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1 - FINALIDADE
7 - ATESTADO DE ACOMPANHANTE
9 - AUXÍLIO-DOENÇA
10.1 - AUXÍLIO-DOENÇA
12 – CARÊNCIA
13 – REQUERIMENTO
16 - SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO
17 - CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO
1 – FINALIDADE
Os atestados médicos têm o objetivo de justificar e/ou abonar as faltas do empregado ao serviço
em decorrência de incapacidade para o trabalho motivada por doença ou acidente do trabalho.
Para ser aceito como justificativa da ausência do empregado, o atestado deve observar a ordem
de preferência prescrita em lei.
A Lei nº 605/1949, modificada pela Lei nº 2.761/1956, criou uma escala hierárquica, de modo
que a doença do empregado será comprovada pela seguinte ordem preferencial de atestados:
a) da Previdência Social;
f) apenas se não existir nenhuma das possibilidades acima, é que o médico poderá ser o da
preferência do empregado.
O atestado médico que não observa a ordem preferencial não terá força de lei para obrigar a
empresa a remunerar o dia faltoso, servindo apenas para justificar a falta no sentido de impedir a
aplicação de penas disciplinares (advertência ou suspensão).
Frise-se que aquelas empresas que nunca observaram a ordem preferencial, aceitando, por
liberalidade própria,
todo e qualquer atestado médico apresentado pelo empregado, não poderá passar a exigir a sua
observância sob pena de ser considerado alteração contratual prejudicial ao empregado, conforme
previsto no artigo 468 da CLT.
3 - ATESTADO MÉDICO - FORNECIMENTO OBRIGATÓRIO
Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os
dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de
informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da
Justiça.
Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnóstico codificado ou não quando por
justa causa,
No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou não, ser feita pelo próprio
paciente ou seu representante legal, esta concordância deverá estar expressa no atestado.
Somente aos médicos e aos odontólogos, estes no estrito âmbito de sua profissão, é facultada a
prerrogativa do
seu atestado.
O atestado médico goza da presunção de veracidade, devendo ser acatado por quem de direito,
salvo se houver
"Art. 4º - O atestado emitido pelo PSICÓLOGO deverá ser fornecido ao paciente, por sua vez se
incumbirá de
apresentá-lo a quem de direito para efeito de justificativa de falta, por motivo de tratamento de
saúde."
7 - ATESTADO DE ACOMPANHANTE
A doença que constitui justificativa da ausência do trabalhador é a que fere seu próprio
organismo, salvo disposto em convenção coletiva de trabalho.
Dessa forma, a doença de pessoa da família, independente do grau de parentesco (cônjuge, filho
menor, pais etc) e do tipo de doença, poderá ser motivo moralmente justo para as faltas do
empregado, juridicamente, porém, não o é. Desta forma, o dia em que o empregado faltou para
acompanhar outra pessoa ao médico poderá ser considerado normalmente como falta.
Observe que, se a empresa, por liberalidade, sempre abonou essas faltas, não poderá alterar esse
procedimento
sob pena de ser considerado alteração contratual em prejuízo do empregado (CLT, art. 468).
Não existe legislação fixando um prazo para apresentação do atestado médico, entretanto, deve-
se observar a convenção coletiva de trabalho e o regulamento interno da empresa que podem
fixar não só o prazo como também penalidades para serem aplicadas àqueles que não observarem
o prazo determinado nos referidos documentos.
9 - AUXÍLIO-DOENÇA
De acordo com o que estabelece o art. 75 do Decreto nº 3.048/1999, durante os primeiros quinze
dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doença, incumbe à empresa pagar
ao segurado empregado o seu salário.
Pode acontecer do empregado não ter direito de receber o benefício previdenciário em razão de
não ter completado a carência exigida (mínimo de 12 contribuições). Nesse caso, ainda que o
afastamento do empregado seja superior aos 15 dias, a empresa estará obrigada a pagar apenas
os 15 primeiros dias do afastamento e o que ultrapassar (a partir do 16º dia) não será pago pelo
INSS nem pela empresa, devendo o empregado retornar ao trabalho após a alta médica.
Muitas vezes ocorre do empregado apresentar diversos atestados médicos com períodos inferiores
a 15 dias sem que tenha havido entre eles retorno ao trabalho. Nesses casos, a empresa poderá
somar os períodos dos atestados e efetuar o pagamento somente dos 15 primeiros dias que são
de sua responsabilidade e encaminhar o empregado para o
INSS.
Exemplo:
1º de 04 a 10.01 07
2º de 11 a 16.01 06
3º de 17 a 23.01 07
4º de 24 a 03.02 10
Observe que, apesar de o empregado ter apresentado diversos atestados com prazos inferiores a
15 dias, a empresa poderá somar os mesmos até completar 15 dias e encaminhar o empregado ao
INSS para receber o restante dos dias como auxílio-doença.
Esse também é o entendimento exarado pela Instrução Normativa nº 95/2003, que em seu art.
203, parágrafo único, estabelece que se o retorno tiver ocorrido antes de 15 dias de afastamento,
o segurado fará jus ao auxílio-doença a partir do dia seguinte ao que completar aquele período,
ainda que intercalados.
Exemplo:
1º de 04 a 10.01 07
2º de 12 a 15.01 04
3º de 20 a 26.01 07
4º de 30 a 09.02 10
O período correspondente ao novo afastamento deverá ser pago pelo INSS, independente do
número de dias do mesmo.
Exemplo:
1º de 04 a 18.03 15
2º de 15 a 30.04 16
Após o retorno do primeiro atestado, que foi de 15 dias consecutivos, o empregado trabalhou 26
dias e voltou a se afastar do trabalho por mais 16 dias. Nesse caso, a empresa deve pagar para o
empregado apenas os 15 primeiros dias (de 04 a 18.03) e os 26 dias trabalhados após o primeiro
atestado (de 19.03 a 14.04). O segundo atestado médico (de 15 a 30.04) será pago pela
previdência social.
Exemplo:
Empregado se afasta do trabalho por motivo de doença por 30 dias. Após 40 dias de seu retorno,
ele traz um outro atestado médico de 30 dias referente à mesma doença.
Nesse caso, como a empresa já pagou os 15 primeiros dias no primeiro atestado médico (30 dias),
ela deverá pagar apenas os dias efetivamente trabalhados (no caso 40 dias de trabalho). A
Previdência Social, por sua vez, assume o segundo atestado integralmente, no entanto, ao invés
de conceder um novo benefício ao segurado haverá apenas uma prorrogação do benefício anterior.
Quando acontecer do empregado se afastar do trabalho, com atestado médico de mais de 15 dias,
o 13º salário deve ser pago da seguinte forma:
10.1 - AUXÍLIO-DOENÇA
a) a empresa assume o pagamento proporcional aos meses (ou fração igual ou superior a 15 dias)
trabalhados durante o ano, sendo considerado para esta apuração também os 15 primeiros dias
de afastamento;
b) A Previdência Social assume os avos referentes ao período de afastamento, isto é, do 16º dia
até o retorno ao trabalho (art. 120 do Decreto nº 3.048/99), cujo pagamento normalmente é
efetuado juntamente com a última parcela do benefício com a denominação "abono anual".
PREVIDÊNCIA SOCIAL: paga 4/12 referentes ao período de 29.05 a 20.09. Observe que, como
a Previdência Social arcou com a parcela (1/12) referente ao mês de setembro, a empresa deverá
arcar com as parcelas a partir de outubro.
O artigo 120 do Decreto nº 3.048/99 dispõe que a Previdência Social deve arcar com o pagamento
dos avos referentes ao período de afastamento. Entretanto, como as faltas decorrentes do
afastamento por motivo de acidente de trabalho não podem prejudicar o empregado, a empresa
não se exime do pagamento do 13º salário.
- comparar o valor encontrado com aquele pago pela Previdência; caso o primeiro tenha sido
superior, a empresa deverá pagar a diferença ao empregado.
Ressalte-se que, existem algumas convenções e acordos coletivos que estabelecem procedimentos
específicos a serem adotados nos casos de afastamento por motivo de acidente do trabalho.
Assim, é conveniente que, antes de efetuar o pagamento da diferença estabelecida acima, a
empresa verifique no Sindicato da categoria estabelece norma especial sobre o assunto.
Exemplo:
Nesse caso, a empresa deve pagar R$ 44,00 ao empregado referente à diferença dos 3/12 pagos
pela Previdência Social (R$ 294,00 - R$ 250,00 = R$ 44,00).
De acordo com o que estabelece o artigo 133, inciso IV da CLT, o empregado não fará jus às férias
quando tiver percebido da Previdência Social prestações referentes a acidente de trabalho ou de
auxílio-doença por mais de 6 meses, embora descontínuos, no mesmo período aquisitivo."
Nesse caso o empregado perdeu o direito de férias referente ao período aquisitivo 2002/2003 em
virtude de ter permanecido afastado por motivo de auxílio-doença por mais de 6 meses no período
aquisitivo.
Nesse caso, apesar do empregado ter se afastado do trabalho por um período de 8 meses (de
01.08.03 a 31.03.03), não houve perda do direito de férias em virtude do afastamento em cada
um dos períodos aquisitivos não ter sido superior a 6 meses.
A interrupção da prestação de serviços deve ser anotada na CTPS, iniciando-se o decurso de novo
período aquisitivo, quando o empregado retornar ao trabalho após a ocorrência dos motivos
mencionados nos incisos “I” a “IV” retrocitados.
12 – CARÊNCIA
Segundo o que estabelece o art. 205, III da Instrução Normativa nº 95/2003, a carência estará
cumprida se a data de início da incapacidade recair no 2º dia do 12º mês da carência, tendo em
vista que um dia de trabalho, no mês, vale como contribuição para aquele mês, para qualquer
categoria de segurado. Assim, se o empregado contar com 11 meses e um dia de serviço e se
afastar do trabalho por motivo de doença no dia seguinte, fará jus ao benefício de auxílio-doença
(caso o atestado médico seja superior a 15 dias) uma vez que esse dia trabalhado no 12º mês da
carência já é considerado como salário-de-contribuição.
Não haverá carência se o auxílio-doença for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa
(inclusive Decreto nº 3.049/1999,art. 30, III e art.71, § 2º), ou nos casos em que o segurado
que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças
ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e
Assistência Social, quais sejam: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia
maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anqüilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte
deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida - AIDS, contaminação por radiação,
com base em conclusão da medicina especializada e hepatopatia grave.
13 – REQUERIMENTO
III - a contar da data de entrada do requerimento, quando requerido após o trigésimo dia do
afastamento da atividade, para todos os segurados.
Quando o segurado empregado entrar em gozo de férias ou licença-prêmio ou qualquer outro tipo
de licença remunerada, o prazo de espera para requerimento do benefício será contado a partir do
dia seguinte ao término das férias ou da licença (IN 95/2003, art. 201).
O art.35 do RPS, por sua vez, estabelece que o valor do auxílio-doença não seja inferior ao salário
mínimo (atualmente R$ 260,00) nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição
(atualmente R$ 2.508,72), exceto quando o segurado necessitar de assistência permanente de
outra pessoa, situação essa em que o benefício será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
14.1 - SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de
prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão
por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios de legislação especial.
O fato de o segurado possuir mais de um vínculo de emprego não lhe dá direito a mais de um
benefício. No caso, a previdência social deverá considerar a soma dos salários-de-contribuição das
atividades exercidas até a data do requerimento para fins de cálculo do benefício previdenciário.
O fato de o segurado ter se incapacitado apenas em um dos vínculos empregatícios não lhe retira
o direito de receber o benefício previdenciário referente àquela atividade para a qual ficou
incapacitado.
Nesse caso, a carência será contada apenas em relação a atividade para a qual o segurado ficou
incapacitado e o valor do auxílio-doença poderá ser inferior ao salário mínimo desde que, somado
às demais remunerações recebidas nos outros vínculos, resulte um valor superior a este (RPS, art.
73, § 1º).
16 - SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO
A partir do momento em que deixar de existir o motivo que ocasionou a suspensão, o auxílio-
doença será restabelecido, desde que persista a incapacidade (IN 95/2003, art. 206).
17 - CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO