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TRIBUTÁRIAS NA
CONSTITUIÇÃO E NO STF
Aula 5
Imunidades Tributárias
Previstas Fora do Sistema
Tributário Nacional
1. Impostos ............................................................................... 4
2. Taxas ..................................................................................... 5
Conclusões ...............................................................................11
Introdução
Olá! Seja muito bem-vindo à nossa quinta aula do Curso “Imunidades e Isenções
Tributárias na Constituição e no STF”!
1. Impostos
Imunidades e Isenções Tributárias na Constituição e no STF
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AULA 5 – IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS PREVISTAS FORA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
de isenção de ICMS na aquisição de veículos automotores por pessoas com deficiência não
elencadas na legislação estadual no âmbito do Tema 714 da sistemática da repercussão geral,
cujo paradigma é o RE 790.799, Rel. Min. Luiz Fux, j. 3.4.2014, DJe 29.4.2014.
Em relação aos impostos, esses breves comentários são suficientes, pois o Constituinte
foi cioso em guardar as imunidades tributárias incidentes sobre os impostos no Sistema
Tributário Nacional. Esse zelo levou, inclusive, nos primeiros anos da nova Constituição, parcela
da doutrina a imaginar que as normas imunizantes seriam direcionadas unicamente a essas
espécies tributárias. Contudo, o que se observou nessas três décadas de constitucionalismo
é justamente a relevância das taxas e das contribuições para a continuidade do Estado Fiscal,
tornando inevitável o exame dessas desonerações pela jurisprudência do STF.
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relação jurídica por pessoa política. Por isso, nada obstaculiza a existência
de normas imunizantes em relação a taxas e contribuições sociais, embora
o caso mais frequente seja com os impostos.
Vamos continuar?
2. Taxas
Segundo Costa (2015, p. 227), a Constituição Federal de 1988 “contempla, com ineditismo,
11 hipóteses de imunidade referentes a taxas. Advirta-se que nem sempre o texto constitucional
faz referência à vedação à exigência de ‘taxa’ expressamente,” ao tratar de isenções ou gratuidades
relativas a serviços públicos específicos e divisíveis, há, ao fim e ao cabo, o reconhecimento de
uma norma imunizante.
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É direito ou garantia fundamental uma série de imunidades. Caso típico é a regra prevista
Imunidades e Isenções Tributárias na Constituição e no STF
no art. 5º, XXXIV, “a” e “b”, da Constituição, pois é assegurado a todos, independentemente do
pagamento de taxas, o direito de petição, bem como a obtenção de certidões públicas para defesa
de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
a?
No STF, a matéria está regulada pela Instrução Normativa 139/2012, Boletim de Serviço, nº.
7, p. 13-18, Publ. em 6.7.2012.
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Nessa mesma linha de gratuidade das ações e remédios constitucionais, o art. 5º, LXXVII,
Imunidades e Isenções Tributárias na Constituição e no STF
da Constituição dispõe que não há cobrança de taxas no habeas corpus, habeas data ou atos
necessários ao exercício da cidadania.
A Defensoria Pública da União também possui atuação marcante nessa causa, como
revela a interposição do recurso extraordinário indicado como paradigma da repercussão
geral, porquanto é de sua competência acolher hipossuficientes econômicos estrangeiros,
notadamente em situação de vulnerabilidade.
Igualmente, o STF já assentou que não ofende o princípio da proporcionalidade lei que
isenta os reconhecidamente pobres do pagamento dos emolumentos devidos pela expedição
de registro civil de nascimento e de óbito, no bojo da ADI 1.800, Rel. Min. Nelson Jobim, redator
do acórdão Min. Ricardo Lewandowski, DJe 28.9.2007, e da ADC 5, Rel. Min. Nelson Jobim, redator
do acórdão Min. Ricardo Lewandowski, DJe 5.10.2007. A esse respeito, o inciso LXXVI do art. 5º da
ordem constitucional garantiu aos reconhecidamente pobres, na forma da lei, a gratuidade do
registro civil de nascimento e da certidão de óbito.
Ainda no campo dos atos da vida civil, quando consta no texto constitucional, em seu art.
226, §1º, que “o casamento é civil e gratuita a celebração”, também há uma imunidade política
pautada na centralidade da família na sociedade. Isso porque o ato jurídico consiste em prestação
de serviço público de registro com aptidão para cobrança de emolumentos, se não fosse a
desoneração constitucional.
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no art. 206, IV, da Constituição, o STF, no Tema 40 da repercussão geral, compreendeu que a
cobrança de matrícula como requisito essencial para cursar o ensino superior em universidade
pública é inconstitucional. O caso líder foi o RE 500.171, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 13.8.2008,
DJe 24.10.2008. Esse entendimento foi enunciado na Súmula Vinculante 12 do STF com mesmo
conteúdo. Em conclusão, a taxa imposta em razão de serviço público prestado por ocasião de
matrícula em universidade pública foi desonerada do ponto de vista constitucional.
3) Ações constitucionais em tutela das liberdades públicas, notadamente ação popular, habeas
corpus e habeas data;
3. Contribuições Sociais
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Por outro lado, segundo a EC, os aposentados e pensionistas pelo regime próprio de
Imunidades e Isenções Tributárias na Constituição e no STF
Na ocasião, por maioria, o Plenário do STF afirmou que “[n]ão é inconstitucional o art.
4º, caput, da Emenda Constitucional 41, de 19 de dezembro de 2003, que instituiu contribuição
previdenciária sobre os proventos de aposentadoria e as pensões dos servidores públicos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações”.
Por isso, para a corrente majoritária do STF formada no julgamento, não existe imunidade
tributária absoluta, principalmente quando a regra não possui eficácia sobre situações já
consolidadas. A opção do Constituinte foi coerente, portanto, com os princípios da solidariedade e
do equilíbrio financeiro e atuarial, bem como com os objetivos constitucionais de universalidade,
equidade na forma de participação no custeio e diversidade da base de financiamento.
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Quanto a isso, o STF já compreendeu, na ADI 3.477, Rel. Min. Cezar Peluso e redator do
Imunidades e Isenções Tributárias na Constituição e no STF
acórdão Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJe 4.5.2015, que a contribuição previdenciária sobre os
rendimentos dos inativos e pensionistas é obrigatória a todos os entes federativos. No mesmo
julgado, a Corte assentou, por maioria, que a imunidade tributária deve ser observada no limite
do valor do dobro do regime geral, tendo em conta que a lei estadual almejava a desoneração
completa.
a?
É evidente, portanto, o grau de engajamento cívico que o tema das imunidades tributárias
provoca no escopo do financiamento da Seguridade Social.
Confira: Lula entrega pessoalmente ao Congresso propostas das reformas tributária e
previdenciária. Acesso em 21.8.2018.
De todo modo, o Tribunal Pleno afetou a discussão sobre a eficácia autoaplicável dessa
norma imunizante em relação à expressão “na forma da lei” ao reconhecimento dos portadores
de deficiência incapacitante à sistemática da repercussão geral no Tema 317, cujo caso líder é o
RE 630.137, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 7.10.2010, DJe 4.11.2010. No mesmo caso, o Relator
também indicou que se discutirá a viabilidade de o Poder Judiciário proceder à extensão
analógica da norma imunizante com base em critérios formulados para a aposentadoria especial
de pessoas com deficiência.
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Ante essa miríade de normas imunizantes sobre os mais diversos interesses jurídicos,
Imunidades e Isenções Tributárias na Constituição e no STF
consideramos suficientes as informações passadas nesta aula no tocante às taxas, aos impostos
e às contribuições tratadas pelo Poder Constituinte.
Conclusões
Com esta aula chegamos ao fim do estudo sobre o tema das imunidades tributárias!
Estamos caminhando para o final do curso. Permaneça firme! Até o próximo encontro!
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Imunidades e Isenções Tributárias na Constituição e no STF AULA 5 – IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS PREVISTAS FORA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Referências bibliográficas
COSTA, Regina Helena. Imunidades Tributárias: teoria e análise da jurisprudência do STF. 3 ed.
São Paulo: Malheiros, 2015.
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