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De fato, é com tristeza que somos obrigados a escrever sobre este assunto,
pois poderíamos usar o nosso tempo em questões mais úteis do que
debates acerca de cerimônias externas. Talvez nesse ponto estejamos nos
igualando aos católicos romanos debatendo com os ortodoxos sobre a
maneira correta de fazer o sinal da cruz, ou aos membros de certa igreja
disputando acerca da maneira correta de receber a ceia, se sentados nos
bancos ou ajoelhados no altar.
Respondendo às objeções
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Em Enon havia “muitas águas”. Essas “muitas águas” na verdade eram
muitas fontes ou arroios. Não há dúvida que eram fios d’água, pois não
havia rios caudalosos perto de Enon. Essas fontes eram preciosas para
saciar a sede das multidões que atendiam ao ministério de João. Tais
fontes, porém, não serviam para a imersão. Para a imersão é necessário
muita água, mas a frase diz muitas águas. João não podia usar mais água
que a de um pequeno arroio, e isso era perfeitamente adequado! Se o modo
de administrar o batismo era a imersão, por que João deixou o Jordão
para fixar-se em Enon? Onde estava, no Jordão, havia muita água. Para
quê buscá-la em outro lugar? Portanto esta frase não tem nenhuma força
para determinar o modo do batismo.
Há, talvez, outros argumentos de menor peso, porém cremos que eles se
desfarão se tratarmos logo de demonstrar o que afirmamos: o modo
“correto” de batizar é a aspersão.
Também Eclesiático[6] 34.25 diz: “Ao que se lava (batiza) depois de haver
tocado um corpo morto, e torna a tocá-lo outra vez, de que lhe valerá o ter-
se lavado?”
Note que estes “batismos” não são invenção humana. O autor de Hebreus
fala de “diversas abluções (no original “diversos batismos”) impostas até ao
tempo oportuno de reforma.” (9.10; ver tb Hb 6.2). Impostos quando e
onde? Com certeza, na Lei de Moisés, que prescrevia minuciosamente as
“oferendas e sacrifícios, embora (...) ineficazes para aperfeiçoar aquele que
presta culto”. (Hb 9.9).
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por Deus. Portanto, os batismos eram cerimônias eminentemente
religiosas ‘impostos’ pela Lei.
A esta altura poderíamos pedir, àqueles que acham a forma essencial, que
demonstrem que os batismos que os judeus praticavam eram sempre por
imersão. Levando-se em conta os seus princípios exclusivistas (“nós
estamos certos, eles errados”), são necessariamente obrigados a fazê-lo.
Não vemos a imersão em nenhum lugar do AT, mas a Lei Mosaica ordena
expressamente o modo destes batismos:
“Aquele que se batiza depois de haver tocado num corpo morto, e torna a
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tocá-lo, de que lhe valerá a ter-se lavado?”
Já vimos que o modo como se realizava este batismo por haver alguém
tocado num corpo morto, está claramente ordenado na Lei de Moisés:
Portanto, vemos que o NT utilizou uma palavra que já era usada há pelo
menos 200 anos para designar estas cerimônias. Se a palavra batizar era
usada, por centenas de anos, para indicar a aspersão, por que ensinar que
no tempo do Senhor e de João Batista os judeus realizavam seus batismos
de outro modo?
Muito antes da vinda de Jesus já se havia lido que aspergir-se por causa
dos mortos era como batizar-se por eles [9]. Dizer que o método era a
imersão é ir contra toda a evidência, visto que a aspersão aparece
ensinada universalmente no AT.
Por exemplo Mt. 15:2 - “Por que transgridem os teus discípulos a tradição
dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem. Comparado com Lc
11:38 “O fariseu, porém, admirou-se ao ver que Jesus não se lavara (no
grego: batizara) primeiro, antes de comer”.
Aquele se batiza por haver tocado num corpo morto, e torna a tocar nele,
de que se valerá o ter-se lavado? Portanto lavar e batizar podem ser
usadas para descrever a mesma ação.
Se tudo isso era feito por imersão, cada família deveria ter um lugar
apropriado. Neste caso o batistério seria um lugar essencial de cada casa
judaica. Porém, não há evidência histórica ou bíblica que houvesse tal
lugar em alguma casa, quer rica, quer pobre.
Não sendo necessária a imersão, deveria, então, existir alguma coisa para
cumprir seus rituais de outra forma.
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De fato, o NT se refere a vasilhas com capacidade para conter de 80 a 100
litros, pequenas demais para se imergir alguém, mas grandes o suficiente
para se meterem as mãos nelas com o propósito de se retirar água usada
para aspergir ou derramar sobre pessoas ou objetos. São as talhas de
pedra mencionadas nas Bodas de Caná da Galiléia, “que os judeus
usavam para as purificações.” (Jo 2.6)
Também, pelo contexto imediato, fica claro que eram batismos “com o
sangue de bodes, touros e as cinzas de uma novilha aspergidos sobre os
contaminados” (9.13).
“Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com
o Espírito Santo.” (At 1.15).
Vemos assim, sem discussão que a ação de Deus derramar o seu Espírito
sobre os discípulos é chamada de batismo com o Espírito Santo. Temos
aqui, indiscutivelmente um batismo por efusão, um batismo no mais
elevado sentido da palavra. E já que o próprio Espírito o representou como
um derramamento e o chamou de batismo nas Escrituras que Ele mesmo
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inspirou, por que querer impor uma forma diversa? Por que afirmar, contra
toda evidência, que a imersão é a única forma correta? Quando, em
imediata relação com o derramamento do Espírito, se menciona o batismo
com água de cerca de três mil pessoas, não é duvidoso, para dizer o
mínimo, que estas pessoas tenham sido metidas na água ao invés de se
aplicar água sobre elas? O mais sublime batismo, o do Espírito Santo -- do
qual o outro é um tipo -- é por efusão. Será o tipo administrado de um
modo totalmente diferente?
“Por que batizas, se não és o Cristo...?” foi a pergunta que fizeram a João
Batista (Jo. 1.25). Qual a origem desta expectativa? Tentarei explicar.
Referindo-se ao Messias, o texto de Isaías 52.15 diz:
Mais uma vez, nenhum indício de imersão e uma forte evidência em favor
da aspersão.
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Paulo (At 9). Após sua queda e cegueira no caminho de Damasco, Paulo
permaneceu três dias em jejum na casa de Judas. Ananias, guiado por
Deus, entra na casa e, após breve instrução, batiza Paulo. Diz o texto: “a
seguir, levantou-se e foi batizado”.
Havia um tanque na casa? foram a outro lugar? O texto não diz. A única
“prova” seria o pretendido significado de “batizar”. Todas as circunstâncias
são contra a imersão: na mesma casa, em pé, sem demora para preparar-
se, sem sair nem entrar, pondo-se imediatamente a serviço de Cristo.
Cornélio e sua casa (At 10). Sobre este episódio, se diz que o “Espírito
Santo caiu sobre todos os que ouviam a palavra. “Admiraram-se, porque
também sobre os gentios foi derramado o dom do “Espírito Santo”.
“Quando comecei a falar, caiu o Espírito Santo sobre eles, como também
sobre nós, no princípio. Então me lembrei da palavra do Senhor quando
disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o
Espírito Santo (At 10.44; 11:15-16).
“Porventura pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados
estes que, assim como nós, receberam o dom do Espírito Santo?” (At
10:47). Pedro batizou estas pessoas por imersão? De um lado somente
uma suposição contra toda evidência. De outro porém, além da forte
impressão que Cornélio foi batizado em sua própria casa, há o registro de
que o “derramamento” do Espírito fez Pedro pensar que os termos batizar,
derramar e cair — aplicados ao Espírito Santo — implicavam uma idéia
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semelhante à água.
Tudo indica que não esperaram para obter roupas próprias para o batismo
e não é provável que o viajante se submergisse com a roupa que trazia ao
corpo. O texto diz simplesmente que, após o batismo o eunuco “foi
seguindo seu caminho cheio de júbilo”. Diz o texto, também, que Filipe foi
“arrebatado pelo Espírito do Senhor” para Azoto. Não podemos presumir
que o Eunuco seguiu viagem pingando água e Filipe achou-se
repentinamente em Azoto com as roupas encharcadas.
Todos esses obstáculos, mais o fato de o batismo do Espírito Santo ter sido
descrito como um derramamento, na realidade se opõe fortemente à idéia
da imersão, ao passo que se harmoniza perfeitamente com a aspersão ou
efusão. Para esta última forma de batismo havia tempo suficiente; o lugar
onde estavam era adequado, não era preciso uma muda de roupa e
ninguém necessitou voltar molhado para casa. Não há, portanto,
contradição entre o batismo do Espírito e o da água. A palavra batizar se
emprega em ambos os casos, com o mesmo sentido, pois tanto a água
como o Espírito são derramados sobre as pessoas.
Que nosso Senhor, na sua volta, não encontre seus filhos, como crianças
(para não usar outra palavra), a contender a respeito dos mosquitos e
engolindo os camelos.
NOTAS:
______________
[3] Entre aspas para lembrar que estamos usando a palavra no sentido
daqueles que vêem importância na forma. Poderíamos trocar “correta” por
“usual”.
[4] On Baptism, p.79, citado por Hodge em O Batismo Cristão, p.8, negritos
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acrescentados. Transcrevemos, a seguir, parte do verbete “Batismo”, do
Dicionário Bíblico de Davis, publicado pela Junta de Educação Religiosa
da Igreja Batista:
Este verbete suscitou uma nota da Casa Publicadora Batista na qual, após
elogiar o Dicionário de Davis, afirma que “no nosso entender” Davis feriu
“frontalmente a mais acertada exegese neste caso”.
[7] Jo 1.19-25
a) Instituição divina ou
b) Superstição humana.
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- Tem a palavra batizar significado literal ou equivalerá a angústia, aflição
ou desgosto (Lc 12:50; Mc 10:38)
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