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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..........................................................................................3
PSICODIAGNÓSTICO.....................................................................................................6
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA & PSICODIAGNÓSTICO
I. Diagnóstico psicológico;
II. Orientação e seleção profissional;
III. Orientação psicopedagógica;
IV. Solução de problemas de ajustamento.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
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Esse tipo de processo é a base da atuação do psicólogo, seja qual
for sua área de atuação [clínica, escolar, organizacional, jurídica, e outras]
(CFP, 2010).
Essa construção de conhecimentos sobre os aspectos psicológicos
ocorre por meio de um processo técnico-científico de coleta de dados,
estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos, utilizando-se, para tanto, de métodos, técnicas e instrumentos
psicológicos (CFP, 2010).
Ao conduzir um processo de avaliação psicológica, é necessário
que o psicólogo considere em sua análise os condicionantes históricos e
sociais e seus efeitos no psiquismo (CFP, 2010).
A atenção do psicólogo a esses fatores e sua consideração a esse
respeito, ao apresentar os resultados, visa a favorecer tanto a prestação
de intervenções sobre o indivíduo avaliado, como também possibilitar
modificações dos próprios condicionantes, os quais se fazem presentes
desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação
psicológica (Resolução do CFP nº 007/2003).
O foco da atenção durante o processo de avaliação psicológica
deve estar na pessoa examinada e não exclusivamente em torno do
instrumento de avaliação (CFP, 2010).
O psicólogo deve buscar compreender os possíveis efeitos
intervenientes que repercutem na qualidade e validade dos dados, tais
como o cansaço, os problemas na cooperação e a distorção consciente e
intencional das respostas. Caso contrário, corre-se um risco considerável
de se encontrarem resultados inválidos (Tavares, 2003).
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II. Coleta de informações pelos meios escolhidos: Entrevistas,
dinâmicas, observações e testes projetivos e/ou psicométricos etc. A
integração dessas informações deve ser suficientemente ampla para
dar conta dos objetivos pretendidos pelo processo de avaliação. Não
é recomendada a utilização de uma só técnica ou um só instrumento
para a avaliação.
III. Integração das informações e desenvolvimento das hipóteses
iniciais. Diante dessas informações, o psicólogo pode constatar a
necessidade de utilizar outros instrumentos/estratégias de modo a
refinar ou elaborar novas hipóteses.
IV. Indicação das respostas à situação que motivou o processo de
avaliação e comunicação cuidadosa dos resultados, com atenção
aos procedimentos éticos implícitos e considerando as eventuais
limitações da avaliação. Nesse processo, os procedimentos variam
de acordo com o contexto e propósito da avaliação.
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maior de informações sobre o avaliando, possibilitando a obtenção de um
diagnóstico adequado e que permita organizar a intervenção (Reppold &
Gurgel, 2015).
Nota: Outras técnicas também podem ser incluídas nesse processo,
tais como desenhos e a prática de contar histórias, por exemplo. Quando as
técnicas utilizadas não apresentam dados padronizados para correção, a
adequação da avaliação passa a depender da habilidade de interpretação
e experiência do psicólogo, bem como da consistência do referencial teórico
utilizado pelo profissional, de modo a garantir a coerência das conclusões
(Reppold & Gurgel, 2015).
Por fim, é importante destacar que a avaliação psicológica deve
ser conduzida de forma objetiva, tendo em vista que se trata da base
fundamental para a tomada de decisão do psicólogo quanto ao plano de
intervenção (Reppold & Gurgel, 2015).
PSICODIAGNÓSTICO
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Nessa perspectiva, os contextos sociocultural e familiar devem
ocupar um lugar importante no estudo da personalidade de um indivíduo,
já que é de onde ele provém (Arzeno, 1995).
O psicodiagnóstico possibilita uma avaliação global da personalidade
do paciente, determinação da natureza, intensidade e relevância dos
distúrbios, fornecimento de subsídios a demais profissionais, definição do
tipo de intervenção terapêutica, prognóstico da evolução terapêutica e
pesquisa psicológica (Cunha e cols., 2002).
Objetivos Do Psicodiagnóstico
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Compreensão global do examinando;
Entendimento
Compreensão da personalidade de maneia global.
Dinâmico
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e caráter ansiogênico. ATENÇÃO: Ocampo e cols. afirmam que os
testes projetivos são fundamentais na avaliação porque apresentam
padronização, o que confere uma segurança importante ao diagnóstico.
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vinculares, com familiares ou outras pessoas importantes, visando coletar
informações adicionais que permitam o melhor conhecimento do caso.
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PSICODIAGNÓSTICO
É mais ampla que o psicodiagnóstico É mais vinculado à clínica
O objeto de estudo pode ser:
Está vinculado a temas de interesse:
Um sujeito
Nosologia psicopatológica
Um grupo
Critérios de saúde pública
Uma instituição/comunidade
• O desenvolvimento da criança
• Sua posição na família
• Dinâmica familiar
• A detecção do vínculo que une o casal
• O vínculo entre os pais como casal e com o filho
• O vínculo de cada um deles com o filho, o deste último com cada um
deles e com o casal; O vínculo do casal com o psicólogo
• O lugar que a criança ocupa nas fantasias do casal
• Como os pais lidam com o sintoma da criança
• Se o sintoma tampona alguma verdade não dita nessa família;
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É importante para o processo de compreensão da personalidade
da criança identificar quais aspectos do pai e da mãe foram introjetados,
pois seguramente apresentam relação com a sintomatologia atual e
problemática subjacente (OCampo e cols., 2009).
Instruções:
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Transferência e Contratransferência:
Indicadores:
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Modalidade de brincadeiras:
Personificação:
Motricidade:
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• Desenvolvimento neurológico, fatores psicológicos e ambientais (ex.
falta de estimulação).
Criatividade:
Tolerância a frustração:
Capacidade simbólica:
Adequação à realidade:
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O brincar da criança normal:
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III. Aplicação de testes quando a criança tem idade para desenvolvê-los,
utilizam-se testes psicográficos, sendo indicados em maior frequência
o H.P.T., teste da família, desenho livre, Machover e Bender, além de
testes projetivos como o C.A.T. e o Rorschach.
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Critérios para a escolha dos instrumentos de avaliação psicológica
I. Fundamentação teórica
II. Evidências empíricas de validade e precisão das interpretações
propostas
III. Sistema de correção e interpretação dos escores
IV. Descrição clara dos procedimentos de aplicação e correção
V. Manual contendo essas informações
Entrevista Psicológica
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A entrevista psicológica é entendida por Bleger como, ao mesmo
tempo, um instrumento e uma técnica de investigação científica que
permite ampliar e verificar o conhecimento científico bem como aplicá-lo.
Tais características fazem com que o psicólogo desempenhe os papéis de
investigador (cientista) e de técnico (terapeuta).
A entrevista psicológica faz parte do processo de avaliação
psicológica e deve ser utilizada em caráter inicial. O psicólogo deve
planejar e sistematizar a entrevista a partir de indicadores objetivos de
avaliação correspondentes ao que pretende examinar. Além disso, como
regra padrão, antes de iniciar a testagem, deve estabelecer o “rapport”,
esclarecendo eventuais dúvidas e informando os objetivos do teste.
ACERTE O ALVO:
O rapport é o estabelecimento da aliança terapêutica ou aliança de
trabalho e tem por objetivo abrir as portas para uma comunicação fluente
e bem-sucedida. O estabelecimento do rapport ocorre no primeiro contato
do profissional com a pessoa que será avaliada e é fundamental para o
alcance dos objetivos do trabalho a ser proposto
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Tipos De Entrevistas
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Tem por objetivo indicar o tratamento adequado à
necessidade do entrevistado. Desde o início, deve ser
informado ao paciente que o tratamento não será realizado
De
Encaminhamento
pelo entrevistador. As informações obtidas devem ser
suficientes para que se faça uma indicação e, ao mesmo
tempo, evitar que o entrevistado desenvolva um vínculo forte,
uma vez que pode dificultar o processo de encaminhamento;
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Quanto à estrutura
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Quanto à sequência temporal
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Objetivos Da Entrevista Inicial
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• Avaliar a capacidade dos pais de elaborar a situação diagnóstica,
observando qual deles (ou ambos) pode aceitar, promover ou colaborar
com as experiências de mudança do filho, caso este inicie uma terapia.
Bleger (2011) propõe a existência de dois tipos fundamentais de
entrevista: aberto e fechado. Vejamos as características de cada um
deles:
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II. A entrevista cujo objetivo é a pesquisa, valorizando, apenas, o
resultado científico da mesma - busca informações a respeito do
objeto de estudo do entrevistador, que seriam as informações que
o entrevistado pode fornecer; utiliza anamnese, com perguntas pré-
estabelecidas.
III. A entrevista que se realiza para terceiro, neste caso, a serviço de uma
instituição - o entrevistador atende às solicitações do contratante
(instituição), e a partir dessas irá realizar uma entrevista a fim de
satisfazê-las (ex. perfil de funcionário).
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A partir deste conceito, o paciente projeta inconscientemente no
profissional os sentimentos primordiais que nutria por seus pais ou figuras
significantemente emocionais na infância.
Contratransferência: é a transferência que o profissional estabelece
com o seu paciente, onde o profissional projeta inconscientemente no
paciente sentimentos que nutria no passado por pessoas significativas
de sua vida (raiva, medo, piedade, carinho, repulsa, etc).
Quanto há contratransferência o psicólogo deve discriminar suas
motivações e impulsos, para que não interfira na análise compreensiva
da conduta do entrevistado.
A perspectiva psicodinâmica compreende que o desfecho da
entrevista só ocorre de forma positiva quando o profissional identifica
que tais reações contra transferenciais têm a ver com os seus próprios
conflitos internos.
A Entrevista Pericial
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Jackson et al. (1980 apud Shine, 2010) e Volgy e Everett (1983 apud Shine,
2010) que sugerem avaliações em equipe, nas quais os pais e as crianças
tivessem diferentes avaliadores.
Em uma equipe multidisciplinar (psiquiatra, psicólogo clínico,
assistente social psiquiátrica, pediatra e outros profissionais participam
do processo) o profissional que estiver atendendo a criança não se sente
sobrecarregado com as necessidades dos pais.
ENFOQUE INDIVIDUAL - a entrevista psicológica ocorre em
situação bipessoal, isto é, perito e periciando. É o procedimento técnico
mais utilizado em avaliação psicológica de guarda.
Shine (2010) afirma que em sua prática tem se utilizado da entrevista
conjunta com pais com certa regularidade, estabelecendo este momento
somente após um contato individual com cada um e de ter se avistado
com a(s) criança(s) em disputa.
O autor propõe apresentar como objetivo conversar sobre tópicos
de interesse comum - normalmente, uma questão prática (como a escolha
de uma escola, período de férias, preocupação com estado de saúde da
criança) que aparece nas entrevistas e serve de tema.
Shine (2010) não coloca a entrevista conjunta como uma opção
dos pais, mas uma exigência para o objetivo da própria perícia (avaliar a
relação do casal parental tendo em vista um interesse comum em relação
à criança).
O mesmo autor destaca ainda que não se propõe a “resolver” a
pendência, mas a acompanhar e assinalar as dificuldades em se chegar a
um resultado satisfatório ligando com a questão mais ampla da guarda.
Isto tem lhe dado elementos de como o casal funciona enquanto tal e
como me insere “no meio do problema” deles.
Em uma família de pai, mãe e um filho, Shine (2010) costuma propor
a avaliação em cinco encontros: dois são individuais com cada um, o
terceiro em conjunto (pai-mãe, pai-filho, mãe-filho) e o último com todos.
Quando há mais de uma criança, o autor inicia com um encontro em
conjunto com todos os irmãos e faz um contato individual, posteriormente.
Só então ocorre a aplicação de testes, caso considere necessário.
Dependendo dos casos, Shine (2010) consegue chegar até a entrevista
familiar, em outros, o trabalho termina antes (questão do prazo processual,
grandes resistências, etc.).
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Conforme recomendado pelo Conselho Federal de Psicologia (2010a),
não é aconselhável que se fixe, a priori, número máximo de atendimentos
para cada caso, mesmo que a equipe esteja sobrecarregada. Estes devem
ocorrer de acordo com a necessidade e com a dinâmica de cada situação.
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CONTATOS COLATERAIS - entende-se como contatos estendidos
para além do círculo familiar, sendo utilizados como forma de ampliar o
conhecimento da situação que se avalia.
Estabelece-se uma distinção entre o contato com a família e o
contato com amigos e parentes, como para designar que os examinandos
são uns e os outros servem como subsidiários.
Os parentes que são chamados são considerados parte integrante
da família, tais como avós e tios das crianças. Eles são entrevistados nas
mesmas condições que os demais membros da família.
Felipe (1997) cita tal prática em seu trabalho, incluindo, além
dos parentes e “outras pessoas encarregadas do cuidado às crianças”
(empregadas domésticas e babás podem ser incluídas), os companheiros
atuais dos pais e professores.
É preciso estar atento, pois quando pessoas do círculo social ou
familiar mais amplo (em oposição à família nuclear) fornecem dados sobre
os examinandos, eles estão sob o mesmo tipo de pressão a atuarem de
acordo com a lógica judicial.
Neste sentido, como bem lembra Melton et al. (apud Rovinski, 2000),
as pessoas podem distorcer aquilo que viram e sabem. E mesmo que isto
não ocorra, deve-se tomar cuidado para o peso que se dá a dados que
são de “segunda mão”.
DILIGÊNCIAS - A execução de certos serviços judiciais fora dos
respectivos tribunais ou cartórios tem esta designação. Ela é utilizada
aqui para se referir aos momentos em que o profissional se desloca de
seu local usual em que realiza a avaliação psicológica.
As diligências mais comuns são realizadas à escola da criança em
questão e ao domicílio das partes, mas podem ser feitas aos consultórios
de psiquiatras, psicoterapeutas, psicopedagogos, enfim, profissionais ou
instituições que têm contato com a criança e seus responsáveis. O objetivo
de tais diligências é ampliar o conhecimento que se tem de uma devida
situação.
A atitude mais recomendável do profissional assistente técnico seria
entrar em contato com o perito e definir as estratégias que pensa usar
para eliminar possíveis sobreposições.
A informação que o perito levantar pode ser colocada à disposição
dos assistentes técnicos para discussão de sua correta interpretação. Se
a informação vier de um dos assistentes técnicos, o viés da imparcialidade
já está dado desde o início.
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A necessidade de ampliar o escopo da avaliação a partir de
contatos colaterais é referido por muitos autores. Parte da avaliação se dá
diretamente “no campo”, discriminando- se a escola e o domicílio residencial
com locais proeminentes, constituindo-se em fase complementar ao tripé
clássico da avaliação psicológica (entrevista, observação e testes).
Em função a objetividade judicial, aumenta-se o campo investigativo
(diligências e contatos colaterais), como também se procura “checar”
as informações colhidas. Alguns autores propõem técnicas como a
coavaliação e a avaliação em equipe como forma de resposta a estas
demandas.
Segundo Shine (2010), o número de contatos dos profissionais com
os membros da família varia muito (de uma a 30 horas). Considerando
o número de cinco entrevistas por pessoa, em uma família de três, isto
representará 15 horas (considerando uma hora de entrevista) sem levar
em conta o tempo gasto com outros contatos, diligências, correção e
análise de testes, redação do laudo e participação na audiência.
Os contatos parecem ser pensados numa frequência semanal.
Assim, em termos de duração, há dados que falam de um a dois meses
(Felipe, 1997 apud Shine, 2010), como de até seis meses (Clulow & Vincent,
1987 apud Shine, 2010).
Mesmo que inicialmente haja dificuldade para localizar a pessoa ou
conseguir que esta compareça para atendimento, deve-se buscar meios
para que se possam entrevistar as partes, exceção feita – como explicado
acima – quando se exerce função de assistente técnico ou nos casos de
avaliação por carta precatória (CFP, 2010a).
Estudo De Caso
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I. Apresentação do paciente: deve conter as iniciais do paciente, como o
paciente se apresentou, higiene, vestimenta, se estiver acompanhado,
descrição do acompanhante, aspecto geral, humor, pontualidade.
II. Queixa do paciente: primeiro relato de dor (sofrimento), o motivo da
procura pela psicoterapia.
III. Podemos relacionar a queixa com os acontecimentos da sua história
de vida. Essa queixa não necessariamente vai permanecer, ela é a
forma de chegada, representa o desejo do trabalho psicológico.
IV. Descrição da conduta terapêutica adotada na sessão: como foi
trabalhado durante a sessão com o paciente adulto, adolescente
ou criança e em alguns casos com o paciente e a mãe. Nesta etapa
trabalha-se a transferência, a escuta, a simbolização, a angústia do
paciente, relacionados ao método.
V. A natureza do sofrimento psíquico: o sofrimento é decorrente de
quais situações? Existe uma natureza traumática? Qual a dinâmica
psíquica do sujeito? Quais são as defesas? Qual o papel do sintoma
na sua economia psíquica? Onde começou a queixa? Está relacionado
à formulação da personalidade.
VI. Hipótese interpretativa: diante da compreensão da natureza e
dinâmica do sofrimento psíquico do paciente, dos processos de
transferência e contratransferência, o psicoterapeuta pode, após
um tempo de trabalho, avançar uma hipótese interpretativa que
será aceita ou não pelo paciente e que vai mobilizar o processo de
elaboração.
É importante ressaltar que o entendimento da natureza do sofrimento
psíquico e a formulação da hipótese interpretativa exigem íntima relação
com a teoria. Deve ser escrita após algumas sessões, porque no início não
temos dados suficientes para essa descrição.
VII. Fechamento da sessão: no fechamento da sessão deve-se relatar
como foi o plano de trabalho, e o que será feito na próxima sessão. O
plano de trabalho está relacionado ao projeto.
Testes Psicológicos
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semelhanças entre indivíduos, ou entre as reações do mesmo indivíduo
em diferentes momentos (Resolução CFP Nº 007/2009).
Os testes NÃO são necessariamente de uso obrigatório para a
realização de avaliações psicológicas, mas, quando se precisa de material
fidedigno, passível de reaplicação, que permita conclusões confiáveis em
curto tempo, para tomada de decisões, é preciso dispor de outros recursos
além da entrevista, ainda que seja para comprovar alguma característica
do examinando.
A avaliação psicológica deve ser fundamentada em instrumentos
aprovados pelo CFP e requer profissionais de Psicologia que sejam
competentes para sua aplicação e avaliação.
A fim de assegurar a qualidade destes procedimentos, esses
profissionais devem ser qualificados e treinados em teoria e prática
para a realização de avaliações psicológicas. Na aplicação de qualquer
instrumento de avaliação psicológica, devem ser observadas as seguintes
recomendações imprescindíveis:
I. Aplicar os testes de forma clara e objetiva, transmitindo tranquilidade
e evitando acentuar a ansiedade situacional típica do processo de
avaliação psicológica;
II. Seguir, rigorosamente, as instruções do manual sem, entretanto,
assumir uma postura estereotipada e rígida. Para tanto, cabe ao
psicólogo apresentar domínio das normas de aplicação;
III. Pessoas com deficiências devem ser avaliadas de forma compatível
com suas limitações.
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A fim de alcançar seu objetivo, o teste psicológico deve ser articulado
a um construto psicológico (fundamentação teórica) e este construto
precisa estar vinculado a aspectos importantes da vida psíquica das
pessoas (fundamentação empírica) (Tavares, 2003).
Para ser utilizado adequadamente, o teste deve ser normatizado,
precisa ter evidências empíricas de validade e precisão, devendo
necessariamente oferecer instruções para aplicação.
O psicólogo deve seguir todas as recomendações contidas nos
manuais dos testes, bem como atualizações divulgadas, para garantir
a qualidade técnica do trabalho. A forma de aplicação faz parte da
normatização de um teste.
Deste modo, a validade do teste requer, necessariamente, a
adequada aplicação. Cabe ao psicólogo observar se os testes são originais
e se estão em condições de uso.
Segundo Pasquali (2001), ao analisar a qualidade dos testes
psicológicos, deve-se analisar quatro parâmetros: validade, fidedignidade
ou precisão, padronização e normatização.
Fidedignidade é o índice de precisão da medida, ou seja, o quanto a
medida está susceptível ao erro, qual a sua confiabilidade. Quanto maior
a fidedignidade, maior a precisão de um instrumento.
A precisão do teste é a consistência dos resultados obtidos pelo
mesmo indivíduo, quando retestado com o mesmo teste, ou com uma
forma equivalente. Antes de um teste psicológico ser apresentado para
o uso geral, é preciso realizar uma verificação completa e objetiva de sua
precisão (Pasquali, 2001).
Pasquali (2001) considera que o conceito de precisão ou fidedignidade
se refere ao quanto o escore obtido no teste se aproxima do escore
verdadeiro do sujeito num traço qualquer. O termo precisão, quando usado
em psicometria, sempre significa estabilidade ou consistência.
Quanto à validade da medida, costuma-se ensinar que um teste
é válido se de fato mede o que supostamente deve medir. Por exemplo,
atesta se uma escala de ansiedade de fato está medindo ansiedade
(Pasquali, 2001).
A validade é a questão mais importante a ser proposta com relação
a qualquer teste psicológico, uma vez que, apresenta uma verificação
direta do teste satisfazer sua função (Pasquali, 2001).
Diversos métodos são utilizados para se conhecer a validade de
uma medida. Dois dos métodos mais utilizados são (Erthal, 2003):
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A validade teórica - um teste pode ser validado de modo teórico quando
especialistas na área em questão se reúnem e concordam que aquele
instrumento mede o que está sendo proposto.
IV. A validade de construto convergente e divergente – utiliza
respectivamente instrumentos que já são usados para mensurar dado
construto psicológico ou que não possuem este uso e correlaciona-os
com a medida que se pretende avaliar.
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Classificação Quanto Ao Método
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Autoadministração – são os testes que possuem instruções na capa,
não determinam tempo e dispensam a presença de um aplicador, devido
à facilidade de execução. Podem ser aplicados coletivamente ou mesmo
de forma individual, desde que adaptados às exigências da situação.
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Pasquali parece seguir a mesma linha de pensamento adotada por
Cronbach (1996):
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Testes Mais Citados Em Concursos
• Teste projetivo;
• Avalia aspectos da personalidade, destacando principalmente a
relacionados a personalidade e habilidades cognitivas;
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• Apresentação: Jogo com quadrículos coloridos compostos de 10 cores
subdivididas em 10 tonalidades - no mínimo 45 unidades de cada tom
e a mesma quantidade para todos os tons; conjunto de três cartelas
contendo esquema de uma pirâmide; folho de protocolo; mostruário
das cores (24 matrizes).
• Aplicação: individual.
• Técnica projetiva;
• Avalia aspectos funcionais e dinâmicos da personalidade;
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• Sua aplicação pode ser individual ou coletiva;
• Considera as respostas em relação a aspectos como precisão da forma
e movimento;
• Compreende um conjunto de três manchas impressas em cartões,
sendo a primeira toda em preto e branco; a segunda composta pelas
cores vermelha; verde e marrom e a terceira contendo as cores preta,
branca e vermelha.
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• Utilizado também para sujeitos portadores de deficiências físicas,
afasias, paralisia cerebral ou surdez, bem como sujeitos que não
dominam a língua nacional;
• Os itens do teste são apresentados sob a forma de um desenho ou
matriz, em que falta uma parte. A tarefa do sujeito consiste em escolher,
entre as alternativas colocadas na metade inferior da página, a que
completa corretamente o desenho;
• Sem limite de tempo, gasta em média 15 a 20 minutos;
• A aplicação pode ser individual ou coletiva, em grupos de 8 a 9 crianças;
• A avaliação é feita através de um crivo ou chave de correção;
• Indicação: crianças de 5 a 11 anos e meio, deficientes mentais e pessoas
idosas.
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Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças – WISC-III
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Teste de Apercepção Temática (TAT)
Teste Palográfico
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Teste da casa – pessoa – árvore (HTP)
Teste de Rorschach
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Inventário de Depressão de Beck (BDI – II)
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