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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Prefeitura Municipal de Pedro Osório

CÓDIGO MUNICIPAL
DE MEIO AMBIENTE

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ÍNDICE

TITULO I 4
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 4
CAPITULO I 4
DAS NORMAS GERAIS 4
CAPITULO II 5
DOS PRINCIPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO 5
AMBIENTE
SEÇÃO I 5
Dos Princípios 5
SEÇÃO II 5
Das Diretrizes 5
SEÇÃO III 6
Dos Objetivos 6

TITULO II 8
DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 8
CAPÍTULO I 8
DA INSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO 8
SEÇÃO I 8
DA INSTITUIÇÃO 8
SEÇÃO II 8
DA COMPOSIÇÃO 8
CAPITULO II 9
DA COMPETENCIA E ATRIBUIÇÕES 9
SEÇÃO I 9
DO CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 9
SEÇÃO II 12
DO ÓRGÃO AMBIENTAL MUNICIPAL 12
SEÇÃO III 13
DOS ORGÃOS SETORIAIS 13

TITULO III 13
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 13
CAPÍTULO I 13
DOS INSTRUMENTOS 13
SEÇÃO I 13
Do Planejamento Ambiental 13
SEÇÃO II 14
Da Legislação Municipal Sobre Meio Ambiente 14
SEÇÃO III 14
Da Instituição de Espaços Protegidos 14
SUB-SEÇÃO I 15
Das Unidades de Conservação 15
SUB-SEÇÃO II 16
Das Áreas de Preservação Permanente 16
SUB-SEÇÃO III 16
Das Áreas de Proteção Histórica, Artística e Cultural 16
SUB-SEÇÃO IV 16
Da Reserva Legal 16

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SEÇÃO IV 17
Dos Incentivos 17
SEÇÃO V 17
Da Educação Ambiental 17
CAPÍTULO II 18
DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 18
SEÇÃO I 18
Do Objetivo 18
SEÇÃO II 19
Da Aplicação dos Recursos do Fundo 19
SEÇÃO III 21
Da Administração do Fundo 21
SEÇÃO IV 23
Dos Procedimentos Contábeis e da Prestação de Contas 23
SEÇÃO V 23
Das Despesas, Ativos e Passivos do Fundo 23
SEÇÃO VI 24
Da Extinção, Demonstrativos Financeiros e Regulamentações 24
CAPITULO III 24
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL 24
SEÇÃO I 24
Da Obrigatoriedade 24
SEÇÃO II 25
Dos Instrumentos do Sistema de Licenciamento Ambiental 25
SUB-SEÇÃO I 25
Das Licenças Ambientais 25
SUB-SEÇÃO II 31
Da Autorização Ambiental 31
SUB-SEÇÃO III 32
Da Certidão Ambiental 32
SUB-SEÇÃO IV 32
Da Declaração Ambiental 32
SUB-SEÇÃO V 32
Da Licença Especial 32
SUB-SEÇÃO VI 33
Do Alvará Florestal 33
SEÇÃO III 36
Da Taxa de Licenciamento Ambiental 36
SEÇÃO IV 37
Da Isenção de Licenciamento 37
SEÇÃO V 37
Da Publicidade 37
SEÇÃO IV 38
Da Fiscalização do Licenciamento Ambiental 38
SEÇÃO VII 39
Das Imposições 39
CAPÍTULO IV 39
DAS SANÇÕES APLICAVEIS ÀS CONDUTAS E ATIVIDADES LESIVAS AO MEIO 39
AMBIENTE
SEÇÃO I 39
Dos Procedimentos 39

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SEÇÃO II 39
Do Auto de Infração 39
SEÇÃO III 41
Da Defesa, do Recurso e do Julgamento 41
SEÇÃO IV 44
Da Reincidência 44
Disposições Finais
ANEXO I 46
ANEXO II 47
ANEXO III 48
ANEXO IV 49
ANEXO V 51
ANEXO VI 52

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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 03/2017.

“Institui o Código de Meio Ambiente do Município de Pedro Osório

e dá outras providências”.

MOACIR OTÍLIO ALVES, Prefeito Municipal de Pedro Osório, Estado do Rio Grande do
Sul, no uso de suas atribuições legais,

FAZ SABER que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e ele sanciona e promulga a
seguinte Lei Municipal:

TITULO I

DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I

DAS NORMAS GERAIS

Art. 1º. Esta Lei Complementar estabelece as bases normativas para a Política Municipal do
Meio Ambiente, cria o Sistema Municipal do Meio Ambiente - SIMMA, para a administração
da qualidade ambiental, a proteção, o controle, o desenvolvimento e o uso adequado dos
recursos naturais do Município de Pedro Osório.

Art. 2º. A Política Municipal do Meio Ambiente, tem como objetivo geral, respeitadas as
competências da União e do Estado, manter equilibradamente o meio ambiente, considerando
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, razão pela qual se impõe ao
Poder Público o dever de defendê-lo, preservá-lo e recuperá-lo, para as presentes e futuras
gerações.

Art. 3º. O Município tem competência legislativa, na forma prevista na Constituição Federal e
na legislação infraconstitucional, em relação ao meio ambiente, à gestão ambiental, à criação de
espaços protegidos, ao licenciamento e à imposição de penalidades a infrações ambientais de
interesse local, observadas as competências da União e do Estado.

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CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE


MEIO AMBIENTE

SEÇÃO I

DOS PRINCÍPIOS

Art. 4º. Para a consecução dos seus objetivos, a Política Municipal do Meio Ambiente de Pedro
Osório, observará os seguintes princípios:

I. Exploração e utilização racionais dos recursos naturais, de modo a não


comprometer definitivamente o equilíbrio ecológico;
II. Desenvolvimento local fundamentado na sustentabilidade ambiental, social e
econômica;
III. Respeito aos acordos e convenções internacionais, de que o Brasil for signatário,
sobre matéria ambiental;
IV. Ação municipal na manutenção da qualidade ambiental, tendo em vista o uso
coletivo, promovendo a proteção, o controle, a recuperação e a melhoria do meio
ambiente;
V. Proteção dos ecossistemas do Município e seus componentes representativos,
mediante planejamento, zoneamento e controle das atividades potencial ou
efetivamente degradadoras.

SEÇÃO II

DAS DIRETRIZES

Art. 5º. São diretrizes para a proteção e melhoria da qualidade ambiental:

I. A compreensão do meio ambiente em sua totalidade, considerando a


interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o
enfoque da sustentabilidade e o controle da qualidade ambiental, abrangendo todos
os tipos de poluição, incluindo a sonora e a visual;
II. A integração do Poder Público com o setor econômico, as Organizações da
Sociedade Civil e representantes da comunidade, na Gestão Ambiental do
Município;
III. A incorporação da dimensão ambiental em toda e qualquer atividade que se exerça
no Município, independentemente de sua natureza;

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IV. A promoção de incentivos a fim de estimular as ações para manter o equilíbrio


ecológico;
V. A articulação e integração de atividades da Administração Pública, relacionadas com
o meio ambiente, em todos os níveis de decisão;
VI. A promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino, bem como a
participação da comunidade, através das suas organizações, visando à
compatibilização do desenvolvimento com a manutenção da qualidade ambiental;
VII. O acesso à informação ambiental, para propiciar a participação da comunidade no
processo de tomada de decisões;
VIII. A inclusão de representantes de interesses econômicos, de organizações não
governamentais e de comunidades tradicionais na prevenção e solução dos
problemas ambientais;
IX. Incentivo e apoio a projetos ligados à proteção ambiental, sediadas no Município;
X. A prevenção de riscos de acidentes das instalações e atividades de significativo
potencial poluidor;
XI. A garantia de níveis crescentes da saúde através do provimento de infraestrutura
sanitária e de condições de salubridade das edificações, vias e logradouros públicos;
XII. O estímulo cultural à adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e
econômicas não prejudiciais ao meio ambiente;
XIII. Responsabilidade objetiva do poluidor ou degradador, pessoa física ou jurídica, do
Poder Público e da iniciativa privada.

SEÇÃO III

DOS OBJETIVOS

Art. 6º. A Política Municipal do Meio Ambiente tem os seguintes objetivos específicos:

I. Disciplinar e condicionar as ações do Poder Público e da coletividade, relativas ao


meio ambiente;
II. Manter ecologicamente equilibrado o meio ambiente local, entendido como os bens
e componentes naturais e culturais existentes no Município, de domínio público ou
privado, cuja proteção e preservação sejam de interesse de todos, quer por sua
vinculação histórica, quer pelo seu valor natural, urbano, paisagístico, arquitetônico,

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artístico, etnográfico, genético e sócio-econômicos, entre outros, sendo, portanto,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida;
III. Conscientizar o Poder Público, o setor privado e as organizações da sociedade civil,
assim como a todo cidadão residente no Município, quanto a obrigação de zelar e
respeitar a grande diversidade biológica, cultural e ambiental dos diversos
ecossistemas existentes no Município, cabendo a todos o dever de defender,
preservar e recuperar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras;
IV. Proporcionar a melhoria da qualidade do meio ambiente local, pelo estabelecimento
de padrões de produção e consumo de bens e serviços, metas e tecnologias
condizentes com o princípio da sustentabilidade e pela inclusão de empresas,
organizações não governamentais e representantes da comunidade na solução de
problemas ambientais junto ao Poder Público;
V. Definir áreas prioritárias para ação do Governo Municipal, visando à manutenção da
qualidade ambiental;
VI. Estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental e editar normas relativas ao
uso e manejo de recursos ambientais;
VII. Promover ações destinadas a diminuir os níveis de poluição atmosférica, hídrica, do
solo, sonora e visual;
VIII. Implantar sistema de informações sobre o Meio ambiente;
IX. Estabelecer meios para obrigar o degradador público ou privado a recuperar e ou a
indenizar os danos causados ao meio ambiente, sem prejuízo da aplicação das
sanções administrativas e penais cabíveis;
X. Assegurar a participação comunitária no planejamento, execução e vigilância das
atividades que visem à proteção, recuperação ou melhoria da qualidade ambiental;
XI. Entabular articulações com os Municípios vizinhos e limítrofes para a consecução
dos objetivos acima estabelecidos.

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TÍTULO II

DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I

DA INSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO

SEÇÃO I

DA INSTITUIÇÃO

Art. 7°. Fica instituído, no Município de Pedro Osório, o Sistema Municipal de Meio Ambiente
– SIMMA, constituído do conjunto de instituições públicas e privadas para a execução da
Política Municipal do Meio Ambiente, com integração no Sistema Nacional de Meio-Ambiente
- SISNAMA.

§ 1º - O Sistema Municipal do Meio Ambiente – SIMMA atuará com o objetivo de organizar,


coordenar e integrar as ações dos diferentes órgãos e entidades da Administração Pública
Municipal, direta e indireta, observados os princípios e as normas gerais desta Lei e demais
dispositivos legais pertinentes.

§ 2º - O Sistema Municipal do Meio Ambiente será organizado e funcionará com base nos
princípios do planejamento integrado, da coordenação intersetorial e da participação das
entidades representativas da sociedade civil, cujas atividades estejam associadas à conservação e
à melhoria do meio ambiente, conforme disposto nesta Lei.

SEÇÃO II

DA COMPOSIÇÃO

Art. 8°. Integram a estrutura institucional do Sistema Municipal do Meio Ambiente - SIMMA:

I. O Conselho Municipal de Meio Ambiente;


II. O Órgão Ambiental Municipal (Secretaria Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente);
III. Os Órgãos Setoriais da Administração Municipal;
IV. Fundo de Meio Ambiente.

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CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES

SEÇÃO I

DO CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Art. 9°.Ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - CMMA, órgão colegiado de


assessoramento, de natureza permanente, com caráter normativo, consultivo, deliberativo,
propositivo, licenciador, fiscalizador e recursal, regulamentado por esta Lei, e pelo seu
Regimento Interno, competindo-lhe:

I. Formular as diretrizes para a Política Municipal do Meio Ambiente, inclusive para


atividades prioritárias de ação do município em relação à proteção e conservação do
meio ambiente;
II. Deliberar e expedir recomendações referentes a preservação, proteção e recuperação
do meio ambiente urbano e rural;
III. Avaliar e estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e a
manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos
recursos ambientais de acordo com a legislação pertinente, supletivamente ao
Estado e à União;
IV. Exercer a ação fiscalizadora de observância às normas contidas na Lei Orgânica
Municipal e na legislação a que se refere o item anterior;
V. Colaborar, analisar e deliberar sobre os planos e os programas de expansão e
desenvolvimento, mediante recomendações referentes à proteção do patrimônio
ambiental do Município;
VI. Obter e repassar informações e subsídios técnicos relativos ao desenvolvimento
ambiental aos Órgãos Públicos, entidades públicas e privadas e a comunidade em
geral;
VII. Atuar no sentido da conscientização pública para o desenvolvimento ambiental,
promovendo a educação ambiental formal e informal, com ênfase nos problemas do
município;
VIII. Analisar e deliberar sobre as propostas do Poder Executivo Municipal, quanto à
implantação dos espaços territoriais de interesse local quanto a importância
histórica, urbanística, ambiental, turística, cultural e de utilização pública,
escolhidos para serem especialmente protegidos;

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IX. Manter intercâmbio com as entidades governamentais e não governamentais ligadas


à questão ambiental;
X. Opinar sobre qualquer matéria concernente às questões ambientais dentro do
território municipal e acionar, quando necessário, os organismos federais e
estaduais para a implantação das medidas pertinentes à proteção ambiental local;
XI. Analisar e relatar sobre os possíveis casos de degradação e poluição ambientais que
ocorram dentro do território municipal, diligenciando no sentido de sua apuração e,
sugerir ao Prefeito as providências que julgar necessárias;
XII. Incentivar a parceria do Poder Público com os segmentos privados para gerar
eficácia no cumprimento da legislação ambiental;
XIII. Opinar sobre o recolhimento, seleção, armazenamento, tratamento e eliminação do
lixo doméstico, industrial, hospitalar e de embalagens de fertilizantes e agrotóxicos
no município, bem como a destinação final dos efluentes em mananciais;
XIV. Opinar sobre a instalação ou ampliação de indústrias nas zonas de uso industrial
saturadas ou em vias de saturação;
XV. Sugerir vetos a projetos inconvenientes ou nocivos à qualidade de vida municipal;
XVI. Cumprir e fazer cumprir as leis, normas e diretrizes municipais, estaduais e federais
de proteção ambiental;
XVII. Zelar pela divulgação das leis, normas, diretrizes, dados e informações ambientais
inerentes ao patrimônio natural, cultural e artificial municipal;
XVIII. Opinar sobre o licenciamento ambiental na fase de localização, funcionamento e
ampliação de quaisquer tipos de empreendimento que possa comprometer a
qualidade do meio ambiente;
XIX. Propor a celebração de convênios, contratos e acordos com entidades públicas e
privadas de pesquisas e de atividades ligadas ao desenvolvimento ambiental;
XX. Recomendar restrições a atividades agrícolas ou industriais, rurais ou urbanas,
capazes de prejudicar o meio ambiente;
XXI. Representar ao Ministério Público sobre danos causados ou a serem causados ao
Patrimônio Municipal;
XXII. Criar mecanismos que incentivem a organização da sociedade civil em
cooperativas, associações e outras formas legais para democratizar a participação
popular no Conselho Municipal de Meio Ambiente - CMMA;

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XXIII. Gerir o Fundo Municipal de Meio Ambiente, propondo critérios para a sua
programação e avaliando os programas, projetos, convênios, contratos e quaisquer
outros atos que serão subsidiados pelo mesmo;
XXIV. Deliberar sobre a aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente,
exercer a fiscalização de sua movimentação orçamentária, e apreciar a prestação de
contas anual apresentada por seus gestores;
XXV. Fazer gestão junto aos organismos estaduais e federais quando os problemas
ambientais dentro do território municipal ultrapassar sua área de competência ou
exija medidas mais tecnológicas para se tornarem mais efetivas;
XXVI. Acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e de
desempenho dos programas a serem tomadas;
XXVII. Elaborar e aprovar seu Regimento Interno.

Art. 10. O CMMA deve ser composto, de forma paritária, por representantes do poder público
e da sociedade civil organizada, a saber: será composto por 10 (dez) conselheiros, dos quais
50% (cinqüenta por cento) serão indicados pelo Poder Público Municipal, e 50% (cinqüenta por
cento) indicados pela sociedade civil, observada a seguinte divisão:

I – Representantes do Poder Público:

a) Dois representantes da secretaria municipal de agricultura e meio ambiente;

b) Um representante da secretaria municipal de saúde;

c) Um representante da secretaria municipal de educação;

d) Um representante da secretaria municipal de obras, viação, saneamento e habitação.

II – Representantes da Sociedade Civil:

a) Um representante da EMATER/ASCAR;

b) Um representante do Sindicato Rural de Pedro Osório e Cerrito;

c) Um representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais;

d) Dois representantes da Associação Comercial e Industrial de Pedro Osório – ACIPO.

Art. 11. O Presidente é membro nato, com direito a voto de qualidade quando do eventual
empate nas deliberações.

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Art. 12. Cada membro do Conselho terá um suplente, que o substituirá em caso de
impedimento, ou qualquer ausência.

Art. 13. Os representantes do Poder Público Municipal serão indicados pelo titular de cada
Setor Municipal.

Art.14. A função dos membros da CMMA é considerada serviço de relevante valor social e não
será remunerada.

Art. 15. As sessões do CMMA serão públicas e os atos convocatórios e resoluções deverão
serão amplamente divulgados.

Art. 16. O mandato dos membros do CMMA é de dois anos, permitida uma recondução, à
exceção dos representantes do Executivo Municipal cujo mandato será o tempo em que durar a
sua nomeação.

Parágrafo único: A recondução dos conselheiros representantes da sociedade civil poderá se


dar,somente por mais um mandato consecutivo, desde que referendada pela entidade ou
segmento que representa.

Art. 17. O não comparecimento a 03 (três) reuniões consecutivas ou a 05 (cinco) alternadas


durante 12 (doze) meses, implica na exclusão do CMMA de qualquer dos seus componentes.

SEÇÃO II

DO ÓRGÃO AMBIENTAL MUNICIPAL

Art. 18. Compete ao Órgão Ambiental Municipal, sem prejuízo de outras atribuições previstas
em lei:

I. Apoiar técnica e administrativamente o Conselho Municipal do Meio Ambiente;


II. Elaborar os Termos de Referência e Pareceres Técnico ambientais, devendo
encaminhá-los ao Conselho Municipal do Meio Ambiente- CMMA, para apreciação
e deliberação;
III. Encaminhar os processos de licenciamento aos órgãos competentes do Estado ou da
União, quando for o caso;

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IV. Articular-se com organismos federais, estaduais, municipais, empresas e


organizações não governamentais, para a execução de programas relativos aos
recursos ambientais;
V. Promover a arborização dos logradouros públicos e o reflorestamento de matas
ciliares;
VI. Promover, em colaboração com os órgãos competentes, programas de educação
sanitária e ambiental;
VII. Dar apoio técnico e administrativo ao Ministério Público, nas suas ações
institucionais em defesa do meio-ambiente;
VIII. Promover a responsabilização e a reparação dos danos por infrações ambientais;
IX. Executar outras atividades correlatas.

SEÇÃO III

DOS ÓRGÃOS SETORIAIS

Art. 19. Os órgãos setoriais do Sistema Municipal do Meio Ambiente – SIMMA, correspondem
aos órgãos centralizados e descentralizados da Administração Municipal, cujas atividades
estejam, total ou parcialmente, vinculadas às de conservação, proteção e melhoria do meio
ambiente.

Art. 20. Compete aos órgãos setoriais da administração direta e indireta, sem prejuízo de outras
atribuições legais dispostas em lei específica, contribuir para a execução da Política Ambiental
do Município, através dos planos, programas, projetos e atividades que tenham repercussão no
ambiente e, ainda:

I. Contribuir para a elaboração de pareceres técnico ambientais;


II. Contribuir com informações para a manutenção do Sistema Municipal de
Informações Municipais;
III. Colaborar com os programas de educação sanitária e ambiental;
IV. Executar outras atividades correlatas.

Parágrafo único. Os órgãos da Administração Municipal deverão, em articulação com o


Conselho Municipal de Meio Ambiente - CMMA, compatibilizar suas ações, para que os seus
planos, programas, projetos e atividades estejam de acordo com as diretrizes de proteção
ambiental.

TÍTULO III

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

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CAPÍTULO I

DOS INSTRUMENTOS

Art. 21. São instrumentos da Política Municipal do Meio Ambiente, dentre outros:

I. O planejamento ambiental;
II. A legislação municipal sobre meio ambiente;
III. A instituição de espaços protegidos;
IV. Os incentivos à produção e instalação de equipamentos antipoluidores e à criação ou
absorção de tecnologias que promovam a recuperação, a preservação, a conservação e a
melhoria do meio ambiente;
V. A Educação Ambiental;
VI. O Fundo Municipal de Meio Ambiente;
VII. O licenciamento ambiental;
VIII. A fiscalização.

SEÇÃO I

DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

Art. 22. O Planejamento Ambiental deverá basear-se em diagnóstico da qualidade e


disponibilidade dos recursos naturais, tendo em vista a adoção de normas legais e de tecnologias
alternativas para a proteção do meio ambiente.

Parágrafo único. O Poder Público levará em conta peculiaridades e demandas locais, tendo em
vista a preservação do patrimônio cultural, práticas tradicionais e caráter sócio-econômico.

SEÇÃO II

DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL SOBRE MEIO AMBIENTE

Art. 23. O Conselho Municipal do Meio Ambiente – CMMA, poderá estabelecer, mediante
Resoluções, padrões mais restritivos ou acrescentar padrões não fixados pela legislação vigente,
para maior proteção ao meio ambiente, observando-se as disposições das leis Federais,
Estaduais e Municipais.

SEÇÃO III

DA INSTITUIÇÃO DE ESPAÇOS PROTEGIDOS

Art. 24. Integram os Espaços Protegidos, para fins de proteção ambiental e cultural:

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I. As Unidades de Conservação;
II. As Áreas de Preservação Permanente;
III. Área de Proteção Histórica, Artística e Cultural;
IV. Reserva Legal.

SUB-SEÇÃO I

DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Art. 25. São áreas do Município, de propriedade pública ou privada, com características
naturais de relevante valor ecológico e ambiental, destinadas ou não, ao uso público, legalmente
instituídas, com objetivos e limites definidos, sob condições especiais de administração
estabelecidas em plano de manejo, sendo a elas aplicadas garantias diferenciadas de
conservação, proteção e uso disciplinado.

Art. 26. As Unidades de Conservação são criadas por ato do Poder Público e deverão se
enquadrar numa das seguintes categorias:

I. Estação Ecológica;
II. Reserva Biológica;
III. Parque Natural Municipal;
IV. Monumento Natural;
V. Refúgio de Vida Silvestre;
VI. Áreas de Proteção Ambiental;
VII. Área de Relevante Interesse Ecológico;
VIII. Floresta Municipal;
IX. Reserva de Fauna;
X. Reserva de Desenvolvimento Sustentável;
XI. Reserva Particular do Patrimônio Natural.

§ 1º. O disposto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, Lei Federal nº


9.985/2000 e no Decreto Federal nº 4.340/2002, aplicam-se às Unidades de Conservação
Municipais mencionadas neste artigo.

§ 2º. As Zonas de Amortecimento das Unidades de Conservação serão definidas e terão seu uso
regulado de acordo com o Plano de Manejo da respectiva Unidade de Conservação.

Art. 27. A alteração adversa, a redução de área ou a extinção de Unidade de Conservação


somente serão possíveis mediante Lei Municipal.

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Parágrafo único. O ato de criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural é irrevogável


sob quaisquer circunstâncias.

SUB-SEÇÃO II

DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Art. 28.São consideradas Áreas de Preservação Permanente- APP’s, as porções do território


municipal, de domínio público ou privado, destinadas à preservação de suas características
ambientais e ecológicas relevantes, assim definidas em lei.

§ 1º. Nas APP’s é proibida qualquer alteração das características motivadoras de tal
classificação, inclusive impedir a regeneração da vegetação natural.

§ 2º.As APP’s mencionadas neste artigo, são consideradas áreas não edificantes, sendo nelas
vedadas a supressão da floresta e demais formas de vegetação, a exploração de recursos
minerais, vegetais e animais, bem como o depósito de resíduos de qualquer natureza, ressalvado
o exposto no Art. 29, desta presente Lei.

Art. 29. OÓrgão Ambiental Municipal, poderá autorizar, mediante anuência previa do órgão
ambiental estadual, a intervenção ou supressão de vegetação nas áreas de preservação
permanente em área urbana e rural consolidada, de acordo com a legislação federal competente.

SUB-SEÇÃO III

DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO HISTÓRICA, ARTÍSTICA E CULTURAL

Art. 30. São áreas de dimensão variável, vinculadas à imagem da cidade por configurarem
valores históricos, artísticos e culturais significativos do Município, sejam estas tombadas ou
não pelos órgãos competentes.

SUB-SEÇÃO IV

DA RESERVA LEGAL

Art. 31. A Reserva Legal constitui-se como área localizada no interior de propriedade ou posse
rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos
naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da
biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas;

I. A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo apenas ser utilizada sob
regime de manejo florestal sustentável, de acordo com princípios e critérios técnicos e

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científicos, enquadramento no Bioma inserido, e conforme aprovação do órgão


competente;
II. A Reserva Legal será composta por, no mínimo, vinte por cento da área total da
propriedade;
III. Os imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 4 (quatro) módulos
fiscais e que possuam remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores ao
previsto no Art. 12 da Lei n° 12.605/2012, a Reserva Legal será constituída com a área
ocupada com a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas
conversões para uso alternativo do solo;
IV. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram supressão de
vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal previstos pela legislação
em vigor à época em que ocorreu a supressão são dispensados de promover a
recomposição, compensação ou regeneração para os percentuais exigidos nesta Lei.

Parágrafo único.Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas


situações consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos históricos de ocupação da
região, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade, contratos e documentos
bancários relativos à produção, e por todos os outros meios de prova em direito admitidos.

SEÇÃO IV

DOS INCENTIVOS

Art. 32. O Poder Público poderá instituir, por lei específica, incentivos à produção e instalação
de equipamentos contra a poluição e à criação ou absorção de tecnologias que promovam a
recuperação, preservação, conservação e melhoria do meio ambiente, à proteção e recuperação
do patrimônio cultural, incluindo as manifestações culturais, obedecida a legislação federal
pertinente.

Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, somente


poderão ser beneficiadas pela concessão de incentivos, se comprovarem a conformidade e
adequação de suas atividades com a legislação ambiental e cultural federal, estadual e municipal
vigentes.

SEÇÃO V

DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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Art. 33. A Educação Ambiental é considerada um instrumento indispensável para a consecução


dos objetivos de preservação e conservação ambiental estabelecidos na presente lei.

Art. 34. Compete ao Órgão Ambiental Municipal, integradamente com outras Secretarias, de
acordo com as suas competências, a execução de programas e projetos de educação ambiental,
visando um comportamento comunitário voltado para compatibilizar a preservação e
conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento sustentável do Município.

Art. 35. A Educação Ambiental será promovida:

I. Na rede municipal de ensino, em todas as áreas do conhecimento, e no decorrer de todo


o processo educativo, em conformidade com os currículos e programas elaborados pela
Secretaria Municipal de Educação em articulação com o órgão ambiental do município;
II. Pelos segmentos da sociedade, em especial aquelas que possam atuar como agentes
multiplicadores através dos meios de comunicação e por meio de atividades
desenvolvidas por órgãos e entidades do município;
III. Junto às entidades e associações ambientalistas, por meio de atividades de orientação
técnicas;
IV. Por meio de instituições especificas existente ou que venham a ser criadas com este
objetivo.

CAPÍTULO II

DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

SEÇÃO I

DO OBJETIVO

Art. 36.O Fundo Municipal do Meio Ambiente - FMMA, possui o objetivo de apoiar o
desenvolvimento de ações que, pela gestão racional e sustentável dos recursos naturais do
Município, colaborem para que os munícipes, das presentes e futuras gerações, tenham
adequada qualidade de vida através do meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Parágrafo único. O Fundo Municipal de Meio Ambiente, é de caráter rotativo, natureza e
individuação contábeis, destinado a dar suporte financeiro a programas de desenvolvimento
sustentável.
Art. 37. Constituem recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente – FMMA:
I. Dotações orçamentárias a ele especificamente destinadas;
II. Taxas e tarifas previstas em Lei;
III. Créditos adicionais suplementares a ele destinados;

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IV. Produto de multas impostas por infração à legislação ambiental;

V. Produtos de taxas, preços públicos ou reembolso de despesas relativas a licenças


ambientais emitidas pelo município;
VI. Transferências de recursos do ICMS Ecológico;
VII. Transferências de recursos da União ou do Estado;
VIII. Contribuições, subvenções e auxílios da União, de Estados e de Municípios e de suas
respectivas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e Fundações;
IX. Doações de pessoas físicas e jurídicas;
X. Doações de entidades nacionais e internacionais;
XI. Recursos oriundos de acordos, contratos, consórcios e convênios celebrados entre o
Município e instituições públicas ou privadas, cuja execução seja de competência do
órgão ambiental municipal;
XII. Preços públicos cobrados pela prestação de serviços ambientais, pela análise de projetos
ambientais e pela prestação de informações ou pareceres sobre matéria ambiental;
XIII. Reembolsos por serviços prestados, por treinamentos ou cursos de capacitação e pela
venda de produtos, sempre relacionados à sua finalidade principal;
XIV. Rendimentos obtidos com aplicação de seu próprio patrimônio;
XV. Indenizações decorrentes de cobranças judiciais e extrajudiciais motivadas pelo
parcelamento irregular ou clandestino ou ocupação indevida do solo urbano;
XVI. Condenações judiciais, cíveis, administrativas ou criminais, de pessoas físicas ou
empreendimentos sediados no município ou que afetem o território municipal,
decorrentes de atos ilícitos praticados contra o meio ambiente;
XVII. Compensação financeira ambiental;
XVIII. Valores provenientes do recebimento de títulos executivos de termos de ajuste de
conduta;
XIX. Outras receitas eventuais e demais recursos que, por sua natureza, possam ser
destinados ao fundo.
§ 1º As receitas descritas neste artigo serão depositadas em conta específica do Fundo, mantida
em instituição financeira oficial instalada no Município.
§ 2º Quando não estiverem sendo utilizados em suas finalidades próprias, os recursos do fundo
deverão ser aplicados no mercado de capitais, objetivando o aumento das receitas do Fundo,
cujos resultados a ele se reverterão.
§ 3º O saldo financeiro do FMMA, apurado em balanço ao final de cada exercício, será
transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo Fundo.

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§ 4º A dotação prevista no Orçamento Municipal será automaticamente transferida para a conta


do FMMA, tão logo os recursos pertinentes estejam disponíveis.

SEÇÃO II
DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO

Art. 38. Os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente – FMMA serão aplicados na
execução de projetos e atividades que visem:
I. Custear e financiar as ações de controle, fiscalização e defesa do Meio Ambiente,
exercidas pelo Poder Público Municipal;
II. Financiar planos, programas, projetos e ações, governamentais ou privados, de interesse
ambiental e sem fins lucrativos, que visem:
a) Proteção, recuperação, conservação de recursos naturais no Município ou estímulo a seu uso
sustentado;
b) Capacitação e aperfeiçoamento de recursos humanos em questões ambientais, podendo,
para tanto, celebrar convênios com entidades filantrópicas, governamentais ou privadas sem
fins lucrativos;
c) Desenvolvimento de projetos de capacitação, educação e sensibilização voltados à melhoria
da consciência ambiental, inclusive realização de cursos, congressos e seminários;
d) Combate à poluição, em todas as suas formas, melhoria do esgotamento sanitário e
destinação adequada de resíduos urbanos, industriais e da construção civil;
e) Gestão, manejo, criação e manutenção de unidades de conservação municipais ou de outras
áreas de interesse ambiental relevante, inclusive áreas verdes, parques, praças e áreas
remanescentes;
f) Desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas voltadas à melhoria ambiental e à
construção do processo de sustentabilidade do município;
g) Desenvolvimento e aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, planejamento,
administração e controle das ações constantes na Política Municipal de Meio Ambiente;
h) Desenvolvimento de turismo sustentável e ecologicamente equilibrado.
III. Aquisição de material permanente e de consumo e de outros instrumentos necessários à
execução de atividades inerentes à política municipal de meio ambiente;
IV. Contratação de serviços de terceiros, inclusive assessoria técnica e científica, para
elaboração e execução de programas e projetos;
V. Apoio às ações voltadas à construção da Agenda 21 Local e da Agenda 21 Escolar no
Município;

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VI. Apoio ao desenvolvimento de atividades concernentes à implantação do Zoneamento


Ecológico Econômico – ZEE do Município;
VII. Apoio ao desenvolvimento de atividades voltadas à implantação e manutenção do
sistema municipal de licenciamento ambiental;
VIII. Incentivo ao uso de tecnologia ecologicamente equilibrada e não agressiva ao ambiente;
IX. Apoio à implantação e manutenção do cadastro de atividades econômicas, que utilizem
ou degradem os recursos ambientais do Município e manutenção de um sistema de
informações referentes ao meio ambiente e controle urbano, mediante a coleta e a
catalogação de dados e informações e a construção de banco de dados;
X. Atendimento de despesas diversas, de caráter de urgência e inadiáveis, necessárias à
execução Política Municipal de Meio Ambiente;
XI. Pagamentos de despesas relativas a valores e contrapartidas estabelecidas em convênios
e contratos com órgãos públicos e privados de pesquisa e proteção ambiental;
XII. Outras ações de interesse e relevância pertinentes à proteção, recuperação e conservação
ambientais do Município.
§ 1º O Conselho Municipal do Meio Ambiente – CMMA, editará resolução estabelecendo os
termos de referência, os documentos obrigatórios, a forma e os procedimentos para apresentação
e aprovação de projetos a serem apoiados pelo Fundo Municipal de Meio Ambiente, assim
como a forma, o conteúdo e a periodicidade dos relatórios financeiros e de atividades e das
prestações de contas que deverão ser apresentados pelos beneficiários.
§ 2º Não poderão ser financiados pelo Fundo Municipal de Meio Ambiente - FMMA, projetos
incompatíveis com quaisquer normas, critérios ou políticas municipais de preservação e
proteção ao meio ambiente

SEÇÃO III
DA ADMINISTRAÇÃO DO FUNDO

Art. 39. O Conselho Gestor do Fundo Municipal de Meio Ambiente – FMMA,compõe-se de:

I. Um representante da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente;

II. Um representante da sociedade civil;

III. Um representante e um suplente, membros integrantes do Conselho Municipal do Meio


Ambiente de Pedro Osório – CMMA.

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§ 1º Os membros do Conselho Gestor elegerão dentre eles, um Presidente e um Secretário, que


comporão a sua direção e elaborarão normas internas de sua atuação.

§ 2º O exercício do cargo de Conselheiro é voluntário e gratuito, constituindo-se ato de


relevante interesse público, não gerando direito a qualquer remuneração.

§ 3º A movimentação bancária do FMMA será realizada pela Secretaria Municipal da Fazenda.

Art. 40. Compete ao Conselho Gestor do Fundo Municipal de Meio Ambiente – FMMA:

I. Estabelecer e executar a política de aplicação dos recursos do FMMA, observadas as diretrizes


básicas e prioritárias definidas pelo CMMA e em obediência ao Plano de Aplicação de
Recursos;

II. Apreciar a proposta orçamentária apresentada pelo órgão executivo do Fundo, antes que esta
seja encaminhada para inclusão no orçamento municipal;

III. Analisar e aprovar as prestações de contas e os respectivos relatórios técnicos, relativos à


aplicação dos recursos do FMMA, antes de seu encaminhamento aos demais órgãos de controle;

IV. Fiscalizar a aplicação dos recursos, fornecendo relatórios ao CMMA;

V. Opinar, apoiar e participar da celebração de convênios e contratos previstos nesta Lei,


aprovando os respectivos termos e condições, depois de ouvido o CMMA.

Art. 41. As funções de Conselho Representativo, Consultivo e Deliberativo do Fundo


Municipal do Meio Ambiente – FMMA serão exercidas pelo Conselho Municipal de Meio
Ambiente - CMMA, cabendo-lhe:

I. Definir os critérios e prioridades para aplicação dos recursos do Fundo, observado o § 1º do Art.
38 acima, encaminhando-os ao Órgão Executivo para a elaboração do Plano de Aplicação de
Recursos;

II. Aprovar o plano anual de trabalho e o cronograma físico-financeiro que compõem o Plano de
Aplicação de Recursos apresentado pelo Órgão Executivo;

III. Aprovar, após análise técnica do órgão executivo, os projetos a serem financiados;

IV. Avaliar termos e condições de contratos e convênios que serão celebrados pelo FMMA;

V. Realizar outras atribuições que lhe forem determinadas pela legislação ambiental do Município.

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SEÇÃO IV

DOS PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS E DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 42. A contabilidade do FMMA obedecerá às normas e procedimentos da contabilidade


pública e contabilização centralizada, devendo evidenciar a situação contábil e financeira do
Fundo, de modo a permitir a fiscalização e o controle pelos órgãos competentes, na forma da
legislação vigente.
Art. 43. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a contabilidade será de forma a permitir o
exercício das funções de controle prévio, concomitante e subseqüente, inclusive de apurar
custos das aplicações definidas no Plano de Aplicação de Recursos, bem como, interpretar e
apurar os resultados obtidos.

Art. 44. A prestação de contas far-se-á em forma contábil, a ser subscrita pelo responsável
técnico competente, precedida de parecer do Conselho Gestor, aprovado pelo CMMA, devendo
ser apresentada para que possa ser integrada à contabilidade geral e à prestação de contas do
Município, sem prejuízo da possibilidade de requisição direta, pelo órgão competente oficiante,
se for o caso.

SEÇÃO V

DAS DESPESAS, ATIVOS E PASSIVOS DO FUNDO

Art. 45. Constituem-se despesas do Fundo Municipal do Meio Ambiente:

I. Financiamento total ou parcial dos projetos e programas constantes do Plano de Aplicação de


Recursos;

II. Atendimento de despesas diversas de caráter urgente e inadiável, no cumprimento do Plano de


Aplicações de Recursos;

III. Custeio das suas despesas de funcionamento.

Art. 46. Constituem ativos do Fundo Municipal do Meio Ambiente:

I. Disponibilidade monetária em bancos ou em caixas oriundas das receitas especificadas;

II. Direitos que, porventura, vierem a constituir.

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Art. 47. Constituem passivos do Fundo Municipal do Meio Ambiente as obrigações de qualquer
natureza que, porventura, venham a assumir para a manutenção e o funcionamento da política
do meio ambiente.

SEÇÃO VI

DA EXTINÇÃO, DEMOSNTRATIVOS FINANCEIROS E REGULAMENTAÇÕES

Art. 48. O FMMA somente poderá ser extinto:

I. Mediante Lei Municipal, após demonstração administrativa ou judicial de que ele não vem
cumprindo com seus objetivos;

II. Mediante decisão judicial.

Parágrafo único. O patrimônio eventualmente apurado quando de sua extinção e as receitas de


seus direitos creditórios serão absorvidos pelo Poder Público Municipal, na forma como a Lei
ou decisão judicial, se for o caso.

Art. 49. Os demonstrativos financeiros do FMMA obedecerão ao disposto na Lei Federal nº


4.320/64, e às normas do Tribunal de Contas do Estado.

Art. 50. As disposições pertinentes ao Fundo Municipal do Meio Ambiente, não enfocadas
nesta Lei, serão regulamentadas por Resoluções do Conselho Municipal de Meio Ambiente -
CMMA.

CAPITULO III

DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

SEÇÃO I

DA OBRIGATORIEDADE

Art. 51. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades


utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetivos ou potencialmente poluidores, bem
como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, e que
sejam de impacto local, dependerão de prévio licenciamento do Órgão Ambiental Municipal,
sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

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Parágrafo único. Caso o Município receba delegação de competência do Estado para fins de
ampliação do rol das atividades do ato ou instrumento delegatório sujeitar-se-ão ao
licenciamento ambiental referido no caput.

Art. 52. O Município, em atenção ao interesse local, enquadrará as atividades passíveis de


licenciamento, que não estejam previstas na legislação ambiental estadual ou federal.

Art. 53. Os estabelecimentos e todos os responsáveis pelas atividades previstas nesta Lei são
obrigados a implantar sistemas de tratamento de efluentes e promover todas as demais medidas
necessárias para prevenir ou corrigir os inconvenientes e danos decorrentes da poluição.

Parágrafo único. Todos os resultados das atividades de auto monitoramento deverão ser
comunicados ao Órgão Ambiental Municipal, conforme cronograma estabelecido.

SEÇÃO II

DOS INSTRUMENTOS DO SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 54. São instrumentos do Sistema de Licenciamento Ambiental no Município de Pedro


Osório:

I. Licença Ambiental;
II. Autorização Ambiental;
III. Certidão Ambiental;
IV. Declaração Ambiental;
V. Alvará Florestal.

SUB-SEÇÃO I

DAS LICENÇAS AMBIENTAIS

Art. 55. Serão concedidas as seguintes licenças ambientais a empreendimentos, obras e/ou
atividades potencial ou efetivamente utilizadores de recursos ambientais, sujeitos a prévio e
permanente controle do órgão ambiental municipal:

I. Licença Prévia (LP);


II. Licença de Instalação (LI);
III. Licença de Operação (LO);
IV. Licença Prévia e de Instalação (LPI);
V. Licença de Instalação e Operação (LIO);
VI. Licença de Operação/Regularização (LOR);

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VII. Licença Única Rural (LUR).


§ 1º No exercício de sua competência de gestão e controle dos recursos ambientais, o órgão
ambiental municipal, sem prejuízos de outras medidas, expedirá as licenças ambientais com
base em manifestação técnica obrigatória.

§ 2º As licenças ambientais (LP, LI e LO) poderão ser expedidas isoladas, sucessiva, ou


cumulativamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento, obra ou
atividade, sendo representada pela Licença de Operação/Regularização.

§ 3º A licença ambiental não exime o seu titular da apresentação, aos órgãos competentes, de
outros documentos legalmente exigíveis.

§ 4° Poderão ser requeridas em conjunto, na hipótese de que a análise ambiental tenha sido
previamente verificada pelo órgão ambiental municipal, as seguintes licenças ambientais:

I. Licença Prévia (LP) com Licença de Instalação (LI): LPI


II. Licença de Instalação (LI) com Licença de Operação (LO): LIO
III. Licença de Operação (LO) com Licença de Regularização: LOR

Art. 56. Os empreendimentos, obras ou atividades não licenciadas, ou licenciados cuja operação
se processem em desacordo com a licença ambiental concedida ou cuja atividade esteja sendo
exercida em desacordo com as normas ambientais vigentes, poderão ser objeto de adequação,
por meio de termo de compromisso ambiental, a critério do órgão ambiental municipal, sem
prejuízo da aplicação das penalidades/sanções cabíveis.

Art. 57. O órgão ambiental municipal deverá, no requerimento de alteração de licença


ambiental concedida, proceder como se o empreendimento, obra ou atividade estivesse
requerendo a licença ambiental pela primeira vez, nos termos desta Lei.

Art. 58. Os pedidos de renovação de licença deverão ser protocolizados com antecedência de
120 dias da expiração do prazo de sua validade, ficando a licença a renovar automaticamente
prorrogada até a manifestação do órgão ambiental do Município.

Licença Prévia (LP)

Art. 59. A Licença Prévia (LP) é emitida na fase preliminar de planejamento do


empreendimento, obra ou atividade, atesta sua localização, viabilidade e concepção e estabelece
os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos, nas fases seguintes, observadas as
diretrizes do planejamento e zoneamento ambientais e demais legislações pertinentes, atendidos
os planos municipais, estaduais e federais, de uso e ocupação do solo.

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§ 1ºA LP terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser renovada uma única vez por igual
período.

§ 2º A LP especifica as condições básicas a serem atendidas previamente a instalação e


funcionamento do empreendimento ou atividade poluidora ou degradadora observando aspectos
locacionais, tecnologia utilizada e concepção do sistema de controle ambiental proposto.

§ 3º Não será concedida a LP quando a atividade for desconforme com os planos estaduais,
federais e municipais de uso e ocupação do solo, ou quando em virtude de suas repercussões
ambientais, seja incompatível com os usos e características ambientais do local proposto ou suas
adjacências.

§ 4º A concessão da LP implica no compromisso do empreendimento, obra ou atividade efetiva


ou potencialmente poluidora ou degradadora dos recursos ambientais de manter projeto final
compatível com as condições do deferimento.

Licença de Instalação (LI)

Art. 60. A Licença de Instalação (LI) autoriza o início da instalação do empreendimento, obra
ou atividade, de acordo com as condições e restrições da LP e, quando couber, das
especificações constantes do projeto executivo aprovado, inclusive de medidas de controle
ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante, além de atendidas
demais exigências do órgão ambiental municipal.

§ 1ºA LI terá prazo de validade de 1 (um) a 2 (dois) anos, podendo ser renovada uma única vez
por prazo de validade compreendido entre o limite máximo e mínimo previstos (não
extrapolando o limite máximo permitido).

§ 2º A LI é expedida previamente a instalação com base na aprovação de avaliações ambientais,


inclusive vistorias e análise de documentos, de acordo com padrões técnicos estabelecidos pelo
órgão competente de dimensionamento do sistema de controle ambiental e de medidas de
monitoramento previstas, respeitados os limites legais.

§ 3º A LI autoriza o início da implantação de empreendimento, obra ou atividade potencial ou


efetivamente poluidora ou degradadora de recursos ambientais, subordinando-o às condições de
construção, operação e outras expressamente especificadas.

§ 4º A montagem, instalação ou construção de equipamentos relacionados a qualquer atividade


potencial ou efetivamente poluidora ou degradadora, sem a prévia LI ou inobservância das
condições expressas na sua concessão, poderá resultar em embargo do empreendimento ou
atividade, independentemente de outras sanções cabíveis, conforme previsão legal.

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§ 5º A LI pode, em caráter excepcional, autorizar a pré-operação, em decisão motivada pelo


órgão ambiental municipal, por prazo especificado na licença, visando à obtenção de dados e
elementos de desempenho necessários para subsidiar a concessão da Licença de Operação.

§ 6º Constitui obrigação do requerente o atendimento às solicitações de esclarecimentos


necessários à análise e avaliação do projeto de controle ambiental apresentado ao órgão
ambiental municipal.

Licença de Operação (LO)

Art. 61. A Licença de Operação (LO) autoriza o início do empreendimento, obra ou atividade,
após efetivo cumprimento da LP e da LI, verificado através de constatações de vistoria do local,
dos sistemas de controle ambiental e das medidas de mitigação implantadas, atendidas demais
exigências do órgão ambiental municipal.

§ 1ºA LO terá validade de até 4 (quatro) anos, podendo ser renovada por igual período.

§ 2º A LO autoriza a operação do empreendimento, obra ou atividade após a verificação do


efetivo atendimento às condições e restrições determinadas nas licenças anteriores, com as
medidas de controle ambiental e condicionantes determinadas para a operação.

§ 3º Constitui obrigação do requerente o atendimento às solicitações de esclarecimentos


necessários à análise e avaliação do projeto de controle ambiental apresentado ao órgão
ambiental municipal, bem como a comprovação do atendimento das condicionantes
estabelecidas nas licenças ambientais anteriores e de apresentar, caso exigido, plano de correção
das não conformidades previamente aprovadas, decorrente da última vistoria ambiental
realizada.

§ 4º A LO será concedida para a realização de reduções, ampliações e/ou adequações em


empreendimentos, obras e atividades já implantados e licenciados.

§ 5º A definição do novo porte do empreendimento, obra e atividade constitui-se da atual


estrutura, área ou medida acrescida ou reduzida da estrutura, área ou medida prevista na
proposta de ampliação ou de redução, conforme o caso.

§ 6º A taxa de licenciamento ambiental para a concessão de LO, relativa a redução, ampliação


e/ou adequações em empreendimentos, obras e atividades já implantados e licenciados,
corresponde a 50% do valor da LO relativa ao novo porte do empreendimento, obra ou
atividade.

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§ 7º Na renovação da LO, será observada a legislação vigente e as normas técnicas referentes a


atividade à época da renovação.

Licença Prévia e de Instalação (LPI)

Art. 62. A Licença Prévia e de Instalação (LPI) autoriza a instalação do empreendimento, obra
ou atividade, que não possua licença prévia (LP) e que tenha iniciado a fase de instalação, mas
não o seu funcionamento, mediante o estabelecimento de condições, restrições e medidas de
controle ambiental adequando o empreendimento, obra ou atividade às normas ambientais
vigentes.

§ 1° A LPI integra as fases de LP e LI em um único procedimento.

§ 2° A concessão de LPI exige o atendimento, além dos requisitos previstos neste artigo,
também os dos Arts. 59 e 60 desta lei.

§ 3° Na LPI, o órgão ambiental municipal, em uma única licença, englobando a fase de


licenciamento prévio e de instalação, atesta a viabilidade ambiental e autoriza a implantação de
empreendimentos, obras ou atividades.

§ 4° A LPI pode, em caráter excepcional, autorizar a pré-operação, em decisão motivada pelo


órgão ambiental municipal, por prazo especificado na licença, visando à obtenção de dados e
elementos de desempenho necessários para subsidiar a concessão da Licença de Operação.

Licença de Instalação e de Operação (LIO)

Art. 63. A Licença de Instalação e de Operação (LIO) autoriza, concomitantemente, fase de


instalação e a operação, de empreendimento, obra ou atividade já instalado, mas não em
funcionamento, possuindo apenas a licença LP, com o estabelecimento de condições, restrições
e medidas de controle ambiental que devem ser observadas na sua implantação e
funcionamento.

§ 1° A LIO integra as fases de LI e LO.

§ 2° A concessão de LIO exige o atendimento, além dos requisitos previstos neste artigo,
também os dos Arts. 60 e 61 desta lei.

§ 3° Na LIO, o órgão ambiental municipal, em uma única licença, englobando a fase de


licenciamento de instalação e de operação, autoriza a implantação e operação de
empreendimentos, obras ou atividades.

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Licença de Operação/Regularização (LOR)

Art. 64. A Licença de Operação/Regularização (LOR) aprova a localização e autoriza a


implantação e a operação de empreendimentos, obras ou atividades de porte mínimo,
estabelecendo as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor.

§ 1ºA LOR terá validade de até 4 (quatro) anos, podendo ser renovada por igual período.

§ 2º A LOR aprova a Licença de um empreendimento, obra ou atividade, já existente e em


operação.

§ 3º A LOR integra as LP, LI e LO em um único procedimento para licenciamento ambiental de


empreendimento, obra ou atividade, sendo que todos os estudos, laudos e análises relativas a
estas etapas, deverão ser entregues de forma conjunta.

§ 4ºNão será permitido após vigorar a presente Lei, protocolos de LOR de empreendimentos,
obras ou atividades que se instalaram ou iniciaram a operar sem a relativa licença ambiental.

Licença Única Rural (LUR)

Art. 65. Será concedida para pessoas físicas/jurídicas que venham a exercer atividades no
âmbito territorial rural do Município, dividindo-se conforme o seguinte:

I. Exploração de área inferior a 4 (quatro) módulos fiscais, contemplando atividades vinculadas a


agricultura familiar ou a pequenos produtores rurais, que exerçam concomitantemente em sua
propriedade rural, sistemas de produção agrossilvipastoris tais como, agricultura, pecuária,
silvicultura, exploração florestal e aquicultura.
II. Exploração superior a 4 (quatro) módulos fiscais, contemplando atividades agrossilvipastoris
tais como, agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura exercidas de
forma concomitante ou de caráter unitário.
§ 1ºA LUR terá validade de até 4 (quatro) anos, podendo ser renovada por igual período.

§ 2º A LUR contemplará todos os empreendimentos, obras ou atividades exercidas no interior


de propriedades rurais, que possam causar qualquer impacto adverso ao ambiente.

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SUB-SEÇÃO II

DA AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL

Art. 66. A autorização ambiental visa permitir a implantação e operação de empreendimentos,


obras e atividades de caráter temporário e que não caracterizem instalações permanentes, com
baixo impacto poluidor, estabelecendo as condições, restrições e medidas de controle, mitigação
e compensação ambiental que devem ser atendidas.

§ 1° Na autorização ambiental, o órgão ambiental autoriza a implantação e/ou operação de


empreendimentos, atividades, pesquisas e serviços, de caráter temporário, a execução de obras
que não caracterizem instalações permanentes, a execução de obras emergenciais, inclusive de
interesse público, o transporte de produtos e resíduos, não sujeitos ao licenciamento ambiental.

§ 2° A autorização ambiental também pode ser concedida para avaliar a eficiência das medidas
de controle adotadas pelo empreendimento, obra ou atividade.

§ 3°O órgão ambiental municipal, para emissão da autorização ambiental, deverá estabelecer
condições, restrições e medidas de controle, de mitigação e compensação ambiental que devem
ser atendidas.

Art. 67. A autorização ambiental será concedida pelo prazo de 03 (três) meses a 01 (um) ano, a
critério do órgão ambiental municipal.

§ 1° O requerimento para concessão da autorização ambiental deverá seguir o procedimento de


licenciamento ambiental, inclusive na exigência das avaliações ambientais, no que couber, a
critério do órgão ambiental municipal.

§ 2°. O prazo de validade da autorização ambiental poderá ser renovado por 03 (três) meses a 01
(um) ano, a critério do órgão ambiental, fundamentado em justificativa técnica apresentada pelo
requerente ao órgão ambiental.

Art. 68. Caso o empreendimento, obra, ou atividade de caráter temporário, passível de


autorização ambiental, exceda o prazo estabelecido e/ou passe a configurar situação
permanente, será exigida a licença ambiental correspondente em substituição à autorização
expedida, sem prejuízos às sanções e penalidades cabíveis.

Parágrafo único. O titular do empreendimento, obra ou atividade é responsável pelo


requerimento da respectiva licença ambiental, antes do vencimento da autorização ambiental
expedida.

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SUB-SEÇÃO III

DA CERTIDÃO AMBIENTAL

Art. 69. A certidão ambiental é documento oficial emitido pelo órgão ambiental municipal o
qual atesta e/ou certifica determinadas informações de natureza ambiental e com relação com a
finalidade institucional do órgão ambiental municipal, mediante requerimento do interessado.

§ 1º A certidão ambiental poderá abordar informações de caráter geral, débitos, atendimento de


condicionantes, de regularidade ambiental, de não enquadramento de atividade sujeita ao
licenciamento ambiental, entre outros, todos de natureza ambiental.

§ 2º O órgão ambiental municipal somente emitirá certidão ambiental ao próprio interessado,


seja pessoa física ou jurídica, ou a representante legalmente habilitado para o ato, mediante
requerimento.

§ 3º O prazo de validade da certificação ambiental é de 90 (noventa) dias, devendo ser requerida


nova certidão ao expirar o prazo.

SUB-SEÇÃO IV

DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL

Art. 70. A declaração ambiental é documento oficial emitido pelo órgão ambiental municipal o
qual declara e/ou reconhece determina situação em relação ao requerente e com a finalidade
institucional do órgão ambiental municipal, mediante requerimento do interessado.

§ 1º A declaração ambiental poderá reconhecer situações relacionadas à finalidade institucional


do órgão ambiental municipal, como, por exemplo, a respeito de regularidade ambiental de
empreendimento, obra e/ou atividades, de inexigibilidade de licenciamento ambiental
municipal, entre outros, todos de natureza ambiental.

§ 2º O órgão ambiental municipal somente emitirá declaração ambiental ao próprio interessado,


seja pessoa física ou jurídica, ou a representante legalmente habilitado para o ato.

SUB-SEÇÃO V

DO ALVARÁ FLORESTAL

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Art. 73. As atividades específicas de natureza florestal, sujeitar-se-ão ao Licenciamento


Florestal pelo qual será concedido Alvará Florestal (AF), uma única vez, dentro dos limites
estabelecidos pela legislação ambiental estadual e federal.

Art. 74. Para o manejo de vegetação nativa dentro do Município, será exigido o Alvará Florestal
(AF), de acordo com a legislação ambiental estadual e federal, mediante justificativa plausível e
projeto técnico elaborado por profissional legalmente habilitado.

§ 1°. Para a supressão de até 2 (dois) exemplares arbóreos nativos, em uma mesma propriedade,
no período de 1 (um) ano, desde que não se encontrem em Área de Preservação Permanente
(APP), não será exigido projeto técnico do requerente.

§ 2°. Para a supressão de mais de 2 (dois) exemplares arbóreos nativos, em uma mesma
propriedade, no período de 1 (um) ano,será exigido projeto técnico do requerente.

Art. 75. Esta Lei não é aplicável para vegetais com altura inferior à 2 (dois) metros, salvo
situações de resgate e transplante de mudas, quando determinado peloÓrgão Ambiental
Municipal.

Parágrafo único. Resgate é o procedimento técnico adotado para evitar a supressão de mudas
de árvores ou de outras formas de vida vegetal em decorrência de intervenção autorizada no
local de sua ocorrência.

Art. 76. A quantificação da Reposição Florestal obrigatória deverá ser efetuada com base no
volume da matéria-prima florestal e no número de árvores a serem suprimidas considerando a
estrutura e o estágio sucessional das florestas nativas.

Art. 77. O cálculo do número de mudas para a reposição florestal obrigatória, originado de
licenciamento e/ou autorização para corte da vegetação nativa, dar-se-á no montante de 15
(quinze) mudas para cada exemplar de árvore nativa suprimida, com Diâmetro à Altura do Peito
– DAP, igual ou superior a 15 (quinze) centímetros.

§ 1º.Não será requerido a compensação de mudas, para a supressão de espécies exóticas.

§ 3º. Diâmetro à Altura do Peito (DAP) é o diâmetro do caule da árvore à altura de,
aproximadamente, 1,30m (um metro e trinta centímetros) do solo.

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Art. 78.As mudas referentes à compensação ambiental por reposição florestal obrigatória
previstas nesta norma poderão doadas ao Horto Municipal, mediante decisão fundamentada ao
órgão ambiental municipal.

Art. 79. O cálculo do número de mudas para a reposição florestal obrigatória originado de
licenciamento e/ou autorização para o corte de vegetação nativa que apresentam DAP inferior a
15 (quinze) centímetros, dar-se-á no montante de 10 (dez) mudas por estéreo de lenha a ser
gerado, contados cumulativamente com o estabelecido no caput do artigo quarto.

Parágrafo único: Nos licenciamentos e/ou autorização para atividades agropastoris a


compensação a que se refere o caput deste artigo, poderá ser viabilizada através do plantio de
espécies nativa e exóticas, com o plantio mínimo de 100 (cem) mudas.

Art. 80. A compensação vegetal poderá ser dispensada, mediante decisão fundamentada, nos
casos de espécies exóticas invasoras, de árvores com risco iminente de queda, ou com estado
fitossanitário comprometido, por riscos diversos atestado por profissional habilitado, e o manejo
de vegetais mortos.

Parágrafo Único: Entende-se por espécie exótica invasora aquela que foi introduzida e se
reproduziu com sucesso, resultando no estabelecimento de populações que se expandem e
ameaçam ecossistemas, “habitat” ou espécies, acarretando danos econômicos e ambientais.

Art. 81. Para a supressão de espécies exóticas encontradas em Área de Preservação Permanente
(APP), será exigido alvará florestal, mediante projeto técnico elaborado por profissional
legalmente habilitado, visando a preservação desta área.

Parágrafo único: Espécies exóticas, que não encontram-se em Área de Preservação


Permanente (APP), poderão ser suprimidas sem a necessidade de obtenção de Alvará Florestal
(AF).

Art. 82. O transplante de vegetais, nativos ou exóticos, poderá ser autorizado pelo Órgão
Ambiental Municipal através da expedição do Alvará Florestal (AF).

§ 1º. O transplante será expedido, mediante manifestação técnica fundamentada.

§ 2º. Para a concessão do transplante será necessária a apresentação de laudo técnico elaborado
por profissional devidamente habilitado mediante ART de laudo e execução, conforme
exigências do Órgão Ambiental Municipal.

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§ 3º. É obrigatório o monitoramento dos vegetais transplantados por profissional habilitado,


com a apresentação de ART, por prazo não inferior a 12 (doze) meses, devendo ser
apresentados relatórios semestrais informando as condições do vegetal transplantado e do local
de destino do mesmo, acompanhados de registro fotográfico.

§ 4º. Os vegetais indicados para transplante deverão ser destinados preferencialmente para o
mesmo imóvel; na impossibilidade de fazê-lo, caberá ao interessado sugerir outro local, em área
no Município de Pedro Osório.

§ 5º. Quando a solicitação de transplante não for motivada por execução de obras, a critério
técnico, poderão ser dispensados laudo e monitoramento descritos no § 3º, sem prejuízo da
compensação ambiental, no caso de insucesso.

§ 6º. Considera-se insucesso, o vegetal transplantado que perecer até o prazo de 12 (doze)
meses, contados do dia da realização do transplante vegetal.

§ 7º. No caso de insucesso do transplante, o interessado deverá proceder à compensação


ambiental, como se supressão vegetal fosse, observando o dobro do disposto nos Artigos 25 e
26.

Art. 83. Fica proibida ao munícipe a realização de podas em logradouros públicos.

Parágrafo Único: A poda em logradouros públicos poderá ser autorizada em casos específicos
desde que o munícipe se responsabilize em seguir as instruções contidas no manual informativo
fornecido pelo Órgão Ambiental Municipal.

Art. 84. A poda de exemplares exóticos e(ou) nativos, deverá ser realizada conforme manual
informativo, fornecido pelo Órgão Ambiental Municipal.

§ 1°. A poda de exemplares exóticos e nativos em área particular, independentemente da


quantidade de indivíduos, será isenta de alvará florestal, devendo o proprietário informar a
necessidade da atividade, e responsabilizar-se em cumprir as instruções inscritas no manual
citado no caput deste artigo.

§ 2°. Área públicas como, ruas, avenidas, estradas e praças deverão possuir Alvará Florestal,
para a execução da poda.

Art. 85. A solicitação para realizar a poda, caberá ao proprietário do imóvel onde se situa o
vegetal, ou ao vizinho interessado, que poderá fazê-lo nos casos em que os galhos que pretende
podar adentrarem os limites de sua propriedade, e na hipótese da viabilidade de execução da
poda pelo território de seu imóvel.

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Art. 86. A autorização para o transporte de matéria-prima florestal será emitida pelo órgão
ambiental municipal para os casos específicos e limites definidos pelo mesmo, para circulação
dentro do município, não excluindo a solicitação de outros documentos obrigatórios em outros
órgãos licenciadores.

Parágrafo Único: Para o transporte intermunicipal deverá ser solicitado a autorização para o
transporte de matéria-prima florestal estadual, a ser emitido pelo órgão florestal estadual,
mediante apresentação da autorização de corte da vegetação, exarada pelo município.

SEÇÃO III

DA TAXA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 87. As taxas de licença, diferenciadas em função de natureza da atividade ou do


empreendimento, ou do ato praticado, serão calculadas em conformidade com as respectivas
tabelas, contempladas em anexo.

§ 1º A taxa de licença ambiental terá seu valor apurado de acordo com a natureza da atividade,
tipo da licença, porte do empreendimento e potencial poluidor, cujas especificações constarão
em norma regulamentar, a qual tomará por base a Resolução n° 288/2014, e suas posteriores
alterações, além das peculiaridades locais.

§ 2º A Taxa do Licenciamento Ambiental será devida independente do deferimento ou não da


licença requerida.

Art. 88.O agricultor familiar, definido conforme a Lei nº 11.326/2006, e identificado pela
Declaração de Aptidão ao Pronaf - DAP física ou jurídica, terá desconto de80% sobre o valor
da taxa de licenciamento ambiental.

Art. 89.As microempresas e microempreendedores individuais (MEI), definidas pela Lei


Complementar n°123/2006, terão desconto de 50% sobre o valor da taxa referente ao
licenciamento ambiental;

Art. 90. São isentos do pagamento da Taxa de Licenciamento Ambiental:

I. Órgãos públicos federais, estaduais e municipais e demais pessoas jurídicas de


direito público interno;
II. Entidades filantrópicas, desde que aprovadas pelo órgão competente;
Art. 91. O valor da Taxa de renovação ou prorrogação das Licenças Ambientais atenderá os
critérios estabelecidos no Anexo V.

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Art. 92. Em caso de calamidades públicas, e outros fatores que tenham descapitalizado os
agricultores e empresários, devidamente comprovados, com laudo técnico das Secretarias da
Fazenda, da Agricultura e da Saúde e Assistência Social, bem como da Defesa Civil do
Município, poderá ser adotado como valor a ser cobrado pela respectiva taxa ambiental o do
porte mínimo e grau de poluição baixo.

Art. 93. Em caso de encaminhamento de Licenciamento Ambiental de atividade ainda não


prevista nas Resoluções CONSEMA n° 288/2014 e suas posteriores alterações, o valor será
cobrado de acordo com a análise do Conselho Municipal de Meio Ambiente – CMMA, no que
se refere à classificação do porte e potencial poluidor.

Art. 94. Todas as taxas previstas nesta lei serão reajustadas anualmente, na mesma data, e de
acordo com os percentuais dos demais tributos do Município.

Art. 95. Todas as taxas previstas nesta lei serão recolhidas para o Fundo Municipal de Meio
Ambiente de Pedro Osório.

SEÇÃO IV

DA ISENÇÃO DE LICENCIAMENTO

Art. 96. Serão isentas de licenciamento ambiental os empreendimentos, obras ou atividades


que não enquadram-se como passíveis de licenciamento ambiental na Resolução CONSEMA n°
288/2014 e suas posteriores alterações, ou as fixadas em Lei Federal.

§ 1° O Conselho Municipal de Meio Ambiente – CMMA, definirá por meio de Resolução, as


atividades enquadradas como, Comércio em Geral e Outras Atividades de Impacto Local.

§ 2° Tais empreendimentos, obras ou atividades enquadradas como Comércio em Geral e


Outras Atividades de Impacto Local, poderão realizar o Licenciamento Ambiental Simplificado.

§ 3° Para empreendimentos, obras ou atividades não enquadradas na Resolução CONSEMA n°


288/2014 e suas posteriores alterações, ou as fixadas em Lei Federal, ou ainda, que não estejam
definidas por Resolução do Conselho Municipal de Meio Ambiente – CMMA, não será emitido
documento comprobatório de Isenção de Licenciamento Ambiental pelo Órgão Ambiental
Municipal.

SEÇÃO V

DA PUBLICIDADE

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Art. 97. As atividades ou empreendimentos enquadrados como de porte mínimo e pequeno,


deverão manter as Licenças Ambientais vigentes expostas em local de fácil visualização.

Art. 98. As atividades ou empreendimentos enquadrados como de porte grande e excepcional,


deverão manter suas Licenças Ambientais vigentes expostas em local de fácil acesso e
visualização e colocar placas para a divulgação do Licenciamento Ambiental, na fase em que
envolver a atividade.

Art. 99. O Órgão Municipal do Meio Ambiente publicará as Licenças Ambientais emitidas e
vigentes, em meio eletrônico, a fim de dar publicidade ao feito.

SEÇÃO VI

DA FISCALIZAÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 100. O Órgão Municipal de Meio Ambiente será o responsável pelo exercício da
fiscalização das atividades ou empreendimentos licenciados.

§ 1° Compete ao Órgão Municipal do Meio Ambiente a expedição de normas gerais e


procedimentos para implantação e fiscalização do Licenciamento Ambiental constante nesta
Lei.

§ 2º As autoridades policiais, quando necessário, poderão prestar auxílio aos agentes


fiscalizadores no exercício de suas atribuições.

Art. 101. Os empreendedores que construírem, instalarem, ampliarem ou fizerem funcionar


atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos naturais, considerados efetivos ou
potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental, sem Licença Ambiental
ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes, serão penalizados.

SEÇÃO VII

DAS IMPOSIÇÕES

Art. 102. O órgão ambiental do Município poderá, mediante decisão motivada, modificar as
condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença
quando ocorrer:

I – violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais;

II – omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiariam a


expedição da licença;

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III – superveniência de riscos ambientais e de saúde.

Art. 103. As atividades ainda não licenciadas, deverão ser registradas no Órgão Ambiental
Municipal, 6 (seis) meses após a publicação desta Lei, para fins de obtenção de qualquer
modalidade de licença prevista na presente Lei.

CAPITULO IV

DAS SANÇÕES APLICÁVEIS ÀS CONDUTAS E ATIVIDADES LESIVAS AO MEIO


AMBIENTE

SEÇÃO I

DOS PROCEDIMENTOS

Art. 104. As infrações a legislação ambiental serão apuradas em processo administrativo


próprio, podendo ser iniciado com a lavratura de auto de infração, relatório de vistoria ou
representação.

§1° Quando houver processo de reclamação ou denúncia, gerador do auto de infração, a cópia
do auto de infração e o relatório serão a este anexado, informando ao denunciante as
providencias adotadas pelo Órgão Ambiental Municipal.

§2° O processo deverá ter páginas numeradas e rubricadas, na forma usual adotada pelo Órgão
Ambiental Municipal.

Art. 105. A multa será calculada de acordo com a Portaria FEPAM n° 065/2008, considerando-
se: especificar porte/potencial, os agravantes e atenuantes utilizados, e reincidência se for o
caso, ou qualquer outra informação utilizada para o cálculo da multa.

SEÇÃO II

DO AUTO DE INFRAÇÃO

Art. 106. O procedimento para aplicação das penalidades administrativas terá início com a
lavratura do auto de infração e demais termos referentes à prática do ato infracionário, sendo
assegurado ao autuado o contraditório e a ampla defesa, assim como os recursos administrativos
inerentes.

§1° O autuado, será notificado para ciência da infração:

I. Pessoalmente;
II. Pelo correio ou via postal;
III. Por edital, se estiver em lugar incerto ou não sabido;

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§2° No caso da entrega pessoal ao autuado e na hipótese deste recusar-se a assinar o auto de
infração, deverá este fato ser certificado no próprio instrumento de infração, datado e assinado
pela autoridade administrativa, bem como por uma testemunha, entregando as vias
correspondentes ao autuado.

§3° O edital referido no inciso III deste artigo será publicado uma única vez, na imprensa
oficial, considerando-se efetivada a autuação 5 (cinco) dias após a publicação.

§4°Na forma do Art. 9º,da Resolução CONSEMA nº 006/1999, o autuado poderá oferecer
defesa ou impugnação contra o auto de infração, no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados
da data da ciência da autuação.

Art. 107. O auto de infração deverá ser lavrado observando o Art. 8º, da Lei Estadual n.º
11.877/2002, o qual deverá conter de forma clara, precisa, ostensiva e pormenorizada o preceito
legal que autoriza a sua lavratura, destacando:

I. Os critérios para imposição e gradação da penalidade, especialmente a gravidade do


fato e, no caso de multa, a situação econômica do infrator;
II. As circunstâncias que atenuam ou que agravam a penalidade, inclusive a
reincidência do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse
ambiental;
III. A possibilidade de conversão ou substituição da penalidade em serviços de
preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, nos termos
estabelecidos em lei, especialmente aqueles relacionados ao Termo de
Compromisso Ambiental;
IV. As informações necessárias para que a defesa escrita seja encaminhada aos órgãos
adequados e instruída com os documentos pertinentes;
V. A informação da continuidade do processo, independentemente da manifestação do
notificando.

Art.108. O auto de infração será autuado em processo administrativo, no Órgão Ambiental


Municipal.

§1° Para cada auto de infração lavrado deverá ser constituído processo administrativo
autônomo.

Art. 109. O auto de infração que apresentar vício sanável e, desde que não acarrete lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros, poderá ser convalidado pela autoridade julgadora

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competente, mediante despacho saneador, após o pronunciamento da
Assessoria Jurídica do Município.

Parágrafo único. Para os efeitos do estabelecido no caput deste artigo, considera-se vício
sanável, aquele que a correção da autuação não implique em modificação do fato descrito no
auto de infração.

Art.110. O auto de infração que apresentar vício insanável deverá ser declarado nulo pela
autoridade julgadora competente, que determinará o arquivamento do processo, após o
pronunciamento da Assessoria Jurídica do Município.

Parágrafo único.Nos casos em que o auto de infração for declarado nulo e estiver caracterizada
a conduta ou atividade lesiva ao meio ambiente deverá ser lavrado um novo auto de infração.

SEÇÃO III

DA DEFESA, DO RECURSO E DO JULGAMENTO

Art. 111. O autuado poderá, no prazo de vinte dias, contados da data da ciência da autuação,
oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração.

Parágrafo único. Vencido o prazo estabelecido no caput deste artigo sem que o autuado tenha
oferecido defesa ou impugnação, ou efetuado o pagamento da multa, o débito correspondente
será encaminhado para cobrança, onde poderá ser inscrito em dívida ativa.

Art. 112. O requerimento de defesa ou de impugnação deverá ser formulado por escrito e será
protocolado no Órgão Ambiental Municipal, e conterá os seguintes dados:

I. Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;


II. Identificação do interessado ou de quem o represente;
III. Número do auto de infração correspondente;
IV. Endereço do requerente, ou indicação do local para o recebimento de notificações,
intimações e comunicações;
V. Formulação do pedido, com exposição dos fatos e seus fundamentos;
VI. Apresentação de provas e demais documentos de interesse do requerente;
VII. Data e assinatura do requerente, ou de seu representante legal.

§1°O autuado poderá ser representado por advogado ou procurador legalmente constituído,
devendo, para tanto, anexar ao requerimento o respectivo instrumento de mandato.

§2°Cabe ao autuado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído a
autoridade julgadora para instrução do processo.

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§3° As provas propostas pelo autuado, quando de natureza ilícitas, impertinentes, desnecessárias
ou protelatórias, poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada da autoridade julgadora
competente.

Art. 113. A defesa não será conhecida quando oferecida:

I. Fora do prazo;
II. Por quem não seja legitimado.

Art. 114.O responsável pelo Órgão Ambiental Municipal, deverá julgar o auto de infração,
apresentada ou não a defesa ou a impugnação, mediante parecer prévio do agente autuador o
qual deverá manifestar-se sobre todos os argumentos apresentados pelo autuado e, se for o caso,
acostar ao seu parecer novos elementos de prova que julgar cabíveis.

§1° A decisão de que trata este artigo consistirá na emissão de decisão administrativa de
julgamento e do auto de infração, com a indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,
cientificando-se o autuado sobre o seu resultado.

§2°Caso o autuado apresente defesa ou impugnação de cunho jurídico, a Assessoria Jurídica do


Município deverá manifestar-se previamente a emissão da decisão administrativa e, neste caso,
o parecer jurídico de que trata este artigo é obrigatório e vinculante em relação à decisão do
responsável pelo Órgão Ambiental Municipal.

§3°A decisão da autoridade julgadora competente não se vincula aos critérios de dosimetria
utilizados pelo agente autuador para a determinação da multa aplicada, hipótese em que poderá,
de ofício ou a requerimento do interessado, independentemente do seu recolhimento minorar,
manter ou majorar o seu valor, respeitados os limites estabelecidos na legislação ambiental
vigente.

§4°O autuado que apresentar vulnerabilidade econômica na forma prevista na Lei Estadual nº
11.877/2002, deverá demonstrar esta condição e assim requerer na defesa ou impugnação.

§5° Caso a decisão administrativa não atenda a exigência prevista neste artigo, ou tenha
omissões de ordem técnica ou jurídica, o agente autuador poderá solicitar reconsideração ao
responsável pelo Órgão Ambiental Municipal, para fins de saneamento da omissão, abrindo-se,
se necessário, novo prazo para que o autuado, desejando, interponha nova defesa.

§6° Não sendo apresentada defesa ou impugnação da decisão administrativa de julgamento do


auto de infração ao responsável pelo Órgão Ambiental Municipal, o débito será consolidado e
iniciada a sua cobrança administrativa, com a notificação ao autuado.

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Art. 115. Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do parecer jurídico e
na decisão da autoridade julgadora.

Parágrafo único.O responsável pelo Órgão Ambiental Municipal poderá, a seu critério,
requisitar ao servidor autuador, a qualquer tempo, a produção de provas necessárias à sua
convicção sobre do pedido formulado, bem como parecer técnico, que deverá ser elaborado no
prazo máximo de dez dias, ressalvadas as situações devidamente justificadas.

Art. 116. Da decisão final proferida pelo responsável pelo Órgão Ambiental Municipal,
dependendo da complexidade da matéria, da penalidade aplicada e das suas repercussões para o
meio ambiente, no prazo máximo de 20 (trinta) dias, caberá recurso ao Conselho Municipal do
Meio Ambiente.

§1° Recebido o recurso pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, será a peça recursal e os
documentos a ela acostados autuados e os autos conclusos à Presidência do Conselho, para
pronunciar-se sobre a admissão ou não do recurso, no prazo máximo de 20 (vinte) dias, em
decisão fundamentada.

§2° A competência do Conselho Municipal do Meio Ambiente, para apreciar a admissão e/ou
recurso administrativo, contra decisão do responsável pelo Órgão Ambiental Municipal,deverá
observar o procedimento estabelecido pela Resolução CONSEMA nº 006/1999.

Art. 117. O recurso será interposto por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor
os fundamentos do pedido de reexame, podendo, para tanto, juntar os documentos que entender
conveniente.

§1°O recurso interposto, na forma prevista neste artigo, não tem efeito suspensivo.

§2° Na hipótese de justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da


execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior, poderá, de ofício ou a pedido, dar
efeito suspensivo ao recurso.

Art. 118. O recurso não será conhecido quando interposto:

I. Fora do prazo;
II. Perante órgão incompetente;
III. Por quem não seja legitimado.
IV.

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SEÇÃO IV

DA REINCIDÊNCIA

Art. 119. Incorre em reincidência genérica ou específica, a prática de nova infração ambiental
cometida pelo mesmo agente no período de três anos, classificada como:
I. Específica: cometimento de infração da mesma natureza;
II. Genérica: o cometimento de infração ambiental de natureza diversa.
§1°Constatada a reincidência genérica, a multa a ser imposta pela prática de nova infração
deverá ter o seu valor aumentado ao dobro do valor calculado pela metodologia adotada por esta
Lei.

§2°Constatada a reincidência específica, a multa a ser imposta pela prática de nova infração
deverá ter o seu valor aumentado ao triplo do valor calculado pela metodologia adotada por esta
Lei.

§3°Caracteriza-se a reincidência nos casos a que se refere o caput deste artigo, quando houver
decisão administrativa irrecorrível em processo administrativo anterior, e a nova infração tenha
sido cometida em período não superior a três anos.

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 120 – Fica o Poder Executivo autorizado a determinar medidas de emergência, a fim de
evitar episódios críticos de poluição ambiental ou impedir sua continuidade de qualquer fonte
poluidora na área atingida pela ocorrência, respeitadas a competência da União e do Estado.
Art. 121 – O Poder Executivo, mediante decreto, regulamentará os procedimentos e atos
necessários à implantação desta lei e demais normas pertinentes.
Art. 122 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Lei n° 2474/2009,
Lei n° 2579/2010, Lei n° 2891/2014, Lei nº2904/2014 e demais disposições em contrário.

Pedro Osório, 14 de setembro de 2017.

MOACIR OTÍLIO ALVES


Prefeito Municipal

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JUSTIFICATIVA

O presente Projeto de Lei tem por objetivo adequar a Legislação vigente, em conformidade com
as deliberações do Conselho Municipal do Meio Ambiente.
Este Projeto foi desenvolvido pelo setor técnico da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente, no sentido de codificar e atualizar a legislação existente no município em relação aos
temas ambientais, definindo instrumento jurídico que possa orientar às políticas municipais de
meio ambiente a serem implementadas.
Desde a edição da Resolução CONAMA n.º 237, foi conferido aos Municípios competência
para realização do licenciamento de atividades e empreendimentos de impacto ambiental local,
bem como, da possibilidade de delegação de competências do Estado, através de convênio.
O artigo 225, da Constituição Federal estabelece: “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações”.
O Município necessita articular e integrar as ações e atividades ambientais desenvolvidas pelos
diversos municípios, órgãos e entidades, dirimindo os atuais conflitos de atuações e
competência com aqueles dos órgãos federais e estaduais. Para tanto, através do presente
projeto, define uma estrutura administrativa para a área ambiental, assim como estabelece os
instrumentos legais para a devida atuação. Uma legislação ambiental municipal unificada torna-
se imprescindível para fundamentar o interesse local, regular a ação do Poder Público Municipal
e sua relação com os cidadãos e instituições, na preservação, conservação, defesa, melhoria,
recuperação e controle do meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida.
Ressalta-se ainda que a presente legislação redefine os prazos de validade das licenças
ambientais e promove a readequação dos valores das taxas em consonância com a realidade
econômica do Município.
As licenças criadas visam agilizar e beneficiar o empreendedor, seja pela redução de taxas como
pelo fato de promover a regularização de atividades exercidas na clandestinidade.
Desta forma, foram promovidas uma série de alterações em relação aos valores, adequando a
situação a realidade do Município de Pedro Osório, levando em conta a natureza, o porte da
atividade, bem como o potencial poluidor das mesmas.

MOACIR OTÍLIO ALVES


Prefeito Municipal

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ANEXO II: ATIVIDADES AGROPASTORIS

MANEJO FLORESTAL PARA EXPLORAÇÃO OU USO DO SOLO EM


ATIVIDADES AGROPASTORIS
ATIVIDADE PARÂMETRO TAXA

Até 10 exemplares 2,0


Supressão de espécies nativas
Acima de 5 exemplares 4,0

Até 25 ha 1,0
Descapoeiramento em propriedade
Acima de 25 ha 3,0

Manejo de vegetação exótica e nativa Indefinido 1,0

0,5: até 02
árvores.
Exploração de até 20 m³ de
0,8: 03 a 06
Exploração eventual de árvores nativas toras no período de 03 anos
árvores
para uso na propriedade. (exceto as árvores com
2,0: mais
restrições legais).
de 06
árvores.

Até 50 m3 0,5
Supressão de árvores nativas plantadas
Acima de 50 m3 2

Exploração do palmiteiro plantado Área de plantio – até 1 ha 0,5


Área de plantio – acima de 1 1
ha

Coleta e apanha de lenha Até 5 st (estéreis) 0,25

Manejo de produtos não madeireiro Indefinido 0,25


(cipós, nó de pinho, barba-de-pau, etc)
ANEXO III: ARBORIZAÇÃO URBANA

MANEJO DA ARBORIZAÇÃO URBANA


ATIVIDADE PARÂMETRO TAXA

Até 5 exemplares/ ano 1,0


Supressão de espécies nativas Acima de 5 2,0
exemplares/ano

Transplante de espécies nativas Indefinido 0,5

Unidade Transplante:
Poda ou transplante de espécies imunes 1,00
ao corte.
Poda: 0,05

Supressão de vegetação nativa em estágio Até 2.000,00 m² 5,0


inicial, incluindo tipo sub-bosque, em
área urbana para construção civil ou
roçada para limpeza em lotes.
ANEXO IV: MODALIDADE E DOCUMENTOS ESPECÍFICOS

MODALIDADES ESPECÍFICAS
ATIVIDADE PARÂMERO TAXA
Extensão até 1 Km 1,0
Abertura de Trilhas e Picadas
Extensão acima de 1 Km 2,5

Extensão até 1 Km 1,0


Manutenção de Faixas de Servidão
Extensão acima de 1 Km 2,5

Extensão até 1 Km 1,0


Manutenção de Estradas
Extensão acima de 1 Km 2,5

Aproveitamento de exemplares nativos


isolados, atingidos por fenômenos Unidade 0,25
naturais.

Manejo de vegetação para a implantação Área da obra, 7


ou ampliação de obras ou atividades empreendimento ou
modificadoras do meio ambiente, atividade.
consideradas de utilidade pública ou
interesse social.

Manejo de vegetação para implantação de Área da obra, 10


loteamentos, edificações e outros empreendimento ou
empreendimentos. atividade.

Manejo de vegetação para construção de Até 2.000,00 m² 6


edificações em lotes urbanos.

DOCUMENTOS ESPECÍFICOS
ATIVIDADE PARÂMETRO TAXA
Autorização Ambiental Inexistente 0,5

Declaração Inexistente 0,5

Autorização para Execução de


Inexistente 2,0
Serviços de Detonação

Extensão de 1 à 100 ha 0,25


Imóveis Rurais
Certidão Extensão de 101 à 500 ha 0,5
Negativa Pessoa Física ou
Inexistente 0,25
Jurídica
Termo de compromisso
ambiental para a regularização Inexistente Valor da LO
da atividade
Com Licença de Operação
Termo de compromisso Valor da LO
(LO)
ambiental para reparação de
Sem Licença de Operação Valor da LO mais 40
dano ambiental
(LO) % da taxa

Uma área de implantação


Emissão CIFPEN (Certificado 1,0
das mudas até 5 ha
de Identificação de Floresta
Uma área de implantação
Plantada com Espécie Nativa) 1,5
com mais de 5 ha

ANEXO V: TAXAS DE RENOVAÇÃO, PRORROGAÇÃO OU ALTERAÇÃO

TIPOLOGIA RENOVAÇÃO/PRORROGAÇÃO
Licença Prévia 20% da taxa estabelecida no Anexo I
Licença de Instalação 20% da taxa estabelecida no Anexo I
Licença Prévia e de Instalação 20% da taxa estabelecida no Anexo I
Licença de Operação 50% da taxa estabelecida no Anexo I
Licença de Instalação e de 50% da taxa estabelecida no Anexo I
Operação
Licença de 50% da taxa estabelecida no Anexo I
Operação/Regularização
Licença Única Rural 50% da taxa estabelecida no Anexo I
Autorização Valor integral da taxa estabelecida no Anexo II
Declaração Valor integral da taxa estabelecida no Anexo II
Licença Especial Valor integral da taxa estabelecida no Anexo II
Autorização Florestal Valor integral da taxa estabelecida no Anexo II
ANEXO VI

I – Introdução:

Este anexo especifica os valores das multas que devem ser aplicadas quanto ao
descumprimento dos Arts. 24 a 93 do Decreto n° 6.514/08. Nos artigos onde consta a fórmula
de cálculo da multa (unidade, hectare, metro cúbico, quilograma, metro de carvão, estéreo,
metro quadrado, dúzia, estipe, cento, milheiro ou outra medida pertinente), os valores são os
determinados pelo Decreto Federal. Naqueles onde não consta a forma de cálculo, caso o
resultado da multa calculada seja inferior ou superior aos valores constantes como mínimos e
máximos, respectivamente, no Decreto, utilizar estes, em cumprimento aos valores
estabelecidos no Decreto.

Quando o Auto de Infração referir-se a duas ou mais infrações, de artigos diferentes, o


cálculo do valor da multa a aplicar será efetuado para cada uma das infrações e o valor final da
multa será o somatório dos valores calculados.

II – Grupos de Multa:

1) GRUPO I:

a) Importação ou a exportação de quaisquer espécies aquáticas, em qualquer estágio de


evolução, bem como a introdução de espécies nativas ou exóticas em águas jurisdicionais
brasileiras, sem autorização do órgão ambiental competente;

b) Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em


formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção;

c) Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da


autoridade competente;

d) Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o Art. 27
do Decreto n° 99.274/1990, independentemente de sua localização;

e) Explorar área de reserva legal, florestas e formação sucessoras de origem nativa, tanto de
domínio público, quanto de domínio privado, sem aprovação prévia do órgão ambiental
competente, bem como da adoção de técnicas de condução, exploração, manejo e reposição
florestal;

f) Promover construção, de atividade não licenciada pelo órgão competente, em solo não
edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico,
artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem
autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida;

g) Efetuar a queima de resíduos sem licença ambiental;

h) Depositar resíduos em área sem licença ambiental;

i) Emissão de ruídos;

j) Emitir ou despejar efluentes ou resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, causadores de


degradação ambiental, em desacordo com o estabelecido na legislação e normas
complementares;

k) Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, estabelecimentos, obras ou serviços


potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou
contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes;

k.1) no caso de bens minerais, toda a atividade de Lavra de Rocha para uso imediato na
construção civil até 100 ha (cem hectares) requeridos ao DNPM e operação de dragas;

k.2) empreendimentos que não necessitem de licenciamento ambiental através do instrumento


EIA-RIMA, de acordo com a listagem da Resolução CONAMA n°001/86.

l) Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar,


armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva
à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis
ou em seus regulamentos, exceto substâncias radioativas.

m) Transporte de substâncias radioativas sem licença ambiental;

n) Deixar de cumprir ordens emanadas da autoridade ambiental, em especial o licenciamento


ambiental;

o) Acidentes rodoviários, ferroviários, fluviais, marítimos, em indústrias ou depósitos de


produtos químicos que coloquem em risco a saúde, a biota, os recursos naturais, mas que não
provoquem alterações significativas ao meio ambiente ou a saúde pública.

2) GRUPO II:

a) Construir, instalar ou fazer funcionar, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente


poluidores, listados na Resolução CONAMA n° 001/86 (sujeitos a EIA/RIMA), sem licença ou
autorização dos órgãos ambientais competentes;
b) Embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, armazenar, guardar, ter em depósito ou
usar produto ou substância radioativa, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis
ou em seus regulamentos;

c) Acidentes rodoviários, ferroviários, fluviais, marítimos, em indústrias ou depósitos de


produtos químicos que venham causar dano à saúde, à segurança, à biota, ao bem- estar da
população e aos recursos naturais, alterando significativamente o meio ambiente ou a saúde
pública;

d) Causar poluição do solo que torne uma área urbana ou rural impróprias para ocupação;

e) Causar, por mais de 24 (vinte e quatro) horas e até sete (sete) dias, suspensão de
abastecimento público de água para consumo humano, em razão de contaminação do recurso
hídrico, independentemente dos órgãos públicos de abastecimento abastecerem a área afetada
por sistema alternativo;

f) Causar poluição que paralise sistema de transporte público por período superior a 48
(quarenta e oito) horas;

g) Causar poluição que provoque a retirada dos habitantes da área afetada, por período superior
a 48 (quarenta e oito) horas e até 7 (sete) dias;

h) Dificultar ou impedir o uso público das praias, em trecho de até 10 ( dez) Km do recurso
hídrico.

3) GRUPO III:

a) Construir, instalar ou fazer funcionar, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente


poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as
normas legais e regulamentos pertinentes;

b) Produzir e processar, produto ou substância radioativa, em desacordo com as exigências


estabelecidas em licenciamento ambiental;

c) Acidentes rodoviários, ferroviários, fluviais, marítimos, em indústrias ou depósitos de


produtos químicos que venham causar perigo iminente à saúde, à segurança, à biota, ao bem-
estar da população, aos recursos naturais e que causem danos irreparáveis ou de difícil
reparação ao meio ambiente ou a saúde pública;
d) Causar, por período superior a 7 (sete) dias, suspensão de abastecimento público de água
para consumo humano, em razão de contaminação do recurso hídrico, independentemente dos
órgãos públicos de abastecimento abastecerem a área afetada por sistema alternativo;

e) Causar poluição que provoque a retirada dos habitantes da área afetada, por período superior
a 7 (sete) dias;

f) Dificultar ou impedir o uso público das praias, em trecho superior a 10 (dez) Km do recurso
hídrico.

Infrações não listadas em um dos Grupos deverão ter seu enquadramento definido pelo
técnico responsável pela Secretária Municipal de Agricultura e Meio Ambiente - SMAMA,
levando em conta a natureza da infração e suas conseqüências, a partir de relatório técnico
elaborado pelo fiscal responsável pela autuação.

Para efeitos do Art. 63, do Decreto n° 6514/2008, serão aplicados os seguintes valores
de multa:

I. R$ 1.500,00 por hectare ou fração, até 2 (dois) hectares;


II. R$ 2.000,00 por hectare ou fração, entre 2 (dois) e 10 (dez) hectares;
III. R$ 3.000,00 por hectare ou fração, acima de 10 (dez) hectares.
Observação: Considerar a área efetivamente registrada no DNPM, na ausência de
registro, a área efetivamente minerada.

Para os efeitos do Art. 64 deste Decreto, a multa calculada deverá ser multiplicada por
5 (cinco), caso seja substância nuclear ou radioativa.

III - Cálculo do valor de multa a aplicar:

1) Tabela de proporção:
Com a finalidade de cumprir o inciso 3° do Art. 6°, da Lei Federal nº 9.605/1998, fica
estabelecida a TABELA DE PROPORÇÃO na Tabela de Classificação de Atividades da Secretaria
Municipal de Agricultura e Meio Ambiente - SMAMA.

Para a construção da tabela, foi considerado que o POTENCIAL POLUIDOR (escala de 1)


é mais preponderante ambientalmente que PORTE (escala de 0,75) do empreendimento.
TABELA DE PROPORÇÃO

PORTE
POTENCIAL Mínimo Pequeno Médio Grande Excepcional
Baixo 1 1,75 2,5 3,25 4
Médio 2 3 5 6,5 8
Alto 3 5,25 7,5 9,75 12

2) Valor inicial de cálculo para aplicação de multas (VALOR “A”):


Aplicável aos artigos do Decreto Federal n° 6.514/2008, com as modificações do Decreto
Federal n° 6.686/2008.

2.1) Valores limites por artigo e grupo (em R$):

Observação: Os valores apresentados na tabela abaixo se referem ao Decreto Federal


n° 6.514/2008.

Artigo Infração Inferior Superior Artigo Infração Inferior Superior


Grupo I 500,00 1.000,00 Grupo I 1.000,00 1.000.000,00
31 Grupo II 1.000,01 3.000,00 69 Grupo II 1.000.000,01 5.000.000,00
Grupo III 3.000,01 5.000,00 Grupo III 5.000.000,01 10.000.000,00
Grupo I 200,00 1.000,00 Grupo I 500,00 2.000,00
32 Grupo II 1.000,01 5.000,00 71 Grupo II 2.000,01 5.000,00
Grupo III 5.000,01 10.000,00 Grupo III 5.000,01 10.000,00
Grupo I 5.000,00 100.000,00 Grupo I 10.000,00 100.000,00
33 Grupo II 100.000,01 200.000,00 72 Grupo II 100.000,01 200.000,00
Grupo III 200.000,01 500.000,00 Grupo III 200.000,01 500.000,00
Grupo I 5.000,00 100.000,00 Grupo I 10.000,00 50.000,00
34 Grupo II 100.000,01 200.000,00 73 Grupo II 50.000,01 100.000,00
Grupo III 200.000,01 500.000,00 Grupo III 100.000,01 200.000,00
Grupo I 700,00 10.000,00 Grupo I 10.000,00 20.000,00
35 Grupo II 10.000,01 50.000,00 74 Grupo II 20.000,01 30.000,00
Grupo III 50.000,01 100.000,00 Grupo III 30.000,01 100.000,00
Grupo I 700,00 10.000,00 Grupo I 1.000,00 10.000,00
36 Grupo II 10.000,01 50.000,00 75 Grupo II 10.000,01 20.000,00
Grupo III 50.000,01 100.000,00 Grupo III 20.000,01 50.000,00
Grupo I 300,00 1.000,00 Grupo I 500,00 10.000,00
37 Grupo II 1.000,01 5.000,00 77 Grupo II 10.000,01 50.000,00
Grupo III 5.000,01 10.000,00 Grupo III 50.000,01 100.000,00
38 Grupo I 3.000,00 10.000,00 78 Grupo I 100,00 180,00
Grupo II 10.000,01 20.000,00 Grupo II 180,01 240,00
Grupo III 20.000,01 50.000,00 Grupo III 240,01 300,00
Grupo I 500,00 10.000,00 Grupo I 10.000,00 100.000,00
39 Grupo II 10.000,01 20.000,00 79 Grupo II 100.000,01 300.000,00
Grupo III 20.000,01 50.000,00 Grupo III 300.000,01 1.000.000,00
Grupo I 5.000,00 20.000,00 Grupo I 1.000,00 100.000,00
43 Grupo II 20.000,01 35.000,00 80 Grupo II 100.000,01 300.000,00
Grupo III 35.000,01 50.000,00 Grupo III 300.000,01 1.000.000,00
Grupo I 5.000,00 10.000,00 Grupo I 1.000,00 10.000,00
44 Grupo II 10.000,01 15.000,00 81 Grupo II 10.000,01 30.000,00
Grupo III 15.000,01 20.000,00 Grupo III 30.000,01 100.000,00
Grupo I 5.000,00 20.000,00 Grupo I 1.500,00 100.000,00
45 Grupo II 20.000,01 35.000,00 82 Grupo II 100.000,01 300.000,00
Grupo III 35.000,01 50.000,00 Grupo III 300.000,01 1.000.000,00
Grupo I 100,00 200,00 Grupo I 10.000,00 100.000,00
56 Grupo II 200,01 500,00 83 Grupo II 100.000,01 300.000,00
Grupo III 500,01 1.000,00 Grupo III 300.000,01 1.000.000,00
Grupo I 1.000,00 2.000,00 Grupo I 2.000,00 10.000,00
59 Grupo II 2.000,01 5.000,00 84 Grupo II 10.000,01 50.000,00
Grupo III 5.000,01 10.000,00 Grupo III 50.000,01 100.000,00
Grupo I 5.000,00 200.000,00 Grupo I 1.500,00 100.000,00
61 Grupo II 200.000,01 1.000.000,00 85 Grupo II 100.000,01 500.000,00
Grupo III 1.000.000,01 50.000.000,00 Grupo III 500.000,01 1.000.000,00
Grupo I 5.000,00 200.000,00 Grupo I 500,00 2.000,00
62 Grupo II 200.000,01 1.000.000,00 86 Grupo II 2.000,01 5.000,00
Grupo III 1.000.000,01 50.000.000,00 Grupo III 5.000,01 10.000,00
Grupo I 1.500,00 2.000,00 Grupo I 1.500,00 10.000,00
63 Grupo II 2.000,01 2.500,00 87 Grupo II 10.000,01 50.000,00
Grupo III 2.500,01 3.000,00 Grupo III 50.000,01 100.000,00
Grupo I 500,00 100.000,00 Grupo I 5.000,00 100.000,00
64 Grupo II 100.000,01 500.000,00 88 Grupo II 100.000,01 500.000,00
Grupo III 500.000,01 2.000.000,00 Grupo III 500.000,01 2.000.000,00
Grupo I 100.000,00 200.000,00 Grupo I 1.500,00 100.000,00
65 Grupo II 200.000,01 500.000,00 89 Grupo II 100.000,01 500.000,00
Grupo III 500.000,01 1.000.000,00 Grupo III 500.000,01 1.000.000,00
Grupo I 500,00 200.000,00 Grupo I 500,00 2.000,00
66 Grupo II 200.000,01 1.000.000,00 90 Grupo II 2.000,01 5.000,00
Grupo III 1.000.000,01 10.000.000,00 Grupo III 5.000,01 10.000,00
Grupo I 5.000,00 1.000.000,00 Grupo I 200,00 10.000,00
67 Grupo II 1.000.000,01 2.000.000,00 91 Grupo II 10.000,01 50.000,00
Grupo III 2.000.000,01 5.000.000,00 Grupo III 50.000,01 100.000,00
Grupo I 1.000,00 2.000,00 Grupo I 1.000,00 2.000,00
68 Grupo II 2.000,01 5.000,00 92 Grupo II 2.000,01 5.000,00
Grupo III 5.000,01 10.000,00 Grupo III 5.000,01 10.000,00

2.2) Valores calculados para o Porte Mínimo/Potencial Baixo da TABELA DE PROPORÇÃO.

O Cálculo do valor do porte mínimo/potencial baixo (utilizado como multiplicador na


TABELA DE PROPORÇÃO), para cada um dos artigos citados, obedecerá a seguinte fórmula:

Valor = (Superior – Inferior) / (65 x 12)

Onde: 65: Número máximo de fatores agravantes.


12: Divisor máximo da tabela de proporção.

Resultado (em R$):

Artigo Infração Valor Artigo Infração Valor


31 Grupo I R$ 0,64 69 Grupo I R$ 1.280,77
Grupo II R$2,56 Grupo II R$ 5.128,21
Grupo III R$ 2,56 Grupo III R$ 6.410,26
32 Grupo I R$ 1,03 71 Grupo I R$ 1,92
Grupo II R$ 5,13 Grupo II R$ 3,85
Grupo III R$ 6,41 Grupo III R$ 6,41
33 Grupo I R$ 121,79 72 Grupo I R$ 115,38
Grupo II R$ 128,21 Grupo II R$ 128,21
Grupo III R$ 384,62 Grupo III R$ 384,62
34 Grupo I R$121,79 73 Grupo I R$ 51,28
Grupo II R$128,21 Grupo II R$ 64,10
Grupo III R$384,62 Grupo III R$ 128,21
35 Grupo I R$ 11,92 74 Grupo I R$ 12,82
Grupo II R$ 51,28 Grupo II R$ 12,82
Grupo III R$ 64,10 Grupo III R$ 89,74
36 Grupo I R$ 11,92 75 Grupo I R$ 11,54
Grupo II R$ 51,28 Grupo II R$ 12,82
Grupo III R$ 64,10 Grupo III R$ 38,46
37 Grupo I R$ 0,90 77 Grupo I R$ 12,18
Grupo II R$ 5,13 Grupo II R$ 51,28
Grupo III R$ 6,41 Grupo III R$ 64,10
38 Grupo I R$ 8,97 78 Grupo I R$ 0,10
Grupo II R$ 12,82 Grupo II R$ 0,08
Grupo III R$ 38,46 Grupo III R$ 0,08
39 Grupo I R$ 12,18 79 Grupo I R$ 115,38
Grupo II R$ 12,82 Grupo II R$ 256,41
Grupo III R$ 38,46 Grupo III R$ 897,44
43 Grupo I R$ 19,23 80 Grupo I R$ 126,92
Grupo II R$ 19,23 Grupo II R$ 256,41
Grupo III R$ 19,23 Grupo III R$ 897,44
44 Grupo I R$ 6,41 81 Grupo I R$ 11,54
Grupo II R$ 6,41 Grupo II R$ 25,64
Grupo III R$ 6,41 Grupo III R$ 89,74
45 Grupo I R$ 19,23 82 Grupo I R$ 126,28
Grupo II R$ 19,23 Grupo II R$ 256,41
Grupo III R$ 19,23 Grupo III R$897,44
56 Grupo I R$ 0,13 83 Grupo I R$115,38
Grupo II R$ 0,38 Grupo II R$ 256,41
Grupo III R$ 0,64 Grupo III R$ 897,44
59 Grupo I R$ 1,28 84 Grupo I R$ 10,26
Grupo II R$ 3,85 Grupo II R$ 51,28
Grupo III R$ 6,41 Grupo III R$ 64,10
61 Grupo I R$ 250,00 85 Grupo I R$ 126,28
Grupo II R$ 1.025,64 Grupo II R$ 512,82
Grupo III R$ 62.820,51 Grupo III R$ 641,03
62 Grupo I R$ 250,00 86 Grupo I R$1,92
Grupo II R$ 1.025,64 Grupo II R$ 3,85
Grupo III R$ 62.820,51 Grupo III R$ 6,41
63 Grupo I R$ 0,64 87 Grupo I R$ 10,90
Grupo II R$ 0,64 Grupo II R$ 51,28
Grupo III R$ 0,64 Grupo III R$ 64,10
64 Grupo I R$ 127,56 88 Grupo I R$ 121,79
Grupo II R$ 512,82 Grupo II R$ 512,82
Grupo III R$ 1.923,08 Grupo III R$ 1.923,08
65 Grupo I R$ 128,21 89 Grupo I R$ 126,28
Grupo II R$ 384,62 Grupo II R$ 512,82
Grupo III R$ 641,03 Grupo III R$ 641,03
66 Grupo I R$ 255,77 90 Grupo I R$ 1,92
Grupo II R$ 1.025,64 Grupo II R$ 3,85
Grupo III R$ 11.538,46 Grupo III R$ 6,41
67 Grupo I R$ 1.275,64 91 Grupo I R$ 12,56
Grupo II R$ 1.282,05 Grupo II R$ 51,28
Grupo III R$ 3.846,15 Grupo III R$ 64,10
68 Grupo I R$ 1,28 92 Grupo I R$ 1,28
Grupo II R$ 3,85 Grupo II R$ 3,85
Grupo III R$ 6,41 Grupo III R$ 6,41

Este valor será multiplicado pelo indexador em cada porte/potencial da TABELA DE


PROPORÇÃO, gerando o VALOR (A) para cada um dos cruzamentos da TABELA.
O valor de (A), para cada empreendimento, é o correspondente ao seu enquadramento na
Tabela de Classificação de Atividades da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente
– SMAMA.
Exemplo para o Art. 39, Grupo I:
PORTE
POTENCIAL Mínimo Pequeno Médio Grande Excepcional
Baixo 12,18 21,31 30,45 39,58 48,72
Médio 24,36 36,54 60,90 79,17 97,44
Alto 36,54 63,94 91,35 118,75 146,16

DAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE AGRAVAM O CÁLCULO DO VALOR FINAL DA


MULTA
Circunstancias que agravam o valor final da multa, se a infração resultou em:
AGRAVANTES NÃO BAIXO MÉDIO ALTO
Risco à Saúde (B) 0 1 3 7
Destruição da Flora (C) 0 1 3 7
Impacto ao Meio Ambiente (D) 0 1 3 7
Mortandade de Animais (E) 0 1 3 7

Para efeitos desta Lei, entende-se por:


a) Baixo: as infrações que coloquem em risco a saúde e/ou biota e/ou os recursos naturais,
mas que não provoquem alterações significativas ao meio ambiente ou a saúde pública;
b) Médio: as infrações que venham causar dano à saúde, e/ou à segurança, e/ou à biota, e/ou
ao bem-estar da população e aos recursos naturais, alterando significativamente o meio
ambiente ou a saúde pública;
c) Alto: as infrações que venham causar perigo iminente à saúde e/ou à segurança, e/ou à
biota, e/ou ao bem-estar da população, e/ou aos recursos naturais e que causem danos
irreparáveis ou de difícil reparação ao meio ambiente ou a saúde pública.

SIM NÃO
Licenciamento Ambiental (F) 0 2

Caso o empreendedor tenha solicitado licenciamento ambiental anteriormente a autuação


por falta de licenciamento ambiental, a multa somente poderá ser agravada com o valor 2 se a
autuação ocorrer no período de 6(seis) meses após a abertura do processo administrativo de
licenciamento, em respeito ao Art. 14 da Resolução CONAMA n° 237/97.
Caso a autuação seja por falta de licenciamento ambiental, não se aplica o agravante de
falta de licenciamento. (F)
NENHUM RELEVANTE<=2 GRAVE<=2
Antecedentes do infrator quanto ao
cumprimento da legislação
ambiental (número de Autos de 0 2 6
Infração julgados procedentes nos
últimos 5 (cinco) anos. (G)
TER O AGENTE COMETIDO À INFRAÇÃO PONTOS
Para obter vantagem pecuniária 2
Coagindo outrem para a execução material da infração 2
Concorrendo a danos à propriedade alheia 2
Atingindo áreas de Unidades de Conservação ou áreas sujeitas por ato 3
do Poder Público, a regime especial de uso
Atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos 2
Em período de defeso á fauna 3
Em domingos e feriados 1
A noite 1
Em épocas de seca ou inundações 3
No interior do espaço territorial especialmente protegido 2
Mediante fraude ou abuso de confiança 2
Mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização 2
ambiental
No interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por 1
verbas públicas ou beneficiadas por incentivos fiscais
Atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das 3
autoridades competentes
Facilitadas por funcionário público no exercício de suas funções 1
TOTAL (H)

DAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE ATENUAM O VALOR FINAL DA MULTA


CIRCUNSTÃNCIA QUE ATENUAM A PENA SIM NÃO
Baixo grau de instrução ou escolaridade do agente. (I) 2 0
Arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação 3 0
do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada.
(J)
Comunicação prévia pelo agente, do perigo iminente de degradação 2 0
ambiental. (L)
Colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle 1 0
ambiental. (M)

DO CÁLCULO DO VALOR FINAL DA MULTA.


MULTA = (Valor inferior do respectivo artigo e tipo de infração) +(A)*[(B+C+D+E+F+G+H)
– (I+J+L+M)]

DO AGRAVANTE DA MULTA CALCULADA.


a) O cometimento de nova infração por agente beneficiado com a conversão de multa simples em
prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente,
implicará a aplicação de multa em dobro do valor calculado em 2.5;

b) Constitui reincidência a prática de nova infração ambiental cometida pelo mesmo agente no
período de três anos, classificada como:

I. Específica: cometimento de infração da mesma natureza;

II. Genérica: o cometimento de infração ambiental de natureza diversa.


c) No caso de reincidência específica ou genérica, a multa a ser imposta pela prática da nova
infração, terá seu valor aumentado ao triplo e ao dobro, respectivamente,
independentemente do cálculo estabelecido em 2.5.
III – Redução e/ou conversação multa em razão da vulnerabilidade econômica do autuado:

1) Nos termos do art. 3º da Lei Estadual n° 11.877/2002, é vulnerável economicamente o infrator


que apresentar duas ou mais das condições previstas no artigo.

1.1) No verso do Auto de Infração, constará uma observação onde o autuado é informado que,
se for beneficiário do Art. 3º, deverá comprovar o fato junto a sua defesa da autuação,
apresentando as informações relativas a sua situação econômica, para poder se beneficiar da
aplicação do Art. 4º da mesma Lei;

1.2) Na aplicação da penalidade de multa, o agente autuante somente aplicará a metodologia


de cálculo desta Portaria. Os benefícios da Lei nº 11.877/2202 serão objeto de defesa do
autuado e decisão da Chefia Superior do Agente.

IV – Das disposições específicas:

1. Quando da aplicação de multa em seqüência a advertência, sem multa inicial, a multa terá
igual ao valor (A), do respectivo porte/potencial, da tabela de infração leve;

2. Nos Autos de Infração com a seqüência multa e advertência sob pena de multa, a segunda
multa terá o valor em dobro do calculado para a primeira multa;

3. A multa diária será aplicada, com autorização formal do responsável pelo Departamento de
Meio Ambiente, sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo, até a sua
efetiva cessação ou regularização da situação mediante a celebração, pelo infrator, de termo de
compromisso de reparação de dano. Igualmente poderá ser aplicada a multa diária sempre que
for requerido pelo órgão ambiental providências para a recuperação ambiental e
compensatórias do dano, não adimplidas no prazo estipulado no Auto de Infração. O valor da
multa diária será o valor (A), do respectivo porte/potencial, para infrações leves.

4. Na aplicação do Art. 41, do Decreto Federal nº 6.514, de 22/07/2008, deverá ser elaborado
laudo técnico que é a peça na qual um ou mais profissionais habilitados, relatam o que
observaram em termos de danos potenciais ou efetivos ao meio ambiente e a saúde pública,
apoiados em vistorias, análises laboratoriais, imagens de satélite, fotografias ou outros meios, e
dão suas conclusões sobre a extensão da infração cometida.

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