIGATÓRIO
PROFESSOR ORIENTADOR: JORGE NINOW
COORDENADOR: JOSÉ MIGUEL MÜLLER

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:


PATRÍCIA BOLOS E DOCES ARTÍSTICOS

Beatriz da Rosa Espíndola

Florianópolis, dezembro de 2015.

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SUMÁRIO

SIGLAS E ABREVIAÇÕES.......................................................................................5

INTRODUÇÃO...........................................................................................................6

APRESENTAÇÃO DA EMPRESA............................................................................6

DIVISÃO DA FÁBRICA............................................................................................7

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .........................................................................8

DETERMINAÇÃO ATIVIDADES.................................................................8

ATIVIDADES REALIZADAS........................................................................8

PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO.......................9

CONTROLE DE CÂMARA FRIA E DETERMINAÇÃO DE


ESTOQUE MÍNIMO................................................................................................10

PROGRAMAÇÃO SEMANAL DE PRODUÇÃO...........................10

REQUISIÇÃO DE INSUMOS E COMPRAS..................................10

COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO.........................................................................11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................11

ANEXOS...................................................................................................................12

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SIGLAS E ABREVIAÇÕES

PCP – Planejamento e Controle de Produção

PMP – Plano Mestre de Produção

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1. INTRODUÇÃO
O doce acompanhou a evolução do homem e da gastronomia, sendo por muito
tempo desfrutado somente por nobres. Evoluiu muito durante o tempo, e no Brasil foi
influenciado principalmente pela culinária Portuguesa e pela chegada dos engenhos de
açúcar ao país que foram essenciais para a criação das doçarias (BELLUZZO, 2002).

As doçarias hoje estão relacionadas a momentos de comemoração, oferecendo


cada vez mais um cardápio variado para atender a todos os consumidores. O interesse
por estes produtos tem crescido cada vez mais devido ao aumento da renda da
população e ao ritmo de vida acelerado. A um tempo atrás era uma prática comum o
preparo de bolos e doces em casa, porém este hábito vem sendo substituído pela
facilidade que as padarias e doçarias oferecem (SEBRAE, 2010).

Neste segmento está inserida a doçaria Patrícia Goedert, presente no mercado de


Florianópolis há 15 anos sendo a maior fornecedora de doces, bolos artísticos e salgados
para festas da região. A doçaria conta com uma ampla diferenciação de produtos,
produzindo doces tradicionais, doces finos, tortas variadas, bolos artísticos além da
produção de salgados. Conta ainda com a produção de ovos de páscoa e panetones nas
épocas comemorativas.

Através da busca por qualidade e segurança de seus produtos a doçaria procura


cada vez mais seguir os critérios estabelecidos pela legislação que considera uma
necessidade constante o aperfeiçoamento do controle sanitário das unidades que
processam alimentos.

O relatório de estágio entra com o objetivo de descrever as atividades


desenvolvidas e experiências relatadas dentro da indústria que o aluno atuou. O estágio
foi realizado na Patrícia Goedert Doçaria (ou Patrícia Bolos e Doces Artísticos Me),
localizada na cidade de Florianópolis – SC, com foco na produção de bolos, tortas,
doces e ainda diversos salgados.

2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A história da empresa começou pela paixão da proprietária Patrícia Gordert
pelos doces. A partir disso veio a iniciativa de produzir bolos em sua casa para vender,
impulsionada pela necessidade financeira da família. No início eram feitos somente
bolos e tortas e Patrícia produzia tudo sozinha, seus clientes eram principalmente
vizinhos e conhecidos. Com o passar do tempo as encomendas foram aumentado e além
da produção de tortas e bolos deu-se início a produção de doces e salgados, onde todos
da família começaram a participar. Houve aumento da produção e a casa mostrou-se
pequena e fez-se necessário a locação de um imóvel para melhor acomodação da
produção, sendo este localizado em São José (SC), onde ficou até o início de 2014. Hoje
a empresa está localizada na SC 401, Km 7,5, onde além da fábrica também se situa a
primeira franquia da Patrícia Gordert Doçaria inaugurada no mesmo ano. O método de
atendimento e o mix de produtos oferecidos pela franquia foram desenvolvidos pela

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própria Patrícia Goedert e a demanda pressionou a decisão de crescimento no formato
de franquias, ao invés da criação de uma rede de filiais.

Em novembro de 2014 foi inaugurada a sua segunda franquia da doçaria em


Passo Fundo (RS), seguindo o mesmo padrão da Doçaria localizada em Florianópolis. A
empresa está iniciando um projeto para expansão das franquias e pretende abrir mais de
10 lojas até 2016.

Ainda, como diferencial, a doçaria conta com parcerias junto à empresas como a
Nestlé, que garantem o sucesso dos produtos produzidos. E o que faz com que, hoje, a
empresa seja uma das maiores fornecedoras para festas de doces, salgados e bolos de
Florianópolis e região.

Além do fornecimento de doces e salgados para eventos, a empresa conta com


cinco franquias, uma localizada junto a sede da empresa em Florianópolis, duas
restantes em Santa Catarina e duas no Rio Grande do Sul. O objetivo da empresa é a
expansão em números de franquias, pretende abrir cerca de 10 lojas até o ano de 2016.
No sistema de franquias, a Doçaria Patrícia Goedert possibilita ao cliente o prazer de
deliciar-se com salgados fritos na hora, uma mesa de docinhos para se servir à vontade,
além do cliente poder montar seu próprio cupcake. Desta forma, o diferencial da
empresa é a criatividade, fazendo com que o cliente sinta-se em uma festa todos os dias.
Ainda, o sistema de franquia é totalmente pensado para fornecer maior comodidade e
facilidade ao franqueado. Utilizado a marca, o franqueado dispõe de completo sistema
de gestão que inclui desde o software, montagem da loja, incluindo layout treinamento
pessoal, bem como os meios de divulgação. Além do sistema implementado para as
franquias, um sistema foi desenvolvido para atender as necessidades de venda, produção
e administração da empresa.

2.1. DIVISÃO DA FÁBRICA


A fábrica está dividida em 5 setores, sendo que estes se diferenciam pelo
tipo de produto produzido. Os setores foram denominados, setor de
Salgados, setor de Massas e Recheios, setor de Bolos e Tortas, setor de
Doces e setor de Artístico, sendo que apenas o setor de Salgados é totalmente
independente e produz as massas, os recheios e controla a sua expedição, o
restante dos setores segue um fluxo de produção independentemente.
O setor de Salgados conta com três células de trabalho, divididas em duas
cozinhas, a primeira denominada cozinha quente, é responsável pela
produção de todos os recheios, quentes e frios, além de 20 realizar a
finalização e expedição dos salgados. A segunda cozinha realiza a montagem
dos salgados e é dividida em duas células, Salgados de máquina e Salgados
de bancada.
O setor de Massas e Recheios possui duas células de produção, sendo
uma delas responsável pela produção de massas de doces e recheios para
bolos e tortas e outra célula responsável pela produção de massas de bolos e
cupcakes.
O setor de Bolos e Tortas possui somente uma célula de produção, sendo
este responsável por montagem e finalização de tortas e montagem de bolos
onde após prensados seguem para o setor Artísticos para finalização e

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expedição. O setor de doces produz doces tradicionais e doces finos, este
setor recebe as massas do setor de massas e recheios e a partir daí molda e
expede os doces.
O último setor, o Artístico é responsável pela finalização dos bolos, onde
estes são decorados com pasta americana de acordo com o desejo do cliente
e seguem para expedição.
A fábrica ainda possui duas câmaras frias, sendo a primeira destinada ao
setor de Salgados e a segunda ao restante dos setores. Ainda possui uma sala
onde estão o túnel de congelamento e a área de embalagem a vácuo.

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.1.DETERMINAÇÃO ATIVIDADES
Foi determinado que a maior necessidade no momento fosse atualizar
todas as fichas técnicas de cada etapa de produção e iniciar a implantação do
PCP, o controle de estoque das câmaras frias e a padronização dos produtos.

As atividades a serem realizadas seriam:


• A inclusão das fichas técnicas dos produtos do setor no sistema;
• O controle de estoque;
• A programação semanal de produção, aplicação de projeto de
planejamento e controle de produção (PCP);
• O teste dessas fichas através da ordem de fabricação e pré-pesagem dos
insumos para a produção de cada produto e o acompanhamento da
produção, para pesar e avaliar a padronização de uma amostragem da
produção.
• O trabalho foi iniciado no setor de Salgados, e em seguida passou para o
setor de Massas e Recheios e Bolos e Tortas;

3.2.ATIVIDADES REALIZADAS
Todas as atividades determinadas foram atingidas. Porém, durante o período
de realização do estágio, outras questões também tinham urgência em ser
resolvidas, são elas:
• Reformulação de fichas técnicas e rendimentos;

• Pedidos de insumos referentes à programação;

• Adaptação aos utensílios e máquinas disponíveis na fábrica;

• Padronização de salgados;

• Desenho de uma fôrma para assar as massas de pão de ló para mini-


tortas, diminuindo o desperdício de massa;

• Aumento do rendimento de massas de bolos;

• Acompanhamento de vida útil de produtos natalinos.

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3.2.1. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO
Com o rápido crescimento da empresa, um Planejamento e
Controle de Produção (PCP) teve que ser implantado para suprir a
demanda das filiais e clientes finais com prontidão e qualidade.
Assim iniciamos o método em junho com testes em um determinado
setor da produção, e transmitimos para os restantes de acordo com o
tempo e resultados satisfatórios.
Este é um sistema de transformação de informações sobre
estoques existentes, vendas previstas, componentes, matérias-primas,
processos, tempos, capacidade disponível, a partir do que se
determinam os dados das ordens de produção (o que, quanto, quando,
e onde produzir). (ZACCARELLI apud ERDMANN, 1998, p. 20).
Ele permite a continuidade de processos produtivos na indústria,
também a execução do que foi previsto no tempo/quantidade/recursos
apropriados.
Pode incluir:
• Módulo de otimização de produção.
• Controle de resíduos.
• Reciclagem.
• Projetos ambientalmente sustentáveis.
Durante o tempo de estágio foi apresentado para todos os
coordenadores dos setores produtivos e comercial da empresa a
proposta de implantação do PCP nesta salientando os objetivos a ser
alcançados de acordo com a figura 2. Foi observada certa aceitação
juntamente com algumas resistências, mas com a gradativa atuação
no setor resultou em aceitação e feedback positivo.
Para a atuação em todos os setores da empresa foi necessário
estabelecer um Planejamento Estratégico de Produção, que está
incluído no projeto de PCP. Este consiste em estabelecer um Plano
de Produção de longo prazo para determinado período, com base nas
estimativas de vendas de longo prazo e a disponibilidade de recursos
financeiros e produtivos. A estimativa de vendas de longo prazo é
realizada para prever os tipos e quantidades de produtos que se
espera vender neste período estabelecido de planejamento. E o fator
físico limitante do processo produtivo é a capacidade de produção, e
pode ser incrementada ou reduzida, com o uso de recursos
financeiros, desde que planejada a tempo. (TUBINO, 2007)
No setor escolhido era planejado um Plano Mestre de Produção
(PMP) via sistema e acompanhada a produção como um teste. Se
este era eficaz, a produção de determinados produtos se dava apenas
por PMP autorizado.
Outras situações eram observadas dentro da produção, como
contaminação cruzada. Assim, para evitar a contaminação cruzada
de produtos no setor de Salgados, a programação era realizada, na
medida do possível, com somente um recheio a cada dia (camarão,

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carne, frango, entre outros), e o insumo chega fresco no dia anterior
à produção.

3.2.2. CONTROLE DE CÂMARA FRIA E DETERMINAÇÃO DE


ESTOQUE MÍNIMO
Um controle de câmara fria mais eficaz e o estabelecimento de
um estoque mínimo se fizeram necessário. Para isso foi necessário:
• A quantidade de produtos expedidos por mês foi obtida do
sistema, e uma média aritmética foi realizada;
• Um Diagrama de Pareto foi feito utilizando o software Excel para
a determinação da curva A (até 60% da produção) e da curva B
de produtos (até 80%).
O estoque mínimo seria a média aritmética de vendas dos últimos
três meses dividida por quatro, para se obter o valor semanal. Assim
determinamos o estoque mínimo da curva A com duração de 15 dias
e curva B, 7 dias. Obteve-se como resultado do setor de massas e
recheios o que encontramos no gráfico 1 a seguir.

A definição de estoque mínimo foi essencial para que não


faltassem produtos em nenhum pedido de fornecimento para as
franquias. Com isso era necessário o acompanhamento rígido da
câmara fria para que esse estoque sempre estivesse de acordo. O
acompanhamento acontecia pelo mesmo colaborador que controlava
a entrada de insumos da empresa.

3.2.3. PROGRAMAÇÃO SEMANAL DE PRODUÇÃO


Esta era apenas um reflexo dos resultados da aplicação do PCP
nos setores. Sendo assim realizada com base no estoque de produtos
determinados pelas curvas de Pareto.
Almeja a manutenção de um estoque mínimo, determinando o que
será produzido, quando, quanto e quem. Caso necessário havia
alteração. Segue um exemplo de produção semanal esquematizada.
Esse era disponibilizado apenas para o coordenador do setor,
diariamente disponibilizávamos uma programação diária e específica
para cada colaborador. Como na figura abaixo.
3.2.4. REQUISIÇÃO DE INSUMOS E COMPRAS
Também refletindo os frutos do funcionamento do projeto geral
de PCP, o PMP resultava em uma Requisição de Insumos, também
via sistema. Esta era automática ao planejarmos o plano mestre,
porém havia certa necessidade de ajustes manuais. Também
influenciava diretamente o estoque mínimo de matérias primas da
empresa.
Da mesma maneira que foram determinados o controle de estoque
mínimo e de câmara fria, pode-se controlar a necessidade dos
materiais necessários para compra e quando seria isso.

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4. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO

O estágio teve duração de 7 meses e foi meu primeiro contato direto com uma
indústria alimentícia. Com certeza as experiências foram benéficas não apenas para
minha vida acadêmica, mas também na minha relação com outras pessoas. Foi possível
compreender o que se passa no dia a dia de uma produção e como as pessoas estão
envolvidas nessa rotina. A solução de problemas inesperados foi onde vi maior
aprendizado e adicionalmente a adaptação à vida “real” industrial.
Acredito que esse estágio irá me proporcionar oportunidades para me inserir no
mercado de trabalho de um engenheiro de alimentos, assim como uma base para futuras
indústrias. Incentivo a todos os alunos que, se possível, ingresse numa experiência
similar durante a graduação para que a visão e aplicação do curso sejam mais claras.
Agradeço a minha supervisora a oportunidade do estágio e autonomia que me
proporcionou durante o estágio, confiando na minha capacidade inclusive durante sua
ausência em determinado período.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELLUZZO, R; HECK, M. Doces sabores. São Paulo: Studio Nobel, 2002.


179p.
ERDMANN, R. H. Organização de sistemas de produção. Florianópolis, Santa
Catarina: Insular, 1998. 216 p.
TUBINO, Dalvio Ferrari. Planejamento e controle da produção: teoria e prática.
São Paulo: Atlas, 2007. 190 p.

SEBRAE. Boas práticas na Panificação e na confeitaria - Da produção ao ponto


De venda. Brasília, 2010.
ZACARELLI, S. B. Programação e controle da produção. 8 ed São Paulo:
Pioneira, 1987.

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6. ANEXOS

Figura 1 – Esquema de divisão de setores de produção dentro da empresa


Patrícia Goedert Doçaria.

Figura 2 – As funções do projeto de PCP e seus objetivos.

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Figura 3 – Esquema de PCP.

Gráfico 1 - Diagrama de Pareto de massas doces e recheios referentes ao mês de


setembro.

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Figura 4 – Planejamento semanal para o setor dos Salgados, apenas produzindo
produtos encontrados nas curvas A e B.

Figura 5 - Programação diária.

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