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Modelos de Avaliação

Doutoramento em Formação de Professores

Carlos Barreira
cabarreira@fpce.uc.pt
Funções da Avaliação
Critérios da Avaliação
Donald Kirkpatrick
Donald Kirkpatrick
Modelo hierárquico de resultados da formação

n  Visa medir a qualidade de uma intervenção formativa


a partir da análise de quatro níveis de avaliação:

n  Nível 1 - Avaliação das reações dos participantes

n  Nível 2 - Avaliação das aprendizagens dos participantes

n  Nível 3 - Avaliação dos comportamentos dos participantes

n  Nível 4 - Avaliação dos resultados da formação


Modelo multinível
American Society for Training and
Development

n  Segundo a ASTD (2010):

n  78% das organizações avaliam a formação ao nível da


satisfação dos formandos - nível 1 reacção;

n  Somente 32% avaliam o nível 2, aprendizagem;

n  9% o nível 3, comportamento;

n  6% o nível 4, resultados

n  Assim, os níveis mais interessantes são os menos utilizados


Donald Kirkpatrick (2010)
Pressupostos do modelo hierárquico de resultados da formação

n  Cada nível é importante e tem impacto no nível


seguinte

n  Conforme se avança nos níveis, o processo torna-se


mais complexo

n  Nenhum dos níveis deve ser ignorado, por considerar o


nível seguinte mais importante
Modelo multinível de D. Kirkpatrick
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4
Avaliação das Avaliação das Avaliação dos Avaliação dos
reações aprendizagens comportamentos Resultados

Os participantes estão Os participantes Quais as mudanças Quais os impactes da


satisfeitos com o curso? v e r i f i c a d a s n o s formação nos resultados da
aprenderam com base nos comportamentos dos
objetivos do curso? organização?
participantes quando
transferem para o contexto
de trabalho o que
-Recolher as reações dos aprenderam na formação?
indivíduos sobre determinados -Verificar se estão a adquirir as -Avaliar a variação de
aspectos da formação aprendizagens indicadores concretos
(formadores, métodos, previamente estabelecidos
objetivos, conteúdos, -Sinalizar com rigor antes da que resultaram da análise de
instalações, apoio logístico...) -Proporcionar feedback sobre f o r m a ç ã o q u e necessidades
comportamentos se
o modo como estão a evoluir pretendem alterar...
-Detectar disfuncionalidades na (auto)aprendizagem
no sistema formativo

-Regular as práticas, tendo em -Determinar o impacte no


-Permitir a reformulação da
conta as necessidades dos desempenho dos participantes
participantes ação
Modelo multinível de D. Kirkpatrick
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4
Avaliação das Avaliação das Avaliação dos Avaliação dos
reações aprendizagens comportamentos Resultados
-Reações afetivas, de Abordagem mais completa: Averiguar em que medida os Impactes nos indicadores de
satisfação formandos transferem para desempenho da organização
-Recolher dados antes, as situações de trabalho as (exemplos):
durante e após a formação aprendizagens adquiridas
-Reações instrumentais, de -Mais reuniões de trabalho em
Va r i á v e i s q u e p o d e m equipa entre professores
utilidade -Aprofundar conhecimentos
e demonstração prática de influenciar a transferência: -Melhoria no sucesso escolar dos
-Reações de dificuldade, da alunos
competências
aprendizagem -Características dos sujeitos -Aumento da procura da escola
-Design da intervenção por parte dos pais e alunos
-Contexto organizacional
-Testes escritos e orais
-Inquéritos por questionário -Role playing -Análise dos resultados de
-Elaboração de projetos -Entrevistas
-Realização de focus group planos intervenção específicos
-Estudos de caso -Aplicação do instrumento
-Inquérito por entrevista -Aplicação de instrumentos de L e a r n i n g Tr a n s f e r S y s t e m
-Registo de comentários em auto-avaliação Inventory (LTSI)
fóruns de discussão -Realização de observações -Construção de um plano de -Análise de indicadores
-Realização de observações -Elaboração de portefólios intervenção específico
de comportamentos -Elaboração de mapas -Observações
conceptuais
-Auto-avaliação
Donald Kirkpatrick
Nível 3 - Avaliação da transferência

n  Variáveis que influenciam a transferência das


aprendizagens

n  Características dos sujeitos (motivação, experiência profissional,


prontidão para mudar, atitude face à formação, auto-eficácia)

n  Design da intervenção (características do projeto de mudança,


modelos pedagógicos, conteúdos, conhecimento e oportunidade para
transferir)

n  Contexto organizacional (valores e cultura, política de recursos


humanos, apoio e suporte, consequências da transferência)
Donald Kirkpatrick
Nível 3 - Avaliar a transferência da formação

n  Características dos sujeitos

n  Competências
n  capacidade cognitiva (tempo, energia, disponibilidade mental no
trabalho para transferir)
n  experiência profissional (nível de proficiência atingido, cargo
ocupado e antiguidade na organização)

n  Factores de personalidade - satisfação com o trabalho,


crenças de auto-eficácia, atitude face à mudança

n  Variáveis motivacionais - Motivação para aprender e


motivação para transferir
Donald Kirkpatrick
Nível 3 - Avaliar a transferência da formação

n  Concepção/design da intervenção

n  Garantir o ajustamento dos conteúdos (relevância e


aprofundamento) às exigências do público-alvo

n  Assegurar que os modelos e práticas pedagógicas permitem


aos sujeitos aprender o que se pretende que aprendam

n  Incluir conhecimentos sobre o modo de transferir a


aprendizagem para outras situações
Donald Kirkpatrick
Nível 3 - Avaliar a transferência

n  Contexto organizacional

n  Capaz de promover a aprendizagem contínua

n  O clima facilitador de transferência é promovido através:


n  Da frequência de feedback sobre o desempenho
n  Do apoio dos pares e da organização
n  Da percepção das consequências positivas da utilização das
aprendizagens em contexto
Relação entre Questionários e Níveis
Daniel Stufflebeam (2009)
Definição de Avaliação

A avaliação é um processo de identificação, recolha e apresentação de

informação útil e descritiva acerca do valor e do mérito das metas, da

planificação, da realização e do impacte de um determinado objecto, com o

fim de servir de guia para a tomada de decisões, para a solução dos

problemas de prestação de contas e para promover a compreensão dos

fenómenos envolvidos”
(Stufflebeam & Shinkfield, 1993: 183)
n  Nesta definição podemos encontrar os conceitos fundamentais do modelo
CIPP. Assim, a avaliação corresponde a três propósitos:

n  Servir de guia para a tomada de decisões (TD);


n  Proporcionar dados para a prestação de contas;
n  Promover a compreensão dos fenómenos envolvidos.

n  A avaliação é processo cumulativo de TD orientado por


reajustamentos constantes rumo ao aperfeiçoamento

n  Na avaliação, o critério fundamental deverá corresponder a uma


conjugação do valor (resposta às necessidades valorizadas) com o
mérito (eficiência e efiçácia).
Modelo CIPP
Áreas fundamentais na avaliação de um programa

Context, Input, Process, Product

Avaliação de contexto - como ajuda para a definição das metas;

Avaliação de entrada - como ajuda para dar forma às propostas;

Avaliação do processo - como guia para a realização;

Avaliação do produto – ao serviço das decisões de revisão.


Modelo CIPP de Stufflebeam
4 áreas na avaliação de um programa
Avaliação Campo focado Decisão a tomar
Contexto *Pressões do exterior que se Decisões de Planificação
Qual o estado da situação no exercem sobre o sistema
momento em que se desencadeia o
processo *Necessidades a satisfazer e Delimitação dos objectivos
ocasiões favoráveis a não perder

Inputs *Recursos disponíveis Decisão de Estruturação


O que é necessário para produzir o
estado desejado *Estratégias colocadas em prática
para se atingirem os objectivos em Delimitação dos procedimentos
resposta às necessidades

Processos *Acções colocadas em prática Decisões de Aplicação


O que fazer durante a ação para Concretização e controlo do plano
desenvolver as competências *O que se passa na realidade de ação

Produtos *Resultados obtidos pelas Decisões de Revisão


O que é obtido depois da ação estratégias postas em prática Avaliar as realizações e prosseguir,
modificar ou interromper a ação...
Modelo CIPP de Stufflebeam
4 áreas na avaliação de um programa
Avaliação Campo focado Questões Orientadoras
Contexto -Características dos participantes -Que objectivos se pretendem alcançar ao
realizar o diagnóstico de necessidades?
-Problemas que originaram as
necessidades identificadas -Que tipo de informação se obtém quando
se efectua o diagnóstico?
-Coerência entre necessidades
-De quem se obtém essa informação e
sinalizadas e objectivos de aprendizagem com que métodos?
propostos -Como se processam os dados?

-Quais os critérios para seleccionar os


Inputs -Suficiência de recursos materiais e monitores e o público-alvo?
humanos
-Os formadores têm provas dadas na
-Medidas alternativas à intervenção área da intervenção?
-Qual o conhecimento, os interesses, as
-Sinalização de eventuais entraves à atitudes e as preocupações do público-
intervenção alvo?

-Adequação das estratégias formativas -Quais as estratégias mais adequadas


para se alcançar os objetivos?
Modelo CIPP de Stufflebeam
4 áreas na avaliação de um programa
Avaliação Campo focado Questões orientadoras

Processos -Desenvolvimento da formação -Como está a decorrer a formação?


-Os conteúdos planificados estão a ser
desenvolvidos?
-Observação de processos de
ensino-aprendizagem -O formador demonstra conhecimento e
competência?
• Conduta do formador
-Os participantes tiveram oportunidade de

• Conduta dos participantes praticar (simulações)?


-Houve um equilíbrio entre as
• Relação entre formador e
participantes componentes teóricas e práticas?
-Qual foi o ambiente durante a formação?
-Os conteúdos têm aplicabilidade nos
-Sinalização de eventuais aspectos
a melhorar contextos?
Modelo CIPP de Stufflebeam
4 áreas na avaliação de um programa
Avaliação Campo focado Questões orientadoras

O que muda em consequência da


Produtos formação:

Resultados da satisfação Os participantes estão satisfeitos e


consideram útil a formação?

Proporcionou conhecimentos,
Resultados face a objetivos
definidos competências, atitudes que antes
não possuíam?

Possibilitou a aplicação das


Resultados face a necessidades do
aprendizagens (melhor
contexto
desenvolvimento das tarefas, maior
motivação)?

Houve mudanças na instituição


(coesão, participação, trabalho em
equipa, resolução de conflitos)?
Modelo CIPP

n  Segundo Roegiers (1997) o modelo CIPP teve


sucesso na avaliação da formação devido:

n  À associação entre a avaliação e a tomada de


decisão

n  À superação da avaliação reduzida aos produtos

n  À ênfase dada ao contexto


Hadji (1994)
Modelo de “avaliação plural”

n  Remete para a dimensão pragmática e instrumental da


avaliação: para que é que serve ?

n  Destaca as diversas funções da avaliação

n  Realça a temporalidade que é inerente ao processo de


avaliação de uma acção (antes, durante e depois)
Hadji
Funções na sequência da acção

Temporalidade Antes Durante Depois

Modalidades Diagnóstica Formativa Sumativa


Prognóstica “Progressiva” Terminal

Função Orientar Regular Verificar


Adaptar Aperfeiçoar Certificar

Centrada Nas Nos processos Nos produtos


características Nas actividades
do contexto
Construção de dispositivos de avaliação

Posicionamento Questões de partida Orientações avaliativas

Intenções (questionar o 1- O que é que se pretende 1.1.Qual a política da


projecto de avaliação) com a avaliação? avaliação da formação?
1.2. Qual a finalidade
principal da avaliação?

Uso Social (precisar o 2. Quais as transformações 2.1. A quem se destina a


projecto de formação) desejadas? formação?
2.2. O que se pretende
concretamente com a
formação?
Orientações 3. Como recolher e tratar a 3.1. Com que instrumentos?
“técnicas” (prever os informação? 3.2. Quem avalia?
procedimentos) 3.3. Quando se avalia?
3.4. Como divulgar a
avaliação?
Questionar-se sobre o projecto de
avaliação

n  Qual a concepção dominante de avaliação

n  Medir, apreciar, interpretar?


n  Controlar, regular, compreender?

n  Que intenção se tem ao avaliar (Para que serve?)

n  Sistema de formação
n  Processo de formação
n  Produtos da formação
Precisar o projecto de formação

n  Finalidades – Perfil de partida

n  Transformações desejadas - relação com as


necessidades detectdas

n  Actualização de conhecimentos?
n  Competências?
n  Qualidades pessoais?
n  Atitudes?
Prever os procedimentos

n  Determinar a informação útil

n  Explicitar como é recolhida a informação


n  Quem vai efectuar a recolha?
n  Quando?
n  Por meio de que Instrumentos?

n  Definir o quadro de interpretação dessa informação


Hadji
O que avaliar?

n  O dispositivo e o processo formativo

n  Os efeitos da formação
O dispositivo e o processo formativo

n  O dispositivo (em sentido lato)


n  O plano (coerência, rigor, exequibilidade)
n  Formadores (Formação? Competências? Estatuto?)
n  Selecção adequada dos formandos em função das suas
necessidades

n  O processo pedagógico (acção propriamente dita)


n  Funcionamento da acção…
n  Relacão pedagógica (escolha dos conteúdos, actividades,
métodos de trabalho, técnicas de animação e modalidades de
avaliação)
Os efeitos da formação

n  Efeitos pedagógicos (resultados dos formandos na acção)

n  Satisfação dos formandos


n  Aprendizagens realizadas
n  Evoluções assinaláveis…

n  Impactes (consequências decorrentes da acção em contexto)

n  Mudança de práticas
n  Eficácia das práticas
Estratégia Avaliativa

Temporalização Fases (IQF, 2006) Kirkpatrick (2010) Stufflebeam (2009)

Antes (ex-ante) •  I- Preparação da •  Avaliação de


intervenção contexto
avaliativa Como iniciar uma
formação? •  Avaliação de
•  II- Elaboração de inputs
instrumentos para
recolha de dados

Durante (on-going) •  III- Realização da Níveis 1 e 2 (reações •  Avaliação de


estratégia e aprendizagens) processo
avaliativa

•  IV- Tratamento e
análise dos dados

Depois (ex-post) •  V- Apresentação Níveis (1 e 2) 3 e 4 •  Avaliação de


dos resultados (comportamentos e produtos
resultados)
Bibliografia

Barreira, C. (2009). Contributo dos modelos de Kirkpatrick e de Stufflebeam


para o desenvolvimento de uma estratégia avaliativa do processo
formativo. In H. Ferreira, S. Bergamo, G. Santos & C. Lima (Eds.), X
Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação –
Investigar, Avaliar e Descentralizar (pp.1-12). Bragança: Instituto
Politécnico.

Instituto para a Qualidade na Formação (2006). Guia para a avaliação da


formação. Lisboa: IQF (pp. 78-111).

Kirkpatrick, D. & Kirkpatrick, J. (2010). Como avaliar programas de


treinamento de equipes. Os quatro níveis. Rio de Janeiro: Editora Senac.

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