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São as iniciais do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais - PPRA. Trata-se


de uma legislação federal, especificamente a Norma Regulamentadoras no 09,
emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994.

   

Estabelecer uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e


integridade dos trabalhadores, frente aos riscos dos ambientes de trabalho.

    

Para efeito do PPRA, os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e


biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração, intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à
saúde dos trabalhadores.

     

A elaboração e implementação do PPRA é obrigatória para todos os empregadores e


instituições que admitam trabalhadores como empregados. Não importa grau de
risco ou a quantidade de empregados. Assim, tanto um condomínio, uma loja ou
uma refinaria de petróleo,  !"#$%%" , cada um com suas
próprias características e complexidade.

   

São legalmente habilitados os Técnicos de Segurança, Engenheiros de Segurança e


Médicos do Trabalho.

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 (

O PPRA é um programa de ação contínua, não é um documento. Já o documento -


base gerado quando de sua elaboração e as ações que compõem o programa
podem ser solicitados pelo Fiscal. Caso a empresa possua o documento-base e não
existam evidencias de que esteja sendo praticado, o Fiscal entenderá que o
programa NÃO EXISTE.

) 

São as iniciais do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Trata -se de


uma legislação federal, especificamente a Norma Regulamentadoras no 07, emitida
pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994.

  
O PCMSO monitora por anamnese e exames laboratoriais a saúde dos
trabalhadores. Tem por objetivo identificar precocemente qualquer desvio que
possa comprometer a saúde dos trabalhadores.

* 

O objetivo do PPRA é levantar os riscos existentes e propor mecanismos de


controle. Os riscos NÃO ELIMINADOS são objeto de controle pelo PCMSO. Portanto,
sem o PPR não existe PCMSO, devendo ambos estarem permanente ativos.
+      

Os condomínios empregam funcionários em regime de CLT. Não existe exceção. O


espírito desta legislação é proteger os trabalhadores, porém também se destina a
proteger os empregadores. Levantados os riscos e comunicada as condutas de
proteção, os trabalhadores são obrigados a cumprirem o acordado, sob pena de
demissão por justa causa.

       

Sim, a multa pode variar de 1.129 ufir a 3.884 ufir. Em caso de reincidência a
multa sobe para 6.304 ufir. Porém a multa é o problema menos. Caso um
funcionário venha a contrair qualquer doença ocupacional, os empregadores
respondem judicialmente pelo dano causado. Indenizações e os custos processuais
assumem valores elevadíssimos podendo comprometer a saúde financeira dos
condomínios.

PPRA: Conforme a NR-9 da Portaria nº 3.214/78, o PPRA ± Programa de


Prevenção de Riscos Ambientais ± é obrigatório para todas as empresas e
instituições que admitam trabalhadores como empregados, com o objetivo de
preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores, identificando riscos
ambientais existentes no trabalho, tais como ruído, calor, frio, radiações, vibrações,
névoas, gases, neblinas, bactérias, fungos, parasitas, vírus, etc. O PPRA, como
todo programa preventivo, impõe reconhecimento, avaliação e controle da
ocorrência de riscos ambientais, envolvendo ações, sob a responsabilidade do
empregador.

PCMSO: conforme a NR-7 da Portaria nº 3.214/78, o PCMSO ± Programa de


Controle Médico de Saúde Ocupacional ± é programa de prevenção, rastreamento
e diagnóstico precoce dos agravos à saúde, de natureza subclínica, visando
constatar existência de doenças profissionais ou danos irreversíve is à saúde do
empregado, especialmente no âmbito coletivo (consulte nossos artigos sobre
meio ambiente do trabalho ). É obrigatório para empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados. Dentre as obrigações do empregador
previstas na NR-7 destacam-se as seguintes:

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°R-7 E °EGOCIAÇÃO COLETIVA PARA EXECUÇÃO DO PCMSO

Os parâmetros mínimos da NR-7 podem ser ampliados por negociação coletiva


entre trabalhadores e empregadores, como sói acontecer no Direito do Trabalho,
podendo as partes estabelecerem condições mais benéficas do que prevê a Lei,
ou, ainda, que preservem a saúde e segurança do trabalho de forma ainda mais
ampla, medida, aliás, necessária em se tratando de direitos fundamentais. A
própria NR-7 dá azo a esse entendimento, como se observa, por exemplo, do item
7.1.2: ³1
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PCMSO E RESPO°SABILIDADE DO TOMADOR E DO PRESTADOR DOS


SERVIÇOS

De outra parte, conforme item 7.1.3, da NR -7, é responsabilidade da empresa


tomadora informar a prestadora de serviços dos riscos existentes e auxiliar na
elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho: ;•  
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OBJETIVO DO PCMSO
O item 7.2.2, da NR-7, deixa bem claro o objetivo do PCMSO: ³   !
 

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Enfim, PPRA e PCMSO são programas que visam à preservação da saúde e


integridade física dos trabalhadores. Estão interligados e objetivam atuação
preventiva no meio ambiente o trabal ho.

PPRA:
É um documento de ação contínua, um programa de gerenciamento. O documento -base, previsto na estrutura do
PPRA, permanecerá na empresa a disposição da fiscalização, junto com um roteiro das ações a serem empreeendidas
para atingir as metas do Programa. Em resumo, se houver um excelente PPRA mas as medidas não estiverem sendo
implementadas pela empresa e avaliadas pelo tecnico de segurança, o PPRA, na verdade, não existirá.

Objetivo do PPRA:
Ser a metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores frente aos riscos dos
ambientes de trabalho.

Riscos ambientais:
Os riscos ambientais são agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho , em função de
sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos
trabalhadores.

Identificando os agentes:
Agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes e radiações não
ionizantes;
Agentes químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, absorvidos pelo organismo humano por via
respiratória, através da pele ou por ingestão;
Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

Obrigatoriedade do PPRA:
A implementação do PPRA é obrigatória para todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados. Não importando o grau de risco ou a quantidade de empregados. Por exemplo uma padaria, uma loja ou
uma planta industrial, todos estão obrigados a ter um PPRA, cada um com sua característica e complexidade
diferentes.
Esse programa está estabelecido em uma das Normas Regulamentadoras (NR-9) da CLT- Consolidação das Leis
Trabalhistas, sendo a sua redação inicial dada pela Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de
Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho.

Profissional que executa o PPRA:


O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SEESMT da empresa ou instituição.
Mas o empregador desobrigado pela legislação de manter um serviço próprio , deverá contratar uma empresa ou
profissional para elaborar, implementar, acompanhar e avaliar o PPRA.

CIPA e PPRA:
A CIPA e seus participantes devem participar da elaboração do PPRA, auxiliando na sua implementação. Mas não
esqueça o PPRA é uma obrigação legal do empregador e por isso deve ser de sua iniciativa e responsabilidade direta.

Articulação em o PPRA e o PCMSO:


Ambos são programas de caráter permanente, coexistem nas empresas e instituições, com as fases de implementação
definidas. O PPRA deverá pronto para servir de subsídio ao PCMSO. Observe a "lei": NR -7, ítem 7.2.4 - O PCMSO
deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas
avaliações previstas nas demais NR."
De acordo com ítem 9.1.3 da NR09 - "O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa
no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas
demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7."


O que significa LTCAT?


Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho.

ual a diferença entre o PPRA (programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o LTCAT (Laudo Técnico das
Condições Ambientais de Trabalho)?
Embora ambos os documentos estejam ligados às condições de segurança no ambiente de trabalho, cada um se
presta à finalidade diferente.

O PPRA é um Program a, com a finalidade de reconhecer e reduzir e/ou eliminar os riscos existentes no ambiente de
trabalho, servindo de base para a elaboração do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). O
PPRA precisa ser revisto e renovado anualmente.

O LTCAT é um Laudo, elaborado com o intuito de se documentar os agentes nocivos existentes no ambiente de
trabalho e concluir se estes podem gerar insalubridade para os trabalhadores eventualmente expostos. Somente será
renovado caso sejam introduzidas modificações no ambiente de trabalho.

As empresas podem ser multadas caso não possuam o LTCAT?


O parágrafo 3º do Art. 58 d Lei 8213/91 com o texto dado pela Lei 9528/97 diz que:
A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de
trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o
respectivo laudo, estará sujeito à penalidade prevista no Art. 133 desta Lei, que foi republicada na MP 1596-14 de
10.11.97 e convertida na Lei 9528 de 10.12.97

A Disponibilidade do Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho


Este documento deve estar disponível na empresa para análise dos Auditores Fiscais da Previdência Social, Médicos e
Peritos do INSS, devendo ser realizadas as alterações necessárias no mesmo, sempre que as condições de
nocividade se alterarem, guardando-se as descrições anteriormente existentes no referido Laudo, juntamente com as
novas alterações introduzidas, datando-se adequadamente os documentos, quando tais modificações ocorrerem.

ual é o prazo de validade do LTCAT ?


O LTCAT tem validade indefinida, atemporal, ficando atualizado permanentemente, enquanto o ³layout$ da empresa
não sofrer alterações.

Evolução da legislação que regulamenta o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho)
A Lei 3807/60 introduziu o benefício denominado aposentadoria especial na legislação previdenciária que exigia a
apresentação de Laudo Técnico somente para o agente ruído, não mencionando esta exigência para os demais
agentes Nocivos.
A Constituição Federal de 1988, Com o novo ordenamento jurídico do país sancionou a concessão de aposentadorias
no regime geral de Previdência Social, que passou a ter critério único, com exceção das aposentadorias especiais.

A Lei 9032 - somente em 28.04.95 o Art. 57 desta Lei veio regulamentar o parágrafo 1º do Art. 201 da CF, exigindo na
forma da lei que tais condições prejudicassem a saúde ou a integridade física.

MP 1532 ± Em 11.10.96 a Lei 8213/91 teve alterações de seu texto com a edição da MP 1523 de 11.10.96, que
originou a Lei 9528 de 10.12.97 que passou a exigir laudo técnico para todos os agentes nocivos.

A Lei 9732 de 11.12.98, parágrafo 1º do Artigo 58 ficou com a redação:

A Comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma
estabelecida pelo INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambi entais
do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.


PCMAT:
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.

A Norma Regulamentadora - NR-18, estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização,


que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou
mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurança.

O fiscal deve solicitar ART do PCMAT e verificar:

c Se o PCMAT tiver sido elaborado por profissional do Sistema Confea/Crea e este não tiver as atribuições de acordo
com a Resolução n.º 359 de 1991, deverá ser notificado por exorbitância de atribuições, baseado na alínea ³b$do art. 6º
da Lei n° 5.194, de 1966;

2 Se o PCMAT tiver sido elaborado por leigo, deverá ser notificado por exercício ilegal da profissão, falta de registro,
baseado na alínea ³a$ do art.6º da Lei n° 5.194, de 1966;

3 Se o PCMAT tiver sido elaborado por profissional legalmente habilitado e não existir ART, deverá ser notificado por
falta de ART, baseado no art. 1° da Lei n° 6.496, de 1977;
O Técnico de Segurança do Trabalho poderá atuar no PCMAT, sob a supervisão do Engenheiro de Segurança do
Trabalho, desde que devidamente registrado no Crea.


O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com campos a serem preenchidos com todas as
informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual é exposto, a
intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa.

O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes
nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da
concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº
3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP.

O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição dos empregados a agentes nocivos, para o
conhecimento de todos os ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores.

°ota:

É necessário o preenchimento do PPP, pelas empresas, para todos os empregados. De acordo com a Instrução
Normativa/INSS/DC nº 99 de 05/12/2003, após a implantação do PPP em meio magnético, pela Previdência Social,
esse documento será exigido para todos os segurados, independentemente do ramo de atividade da empresa e da
exposição a agentes nocivos.

A comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos será feita mediante formulário próprio do INSS, o Perfil
Profissiográfico Previdenciário, que será preenchido pela empresa ou seu preposto com base em Laudo Técnico de
Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho,
para fins de comprovação da exposição a agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física.

As cooperativas de produção, em que seus cooperados no exercício das atividades sejam expostos a condições
especiais, deverão elaborar o PPP dos cooperados conforme a Instrução Normativa/INSS/DC nº 087, de 27 de março
de 2003. O PPP das cooperativas de trabalho serão elaborados com base nas informações fornecidas pela empresa
contratante.

A apresentação do LTCAT será exigida para os períodos de atividade exercida sob condições especiais apenas a partir
de 14 de outubro de 1996, exceto no caso do agente nocivo ruído, que exige apresentação de laudo para todos os
períodos declarados.

Quando houver o desligamento do empregado, a empresa é obrigada a fornecer uma cópia autêntica do PPP ao
trabalhador, sob pena de multa, caso não o faça.

Observação:

De acordo com a Instrução Normativa/INSS/DC nº 99, de 05/12/2003, a partir de 1º de janeiro de 2004 acomprovação
do exercício de atividade especial será feita pelo PPP, emitido pela empresa com base em laudo técnico de condições
ambientais de trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança. O PPP contemplará, inclusive,
informações pertinentes aos formulários acima, os quais deixarão de ter eficácia.

A empresa (ou equiparada à empresa) deverá elaborar PPP de forma individualizada para seus empregados,
trabalhadores avulsos e cooperados expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial. E
ainda, para fins de concessão de benefícios por incapacidade, a partir de 1º de janeiro de 2004, aPerícia Médica do
INSS poderá solicitar o PPP à empresa, com vistas à fundamentação do reconhecimento técnico do nexo causal e para
avaliação de potencial laborativo, objetivando o processo de reabilitação profissional.

A exigência da apresentação do LTCAT será dispensada a partir de 1º de janeiro de 2004, data da vigência do PPP,
devendo, entretanto, permanecer na empresa à disposição da Previdência Social.

Entretanto, para períodos laborados até 31 de dezembro de 2003, será aceito o DIRBEN-8030 (antigo SB-40, DISES-
BE 5235, DSS-8030), desde que emitido até essa data.

Quando o PPP for apresentado contemplando períodos laborados até 31 de dezembro de 2003, não é necessária a
apresentação do DIRBEN-8030 (antigo SB-40, DISES-BE 5235, DSS-8030).
I°ORMAÇÕES GERAIS SOBRE AS CIPAS

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho/CIPA,visa a proteção da saúde dos trabalhadores dentro
das empresas. A constituição de órgãos dessa natureza dentro das empresas foi determinada pela ocorrência
significativa e crescente de acidentes e doenças típicas do trabalho em todos os países que se industrializaram.

A participação dos trabalhadores nesses órgãos tem variados a depender do nível de democracia e da organização,
força e poder de representação da classe trabalhadora em cada país.
No Brasil, esta participação, prevista na CLT, se restringe a CIPA, onde os trabalhadores formalmente ocupam metade
de sua composição após eleições diretas e anuais.

O que é CIPA?

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar da
prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua
saúde e segurança.

A CIPA é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 162 a 165 e pela Norma
Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria 3.214 de 08.06.78 baixada pelo Ministério do Trabalho.

ual objetivo da CIPA?

O objetivo básico da CIPA é fazer com que empregadores e empregados trabalhem conjuntamente na tarefa de
prevenir acidentes e melhorar a qualidade do ambiente de trabalho. Confira a seguir quais as principais atribuições de
uma CIPA, requisitos para sua formação e modo de funcionamento.
Como a CIPA é formada?

A organização da CIPA é obrigatória nos locais de trabalho seja qual for sua característica - comercial, industrial,
bancária, com ou sem fins lucrativos, filantrópica ou educativa e empresas públicas - desde que tenham o mínimo legal
de empregados regidos pela CLT conforme o quadro 1 da NR-5. A CIPA é composta por representantes titulares do
empregador e dos empregados e seu número de participantes deve obedecer as proporções mínimas na NR ±5.

uanto ao registro da CIPA?

A empresa deve solicitar ao órgão do Ministério do Trabalho o registro da CIPA através de requerimento, juntan do
cópias das atas de eleição, instalação e posse com o calendário anual das reuniões ordinárias e o livro de atas com o
termo de abertura e as atas acima mencionadas transcritas.

O requerimento e as cópias das atas datilografadas devem ser em duas vias, sendo que uma via será devolvida
protocolada pelo agente fiscalizador. O registro deve ser feito no prazo máximo de dez dias após a data da eleição.
Comunicada a DRT, uma cópia protocolada deve ser enviada ao setor responsável pela segurança do trabalho na
empresa. Após ter sido registrada na DRT, a CIPA não pode ter o seu número de representantes reduzidos nem pode
ser desativada antes do término do mandato, ainda que haja redução de empregados na empresa.

Do processo eleitoral?

Os representantes do em pregador são designados pelo próprio, enquanto que os dos empregados são eleitos em
votação secreta representando, obrigatoriamente, os setores de maior risco de acidentes e com maior número de
funcionários. A votação deve ser realizada em horário normal de expediente e tem que contar com a participação de,
no mínimo, a metade mais um do número de funcionárias de cada setor. A lista de votação assinada pelos eleitores
deve ser arquivada por um período mínimo de três anos na empresa. A lei confere a DRT, com o órgão de fiscalização
competente, o poder de anular uma eleição quando for constatado qualquer tipo de irregularidade na sua realização.

Os candidatos mais votados assumem a condição de membros titulares. Em caso de empate, assume o candidato que
tiver maior tempo de trabalho na empresa. Os demais candidatos assumem a condição de suplentes, de acordo com a
ordem decrescente de votos recebidos. Os candidatos votados não eleitos como titulares ou suplentes devem ser
relacionados na ata da eleição, em ordem decrescente de votos, possibilitando uma futura nomeação. A CIPA deve
contar com tantos suplentes quantos forem os titulares sendo que estes não poderão ser reconduzidos por mais de
dois mandatos consecutivos.

Como é composta a CIPA?

A estrutura da CIPA é composta pelos seguintes cargos: Presidente (indicado pelo empregador); Vice-presidente
(nomeado pelos representantes dos empregados, entre os seus titulares); Secretário e suplente (escolhidos de comum
acordo pelos representantes do empregador e dos empregados).

ual o órgão responsável pelo acompanhamento da CIPA?

Cabe ao Ministério do Trabalho, através das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTS) fiscalizar a organização das
CIPAS. A empresa que não cumprir a lei será autuada por infração ao dis posto no artigo 163 da CLT, sujeitando-se à
multa prevista no artigo 201 desta mesma legislação.

ual o Mandato da CIPA?

O mandato dos membros titulares da CIPA é de um ano e aqueles que faltarem a quatro reuniões ordinárias sem
justificativa perderão o cargo, sendo substituídos pelos suplentes. Não é válida, como justificativa, a alegação de
ausência por motivo de trabalho.
Os representantes dos empregados titulares da CIPA não podem sofrer demissão arbitrária entendendo -se como tal a
que não se fundamentar em motivo disciplinar, técnico ou econômico. Esta garantia no emprego é assegurada ao
cipeiro desde o momento em que o empregador tomar conhecimento da sua inscrição de candidatos às eleições da
CIPA e prolonga-se até um ano após o término do mandato.

Os cipeiros não podem também ser transferidos para outra localidade a não ser que concordem expressamente. A
reeleição deve ser convocada pelo empregador, com um prazo mínimo de 45 dias antes do término do mandato e
realizada com antecedência de 30 dias em relação ao término do atual mandato. Os membros da CIPA eleitos e
designados para um novo mandato serão empossados automaticamente no primeiro dia após o término do mandato
anterior.

uais as atribuições da CIPA?

€ Investigar e analisar os acidentes ocorridos na empresa.


€ Sugerir as medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias por iniciativa própria ou sugestão de outros
empregados e encaminhá-las ao presidente e ao departamento de segurança da empresa.
€ Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança, ou ainda, de regulamentos e
instrumentos de serviço emitidos pelo empregador.
€ Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT).
€ Sugerir a realização de cursos, palestras ou treinamentos, quanto à engenharia de segurança do trabalho, quando
julgar necessário ao melhor desempenho dos empregados.
€ Registrar nos livros próprios as atas de reuniões ordinárias e extraordinárias e enviar cópia ao departamento de
segurança.
€ Preencher ficha de informações sobre situação da segurança na empresa e atividades da CIPA e enviar para o
Ministério do Trabalho. Preencher ficha de análise de acidentes. Deve ser enviada cópia de ambas as fichas ao
departamento de segurança da empresa. O modelo destas fichas pode ser enc ontrado em qualquer DRT.
€ Elaborar anualmente o Mapa de Riscos da empresa.

ual tarefa dos cipeiros eleitos?

O presidente da CIPA deve coordenar todas as atribuições citadas anteriormente. Ele deve presidir as reuniões e é
responsável pela convocação dos cipeiros. Pode determinar tarefas aos membros da comissão, isoladamente ou em
grupos de trabalho. Além disso, deve promover o bom relacionamento da CIPA com o departamento de segurança e
com os demais setores da empresa. O vice-presidente, por sua vez, deve executar as atribuições que lhe forem
delegadas e substituir o presidente em suas faltas ocasionais.

Ao secretário da CIPA, cabe elaborar as atas de eleições, da posse e das reuniões e manter o arquivo e o fluxo de
correspondência atualizada. Os demais membros da CIPA devem participar das reuniões, investigar e analisar os
acidentes ocorridos, sugerindo medidas preventivas e realizar inspeções nos locais de trabalho. Além disso, têm a
obrigação de promover a divulgação de princípios e normas de segurança junto aos demais trabalhadores e atuar
como porta-vozes dos problemas de segurança comunicados pelos empregados. Para o empregador a tarefa é
simples: deve prestigiar integralmente a CIPA.

O que é SIPATs - Semana Interna de Prevenção de Acidentes?

Uma das principais atribuições das CIPAS é promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes
(SIPAT). A maioria das empresas opta pela realização das SIPATs no segundo semestre pelo fato de se possuir um
maior número de informações sobre as condições de segurança, como por exemplo as estatísticas de acidentes do
ano anterior.

Pelo menos 30 dias antes da realização da Semana, uma comissão deve ser criada para elaborar a programação a ser
desenvolvida.
Simulações, competições esportivas e peças de teatro são algumas das práticas que vem sendo utilizadas nas
empresas para realizar SIPATs criativas e realmente participativas.

Mapa de riscos

O Diário Oficial da União de 20 de agosto de 1992 publicou uma portaria do Departamento Nacional de Segurança e
Saúde do Trabalhador (DNSST) implantando a obrigatoriedade da elaboração de mapas de riscos pelas Comissões
Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAS) nas empresas. Essa portaria entrou em vigor em dezembro último. O
mapa é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das empresas.

Trata-se de identificar situações e locais potencialmente perigosos. A partir de uma planta baixa de cada seção são
levantados todos os tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande. Estes tipos são
agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho, verde, marrom, amarelo e azul. Cada grupo
corresponde a um tipo de agente: químico, físico, biológico, ergonômico e mecânico. A idéia é que os funcionários de
uma seção façam a seleção apontando aos cipeiros os principais problemas da respectiva unidade. Na planta da
seção, exatamente no local onde se encontra o risco (uma máquina, por exemplo) deve ser colocado o círculo no
tamanho avaliado pela CIPA e na cor correspondente ao grau de risco.

O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos trabalhadores sobre os perigos existentes naquela
área. Os riscos serão simbolizados por círculos de três tamanhos distintos: pequeno, com diâmetro de 2,5 cm; médio,
com diâmetro de 5 cm; e grande, com diâmetro de 10 cm.
A empresa receberá o levantamento e terá 30 dias para analisar e negociar com os membros da CIPA ou do Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), se houver, prazos para providenciar as
alterações propostas. Caso estes prazos sejam descumpridos, a CIPA deverá comunicar a Delegacia Regional do
Trabalho.

O que é PCA

Conservação auditiva implica na prevenção da audição do indivíduo, sendo ele portador ou não da perda auditiva. Este
programa tem como objetivo prevenir ou estabilizar as perdas auditivas ocupacionais em decorrência de um processo
contínuo e dinâmico de implantação de rotina nas empresas.

O PCA (Programa de Conservação Auditiva) é um conjunto de medidas técnicas simplificadas ou administrativas,


distribuídas e mantidas ao longo do tempo, que agindo de forma integrada e complementar entre si, pode servir de
substituto temporário a modernização tecnológica e melhoria das condições de trabalho como um todo.

O fonoaudiólogo exerce um papel importante em decorrência do contato individual com o trabalhador, realizando
avaliação auditiva (audiometria), informado a eficácia do programa, bem como dando esclarecimentos sobre os efeitos
do ruído e as formas de pr evenção, e principalmente o uso do EPI ou EPA.

O local adequado para se implantar este programa deve ser indicado, ou seja, direcionado por uma equipe como
médico, fonoaudiólogo e profissionais da área de segurança do trabalho, quanto maior for o tempo, melhor será a
extensão do PCA. Nesta indicação devem estar contidos os geradores de ruído, como máquinas e equipamentos.

Atualmente, muitas empresas possuem este tipo de programa com a finalidade de prevenir a saúde auditiva dos seus
funcionários. Podemos referenciar o Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, onde acadêmicos de
Fonoaudiologia, sob a orientação de uma fonoaudióloga, exercem atividades como:

1.Avaliação e monitoramento do ruído;


2.Avaliação e monitoramento da audição;
3.Orientações sobre o uso dos protetores auriculares;
4.Palestras educativas sobre a prevenção auditiva.

Portanto, os programas de conservação auditiva devem ser coordenados por profissionais da área médica, por
fonoaudiólogos, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, sendo necessário o intercâmbio das informações
adequadas ao sucesso do programa.

O que é o Programa de Proteção Respiratória ?

Programa de Proteção Respiratória (PPR), conforme Instrução Normativa da


Portaria 3214/78 do MTE.

O programa de proteção respiratória serve para que o empresário tenha certeza de que o seu funcionário está
saudável hoje e que continuará no futuro também.

É obrigatório para as empresas em que temos trabalhadores em ambientes com material em suspensão
(aerodispersóides) e considerados prejudiciais à saúde.

Objetivos

Manter o controle para o correto uso de protetores das vias aéreas (respiratórias), e dos funcionários envolvidos em
ambientes contendo elementos em suspensão (aerodispersóides, névoas, fumos, radionuclídeos, neblina, fumaça,
vapores, gases) que provoquem danos às vias aéreas (pulmão, traquéia, fossas nasais, faringe).

Utilizam-se protetores quando ocorrem emergências, quando medidas de controle coletivo não são viáveis, ou
enquanto não estão sendo implantadas ou estão em fase de implantação.

Responsabilidades

O administrador da empresa é o principal responsável por tudo que ocorrer dentro da mesma, seja por culpa
(contratual, extracontratual ou aquiliana, "in eligendo", "in vigilando", "in committendo", "in omittendo", "in custodiendo",
"in concreto" ou "in abstracto") , dolo, imprudência ou negligência.

É o administrador que poderá realizar alterações no programa de proteção respiratória.


O Engenheiro do Trabalho, Médico Ocupacional ou Técnico de Segurança do Trabalho se constituem nos
responsáveis pelo acompanhamento das atividades e sua implantação efetiva.
De acordo com a Portaria número 1 de 11 de Abril de 1994, emitida pelo Ministério do Trabalho, cujo conteúdo
estabelece um regulamento técnico sobre uso de equipamentos de proteção respiratória, todo empregador deverá
adotar um conjunto de medidas com a finalidade de adequar a utilização de equipamentos de proteção respiratória -
EPR, quando necessário para complementar as medidas de proteção eletivas implementadas, ou com a finalidade de
garantir uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos existentes nos ambientes de trabalho.


BE°E°O - É UM HIDROCARBONETO AROMÁTICO QUE SE APRESENTA COMO UM LÍQUIDO


INCOLOR, LIPOSSOLÚVEL, VOLÁTIL, INFLAMÁVEL, DE ODOR CARACTERÍSTICO, PE RCEPTÍVEL A
CONCENTRAÇÕES DA ORD EM DE 12 PPM, CUJA FÓRMULA MOLECULAR É C6H6 (FUNDACENTRO
1993). REGISTRO CAS N.71-43-2, REGISTRO ONU N.11 14.

BE°E°ISMO - CONJUNTO DE SINAIS, SINTOMAS E COMPLICAÇÕES, DECORRENTES DA


EXPOSIÇÃO AGUDA OU CRÔNICA AO HIDROCARBON ETO AROMÁTICO, BENZENO. AS COMPLICAÇÕES
PODEM SER AGUDAS , QUANDO DE EXPOSIÇÃO A ALTAS CONCENTRAÇÕES COM PRESENÇA DE
SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS, OU CRÔ NICAS, COM SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS DIVERSOS ,
PODENDO OCO RRER COMPLICAÇÕES A MÉDIO OU A LONGO PRA ZO LOCALIZADAS PRINCIPALMENTE
NO SISTEMA HEMATOPOÉTICO.

EXPOSIÇÃO OCUPACIO°AL AO BE°E°O - PRI°CIPAIS O°TES:


Siderurgias;

Indústrias do petróleo;

Indústrias petroquímicas;

Indústrias químicas que utilizam o benzeno em processo de síntese química;

Laboratórios de análise química;

Postos de gasolina e mecânicos de automóveis.

Atividades que usam gasolina como solvente.

EEITOS AGUDOS: O benzeno é um irritante moderado das mucosas e sua aspiração em altas concentrações
pode provocar edema pulmonar. Os vapores são, também, irritantes para as mucosas oculares e respiratórias.

A absorção do benzeno provoca efeitos tóxicos para o sistema nervoso central causando de acordo com a
quantidade absorvida, narcose e excitação seguida de sonolência, tonturas, cefaléia, náuseas, taquicardia,
dificuldade respiratória, tremores, convulsões, perda da consciência e morte.

EEITOS CRÔ°ICOS: PRI°CIPAIS AGRAVOS À SAÚDE

ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS: Vários tipos de alterações sangüíneas, isoladas ou associadas, estão


relacionadas à exposição ao benzeno. Devidas à lesão do tecido da medula óssea (local de produção de células
sangüíneas), essas alterações correspondem, sobretudo a Hipoplasia, Displasia e Aplasia.

O aparecimento de macrocitose, pontilhado basófilo, hiposegmentação dos neutrófilos (pseudo Pelger),


eosinofilia, linfocitopenia e macroplaquetas são alterações precocemente apreciadas na toxicidade benzênica
(Ruiz 1988, 1993).

Alterações neuro-psicológicas e neurológicas: São observadas alterações como: atenção, percepção,


memória, habilidade motora, viso-espacial, viso-construtiva, função executiva, raciocínio lógico, linguagem,
aprendizagem e humor.
Outras Alterações: Foram observadas alterações cromossômicas numéricas e estruturais em linfócitos e
células da medula óssea de trabalhadores expostos ao benzeno. É possível fazer avaliação de danos
cromossomiais através de técnicas citogenéticas.

Toxicocinética

NA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO A PRINCIPAL VIA DE ABSORÇÃO É A VIA RESPIRATÓRIA.


EM ALGUNS LOCAIS DE TRABALHO, A ABSORÇÃO CUTÂNEA DE BENZENO PODE CONTRIBUIR
SIGNIFICATIVAMENTE PARA A DOSE DE EXPOSIÇÃO.

Devido a sua lipossolubilidade, o benzeno armazena-se preferencialmente no tecido adiposo. Uma proporção
de 10 a 50% do benzeno absorvido , dependendo da dose, da atividade metabólica e da quantidade de lipídeos
presentes no organismo, é eliminada em sua forma inalterada através do ar expirado e cerca de 0,1% é
excretado inalterado na urina. A fração remanescente é biotransformada, principalmente no fígado, em
derivados hidroxilados que são excretados na urina na forma de metabólitos conjugados ou produtos de anéis
abertos (Fig.1).

Via metabólica do benzeno (Sherer, c)


Indicador biológico de exposição

CO°CEITO: INDICADOR BIOLÓGICO DE EXPOSIÇÃO É UMA SUBSTÂNCIA QUÍMICA, ELEMENTO


QUÍMICO, ATIVIDADE ENZIMÁTICA OU CONSTITUINTE DO ORGANISMO CUJA CONCENTRAÇÃO (OU
ATIVIDADE) EM FLUIDO BIOLÓGICO (SANGUE, URINA, AR EXALADO) OU EM TECIDOS, POSSUI
RELAÇÃO COM A EXPOSIÇÃO AMBIENTAL A DETERMINADO AGENTE TÓXICO. A SUBSTÂNCIA OU
ELEMENTO QUÍMICO DET ERMINADO PODE SER PRODUTO DE UMA BIOTRAN SFORMAÇÃO OU
ALTERAÇÃO BIOQUÍMICA PRECOCE DECORRENTE DA INTRODUÇÃO DESTE AGENTE TÓXICO, NO
ORGANISMO. PARA OS AGENTES QUÍMICOS PRECONIZADOS NA NR7, É DEFINIDO O ÍN DICE
BIOLÓGICO MÁXIMO PERMITIDO (IBMP) QUE É ³O VALOR MÁXIMO DO I NDICADOR BIOLÓGICO P ARA O
QUAL SE SUPÕE QUE A MAIORIA DAS PESSOAS OCUPACIONALMENTE EXPOSTAS NÃO CORRE RISCO
DE DANO À SAÚDE. A ULTRAPASSAGEM DESTE VALOR SIGNIFICA EXPOSIÇÃO EXCESSIVA$. ESTE
VALOR (IBMP) DEVE TER CORRELAÇÃO COM A C ONCENTRAÇÃO DO AGENT E QUÍMICO NO AMBIENT E
DE TRABALHO, DEFINIDA COMO LIMITE DE TOL ERÂNCIA OU LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL.

A ADOÇÃO DO VRT (VAL OR DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICO) TRAZ A NEC ESSIDADE DE REAVALIAR O


CONCEITO DE IBMP PARA O IBE AO BENZENO. O VRT É BASEADO PRINCIPALMENTE NA
EXEQÜIBILIDADE TECNOLÓGICA E FORAM ESTABELECIDOS VALORES DISTINTOS PARA DIFERENTES
RAMOS INDUSTRIAIS. O CUMPRIMENTO DO VRT É OBRIGATÓRIO, MAS NÃO EXCLUI RISCO À SAÚDE.
POR ISSO, PARA O BENZENO NÃO FAZ SENTIDO O ESTABELECIMENTO DE ÍNDICE BIOLÓGICO
MÁXIMO PERMITIDO.

Na Alemanha, onde se utiliza TRK, valor técnico de concentração ambiental para substâncias carcinógenas,
base conceitual do VRT, não se estabelecem valores limite para IBEs de substâncias carcinógenas ou
mutagênicas. São apresentadas no entanto, listas de concentrações dos IBEs em fluidos biológicos
equivalentes a diferentes valores de concentração ambiental, para que sirvam de guia na investigação da
exposição do trabalhador a esses agentes.

No Brasil, também está sendo adotado este conceito. Deverão ser estabelecidas concentrações equivalentes
dos IBEs com a concentração ambiental do benzeno.

Portanto, este protocolo não trata somente da introdução de um novo IBE para o benzeno, mas também da
modificação da maneira de se interpretar os resultados obtidos.

DA I°DICAÇÃO DO ÁCID O TRA°S, TRA°S-MUCÔ°ICO

A MONITORIZAÇÃO BIOL ÓGICA DA EXPOSIÇÃO AO BENZENO PODE SER REALIZADA ATRAVÉS DE


DIFERENTES INDICADORES, QUE VÃO DESDE AQUELES COM MEIA VIDA BIOL ÓGICA CURTA COMO O
BENZENO NO AR EXALADO OU SEUS METABÓLITOS URINÁRIOS, ATÉ OS ADUTORES FORMADOS A
PARTIR DE PROTEÍNAS DO SANGUE E MOLÉCULAS DE DNA QUE PODEM P ERSISTIR POR MESES NO
ORGANISMO HUMANO.

O desenvolvimento de metodologias analíticas vem oferecendo a possibilidade de avaliar uma série de


indicadores biológicos de exposição. Dentre os mais estudados, podemos destacar: os ácidos trans,trans-
mucônico e fenil mercaptúrico urinários, e o benzeno inalterado no ar exalado, na urina e no sangue.

A concentração do metabólito urinário corresponde a um valor médio ponderado, em relação ao período da


exposição, ao momento da coleta e ao tempo de biotransformação da substância. Sendo a urina um fluido
biológico que pode ser coletado através de processo não invasivo, e recomendada neste protocolo.

Entre os indicadores biológicos urinários preconizados para avaliar a exposição ocupacional ao benzeno em
baixos níveis de concentração no ar, o AttM-U é o de mais fácil determinação analítica, e por isto foi decidido
pela CNP-Bz recomendá-lo como IBE ao benzeno.

Características do Ácido trans,trans-mucônico A PRIMEIRA ETAPA NO PROCESSO DE


BIOTRANSFORMAÇÃO DO BENZENO OCORRE COM A FORMAÇÃO DO EPÓXIDO DE BENZENO,
ATRAVÉS DE UMA OXIDASE MICROSSOMAL DE FUNÇÃO MISTA, MEDIADA PELO CITOCROMO P-450. A
PARTIR DAÍ, DUAS VIAS METABÓLICAS SE APRESENTAM: A HIDROXILAÇÃO DO ANEL AROMÁTICO OU
A SUA ABERTURA COM A FORMAÇÃO DO ÁCIDO TR ANS,TRANS-MUCÔNICO (ATTM) (BAR BOSA,
1997). PARA A AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL DE INDIVÍDUO S COM TURNOS DE
TRABALHO DE SEIS A OITO HORAS, A BIOTRANSFORMAÇÃO DO BENZENO EM ÁCIDO TRANS,TRANS-
MUCÔNICO FORNECE UMA CONCENTRAÇÃO MÁXIMA DO PRODUTO A PARTIR DE
APROXIMADAMENTE 5,1 HORAS APÓS O INICIO DA EXPOSIÇÃO, SENDO QUE CERCA DE 2 A 3,9% DO
BENZENO ABSORVIDO É EXCRETADO PELA URINA NA FORMA DE ATTM (CO UTRIM ET AL., 2000;
BOOGAARD & SITTERT, 1995)

PROCEDIME°TOS DE COL ETA


AS AMOSTRAS DE URINA DEVEM SER COLETADAS EM COLETORES UNIVERSAIS DE PLÁSTICO, DE 50
ML, NO T ÉRMINO DA JORNADA DE TRABALHO. PARA JORNADAS DE SEIS A OITO HORAS DIÁRIAS DE
TRABALHO, COLETAR A URINA A PARTIR DO TE RCEIRO DIA SEGUIDO D E EXPOSIÇÃO. OS FRASCOS
DEVEM SER IMEDIATAMENTE FECHADOS E MANTIDOS SOB REFRIGERAÇÃO (4O C) ATÉ NO MÁXIMO
UMA SEMANA.

Em situações de jornadas diferentes das anteriores ou situações de acidentes, deverão ser definidos critérios
específicos de coleta, tecnicamente justificados.

Transporte das amostras

AS AMOSTRAS DEVEM SER MA°TIDAS RERIGERADAS E DEVEM SER E°VIADAS O MAIS RÁPIDO
POSSÍVEL AO LABORATÓRIO

Armazenagem

BARBOSA (1997) MOSTROU A ESTABILIDADE DAS AMOSTRAS REFRIGERADAS A -20ºC (MENOS VINTE
GRAUS CELSIUS) POR UM PERÍODO DE ATÉ DEZ SEMANAS. COSTA (2001) INDICOU QUE A AMOS TRA
NÃO SOFRE ALTERAÇÃO POR UM MÊS, A ESTA TEMPERATURA. DE ACORDO COM OS ACHADO S DE
MARTINS, I. (1999) E M ESTUDOS DE ESTABILIDADE DO ATTM -U, OS RESULTADOS MOSTRARAM QUE
NO INTERVALO ANALISADO (0,2 ± 2,0 MG/L) A CONCENTR AÇÃO DE 0,2 MG/L MOS TROU-SE ESTÁVEL
SOMENTE POR SEIS SEMANAS; A PARTIR DA SÉTIMA SEMANA, O VALOR JÁ SE ENCONTRAVA FORA
DO GRÁFICO DE CONTRO LE. JÁ PARA A CONCENTRAÇÃO DE 2,0 MG/L, A ESTABILIDADE FOI DE
QUINZE SEMANAS, PERMANECENDO O ANALÍTO ESTÁVEL. ESTE AUTOR TAMBÉM EXAMINOU A
ESTABILIDADE POR UM PERÍODO DE DEZ DIAS EM AMOSTRAS CONSERVADAS A 40 C E OS
RESULTADOS MOSTRARAM QUE O ANALÍTO PERMANECEU ESTÁVEL DURANTE ESTE PERÍODO PARA
AS CONCENTRAÇÕES ESTUDADAS. DESTES FATOS, JULGAMOS PRUDENTE QUE SE ARMAZENE A
AMOSTRA DE URINA A 4 0 C POR UM PERÍODO DE NO MÁXIMO SETE DIAS ANTES DA ANÁLISE. SE NÃO
FOR POSSÍVEL A ANÁLISE DAS AMOSTRAS, NO PRAZO DE UMA SEMANA, ELAS DEVEM SER
REFRIGERADAS A ±20O C (MENOS VINTE GRAUS CELSIUS), POR NO MÁX IMO UM MÊS. Análise
química

RECOMENDA-SE A DETERMINAÇÃO DO ATTM-U SEGUNDO METODOLOGI A CROMATOGRÁFICA


BASEADA NOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DESENVOLVIDOS POR DUCOS ET AL. (1990),
PODENDO SE INTRODUZI R MODIFICAÇÕES, COMO APRESENTADO POR COSTA (2001).

O laboratório deve ter um método padronizado, validado e participar de programa de controle de qualidade
interlaboratorial e intralaboratorial para garantia da confiabilidade analítica de seus resultados.

Interferentes

O ATTM-U É UM INDICADOR SEN SÍVEL, MAS DE ESPECIFICIDADE MÉDIA. A SUA CONCENTRAÇÃO É


INFLUENCIADA PELO HÁ BITO DE FUMAR, QUANDO OCORRE EXPOSIÇÃO SIMULTÂNEA AO TOLUENO
OU PELA INGESTÃO DE ÁCIDO SÓRBICO E SEUS SAIS PRESENTES NA ALIMENTAÇÃO (DUCOS ET AL.,
1990; INOUE ET AL., 1989; RUPPERT ET AL., 1997; MAESTRI ET AL., 1996; KOK & ONG, 1994). HÁ
SUSPEITAS QUE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS (HPAS) TAMBÉM INTERFEREM
NESTA AVALIAÇÃO (KIVISTÖ ET AL., 1997). EM TRABALHADORES NÃO OCUPACIONALMENTE
EXPOSTOS AO BENZENO, A CONCENTRAÇÃO DO AT TM-U ESTÁ ABAIXO DE 0,5 MG/G CREATININA. A
PRESENÇA DO ATTM-U (ABAIXO DE 0,5 MG/G CREATININA) EM PESSOAS NÃO OCUPACIONALMENTE
EXPOSTAS É ATRIBUÍDA GERALMENTE A AMPLA POLUIÇÃO AMBIENTAL PELO BENZENO QUE SURGE
DE FONTES TAIS COMO HÁBITO DE FUMAR E OUTROS PROCESSOS DE COMBUSTÃO, POLUIÇÃO
URBANA PELOS AUTOMÓVEIS E PROVAVELMENTE CONTAMINAÇÃO DE ALIM ENTOS PELO ÁCIDO
SÓRBICO UM PRESERVATIVO E AGENTE FUNGISTÁTICO MUITO COMUM EM A LIMENTOS (QUEIJO,
CARNES, PEIXE DESIDRATADO, VEGETAIS EM CONSERVA, BEBIDAS, ETC) QUE É TAMBÉM
CONVERTIDO AO ATTM, EMBORA EM QUANTIDADES TRAÇOS. NESTA SITUAÇÃO SUGERE-SE A
COLETA DE URINA MUIT AS HORAS APÓS A ÚLTIMA REFEIÇÃO O QUE PERMITIRIA IGNORAR UM
POSSÍVEL EFEITO ADITIVO DO ATTM-U DECORRENTE DA INGE STÃO DO ÁCIDO SÓRBIC O.

Correção de resultados

OS RESULTADOS DEVERÃO SER AJUSTADOS PELA CONCENTRAÇÃO DE CREA TININA NA URINA, E


EXPRESSOS EM MILIGRAMAS POR GRAMA DE CREATININA.

Interpretação dos resultados

OS VALORES DE ATTM-U ACIMA DOS VALORES DE REFERÊNCIA OBTIDOS A PARTIR DE UMA


AMOSTRAGEM DE UMA POPULAÇÃO SADIA, NÃO OCUPACIONALMENTE EXPOSTA AO BENZENO,
PODEM INDICAR PROVÁV EL EXPOSIÇÃO DO TRABALHADOR A ESTA SUBSTÂNCIA. DESTA FORMA
DEVE-SE INVESTIGAR O LOCAL DE TRABALHO E COMO ESTÃO SENDO REALIZADAS AS TAREFAS,
PARA IDENTIFICAR AS POSSÍVEIS CAUSAS DE SOBRE EXPOSIÇÃO. VALORES ACIMA DOS
CORRESPONDENTES AOS VRT INDICAM QUE O AM BIENTE DE TRABALHO NÃO ESTÁ EM
CONFORMIDADE COM O P RECONIZADO NO ANEXO 13A.

Os resultados de muitos trabalhos realizados em ambientes onde não há exposição ocupacional ao benzeno,
têm mostrado dados bastante variados de AttM-U em populações de fumantes e não fumantes. A tabela abaixo
demonstra esta situação:

Tabela ± Dados encontrados na literatura para concentração de AttM-U, em fumantes e não fumantes de
população não exposta ao benzeno

ÁCIDO TRANS,TRANS-MUCÔNICO
Referência bibliográfica
FUMANTES NÃO FUMANTES
0,075 mg/g* (0,025-0,175) 0,025 mg/g* Javelaud et al. (1998)
0,09 mg/g* O,05 mg/g* Ruppert et al. (1995)
0,25 mg/l** (0,06-0,43) 0,13 mg/l** (0,03-0,33) Lee et al. (1993)
0,207 mg/g* (média 20 cigarros) 0,067 mg/g* Maestri et al. (1995)
0,19 mg/g* 0,14 mg/g* Ong et al. (1994a)
* mg/g = miligrama de ácido trans,trans mucônico por grama de creatinina
** mg/l = miligrama de ácido trans,trans mucônico por litro de urina

Para se fazer as correlações dos resultados das análises de AttM-U com a concentração de benzeno no ar,
deverão ser utilizados os valores de correlação abaixo, estabelecidos pelo DFG (1996), com alteração dos
resultados em mg/l para mg/gramas de creatinina, que foram feitas admitindo-se uma concentração média de
1,2 grama de creatinina por litro de urina.

Tabela ± Correlação das concentrações de AttM-U com benzeno no ar, obtidas a partir dos valores
estabelecidos pelo DG (c), corrigidos para grama/grama de creatinina (admitida concentração média
de c,2 grama de creatinina por litro de urina)

Ac. t,t mucônico (urina) Ac. t,t mucônico (urina)


Benzeno no Ar (ppm) Benzeno no Ar (mg/m3)
(mg/l) (mg/grama creatinina)
0,3 1,0 - -
0,6 2,0 1,6 1,3
0,9 3,0 - -
1,0 3,3 2 1,6
2 6,5 3 2,5
4 13 5 4,2
6 19,5 7 5,8
icha de notificação de elevação do indicador biológico de exposição do benzeno acima da normalidade:

Nome da empresa
Endereço
Município Estado
CEP Tel.:
Data da anormalidade verificada:
Tipo de indicador biológico de exposição utilizado
Valor encontrado Valor de normalidade
Nome do trabalhador
Função do trabalhador
Setor de atividade
Atividade realizada previamente o
achado de anormalidade
Investigações proferidas ao caso para
sua avaliação pelo setor competente
Nome dos demais trabalhadores
envolvidos nesta mesma atividade
Condutas estabelecidas para os
trabalhadores envolvidos na atividade
de risco
Condutas estabelecidas ou a serem
estabelecidas no ambiente de trabalho
para melhoria das condições de
exposição ao benzeno
Observações
Data - __/__/__ Assinatura do profissional responsável
carimbo legível

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