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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

ANO XIII – EDIÇÃO nº 2937 – SEÇÃO I


DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

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CLAUDIA CLAUDIA VASCONCELLOS
LEMES:58850503172
VASCONCELLOS DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=Secretaria
da Receita Federal do Brasil - RFB,

LEMES:5885050 ou=RFB e-CPF A3, ou=(EM BRANCO),


ou=Autenticado por AR Certa,
cn=CLAUDIA VASCONCELLOS
3172 LEMES:58850503172
Dados: 2020.02.21 12:09:32 -03'00'
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ORGAO ESPECIAL #
INTIMACAO DE ACORDAO N.3/2020
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1 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 62336-18.2016.8.09.0175(201690623365)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 RECORRENTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 RECORRIDO(S) : THIAGO ROSA DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMENTA : AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO
DENEGATÓRIA DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
FUNDAMENTADA EM REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO DO
ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. Uma vez que a matéria versada no
presente feito amolda-se àquela apreciada pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento do
representativo da controvérsia (RE n.
603.616/RO - Tema 280) e tendo o acórdão objeto
do Recurso Extraordinário julgado no mesmo
sentido, nega-se provimento ao Agravo Interno.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : ACÓRDÃO VISTOS, relatados e discutidos estes
autos de Agravo Interno no Recurso Extraordinário
no Recurso em Sentido Estrito n.
62336-18.2016.8.09.0175(201690623365), DA COMARCA
de Goiânia. VOTARAM com o Relator os
Desembargadores Leobino Valente Chaves, Gilberto
Marques Filho, Nelma Branco Ferreira Perilo,
Kisleu Dias Maciel Filho, Gerson Santana Cintra,
Nicomedes Domingos Borges, Itamar de Lima, Sandra
Regina Teodoro Reis, Olavo Junqueira de Andrade,
Marcus da Costa Ferreira e Amaral Wilson de
OLIVEIRA (SUBST. DO DES. JOSé CARLOS DE OLIVEIRA).
AUSENTES OCASIONAIS Desembargadores Beatriz
Figueiredo Franco, João Waldeck Félix de Sousa,
Carlos Escher e Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira. AUSENTE JUSTIFICADO Desembargador Carlos
Roberto Fávaro (Subst. do Des. Ney Teles de
PAULA).ACORDA O TRIBUNAL DE JUSTIçA DO ESTADO DE
Goiás, em sessão pelos integrantes do Órgão
Especial, à unanimidade de votos, em conhecer e
desprover o Agravo Interno, nos termos do voto do
Presidente-Relator. Presidiu a sessão o
Desembargador Walter Carlos Lemes.Presente a Drª.
Ana Cristina Ribeiro Peternella França,
Procuradora de Justiça. Goiânia, 17 de fevereiro
de 2020. WALTER CARLOS LEMES Presidente

GOIANIA, 19 DE FEVEREIRO DE 2020

SECRETARIO(A): SABRINA OLIVEIRA SILVA MESQUITA


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Nº Processo PROAD: 202001000210443

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 380/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202001000210443, dispensa a Dra. Alessandra Gontijo do
Amaral, Juíza de Direito da 19ª Vara Cível e Ambiental da Comarca de Goiânia, da
função de Juiz Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da
Comarca de Goiás, e designa a Dra. Francielly Faria Morais, Juíza de Direito da 2ª Vara
da referida comarca, para exercer a aludida função.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente
//Ass06-AdM

Assinado digitalmente por: WALTER CARLOS LEMES, PRESIDENTE, em 21/02/2020 às 08:29.


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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
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Nº Processo PROAD: 202001000210443

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202001000207631

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 381/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202001000207631, designa, a partir de 19 de dezembro de
2019, a Dra. ADRIANA MARIA DOS SANTOS QUEIRÓZ DE OLIVEIRA, Juíza de
Direito da 1ª Vara (Cível e da Infância e da Juventude) da Comarca de Quirinópolis,
para, sem prejuízo das atividades funcionais na sua unidade judiciária, responder pela 2ª
Vara (Cível, das Fazendas Públicas, de Registros Públicos e Ambiental) da referida
comarca, até o seu provimento.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

//Ass18-AdM/

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Nº Processo PROAD: 202001000207631

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Nº Processo PROAD: 202001000208757

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 382/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202001000208757, suspende, no interregno de 15 a 24 de
janeiro de 2020, as férias do segundo período de 2019 do Dr. SANDRO CÁSSIO DE
MELO FAGUNDES, Juiz de Direito da Comarca de Goiânia, previstas no Decreto
Judiciário nº 2.960, de 5 de dezembro de 2019, de 7 a 24 de janeiro de 2020, e autoriza o
usufruto do remanescente de 13 a 22 de abril de 2020.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

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Nº Processo PROAD: 202001000208757

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Nº Processo PROAD: 202002000211629

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 384/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE


JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais e regimentais,
tendo em vista o que consta nos autos do PROAD nº 202002000211629, nos termos
do artigo 3º, §2º, da Resolução nº 04, de 10 de abril de 2013, do Órgão Especial, com
redação alterada pelo art. 1º, da Resolução nº 36, de 12 de agosto de 2015, reajusta o
valor do auxílio-alimentação para o montante de R$1.210,00 (um mil, duzentos e dez
reais), com efeito a partir de 1º de janeiro do corrente ano.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020, de 132ª da República.

WALTER CARLOS LEMES


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//Ass23-AdM/

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Nº Processo PROAD: 202002000211629

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Nº Processo PROAD: 202001000209087

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 387/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202001000209087, exonera NATÁLIA TANDAYA GRANDI do
cargo comissionado de Assistente Administrativo de Juiz de Direito, DAE-3, da Comarca
de Bela Vista de Goiás, e nomeia JORDANA DA SILVA BORGES para referido cargo em
comissão.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


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mcc

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Nº Processo PROAD: 202001000207603

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 388/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202001000207603, exonera LUCIANA CRISTINE ALVES CRUZ
do cargo comissionado de Assistente de Secretaria de Câmara, DAE-2, da Secretaria da
6ª Câmara Cível, e nomeia THAÍS DE SOUSA CARLES para referido cargo em
comissão.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 201905000170371

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 390/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 201905000170371, dispensa GISLENE ARAÚJO GUIMARÃES,
Escrevente Judiciário II, classe B, nível 1, da função de confiança de Analista de Cálculos
e Contas I, FEC-4, do Gabinete da Diretoria do Foro da Comarca de Mineiros, e a
designa para exercer a função de confiança de Encarregado de Escrivania, FEC-5, da
Escrivania de Família e Sucessões e 3º do Cível da referida comarca.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


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mcc

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Nº Processo PROAD: 201905000170371

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202001000210698

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 394/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE


JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em
vista o que consta nos autos do PROAD nº 202001000210698, altera o Decreto
Judiciário nº 2.821, de 19 de novembro de 2019, na parte em que aprova a escala
de férias do Dr. PÉRICLES DI MONTEZUMA CASTRO MOURA, Juiz de Direito da
Comarca de Goiânia, para autorizar o fracionamento das férias relativas aos 1º e 2º
períodos de 2020, para usufruto, respectivamente, em 29 de junho a 18 de julho de
2020, e em 3 a 22 de novembro de 2020.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

27

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Nº Processo PROAD: 202001000210698

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Nº Processo PROAD: 201911000201270

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 407/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD n° 201911000201270, designa ALINE CHEDRAOUI para substituir
ANDREA TAVARES FERREIRA DE ASSIS, Escrevente Judiciário III, classe F, nível 3, no
cargo comissionado de Assessor Jurídico de Desembargador, DAE-9 (Gabinete do
Desembargador Itamar de Lima), nos períodos 1º a 19 de novembro de 2019 e de 7 a 17
de janeiro de 2020, em virtude de férias da titular (referentes ao exercício de 2019).

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

mcc

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Av. Assis Chateaubriand n. 195, Setor Oeste, Goiânia-GO. Telefone: 62.3216.2000 – CEP 74.130-012

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Nº Processo PROAD: 201911000201270

WALTER CARLOS LEMES


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PRESIDENCIA
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Nº Processo PROAD: 202001000207119

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 408/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD n° 202001000207119, designa POLLYANA GONÇALVES DE
FREITAS, Técnico Judiciário, classe D, nível 1, para substituir MARISIA FERNANDES
ARAÚJO no cargo comissionado de Assessor Jurídico de Desembargador, DAE-9
(Dr. Fernando de Castro Mesquita em substituição no Gabinete do Desembargador Luiz
Eduardo de Sousa), no período 1º a 30 de novembro de 2019, em virtude de férias da
titular (referentes ao exercício de 2019).

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

mcc

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Av. Assis Chateaubriand n. 195, Setor Oeste, Goiânia-GO. Telefone: 62.3216.2000 – CEP 74.130-012

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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202001000207119

WALTER CARLOS LEMES


PRESIDENTE
PRESIDENCIA
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020
Nº Processo PROAD: 201912000202322

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 409/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD n° 201912000202322, designa LEANDRO ARAÚJO BARROS,
Escrevente Judiciário II, classe D, nível 2, para substituir GUILHERME DA PAIXÃO
COSTA FERREIRA, Escrevente Judiciário III, classe B, nível 2, no cargo comissionado
de Diretor de Divisão, DAE-7, da Divisão de Atividade Específica da Corregedoria Geral
da Justiça, no período 5 a 19 de dezembro de 2019, em virtude de férias do titular
(referentes ao exercício de 2018).

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

mcc

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Av. Assis Chateaubriand n. 195, Setor Oeste, Goiânia-GO. Telefone: 62.3216.2000 – CEP 74.130-012

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Nº Processo PROAD: 201912000202322

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202002000213883

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 413/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD n° 202002000213883, revoga os Decretos Judiciários nº 459, de 7
de fevereiro de 2019 e nº 2.375, de 16 de setembro de 2019.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

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Nº Processo PROAD: 202002000213883

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Nº Processo PROAD: 202002000213883

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 414/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202002000213883, designa o Dr. PEDRO HENRIQUE GUARDA
DIAS, Juiz de Direito da Comarca de Alvorada do Norte, para, a partir desta data, sem
prejuízo das atividades funcionais na sua unidade judiciária, exercer as funções de
Diretor do Foro e responder pelas 1ª e 2ª Varas da Comarca de Posse, até o efetivo
provimento.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

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Nº Processo PROAD: 202002000213883

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 415/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202002000213883, designa o Dr. FERNANDO MARNEY
OLIVEIRA DE CARVALHO, Juiz de Direito da Comarca de Campos Belos, para, a partir
desta data, sem prejuízo das atividades funcionais na sua unidade judiciária, responder
pelo Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Posse, até o efetivo provimento.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

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Nº Processo PROAD: 202002000213883

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Nº Processo PROAD: 202001000208814

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 416/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta
nos autos do PROAD nº 202001000208814, dispensa VANESSA VASCONCELLOS
LEMES RAICHL, Escrevente Judiciário III, classe D, nível 2, da função de confiança de
Assistente Judiciário III, FEC-4, da Secretaria da 2ª Câmara Criminal, e designa
ANDRÉIA CINTRA DE OLIVEIRA, Escrevente Judiciário III, classe D, nível 3, para
referido cargo em comissão.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020, 132º da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente
mcc

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Nº Processo PROAD: 202001000208814

WALTER CARLOS LEMES


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Nº Processo PROAD: 202002000211755

Gabinete da Presidência

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 418/ 2020.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE


JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais e regimentais,
tendo em vista o que consta nos autos do PROAD nº 202002000211755, fica alterado
o artigo 3º, do Decreto Judiciário nº 721, de 28 de abril de 2016, conforme Índice
Nacional de Preços ao Consumidor – IPCA, a fim de atualizar o valor do Auxílio Creche
de R$ 700,57 (setecentos reais e cinquenta e sete centavos) para 730,76 (setecentos e
trinta reais e setenta e seis centavos), mantidos os demais termos e fundamentos.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020, de 132ª da República.

WALTER CARLOS LEMES


Presidente

//Ass18-AdM/

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Nº Processo PROAD: 202002000211755

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Nº Processo PROAD: 202001000206058



 
 

  



 
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Assinado digitalmente por: KISLEU DIAS MACIEL FILHO, CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA, em 19/02/2020 às 11:10.
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Nº Processo PROAD: 202001000206058



 
 

  


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Assinado digitalmente por: KISLEU DIAS MACIEL FILHO, CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA, em 19/02/2020 às 11:10.
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Nº Processo PROAD: 202001000206058

KISLEU DIAS MACIEL FILHO


CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA
CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA
Assinatura CONFIRMADA em 19/02/2020 às 11:10

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Nº Processo PROAD: 202001000209549

 

   
  
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Assinado digitalmente por: RUI GAMA DA SILVA, SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA, em 20/02/2020 às 10:47.
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Nº Processo PROAD: 202001000209549

 

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Assinado digitalmente por: RUI GAMA DA SILVA, SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA, em 20/02/2020 às 10:47.
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Digitalmente endereço https://proad.tjgo.jus.br/proad/publico/validacaoDocumento
Eletrônico - Acesse: www.tjgo.jus.br 40 de 4699
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202001000209549

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
Assinatura CONFIRMADA em 20/02/2020 às 10:47

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Nº Processo PROAD: 202001000209549

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


PODER JUDICIÁRIO

MALOTE DIGITAL

Tipo de documento: Informações Processuais


Código de rastreabilidade: 82220201440372
Nome original: Ofício Goiás.pdf
Data: 27/01/2020 11:01:20
Remetente:
José Elias de Souza Manoel
DEJUD - Departamento Judicial
Tribunal de Justiça de Rondônia
Prioridade: Normal.
Motivo de envio: Para providências.
Assunto: Segue em anexo Ofício Circular que trata de distribuição de Carta Precatória no
PJe do PJRO, tal como Manual Prático para orientação de Procedimento para devida
s providências.

Assinado digitalmente por: TERESA CRISTINA DE LIMA SAVASTANO, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 27/01/2020 às 11:47.
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Nº Processo PROAD: 202001000209549
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 202001000209549

TERESA CRISTINA DE LIMA SAVASTANO


ANALISTA JUDICIÁRIO
DIVISÃO DE PROTOCOLO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS ADMINISTRATIVOS - CGJ
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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


PODER JUDICIÁRIO

MALOTE DIGITAL

Tipo de documento: Informações Processuais


Código de rastreabilidade: 82220201440371
Nome original: Manual_de_Distribuicao_de_Carta_Precatoria.pdf
Data: 27/01/2020 11:01:20
Remetente:
José Elias de Souza Manoel
DEJUD - Departamento Judicial
Tribunal de Justiça de Rondônia
Prioridade: Normal.
Motivo de envio: Para providências.
Assunto: Segue em anexo Ofício Circular que trata de distribuição de Carta Precatória no
PJe do PJRO, tal como Manual Prático para orientação de Procedimento para devida
s providências.

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JUREMA FLEURY OLIVEIRA


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Nº Processo PROAD: 202001000209549

CARLOS FREDERICO SOARES DE CASTRO


ANALISTA JUDICIÁRIO
ASSESSORIA CORREICIONAL DA CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 06/02/2020 às 15:08

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Nº Processo PROAD: 202001000208434

 

  
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Nº Processo PROAD: 202001000208434

RUI GAMA DA SILVA


SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA
SECRETARIA-GERAL DA CORREGEDORIA
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 202001000208434

LINA DI CLEMENTE
SECRETÁRIO(A) DA DIRETORIA DO FORO
ANAPOLIS DIRETORIA DO FORO
Assinatura CONFIRMADA em 20/01/2020 às 14:39

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Nº Processo PROAD: 202001000208434


 


 
   
 


    Nº 536

   
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 202001000208434

ANNA LUÍSA DO CARMO BRAGA


ASSESSOR(A)
ASSESSORIA CORREICIONAL DA CGJ
Assinatura CONFIRMADA em 10/02/2020 às 11:25

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Nº Processo PROAD: 202002000214296

PORTARIA DE DIÁRIA E AJUDA DE CUSTO Nº 042/2020.

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, no uso das


atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto Judiciário 2162/2018, em conformidade com os atos normativos referentes às diárias e ajuda de custo (Resoluções nº
68/2016 e nº 120/2019), em seus arts.16 e 15, respectivamente, e observada a inexistência de pedidos idênticos e de pagamento nos moldes abaixo relacionados,
identificados por meio do sistema informatizado sob análise da Assessoria Técnica, AUTORIZA o pagamento das seguintes diárias e ajudas de custo abaixo:

SERVIDOR / MAGISTRADO - QUANT./


TIPO CARGO / FUNÇÃO LOTAÇÃO REQUISITANTE ORIGEM DESTINO PERÍODO FINALIDADE
MATRÍCULA VALOR
Ajuda de Custo Alberto Nunes Guerra - 5111382 Assessor Correicional da Assessoria Correicional da Cgj Goiania Cocalzinho de 18/02/20 08:00 a Inspeção / Correição de 266 KM
C.G.J. Goias 21/02/20 18:00 Cartórios 218,12
Diária Alberto Nunes Guerra - 5111382 Assessor Correicional da Assessoria Correicional da Cgj Goiania Cocalzinho de 18/02/20 08:00 a Inspeção / Correição de 3 e 1/2
C.G.J. Goias 21/02/20 18:00 Cartórios 1.049,08
Diária Amanda Cardoso da Silva - Analista Judiciario - Area Rio Verde Rio Verde Quirinopolis 18/02/20 08:00 a Perícia Psicossocial 1/2
5220171 Especializada 18/02/20 14:00 127,27
Diária Ana Angelyk da Veiga Jardim Analista Judiciario - Area Ipora Ipora Caiaponia 18/02/20 08:00 a Perícia Psicossocial 1 e 1/2
Batista Santos - 5218082 Especializada 19/02/20 18:00 434,54
Diária Cecilia Mendes Pereira - 5212451 Analista Judiciario - Area Goianesia Goianesia Rubiataba 19/02/20 08:00 a Perícia Psicossocial 2 e 1/2
Especializada 21/02/20 17:00 741,81
Diária Daniela de Padua Rezende - Assistente de Secretaria Coordenadoria Estadual da Mulher Goiania Pires do Rio 24/01/20 11:00 a Reunião Técnica 1/2
5220134 Em Situacao de Violencia 24/01/20 18:00 127,27
Domestica E Familiar E de
Execuçao Penal
Diária Dorivania Amaral de Oliveira - Analista Judiciario - Area Aparecida de Goiania Aparecida de Turvania 19/02/20 09:00 a Perícia Psicossocial 1/2
5219035 Especializada Goiania 19/02/20 16:00 127,27
Diária Edson Jose dos Santos - 5152542 Assistente Judiciario III - À Secretaria Geral da Cgj Goiania Cachoeira Dourada 12/02/20 05:45 a Conduzir Magistrado 1/2
Disposição 12/02/20 19:00 142,41
Diária Edson Jose dos Santos - 5152542 Assistente Judiciario III - À Secretaria Geral da Cgj Goiania Panama 27/02/20 08:00 a Conduzir Servidor 1 e 1/2
Disposição 28/02/20 18:00 464,82
Diária Fabio Magalhaes Gonçalves - Analista Judiciario - Area Aparecida de Goiania Aparecida de Turvania 19/02/20 08:30 a Perícia Psicossocial 1/2
5219336 Especializada Goiania 19/02/20 15:30 127,27

Portaria nº 42 Ano: 2020


Sistema
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Nº Processo PROAD: 202002000214296

Diária Fernanda Freitas Sousa - 5143578 Assistente de Juiz de Direito Maurilandia Vara Judicial Maurilandia Mineiros 03/02/20 09:00 a Participar do Mutirão 2 e 1/2
05/02/20 19:00 Previdenciário 741,81
Diária Fernando Lacerda Silva - 5055920 Assistente de Secretaria II Divisao de Transportes Goiania Pires do Rio 24/01/20 11:30 a Conduzir Servidor 1/2
24/01/20 19:00 127,27
Ajuda de Custo Jessica de Sousa - 5229223 Analista Judiciário - Área Aguas Lindas de Goias Aguas Lindas de Goiania 01/03/20 15:00 a Convocação (Presidência / 380 KM
Judiciária Goias 04/03/20 08:00 Corregedoria) 311,60
Ajuda de Custo Jessica de Sousa - 5229223 Analista Judiciário - Área Aguas Lindas de Goias Aguas Lindas de Goiania 26/02/20 08:00 a Convocação (Presidência / 380 KM
Judiciária Goias 29/02/20 08:00 Corregedoria) 311,60
Diária Jessica de Sousa - 5229223 Analista Judiciário - Área Aguas Lindas de Goias Aguas Lindas de Goiania 01/03/20 15:00 a Convocação (Presidência / 3 e 1/2
Judiciária Goias 04/03/20 08:00 Corregedoria) 1.101,81
Diária Jessica de Sousa - 5229223 Analista Judiciário - Área Aguas Lindas de Goias Aguas Lindas de Goiania 26/02/20 08:00 a Convocação (Presidência / 3 e 1/2
Judiciária Goias 29/02/20 08:00 Corregedoria) 1.101,81
Diária Joao Henrique Gonçalves - Assistente Administrativo Jussara Juizado Especial Civel E Jussara Anapolis 17/02/20 07:00 a Triagem de Processos 4 e 1/2
5204576 de Juiz de Direito Criminal 21/02/20 08:00 para Justiça Ativa 1.356,35
Diária Jonathas Ferreira Santos - Analista Judiciario - Area Rio Verde Rio Verde Quirinopolis 19/02/20 08:00 a Perícia Psicossocial 1 e 1/2
5210368 Especializada 20/02/20 18:00 434,54
Diária Julio Cesar Almeida Teixeira - Auxiliar de Gabinete II Diretoria Administrativa Goiania Brasilia - DF 27/11/19 05:00 a Conduzir Servidor 1/2
5067669 27/11/19 18:00 202,27
Diária Julio Cesar Almeida Teixeira - Auxiliar de Gabinete II Diretoria Administrativa Goiania Luziania 18/11/19 08:00 a Conduzir Servidor 1 e 1/2
5067669 19/11/19 18:00 434,54
Diária Keury Juliana Santos Silva de Analista Judiciario - Area Goianesia Goianesia Rubiataba 19/02/20 08:00 a Perícia Psicossocial 2 e 1/2
Urcino - 5210360 Especializada 21/02/20 17:00 741,81
Ajuda de Custo Lucas Gomes Marques - 5177294 Escrevente Judiciario I Ceres Juizado Especial Civel E Ceres Goiania 26/02/20 08:00 a Convocação (Presidência / 352 KM
(analista Judiciario - Area de Criminal 29/02/20 11:00 Corregedoria) 288,64
Apoio Judiciario E
Administrativo) - Lei Nº
17.663/2012, Anexo IX
Diária Lucas Gomes Marques - 5177294 Escrevente Judiciario I Ceres Juizado Especial Civel E Ceres Goiania 26/02/20 08:00 a Convocação (Presidência / 3 e 1/2
(analista Judiciario - Area de Criminal 29/02/20 11:00 Corregedoria) 1.101,81
Apoio Judiciario E
Administrativo) - Lei Nº
17.663/2012, Anexo IX
Diária Luiz Alberto de Melo - 5027098 Assistente Judiciario I - À Escola Judicial do Tribunal de Goiania Luziania 18/02/20 05:00 a Conduzir Servidor 3 e 1/2
Disposição Justiça do Estado de Goias - Ejug 21/02/20 12:00 1.049,08
Diária Nelma Martins de Andrade - Escrevente Judiciario II Ipameri Escrivania das Fazendas Ipameri Goiania 02/02/20 16:00 a Convocação (Presidência / 6 e 1/2
5093856 (analista Judiciario - Area de Publicas, Reg. Publ., Ambiental E 08/02/20 09:00 Corregedoria) 2.076,35
Apoio Judiciario E 2º do Civel
Administrativo) - Lei Nº
17.663/2012, Anexo IX
Diária Paranahyba Santana - 5044979 Escrevente Judiciario II Assessoria Correicional da Cgj Goiania Santa Cruz de 27/02/20 08:00 a Inspeção / Correição de 1 e 1/2
(analista Judiciario - Area de Goias 28/02/20 18:00 Cartórios 434,54
Apoio Judiciario E
Administrativo) - Lei Nº
17.663/2012, Anexo IX /
Assessor Correicional da

Portaria nº 42 Ano: 2020


Sistema
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Nº Processo PROAD: 202002000214296

C.G.J.
Diária Rodrigo Lopes da Silva - 5228400 Assistente de Atividade Serviço de Apoio Ao Gabinete do Goiania Brasilia - DF 18/02/20 08:00 a Conduzir Magistrado 1/2
Especifica da C.G.J. Corregedor-geral 18/02/20 18:00 202,27
Diária Rosangela Aparecida Lima - Analista Judiciario - Area Rio Verde Gabinete da Diretoria do Rio Verde Quirinopolis 19/02/20 08:00 a Perícia Psicossocial 1 e 1/2
5210381 Especializada Foro 20/02/20 18:00 434,54

Quantidade de Diárias / Ajuda de Custo: 28 TOTAL DE DIÁRIA (R$) 14.882,54 TOTAL DE AJUDA DE CUSTO (R$) 1.129,96 TOTAL GERAL: (R$) 16.012,50

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

RODRIGO LEANDRO DA SILVA


Diretor-Geral

Portaria nº 42 Ano: 2020


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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

RODRIGO LEANDRO DA SILVA


DIRETOR(A) GERAL
DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 21/02/2020 às 08:27

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Nº Processo PROAD: 201901000149050

Processo n° 201901000149050
MYKAELA CABRAL SANTOS, MINEIROS JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E
Nome
CRIMINAL
Assunto RESTITUIÇÃO

DESPACHO

Trata-se de procedimento inaugurado pela Divisão de Administração


Financeira de Pessoal deste Tribunal de Justiça, por meio do Memorando nº
005-A/2016 (evento 1), objetivando a restituição aos cofres públicos do valor de
R$ 7.713,93 (sete mil, setecentos e treze reais e noventa e três centavos), tendo
em vista que a ex-servidora Mykaela Cabral Santos, matricula nº 5137470-1, foi
exonerada do cargo de conciliador, DAE-04, da Comarca de Mineiros em
10.11.2018.

Instaurado o processo em questão, a Diretoria de Recursos Humanos


tentou, sem sucesso, realizar a notificação da ex-servidora no endereço
cadastrado em nome desta, a fim de que fosse feito o pagamento no prazo de 60
(sessenta) dias, ou apresentada defesa no prazo de 15 (quinze) dias (eventos 3
e 4), motivo pelo qual certificou, no evento nº 05, que não foi possível […]
“contactar a ex-servidora Mykaela Cabral Santos, tendo em vista que a Carta de
Notificação enviada retornou sem cumprimento e com a informação
‘desconhecido’” e, ainda, que não foram exitosas as tentativas de contato via
telefone e e-mail cadastrados no sistema.

O feito seguiu seu curso normal, e tendo em vista que notificação da


ex-servidora via AR restou frustrada, foi efetuada a notificação via Edital (evento
7). Todavia, não ocorreu o pretendido pagamento e tampouco houve
apresentação de defesa (evento 10).

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Nº Processo PROAD: 201901000149050

Preliminarmente, observa-se que o procedimento tramitou de acordo


com os princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal.

Consoante documentos e informações contidos nos autos, a


epigrafada recebeu indevidamente valores em manifesto descompasso com a
realidade administrativa apontada no curso do presente processo, haja vista que
não houve o efetivo desempenho de suas funções no período objeto do
pagamento, configurando enriquecimento sem causa, conduta vedada pelo
ordenamento jurídico vigente.

No caso, aplicável o art. 150, §§ 2º e 3º, da Lei Estadual nº


10.460/1988:

Art. 150 - As indenizações ou restituições devidas pelo funcionário ao erário


serão descontados em, no máximo, vinte e quatro parcelas mensais,
acrescidas de juros legais.

[...]

§ 2º - O saldo devedor do funcionário demitido, exonerado ou que tiver


cassada a sua disponibilidade será resgatado de uma só vez, no prazo de
60 (sessenta) dias, respondendo da mesma forma o espólio, em caso de
morte.

§ 3º - Após o prazo previsto no parágrafo anterior, o saldo remanescente


será inscrito na dívida ativa e cobrado por ação executiva.

Dessa forma, resta claro que a hipótese está enquadrada no


supracitado dispositivo legal, razão pela qual é de se impor a responsabilização
do débito a MYKAELA CABRAL SANTOS, nascida em 19.04.1988, inscrita no
CPF nº 025.432.271-99, filha de Maria das Graças Ferreira, no valor de 7.713,93
(sete mil, setecentos e treze reais e noventa e três centavos), ressaltando-se que
tal importância deve ser quitada, de uma só vez, no prazo de 60 (sessenta) dias,
sob pena de ser encaminhado para inscrição na dívida ativa.

Na hipótese de ser realizado o pagamento, deverá a interessada


informá-lo imediatamente nos autos, juntando o respectivo comprovante.

Registra-se, ainda, que eventual recurso contra esta decisão poderá


ser manejado no prazo de 10 (dez) dias a contar da efetiva intimação, nos
termos do art. 59, da Lei Estadual nº 13.800/2001.

Decorrido em branco o prazo para recorrer, certifique-se e


remetam-se os autos à Divisão de Administração Financeira de Pessoal da
Diretoria Financeira, onde deverão aguardar o pagamento do débito pelo prazo
de 60 (sessenta) dias, contados da intimação.
Assinado digitalmente por: RODRIGO LEANDRO DA SILVA, DIRETOR(A) GERAL, em 21/02/2020 às 08:16.
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Nº Processo PROAD: 201901000149050

Não realizado o pagamento nesse interregno, deverá tal circunstância


ser certificada pela Diretoria Financeira nos autos que, na sequência, seguirão
independentemente de novo despacho ao Procurador do Estado com atuação
junto a esta Corte, para as providências cabíveis quanto à inscrição do débito na
dívida ativa para fins de execução fiscal.

Publique-se.

Rodrigo Leandro da Silva


Diretor-Geral

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 201901000149050

RODRIGO LEANDRO DA SILVA


DIRETOR(A) GERAL
DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 21/02/2020 às 08:16

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Nº Processo PROAD: 201905000168768

TERMO DE APOSTILAMENTO N° 16/2020

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO


Nº 0
ESTADO DE GOIÁS,no uso de suas atribuições legais e com fulcro no artigo 65, § 8° da Lei n°
8.666/1993, resolve, com base nas disposições constantes dos PROAD de nº
201905000168768, rescindir, unilateralmente, o Termo de Cessão de Uso, a título oneroso,
formalizado entre este Tribunal e o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, especificamente em
relação à Comarca de Taquaral, com a consequente exclusão e dedução do valor anual do
demonstrativo de cálculo registrado no SISCON de R$4.627,20 (quatro mil, seiscentos e vinte e
sete reais e vinte centavos), referente à contrapartida pecuniária para a referida comarca.

Publique-se.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020.

Rodrigo Leandro da Silva

Diretor-Geral

Assinado digitalmente por: RODRIGO LEANDRO DA SILVA, DIRETOR(A) GERAL, em 21/02/2020 às 08:19.
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Nº Processo PROAD: 201905000168768

RODRIGO LEANDRO DA SILVA


DIRETOR(A) GERAL
DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 21/02/2020 às 08:19

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Nº Processo PROAD: 201912000204962

Diretoria Geral

EXTRATO DE CONTRATO

Processo nº : 201912000204962
Contratante : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Contratada : CONSTRUTORA NJ EIRELI
Objeto : Execução da obra de construção do prédio do Fórum da
Comarca de Bela Vista de Goiás.
Dotação
Orçamentária : Dotação Compactada nº 2020.0452.005, Natureza de
Despesa 4490.51.02, Programa de Trabalho
nº 2020.0452.02.061.1024.2087, conforme Nota de
Empenho nº 00007, emitida em 20.2.2020, no valor de
R$9.828.157,02 (nove milhões, oitocentos e vinte e oito mil,
cento e cinquenta e sete reais e dois centavos).
Prazo de vigência : 600 (seiscentos) dias contados a partir de sua assinatura.
Dispositivo Legal : Lei Federal nº 8.666/1993, Lei Estadual nº 17.928/2012,
Resolução nº 114, do CNJ e Resolução nº 09/2012, da Corte
Especial do Tribunal de Justiça.
Data da Assinatura : 21.02.2020

Leandra Vilela Rodrigues Chaves


Coordenadora do Assessoramento da Diretoria-Geral

________________________________________________________________________________________________
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3236-5201- www.tjgo.jus.br

Assinado digitalmente por: LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 21/02/2020 às 10:55.
Documento
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ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Nº Processo PROAD: 201912000204962

LEANDRA VILELA RODRIGUES CHAVES


ANALISTA JUDICIÁRIO
COORDENAÇÃO DO ASSESSORAMENTO DA DIRETORIA GERAL
Assinatura CONFIRMADA em 21/02/2020 às 10:55

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===============================================================================
DIVISAO DE DISTRIBUICAO - PRESIDENCIA #
ERRATA DA INTIMACAO AS PARTES
DECIMA AUDIENCIA PUBLICA DE DISTRIBUICAO AUTOMATIZADA, REALIZADA NO DIA 4
DE DEZEMBRO DE 2019 , SOB A PRESIDENCIA DO SENHOR DESEMBARGADOR , EM QUE
FOI(RAM) DISTRIBUIDO(S) O(S) SEGUINTE(S) FEITO(S) PELO SISTEMA DE
PROCESSAMENTO DE DADOS:
===============================================================================
PROCESSOS CRIMINAIS

1 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO N. 201194533426


COMARCA : CAMPINORTE
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 RECORRENTE(S) : OSMAR MOREIRA DE SOUZA
ADV(S) : 33331/GO -RAUNY MARCELINO ARAUJO ROLIN
35576/GO -RHAULIM ARAUJO ROLIM
1 RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO

GOIANIA, 19 DE FEVEREIRO DE 2020


ISABELA SILVERIO DE OLIVEIRA
DIRETOR(A) DA DIV. DE DISTRIBUICAO
ORIGINAL ASSINADO

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===============================================================================
DIVISAO DE DISTRIBUICAO - PRESIDENCIA #
INTIMACAO AS PARTES

VIGESIMA SETIMA AUDIENCIA PUBLICA DE DISTRIBUICAO AUTOMATIZADA, REALIZADA


NO DIA 18 DE FEVEREIRO DE 2020 , SOB A PRESIDENCIA DO SENHOR
DESEMBARGADOR , EM QUE FOI(RAM) DISTRIBUIDO(S) O(S) SEGUINTE(S) FEITO(S)
PELO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DE DADOS:
===============================================================================
PROCESSOS CRIMINAIS

1 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 342539-80.2016.8.09.0175(201693425394)
COMARCA : GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : LUCAS DA SILVA NEVES
RAFFAEL MAIK DA SILVA SANTOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO

2 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 35395-51.2010.8.09.0107(201090353952)
COMARCA : MORRINHOS
REDISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : ALEX SANDRO PEREIRA
ADV(S) : 45358/GO -PAULO DE TARSO MARTINS JUNIOR
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO

3 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 431484-09.2011.8.09.0146(201194314848)
COMARCA : SAO LUIS DE MONTES BELOS
REDISTRIBUIDO PARA SECAO CRIMINAL
RELATOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
EMBARGANTE(S) : ROGERIO JOSE MARQUES
ADV(S) : 11798/GO -OLIVEIRA ALVES BORGES
EMBARGADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMBARGANTE(S) : ROGERIO JOSE MARQUES
ADV(S) : 11798/GO -OLIVEIRA ALVES BORGES
EMBARGADO(S) : MINISTERIO PUBLICO

4 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 319920-83.2015.8.09.0146(201593199201)
COMARCA : SAO LUIS DE MONTES BELOS
REDISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : CARLOS HENRIQUE PESSOA
ADV(S) : 2991/GO -PAULO MARIA TELES ANTUNES
22475/GO -RICARDO RIBEIRO TELES
6273/GO -CLAUDIO HENRIQUE PASSOS NEVES
31686/GO -ADSON BOTELHO BARROSO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO

5 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 97888-73.2018.8.09.0175(201890978884)
COMARCA : GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA SECAO CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
EMBARGANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMBARGADO(S) : CAMILO HERNESTO ROCHA PIRES
ADV(S) : 28312/GO -RIVER FAUSTO MARQUES

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27308/GO -GABRIEL MARTINS DE CASTRO


EMBARGANTE(S) : CAMILO HERNESTO ROCHA PIRES
ADV(S) : 28312/GO -RIVER FAUSTO MARQUES
27308/GO -GABRIEL MARTINS DE CASTRO
EMBARGADO(S) : MINISTERIO PUBLICO

6 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROCESSO : 105270-96.2018.8.09.0085(201891052705)
COMARCA : ITAPURANGA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 RECORRENTE(S) : LAZARO FERREIRA DE CASTRO JUNIOR
ADV(S) : 23949/GO -RONALDO DAVID GUIMARAES
2 RECORRENTE(S) : MATHEUS SOUSA MELO
ADV(S) : 38950/GO -LEANDRO DA SILVA BORBA
1 RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO

7 - AGRAVO EM EXECUCAO PENAL


PROCESSO : 13548-65.2019.8.09.0175(201990135480)
COMARCA : GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 AGRAVANTE(S) : CLEITON MARCIUS ANTONIO DE OLIVEIRA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 AGRAVADO(S) : MINISTERIO PUBLICO

TOTAL GERAL DE PROCESSOS DISTRIBUIDOS 7

GOIANIA, 19 DE FEVEREIRO DE 2020


ISABELA SILVERIO DE OLIVEIRA
DIRETOR(A) DA DIV. DE DISTRIBUICAO
ORIGINAL ASSINADO

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 10/03/2020 ÀS 09:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
1 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5286074.98.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante (s) : SSL
Adv(s) : Rodinei Saiki Alves Ferreira - 25684/A
Agravado (s) : AS
Adv(s) : Elaine Gomes Pereira - 20670/N, Felicíssimo José de Sena - 2652/N, João Ubaldo
Ferreira Filho - 16596/N
2 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5285382.02.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante (s) : AS
Adv(s) : João Ubaldo Ferreira Filho - 16596/N
1º Agravado ERSCM
Adv(s) Bruno Moraes Faria Monteiro Belem – 24217/N, Victor Ramalho de Almeida – 52286/A,
Tatiana Caponero Loebeling - 407681/A
2º Agravado LAL e outros
Adv(s) Lucio Ricardo de Aguiar Duarte – 25336/N, Marlene Moreira Farinha Lemos – 15272/N,
José Balduino de Souza Décio – 7910/N, Luciana Gouveia de Lima - 32042/N
3º Agravado : OT

Adv(s) Tatiana Caponero Loebeling - 407681/A

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

1 - Mandado de Segurança ( L. 8069/90 )


Número Processo : 5299075.24.2017.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo Des. NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Impetrante (s) : Ministerio Público do Estado de Goiás
Adv(s) :
Impetrado (s) : Secretário de Saude do Estado de Goiás
Adv(s) :
2 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5522249.44.2018.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Impetrante (s) : Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s) :
Impetrado (s) : Secretaria de Saude do Estado de Goiás
Adv(s) :
3 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5451389.81.2019.8.09.0000
Comarca : ANICUNS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Eliete Sousa Fonseca Suavinha
Impetrante (s) : Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s) :
Impetrado (s) : Secretário de Saúde do Estado de Goiás
Adv(s) :

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

4 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)


Número Processo : 5076845.35.2018.8.09.0000
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo Des. NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Ana Maria Rodrigues da Cunha
Impetrante (s) : Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s) :
Impetrado (s) : Secretário de Saúde do Estado de Goiás

Adv(s) :
5 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5604856.80.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Nelida Rocha da Costa Barbosa
Impetrante (s) : Extrator de Areia e Transporte Ltda
Adv(s) : Lenio Cesar Godinho Junior - 24761/N
Impetrado (s) : Secretária do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás

Adv(s) :
6 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5447978.64.2018.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Impetrante (s) : Kentis Serviços de Alimentação Ltda - EPP
Adv(s) : Pedro Paulo de Toledo Moreira - 28380/N
Impetrado (s) Secretário de Estado da Mulher, Do Desenvolvimento Social, Da Igualdade Racial e
Dos Direitos Humanos Do Estado de Goiás
Adv(s)

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

7 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)


Número Processo : 5698940.73.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça : Dilene Carneiro Freire
Impetrante (s) : Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s) :
Impetrado (s) : Secretário de Saúde do Estado Goiás
Adv(s) :
8 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5550792.23.2019.8.09.0000
Comarca : TRINDADE
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias
Impetrante (s) : Ministério Público Do Estado de Goiás
Adv(s) :
Impetrado (s) : Secretário de Saúde do Estado de Goiás
Adv(s) :
9 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
Número Processo : 5516562.52.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias
Impetrante (s) : Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s) :
Impetrado (s) : Secretario de Saude do Estado de Goiás
Adv(s) :

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

10 - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)


Número Processo : 5499561.36.2019.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Impetrante (s) : Sebastião Guerino Santos
Adv(s) : Jordana de Faria Pena - 31576/N
Impetrado (s) : Secretário Municipal de Saúde de Anápolis

Adv(s) Leonardo Fernandes Pedroso - 18899/N


Secretário de Estado da Saúde de Goiás
Adv(s) : Leonardo Fernandes Pedroso - 18899/N
11 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5460359.70.2019.8.09.0000
Comarca : IPAMERI
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Waldir Lara Cardoso
Agravante (s) : Yasmin de Carvalho Mello e Silva
Adv(s) : Nilson Gomes Geraes Filho - 22833/N
Agravado (s) : Universidade Estadual de Goiás - Ueg
Adv(s) : Marcelo Carlos Maia Pinto - 41365/N
12 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5638969.60.2019.8.09.0000
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Andre Luiz Novatos de Jesus
Adv(s) : Ana Lucia Lima do Ó - 40011/N
Agravado (s) : Spe Boa Vista Aparecida Ltda
Adv(s) : Klaus Eduardo Rodrigues Marques - 29917/S

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

13 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5598173.27.2019.8.09.0000
Comarca : GOIATUBA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Moisés Elias Salomão
Adv(s) : Thiago Carneiro Madureira - 37037/N
Agravado (s) : Antonio Jose Gomes Marques Filho
Adv(s) : Fernanda Aparecida Borges Diniz - 20258/A, Laerte Felipe dos Santos Junior - 29505/N,
Manoel Messias Borges Ladeia - 26977/N
14 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5603744.76.2019.8.09.0000
Comarca : SÃO SIMÃO
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Município de São Simão
Adv(s) : Daniela Maria Alves Reis Romao - 26219/N, Danillo Almeida Nunes - 35573/N, Sylvia
Regina Alves - 16910/N
Agravado (s) : Uhe Sao Simao Energia
Adv(s) : Luciano Valentim de Castro - 21487/N
15 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5644961.02.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Sierra Investimentos Brasil Ltda
Adv(s) : Rodolfo Ripper Fernandes - 121045/A, Victor Hugo Silva Mariano - 416199/A
Agravado (s) : Nova Vista Decorações Ltda - ME
Adv(s) : Samuel Araujo - 28227/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

16 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5702182.40.2019.8.09.0000
Comarca : GOIANIRA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Spe - Sociedade Residencial Sao Bernardo Ltda e OUTRA

Adv(s) : Cynthia Almeida de Oliveira - 23260/N


Agravado (s) : Paulo Henrique Rodrigues de Macedo e OUTRO
Adv(s) : Wilson de Oliveira Teles - 23261/N
17 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5116618.24.2017.8.09.0000
Comarca : CRISTALINA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Waldir Lara Cardoso
Agravante (s) : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N, Glauco Henrique Matwijkow de Freitas - 22626/N

Agravado (s) : Artes Grafica Cristalina Ltda


Adv(s) : Eliane Leonel de Campos - 7229/N, Miguel Alexandre Filho - 20481/N
18 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5544919.42.2019.8.09.0000
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Enel Distribuição S/A
Adv(s) : Claudio Jorge Machado - 51176/S, Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S, Thalita
Cupertino Freire Moura - 50588/A
Agravado (s) : Ednilson Fernandes da Silva
Adv(s) : Lindolfo Gonçalves de Andrade Neto - 37405/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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19 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5191201.09.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Maria Neves de Oliveira, Vania Neves
Adv(s) : Eudis Filipi Novaes Ribeiro - 29249/N
Agravado (s) : Domingos Ferreira de Bastos (Espólio)
Adv(s) : Carmelena Abadia de Sá - 25003/N
20 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5004997.51.2019.8.09.0000
Comarca : SENADOR CANEDO
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Ferrovia Centro Atlantica S/A
Adv(s) : Daniel Augusto de Morais Urbano - 71886/A
Agravado (s) : Marco Antonio da Silva
Adv(s) :
21 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5443226.15.2019.8.09.0000
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Ana Luiza Câmara
Adv(s) : Rhailla Noronha de Paula - 43276/N
Agravado (s) : Universidade Estadual de Goiás - UEG
Adv(s) : Leudson Antunes de Morais - 39352/N, Marcelo Carlos Maia Pinto - 41365/N

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AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
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22 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5465983.03.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Paulo Henrique Pereira
Adv(s) : Fabiola Maria Padovani de Brito - 20715/A, Marco Aurelio Italo Stefano Padovani de Brito
- 31512/N
Agravado (s) : Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Adv(s) : Joaquim Corrêa de Lima - 22559/N
23 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5479080.70.2019.8.09.0000
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Antonio Mendes
Adv(s) : Ricardo Oliveira de Sousa - 19532/N
Agravado (s) : Banco Mercantil do Brasil S/A
Adv(s) : Hélio José Lopes - 9856/N, Renato Alves de Oliveira - 36334/N, Rubens Mário da Silva -
9849/N
24 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5567658.09.2019.8.09.0000
Comarca : PIRENÓPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Município de Pirenópolis
Adv(s) : Cleire Mendes Alves - 17806/A
Agravado (s) : Michelli Pedroso
Adv(s) : Joao Pedro de Almeida Pereira - 53419/A

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AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

25 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5513868.13.2019.8.09.0000
Comarca : CIDADE OCIDENTAL
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Enel Distribuição Goias S/A
Adv(s) : Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S
Agravado (s) : Associação Residencial e Comercial Damha II
Adv(s) : Rodolfo Matos da Silva Fernandes - 38932/A
26 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5610483.65.2019.8.09.0000
Comarca : URUAÇU
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Municipio de Uruaçu
Adv(s) : Paulo Gonçalves de Paiva - 17027/N
Agravado (s) : Orlandina Aparecida Borges Mendes
Adv(s) : Wesley Fantini de Abreu - 21846/N
27 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5039527.52.2017.8.09.0000
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Francisco Ricardo Crispim
Adv(s) : Marcelo Ferreira da Silva - 16571/N
Agravado (s) : Eliton Sebastião Santana e OUTROS

Adv(s) : Brenda Rose Fanstone - 14432/N, Waldereis Aparecida Ferreira de Moura - 10395/N

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AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

28 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5308999.25.2018.8.09.0000
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Maurício José Ribeiro
Adv(s) : Fernando Rodrigues da Silva Alves Costa - 21154/N
Agravado (s) : Lirios do Campo Empreendimentos Imobiliairos Ltda
Adv(s) : Arinilson Gonçalves Mariano - 18478/N, Michelle de Castro Cintra - 48624/A
29 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5417600.28.2018.8.09.0000
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Banco Bradesco S/A
Adv(s) : Robson Cunha do Nascimento Junior - 24692/N
Agravado (s) : Fundo Municipal de Protecao e Defesa do Consumidor de Rio Verde
Adv(s) : João José Vilela de Andrade - 27703/N
30 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5522503.17.2018.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Maria Auxiliadora Carmo Moreira
Adv(s) : Jardel Marques de Souza - 29672/N
Agravado (s) : Associação dos Profissionais Liberais Universitários do Brasil - Aplub
Adv(s) : Marcelo Gustavo Hauschild - 86745/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

31 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5521630.80.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : OF Pecuaria e Empreendimentos Ltda
Adv(s) : Érica Barbosa de Souza - 31453/N
Agravado (s) : Edilson Carvalho Ramos e OUTRA
Adv(s) : Pedro Henrique Terra Hochmuller Silveira - 29675/N, Yuri Avelar - 44313/N
32 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5645364.68.2019.8.09.0000
Comarca : ABADIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Município de Abadiânia
Adv(s) : Fabrício Yuri Borges - 40119/N
Agravado (s) : Diego dos Reis Faleiros Lima
Adv(s) : Gustavo Vasconcelos - 49945/A, Lorrane Araujo Martins - 48609/A, Tiago Neri de Souza
- 48610/A
33 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5650137.59.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : José do Carmo Coelho
Adv(s) : Marcos Antônio de Morais - 30357/N, Pedro Henrique Araujo Barbosa - 35838/N

Agravado (s) : Estado de Goiás


Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

34 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5434230.28.2019.8.09.0000
Comarca : PLANALTINA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Banco Itaucard S/A
Adv(s) : Roberta Beatriz do Nascimento - 42915/A
Agravado (s) : Gustavo Nascimento dos Santos
Adv(s) :
35 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5466145.95.2019.8.09.0000
Comarca : JATAÍ
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Plantar e Colher Representações & Comércio de Produtos Agrícolas Ltda.

Adv(s) : Marcelo Mariani Dalan - 10223/A


Agravado (s) : Joao Batista Ferri e OUTRA
Adv(s) : Divino Viana dos Santos - 25762/N
36 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5477907.11.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Hospital Buriti Ltda
Adv(s) : Carlos Marcio Rissi Macedo - 22703/N
Agravado (s) : Matheus Felipe de Mendes Alencar e OUTROS

Adv(s) : Rannieri Cavalcanti Lopes - 35352/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

37 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5393914.07.2018.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Condominio de Administracao do Shopping Buena Vista
Adv(s) : Ludmilla Marques Mesquita - 42958/N
Agravado (s) : Municipio de Goiania
Adv(s) : Ana Luisa Sénéchal de Goffredo Guerra - 47965/N
38 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5225160.68.2019.8.09.0000
Comarca : FORMOSA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Altair Alves Garcia Júnior
Adv(s) : Jorge Henrique Elias - 21076/N, Julia de Abreu Pfrimer Elias - 33018/N, Rodrigo
Orlandini Volpato - 63946/A, Ronivan Peixoto de Morais Júnior - 17752/N
Agravado (s) : Banco do Brasil S/A
Adv(s) : Antilhon Saraiva dos Santos - 4324/N, Louise Rainer Pereira Gionedis - 8123/N, Maria
Amelia Cassiana Mastrorosa Vianna - 27109/A
39 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5299738.02.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Eliseu José Taveira Vieira
Agravante (s) : Roberto Luciano Coimbra
Adv(s) : Daniel Augusto Pereira Netto - 26619/N, Henrique Celso de Castro Sant'anna - 29729/N,
Thaissa de Castro Chaves - 44469/N
Agravado (s) : Municipio de Goiania
Adv(s) : Cínthia Gomes Silva - 48590/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

40 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5421647.11.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Helcio Martins Gervasio
Adv(s) : Thais Gomes de Oliveira - 31838/N
Agravado (s) : Enel Distribuição S/A
Adv(s) : Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S
41 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5582702.68.2019.8.09.0000
Comarca : SANTA CRUZ DE GOIÁS
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Agravante (s) : Camara Municipal de Palmelo
Adv(s) : Otávio Vinícius Moreira de Barros - 27984/N
Agravado (s) : Municipio de Palmelo Goias
Adv(s) : Ricardo Cezar Gomes - 8765/N
42 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5650030.15.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÁS
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Epiroc Brasil Com. de Produtos e Serviços Para Mineração
Adv(s) : Carlos Eduardo Sanchez - 239842/A
Agravado (s) : Mineração Curral de Pedra Ltda
Adv(s) : Dimas Martins Filho - 7545/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

43 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5670003.53.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Arribes Júlio de Oliveira
Adv(s) : Roberto Cesar Gouveia Majchszak - 418896/S
Agravado (s) : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N
44 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5681790.79.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Sebastião Pires de Barros
Adv(s) : Raquel Carvalho Diniz - 37477/N
Agravado (s) : Banco Pan S/A
Adv(s) : Eduardo Chalfin - 45157/S
45 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5685760.87.2019.8.09.0000
Comarca : CIDADE DE GOIÁS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Maria Divina Muniz Franco
Adv(s) : Gustavo Muniz Franco - 30467/N
Agravado (s) : Anazar Muniz de Menezes
Adv(s) : Haroldo José Rosa Machado Neto - 26700/N

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AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

46 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5604315.47.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Valdemar Felício da Silva
Adv(s) : Débora Assis Castro - 52742/A, Renato Gomes Imai - 38781/A
1º Agravado : Banco Olé Bonsucesso Consignado S/A
Adv(s) : Bruna Leonis Vasconcelos - 42990/N, Lourenço Gomes Gadêlha de Moura - 21233/A,
Rodrigo Vieira Rocha Bastos - 20730/N
2º Agravado Banco BRB
Adv(s) Bruna Leonis Vasconcelos – 42990/N, Rodrigo Vieira Rocha Bastos - 20730/N
3º Agravado Banco Pan S/A
Adv(s)
47 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5717286.72.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Rodolfo Pereira Lima Júnior
Agravante (s) : Estado de Goias
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N, Vanessa Paula de Sousa Silva - 19551/N
Agravado (s) : Data Traffic S/A
Adv(s) : Rodolfo Ramos Caiado - 24087/N
48 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5523507.89.2018.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Rosalina Severo Xavier
Adv(s) : Sidarta Staciarini Rocha - 20630/N
Agravado (s) : Gercival Vieira de Souza e OUTRA
Adv(s) :

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

49 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5568064.30.2019.8.09.0000
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : NG Empreendimentos Imobiliarios Ltda e OUTRA
Adv(s) : Diego Martins Silva do Amaral - 29269/N
Agravado (s) : Tiago Rosa de Oliveira
Adv(s) : Tiago Rosa de Oliveira - 31032/N
50 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5541617.39.2018.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Laura Maria Ferreira Bueno
Agravante (s) : Brasloc Brasil Locações de Maquinas e Equipamentos Para Construção Civil Ltda-
me e OUTRO
Adv(s) : Cláudio Cezar de Moraes e Silva - 28803/N
Agravado (s) : Karina Aparecida de Jesus de Souza e OUTRA
Adv(s) : Felipe de Castro Naves Peixoto - 32987/N
51 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5219681.94.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Facebook Serviços Online do Brasil
Adv(s) : Celso de Faria Monteiro - 39896/A
Agravado (s) : Layane da Cunha Almeida
Adv(s) : Amanda Rafaela Rodrigues Martins - 49435/A

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AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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52 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5367965.78.2018.8.09.0000
Comarca : RIO VERDE
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Antonio Besen
Adv(s) : Flávio Weber Dalazen - 25690/N
Agravado (s) : Victor Cezar Priori
Adv(s) : Armando Chaves de Morais - 4915/N
53 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5647228.44.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Vania Candida Rosa Francisco
Adv(s) : Karla Caroline Pedroza Silva - 41662/N
Agravado (s) : Sociedade Goiana de Cultura
Adv(s) : Dario Florindo da Silva - 35759/N
54 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5498185.33.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Agravante (s) : Edson Caetano dos Reis
Adv(s) : Thayna Biet de Carvalho - 45022/N
Agravado (s) : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

55 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5000350.76.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Waldir Lara Cardoso
Agravante (s) : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N
Agravado (s) : Nivalter da Silva
Adv(s) : Rafael Reginaldo Urani de Oliveira - 25996/N
56 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5596081.76.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Sociedade Goiana de Cultura e OUTRO

Adv(s) : Ana Cristina de Souza Dias - 17251/N


Agravado (s) : Bernardino Conceição dos Passos e OUTRA
Adv(s) : Rina de Oliveira Campbell Pena - 18582/N
57 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5695979.62.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Luiz Carlos Costa de Souza
Adv(s) : Adriana Araújo Furtado - 59400/A, Bruno Naide Lopes Gomes - 49086/A
Agravado (s) : Banco Itau Unibanco S/A
Adv(s) : Felipe Andres Acevedo Ibanez - 47132/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

58 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5571353.68.2019.8.09.0000
Comarca : CALDAS NOVAS
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Rigonato Imóveis e Construções Ltda
Adv(s) : Victor Hugo Gebhard de Aguiar - 50240/A
Agravado (s) : Mirian Conceiçao dos Santos Coutinho
Adv(s) : Marlo Cherobino de Resende - 30653/N
59 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5721427.37.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante (s) : Estado de Goiás
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N
Agravado (s) : Adriana Olinto Ferreira Segato
Adv(s) : Leonardo Odair Sanches Borges - 34056/N, Rafael Reginaldo Urani de Oliveira -
25996/N
60 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5730275.13.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Incorporação Tropicale Ltda
Adv(s) : Alex José Silva - 32520/N, Ricardo Miranda Bonifácio e Souza - 34945/N
Agravado (s) : Residencial Dunas
Adv(s) : Aline Bratti Nunes Pereira - 34894/N, Paulo Esteves Silva Carneiro - 48070/S

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

61 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5614255.36.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Dilene Carneiro Freire
Agravante (s) : Ezra Nasser Neto
Adv(s) : Fabio Di Carlo - 242577/A
Agravado (s) : Estado de Goias
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N, Paula Pimenta Felix Curado - 19100/A
62 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5633846.81.2019.8.09.0000
Comarca : SANTA HELENA DE GOIÁS
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES JEOVA SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Celg Distribuicao S/A - Celg D
Adv(s) : Claudio Jorge Machado - 51176/S, Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S, Thalita
Cupertino Freire Moura - 50588/A
Agravado (s) : Rafaela Rodrigues Pereira

Adv(s) : Marcia Vicente Martins - 15550/N


63 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5647421.59.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Enel Distribuição Goiás S/A
Adv(s) : Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S, Vinicius Vaz Araujo - 39717/N
Agravado (s) : Marinho Rodrigues de Oliveira
Adv(s) : Atanir Eduardo Borba - 26445/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

64 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5696139.87.2019.8.09.0000
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Banco Safra S/A
Adv(s) : Wesley Santos Alves - 33906/N
Agravado (s) : Rural Rio Produtos Agricolas Eireli
Adv(s) : Irineu Batista - 5222/A
65 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5667947.47.2019.8.09.0000
Comarca : GOIANÉSIA
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES JEOVA SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Celg Distribuição S/A - Celg D
Adv(s) : Paulo Roberto Gonçalves Martins - 50098/N
Agravado (s) : Sebastiao Gomes
Adv(s) : Pedro Hiago Ramos Godoi - 45911/N
66 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5730483.94.2019.8.09.0000
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Banco Bradesco Financiamentos S/A
Adv(s) : Frederico Alvim Bites Castro - 27391/A
Agravado (s) : Wender da Silva Bueno
Adv(s) :

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

67 - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5470325.57.2019.8.09.0000
Comarca : GOIANÉSIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Enel Distribuição S/A
Adv(s) : Vinicius Vaz Araujo - 39717/N
Agravado (s) : Ana Lucia da Silva
Adv(s) : Elias Pereira da Silva - 52686/A
68 - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5470412.13.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : Goiasprev - Goiás Previdência
Adv(s) : Raquel França Silva - 14724/N
Agravado (s) : Donizete Antonio de Novais
Adv(s) : Guilherme de Macedo Soares - 35220/A, Hulle Barreto Ferraz Nunes Ferreira - 46777/A

69 - Reexame Necessário
Número Processo : 5443816.17.2017.8.09.0079
Comarca : ITABERAÍ
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Autor(s) : 1º Autor(s): J.c.b Alimentos Eireli
Adv(s): Vinícius Magno Alexandre Vieira - 27840/A
Réu(s) : 1º Réu(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Selene de Fatima Ferreira - 19873/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

70 - Reexame Necessário
Número Processo : 0318241.97.2015.8.09.0162
Comarca : VALPARAÍSO DE GOIÁS
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Autor(s) : 1º Autor(s): Ministerio Publico do Estado de Goias
Adv(s):
Réu(s) : 1º Réu(s): Municipio de Valparaiso de Goias
Adv(s): Francielle Modena - 45062/N, Paulo Roberto Roriz Meireles Filho - 42497/N,
Rievane Santos Fonseca - 35037/N
71 - Reexame Necessário
Número Processo : 0275063.43.2015.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Osvaldo Nascente Borges
Autor(s) : 1º Autor(s): Geisia Cosmo Santana
Adv(s): Ricardo Augusto de Deus Alves - 22854/N
Réu(s) : 1º Réu(s): Instituto de Previdencia e Assistencia dos Servidores do Estado de
Goias - Ipasgo
Adv(s): Alexandre Eduardo Felipe Tocantins - 14800/A, Rafael Machado Faleiro Borba -
35590/N
72 - APELACAO
Número Processo : 0180827.69.2011.8.09.0074
Comarca : IPAMERI
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Rodolfo Pereira Lima Júnior
Apelante(s) 1º Apelante(s): Municipio de Ipameri
Adv(s): Adriana Santos Ribeiro de Paiva - 15846/N, Jamar Correia Camargo - 8187/N
2º Apelante(s): Maria Elisabete Costa Piccirilo Cury e OUTROS
Adv(s): Marcelo Victor Oliveira Aquino - 28681/N
Apelado(s) 1º Apelado(s): Maria Elisabete Costa Piccirilo Cury e OUTROS
Adv(s): Marcelo Victor Oliveira Aquino - 28681/N
2º Apelado(s): Municipio de Ipameri
Adv(s): Adriana Santos Ribeiro de Paiva - 15846/N, Jamar Correia Camargo - 8187/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

73 - APELACAO
Número Processo : 0124270.92.2016.8.09.0072
Comarca : INHUMAS
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Waldir Lara Cardoso
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Mae Maria Empreendimentos Ltda - ME
Adv(s): Monise Ariane Damas da Costa - 34635/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Laura Vidal de Lima
Adv(s): Marianny Sandre Mariano - 33766/N
74 - APELACAO
Número Processo : 0187908.59.2015.8.09.0032
Comarca : CERES
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Hamilton Carolina de Oliveira e OUTRA
Adv(s): Ana Paula Veloso de Assis Sousa - 14161/N, Marina Teodoro - 40317/N, Sonia
Vieira da Cunha Teodoro - 28283/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Jean Carlo Ramos Marques e OUTRA


Adv(s): Cristiane Soares de Souza - 36314/N, João Carlos de Faria - 12638/N
75 - APELACAO
Número Processo : 0129219.98.2014.8.09.0115
Comarca : ORIZONA
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Luiz Izaias Pereira e OUTRA
Adv(s): Liranicio Ferreira da Silva - 36268/A, Thiago Pereira Gomes Ribeiro - 29582/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Hugo Leonardo Pereira e OUTROS


Adv(s): Lailson Silva Matta - 21866/N, Raul Alves Rosa Neto - 18391/N, Rivadávia Jayme
- 6692/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
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76 - APELACAO
Número Processo : 0362422.42.2016.8.09.0036
Comarca : CRISTALINA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Fabio Cezar de Souza
Adv(s): Fernanda Laisa Borges Pimentel - 32521/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Estado de Goias
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Melissa Andrea Lins Peliz - 19366/N

77 - APELACAO
Número Processo : 0312951.73.2016.8.09.0160
Comarca : NOVO GAMA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Lucia de Fatima Flores
Adv(s): Clara Márcia de Rivoredo - 8387/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Antonio Francisco Goncalves Araujo Junior
Adv(s):
78 - APELACAO
Número Processo : 0091285.57.2017.8.09.0162
Comarca : VALPARAÍSO DE GOIÁS
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Associacao de Poupanca e Emprestimo Poupex
Adv(s): Eduardo Amarante Passos - 15022/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Sandra Renata Cantarino
Adv(s): Alessandra da Costa Warren - 42433/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

79 - APELACAO
Número Processo : 0214533.63.2013.8.09.0174
Comarca : SENADOR CANEDO
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Jessica de Fatima da Conceicao
Adv(s): Ricardo Marques Brandao - 25561/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Claro S/A
Adv(s): Marcelo da Silva Vieira - 30454/N
80 - APELACAO
Número Processo : 0086167.32.2015.8.09.0078
Comarca : ISRAELÂNDIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Nelida Rocha da Costa Barbosa
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Celg - Companhia Energetica de Goias
Adv(s): Edmar Antonio Alves Filho - 31312/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ministerio Publico do Estado de Goais
Adv(s):
81 - Dupla APELACÕES e RECURSO ADESIVO
Número Processo : 0407755.39.2015.8.09.0137
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) 1º Apelante(s): Breval Prestadora de Servicos em Apanha de Aves Ltda - EPP
Adv(s): Heliton Fonseca Magalhães - 24046/N, Jesiel Rodrigues da Silva - 34240/N
Apelado(s) 1º Apelado(s): Edson Augusto de Oliveira e OUTRA
Adv(s): Camila Daniela de Oliveira - 32582/N, Henrique Rodrigues Medeiros - 30162/N
Recorrente(s) 1º Recorrente(s): Edson Augusto de Oliveira e OUTRA
Adv(s): Camila Daniela de Oliveira - 32582/N, Henrique Rodrigues Medeiros - 30162/N
Recorrido(s) 1º Recorrido(s): Breval Prestadora de Servicos em Apanha de Aves Ltda - EPP
Adv(s): Heliton Fonseca Magalhães - 24046/N, Jesiel Rodrigues da Silva - 34240/N
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Nobre Seguradora do Brasil S/A
Adv(s): João Franciso de Almeida Barros – 37027/N, Maria Emilia Gonçalves de Rueda -
23748/A

Apelado(s) :
1º Apelado(s): Edson Augusto de Oliveira e OUTRA
Adv(s): Camila Daniela de Oliveira - 32582/N, Henrique Rodrigues Medeiros - 30162/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

82 - APELACAO
Número Processo : 0316123.55.2016.8.09.0020
Comarca : CACHOEIRA ALTA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Saguia Aviacao Agricola Ltda
Adv(s): Leandro Melo do Amaral - 22097/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Cachoeira Alta
Adv(s): João Luiz Rodrigues Souza - 8236/N, Maxuel Rodrigues Divino - 16228/N

83 - APELACAO
Número Processo : 0289839.46.2016.8.09.0105
Comarca : MINEIROS
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Laura Maria Ferreira Bueno
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Florencio Luzia de Lima e OUTRA
Adv(s): Jairo Antonio Ribeiro - 8628/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Monges Beneditinos de Mineiros
Adv(s): José Oliveira Carrijo - 10385/N
84 - APELACAO
Número Processo : 0130291.63.2017.8.09.0100
Comarca : LUZIÂNIA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Carolina Marcelino Pereira Souza
Adv(s): Pedro Queiroz Rocha - 27098/N, Uara de Freitas Dias - 31607/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Luziania
Adv(s): Lúcio Flávio Mendes Cruccioli - 18486/N, Valcy Nazareno Roriz - 5005/N, Viviane
Borges Mariani - 36121/N

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

85 - APELACAO
Número Processo : 0119096.38.2017.8.09.0082
Comarca : ITAJÁ
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Abraão Júnior Miranda Coelho
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Tribunal de Contas dos Municipios do Estado de Goias
Adv(s): Marcello Terto e Silva - 21959/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Fatima Maria Chaves Afonso e OUTRA
Adv(s): Paulo César de Assis - 13097/S

86 - APELACAO
Número Processo : 0413061.51.2015.8.09.0181
Comarca : FLORES DE GOIÁS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Municipio de Flores de Goias
Adv(s): Fábio Silva Gontijo - 45360/N, Lucas Mori de Resende - 37685/S, Mikael Barbosa
Ferreira - 18773/N
2º Apelante(s): Ildemar Soares da Silva
Adv(s):
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ildemar Soares da Silva
Adv(s): Fábio Silva Gontijo - 45360/N, Lucas Mori de Resende - 37685/S, Mikael Barbosa
Ferreira - 18773/N
2º Apelado(s): Municipio de Flores de Goias
Adv(s):
87 - APELACAO
Número Processo : 0440499.61.2013.8.09.0136
Comarca : RIALMA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Osvaldo Nascente Borges
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Municipio de Santa Isabel
Adv(s): Claudemir da Silva - 16863/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ministerio Publico do Estado de Goias
Adv(s):

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

88 - APELACAO
Número Processo : 0316414.96.2016.8.09.0168
Comarca : ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Municipio de Aguas Lindas de Goias
Adv(s): Angeline Pires da Silveira - 31496/N, Marianna de Moura Novais - 55348/A, Vitor
Hugo de Oliveira Moreira - 33317/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Soraya Sousa Ferreira de Oliveira
Adv(s): Diego Santos Oliveira - 33843/N
89 - APELACAO
Número Processo : 0480259.37.2011.8.09.0152
Comarca : URUAÇU
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Medio Norte Empreendimentos Imobiliarios Ltda
Adv(s): Alexandre Barrozo Marra - 23450/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Gleidsmar Alves da Costa
Adv(s): Renata Moreira Gontijo - 33984/N, Rodrigo de Souza Magalhaes - 28609/A

90 - Dupla Apelações (CPC)


Número Processo : 0391943.89.2013.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) 1º Apelante(s): Banco Bradesco S/A
Adv(s): Robson Cunha do Nascimento Junior - 24692/N
Apelado(s) 1º Apelado(s): Sergio Luiz Soares Galvao e OUTRA
Adv(s): Janaina Mariath Rangel - 31558/N, Nayara Yasmim dos Santos Ferreira
2º Apelado(s): Incorporacao Orient Ltda e OUTRA
Adv(s): Alex José Silva - 32520/N, Camylla Sena Ricardo de Souza - 42154/N, Cristiana
Magalhães de Oliveira - 11861/N, Gabriela Ramos Caiado de Andrade - 42192/N,
Heliana Borba Carneiro - 11648/N, José Antonio Domingues da Silva - 29380/N, Leandro
Viana de Amorim Barbosa - 29380/N, Leonardo Lacerda Jubé - 26903/N, Levy João
Cruvinel Neto - 25802/N, Naiane Santana Matias - 34581/N, Ricardo Miranda Bonifácio e
Souza - 34945/N, Rodolfo Macêdo Montenegro - 26496/N, Rodolfo Ramos Caiado -
24087/N, Vivian de Araujo Evangelista - 38563/N
Apelante(s) 1º Apelante(s): Incorporacao Orient Ltda e OUTRA
: Adv(s): Alex José Silva - 32520/N, Camylla Sena Ricardo de Souza - 42154/N, Cristiana

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Adv(s): Alex José Silva - 32520/N, Camylla Sena Ricardo de Souza - 42154/N, Cristiana
Magalhães de Oliveira - 11861/N, Gabriela Ramos Caiado de Andrade - 42192/N,
Heliana Borba Carneiro - 11648/N, José Antonio Domingues da Silva - 29380/N, Leandro
Viana de Amorim Barbosa - 29380/N, Leonardo Lacerda Jubé - 26903/N, Levy João
Cruvinel Neto - 25802/N, Naiane Santana Matias - 34581/N, Ricardo Miranda Bonifácio e
Souza - 34945/N, Rodolfo Macêdo Montenegro - 26496/N, Rodolfo Ramos Caiado -
24087/N, Vivian de Araujo Evangelista - 38563/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Sergio Luiz Soares Galvao e OUTRA


Adv(s): Janaina Mariath Rangel - 31558/N, Nayara Yasmim dos Santos Ferreira
2º Apelado(s): Banco Bradesco S/A
Adv(s): Robson Cunha do Nascimento Junior - 24692/N

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

91 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5182269.43.2018.8.09.0137
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Leonardo Hanum Motta
Adv(s): Paulo Maria Teles Antunes - 2991/N, Paulo Roberto Machado Borges - 17129/N,
Ricardo Ribeiro Teles - 22475/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Sg Incorporada Ltda
Adv(s): Abadia Ataídes da Costa - 5734/N, Alisson Rogério Malta da Silva - 37969/N

92 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5330868.56.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Santander Seguros S/A
Adv(s): Jose Carlos Van Cleef de Almeida Santos - 273843/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Companhia Energetica de Goias - Celg
Adv(s): Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S
93 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5244935.18.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): TG Centro - Oeste Empreendimentos Imobiliarios S/A
Adv(s): Daniel Battipaglia Sgai - 214948/A, Felipe Gazola Vieira Marques - 34847/A,
Idelma Gonçalves da Silva Matsuoka – 27605/N, Victor Gustavo Lobo Cortez Amado –
Documento Assinado Digitalmente 26400/N DJ Eletrônico - Acesse: www.tjgo.jus.br 115 de 4699
Apelado(s)
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I 1º Apelado(s): Geso Ferreira
DISPONIBILIZAÇÃO: Martins
sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020
Adv(s):Valsio Sousa Marques - 24818/N, Elisandra Martins da Silva – 26221/N

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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94 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5021198.33.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Maria Sinara Santos de Andrade
Adv(s): Joao Evangelista Batista - 14501/N, Saulo Carvalho David - 278803/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Hp Transportes Coletivos Ltda
Adv(s): Edson de Macedo Amaral - 9537/N, Marcela de Paula Sahium - 25538/N

95 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5615057.12.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A
Adv(s): Luiz Henrique Vieira - 55639/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Luzenita Pires da Silva
Adv(s): Marcus Vinícius Luz Franca Lima - 20758/N
96 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5196634.40.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Rodolfo Pereira Lima Júnior
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Jose Caolino Inacio
Adv(s): Marcel Limonge Batista Pereira - 25542/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Estado de Goias
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

97 - Apelação e RECURSO ADESIVO (CPC)


Número Processo : 5290296.87.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Ildefonso Pio de Almeida
Adv(s): Camila Martins Guilherme - 52813/A, Marcos Antônio de Morais - 30357/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco Pan S/A


Adv(s): Feliciano Lyra Moura - 53642/S, Kaleb Gomes Ribeiro da Silva - 34876/N
2º Apelado(s): BRB Financeira S/A
Adv(s): Rodrigo Vieira Rocha Bastos - 20730/N
Recorrente(s) 1º Recorrente(s): BRB Financeira S/A
Adv(s): Rodrigo Vieira Rocha Bastos - 20730/N
Recorrido(s) 1º Recorrido(s): Ildefonso Pio de Almeida
Adv(s): Camila Martins Guilherme - 52813/A, Marcos Antônio de Morais - 30357/N
98 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5139612.06.2017.8.09.0175
Comarca : ARUANÃ
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Nelida Rocha da Costa Barbosa
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Valéria Aparecida de Souza
Adv(s): Clever da Silva - 26249/N, Marco Aurelio Vaz dos Santos - 37499/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Prefeito de Aruanã
Adv(s): Gleidson Macedo da Silva - 39965/N, Osvandi Raioni Soares Assolari - 35277/N

99 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5197552.73.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Marcia Maria Vicente de Paula
Adv(s): Robson Henrique da Silva Pires - 41606/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

100 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5454075.58.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Felicíssimo José de Sena
Adv(s): Aline Silva Sena Barcellos - 20720/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Samuel Bady Helou
Adv(s): Frederico Rodrigues Gonçalves de Oliveira - 27110/N
101 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0446788.26.2015.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Construtora Borges Landeiro
Adv(s): Alex José Silva - 32520/N, Ricardo Miranda Bonifácio e Souza - 34945/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ana Claudia Fernandes da Silva
Adv(s): Francisco Fernandes da Silva - 32985/N
102 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5309543.04.2017.8.09.0079
Comarca : ITABERAÍ
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Universidade Estadual de Goiás - UEG
Adv(s): Júlia Nascimento - 31687/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Rosemeire Irene da Silva Nunes
Adv(s): Marcio Batista dos Santos - 48529/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

103 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5455078.14.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Wanderson Rodrigues Silva
Adv(s): Erlon Carneiro de Lima - 40982/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro Dpvat S/A
Adv(s): Edyen Valente Calepis - 28442/A
104 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5585075.39.2018.8.09.0087
Comarca : ITUMBIARA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Rejane Fabiana de Freitas Souza
Adv(s): Ivy Camila Jaculi - 33890/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco Bmg S/A
Adv(s): Flavia Almeida Moura Di Latella - 109730/A
105 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5138427.14.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Claro S/A
Adv(s): Marcelo da Silva Vieira - 30454/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Divino Henrique da Costa
Adv(s): Diogo Caixeta de Sá - 37659/N, Guaracy Alves de Avila Branquinho - 5544/N

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

106 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5291860.38.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Paulo Roberto Lemes Carvalho
Adv(s): Italo da Silva Fraga - 36864/N, Tiago dos Santos Ribeiro - 40046/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Mapfre Seguros S/A


Adv(s): Adriano Waldeck Felix de Sousa - 15634/N, Peterson Arruda Ferro - 16531/N,
Sandro Waldeck Felix de Sousa - 22328/N
107 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0036720.29.2017.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Elizabeth Martins de Amorim
Adv(s): Thiago Vinicius Mendonca Moreira - 43191/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Centrape - Central Nacional dos Aposentados e Pensionistas do
Brasil
Adv(s): Fernando Hackmann Rodrigues - 18660/A, Gabriel Rodrigues de Oliveira -
47164/A, Juliano Martins Mansur - 113786/A
108 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5581541.98.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Rafael Vieira de Farias
Adv(s): Fillipe Câmara Batista - 31017/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A
Adv(s): Adriano Waldeck Felix de Sousa - 15634/N, Sandro Waldeck Felix de Sousa -
22328/N

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

109 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5312606.58.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Lívia Augusta Gomes Machado
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Aparecida Rodrigues da Silva
Adv(s): Carmem Lílian Nunes de Sá - 32880/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Adriana Zanatta Pacheco Gonçalves - 23168/N, Fernando Iunes Machado -
21735/N, Vilma Maria da Silva Cardoso - 5189/N
2º Apelado(s): Departamento Estadual de Transito de Goias - Detran
Adv(s):
110 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5129835.65.2018.8.09.0044
Comarca : FORMOSA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Mercantil do Brasil S/A
Adv(s): Felipe Gazola Vieira Marques - 34847/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ferragens Coneccoes Primavera Eireli ME e OUTRO
Adv(s): Epaminondas Lemos Barros Junior - 32627/A

111 - Apelação e RECURSO ADESIVO (CPC)


Número Processo : 0084237.60.2015.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Alfa Incorporadora Empreendimentos e Consultoria Ltda
Adv(s): Aline Oellers Ferreira - 20044/N, Marlos Borges Nogueira - 17441/N, Natalia
Borges Tosta Figueiredo - 42176/N, Thiago Vinicius Vieira Miranda - 22861/N, Victor
Ribeiro Loureiro - 31518/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Adonildes Alves de Souza e OUTRA


Adv(s): Andrea Guizilin Louzada Rascovit - 30423/A
Recorrente(s) 1º Recorrente(s): Adonildes Alves de Souza e OUTRA
Adv(s): Andrea Guizilin Louzada Rascovit - 30423/A
Recorrido(s) 1º Recorrido(s): Alfa Incorporadora Empreendimentos e Consultoria Ltda
Adv(s): Aline Oellers Ferreira - 20044/N, Marlos Borges Nogueira - 17441/N, Natalia
Borges Tosta Figueiredo - 42176/N, Thiago Vinicius Vieira Miranda - 22861/N, Victor
Ribeiro Loureiro - 31518/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

112 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5124532.83.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Rodrigo Nogueira da Silva
Adv(s): Helidia Gomes Pacheco Oliveira - 34984/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Boiagro Produtos Agropecuarios Ltda
Adv(s): Aparecida dos Reis Marcelino da Silva - 31368/N
113 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5372772.85.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) 1º Apelante(s): Karina Santana Machado Guedes
Adv(s): Glaucia Alves de Oliveira - 45083/N, Rodrigo Vitor Couto do Amaral - 30089/N
2º Apelante(s): Banco Bmg S/A
Adv(s): Taylise Catarina Rogerio Seixas - 33246/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco Bmg S/A
Adv(s): Taylise Catarina Rogerio Seixas - 33246/A
: 2º Apelado(s): Karina Santana Machado Guedes
Adv(s): Glaucia Alves de Oliveira - 45083/N, Rodrigo Vitor Couto do Amaral - 30089/N

114 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5472208.67.2018.8.09.0002
Comarca : ACREÚNA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): Ação Contact Center Ltda
Adv(s): Alessandra Ferreira Sena - 74600/A
2º Apelado(s): Agropecuária Nova Gália Ltda
Adv(s): Antonio Marcos Ferreira - 5931/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

115 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5390556.16.2017.8.09.0082
Comarca : ITAJÁ
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco do Brasil S/A
Adv(s): Jose Arnaldo Janssen Nogueira - 40823/A, Servio Tulio de Barcelos - 30261/A

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Marques Divino Rodrigues


Adv(s): Marco Antonio de Souza - 17040/S
116 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5300207.26.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Bradesco S/A
Adv(s): Rosangela da Rosa Correa - 35394/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Auto Socorro Piaui Eireli - ME
Adv(s):
117 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0503894.59.2011.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Renata Bonfim Resende
Adv(s): Rina de Oliveira Campbell Pena - 18582/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Rodrigues da Cunha Construtora e Incorporadora Ltda
Adv(s): Pedro Adolfo Bittar Lemos - 33719/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

118 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0074098.70.2012.8.09.0175
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) 1º Apelante(s): Inpar Projeto 45 Spe Ltda
Adv(s): Dirceu Marcelo Hoffmann - 16538/N, Heder Vidal da Silva - 41064/N
2º Apelante(s): Maria das Neves Cunha Teixeira
Adv(s): Andrea Guizilin Louzada Rascovit - 30423/A
Apelado(s) :
1º Apelado(s): Maria das Neves Cunha Teixeira
Adv(s): Andrea Guizilin Louzada Rascovit - 30423/A

:
2º Apelado(s): Inpar Projeto 45 Spe Ltda
Adv(s): Dirceu Marcelo Hoffmann - 16538/N, Heder Vidal da Silva - 41064/N

119 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5437330.16.2018.8.09.0100
Comarca : LUZIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Gerson Emilio Leme
Adv(s): Rafael Pinheiro Cunha - 28109/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Luziania
Adv(s): Viviane Borges Mariani - 36121/N
120 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5056200.93.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Enel Distribuição S/A
Adv(s): Guilherme Alves Tavares - 43013/A, Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Sul America Companhia Nacional de Seguros


Adv(s): Sergio Pinheiro Mãximo de Souza - 135753/A

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

121 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5412972.71.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Raul Wonsjuk Calaça
Adv(s): Renata Silveira Pacheco - 21147/N, Renato Fonseca Chialastri - 25198/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Estado de Goiás


Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N
122 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0288982.41.2011.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Laura Maria Ferreira Bueno
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Celg Distribuicao S/A - Celg D
Adv(s): Antonio da Silva Evangelista Junior - 34865/N, Jayme Soares da Rocha Filho -
51175/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ludimila de Oliveira Sousa
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
123 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5390585.62.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Abraão Júnior Miranda Coelho
Apelante(s) : 1º Apelante(s): VRG Linhas Aéreas S/A
Adv(s): Lucio Bernardes Roquette - 16016/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Elmiro Ivan Barbosa de Souza - 22342/N, Fernando Iunes Machado - 21735/N,
Maria Rita de Faria e Vasconcellos - 17707/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

124 - Apelação e AGRAVO RETIDO (CPC)


Número Processo : 0050131.43.2013.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) :
1º Apelante(s): Top Moto e Bike Comercial de Pecas e Servicos Ltda e OUTRO
Adv(s): Brasileno José da Silva Júnior - 49423/A, Kisleu Gonçalves Ferreira - 21666/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Hsbc Bank Brasil S/A - Banco Multiplo


Adv(s): Cristiana Vasconcelos Borges Martins - 36833/S, Renato Chagas Corrêa da Silva
- 28449/A, Suene Cintya da Cruz - 28002/N
Agravante(s) 1º Agravante(s): Top Moto e Bike Comercial de Pecas e Servicos Ltda e OUTRO
Adv(s): Brasileno José da Silva Júnior - 49423/A, Kisleu Gonçalves Ferreira - 21666/N
Agravado(s) 1º Apelado(s): Hsbc Bank Brasil S/A - Banco Multiplo
Adv(s): Cristiana Vasconcelos Borges Martins - 36833/S, Renato Chagas Corrêa da Silva
- 28449/A, Suene Cintya da Cruz - 28002/N
125 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0131464.61.2016.8.09.0164
Comarca : CIDADE OCIDENTAL
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Irenilde Rodrigues Leite
Adv(s): Lucas Mori de Resende - 37685/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Cidade Ocidental
Adv(s): Aline Thomaz Ferreira - 38065/A, Felicíssimo José de Sena - 2652/N, Júlio
Rafael Ortiz Júnior - 55296/A
126 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5195579.83.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Municipio de Goiania
Adv(s): Derberth Paula de Vasconcelos - 48872/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Maria Célia da Silva
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

127 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5573491.36.2018.8.09.0002
Comarca : ACREÚNA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Bmg S/A
Adv(s): Flavia Almeida Moura Di Latella - 109730/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Nadir Rodrigues de Paula
Adv(s): Leidiane Candido Batista - 39682/N
128 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5426408.97.2019.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Sebastiana Pereira Silva
Adv(s): Luiz Fernando Cardoso Ramos - 54782/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco Votorantim S/A
Adv(s): Roberto de Souza Moscoso - 36830/A
129 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0160526.97.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Laura Campos Prata Neiva
Adv(s): Raphael Rodrigues de Oliveira e Silva - 22470/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): AutoPosto A2
Adv(s): Nayron Cintra Sousa – 28208/N 11361/N
2º Apelado(s): Petrobras Distribuidora S/A
Adv(s): Scheilla de Almeida Mortoza N. Rodrigues - 11361/N

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

130 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0430400.55.2015.8.09.0041
Comarca : ESTRELA DO NORTE
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES JEOVA SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Jamil Araujo Mesquita e OUTRA
Adv(s): Paulo Omar da Silva - 11681/N, Paulo Omar da Silva Junior - 33822/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Belo Monte Transmissora de Energia Spe S/A
Adv(s): Cristiano Amaro Rodrigues - 39065/S, Marcos Edmar Ramos Alvares da Silva -
39105/S
131 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0372264.06.2013.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Fundacao Assistencial dos Servidores Ministerio da Fazenda
Funcacao - Assefaz
Adv(s): Nelson Wilians Fratoni Rodrigues - 128341/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Arthur Borges
Adv(s): Carlos Augusto de Bastos Rios Junior - 25994/N, Eduardo Antunes Scartezini
Filho - 29280/N
132 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5258319.48.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) 1º Apelante(s): Construtora e Incorporadora Campos Ltda e OUTRA
Adv(s): Arthur Edmundo de Souza Rios Junior - 24350/N
2º Apelante(s): Elizete de Menezes Cunha e OUTRO
Adv(s): Antenógenes Resende de Oliveira Júnior - 23886/N, Danilo Prado Alexandre -
24420/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Elizete de Menezes Cunha e OUTRO
Adv(s): Antenógenes Resende de Oliveira Júnior - 23886/N, Danilo Prado Alexandre -
24420/N
: 2º Apelado(s): Construtora e Incorporadora Campos Ltda e OUTRA
Adv(s): Arthur Edmundo de Souza Rios Junior - 24350/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

133 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5038572.28.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Nayara Mota Silva Borelli
Adv(s): Thiago Fonseca Drummond Oliveira - 39247/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Seguradora Lider do Consorcio do Seguro Dpvat S/A
Adv(s): Edyen Valente Calepis - 28442/A
134 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5523311.63.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Oi S/A
Adv(s): Luiz Teruo Matsunaga Junior - 24233/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Jose Roberto de Jesus
Adv(s): Nivanor Santos Ferreira - 29925/N
135 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0028271.78.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Fundacao Celg de Seguros e Previdencia
Adv(s): Luiz Fernando Brum dos Santos - 10691/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Marcos Paulo Felix da Silva
Adv(s): José Jorge Chein Neto - 25546/N, Maria Dolores de Fatima Rodrigues da Cunha
- 10094/N

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

136 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5107830.47.2018.8.09.0174
Comarca : SENADOR CANEDO
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Zacarias Guimarães de Sousa
Adv(s): Leandro dos Santos Conceição - 39972/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Banco Bmg S/A
Adv(s): Joao Francisco de Almeida Barros - 37027/N
137 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5323190.19.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Celg Distribuição S/A - Celg
Adv(s): Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S, Tiago Felipe de Lima - 56252/A

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Emporio Du Kareca - Comércio Varejista de Bebidas Ltda ? Me


Adv(s): Vitor Hugo Araujo Aloise - 48971/A

138 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5219752.19.2018.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Jose Graciano Teixeira Junior - ME
Adv(s): Elda Martins Chaparini - 31387/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Leonardo Lopes de Moraes
Adv(s): Lucas Rocha Andrade - 43366/N, Marcos Andre Rocha Andrade - 35857/N,
Washington Rocha Andrade - 40983/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

139 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5331570.36.2017.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES JEOVA SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Carlos Antonio Custodio Junior
Adv(s): Heloisa Brandao de Melo - 24042/N, Karlla de Oliveira Silva - 43021/N, Ranicele
Barbosa Silva - 22967/N
Apelado(s) :
1º Apelado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Emília Santos Costa - 22374/N, Fernando Iunes Machado - 21735/N

140 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5501879.77.2017.8.09.0065
Comarca : GOIÁS
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES JEOVA SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça : Lívia Augusta Gomes Machado
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Eliseu Antonio Brito Oliveira
Adv(s): Claudio Petagone Saraiva Ascencio - 28522/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Goias
Adv(s): Guilherme Augusto Martins de Meneses - 31996/N, Maria das Gracas Pereira
Bueno - 14939/A, Natanael Santiago David - 43872/A
141 - Apelação (CPC)
Número Processo : 0431596.35.2012.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): SR Construcoes e Servicos Ltda
Adv(s): Marina Junqueira Lima - 21682/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Celg Geracao e Transmissao S/A
Adv(s): Claudio Jorge Machado - 51176/S, Daniel Vinicios Nunes Vieira - 31725/N,
Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

142 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5399734.67.2018.8.09.0174
Comarca : SENADOR CANEDO
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Maria Madalena da Silva Pereira Gomes
Adv(s): Ricardo Marques Brandao - 25561/N, Wagner Cardoso de Oliveira - 39230/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Celg D


Adv(s):
143 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5255542.92.2018.8.09.0157
Comarca : VIANÓPOLIS
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco do Brasil
Adv(s): Jose Arnaldo Janssen Nogueira - 40823/A, Servio Tulio de Barcelos - 30261/A

Apelado(s) :
1º Apelado(s): Fabio Avila Araujo e OUTROS
Adv(s): Naiara Cristina Gomes Vilela - 32759/N

144 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5327841.30.2018.8.09.0137
Comarca : RIO VERDE
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Seguradora Lider do Consorcio do Seguro Dpvat S/A
Adv(s): Edyen Valente Calepis - 28442/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Karize Nunes Proto
Adv(s): João Paulo Pieroni - 32874/N

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: www.tjgo.jus.br 132 de 4699


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

145 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0001059.73.2002.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Municipio de Goiania
Adv(s): Ana Paula Mendonça de Souza - 47803/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Jl Adriano Engenharia de Construcoes Ltda
Adv(s): Raila Cristiele Bastista Mendes - 49735/A

146 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5465581.54.2017.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco Bmg S/A
Adv(s): Andre Renno Lima Guimaraes de Andrade - 78069/A, Breiner Ricardo Diniz
Resende Machado - 84400/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Elizabete Alencar Soares
Adv(s): Guilherme Rodrigues Vilela - 44207/A, Renato Gomes de Moura - 46656/A

147 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5594680.88.2018.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Itaú Seguros S/A
Adv(s): Juliano Ricardo Schmitt - 58885/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Município de Jataí
Adv(s): Simone Souza de Oliveira Carvalho - 27331/N

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

148 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0316519.07.2014.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES JEOVA SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Recanto do Bosque Empreendimentos Imobiliarios Ltda
Adv(s): Sidarta Staciarini Rocha - 20630/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Hugmar Messias dos Santos e OUTRO


Adv(s): Wendell Messias Santos - 29806/N
149 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5227936.46.2019.8.09.0160
Comarca : NOVO GAMA
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES JEOVA SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Enel Distribuição S/A
Adv(s): Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Inez Anselmo Jose
Adv(s): Felipe Santiago Pinheiro Fonseca - 40112/A
150 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5285490.72.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES JEOVA SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Marcilene Assunção Xavier de Moraes
Adv(s): Thiago Fonseca Drummond Oliveira - 39247/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A
Adv(s): Ana Paula Cheker - 114969/A, Edyen Valente Calepis - 28442/A

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

151 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5126073.81.2019.8.09.0181
Comarca : CACHOEIRA DOURADA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Roberta Santos Andrade
Adv(s): Leverton Eduardo Dourado Dias - 29490/N, Rones Gonçalves de Seita - 54418/A

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Departamento Estadual de Trânsito de Goiás - Detran-GO


Adv(s): Vilma Maria da Silva Cardoso - 5189/N

152 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0067968.25.2017.8.09.0002
Comarca : ACREÚNA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Tânia Marcia de Oliveira
Adv(s): João Paulo Pieroni - 32874/N, Lucimer Coelho de Freitas - 33001/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Seguradora Lider dos Consorcios do Seguro Dpvat S/A
Adv(s): Ana Paula Cheker - 114969/A, Fabiane Gomes Pereira - 30485/N
153 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5458720.29.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Instituto Icae Social - ICAE
Adv(s): Jorge Paulo Carneiro Passos - 26384/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Pai e Filho Cerâmica Rios Ltda. - Me (cerâmica Rios 2)
Adv(s): Murilo de Padua Silva Leão - 35862/N

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

154 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5261481.46.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) 1º Apelante(s): Cleonice de Jesus Leles
Adv(s): Larissa de Carvalho Cardoso - 28212/N
: 2º Apelante(s): Panamericano S/A
Adv(s): Eduardo Chalfin - 45157/S
Apelado(s) 1º Apelado(s): Panamericano S/A
Adv(s): Eduardo Chalfin - 45157/S
: 2º Apelado(s): Cleonice de Jesus Leles
Adv(s): Larissa de Carvalho Cardoso - 28212/N
155 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5429161.09.2018.8.09.0078
Comarca : ISRAELÂNDIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Eucleia Jorge Gonçalves Costa
Adv(s): Humberto Borges de Moraes Rocha - 11716/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Pedro Ferreira da Costa
Adv(s):
156 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5175676.18.2017.8.09.0174
Comarca : SENADOR CANEDO
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Raian Alves Dias
Adv(s): Wagner Cardoso de Oliveira - 39230/N
2º Apelante(s): Sanesc Agencia de Saneamento de Senador Canedo
Adv(s): Danubio Cardoso Remy - 24919/N, Rui Jeronimo da Silva Junior - 22164/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Sanesc Agencia de Saneamento de Senador Canedo


Adv(s): Danubio Cardoso Remy - 24919/N, Rui Jeronimo da Silva Junior - 22164/N
2º Apelado(s): Raian Alves Dias
Adv(s): Wagner Cardoso de Oliveira - 39230/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

157 - Apelação (CPC)


Número Processo : 0225231.75.2014.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Agencia Goiana de Infraestrutura e Transportes - GOINFRA
Adv(s): Adriane Braga de Amorim - 9551/N, Iris Bento Tavares - 13057/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Amplatex Industria de Produtos Quimicos Ltda
Adv(s): Newton Vasconcellos Pereira - 79852/A
158 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5469801.38.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Seguradora Líder do Consórcio do Seguro Dpvat
Adv(s): Adriano Waldeck Felix de Sousa - 15634/N, Ana Paula Cheker - 114969/A,
Sandro Waldeck Felix de Sousa - 22328/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Evandro Lima dos Santos
Adv(s): Raquel Polo de Castro Moreira - 33521/N
159 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5516655.69.2017.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Maria Rosa Pereira Neves Marques
Adv(s): Miller Goulart da Silva - 42210/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Vivo S/A
Adv(s): Wilker Bauher Vieira Lopes - 29320/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

160 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5088712.32.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Assis Nunes Prestes
Adv(s): Gustavo Monteiro Barbosa - 53814/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Seguradora Lider dos Consorcios do Seguro Dpvat S/A
Adv(s): Adriano Waldeck Felix de Sousa - 15634/N
161 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5555599.09.2018.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Jonathan Fernandes Garcia
Adv(s): Italo Thiago dos Santos Oliveira - 39986/N
2º Apelante(s): S&j Consultora e Incorporadora Ltda
Adv(s): Amanda Gomes Marçal Vieira Vaz – 35704/N, Thadeu Botêga Aguiar - 31168/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): S&j Consultora e Incorporadora Ltda


Adv(s): Amanda Gomes Marçal Vieira Vaz - 35704/N, Thadeu Botêga Aguiar - 31168/N
2º Apelado(s): Jonathan Fernandes Garcia
Adv(s): Italo Thiago dos Santos Oliveira - 39986/N

162 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5310937.62.2019.8.09.0051
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Banco RCI Brasil S/A
Adv(s): Luciano Gonçalves Olivieri - 38762/S
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Weslei Rodrigues Ferreira
Adv(s): Diego Uriell Pereira Botelho - 40547/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

163 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5500584.69.2017.8.09.0076
Comarca : IPORÁ
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Douglas Henrique Bottura Maccagnan
Adv(s): Luciano Pizzotti Silva - 51278/S

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Estado de Goias


Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Patrícia Vieira Junker - 33038/N
164 - Apelação (CPC)
Número Processo : 5028816.54.2019.8.09.0020
Comarca : CACHOEIRA ALTA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Nubia Rodrigues Araujo
Adv(s): Fabiano Busto de Lima - 361624/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Renova Companhia Securitizadora de Creditos Financeiros S/A
Adv(s): Thiago Mahfuz Vezzi - 43085/A

165 - Apelação (CPC)


Número Processo : 5300399.45.2018.8.09.0087
Comarca : ITUMBIARA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando César Paula Rodrigues - 27487/N, Fernando Iunes Machado - 21735/N

Apelado(s) : 1º Apelado(s): Edvaldo Araujo de Souza


Adv(s): Fábio Rubens Santos - 31967/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
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FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
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(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

166 - Apelação / Reexame Necessário


Número Processo : 5303836.29.2018.8.09.0044
Comarca : FORMOSA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Ana Maria Rodrigues da Cunha
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s):
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Felipe Martins Amorim
Adv(s): Fernanda Laisa Borges Pimentel - 32521/N
167 - Apelação / Reexame Necessário
Número Processo : 0002400.35.2016.8.09.0087
Comarca : ITUMBIARA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Lívia Augusta Gomes Machado
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Igreja Catedral de Adoracao e Milagres
Adv(s): Uberazildo Antônio de Melo - 7887/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Ministerio Publico do Estado de Goias
Adv(s):
168 - Apelação / Reexame Necessário
Número Processo : 5013691.84.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Dilene Carneiro Freire
Apelante(s) 1º Apelante(s): Sindicato dos Bares e Restaurantes do Municipio de Goiania
Adv(s): Agenor Camardelli Cancado Neto - 45271/A
2º Apelante(s): Municipio de Goiania
Adv(s): Allam Lourenco Rocha - 42069/A
Apelado(s) :
1º Apelado(s): Municipio de Goiania
Adv(s): Allam Lourenco Rocha - 42069/A

:
2º Apelado(s): Sindicato dos Bares e Restaurantes do Municipio de Goiania
Adv(s): Agenor Camardelli Cancado Neto - 45271/A

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

169 - Apelação / Reexame Necessário


Número Processo : 0340521.41.2016.8.09.0093
Comarca : JATAÍ
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Waldir Lara Cardoso
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Estado de Goias
Adv(s): Emília Santos Costa - 22374/N, Fernando Iunes Machado - 21735/N, Paulo
Cesar Neo de Carvalho - 20161/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Valdomiro Toninho dos Reis
Adv(s): Raimundo Cardoso dos Anjos - 42456/N
170 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5174284.12.2019.8.09.0000
Comarca : ABADIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Agravante (s) : MPEG
Adv(s) :
Agravado (s) : JTF
Adv(s) : Anderson Van Gualberto de Mendonça - 31076/A, Maisa de Maio Lima Marciano -
33781/N, Marcos Maciel Lara - 45730/A
CEDIL
Adv(s) Emiliano Alves Aguiar - 24628/A
171 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5206445.75.2019.8.09.0000
Comarca : ABADIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Agravante (s) : JTF
Adv(s) : Anderson Van Gualberto de Mendonça - 31076/A, Marcos Maciel Lara - 45730/A

Agravado (s) : MPEG


Adv(s) :

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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172 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5738326.13.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : APL e outro
Adv(s) : Daniele Nascimento Alves - 56591/A, Marco Antonio Viana Vieira - 45920/N
Agravado (s) : IPPS
Adv(s) : Marcelo Cama Proenca Fernandes - 22071/A, Mariana Melato Araujo - 39682/A
173 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5120742.79.2019.8.09.0000
Comarca : TRINDADE
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Ana Maria Rodrigues da Cunha
Agravante (s) : RCS
Adv(s) : Claudio Matheus Lemes da Silveira Florencio Delfino - 43528/N, Germana Póvoa Cruz
Lôbo - 22352/N, Luciane Borges - 26177/N, Maria Luiza Póvoa Cruz - 32005/N, Vinicius
Maya Faiad - 33904/N
Agravado (s) : MFNC
Adv(s) : Mauro Carlos de Souza - 88956/A
174 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5480325.19.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Eliete Sousa Fonseca Suavinha
Agravante (s) : CBRO
Adv(s) : Saulo Carvalho David - 278803/N
Agravado (s) : TFOR e outros
Adv(s) : Saulo Carvalho David - 278803/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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175 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5593790.06.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Agravante (s) : JJ
Adv(s) : Luana Leão Brito - 35795/N
Agravado (s) : BFJ
Adv(s) : Camila Torres de Almeida - 46706/N
176 - Agravo de Instrumento e Agravo Interno ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5307585.55.2019.8.09.0000
Comarca : CATALÃO
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça : Wellington de Oliveira Costa
Agravante (s) : DCDDL
Adv(s) : Rita de Cassia Cechin Bono - 167247/A
Agravado (s) : FPEG
Adv(s) : Fernando Iunes Machado - 21735/N, Poliana Dias Alves Julião - 40212/N, Virginia Souza
Bontempo - 41368/N
177 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5483515.87.2019.8.09.0000
Comarca : ITABERAÍ
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Estela de Freitas Rezende
Agravante (s) : SCDS e outros
Adv(s) : Eduarda Cardoso Lopes - 41946/N, Milton Célio Batista Pinto - 15150/A
Agravado (s) : CMA e outro
Adv(s) : Marinho Vicente da Silva - 13981/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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178 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5516307.94.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Nelida Rocha da Costa Barbosa
Agravante (s) : SBS
Adv(s) : Maria Rosilene Carneiro de Souza - 55472/A
Agravado (s) : TLADS
Adv(s) : Emmanuel Correa de Sousa - 42000/N, Valeria de Paula Paiva Silveira - 11605/N

179 - Agravo de Instrumento ( CPC ) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5720677.35.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante (s) : HEV e outra
Adv(s) : Helen Teisa de Sousa Leal - 14602/N, Jessyca Marques Nascimento - 43963/N
Agravado (s) : PLE
Adv(s) : Guilherme Domingues da Silva - 39611/N
180 - Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5279861.44.2019.8.09.0140
Comarca : SANCLERLÂNDIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Parte Autora(s) : 1º Parte Autora(s): MPEG
Adv(s):
Parte Ré(s) : 1º Parte Ré(s): SMSS
Adv(s): Jesse Alves de Almeida - 10441/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

181 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 0388412.40.2016.8.09.0002
Comarca : ACREÚNA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): RCPSAL- RM
Adv(s): Djan Carlo Gomes de Paula - 28856/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): EJPP
Adv(s): Rafael Augusto Justino Pereira - 28432/N
182 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 7033269.77.2010.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Apelante(s) 1º Apelante(s): VFDC
Adv(s):Diogo Siqueira Jayme - 27769/N, Gabriela Ramos Caiado de Andrade – 42192/N,
Gustavo Antônio Heráclio do Rêgo Cabral Filho - 28284/N
2º Apelante(s): CAA
Adv(s): Raissa Ribeiro Soares Vilarinho - 43189/A
Apelado(s) 1º Apelado(s): CAA
Adv(s): Raissa Ribeiro Soares Vilarinho - 43189/A
: 2º Apelado(s): VFDC
Adv(s): Diogo Siqueira Jayme - 27769/N, Gabriela Ramos Caiado de Andrade - 42192/N,
Gustavo Antônio Heráclio do Rêgo Cabral Filho - 28284/N

183 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5065299.58.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Eliete Sousa Fonseca Suavinha
Apelante(s) : 1º Apelante(s): VPP
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): JJP
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

184 - Apelação e RECURSO ADESIVO (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5333820.71.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo DES FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça : Laura Maria Ferreira Bueno
Apelante(s) : 1º Apelante(s): MMV
Adv(s): Victoria Raissa Medrado da Mata - 43647/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): RCPV
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
Recorrente(s) 1º Recorrente(s): RCPV
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
Recorrido(s) 1º Recorrido(s): MMV
Adv(s): Victoria Raissa Medrado da Mata - 43647/N
185 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5129783.71.2018.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Apelante(s) : 1º Apelante(s): ENP
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): MJPA
Adv(s): Leandro Marques Bariani - 31341/N
186 - Apelação (CPC) - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5162882.95.2019.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Apelante(s) : 1º Apelante(s): ENP
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): MJPA
Adv(s): Leandro Marques Bariani - 31341/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

187 - Apelação / Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5431697.63.2019.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Apelante(s) : 1º Apelante(s): MAG
Adv(s): Fabio Camargo Ferreira - 24663/N, Flávio Machado Nogueira - 10207/N, Maria
Vanda Santana Lima - 17484/N, Roberto Saturnino Rodrigo Arantes da Silva - 22478/N,
Teofilo Amorim Chagas de Oliveira - 24158/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): LDC e outra
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
188 - Apelação / Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 0227506.46.2016.8.09.0012
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Apelante(s) : 1º Apelante(s): MAG
Adv(s): Roberto Saturnino Rodrigo Arantes da Silva - 22478/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): MPEG
Adv(s):
189 - Agravo Interno - Apelação / Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5433891.70.2018.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Agravante(s) : 1º Agravante(s): MAG
Adv(s): Fabio Camargo Ferreira - 24663/N, Roberto Saturnino Rodrigo Arantes da Silva -
22478/N, Teofilo Amorim Chagas de Oliveira - 24158/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): MPEG
Adv(s):

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

190 - Agravo Interno - Apelação / Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5328681.93.2019.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES. JEOVÁ SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Agravante(s) : 1º Agravante(s): MAG
Adv(s): Fabio Camargo Ferreira - 24663/N, Roberto Saturnino Rodrigo Arantes da Silva -
22478/N, Teofilo Amorim Chagas de Oliveira - 24158/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): ISRP
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
191 - Agravo Interno - Apelação / Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 0108219.55.2017.8.09.0012
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Agravante(s) : 1º Agravante(s): MAG
Adv(s): Fabio Camargo Ferreira - 24663/N, Teofilo Amorim Chagas de Oliveira - 24158/N

Agravado(s) : 1º Agravado(s): MPEG


Adv(s):
192 - Agravo Interno - Apelação / Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5178502.50.2019.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : Dr. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM (substituindo DES. JEOVÁ SARDINHA DE MORAES)
Proc. de Justiça : Eliete Sousa Fonseca Suavinha
Agravante(s) : 1º Agravante(s): MAG
Adv(s): Fabio Camargo Ferreira - 24663/N, Roberto Saturnino Rodrigo Arantes da Silva -
22478/N, Teofilo Amorim Chagas de Oliveira - 24158/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): KBDS
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

193 - Agravo Interno - Apelação / Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA


Número Processo : 5265591.14.2019.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça : Orlandina Brito Pereira
Agravante(s) : 1º Agravante(s): MAG
Adv(s): Fabio Camargo Ferreira - 24663/N, Roberto Saturnino Rodrigo Arantes da Silva -
22478/N, Teofilo Amorim Chagas de Oliveira - 24158/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): ORS
Adv(s): Saulo Carvalho David - 278803/N
194 - Agravo Interno - Apelação / Reexame Necessário - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5175704.19.2019.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): MAG
Adv(s): Fabio Camargo Ferreira - 24663/N, Roberto Saturnino Rodrigo Arantes da Silva -
22478/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): ALDSC
Adv(s): Rubens Tome Ferreira - 460348/N
195 - Agravo Interno nos Embargos de Declaração - APELACAO
Número Processo : 0206590.41.2007.8.09.0065
Comarca : GOIÁS
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Banco Bradesco S/A
Adv(s): Leonardo Henkes Thompson Flores - 32013/S
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Petronio Fleury (Espolio)
Adv(s): Éder da Silva Souza - 28650/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

196 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5468265.14.2019.8.09.0000
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES SANDRA REGINA TEODORO REIS
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Amilson Oliveira da Silva
Adv(s): Eder Medeiros Fernandes - 31529/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Banco Pan S/A
Adv(s): Fabio Rivelli - 39552/N
197 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5637736.28.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Gustavo Augusto Alves
Adv(s): Raphael Rodrigues de Oliveira e Silva - 22470/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Bradesco Administradora de Consórcios Ltda
Adv(s):
198 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5583742.85.2019.8.09.0000
Comarca : ITUMBIARA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Valdenita Soares da Costa
Adv(s): Silvia Paula Ribeiro - 32303/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Banco Bradesco S/A
Adv(s): Ildefonso Gouveia de Carvalho Netto - 14681/N

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

199 - Agravo Interno - Apelação (CPC)


Número Processo : 5085814.80.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Walderloo Batista Gomes
Adv(s): Laryssa Alves de Souza Lima - 32639/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Seguradora Lider dos Consorcios do Seguro Dpvat S/A
Adv(s): Adriano Waldeck Felix de Sousa - 15634/N, Peterson Arruda Ferro - 16531/N,
Sandro Waldeck Felix de Sousa - 22328/N

200 - Agravo Interno - Apelação (CPC)


Número Processo : 0367862.08.2015.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Lívia Augusta Gomes Machado
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Neuzimar Custodio da Silva e OUTRO
Adv(s): Gisselle Rosa Gomes de Sousa - 25896/N, Ney Rocha Porfírio - 19610/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Unimed Goiania - Cooperativa de Trabalho Medico
Adv(s): Antonio Ricardo Rezende Roquete - 13627/A, Elisa Maria Alessi de Melo -
34461/N, Stella Christina Alves Coimbra - 25775/N, Suellen Coelho Benicio - 26089/N,
Tatiana Accioly Fayad - 19400/N
201 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5703637.40.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Valmildo Galdino de Oliveira
Adv(s): Raphael Rodrigues de Oliveira e Silva - 22470/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Banco Ole Consignado S/A
Adv(s): Leonardo Nascimento Goncalves Drumond - 62626/A, Lourenço Gomes Gadêlha
de Moura - 21233/A

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

202 - Agravo Interno - Apelação (CPC)


Número Processo : 0107370.59.2013.8.09.0130
Comarca : PORANGATU
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES. NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Benedito Aprigio
Adv(s): Fabiano Rodrigues Costa - 21529/N, Lucas Yuri Coutinho Toledo - 50931/A

Agravado(s) : 1º Agravado(s): Edson Euripedes Aprigio e OUTROS


Adv(s): Alexandre Aprígio do Prado - 25075/N, Laerte Rosa do Prado - 6082/A, Lucas
Guerra Fernandes - 40361/N
203 - Agravo Interno - Apelação (CPC)
Número Processo : 5237354.78.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Elson Oliveira da Silva
Adv(s): Sandro de Abreu Santos - 28253/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Banco Pan S/A
Adv(s): Eduardo Chalfin - 45157/S
204 - Agravo Interno - APELACAO
Número Processo : 0009413.20.2017.8.09.0162
Comarca : VALPARAÍSO DE GOIÁS
Relator : DES JEOVA SARDINHA DE MORAES
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Seguradora Lider dos Consorcios do Seguro - DPVAT
Adv(s): Fabiane Gomes Pereira - 30485/N, Jacó Carlos Silva Coelho - 13721/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Francisco Carlito Leite
Adv(s): Maria José Rocha Martins - 46186/N

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

205 - Agravo Interno - APELACAO


Número Processo : 0325791.13.2016.8.09.0097
Comarca : JUSSARA
Relator : Dra. ALICE TELES DE OLIVEIRA (substituindo Des. FAUSTO MOREIRA DINIZ)
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Marilza Pereira
Adv(s): Charles Andre Santos - 16014/N
Agravado(s) : 1º Agravado(s): Eletrolux do Brasil S/A
Adv(s): Christian Augusto Costa Beppler - 31955/A
206 - Agravo Interno - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5663803.30.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Agravante(s) : 1º Agravante(s): Exe Gestao Empresarial Ltda
Adv(s): Thiago Vinicius Vieira Miranda - 22861/N, Victor Ribeiro Loureiro - 31518/N

Agravado(s) : 1º Agravado(s): Banco do Brasil S/A


Adv(s): Nelson Pilla Filho - 33722/S
207 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 0404206.08.2013.8.09.0067
Comarca : GOIATUBA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Jaci Antonio da Silva
Adv(s): Laerte Felipe dos Santos Junior - 29505/N, Patricia Martins Botosso - 32397/N

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Banco Itau S/A


Adv(s): Gabriela Augusta Silva - 41930/N, Yana Cavalcante de Souza - 22930/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

208 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5189586.30.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Imex Medical Industria e Comércio Eireli
Adv(s): Rogerio Reis Olsen da Veiga - 7855/A
2º Embargante(s): Clínica Radiológika Oral Ltda - ME
Adv(s): Adalberto Pereira da Costa - 20974/N, Iara Freitas Miura - 10275/N, Rafaela
Junqueira Guazzelli - 47974/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Clínica Radiológika Oral Ltda - ME
Adv(s): Adalberto Pereira da Costa - 20974/N, Iara Freitas Miura - 10275/N, Rafaela
Junqueira Guazzelli - 47974/A
209 - Embargos de Declaração no Agravo Interno ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5171566.13.2017.8.09.0000
Comarca : RIO VERDE
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo DES. NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Leonardo Bernardes de Oliveira ME
Adv(s): Leandro Santos Ribeiro - 26067/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Credimais - Instituição de Crédito Produtivo Popular
Adv(s):

210 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)


Número Processo : 5396426.60.2018.8.09.0000
Comarca : ITAPURANGA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Waldir Lara Cardoso
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Estado de Goias
Adv(s): Ariana Vieira Nunes Caixeta - 41371/N, Fernando Iunes Machado - 21735/N

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Ministerio Publico do Estado de Goiás


Adv(s):

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: www.tjgo.jus.br 154 de 4699


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

211 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5454642.77.2019.8.09.0000
Comarca : CALDAS NOVAS
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Condominio Ecologic Ville Resort
Adv(s): Rogerio Ravanini Magalhaes - 85951/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Mw Investimentos e Participações Ltda
Adv(s): André Luiz Abrão Júnior - 39340/N
212 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 0070347.58.2016.8.09.0006
Comarca : ANÁPOLIS
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Carlos Henrique Lelis Ferreira
Adv(s): Rogerio de Sousa Carneiro - 31563/N, Sandra Rodrigues da Silva - 34900/N

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Planeta Veiculos Ltda


Adv(s): Eddy Caexeta Aranha - 42445/N, Thiago Afonso Santos Estrella - 22853/N

213 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5232007.35.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Gercino Pereira Cassiano
Adv(s): Sandro de Abreu Santos - 28253/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

214 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)


Número Processo : 5031179.74.2019.8.09.0000
Comarca : GOIANÉSIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Lívia Augusta Gomes Machado
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Companhia Brasileira de Alumínio
Adv(s): Luis Henrique da Costa Pires - 154280/A
215 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO
Número Processo : 0377715.67.2015.8.09.0010
Comarca : ANICUNS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça : Eliseu José Taveira Vieira
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Natanael Antonio Alves e OUTRO
Adv(s): Cristiano Soares Pinto - 17639/N, Renato Batuíra Ribeiro Pinto - 36184/A

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Zilda de Assis


Adv(s):
216 - Embargos de Declaração no Agravo Interno ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5148652.30.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Bruna de Sousa Bastos
Adv(s): Sandro de Abreu Santos - 28253/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Valkiria Costa Souza - 22373/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

217 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO


Número Processo : 0009508.28.2017.8.09.0137
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Capemisa Seguradora de Vida e Previdencia S/A
Adv(s): Deolindo José de Freitas Júnior - 17923/N, Renata Barbosa Ferreira Sari -
21748/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Silvair de Jesus Souza
Adv(s): Deolindo José de Freitas Júnior - 17923/N, Eduardo do Prado Lobo - 23183/N,
Gustavo Pignatti do Nascimento - 23128/N, Laura Evelyn Ludovino Ribeiro - 48879/N

218 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO


Número Processo : 0338244.41.2015.8.09.0011
Comarca : APARECIDA DE GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Espólio de Dorvanir Oliveira de Souza
Adv(s): Lucimar Abrão da Silva - 14412/N, Wanderson Ferreira - 18096/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Rapido Araguaia Ltda
Adv(s): Adriano Waldeck Felix de Sousa - 15634/N, Sandro Waldeck Felix de Sousa -
22328/N
219 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO
Número Processo : 0206647.55.2016.8.09.0029
Comarca : CATALÃO
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Braz Mendes
Adv(s): Livia Flavia de Lima - 142807/N, Raquel Lidia Gurgel Pessôa - 39331/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Itau Unibanco S/A
Adv(s): Yana Cavalcante de Souza - 22930/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

220 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5289535.27.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Egesiel Lucindo de Oliveira
Adv(s): Jaqueline Castanheira Mundim - 42136/N, Leon Deniz Bueno da Cruz - 11430/A
2º Embargante(s): Tg Centro-Oeste Empreendimentos
Adv(s): Daniel Battipaglia Sgai - 214918/A, Jones Lima Cipriano Mota - 43478/N, Lucas
Domingues da Silva - 42088/N, Marisvaldo Cortez Amado - 9425/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Tg Centro-Oeste Empreendimentos
Adv(s): Daniel Battipaglia Sgai - 214918/A, Jones Lima Cipriano Mota - 43478/N, Lucas
Domingues da Silva - 42088/N, Marisvaldo Cortez Amado - 9425/A
2º Embargado(s): Egesiel Lucindo de Oliveira
Adv(s): Jaqueline Castanheira Mundim - 42136/N, Leon Deniz Bueno da Cruz - 11430/A

221 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO


Número Processo : 0146456.23.2017.8.09.0154
Comarca : URUANA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Torres Alimentos Ltda
Adv(s): Janaina Mathias Guilherme de Senne - 20975/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): S. 10 Supermercado Ltda ME
Adv(s): Cícero Marques Costa - 6655/N
222 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5190699.19.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Vilma Barbosa de Sousa
Adv(s): Alexsandro de Castro Lopes dos Santos - 22851/N, Francisco Jose Goncalves
Costa - 14199/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Jardim América Saúde Ltda.
Adv(s): João Bosco Luz de Morais - 14153/N, João Vicente Pereira Morais - 29256/N,
Nelmaura Moreira da Silva - 49095/A

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NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

223 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5276989.03.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : Márcia de Oliveira Santos
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Celg Distribuicao S/A
Adv(s): Edmar Antonio Alves Filho - 31312/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Estado de Goiás (procon Goiás)
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N
224 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5218522.65.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Tokio Marine Seguradora S/A
Adv(s): Jose Carlos Van Cleef de Almeida Santos - 273843/A
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Centrais Elétricas de Goiás - Celg D
Adv(s): Claudio Jorge Machado - 51176/S, Jayme Soares da Rocha Filho - 51175/S,
Sérgio Meirelles Bastos - 18725/N, Thyago Mello Moraes Gualberto - 18771/N

225 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )


Número Processo : 5301534.28.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça : José Carlos Mendonça
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Luan Cunha Rocha Mesquita
Adv(s): Cleiton Otamiro Ferreira da Silva - 33199/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico
Adv(s): Elisa Maria Alessi de Melo - 34461/N, Tatiana Accioly Fayad - 19400/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
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226 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO


Número Processo : 0219982.66.2017.8.09.0172
Comarca : SANTA TEREZINHA DE GOIÁS
Relator : DES NORIVAL SANTOMÉ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Igor Bruno Francisco Batista
Adv(s): Lucineide Alves de Almeida - 41722/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Seguradora Lider dos Consorcios do Seguro Dpvat S/A
Adv(s): Fabiane Gomes Pereira - 30485/N, Lucimer Coelho de Freitas - 33001/A

227 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 0265809.27.2007.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES FAUSTO MOREIRA DINIZ
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Kaysuandrey de Oliveira Costa e OUTRA
Adv(s): Renato da Silva Gomes - 21046/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Roberto da Silva Taveira e OUTRA
Adv(s): Celso José Medanha - 25479/N
228 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5203189.39.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo Des. NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça : Eliane Ferreira Fávaro
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Celia Alves da Silva
Adv(s): Sandro de Abreu Santos - 28253/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Estado de Goias
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Valkiria Costa Souza - 22373/N

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6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
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FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
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POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

229 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)


Número Processo : 5289992.59.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : Dr. WILSON SAFATLE FAIAD (substituindo Des. NORIVAL SANTOMÉ)
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Washington Silva Galvão
Adv(s): Tiago Fonseca Cunha - 31195/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Bv Financeira
Adv(s): Roberto de Souza Moscoso - 36830/A, Sergio Schulze - 38588/S
230 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Agravo de Instrumento ( CPC )
Número Processo : 5279511.88.2019.8.09.0000
Comarca : ITUMBIARA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Posto Wf Comercio de Combustiveis Ltda.
Adv(s): Marco Antônio Bernardes de Oliveira - 17468/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Banco Bradesco S/A
Adv(s): Carlos Eduardo Vinaud Pignata - 32419/N, Vanessa Gomide Martins Tibúrcio -
12603/A
231 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5206443.54.2016.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Karolyne Celuta Alves de Oliveira
Adv(s): Sandro de Abreu Santos - 28253/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Valkiria Costa Souza - 22373/N

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: www.tjgo.jus.br 161 de 4699


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020

6ª CÂMARA CÍVEL
NOS TERMOS DO ART. 3º E SEUS PARÁGRAFOS, DA RESOLUÇÃO 91/2018, DO ÓRGÃO ESPECIAL TJ/GO, FICAM
AS PARTES INTERESSADAS INTIMADAS PARA O JULGAMENTO DOS PRESENTES RECURSOS/AÇÕES
ORIGINÁRIAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO VIRTUAL DO DIA 09/03/2020 COM INÍCIO ÀS 10:00 HORAS E
TÉRMINO ATÉ ÀS 18:00 HORAS DO 5º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO INÍCIO DA SESSÃO OU NAS POSTERIORES.

FICAM TAMBÉM OS SENHORES ADVOGADOS CIENTES DE QUE AS SUSTENTAÇÕES ORAIS SOMENTE SERÃO
ADMITIDAS DE ACORDO COM A PREVISÃO DO ART. 937 CPC/2015 E SE REQUERIDAS, IMPRETERIVELMENTE,
NOS PRÓPRIOS AUTOS, POR MEIO DO ÍCONE “MICROFONE”, DISPONÍVEL NO SISTEMA PJD-TJGO
(pjd.tjgo.jus.br), NO MÁXIMO, ATÉ AS 10:00 HORAS DO DIA ÚTIL QUE ANTECEDER A DATA DESIGNADA PARA O
INÍCIO DA SESSÃO VIRTUAL (Resolução nº 118, de 23 de outubro de 2019, publicada do DJE Edição 2865 em
07/11/2019). ADMITIDA A SUSTENTAÇÃO ORAL, O JULGAMENTO PASSARÁ PARA A SESSÃO PRESENCIAL
POSTERIOR, INDEPENDENTEMENTE

232 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO


Número Processo : 0144880.35.2017.8.09.0076
Comarca : IPORÁ
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Luzmaia Alves Leite
Adv(s): Eurico de Souza - 8030/N, Ronaldo Vilela Machado - 36410/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Jose Antonio Leite
Adv(s): Eduardo Talvani de Lima Couto - 7909/N, Eduardo Talvani de Lima Couto Filho -
34516/N
233 - Embargos de Declaração ( CPC ) - APELACAO
Número Processo : 0252481.23.2017.8.09.0134
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): S & J Consultoria e Incorporadora Ltda
Adv(s): Amanda Gomes Marçal Vieira Vaz - 35704/N, Elisa Borges Freire - 57311/A,
Fernanda Rosa Moraes Barbosa - 40888/N, Rainer Cabral Siqueira - 26759/N, Thadeu
Botêga Aguiar - 31168/N
Embargado(s) : 1º Embargado(s): Kadinalle de Jesus Mizael
Adv(s): Kaio de Bessa Santos - 32446/N
234 - Embargos de Declaração ( CPC ) - Apelação (CPC)
Número Processo : 5318254.82.2017.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JAIRO FERREIRA JUNIOR
Proc. de Justiça :
Embargante(s) : 1º Embargante(s): Uber do Brasil Tecnologia Ltda
Adv(s): Celso de Faria Monteiro - 39896/A, Gustavo Lorenzi de Castro - 129134/A

Embargado(s) : 1º Embargado(s): Larissa Borges de Sousa


Adv(s): Rodrigo Ribeiro Silva - 40791/N

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

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SECAO CRIMINAL #
PAUTA N. 2/2020
DATA DO JULGAMENTO: 04/03/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSOES POSTERIORES
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===============> PAUTA DO DIA

1 - APELACAO CRIMINAL / EMB. INFRINGENTES


PROTOCOLO : 38320-29.2018.8.09.0175(201890383201)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REDATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
EMBARGANTE(S) : THIAGO LIMA DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
EMBARGADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES

GOIANIA, 19 DE FEVEREIRO DE 2020

MA. APARECIDA DE AZEREDO COUTINHO


SECRETARIO(A)
ORIGINAL ASSINADO

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Processo Judicial Digital - PROJUDI - TJGO
Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2020

SEÇÃO CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 04/03/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
1 - Mandado de Segurança Criminal
Número Processo : 5648890.43.2019.8.09.0000
Comarca : JATAÍ
Relator : DES ITANEY FRANCISCO CAMPOS
Proc. de Justiça : Pedro Tavares Filho
Impetrante (s) : Fabio Cleiber Candido da Silva
Adv(s) : Brenner Teixeira Peres - 46406/N
Impetrado (s) : Juizo da 1ª Vara Criminal de Jatai
Adv(s) :
2 - Mandado de Segurança Criminal
Número Processo : 5671069.68.2019.8.09.0000
Comarca : JOVIÂNIA
Relator : DESA CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
Proc. de Justiça : Altamir Rodrigues Vieira Junior
Impetrante (s) : Municipio de Joviania
Adv(s) : Felicíssimo José de Sena - 2652/N
Impetrado (s) : Jd da Vara do Crime e Fazendas Públicas da Comarca de Joviânia Go
Adv(s) :
3 - Revisão Criminal
Número Processo : 5112127.03.2019.8.09.0000
Comarca : GUAPÓ
Relator : DES LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
Revisor : DES IVO FAVARO
Proc. de Justiça : Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins
Requerente (s) : Leire Pereira de Melo
Adv(s) : Ian Anderson Staffa Maluf de Souza - 46769/A
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :
4 - Revisão Criminal
Número Processo : 5695304.02.2019.8.09.0000
Comarca : FORMOSA
Relator : DES LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
Revisor : DES IVO FAVARO
Proc. de Justiça : Altamir Rodrigues Vieira Junior
Requerente (s) : Clarindo Alves Rodrigues
Adv(s) : Flavio Henrique Alves Ferreira - 14127/N
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :

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SEÇÃO CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 04/03/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
5 - Revisão Criminal
Número Processo : 5001966.23.2019.8.09.0000
Comarca : SÃO LUÍS DE MONTES BELOS
Relator : DES ITANEY FRANCISCO CAMPOS
Revisor : DES LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA
Proc. de Justiça : Yara Alves Ferreira e Silva
Requerente (s) : Jason Saulo Lopes da Silva
Adv(s) : Ulisses Trindade de Faria - 28716/N
Requerido (s) : Ministério Público do Estado de Goiás
Adv(s) :
6 - Revisão Criminal
Número Processo : 5683855.47.2019.8.09.0000
Comarca : QUIRINÓPOLIS
DR FERNANDO DE CASTRO MESQUITA (JD em substituição ao Des J. Paganucci
Relator :
Jr.)
Revisor : DR ÁTILA NAVES AMARAL (JD em substituição a Desa. Avelirdes A. P. de Lemos)
Proc. de Justiça : Pedro Alexandre da Rocha Coelho
Requerente (s) : Fabricio dos Santos Ferreira
Adv(s) : Marcos Divino Ferreira Santos - 28158/N
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :
7 - Revisão Criminal
Número Processo : 5449452.36.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ITANEY FRANCISCO CAMPOS
Revisor : DES LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA
Proc. de Justiça : Nilo Mendes Guimarães
Requerente (s) : Idelfonso Eterno Galvao
Adv(s) : Antônio Carlos Corrêa Marinho - 29262/N, Rodrigo Lustosa Victor - 21059/N
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :
8 - Revisão Criminal
Número Processo : 5613768.66.2019.8.09.0000
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
Revisor : DES NICOMEDES DOMINGOS BORGES
Proc. de Justiça : Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins
Requerente (s) : Luiz Henrique de Almeida Fagundes
Adv(s) : Whaslen Fagundes - 18399/N
Requerido (s) : Ministério Publico
Adv(s) :

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SEÇÃO CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 04/03/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
9 - Revisão Criminal
Número Processo : 5545296.13.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
DR FERNANDO DE CASTRO MESQUITA (JD em substituição ao Des J. Paganucci
Relator :
Jr.)
Revisor : DESA AVELIRDES ALMEIDA P. DE LEMOS
Proc. de Justiça : Deusdete Carnot Damacena
Requerente (s) : Gabriel Viana da Silva
Adv(s) : Jaime Rosa Borges Júnior - 431607/N
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :
10 - Revisão Criminal
Número Processo : 5507937.29.2019.8.09.0000
Comarca : QUIRINÓPOLIS
Relator : DES NICOMEDES DOMINGOS BORGES
Revisor : DES JOÃO WALDECK F. DE SOUSA
Proc. de Justiça : Pedro Alexandre da Rocha Coelho
Requerente (s) : Denys Vinicius Costa
Adv(s) : Dimas Lemes Carneiro Junior - 30799/S
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :
11 - Revisão Criminal
Número Processo : 5022961.23.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÁS
DR FERNANDO DE CASTRO MESQUITA (JD em substituição ao Des J. Paganucci
Relator :
Jr.)
Revisor : DESA AVELIRDES ALMEIDA P. DE LEMOS
Proc. de Justiça : Joana Darc Corrêa da Silva Oliveira
Requerente (s) : Orlando Horacio de Assis Junior
Adv(s) : Lucilo Constant Fonseca Neto - 43557/N, Ricardo Calil Fonseca - 12120/N
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :
12 - Revisão Criminal
Número Processo : 5017976.11.2020.8.09.0000
Comarca : NERÓPOLIS
Relator : DES EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
Revisor : DES NICOMEDES DOMINGOS BORGES
Proc. de Justiça : Leonidas Bueno Brito
Requerente (s) : João Marcos Ferreira
Adv(s) : Lucia Helena Rodrigues da Silva Bensi - 4456/A
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :

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PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 04/03/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
13 - Revisão Criminal
Número Processo : 5667455.55.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES NICOMEDES DOMINGOS BORGES
Revisor : DES JOÃO WALDECK F. DE SOUSA
Proc. de Justiça : Pedro Alexandre da Rocha Coelho
Requerente (s) : Alair Bento dos Santos
Adv(s) : Rodolfo da Silva Maia Neto - 36346/N
Requerido (s) : Ministério Público
Adv(s) :
14 - Mandado de Segurança Criminal - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5705126.15.2019.8.09.0000
Comarca : PANAMÁ
Relator : DES LEANDRO CRISPIM
Proc. de Justiça : Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins
Impetrante (s) : GB, GL
Adv(s) : Eduardo Bastos Furtado de Mendonça - 130532/A
Impetrado (s) : JVÚCP
Adv(s) :
15 - Mandado de Segurança Criminal - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5665152.68.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DESA CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
Proc. de Justiça : Elizena Aparecida Xavier
Impetrante (s) : MRFP, MPG, JCFP, CTL, OPL, APGE, JCGNE
Adv(s) : Pedro Paulo Guerra de Medeiros - 18111/N
Impetrado (s) : JDVDFRDPPOCLOB
Adv(s) :
16 - Mandado de Segurança Criminal - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5735527.94.2019.8.09.0000
Comarca : SÃO LUIS DE MONTES BELOS
Relator : DESA AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
Proc. de Justiça : Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins
Impetrante (s) : GBIL, GL
Adv(s) : Eduardo Bastos Furtado de Mendonça - 130532/A
Impetrado (s) : JCSLMBEC
Adv(s) :

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SEÇÃO CRIMINAL
PAUTA DO DIA
DATA DO JULGAMENTO 04/03/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
17 - Revisão Criminal - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5185815.95.2019.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES JOÃO WALDECK FELIX DE SOUSA
Revisor : DES LEANDRO CRISPIM
Proc. de Justiça : Nilo Mendes Guimarães
Requerente (s) : AAO
Adv(s) : Pedro Paulo Guerra de Medeiros - 18111/N
Requerido (s) : MP
Adv(s) :
18 - Revisão Criminal - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5657545.04.2019.8.09.0000
Comarca : VIANÓPOLIS
Relator : DES EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
Revisor : DES NICOMEDES DOMINGOS BORGES
Proc. de Justiça : Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins
Requerente (s) : PHSM
Adv(s) : Tiago Azevedo Borges - 31882/N
Requerido (s) : MP
Adv(s) :
19 - Revisão Criminal - SEGREDO DE JUSTIÇA
Número Processo : 5730731.60.2019.8.09.0000
Comarca : RIO VERDE
Relator : DES LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
Revisor : DES IVO FAVARO
Proc. de Justiça : Fernando Braga Viggiano
Requerente (s) : AAR
Adv(s) : Marta Pires Barbosa - 44879/N
Requerido (s) : MPEG
Adv(s) :

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1A CAMARA CRIMINAL #
INTIMACAO AS PARTES N.15/2020
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1 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 163624-38.2018.8.09.0175(201891636243)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : GENISON GONCALVES DA SILVA
ADV(S) : 37292/GO -THIAGO HUASCAR SANTANA VIDAL
2 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELADO(S) : GENISON GONCALVES DA SILVA
DECISAO OU DESPACHO:
"ATENDENDO A COTA MINISTERIAL DE FLS. 322, CONVERTO O FEITO
EM DILIGENCIA, PARA DETERMINAR QUE SE PROCEDA A INTIMACAO DE
GENISON GONçALVES DA SILVA, NA PESSOA DE SEU ADVOGADO, DR.
THIAGO HUASCAR SANTANA VIDAL, INSCRITO NA OAB-GO SOB O N° 37
.292, PARA CONTRARRAZOAR O RECURSO INTERPOSTO PELO SUJEITO
ACUSACAO. EFETIVADA A DILIGENCIA, VOLVAM-ME OS AUTOS CONCLU
SOS O MAIS BREVE POSSIVEL. CUMPRA-SE.GOIANIA,18 DE FEVEREIRO
DE 2020. DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS. RELATOR."

2 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 304619-46.2014.8.09.0174(201493046195)
COMARCA : SENADOR CANEDO
RELATOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : JOSE TEODORO RODRIGUES
ADV(S) : 43910/GO -MATHEUS MOREIRA BORGES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
"INTIME-SE O ADVOGADO, DR. MATHEUS MOREIRA BORGES INSCRITO
NA OAB/GO SOB O N° 43.910, DEFENSOR CONSTITUIDO DO APELANTE
JOSE TEODORO RODRIGUES, PARA QUE APRESENTE AS RAZOES DO APE
LO INTERPOSTO A FL. 425, NOS TERMOS DO ARTIGO 600, §4°, DO
CODIGO DE PROCESSO PENAL. ISTO FEITO, REMETAM OS AUTOS AO
JUIZO DE ORIGEM, A FIM DE QUE O MINISTERIO PUBLICO DE 1°GRAU
APRESENTE AS CONTRARRAZOES. APOS, VOLVAM-ME CONCLUSOS. GOIA
NIA, 07 DE FEVEREIRO DE 2020. DESEMBARGADORA AVELIRDES ALMEI
DA P. DE LEMOS. RELATORA."

3 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 66434-75.2018.8.09.0175(201890664340)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES(A). ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : JOSEANY PEREIRA DIAS
ADV(S) : 51766/GO -LUIZ MARQUES DA SILVA
48240/GO -ANDERSON MARQUES RIBEIRO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
"COMPULSANDO OS AUTOS, VERIFICA-SE QUE OS PROCURADORES DO
APELANTE, AS FLS. 215 MANIFESTARAM O DESEJO DE ARRAZOAR EM
SEDE DE SEGUNDA INSTANCIA, CONFORME LHE FACULTA O ARTIGO 600
, §4°, DO CODIGO DE PROCESSO PENAL. DIANTE DISSO, CONVERTO O
FEITO EM DILIGENCIA PARA QUE A SECRETARIA DA PRIMEIRA CAMARA
DESTE E. TRIBUNAL PROCEDA A INTIMACAO, VIA DIARIO DA JUSTICA
, DOS ADVOGADOS, DR. LUIZ MARQUES DA SILVA, INSCRITO NA OAB/
GO, SOB N. 51.766 E DR. ANDERSON MARQUES RIBEIRO, OAB/GO. N.
48.240, PARA QUE, NO PRAZO DE 8 (OITO) DIAS, APRESENTEM AS
RAZOES DO RECURSO POR ELES MANEJADO. EM SEGUIDA, REMETAM-SE
OS AUTOS AO JUIZO DE ORIGEM, PARA QUE SE PROCEDA A INTIMACAO

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DO MINISTERIO PUBLICO DE 1° GRAU PARA, NO PRAZO DE OITO DIAS


, CONTRARRAZOAR O APELO. CUMPRIDAS AS DILIGENCIAS,REMETAM-SE
OS AUTOS A DOUTA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTICA, PARA SE MANI
FESTAR NO PRAZO REGULAMENTAR. EM SEGUIDA, VOLVAM-ME OS AUTOS
CONCLUSOS. CUMPRE-SE E INTIMEM-SE. GOIANIA, 18 DE FEVEREIRO
DE 2020. DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS. RELATOR."

4 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 42257-81.2017.8.09.0175(201790422574)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : FABIO PEREIRA DE SOUSA
ADV(S) : 39233/GO -THOMAZ RICARDO LOPES DO VALLE D
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
"COMPULSANDO OS AUTOS,VERIFICA-SE QUE UM DOS PROCURADORES DO
APELANTE, AS FLS. 230 MANIFESTOU O DESEJO DE ARRAZOAR EM SE
DE DE SEGUNDA INSTANCIA, CONFORME LHE FACULTA O ARTIGO 600,§
4°, DO CODIGO DE PROCESSO PENAL. DIANTE DISSO,CONVERTO O FEI
TO EM DILIGENCIA PARA QUE A SECRETARIA DA PRIMEIRA CAMARA
DESTE E. TRIBUNAL PROCEDA A INTIMACAO, VIA DIARIO DA JUSTICA
, DOS ADVOGADOS,DR. THOMAZ RICARDO L. V. B. RANGEL, INSCRITO
NA OAB/GO . SOB N. 39.233 E DR. THIAGO FERREIRA, OAB/GO. N.
28.843, PARA QUE, NO PRAZO DE 8 (OITO) DIAS, APRESENTEM AS
RAZOES DO RECURSO POR ELES MANEJADO. EM SEGUIDA, REMETAM-SE
OS AUTOS AO JUIZO DE ORIGEM, PARA QUE SE PROCEDA A INTIMACAO
DO MINISTERIO PUBLICO DE 1° GRAU PARA, NO PRAZO DE OITO DIAS
, CONTRARRAZOAR O APELO. CUMPRIDAS AS DILIGENCIAS,REMETAM-SE
OS AUTOS A DOUTA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTICA, PARA SE MANI
FESTAR NO PRAZO REGULAMENTAR. EM SEGUIDA, VOLVAM-ME OS AUTOS
CONCLUSOS. CUMPRA-SE E INTIMEM-SE. GOIANIA, 18 DE FEVEREIRO
DE 2020. DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS. RELATOR."

5 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 340858-74.2016.8.09.0143(201693408589)
COMARCA : SAO MIGUEL DO ARAGUAIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : JOHNATHAN ALVES DE SOUSA
ADV(S) : 9327/GO -MARIO FRANCISCO MARQUES
37638/GO -GUSTAVO RODRIGUES FRANCISCO MA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
"[...] ASSIM, NOS TERMOS DO ARTIGO 600, §4°, DO CODIGO DE
PROCESSO PENAL, DETERMINO A SECRETARIA DA 1ª CAMARA CRIMINAL
QUE PROVIDENCIE A INTIMACAO DO ADVOGADO MARIO FRANCISCO MAR
QUES (OAB/GO N° 9.327), A FIM DE, NO PRAZO DE 8 (OITO) DIAS,
APRESENTE AS RAZOES RECURSAIS EM NOME DO APELANTE. OFERTADAS
AS RAZOES, REMETAM-SE OS AUTOS AO JUIZO DE ORIGEM (VARA CRI
MINAL DA COMARCA DE SAO MIGUEL DO ARAGUAIA/GO - JUIZ 1),PARA
PROVIDENCIAR A INTIMACAO DA PROMOTORIA DE JUSTICA PARA QUE
APRESENTE AS CONTRARRAZOES NO PRAZO LEGAL. RETORNANDO OS
AUTOS A ESTE TRIBUNAL DE JUSTICA, ABRA-SE VISTA A PROCURADO
RIA-GERAL DE JUSTICA, PARA APRESENTACAO DO PARECER NO PRAZO
REGULAMENTAR. INTIME-SE E CUMPRA-SE. GOIANIA, 10 DE FEVEREI
RO DE 2020. DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS. RELATOR."

6 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 92341-37.2018.8.09.0083(201890923419)
COMARCA : URUACU
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : KESLEY LOPES CIRQUEIRA BATISTA
ADV(S) : 49390/GO -LEONARDO DE ALMEIDA LEAO
2 APELANTE(S) : ANNA CLARA BATISTA DE SOUZA
ADV(S) : 49390/GO -LEONARDO DE ALMEIDA LEAO

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1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO


DECISAO OU DESPACHO:
"CONSIDERANDO QUE O DEFENSOR DOS PROCESSADOS KESLEY LOPES
DE CIQUEIRA BATISTA E ANNA CLARA BATISTA DE SOUZA, REQUEREU
A APRESENTACAO DE SUAS RAZOES NESTE TRIBUNAL (FLS. 453/463),
NOS TERMOS DO ARTIGO 600,§4°, DO CODIGO DE PROCESSO PENAL,
PROCEDA-SE A SUA INTIMACAO PARA OS FINS DE MISTER.EM SEGUIDA
REMETAM-SE OS AUTOS AO JUIZO DE ORIGEM PARA CONTRARRAZOES.
CUMPRIDA A DETERMINACAO, NOVA CONCLUSAO. GOIANIA, 18 DE FEVE
REIRO DE 2020. DES. J. PAGANUCCI JR. RELATOR."

7 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 360606-19.2013.8.09.0072(202090139412)
COMARCA : INHUMAS
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : JANILTON ALVES BESSA
ADV(S) : 38371/GO -ABNEL CARDOSO LOURENCO NETO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
"CONSIDERANDO QUE O APELANTE OPTOU PELA APRESNETACAO DAS RA
ZOES DA APELACAO NESTE TRIBUNAL, NOS TERMOS DO ARTIGO 600, §
4°, DO CODIGO DE PROCESSO PENAL, PROCEDA-SE A DEVIDA INTIMA
CAO PARA OS FINS DE MISTER. EM SEGUIDA, REMETAM-SE OS AUTOS
AO JUIZO DE ORIGEM PARA CONTRARRAZOES DO MINISTERIO PUBLICO.
GOIANIA, 18 DE FEVEREIRO DE 2020. DES. J. PAGANUCCI JR. RELA
TOR."

GOIANIA, 19 DE FEVEREIRO DE 2020


SECRETARIO(A): AIANE LUIZA DE OLIVEIRA
ORIGINAL ASSINADO

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===============================================================================
1A CAMARA CRIMINAL #
INTIMACAO DE ACORDAO N.15/2020
===============================================================================

1 - APELACAO CRIMINAL
EMBARGOS DE DECLARACAO
PROTOCOLO : 104869-89.2016.8.09.0175(201691048690)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : CLAUDIOMIRO FERREIRA CONCEICAO
ADV(S) : 22677/GO -WESLEY BATISTA E SOUZA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. 1)
Se o embargante não se insurge contra a falta de
exame de alguma tese ou questão jurídica deduzida
no âmbito do recurso apelatório, mas sim contra a
solução adotada por esta 1ª Câmara criminal no
julgamento do caso penal, qualificando-a,
implicitamente, de equivocada, não se há de
cogitar na omissão do julgado. 2) Eventual
desacordo do acórdão embargado com o conteúdo
informativo e probatório dos autos não configura a
hipótese de cabimento recursal da omissão e nem
tampouco da contradição, caracterizando, quando
muito, erro de julgamento, impugnável por outra
espécie recursal, que não a dos aclaratórios. 3)
Inviável o acolhimento do pedido de
prequestionamento se não há nenhum defeito no ato
jurisdicional embargado. EMBARGOS DECLARATÓRIOS
NÃO PROVIDOS.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CRIMINAL N°
104869-89.2016.8.09.0175 (201691048690), da
Comarca de Goiânia, tendo como embargante
CLAUDIOMIRO FERREIRA CONCEIÇÃO e embargado
MINISTÉRIO PÚBLICO. ACORDA, o Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes da
5ª Turma, da 1ª Câmara Criminal, na conformidade
da ata de julgamento, por unanimidade de votos em
conhecer e negar provimento aos embargos opostos,
conforme voto do relator. Participaram do
julgamento e votaram com o Relator o Desembargador
Ivo Fávaro e o Doutor Sival Guerra Pires
Substituto do Desembargador Itaney Francisco
Campos Presidiu a sessão o Desembargador J.
Paganucci Jr. Esteve presente à sessão de
julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Agnaldo Bezerra Lino Tocantins. Goiânia, 13 de
fevereiro de 2020. Desembargador Nicomedes
Borges Relator

2 - AGRAVO EM EXECUCAO PENAL


PROTOCOLO : 54979-72.2019.8.09.0048(201990549799)
COMARCA : GOIANDIRA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 AGRAVANTE(S) : ELIZAINE MARIA MARQUES DA SILVA PARREAO
ADV(S) : 11172/GO -LUIZ FERNANDO MORAIS
1 AGRAVADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. PEDIDO DE PRISÃO

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DOMICILIAR. FILHO MENOR DE 01 (UM) ANO.


CONDENAÇÃO DEFINITIVA. REGIME INICIAL FECHADO.
IMPOSSIBILIDADE. NÃO COMPROVADA A
EXCEPCIONALIDADE. O agravante que não preenche os
requisitos do artigo 117, da Lei de Execução
Penal, não pode ser agraciado com a prisão
domiciliar, vez que cumpre pena em regime fechado
e não há comprovação de que lhe tenha sido negada
a possibilidade de cuidados, assistência e
permanência para com o filho menor de 18 (dezoito)
meses de idade, imprescindíveis à sobrevivência
da criança. AGRAVO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N°
54979-72.2019.8.09.0048 (201990549799), acordam os
componentes da Quarta Turma, de sua Primeira
Câmara Criminal, do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
acolhendo o parecer Ministerial de Cúpula, em
conhecer do Agravo e negar-lhe provimento, nos
termos do voto do relator.

3 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 221288-47.2017.8.09.0018(201792212887)
COMARCA : BOM JESUS DE GOIAS
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 RECORRENTE(S) : GUTEMBERG CARDOSO DA SILVA
ADV(S) : 28458/GO -CRISTIANO SILVA BESSA
1 RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. HOMICÍDIO
DUPLAMENTE QUALIFICADO POR MOTIVO TORPE E RECURSO
QUE DIFICULTOU A DEFESA DA VÍTIMA. PRELIMINAR:
EXCESSO DE LINGUAGEM. I - Não se verifica excesso
de linguagem na decisão de pronúncia, quando o
juiz de piso limita-se a demonstrar indícios de
autoria que conduzam o recorrente a ser submetido
a julgamento pelo Tribunal do Júri. Preliminar
rejeitada. MÉRITO. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA/IMPRONÚNCIA.
NEGATIVA DE AUTORIA. IMPOSSIBILIDADE. II - Não
restando claramente demonstrado que o recorrente
não teria aderido à conduta que culminou na morte
da vítima, improcede o pedido de absolvição
sumária, bem como comprovada a existência material
do crime de homicídio qualificado e havendo
indícios suficientes da autoria, tanto bastante ao
juízo de admissibilidade da acusação, impõe-se
referendar a decisão de pronúncia, cabendo ao
Tribunal do Júri dirimir a questão, em homenagem
ao princípio in dubio pro societate, não se
conferindo, pois, êxito à pretensão de
impronúncia. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Nº
221288-47.2017.8.09.0018 (201792212887), acordam
os componentes da Quarta Turma, de sua Primeira
Câmara Criminal, do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
acolhendo o parecer Ministerial de Cúpula, em
conhecer do recurso e negar-lhe provimento,
mantendo a pronúncia a fim de submeter o
recorrente ao julgamento pelo Tribunal do Júri,
nos termos do voto do relator.

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4 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 162808-56.2018.8.09.0175(201891628089)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 RECORRENTE(S) : RICARDO PAES SANDRE
ADV(S) : 21059/GO -RODRIGO LUSTOSA VICTOR
39233/GO -THOMAZ RICARDO LOPES DO VALLE D
1 RECORRIDO(S) : MARLY GUEDES DE OLIVEIRA LEMES
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMENTA : RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. ARTIGO 138, C/C ARTIGO
141, INCISO II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL. REJEIÇÃO
DA QUEIXA-CRIME. 1- Se o depoimento da recorrida à
promotora de justiça está interligado aos fatos
já apurados nos inquéritos civis previamente
instaurados, deve ser mantida a decisão de
rejeição da queixa-crime pela aplicação o
princípio da consunção entre os crimes de calúnia
e denunciação caluniosa, na hipótese de absolvição
nas respectivas ações, porque a suposta falsa
imputação de prática criminosa foi levada ao
conhecimento da autoridade pública. 2- Recurso
conhecido e desprovido.
DECISAO : Vistos e relatados os presentes autos, acordam os
componentes do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pela Terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Criminal, por unanimidade de votos,
acolhido o parecer ministerial, em conhecer do
recurso e negar-lhe provimento, para manter
inalterada a decisão combatida, nos termos do voto
do Relator, proferido na assentada do julgamento.
Votaram, além do Relator, que presidiu a sessão,
os Desembargadores Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos e Nicomedes Domingos Borges. Presente ao
julgamento o Doutor Aguinaldo Bezerra Lino
Tocantins, digno Procurador de Justiça.

5 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 56373-76.2017.8.09.0051(201790563739)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 RECORRENTE(S) : JOHNATHAN REZENDE
ADV(S) : 35822/GO -JULIO CESAR VALADARES BRANDAO
1 RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. HOMICÍDIO QUALIFICADO.
MOTIVO TORPE. NULIDADE. LAUDO DE INCIDENTE DE
INSANIDADE INCONCLUSIVO. INOCORRÊNCIA. PRONÚNCIA.
MANUTENÇÃO. 1 - Não se verifica a inclusividade do
Laudo Pericial de Insanidade Mental quando este
esclarece acerca da higidez mental do periciando,
atestando ser ele parcialmente capaz de entender e
se determinar no atual momento e ao tempo do
incidente investigado. 2. A condição de
semi-imputabilidade do recorrente não se encontra
dentro das hipóteses de absolvição sumária do
artigo 415 do CPP, de modo que seu reconhecimento,
quer para fins de isenção da responsabilidade
penal, ou para eventual diminuição da pena, deve
ser relegado ao Conselho de Sentença, juiz
soberano para a causa. 3 - Presentes os elementos
mínimos do juízo de admissibilidade da acusação,
quais sejam, prova da materialidade delitiva e
indícios suficientes de autoria e não havendo

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comprovação, de plano, da não participação da


recorrente no delito, impossível a impronúncia,
devendo ser mantida a decisão que determinou a
submissão do acusado a julgamento, pelo Tribunal
do Júri. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de RECURSO EM SENTIDO ESTRITO N.°
56373-76.2017.8.09.0051 (201790563739), da Comarca
de Goiânia, tendo como recorrente JOHNATHAN
REZENDE e recorrido MINISTÉRIO PÚBLICO. ACORDA, o
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
pelos integrantes da 5ª Turma, da 1ª Câmara
Criminal, na conformidade da ata de julgamento,
por unanimidade de votos e acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do recurso e
negar-lhe provimento, conforme voto do relator.
Participaram do julgamento e votaram com o Relator
os Desembargadores Itaney Francisco Campos e Ivo
Fávaro. Presidiu a sessão o Desembargador J.
Paganucci Jr. Esteve presente à sessão de
julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Agnaldo Bezerra Lino Tocantins. Goiânia, 11 de
fevereiro de 2020. Desembargador Nicomedes
Borges Relator

6 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 38244-41.2017.8.09.0142(201790382440)
COMARCA : SANTA HELENA DE GOIAS
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : HENRIQUE PEREIRA DE OLIVEIRA
ADV(S) : 46372/GO -ELICEDNA SATELES BASTOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO
PELO EMPREGO DE ARMA E CONCURSO DE AGENTES.
ABSOLVIÇÃO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA AUTORIA.
FRAGILIDADE DAS PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. I-
Impõe-se referendar o édito condenatório quando o
substrato probatório harmônico amealhado aos
autos, composto pelos elementos informativos,
posteriormente jurisdicionalizados, demonstra, de
forma clara, a materialidade e a autoria do crime
de roubo circunstanciado, especialmente pelas
declarações das vítimas e das testemunhas, bem
como pelo reconhecimento feito pelas vítimas.
REDIMENSIONAMENTO DA PENA-BASE. ANÁLISE EQUIVOCADA
DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. POSSIBILIDADE. II -
Demonstrada a inequívoca ofensa aos critérios
legais, quando da análise das circunstâncias
judiciais elencadas no artigo 59, do Código Penal,
torna-se impositiva a sua reanálise.
RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO.
PREJUDICADO. III - Benefício reconhecido na
sentença em relação às vítimas Vivian e Ricardo.
Quanto as demais vítimas, o apelante não
confessou. EXCLUSÃO DA CONTINUIDADE DELITIVA.
IMPOSSIBILIDADE. IV - Comprovado nos autos que o
apelante, mediante mais de uma ação, nas mesmas
condições de tempo, lugar, maneira de execução,
praticaram dois ou mais crimes da mesma espécie
(roubos) e contra vítimas diferentes, correta a
consideração da continuidade delitiva. ALTERAÇÃO
DO REGIME PRISIONAL. VIABILIDADE. V - Pela
quantidade da reprimenda fixada, impossível a

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alteração do regime inicial de expiação para o


aberto, devendo o apelante iniciar o cumprimento
da reprimenda no regime inicial semiaberto, nos
termos do artigo 33, § 2º, alínea “b”, do Código
Penal. PENA DE MULTA. EXCLUSÃO. DESPROVIDO. VI -
Tratando-se de preceito secundário do tipo penal,
não é cabível a exclusão da pena de multa aplicada
na sentença, impondo-se ao juízo da execução
proceder ao seu parcelamento, caso comprovada a
incapacidade financeira do sentenciado. PENA DE
MULTA. REDUÇÃO. POSSIBILIDADE. VII - Em
observância ao princípio da proporcionalidade, a
pena de multa deve ser fixada na mesma
equivalência da privativa de liberdade. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, PARA
REDIMENSIONAR AS PENAS CORPÓREA E DE MULTA E
ALTERAR O REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA
REPRIMENDA DO FECHADO PARA O SEMIABERTO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 38244-41.2017.8.09.0142
(201790382440), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo em parte o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
dar-lhe parcial provimento, para redimensionar as
penas corpórea e de multa, alterar o regime
inicial de cumprimento da reprimenda do fechado
para o semiaberto, determinando a expedição da
guia retificadora, nos termos do voto do relator.

7 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 329149-02.2015.8.09.0006(201890304417)
COMARCA : ANAPOLIS
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : PAULO SERGIO PRATA REZENDE
1 APELANTE(S) : KEOMA OHARA SOUZA DE SENA
ADV(S) : 17750/GO -EUGENIO BARBOSA LOURENCO DIAS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA. APELAÇÃO CRIMINAL. JÚRI. CRIMES HOMICÍDIO
QUALIFICADO E TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO.
ANULAÇÃO DO JULGAMENTO. DECISÃO MANIFESTAMENTE
CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS. LEGÍTIMA DEFESA E
AUSÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIAS QUALIFICADORES.
DESPROVIMENTO. 1 - Não procede a tese de anulação
do julgamento, a despeito de que a decisão do
Conselho de Sentença foi manifestamente contrária
à prova dos autos ao rejeitar as teses defensivas,
porquanto os jurados firmaram seu convencimento
adotando versão que lhes pareceu mais convincente
e amparada no contexto probatório. REDUÇÃO DA
PENA. VIABILIDADE. 2 - Verificados equívoco na
análise de circunstância judicial do artigo 59, do
CP, a reprimenda basilar deve ser redimensionada.
CONFISSÃO QUALIFICADA. DE OFÍCIO. RECONHECIMENTO
DA ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. 4 - Merece
ser reconhecida, de ofício, atenuante prevista no
artigo 65, III, “d”, do CP, ainda que a confissão
esteja vinculada a teses defensivas. DE OFÍCIO.
ALTERADA A FRAÇÃO PARA EXASPERAÇÃO DA PENA EM
RAZÃO DA CONTINUIDADE DELITIVA. 5 - Considerando
que, ao aplicar a continuidade delitiva, o Juiz
Presidente elegeu o patamar de 1/5 em razão da
presença de circunstâncias negativas, uma vez que

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foram reavaliadas como favoráveis no presente


Voto, a fração deve alterada, de ofício, para o
mínimo legal de 1/6. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO, PARA REDUZIR AS PENAS
APLICADAS. DE OFÍCIO, RECONHECIDA A ATENUANTE DA
CONFISSÃO ESPONTÂNEA E ALTERADA A FRAÇÃO PARA
EXASPERAÇÃO EM RAZÃO DA CONTINUIDADE DELITIVA.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 329149-02.2015.8.09.0006
(201890304417), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
dar-lhe parcial provimento, para reduzir a pena
corpórea aplicada e, de ofício, reconhecer a
atenuante da confissão espontânea e alterar a
fração de exasperação da continuidade delitiva,
determinando a expedição da guia retificadora, nos
termos do voto do relator.

8 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 357238-31.2014.8.09.0051(201890644471)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : PAULO SERGIO PRATA REZENDE
1 APELANTE(S) : JONATHA ROCHA DE SOUSA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO
POR MOTIVO FÚTIL E RECURSO QUE IMPOSSIBILITOU A
DEFESA DA VÍTIMA, DESCLASSIFICADO PARA LESÃO
CORPORAL SEGUIDA DE MORTE. REDUÇÃO DA PENA-BASE.
POSSIBILIDADE. Apesar de adequadamente analisadas
as circunstâncias judiciais, a existência de 02
delas desfavoráveis ao réu, justifica seja a pena
diminuída de 06 anos e 06 meses de reclusão para
mais próxima do mínimo, 06 anos de reclusão,
quantum suficiente para a reprovação e prevenção
de novos delitos. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 357238-31.2014.8.09.0051
(201890644471), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, desacolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
dar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.

9 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 107853-96.2013.8.09.0160(201391078535)
COMARCA : NOVO GAMA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : FRANCISCO DE ASSIS MARTINS
ADV(S) : 54438/DF -HELIO LOPES DOS SANTOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. RECEPTAÇÃO SIMPLES,
FALSA IDENTIDADE, USO DE DOCUMENTO PÚBLICO FALSO E
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO. ABSOLVIÇÃO:
RECEPTAÇÃO SIMPLES. IMPOSSIBILIDADE. 1 - Atestada
a materialidade e as circunstâncias do fato
indicarem que o apelante sabia da origem ilícita
do bem apreendido em seu poder, deve ser mantida a

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condenação pelo crime de receptação simples.


ABSOLVIÇÃO PELO USO DE DOCUMENTO PÚBLICO FALSO.
INVIABILIDADE. 2 - Comprovadas a materialidade e a
autoria, inclusive pela confissão do apelante em
relação à Carteira de Identidade, impossível a
absolvição pelo uso de documento público falso. DE
OFÍCIO. RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
PUNITIVA NA MODALIDADE RETROATIVA PELO DELITO DE
FALSIDADE IDEOLÓGICA. 3 - Considerando a ausência
de recurso ministerial e a pena aplicada, a
prescrição retroativa se aperfeiçoou entre os
marcos interruptivos (recebimento da última
denúncia e publicação da sentença), fluindo entre
estes marcos interruptivos, prazo superior a 03
anos, nos termos dos artigos 107, inciso IV, 109,
inciso IV, ambos do CP. ALTERAÇÃO DO REGIME:
INADMISSIBILIDADE. 4 - Mantém-se o regime no
fechado, nos termos do artigo 33, § 2º, “a”, do
CP, pela reincidência. DIREITO DE RECORRER EM
LIBERDADE. REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA.
INVIABILIDADE. 5 - Não há que se falar em
revogação da prisão preventiva, uma vez que o
Magistrado sentenciante, fundamentou a necessidade
de manutenção da constrição, por estarem os
pressupostos autorizadores, notadamente pela
reiteração na prática de ilícitos, já que possui
histórico de fuga enquanto cumpria pena. APELAÇÃO
CONHECIDA E DESPROVIDA, MAS, DE OFÍCIO, DECLARADA
A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, PELA PRESCRIÇÃO
RETROATIVA PELO DELITO DE FALSA IDENTIDADE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 107853-96.2013.8.09.0160
(201391078535), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo, e, de
ofício, reconhecer a extinção da punibilidade,
pela prescrição punitiva, na modalidade
retroativa, em relação ao delito de falsa
identidade, nos termos do voto do relator.

10 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 309422-32.2016.8.09.0003(201693094223)
COMARCA : ALEXANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : JHONE FIRMINO DE MORAIS
ADV(S) : 12194/GO -VALDIVINO CLARINDO LIMA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. LATROCÍNIO E TORTURA
QUALIFICADA PELA EMBOSCADA. ABSOLVIÇÃO POR
AUSÊNCIA DE PROVAS. IMPROCEDÊNCIA. 1 - Quando o
conjunto probatório harmônico demonstra, de forma
clara, a materialidade e autoria dos crimes de
latrocínio e tortura qualificada pela emboscada, a
manutenção do édito condenatório é medida que se
impõe. DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO DE LATROCÍNIO
PARA HOMICÍDIO SIMPLES. IMPOSSIBILIDADE. 2 -
Confirma-se a condenação pelo crime de latrocínio,
afastando-se a possibilidade de desclassificação
para homicídio, quando há suficiente respaldo nos
elementos probatórios do processo de que os
apelantes após desferirem, com um pedaço de pau,

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

golpes na cabeça da vítima, matando-a, subtraíram


carro, televisão, aparelho de som, celular e a
carteira de sua propriedade. READEQUAÇÃO DA PENA.
POSSIBILIDADE. 3 - Viável a redução da pena
imposta ao réu, no crime de latrocínio, levando-se
em conta a exacerbada majoração impingida à
pena-base, em face da agravante da emboscada,
devendo, portanto, ser reduzido o referido quantum
e adequada a pena, ao final. APELO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO, PARA ADEQUAR A PENA.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 309422-32.2016.8.09.0003
(201693094223), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, acolhendo
em parte o parecer Ministerial de Cúpula, em
conhecer do apelo e dar-lhe parcial provimento,
apenas para retificar a pena corpórea aplicada ao
crime de latrocínio, adequando-a ao final, nos
termos do voto do relator.

11 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 128344-06.2018.8.09.0175(201891283448)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : FABIO ANTONIO ALVES FERREIRA JUNIOR
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES.
PROVA ILÍCITA - VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO.
IMPOSSIBILIDADE. 1 - Inexiste nulidade de provas
quando os agentes da polícia adentram no recinto
diante de fundadas razões e situação de
flagrância, principalmente no caso de crime
permanente. RECONHECIMENTO DAS ATENUANTES DA
CONFISSÃO ESPONTÂNEA E DA MENORIDADE RELATIVA. 2 -
Em que pese a presença da atenuante da confissão,
porém considerando as orientações da Súmula 231
do STJ, conserva-se a reprimenda no mínimo legal.
Não cabe o reconhecimento da menoridade, vez que
ao tempo do fato possuía 21 (vinte e um) anos de
idade. APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO § 4º,
DO ARTIGO 33, DA LEI ANTIDROGAS. VIABILIDADE. 3 -
Preenchidos os requisitos legais da causa especial
de diminuição de pena prevista no artigo 33, §
4º, da Lei Antidrogas, faz jus o apelante à
aplicação da benesse no patamar de um terço,
considerando a quantidade de substância apreendida
(13kg de “maconha”). EXCLUSÃO DA CAUSA DE AUMENTO
PREVISTA NO ART. 40, VI, DA LEI 11.343/06.
IMPOSSIBILIDADE. 4 - Comprovada a participação de
adolescente no tráfico, deve ser mantida a causa
de aumento. DA EXCLUSÃO OU REDUÇÃO DA PENA DE
MULTA. PROVIDO. 5 - Não cabe a exclusão da pena
de multa por se tratar de preceito secundário do
tipo. No entanto, aplicando-se o princípio da
proporcionalidade deve ser reduzida a sanção
pecuniária. DE OFÍCIO. FIXAÇÃO DE REGIME PRISIONAL
ADEQUADO. 6 - Tendo em vista a pena aplicada,
deve ser alterado o regime prisional. DE OFÍCIO,
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR
RESTRITIVAS DE DIREITOS. ADMISSIBILIDADE. 7 -
Tornando-se viável a substituição da pena

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privativa de liberdade por restritivas de direitos


quando atendidos os requisitos do artigo 44 do
Código Penal, sua aplicação, de ofício, é medida
imperativa. RECORRER EM LIBERDADE. 8 - Em razão da
alteração do regime semiaberto para o aberto, bem
como por não persistirem os requisitos da prisão
preventiva, deve ser concedido o direito de
aguardar o trânsito em julgado em liberdade.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. DE
OFÍCIO, ALTERADO O REGIME PRISIONAL PARA O ABERTO
E SUBSTITUÍDA A SANÇÃO CORPÓREA POR RESTRITIVAS DE
DIREITOS.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 128344-06.2018.8.09.0175
(201891283448), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
dar-lhe parcial provimento, para reconhecer a
causa especial de diminuição da pena, reduzir a
pena corpórea e de multa e conceder do direito de
recorrer em liberdade e, de ofício, alterar o
regime prisional para o aberto e substituir a
sanção corpórea por restritivas de direitos,
determinando a expedição da guia retificadora, nos
termos do voto do relator.

12 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 54118-12.2017.8.09.0160(201790541182)
COMARCA : NOVO GAMA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : RAIMUNDO DOS SANTOS FILHO
ADV(S) : 52701/DF -HALYSTON GONCALVES BRAZ
46502/DF -LEONARDO RIBEIRO DIAS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO P
OR MOTIVO FÚTIL E MEDIANTE RECURSO QUE IMPOSSIBILI
TOU A DEFESA DA VÍTIMA. ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA. IMPO
SSIBILIDADE. A DECISãO DO TRIBUNAL DO JúRI QUE, AP
OIADA EM OUTRAS PROVAS (DEPOIMENTOS DE TESTEMUNHAS
E INTERROGATóRIO DO ACUSADO EM PLENáRIO), ALéM DA
PROVA PERICIAL, AUTORIZA A CONDENAçãO DO RéU, AFA
STANDO A TESE DEFENSIVA DE SUA INIMPUTABILIDADE. A
BSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS. NÃO CABIMENTO. 2
) CONSTANDO DA PROVA ELEMENTOS SUFICIENTES QUE IND
ICAM A MATERIALIDADE E A AUTORIA RECAINDO SOBRE O
APELANTE NãO Há QUE SE FALAR EM AUSêNCIA DE PROVAS
OU ABSOLVIçãO EM FACE DO PRINCíPIO DO IN DUBIO PR
O REO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS OS PRESENTES AUTOS
DE APELAÇÃO CRIMINAL Nº 54118-12.2017.2011.8.09.01
60 (201790541182), ACORDAM OS COMPONENTES DA QUART
A TURMA, DE SUA PRIMEIRA CâMARA CRIMINAL, DO EGRéG
IO TRIBUNAL DE JUSTIçA DO ESTADO DE GOIáS, POR UNA
NIMIDADE DE VOTOS, ACOLHENDO O PARECER MINISTERIAL
DE CúPULA, EM CONHECER DO APELO E NEGAR-LHE PROVI
MENTO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR.

13 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 250780-30.2016.8.09.0015(201692507800)
COMARCA : AURILANDIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL

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PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS


1 APELANTE(S) : GESMAR DE SOUZA LOPES
ADV(S) : 33487/GO -ERNANDES FRANCISCO DOS SANTOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. PRATICAR ATO DE ABUSO E
MAUS-TRATOS A ANIMAIS DOMÉSTICOS. AUTORIA E
MATERIALIDADE COMPROVADAS. ABSOLVIÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. I - Devidamente comprovadas nos
autos a materialidade e autoria do delito de roubo
majorado pelo concurso de pessoas, não há que se
falar em absolvição. EXCLUSÃO DA PRESTAÇÃO
PECUNIÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. II - Não se admite a
exclusão do valor fixado a título de pagamento de
prestação pecuniária, em razão da substituição da
pena corpórea por restritivas de direitos, haja
vista que aplicada em montante razoável, sendo
proporcional à gravidade do delito e suficiente
para a reprovação e prevenção do crime. REDUÇÃO DA
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA PARA MEIO SALÁRIO MÍNIMO.
INVIABILIDADE. III - Do acordo com o artigo 45,
§1º do Código Penal, verifica-se que o valor
fixado a título de prestação de prestação
pecuniária não pode ser inferior a 1 (um) salário
mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta)
salários mínimos, não se mostrando desproporcional
o quantum fixado, impondo-se ao Juízo da Execução
proceder ao seu parcelamento, caso comprovada a
incapacidade financeira do sentenciado..
AFASTAMENTO DA COMUNICAÇÃO DA CONDENAÇÃO APÓS O
TRÂNSITO EM JULGADO A JUSTIÇA ELEITORAL. IV -
Trata-se de comando constitucional previsto no
artigo 15, inciso III, da Constituição Federal.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IMPOSSIBILIDADE. V - O
pedido de arbitramento de honorários advocatícios
deve ser feito no juízo de origem, após o trânsito
em julgado da sentença, conforme prescreve o art.
6º da Portaria n. 293/2003, da PGE/GO. APELAÇÃO
CONHECIDA E DESPROVIDA.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 250780-30.2016.8.09.0015
(201692507800), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
negar-lhe provimento, nos termos do voto do
relator.

14 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 96997-86.2017.8.09.0175(201790969972)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELANTE(S) : LAZARA PATRICIA GOMES DE MORAES
ADV(S) : 22126/GO -ANDRE GUSTAVO DE CAMPOS REIS
1 APELADO(S) : ITAMAR PEREIRA BORGES JUNIOR
ADV(S) : 21297/GO -MAIKEL ELIAS MOUCHAILEH
EMENTA : EMENTA: APELAÇÕES CRIMINAIS. RECURSO MINISTERIAL E
DA VÍTIMA. AMEAÇA EM ÂMBITO DOMÉSTICO. IN DUBIO
PRO REO. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. ABSOLVIÇÃO
MANTIDA. Inexistindo nos autos provas suficientes
para a condenação, cumpre invocar o princípio do
in dubio pro reo para referendar a absolvição do

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apelado, nos termos do artigo 386, inciso VII, do


CPP. RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 96997-86.2017.8.09.0175
(201790969972), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer dos apelos e
negar-lhes provimento, para manter a sentença
absolutória, por seus próprios e jurídicos
fundamentos, nos termos do voto do relator.

15 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 115416-57.2017.8.09.0175(201791154166)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : PAULO RODRIGUES DE OLIVEIRA SOBRINHO
ADV(S) : 47630/GO -KAMILLA DIAS DE OLIVEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE AMEAÇA.
ABSOLVIÇÃO. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. Considerando que as provas
produzidas revelam-se suficientes para demonstrar
a ocorrência do crime de ameaça, mormente em razão
da afirmação da vítima, em juízo, que as palavras
proferidas lhe atemorizaram, deve ser mantida a
condenação. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 115416-57.2017.8.09.0175
(201791154166), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
negar-lhe provimento, mantendo a sentença na
íntegra, nos termos do voto do relator.

16 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 311930-51.2015.8.09.0175(201593119305)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : MARCELO OLIVEIRA TEIXEIRA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. ABSOLVIÇÃO. INSUFICIÊNCIA DE
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. I - Comprovada a
materialidade e demonstrada a autoria/participação
do apelante por intermédio de sua confissão, bem
como depoimento da vítima e testemunha, inviável o
acolhimento do pleito absolutório. DOSIMETRIA.
PENA-BASE. REDIMENSIONADA. II - Constatado
equívoco na análise de algumas das circunstâncias
judiciais, deve a pena-base ser redimensionada,
restando fixada acima do mínimo legal em razão da
presença de circunstâncias judiciais negativas.
RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO
ESPONTÂNEA. PREJUDICADO. III - O pedido de
reconhecimento da atenuante prevista no artigo 65,
III, “d”, do CP, encontra-se prejudicado, porque
já realizado pela Magistrada Sentenciante.

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COMPENSAÇÃO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA


COM AGRAVANTE DE CRIME COMETIDO CONTRA CRIANÇA.
POSSIBILIDADE. IV - É concebível promover a
compensação entre a atenuante da confissão
espontânea e a agravante do crime ter sido
cometido contra criança (CP: art. 61, II, “h”, do
CP), por serem elas igualmente preponderantes.
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR
UMA RESTRITIVA DE DIREITOS, EXCLUINDO A PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS À COMUNIDADE. POSSIBILIDADE. V - A
substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos foi um benefício para o
apelante, uma vez que não seria possível a
substituição em razão de ser delito dotado de
violência e grave ameaça, porém como se trata de
recurso somente da defesa, bem como a pena foi
reduzida para o patamar de 08 (oito) meses de
detenção, permite a substituída somente por uma
restritiva de direitos, conforme dispõe o artigo
44, § 2º, do CP, mantendo a pena de frequência ao
Programa Justiça Restaurativa, por seis (06)
meses, fixada na sentença. APELO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 311930-51.2015.8.09.0175
(201593119305), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo em parte o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
dar-lhe parcial provimento, para reduzir a
reprimenda aplicada e substituir a pena privativa
de liberdade por uma restritiva de direitos, nos
termos do voto do relator.

17 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 439093-36.2015.8.09.0006(201594390932)
COMARCA : ANAPOLIS
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : GEAN CARLOS JORGE DA MOTA
ADV(S) : 27630/GO -RODRIGO FORMIGONI
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CONDUÇÃO DE VEÍCULO
AUTOMOTOR SOB EFEITO DE ÁLCOOL. ABSOLVIÇÃO POR
INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. 1 - Resta
inviável acolher a tese absolutória quando o
acervo probatório colhido na fase do contraditório
indica, sem dúvida, a prática da condução de
veículo automotor sob efeito de álcool, comprovado
pelo teste do bafômetro e depoimentos
testemunhais. REDUÇÃO PENA-BASE. POSSIBILIDADE. 2
- Valoradas determinadas circunstâncias judiciais
de forma contrária à prova dos autos, reduz-se a
pena-base para próximo do mínimo legal. Pelo
princípio da proporcionalidade diminui-se a pena
de multa. DE OFÍCIO. SUBSTITUIÇÃO POR PENA
RESTRITIVA DE DIREITO. VIABILIDADE. 3 -
Preenchidos os requisitos legais (não é
reincidente), substitui-se a pena privativa de
liberdade por restritivas de direito. DE OFÍCIO.
REDUÇÃO DA SANÇÃO DE SUSPENSÃO DA HABILITAÇÃO. 4 -
Deve ser reduzido o período de suspensão da pena

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acessória, uma vez que a reprimenda restou


aplicada no mínimo legal. APELO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO PARA READEQUAR AS PENAS
CORPÓREA E DE MULTA E, DE OFÍCIO, SUBSTITUIR POR
RESTRITIVA DE DIREITO E REDUZIR O PERÍODO DE
SUSPENSÃO DA PENA ACESSÓRIA.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 439093-36.2015.8.09.0006
(201594390932), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
dar-lhe parcial provimento, para reduzir a pena
fixada e, de ofício, substituir por restritiva de
direito e reduzir o período de suspensão da
carteira nacional de habilitação, nos termos do
voto do relator.

18 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 443405-25.2013.8.09.0168(201394434057)
COMARCA : AGUAS LINDAS DE GOIAS
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : PAULO SERGIO PRATA REZENDE
1 APELANTE(S) : EUDES ALVES OLIVEIRA DA SILVA
ADV(S) : 43405/DF -MANOEL MESSIAS SOARES DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE IRREGULAR DE ARMA
DE FOGO DE USO RESTRITO. ABSOLVIÇÃO. NÃO
CABIMENTO. 1) O simples fato de portar
ilegalmente arma de fogo caracteriza crime por se
tratar de delito de mera conduta e perigo
abstrato, principalmente se demonstrado que o
agente tinha consciência da sua conduta. DE
OFÍCIO: DESCLASSIFICAÇÃO PARA PORTE ILEGAL DE ARMA
DE FOGO DE USO RESTRITO PARA DE USO PERMITIDO. 2)
Com a edição do Decreto nº 9.785/2019 a
classificação impingida à arma que o apelante
portava (pistola .40) mudou para de calibre de uso
permitido, sendo impositiva a desclassificação do
tipo descrito no artigo 16 para o artigo 14, da
Lei nº 10.826/2003, uma vez que a Pistola .40,
efetivando-se nova dosimetria da pena. DE OFÍCIO:
RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO RETROATIVA. 3)
Havendo transcorrido prazo suficiente à
implementação da prescrição retroativa entre as
datas do recebimento da denúncia e a da publicação
da sentença, forçoso seu reconhecimento e
declaração. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO. DE
OFÍCIO, DESCLASSIFICADA A CONDUTA PERPETRADA PELO
APELANTE DE PORTE ILEGAL DE ARMA DE USO RESTRITO
PARA DE USO PERMITIDO, DOSADA NOVA PENA E
DECLARADA A PRESCRIÇÃO RETROATIVA.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 443405-25.2013.8.09.0168
(201394434057), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
negar-lhe provimento, e, de ofício, desclassificar
a conduta perpetrada por Eudes Alves Oliveira da
Silva de porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito para de uso permitido, adequar a pena

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aplicada e reconhecer a prescrição retroativa


operada, nos termos do voto do relator.

19 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 134638-66.2018.8.09.0113(201891346385)
COMARCA : NIQUELANDIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : CASSIO ROBERTO TERUEL ZARZUR
1 APELANTE(S) : REGILDO MENDES TEIXEIRA
ADV(S) : 41592/GO -DEYVI CHARLLE ARAUJO ALVES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: LESÃO CORPORAL. LEI MARIA DA PENHA. LESÃO
CORPORAL. DEFENSOR NOMEADO. DE OFÍCIO,
INTEMPESTIVIDADE. Segundo entendimento pacificado
nos Tribunais Superiores, o defensor dativo, por
não integrar o quadro estatal de assistência
judiciária, não dispõe da prerrogativa de prazo em
dobro para recorrer, como ocorre com os
defensores públicos. Assim, é inviável o
conhecimento do recurso apelatório formalizado
fora do prazo assinalado pelo artigo 593, do CPP,
dele ausente o pressuposto objetivo da
tempestividade. DE OFÍCIO, APELAÇÃO NÃO CONHECIDA.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 134638-66.2018.8.09.0113
(201891346385), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em não conhecer do apelo,
por sua intempestividade, nos termos do voto do
relator.

20 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 292643-89.2012.8.09.0181(201292926430)
COMARCA : FLORES DE GOIAS
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : PAULO SERGIO PRATA REZENDE
1 APELANTE(S) : WILTON MARQUES TEIXEIRA
ADV(S) : 31182/GO -FABIANNY COSTA RODRIGUES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE PORTE ILEGAL
DE ARMA DE FOGO. PRESCRIÇÃO RETROATIVA
RECONHECIDA. Em que pese a falta de intimação do
réu a respeito da prolação da sentença, diante do
montante da pena fixada na sentença, impõe-se o
reconhecimento da prescrição retroativa quando
transcorridos mais de 04 anos entre o recebimento
da denúncia e a publicação da sentença
condenatória, nos termos do artigo 107, inciso IV,
c/c artigo 109, inciso V e artigo 110, § 1º,
todos do Código Penal. APELO CONHECIDO E PROVIDO
PARA DECLARAR A PRESCRIÇÃO RETROATIVA DA PRETENSÃO
PUNITIVA ESTATAL.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 292643-89.2012.8.09.0181
(201292926430), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em declarar a perda do
poder punitivo do Estado, ante a superveniência de
causa extintiva da punibilidade do apelante
Wilton Marques Teixeira, consubstanciada na

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prescrição retroativa, nos termos do voto do


relator.

21 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 419263-65.2015.8.09.0174(201594192634)
COMARCA : SENADOR CANEDO
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
PROCURADOR : AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : ANDRE LUIZ BATISTA DA SILVA
ADV(S) : 34113/GO -SEBASTIAO MENDES DOS SANTOS FIL
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELO CRIMINAL DEFENSIVO. CONDENAÇÃO POR POSSE
ILEGAL DE ARMA DE FOGO. FUNDAMENTAÇÃO GENÉRICA DA
CONDENAÇÃO. SENTENÇA QUE NÃO ENFRENTOU QUESTÃO
DEDUZIDA EM MEMORIAL DA DEFESA. VIOLAÇÃO ÀS REGRAS
DO ARTIGO 93, INCISO IX, DA CF, E DO ARTIGO 489,
§ 1º, INCISO IV, DA LEI 13.105/15 (NCPC) C/C
ARTIGO 3º DO CPP. NULIDADE ABSOLUTA DECRETADA, DE
OFÍCIO, COM PREJUDICIALIDADE DO EXAME DAS DEMAIS
TESES RECURSAIS. O dever de um julgador singular
ou colegiado, quando da prolação de uma decisão
judicial, especialmente as de mérito, responder
fundamentadamente todas as teses articuladas pelas
partes é de observância obrigatória, não somente
em benefício dos sujeitos processuais, mas também
para o correto exercício da função jurisdicional,
sendo inviável a sanação do ato falho por um órgão
hierarquicamente superior, sob pena de indevida
supressão de instância, prevalecendo, no âmbito da
doutrina e desta 1ª Câmara criminal, a intelecção
no sentido de que a deliberação meritória relapsa
no enfrentamento motivado de todas as questões
deduzidas nos memoriais ministeriais e defensivos
é nula de pleno direito. APELO CONHECIDO. NULIDADE
DA SENTENÇA DECRETADA, DE OFÍCIO. PREJUDICADO O
EXAME DAS DEMAIS TESES RECURSAIS.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL N°419263-65.2015.8.09.0174
(201594192634), da Comarca de Senador Canedo,
tendo como apelante ANDRÉ LUIZ BATISTA DA SILVA e
apelado MINISTÉRIO PÚBLICO. ACORDA, o Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos
integrantes da 5ª Turma, da 1ª Câmara Criminal, na
conformidade da ata de julgamento, por
unanimidade de votos e, por impulso oficial,
decretou a nulidade absoluta da sentença de folhas
113/118, conforme voto do relator. Participaram
do julgamento e votaram com o Relator o
Desembargador Ivo Fávaro e o Doutor Sival Guerra
Pires substituto do Desembargador Itaney Francisco
Campos Presidiu a sessão o Desembargador J.
Paganucci Jr. Esteve presente à sessão de
julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Agnaldo Bezerra Lino Tocantins. Goiânia, 13 de
fevereiro de 2020. Desembargador Nicomedes
Borges Relator

22 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 101988-81.2018.8.09.0107(201891019880)
COMARCA : MORRINHOS
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : ELIENE FERNANDES DA SILVA
ADV(S) : 33744/GO -ROBERTA KENIA VIEIRA DA SILVA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO


EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS.
ABSOLVIÇÃO OU DESCLASSIFICAÇÃO DA MODALIDADE 'TER
EM DEPÓSITO' PARA CONSUMO. ÓBICE. RECONHECIMENTO
DO TRÁFICO PRIVILEGIADO. PROCEDÊNCIA. ADEQUAÇÃO DA
PENA DE MULTA E ALTERAÇÃO DO REGIME PRISIONAL.
VIABILIDADE. DE OFÍCIO. SUBSTITUIÇÃO DA PENA POR
RESTRITIVAS DE DIREITOS. 1- Confirma-se a
condenação que encontra sustentação idônea nos
elementos probatórios produzidos no processo, de
onde se extrai, sem qualquer dúvida, que a
apelante praticou o crime de tráfico previsto no
artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/06,
revelando-se incabível a absolvição ou a
desclassificação da conduta imputada para aquela
prevista no artigo 28 da mesma Lei. 2- Nada
impede o reconhecimento da benesse do tráfico
privilegiado quando preenchidos os requisitos
elencados no art. 33, §4º, da Lei n.11.343/2006.
3- Reduzida a pena privativa de liberdade, em
razão da aplicação do tráfico privilegiado,
impõe-se a redução da pena de multa em atenção ao
princípio da proporcionalidade. 4- De
consequência, viável a alteração do regime
prisional fechado para o aberto, em razão da
quantidade de pena. 5- Preenchidos todos os
requisitos do artigo 44 do Código Penal, é devida
a substituição da pena corpórea por restritivas de
direitos. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora
da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal
de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, desacolhido o parecer da Procuradoria-Geral
de Justiça, em conhecer do apelo e dar-lhe
parcial provimento, para reconhecer e aplicar a
benesse prevista no § 4º do artigo 33, da Lei de
Drogas, em patamar intermediário, adequando a pena
pecuniária e o regime de expiação, de ofício,
substituir a sanção corpórea por restritivas de
direitos, nos termos do voto do relator.

23 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 436931-28.2014.8.09.0160(201494369311)
COMARCA : NOVO GAMA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : KELVER JUNIO BARBOSA DE ARAUJO
ADV(S) : 27374A/GO -WOLNEY DE FREITAS LIMA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. LESÕES CORPORAIS E
AMEAÇA NO ÂMBITO DOMÉSTICO. ABSOLVIÇÃO POR
LEGÍTIMA DEFESA - AGRESSÕES RECÍPROCAS.
IMPOSSIBILIDADE. 1) Diante das lesões detectadas
na vítima fica, de plano, afastada a tese de
legítima defesa, uma vez que ferido um dos
requisitos do instituto despenalizante, com a
comprovação da imoderação dos meios empregados
pelo acusado a pretexto de se defender. ABSOLVIÇÃO
DO CRIME DE AMEÇA POR ATIPICIDADE OU
INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. NÃO CABIMENTO. 2) Ficando
remansoso da prova que o apelante se armou de um
instrumento pérfuro-cortante para intimidar a
vítima que saiu correndo e acionou a polícia, não

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há que se acatar as teses. DA VIOLENTA EMOÇÃO. NÃO


RECONHECIMENTO. 3) Demonstrada a ofensa
intencional contra a integridade corporal da
vítima, motivada pela raiva incontida do apelante,
bem como pela ingestão de bebidas alcoólicas, é
impossível reconhecer-se que ele agrediu a vítima
por violenta emoção, sendo incabível a causa de
diminuição da pena por esse motivo, nos termos do
§ 4º, do artigo 129, do CP. DE OFÍCIO: APLICAÇÃO
DO SURSIS DA PENA. 4) Preenchidos os requisitos do
artigo 77, impositiva a concessão da suspensão
condicional da pena, nos termos do artigo 78, §
2º, ambos do Código Penal, uma vez que a pena
restou fixada em quantum inferior a 06 meses.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. DE OFÍCIO,
APLICADO O SURSIS DA PENA.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 436931-28.2014.8.09.0160
(201494369311), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
negar-lhe provimento, e, de ofício, aplicar a
Kélver Júnio Barbosa de Araújo o sursis da pena,
deixando a critério do Juízo das Execuções a
fixação das condições a ser-lhe impostas, nos
termos do voto do relator.

24 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 40994-40.2018.8.09.0155(201890409944)
COMARCA : PIRES DO RIO
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : JHONATA GONCALVES DE FARIAS
ADV(S) : 82632P/GO -JOSE ANTONIO SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. TENTATIVA DE ROUBO
MAJORADO PELO CONCURSO DE PESSOAS E TENTATIVA DE
LATROCÍNIO, EM CONCURSO FORMAL. ABSOLVIÇÃO POR
AUSÊNCIA DE PROVAS. IMPROCEDÊNCIA. 1 - Quando o
conjunto probatório harmônico demonstra, de forma
clara, a materialidade e autoria dos crimes de
tentativa de roubo majorado pelo concurso de
pessoas e tentativa de latrocínio, em concurso
formal, a manutenção do édito condenatório é
medida que se impõe. DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO
DE TENTATIVA DE LATROCÍNIO PARA LESÕES CORPORAIS
GRAVES. IMPOSSIBILIDADE. 2 - Confirma-se a
condenação pelo crime de tentativa de latrocínio,
afastando-se a possibilidade de desclassificação
para o de lesões corporais graves, quando há
suficiente respaldo nos elementos probatórios do
processo de que os apelantes, para garantirem a
posse da res desferiram uma facada na região
dorsal da vítima, perfurando-lhe o pulmão.
READEQUAÇÃO DA PENA DO CRIME DE TENTATIVA DE ROUBO
MAJORADO. POSSIBILIDADE. 3 - Viável a redução da
pena imposta ao réu, no crime de tentativa de
roubo majorado, levando-se em conta a exacerbada
majoração impingida à pena-base, em face da
presença de uma única circunstância judicial
desfavorável, devendo, portanto, ser reduzido o
referido quantum e adequada a pena, ao final.

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APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, APENAS


PARA RETIFICAR AS PENAS CORPÓREA E DE MULTA
APLICADAS AO CRIME DE TENTATIVA DE ROUBO MAJORADO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 40994-40.2018.8.09.0155
(201890409944), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo em parte o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
dar-lhe parcial provimento, apenas para retificar
as penas corpórea e de multa aplicadas ao crime de
tentativa de roubo majorado, determinando a
expedição da guia retificadora, nos termos do voto
do relator.

25 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 4502-15.2018.8.09.0134(201890045020)
COMARCA : QUIRINOPOLIS
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : JOAO BATISTA RIBEIRO
ADV(S) : 30799/GO -DIMAS LEMES CARNEIRO JUNIOR
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ARTIGO 302, § 1º,
INCISO III, DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO.
INVIABILIDADE DE ABSOLVIÇÃO E DE EXCLUSÃO DA
MAJORANTE DE OMISSÃO DE SOCORRO. POSSIBILIDADE DE
REDUÇÃO DA FRAÇÃO ESTIPULADA NO § 1º DO ARTIGO
302 DO CTB. VALOR DA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA E PRAZO
DA SUSPENSÃO PARA DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR.
READEQUAÇÃO FACE À DESPROPORCIONALIDADE. 1.
Restando demonstrada pelo conjunto probatório dos
autos a materialidade delitiva, assim como a
autoria, onde constata-se que o agente
imprudentemente inobservou o dever de cuidado e as
cautelas necessárias na condução de veículo
automotor, a manutenção da condenação nas sanções
do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro é
medida que se impõe, não havendo que se falar em
absolvição pela atipicidade da conduta ou pela
insuficiência de provas. 2. Demonstrada pela prova
produzida que o acusado deixou de prestar socorro
socorro à vítima, sendo possível fazê-lo sem
risco pessoal, inviável a exclusão da causa de
aumento prevista no inciso III do § 1º do artigo
302 da Lei nº 9.503/97. 3. Fixada no grau máximo a
majorante prevista no inciso III do § 1º do
artigo 302 do CTB, sem a devida fundamentação,
impõe-se a redução para o mínimo legal (1/3). 4.
Evidenciado que o valor reparatório pelos danos
causados em razão da infração (art. 387, inc. IV,
do C.P.P.) foi determinado em montante elevado,
mostrando-se desproporcional à condição
socioeconômica e financeira do apelante, é de
rigor o seu abrandamento, em atenção ao princípio
da razoabilidade e em observância ao risco de
inefetividade da medida. 5. O prazo da pena
acessória de suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou habilitação para dirigir veículo
automotor deve ser proporcional à gravidade do
fato ilícito e ao grau de censura merecido pelo
agente. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO, PARA TÃO
SOMENTE REDUZIR A SANÇÃO CORPÓREA, BEM ASSIM O

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VALOR FIXADO A TÍTULO DE PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA E O


PRAZO PARA A SUSPENSÃO PARA DIRIGIR VEÍCULO
AUTOMOTOR.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora
da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal
de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de
Justiça, em conhecer do apelo e dar-lhe
provimento, nos termos do voto do relator.

26 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 57245-59.2018.8.09.0115(201890572454)
COMARCA : ORIZONA
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : MARCOS JOSE DE SOUSA
ADV(S) : 35874/GO -RAFAEL BORGES DE LIMA
15083/GO -FATIMA BORGES DE LIMA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. AMEAÇAS. VIAS DE FATO. LESÕES
CORPORAIS. DESCLASSIFICAÇÃO FORMA SIMPLES.
AUSÊNCIA DE RELAÇÃO DE GÊNERO. INVIABILIDADE.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CONCURSO
MATERIAL. MANUTENÇÃO. PENAS. ADEQUAÇÃO. REANÁLISE
DAS ELEMENTARES. CONCESSÃO. CONFISSÃO. PEDIDO
INÓCUO. BASES NO MÍNIMO. SURSIS. CONDIÇÕES
APLICADAS CUMULATIVAMENTE. INADMISSÍVEL.
AFASTAMENTO DE OFÍCIO DA MAIS RIGOROSA. MANUTENÇÃO
DAS DEMAIS CONDIÇÕES. 1) Demonstrado pelos
elementos dos autos que o apelante praticou as
condutas de lesões corporais em relação a
ex-esposa, tratando-se de violência doméstica
motivada no gênero, julga-se improcedente o pedido
de afastamento da relação de gênero, bem como a
desclassificação para a forma simples, pois
caracterizada a incidência da Lei Maria da Penha
no presente caso. 2) Sem reparos a condenação
pelas ameaças e vias de fato em face da filha,
porque sequer há irresignação nestas partes,
devidamente comprovado que foi efetivamente
ameaçada de maus injusto e grave e das lesões
pertinentes ao tipo do artigo 21 da Lei de
Contravenções Penais. 3) Uma vez que o recorrente
praticou crimes distintos através de duas ações,
contra vítimas diferentes, escorreita a decisão do
juízo a quo que aplicou a regra do concurso
material. 4) Considerando que, o julgador
monocrático procedeu com desacerto na avaliação
desfavorável das circunstâncias judiciais, as
penas-base devem ser redimensionadas para o mínimo
legal se todas são favoráveis, mantida em
definitivo neste patamar, sendo inócuo o pedido de
reconhecimento da atenuante da confissão, nos
termos da Súmula 231 do STJ, a cumprir em regime
aberto e concedido o sursis. 5) Conforme §§ 1º e
2º do artigo 78 do Código Penal, tem o
sentenciante duas opções para aplicar ao condenado
como condições à concessão da suspensão
condicional da pena, não podendo o juiz impor, ao
mesmo tempo, os requisitos previstos nos dois
parágrafos. Em assim agindo, impõe-se excluir a
condição descrita no § 1º, dado ser ela mais
rigorosa do que a do § 2º, pelo princípio do non
reformatio in pejus, devendo ser mantidas as

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demais condições, inclusive as especiais previstas


no artigo 79 do Código Penal, (doação ao
Conselho da Comunidade, submissão a tratamento
psicológico/psiquiátrico e proibição de se
aproximar da vítima), porque não se mostram
desarrazoadas, com o apelante não apontando
motivos fundamentados para o seu afastamento ou
impossibilidade de cumprimento. 6) APELO CONHECIDO
E PARCIALMENTE PROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL N°57245-59.2018.8.09.0115
(201890572454), da Comarca de Orizona, tendo como
apelante MARCOS JOSÉ DE SOUSA e apelado MINISTÉRIO
PÚBLICO. ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça
do Estado de Goiás, pelos integrantes da 5ª Turma,
da 1ª Câmara Criminal, na conformidade da ata de
julgamento, por unanimidade de votos e acolhendo o
parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer do
apelo e dar-lhe parcial provimento, para
redimensionar as penas corpóreas aplicada e
excluir a prestação de serviços à comunidade das
condições a serem cumpridas durante o prazo de
suspensão condicional da pena, conforme voto do
relator. Participaram do julgamento e votaram com
o Relator os Desembargadores Itaney Francisco
Campos e Ivo Fávaro. Presidiu a sessão o
Desembargador J. Paganucci Jr. Esteve presente à
sessão de julgamento o nobre Procurador de Justiça
Doutor Agnaldo Bezerra Lino Tocantins.
Goiânia, 11 de fevereiro de 2020. Desembargador
Nicomedes Borges Relator

27 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 24188-47.2018.8.09.0116(201890241881)
COMARCA : PADRE BERNARDO
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : JONATAS MIGUEL PEREIRA DO NASCIMENTO
ADV(S) : 19736/DF -JOSE SEVERINO DIAS
56416/DF -PEDRO HENRIQUE MOREIRA DIAS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CONSUMO DE DROGAS E
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO.
INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO COMUM PARA JULGAR O CRIME
DE “CONSUMO”. PREJUDICADO. 1) No caso dos autos, a
competência para processar e julgar a prática do
delito de posse de drogas para o consumo próprio é
do Juízo Comum, em razão de conexão com o de
posse ilegal de arma de fogo de uso permitido,
tendo em vista que os fatos ocorreram
simultaneamente, estando as provas interligadas.
DESCRIMINALIZAÇÃO DO CRIME DE POSSE IRREGULAR DE
ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. NÃO CABIMENTO. 2) O
Decreto nº 9.685/2019 sobreveio apenas para
regular a Lei nº 10.826/03, para dispor sobre a
aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a
comercialização das armas de fogo e de munição e
sobre o Sistema de Gerenciamento Militar de Armas,
mas não para autorizar posse e porte de arma de
fogo desprovido do preenchimento dos requisitos
legais e da competente autorização administrativa,
não havendo, portanto, que se falar em
descriminalização da conduta perpetrada pelo
apelante. ABSOLVIÇÃO PELA ATIPICIDADE DA CONDUTA -

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A ARMA NÃO FUNCIONADA E SERVIA À AUTODEFESA.


INVIABILIDADE. 3) O simples fato de ter a posse de
arma de fogo de uso permitido (não apta a
deflagrar disparos) e munições (aptas a fazer
disparos) caracteriza o crime tipificado no artigo
12, caput, da Lei 10.826/03, por se tratar de
delito de mera conduta e perigo abstrato, não
sendo escusa se a portava por suposta defesa
própria e de terceiros, não havendo que se falar,
pois, em autodefesa. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 24188-47.2018.8.09.0116
(201890241881), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo o parecer
Ministerial de Cúpula, em conhecer do apelo e
negar-lhe provimento, nos termos do voto do
relator.

28 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 205476-98.2017.8.09.0006(201792054769)
COMARCA : ANAPOLIS
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELANTE(S) : ROBERT WINSTON PEREIRA REIS
ADV(S) : 13196/GO -ADAHYL LOURENCO DIAS JUNIOR
1 APELADO(S) : ROBERT WINSTON PEREIRA REIS
ADV(S) : 13196/GO -ADAHYL LOURENCO DIAS JUNIOR
2 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL DUPLA. TRÁFICO DE DROGAS. POSSE
DE ARMA DE FOGO E MUNIÇÕES DE USO PERMITIDO E
RESTRITO. RECURSO DEFENSIVO. ABSOLVIÇÃO. 1.
Impossível a pretensão absolutória, quando
demonstrado que a grande quantidade de droga era
de propriedade do acusado, para fins de mercancia
e, ainda, solidificado que possuía armas de fogo e
munições sem autorização legal. DESCLASSIFICAÇÃO,
DE OFÍCIO, DA CONDUTA PREVISTA NO ARTIGO 16,
CAPUT, PARA O 12, AMBOS DA LEI 10.826/2003. 2. O
Decreto 9.847/2019 e a Portaria 1.222/2019,
alteraram a classificação de diversas armas e
munições, que deixaram de ser consideradas de uso
restrito e passaram a ser de uso permitido e, em
observância ao princípio da novatio legis in
mellius, opera-se a desclassificação delitiva, de
ofício, do artigo 16, caput, para o 12, ambos da
lei 10.826/2003. DA APREENSÃO DE ARMAS E MUNIÇÕES
NO MESMO CONTEXTO FÁTICO. CRIME ÚNICO. 3.
Considerando que o processado também está
condenado por posse de arma de fogo de uso
restrito, impõe-se o reconhecimento de crime
único, já que os artefatos bélicos foram
apreendidos em um mesmo contexto fático. APELO DO
ÓRGÃO MINISTERIAL. AUMENTO DAS PENAS. MODIFICAÇÃO
DO REGIME DE EXPIAÇÃO. AFASTAMENTO DO BENEFÍCIO
PREVISTO NO ARTIGO 44, DO CÓDIGO PENAL. 4. A
quantidade e natureza dos entorpecentes
apreendidos constituem motivos para elevação da
pena base quanto ao crime de tráfico, sendo
indicativos também de que o processado se dedica a
atividades criminosas, mantido o regime
semiaberto, nos termos do artigo 33, § 2º, “b”,

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CP. 5. O montante de armas e munições apreendidas


autoriza a majoração da pena basilar. 6. Em
atenção ao princípio da proporcionalidade
elevam-se as penas de multa. 7. Tratando de
concurso de infrações, havendo aplicação de penas
de reclusão e detenção, cumpre-se primeiro a mais
grave e, posteriormente, a de regime mais brando,
nos termos do artigo 69, do Código Penal. 8.
Afasta-se a substituição da pena privativa de
liberdade por restritivas de direitos, pois, nos
casos de concurso de crimes, consideram-se as
reprimendas em sua totalidade. 9. Recurso da
defesa desprovido. De ofício, desclassificada a
conduta do artigo 16, caput, para o 12, ambos da
lei 10.826/2006, consideradas as infrações como
crime único. Apelo Ministerial conhecido e
parcialmente provido.
DECISAO : Vistos e relatados os presentes autos, acordam os
componentes do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pela Terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Criminal, por unanimidade de votos,
acolhido, em parte, o parecer ministerial, em
conhecer dos recursos, desprover o defensivo mas,
de ofício, desclassificar a conduta do artigo 16,
caput, para o artigo 12, ambos da lei 10.826/2006,
considerando as infrações como crime único e dar
parcial provimento ao apelo do Ministério Público,
nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento. Votaram, além do
Relator, que presidiu a sessão, o Doutor Átila
Naves Amaral, em substituição à Desembargadora
Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e o
Desembargador Nicomedes Domingos Borges. Presente
ao julgamento o Doutor Aguinaldo Bezerra Lino
Tocantins, digno Procurador de Justiça.

29 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 242575-82.2017.8.09.0142(201792425759)
COMARCA : SANTA HELENA DE GOIAS
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
PROCURADOR : PAULO SERGIO PRATA REZENDE
1 APELANTE(S) : LEANDRO DA SILVA SANTOS
ADV(S) : 37672/GO -AILTON MANOEL DE ALMEIDA
2 APELANTE(S) : MATEUS HENRIQUE MUNIZ
ADV(S) : 40488/GO -RANGEL E SILVA DE OLIVEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO PELO USO
DE ARMA DE FOGO E CONCURSO DE PESSOAS. ABSOLVIÇÃO
(2º apelo). INVIABILIDADE. 1) A manutenção da
sentença condenatória é medida que se impõe quando
comprovadas a materialidade e autoria da prática
de roubo majorado, máxime pela confissão
extrajudicial e a delação do corréu, corroborada
pela prova judicial robusta, não se podendo falar
em absolvição. EXCLUSÃO DAS MAJORANTES. NÃO
CABIMENTO (2º apelo). 2) Comprovadas a autoria e a
materialidade do crime de roubo, bem como o fato
de os apelantes terem se ajudado mutuamente para o
sucesso da empreitada criminosa (coautoria),
utilizando-se de arma de fogo para intimidar as
vítimas, impossível falar-se em exclusão das
majorantes do concurso de pessoas e uso de arma de
fogo. REDUÇÃO DAS PENAS-BASE. POSSIBILIDADE (1º e
2º apelos). 3) Retificadas as análises das

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circunstâncias judiciais, restando apenas 01


desfavorável, forçosa a redução das penas-base
para patamar próximo aos mínimos legais, adequando
as penas de multa. COMPENSAÇÃO DA REINCIDÊNCIA
COM A CONFISSÃO ESPONTÂNEA. PREJUDICADO (1º
apelo). 3) Estando taxativamente grafado na
sentença que o apelante não é reincidente, porém
apenas portador de maus antecedentes, julga-se o
pleito da Defesa, prejudicado. DE OFÍCIO: REDUÇÃO
DO COEFICIENTE EM FACE DO CONCURSO FORMAL. 4) Como
os crimes foram consumados nas mesmas condições
de tempo, lugar e maneira de execução, mediante
uma só ação, na presença de 02 vítimas, para a
prática de crimes da mesma espécie, caracterizado
está o concurso formal, devendo o aumento ser
fixado em 1/6. ABRANDAMENTO DO REGIME PRISIONAL.
VIABILIDADE. 5) Fixadas as penas em até 08 anos, o
regime a ser estabelecido é o semiaberto.
RECURSOS CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS PARA
REDUZIR AS PENAS APLICADAS, ADEQUAR O REGIME
PRISIONAL E, DE OFÍCIO, REDUZIR O COEFICIENTE
APLICADO PELO CONCURSO FORMAL.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL Nº 242575-82.2017.8.09.0142
(201792425759), acordam os componentes da Quarta
Turma, de sua Primeira Câmara Criminal, do Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por
unanimidade de votos, acolhendo parcialmente o
parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer dos
apelos e dar-lhes parcial provimento, para reduzir
as penas-base e de multa aplicadas aos apelantes
e adequar-lhes o regime prisional do fechado para
o semiaberto, e, de ofício, reduzir o coeficiente
de aumento em face do concurso formal, nos termos
do voto do relator.

30 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 145321-09.2018.8.09.0164(201891453211)
COMARCA : CIDADE OCIDENTAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
PROCURADOR : AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : FELLIPE EDUARDO CAMARGOS SANTOS RIBEIRO
ADV(S) : 35571/GO -JOSE MARCOS DANTAS DE LIMA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS. ABSOLVIÇÃO.
DESCLASSIFICAÇÃO PARA USO. REDUÇÃO DA PENA.
APLICAÇÃO DO TRÁFICO PRIVILEGIADO. 1- Resultando
das provas dos autos a certeza da conduta ilícita
concernente à prática do crime de tráfico de
drogas, descrito no artigo 33, caput, da lei
11.343/06, incabível a absolvição por
insuficiência probatória ou a desclassificação
para o crime inserto no artigo 28, da mesma lei.
2- Verificado erro material no cálculo da pena em
virtude da agravante da reincidência, deve ser o
montante retificado, de ofício. 3- Incabível a
aplicação do tráfico privilegiado, se não
atendidos os requisitos do art. 33, § 4º da lei de
drogas. 4- Apelo conhecido e desprovido. De
ofício, retificado o cálculo da pena.
DECISAO : Vistos e relatados os presentes autos, acordam os
componentes do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pela Terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Criminal, por unanimidade de votos,

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acolhido o parecer ministerial, em conhecer do


recurso, negar-lhe provimento e, de ofício,
promover a retificação do cálculo da pena
resultante da agravante da reincidência, nos
termos do voto do Relator, proferido na assentada
do julgamento. Votaram, além do Relator, que
presidiu a sessão, o Doutor Átila Naves Amaral, em
substituição à Desembargadora Avelirdes Almeida
Pinheiro de Lemos e o Desembargador Nicomedes
Domingos Borges. Presente ao julgamento o Doutor
Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, digno Procurador
de Justiça.

31 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 252171-17.2012.8.09.0029(201292521716)
COMARCA : CATALAO
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
PROCURADOR : AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : LUIZ CARLOS LOPES COELHO
ADV(S) : 82618P/GO -ILSON GOMES
26949/GO -HUGO DELEON DE CARVALHO COSTA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. POSSE DE ARMA.
ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. DE OFÍCIO. DECRETAÇÃO
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DO AGENTE. PRESCRIÇÃO
RETROATIVA. Constatado que, entre a data do
recebimento da denúncia e a da publicação da
sentença condenatória, com trânsito em julgado
para a acusação, decorreu lapso temporal
suficiente ao reconhecimento da prescrição
retroativa pela pena in concreto, é de rigor a sua
declaração, extinguindo-se, por conseguinte, a
punibilidade do agente. APELO CONHECIDO E PROVIDO
PARA DECLARAR EXTINTA A PUNIBILIDADE DO AGENTE, EM
FACE DA PRESCRIÇÃO ESTATAL RETROATIVA. MÉRITO
RECURSAL PREJUDICADO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos os presentes autos
de APELAÇÃO CRIMINAL N°
N°252171-17.2012.8.09.0029(201292521716), da
Comarca de Catalão, tendo como apelante LUIZ
CARLOS LOPES COELHO e apelado MINISTÉRIO PÚBLICO.
ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás, pelos integrantes da 5ª Turma, da 1ª
Câmara Criminal, na conformidade da ata de
julgamento, por unanimidade de votos e acolhendo o
parecer Ministerial de Cúpula, em conhecer do
apelo e, de ofício, declarar extinta a
punibilidade do delito atribuído a Luiz Carlos
Lopes Coelho, nos termos do artigo 107, IV do CPB,
conforme voto do relator. Participaram do
julgamento e votaram com o Relator os
Desembargadores Itaney Francisco Campos e Ivo
Fávaro. Presidiu a sessão o Desembargador J.
Paganucci Jr. Esteve presente à sessão de
julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Agnaldo Bezerra Lino Tocantins. Goiânia, 06 de
fevereiro de 2020. Desembargador Nicomedes
Borges Relator

32 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 250264-88.2017.8.09.0107(201792502648)
COMARCA : MORRINHOS
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

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1 APELANTE(S) : SILEILDO FRANCISCO DA SILVA


ADV(S) : 39365/GO -VINICIUS NUNES DA SILVA
2 APELANTE(S) : JAZIEL ROSA DOS SANTOS
ADV(S) : 17340/GO -PAULA ALEXANDRINA VALE DE MEDEI
37156/GO -DIOGO JOSE DE SOUZA VALE
28384/GO -WELDER DE ASSIS MIRANDA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL DUPLA. ARTIGOS 121, § 2º,
INCISOS I, III, IV, E 155, CAPUT, C/C 69, TODOS DO
CÓDIGO PENAL. ARTIGO 121, § 2º, INCISOS I E II,
DO CÓDIGO PENAL. JÚRI. 2º APELO. PRELIMINARES.
INÉPCIA DA DENÚNCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. 1 -
Não há que se falar em inépcia da exordial
acusatória, por ausência de justa causa, se a peça
descreveu de forma satisfatória os fatos
imputados ao denunciado, narrando concatenadamente
os acontecimentos, permitindo sua exata
compreensão, consequentemente, o exercício do
contraditório e da ampla defesa. Além disso,
preclusa tal matéria quando já prolatada a
sentença. 2 - Inexiste cerceamento do direito de
defesa, quando esta tomou ciência do documento
juntado aos autos antes da abertura da audiência,
não manifestou qualquer inconformismo, tampouco
solicitou novas diligências em momento oportuno,
além de inexistir prejuízo. 3 - Preliminares
afastadas. MÉRITO. DECISÃO CONTRÁRIA A PROVA DOS
AUTOS. REDUÇÃO DAS PENAS. PLEITOS COINCIDENTES. 4
- Não se sujeita a juízo de reforma no grau
revisor o veredicto do Conselho de Sentença que
acolhe uma das teses apresentadas em plenário de
julgamento, arrimado pelo conjunto
fático-probatório. 5- Para guardar
proporcionalidade, a pena de um dos apelantes deve
ser reduzida, porquanto estabelecida em patamar
desarrazoado. EXCLUSÃO DE QUALIFICADORA. 2º APELO.
6- Em respeito ao princípio da soberania dos
veredictos, tendo os jurados concluído pela
procedência das qualificadoras dos motivos torpe e
fútil, inviável que esta Corte de Justiça proceda
a juízo de valor acera da caracterização ou não,
sob pena de imiscuir-se na competência
constitucional do Tribunal do Júri. 7- Apelos
conhecidos, parcial provimento ao primeiro e
desprovimento do segundo.
DECISAO : Vistos e relatados os presentes autos, acordam os
componentes do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pela Terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Criminal, por unanimidade de votos,
acolhido o parecer ministerial, em conhecer dos
recursos, dar parcial provimento ao primeiro, tão
somente para reduzir a pena, e negar provimento ao
segundo, nos termos do voto do Relator, proferido
na assentada do julgamento. Votaram, além do
Relator, que presidiu a sessão, o Doutor Átila
Naves Amaral, em substituição à Desembargadora
Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, e o
Desembargador Nicomedes Domingos Borges. Proferiu
sustentação oral o Doutor Welder de Assis
Miranda. Presente ao julgamento o Doutor
Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, digno Procurador
de Justiça.

33 - APELACAO CRIMINAL

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PROTOCOLO : 18676-10.2018.8.09.0011(201890186767)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : RODRIGO PEREIRA LEMOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO. EMPREGO DE
ARMA. CONCURSO DE PESSOAS. PRELIMINARES. FALTA DE
MOTIVAÇÃO DA SENTENÇA. NULIDADE DA PRISÃO EM
FLAGRANTE. 1- Não é passível de nulidade a
sentença que contempla todos os pontos sobre o
quais deve se manifestar, assim não padecendo de
ausência de nenhum dos requisitos insculpidos no
artigo 381, do Código de Processo Penal, atendendo
ao princípio escudado no artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal. 2- Não é ilegal a prisão em
flagrante realizada por guardas municipais. 3-
Preliminares rejeitadas. ABSOLVIÇÃO. INSUFICIÊNCIA
DE PROVAS. DOSIMETRIA DA PENA. ISENÇÃO DAS CUSTAS
PROCESSUAIS. PREQUESTIONAMENTO. 4- Se o conjunto
probatório carreado ao feito demonstra de forma
satisfatória a materialidade e a autoria de roubos
majorados pelo emprego de arma, ficando duvidosa
a concorrência de terceira pessoa para as práticas
criminosas, deve ser mantida a solução
condenatória e excluída a majorante do concurso de
pessoas. 5- Havendo análise equivocada de
circunstâncias judiciais elencadas no artigo 59,
do Código Penal, necessário o redimensionamento
das penas bases. 6- A multa deve guardar estrita
proporcionalidade com a pena privativa de
liberdade. 7- Concedem-se os benefícios da
assistência judiciária gratuita ao apelante
patrocinado durante toda a instrução e fase
recursal por advogado dativo e, após, por
representante da Defensoria Pública. 8-
Inexistente vício de natureza constitucional ou
infraconstitucional, o prequestionamento deve ser
admitido tão somente para efeito de assegurar
eventual interposição de recurso à instância
superior. 9- Recurso conhecido e parcialmente
provido.
DECISAO : Vistos e relatados os presentes autos, acordam os
componentes do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pela Terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Criminal, por unanimidade de votos,
acolhido em parte o parecer ministerial, em
conhecer do recurso, dar-lhe parcial provimento
para reduzir a pena base, excluir a majorante do
concurso de pessoas e isentar do recolhimento das
custas processuais, nos termos do voto do Relator,
proferido na assentada do julgamento. Votaram,
além do Relator, que presidiu a sessão, o Doutor
Átila Naves Amaral, em substituição à
Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos, e o Desembargador Nicomedes Domingos
Borges. Presente ao julgamento o Doutor Aguinaldo
Bezerra Lino Tocantins, digno Procurador de
Justiça.

34 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 144364-45.2018.8.09.0087(201891443640)
COMARCA : ITUMBIARA

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RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.


PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : ASUIR FIGUEIRA DE AZEVEDO JUNIOR
ADV(S) : 51409/GO -DIOGO DOS SANTOS SANTANA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES. ABSOLVIÇÃO. DESCLASSIFICAÇÃO.
FIXAÇÃO DA PENA BASE NO MÍNIMO LEGAL. APLICAÇÃO DA
CONFISSÃO. TRÁFICO PRIVILEGIADO. FRAÇÃO REDUTORA.
SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVAS DE DIREITOS.
EXCLUSÃO OU DIMINUIÇÃO DA PENA DE MULTA. 1-
Resultando das provas dos autos a certeza da
conduta ilícita do processado, concernente à
prática do crime descrito no artigo 33, caput, da
lei 11.343/06, não sobra espaço ao pronunciamento
jurisdicional absolutório, tampouco
desclassificatório. 2- Havendo equívoco na análise
demeritória atribuída à circunstância judicial do
art. 59, do CP, recua-se a pena base para o
mínimo legal. 3- No crime de tráfico de drogas, a
confissão, quando qualificada, não tem o condão de
justificar a atenuante da confissão, inteligência
da Súmula 630, do STJ. 4- Inócuos os pedidos de
fixação da fração redutora referente à benesse do
tráfico privilegiado no maior patamar, bem como de
substituição da pena privativa de liberdade em
restritiva de direitos, quando já deferidos na
sentença condenatória. 5- Impossível à exclusão da
pena de multa, uma vez que esta faz parte do
preceito secundário do tipo penal em questão, o
que afrontaria o princípio da legalidade. Contudo,
com a solução encampada, impõe-se a sua
diminuição, em observância ao princípio da
proporcionalidade. 6- Apelo conhecido e
parcialmente provido.
DECISAO : Vistos e relatados os presentes autos, acordam os
componentes do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pela Terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Criminal, por unanimidade de votos,
acolhido em parte o parecer ministerial, em
conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento
para reduzir a pena aplicada, nos termos do voto
do Relator, proferido na assentada do julgamento.
Votaram, além do Relator, que presidiu a sessão,
o Doutor Átila Naves Amaral, em substituição à
Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos, e o Desembargador Nicomedes Domingos
Borges. Presente ao julgamento o Doutor Aguinaldo
Bezerra Lino Tocantins, digno Procurador de
Justiça.

35 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 300718-96.2016.8.09.0175(201693007185)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : CLARISTONE JUNIO QUITITI
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO. ABSOLVIÇÃO.
AUSÊNCIA DE DOLO. 1- É inviável considerar que não
houve dolo no caso em que o agente obtém, para
si, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, de
maneira consciente e voluntária, induzindo a

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vítima em erro, mediante ardil. 2- Recurso


conhecido e desprovido.
DECISAO : Vistos e relatados os presentes autos, acordam os
componentes do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pela Terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Criminal, por unanimidade de votos,
acolhido o parecer ministerial, em conhecer do
recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto
do Relator, proferido na assentada do julgamento.
Votaram, além do Relator, que presidiu a sessão,
o Doutor Átila Naves Amaral, em substituição à
Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos, e o Desembargador Nicomedes Domingos
Borges. Presente ao julgamento o Doutor Aguinaldo
Bezerra Lino Tocantins, digno Procurador de
Justiça.

36 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 300718-96.2016.8.09.0175(201693007185)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : CLARISTONE JUNIO QUITITI
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO. ABSOLVIÇÃO.
AUSÊNCIA DE DOLO. 1- É inviável considerar que não
houve dolo no caso em que o agente obtém, para
si, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, de
maneira consciente e voluntária, induzindo a
vítima em erro, mediante ardil. 2- Recurso
conhecido e desprovido.
DECISAO : Vistos e relatados os presentes autos, acordam os
componentes do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pela Terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Criminal, por unanimidade de votos,
acolhido o parecer ministerial, em conhecer do
recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto
do Relator, proferido na assentada do julgamento.
Votaram, além do Relator, que presidiu a sessão,
o Doutor Átila Naves Amaral, em substituição à
Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos, e o Desembargador Nicomedes Domingos
Borges. Presente ao julgamento o Doutor Aguinaldo
Bezerra Lino Tocantins, digno Procurador de
Justiça.

GOIANIA, 19 DE FEVEREIRO DE 2020

SECRETARIO(A): AIANE LUIZA DE OLIVEIRA


ORIGINAL ASSINADO

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===============================================================================
1A CAMARA CRIMINAL #
PAUTA N. 16/2020
DATA DO JULGAMENTO: 03/03/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSOES POSTERIORES
===============================================================================

===============> PAUTA DO DIA

1 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 70353-72.2018.8.09.0175(201890703532)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. IVO FAVARO
RECORRENTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
RECORRIDO(S) : TIAGO AGNER PONTES VERISSIMO
ADV(S) : 39641/GO -PIERO REIS GALVAO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

2 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 78511-09.2018.8.09.0146(201890785113)
COMARCA : SAO LUIS DE MONTES BELOS
RELATOR : DES. IVO FAVARO
RECORRENTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
RECORRIDO(S) : LUCIANA LUZ DA SILVA
ADV(S) : 44413/GO -MARCILEI AFONSO NEVES
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA

3 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 120668-17.2018.8.09.0107(201891206680)
COMARCA : MORRINHOS
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
RECORRENTE(S) : ELIAN ALVES DE ARAUJO
ADV(S) : 45358/GO -PAULO DE TARSO MARTINS JUNIO
RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA

4 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 130921-17.2017.8.09.0134(201791309216)
COMARCA : QUIRINOPOLIS
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
RECORRENTE(S) : ADRIANO ALVES VIEIRA
ADV(S) : 13941/GO -ABELARDO JOSE DE MOURA
50338/GO -FERNANDO ALVES VIEIRA
RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

5 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 163361-38.2017.8.09.0111(201791633617)
COMARCA : NAZARIO
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
RECORRENTE(S) : ROSEVALDO DE MELO
ADV(S) : 56582/GO -BRUNA BUENO VENTURA
RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR

6 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 208019-83.2017.8.09.0003(201792080190)
COMARCA : ALEXANIA
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
RECORRENTE(S) : RONALDO MAURICIO DA SILVA

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ADV(S) : 333784/DF -ELIAS SOARES DA COSTA


RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LEONIDAS BUENO BRITO

7 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 265629-98.2017.8.09.0038(201792656297)
COMARCA : CRIXAS
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
RECORRENTE(S) : EDUARDO ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
ADV(S) : 47682/GO -CASSIO LANDER DOREA CASAS
RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES

8 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 20400-63.2018.8.09.0168(201890204005)
COMARCA : AGUAS LINDAS DE GOIAS
RELATORA : DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : JOSE PAULO ALVES DE SOUZA
ADV(S) : 50084A/GO -MANOEL MESSIAS SOARES DA SI
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LEONIDAS BUENO BRITO

9 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 21305-65.2018.8.09.0072(201890213055)
COMARCA : INHUMAS
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : MATHEUS CRAVEIRO DE OLIVEIRA VEIGA BRAGA
ADV(S) : 31430/GO -RODOLFO DA SILVA MORAES
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR

10 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 22823-38.2019.8.09.0175(201990228232)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
REVISOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : ROBSON JAMES DA COSTA CAIXETA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO

11 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 33422-07.2017.8.09.0175(201790334225)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : ARNALDO CORRENTINO DA CUNHA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA

12 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 34534-54.2016.8.09.0172(201690345349)
COMARCA : SANTA TEREZINHA DE GOIAS
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
APELANTE(S) : FELIPE FERREIRA DE SOUZA
ADV(S) : 40188/GO -ALVINO TEIXEIRA MENDES
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR

13 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 45309-71.2017.8.09.0115(201790453097)
COMARCA : ORIZONA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

RELATORA : DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS


REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : JOAO WILIAN BARBOZA LEMES
ADV(S) : 29527/GO -MARCIA PAULINA ROCHA
2 APELANTE(S) : WENDER DOS SANTOS LIMA
ADV(S) : 20542/GO -JULIA PAULINA ROCHA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). DEMOSTENES LAZARO XAVIER TORRES

14 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 48724-08.2019.8.09.0175(201990487246)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
REVISOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
APELANTE(S) : MARCELO RODRIGUES PEREIRA SOBRINHO
ADV(S) : 53913/GO -LOHANE GONCALVES BUENO SILVA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO TAVARES FILHO

15 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 50532-89.2018.8.09.0011(201890505323)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
REVISOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : WELLINGTON DA SILVA SANTOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

16 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 59884-20.2018.8.09.0125(201890598844)
COMARCA : PIRANHAS
RELATOR : DES. IVO FAVARO
REVISOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
APELANTE(S) : NAIR MARIA DA SILVA
ADV(S) : 42565/GO -RICARDO PEREIRA DE SOUSA
46858/GO -FABRICIO CANDIDO DO NASCIMEN
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO

17 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 69047-60.2016.8.09.0168(201690690470)
COMARCA : AGUAS LINDAS DE GOIAS
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
REVISOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
APELADO(S) : MARCOS ANTONIO FLORENCIO
APELADO(S) : ALEF BRUNO RODRIGUES DO PRADO
ADV(S) : 50084A/GO -MANOEL MESSIAS SOARES DA SI
PROC. DE JUSTICA : DR(A). FERNANDO BRAGA VIGGIANO

18 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 71071-50.2017.8.09.0128(201790710715)
COMARCA : PLANALTINA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
SUBST. DA DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : HYAGO ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS
ADV(S) : 42567/GO -LUIS PAULO COUTO
2 APELANTE(S) : KEVEN JHONATA ROCHA PEREIRA
ADV(S) : 45360/GO -FABIO SILVA GONTIJO

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APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO


PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO

19 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 72776-38.2018.8.09.0067(201890727768)
COMARCA : GOIATUBA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
REVISOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : ERONES ELIAS DA SILVA NETO
ADV(S) : 17288A/GO -LUCIO ROBERTO VIEIRA
2 APELANTE(S) : LAMOUNIE MARQUES DA SILVA
ADV(S) : 18777/GO -RAQUEL RIBEIRO DE MEDEIROS
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA

20 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 74469-97.2019.8.09.0107(201990744699)
COMARCA : MORRINHOS
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : INCEPA REVESTIMENTOS CERAMICA LTDA
ADV(S) : 38612/PR -JEFFERSON COMELI
3903/PR -JOAO CASILLO
21787/PR -ANGELA ESTORILIO SILVA FRANC
36357/PR -MICHEL GUERIOS NETTO
APELADO(S) : JOAO ROGACIANO DE FARIAS FILHO
ADV(S) : 45358/GO -PAULO DE TARSO MARTINS JUNIO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LEONIDAS BUENO BRITO

21 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 77985-59.2017.8.09.0087(201790779855)
COMARCA : ITUMBIARA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
SUBST. DA DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : RAFAEL FELIX DO NASCIMENTO ASSIS
ADV(S) : 22952/GO -MAERCIO VENANCIO MACHADO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). HELIANA GODOI DE SOUSA ABRAO

22 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 78353-27.2019.8.09.0175(201990783538)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
REVISOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : JOAO MARCOS LANDMANN
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
2 APELANTE(S) : NICKERSON LUIZ SILVA CARDOSO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO

23 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 78682-22.2018.8.09.0095(201890786829)
COMARCA : JOVIANIA
RELATOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : JAILTON TAVARES
ADV(S) : 16455/GO -IARA FERREIRA TOSTA DUQUE
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PAULO SERGIO PRATA REZENDE

24 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 85007-50.2010.8.09.0044(201090850077)
COMARCA : FORMOSA

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RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES


REVISOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
APELANTE(S) : RAIMUNDO FLORENTINO DE CARVALHO NETO
ADV(S) : 34700/GO -EDUARDO AUGUSTO DE SOUZA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO TAVARES FILHO

25 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 91456-79.2016.8.09.0087(201690914564)
COMARCA : ITUMBIARA
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
REVISOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
APELANTE(S) : ANDERSON CLAYTON SANTOS VIEIRA
APELANTE(S) : ANA PAULA DE JESUS RAMALHO
ADV(S) : 22952/GO -MAERCIO VENANCIO MACHADO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES

26 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 106401-46.2018.8.09.0105(201891064010)
COMARCA : MINEIROS
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
REVISOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
APELADO(S) : LEONARDO CARVALHO MELQUIADES
ADV(S) : 18178/GO -ROGERIO RODRIGUES MACHADO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES

27 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 110094-52.2017.8.09.0047(201791100945)
COMARCA : GOIANAPOLIS
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
REVISOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
APELANTE(S) : IALAMAR SOUZA CRUZ
ADV(S) : 33215/GO -EURIPEDES BARSANULFO PAULINO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

28 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 117153-43.2017.8.09.0160(201791171532)
COMARCA : NOVO GAMA
RELATOR : DES. IVO FAVARO
REVISOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
APELANTE(S) : VILTON CARLOS CASTRO DE SANTANA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). DEUSDETE CARNOT DAMACENA

29 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 121753-28.2018.8.09.0175(201891217534)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
REVISOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
APELANTE(S) : GEISE KARLA BARBOSA BARROS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO

30 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 133177-67.2018.8.09.0175(201891331779)
COMARCA : GOIANIA

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RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA


SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
REVISOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
APELANTE(S) : MARCOS WILLIAM ALMEIDA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA

31 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 150197-08.2017.8.09.0175(201791501974)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
APELANTE(S) : EDIJALMA PEREIRA DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). YARA ALVES FERREIRA E SILVA

32 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 159851-82.2018.8.09.0175(201891598511)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. IVO FAVARO
REVISOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
APELANTE(S) : LUCAS DOS SANTOS SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

33 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 163022-26.2018.8.09.0085(201891630229)
COMARCA : ITAPURANGA
RELATOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : JOVELINO TEODORO DE MORAIS
ADV(S) : 48272/GO -JEAN CAMARGO DA SILVA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

34 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 165129-14.2018.8.09.0127(201891651293)
COMARCA : PIRES DO RIO
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
SUBST. DA DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : EDVAN EVANGELISTA GONCALVES JUNIOR
ADV(S) : 31794/GO -PEDRO CORREA MENDES NETO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

35 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 167678-81.2017.8.09.0175(201791676782)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
SUBST. DA DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
APELADO(S) : JOAO VITOR DE SOUSA BARROS
APELADO(S) : RICARDO RODRIGUES MOREIRA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES

36 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 255465-92.2012.8.09.0024(201292554657)
COMARCA : CALDAS NOVAS
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL

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SUBST. DA DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS


REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : WARLEY JOSE DA SILVA AMORIM JUNIOR
ADV(S) : 30750/GO -HUNALD ARAGAO DE MELO
2 APELANTE(S) : RAFAEL VARGAS DE MATOS
ADV(S) : 27783/GO -ANDREI ROCHA TELES
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). YARA ALVES FERREIRA E SILVA

37 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 269372-93.2017.8.09.0175(201792693729)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
REVISOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
APELANTE(S) : MICHAEL MOREIRA MENDANHA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). ABRAO AMISY NETO

38 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 293914-62.2014.8.09.0085(201492939145)
COMARCA : ITAPURANGA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
APELANTE(S) : ISRAEL LUIZ DE OLIVEIRA
ADV(S) : 39471/GO -MARA CAMILLA DE SOUZA NASCIM
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES

39 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 299353-07.2016.8.09.0175(201692993534)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
SUBST. DA DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : DEILSON CALDEIRA RODRIGUES
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA

40 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 345588-94.2008.8.09.0051(200893455881)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
REVISOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : NEIDILENE ROSA DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
2 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELADO(S) : NEIDILENE ROSA DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PAULO SERGIO PRATA REZENDE

41 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 357597-60.2015.8.09.0175(201593575971)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
REVISOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : MACKSON VIEIRA ROQUE
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO TAVARES FILHO

42 - APELACAO CRIMINAL

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PROTOCOLO : 359169-51.2016.8.09.0002(201693591693)
COMARCA : ACREUNA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
SUBST. DA DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
APELADO(S) : MAYCON DE OLIVEIRA ARANTES
ADV(S) : 34877/GO -DANILO CESAR DE OLIVEIRA MAR
42365/GO -BRENO ALVES DE OLIVEIRA
20373/GO -ANTONIO DE PADUA SOARES
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA

43 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 369761-57.2015.8.09.0175(201593697619)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. IVO FAVARO
REVISOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
APELANTE(S) : DIEGO SOARES DE CASTRO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). ABRAO AMISY NETO

44 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 380348-73.2013.8.09.0090(201393803482)
COMARCA : JANDAIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
APELADO(S) : WASHINGTON FERNANDES SANTIAGO
ADV(S) : 27291/GO -PAULO SERGIO DE OLIVEIRA
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

45 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 388156-95.2016.8.09.0132(201693881560)
COMARCA : POSSE
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
REVISOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
APELANTE(S) : GABRIEL ANTONIO DA SILVA
APELANTE(S) : ALINE DA SILVA GOMES
ADV(S) : 31182/GO -FABIANNY COSTA RODRIGUES
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES

46 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 398350-93.2014.8.09.0175(201493983504)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
REVISOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : ALEXANDRE MARTINS DE OLIVEIRA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). ALENCAR JOSE VITAL

47 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 405867-64.2011.8.09.0011(201194058671)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
REVISOR : DES. IVO FAVARO
APELANTE(S) : CRISTIANE BARBOSA DOS REIS
ADV(S) : 44029/GO -RILLER RIBEIRO DE CARVALHO Q
44658/GO -JOAO MANOEL LAGO LACERDA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: www.tjgo.jus.br 207 de 4699


ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

48 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 423285-32.2016.8.09.0175(201694232859)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : MARCO AURELIO CORREA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). SPIRIDON NICOFOTIS ANYFANTIS

49 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 453634-92.2013.8.09.0152(201394536348)
COMARCA : URUACU
RELATOR : DES. IVO FAVARO
REVISOR : DR. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA
SUBST. DO DES. J. PAGANUCCI JR.
APELANTE(S) : PAULO GOMES DE LIMA
ADV(S) : 23165/GO -ANDERSON FELICIANO FREITAS A
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

50 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 466034-92.2009.8.09.0051(200994660340)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. ATILA NAVES AMARAL
SUBST. DA DESA. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
REVISOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
APELANTE(S) : KEIDEL VICENTE DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGNALDO BEZERRA LINO TOCANTINS

GOIANIA, 19 DE FEVEREIRO DE 2020

AIANE LUIZA DE OLIVEIRA


SECRETARIO(A)
ORIGINAL ASSINADO

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2A CAMARA CRIMINAL #
INTIMACAO AS PARTES N.6/2020
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1 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 7825-39.2018.8.09.0001(201890078255)
COMARCA : ABADIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : JEFFERSON DA CONCEICAO ARAUJO
ADV(S) : 16571/GO -MARCELO FERREIRA DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

2 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 33335-96.2007.8.09.0144(200790333350)
COMARCA : SILVANIA
RELATOR : DES(A). LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : ANTONIO EMIVAL CORREA
ADV(S) : 23156/GO -NYLTON ALENCAR DE ALMEIDA FRANC
23133/GO -BRUNO SERGIO DE ALMEIDA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

3 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 7447-12.2019.8.09.0175(201990074472)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
1 APELANTE(S) : DIEGO DOS SANTOS DAMASCENO
ADV(S) : 56580/GO -ANTONIO LUCAS DO CARMO ARAUJO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

4 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 30946-59.2018.8.09.0175(201890309460)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : CESAR ANTONIO DE LIMA
ADV(S) : 16832/GO -IGOR ISAAC THOME NETTO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

5 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 433339-91.2015.8.09.0175(201594333394)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : GABRIEL FERNANDES DOS SANTOS
ADV(S) : 47225/GO -MARCOS DONIZETTI VELASCO FILHO
35349/GO -JOSELI SANTOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

DECISAO OU DESPACHO:
CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

6 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 136989-87.2007.8.09.0051(200791369897)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES(A). CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : GEIBSON ANTONIO PAULINO
ADV(S) : 4081/GO -HELIER PRADOS SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

7 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 8836-63.2019.8.09.0100(201990088368)
COMARCA : LUZIANIA
RELATOR : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
1 APELANTE(S) : ALEXANDRE DIONIZIO DA SILVA
ADV(S) : 45152/GO -FERNANDO MAGNO PEREIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
CONSTA DOS AUTOS QUE O CONDENADO GABRIEL MOREIRA DOS SANTOS
MANIFESTOU O DESEJO DE NãO RECORRER DA SENTENçA, NA COTA DE
PRóPRIO PUNHO LANçADA NO MANDADO àS FLS. 180. TODAVIA, FOI
INTERPOSTA APELAçãO EM NOME DE GABRIEL E DE ALEXANDRE, SUBS-
CRITO PELO ADVOGADO FERNANDO MAGNO PEREIRA (FLS. 196/202), O
QUAL NãO JUNTOU PROCURAçãO NOS AUTOS. ASSIM, CONVERTO O JUL-
GAMENTO EM DILIGêNCIA PARA QUE, SEJA INTIMADO O REFERIDO
PROCURADOR A REGULARIZAR SUA REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL COM
RELAÇÃO AOS DOIS CONDENADOS, NO PRAZO DE CINCO DIAS, EM ES-
PECIAL, REGISTRANDO PODERES PARA RECORRER. EMPÓS, VOLTEM-ME
CONCLUSOS OS AUTOS. INTIME-SE. GOIÂNIA, 07 DE FEVEREIRO DE
2020. DESEMBARGADOR JOÃO WALDECK FELIX DE SOUSA. RELATOR.

8 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 121939-58.2013.8.09.0003(201391219392)
COMARCA : ALEXANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : SERGIO NONATO ROSA REBELO CUNHA
ADV(S) : 37220/DF -MONICA MORAIS DE SOUZA
2 APELANTE(S) : VALDECIR OLIVEIRA NUNES DE JESUS JUNIOR
ADV(S) : 20669/DF -VALDIVINO CLARINDO LIMA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
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TJGO.

9 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 93637-88.2017.8.09.0064(201790936373)
COMARCA : GOIANIRA
RELATOR : DES(A). LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : BRUNO GONCALVES BARBOSA
ADV(S) : 40962/GO -CAINA CAMARGO JACUNDA
52410/GO -FELIPE DE CASTRO ABREU MEIRELLE
54533/GO -IGOR FERREIRA
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TJGO.

10 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 210664-50.2017.8.09.0175(201792106645)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : RENNAN AUGUSTO GARCIA SILVA
ADV(S) : 49065/GO -GISLANE BATISTA DE CARVALHO
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TJGO.

11 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 109608-44.2018.8.09.0011(201891096087)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DES(A). EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : FRANCIRLEI FERNANDES DE ALMEIDA
ADV(S) : 21757/GO -MARGARETE DOS REIS MARTINS PACH
2 APELANTE(S) : EMERSON LOPES DE SOUZA
ADV(S) : 37890/GO -ARTHUR PAULINO DE OLIVEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
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CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

12 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 23544-70.2014.8.09.0011(201490235442)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : CANDIDO NOGUEIRA BASTOS
ADV(S) : 54913/GO -LIVIA SALES CARNEIRO
54835/GO -BRENDA DIAS DOS ANJOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
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CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

13 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 28838-57.2018.8.09.0175(201890288381)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : JONHATA VINICIUS DOURADO LIMA
ADV(S) : 45881/GO -RICARDO VIERA DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
DECISAO OU DESPACHO:
CUMPRA-SE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 600, § 4º DO CóDIGO DE PRO-
CESSO PENAL E 367, PARáGRAFO úNICO DO REGIMENTO INTERNO DO
TJGO.

GOIANIA, 18 DE FEVEREIRO DE 2020


SECRETARIO(A): EDSON PADRE DE CASTRO
ORIGINAL ASSINADO

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2A CAMARA CRIMINAL #
INTIMACAO DE ACORDAO N.23/2020
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1 - APELACAO CRIMINAL
EMBARGOS DE DECLARACAO
PROTOCOLO : 346203-90.2014.8.09.0175(201493462032)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : JAKSON VIEIRA DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM APELAÇÃO
CRIMINAL. ACÓRDÃO OMISSO. REAPRECIAÇÃO DE TEMA
ENFRENTADO. DESCABIMENTO. Os embargos
declaratórios não se prestam a reexaminar as
questões apreciadas e decididas no âmbito da
apelação criminal, constituindo providência de
auxílio judicial, quando evidenciado do acórdão o
defeito da omissão, da ambiguidade, da contradição
ou da obscuridade, arts. 619 e 620, do Código de
Processo Penal. EMBARGOS DECLARATÓRIOS
DESPROVIDOS.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, desprover os embargos de
declaração, nos termos do voto do Relator.
Votaram, com o Relator, os Senhores
Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Pedro Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 06 de fevereiro de 2020.
Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga
Relator

2 - APELACAO CRIMINAL
EMBARGOS DE DECLARACAO
PROTOCOLO : 369639-78.2014.8.09.0175(201493696394)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : WELLINGTON DE ABREU
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO
CRIMINAL. OMISSÃO. CONTRADIÇÃO. ERRO MATERIAL.
PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE. DECRETAÇÃO. A
prescrição, após o trânsito em julgado para a
acusação da sentença condenatória, nos termos do
art. 110, do Código Penal Brasileiro, é regulada
pela pena aplicada ao processado, sendo que a
apuração da fluência do prazo assinalado pelo art.
109, inciso VI, do Código Penal Brasileiro, entre
a publicação do ato sentencial e a atual fase do
processo, reclama a decretação da extinção da
punibilidade, na forma superveniente. EMBARGOS
DECLARATÓRIOS CONHECIDOS. PRESCRIÇÃO DECRETADA, DE
OFÍCIO.

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DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA


o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, conhecer dos embargos de
declaração e, de ofício, decretar a extinção da
punibilidade pela prescrição, nos termos do voto
do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Pedro Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 06 de fevereiro de 2020.
Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga
Relator

3 - APELACAO CRIMINAL
EMBARGOS DE DECLARACAO
PROTOCOLO : 19225-20.2018.8.09.0011(201890192252)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : IGOR SANTOS SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO
CRIMINAL. PREQUESTIONAMENTO. Há desnecessidade de
manifestação expressa acerca dos dispositivos
mencionados para fins de prequestionamento,
bastando que a matéria como um todo seja
analisada. Ausentes as hipóteses previstas no
artigo 619 do CPP, mister é a sua rejeição.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS DESPROVIDOS.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
em conhecer dos Embargos de Delaração, mas
negar-lhe provimento, nos termos do voto do
Relator, exarado na assentada do julgamento que a
este se incorpora. Custas de lei.

4 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 250152-12.2017.8.09.0175(201792501528)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : NILO MENDES GUIMARAES
1 RECORRENTE(S) : PAULO CESAR NOGUEIRA
ADV(S) : 16415/GO -CLODOMIR FERREIRA PIMENTEL
1 RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA.
HOMICÍDIO TENTADO QUALIFICADO. IMPRONÚNCIA.
Descabe o pleito de impronúncia, sob a tese de
legítima defesa putativa, quando o acervo
probatório oferece segura prova da materialidade e
indícios de que o recorrente disparou contra o
carro em que estava a vítima, que “cantou pneu” ao
fazer uma conversão na viela, impondo-se a
manutenção da pronúncia (CPP, arts. 413 e 414),
notadamente porque nesta fase processual, havendo
dúvida, por ínfima que seja, prevalece o princípio
do in dubio pro societate. QUALIFICADORA.
EXCLUSÃO. Considerando a dinâmica dos fatos,
necessária se faz a manutenção da qualificadora
prevista no art. 121, § 2°, II, do CP, posto que

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há ao menos indício de ocorrência, tornando


temerária a exclusão nessa fase processual.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos,
ACORDAM, os integrantes da Quarta Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, acolher o parecer ministerial de cúpula,
conhecer do recurso e o desprover, nos termos do
voto da Relatora.
Custas de lei.
VOTARAM,
além da Relatora, os eminentes Desembargadores:
Leandro Crispim, que presidiu a sessão e Edison
Miguel da Silva JR. O Desembargador
Leandro Crispim completou a turma julgadora em
razão da ausência ocasional da Dra. Lília Mônica
de Castro Borges Escher(Juíza subst. do Des. João
Waldeck Félix de Sousa). Esteve presente à
sessão de julgamento, o(a) nobre Procurador(a) de
Justiça, Dr(a). Pedro Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 04 de fevereiro de 2020.
Carmecy Rosa
Maria Alves de Oliveira
Desembargadora
Relatora

5 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 411686-05.2010.8.09.0047(201094116866)
COMARCA : GOIANAPOLIS
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
PROCURADOR : PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
1 RECORRENTE(S) : CLAUDIO FRANCISCO SOARES
ADV(S) : 35069/GO -ROGERIO GONCALVES BISPO
40063/GO -PEDRO TEOTONIO MIRANDA
1 RECORRIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. HOMICÍDIO
DOLOSO. TENTATIVA. MATERIALIDADE COMPROVADA.
INDÍCIOS DE AUTORIA. ANÁLISE DE QUALIFICADORAS.
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI. 1 - A
demonstração da materialidade delitiva, associada
a indícios de autoria transfere para o Tribunal do
Júri, a competência para julgar crimes dolosos
contra a vida. 2 - Na ocasião da pronúncia,
somente as qualificadoras manifestamente
improcedentes devem ser excluídas. Havendo
indícios de sua incidência, em prestígio ao
princípio in dubio pro societatis, compete ao Júri
popular a análise da questão. Parecer ministerial
acolhido. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
DECISAO : VISTOS, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por sua
Segunda Câmara Criminal, na conformidade da Ata
de Julgamentos, à unanimidade, acolhendo o parecer
da Procuradoria Geral de Justiça, em conhecer e
desprover o recurso, nos termos do voto do
Relator.

6 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROTOCOLO : 127531-94.2019.8.09.0093(201991275315)
COMARCA : JATAI
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : SPIRIDON NICOFOTIS ANYFANTIS

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1 RECORRENTE(S) : MINISTERIO PUBLICO


1 RECORRIDO(S) : MARIA LUCIVANIA RODRIGUES DE ARAUJO
ADV(S) : 28662/GO -WALTERCIDES DOMINGOS DO PRADO
EMENTA : EMENTA: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CESSÃO DE BEM
APREENDIDO EM AÇÃO PENAL QUE APURA TRÁFICO ILÍCITO
DE ENTORPECENTES A OFICIAL DE JUSTIÇA. AUSÊNCIA
DE PREVISÃO LEGAL. CASSAÇÃO DETERMINADA. I - A
utilização dos bens apreendidos em ação penal em
que se apura prática de crimes relacionados na Lei
nº 11.343/06, somente é cabível mediante
autorização judicial, aos órgãos de polícia
judiciária, militar e rodoviária, não havendo
previsão legal para a cessão a oficial de justiça,
auxiliar da justiça, ainda que exerça atividade
de ligada ao combate e à prevenção do uso de
drogas ilícitas. II - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos,
ACORDAM, os integrantes da Quarta Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, acolher o parecer da ilustre
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer e prover
o recurso, nos termos do voto da Relatora.
Custas de lei.
VOTARAM, além da Relatora, os eminentes
Desembargadores: Leandro Crispim, que presidiu a
sessão e Edison Miguel da Silva JR.
O Desembargador Leandro Crispim
completou a turma julgadora em razão da ausência
ocasional da Dra. Lília Mônica de Castro Borges
Escher(Juíza subst. do Des. João Waldeck Félix de
Sousa). Esteve presente à
sessão de julgamento, o(a) nobre Procurador(a) de
Justiça, Dr(a). Pedro Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 04
de fevereiro de 2020. Carmecy Rosa
Maria Alves de Oliveira
Desembargadora Relatora

7 - APELACAO (E.C.A.)
PROTOCOLO : 5417225-05.2017.8.09.0051(201754172258)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
1 APELANTE(S) : ACRS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO. ECA. SENTENÇA DE MEDIDA
SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. PRAZO. FIXAÇÃO.
FUNDAMENTAÇÃO PERTINENTE. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE.
Não configura ilegalidade a imposição da medida
socioeducativa de internação a adolescente, com
prazo de reavaliação semestral, mediante a
indicação da prova da materialidade e da autoria
do ato infracional, fundamentada na capacidade de
cumprimento, as circunstâncias e a gravidade do
fato, com correspondência no art. 157, § 2º,
incisos I e II, do Código Penal Brasileiro,
incompatível a fixação de limite temporal mais
favorável, conforme os arts. 112, §1º, 121, § 2º,
da Lei nº 8.069/90, art. 42, Lei nº 12.594/12.
APELO DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela

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Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara


Criminal, à unanimidade, acolher o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do apelo e
o desprover, nos termos do voto do Relator.
Votaram, com o Relator, os Senhores
Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Pedro Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 05 de fevereiro de 2019.
Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga
Relator

8 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 193124-49.2011.8.09.0126(201191931242)
COMARCA : PIRENOPOLIS
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : YARA ALVES FERREIRA E SILVA
1 APELANTE(S) : DANIEL ANTUNES PINTO
ADV(S) : 14236/GO -SERGIO JAYME
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE HOMICÍDIO
QUALIFICADO, NA FORMA TENTADA. JULGAMENTO PELO
JÚRI. VEREDICTO CONDENATÓRIO. FIXAÇÃO DA PENA.
PONDERAÇÃO EQUIVOCADA DAS ELEMENTARES JUDICIAIS.
PERCENTUAL DE REDUÇÃO PELA TENTATIVA. CRITÉRIO. I
- Comporta a redução do tratamento punitivo
dispensado ao processado, na fixação da pena,
resultado da condenação por violação do art. 121,
§2º, inciso II, c/c art. 14, inciso II, do Código
Penal Brasileiro, quando o sentenciante estabelece
a base punitiva acima do menor grau previsto pelo
tipo penal infringido, valorando equivocadamente
as circunstâncias judiciais, ensejando o reparo do
quantum. II - Não merece reforma a adoção do
menor percentual de redução da pena pela
tentativa, art. 14, parágrafo único, do Código
Penal Brasileiro, justificado o abatimento pelo
iter criminis percorrido pelo processado na
execução do delito, principalmente quando não se
consumou pela rápida intervenção cirúrgica a que
foi submetida a vítima, ficando nas proximidades
do momento consumativo do homicídio. APELO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA, EM
PARTE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do apelo e
o prover parcialmente, nos termos do voto do
Relator. Votaram, com o Relator, os Senhores
Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Leônidas Bueno Brito. Goiânia, 23 de
julho de 2019. Desembargador Luiz Cláudio
Veiga Braga Relator

9 - APELACAO CRIMINAL

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

PROTOCOLO : 154121-58.2017.8.09.0100(201791541216)
COMARCA : LUZIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : PEDRO TAVARES FILHO
1 APELANTE(S) : DALTON DE OLIVEIRA
ADV(S) : 47039/GO -JUNIO CARLOS SILVA FERNANDES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO
CIRCUNSTANCIADO. SENTENÇA CONDENATÓRIA.
DESCLASSIFICAÇÃO. PROVA SUFICIENTE. DECRETO
ADVERSO MANTIDO. PENA DE MULTA. CORREÇÃO. I - Não
vinga a desclassificação do crime de roubo
agravado para o delito de furto, comprovado, nos
autos da ação penal, pela farta prova oral
jurisdicionalizada, declarações, depoimento
testemunhal e interrogatório, o efetivo emprego da
grave ameaça pelo processado, como meio
intimidador da vítima, dela subtraindo para si
aparelho de telefone celular, infringindo o art.
157, § 2º, inciso II, do Código Penal Brasileiro.
II - Pena de multa reduzida. APELO PARCIALMENTE
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher em parte o
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer
do apelo e o prover parcialmente, nos termos do
voto do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Paulo Sérgio Prata Rezende. Goiânia, 31
de janeiro de 2019. Desembargador Luiz
Cláudio Veiga Braga Relator

10 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 318540-20.2012.8.09.0117(201293185400)
COMARCA : PALMEIRAS DE GOIAS
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : YARA ALVES FERREIRA E SILVA
1 APELANTE(S) : WAGNER GOMES DA SILVA
ADV(S) : 34111/GO -ARLEN LUIS BATISTA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE TRÁFICO DE
DROGAS. SENTENÇA CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO.
DESCLASSIFICAÇÃO. PROVA. CONFIRMAÇÃO DA SOLUÇÃO
JURISDICIONAL. REGIME PRISIONAL. CORREÇÃO. I -
Revela-se descabido o pronunciamento jurisdicional
favorável ao processado, se os elementos de
convicção dos autos, produzidos durante a
investigação judicial dos fatos, são suficientes
para demonstrar a ocorrência do crime imputado,
tipificado pelo art. 33, caput, da Lei nº
11.343/06, afastando a solução absolutória da
imputação. II - Não se opera a desclassificação
do crime de tráfico de drogas, art. 33, caput, da
Lei nº 11.343/06, para o de posse para uso, art.
28, da Lei de Tóxicos, quando a prova dos autos
incute a certeza da destinação das substâncias
entorpecentes ao comércio, em razão das
circunstâncias específicas da apreensão, forma de

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acondicionamento, embaladas e individualizadas,


prontas para a venda, depoimentos de policiais,
incutindo a certeza plena da difusão ilícita. III
- Descabida a imposição do regime penitenciário
mais gravoso, fechado, com fundamento no art. 2º,
§ 1º, da Lei nº 8.072/90, declarada, pelo Supremo
Tribunal Federal, a inconstitucionalidade do
sistema compulsório para os crimes hediondos e
equiparados, devendo ser ponderado, para a
escolha, o art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal
Brasileiro. APELO PARCIALMENTE PROVIDO, SENTENÇA
REFORMADA, EM PARTE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher em parte o
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer
do apelo e o prover parcialmente, nos termos do
voto do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Nilo Mendes Guimarães. Goiânia, 10 de
dezembro de 2019. Desembargador Luiz Cláudio
Veiga Braga Relator

11 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 253462-26.2017.8.09.0175(201792534620)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : JOANA D'ARC CORREA DA SILVA OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : EZEQUIEL GOMES NASCIMENTO DA SILVA
RICARDO PINHEIRO BORGES
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO
MAJORADO. SENTENÇA CONDENATÓRIA. DESCLASSIFICAÇÃO.
PROVA. ELEMENTAR DA AMEAÇA. DELITO CONFIGURADO.
CONFIRMAÇÃO DA RESPOSTA PENAL DESFAVORÁVEL. Não
prospera a desclassificação da conduta do crime
roubo majorado para o de furto, comprovado nos
autos da ação penal movida contra os processados,
pela prova oral jurisdicionalizada, declarações de
informante, o efetivo emprego de grave ameaça
contra as vítimas, simulando o porte de arma de
fogo, objetivando constrangê-las, para a subtração
dos seus pertences, caracterizando a violação ao
art. 157, § 2º, inciso II, do Código Penal
Brasileiro. APELO DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do apelo e
o desprover, nos termos do voto do Relator.
Votaram, com o Relator, os Senhores
Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Pedro Alexandre da Rocha Coelho.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Goiânia, 05 de fevereiro de 2019.


Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga
Relator

12 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 88225-66.2013.8.09.0146(201390882250)
COMARCA : SAO LUIS DE MONTES BELOS
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : YARA ALVES FERREIRA E SILVA
1 APELANTE(S) : VINICIUS CARDOSO DA MATA
ADV(S) : 47499/GO -GABRIEL MACARIO PEDRA
39502/GO -JULIANA CARDOSO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE GÊNERO.
SENTENÇA CONDENATÓRIA. PENA. PRESCRIÇÃO.
RECONHECIMENTO. O reconhecimento da extinção da
punibilidade pela prescrição da pretensão
punitiva, na forma retroativa, nos termos do art.
110, §1º, c/c art. 109, inciso VI, do Código Penal
Brasileiro, reclama a pronta decretação, por
constituir matéria de ordem pública, à previsão do
art. 61, do Código de Processo Penal. APELO
CONHECIDO. PRESCRIÇÃO DECRETADA, DE OFÍCIO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do apelo
e, de ofício, decretar a prescrição, nos termos do
voto do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Pedro Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 07 de fevereiro de 2019.
Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga
Relator

13 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 23113-87.2018.8.09.0175(201890231134)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : DOUGLAS ALVES DE MELO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE FURTO
QUALIFICADO, TENTADO. SENTENÇA CONDENATÓRIA.
ABSOLVIÇÃO. DESQUALIFICAÇÃO. DESCLASSIFICAÇÃO.
PROVA SUFICIENTE. SOLUÇÃO JURISDICIONAL MANTIDA.
PENA. REDUÇÃO. I - Resultando do acervo
probatório dos autos da ação penal, a partir de
declarações de informante e depoimentos
testemunhais, que o processado, na companhia de
terceiro, tentou subtrair para si objetos da
vítima, invadindo a sua casa, forçando a abertura
de porta, não alcançando o êxito por
circunstâncias alheias à sua vontade, incutindo a
certeza plena do fato criminoso e da autoria, deve
ser mantida a condenação por violação do art.
155, § 4º, inciso IV, c/c art. 14, inciso II, do
Código Penal Brasileiro. II - Não vinga a

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desqualificação do crime de furto cometido com o


concurso de pessoas, tentado, art. 155, § 4º,
inciso IV, c/c art. 14, inciso II, do Código Penal
Brasileiro, para o tipo fundamental, art. 155,
caput, ou para o delito de violação de domicílio,
art. 150, ambos do Código Penal Brasileiro,
evidenciado que o processado iniciou a execução do
delito patrimonial, ingressando na casa da
vítima, na companhia de terceiro, forçando a
fechadura da porta da sala, objetivando subtrair
para si os objetos de valor, surpreendido por
policiais, que impediram a consumação. APELO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA, EM
PARTE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher em parte o
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer
do apelo e o prover parcialmente, nos termos do
voto do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Leandro Crispim. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Paulo Sérgio Prata Rezende. Goiânia, 29
de janeiro de 2019. Desembargador Luiz
Cláudio Veiga Braga Relator

14 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 153558-04.2015.8.09.0175(201591535581)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : DEMOSTENES LAZARO XAVIER TORRES
1 APELANTE(S) : PAULO HENRIQUE LINO PIMENTA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE GÊNERO. LESÃO
CORPORAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA. PROVA. PALAVRA
DA VÍTIMA. DECRETO PENAL MANTIDO. PENA. CORREÇÃO.
I - Em tema de crime praticado no ambiente
doméstico e familiar, a palavra da vítima,
confluente com as demais provas dos autos da ação
penal, demonstrando a lesão por ela sofrida,
resultado das agressões do processado, seu
ex-companheiro, serve de fundamento para o
resultado condenatório da imputação, por violação
do art. 129, §9º, do Código Penal Brasileiro, c/c
Lei nº 11.340/06. II - Apenamento reduzido.
APELO PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA, EM
PARTE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher em parte o
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer
do apelo e o prover parcialmente, nos termos do
voto do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Leandro Crispim. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o

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Doutor Paulo Sérgio Prata Rezende. Goiânia, 29


de janeiro de 2019. Desembargador Luiz
Cláudio Veiga Braga Relator

15 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 75389-56.2018.8.09.0091(201890753890)
COMARCA : JARAGUA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR
1 APELANTE(S) : DIEGO ANACLETO DOS SANTOS
ADV(S) : 40292/GO -WILLIANS DOS SANTOS SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ESTUPRO.
SENTENÇA CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO. PROVA
SUFICIENTE. SOLUÇÃO DESFAVORÁVEL MANTIDA. PENA.
REDUÇÃO. I - Resiste ao acolhimento da tese
defensiva da insuficiência probatória para a
condenação pelo crime de estupro, praticada a
conduta descrita pelo art. 213, caput, do Código
Penal Brasileiro, sendo bastante ao decreto
adverso a certeza da ocorrência do fato e da
autoria, pelas declarações da vítima, confirmadas
por depoimentos testemunhais, incutindo a certeza
da responsabilidade criminosa atribuída ao
processado. II - Apenamento reduzido. APELO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA, EM
PARTE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher em parte o
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer
do apelo e o prover parcialmente, nos termos do
voto do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Nilo Mendes Guimarães. Goiânia, 10 de
dezembro de 2019. Desembargador Luiz Cláudio
Veiga Braga Relator

16 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 209889-40.2013.8.09.0154(201392098890)
COMARCA : URUANA
RELATOR : DR. SIVAL GUERRA PIRES
PROCURADOR : LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
1 APELANTE(S) : OSMAR ALVES GOMES
ADV(S) : 29413/GO -ODILON NETO DA SILVA
41856/GO -ALIPIO NETO DA SILVA SEGUNDO
33296/GO -DANIEL SANTOS NETTO DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES DE ESTELIONATO.
SENTENÇA CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO. PROVA
SUFICIENTE. PENA. INDENIZAÇÃO. I - Revelando a
prova dos autos que o processado, mediante ardil,
efetuando pagamento com cheque adulterado, emitido
por coautor, levando a vítima a efetuar a venda
de reses de gado bovino, ilaqueando a sua boa-fé,
com referências comerciais falsas, obtendo
vantagem ilícita, em prejuízo de terceiro,
evidenciado está o dolo da conduta, caracterizando
o crime de estelionato, tipificado pelo art. 171,

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caput, do Código Penal Brasileiro. II - Pena


patrimonial corrigida. III - Indenização
repartida. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA
REFORMADA, EM PARTE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher em parte o
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer
do apelo e o prover parcialmente, nos termos do
voto do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Pedro Alexandre Rocha Coelho. Goiânia,
28 de novembro de 2019. Sival Guerra Pires
Juiz Substituto em 2º Grau Relator

17 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 57583-20.2018.8.09.0087(201890575836)
COMARCA : ITUMBIARA
RELATOR : DR. SIVAL GUERRA PIRES
PROCURADOR : JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : FERNANDO AUGUSTO DE OLIVEIRA SILVA
GUSTAVO HENRIQUE DE OLIVEIRA SILVA
ADV(S) : 31146/GO -ORLANDO TERRA DE OLIVEIRA NETO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO
CIRCUNSTANCIADO E RECEPTAÇÃO. SENTENÇA
CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO. PROVA SUFICIENTE. PENA.
FIXAÇÃO. SUBSTITUIÇÃO. I - Não comporta a
absolvição dos processados pelo crime de roubo,
por insuficiência das provas, presentes, nos autos
da ação penal, elementos de convicção da atuação
dos processados na execução do delito, confissão
de um deles, declarações da vítima, depoimentos
das testemunhas, expondo um deles como o
responsável por conduzir a motocicleta de origem
criminosa, enquanto o outro, desceu da garupa e
praticou o crime de roubo, apreendidos na posse do
aparelho celular subtraído, merecendo preservado
o decreto adverso por violação do art. 157, § 1º,
§ 2º, inciso II, do Código Penal Brasileiro. II -
À míngua de prova cabal quanto à autoria,
impositiva é a absolvição do corréu Fernando
Augusto de Oliveira, quanto ao crime do art. 180,
caput, do Código Penal Brasileiro. Assim,
mantém-se a condenação pela receptação simples,
prevista no art. 180, caput, do Código Penal
Brasileiro, apenas quanto ao processado Gustavo
Henrique de Oliveira Silva. III - Apenamentos
reduzidos. IV - Inviável e insuficiente para
reprovação e prevenção dos delitos praticados, a
permuta da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, quando fixada pena
superior a 04 (quatro) anos e praticado crime com
violência e grave ameaça à pessoa. APELO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA, EM
PARTE.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

Criminal, à unanimidade, acolher em parte o


parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer
do apelo e o prover parcialmente, nos termos do
voto do Relator. Votaram, com o Relator, os
Senhores Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves
de Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Nilo Mendes Guimarães. Goiânia, 12 de
dezembro de 2019. Sival Guerra Pires Juiz
Substituto em 2º Grau Relator

18 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 70806-40.2018.8.09.0087(201890708062)
COMARCA : ITUMBIARA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : ANDRIELE ALVES
ADV(S) : 14564/GO -EDILVAN DA SILVA MAIA
2 APELANTE(S) : JULIO CESAR SOUZA DE SA
ADV(S) : 22952/GO -MAERCIO VENANCIO MACHADO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Tráfico de drogas majorado (10g de maconha e 10g
de crack). Condenação. I - 1º Apelante (Andriele).
Pena: 7 anos de reclusão, regime inicial fechado,
e 700 dias-multa. II - 2º Apelante (Júlio). Pena:
8 anos e 2 meses de reclusão, regime inicial
fechado, e 820 dias-multa. Postulam absolvição ou
desclassificação do tráfico de drogas consumo
próprio, redução da pena-base, redutor máximo pelo
tráfico privilegiado, regime aberto, substituição
da pena privativa de liberdade por restritivas de
direitos e expedição de alvará de soltura. 1 - A
prova dos autos não evidencia dolo do tráfico de
drogas, impondo-se a desclassificação da conduta
atribuída aos acusados para a figura prevista no
art. 28, da Lei n.º 11.343/06, com remessa ao
juizado criminal competente. 2 - Apelos conhecidos
e parcialmente providos. Parecer desacolhido.
Expedição de alvará de soltura.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, desacolhendo o parecer
ministerial, em conhecer dos recursos e dar-lhes
parcial provimento, determinando a expedição de
alvará de soltura, nos termos do voto do relator,
que a este se incorpora. Custas de Lei.

19 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 145715-17.2017.8.09.0175(201791457150)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. SIVAL GUERRA PIRES
PROCURADOR : LEONIDAS BUENO BRITO
1 APELANTE(S) : GILMAR CARDOSO DE MEDEIROS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO SIMPLES.
SENTENÇA CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO. PROVA
SUFICIENTE. PENA MANTIDA. I- Confirma-se a
sentença condenatória proferida em desfavor do
processado, pela prática do crime de roubo,
tipificado pelo art. 157, caput, do Código Penal
Brasileiro, quando a autoria delituosa está

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

amparada pelas declarações da vítima,


reconhecimento pessoal, depoimento policial
jurisdicionalizado, revelando que o processado,
mediante grave ameaça, subtraiu para si bem da
vítima, afastando a pretensão de solução
absolutória e desclassificatória da imputação.
II- Sobre a arguição de semi-imputabilidade, o
Superior Tribunal de Justiça já sedimentou o
entendimento de que as teses de inimputabilidade
ou semi-imputabilidade, se alegadas, devem ser
analisadas segundo um critério biopsicológico
normativo, pois a enfermidade mental, sobretudo
quando decorrente do uso de drogas, deve estar
acompanhada de laudo pericial a demonstrar
indubitavelmente tal doença. III- Pena mantida.
APELO DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do apelo e
o desprover, nos termos do voto do Relator.
Votaram, com o Relator, os Senhores
Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Nilo Mendes Guimarães. Goiânia, 17 de
dezembro de 2019. Sival Guerra Pires Juiz
Substituto em 2º Grau Relator

20 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 145364-92.2018.8.09.0180(201891453645)
COMARCA : CACHOEIRA DOURADA
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : PAULO SERGIO PRATA REZENDE
1 APELANTE(S) : SIDCLEY MACEDO DOS SANTOS
ADV(S) : 53317/GO -ITALO SILVA CARDOSO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA. APELAÇÃO CRIMINAL. ESTUPRO. ROUBO.
ABSOLVIÇÃO. INCOMPORTÁVEL. Comprovadas a
materialidade, a autoria e as elementares dos
delitos de roubos e estupro, não há se falar em
absolvição. 2 - DESCLASSIFICAÇÃO. ESTUPRO.
CONTRAVENÇÃO PENAL OU TENTATIVA. INVIABILIDADE.
Evidenciada a consumação do delito de estupro não
há que se falar em desclassificação para a
contravenção penal prevista no artigo 65 da Lei n.
3.688/1941, bem como não configurada a sua forma
tentada, porquanto está prejudicada a pretensão de
redução do quantum da pena imposta pela
tentativa. 3 - DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO
SIMPLES. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA. DESCABIMENTO. Deve ser mantida a
condenação por roubo quando comprovado que o
apelante subtraiu para si coisa alheia móvel,
mediante empregou violência contra a vítima.
Inviável a absolvição pelo reconhecimento do
princípio da insignificância no crime de roubo, já
que, por tutelar o referido tipo penal dois bens
jurídicos diversos, quais sejam, o patrimônio e a
integridade física, fica evidenciada a
expressividade da lesão jurídica. De modo que

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ausente um dos requisitos exigidos para a


aplicação do mencionado instituto. 4 - APELAR EM
LIBERDADE. IMPOSSIBILIDADE. Não há se falar em
direito de apelar em liberdade, se sobressai do
conjunto probatório justificativas suficientes
para a manutenção da segregação cautelar, pela
necessidade da garantia da ordem pública. Mormente
em se tratando de acusada que respondeu presa
durante toda a instrução processual. APELAÇÃO
CONHECIDA E DESPROVIDA.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo o Parecer Ministerial, em conhecer da
apelação, mas negar-lhe provimento, nos termos do
voto do Relator, exarado na assentada do
julgamento que a este se incorpora. Custas de lei.

21 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 166068-15.2016.8.09.0175(201691660680)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. SIVAL GUERRA PIRES
PROCURADOR : PEDRO TAVARES FILHO
1 APELANTE(S) : WILLIAN VINICIUS RODRIGUES
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA:APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO AGRAVADO.
CONCURSO DE PESSOAS. SENTENÇA CONDENATÓRIA.
ABSOLVIÇÃO. DESCLASSIFICAÇÃO PARA A FORMA TENTADA.
PROVA SUFICIENTE. MANUTENÇÃO DO DECRETO PENAL
ADVERSO. REGIME PRISIONAL. MANUTENÇÃO. I-
Confirma-se a sentença condenatória pela prática
do crime de roubo agravado, tipificado pelo art.
157, §2º, inciso II, do Código Penal Brasileiro,
quando a autoria delituosa está amparada pelas
declarações seguras e coerentes da vítima,
reconhecendo os processados como os autores do
assalto, na polícia, em sintonia com a apreensão
do telefone da vítima com os processados, e
depoimento de agente público que atuou no
flagrante, em Juízo, confirmando os fatos,
revelando prova suficiente de que, mediante
concurso de pessoas, subtraíram para si objeto da
vítima, não prosperando as pretensões absolutória
e desclassificatória para a forma tentada. II-
Primário o processado, recebendo pena aflitiva de
05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de reclusão,
deve ser mantido o regime prisional compatível, o
semiaberto, inteligência do art. 33, § 2º, letras
“b”, do Código Penal Brasileiro. APELO
DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do apelo e
o desprover, nos termos do voto do Relator.
Votaram, com o Relator, os Senhores
Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Pedro Alexandre Rocha Coelho. Goiânia,

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28 de novembro de 2019. Sival Guerra Pires


Juiz Substituto em 2º Grau Relator

22 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 50459-19.2018.8.09.0076(201890504599)
COMARCA : IPORA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
1 APELANTE(S) : VERA LUCIA BUENO DE OLIVEIRA
ADV(S) : 34567/GO -OTAIR FRANCISCO COSTA NETO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Tráfico de drogas (1,2 Kg de maconha, 1,6 Kg de
crack e 577g de cocaína). Condenação. Pena: 7 anos
e 6 meses de reclusão, regime inicial semiaberto,
e 750 dias-multa. Apelo da defesa postulando
absolvição ou reformulação da pena-base para o
mínimo legal, tráfico privilegiado, regime inicial
aberto e substituição da pena por restritivas de
direitos. 1 - Os fundamentos da sentença são
suficientes para a condenação da acusada por
tráfico de drogas. 2 - Impõe-se afastar
fundamentação inidônea no aferimento da
culpabilidade e consequências do delito. 3 - A
quantidade e variedade da droga apreendida
evidencia maior envolvimento com o tráfico de
drogas, justificando a não incidência do tráfico
privilegiado. 4 - Pena reformulada: 5 anos, 6
meses e 20 dias de reclusão, regime inicial
semiaberto, e 555 dias-multa. 5 - Apelo conhecido
e parcialmente provido. Parecer acolhido.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, acolhendo o parecer ministerial,
em conhecer do apelo e dar-lhe parcial provimento,
nos termos do voto do relator, que a este se
incorpora. Custas de Lei.

23 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 42362-73.2016.8.09.0149(201690423625)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : NILO MENDES GUIMARAES
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELANTE(S) : WELLINGTON JUNIO BISPO DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : WELINGTON JUNIO BISPO DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
2 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Furto qualificado e corrupção de menor em
concurso formal. Condenação. Pena unificada: 2
anos e 4 meses de reclusão, regime inicial aberto
(convertida em restritivas de direitos), e 24
dias-multa. (I) 1º Apelo (acusação) postulando
aumento da pena. 1 - Havendo sido reconhecidas
duas qualificadoras para o crime de furto (emprego
de chave falsa e concurso de pessoas), uma delas
pode ser utilizada para qualificar a conduta e a
outra para exasperar a pena-base. (II) 2º Apelo
(defesa) postulando afastamento das qualificadoras
do furto, absolvição ou redução da pena da
corrupção de menor. 1 - Quanto ao crime de
corrupção de menor, impõe-se declarar a extinção
da punibilidade, tendo em vista o lapso decorrido
entre o recebimento da denúncia (14.03.16) e a

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publicação da sentença condenatória (03.12.18),


com termo prescricional reduzido pela metade
(acusado menor de 21 anos) e trânsito em julgado
para a acusação. 2 - Quanto ao furto, a prova é
suficiente para a condenação, descabendo se
cogitar de afastamento das qualificadoras. 3 -
Pena reformulada: 2 anos de reclusão, regime
inicial aberto, e 10 dias-multa. (III) 1º Apelo
(acusação) provido. 2º Apelo parcialmente provido.
Parecer acolhido em parte.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, desacolhendo o parecer
ministerial, em conhecer dos apelos para prover o
primeiro e prover parcialmente o segundo, nos
termos do voto do relator, que a este se
incorpora. Custas de Lei.

24 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 80493-89.2018.8.09.0168(201890804932)
COMARCA : AGUAS LINDAS DE GOIAS
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : ABRAO AMISY NETO
1 APELANTE(S) : LARISSA LOYANNE MATOS DOS SANTOS
ADV(S) : 47956/DF -FLAVIO ADRIANO RODRIGUES
31245/GO -VALDEVINO DOS SANTOS CORREA
2 APELANTE(S) : WENDEL DE OLIVEIRA
ADV(S) : 31590/DF -THIAGO RODRIGUES BRAGA
3 APELANTE(S) : LEANDRO TAYLLON GONCALVES TORRES
ADV(S) : 50084A/GO -MANOEL MESSIAS SOARES DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÕES CRIMINAIS. ROUBOS DUPLAMENTE MAJORADOS
EM CONCURSO FORMAL. ABSOLVIÇÃO. AFASTAMENTO DAS
MAJORANTES DO CONCURSO DE PESSOAS E DO EMPREGO DE
ARMA DE FOGO. PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA.
INCOMPORTABILIDADE. Incomportável a absolvição,
bem assim o afastamento das majorantes quando
devidamente comprovada, por meio das declarações
judiciais das vítimas e da testemunha policial, a
materialidade e a autoria dos crimes de roubo
circunstanciado, praticados pelos réus, em unidade
de desígnios e com divisão de tarefas, mediante
grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo.
Tampouco é cabível o reconhecimento da
participação de menor importância, se o acervo
probatório denota que a ação dos apelantes foi
relevante para a execução e consumação dos roubos
majorados. 2- FALSA IDENTIDADE. ABSOLVIÇÃO.
INSUCESSO. Não há que se falar em absolvição da
conduta por insuficiência de provas, quando
demonstrado que o acervo probatório carreado aos
autos é certo e seguro a ensejar uma condenação
por fato típico e antijurídico, que contradiz uma
norma de direito - art. 307 do Cód. Penal. 3-
DOSIMETRIA. PENA-BASE. REDUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
Não há reparos a serem empreendidos na 1ª fase da
dosimetria, quando a análise de circunstância
judicial considerada desfavorável foi justificada
de forma concreta e idônea e a pena-base foi
fixada em quantum razoável e proporcional.
ATENUANTE DO ART. 66 DO CP. IMPROCEDÊNCIA. Ausente
qualquer circunstância relevante, anterior ou
posterior ao crime, não há que se falar na
aplicação da atenuante prevista no artigo 66 do

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CP. PENA DE MULTA. EXCLUSÃO. REDUÇÃO. EQUIVALÊNCIA


DA PENA CORPÓREA. DESCABIMENTO. Descabida a
exclusão da pena de multa, dado que se trata de
sanção prevista no preceito secundário do tipo
penal, a ser aplicada de forma cumulada com a
sanção privativa de liberdade, sendo possível o
seu eventual parcelamento pelo juízo da execução
penal, nos termos do artigo 50 do CP e 169 da LEP.
Inviável, também, o pedido de redução da pena de
multa, que se encontra na mesma equivalência da
privativa de liberdade. 4- REGIME EXPIATÓRIO.
MODIFICAÇÃO. INVIABILIDADE. O regime inicial de
cumprimento da pena deve permanecer o fechado, nos
termos do artigo 33, §2º, alínea “a”, do Código
Penal. 5- DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE. PRISÃO
FUNDAMENTADA. MANUTENÇÃO. O óbice para apelar em
liberdade foi devidamente justificado na
persistência dos requisitos ensejadores da prisão
preventiva, aliado ao regime inicial fechado,
fixado para o cumprimento da pena. Ademais, a
apelante permaneceu encarcerada durante o trâmite
do processo. APELAÇÕES CONHECIDAS E DESPROVIDAS.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo o Parecer Ministerial, em conhecer das
apelações, e negar-lhes provimento, nos termos do
voto do Relator, exarado na assentada do
julgamento que a este se incorpora. Custas de lei.

25 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 89262-83.2018.8.09.0072(201890892629)
COMARCA : INHUMAS
RELATOR : DR. EUDELCIO MACHADO FAGUNDES
PROCURADOR : ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR
1 APELANTE(S) : MLJA
ADV(S) : 44141/GO -LEONARDO BALESTRA BORGES
54161/GO -LAINNY FERNANDES CAMPOS
2 APELANTE(S) : KFLG
JCBS
JSTC
FAR
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
3 APELANTE(S) : AFM
ADV(S) : 51159/GO -WEYVEL ZANELLI DA SILVA MELO
4 APELANTE(S) : KFM
ADV(S) : 46994/GO -HOMERO PINTO FIGUEIREDO
5 APELANTE(S) : ELGF
ADV(S) : 54490/GO - VIVIANE FERREIRA MARQUES
32445/GO -MOISES AGOSTINHO BALOI
19965/GO -ODAIR DE MENESES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Tortura e estupro. Condenação. Apelações das
defesas sustentando nulidades, absolvição, revisão
da dosimetria. 1 - Nulidades rejeitadas. 2 - A
prova é suficiente para a condenação pelos crimes
de estupro, todavia, as agressões não se adéquam a
nenhuma modalidade de tortura, mas tão somente a
lesões corporais, com determinação de remessa ao
juízo de origem para que proceda adequado
procedimento à nova tipificação como infração de
menor potencial ofensivo. 2 - A pena definitiva
pelo crime de estupro deve ser mantida, pois no
menor patamar possível para o caso. 3 - Recursos

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conhecidos e providos parcialmente. Parecer


acolhido em parte.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, acolhendo em parte o parecer
ministerial, em conhecer dos apelos e dar-lhes
parcial provimento, nos termos do voto do relator,
que a este se incorpora. Custas de Lei.

26 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 107800-94.2018.8.09.0175(201891078003)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : RODRIGO FERREIRA BEZERRA DE SOUZA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Furto qualificado mediante fraude. Condenação.
Pena: 3 anos de reclusão, regime inicial aberto
(substituída por duas restritivas de direitos), e
10 dias-multa. Apelo da defesa postulando redução
da pena. 1 - Impõe-se retificar a sentença para
afastar fundamentação inidônea no aferimento da
culpabilidade, personalidade, motivos,
circunstâncias e consequências do crime. 2 - Pena
reformulada: 2 anos de reclusão, regime inicial
aberto, e 10 dias-multa. 3 - Apelo provido.
Parecer acolhido em parte.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, acolhendo em parte o parecer
ministerial, em conhecer do apelo e dar-lhe
provimento, nos termos do voto do relator, que a
este se incorpora. Custas de Lei.

27 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 332596-74.2011.8.09.0026(201193325960)
COMARCA : CAMPOS BELOS
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : ELIZENA APARECIDA XAVIER
1 APELANTE(S) : ALFREDO PEREIRA DA SILVA
ADV(S) : 9549/GO -GESIEL JANUARIO DE ALMEIDA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL.
INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. ABSOLVIÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. Presentes os elementos de
convicção da ocorrência do crime sexual, fartas as
provas da materialidade e autoria dos delitos,
consistentes em termos de declaração da vítima e
informantes em juízo e demais elementos
probatórios produzidos nos autos, a manutenção da
condenação é imperativa. 2- DOSIMETRIA.
PENA-BASE. REDUÇÃO. INVIABILIDADE. Não carece de
reparos a pena fixada em conformidade com as
disposições legais e jurisprudenciais que regem a
matéria, bem assim em quantum necessário a sua
função preventiva e retributiva. 3- ABRANDAMENTO
DO REGIME DE EXPIAÇÃO DA PENA. IMPOSSIBILIDADE.
Diante do quantum da pena imposta ao apelante -
superior a oito anos -, deve-se manter o regime
fechado. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,

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acolhendo o Parecer Ministerial, em conhecer da


apelação, mas negar-lhe provimento, nos termos do
voto do Relator, exarado na assentada do
julgamento que a este se incorpora. Custas de lei.

28 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 230134-98.2014.8.09.0134(201492301345)
COMARCA : QUIRINOPOLIS
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : NILO MENDES GUIMARAES
1 APELANTE(S) : LARA THALIS GONCALVES FRANCO
ADV(S) : 27646/GO -OSMAR DE FREITAS JUNIOR
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Furto qualificado. Condenação. Pena: 2 anos e 6
meses de reclusão, regime inicial aberto,
substituída por restritivas de direitos, mais 39
dias-multa. Apelação da defesa sustentando
nulidade, absolvição, desclassificação, revisão da
dosimetria da pena. 1 - A prova produzida em
juízo é insuficiente para a condenação. 2 -
Recurso conhecido e provido. Parecer desacolhido.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, desacolhendo o parecer
ministerial, em conhecer do apelo e negar-lhe
provimento, nos termos do voto do relator, que a
este se incorpora. Custas de Lei.

29 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 6022-57.2013.8.09.0175(201390060225)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : LEONIDAS BUENO BRITO
1 APELANTE(S) : GUILHERME PEDROSA DE ARAUJO
ADV(S) : 34391/GO -GUILHERME OLIVEIRA BENTZEN E SI
27719/GO -LORENA FELIPE REZENDE
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. RECEPTAÇÃO. DOLOSA.
ABSOLVIÇÃO. DESCLASSIFICAÇÃO PARA RECEPTAÇÃO
CULPOSA. INCOMPORTÁVEL. No delito de receptação,
previsto no artigo 180, caput, do Código Penal,
por se tratar o dolo de elemento puramente
subjetivo, devem ser levados em conta os indícios
e as circunstâncias em que os fatos aconteceram.
No crime sob comento, se o bem houver sido
apreendido em poder do réu, cabe à defesa
apresentar prova acerca da origem lícita do bem ou
de sua conduta culposa, nos termos do disposto no
artigo 156 do Código de Processo Penal. PERDÃO
JUDICIAL. INVIABILIDADE. RECEPTAÇÃO DOLOSA. Para a
concessão do perdão judicial é necessário à
ocorrência do crime de receptação culposa (art.
180, § 3º, CP). 2. DOSIMETRIA DA PENA.
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. ATECNIA. REDUÇÃO DA
PENA-BASE. VIABILIDADE. Constatado equívoco na
análise das circunstâncias judiciais previstas no
artigo 59 do Código Penal, deverá a pena-base ser
redimensionada para o mínimo legal. 3.
SUBSTITUIÇÃO DA SANÇÃO CORPÓREA POR APENAS UMA
RESTRITIVA DE DIREITO. Com a redução da pena para
o patamar de um ano, impositiva a substituição da
reprimenda privativa de liberdade por apenas uma
restritiva de direito. 4. PREQUESTIONAMENTO DA
MATÉRIA ARGUIDA. ADMITIDO SOMENTE PARA ASSEGURAR

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RECURSOS CONSTITUCIONAIS. Em face da ausência de


irregularidades ou nulidades a serem escoimadas, e
tendo sido respeitados pelo dirigente
procedimental todos os preceitos e princípios
constitucionais e infraconstitucionais, admite-se
o prequestionamento tão somente para efeito de
assegurar eventual e futura interposição de
recurso em instância superior. APELAÇÃO CONHECIDA
E PARCIALMENTE PROVIDA.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo o Parecer Ministerial, em conhecer da
apelação, e dar-lhe parcial provimento, nos termos
do voto do Relator, exarado na assentada do
julgamento que a este se incorpora. Custas de lei.

30 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 162807-42.2016.8.09.0175(201691628077)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : DEIVISON DIAS BARBOSA
ADV(S) : 15670/GO -MONTOLVANINE FRANCK
2 APELANTE(S) : WYTALLO JUNIOR BATISTA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
3 APELANTE(S) : LEONNARDO DOMINGUES MORENO
ADV(S) : 53220/GO -RAFAEL DOMINGUES MUNHOZ
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÕES CRIMINAIS. ROUBO
CIRCUNSTANCIADO. PRETENSÕES ABSOLUTÓRIA E
DESCLASSIFICATÓRIA AFASTADAS. Comprovada a
materialidade e autoria delitiva por conjunto de
provas coesas e harmônicas indicativas da prática
delitiva, não vinga as pretensões absolutória e
desclassificatória. 2- PARTICIPAÇÃO DE MENOR
IMPORTÂNCIA. ÓBICE. Se o agente, em unidade de
desígnios e mediante divisão de tarefas, contribui
de forma relevante para a realização do crime,
deve responder pela totalidade da conduta,
afastando-se, assim, a alegada participação de
menor importância - art. 29, §1º, do Cód. Penal.
3- REGIME INICIAL FECHADO. ALTERAÇÃO. ÓBICE. Nos
termos do preconizado no artigo 33, §2º, alínea
'a', do Código Penal, tem-se por escorreita a
fixação de regime fechado para réu condenado à
pena superior a 8 anos de reclusão. 4- PENA DE
MULTA. REDUÇÃO. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. Em
observância ao princípio da proporcionalidade,
impõe-se a alteração da pena de multa para a mesma
equivalência da privativa de liberdade.
APELAÇÕES CONHECIDAS E PARCIALMENTE PROVIDAS.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo, em parte, o Parecer Ministerial, em
conhecer das Apelações, e dar-lhes parcial
provimento, nos termos do voto do Relator, exarado
na assentada do julgamento que a este se
incorpora. Custas de lei.

31 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 101862-67.2017.8.09.0074(201791018629)
COMARCA : IPAMERI

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RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA


PROCURADOR : PEDRO TAVARES FILHO
1 APELANTE(S) : JOAQUIM MONTEIRO CAETANO
ADV(S) : 36545/GO -PABLO LOPES AGUIAR
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAÇÃO CRIMINAL. USO DE DOCUMENTO FALSO (ARTIGO
304, CP. SENTENÇA CONDENATÓRIA. CONTEÚDO FORMAL
DIVERSO DO CONJUNTO PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS
CONDENAÇÃO DE PESSOA ESTRANHA. CRIME NÃO CONSIGNA-
DO NA DENÚNCI. TESE DEFENSIVA. NÃO APRECIAÇÃO. NU-
LIDADE ABSOLUTA.
DECISAO : VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDO ESTES AUTOS, ACORDA
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, POR SUA
SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL, NA CONFORMIDADE DA ATA DE
JULGAMENTOS, À UNANIMIDADE, ACOLHENDO O PARECER DA
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, EM CONHECER E PRO-
VER O APELO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR.

32 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 299137-51.2013.8.09.0175(201392991374)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : ALEMAR GONCALVES FERREIRA
ADV(S) : 39176/GO -JOICE KELLEN SOUZA DE JESUS
1 APELADO(S) : CONSTANTINA RODRIGUES DA SILVA
ADV(S) : 35164/GO -CLAUDIA ALMEIDA DA SILVA
43516/GO -AMANDA CRISTINA ROSA DOS PASSOS
2 APELADO(S) : AROLDO TEIXEIRA ROCHA
ADV(S) : 48822/GO -JOAO PAULO VIEIRA DE SOUZA
3 APELADO(S) : PEDRO GONCALVES ROSA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO NA
MODALIDADE ALIENAÇÃO FRAUDULENTA. SENTENÇA
ABSOLUTÓRIA. MANUTENÇÃO. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS.
Impõe-se referendar o édito absolutório quando o
substrato probatório amealhado aos autos,
composto pelas provas informativas e
posteriormente jurisdicionalizadas, NÃO
demonstra, de forma clara, a materialidade e a
autoria do crime de estelionato, isso porque as
condutas dos apelados não reproduzem a realidade
fática descrita no artigo 171, § 2º, II do Código
Penal, restando caracterizada nos autos apenas uma
questão a ser solucionada na esfera cível.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos,
ACORDAM, os integrantes da Quarta Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, acolher o parecer ministerial de cúpula,
conhecer do recurso e o desprover, nos termos do
voto da Relatora. Custas de lei.
VOTARAM, além da Relatora, o
eminente Desembargador Edison Miguel da Silva JR.
e Dra.Lília Mônica de Castro Borges Escher(em
subst. ao Des. João Waldeck Félix de Sousa).
Presidiu a sessão de
julgamento o Desembargador Leandro Crispim.
Esteve presente à sessão de julgamento, o(a)
nobre Procurador(a) de Justiça, Dr(a). Pedro
Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 04 de fevereiro de 2020.
Carmecy Rosa Maria

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Alves de Oliveira Desembargadora


Relatora

33 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 59558-58.2018.8.09.0158(201890595586)
COMARCA : SANTO ANTONIO DO DESCOBERTO
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : LEONIDAS BUENO BRITO
1 APELANTE(S) : LUCELIA LOPES MARTINS
RICARDO GOMES DE MOURA
ADV(S) : 43949/DF -CARLOS AUGUSTO RODRIGUES XAVIER
39578/DF -THALES MEIRELLES B TELES
47783/DF -LUIZ EDUARDO COSTA DE ALMEIDA
41016/DF -ABEL GOMES CUNHA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO ILÍCITO DE
DROGAS. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS.
ABSOLVIÇÃO. DESCLASSIFICAÇÃO. INCOMPORTABILIDADE.
Não merece prosperar os pleitos absolutório e
desclassificatório quando demonstrado, de forma
satisfatória, pelos elementos informativos do
processo, posteriormente judicializados, a prática
pelos apelantes do delito capitulado no artigo
33, caput, da Lei n. 11.343/06. 2- PRIMEIRA
APELANTE. DOSIMETRIA. PENA CORPORAL MITIGAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. Inviável a redução da pena-base,
fixada acima do mínimo legal, à luz do artigo 42
da Lei n. 11.343/06, haja vista a quantidade e a
natureza da droga apreendida (cocaína). PRETENSÃO
DE REDUÇÃO DA PENA APLICADA. BENEFÍCIO DO ART. 33,
§4º, DA LEI N. 11.343/06. ALTERAÇÃO DO PATAMAR DE
DIMINUIÇÃO. NATUREZA E QUANTIDADE DA DROGA. Nos
crimes abrangidos pela Lei n. 11.343/06, a
natureza e a quantidade da droga apreendida devem
ser levadas em consideração apenas em uma das
fases do sistema trifásico, sob pena de incorrer
em bis in idem. Constada a dupla valoração,
altera-se o patamar de aplicação da causa especial
de diminuição do art. 33, §4º, da Lei de Drogas,
para o percentual de 2/3. PENA DE MULTA. Pena de
multa redimensionada, em atenção ao princípio da
proporcionalidade. 3- SEGUNDO APELANTE.
DOSIMETRIA. PENA CORPORAL REDIMENSIONADA.
Constatado equívoco na análise das circunstâncias
judiciais (personalidade), deve a pena basilar ser
redimensionada. CAUSA DIMINUIÇÃO DE PENA. ARTIGO
33, §4º, DA LEI 11.343/06. INAPLICABILIDADE. A
quantidade de droga apreendida, as circunstâncias
da prática da conduta antinormativa e o histórico
criminoso do réu podem ser utilizados para formar
a convicção de que o agente se dedica a atividades
criminosas, de modo a afastar o benefício legal
previsto no artigo 33, §4º, da Lei 11.343/06.
APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo, em parte, o Parecer Ministerial, em
conhecer da Apelação Criminal, e dar-lhe parcial
provimento, nos termos do voto do Relator, exarado
na assentada do julgamento que a este se
incorpora. Custas de lei.

34 - APELACAO CRIMINAL

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PROTOCOLO : 271306-14.2015.8.09.0157(201592713068)
COMARCA : VIANOPOLIS
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
1 APELANTE(S) : UMBERTO JOSE BORTOLINI
ADV(S) : 12031/GO -OLDEMAR JOSE DA ROCHA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Condenação. Pena: 2 anos de reclusão, regime
inicial aberto (substituída por duas restritivas
de direitos) e 10 dias-multa. Apelo da defesa
postulando absolvição e alteração da pena
restritiva de direitos. 1 - A prova é suficiente
para a condenação. 2 - A pena substitutiva foi
aplicada segundo as diretrizes, cabendo ao juízo
de execução penal alterá-la, se for o caso. 3 -
Apelo conhecido e desprovido. Parecer acolhido.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, acolhendo o parecer ministerial,
em conhecer do apelo e negar-lhe provimento, nos
termos do voto do relator, que a este se
incorpora. Custas de Lei.

35 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 2785-54.2016.8.09.0128(201690027851)
COMARCA : PLANALTINA
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : SPIRIDON NICOFOTIS ANYFANTIS
1 APELANTE(S) : ARIELSON DE FREITAS DA SILVA
ADV(S) : 29739/GO -MARCOS RIVENIS BERTOLDO GONCALV
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO SIMPLES.
DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO. IMPOSSIBILIDADE.
Comprovadas as elementares do delito de roubo, não
há que se falar em desclassificação ou
absolvição. 2- DOSIMETRIA. PENA-BASE. AFERIÇÃO
INCORRETA DA CULPABILIDADE. REDUÇÃO DA PENA ABAIXO
DO MÍNIMO LEGAL. ÓBICE. Altera-se a aferição
negativa da culpabilidade quando analisada com
base nos elementos próprios do tipo. Ainda que
afastada a desfavorabilidade do vetor
culpabilidade, não se altera o quantum da pena,
uma vez que já fixado no mínimo legal previsto ao
tipo penal violado. APELO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo, em parte, o Parecer Ministerial, em
conhecer da apelação, e dar-lhe parcial
provimento, nos termos do voto do Relator, exarado
na assentada do julgamento que a este se
incorpora. Custas de lei.

36 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 94405-33.2018.8.09.0014(201890944050)
COMARCA : ARAGARCAS
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : LIARBE CARDOZO
ADV(S) : 26362/O/MT -SORHAIA ALINE CESARIA BRITO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO. PRINCÍPIO DA

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INSIGNIFICÂNCIA. APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. O


princípio da insignificância não é recomendado
para os casos de prática de crime de furtos em
concurso de crimes, haja vista o maior grau de
reprovabilidade do comportamento da ré. Os valores
dos objetos subtraídos não são desprezíveis a
ponto de ensejar a excludente de tipicidade. 2-
FURTO PRIVILEGIADO. RECONHECIMENTO. SUCESSO.
Reconhece-se a figura do furto privilegiado, ao se
considerar que a ré é primária e a res furtiva é
de valor menor que o salário-mínimo vigente ao
tempo do fato. 3- DOSIMETRIA. PENA-BASE. AFERIÇÃO
INCORRETA DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS.
REDIMENSIONADA A PENA. Constatada a avaliação
negativa equivocada das circunstâncias judicias,
impõe-se o redimensionamento da pena basilar. 4-
DE OFÍCIO. SUBSTITUIÇÃO DO CONCURSO MATERIAL PELA
CONTINUIDADE DELITIVA. PROVIDO. Se os crimes
cometidos são da mesma espécie, com iguais
circunstâncias de tempo, lugar e semelhante
maneira de execução - modus operandi -, deve ser
afastado o reconhecimento do concurso material
para incidir a regra da continuidade delitiva
prevista pelo art. 71, caput, do Código Penal.
5- PENA DE MULTA. PROPORCIONALIDADE À CORPÓREA.
ADEQUAÇÃO. Em observância ao sistema bifásico do
Código Penal e ao princípio da proporcionalidade,
a pena de multa deve guardar equivalência com a
privativa de liberdade. 6 - REGIME INICIAL.
MODIFICAÇÃO. VIABILIDADE. Viável a modificação do
regime inicial de cumprimento de pena do apelante
para o semiaberto, mormente em atenção ao artigo
33, §2º, alínea “b”, do Código Penal. 7 -
SUBSTITUIÇÃO DA PENA CORPÓREA POR UMA RESTRITIVA
DE DIREITOS. POSSIBILIDADE. Considerando a redução
da reprimenda corpórea, mister a substituição da
pena privativa de liberdade por apenas uma
restritiva de direitos, nos termos do artigo 44,
§2º, do Código Penal. 8 - INTERNAÇÃO
INVOLUNTÁRIA. NÃO ACOLHIMENTO. Não merece
prosperar o pleito de internação involuntária por
não estarem presentes os requisitos autorizadores.
APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. DE
OFÍCIO, AFASTA-SE O CONCURSO MATERIAL PARA APLICAR
A CONTINUIDADE DELITIVA.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo o Parecer Ministerial, em conhecer da
Apelação Criminal, e dar-lhe parcial provimento,
nos termos do voto do Relator, exarado na
assentada do julgamento que a este se incorpora.
Custas de lei.

37 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 436122-34.2013.8.09.0011(201394361220)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
1 APELANTE(S) : JOSE CORREIA CUNHA
ADV(S) : 44684/GO -PAULO HENRIQUE GOMES DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. RECEPTAÇÃO DOLOSA.
DESCLASSIFICAÇÃO PARA RECEPTAÇÃO CULPOSA. ÓBICE.

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Incomportável o pleito de desclassificação do


crime de receptação dolosa para a forma culposa,
se os elementos de provas são suficientes para
demonstrar que o apelante tinha o conhecimento da
origem ilícita do objeto do crime em questão. 2-
DOSIMETRIA. AFERIÇÃO INCORRETA DAS CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS. REDIMENSIONADA A PENA. Constatada a
avaliação negativa equivocada das circunstâncias
judicias impõe-se o redimensionamento da pena
basilar e a readequação do quantum referente ao
agravamento da pena decorrente do reconhecimento
da agravante da reincidência. CRIME DE PORTE DE
ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. CONFISSÃO
EXTRAJUDICIAL. RECONHECIMENTO. POSSIBILIDADE. Nos
moldes da Súmula 545/STJ, se a confissão do
acusado foi utilizada para corroborar o acervo
probatório e fundamentar a condenação, deve
incidir a atenuante prevista no art. 65, III, "d",
do Código Penal, sendo irrelevante o fato de a
confissão ter sido espontânea ou não; judicial ou
extrajudicial; total, qualificada ou parcial, ou
mesmo que tenha havido posterior retratação.
CRIME DE PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO.
CONFISSÃO ESPONTÂNEA E REINCIDÊNCIA. COMPENSAÇÃO.
POSSIBILIDADE. A atenuante da confissão
espontânea, por envolver a personalidade do
acusado, é igualmente preponderante e deve ser
compensada com a agravante da reincidência. 3-
PRESCRIÇÃO RETROATIVA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
RECONHECIMENTO. Considerando o trânsito em julgado
da sentença para o órgão acusatório, bem como o
transcurso do prazo que dispõe o artigo 109,
inciso V, do Código Penal, deve ser decretada a
extinção da punibilidade pela prescrição
retroativa da pretensão punitiva, nos moldes do
artigo 107, inciso IV, do mesmo Diploma. APELO
CONHECIDO E PROVIDO PARCIALMENTE. DE OFÍCIO,
EXTINTA A PUNIBILIDADE DO APELANTE PELA PRESCRIÇÃO
DA PRETENSÃO PUNITIVA NA FORMA RETROATIVA.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo, em parte, o Parecer Ministerial, em
conhecer da apelação, e dar-lhe parcial
provimento. De ofício, declarar extinta a
punibilidade de José Correia Cunha, em virtude da
ocorrência da prescrição da pretensão punitiva
estatal, quanto aos crimes de receptação dolosa e
porte de arma de uso permitido, nos termos do voto
do Relator, exarado na assentada do julgamento
que a este se incorpora. Custas de lei.

38 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 112740-70.2017.8.09.0100(201791127401)
COMARCA : LUZIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : YAGO RUAN DOS SANTOS PERES
ADV(S) : 44393/GO -JOSE ALESSANDRO DA SILVA FERREI
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Júri. Homicídio qualificado tentado. Condenação.
Pena: 12 anos de reclusão, regime inicial fechado.
Recurso da defesa sustentando desclassificação,
reconhecimento da atenuante da menoridade

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relativa, fixação da pena abaixo do mínimo legal e


direito de recorrer em liberdade. 1 - O recurso
de apelação não autoriza anulação do julgamento
realizado pelo Júri, simplesmente por discordar do
juízo de valor resultado da interpretação das
provas. 2 - A atenuante da menoridade foi
reconhecida na sentença, todavia, a pena-base,
fixada no mínimo legal, não permitiu nenhuma
redução. 3 - A prisão preventiva está justificada
na garantia da ordem pública e, notadamente, nas
condições pessoais negativas do réu. 4 - Recurso
conhecido e desprovido. Parecer acolhido.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, acolhendo o parecer ministerial,
em conhecer do apelo e negar-lhe provimento, nos
termos do voto do relator, que a este se
incorpora. Custas de Lei.

GOIANIA, 18 DE FEVEREIRO DE 2020

SECRETARIO(A): EDSON PADRE DE CASTRO


ORIGINAL ASSINADO

FIM DE ARQUIVO

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:36:28

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5181470.86.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : ENOQUE FERREIRA DA SILVA
POLO PASSIVO : SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ENOQUE FERREIRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 33469 GO - ANDREA DE MOURA LIMA MEDOLLA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:42:01

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5161644.74.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : HOSPITAL RENAISSANCE LTDA E OUTROS
POLO PASSIVO : COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO CENTRO BRASILEIRA
LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ADEMIR GOMES DA COSTA JÚNIOR


ADVG. PARTE : 13955 GO - MÁRCIO MESSIAS CUNHA

PARTE INTIMADA : ANTÔNIO CÉSAR TEIXEIRA


ADVG. PARTE : 13955 GO - MÁRCIO MESSIAS CUNHA

PARTE INTIMADA : HOSPITAL RENAISSANCE LTDA E OUTROS


ADVG. PARTE : 13955 GO - MÁRCIO MESSIAS CUNHA

PARTE INTIMADA : RAFAEL HADDAD


ADVG. PARTE : 13955 GO - MÁRCIO MESSIAS CUNHA

PARTE INTIMADA : RICARDO ABDALLA HADDAD


ADVG. PARTE : 13955 GO - MÁRCIO MESSIAS CUNHA

PARTE INTIMADA : ROBERTO ABDALLA HADDAD


ADVG. PARTE : 13955 GO - MÁRCIO MESSIAS CUNHA

PARTE INTIMADA : COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO CENTRO BRASILEIRA


LTDA
ADVG. PARTE : 19114 GO - RODNEI VIEIRA LASMAR

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:46:21

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5192809.88.2016.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Apelação (CPC)
POLO ATIVO : LIDIA FERNANDES NOGUEIRA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LIDIA FERNANDES NOGUEIRA


ADVG. PARTE : 43522 GO - LIDIANNE LAILA ANTUNES DA SILVA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:48:02

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 0002313.90.2016.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Apelação (CPC)
POLO ATIVO : ANANIAS JUSTINO JAYME
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANANIAS JUSTINO JAYME


ADVGS. PARTE : 19964 GO - MÁRCIO EMRICH GUIMARÃES LEÃO
18154 GO - CRISTINA VIANA DE SIQUEIRA MELAZZO

PARTE INTIMADA : CITALE BRASIL LTDA


ADVGS. PARTE : 19964 GO - MÁRCIO EMRICH GUIMARÃES LEÃO
18154 GO - CRISTINA VIANA DE SIQUEIRA MELAZZO

PARTE INTIMADA : KLEBER JUSTINO JAYME


ADVGS. PARTE : 19964 GO - MÁRCIO EMRICH GUIMARÃES LEÃO
18154 GO - CRISTINA VIANA DE SIQUEIRA MELAZZO

PARTE INTIMADA : MARIA AMELIA DE SOUZA


ADVGS. PARTE : 18154 GO - CRISTINA VIANA DE SIQUEIRA MELAZZO
19964 GO - MÁRCIO EMRICH GUIMARÃES LEÃO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:50:43

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5153354.70.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : GENIVALDO PEREIRA TOLEDO
POLO PASSIVO : COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DOS PRODUTORES RURAIS DE
ORIZONA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GENIVALDO PEREIRA TOLEDO


ADVG. PARTE : 12516 GO - ALESSANDRA REIS

PARTE INTIMADA : REGIANE MARIA BELEM DE TOLEDO


ADVG. PARTE : 12516 GO - ALESSANDRA REIS

PARTE INTIMADA : COOPERATIVA MISTA AGROPECUARIA DOS PRODUTORES RURAIS DE


ORIZONA
ADVG. PARTE : 27460 GO - FLAVIO MESQUITA REIS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:57:38

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 0201517.49.1998.8.09.0083
CLASSE PROCESSUAL : Apelação (CPC)
POLO ATIVO : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : GETULIO LOPES SOBRINHO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIRCEU LOPES VIEIRA


ADVGS. PARTE : 7240 GO - REGINALDO MARTINS COSTA
10494 GO - DEVANIR FERREIRA SOBRINHO

PARTE INTIMADA : GETULIO LOPES SOBRINHO


ADVGS. PARTE : 9736 GO - LUPÉRCIO FERREIRA MORGADO
10494 GO - DEVANIR FERREIRA SOBRINHO
11023 GO - CLAUDINEY WASHINGTON ALVES

PARTE INTIMADA : NATAIR ANTONIO DO NASCIMENTO


ADVGS. PARTE : 10494 GO - DEVANIR FERREIRA SOBRINHO
11329 GO - OBERLANDIO DA SILVA NAZEOZENO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 10:08:30

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5158169.25.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Apelação (CPC)
POLO ATIVO : RENATO DA COSTA DIAS
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RENATO DA COSTA DIAS


ADVG. PARTE : 28253 GO - SANDRO DE ABREU SANTOS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 17:17:43

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5262429.44.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Direta de Inconstitucionalidade
POLO ATIVO : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA - IRIS REZENDE MACHADO
POLO PASSIVO : CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA


ADVG. PARTE : 30355 GO - CAROLINE FARIA SIADE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
1

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5262429.44.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

RELATÓRIO

O Prefeito do Município de Goiânia, sob os albores


do art. 95, § 2º, inciso III, da Constituição do Estado de Goiás, art. 125, §
2º, da Constituição Federal, propôs, perante o Órgão Especial do Tribunal
de Justiça, ação direta de inconstitucionalidade, com o pedido de tutela
cautelar, da Lei Municipal nº 10.125, de 12 de janeiro de 2018, promulgada
pelo Presidente Câmara dos Vereadores de Goiânia.

Observa que a legislação municipal, dispondo sobre


a instituição, no calendário oficial do Município de Goiânia, da Semana da
Cidadania e Cultura da População em Situação de Rua, criando obrigações
onerosas, apresenta incompatibilidade com a Constituição do Estado de
Goiás, por afronta à separação dos poderes, o projeto de lei adveio de
proposição parlamentar, reservado à esfera de iniciativa privativa do Chefe

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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
2

do Poder Executivo Municipal, responsável pela administração pública e o


ordenamento das despesas, razão para o reconhecimento da
inconstitucionalidade.

Pedido de medida cautelar.

Medida cautelar indeferida.

Informações prestadas.

O Procurador-Geral do Estado se manifestou.

A Procuradoria-Geral de Justiça, representada pela


Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, se manifestou pela
procedência da ação.

É o relatório.

Peço dia para julgamento, pauta presencial.

Goiânia, 06 de dezembro de 2019.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5262429.44.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

VOTO

Veja-se a Lei nº 10.125/18, do Município de


Goiânia, in verbis:

“Art. 1º Institui no Calendário Oficial do Município


de Goiânia, a Semana da Cidadania e Cultura da
População em Situação de Rua, a ser comemorada
anualmente na segunda quinzena de agosto.
Art. 2º São objetivos da Semana da Cidadania e
Cultura da População de Rua:
I – conscientizar a população sobre direitos
pertinentes à população em situação de rua, bem
como, chamar a atenção para o fato;
II – promover campanhas, doações, ações voltadas

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para as pessoas de rua;


III – prestar atendimento de saúde, educação,
jurídica para a população de rua;
IV – garantir lazer e cultura para a população em
situação de rua gratuitamente;
V – criar eventos e seminários para debater os
problemas sociais ligados a situação de rua vivida
por parte da população;
VI – discutir políticas públicas para a população em
situação de rua, garantindo a participação de todo o
coletivo social.
Art. 3º O Poder Executivo regulamentará a presente
Lei no prazo de até 90 (noventa) dias, contados da
sua publicação.
Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, ficando revogadas as disposições em
contrário.”

A iniciativa de lei que disponha sobre a


administração pública, especificamente a instituição de data comemorativa
no Calendário Oficial do Município, criando obrigações que acarretem
despesas ao Erário, compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo,
conforme o art. 61, § 1º, inciso II, letra “b”, da Constituição Federal, art.
77, incisos I e II, da Constituição do Estado de Goiás, arts. 89, inciso I,
135, da Lei Orgânica do Município de Goiânia.

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Consultem-se os dispositivos, in verbis:

“Art. 61. (…) § 1º São de iniciativa privativa do


Presidente da República as leis que: (…) II -
disponham sobre: (…) b) organização administrativa
e judiciária, matéria tributária e orçamentária,
serviços públicos e pessoal da administração dos
Territórios.”

“Art. 77 - Compete privativamente ao Prefeito: (…)


V - dispor sobre a estruturação, atribuições e
funcionamento dos órgãos da administração
municipal.”

“Art. 89. Compete privativamente ao Prefeito a


iniciativa das leis que disponham sobre: I – a
organização administrativa e as matérias
orçamentárias, nos termos do art. 135.”

“Art. 135. É da competência do Poder Executivo a


iniciativa das leis orçamentárias e das que abram
créditos, fixem vencimentos e vantagens dos
servidores públicos, concedam subvenção ou auxílio
ou, de qualquer modo, autorizem, criem ou
aumentem a despesa pública.”

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Sobre o tema, a doutrina de Hely Lopes Meirelles,


in verbis:

“No sistema brasileiro o governo municipal é de


funções divididas, cabendo as executivas à
Prefeitura e as legislativas à Câmara de Vereadores.
Esses dois Poderes, entrosando suas atividades
específicas, realizam com independência e harmonia
o governo local, nas condições expressas na lei
orgânica do Município. O sistema de separação de
funções executivas e legislativas impede que o órgão
de um Poder exerça atribuições do outro. Assim
sendo, a Prefeitura não pode legislar, como a
Câmara não pode administrar. Cada um dos órgãos
tem missão própria e privativa: a Câmara estabelece
regras para a Administração; a Prefeitura as executa,
convertendo o mandamento legal, genérico e
abstrato, em atos administrativos, individuais e
concretos. O legislativo edita normas; o Executivo
pratica atos segundo as normas. Nesta sinergia de
funções é que residem a harmonia e independência
dos Poderes, princípio constitucional (art. 2º)
extensivo ao governo local. Qualquer atividade, da
Prefeitura ou da Câmara, realizada com usurpação

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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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de funções é nula e inoperante.” (Direito Municipal


Brasileiro, Malheiros, p. 708).

Nada obstante a legislação objetada tratar da


instituição de data comemorativa, a Semana da Cidadania e Cultura da
População em Situação de Rua, cuja iniciativa não é privativa do Chefe do
Poder Executivo, foram criadas obrigações à administração municipal, de
execução dispendiosa, a exemplo da prestação de atendimento de saúde,
educação, jurídico, promoção de eventos, lazer e cultura de forma gratuita à
população de rua, ato concreto de gestão, pelo que caracterizada a violação
do princípio da separação dos poderes.

A Lei nº 10.125/18, do Município de Goiânia, que


institui, no Calendário Oficial, a Semana da Cidadania e Cultura da
População em Situação de Rua, obrigando a administração a prestar
atendimento de saúde, educação, jurídica, lazer e cultura gratuitos,
promover eventos e seminários para debater a questão social, cuja execução
onera os cofres públicos, em iniciativa da edilidade, atuando no campo
reservado ao Prefeito Municipal, responsável pela gestão pública e
ordenador das despesas, caracterizando a violação do princípio da
separação dos poderes, art. 2º, § 1º, da Constituição Estadual.

Veja-se, in verbis:

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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
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“Art. 2º - São Poderes do Estado, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
§ 1º - Ressalvadas as exceções previstas nesta
Constituição, é vedado, a qualquer dos Poderes,
delegar atribuições, e quem for investido nas
funções de um deles não poderá exercer as de
outro.”

A Lei nº 10.125/18, do Município de Goiânia, de


iniciativa parlamentar, que estabelece obrigações de prestação de serviços
públicos, atendimento de saúde, educação, jurídica, lazer e cultura gratuitos
à população em situação de rua, carrega desabrido vício, exercendo a
Câmara dos Vereadores ato concreto de gestão, de proposição reservada ao
Prefeito Municipal, violando o princípio da separação dos poderes, pelo
que deve ser declarada a sua inconstitucionalidade, por afronta ao art. 2º, §
1º, da Constituição do Estado de Goiás.

Nessa direção, a jurisprudência da Corte, in verbis:

“1. É da competência privativa do Chefe do Poder


Executivo Municipal a deflagração de processo
legislativo que trate das matérias elencadas no artigo
77 e incisos da Constituição Estadual. 2. A iniciativa

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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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para a elaboração de lei é condição de validade do


próprio processo legislativo, do que resulta, uma vez
não observada, a ocorrência de inconstitucionalidade
formal.” (Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
5464318-20.2017.8.09.0000, DJE de 14/06/19)

Ao cabo do exposto, julgo procedente a ação.

É, pois, como voto.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5262429.44.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE. LEI
MUNICIPAL Nº 10.125/18. MATÉRIA
RESERVADA AO CHEFE DO EXECUTIVO
MUNICIPAL. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
SEPARAÇÃO DOS PODERES.
RECONHECIMENTO DO VÍCIO.
A Lei nº 10.125/18, do Município de Goiânia, de
iniciativa parlamentar, que estabelece obrigações de
prestação de serviços públicos, atendimento de
saúde, educação, jurídica, lazer e cultura gratuitos à
população em situação de rua, carrega desabrido
vício, exercendo a Câmara dos Vereadores ato
concreto de gestão, de proposição reservada ao
Prefeito Municipal, violando o princípio da

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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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separação dos poderes, pelo que deve ser declarada a


sua inconstitucionalidade, por afronta ao art. 2º, § 1º,
da Constituição do Estado de Goiás.
AÇÃO PROCEDENTE.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA


o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes do Órgão
Especial, à unanimidade, julgar procedente a ação, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, com o Relator, os Senhores


Desembargador Amaral Wilson e Oliveira, em substituição ao
Desembargador José Carlos de Oliveira, Desembargadores Beatriz
Figueiredo Franco, Leobino Valente Chaves, Gilberto Marques Filho, João
Waldeck Félix de Sousa, Walter Carlos Lemes, Carlos Hipólito Escher,
Kisleu Dias Maciel Filho, Gerson Santana Cintra, Carmecy Rosa Maria
Alves de Oliveira, Nicomedes Domingos Borges, Itamar de Lima, Sandra
Regina Teodoro Reis, Olavo Junqueira de Andrade e Marcus da Costa
Ferreira. Ausente, justificadamente, o Desembargador Carlos Roberto
Fávaro, em substituição ao Desembargador Ney Teles de Paula.

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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador


Nicomedes Domingos Borges.

Presente à sessão, representando a Procuradoria-


Geral de Justiça, a Doutora Ana Cristina Peternella França.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator
01

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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000

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NR.PROCESSO: 5262429.44.2019.8.09.0000
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL Nº
10.125/18. MATÉRIA RESERVADA AO CHEFE DO EXECUTIVO MUNICIPAL.
VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES.
RECONHECIMENTO DO VÍCIO.

A Lei nº 10.125/18, do Município de Goiânia, de iniciativa parlamentar, que


estabelece obrigações de prestação de serviços públicos, atendimento de saúde,
educação, jurídica, lazer e cultura gratuitos à população em situação de rua, carrega
desabrido vício, exercendo a Câmara dos Vereadores ato concreto de gestão, de
proposição reservada ao Prefeito Municipal, violando o princípio da separação dos
poderes, pelo que deve ser declarada a sua inconstitucionalidade, por afronta ao art.
2º, § 1º, da Constituição do Estado de Goiás.

AÇÃO PROCEDENTE.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 17:21:50

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5442699.63.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : J. VIRGÍLIO IMÓVEIS LTDA.
POLO PASSIVO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : J. VIRGÍLIO IMÓVEIS LTDA.


ADVG. PARTE : 20222 GO - FLÁVIO CORRÊA TIBÚRCIO

PARTE INTIMADA : AGRÍCOLA CANAVIEIRA S/A


ADVG. PARTE : 9199 GO - WILSON AZEVEDO DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5442699.63.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
1

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5442699.63.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : J. VIRGÍLIO IMÓVEIS LTDA. E OUTRO (S)
IMPETRADO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

RELATÓRIO

J. VIRGÍLIO IMÓVEIS LTDA., VIVER


EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS E PARTICIPAÇÕES
LTDA., CONSTRUTORA PERFIL LTDA., qualificadas, por conduto de
advogado habilitado e legalmente constituído, com fundamento no art. 5º,
inciso LXIX, da Constituição Federal, Lei nº 12.016/09, impetram
mandado de segurança, com pedido de liminar, apontando como autoridade
coatora o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, ao
propósito de garantir o direito líquido e certo à cassação da decisão que, na
apreciação do agravo interno, inicialmente, indeferiu o efeito suspensivo ao
Recurso Especial na Apelação Cível nº 0126596.64.2014.8.09.0017, e, em
seguida, reconsiderou o ato, concedendo a suspensividade à insurreição,
expondo pronunciamento teratológico, razão para a providência
mandamental.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
2

Pedido de liminar.

Liminar indeferida.

Contestação.

Informação da autoridade impetrada.

A Procuradoria-Geral de Justiça, representada pela


Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, se manifestou pela concessão
da segurança.

É o relatório.

Peço dia para julgamento, pauta presencial.

Goiânia, 09 de dezembro de 2019.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5442699.63.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
3

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5442699.63.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : J. VIRGÍLIO IMÓVEIS LTDA. E OUTRO (S)
IMPETRADO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

VOTO

O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, autoridade impetrada, nos autos do Recurso Especial na Apelação
Cível nº 0126596.64.2014.8.09.0017, na apreciação do agravo interno, art.
1.021, do Código de Processo Civil, interposto da decisão que indeferiu o
efeito suspensivo, reconsiderou o pronunciamento negativo, concedendo a
suspensividade do acórdão tomado no julgamento da insurgência
apelatória, alvo da ação mandamental, apontando teratologia e abuso de
poder da decisão judicial, por ausência de previsão legal e contrariedade à
jurisprudência da Corte.

Nada obstante o argumento da prejudicialidade da


ação mandamental, pela negativa de seguimento ao recurso especial, no
qual conferida a suspensividade, circunstância indicada pela autoridade

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impetrada nas informações, o Presidente do Tribunal de Justiça, exercendo


o juízo de retratação no agravo em recurso especial, art. 1.042, § 2º, última
parte, do Código de Processo Civil, reconsiderou o pronunciamento
obstativo, restabelecendo o efeito suspensivo anteriormente concedido,
persistindo o objeto do mandado de segurança.

Pertinente ao tema da ação mandamental, que passa


pela taxatividade recursal, o escólio doutrinário, in verbis:

“Compete privativamente à União legislar sobre


direito processual civil (art. 22, I, CF). Só a
legislação federal pode criar e disciplinar recursos.
O legislador estadual, distrital ou municipal não
pode criar recursos em direito processual civil.
Evidentemente, também não o pode o administrador
público. Os recursos, pois, estão arrolados
taxativamente pelo legislador federal. No Código de
Processo Civil, os recursos são aqueles arrolados de
maneira exaustiva no art. 994, CPC.” (Marinoni –
Arenhart – Mitidiero, Código de Processo Civil
Comentado, RT, p. 1049)

Continuando, ao abordar o cabimento do agravo


interno, in verbis:

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“Além de caber contra decisão do relator, o agravo


interno também cabe contra a decisão de presidente
ou vice-presidente do tribunal recorrido: i) que negar
seguimento a recurso extraordinário que discuta
questão constitucional à qual o Supremo Tribunal
Federal não tenha reconhecido a existência de
repercussão geral ou a recurso extraordinário
interposto contra acórdão que esteja em
conformidade com entendimento do Supremo
Tribunal Federal exarado no regime de repercussão
geral (art. 1.030, I, a, e § 2º, CPC, na redação dada
pela Lei 13.256/2016); ii) que negar seguimento a
recurso extraordinário ou recurso especial interposto
contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do
Superior Tribunal de Justiça, respectivamente,
exarado no regime de recursos repetitivos (art.
1.030, I, b, e § 2º, CPC, na redação dada pela Lei
13.256/2016); iii) que sobrestar o recurso
extraordinário ou recurso especial que versar sobre
controvérsia de caráter repetitivo (art. 1.030, III, e §
2º, CPC, na redação dada pela Lei 13.256/2016);
iv) que negar exclusão da decisão de sobrestamento
e negar inadmissão de recurso extraordinário ou

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recurso especial interposto intempestivamente (arts.


1.035, §§ 6.º e 7.º, primeira parte, e 1.036, § 3º,
CPC).” (Marinoni – Arenhart – Mitidiero, Código de
Processo Civil Comentado, RT, p. 1080)

Desse modo, a ausência de previsão no Código de


Processo Civil para a interposição do agravo interno contra a decisão que
indefere o efeito suspensivo ao recurso especial, estando a decisão
impugnada pela ação mandamental ao largo da taxatividade do cabimento
dos recursos, revela teratológica o pronunciamento do Presidente do
Tribunal de Justiça que, admitindo a insurreição descabida, suspende os
efeitos do acórdão tomado no julgamento da Apelação Cível nº
0126596.64.2014.8.09.0017, contrastando com a sedimenta jurisprudência.

Ei-la, in verbis:

“Agravo Interno em Recurso Especial.


Indeferimento de pedido de concessão de efeito
suspensivo. Incomportabilidade. 1. O Código de
Processo Civil prevê expressamente as hipóteses
autorizadoras da interposição de recurso,
silenciando-se naquelas em que a insurgência é
incomportável, como no caso da decisão que aprecia
o pedido de concessão do efeito suspensivo. 2. Não

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deve ser conhecida a insurgência recursal que ataca


ato decisório, em que se aprecia o pedido de
concessão do efeito suspensivo na órbita dos
recursos especial e extraordinário, ressalvada a
hipótese de embargos de declaração. Agravo interno
não conhecido.” (Agravo Interno nº 0086795-
05.2015.8.09.0051, DJE de 06/08/19)

“Agravo Interno. Decisão que indefere o pedido de


concessão de efeito suspensivo ao recurso especial.
Incomportabilidade. 1. Compete ao Presidente ou ao
Vice-Presidente do Tribunal recorrido, a análise do
pedido de efeito suspensivo aos recursos especial e
extraordinário, enquanto ainda pender de exame de
admissibilidade (inteligência do art. 1.029, § 5º, III,
CPC). 2. O Código de Processo Civil não prevê a
possibilidade de insurgência em face da decisão que
aprecia o pedido de concessão de efeito suspensivo
dos recursos especial e extraordinário (artigo 1.030,
§ 2º). 3. Agravo interno não conhecido.” (Agravo
Interno nº 5187044-91.2017.8.09.9011, DJE de
05/07/19)

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“Pedido de concessão de efeito suspensivo. Agravo


interno. Incomportabilidade. 1 - O Código de
Processo Civil não prevê a possibilidade de
insurgência quanto à decisão que aprecia o pedido de
concessão de efeito suspensivo dos recursos especial
e extraordinário. 2 - De fato, são previstas
expressamente as hipóteses autorizadoras da
interposição de recurso, silenciando-se naquelas em
que a insurgência é incomportável, como no caso da
decisão que aprecia o pedido de concessão do efeito
suspensivo na órbita dos recursos especial e
extraordinário. 3 - Assim, uma vez indeferido o
pedido de efeito suspensivo pelo presidente ou vice-
presidente, conforme o caso, esgota-se a atividade
jurisdicional, na espécie, de tal modo que o ato
judicial não pode ser reapreciado pelo mesmo
prolator. Agravo interno não conhecido.” (Agravo ao
STJ nº 5435088-30.2017.8.09.0000, DJE de
07/05/19)

Comporta o reconhecimento de chapada ilegalidade


da decisão da autoridade impetrada que, ao largo da legislação processual
civil e em descompasso com a orientação jurisprudencial, no sentido de ser
descabido o agravo interno contra a decisão que indefere a suspensividade

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ao recurso especial, por ausência de previsão legal (taxatividade recursal),


admite o recurso incabível, reconsidera o pronunciamento negativo,
expondo teratologia e abuso de poder, malferindo direito líquido e certo do
impetrante, sanável pela providência mandamental, para desconstituir a
irregularmente, viabilidade à exceção do mandado de segurança contra ato
judicial.

No tema, a jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça, in verbis:

“Processual Civil. Recurso em Mandado de


Segurança. Ato judicial. Impetração. Excepcional
cabimento. Ilegalidade, teratologia ou abuso de
poder. Advogado. (…) Recurso provido. 1. É
excepcional o cabimento de mandado de segurança
contra ato judicial impugnável por recurso em
relação ao qual se faz possível atribuir efeito
suspensivo. A impetração, nessa hipótese, somente é
admitida em casos de flagrante ilegalidade,
teratologia ou abuso de poder. (…) 3. A
contrariedade direta ao dispositivo legal antes
referido e à jurisprudência consolidada desta Corte
Superior evidencia flagrante ilegalidade e autoriza o
ajuizamento do mandado de segurança, em caráter

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excepcional. (…) 5. Recurso provido.” (RMS nº


59.322/MG, DJE de 14/02/19)

Ao cabo do exposto, concedo a segurança.

É, pois, como voto

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

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MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5442699.63.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : J. VIRGÍLIO IMÓVEIS LTDA. E OUTRO (S)
IMPETRADO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA.


RECURSO ESPECIAL. DECISÃO DE
INDEFERIMENTO DE EFEITO SUSPENSIVO.
AGRAVO INTERNO. RECONSIDERAÇÃO.
DESCABIMENTO. ATO JUDICIAL PRENHE
DE TERATOLOGIA. EXCEPCIONALIDADE
DA AÇÃO MANDAMENTAL.
Comporta o reconhecimento de chapada ilegalidade
da decisão da autoridade impetrada que, ao largo da
legislação processual civil e em descompasso com a
orientação jurisprudencial, no sentido de ser
descabido o agravo interno contra a decisão que
indefere a suspensividade ao recurso especial, por
ausência de previsão legal (taxatividade recursal),
admite o recurso incabível, reconsidera o

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pronunciamento negativo, expondo teratologia e


abuso de poder, malferindo direito líquido e certo do
impetrante, sanável pela providência mandamental,
para desconstituir a irregularmente, viabilidade à
exceção do mandado de segurança contra ato
judicial.
SEGURANÇA CONCEDIDA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA


o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes do Órgão
Especial, à unanimidade, conceder a segurança, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, com o Relator, os Senhores


Desembargador Amaral Wilson e Oliveira, em substituição ao
Desembargador José Carlos de Oliveira, Desembargadores Beatriz
Figueiredo Franco, Leobino Valente Chaves, Gilberto Marques Filho, João
Waldeck Félix de Sousa, Carlos Hipólito Escher, Kisleu Dias Maciel Filho,
Gerson Santana Cintra, Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira,
Nicomedes Domingos Borges, Itamar de Lima, Sandra Regina Teodoro

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NR.PROCESSO: 5442699.63.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Reis, Olavo Junqueira de Andrade e Marcus da Costa Ferreira. Ausente,


justificadamente, o Desembargador Carlos Roberto Fávaro, em substituição
ao Desembargador Ney Teles de Paula.

Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador


Nicomedes Domingos Borges.

Presente à sessão, representando a Procuradoria-


Geral de Justiça, a Doutora Ana Cristina Peternella França.

Fizeram sustentação oral os Doutores Flávio Corrêa


Tibúrcio e Wilson Azevedo dos Santos.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator
01

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NR.PROCESSO: 5442699.63.2019.8.09.0000
EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO ESPECIAL. DECISÃO DE
INDEFERIMENTO DE EFEITO SUSPENSIVO. AGRAVO INTERNO.
RECONSIDERAÇÃO. DESCABIMENTO. ATO JUDICIAL PRENHE DE
TERATOLOGIA. EXCEPCIONALIDADE DA AÇÃO MANDAMENTAL.

Comporta o reconhecimento de chapada ilegalidade da decisão da autoridade


impetrada que, ao largo da legislação processual civil e em descompasso com a
orientação jurisprudencial, no sentido de ser descabido o agravo interno contra a
decisão que indefere a suspensividade ao recurso especial, por ausência de
previsão legal (taxatividade recursal), admite o recurso incabível, reconsidera o
pronunciamento negativo, expondo teratologia e abuso de poder, malferindo direito
líquido e certo do impetrante, sanável pela providência mandamental, para
desconstituir a irregularmente, viabilidade à exceção do mandado de segurança
contra ato judicial.

SEGURANÇA CONCEDIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 17:33:54

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5492207.75.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Direta de Inconstitucionalidade
POLO ATIVO : RAFAELL DIAS MELO - PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CERES-GO
POLO PASSIVO : CÂMARA MUNICIPAL DE CERES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CÂMARA MUNICIPAL DE CERES


ADVGS. PARTE : 40301 GO - DANIELA SOUZA DO NASCIMENTO
32369 GO - DANIEL JOSÉ PRADOS SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5492207.75.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
1

AÇÃO DIREITA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5492207.75.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PREFEITO DE CERES
REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE CERES
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

RELATÓRIO

O Prefeito do Município de Ceres, fundamentado no


art. 95, § 2º, inciso III, da Constituição do Estado de Goiás, art. 125, § 2º,
da Constituição Federal, propôs, perante o Órgão Especial do Tribunal de
Justiça, ação direta de inconstitucionalidade, com o pedido de tutela
antecipada, da Lei Municipal nº 2.019, de 05 de julho de 2019, promulgada
pelo Presidente da Câmara dos Vereadores de Ceres.

Observa que a legislação municipal, dispondo sobre


a modificação do § 3º, do art. 41, da Lei Municipal nº 1.874/15, para
acrescentar ao cargo público de Conselheiro Tutelar vantagem financeira, o
pagamento de horas extras, de sobreaviso e de prontidão, apresenta
incompatibilidade com a Constituição do Estado de Goiás, por afronta à
separação dos poderes, a redação original do projeto de lei encaminhado

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NR.PROCESSO: 5492207.75.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
2

pelo Chefe do Poder Executivo sofreu alteração substancial por emenda


parlamentar, onerando o Erário, matéria reservada à esfera da sua iniciativa,
razão para o reconhecimento da inconstitucionalidade.

Informações prestadas.

O Procurador-Geral do Estado se manifestou.

A Procurador-Geral de Justiça, representada pela


Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, se manifestou pela
procedência da ação.

É o relatório.

Peço dia para julgamento, pauta presencial.

Goiânia, 11 de dezembro de 2019.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5492207.75.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
3

AÇÃO DIREITA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5492207.75.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PREFEITO DE CERES
REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE CERES
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

VOTO

Veja-se a Lei nº 2.019/19, do Município de Ceres, in


verbis:

“Art. 1º Fica alterado as disposições insertas no § 3º


do artigo 41 da Lei Municipal nº 1.874 de 02 de
Abril de 2015, o qual passa a ter a seguinte redação:
§ 3º - Aos membros do Conselho Tutelar, apesar de
não terem vínculo empregatício com o Município de
Ceres/GO, será assegurado o direito a cobertura
previdenciária, gozo de férias anuais remuneradas,
acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
remuneração mensal, licença maternidade, licença
paternidade, décimo terceiro salário conforme a Lei

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5492207.75.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
4

Municipal nº 1867/15, bem como, horas extras,


horas de sobreaviso no valor de 1/3 (um terço) da
hora de trabalho normal, prontidão no valor de 2/3
(dois terços) da hora de trabalho normal, adicional
noturno pelo serviço realizado entre 22:00 (vinte
duas) e 5:00 (cinco) horas no importe de 20% (vinte
por cento), computado cada hora com 52 (cinquenta
e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
Art. 2º Fica acrescido o § 6º ao artigo 41 da Lei nº
1.874 de 02 de Abril de 2015, o qual terá a seguinte
redação:
§ 6º - Será da exclusiva responsabilidade do
Presidente do Conselho Tutelar informar ao
Departamento de Pessoal deste Município, por meio
de relatório circunstanciado, até o dia 15 (quinze) de
cada, o cumprimento da carga horária prevista no §
3º do art. 41, a escala dos conselheiros de sobreaviso
ou prontidão, as horas noturnas e as horas extras de
efetivo trabalho.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação, revogada as disposições em contrário.”

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NR.PROCESSO: 5492207.75.2019.8.09.0000
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5

Nada obstante o Prefeito Municipal de Ceres iniciar


o projeto que resultou na Lei Municipal nº 2.019/19, o texto normativo
sofreu significativa alteração, pela Emenda Parlamentar nº 01/2019,
incluindo despesas não constantes, fixando a remuneração dos
Conselheiros Tutelares pelo trabalho extraordinário (hora extra), sobreaviso
e de prontidão, acréscimo vetado, derrubado pela edilidade, resultando na
promulgação, com a modificação introduzida.

Desse modo, o vício no processo de formação da


legislação objetada, por invasão da competência privativa do Chefe do
Poder Executivo, conforme o art. 61, § 1º, inciso I, letra “a”, da
Constituição Federal, art. 77, incisos I e II, parágrafo único, da
Constituição do Estado de Goiás, art. 48, inciso IV, parágrafo único, da Lei
Orgânica do Município de Ceres.

Consultem-se os dispositivos, in verbis:

“Art. 61. (…) § 1º São de iniciativa privativa do


Presidente da República as leis que: (…) II -
disponham sobre: (…) a) criação de cargos, funções
ou empregos públicos na administração direta e
autárquica ou aumento de sua remuneração;”

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“Art. 77 - Compete privativamente ao Prefeito: (…)


I - exercer a direção superior da administração
municipal; II - iniciar o processo legislativo na
forma e nos casos previstos nesta Constituição; (…)
Parágrafo único - A Lei Orgânica do Município
especificará outras atribuições do Prefeito
municipal.”

Art. 48 – São de iniciativa do Prefeito as leis que


disponham sobre: (…) IV – matérias orçamentárias e
a que autoriza a abertura de crédito ou conceda
auxílios, prêmios e subvenções.
Parágrafo único – Não será admitido aumento da
despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva
do Prefeito, ressalvado o disposto no inciso IV,
primeira parte.”

Sobre o tema, a doutrina de Hely Lopes Meirelles,


in verbis:

“No sistema brasileiro o governo municipal é de


funções divididas, cabendo as executivas à
Prefeitura e as legislativas à Câmara de Vereadores.
Esses dois Poderes, entrosando suas atividades

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específicas, realizam com independência e harmonia


o governo local, nas condições expressas na lei
orgânica do Município. O sistema de separação de
funções executivas e legislativas impede que o órgão
de um Poder exerça atribuições do outro. Assim
sendo, a Prefeitura não pode legislar, como a
Câmara não pode administrar. Cada um dos órgãos
tem missão própria e privativa: a Câmara estabelece
regras para a Administração; a Prefeitura as executa,
convertendo o mandamento legal, genérico e
abstrato, em atos administrativos, individuais e
concretos. O legislativo edita normas; o Executivo
pratica atos segundo as normas. Nesta sinergia de
funções é que residem a harmonia e independência
dos Poderes, princípio constitucional (art. 2º)
extensivo ao governo local. Qualquer atividade, da
Prefeitura ou da Câmara, realizada com usurpação
de funções é nula e inoperante.” (Direito Municipal
Brasileiro, Malheiros, p. 708).

A Lei nº 2.019/19, do Município de Ceres, que,


apesar de iniciado o processo legislativo pelo Prefeito Municipal, sofreu
significativa alteração por emenda parlamentar, instituindo despesas,
remuneração de Conselheiro Tutelar, atuando no campo reservado ao Chefe

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do Poder Executivo, responsável pela gestão pública, caracterizando a


violação do princípio da separação dos poderes, art. 2º, § 1º, da
Constituição do Estado de Goiás.

Veja-se, in verbis:

“Art. 2º - São Poderes do Estado, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário. § 1º - Ressalvadas as exceções previstas
nesta Constituição, é vedado, a qualquer dos
Poderes, delegar atribuições, e quem for investido
nas funções de um deles não poderá exercer as de
outro.”

A Lei nº 2.019/19, do Município de Ceres, de


iniciativa do Prefeito Municipal, alterada por emenda parlamentar,
acarretando o aumento de despesas com a remuneração de Conselheiro
Tutelar, sofre desabrido vício, exercendo a Câmara dos Vereadores ato
concreto da administração pública, de proposição reservada ao Chefe do
Poder Executivo, violando o princípio da separação dos poderes, pelo que
deve ser declarada a inconstitucionalidade, por afronta ao art. 2º, § 1º, da
Constituição do Estado de Goiás.

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Nessa direção, a jurisprudência da Corte, in verbis:

“1. É da competência privativa do Chefe do Poder


Executivo Municipal a deflagração de processo
legislativo que trate das matérias elencadas no artigo
77 e incisos da Constituição Estadual. 2. A iniciativa
para a elaboração de lei é condição de validade do
próprio processo legislativo, do que resulta, uma vez
não observada, a ocorrência de inconstitucionalidade
formal.” (Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
5464318-20.2017.8.09.0000, DJE de 14/06/19).

No tema, a orientação do Supremo Tribunal Federal,


com repercussão geral, in verbis:

“Recurso extraordinário. Repercussão geral da


questão constitucional reconhecida. 2. Direito
Administrativo. Servidor público. 3. Extensão, por
meio de emenda parlamentar, de gratificação ou
vantagem prevista pelo projeto do Chefe do Poder
Executivo. Inconstitucionalidade. Vício formal.
Reserva de iniciativa do Chefe do Poder Executivo
para edição de normas que alterem o padrão
remuneratório dos servidores públicos. Art. 61, § 1º,
II, “a”, da Constituição Federal. 4. Regime Jurídico

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Único dos Servidores Públicos Civis da


Administração Direta, das Autarquias e das
Fundações Públicas do Estado do Pará (Lei
5.810/1994). Artigos 132, inciso XI, e 246.
Dispositivos resultantes de emenda parlamentar que
estenderam gratificação, inicialmente prevista
apenas para os professores, a todos os servidores que
atuem na área de educação especial.
Inconstitucionalidade formal. Artigos 2º e 63, I, da
Constituição Federal. 5. Recurso extraordinário
provido para declarar a inconstitucionalidade dos
artigos 132, XI, e 246 da Lei 5.810/1994, do Estado
do Pará. Reafirmação de jurisprudência.” (RE nº
745811 RG/PA, DJE-219 DE 06/11/13)

Ao cabo do exposto, julgo procedente a ação.

É, pois, como voto.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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AÇÃO DIREITA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5492207.75.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PREFEITO DE CERES
REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE CERES
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE. LEI
MUNICIPAL Nº 2.019/19. MATÉRIA
RESERVADA AO CHEFE DO EXECUTIVO
MUNICIPAL. ALTERAÇÃO POR EMENDA
PARLAMENTAR. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO
DA SEPARAÇÃO DOS PODERES.
RECONHECIMENTO DO VÍCIO.
A Lei nº 2.019/19, do Município de Ceres, de
iniciativa do Prefeito Municipal, alterada por
emenda parlamentar, acarretando o aumento de
despesas com a remuneração de Conselheiro Tutelar,
sofre desabrido vício, exercendo a Câmara dos
Vereadores ato concreto da administração pública,
de proposição reservada ao Chefe do Poder

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NR.PROCESSO: 5492207.75.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Executivo, violando o princípio da separação dos


poderes, pelo que deve ser declarada a
inconstitucionalidade, por afronta ao art. 2º, § 1º, da
Constituição do Estado de Goiás.
AÇÃO PROCEDENTE.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA


o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes do Órgão
Especial, à unanimidade, julgar a ação procedente, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, com o Relator, os Senhores


Desembargador Amaral Wilson e Oliveira, em substituição ao
Desembargador José Carlos de Oliveira, Desembargadores Beatriz
Figueiredo Franco, Leobino Valente Chaves, Gilberto Marques Filho, João
Waldeck Félix de Sousa, Walter Carlos Lemes, Carlos Hipólito Escher,
Kisleu Dias Maciel Filho, Gerson Santana Cintra, Carmecy Rosa Maria
Alves de Oliveira, Nicomedes Domingos Borges, Itamar de Lima, Sandra
Regina Teodoro Reis, Olavo Junqueira de Andrade e Marcus da Costa
Ferreira. Ausente, justificadamente, o Desembargador Carlos Roberto
Fávaro, em substituição ao Desembargador Ney Teles de Paula.

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NR.PROCESSO: 5492207.75.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador


Nicomedes Domingos Borges.

Presente à sessão, representando a Procuradoria-


Geral de Justiça, a Doutora Ana Cristina Peternella França.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator
01

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NR.PROCESSO: 5492207.75.2019.8.09.0000
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL Nº
2.019/19. MATÉRIA RESERVADA AO CHEFE DO EXECUTIVO MUNICIPAL.
ALTERAÇÃO POR EMENDA PARLAMENTAR. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
SEPARAÇÃO DOS PODERES. RECONHECIMENTO DO VÍCIO.

A Lei nº 2.019/19, do Município de Ceres, de iniciativa do Prefeito Municipal,


alterada por emenda parlamentar, acarretando o aumento de despesas com a
remuneração de Conselheiro Tutelar, sofre desabrido vício, exercendo a Câmara
dos Vereadores ato concreto da administração pública, de proposição reservada ao
Chefe do Poder Executivo, violando o princípio da separação dos poderes, pelo que
deve ser declarada a inconstitucionalidade, por afronta ao art. 2º, § 1º, da
Constituição do Estado de Goiás.

AÇÃO PROCEDENTE.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Segurança Concedida em Parte - Data da


Movimentação 19/02/2020 17:44:30

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5002905.03.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : THAIS COUTO DE BRITO
POLO PASSIVO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : THAIS COUTO DE BRITO


ADVGS. PARTE : 29226 GO - MURILLO DE FARIA FERRO
22830 GO - ANA CLÁUDIA RASSI PARANHOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
1

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5002905.03.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : THAÍS COUTO DE BRITO
IMPETRADO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

RELATÓRIO

THAÍS COUTO DE BRITO, devidamente


qualificada, por conduto de advogado habilitado e legalmente constituído,
com fundamento no art. 5º, incisos XXXV e LXIX, da Constituição
Federal, Lei nº 12.016/09, art. 9º - B, do Regimento Interno do Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, impetrou mandado de segurança, com pedido
de liminar, apontando como autoridade coatora o Governador do Estado de
Goiás, para garantir direito líquido e certo à reintegração ao cargo público
em comissão que ocupava – Assessor I, Agência de Fomento Goiás S/A –,
exonerada pelo Decreto nº 9.374, de 02 de janeiro de 2019,
alternativamente, o recebimento da remuneração correspondente, referente
ao período da estabilidade provisória, decorrente do estado fisiológico da
gravidez, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, após o parto, conforme
estabelecido pela Lei Estadual nº 10.460/88, acrescido de 02 (dois) meses,

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
2

pela aplicação da Convenção Coletiva dos Bancários, razão para a ordem


mandamental.

Pedido de liminar.

Liminar deferida, em parte.

Agravo interno.

Agravo interno desprovido.

Embargos de declaração.

Informações da autoridade impetrada.

Contestação.

A Procuradoria-Geral de Justiça, representada pela


Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, se manifestou pela parcial
concessão da segurança.

É o relatório.

Peço dia para julgamento, pauta presencial.

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
3

Goiânia, 12 de dezembro de 2019.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
4

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5002905.03.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : THAÍS COUTO DE BRITO
IMPETRADO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

VOTO

Relativamente à reintegração, nada obstante o


incontestável direito da impetrante à estabilidade provisória, em razão do
estado fisiológico de gravidez, art. 39, § 3º, da Constituição Federal, art.
10, inciso II, letra “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
a discricionariedade conferida ao gestor público para o provimento dos
cargos em comissão, art. 37, inciso II, parte final, da Constituição Federal,
obsta o retorno forçado, pelo conflito entre as normas constitucionais,
devendo ser harmonizadas, resultando, como solução, no pagamento da
indenização substitutiva pelo período total da segurança.

Vejam-se os dispositivos constitucionais, in verbis:

“Art. 37. (…) II - a investidura em cargo ou emprego


público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
5

com a natureza e a complexidade do cargo ou


emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração.”

“Art. 39. (…) § 3º Aplica-se aos servidores


ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII,
XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a
natureza do cargo o exigir.”

“Art. 10. Até que seja promulgada a lei


complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição: (…) II - fica vedada a dispensa
arbitrária ou sem justa causa: (…) b) da empregada
gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto.”

Na seara do tema, a orientação da Corte, in verbis:

“Apelação Cível. Reclamatória trabalhista. Inépcia


da inicial afastada. Exoneração de servidora pública
gestante. Cargo comissionado. Estabilidade
provisória. Indenização substitutiva. Desprovimento.

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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(…) II - A estabilidade provisória decorrente da


gravidez, é estendida às servidoras públicas
comissionadas, nos termos do art. 39, § 3º,
Constituição Federal e do art. 10, II, alínea b, Atos
de Disposições Constitucionais Transitórias. III -
Dada a instabilidade das investiduras para os cargos
em comissão, já que seus ocupantes podem ser
exonerados a qualquer tempo, não se afigura viável a
reintegração ao cargo. No entanto, exonerada ainda
gestante, faz jus a servidora à indenização
substitutiva, consubstanciada no recebimento dos
vencimentos relativos ao período de gravidez, até 5
(cinco) meses após o parto. IV - Apelo conhecido e
desprovido, com a majoração dos honorários
recursais em favor da apelada.” (Apelação nº
0390379-40.2016.8.09.0158, DJE de 02/07/19).

Pertinente ao período a ser indenizado, indevido o


reconhecimento para além da gravidez, do lapso temporal de 180 (cento e
oitenta) dias – licença maternidade –, a Lei Estadual nº 10.460/88 (Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias),
apesar de garantir às servidoras em exercício, efetivas ou comissionadas, o
afastamento remunerado, não prevê a estabilidade, devendo ser
implementado, dada a ausência de norma específica, o período de garantia

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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assentado pelo art. 10, inciso II, letra “b”, dos Atos das Disposições
Constitucionais Transitórias, que abrange a gestação e 05 (cinco) meses
após o parto.

Noutra curva, em atenção ao princípio da legalidade


estrita, que rege a administração pública, descabida a concessão de
benefícios previstos na Convenção Coletiva dos Bancários, porquanto o
legislador, ao especificar os direitos assegurados aos servidores públicos,
art. 37, § 3º, da Carta da República, não inseriu o inciso XXVI, do art. 7º,
da Constituição Federal.

Nesse sentido, a orientação doutrinária, in verbis:

“O princípio da legalidade é certamente a diretriz


básica da conduta dos agentes da Administração.
Significa que toda e qualquer atividade
administrativa deve ser autorizada por lei. Não
sendo, a atividade é ilícita. Tal postulado,
consagrado após séculos de evolução política, tem
por origem mais próxima a criação do Estado de
Direito, ou seja, do Estado que deve respeitar as
próprias leis que edita. O princípio implica
subordinação completa do administrador à lei. Todos
os agentes públicos, desde o que lhe ocupe a cúspide

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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até o mais modesto deles, devem ser instrumentos de


fiel e dócil realização das finalidades normativas. Na
clássica e feliz comparação de Heli Lopes Meirelles,
enquanto os indivíduos no campo privado podem
fazer tudo o que a lei não veda, o administrador
público só pode atuar onde a lei autoriza.” (José dos
Santos Carvalho Filho, Manual de Direito
Administrativo, Lumen Juris, p. 18)

Comprovada a ilegalidade do ato da autoridade


impetrada, o Governador do Estado, que exonera servidora pública
comissionada, no período de estabilidade, conferida pela situação
fisiológica de gravidez, art. 39, § 3º, da Constituição Federal, art. 10, inciso
II, letra “b”, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias,
inviabilizada a reintegração, dada a discricionariedade da nomeação para o
cargo público de provimento precário, faz jus à indenização substitutiva, no
valor da remuneração integral percebida quando em exercício,
correspondente ao período da gestação, até 05 (cinco) meses após o parto.

Nessa direção, a jurisprudência das Cortes


Superiores, in verbis:

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“Agravo regimental no recurso extraordinário.


Servidora gestante. Estabilidade provisória.
Indenização. Possibilidade. 1. As servidoras
públicas, em estado gestacional, ainda que
detentoras apenas de cargo em comissão, têm direito
à licença-maternidade e à estabilidade provisória,
nos termos do art. 7º, inciso XVIII, c/c art. 39, § 3º,
da Constituição Federal, e art. 10, inciso II, alínea b,
do ADCT. Agravo regimental não provido.” (STF,
Agr no RE nº 420839/DF, DJE-081, de 26/04/12).

“Administrativo. Cargo comissionado. Exoneração


de gestante. (…) Direito da servidora à percepção do
valor correspondente à remuneração percebida no
cargo durante o período da licença-maternidade. 1.
Cinge-se a controvérsia ao direito ou não da
impetrante em receber os efeitos financeiros da
função comissionada (cargo de confiança) após a
exoneração ad nutum, durante o período da licença-
maternidade. (…) 3. As servidoras públicas civis
contratadas a título precário, embora não tenham
direito à permanência no cargo em comissão, em
virtude da regra contida no art. 35, inciso I, da Lei nº
8.112/90, fazem jus ao recebimento de indenização

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durante o período compreendido entre o início da


gestação até o 5º mês após o parto. Precedentes. 4.
Agravo regimental não provido.” (STJ, AgRg no
AREsp nº 26.843/DF, DJE de 17/02/12).

O pagamento, por meio de precatório, da


indenização substitutiva, decorrente do reconhecimento da irregularidade
do ato de exoneração da impetrante, durante o período de estabilidade
provisória, constitui ilegalidade, porquanto a execução do acórdão
concessivo da segurança é imediata, na forma do art. 14, § 4º, da Lei nº
12.016/09.

Veja-se o dispositivo, in verbis:

“Art. 14. (…) § 4º O pagamento de vencimentos e


vantagens pecuniárias assegurados em sentença
concessiva de mandado de segurança a servidor
público da administração direta ou autárquica
federal, estadual e municipal somente será efetuado
relativamente às prestações que se vencerem a
contar da data do ajuizamento da inicial.”

Sobre o tema, a orientação doutrinária, in verbis:

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“A execução da sentença concessiva da segurança é


imediata, específica ou in natura, isto é, mediante o
cumprimento da providência determinada pelo juiz
(…). A segurança pode prestar-se à remoção de
obstáculos a pagamento em dinheiro, desde que a
retenção desses pagamentos decorra de ato ilegal da
Administração (…). O mandado vale como ordem
legal para o imediato cumprimento do que nele se
determina e, ao mesmo tempo, marca o momento a
partir do qual o impetrante, beneficiário da
segurança, passa a auferir todas as vantagens
decorrentes do writ.” (Heli Lopes Meirelles, Arnoldo
Wald, Gilmar Ferreira Mendes, Mandado de
Segurança e Ações Constitucionais, Malheiros,
pags. 188/121).

Ao cabo do exposto, concedo parcialmente a


segurança.

É, pois, como voto.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

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MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5002905.03.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : THAÍS COUTO DE BRITO
IMPETRADO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA.


EXONERAÇÃO DE SERVIDORA
COMISSIONADA GESTANTE. ILEGALIDADE
DO ATO. DIREITO À INDENIZAÇÃO
SUBSTITUTIVA.
Comprovada a ilegalidade do ato da autoridade
impetrada, o Governador do Estado, que exonera
servidora pública comissionada, no período de
estabilidade, conferida pela situação fisiológica de
gravidez, art. 39, § 3º, da Constituição Federal, art.
10, inciso II, letra “b”, dos Atos das Disposições
Constitucionais Transitórias, inviabilizada a
reintegração, dada a discricionariedade da nomeação
para o cargo público de provimento precário, faz jus
à indenização substitutiva, no valor da remuneração

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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integral percebida quando em exercício,


correspondente ao período da gestação, até 05
(cinco) meses após o parto.
SEGURANÇA PARCIALMENTE
CONCEDIDA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA


o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes do Órgão
Especial, à unanimidade, conceder parcialmente a segurança, nos termos do
voto do Relator.

Votaram, com o Relator, os Senhores


Desembargador Amaral Wilson e Oliveira, em substituição ao
Desembargador José Carlos de Oliveira, Desembargadores Beatriz
Figueiredo Franco, Leobino Valente Chaves, Gilberto Marques Filho, João
Waldeck Félix de Sousa, Carlos Hipólito Escher, Kisleu Dias Maciel Filho,
Gerson Santana Cintra, Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, Nicomedes
Domingos Borges, Itamar de Lima, Sandra Regina Teodoro Reis, Olavo
Junqueira de Andrade e Marcus da Costa Ferreira. Ausente,
justificadamente, o Desembargador Carlos Roberto Fávaro, em substituição
ao Desembargador Ney Teles de Paula.

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador


Nicomedes Domingos Borges.

Presente à sessão, representando a Procuradoria-


Geral de Justiça, a Doutora Ana Cristina Peternella França.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator
01

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NR.PROCESSO: 5002905.03.2019.8.09.0000
EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. EXONERAÇÃO DE SERVIDORA
COMISSIONADA GESTANTE. ILEGALIDADE DO ATO. DIREITO À
INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA.

Comprovada a ilegalidade do ato da autoridade impetrada, o Governador do Estado,


que exonera servidora pública comissionada, no período de estabilidade, conferida
pela situação fisiológica de gravidez, art. 39, § 3º, da Constituição Federal, art. 10,
inciso II, letra “b”, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias,
inviabilizada a reintegração, dada a discricionariedade da nomeação para o cargo
público de provimento precário, faz jus à indenização substitutiva, no valor da
remuneração integral percebida quando em exercício, correspondente ao período da
gestação, até 05 (cinco) meses após o parto.

SEGURANÇA PARCIALMENTE CONCEDIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/02/2020


15:33:03

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5604399.48.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Injunção
POLO ATIVO : JORGE EDUARDO CAMPOS PEIXOTO
POLO PASSIVO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JORGE EDUARDO CAMPOS PEIXOTO


ADVGS. PARTE : 39426 GO - EDUARDO DE BRITO VIEIRA
17345 GO - EDVALDO ADRIANY SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5604399.48.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

Órgão Especial

MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 5604399.48.2019.8.09.0000

IMPETRANTE : JORGE EDUARDO CAMPOS PEIXOTO


IMPETRADO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de MANDADO DE INJUNÇÃO impetrado por JORGE EDUARDO CAMPOS


PEIXOTO contra omissão atribuída ao GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS,
consubstanciada na ausência de regulamentação dos critérios para a concessão da
aposentadoria especial aos servidores públicos estaduais, prevista no artigo 40, § 4º,
da Constituição Federal, e no artigo 97, § 4º, da Constituição do Estado de Goiás.

A princípio, considerando as disposições do artigo 10 do Código de Processo Civil1,


intime-se a parte impetrante para, no prazo de 5 (cinco) dias, manifestar-se acerca da
possível ilegitimidade do Governador do Estado de Goiás para figurar no polo passivo
do mandado de injunção, porquanto a regulamentação da norma, em tese, atrai a
competência do Congresso Nacional.

Intime-se. Cumpra-se.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5604399.48.2019.8.09.0000
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1003

1Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não
se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir
de ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 17:13:35

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5316464.51.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Direta de Inconstitucionalidade
POLO ATIVO : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : MUNICÍPIO DE CERES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MUNICÍPIO DE CERES


ADVG. PARTE : 29102 GO - RAFAEL DE FREITAS BARRETO

PARTE INTIMADA : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORAS DE ENERGI A ELÉTRICA


DE MENOR PORTE - ABRADEMP
ADVGS. PARTE : 6655 GO - CÍCERO MARQUES COSTA
43001 GO - JOSÉ CARLOS NEVES MARQUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
1

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5316464.51.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE GOIÁS
1º REQUERIDO : MUNICÍPIO DE CERES
2º REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE CERES
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

RELATÓRIO

O Procurador-Geral de Justiça do Estado de Goiás,


com fundamento no art. 129, inciso IV, da Constituição Federal, art. 29,
inciso I, da Lei nº 8.625/93, arts. 60, inciso V, 117, inciso IV, primeira
parte, da Constituição do Estado de Goiás, art. 52, inciso II, da Lei
Complementar Estadual nº 25/98, propôs, perante o Órgão Especial do
Tribunal de Justiça, ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de
antecipação da tutela, da Lei Municipal nº 2.004, de 11 de março de 2019.

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
2

Observa que a legislação municipal, dispondo sobre


a proibição de cobrança de taxa de religação de energia elétrica e água na
cidade de Ceres, pelas concessionárias dos serviços públicos, na hipótese
do corte do fornecimento por inadimplemento, apresenta, relativamente à
distribuição, incompatibilidade com a Constituição do Estado de Goiás, por
afronta ao princípio federativo, decorrente da usurpação da competência
privativa da União para legislar sobre a matéria (art. 22, inciso IV, da
Constituição Federal), razão para o reconhecimento da
inconstitucionalidade.

Pedido de antecipação da tutela.

Antecipação da tutela concedida.

Informações prestadas.

O Procurador-Geral do Estado se manifestou.

A Procuradoria-Geral de Justiça, representada pela


Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, se manifestou pela
procedência da ação.

É o relatório.

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
3

Peço dia para julgamento, pauta presencial.

Goiânia, 17 de dezembro de 2019.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
4

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5316464.51.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE GOIÁS
1º REQUERIDO : MUNICÍPIO DE CERES
2º REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE CERES
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

VOTO

Veja-se a Lei nº 2.004/19, do Município de Ceres, in


verbis:

“Art. 1º Fica proibida a cobrança de taxa de


religação, por parte das empresas concessionárias de
fornecimento de energia elétrica e de água na cidade
de Ceres, por atraso no pagamento das respectivas
faturas.
Parágrafo único. Esta proibição não se aplica ao caso
de interrupção de fornecimento dos aludidos
serviços requeridos pelo consumidor.

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
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Art. 2º No caso de corte de fornecimento, por atraso


no pagamento do débito que originou o corte, a
concessionária tem que restabelecer o fornecimento
de energia elétrica e água, sem qualquer ônus ao
consumidor, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro)
horas.
Parágrafo único. Esta proibição se aplica ao serviço
de gratuidade de energia que pode ser solicitada pelo
consumidor.
Art. 3º As concessionárias deverão informar ao
consumidor sobre a gratuidade do serviço de
religação, em suas respectivas faturas de cobrança e
em seus sítios eletrônicos.
Art. 4º Em caso de descumprimento desta lei, as
concessionárias serão multadas em 1.000 (mil)
Unidades de Referência Fiscal do município –
URFM, sem prejuízo das medidas previstas no
Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078, de
11 de setembro de 1990.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.”

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
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A formulação de lei que disponha sobre a relação


entre os usuários e as empresas concessionárias do serviço público de
distribuição de energia elétrica, mais especificamente na cobrança de taxas,
compete privativamente à União, conforme os arts. 21, inciso XII, letra
“b”, 22, inciso IV, 175, parágrafo único, inciso III, da Constituição Federal.

Consultem-se os dispositivos, in verbis:

“Art. 21. Compete à União: (…) XII - explorar,


diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão: (…) b) os serviços e instalações de
energia elétrica e o aproveitamento energético dos
cursos de água, em articulação com os Estados onde
se situam os potenciais hidroenergéticos;”

“Art. 22. Compete privativamente à União legislar


sobre: (…) IV - águas, energia, informática,
telecomunicações e radiodifusão;”

“Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da


lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação
de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá
sobre: (…) III - política tarifária;”

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Não pode ser sacralizada a Lei nº 2.004/19, do


Município de Ceres, relativamente à proibição da cobrança de taxa de
religação do fornecimento de energia elétrica, pela empresa concessionária,
interrompido em razão do inadimplemento do débito pelo usuário,
aprovada pela Câmara dos Vereadores e sancionada pelo Prefeito
Municipal, atuando no campo reservado à União, responsável pelo contrato
e a definição de custos, regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica
– ANEEL, caracterizando a violação do princípio federativo, fora do campo
de atuação da municipalidade, conforme os arts. 1º, 62 e 64, incisos I e II,
da Constituição Estadual.

Ei-los, in verbis:

“Art. 1º - O Estado de Goiás, formado por seus


Municípios, é parte integrante e inseparável da
República Federativa do Brasil.”

“Art. 62 - O Município goza de autonomia política,


administrativa e financeira, nos termos desta e da
Constituição da República e de sua Lei Orgânica,
que será votada em dois turnos, com interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
vereadores que compõem a Câmara Municipal, que
a promulgará.”

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“Art. 64 - Compete aos Municípios: I - legislar sobre


assuntos de interesse local; II - suplementar a
legislação federal e a estadual, no que couber.”

A Lei nº 2.004/19, do Município de Ceres, que


proibiu a cobrança de taxa de religação, pela concessionária do serviço de
fornecimento de energia elétrica, interrompido por inadimplemento do
débito do usuário, apresenta desabrido vício, exercendo a municipalidade a
competência privativa da União de legislar sobre a matéria, violando o
princípio federativo, pelo que deve ser declarada a inconstitucionalidade.

No tema, a orientação do Supremo Tribunal Federal,


in verbis:

“Constitucional. Lei Estadual 12.635/07, de São


Paulo. Postes de sustentação da rede elétrica.
Obrigação de remoção gratuita pelas concessionárias
em proveito de conveniências pessoais dos
proprietários de terrenos. Encargos extraordinários
não previstos nos contratos de concessão de energia
elétrica. Relevância jurídica da tese de usurpação
das competências federais para dispor sobre o tema.
1. (…) 2. As competências para legislar sobre
energia elétrica e para definir os termos da

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exploração do serviço de seu fornecimento, inclusive


sob regime de concessão, cabem privativamente à
União, nos termos dos art. 21, XII, “b”; 22, IV e 175
da Constituição. Precedentes. 3. Ao criar, para as
empresas que exploram o serviço de fornecimento
de energia elétrica no Estado de São Paulo,
obrigação significativamente onerosa, a ser prestada
em hipóteses de conteúdo vago (“que estejam
causando transtornos ou impedimentos”) para o
proveito de interesses individuais dos proprietários
de terrenos, o art. 2º da Lei estadual 12.635/07
imiscuiu-se indevidamente nos termos da relação
contratual estabelecida entre o poder federal e as
concessionárias. 4. Ação direta de
inconstitucionalidade julgada procedente.” (ADI nº
4925, DJE-045 de 10/03/15)

“Ação Direta de Inconstitucionalidade. Expressão


'eletricidade' do art. 1º da Lei fluminense n.
4.901/2006. Fixa a obrigação das concessionárias de
energia elétrica do Estado do Rio de Janeiro de
instalar medidores de consumo de energia na parte
interna da propriedade onde se realiza o consumo.
Competência da União para legislar sobre serviços

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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de energia elétrica. Afronta aos arts. 1º, caput, 5º,


inc. XXXVI, 21, inc. XII, alínea b, 22, inc. IV, 37,
inc. XXI e 175 da Constituição da República. Ação
julgada procedente.” (ADI nº 3905, DJE-086 de
10/05/11)

Ao cabo do exposto, julgo procedente a ação.

É, pois, como voto.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº


5316464.51.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
REQUERENTE : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE GOIÁS
1º REQUERIDO : MUNICÍPIO DE CERES
2º REQUERIDO : CÂMARA MUNICIPAL DE CERES
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE. LEI
MUNICIPAL Nº 2.004/19. ENERGIA
ELÉTRICA. MATÉRIA RESERVADA À
UNIÃO. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO
FEDERATIVO. RECONHECIMENTO DO
VÍCIO.
A Lei nº 2.004/19, do Município de Ceres, que
proibiu a cobrança de taxa de religação, pela
concessionária do serviço de fornecimento de
energia elétrica, interrompido pelo inadimplemento
do débito do usuário, apresenta desabrido vício,
exercendo a municipalidade a competência privativa

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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da União de legislar sobre a matéria, violando o


princípio federativo, pelo que deve ser declarada a
inconstitucionalidade.
AÇÃO PROCEDENTE.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA


o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes do Órgão
Especial, à unanimidade, julgar procedente a ação, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, com o Relator, os Senhores


Desembargador Amaral Wilson e Oliveira, em substituição ao
Desembargador José Carlos de Oliveira, Desembargadores Beatriz
Figueiredo Franco, Leobino Valente Chaves, Gilberto Marques Filho, João
Waldeck Félix de Sousa, Walter Carlos Lemes, Carlos Hipólito Escher,
Kisleu Dias Maciel Filho, Gerson Santana Cintra, Carmecy Rosa Maria
Alves de Oliveira, Nicomedes Domingos Borges, Itamar de Lima, Sandra
Regina Teodoro Reis, Olavo Junqueira de Andrade e Marcus da Costa
Ferreira. Ausente, justificadamente, o Desembargador Carlos Roberto
Fávaro, em substituição ao Desembargador Ney Teles de Paula.

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador


Nicomedes Domingos Borges.

Presente à sessão, representando a Procuradoria-


Geral de Justiça, a Doutora Ana Cristina Peternella França.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator
01

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NR.PROCESSO: 5316464.51.2019.8.09.0000
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL Nº
2.004/19. ENERGIA ELÉTRICA. MATÉRIA RESERVADA À UNIÃO. VIOLAÇÃO
DO PRINCÍPIO FEDERATIVO. RECONHECIMENTO DO VÍCIO.

A Lei nº 2.004/19, do Município de Ceres, que proibiu a cobrança de taxa de


religação, pela concessionária do serviço de fornecimento de energia elétrica,
interrompido pelo inadimplemento do débito do usuário, apresenta desabrido vício,
exercendo a municipalidade a competência privativa da União de legislar sobre a
matéria, violando o princípio federativo, pelo que deve ser declarada a
inconstitucionalidade.

AÇÃO PROCEDENTE.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


14/02/2020 10:55:02

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5257963.41.2018.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Recurso Administrativo
POLO ATIVO : MARIA ELIAS MELO
POLO PASSIVO : JD E DIRETOR DO FORO DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA ELIAS MELO


ADVGS. PARTE : 13955 GO - MÁRCIO MESSIAS CUNHA
48695 DF - JOAO VICTOR CORREIA PIMENTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Órgão Especial

RECURSO ADMINISTRATIVO Nº 5257963.41.2018.8.09.0000

COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

RECORRENTE: MARIA ELIAS MELO

RECORRIDO: JD E DIRETOR DO FORO DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

RELATOR: DESEMBARGADOR JEOVÁ SARDINHA DE MORAES

(EM SUBSTITUIÇÃO)

VOTO

Preenchidos os pressupostos legais, conheço do recurso administrativo.

Analisando detidamente os autos, é de se notar que todo o processado respeitou os


princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, não havendo nenhuma
nulidade.

Observo que agiu com acerto o julgador primevo, tendo nomeado comissão
processante para apuração do ilícito administrativo, obedecendo o procedimento previsto na Lei
nº 10.460/88 e Lei nº 14.563/2003, afastando, assim, qualquer ilegalidade do processado.

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
De se destacar que, mesmo considerando ser a processada delegatária de função
pública, necessária a aplicação da norma específica para o procedimento administrativo
disciplinar, eis que já revogadas as determinações previstas nos artigos 135 usque 146 do Código
de Organização Judiciária do Estado de Goiás, estabelecido pela Lei nº 9.129/81.

É que a previsão deste normativo deve ser decotada de seu corpo, tendo em vista sua
revogação pela Lei Estadual nº 10.460/88, que estabeleceu novo procedimento para a apuração
da falha funcional dos servidores públicos, estando o delegatário de função pública a ele
equiparado para tal finalidade, mesmo porque subordinado a fiscalização do Diretor do Foro, eis
que é agente público. Aliás, é exatamente esta a determinação legal do próprio COJEG:

art. 166, Lei 9.129/81: “São aplicáveis aos magistrados e servidores da


justiça, salvo disposições especiais, as normas do Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e da legislação
pertinente aos servidores estaduais”.

Ainda, assevero que o art. 31, I, 18 da Lei Estadual n. 9.129, de 22 de dezembro de


1991 (Código de Organização Judiciária do Estado de Goiás), foi derrogado pelos arts. 39 e 42,
da Lei Estadual n. 14.563/2003, norma que manteve a competência do Diretor do Foro para
instaurar e presidir processos disciplinares contra os servidores que lhe são subordinados, porém,
determinou a aplicação do procedimento previsto na Lei Estadual n. 10.460/88 (Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás). Eis o seu texto:

“Art. 39. O regime e o processo disciplinar dos servidores do Poder


Judiciário regulam-se pelas normas da Lei no 10.460, de 22 de fevereiro
de 1988, da Lei no 13.800, de 18 de janeiro de 2001, e,
complementarmente, pelas normas que regem o direito administrativo
disciplinar, com o que não conflitarem com esta Lei.

Art. 42. Podem instaurar e presidir o processo administrativo disciplinar o


Corregedor-Geral da Justiça, relativamente a qualquer servidor da
Corregedoria-Geral da Justiça e da Justiça do primeiro grau de jurisdição;
o Diretor do Foro, o titular do Juizado da Infância e da Juventude, quanto
aos seus subordinados, e o Diretor-Geral da Secretaria quanto aos
servidores do Tribunal de Justiça.

Parágrafo único. A instauração do processo administrativo será


determinada, preferentemente, pela autoridade a que o faltoso estiver
diretamente subordinado”.

Com isso, observado que a Lei Estadual 10.460/88 estabelece a necessidade de que o
processo disciplinar seja promovido por uma comissão processante composta de 3 (três)

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
funcionários designados, irretocável se revela o processado. Assim é o seu texto legal:

art. 329, Lei nº 10.460/88, modificado pela Lei 14.678/2004: “O processo


administrativo disciplinar será instruído por uma comissão composta por 3
(três) funcionários efetivos, designada pela autoridade que o houver
instaurado, dentre os quais escolherá seu presidente, vice-presidente e
secretário.”

Por outro lado, os artigos subsequentes estabelecem o rito a ser seguido sendo que o §
19, do art. 331, estabelece que:

“O relatório final da comissão processante resumirá as peças principais


dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar sua
convicção, concluindo pela absolvição ou responsabilidade do acusado,
podendo oferecer as sugestões que julgar pertinentes ao caso objeto do
processo.”

No caso vertente, a Comissão Processante indicou satisfatoriamente as provas em que


baseou sua convicção tanto que assim manifestou:

“Pois bem, da análise perfunctória dos autos, verifica-se que a sentença


de Usucapião utilizada para registro na matrícula do imóvel de n°.
246.161 não existiu, tratando-se de crime de uso de documento falso, o
qual já é objeto de investigação no âmbito criminal (fls. 183), bem como já
foi determinado o cancelamento administrativo da referida matrícula (fls.
189/191).

Quanto ao procedimento de registro do mandado falso de usucapião na


matrícula do imóvel de n. 246.163, o documento de fl. 35 informa que tal
se deu mediante o protocolo de n. 510.297, no dia 26/10/2015, sendo
marcado no referido protocolo a data prevista para entrega dos serviços a
data de 09/11/2015. Assim, é de ressaltar, neste ponto, que a data de
09/11/2015 foi apenas uma data prevista para término dos trabalhos de
registro, o qual poderia ocorrer antes, conforme, inclusive ocorreu e
consta na data de registro da sentença, como sendo em 04/11/2015 (fls.
33).

Constatou-se, ainda, que durante o afastamento funcional da Reclamada,


foi nomeado interventor para lhe substituir, o qual prestou seus serviços
no período compreendido entre 05/11/2015 a 18/12/2015, fato este que
para a Reclamada seria suficiente para responsabilização do interventor
pelo registro da sentença falsa, uma vez que o ato teria finalizado na
gestão do interventor (09/11/2015) e não em sua gestão que se encerrou
em 05/11/2015, afirmando, ainda, em suas alegações de fl. 169 que

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
embora conste na Certidão de fl. 33, o registro com a data de 04/11/2015,
ele não reflete todo o encaminhamento do ato, visto que o selo eletrônico
que legitima a conclusão do registro apenas foi emitido em 09/11/2015.

No entanto, razões não assiste à Reclamada, ante o disposto no artigo


114, §1° do Código de Normas e Procedimentos do Foro Extrajudicial da
Corregedoria Geral de Justiça do Estado de Goiás:

Art. 114. Recebido o título, o Oficial verificará sua legalidade e validade,


no prazo improrrogável de trinta (30) dias úteis. E, se estiver em ordem,
procederá ao registro incontinente, exceto quando o título já tiver sido,
antes, apresentado para verificação e cálculo de emolumentos. O prazo
do art. 188 da Lei n° 6015/73 compreende o período de verificação dos
emolumentos. §1°. Aos registradores de imóveis a necessária atenção
que devem dispensar ao exame da idoneidade dos títulos translativos,
antes de os submeterem a registros ou, mesmo na abertura de matrículas
de imóveis rurais, tendo em vista as ocorrências de fraudes e
falsificações externadas pelo Ministro de Estado de Política Fundiária,
com base em títulos nulos de pleno direito ou em desacordo com o que
estatui o art. 221 da Lei n°6.015/73. (grifo nosso).

Nesse sentido, a legislação é clara que o Oficial do Cartório deverá


verificar a legalidade e validade do título quando de seu recebimento, até
mesmo porque seria extremamente contraproducente, ou até mesmo
caracterizaria uma situação jurídica esdrúxula, deixar para observar a
validade do título quando fosse gerar os selos ou no ato do próprio
registro. Portanto, tem-se que o título foi recebido no Cartório em
26/11/2015 (fls. 35) e conforme consta na Certidão de fl. 33 consta como
data de registro da sentença falsa o dia 04/11/2015 e durante todo esse
período era a Reclamada a titular o Cartório, e mesmo que tenham sido
gerados os selos na administração do interventor nomeado, tal registro já
estava em sua fase final, tendo passado por toda a sua fase preliminar de
verificação na administração da Reclamada, o que por questões de
eficiência do serviço prestado não afastaria a responsabilidade do
interventor em novamente verificar os atos já praticados pela Reclamada,
mas também em hipótese alguma afasta a responsabilidade desta, visto
que o título falso foi totalmente andamentado durante sua
administração,...”

Já o Diretor do Foro, em sua decisão, fundamentou que:

“Em relação a data em que teria se efetivado o registro, a defesa alega


constar nos arquivos da serventia que o pedido de registro se iniciou com
o protocolo no dia 26/10/2015 e tramitou para análise, permanecendo
nesta fase até o dia 09/11/2015, data em que teria sido gerado o selo
eletrônico.

Contudo, para comprovar o alegado acostou à f1.34 dos autos apenas


um documento interno do cartório com o titulo "andamentos do protocolo

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
510.297", documento este que confronta-se com as certidões das
matrículas n's 246.161 e 246.163 acostadas às fls. 32/33.

Ademais, ainda que estivesse comprovado nos presentes autos que os


selos foram gerados apenas no dia 09/11/2017, data em que a
processada já estaria cumprindo a penalidade de suspensão, os atos de
análise do documento para registro foram praticados sob sua supervisão,
conforme consta no próprio documento acima mencionado.

Por se tratar de uma fraude facilmente detectada pelo homem médio,


haja vista ser necessário apenas a consulta do protocolo n° 911700-
80.2011.8.09.0001 no Sistema do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, para que fosse verificada a inexistência do processo e constatada
a fraude, não é aceitável que o documento falso tenha passado sequer
pela primeira verificação, haja vista que a consulta deveria ser o primeiro
ato realizado quando um documento judicial é prenotado no CRI.”

Igualmente, da mesma forma se orientou o Conselho Superior da Magistratura,


conforme se infere do voto prolatado pelo Desembargador Orloff, o qual demonstra patente
correção, pois inarredável a responsabilidade da recorrente, devendo responder pelos atos
praticados por seus servidores (substitutos ou escreventes designados) em desacordo com as
normas legais. Veja-se a fundamentação:

“Embora o selo de fiscalização e controle seja obrigatório em todos os


atos onerosos e gratuitos praticados pelas serventias, não constitui
requisito de existência da matrícula/registro. De forma mais clara, o ato
de registro se consuma com a transcrição dos elementos da matrícula
constantes do mandado judicial no Livro de Registro, devendo tal
documento ser arquivado no Cartório de Registro de Imóveis. Conquanto
alegue a processada que o registro foi registrado na data de emissão do
selo, a data de realização da matrícula e registro realizadas no Livro de

Registro Geral é 04/11/2015, data em que a processada ainda estava no


comando do cartório”.

Outra não pode ser a conclusão se agiu a recorrente em desacordo com o disposto no
artigo 114, § 1º, do Código de Normas e Procedimentos do Foro Extrajudicial da Corregedoria-
Geral de Justiça. É que, ao receber o pedido de registro baseado em sentença, o mínimo que
deveria ter feito é a checagem no sistema da veracidade das informações, o que não fez.

Assim, é inegável que deixou de cumprir a recorrente o determinado no normativo


citado, que impõe ao oficial o dever de verificar a legalidade e validade dos títulos submetidos a
registro. Assim é seu texto:

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
Art. 114. Recebido o título, o Oficial verificará sua legalidade e validade,
no prazo improrrogável de trinta (30) dias úteis. E, se estiver em ordem,
procederá ao registro incontinente, exceto quando o título já tiver sido,
antes, apresentado para verificação e cálculo de emolumentos. O prazo
do art. 188 da Lei nº 6015/73 compreende o período de verificação dos
emolumentos.

§1º. Aos registradores de imóveis a necessária atenção que devem


dispensar ao exame da idoneidade dos títulos translativos, antes de os
submeterem a registros ou, mesmo na abertura de matrículas de imóveis
rurais, tendo em vista as ocorrências de fraudes e falsificações externada
pelo Ministro de Estado de Política Fundiária, com base em títulos nulos
de pleno direito ou em desacordo com o que estatui o art. 221 da Lei nº
6.015/73.

§2º. A. Caso a serventia disponha de meios de digitalização fidedigna e


arquivamento digital seguro dos títulos que nela adentram, não é
necessário o arquivamento físico de via do título, cujo arquivo digital
deverá ser facilmente acessado por meio do número do Protocolo. Para
tanto, deverá a serventia ser dotada de arquivo de segurança (backup)
nos moldes delineados no art. 6º. deste Código.

§3º. Cada imóvel terá matrícula própria no Livro nº 2, com observância


das disposições dos arts. 176 e Da prática dos atos 225 a 232 da Lei nº
6.015/73.

Diante disso, é notória a culpa da recorrente, pois poderia ter detectado a fraude por
simples consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Justiça ou, até mesmo por telefone. Não
obstante, sem as cautelas necessárias, indicou título para registro sem o devido arquivo do
documento que lhe deu causa e sem qualquer critério ou verificação.

Dessarte, tenho que inescusável é a sua conduta, não sendo possível atribuir culpa ao
interventor, por ter sido o responsável pelo selo de registro que já havia sido feito, mormente ao
se considerar que o mesmo envidou esforços para o cancelamento do registro feito em fraude, de
forma inclusive eficaz.

Desta forma, não há motivos para a alteração do julgado, pois devidamente


comprovadas a autoria e a materialidade da infração administrativa.

Por fim, no que tange à gradação da pena, tenho que foram devidamente sopesados os
critérios estipulados no artigo 312, da Lei nº 10.460/88, bem como respeitadas a
proporcionalidade e a razoabilidade na análise da natureza da infração; sua gravidade e as
circunstâncias que foi praticada; a repercussão do fato; os antecedentes do servidor e a
reincidência, tanto que foi aplicada à recorrente a pena de repreensão, por ter sido considerada
leve a sua falta, com fulcro no artigo 32, I, c/c artigo 33, I, da Lei 8.935/94.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
Ante o exposto, conheço do recurso administrativo e nego-lhe provimento.

É como voto.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador JEOVÁ SARDINHA DE MORAES

Relator em Substituição

(342/k)

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
RECURSO ADMINISTRATIVO Nº 5257963.41.2018.8.09.0000

COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

RECORRENTE: MARIA ELIAS MELO

RECORRIDO: JD E DIRETOR DO FORO DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

RELATOR: DESEMBARGADOR JEOVÁ SARDINHA DE MORAES

(EM SUBSTITUIÇÃO)

EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. PROCESSO


ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. LISURA DO PROCEDIMENTO.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CORRETA
GRADAÇÃO DA PENA. DESPROVIMENTO. 1. Todo o processado
respeitou os princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, não havendo nenhuma nulidade. 2. Observo que agiu com
acerto o julgador primevo, tendo nomeado comissão processante para
apuração do ilícito administrativo, obedecendo o procedimento previsto
na Lei nº 10.460/88 e Lei nº 14.563/2003, afastando, assim, qualquer
ilegalidade do processado. 3. Notória a culpa da recorrente, pois poderia
ter detectado a fraude por simples consulta ao sítio eletrônico do Tribunal
de Justiça ou, até mesmo por telefone. Não obstante, sem as cautelas
necessárias, indicou título para registro sem o devido arquivo do
documento que lhe deu causa e sem qualquer critério ou verificação. 4.
No que tange à gradação da pena, tenho que foram devidamente
sopesados os critérios estipulados no artigo 312, da Lei nº 10.460/88,
bem como respeitadas a proporcionalidade e a razoabilidade na análise
da natureza da infração; sua gravidade e as circunstâncias que foi
praticada; a repercussão do fato; os antecedentes do servidor e a
reincidência, tanto que foi aplicada à recorrente a pena de repreensão,
por ter sido considerada leve a sua falta, com fulcro no artigo 32, I, c/c
artigo 33, I, da Lei 8.935/94. RECURSO ADMINISTRATIVO
CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO ADMINISTRATIVO Nº


5257963.41.2018.8.09.0000, acordam os componentes do Órgão Especial do egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso
administrativo, mas negar-lhe provimento nos termos do voto do relator em substituição.

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
Votaram com o relator em substituição os Desembargadores Norival Santomé
(substituto do Desembargador Itamar de Lima), Beatriz Figueiredo Franco, Leobino Valente
Chaves, Gilberto Marques Filho, João Waldeck Felix de Sousa, Carlos Escher, Kisleu Dias Maciel
Filho, Gerson Santana Cintra, Nicomedes Domingos Borges, Sandra Regina Teodoro Reis, Olavo
Junqueira de Andrade, Marcus da Costa Ferreira e Luiz Cláudio Veiga Braga (substituto da
Desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo).

Ausente no início a Desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira.

Ausente justificado o Desembargador José Carlos de Oliveira.

Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador JEOVÁ SARDINHA DE MORAES

Relator em Substituição

(N)

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NR.PROCESSO: 5257963.41.2018.8.09.0000
EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.
LISURA DO PROCEDIMENTO. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CORRETA
GRADAÇÃO DA PENA. DESPROVIMENTO. 1. Todo o processado respeitou os princípios do
devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, não havendo nenhuma nulidade. 2.
Observo que agiu com acerto o julgador primevo, tendo nomeado comissão processante para
apuração do ilícito administrativo, obedecendo o procedimento previsto na Lei nº 10.460/88 e Lei
nº 14.563/2003, afastando, assim, qualquer ilegalidade do processado. 3. Notória a culpa da
recorrente, pois poderia ter detectado a fraude por simples consulta ao sítio eletrônico do Tribunal
de Justiça ou, até mesmo por telefone. Não obstante, sem as cautelas necessárias, indicou título
para registro sem o devido arquivo do documento que lhe deu causa e sem qualquer critério ou
verificação. 4. No que tange à gradação da pena, tenho que foram devidamente sopesados os
critérios estipulados no artigo 312, da Lei nº 10.460/88, bem como respeitadas a
proporcionalidade e a razoabilidade na análise da natureza da infração; sua gravidade e as
circunstâncias que foi praticada; a repercussão do fato; os antecedentes do servidor e a
reincidência, tanto que foi aplicada à recorrente a pena de repreensão, por ter sido considerada
leve a sua falta, com fulcro no artigo 32, I, c/c artigo 33, I, da Lei 8.935/94. RECURSO
ADMINISTRATIVO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/02/2020


14:45:34

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5073231.51.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO
POLO PASSIVO : 5ª CÂMARA CÍVEL DO TJGO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO


ADVG. PARTE : 13955 GO - MÁRCIO MESSIAS CUNHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5073231.51.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Gilberto Marques Filho

MANDADO DE SEGURANÇA – AUTOS Nº 5073231.51.2020.8.09.0000

Comarca : GOIÂNIA
Impetrante : BRASMIX ENGENHARIA DE CONCRETO
Impetrado : 5ª CÂMARA CÍVEL DO TJGO
Relator : Des. Gilberto Marques Filho

DESPACHO

Nos termos do artigo 10 do CPC, intime-se a impetrante para, no prazo de


cinco (05) dias, manifestar-se a respeito do cabimento do presente mandamus, tendo
em vista a Súmula 268 do STF.
Após, volvam-me conclusos os autos, para ulteriores deliberações.
Cumpra-se.
Goiânia, datado e assinado digitalmente.

GILBERTO MARQUES FILHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 17:28:15

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5048499.74.2018.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Recurso Administrativo
POLO ATIVO : LARISSA CORREA SOARES
POLO PASSIVO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LARISSA CORREA SOARES


ADVGS. PARTE : 34600 GO - EDHYSON JUNIO NASCIMENTO DA SILVA
43673 GO - LETICIA MIRANDA TOLEDO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
1

RECURSO ADMINISTRATIVO Nº 5048499.74.2018.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
RECORRENTE : LARISSA CORREA SOARES
RECORRIDO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

RELATÓRIO

Trata-se de recurso administrativo interposto por


LARISSA CORREA SOARES, qualificada, por conduto de advogado
habilitado e legalmente constituído, com fundamento no art. 9º-A, inciso
XVII, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, Lei
Estadual nº 13.800/01, contra o Despacho nº 5191/16, do Presidente do
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que determinou a revogação da
Portaria nº 03/16, da Diretoria do Foro da Comarca de Campinorte,
destituindo-a do cargo de respondente do Tabelionato de Notas, Protestos
de Títulos, Tabelionato e Oficialato de Registros de Contratos Marítimos,
de Registro de Imóveis, de Registros de Títulos e Documentos, Civil das
Pessoas Jurídicas e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do
Distrito Judiciário de Alto Horizonte.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
2

Nas razões recursais, sustenta a ilegalidade do ato,


não cientificada da requisição de informações sobre a sua designação para
responder interinamente pela serventia extrajudicial, a inércia do Diretor do
Foro da Comarca de Campinorte em apontar que a escolha respeitou a
sequência estabelecida pelo Provimento nº 01/15, da Corregedoria-Geral da
Justiça, ausente fato que a desabone no exercício da função, não instaurado
processo administrativo para a perda da respondência.

Juntou documentos.

Despacho mantido.

É o relatório.

Peço dia para julgamento, pauta presencial.

Goiânia, 14 de janeiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
3

RECURSO ADMINISTRATIVO Nº 5048499.74.2018.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
RECORRENTE : LARISSA CORREA SOARES
RECORRIDO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

VOTO

Porque presentes os pressupostos de


admissibilidade, conheço do recurso administrativo.

A recursante se insurge contra o Despacho nº


5191/16, do Presidente do Tribunal de Justiça, que determinou a anulação
da Portaria nº 03/16, da Diretoria do Foro da Comarca de Campinorte,
destituindo-a da interinidade do Tabelionato de Notas, Protestos de Títulos,
Tabelionato e Oficialato de Registros de Contratos Marítimos, de Registro
de Imóveis, de Registros de Títulos e Documentos, Civil das Pessoas
Jurídicas e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do Distrito
Judiciário de Alto Horizonte, apontando a ilegalidade do ato, ausente o
procedimento administrativo próprio, não ocorrida a intimação oficial para
o conhecimento da providência presidencial.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
4

Não expõe ilegalidade, por violação do princípio da


ampla defesa, o ato administrativo que determina a destituição da
interinidade de serventia extrajudicial, sem a instauração de procedimento
próprio, nos termos do art. 35, inciso II, da Lei nº 8.935/94, uma vez que a
ocupação precária da função delegada se submete à conveniência e à
oportunidade da administração pública, inexistido direito à permanência.

Nessa direção, julgados do Superior Tribunal de


Justiça, in verbis:

“Processual Civil e Administrativo. Agravo Interno


no Recurso Especial. Atividades Notariais e de
Registro. Tabelião interino. Nomeação a título
precário. Revogação. Processo administrativo.
Desnecessidade. 1. A jurisprudência desta Corte
orienta-se no sentido de que, por se tratar de
nomeação precária, a Administração Pública pode
dispensar o ocupante da função de tabelião interino a
qualquer tempo, independentemente da instauração
de processo administrativo, conforme juízo de
conveniência e oportunidade. Precedentes. 2. Agravo
interno não provido.” (AgInt no REsp nº
1591109/ES, DJE de 26/06/18).

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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
5

“Administrativo e Processual Civil. Recurso


Ordinário em Mandado de Segurança. Cartório de
Registro de Imóveis. Município de Cariacica.
Instalação por resolução do Presidente do Tribunal
de Justiça. Revogação por resolução do Tribunal
Pleno. Possibilidade. Súmula n. 473 do STF.
Tabelião interino. Função precária. Ausência de
direito líquido e certo. 1. A dispensa do ocupante de
função de tabelião interino não exige a abertura de
processo administrativo, podendo se dar conforme a
conveniência e a oportunidade do administrador
público. Nesse sentido: AgRg na MC 19.361/PR,
Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira
Turma, DJe 02/08/2012; RMS 26.261/AP, Rel.
Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta
Turma, DJe 22/02/2012; RMS 25.555/MG, Rel.
Ministro Vasco Della Giustina (Desembargador
convocado do TJ/RS), Sexta Turma, DJe
09/11/2011; RMS 17552/MG, Rel. Ministro Arnaldo
Esteves Lima, Quinta Turma, DJ 05/12/2005. 2. O
exercício da função de tabelião interino não autoriza
o reconhecimento de qualquer direito de manutenção
nesse cargo até a abertura do respectivo concurso
público, pois o Poder Judiciário não poderia,

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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
6

ingressando no mérito da conveniência e


oportunidade do administrador público, proibir
eventual revogação da sua designação. 3. Nos
termos do entendimento jurisprudencial contido na
Súmula n. 473 do STF, o Tribunal Pleno pode
proceder à revogação do ato administrativo exarado
pelo Presidente do Tribunal de Justiça. 4. Recurso
ordinário não provido.” (RMS nº 35.448/ES, DJE de
05/04/13).

“Administrativo. Recurso Ordinário em Mandado de


Segurança. Atividades notariais e de registro.
Tabelião interino. Nomeação a título precário.
Revogação. Processo Administrativo
Desnecessidade. Falta de interesse do poder público.
Ato discricionário. 1. Consoante a jurisprudência
consolidada no STJ, em se tratando de ocupação
precária de cargo por designação, pode a
Administração destacar o serventuário do cargo a
qualquer tempo, conforme lhe convenha. 2. Cumpre
acrescentar que nem sequer é necessária a
instauração de processo administrativo disciplinar
para apuração de fatos e aplicação da medida, pois a
designação é feita unicamente no interesse do Poder

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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Público, sob critérios de conveniência e


oportunidade. Assim, não há falar em violação de
direito líquido e certo. 3. Agravo Regimental não
provido.” (AgRg no RMS nº 37.034/MT, DJE de
03/09/12).

Ao cabo do exposto, desprovejo o recurso


administrativo.

É, pois, como voto.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
8

RECURSO ADMINISTRATIVO Nº 5048499.74.2018.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
RECORRENTE : LARISSA CORREA SOARES
RECORRIDO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO.


ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO.
INTERINIDADE. DESTITUIÇÃO. AUSÊNCIA
DE PROCESSO ADMINISTRATIVO.
ILEGALIDADE NÃO CARACTERIZADA.
CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
Não expõe ilegalidade, por violação do princípio da
ampla defesa, o ato administrativo que determina a
destituição da interinidade de serventia extrajudicial,
sem a instauração de procedimento próprio, nos
termos do art. 35, inciso II, da Lei nº 8.935/94, uma
vez que a ocupação precária da função delegada se
submete à conveniência e à oportunidade da
administração pública, inexistido direito à
permanência.
RECURSO DESPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA


o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes do Órgão
Especial, à unanimidade, desprover o recurso administrativo, nos termos do
voto do Relator.

Votaram, com o Relator, os Senhores


Desembargador Amaral Wilson e Oliveira, em substituição ao
Desembargador José Carlos de Oliveira, Desembargadores Beatriz
Figueiredo Franco, Leobino Valente Chaves, Gilberto Marques Filho, João
Waldeck Félix de Sousa, Kisleu Dias Maciel Filho, Gerson Santana Cintra,
Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, Itamar de Lima, Sandra Regina
Teodoro Reis, Olavo Junqueira de Andrade e Marcus da Costa Ferreira.
Ausente, justificadamente, o Desembargador Carlos Roberto Fávaro, em
substituição ao Desembargador Ney Teles de Paula. Ausente,
ocasionalmente, o Desembargador Carlos Hipólito Escher.

Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador


Nicomedes Domingos Borges.

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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

01

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000

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NR.PROCESSO: 5048499.74.2018.8.09.0000
EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. ATIVIDADE NOTARIAL E DE
REGISTRO. INTERINIDADE. DESTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO. ILEGALIDADE NÃO CARACTERIZADA. CONVENIÊNCIA E
OPORTUNIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Não expõe ilegalidade, por violação do princípio da ampla defesa, o ato


administrativo que determina a destituição da interinidade de serventia extrajudicial,
sem a instauração de procedimento próprio, nos termos do art. 35, inciso II, da Lei
nº 8.935/94, uma vez que a ocupação precária da função delegada se submete à
conveniência e à oportunidade da administração pública, inexistido direito à
permanência.

RECURSO DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 17:54:07

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5009150.30.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Injunção
POLO ATIVO : SINDGESTOR - SINDICATO DOS GESTORES GOVERNAMENTAIS DE GOIÁS
POLO PASSIVO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SINDGESTOR - SINDICATO DOS GESTORES GOVERNAMENTAIS DE GOIÁS


ADVG. PARTE : 21490 GO - OTAVIO ALVES FORTE

PARTE INTIMADA : PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIAS


ADVG. PARTE : 20139 GO - GABRIEL RICARDO JARDIM CAIXETA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
1

MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 5009150.30.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : SINDGESTOR – SINDICATO DOS
GESTORES GOVERNAMENTAIS DE
GOIÁS
IMPETRADO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS E
OUTRO (S)
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

RELATÓRIO

SINDGESTOR – SINDICATO DOS GESTORES


GOVERNAMENTAIS DE GOIÁS, devidamente qualificado, por
conduto de advogado habilitado e legalmente constituído, sob os albores do
art. 5º, inciso LXXI, da Constituição Federal, art. 2º, da Lei 13.300/16,
impetra mandado de injunção, apontando ato omissivo do Governador do
Estado de Goiás, à ausência de propositura de lei para a revisão geral anual
da remuneração e subsídio dos servidores públicos ocupantes do cargo de
Gestor Governamental, referente aos anos de 2017 e 2018, a declaração de
inconstitucionalidade incidental do art. 9º, §§ 3º e 4º, da Lei Estadual nº
16.921/10, o efeito concretista à decisão a ser proferida, até que editada a

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
2

norma pelo órgão competente.

Informações das autoridades impetradas.

Resposta à ação.

A Procuradoria-Geral de Justiça, representada pela


Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, se manifestou pela denegação
da ordem.

É o relatório.

Peço dia para julgamento, pauta presencial.

Goiânia, 13 de dezembro de 2019.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
3

MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 5009150.30.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : SINDGESTOR – SINDICATO DOS
GESTORES GOVERNAMENTAIS DE GOIÁS
IMPETRADO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS E
OUTRO (S)
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

VOTO

Não se sobresta a ação mandamental, dirigida ao


reconhecimento da inércia do Governador do Estado para a propositura de
lei que regulamente direito constitucionalmente previsto (revisão geral
anual da remuneração e subsídios dos servidores públicos ocupantes do
cargo de Gestor Governamental), pela repercussão geral em recurso
extraordinário que trata de questão idêntica, não inaugurada a instância
constitucional de apreciação, ausente acórdão proferido pelo Juízo de
origem.

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
4

Nessa direção, julgado da Casa, in verbis:

“I- O reconhecimento, pelo Supremo Tribunal


Federal, da repercussão geral de matéria
controvertida (revisão geral anual da remuneração -
Tema 624), não autoriza, por si só, o sobrestamento
das ações que versem sobre tema idêntico,
porquanto tal reconhecimento não impõe,
automaticamente, o sobrestamento de outras ações
pendentes de julgamento, se a suspensão não fora
determinada pela Corte Suprema.” (Mandado de
Injunção nº 5527137-56.2018.8.09.0000, DJE de
16/09/19)

A revisão remuneratória está assegurada na Carta


Magna, com formatação pela Emenda Constitucional nº 19/98, ocorrendo
omissão do Chefe do Poder Executivo em preencher a lacuna normativa,
deixando, injustificadamente, por tempo além do razoável, de atuar no
implemento da providência da sua exclusiva iniciativa, em afronta ao dever
constitucional, além de negar a concretude de direito consagrado na Lei
Matriz, o que justifica a ação mandamental.

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
5

No alcance dos direitos tutelados pela ação de


mandado de injunção, o Supremo Tribunal Federal fixou o entendimento de
que alberga qualquer espécie, individual, coletivo, difuso, político ou
social, desde que ausentes as normas que garantam a sua efetivação,
disponibilizando a providência constitucional para que a mora do Chefe do
Poder Executivo seja purgada com o preenchimento do vazio legislativo.

Relativamente à inconstitucionalidade do art. 9º, §§


3º e 4º, da Lei Estadual nº 16.912/10, não se verifica o descompasso com o
texto da Carta Republicana, porquanto a norma estadual estabelece que, se
não alcançado o aumento de receita corrente líquida, necessário ao reajuste
da remuneração e subsídios pagos aos servidores públicos ocupantes do
cargo de Gestor Governamental, será concedida a revisão geral anual, para
a purgação dos efeitos deletérios da desvalorização da moeda, afastando a
perda do poder aquisitivo, assegurando o atendimento da necessidade vital,
confluente com o art. 37, inciso X, da Constituição Federal.

Veja-se, in verbis:

“Art. 9º Os servidores da carreira de Gestor


Governamental terão sua remuneração fixada pelo
regime de subsídio, em parcela única, nos termos
desta Lei, ressalvado o disposto no § 2º do art. 7º.
(…)

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
6

§ 3° A implementação dos subsídios de que trata o §


1º-A, incisos II a V, fica condicionada ao
crescimento real da receita corrente líquida
verificado nos 12 (doze) meses anteriores ao de sua
vigência.
§ 4° Não se aperfeiçoando a condição de que trata o
§ 3º, os subsídios estarão sujeitos à revisão geral
anual pertinente ao exercício financeiro
correspondente, nos moldes preconizados no inciso
X do art. 37 da Constituição Federal e na Lei nº
14.698, de 19 de janeiro de 2004.”

Consoante o entendimento do Supremo Tribunal


Federal, ADI nº 2726/DF, não há óbice na compensação entre a revisão
remuneratória específica e a geral anual, estabelecida pelo art. 37, inciso X,
da Constituição Federal, desde que previamente estabelecida, razão por que
não se declara a inconstitucionalidade do art. 9º, §§ 3º e 4º, da Lei Estadual
nº 16.921/10.

Nesse sentido, a orientação do Supremo Tribunal


Federal, in verbis:

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
7

“Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei Federal


10331/01 que regulamenta a revisão geral e anual da
remuneração dos servidores públicos. Artigo 3º:
Possibilidade de dedução dos adiantamentos ou
quaisquer outros aumentos concedidos no exercício
anterior. Constitucionalidade. 1. O inciso X do artigo
37 da Carta Federal autoriza a concessão de
aumentos reais aos servidores públicos, lato sensu, e
determina a revisão geral anual das respectivas
remunerações. Sem embargo da divergência
conceitual entre as duas espécies de acréscimo
salarial, inexiste óbice de ordem constitucional para
que a lei ordinária disponha, com antecedência, que
os reajustes individualizados no exercício anterior
sejam deduzidos da próxima correção ordinária. 2. A
ausência de compensação importaria desvirtuamento
da reestruturação aprovada pela União no decorrer
do exercício, resultando acréscimo salarial superior
ao autorizado em lei. Implicaria, por outro lado,
necessidade de redução do índice de revisão anual,
em evidente prejuízo às categorias funcionais que
não tiveram qualquer aumento. 3. Espécies de
reajustamento de vencimentos que são inter-
relacionadas, pois dependem de previsão

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
8

orçamentária própria, são custeadas pela mesma


fonte de receita e repercutem na esfera jurídica dos
mesmos destinatários. Razoabilidade da previsão
legal. Ação direta improcedente.” (ADI nº 2726, DJ
de 29/08/03)

O art. 9º, § 1º, da Lei Estadual nº 16.921/10,


estabelece que os subsídios dos servidores públicos ocupantes do cargo de
Gestor Governamental, no período compreendido entre os anos de 2014 a
2018, receberam o reajustamento, alcançando os valores de R$ 7.300,00
(sete mil e trezentos reais), no primeiro ano, R$ 11.700,00 (onze mil e
setecentos reais), no derradeiro, fato reconhecido pelo impetrante, expondo
a pretensão de cumulação para além do acréscimo já implementado.

Não demonstrada a omissão do Chefe do Poder


Executivo em editar norma garantidora da revisão geral anual, estabelecida
pelo art. 37, inciso X, da Constituição Federal, concedido aos servidores do
cargo de Gestor Governamental, nos anos de 2014 a 2018, o reajuste
remuneratório que supera a perda inflacionária, elevando os salários de R$
7.300,00 (sete mil e trezentos reais) para R$ 11.700,00 (onze mil e
setecentos reais), incremento de mais de 60% (sessenta por cento), superior
à inflação indicada pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor),
descabida a ordem injuncional.

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9

A propósito, a orientação da Casa, in verbis:

“Mandado de Injunção. (…) Revisão Geral Anual.


Remuneração. Servidores Do Poder Judiciário.
Projeto De Lei. Artigo 37, Inciso X, Da Constituição
Federal. Omissão Legislativa Não Configurada. (…)
II - A completude da garantia insculpida no art. 37,
inciso X, da Carta Magna, depende da iniciativa
legislativa por parte da autoridade competente. III -
Não há se falar em omissão legislativa, com base no
artigo 37, inciso X, da CF, porquanto nos anos de
2011, 2012, 2014 e 2015 foram encaminhados à
Assembleia Legislativa projetos de lei referentes a
revisão anual e reestruturação do plano de carreira
dos servidores do Poder Judiciário local, consoante
faz prova coligida aos autos. (…) Mandado de
injunção denegado, nos termos do artigo 485, inciso
IV, do CPC.” (Mandado de Injunção nº 5329106-
61.2016.8.09.0000, DJE de 11/10/17)

Ao cabo do exposto, denego a ordem.

É, pois, como voto.

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
10

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
11

MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 5009150.30.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
IMPETRANTE : SINDGESTOR – SINDICATO DOS
GESTORES GOVERNAMENTAIS DE GOIÁS
IMPETRADO : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS E
OUTRO (S)
RELATOR : Des. LUIZ CLÁUDIO VEIGA BRAGA

EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. LEI DE


REVISÃO GERAL ANUAL DA
REMUNERAÇÃO E SUBSÍDIO DOS
SERVIDORES PÚBLICOS DA CARREIRA
DOS GESTORES GOVERNAMENTAIS.
OMISSÃO DO CHEFE DO PODER
EXECUTIVO NÃO CARACTERIZADA.
Não demonstrada a omissão do Chefe do Poder
Executivo em editar norma garantidora da revisão
geral anual, estabelecida pelo art. 37, inciso X, da
Constituição Federal, concedido aos servidores do
cargo de Gestor Governamental, nos anos de 2014 a
2018, o reajuste remuneratório que supera a perda
inflacionária, elevando os salários de R$ 7.300,00

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
12

(sete mil e trezentos reais) para R$ 11.700,00 (onze


mil e setecentos reais), incremento de mais de 60%
(sessenta por cento), superior à inflação indicada
pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao
Consumidor), descabida a ordem injuncional.
ORDEM DENEGADA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA


o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes do Órgão
Especial, à unanimidade, denegar a ordem, nos termos do voto do Relator.

Votaram, com o Relator, os Senhores


Desembargador Amaral Wilson e Oliveira, em substituição ao
Desembargador José Carlos de Oliveira, Desembargadores Beatriz
Figueiredo Franco, Leobino Valente Chaves, João Waldeck Félix de Sousa,
Walter Carlos Lemes, Carlos Hipólito Escher, Kisleu Dias Maciel Filho,
Gerson Santana Cintra, Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, Nicomedes
Domingos Borges, Itamar de Lima, Sandra Regina Teodoro Reis, Olavo
Junqueira de Andrade e Marcus da Costa Ferreira. Ausente,
ocasionalmente, o Desembargador Gilberto Marques Filho. Ausente,
justificadamente, o Desembargador Carlos Roberto Fávaro, em substituição

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ao Desembargador Ney Teles de Paula.

Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador


Walter Carlos Lemes.

Presente à sessão, representando a Procuradoria-


Geral de Justiça, a Doutora Ana Cristina Peternella França.

Fez sustentação oral o Doutor Roberto Fernandes do


Amaral.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga


Relator
01

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NR.PROCESSO: 5009150.30.2019.8.09.0000
EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. LEI DE REVISÃO GERAL ANUAL DA
REMUNERAÇÃO E SUBSÍDIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA CARREIRA
DOS GESTORES GOVERNAMENTAIS. OMISSÃO DO CHEFE DO PODER
EXECUTIVO NÃO CARACTERIZADA.

Não demonstrada a omissão do Chefe do Poder Executivo em editar norma


garantidora da revisão geral anual, estabelecida pelo art. 37, inciso X, da
Constituição Federal, concedido aos servidores do cargo de Gestor Governamental,
nos anos de 2014 a 2018, o reajuste remuneratório que supera a perda inflacionária,
elevando os salários de R$ 7.300,00 (sete mil e trezentos reais) para R$ 11.700,00
(onze mil e setecentos reais), incremento de mais de 60% (sessenta por cento),
superior à inflação indicada pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor),
descabida a ordem injuncional.

ORDEM DENEGADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


20/02/2020 11:22:41

LOCAL : ÓRGÃO ESPECIAL


NR.PROCESSO : 5687077.23.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Reclamação
POLO ATIVO : RFT
POLO PASSIVO : QTJQCC
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : RFT


ADVG. PARTE : 24854 GO - MARIA DE FÁTIMA PAULA FERREIRA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 08:01:49

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5059382.58.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : GUILHERME AUGUSTO CAMELO
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GUILHERME AUGUSTO CAMELO


ADVGS. PARTE : 34391 GO - GUILHERME OLIVEIRA BENTZEN E SILVA
35507 GO - GUILHERME AUGUSTO CAMELO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Concedida a Medida Liminar (cpc) - Data da
Movimentação 18/02/2020 22:34:56

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5563817.85.2019.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : FERNANDO PEREIRA DOS SANTOS
POLO PASSIVO : SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FERNANDO PEREIRA DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 29113 GO - AMILTON BATISTA DE FARIA FILHO
9844 GO - AMILTON BATISTA DE FARIA
31591 GO - ANDREIA REZENDE DE FARIA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5563817.85.2019.8.09.0006
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5563817.85.2019.8.09.0006

IMPETRANTE: FERNANDO PEREIRA DOS SANTOS


IMPETRADO: SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DECISÃO LIMINAR

Cuida-se de MANDADO DE SEGURANÇA, com pedido liminar, impetrado por


FERNANDO PEREIRA DOS SANTOS contra ato omissivo atribuído ao
SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS, Sr. Ismael Alexandrino Júnior.

Em sua petição inicial, o impetrante narra que não consegue trabalhar em razão de ser
portador de esclerose múltipla, desde o ano de 2016, cujos efeitos são progressivos,
com alto índice de mortalidade.

Menciona perceber somente uma renda de auxílio doença, de um salário-mínimo por


mês, destinado à sua manutenção e alimentação, pleiteando, portanto, a assistência
judiciária.

Informa que, de acordo com o formulário médico do Ministério Público, o impetrante já


fez uso de vários medicamentos disponibilizados pelo SUS, como Glatirâmer,
betainterferona, fingolimode, porém, sem êxito, tendo em vista a piora clínica e lesões

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NR.PROCESSO: 5563817.85.2019.8.09.0006
constantes.

Relata que lhe foi receitado um remédio, o qual não consta do catálogo de distribuição
do SUS, a saber, Alentuzumabe 12 mg, que deve ser usado por frascos e
anualmente.

Explica que, no primeiro ano de medicamento, devem ser consumidos 5 frascos do


medicamento, sendo um por dia, durante cinco dias, e no segundo ano, um frasco por
dia, durante três dias, sob risco de perder sua vida.

O impetrante apresenta os orçamentos, sendo que o valor mais baixo do fármaco é de


R$47.656,04 (quarenta e sete mil seiscentos cinquenta e seis mil e quatro centavos),
para cada frasco

Defende não possuir condições financeiras para arcar com os custos do medicamento,
razão pela qual, busca a via judicial para tutelar seu direito.

Adiante, ratifica a aplicabilidade imediata do direito fundamental à saúde, previsto no


art. 196 e seguintes da Constituição Federal e acrescenta que a omissão do impetrado
em disponibilizar a assistência necessária à substituída caracteriza a liquidez do direito
em comento.

Ressalta que teve seu direito indeferido administrativamente, sendo cabível o presente
writ para corrigir o abuso de poder praticado pelo agente público.

Noticia que, “a Secretaria Estadual de Saúde por meio de sua Assistência


Farmacêutica em 05/07/2019 emitiu um comunicado – CMAC Pireneus, informando
que o medicamento não constava na lista de medicamentos.”

Requer a concessão de liminar, para ordenar ao impetrado o fornecimento do


medicamento prescrito, Alentuzumabe 12 mg, nas doses recomendadas nos
receituários, no prazo de 48 horas, sob pena da conduta prevista no artigo 330 do
Código Penal Brasileiro.

Pleiteia, ao final, a procedência de seus pedidos, com a confirmação da liminar, sem


prejuízo da responsabilidade penal ínsita no art. 26 da Lei nº 12.016/2009 e, ainda, o
benefício da assistência judiciária.

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NR.PROCESSO: 5563817.85.2019.8.09.0006
Em caso de descumprimento da ordem mandamental, pede o bloqueio e sequestro de
verbas públicas, nos termos do artigo 536, caput, e §1º, do CPC, bem como, fixação
de multa diária por descumprimento.

Intimado para comprovar o pedido formulado administrativamente e a negativa do


impetrado, a parte autora repetiu os documentos já apresentados, de forma
intempestiva.

É o relatório. Passo à apreciação do pedido liminar.

Inicialmente, defiro o benefício da assistência judiciária.

Noutra quadra, nos termos do artigo 7º, inciso III, da Lei 12.016/2009, a liminar em
Mandado de Segurança deve ser concedida sempre em face da relevância dos
motivos em que se baseia o pedido (periculum in mora) e da possibilidade de
ocorrência de lesão irreparável ao direito do impetrante/substituído (fumus boni iuris).

Na hipótese sob exame, uma vez que o fármaco requestado não consta dos atos
normativos do SUS, impõe-se verificar se as provas pré-constituídas demonstram o
preenchimento dos requisitos estabelecidos no Recurso Especial nº 1.657.156/RJ
(2017/0025629-7), julgado sob a sistemática dos recursos repetitivos, verbis:

“1 – Comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e


circunstanciado expedido por médico que assiste o paciente, da
imprescindibilidade ou necessidade do medicamento, assim
como da ineficácia, para o tratamento da moléstia, dos fármacos
fornecidos pelo SUS;
2 – Incapacidade financeira do paciente de arcar com o custo do
medicamento prescrito; e
3 – Existência de registro do medicamento na Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), observados os usos autorizados
pela agência.

In casu, os receituários de controle especial e o relatório do EDSS (mov. 1 arq. 5),


elaborado pela médica Neurologista/Neurofisiologista Dra. Denise Sisterolli Diniz
(CRM/GO 4285) e o parecer técnico (mov. 1 arq. 8) elaborado pela mesma médica da
Câmara de Avaliação Técnica em Saúde – CATS/MPGO explicitam a

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NR.PROCESSO: 5563817.85.2019.8.09.0006
imprescindibilidade do medicamento pleiteado ao impetrante, bem como a ineficácia
dos tratamentos feitos através do uso das opções disponibilizadas pela rede pública.

Noutra quadra, vislumbro a incapacidade financeira do paciente, considerando a


declaração acostada aos autos (mov. 1 arq. 4) e a não possibilidade de trabalho em
razão da doença.

Ainda, é possível verificar que o fármaco Lemtrada, com princípio ativo


Alentuzumabe, possui o registro na agência reguladora sob o número 113001193,
c o n f o r m e o s i t e
(https://www.smerp.com.br/anvisa/?ac=prodDetail&anvisaId=113001193).

Desse modo, é manifesta a plausibilidade do direito invocado na peça inicial,


sobretudo em razão do dever que possui o Poder Público de assegurar a todos os
cidadãos, indistintamente, o direito fundamental à saúde, consagrado nos artigos 6º e
196, ambos da Constituição da República.

Evidencia-se, igualmente, o perigo da demora, pois as provas acostadas aos autos


demonstram que o retardo no fornecimento do fármaco prescrito ao paciente poderá
causar prejuízos incessantes e comprometedores à sua saúde.

Dessa forma, em análise sumária do pedido, própria ao estágio dos autos, bem como,
dos documentos a ele acostados, vislumbro a plausibilidade do direito alegado, vez
que o texto constitucional elenca a saúde como um direito de todos e dever do Estado
(artigo 196 da CF), cabendo à União, ao Estado e ao Município prestar assistência
médica à população (artigo 23, II, da CF).

Importante repisar o fracasso terapêutico observado com outros medicamentos e


utilizados pelo impetrante, o que favorece a indicação do aludido medicamento como
melhor opção de tratamento para esclerose múltipla.

Diante do exposto, nos termos do artigo 7º, inciso III, da Lei 12.016/2009, em juízo
provisório, DEFIRO a liminar pleiteada, determinando à autoridade impetrada que,
no prazo máximo e improrrogável de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da
notificação, providencie o fornecimento e entrega ao impetrante do medicamento
Lemtrada, com princípio ativo Alentuzumabe 12 mg, na forma prescrita nos
receituários médicos.

Caso não haja em estoque, ordeno que a autoridade coatora providencie a imediata

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NR.PROCESSO: 5563817.85.2019.8.09.0006
aquisição do fármaco, sem prejuízo da ulterior adoção de medidas coercitivas, em
caso de inércia.

Indefiro, por ora, o pedido de bloqueio de valores nas contas públicas para facultar ao
impetrado o cumprimento voluntário da obrigação.

Confiro a esta decisão força de mandado e intimação, nos termos do art. 368-I da
Consolidação dos Atos Normativos da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de
Goiás1.

Notifique-se, pessoalmente, o Secretário de Saúde do Estado de Goiás,


encaminhando-lhe cópia da peça inicial e dos documentos que a acompanham, para
que tome ciência da presente decisão e preste as devidas informações, no prazo de
10 (dez) dias, consoante dispõe o artigo 7º, inciso I, da Lei 12.016/2009.

Cite-se o Estado de Goiás para integrar-se à relação processual na qualidade de


litisconsorte passivo.

Decorrido o prazo, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça.

Cumpra-se.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1Art. 368-I. Fica autorizada a adoção do despacho-mandado pelos magistrados, o qual consiste na prolação de ato
decisório cujo teor sirva automaticamente de instrumento de citação, intimação, ofício ou alvará judicial, com exceção do
alvará de soltura, por incompatibilidade com a Resolução nº 108/2012 do Conselho Nacional de Justiça e com o Código
de Processo Penal.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 13:50:24

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5688042.98.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JOAO REZENDE MARTINS
POLO PASSIVO : FRANCINA MOREIRA OLIVIERA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAO REZENDE MARTINS


ADVG. PARTE : 11313 GO - ECIVALDO MOREYRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5688042.98.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5688042.98.2019.8.09.0000

COMARCA DE RUBIATABA
AGRAVANTE : JOÃO REZENDE MARTINS
AGRAVADOS : FRANCINA MOREIRA OLIVEIRA E OUTRO
RELATOR : DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

DECISÃO PRELIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento com pedido de antecipação da tutela recursal interposto por
JOÃO REZENDE MARTINS, devidamente qualificado, contra a decisão proferida pelo juiz de
direito da 2ª vara cível da comarca de Rubiataba, Dr. Hugo de Souza Lima, nos autos da ação de
execução proposta em desfavor de FRANCINA MOREIRA OLIVEIRA e IZAC JOSÉ DE
OLIVEIRA.

O magistrado a quo, no ato decisório recorrido, indeferiu o pedido de transferência eletrônica


dos valores constritos, bem como rejeitou o pleito de renovação da penhora eletrônica para
bloqueio de quantias em nome dos agravados, deliberando nos seguintes termos:

“(…) Inicialmente, expeça-se alvará para levantamento dos valores informados à f. 156, em nome do advogado da
parte exequente, com prazo máximo de 30 (trinta) dias para recolhimento em Cartório.

Quanto ao pedido para realização de novas buscas de valores em conta da parte executada, observa-se que tal
procedimento fora realizado recentemente, bem como nota-se que as quantias penhoradas anteriormente não são
sequer próximos do montante que está sendo executado nos presentes autos, no entanto, a parte exequente não
comprovou ter diligenciado de nenhuma forma para encontrar bens do executado passíveis de penhora.

Dessa maneira, indefiro o pedido para realização de nova consulta e determino a intimação da parte exequente para,
no prazo de 15 (quinze) dias, indicar bens penhoráveis.

Em caso de inércia da parte exeqüente e/ou não sendo apresentados bens, determino a suspensão do processo pelo
prazo de 1 ano, estando no mencionado período, suspensa a prescrição (art. 921, III, §1º CPC).

Decorrido o prazo de suspensão do processo, sem manifestação da parte exequente e não tendo sido encontrados

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NR.PROCESSO: 5688042.98.2019.8.09.0000
bens penhoráveis em nome do executado, arquivem-se, com baixa na distribuição (art. 921, §2º do CPC).”

Inconformado com o decisum, nas razões recursais, o recorrente defende, preliminarmente, a


necessidade de concessão da antecipação da tutela recursal haja vista a possibilidade de
ocorrência de lesão grave e de difícil reparação, na medida em que a quantia a ser levantada é
de baixo valor e o agravante e seu causídico não residem na comarca de tramitação do processo
e seus deslocamentos acarretariam a absorção total do crédito.

Argumenta que o artigo 906, parágrafo único do Código de Processo Civil permite ao advogado
levantar dinheiro vinculado ao processo via transferência eletrônica (TED), em substituição à
expedição de guia de alvará a ser retirada para saque, promovendo, assim, a desburocratização
e a diminuição dos custos na efetivação do processo.

Sustenta que o artigo 854 do Código de Processo Civil e a Súmula 68 do TJGO permitem a
reiteração da penhora on line, via Bacenjud, para o bloqueio de eventuais valores existentes em
nome dos devedores, a fim de se obter subsídios suficientes para a satisfação do crédito.

Insurge-se contra a afirmação do julgador de origem no sentido de que as últimas buscas de


valores nas contas dos executados foram realizadas recentemente, discorrendo que a última
busca ocorreu em 19/03/19, ou seja, há nove meses atrás.

Alega que a decisão recorrida viola os princípios da cooperação, da duração razoável do


processo e o da celeridade processual.

Ao final, requer a antecipação da tutela recursal e, no mérito, postula o conhecimento e


provimento do presente recurso, a fim de que seja determinada a expedição de ofício para o
agente bancário providenciar a transferência eletrônica da quantia penhorada e depositada em
conta judicial para a conta bancária do seu patrono constituído, bem como para que seja
determinada a renovação da penhora eletrônica com o objetivo de localizar ativos financeiros de
titularidade da parte ora executada.

Ausência de preparo por se tratar de parte beneficiária da gratuidade da justiça.

É o relatório.

DECIDO.

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NR.PROCESSO: 5688042.98.2019.8.09.0000
A princípio, o recurso atende os requisitos legais relativos à sua admissibilidade. Logo, passo a
análise do pedido liminar.

Inicialmente, insta salientar que o art. 1.019, inc. I, do Código de Processo Civil, preceitua que o
relator poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso, ou deferir, em sede de antecipação de tutela,
a pretensão recursal, comunicando ao juiz a sua decisão.

Constata-se, in casu, que o recurso visa a concessão de tutela recursal a fim de determinar a
transferência eletrônica via TED da quantia depositada em juízo para a conta do patrono do
exeqüente. E ainda, requer a reiteração da penhora eletrônica pelo sistema Bacenjud para o
bloqueio de eventuais valores dos executados.

Pois bem, Daniel Amorim Assumpção Neves, in Manual de Direito Processual Civil, ao discorrer
sobre a tutela recursal, registra:

“Existem duas espécies de tutela de urgência podem ser pedidas no agravo de instrumento: o pedido de efeito
suspensivo e a tutela antecipada, que poderá ser parcial ou total.

(…)

O art. 1.019, I, do Novo CPC, seguindo a tradição inaugurada pelo art. 527, III, do CPC/1973, indica exatamente do que se
trata: tutela antecipada do agravo, porque, se o agravante pretende obter de forma liminar o que lhe foi negado em
primeiro grau de jurisdição, será exatamente esse o objeto do agravo de instrumento (seu pedido de tutela
definitiva). Tratando-se de genuína tutela antecipada, caberá ao agravante demonstrar o preenchimento dos
requisitos do art. 300 do Novo CPC:

(a) a demonstração da existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito, e

(b) perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (no caso específico do agravo de instrumento o que interessa é a
preservação da utilidade do próprio recurso).” Grifei.

Em sendo assim, o pedido deve ser interpretado segundo a avaliação da probabilidade de


provimento do recurso, considerando-se o direito alegado, agregado à urgência derivada do dano
iminente, a inutilidade da demora na entrega da pretensão (arts. 300 e 311 do CPC) e ao fator de
reversibilidade da decisão.

Dada a sumariedade desta análise e com base nos documentos que instruem os autos, não
verifico o atendimento dos elementos mínimos para a concessão da tutela vindicada.
Vejamos.

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NR.PROCESSO: 5688042.98.2019.8.09.0000
A despeito da tese do agravante tangenciar certo grau de probabilidade do direito, infere-se a
inexistência do perigo de dano e tampouco a urgência que não possa esperar o julgamento deste
recurso, já que não restou demonstrado, neste momento, possível inefetividade das medidas
postuladas, a ensejar a frustração do feito executivo, caso aguardem o desfecho deste agravo.

Nessa contextualização, INDEFIRO a tutela recursal.

Comunique-se ao juízo da causa (CPC, 1.019, I).

Intime-se a parte agravada para, querendo, responder o presente agravo (art. 1019, II, CPC),
facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

RELATOR

01

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


19/02/2020 14:14:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5069930.96.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : RONALDO ALMEIDA DA PAZ
POLO PASSIVO : CORDENADORIA PEDAGÓGICA DO INSTITUTO AMERICANO DE
DESENVOLVIMENTO IADES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RONALDO ALMEIDA DA PAZ


ADVG. PARTE : 45616 GO - RODRIGO MARTINS MASTRELLA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5069930.96.2020.8.09.0000
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5069930.96.2020.8.09.0000


COMARCA :GOIÂNIA
IMPETRANTE :RONALDO ALMEIDA DA PAZ
:SECRETÁRIO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE
1º IMPETRADO
GOIÁS
2º IMPETRADO :INSTITUTO AMERICANO DE DESENVOLVIMENTO IADES
LITIS.PASSIVO :ESTADO DE GOIÁS

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Mandado de Segurança, com pedido de liminar, impetrado por RONALDO ALMEIDA
DA PAZ, com fulcro no art. 5º, inciso LXIX, da CF/88 e na Lei nº 12.016/09, contra ato praticado
pelo SECRETÁRIO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE GOIÁS e INSTITUTO
AMERICANO DE DESENVOLVIMENTO (IADES), ora Impetrado, consubstanciado na sua
desclassificação na prova objetiva no concurso para provimento do cargo de Agente de
Segurança Prisional vinculado à Diretoria Geral da Administração Penitenciária (DGAP).

Em sua peça inicial, inicialmente, tece comentários sobre a superação do Tema 485 sobre a
possibilidade excepcional de o Poder Judiciário imiscuir no mérito do ato administrativo para
afastar as ilegalidades perpetradas pela banca examinadora, diante da superveniência da Lei
Estadual 19.587/2017 que positivou as regras relativas a concursos públicos realizado no âmbito
do Estado de Goiás.

Informa que participou do concurso público para provimento de vagas ao cargo de Agente de
Segurança Prisional, na condição de pessoa com deficiência, da Diretoria Geral da Administração
Penitenciária – DGAP/GO.

Com relação à prova objetiva, o Impetrante ingressou com recursos administrativos contra os atos
perpetrados pela banca examinadora, recursos que não tiveram resultado divulgado.

Afirma que a banca examinadora divulgou apenas o gabarito definitivo e o edital com as
justificativas das anulações dos gabaritos que tiveram os recursos admitidos, não divulgando as
razões do indeferimento dos demais recursos.

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NR.PROCESSO: 5069930.96.2020.8.09.0000
Tece comentários sobre as questões 01, 04, 13, 15, 17, 18, 20, 22, 35, 44, 45 do caderno de
prova, tipo D, passíveis de anulação.

Alterca que o STF possui entendimento no sentido da possibilidade de anulação quando há


resposta dúplice em concurso público ou quando não houver gabarito correspondente às
questões de concurso por todas as alternativas de múltipla escolha estarem erradas.

Transcreve julgados em abono ao alegado.

Discorre, ainda, sobre o princípio da motivação das decisões administrativas, de modo que
necessária “a divulgação dos motivos da não anulação das questões mantidas ilegalmente,
suspendendo as demais etapas do certame.”

Defende a concessão da tutela de urgência, visto o imenso prejuízo que o Impetrante sofrerá
caso não participe das demais etapas do certame, pois a avaliação do candidato com deficiência
está agendada para o dia 27.01.2020.

Sustenta que “Caso haja o deferimento da tutela de urgência, o impetrante poderá participar das
demais fases e etapas do concurso e do curso de formação e, caso aprovado, continuará a
participar das demais etapas do certame. Tais providências não causarão qualquer tipo de
prejuízo ou ônus à Administração Pública, pois os custos do certame já foram pagos pelo
Impetrante no momento de sua inscrição.”

Pugna pela concessão da assistência judiciária.

A par da argumentação expendida, pugna pela concessão de ordem liminar, para garantir a
reserva de vaga na próxima etapa, em caráter sub judice, até o julgamento do feito; no mérito,
roga pela anulação das questões pelas ilegalidades apontadas; a reclassificação do Impetrante e
sua confirmação nas demais etapas do certame e no curso de formação.

Intimado o Impetrante, para emendar a inicial e instrua a petição com prova do ato coator por
parte do SECRETÁRIO DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO, bem assim apresente cópia da
prova objetiva aplicada, bem como seu boletim de desempenho, com a pontuação alcançada e
consequente desclassificação, sob pena de extinção do writ. (evento 4); o Impetrante acostou
somente cópia do caderno de prova e do cartão de resposta (evento 6).

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NR.PROCESSO: 5069930.96.2020.8.09.0000
É o relatório. Decido.

Sobre o pedido de assistência judiciária, considerando que o Impetrante fez prova de sua
condição de hipossuficiência, com o comprovante de cadastro no programa do Governo Federal
(CADÚNICO) (evento 1); defiro o benefício rogado.

Pois bem. Sabe-se que, em sede de Mandado de Segurança, o direito líquido e certo deve ser
provado, de plano, pelo Impetrante, devendo a petição inicial preencher os requisitos indicados no
artigo 6º, caput, da Lei nº 12.016/2009, bem como, nos artigos 319 e 320, ambos do Código de
Processo Civil, trazendo consigo todos os documentos necessários à perfeita intelecção do
pedido.

No caso, todavia, resta evidente a constatação acerca da inviabilidade de processamento da


presente ação mandamental.

É de trivial sabença que a petição inicial do mandado de segurança deve trazer consigo todos os
documentos necessários à perfeita intelecção do pedido. Assim, mostra-se necessário que o
mandamus seja instruído com prova pré-constituída do alegado direito líquido e certo, tratando-se
de pressuposto primordial.

A definição do “direito líquido e certo” refere-se, exclusivamente, aos fatos que, por essa razão,
deverão ser provados de maneira incontestável e clara pelo Impetrante. Assim, o direito protegido
pelo mandado de segurança exige do Impetrante prova pré-constituída suficiente para convencer
o juízo no tocante ao aspecto fático de sua pretensão, sem a necessidade de dilação probatória.

Em que pese o rigor normativo do Mandado de Segurança, em alguns casos tem-se admitido a
emenda à inicial, motivo pelo qual, em despacho de evento 04, esta Relatoria determinou à
impetrante que trouxesse provas do ato coator.

Em manifestação de evento 06, a parte Impetrante limitou-se a acostar cópia do caderno de prova
e do cartão de resposta, além de narrar sobre a legitimidade do SECRETÁRIO DE ESTADO DE
ADMINISTRAÇÃO, explanando ser ele a autoridade coatora competente, sem, contudo, trazer o
ato coator, qual seja, a decisão ou ato administrativo de sua desclassificação ou indeferimento do
pedido na via administrativa, necessário ao processamento do feito.

Conforme entendimento do STJ, o que justifica a impetração do mandamus é a existência de ato


omissivo ou comissivo da autoridade coatora que afronte direito passível de ser comprovado de
plano pelo impetrante.

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NR.PROCESSO: 5069930.96.2020.8.09.0000
Demais disso, a utilização da via mandamental pressupõe a existência de ato coator praticado por
autoridade administrativa violador de direito subjetivo do Impetrante, por ilegalidade ou abuso de
poder, bem como a apresentação de prova pré-constituída, encargo do qual o Impetrante não se
desincumbiu.

Neste sentido, cito precedente do STJ:

ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CADASTRO DE RESERVA. DIREITO


SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. INEXISTÊNCIA. PRETERIÇÃO. NÃO COMPROVAÇÃO. TEMA
784/STF (RE 837.311). PRECEDENTES. 1. (…) 5. O Mandado de Segurança é a ação
constitucional destinada "a proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus
ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou
jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça" (art. 1º da Lei 12.016/2009). 6. A
utilização da via mandamental pressupõe a existência de ato coator praticado por
autoridade administrativa violador de direito subjetivo do impetrante, por ilegalidade ou
abuso de poder, bem como a apresentação de prova pré-constituída. 7. O que justifica o
mandamus é a existência de ato omissivo ou comissivo da autoridade coatora que
afronte direito passível de ser comprovado de plano pelo impetrante. 8. Como tem
entendido de forma reiterada o Supremo Tribunal Federal com base no Tema 784 (RE
837.311) da sua jurisprudência, "o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em
concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: I - Quando a aprovação ocorrer dentro do
número de vagas dentro do edital; II - Quando houver preterição na nomeação por não
observância da ordem de classificação; III Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo
concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de
forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. A ausência de
nomeação do candidato nessas circunstâncias configura preterição arbitrária e imotivada por
parte da Administração". Nesse sentido: STF. RE 1.072.878 AgR/PB. Relator: Ministro
Alexandre De Moraes. Julgamento: 20/2/2018. Órgão Julgador: Primeira Turma; STF. ARE
907.390 AgR/PI. Relatora: Ministra Rosa Weber. Julgamento: 6/10/2017. Órgão Julgador:
Primeira Turma; STF. RE 859.937 AgR/SC. Relator: Ministro Dias Toffoli. Julgamento:
7/4/2017. Órgão Julgador: Segunda Turma. 9. Com efeito, o Mandado de Segurança
possui como requisito inarredável a comprovação inequívoca de direito líquido e certo
pela parte impetrante, por meio da chamada prova pré-constituída, inexistindo espaço,
nessa via, para a dilação probatória. Para a demonstração do direito líquido e certo, é
necessário que, no momento da sua impetração, seja facilmente aferível a extensão do
direito alegado e que seja prontamente exercido. (…) 13. Recurso Ordinário não
provido.(STJ, RMS 55.944/BA, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 22/05/2018, DJe 23/11/2018)

Ademais, em nosso ordenamento jurídico há alternativas a que o Impetrante poderia se socorrer,


outras medidas processuais que não a via estreita do Mandado de Segurança. Aceitar o
processamento do presente mandamus sem o preenchimento das condições legais necessárias,
descaracterizaria a natureza da ação.

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NR.PROCESSO: 5069930.96.2020.8.09.0000
Deste modo, quando faltar algum dos requisitos ao Mandado de Segurança, o artigo 10, caput, da
Lei nº 12.016/2009, autoriza o indeferimento da petição inicial. Igualmente, o artigo 249 do
Regimento Interno deste Tribunal de Justiça permite que o Relator indefira, liminarmente, a
petição inicial do mandado de segurança, quando faltar algum dos requisitos exigidos pela lei
mandamental.

Neste contexto, a partir da análise minuciosa da documentação que instrui a exordial da presente
ação mandamental, quanto à prova pré-constituída, verifico patenteada a ausência de
demonstração do ato coator supostamente praticado pela autoridade coatora, pois não há
evidências de que o SECRETÁRIO DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO tenha, efetivamente,
incorrido numa atitude comissiva, no tocante à desclassificação do Impetrante na prova objetiva
em tela, inexistindo, assim, a comprovação do ato coator.

No que condiz à necessidade premente de demonstração do ato coator praticado pela Autoridade
inquinada de coatora, em sede de prova pré-constituída, o Superior Tribunal de Justiça, bem
como esta Corte julgadora, apresentam o seguinte posicionamento jurisprudencial, verbis:

(…) 2. O Mandado de Segurança detém entre seus requisitos a demonstração


inequívoca de direito líquido e certo pela parte impetrante, por meio da chamada prova
pré-constituída, inexistindo espaço para dilação probatória na célere via do mandamus.
(...) (STJ, AgRg no RMS 48.442/GO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 03/12/2015, DJe 05/02/2016, g.)

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO À SAÚDE. DISPENSAÇÃO,


PELO ESTADO, DE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. AUSÊNCIA DO ATO COATOR. INICIAL
INDEFERIDA. EXTINÇÃO DO PROCESSO. DECISÃO MANTIDA. 1- Não tendo sido o
mandado de segurança aparelhado com documentos hábeis à aferição do direito
líquido e certo supostamente ofendido (prova pré-constituída do alegado), mormente no
que tange à demonstração do ato administrativo tido por coator, impõe-se o
indeferimento da inicial e a consequente extinção do writ. 2- Inexistindo nos autos
argumentos novos capazes de infirmar os fundamentos que alicerçaram a decisão agravada,
impõe-se sua manutenção. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. (TJGO, Mandado de
Segurança 5295023-82.2017.8.09.0000, Rel. MAURICIO PORFIRIO ROSA, 2ª Câmara Cível,
julgado em 11/12/2017, DJe de 11/12/2017, g.)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA


CONCEDIDA APÓS PROLAÇÃO SENTENÇA (REFORMA). AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ
CONSTITUÍDA DO DIREITO À PROGRESSÃO HORIZONTAL. 1- Merece ser reformada a

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NR.PROCESSO: 5069930.96.2020.8.09.0000
sentença recorrida que condenou o apelante ao pagamento das custas processuais, sem
analisar o seu pedido de assistência judiciária gratuita, cujo benefício só foi deferido, após a
prolação da sentença, devendo a exigibilidade da condenação do pagamento das custas ficar
suspensa nos termos do art. 98, § 3º, do CPC. 2- O mandado de segurança exige prova
pré-constituída e não permite dilação probatória, devendo ser denegado, sem resolução
do mérito, quando a pretensão inicial não se encontra suficientemente instruída com a
prova da existência do ato coator e do direito violado, especialmente, quando se tratar de
progressão horizontal, não sendo comprovado ter cumprido os requisitos previstos na Lei
Municipal nº 9.129/09 (art. 14). APELO PROVIDO PARCIALMENTE. (TJGO, Apelação (CPC)
5175563-79.2016.8.09.0051, Rel. CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª Câmara Cível, julgado em
09/02/2018, DJe de 09/02/2018, g.)

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. PERÍCIA MÉDICA. NÃO


COMPARECIMENTO. FALTA DE ACESSO À INTERNET. OUTROS MEIOS. PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA. AUSÊNCIA. VIOLAÇÃO DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. INOCORRÊNCIA.
I - (...)III - Na ação mandamental é necessária a apresentação de prova pré-constituída para
demonstrar o direito líquido e certo uma vez que não existe espaço para dilação probatória na
célere via do mandamus. IV - Não tendo sido o mandado de segurança aparelhado com
documentos hábeis à aferição do direito líquido e certo supostamente ofendido, ou
seja, prova pré-constituída do direito alegado, mormente no que tange à demonstração
do ato administrativo, tido por coator, de que os impetrados houvessem negado à
impetrante a participação na perícia, impõe-se a denegação da segurança. APELAÇÃO
CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA. (TJGO, Apelação (CPC)
5067502-90.2017.8.09.0051, Rel. NORIVAL DE CASTRO SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível,
julgado em 05/11/2018, DJe de 05/11/2018)

Destarte, conforme já asseverado, sem mais delongas, entendo ser o caso de indeferimento da
inicial, ante a ausência de prova do ato coator tido como ilegal, de forma pré-constituída que
justifique a presença do SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO, no polo passivo.

Sem a comprovação do ato coator praticado pelo SECRETÁRIO DE ESTADO DA


ADMINISTRAÇÃO, subsiste, eventualmente, o ato tido por ilegal praticado pelo INSTITUTO
AMERICANO DE DESENVOLVIMENTO (IADES) a ser averiguado, todavia, nas Varas Judiciais.

Ressalvo, ainda, que não se afirma aqui a inexistência do direito alegado, apenas a ausência do
elemento fático caracterizado por falta da prova do ato coator, inconteste, exigida no Mandado de
Segurança impetrado perante o Tribunal de Justiça.

Ao teor do exposto, ante a ausência de prova pré-constituída acerca do ato coator, DENEGO A
SEGURANÇA E JULGO EXTINTO O PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos
do art. 6º, §5º e art. 10, ambos da Lei nº 12.016/09 c/c art. 175, II do Regimento Interno deste
Tribunal de Justiça e art. 485, I, CPC.

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NR.PROCESSO: 5069930.96.2020.8.09.0000
Sem condenação em honorários advocatícios, nos termos do art. 25 da Lei nº 12.016 e súmulas
nº 105 do Superior Tribunal de Justiça e 512 do Superior Tribunal Federal.

Em tempo, à Secretaria desta 1ª Câmara Cível para corrigir o polo passivo, substituindo o
Secretário de Segurança Pública pelo Secretário de Estado de Administração.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 05/12/2019 15:57:57

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5675247.60.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : LAZARO FERREIRA PIRES
POLO PASSIVO : BANCO BMG S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LAZARO FERREIRA PIRES


ADVG. PARTE : 22470 GO - RAPHAEL RODRIGUES DE OLIVEIRA E SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5675247.60.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5675247.60.2019.8.09.0000
COMARCA DE PONTALINA
AGRAVANTE: LÁZARO FERREIRA PIRES
AGRAVADO : BANCO BMG S/A
RELATORA : DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

LÁZARO FERREIRA PIRES interpôs AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de


efeito suspensivo, em face da decisão proferida pela Juíza de Direito da Comarca de
Pontalina, Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes, nos autos da Ação de Obrigação de
Fazer, Indenização por Danos Morais e Repetição de Indébito ajuizada em face do
BANCO BMG S/A.

A decisão recorrida possui o seguinte teor (evento 01):

“(…) IV – Da emenda à inicial

IV.I - Da aplicação do Código de Defesa do Consumidor e a


impossibilidade de inversão do ônus da prova
Analisando detidamente os autos, verifica-se que a parte autora
pleiteou o deferimento da inversão do ônus da prova, com base
no artigo 6º, inciso VIII do Código de Defesa do Consumidor.
Infere-se que a questão, posta em juízo, possui natureza de
relação de consumo, vez que fora celebrado entre as partes, um
contrato onde o autor figurou como consumidor e o requerido
como fornecedor, sendo por força do parágrafo 2º do artigo 3º do
Código de Defesa do Consumidor indiscutível a aplicação das
normas consumeristas as instituições financeiras e bancárias.
Nesta esteira, as normas do Código de Defesa do Consumidor é
aplicável ao presente caso, tendo em vista que trata-se de
relação de consumo.

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NR.PROCESSO: 5675247.60.2019.8.09.0000
Quanto ao pedido de inversão do ônus da prova, dispõe o artigo
6º, inciso VIII do CDC, constitui direito do consumidor: “a
facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do
juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiência”.
Utilizando-se assim, da norma, em comento, é de ver que o
pedido, em análise, cinge-se na esfera de discricionariedade do
juiz, que ao apreciar o caso em concreto impõe reconhecer ser
verossímil a alegação do consumidor ou ser ele hipossuficiente,
de forma técnica, financeiramente ou de qualquer outra ordem.
No caso em tela, observo não estar o requerente em situação
mais frágil em relação ao requerido, pois é de fácil constatação
ser a matéria, sub judice, meramente de direito, conferindo, as
partes, portanto, a produção de prova documental.
No caso em apreço observa-se que o requerente não comprovou
recusa da instituição financeira em lhe fornecer as vias do
contrato mencionado na inicial.
A inversão do ônus da prova neste caso somente seria cabível
caso a parte autora comprovasse a recusa do requerido em
fornecer as vias dos contratos. Todavia, o autor não comprovou
tal recusa.
Frise-se que o autor poderia ter diligenciado junto à instituição
financeira requerida a fim de obter as vias do contrato, e não se
trata de documento de difícil acesso. Frise-se que o requerente
sequer contatou o requerido pelo Serviço de Atendimento ao
Cliente (SAC) a fim de obter tal documento.
A apresentação do contrato mencionado na inicial é
indispensável à propositura da ação, pois somente através de
sua análise será possível averiguar a realidade dos fatos.
Cabe portanto, ao requerente buscar junto ao réu a cópia do
contrato celebrado, a fim de comprovar as alegações apontadas
na inicial.
Insta mencionar que não se trata de prova diabólica, visto que o
requerente pode diligenciar a uma agência da instituição
financeira requerida e solicitar junto ao seu gerente o
fornecimento da cópia do contrato.
Consoante expressão jurisprudencial, a instituição financeira
deverá manter em seu poder os documentos relativos ao vínculo
jurídico com seus clientes, sendo obrigados a exibi-los quando
requestados, por se tratarem de documentos comuns às partes,
sendo desnecessária a intervenção do judiciário.
Sobre a questão, o Superior Tribunal de Justiça possui
entendimento firmado no REsp nº 1.349.453/MS, processado sob

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NR.PROCESSO: 5675247.60.2019.8.09.0000
o rito dos recursos repetitivos, considerando necessária a
postulação administrativa prévia para configurar o interesse
processual.
Portanto, para que o mérito da presente ação seja devidamente
analisado por este Juízo, é indispensável a apreciação do
contrato mencionado na inicial, que até o presente momento não
consta nos autos.
Isto posto, indefiro a aplicação da inversão do ônus da prova.
Suspendo o curso da ação pelo prazo de 30 (trinta) dias, a fim de
possibilitar que o requerente diligencie em busca de obter junto à
instituição financeira requerida a cópia do contrato informado na
inicial.
Transcorrido o prazo da suspensão, intime-se o requerente para,
no prazo de 15 (quinze) dias, emendar a inicial, apresentando a
cópia do referido contrato ou comprovar o prévio requerimento
administrativo e a recusa da instituição financeira, sob pena de
indeferimento da inicial e consequente extinção do feito.
IV.II – Das cláusulas que entende abusivas e da necessidade de
planilha de cálculo discriminada
Busca o autor através da presente ação a declaração de
inexistência de débito junto ao requerido, bem como a revisão do
contrato celebrado, a repetição de indébito e indenização por
dano moral.
Contudo, para que esta Magistrada possa analisar o mérito da
causa, é necessário que a petição seja instruída com a cópia do
contrato, e o autor aponte uma a uma as cláusulas que entende
abusivas e por quais razões pois é vedado ao magistrado
reconhecer nulidade de cláusula contratual bancária de ofício
(Súmula nº 381, STJ), juntando, quando for o caso,
demonstrativo da evolução da dívida e da efetiva ocorrência de
práticas ilegais, sob pena de ser indeferida.
Não é admitido impugnação genérica como ocorre na inicial, sem
comprovar que tais impugnações se referem a determinada
cláusula contratual, nos termos do artigo 330, §2º, do Código de
Processo Civil. Vejamos:
Art. 330, §2º. Nas ações que tenham por objeto a revisão de
obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de
alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia,
discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais,
aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito.

Por conseguinte, deve o autor apresentar na inicial planilha de

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NR.PROCESSO: 5675247.60.2019.8.09.0000
cálculo discriminada, contendo o cálculo que entende correto,
tendo em vista que o requerido somente poderá impugnar a ação
e os cálculos com a apresentação dos cálculos pelo autor.
Portanto, intime-se o autor para, no prazo de 15 (quinze) dias,
emendar a inicial, apontando uma a uma as cláusulas que
entende abusivas e o porquê são abusivas, bem como
apresentando demonstrativo da evolução da dívida e da efetiva
ocorrência de práticas ilegais.
(…).”

Inconformado, o recorrente interpôs agravo ressaltando que não possui o contrato de


empréstimo, sem o qual não é possível a análise da lide, assim, aduz que foi
enganado pela instituição financeira, que afirmou tratar de empréstimo consignado,
enquanto, na verdade, referia-se a Cartão de Crédito.

Salienta que não possui acesso ao contrato e que pleiteou a inversão do ônus da
prova, a qual restou indeferida pela magistrada, contudo, dispõe artigo 6º, do Código
de Defesa do Consumidor, que, a fim de facilitar a produção de provas para a parte
hipossuficiente, aplicar-se-á inversão do ônus da prova, quando o consumidor for parte
hipossuficiente ou quando for verossímil a alegação.

Aduz que “tratando-se de documentos comuns às partes, ao qual a instituição


financeira possui maior acesso, é possível e correto o dever da instituição de exibir tais
documentos quando solicitados pelo consumidor, sendo possível o pedido incidental,
nos próprios autos da ação revisional, de exibição de documentos, na forma do artigo
396, do CPC.”

Pondera que a presente demanda não se trata de Exibição de Documentos, e sim


Indenizatória e, nesta, não há necessidade de requerimento administrativo para
ajuizamento da ação.

Ao final, brada pela concessão de efeito suspensivo e, no mérito, pelo conhecimento e


provimento do agravo para reformar a decisão, a fim de determinar a inversão do ônus
da prova em favor do agravante, com fulcro no art. 6.º, VIII, do CDC, determinando que
a instituição financeira junte aos autos o contrato de Cartão de Crédito Consignado
realizado entre as partes.

Ausente o preparo, considerando que o agravante é beneficiário da assistência


judiciária gratuita.

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NR.PROCESSO: 5675247.60.2019.8.09.0000
É o relatório. Decido.

Ao que se percebe, no decisum agravado, o juiz da causa determinou a emenda da


inicial e indeferiu o pedido de inversão do ônus da prova, no sentido de imputar à
instituição financeira ré o ônus de apresentar em juízo o contrato entabulado entre as
partes.

Nos termos do artigo 1.019, inciso I, do CPC/15, recebido o agravo de instrumento, o


relator “poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão”

Para tanto, afigura-se necessário averiguar se as teses recursais levantadas


preenchem, quando se trata de pedido de “efeito suspensivo” , os requisitos do artigo
995, do CPC/15, a saber, “probabilidade de provimento do recurso” e “risco de dano
grave, de difícil ou impossível reparação”, ou, quando o que se pretende é a “tutela
antecipada do agravo”, aqueles estabelecidos no artigo 300, do CPC/15 –
“demonstração da existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito”
e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.

Trazendo os referidos pressupostos legais para o caso em tela, a princípio, vislumbro a


presença de elementos de convicção mínimos e suficientes para a suspensão dos
efeitos da decisão recorrida, sobretudo porque os precedentes deste Tribunal de
Justiça apontam no sentido de ser comportável, na espécie, a inversão do ônus da
prova para imputar à ré a obrigação de apresentar o contrato.

A medida é admitida a título de pedido incidental de exibição de documento que, a


princípio, coaduna com os ditames do Código de Defesa do Consumidor, porquanto
tem por fim facilitar a defesa da parte hipossuficiente. Ilustro:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REVISÃO DE


CLÁUSULA CONTRATUAL. EMENDA DA INICIAL. NÃO
CONHECIMENTO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
EXIBIÇÃO DO CONTRATO. I. Consagrada no vigente
ordenamento jurídico a irrecorribilidade autônoma das decisões
interlocutórias, à exceção daquelas inseridas na lista do artigo
1.015 do Código de Processo Civil, que não contempla a
determinação de emenda da inicial, nessa parte o recurso não
merece conhecimento. II. Tratando-se de ação revisional com
pedido de exibição incidental, mostra-se perfeitamente possível
que seja ultimada no curso da demanda a inversão do ônus da

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NR.PROCESSO: 5675247.60.2019.8.09.0000
prova para que a instituição financeira seja compelida a fornecer
o contrato objeto da ação. O artigo 330, §2°, do Código de
Processo Civil/15, ao exigir a indicação das obrigações
controvertidas, não afastou a possibilidade de juntada do
instrumento contratual pela instituição financeira, mesmo porque
encontra tal providência encontra amparo na Lei Adjetiva Civil,
art. 396. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE
CONHECIDO E NESSA PARTE PROVIDO. (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5298849-82.2018.8.09.0000, Rel. ALAN SEBASTIÃO
DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, julgado em 21/09/2018, DJe
de 21/09/2018)

Nesses termos, vislumbro a probabilidade do direito vindicado (inversão do ônus da


prova), ao passo que o perigo da demora ressai da concreta possibilidade de o
processo ser extinto na origem, por força da decisão ora agravada, a qual determinou
a juntada do pacto pelo agravante, sob pena de indeferimento da petição inicial.

Desta feita, defiro o pedido liminar para suspender os efeitos da decisão


agravada, no tocante à inversão do ônus da prova, até o julgamento do presente
agravo.

Nos termos do art. 186 do CPC, intime-se o agravado, para, querendo, oferecer
resposta no prazo legal.

Oficie-se o Juízo de origem, dando-lhe ciência desta decisão (art. 1.019, I do CPC/15).

Cumpra-se.

Goiânia, 04 de dezembro de 2019.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

102/

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Mandado Expedido - Data da Movimentação 20/02/2020


09:38:58

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5050898.08.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : BRUNO VIEIRA WENING CARDOSO
POLO PASSIVO : SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRUNO VIEIRA WENING CARDOSO


ADVG. PARTE : 24826 GO - ANTÔNIO FERNANDO THEODORO DE CARVALHO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 17:11:58

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5073376.10.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : INSTITUTO DE PREVIDENCIA E ASSISTENCIA DOS SERVIDORES PUBLICOS
DO ESTADO DE GOIAS IPASGO
POLO PASSIVO : LUCIMEIRY MONTEIRO BORGES DE SOUSA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUCIMEIRY MONTEIRO BORGES DE SOUSA


ADVGS. PARTE : 31452 GO - DANIELLE ESPÍNDULA MACHADO
23432 GO - SHEILA CRISTINA GUILHERME

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5073376.10.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5073376.10.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
ESTADO DE
GOIÁS
AGRAVADA : LUCIMEIRY MONTEIRO BORGES DE SOUSA
RELATOR : JUIZ ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DECISÃO LIMINAR

INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO


ESTADO DE GOIÁS (IPASGO), devidamente qualificado e representado nos autos,
interpõe recurso de Agravo de Instrumento contra a decisão liminar proferida pela
MMª. Juíza de Direito, em substituição, da 5ª da Vara da Fazenda Públicas, Drª Lívia
Vaz da Silva, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer, ajuizada por LUCIMEIRY
MONTEIRO BORGES DE SOUSA, ora agravada.

Depreende-se dos autos que a autora ajuizou a aludida ação alegando ser
portadora de Neoplasia Mastocitose Sistêmica (CID C962). Informou que iniciou o
tratamento com o medicamento INTERFERON ALFA e, posteriormente com IMATINIB
(GLIVEC). Porém, em virtude da progressão da doença e da resistência ao
medicamento foi indicado o tratamento com RYDAPT (MIDOSTAURIN) 25mg. Alegou
não possuir condições financeiras para arcar com a medicação e, em razão disso,
requereu a concessão da medida liminar em tutela de urgência para determinar ao
IPASGO a dispensação do medicamento, com isenção de 110% de coparticipação.

A douta juíza singular, na decisão agravada, deferiu o pedido de tutela de

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NR.PROCESSO: 5073376.10.2020.8.09.0000
urgência para determinar que o requerido, ora agravante, fornecesse à
autora/agravada o medicamento denominado Rydapt (Midostaurin), conforme indicado
pelo médico assistente, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de bloqueio, ipsis verbis:

[...]

No caso vertente, a concessão da tutela de urgência se apresenta


conveniente, eis que presentes se encontram, a priori, os
requisitos necessários a sua concessão, notadamente a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado
útil do processo.

Desta forma, o pedido inicial se resume na análise da


probabilidade do direito, devidamente satisfeito, haja vista que
quanto aos argumentos expostos na inicial, caracterizou-se
violação do direito da autora quanto à garantia à saúde, conforme
previsão do texto constitucional:

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,


garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem
à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

No caso dos autos, verifico que a doença que acomete a parte


autora é daquelas consideradas graves, o que está evidente dos
relatórios médicos apresentados com a inicial, sendo que o
medicamento prescrito é essencial para a melhora do seu estado
de saúde.

(…)

O perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo também


consta verificado, visto que a falta do tratamento requisitado,
possivelmente ocasionará um quadro irreversível na saúde da
autora, podendo, inclusive ser fatal, ante a gravidade do caso, o
que é corroborado pelo que consta no relatório médico carreado
aos autos.

Ademais, quanto a coparticipação, entendo que esta também


deve ser deferida.

O entendimento jurisprudencial assegura o direito da autora,


acerca da sua inclusão no PAS, pois encontra-se em situação de
tratamento crônico e/ou oneroso.

(…)

Apesar de ser necessária a realização de avaliação


socioeconômica, entendo que não pode o pleito ser indeferido
sob tal argumento, sendo que fica autorizado à autarquia estadual
realizar tal avaliação. Desta forma, fiel aos argumentos fáticos e

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NR.PROCESSO: 5073376.10.2020.8.09.0000
jurídicos acima articulados, o deferimento do pedido de tutela
provisória de urgência formulado pela parte autora é a medida de
direito que se impõe.

Posto isto, ante aos fundamentos de fato e de direito, concedo a


tutela de urgência pretendida, para determinar que o IPASGO
forneça o medicamento prescrito para o tratamento da autora,
qual seja Rydapt (Midostaurin), conforme indicado pelo médico
assistente, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de bloqueio.

Para que seja dado continuidade no fornecimento do


medicamento, deverá a parte autora apresentar novos pedidos
médicos acerca do medicamento trimestralmente, comprovando
nos autos.

Atribuo a presente decisão força de mandado.

Cite-se o réu para, querendo, contestar o pedido inicial no prazo


legal.

Em seguida, intime-se a parte autora para apresentar


impugnação, no prazo de 15 (quinze) dias.

Cumpra-se. Intimem-se.

Irresignado com o pronunciamento judicial prolatado, o INSTITUTO DE


ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE GOIÁS interpôs o
presente recurso de Agravo de Instrumento.

Em suas razões recursais, após breve explanação dos fatos, afirma que não
restaram devidamente demonstrados os requisitos necessários para a concessão da
tutela provisória de urgência, quais sejam, a plausibilidade do pedido e das razões
alegadas (fumus boni iuris), bem como o justo receio de que o atraso na prestação
jurisdicional provocará o perecimento do direito (perigo da demora).

Referente ao fumus boni iuris, destaca que a prescrição médica não é título
executivo extrajudicial, não gozando, desta forma, de presunção de veracidade
absoluta. Assim, não se mostra razoável conferir exigibilidade imediata para um
documento a ser facilmente contestado, sendo passível de análise e impugnação em
razão de múltiplos argumentos.

Em seguida sustenta que o laudo médico que atesta a imprescindibilidade do


tratamento postulado pode ser infirmado através da apresentação de notas técnicas,
pareceres ou outros documentos congêneres e da produção de prova pericial, nos
termos do Enunciado 75 JDS/CNJ em cotejo dos requisitos estabelecidos no
julgamento do RESP n. 1.657.156.

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NR.PROCESSO: 5073376.10.2020.8.09.0000
Invoca também o Tema 106 (Resp. 1.657.156) e o Enunciado nº 75 JS/CNJ
para afirmar que o laudo médico apresentado não vincula o julgador, devendo o
magistrado avaliá-lo e verificar se as informações nele constantes são suficientes para
formação de seu convencimento, quanto à imprescindibilidade do fármaco solicitado
nestes autos para tanto.

Assim, entende que, para o fornecimento do medicamento pleiteado, não


pode ser considerado como prova irrefutável o laudo técnico apresentado. O paciente
deve submeter-se à perícia técnica por profissional isento, com conhecimentos
técnicos científicos.

Por outro lado, pontua acerca da ausência do medicamento Rydapt


(Midostaurin) na relação do Plano IPASGO - SAÚDE, motivo pelo qual foi negado a
solicitação.

Em seguida, verbera que a Lei 17.477/2011, que regula o IPASGO, dispõe


sobre a necessidade de regulamentação dos serviços prestados pelo plano, e que
somente poderão ser cobertos os procedimentos previstos na tabela do Instituto,
conforme regras previstas em normas complementares.

Assevera que a vinculação dos procedimentos à tabela do Instituto tem por


objetivo manter o equilíbrio econômico e financeiro, não podendo, portanto, autorizar
procedimentos que não constam dessa relação.

Com essas considerações, requer a concessão de efeito suspensivo à


presente insurgência recursal diante da iminência de resultar lesão grave e de difícil
reparação. No mérito, pugna pela reforma da decisão impugnada com a revogação da
tutela de urgência vergastada.

Preparo dispensado (art. 1.007, § 1º, CPC).

É, em síntese, o relatório.

Decido.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5073376.10.2020.8.09.0000
Em proêmio, consigno que o agravo merece ser acolhido na forma de
instrumento, dada a natureza da medida atacada, nos termo do artigo 1.015, inciso I,
do Código de Processo Civil, razão pela qual o admito para debate nesta instância
derivada.

Quanto ao efeito suspensivo impende frisar que o relator poderá, em


determinados casos, concedê-lo desde que preenchidos, cumulativamente, os
requisitos previstos em lei, quais sejam: (I) a imediata produção de efeitos da decisão
recorrida que deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; e
(II) a demonstração da probabilidade de provimento do recurso (artigos 995, parágrafo
único, e 1.019, I, ambos no Código de Processo Civil).

Sobre o tema, transcrevo ensinamento doutrinário do ilustre processualista


Humberto Theodoro Júnior, in verbis:

(...) O relator poderá, ainda, deferir, em antecipação de tutela,


total ou parcialmente, a pretensão recursal (art. 1.019, I). Para
tanto, deverão estar presentes os mesmos requisitos para a
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris
e o periculum in mora. Com efeito, não se pode negar ao relator o
poder de também conceder medida liminar positiva, quando a
decisão agravada for denegatória de providência urgente e de
resultados gravemente danosos para o agravante. No caso de
denegação, pela decisão recorrida, de medida provisória cautelar
ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do
ato impugnado.

Caberá, portanto, ao relator tomar a providência pleiteada pela


parte, para que se dê o inadiável afastamento do risco de lesão,
antecipando o efeito que se espera do julgamento do agravo. É
bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela instituído pelo
art. 300 não é privativo do juiz de primeiro grau e pode ser
utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer grau de
jurisdição. No caso do agravo, esse poder está expressamente
previsto ao relator no art. 1.019, I.

Se for deferido o efeito suspensivo ou concedida a antecipação


de tutela, o relator ordenará a imediata comunicação ao juiz da
causa, para que, de fato, se suste o cumprimento da decisão
interlocutória (art. 1.019, I, in fine). (...) (in, Curso de Direito
Processual Civil, Volume III, 47ª Edição).

Conforme se observa, exige-se a presença simultânea do fumus boni iuris e o


periculum in mora, os quais devem ser demonstrados de plano, de forma inequívoca,
de maneira que o julgador não tenha dúvidas quanto a viabilidade de se conferir efeito
suspensivo ao recurso, inclusive o efeito ativo ou positivo.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5073376.10.2020.8.09.0000
No caso, em uma análise perfunctória dos autos, não vislumbro, por ora, a
presença cumulativa dos requisitos necessários para a atribuição do efeito suspensivo
ao recurso, pois, a princípio, o sobrestamento do procedimento certamente trará
retardo ao tratamento de saúde de que necessita a autora/agravada.

Denota-se do caso em análise que a autora é titular do plano de saúde do


IPASGO, e foi diagnosticada com Neoplasia Mastocitose (CID C962), (Doc. em
anexo–Relatório Médico e exames – Doc.05 e 06), em junho/2015, tendo iniciado o
tratamento com Interferon Alfam, porém, com perda de resposta terapêutica e
recaída da doença, foi iniciada a segunda opção de tratamento com Imatinib (Glivec).
Contudo, em maio de 2019 houve nova progressão da doença e resistência ao
medicamento, que devido a literatura médica e necessidade do caso foi indicado
tratamento de 3ªlinha com RYDAPT (MIDOSTAURIN) 25mg, por prazo indeterminado,
para aumento da sobrevida. Em razão disso, foi buscar junto ao requerido/agravante a
medicação prescrita, a qual lhe foi negado sob o argumento de não constar no rol de
medicamentos liberados pelo IPASGO.

Ora, exsurge, neste contexto, o estado de emergência da situação da


agravada, bem como que a concessão da ordem suspensiva é passível de provocar
grave e irreparável dano à saúde da recorrida que, acometida de doença grave
Neoplasia Mastocitose (CID C962), necessita da medicação prescrita para o
tratamento, bem como para aumento da sobrevida.

Por derradeiro, em razão da urgência do caso e a piora do estado de saúde


da agravada, não se afigura plausível condicionar o cumprimento da ordem liminar à
oitiva do Núcleo de Apoio Técnico Judiciário e, por via de consequência, a realização
do exame à prévia avalização socioeconômica, já que esta poderá ocorrer
posteriormente.

Destarte, atenta às particularidades do caso em apreço, INDEFIRO o pedido


de atribuição de efeito suspensivo ao presente recurso de agravo.

Comunique-se o juízo a quo desta decisão, conforme preceitua o artigo 1.019,


inciso I, do Código de Processo Civil.

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta no prazo


legal, nos moldes do artigo 1.019, inciso II, do citado diploma processual.

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NR.PROCESSO: 5073376.10.2020.8.09.0000
Cumpra-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
Relator
(Datado e assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 17:13:12

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5072590.63.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA
POLO PASSIVO : RESIDENCIAL BRISA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA


ADVGS. PARTE : 34945 GO - RICARDO MIRANDA BONIFÁCIO E SOUZA
32520 GO - ALEX JOSÉ SILVA

PARTE INTIMADA : RESIDENCIAL BRISA


ADVG. PARTE : 48070 GO - PAULO ESTEVES SILVA CARNEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5072590.63.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5072590.63.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE : INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA

AGRAVADO : RESIDENCIAL BRISA

RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO


SUSPENSIVO interposto por INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA , representada e
qualificada, em face de decisão proferida pelo Juiz de Direito da 10ª Vara Cível da
Comarca de Goiânia/GO, Dr. Gilmar Luiz Coelho, nos autos dos Embargos à
Execução com Pedido de Efeito Suspensivo opostos contra RESIDENCIAL BRISA,
igualmente qualificado e representado, com o intento de obter a sua reforma.

Recebido os aludidos embargos, o douto magistrado primevo proferiu a


decisão agravada, nos seguintes termos, verbis:

(…) Assim, recebo os presentes Embargos à Execução sem


efeito suspensivo, o que faço por não vislumbrar como relevantes
seus fundamentos, eis que não me afigura que o prosseguimento
da execução possa causar a parte executada grave dano de difícil
ou incerta reparação.

Ademais, a execução não está garantida por penhora, depósito


ou caução, conforme preceitua o artigo 919, § 1º do CPC/15.

Desta feita, somente após juntada aos autos do comprovante

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NR.PROCESSO: 5072590.63.2020.8.09.0000
de pagamento da primeira parcela, intime-se a parte
embargada na pessoa de seu advogado constituído para,
querendo, apresentar impugnação no prazo de 15 (quinze) dias.

Intime-se e cumpra-se. (…). (movimentação nº 16 do feito


originário nº 5521962.88.2019.8.09.0051. Grifos no original).

Irresignado, o embargante INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA, interpôs o


Agravo de Instrumento sub judice.

Em suas razões recursais, inicialmente, defende o cabimento e a


tempestividade do recurso.

No mérito, narra que a presente demanda se trata de Ação de Execução por


Quantia Certa, proposta por Residencial Brisa visando receber taxas condominiais
vencidas e não pagas pela Incorporação Tropicale Ltda.

Devidamente citada, a devedora, ora agravante, opôs Embargos à Execução,


o qual não foi recebido no efeito suspensivo, fulminando na interposição do presente
Agravo de Instrumento.

Em suas razões, a recorrente brada se encontrar em recuperação judicial,


razão pela qual necessária a concessão de efeito suspensivo aos embargos à
execução por ela opostos, uma vez que o prosseguimento do feito executivo poderá
lhe causar dano grave de difícil reparação.

Verbera que a ação de execução originária não merece ter prosseguimento,


em razão do princípio da preservação da empresa, sendo inviável juízo diverso do
universal deferir medidas constritivas sem que atinja os ativos essenciais ao
funcionamento da empresa recuperanda, conforme previsto no artigo 47 da Lei de
Recuperação e Falência.

Noutro ponto, argumenta que, apesar do Magistrado Singular ter declarado


que a execução não foi garantida, a dívida em comento está arrolada no quadro Geral
de Credores da agravante, na categoria de crédito Quirografário.

Deste modo, sustenta que deve ser obstada a prática de qualquer ato
constritivo por juízo distinto daquele onde tramita o processo recuperacional.

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NR.PROCESSO: 5072590.63.2020.8.09.0000
Adiante, ressalta que o Plano de Recuperação Judicial e seu aditivo
aprovados pela Assembléia Geral de Credores estão homologados pelo juízo
universal, onde há cláusulas exclusivas e expressas que extinguem todas as
obrigações anteriores, substituindo-as pelas obrigações previstas no Plano e Aditivo,
ou seja, ocorreu a novação das dívidas.

Por fim, discorre sobre todos os requisitos necessários à concessão de efeitos


suspensivo aos embargos à execução.

Nestes termos, requer que seja, liminarmente, concedido efeito suspensivo


aos embargos à execução e, no mérito, pede pelo conhecimento e provimento da
presente insurgência, reformando a decisão agravada, nos termos das razões
apresentadas.

Preparo comprovado (movimentação nº 01).

Após, vieram-me os autos conclusos.

É, em síntese, o relatório.

Passo à decisão.

A princípio, consigno que o recurso em apreço merece ser acolhido sob a


forma de instrumento, dada a natureza da medida atacada, nos termo do artigo 1.015,
inciso X, do Código de Processo Civil, razão porque determino o seu processamento.

Quanto a antecipação dos efeitos da tutela em sede de Agravo de


Instrumento, impede frisar que o relator poderá, em determinados casos, concedê-la
desde que preenchidos, cumulativamente, os requisitos previstos em lei, quais sejam:
(I) a imediata produção de efeitos da decisão recorrida deverá gerar risco de dano
grave, de difícil ou impossível reparação; e (II) a demonstração da probabilidade de
provimento do recurso (artigos 995, parágrafo único, e 1.019, I, ambos do Código de
Processo Civil).

Sobre o tema, transcrevo ensinamento doutrinário do ilustre processualista

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NR.PROCESSO: 5072590.63.2020.8.09.0000
Humberto Theodoro Júnior, in verbis:

“(...) O relator poderá, ainda, deferir, em antecipação de tutela,


total ou parcialmente, a pretensão recursal (art. 1.019, I). Para
tanto, deverão estar presentes os mesmos requisitos para a
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris
e o periculum in mora. Com efeito, não se pode negar ao relator o
poder de também conceder medida liminar positiva, quando a
decisão agravada for denegatória de providência urgente e de
resultados gravemente danosos para o agravante. No caso de
denegação, pela decisão recorrida, de medida provisória cautelar
ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do
ato impugnado.

Caberá, portanto, ao relator tomar a providência pleiteada pela


parte, para que se dê o inadiável afastamento do risco de lesão,
antecipando o efeito que se espera do julgamento do agravo. É
bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela instituído pelo
art. 300 não é privativo do juiz de primeiro grau e pode ser
utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer grau de
jurisdição. No caso do agravo, esse poder está expressamente
previsto ao relator no art. 1.019, I.

Se for deferido o efeito suspensivo ou concedida a antecipação


de tutela, o relator ordenará a imediata comunicação ao juiz da
causa, para que, de fato, se suste o cumprimento da decisão
interlocutória (art. 1.019, I, in fine). (...)”. (in, Curso de Direito
Processual Civil, Volume III, 47ª Edição). Grifos no original.

Conforme se observa, a eficácia da decisão combatida poderá ser suspensa,


se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação, e ficar demonstrado a probabilidade de provimento do recurso.

No presente caso, a insurgência recursal versa sobre a decisão que recebeu


os embargos à execução opostos pelo ora agravante, sem a atribuição de efeito
suspensivo, cujos requisitos legais1 para o deferimento são: a) o pedido da parte; b) a
relevância dos fundamentos que demonstrem a possibilidade de causar ao executado
grave dano ou de difícil reparação; c) a garantia do Juízo.

Na espécie, numa cognição sumária, não vislumbro a presença cumulativa


dos requisitos necessários para o acolhimento da pretensão liminar, especialmente o
fumus boni iuris, pois, a princípio, segundo entendimento do Superior Tribunal de

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NR.PROCESSO: 5072590.63.2020.8.09.0000
Justiça e desta Corte Estadual, as taxas condominiais (objeto da execução em
comento) possuem natureza propter rem e caráter extraconcursal, não se sujeitando,
portanto, à habilitação de crédito ou suspensão da execução, nos termos da Lei
11.101/2005, razão pela qual é necessária a garantia do juízo para se obter o efeito
suspensivo à execução.

Assim, INDEFIRO a medida pleiteada, por não vislumbrar prima facie os


requisitos necessários à sua concessão.

Comunique-se o Juiz a quo desta decisão, nos termos do artigo 1.019, inciso
I, do Código de Processo Civil.

Intimem-se a parte agravada para que, querendo, apresente resposta, no


prazo legal, nos moldes do artigo 1.019, inciso II, do citado diploma processual civil.

Cumpra-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
Relator

Datado e assinado conforme Resolução 59/2016

1 Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.

§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os
requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou
caução suficientes.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 17:32:41

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5060295.91.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo Interno
POLO ATIVO : CARLOS MAGNO ROCHA COELHO
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE SANTO ANTONIO DO DESCOBERTO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARLOS MAGNO ROCHA COELHO


ADVG. PARTE : 58489 DF - TAMYRES RODRIGUES PACIFICO BARBOSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5060295.91.2020.8.09.0000
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5060295.91.2020.8.09.0000

COMARCA SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO

AGRAVANTE CARLOS MAGNO ROCHA COELHO

AGRAVADO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO

RELATOR Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, interposto por CARLOS MAGNO ROCHA COELHO,


em face da decisão proferida pela MM Juíza de Direito, Dr. Patrícia de Morais Costa Velasco, da
2ª Vara Cível, que, indeferiu o pedido de liminar.

Informa o Agravante que:

- é servidor público municipal admitido em 02/03/2013 no cargo de professor, lotado desde o ano
de 2016 lotado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Prudente de Moraes, sendo que por
problemas de saúde tirou licença de suas atividades e passou a ser beneficiário de auxílio-
doença;

- ao retornar à Escola Municipal de Ensino Fundamental Prudente de Moraes para exercer as


suas atividades no mês de janeiro de 2020, foi informado da sua transferência para a Escola
Raimundo Gomes;

- não concordou com a sua transferência, considerando o tempo que este já trabalha na escola
Prudente de Moraes.

Em síntese, defende que:

- a transferência se deu de forma completamente arbitrária, considerando que o requerente não


consentiu com a transferência, bem como que o ato não teve motivação, mostrando-se que se
deu por perseguição;

- na data de 17.01.2020, o requerente recebeu o ofício de transferência para a outra unidade


escolar, ato esse realizado sem qualquer justificativa ou motivação, contrariando os dispositivos
legais consubstanciados no Art. 2º e 50 da Lei nº 13.800, de 18 de janeiro de 2001, que regulou o
processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado de Goiás;

- a escola onde trabalhava tem vaga para a sua função, sendo que na contagem de pontos, se
fosse realizado, o requerente seria o primeiro colocado em razão do tempo na escola e demais
qualificações;

- a transferência feriu os princípios da impessoalidade e da falta de motivação do ato


administrativo;

- estava afastado de estado depressivo, recebendo auxílio-doença, deveria, portanto, voltar ao


cargo anteriormente exercido;

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NR.PROCESSO: 5060295.91.2020.8.09.0000
-foi comunicado da remoção sem qualquer aviso prévio e logo depois que estava voltado de um
tratamento depressivo;

- a probabilidade do direito encontra-se evidente pelos documentos anexos, que comprovam o


vínculo do servidor com o município, seu direito de permanecer na escola pleiteada, bem como o
ofício desmotivado de sua transferência;

- o risco ou perigo de dano encontra no fato de que em caso de demora da prestação jurisdicional
poderá perder seus pontos já conquistados pelo tempo de serviço na escola pleiteada, bem
como, que se caso não for reintegrado na escola os alunos poderão perder conteúdo e
conhecimento com um professor qualificado.

Requereu, liminarmente, o seu retorno ao local de trabalho anterior, restituindo-o à situação quo
antes, inclusive com nova contagem de pontos na unidade escolar, sob pena de pagamento de
multa diária a ser fixada, não inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Ao final, requer o conhecimento e provimento do recurso, nos termos defendidos, para o fim de
confirmar a liminar.

Juntou documentos no evento 1.s

Agravante isento de preparo.

Relatado. DECIDO.

Antes de mais nada, impende salientar que para a concessão do efeito suspensivo ao recurso,
assim como o deferimento da antecipação de tutela recursal, nos termos do art. 1.019, inciso I do
Código de Processo Civil, deve restar comprovado o risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, inexistência de risco de irreversibilidade da medida e a probabilidade de provimento
do recurso, pressupostos indispensáveis à concessão da medida. A ausência de um deles implica
no seu indeferimento.

A Agravante pretende a reforma da decisão que indeferiu o pedido de liminar para que o mesmo
retornasse ao local de trabalho anterior.

Pois bem.

No caso em apreciação, não antevejo a presença concomitante dos elementos autorizadores da


liminar, mais precisamente a probabilidade do provimento do recurso, pois, em um primeiro
momento, tem-se que a remoção é ato discricionário da Administração Pública, podendo atribuir
nova lotação ao servidor, diante da necessidade do serviço público, não cabendo ao judiciário
apontar onde os servidores devem cumprir suas funções, sob pena de afronta ao princípio da
separação dos poderes.

Desse modo, entendo que, por ora, não merece acolhida o pedido do Agravante. Assim
considerando, INDEFIRO o pedido de tutela antecipada.

Intime-se a parte Agravada, para, no prazo legal, e caso queira, oferecer as contrarrazões a que
tem direito (artigo 1019, inciso II, NCPC).

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5060295.91.2020.8.09.0000
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por ORLOFF NEVES ROCHA
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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Recebido o Recurso - Data da


Movimentação 19/02/2020 17:32:48

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5292214.67.2018.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ANTONIO GREGORIO GOMES
POLO PASSIVO : FRANCISCO MONTEIRO LEMOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FRANCISCO MONTEIRO LEMOS


ADVG. PARTE : 8171 GO - JUVENALDO MONTEIRO DE SOUSA

PARTE INTIMADA : CLUSANIRA MARIA DE ALMEIDA LEMOS


ADVG. PARTE : 8171 GO - JUVENALDO MONTEIRO DE SOUSA

PARTE INTIMADA : ANTONIO GREGORIO GOMES


ADVGS. PARTE : 44787 GO - MARCIA DE CASSIA TELES ALCANTARA
39584 GO - SERGIO COSTA SOUZA FILHO

PARTE INTIMADA : MARIA ROSA TAVARES DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 39584 GO - SERGIO COSTA SOUZA FILHO
44787 GO - MARCIA DE CASSIA TELES ALCANTARA

PARTE INTIMADA : CLOTILDE RODRIGUES FERREIRA


ADVGS. PARTE : 44787 GO - MARCIA DE CASSIA TELES ALCANTARA
39584 GO - SERGIO COSTA SOUZA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5292214.67.2018.8.09.0006
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás

Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964

Processo : 5292214.67.2018.8.09.0006
Nome CPF/CNPJ
ANTONIO GREGORIO GOMES 382.700.721-68
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
MARIA ROSA TAVARES DOS SANTOS 402.976.751-68
Nome CPF/CNPJ
CLOTILDE RODRIGUES FERREIRA 179.353.771-20
Nome CPF/CNPJ
FRANCISCO MONTEIRO LEMOS --
Promovido(s)
Nome CPF/CNPJ
CLUSANIRA MARIA DE ALMEIDA LEMOS 209.551.112-34
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Procedimento Comum
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Apelação Cível interposta por FRANCISCO MONTEIRO LEMOS E


OUTROS, em face da sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Anápolis
que, nos autos da “Ação de Instituição de Servidão de Passagem c/c Obrigação de Não Fazer”,
ajuizada por ANTONIO GREGORIO GOMES E OUTROS, julgou nos seguintes termos:

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na petição


inicial. Determino a reintegração da posse dos autores sobre a servidão da estrada.
Determino a abertura do corredor de acesso, na forma anterior de 8,20(oito metros e vinte
centímetro) de largura e a desobstrução da porteira com a retirada das estacas, retirando a
obstrução do curso da estrada, restaurando o mesmo no seu estado anterior. Condeno,
ainda, o réu a pagar os honorários advocatícios do patrono do autor em quantia equivalente
a R$1.000,00 (um mil reais), nos termos do artigo 85, § 8º, do Código de Processo Civil.
Julgo extinto o processo com resolução de mérito nos termos do artigo 487, I do CPC.

No evento 107 foi interposto recurso de apelação.

Contrarrazões apresentadas no evento 112.

No evento 117, foi proferido despacho determinando a intimação da parte apelante,


para, em 5 (cinco) dias, manifestar sobre a intempestividade do recurso de apelação.

Houve manifestação do Recorrente no evento 121.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5292214.67.2018.8.09.0006
É o relatório. Decido.

Inicialmente, cumpre explicitar que, segundo o art. 932, inciso III do Código de
Processo Civil, incumbe ao relator “não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida”.

Compulsando os autos para apreciação prévia dos pressupostos de admissibilidade,


verifico que a insurgência recursal não ultrapassa os requisitos de admissibilidade, em razão da
intempestividade.

Prevê o §5º, art. 1.013 do Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 1.013. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os


advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o
Ministério Público são intimados da decisão.
(…)
§5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e
para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. (Grifei)

Pois bem. Insta notar que a sentença a quo foi proferida em 16/01/2019 e publicada no
dia 18/01//2019, conforme eventos 101-106 dos autos.

Por sua vez, o prazo processual iniciou-se em 21/01/2019 (segunda-feira), em razão


do disposto no art. 220 do CPC, que assim dispõe: “Suspende-se o curso do prazo processual nos dias
compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive”.

Por sua vez o recurso de apelação foi interposto no dia 12/02/2019, ou seja, após o
prazo de 15 (quinze) dias, previsto no art. 1.013, §5º, do Código de Processo Civil.

Destarte, o presente apelo apresenta-se intempestivo.

Como a tempestividade é um dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade, ao


presente recurso não merece ser dado conhecimento, posto revelar-se manifestamente
inadmissível.

Em sintonia com esse posicionamento está o entendimento deste Tribunal de Justiça,


senão vejamos:

REEXAME NECESSÁRIO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE


ATO ADMINISTRATIVO C/C RECONDUÇÃO A CARGO PÚBLICO E RECUPERAÇÃO DOS
BENEFÍCIOS DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INTEMPESTIVIDADE DO APELO.
NÃO COMPROVAÇÃO DE DOENÇA PREEXISTENTE AO EXAME ADMISSIONAL. BOA-
FÉ PRESUMIDA. BENEFÍCIO RESTABELECIDO. 1. Não merece conhecimento o recurso
de apelação apresentado intempestivamente. 2. Não estando demonstrado
documentalmente nos autos que havia doença preexistente ao exame admissional do
requerente e não sendo possível presumir sua má-fé em omitir tal situação, esta correta a
sentença ao anular a resolução que declarou a ilegalidade de sua admissão, ao reconduzir o
requerente à função pública e ao restabelecer a aposentadoria por invalidez. APELO NÃO
CONHECIDO. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO. (TJGO, DUPLO GRAU DE
JURISDICAO 262011-87.2009.8.09.0051, Rel. DES. CARLOS ESCHER, 4A CAMARA
CIVEL, julgado em 02/02/2017, DJe 2208 de 10/02/2017, g.)

Na confluência do exposto, com fulcro no art. 932, III, CPC, NÃO CONHEÇO do
recurso de apelação manejado, dada a manifesta inadmissibilidade.

Intimem-se.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5292214.67.2018.8.09.0006
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

__________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Concedida a Medida Liminar (cpc) - Data da
Movimentação 19/02/2020 17:11:56

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5067720.72.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
POLO PASSIVO : MARIA DAS GRAÇAS STIVAL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO


ADVGS. PARTE : 19400 GO - TATIANA ACCIOLY FAYAD
25775 GO - STELLA CHRISTINA ALVES COIMBRA
34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO

PARTE INTIMADA : MARIA DAS GRAÇAS STIVAL


ADVG. PARTE : 27911 GO - CAROLINE REGINA DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5067720.72.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5067720.72.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
AGRAVADO : MARIA DAS GRAÇAS STIVAL
RELATOR : JUIZ ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DECISÃO LIMINAR

UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, inconformada


com a decisão proferida pelo Juiz de Direito da 12ª Vara Cível da Comarca de Goiânia,
Dr. Vitor França Dias Oliveira, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c
Indenização ajuizada por MARIA DAS GRAÇAS STIVAL, representada por curador
especial, interpõe recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, instruindo-o com
requerimento de atribuição do efeito suspensivo.

Extrai-se dos autos que a autora/agravada narrou na petição inicial que a sra.
MARIA DAS GRAÇAS STIVAL é pessoa idosa e portadora da doença de Alzheimer
em fase avançada, motivo pelo qual lhe foi prescrito o tratamento domiciliar – home
care por período indeterminado em caráter emergencial.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por ROBERTO HORACIO DE REZENDE
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5067720.72.2020.8.09.0000
Aduziu que solicitou junto à requerida/recorrente o atendimento domiciliar
devido, nos termos da prescrição médica, porém obteve resposta negativa, tendo a
agravante alegado que já promove o serviço UniDomiciliar à requerente de acordo com
o plano terapêutico confeccionado para a paciente.

Defendeu que a demandada não presta o serviço e tratamento domiciliar na


forma como prescrito pelos médicos, de forma integral, vez que não há o devido
acompanhamento multidisciplinar por equipe de profissionais da área da saúde,
tampouco o fornecimento da cesta de medicamentos e tratamentos devidos, o que
pode ocasionar o agravamento do estado de saúde da demandante.

Por tais razões, requereu a concessão da tutela de urgência para determinar


que a requerida preste e garanta o serviço de home care, nos termos do relatório
médico prescrito, até a demandante melhorar de seu estado clínico, no período
contínuo de 24 horas e com atendimento de corpo clínico habilitado multiprofissional –
atendimento médico, fisioterapia e fonoaudiologia 3 vezes por semana, nutricionista
quinzenalmente, cuidados de enfermagem diários por período de pelo menos 12 horas
e acompanhamento médico mensalmente com clínico geral, bem como o fornecimento
de toda a cesta de materiais e medicamentos inerentes ao quadro clínico da
requerente, nos termos da prescrição médica e relatório anexo aos autos.

A decisão agravada foi assim proferida:

(…) É possível constatar, nesse momento processual, nos


documentos juntados que conforme relatório médico de
movimento 1, arquivo 6, a requerente necessita de tratamento
domiciliar HOME CARE com equipe multiprofissional, tal como
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, cuidados de
enfermagem diários e acompanhamento com clínico geral.

Desta forma, verifico o preenchimento do primeiro requisito


autorizador para o provimento da tutela de urgência.

Em relação ao segundo requisito, o perigo de dano ou o risco ao


resultado útil do processo, ressalto que eventual prolongamento
da situação narrada, ocasionará maiores prejuízos ao
Requerente, eis que trata-se de pessoa idosa que está acamada
e não mais possui condições de se alimentar e praticar
autocuidado diário.

Situação esta que preenche o segundo requisito autorizador da


liminar.

Por fim, saliento que não há risco de irreversibilidade (art. 300,

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NR.PROCESSO: 5067720.72.2020.8.09.0000
§3º, NCPC) do presente provimento já que em caso de mudança
do entendimento, poderá a situação narrada retornar ao seu
estado inicial.

Sendo assim, defiro o pleito liminar para determinar que seja


realizado o tratamento médico da requerente na forma prescrita
pela médica responsável pelo acompanhamento em relatório
médico de movimento 1, arquivo 6. Deve ser fornecido tratamento
com médico fisioterapeuta 3 vezes por semana, fonoaudióloga 3
vezes por semana, nutricionista quinzenal, cuidados de
enfermagem diários por período de pelo menos 12 horas.

Ato contínuo, defiro o fornecimento de medicamentos pois este se


faz necessário por ser indispensável ao tratamento da requerente
conforme fora recomendado, além do mais o Tribunal de Justiça
já firmou posicionamento acerca do tema (…)

No tocante aos produtos de cuidados diários, como fraldas e


lenços umedecidos, impõe-se à requerida o deve de disponibilizar
os insumos tendo em vista a prestação integral do serviço, mas
desde que sejam imprescindíveis ao tratamento da doença da
requerente e estejam indicados em relatórios médicos.

Ante o exposto, DEFIRO o pleito liminar para determinar que seja


fornecido a requerente o tratamento na forma acima indicada,
bem como medicamentos e insumos que se façam necessários,
mas limitado a real necessidade do paciente que se comprovará
através de prescrição médica.

Determino a expedição de mandado para que seja dado ciência


desta decisão à requerida para que a mesma seja cumprida, sob
pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais) e crime de
desobediência. (...)

Nas razões recursais do presente Agravo de Instrumento, após narrar os


fatos, a agravante sustenta que a agravada é assistida através do programa
UniDomiciliar desde 18/04/2016, usufruindo há quase quatro anos da assistência pelo
serviço da UNIMED.

Brada que a Agravante nunca forneceu à Agravada os materiais e nem


mesmo itens de higiene, tratamentos e procedimentos que estão sendo vindicados nos
autos, até porque, como será explorado, não constituem objeto de cobertura do plano
de assistência à saúde e não foram contratados com a parte. No que toca às terapias
de fonoaudiologia e fisioterapia, estas já eram fornecidas na periodicidade pretendida,
três vezes na semana.

Aduz que a recorrida não demonstrou a urgência para concessão da tutela,


pois os gastos sempre foram custeados por ela, seguida dos serviços do UniDomiciliar.

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NR.PROCESSO: 5067720.72.2020.8.09.0000
Pontua que se mantida a liminar, haverá danos irreversíveis à Agravante, por
ocasião do reflexo que o custeio de ENFERMEIROS POR DOZE HORAS, ITENS DE
HIGIENE, não considerados nos cálculos atuariais, causarão à universalidade de seus
beneficiários.
Discorre sobre a ausência da fumaça do bom direito, alegando que não há
cobertura determinada pela legislação ou regulamentação da ANS para que as
operadoras sejam obrigadas a custear o serviço de internação domiciliar.

Verbera que a contratação da Agravante com a Agravada é bem específica,


não se referindo a serviço de internação domiciliar (homecare), mas de serviço de
assistência domiciliar, denominado UniDomiciliar.

Preconiza que o próprio parecer do NATJUS esclarece que não existe a


demonstração de necessidade de enfermagem continuada.

Assevera que ante a ausência de urgência/emergência, do periculum in mora


e do fumus boni iuris e da irreversibilidade dos efeitos da decisão, na forma acima
demonstrada, os quais provam os desacertos da liminar concedida na origem, é
medida que se impõe a suspensão e posterior revogação da decisão agravada, o que
desde já se requer.

Obtempera que o atendimento na forma posta não encontra respaldo legal ou


contratual para que haja cobertura de home care, afirmando não se tratar de obrigação
da agravante, e que a agravada aderiu a contrato de plano de saúde Unifamília
Cooperativo, com coberturas determinadas e limitadas, o qual não prevê a
obrigatoriedade para a assistência em questão.

Diz que o tratamento/medicamento/consulta domiciliar está expressamento


excluído das coberturas contratadas.

Traça ilações sobre o programa UniDomiciliar oferecido à agravada, bem


como sobre o contrato de plano de saúde.

Argumenta acerca da aplicação subsidiária do CDC frente à Lei 9.656/98, e


que a matéria de direito que envolve a pretensão inicial deve ser resolvida pela Lei
9.656/98 e por suas normas regulamentadoras expedidas pela ANS, aduzindo que o
Código de Defesa do Consumidor, como lei de caráter geral, não tem supremacia para
anular as cláusulas contratuais acobertadas pela Lei Especial.

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NR.PROCESSO: 5067720.72.2020.8.09.0000
Defende que a cláusula que limita a cobertura ofertada não se estendendo ao
regime de internação domiciliar (home care) não fere a legislação de plano de saúde,
tão pouco o Código de Defesa do Consumidor, pois sua redação é visível, de fácil
compreensão e induvidosa.

Salienta sobre a necessidade de manutenção do equilíbrio contratual e o ônus


excessivo suportado pela UNIMED.

Requer a atribuição do efeito suspensivo ao agravo, para suspender


integralmente a obrigação de cobertura home care determinada, voltando a viger entre
as partes o atendimento UniDomiciliar pactuado; alternativamente, que se exclua a
enfermagem continuada de 12 horas por dia, conforme parecer do NATJUS, bem
como medicamentos e itens de higiene.

Por fim, pugna que seja revogada integralmente a medida concedida, ou não
sendo este o entendimento, que seja parcialmente revogada, nos termos expostos.

Preparo visto.

É, em síntese, o relatório.

Passo à decisão.

A princípio, diante da previsão expressa de cabimento do presente recurso,


nos termos do artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil, determino o seu
processamento.

Quanto ao efeito suspensivo impende frisar que o relator poderá, em


determinados casos, concedê-lo desde que preenchidos, cumulativamente, os
requisitos previstos em lei, quais sejam: (I) a imediata produção de efeitos da decisão
recorrida deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; e (II) a
demonstração da probabilidade de provimento do recurso (artigos 995, parágrafo
único, e 1.019, I, ambos no Código de Processo Civil).

Sobre o tema, transcrevo ensinamento doutrinário do ilustre processualista

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NR.PROCESSO: 5067720.72.2020.8.09.0000
Humberto Theodoro Júnior, in verbis:

[...] O relator poderá, ainda, deferir, em antecipação de tutela,


total ou parcialmente, a pretensão recursal (art. 1.019, I). Para
tanto, deverão estar presentes os mesmos requisitos para a
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris
e o periculum in mora. Com efeito, não se pode negar ao relator o
poder de também conceder medida liminar positiva, quando a
decisão agravada for denegatória de providência urgente e de
resultados gravemente danosos para o agravante. No caso de
denegação, pela decisão recorrida, de medida provisória cautelar
ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do
ato impugnado. Caberá, portanto, ao relator tomar a providência
pleiteada pela parte, para que se dê o inadiável afastamento do
risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do julgamento
do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela
instituído pelo art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e
pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I. Se for deferido
o efeito suspensivo ou concedida a antecipação de tutela, o
relator ordenará a imediata comunicação ao juiz da causa, para
que, de fato, se suste o cumprimento da decisão interlocutória
(art. 1.019, I, in fine) [...] (Curso de Direito Processual Civil,
Volume III, 47ª Edição).

Conforme se observa, exige-se a presença simultânea do fumus boni iuris e


do periculum in mora, os quais devem ser demonstrados de plano, de forma
inequívoca, de maneira que o julgador não tenha dúvidas quanto a viabilidade de se
conferir efeito suspensivo ao recurso, inclusive o efeito ativo ou positivo.

Em uma análise perfunctória e não exauriente dos elementos informativos dos


autos, denota-se estarem presentes, simultaneamente, os requisitos ensejadores da
medida, notadamente a probabilidade do direito, porquanto, conforme Parecer Técnico
do Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário – NAT JUS (mov. nº 09, autos principais),
não há nos documentos médicos, prescrições que justifiquem a manutenção contínua
do serviço do técnico de enfermagem no atendimento domiciliar ambulatorial. A
requerente necessita de um cuidador, que seria a pessoa apta para acompanhá-la
durante toda a assistência domiciliar, para auxiliá-la na realização dos cuidados
básicos de higiene, alimentação pela sonda e mobilização ou mudança de decúbito
regular.

Outrossim, colho que o requisito relativo ao risco de dano grave à recorrente


avulta da circunstância de que a dispensação de tratamentos diversos dos previstos
em contrato impinge onerosidade excessiva à operadora de plano de saúde, uma vez

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NR.PROCESSO: 5067720.72.2020.8.09.0000
que o benefício reclamado não foi considerado no cálculo atuarial do fundo mútuo do
plano.

Ademais, não vislumbro o perigo da demora concernente ao pedido da


autora/agravada, máxime considerando que esta já vem usufruindo de serviços
domiciliares (UniDomiciliar) da requerida/agravante, os quais devem ser mantidos, em
atenção à garantia de sua vida e integridade física.

Assim, por vislumbrar prima facie os pressupostos necessários à concessão


da medida pleiteada, DEFIRO a pretensão sub examine, para suspender a decisão
agravada, e determinar que se exclua do tratamento a ser fornecido pela
UNIMED: a enfermagem continuada de 12 horas por dia, medicamentos e itens
de higiene; devendo, contudo, permanecer o tratamento pelo serviço
UniDomiciliar.

Comunique-se o juízo a quo o teor desta decisão, conforme preceitua o artigo


1.019, inciso I, do Código de Processo Civil.

Em tempo, a fim de evitar alegações de nulidade, à Secretaria da 1ª


Câmara Cível para que retifique o polo passivo do presente recurso, fazendo
constar MARIA DAS GRAÇAS STIVAL, representada pela curadora provisória
ROSIMEIRE STIVAL, conforme se depreende da mov. nº 18 dos autos principais.

Após cumprida a determinação, intime-se a parte agravada para que,


querendo, apresente resposta, no prazo legal, nos moldes do artigo 1.019, inciso II, do
citado diploma processual civil.

Ademais, nos termos do artigo 178, inciso II, do CPC, encaminhem-se os


autos à douta Procuradoria Geral de Justiça.

Cumpra-se, com as cautelas legais.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Certidão Expedida - Data da Movimentação


04/02/2020 15:03:27

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5547789.60.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : JOÃO HELENO CAETANO FILHO
POLO PASSIVO : ESTADO - COMANDANTE GERAL DA POLICIA MILTAR DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOÃO HELENO CAETANO FILHO


ADVG. PARTE : 26877 GO - KELEN EUGÊNIA BARBOSA CRUZ

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/02/2020


21:11:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5641086.24.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : NEOCONSIG TECNOLOGIA S/A
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : NEOCONSIG TECNOLOGIA S/A


ADVGS. PARTE : 49078 PR - MARCOS PAULO DE CASTRO PEREIRA
6973 GO - FLORIANO GOMES DA SILVA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5641086.24.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5641086.24.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: NEOCONSIG TECNOLOGIA S/A

AGRAVADO: ESTADO DE GOIÁS

RELATORA : DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DESPACHO

Em observância ao princípio da não surpresa, previsto no artigo 10 do Código de Processo Civil1, intime-se a
agravante para, querendo, no prazo de 05 (cinco) dias (CPC/15, artigo 932, parágrafo único2), manifestar
sobre a eventual perda do objeto do agravo instrumento, tendo em vista a prolação de uma nova decisão
(movimentação 65 - autos originários).

Intime-se.

Após, à conclusão.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

RELATORA

116

1Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual
não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.

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NR.PROCESSO: 5641086.24.2019.8.09.0000
2Art. 932. Incumbe ao relator: (…). Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator
concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a
documentação exigível.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:48:08

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5136723.92.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MARTA ROSA DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDENCIA SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDENCIA SA


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

PARTE INTIMADA : MARTA ROSA DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 39628 GO - ALESSANDRO PACHECO PIRES
32028 GO - GABRIEL TERENCIO MARTINS SANTANA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5136723.92.2019.8.09.0051
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº


5136723.92.2019.8.09.0051, da comarca de Goiânia, em que figura como apelante
CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA EPREVIDÊNCIA S/A e como apelada MARTA
ROSA DE OLIVEIRA.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer da Apelação Cível e negar-lhe provimento, nos termos do voto da
Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA

(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

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NR.PROCESSO: 5136723.92.2019.8.09.0051
VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Conforme relatado, a irresignação recursal versa a respeito da condenação da


seguradora ao pagamento do DAMS, bem como dos honorários advocatícios fixados
na sentença.

Após a devida análise dos autos, tenho que a sentença não merece reforma.
Explico.

Como visto, cinge-se a controvérsia sobre a comprovação das despesas


médicas, tendo em vista o acidente de trânsito ocorrido em 12/05/2018.

Pois bem. Consabido que o seguro obrigatório cobre danos pessoais,


abrangendo as indenizações por morte, invalidez permanente, despesas de
assistência médica e suplementares, desde que comprovadas, nos termos da Lei
Federal nº 6.194/74 e redação incluída dada pela Lei n° 11.482/07.

No tocante às despesas médico hospitalares relativas ao tratamento de


lesões provocadas por acidente automobilístico, certo é que a legislação também
garante à vítima o reembolso. Contudo, é preciso atentar aos detalhes trazidos para o
recebimento. “III. até R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais) – como reembolso à
vítima no caso de despesas de assistência médica e suplementares devidamente
comprovadas”.

No caso em comento, a recorrida informa o gasto de R$10.182,71 (dez mil


cento e oitenta e dois reais e setenta e um centavos) a título de despesas médico
hospitalares, considerando os documentos juntados à inicial, os quais se coadunam
com os fatos apresentados no caderno processual.

Da análise dos autos, denota-se do documento de evento 1 – arquio 7, que a


responsável pela apelada, Kenia Rodrigues de Oliveira, firmou contrato com o Instituto
Ortopédico de Goiânia emitindo um cheque no valor de R$10.000,00 (dez mil reais).

Com efeito, tendo o fato ocorrido em 12/05/2018 (boletim de ocorrência de

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NR.PROCESSO: 5136723.92.2019.8.09.0051
evento 8), o contrato de prestação de serviços datado em 18/05/2018, a transferência
da apelada do HUGO (arq. 09), bem como o relatório médico do Instituto Ortopédico
de Goiânia certificando que Marta Rosa de Oliveira procurou o hospital em 18/05/2018,
sendo realizado tratamento cirúrgico, pois evidenciada fratura cominutiva do rádio
distal, em decorrência do acidente, demonstram, satisfatoriamente, as despesas com
assistência médica e suplementar (DAMS) suportadas pela segurada, cabendo à
seguradora reembolsar o valor fixado pelo julgador.

Corroboram para a comprovação da internação e do procedimento, os


documentos jungidos no arquivo 10.

Observa-se, portanto, que os documentos juntados pela apelada,


correlacionam com o sinistro ocorrido, sendo suficientes para demonstrar o tratamento
médico realizado.

Ademais, o reembolso das Despesas de Assistência Médica e Suplementares


(DAMS) pelo seguro DPVAT exige apenas a comprovação documental dos respectivos
gastos, sendo dispensado o formalismo da exibição de notas fiscais ou das respectivas
prescrições médicas, dada a ausência de previsão normativa específica nos termos da
Lei nº 6.194/1974.

Neste sentido, cito precedentes deste Tribunal de Justiça:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO


OBRIGATÓRIO DPVAT. VÍTIMA. PROPRIETÁRIO DO BEM.
INADIMPLÊNCIA DO PRÊMIO NO ANO DO ACIDENTE.
IRRELEVÂNCIA. PAGAMENTO DEVIDO. DESPESAS MÉDICO-
HOSPITALARES (DAMS). COMPROVAÇÃO. NOTAS FISCAIS.
PRESCRIÇÃO MÉDICA. PRESCINDÍVEIS. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. SÚMULA 51 DO TJGO. 1. À míngua de
restrição legal e à luz da uníssona jurisprudência, o fato da vítima
ser o proprietário do veículo e se encontrar inadimplente com o
prêmio do seguro não elide a obrigação da seguradora de arcar
com o pagamento da indenização correspondente, porquanto não
perde ele, por tal circunstância, a sua qualidade de beneficiário.

2. O reembolso das Despesas de Assistência Médica e


Suplementares (DAMS) pelo seguro DPVAT exige a
comprovação documental dos respectivos gastos, desde que
não tenham como origem tratamento em estabelecimento
credenciado junto ao Sistema Único de Saúde, sendo
dispensado o formalismo da exibição de notas fiscais ou das
respectivas prescrições médicas, dada a ausência de
previsão normativa específica nos termos da Lei nº

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NR.PROCESSO: 5136723.92.2019.8.09.0051
6.194/1974.

3. Nos termos do enunciado da Súmula nº 51/TJGO, em ação de


cobrança do seguro DPVAT, mesmo que o valor da condenação
seja inferior ao vindicado na inicial, deve o ônus sucumbencial
recair sobre a parte requerida (seguradora), não havendo
sucumbência recíproca em tal hipótese.

4. Considerando que o benefício econômico alcançado e o valor


da causa são módicos, devem os honorários advocatícios ser
fixados mediante apreciação equitativa, nos termos do artigo 85,
§ 8º, do CPC/2015. Dada a sucumbência da seguradora também
em sede recursal, deve a verba honorária ser majorada, nos
moldes do artigo 85, § 11, do CPC. APELAÇÃO CONHECIDA,
MAS DESPROVIDA.” (TJGO, Apelação (CPC) 0009030-
59.2016.8.09.0006, Rel. ALAN SEBASTIÃO DE SENA
CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, julgado em 18/03/2019, DJe de
18/03/2019). (Grifei).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO


OBRIGATÓRIO DPVAT. REEMBOLSO DAS DESPESAS
MÉDICO-HOSPITALARES. REQUISITOS DO ARTIGO 3º, §2º,
DA LEI Nº 6.194/74 PRESENTES. NEXO CAUSAL
EVIDENCIADO. MEIOS DE PROVAS ACOLHIDOS. 1. Dos
recibos de pagamento, receita médica e relatório acostados
aos autos, depreende-se que o atendimento oferecido a
apelada se deu nos dias subsequentes ao acidente de
trânsito, guardando total relação com este, bem como a
natureza do dano físico dele advindo, isto é, fratura da tíbia,
restando patente o nexo causal entre o sinistro e as
despesas que se pretende a restituição, motivo porque há de
ser mantida a condenação. 2. A Lei nº 6.194/74 não exige a
apresentação de nota fiscal ou documento específico para a
comprovação das despesas médicas ou hospitalares para
fins do seu reembolso. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA, MAS
DESPROVIDA. (TJGO, Apelação (CPC) 5054372-
33.2017.8.09.0051, Rel. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 1ª
Câmara Cível, julgado em 27/09/2019, DJe de 27/09/2019).

Nesse contexto, a apelada faz jus à cobertura securitária, eis que comprovado
o nexo de causalidade havido entre o sinistro e as despesas médicas e hospitalares,
devendo ter seu reembolso, conforme consignado no julgado atacado.

Portanto, escorreita a sentença quando deferiu o pedido de restituição dos


valores gastos com o DAMS.

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NR.PROCESSO: 5136723.92.2019.8.09.0051
Com relação à condenação da apelante ao pagamento dos honorários
sucumbenciais, cumpre esclarecer que muito embora o comando sentencial tenha sido
de parcial procedência, constato que houve o acolhimento por completo dos pedidos
da apelada, já que a demandada foi compelida ao pagamento da indenização do
seguro obrigatório DPVAT e ao ressarcimento das despesas com medicamentos.

Assim, apesar de o arbitramento do quantum indenizatório ter se dado em


valor diverso daquele pleiteado inicialmente pela requerente, tal circunstância não
implica no parcial acolhimento dos pedidos autorais.

A propósito, eis os arestos desta Corte de Justiça:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO


OBRIGATÓRIO. DPVAT. JULGAMENTO ULTRA PETITA NÃO
CONFIGURADO. REEMBOLSO DE DESPESAS MÉDICAS E
SUPLEMENTARES. NEXO DE CAUSALIDADE COMPROVADO.
SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. VERBA
HONORÁRIA. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE.
PREQUESTIONAMENTO. HONORÁRIOS RECURSAIS
APLICADOS. 1. ... Com relação à condenação da apelante ao
pagamento dos honorários sucumbenciais, cumpre
esclarecer que muito embora o comando sentencial tenha
sido de parcial procedência, constato que houve o
acolhimento por completo dos pedidos da apelada, já que a
demandada foi compelida ao pagamento da indenização do
seguro obrigatório DPVAT e ao ressarcimento das despesas
com medicamentos. Assim, apesar de o arbitramento do
quantum indenizatório ter se dado em valor diverso daquele
pleiteado inicialmente pela requerente, tal circunstância não
implica no parcial acolhimento dos pedidos autorais. Logo,
em observância ao princípio da causalidade e à regra da
sucumbência, a seguradora ré deve ser condenada ao
pagamento, por inteiro, dos ônus sucumbenciais, incluídos
aqui os honorários advocatícios, pois além de ter sido ela
quem deu causa ao ajuizamento da ação, saiu vencida da
demanda. 4. Quanto ao prequestionamento buscado pela
apelante, cumpre ressalvar que dentre as funções do Judiciário
não se encontra cumulada a de órgão consultivo, de modo que o
julgador não está obrigado a decidir nos termos dos dispositivos
legais suscitados pelas partes, devendo, contudo, resolver as
questões debatidas, fazendo uso da fundamentação que melhor
lhe convir dentro da legalidade e justiça. 5. Em observância ao
disposto no artigo 85, § 11, do NCPC, majoro os honorários
sucumbenciais para R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais).
RECURSO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO. (TJGO, Apelação

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(CPC) 5513522-74.2017.8.09.0051, Rel. MARIA DAS GRAÇAS
CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 05/09/2019,
DJe de 05/09/2019).

A esse respeito este Tribunal de Justiça sedimentou seu posicionamento por


meio doo enunciado da súmula nº 51 TJGO, in verbis:

Súmula nº 51 TJGO. Em ação de Cobrança de seguro DPVAT,


mesmo que o valor da condenação seja inferior ao pleiteado na
inicial, devem os ônus da sucumbência recair sobre a parte
requerida, não havendo sucumbência recíproca em tal hipótese.
(sic)

Logo, em observância ao princípio da causalidade e à regra da sucumbência,


a seguradora ré deve ser condenada ao pagamento, por inteiro, dos ônus
sucumbenciais, incluídos aqui os honorários advocatícios, pois além de ter sido ela
quem deu causa ao ajuizamento da ação, saiu vencida da demanda.

Concernente à porcentagem dos honorários advocatícios fixada na sentença,


20% sobre a condenação, verifica-se que o juiz singular agiu com acerto, haja vista
que estes constituem a retribuição pecuniária pelo trabalho exercido pelo advogado.

Confira-se:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DO SEGURO


DPVAT. CORREÇÃO MONETÁRIA PELO INPC. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA FIXADOS DE ACORDO
COM A APRECIAÇÃO EQUITATIVA DO JUIZ. 1 É entendimento
deste Tribunal que a atualização monetária nas indenizações por
seguro obrigatório DPVAT deve incidir a partir do evento danoso
pelo INPC, por ser o índice mais adequado, já que, além de
oficial, melhor reflete a inflação do período. 2- Demonstrado que
o valor arbitrado a título de honorários advocatícios se
mostrou irrisório, impõe-se a sua majoração, condizente com
apreciação equitativa do juiz, desmerecendo, por
consequência, o pleito da parte adversa de sua redução,
dentro dos parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade,
aplicação nos moldes do artigo 85 §§ 2º e 8º CPC. APELO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Apelação
(CPC) 0097875-33.2017.8.09.0006, Rel. NORIVAL SANTOMÉ, 6ª
Câmara Cível, julgado em 19/12/2019, DJe de 19/12/2019)

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NR.PROCESSO: 5136723.92.2019.8.09.0051
Ao teor do exposto, CONHEÇO do recurso de Apelação Cível e NEGO-LHE
PROVIMENTO, mantendo a sentença fustigada, por estes e seus fundamentos.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA

(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA


SECURITÁRIA - DPVAT. DESPESAS MÉDICAS
COMPROVADAS. NEXO DE CAUSALIDADE
DEMONSTRADO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. PERCENTUAL FIXADO.
MANUTENÇÃO. I. Nas ações de cobrança de seguro
DPVAT, para o reconhecimento da restituição dos valores
gastos com despesas médicas hospitalares em razão do
sinistro, no limite disposto no art. 3, III, § 2º, da Lei
6.194/74, basta que os valores estejam comprovados nos
autos. II. Conforme entendimento consolidado na Súmula
51 do TJGO, em ação de Cobrança de seguro DPVAT,
mesmo que o valor da condenação seja inferior ao
pleiteado na inicial, devem os ônus da sucumbência recair
sobre a parte requerida. III. Quando o valor arbitrado a
título de honorários advocatícios atender ao comando do
art. 85, § 2°, do CPC, não há que se falar em redução do
percentual fixado. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
IMPROVIDA.

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NR.PROCESSO: 5136723.92.2019.8.09.0051

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5136723.92.2019.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA
SECURITÁRIA - DPVAT. DESPESAS MÉDICAS
COMPROVADAS. NEXO DE CAUSALIDADE DEMONSTRADO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PRINCÍPIO DA
CAUSALIDADE. PERCENTUAL FIXADO. MANUTENÇÃO. I. Nas
ações de cobrança de seguro DPVAT, para o reconhecimento
da restituição dos valores gastos com despesas médicas
hospitalares em razão do sinistro, no limite disposto no art. 3,
III, § 2º, da Lei 6.194/74, basta que os valores estejam
comprovados nos autos. II. Conforme entendimento
consolidado na Súmula 51 do TJGO, em ação de Cobrança de
seguro DPVAT, mesmo que o valor da condenação seja
inferior ao pleiteado na inicial, devem os ônus da
sucumbência recair sobre a parte requerida. III. Quando o
valor arbitrado a título de honorários advocatícios atender ao
comando do art. 85, § 2°, do CPC, não há que se falar em
redução do percentual fixado. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA
E IMPROVIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:38:58

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5464127.04.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : INSTITUTO NACIONAL DA SEGURO SOCIAL - INSS
POLO PASSIVO : RIVAR BATISTA BORGES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RIVAR BATISTA BORGES


ADVG. PARTE : 13097 GO - PAULO CÉSAR DE ASSIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5464127.04.2019.8.09.0000
COMARCA DE ITAJÁ

AGRAVANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS


AGRAVADO: RIVAR BATISTA BORGES
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço e passo à


análise das suas razões.

Conforme relatado, trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito


suspensivo, interposto por INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL,
em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito da Vara do Crime e Fazendas
Públicas da Comarca de Itajá, Adenito Francisco Mariano Júnior, nos autos da Ação
Previdenciária em Fase de Cumprimento de Sentença, ajuizada em seu desfavor por
RIVAR BATISTA BORGES.

Infere-se dos autos que o agravado ingressou com Ação Previdenciária em desfavor
do ora agravante, visando a revisão de benefício previdenciário de sua titularidade e,
estando esta já na fase de cumprimento de sentença, fora aviada Exceção de Pré-
executividade pelo recorrente, que assim restou decidida pelo Juiz a quo:

“ (…) Ante o exposto, com fundamento na motivação supra e


normas legais atinentes à matéria, CONHEÇO da Exceção de
Pré-executividade de fls. 209/218, JULGO-A PARCIALMENTE
PROCEDENTE e, em consequência DETERMINO o
prosseguimento da presente execução, exceto, ao que se refere
a multa.
Expeçam-se precatório ou RPV (§ 3º do art. 535), nos valores

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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
apresentados pelo autor, sendo R$ 221.516,98 (duzentos e vinte
e um mil, quinhentos e dezesseis reais e noventa e oito centavos)
para a parte autora e R$ 88.803,29 (oitenta e oito mil, oitocentos
e três reais e vinte e nove centavos) a título de honorários
advocatícios.
Intime-se e diligencie-se.”

Inconformado, o requerido/executado interpôs o presente recurso de agravo de


instrumento, elencando os seguintes pontos: a) ocorrência de erro material (concessão
de benefício diverso do pleiteado na exordial), sobre o qual não incide o trânsito em
julgado e, portanto, passível de correção a qualquer tempo; b) inexigibilidade do título
(vinculação ao salário-mínimo, matéria de ordem pública que pode ser alegada a
qualquer tempo) e; por fim, c) aplicação do disposto no acórdão transitado em julgado,
quanto aos consectários legais a serem aplicados ao caso.

Pois bem. Constata-se dos autos que o ora agravado – Rivar Batista Borges,
ingressou com Ação Revisional de Benefício Previdenciário c/c Cobrança com Pedido
de Tutela Antecipada em desfavor do ora agravante, sagrando-se, ao final, vencedor.

Inconformado com o édito sentencial, interpôs o ora agravante, recurso de Apelação


Cível, no qual insurgia-se, unicamente, quanto aos juros de mora a serem aplicados
no caso em espeque, ao qual foi dado parcial provimento, restando assim ementado:

“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO-


DOENÇA. JUROS DE MORA. ALTERAÇÃO. 1. In casu, em se
tratando de benefício previdenciário, os juros moratórios são
devidos a partir da citação válida, nos termos do artigo 219 do
CPC e da Súmula 204/STJ, no percentual de 1% ao mês, até o
advento da Lei nº 11.960/2009, a partir da qual incidirão à razão
de 0,5% ao mês. Precedentes do STJ e desta Corte de Justiça.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, NOS
TERMOS DO ARTIGO 557, § 1º-A, DO CPC.”

Ante o trânsito em julgado do decisum proferido em sede de Apelação Cível, o


agravado deu início ao cumprimento de sentença.

Dito isto, tenho que o presente recurso não merece provimento, nos termos que passo
a expor.

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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
É cediço na doutrina, assim como na jurisprudência, que o erro material é aquele
notório, reconhecível à primeira vista, podendo ser corrigido por meio de critérios
objetivos.

Na lição de Talamini, “O erro material reside na expressão do julgamento, e não no


julgamento em si ou em suas premissas. Trata-se de uma inconsistência que pode ser
clara e diretamente apurada e que não tem como ser atribuída ao conteúdo do
julgamento – podendo apenas ser imputada à forma (incorreta) como ele foi
exteriorizado.” Justamente por traduzir descompasso entre a vontade do juiz e a que
restou efetivamente expressa na decisão, pode ser corrigido a qualquer tempo.” (in
Coisa julgada e sua revisão. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2005, p. 527)

Assim, erro material é aquele que não exerce influência sobre o conteúdo decisório e,
por isso, pode ser corrigido de ofício a qualquer tempo e grau de jurisdição, uma vez
que, sobre ele, não se estabelece a autoridade de coisa julgada material nem incide
preclusão. Nesse sentido:

“PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA


POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ERRO MATERIAL
CONFIGURADO NA SENTENÇA QUANTO AO CÁLCULO
MATEMÁTICO. SOMATÓRIO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
QUE DÁ DIREITO A PROVENTOS INTEGRAIS. CÁLCULO
REFEITO PELO TRIBUNAL LEVANDO EM CONTA OS
MESMOS ELEMENTOS CONSIDERADOS PELA SENTENÇA.
REFORMATIO IN PEJUS. NÃO OCORRÊNCIA. 1. (…). 2. Não
há que se falar em reformatio in pejus, a ensejar a nulidade do
julgado, quando o Tribunal a quo, em reexame necessário,
apenas adequa os cálculos feitos pelo Magistrado sentenciante à
soma matemática correta do tempo total de contribuição.
Precedentes. 3. O erro material não decorre de juízo de valor ou
de aplicação de norma jurídica sobre os fatos do processo. Sua
correção é possível a qualquer tempo, de ofício ou a
requerimento das partes, até porque o erro material não transita
em julgado, tendo em vista que a sua correção não implica em
alteração do conteúdo do provimento jurisdicional. 4. Agravo
regimental não provido.” (STJ, AgRg no REsp 1213286 / SC, T5 -
QUINTA TURMA, Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA (1170),
DJe 29/06/2015)

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


(…). 4. ERRO MATERIAL NA PERÍCIA CONTÁBIL REALIZADA
NA FASE DE CONHECIMENTO. EFICÁCIA PRECLUSIVA DA
COISA JULGADA, AINDA QUE SE TRATE DE MATÉRIA DE
ORDEM PÚBLICA. (…). 6. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
1. (…). 2. (…). 3. (…). 4. O apontado excesso de execução

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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
fundado na existência de erro material na prova pericial produzida
ainda na fase de conhecimento fica acobertado pela eficácia
preclusiva da coisa julgada (art. 508 do CPC/2015), se a parte,
ao invés de suscitar tal equívoco mesmo naquela fase
processual, só o fez no cumprimento de sentença, quando já
constituído o título executivo judicial. Ainda que se considere
como questão de ordem pública, o eventual erro não pode ser
desfeito no âmbito da impugnação ao cumprimento de sentença,
porquanto já operada a coisa julgada. Precedente. 5. Por
derradeiro, no que se refere à prescrição, mesmo se tratando,
também, de matéria cogente, só se acolhe a sua alegação, na
impugnação ao cumprimento de sentença, se tal instituto tiver se
consumado após a sentença, nos termos do art. 525, § 1º, VII, do
CPC/2015 (equivalente ao art. 475-L, VI, do CPC/1973).
Precedente. 6. Agravo interno desprovido.” (AgInt no AREsp
1143944/MS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA
TURMA, julgado em 15/03/2018, DJe 27/03/2018).

Nestes termos, incomportável a correção pretendida pelo agravante – substituição de


um benefício previdenciário por outro, visto que por não refletir exatamente o que foi
decidido e fundamentado na sentença em que estabelecido, acarretaria flagrante
alteração do seu conteúdo decisório e, em consequência, patente ofensa ao princípio
da segurança jurídica, encartado na proibição de ofensa à coisa julgada.

Referida matéria deveria ter sido suscitada em momento processual oportuno através
de embargos de declaração, apelação ou, ainda, em sede de ação rescisória, e não
em fase de cumprimento da sentença, como pretende o agravante. A propósito:

“PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA DE


DÉBITO FISCAL. VÍCIO CONTIDO NA FASE COGNITIVA.
CORREÇÃO NA FASE EXECUTIVA. VEDAÇÃO. VIOLAÇÃO
DA COISA JULGADA. PRECEDENTES IDÊNTICOS: RESP
1241407/RS, RESP 1226074/RS E RESP 1240636/RS. 1. O
eventual error in procedendo decorrente de decisão ultra ou extra
petita ocorrida durante a fase cognitiva, transitada em julgado,
deve ser alegado durante o processo, e não posteriormente, em
execução, embargos à execução ou exceção de pré-
executividade, pois tais ações não substituem a via própria e
adequada da rescisória. 2. Precedentes Identicos: REsp
1241407/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 15/5/2014, DJe 21/5/2014; REsp
1226074/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA
TURMA, julgado em 6/5/2014, DJe 15/8/2014; REsp
1240636/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA
TURMA, julgado em 6/5/2014, DJe 15/8/2014. 3. (…). Agravo
regimental improvido.” (STJ, AgRg no REsp 1465890/RS, Rel. Ministro
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/11/2014, DJe

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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
17/11/2014)

Quanto à alegada inexigibilidade do título (vinculação do pagamento do benefício ao


salário-mínimo), ao argumento de que dada a sua ilegalidade/inconstitucionalidade,
afigura-se matéria de ordem pública e, nestes termos, pode ser alegada a qualquer
tempo, outro não é o entendimento.

A coisa julgada, como sabido, implica a imutabilidade da sentença judicial, com


impedimento de se rediscuti-la, e tem o objetivo de propiciar segurança e estabilidade
nas relações jurídicas, evitando a perpetuação dos litígios e a intranquilidade das
partes.

Sobre o tema, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“Apresenta-se a res iudicata, assim, como qualidade da sentença,


assumida em determinado momento processual. Não é efeito da
sentença, mas a qualidade dela representada pela ‘imutabilidade’
do julgado e de seus efeitos.
(…)
Para Chiovenda, a sentença traduz a lei aplicável ao caso
concreto. Vale dizer que ‘na sentença se acha a lei, embora em
sentido concreto. Proferida a sentença, esta substitui a lei’.
Filiando-se ao entendimento de Liebman, o novo Código não
considera a res iudicata como um efeito da sentença. Qualifica-a
como uma qualidade especial do julgado, que reforça sua
eficácia através da imutabilidade conferida ao conteúdo da
sentença como ato processual (coisa julgada formal) e na
imutabilidade de seus efeitos (coisa julgada material).
Por que deve revestir-se a sentença passada em julgado da
imutabilidade e indiscutibilidade?
Para o grande processualista, as qualidades que cercam os
efeitos da sentença, configurando a coisa julgada, revelam a
inegável necessidade social, reconhecida pelo Estado, de evitar a
perpetuação dos litígios, em prol da segurança que os negócios
jurídicos reclamam da ordem jurídica. […]
Tão grande é o apreço da ordem jurídica pela coisa julgada, que
sua imutabilidade não é atingível nem sequer pela lei ordinária
garantida que se acha a sua intangibilidade por preceito da
Constituição Federal (art. 5.º, XXXVI).” (in Curso de Direito
Processual Civil, 41ª edição, volume I, Rio de Janeiro: Revista Forense,

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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
2004, p. 525/529).

Deveras, três são os efeitos da coisa julgada, a saber: a) efeito negativo – impede
nova decisão acerca do que foi decidido; b) efeito positivo – pelo qual a coisa julgada
material vincula o juiz em processo ulterior e, por fim, c) efeito preclusivo, esse último
disposto no artigo 474 do CPC/73, vigente a época da prolação da sentença que ora
se questiona os termos:

“Art. 474, CPC/73 – Passada em julgado a sentença de mérito,


reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e
defesas, que a parte poderia opor assim ao acolhimento como à
rejeição do pedido.” (correspondente ao art. 508 do CPC/15)

Em interpretação ao supracitado regramento, que cuida da eficácia preclusiva da res


iudicata, percebe-se que “com a formação da coisa julgada, preclui a possibilidade de
rediscussão de todos os argumentos – ‘alegações e defesas’, na dicção legal – que
poderiam ter sido suscitados, mas não fora. A coisa julgada torna preclusa a
possibilidade de discutir o deduzido e torna irrelevante suscitar o que poderia ter sido
deduzido (o dedutível; a coisa julgada cobre a res deducta e a res deducenda.” (Fredie
Didier Jr. e Leonardo Carneiro da Cunha, Curso de Direito Processual Civil, volume 3, 13º edição,
Ed. JusPodivm, 2016, p. 562).

Trata-se de norma que visa garantir a ordem pública e a segurança jurídica das
decisões. A própria Carta Suprema outorgou-lhe status de garantia fundamental,
inerente à segurança jurídica, a teor do artigo 5º, inciso XXXVI. Veja-se:

“Art. 5º. (…).

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico


perfeito e a coisa julgada.”

Sobre a eficácia preclusiva da coisa julgada, cumpre trazer à colação o escólio dos
notáveis processualistas Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart:

“(…) Como elemento protetor da decisão judicial, o Código de


Processo Civil brasileiro concebe a chamada eficácia preclusiva
da coisa julgada (também denominada, antigamente, de
julgamento implícito). De acordo com a previsão contida no art.
474: “Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão
deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte

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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
poderia opor assim ao acolhimento como à rejeição do pedido”.
Note-se que, agora, e especificamente para proteger a
declaração transitada em julgado, todo o material relacionado
com o primeiro julgamento fica precluso, inviabilizando sua
reapreciação judicial em ação subsequente. Todas as alegações
deduzidas, bem como aquelas que seriam dedutíveis, porque
mantêm relação direta com o material da primeira demanda
(ainda que não tenham sido apresentadas em juízo ou
apreciadas pelo magistrado), presumem-se oferecidas e
repelidas pelo órgão jurisdicional. (…) O objetivo da ação
rescisória é desconstituir a força da coisa julgada (eficácia
preponderante anulatória), já que a sentença transitada em
julgado presume-se, até prova em contrário, válida e eficaz.” (in
Curso de Processo Civil, Processo de Conhecimento, v. 2, 10ª ed., RT:
2011, p. 646 e 651/652)

A coisa julgada, assim, cria uma armadura para a decisão, tornando irrelevantes
quaisquer razões que se deduzam no intuito de revê-la, de modo que, até mesmo as
questões de ordem pública se sujeitam à preclusão e à coisa julgada material, não
podendo, pois, serem rediscutidas na via ordinária caso a matéria tenha sido
definitivamente decidida por meio de sentença de mérito transitada em julgado.

Em síntese, nos termos do disposto no artigo 474 do CPC/73, correspondente ao


artigo 508 do CPC/15, transitada em julgado a sentença de mérito, considerar-se-ão
deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto
ao acolhimento quanto à rejeição do pedido, não sendo possível, em virtude da
eficácia preclusiva da coisa julgada material, infirmar o resultado a que anteriormente
se chegou em decisão transitada em julgado, ainda que por via oblíqua.

Para que não pairem dúvidas sobre o entendimento aqui externado, confiram-se os
seguintes excertos jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL -


AUTOS DE AGRAVO DE INSTRUMENTO NA ORIGEM -
DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO
RECLAMO - INSURGÊNCIA DA AGRAVANTE. 1. (…) 2. Não
cabe a reforma do acórdão estadual, pois a questão está
acobertada pela eficácia preclusiva da coisa julgada. Isso porque
uma vez transitada em definitivo a decisão de mérito, considerar-
se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas
que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição
do pedido . Súmula 83/STJ. 3. (…). 4. Agravo interno
desprovido.” (STJ, 4ª Turma, AgInt no AREsp 849.788/RJ, Rel. Min.
MARCO BUZZI, julg. em 27/05/2019, DJe 30/05/2019)

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“AGRAVO INTERNO. FUNDAMENTOS DA DECISÃO
AGRAVADA NÃO INFIRMADOS. APLICAÇÃO DA SÚMULA
182/STJ. DECISÃO DECLARATÓRIA. DESCONSTITUIÇÃO DA
COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. RELATIVIZAÇÃO DA
COISA JULGADA. EXCEPCIONALIDADE. IMPOSSIBILIDADE
NO CASO CONCRETO. 1. (…) 3. Conforme disposto no art. 508
do CPC, correspondente ao art. 474 do CPC/1973, transitada em
julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e
repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia
opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido, não
sendo possível, em virtude da eficácia preclusiva da coisa julgada
material, infirmar o resultado a que anteriormente se chegou em
decisão transitada em julgado, ainda que por via oblíqua. 4. Esta
Corte Superior, muito embora admita a relativização da coisa
julgada, o faz tão somente em situações excepcionalíssimas nas
quais a segurança jurídica tiver que ceder em favor de outros
princípios ou valores mais importantes (…) 6. Mesmo aquelas
questões previstas no art. 504 do CPC, quando o seu exame se
destinar a demonstrar que o magistrado errou em seu
julgamento, comprometendo, desse modo, a segurança da
sentença transitada em julgado, são inviáveis de reapreciação,
não se abalando a sentença acobertada pelo manto da coisa
julgada, nem mesmo em virtude de alegações de nulidade da
própria sentença ou dos atos que a antecederam (salvo casos de
ação rescisória). 7. Agravo interno não provido.” (STJ, 4ª Turma,
AgInt no AREsp 1263854/MT, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, julg.
em 27/11/2018, DJe 04/12/2018)

Com efeito, em tendo se operado o trânsito em julgado e não tendo havido alteração,
como de fato não houve, mormente por não ter tido insurgência recursal do agravante,
à época, no tocante a esta questão – vinculação do pagamento do benefício ao
salário-mínimo, indubitavelmente não poderá haver modificação do que restou
decidido.

Outrossim, não é demais ressaltar que nem mesmo a alegação de nulidade do próprio
ato ou dos atos que o antecederam é capaz de, no mesmo processo, relativizar a
sentença acobertada pelo manto da coisa julgada.

A corroborar as razões expostas, tem-se o entendimento firmado pelo STJ, de que as


matérias de ordem pública podem ser acolhidas de ofício pelo magistrado a qualquer
tempo, desde que ainda não cobertas pela coisa julgada. A propósito:

“ AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA. REDISCUSSÃO, EM
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, DE QUESTÕES JÁ
DEFINIDAS PELO TÍTULO EXECUTIVO. IMPOSSIBILIDADE.
DISCUSSÃO DA EXTENSÃO DO DANO CAUSADO. SÚMULA
N. 7/STJ. 1. Com o trânsito em julgado da sentença surge a
eficácia preclusiva da coisa julgada, impedindo o conhecimento
até mesmo das matérias de ordem pública. Precedentes.
Aplicação da Súmula 83/STJ. 2. Não cabe, em recurso especial,
reexaminar matéria fático-probatória (Súmula n. 7/STJ). 3. Agravo
interno a que se nega provimento.” (AgInt no AREsp 1404072/MT,
Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em
05/09/2019, DJe 18/09/2019)

“ ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. FUNDEB.


REPASSE DE VALORES PELA UNIÃO. ANOS 2009 E 2010.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL E FUNDO DO DIREITO.
AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. (…). MATÉRIA DE
ORDEM PÚBLICA. HISTÓRICO DA DEMANDA 1. (…). 2. (…).
AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE
OU ERRO MATERIAL. 3. (…). 13. O STJ tem entendido que as
matérias de ordem pública podem ser acolhidas de ofício pelo
magistrado a qualquer tempo, desde que ainda não cobertas pela
coisa julgada. A propósito: AgInt no RMS 49.879/PA, Rel. Ministro
Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 12/8/2016;
AgRg no AREsp 647.896/SP, Rel. Ministro Marco Aurélio
Bellizze, Terceira Turma, DJe 17/8/2015; AgRg no REsp
1.444.360/SE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma,
DJe 22/5/2014. 14. (…). 15. (…). CONCLUSÃO 17. Diante do
exposto, conheço em parte dos Recursos Especiais e, nessa
extensão, nego provimento àquele interposto pelo Município,
dando parcial provimento à pretensão recursal da União para,
afastando a preclusão para a alegação da ausência de interesse
de agir, devolver os autos ao Tribunal de origem para apreciar a
ocorrência ou não de pagamento a maior a título de Fundeb do
ano de 2010.” (REsp 1770626/SE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 21/05/2019, DJe 12/09/2019)

Vê-se, portanto, no caso presente, que os fundamentos invocados pelo agravante


revelam uma pretensão do reexame da controvérsia, já em fase de cumprimento de
sentença, por meio de mera exceção de pré – executividade, o que afigura-se
impossível, pois está a atacar uma decisão revestida da autoridade da coisa julgada.

Por fim, falece interesse recursal ao agravante quanto ao pedido alternativo – para que
“seja observado o disposto no acórdão transitado em julgado, observando-se o
disposto no art. 1ºF da Lei n. 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 10.960/09, para
fins de juros e correção monetária”, ante a ausência de comprovação de aplicação de
índice diverso, tendo em vista que descurou-se de colacionar ao presente instrumental,

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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
os cálculos efetivados pela parte agravada na origem.

Ao teor do exposto, CONHEÇO do Agravo de Instrumento e NEGO-LHE


PROVIMENTO, a fim de manter a decisão atacada, nos seus exatos termos.
Consectário lógico, torno sem efeito a decisão liminar vista no evento 06.

É como voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
101/LA

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5464127.04.2019.8.09.0000


COMARCA DE ITAJÁ

AGRAVANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS


AGRAVADO: RIVAR BATISTA BORGES
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


PREVIDENCIÁRIA EM FASE DE CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO CONCEDIDO.
ERRO MATERIAL. CORREÇÃO. ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL
DO DECISUM. IMPOSSIBILIDADE. INEXIGIBILIDADE DO
TÍTULO (VINCULAÇÃO DO PAGAMENTO DO BENEFÍCIO AO
SALÁRIO-MÍNIMO). MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA.
EFICÁCIA PRECLUSIVA DA COISA JULGADA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
CONSECTÁRIOS LEGAIS. AUSÊNCIA DE INTERESSE
RECURSAL. 01. Erro material é aquele que não exerce influência
sobre o conteúdo decisório e, por isso, pode ser corrigido de
ofício a qualquer tempo e grau de jurisdição, uma vez que, sobre
ele, não se estabelece a autoridade de coisa julgada material
nem incide preclusão, situação não observada no caso em
apreciação, visto que a correção pretendida pelo agravante –
substituição de um benefício previdenciário por outro, por não
refletir exatamente o que foi decidido e fundamentado ao longo
da sentença em que estabelecido – da qual, inclusive, houve
recurso de Apelação Cível que não se insurgiu contra o erro ora
agitado, acarretaria flagrante alteração do seu conteúdo
decisório. 02. Conforme disposto no art. 474 do CPC/73, vigente
a época da prolação da sentença (correspondente ao art. 508 do
CPC/15), transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-
se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas
que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição
do pedido, não sendo possível, em virtude da eficácia preclusiva
da coisa julgada material, infirmar o resultado a que
anteriormente se chegou em decisão transitada em julgado,
ainda que por via oblíqua. 03. Segundo precedentes do STJ, em
razão da eficácia preclusiva da coisa julgada e da segurança
jurídica da sentença transitada em julgado é inviável a
reapreciação da questão controvertida (inexigibilidade do título
por vinculação do pagamento do benefício ao salário-mínimo),
uma vez que, nem mesmo a alegação de nulidade do próprio ato
ou dos atos que o antecederam é capaz de, no mesmo processo,
relativizar a sentença acobertada pelo manto da coisa julgada.
04. Falece interesse recursal ao agravante quanto ao pedido
alternativo – para que seja observado o disposto no acórdão
transitado em julgado quanto aos consectários legais a serem
aplicados nos cálculos do exequente, ante a ausência de
comprovação de aplicação de índice diverso, tendo em vista que
descurou-se de colacionar ao presente instrumental os cálculos
apresentados pelo agravado na origem. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E IMPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5464127.04,


acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo, mas lhe negar provimento, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5464127.04.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
PREVIDENCIÁRIA EM FASE DE CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO CONCEDIDO.
ERRO MATERIAL. CORREÇÃO. ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL
DO DECISUM. IMPOSSIBILIDADE. INEXIGIBILIDADE DO
TÍTULO (VINCULAÇÃO DO PAGAMENTO DO BENEFÍCIO AO
SALÁRIO-MÍNIMO). MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA.
EFICÁCIA PRECLUSIVA DA COISA JULGADA.
CONSECTÁRIOS LEGAIS. AUSÊNCIA DE INTERESSE
RECURSAL. 01. Erro material é aquele que não exerce influência
sobre o conteúdo decisório e, por isso, pode ser corrigido de
ofício a qualquer tempo e grau de jurisdição, uma vez que, sobre
ele, não se estabelece a autoridade de coisa julgada material
nem incide preclusão, situação não observada no caso em
apreciação, visto que a correção pretendida pelo agravante –
substituição de um benefício previdenciário por outro, por não
refletir exatamente o que foi decidido e fundamentado ao longo
da sentença em que estabelecido – da qual, inclusive, houve
recurso de Apelação Cível que não se insurgiu contra o erro ora
agitado, acarretaria flagrante alteração do seu conteúdo
decisório. 02. Conforme disposto no art. 474 do CPC/73, vigente
a época da prolação da sentença (correspondente ao art. 508 do
CPC/15), transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-
se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas
que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição
do pedido, não sendo possível, em virtude da eficácia preclusiva
da coisa julgada material, infirmar o resultado a que
anteriormente se chegou em decisão transitada em julgado,
ainda que por via oblíqua. 03. Segundo precedentes do STJ, em
razão da eficácia preclusiva da coisa julgada e da segurança
jurídica da sentença transitada em julgado é inviável a
reapreciação da questão controvertida (inexigibilidade do título
por vinculação do pagamento do benefício ao salário-mínimo),
uma vez que, nem mesmo a alegação de nulidade do próprio ato
ou dos atos que o antecederam é capaz de, no mesmo processo,
relativizar a sentença acobertada pelo manto da coisa julgada.
04. Falece interesse recursal ao agravante quanto ao pedido
alternativo – para que seja observado o disposto no acórdão
transitado em julgado quanto aos consectários legais a serem
aplicados nos cálculos do exequente, ante a ausência de
comprovação de aplicação de índice diverso, tendo em vista que
descurou-se de colacionar ao presente instrumental os cálculos
apresentados pelo agravado na origem. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E IMPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:39:25

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5491626.60.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ALLUMI CONDUTORES INDÚSTRIA E COMÉRCIO EIRELI
POLO PASSIVO : DELEGADO REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA FAZENDA EM
INHUMAS/GO E OUTRO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALLUMI CONDUTORES INDÚSTRIA E COMÉRCIO EIRELI


ADVG. PARTE : 13491 GO - FABIANO HENRIQUE AMARAL CAVALCANTE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5491626.60.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5491626.60.2019.8.09.0000
COMARCA DE INHUMAS

AGRAVANTE: ALLUMI CONDUTORES INDÚSTRIA E COMÉRCIO - EIRELI


AGRAVADOS: DELEGADO REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA
FAZENDA EM INHUMAS E OUTRO
RELATORA: DES.ª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Conforme relatado, trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de


antecipação de tutela recursal, interposto por ALLUMI CONDUTORES INDÚSTRIA E
COMÉRCIO - EIRELI, em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara
Cível, Criminal, das Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental da Comarca
de Inhumas, Nickerson Pires Ferreira, nos autos do Mandado de Segurança c/c Pedido
de Tutela de Urgência, por ela impetrado em desfavor de DELEGADO REGIONAL DE
FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA FAZENDA EM INHUMAS e ESTADO DE
GOIÁS.

Infere-se dos autos originários que a impetrante, ora agravante – Allumi Condutores
Indústria e Comércio – EIRELI, com sede na cidade de Nerópolis, atua no segmento
de fabricação de fios, cabos e condutores elétricos, contudo, encontra-se impedida do
regular exercício de suas atividades, tendo em vista que os impetrados bloquearam a
sua emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e), bem como suspenderam a sua
inscrição estadual, sob alegação de não localização da sede e pretensão de vistoria de
estoque.

Por tais motivos, impetrou mandamus em desfavor dos ora agravados, visando,
liminarmente, o desbloqueio para emissão das notas fiscais eletrônicas (NF-e) e o
cancelamento da suspensão de sua inscrição estadual e, no mérito, a confirmação da

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NR.PROCESSO: 5491626.60.2019.8.09.0000
liminar, com a concessão definitiva da segurança.

Ao apreciar o pedido de liminar, proferiu o magistrado singular a decisão ora atacada,


nos seguintes termos:

“(…) Denota-se do processo, que o pedido liminar visa determinar ao


impetrado que proceda o imediato desbloqueio das Notas Fiscais
Eletrônicas NF-es da impetrante, bem como o desbloqueio da sua
inscrição Estadual.

A probabilidade do direito ficou demonstrada através do cadastro


nacional da pessoa jurídica e ato de constituição junto a JUCEG.
No entanto, não vislumbro a ocorrência do perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo, vez que à vista dos
documentos colacionados, não há indícios que o impetrado tenha
agido com abuso de poder ou com ilegalidade, conforme aduz
art. 1º, da Lei 12.016/09, mesmo porque a este socorre o
princípio da presunção de legitimidade dos atos administrativos.
(…)
Portanto, não preenchido todos os requisitos do art. 300, do
NCPC, impõe-se o indeferimento da liminar.
Do exposto, INDEFIRO o pedido de tutela de urgência.”

Inconformada, a empresa autora interpõe o presente instrumental, objetivando a


reforma da decisão agravada, para que seja determinado o desbloqueio da emissão
das Notas Fiscais Eletrônicas – NFe’s, e revogada a suspensão da sua Inscrição
Estadual.

De pronto, tenho que a insurgência recursal não merece prosperar, pelos motivos que
passo a expor.

A princípio, cumpre pontuar que o agravo de instrumento trata-se de recurso


secundum eventum litis, hábil a ensejar, portanto, apenas o exame do acerto ou
desacerto do que foi decidido pelo juiz singular, não cabendo, deste modo, ao juízo ad
quem antecipar-se ao julgamento do mérito, sob o risco de suprimir um grau de
jurisdição. Nesse sentido:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO. SECUNDUM EVENTUM LITIS.

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NR.PROCESSO: 5491626.60.2019.8.09.0000
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA
PAGAMENTO DE DÉBITO PRETÉRITO. ILEGALIDADE.
DECISÃO MANTIDA. I - O agravo de instrumento é um recurso
secundum eventum litis, o que implica que o órgão revisor está
jungido a analisar, tão somente, o acerto, ou desacerto da
decisão impugnada, sendo-lhe vedado incursionar nas questões
relativas ao mérito da demanda originária, sob pena de
prejulgamento. (…). RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.”
(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5502897-66.2019.8.09.0000, Rel.
FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara Cível, julgado em 18/12/2019, DJe
de 18/12/2019)

Além disso, insta ressaltar que a compreensão dominante neste Tribunal é no sentido
de prevalecer a livre valoração do magistrado a quo, que merece reforma somente nos
casos em que a decisão hostilizada ostentar a mácula da ilegalidade ou da
abusividade.

Dito isto, firmo que o objeto deste recurso é o acerto ou desacerto da decisão proferida
pelo juízo singular, que indeferiu o pedido liminar pleiteado pela autora, ora agravante.

Na situação versada, verifica-se que a medida postulada pela autora, ora agravante,
no processo originário deve ser examinada com base no artigo 300 do atual Código de
Processo Civil, cuja redação é a seguinte, ipsis litteris:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
(…)
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou
após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos
da decisão.”

Desse modo, depreende-se do dispositivo legal supratranscrito que para a concessão


da tutela de urgência devem estar presentes alguns requisitos, quais sejam: a)
probabilidade do direito e b) fundado receio de dano irreparável ou risco ao resultado
útil do processo.

Nessa senda, cumpre esclarecer que a nova legislação processual civil ao substituir o
requisito “prova inequívoca” por “elementos que evidenciem a probabilidade do direito”,

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NR.PROCESSO: 5491626.60.2019.8.09.0000
conferiu ao magistrado maior liberdade na análise dos elementos trazidos pelas partes,
que não mais necessitam configurar uma prova inequívoca.

Logo, aliada a “probabilidade do direito” deve estar presente o perigo de demora na


prestação jurisdicional, que deve decorrer de riscos iminentes, derivados de situações
concretas, cuja demora acarretará em prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação, o
que poderá inviabilizar o alcance de uma prestação jurisdicional justa e eficaz.

Nesse sentido é a jurisprudência desta Casa, in verbis:

“ (…) I - A tutela de urgência há de ser concedida quando


evidenciada a probabilidade do direito e o perigo de dano, nos
moldes do artigo 300, Código de Processo Civil de 2015. (…).”
(TJGO, AI nº 5047950-98.2017.8.09.0000, Rel. Beatriz Figueiredo Franco,
3ª Câmara Cível, julgado em 18/07/2017, DJe de 18/07/2017).

Sobre o tema, o saudoso Hely Lopes de Meirelles, em sua obra Mandado de


Segurança, leciona que, in verbis:

“ (...) a liminar não é uma liberalidade da Justiça; é medida


acauteladora do direito do impetrante, que não pode ser negada
quando ocorrerem seus pressupostos como, também, não deve
ser concedida quando ausentes os requisitos de sua
admissibilidade.” (MEIRELLES, Hely Lopes, Ed. Malheiros, 27ª ed., p.
78).

O mesmo autor ainda ensina que, in verbis:

“Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua


existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no
momento da impetração. (...) Se a sua existência for duvidosa, se
a sua extensão ainda não estiver delimitada, se o seu exercício
depender de situação e fatos ainda indeterminados, não rende
ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros
meios judiciais.” (in Mandado de Segurança, 13.ª ed., São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1991).

Nesse contexto, a partir destas premissas, analisando o conjunto probatório dos autos,
verifico que não merece reforma a decisão vergastada que indeferiu a tutela de

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NR.PROCESSO: 5491626.60.2019.8.09.0000
urgência, uma vez que, no caso em análise, não constato a satisfação dos requisitos
mencionados em linhas pretéritas.

Isto porque, consoante já dito na decisão liminar dantes proferida neste instrumental, a
probabilidade do direito almejado não se encontra evidenciada no caso em apreciação,
visto que embora conste nos autos documento hábil a comprovar que a inscrição
estadual da agravante esteja suspensa e as operações com NF-e não estejam
habilitadas, tal documento, por si só, não se afigura suficiente para respaldar o
alegado direito.

Outrossim, da documentação apresentada pelos agravados com as contrarrazões,


infere-se que a agravante teve sua inscrição estadual suspensa e bloqueada a
emissão de notas fiscais eletrônicas, pelo fato de não ter sido localizada no endereço
constante dos seus dados cadastrais junto ao órgão responsável, encontrando tal
penalidade, inclusive, respaldo na legislação de regência (Lei nº 11.651/1991 –
Instituiu o Código Tributário do Estado de Goiás)1.

Assim, em uma análise adequada ao presente momento processual, à vista dos


documentos colacionados nos autos principais e neste instrumental, considerando o
princípio da presunção de legitimidade dos atos administrativos e, não havendo, em
tese, indícios de que os agravados tenham agido com abuso de poder ou com
ilegalidade, não merece reforma a decisão vituperada.

Diante do exposto, conheço do recurso, mas nego-lhe provimento, para manter a


decisão agravada por este e por seus próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
101/LA

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AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5491626.60.2019.8.09.0000
COMARCA DE INHUMAS

AGRAVANTE: ALLUMI CONDUTORES INDÚSTRIA E COMÉRCIO - EIRELI


AGRAVADOS: DELEGADO REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA
FAZENDA EM INHUMAS E OUTRO
RELATORA: DES.ª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE


SEGURANÇA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
BLOQUEIO DA EMISSÃO DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA.
SUSPENSÃO DA INSCRIÇÃO ESTADUAL. NÃO
LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA NO ENDEREÇO DECLARADO
EM SEUS DADOS CADASTRAIS. TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA. REQUISITOS NÃO EVIDENCIADOS. DECISÃO
MANTIDA. 1. O agravo de instrumento é um recurso secundum
eventum litis, devendo o Tribunal limitar-se ao exame do acerto
ou desacerto do que foi decidido pelo Juízo a quo, não podendo
estender a sua análise para questões que não foram apreciadas
pela decisão agravada, sob pena de supressão de instância. 2. A
tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo, consoante artigo 300, do
Código de Processo Civil, o que não se vislumbra in casu. 3. A
probabilidade do direito almejado não se encontra evidenciada no
caso em espeque, visto que embora conste nos autos documento
hábil a comprovar que a inscrição estadual da agravante esteja
suspensa e as operações com NF-e não estejam habilitadas, tal
documento, por si só, não se afigura suficiente para respaldar o
alegado direito. Outrossim, da documentação apresentada pelos
agravados com as contrarrazões, infere-se que a agravante teve
sua inscrição estadual suspensa e bloqueada a emissão de notas
fiscais eletrônicas, pelo fato de não ter sido localizada no
endereço constante dos seus dados cadastrais junto ao órgão
responsável, encontrando tal penalidade, inclusive, respaldo na
legislação de regência. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E IMPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5491626.60,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5491626.60.2019.8.09.0000
acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo, mas lhe negar provimento, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

1 Art. 155. A inscrição estadual, a qualquer tempo e mediante procedimento administrativo próprio, pode:

(…)

I - ser suspensa de ofício, sem prejuízo de outras medidas legais cabíveis, nas seguintes situações:

(…)

c) inatividade do estabelecimento para o qual foi obtida a inscrição ou não for localizada no endereço
constante de sua ficha cadastral, inclusive quando for solicitada, pelo proprietário, a liberação do imóvel;

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NR.PROCESSO: 5491626.60.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. BLOQUEIO DA EMISSÃO DE NOTA FISCAL
ELETRÔNICA. SUSPENSÃO DA INSCRIÇÃO ESTADUAL. NÃO LOCALIZAÇÃO DA
EMPRESA NO ENDEREÇO DECLARADO EM SEUS DADOS CADASTRAIS.
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. REQUISITOS NÃO EVIDENCIADOS.
DECISÃO MANTIDA. 1. O agravo de instrumento é um recurso secundum eventum
litis, devendo o Tribunal limitar-se ao exame do acerto ou desacerto do que foi decidido
pelo Juízo a quo, não podendo estender a sua análise para questões que não foram
apreciadas pela decisão agravada, sob pena de supressão de instância. 2. A tutela de
urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, consoante artigo
300, do Código de Processo Civil, o que não se vislumbra in casu. 3. A probabilidade
do direito almejado não se encontra evidenciada no caso em espeque, visto que
embora conste nos autos documento hábil a comprovar que a inscrição estadual da
agravante esteja suspensa e as operações com NF-e não estejam habilitadas, tal
documento, por si só, não se afigura suficiente para respaldar o alegado direito.
Outrossim, da documentação apresentada pelos agravados com as contrarrazões,
infere-se que a agravante teve sua inscrição estadual suspensa e bloqueada a
emissão de notas fiscais eletrônicas, pelo fato de não ter sido localizada no endereço
constante dos seus dados cadastrais junto ao órgão responsável, encontrando tal
penalidade, inclusive, respaldo na legislação de regência. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E IMPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 20/02/2020 07:39:45

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5564573.15.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : EUDES SILVA TORRES
POLO PASSIVO : BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EUDES SILVA TORRES


ADVG. PARTE : 404036 SP - DANIEL TADEU ROCHA

PARTE INTIMADA : GISLANE DE SOUSA MOURA TORRES


ADVG. PARTE : 404036 SP - DANIEL TADEU ROCHA

PARTE INTIMADA : BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A


ADVG. PARTE : 44356 GO - ADAHILTON DE OLIVEIRA PINHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5564573.15.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5564573.15.2019.8.09.0000
COMARCA DE ANÁPOLIS

AGRAVANTES: EUDES SILVA TORRES E OUTRA


AGRAVADO : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Conforme relatado, trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito


suspensivo ativo, interposto em face da decisão proferida pelo Juiz de Direito em
substituição na 6ª Vara Cível da Comarca de Anápolis, Eduardo Walmory Sanches,
nos autos da Ação Anulatória de Leilão Extrajudicial e a Consolidação do Imóvel c/c
Tutela Provisória Antecipada em Caráter Antecedente, ajuizada por EUDES SILVA
TORRES e GISLANE DE SOUSA MOURA TORRES, ora agravantes, em desfavor de
BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A, aqui agravado.

De início, esclareço que o simples fato de o agravado ter tomado conhecimento do


deferimento da liminar somente após a ocorrência do leilão, não acarreta a perda do
objeto da decisão preliminar, como ele insiste em dizer (movimentação 13). Isso
porque, o interesse dos agravantes em evitar a alienação do imóvel ou, até mesmo,
anular o leilão realizado em confronto com uma determinação judicial prévia ainda
persistiria.

Ademais, vale ressalvar que o agravo de instrumento é recurso secundum eventum


litis, devendo o órgão ad quem permanecer adstrito ao exame do acerto ou desacerto
da decisão agravada. Assim sendo, na espécie, ultrapassar os limites do decisum
objurgado, no intuito de perquirir sobre matérias de mérito ou de ordem pública que,
ainda, não foram objeto de análise na instância singular, representa indevida
supressão de instância.

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NR.PROCESSO: 5564573.15.2019.8.09.0000
Ilustro:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVENTÁRIO. RECURSO


SECUNDUM EVENTUM LITIS. PRIMEIRAS DECLARAÇÕES.
DETERMINAÇÃO DE CITAÇÃO DOS HER-DEIROS E DA FAZENDA
P Ú B L IC A ES TADUAL. COM PARECIM ENTO ESP O NT Â N EO.
DESNE-CESSIDADE. 1. O Agravo de Instrumento é um recurso
secundum eventum litis, logo, deve o Tribunal limitar-se apenas ao
exame do acerto, ou desacerto, da decisão atacada, no aspecto da
legalidade, uma vez que ultrapassar seus limites, ou seja, perquirir
sobre argumentações meritórias, ou matérias de ordem pública não
enfrentadas na decisão recorrida, seria antecipar o julgamento de
questões não apreciadas pelo juízo de primeiro grau, o que
importaria na vedada supressão de instância. (…).” (TJGO, AI
337921-69.2015.8. 09.0000, Rel. Des. FRANCISCO VILDON JOSÉ
VALENTE, 5ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 14/01/2016, DJe 1954 de
22/01/2016) (grifei).

Desse modo, considerando os limites do agravo de instrumento, comportável,


por ora, averiguar, tão somente, o acerto ou o desacerto da decisão proferida
pelo juízo singular, que indeferiu o pedido de tutela de urgência sob os
seguintes fundamentos:

“A parte autora requer a não aplicação da Lei 9.514/97 no que se


refere a possibilidade do leilão extrajudicial do bem imóvel
quando ocorrer a inadimplência. Alega que não houve notificação
e que não sabia da existência do débito. Alega que não teve a
oportunidade de purgar a mora.
Requer a anulação de todos os atos realizados para
consolidação da matrícula do imóvel.
Indefiro o pedido de tutela de urgência. A Lei 9.514/97 foi um
avanço porque permite ao agente financeiro de forma
extrajudicial leiloar o bem imóvel quando ocorrer a inadimplência.
Inexiste qualquer ilegalidade no procedimento padrão adotado
pelo banco.
Cite-se o réu para apresentar contestação.” (movimentação
01/arquivo 05)

Como visto, a medida postulada pelos autores/agravantes no processo originário deve


ser examinada com base no artigo 300 do atual Código de Processo Civil, cuja
redação é a seguinte:

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NR.PROCESSO: 5564573.15.2019.8.09.0000
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
(...)
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou
após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos
da decisão.”

Depreende-se do dispositivo legal supratranscrito que para a concessão da tutela de


urgência devem estar presentes alguns requisitos, quais sejam: a) probabilidade do
direito e b) fundado receio de dano irreparável ou risco ao resultado útil do processo.

Nessa senda, cumpre esclarecer que a nova legislação processual civil ao substituir o
requisito “prova inequívoca” por “elementos que evidenciem a probabilidade do direito”
, conferiu ao magistrado maior liberdade na análise dos elementos trazidos pelas
partes, que não mais necessitam configurar uma prova inequívoca.

Logo, aliada a “probabilidade do direito” deve estar presente o perigo de demora na


prestação jurisdicional, que deve decorrer de riscos iminentes, derivados de situações
concretas, cuja demora acarretará em prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação, o
que poderá inviabilizar o alcance de uma prestação jurisdicional justa e eficaz.

Nesse sentido é a jurisprudência desta Casa:

“ […] I - A tutela de urgência há de ser concedida quando


evidenciada a probabilidade do direito e o perigo de dano, nos
moldes do artigo 300, Código de Processo Civil de 2015. (...)”
(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5047950-98.2017.8.09.0000, Rel.
BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 3ª Câmara Cível, julgado em
18/07/2017, DJe de 18/07/2017).

“[...] 1. A concessão da tutela de urgência exige a presença dos


requisitos insculpidos no art. 300 do Código de Processo Civil, a
saber, a probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo. 2. Se foi demonstrado o
perigo de dano e o risco ao resultado útil ao processo, diante da

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NR.PROCESSO: 5564573.15.2019.8.09.0000
possibilidade de enviar a leilão imóvel pertencente a terceiro, sem
a comprovação de fraude à execução, deve ser reformada a
decisão agravada para suspender qualquer ato de expropriação
até o julgamento dos embargos de terceiros. Agravo de
instrumento conhecido e provido. Decisão reformada.” (TJGO,
Agravo de Instrumento (CPC) 5144040-71.2017.8. 09.0000, Rel. ITAMAR
DE LIMA, 3ª Câmara Cível, julgado em 17/07/2017, DJe de 17/07/2017).

Pois bem. De uma análise detida dos autos, observa-se que ao contrário do que foi
valorado pelo juiz singular, restaram sim demonstrados os requisitos autorizadores da
concessão parcial da medida liminar requerida, especificamente quanto à sustação do
leilão. Explico.

De acordo com a legislação aplicável à espécie (Lei nº 9.514/97) para que a


propriedade do bem imóvel do fiduciante seja consolidada em favor do fiduciário é
indispensável que aquele seja constituído em mora, devendo, para tanto, serem
observados os requisitos insertos no §1º e seguintes do artigo 26 da lei
supramencionada.

Além disso, na hipótese de ser consolidada a propriedade em nome do fiduciário, deve


o devedor ser comunicado das datas, horários e locais dos leilões, mediante
correspondência dirigia ao endereço constante do contrato (art. 27, §2º-A, da Lei nº
9.514/97).

Assim, fornecendo o conjunto probatório indícios de irregularidade no procedimento


utilizado pelo credor fiduciário para a consolidação da sua propriedade, especialmente
quanto à ausência de notificação dos devedores e à falta de sua cientificação do leilão
extrajudicial, mostra-se plausível o direito autoral nesta parte.

Igualmente presente está requisito do perigo da demora, posto que o bem poderia ser
levado a leilão, o que, sem sombra de dúvidas, implicaria em prejuízos de difícil e/ou
incerta reparação aos autores/agravantes.

De resto, não antevejo perigo de irreversibilidade da medida liminar deferida por esta
Relatoria, pois, na eventualidade do pedido inicial ser julgado improcedente, poderá o
agravado buscar a satisfação do seu direito por meio dos instrumentos legais
disponíveis.

Desta feita, demonstrados os requisitos necessários à concessão parcial da tutela de


urgência, acolho a insurgência dos recorrentes para determinar a sustação do leilão do

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NR.PROCESSO: 5564573.15.2019.8.09.0000
imóvel alienado fiduciariamente.

Ante o exposto, conheço do recurso de agravo de instrumento e lhe dou parcial


provimento para, em reforma, ao decisum atacado determinar ao agravado que se
abstenha de levar a leilão o imóvel objeto de alienação fiduciária.

É como voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
116/LA

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5564573.15.2019.8.09.0000


COMARCA DE ANÁPOLIS

AGRAVANTES: EUDES SILVA TORRES E OUTRA


AGRAVADO : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA


DE LEILÃO EXTRAJUDICIAL E A CONSOLIDAÇÃO DO
IMÓVEL C/C TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA EM
CARÁTER ANTECEDENTE. PERDA DO OBJETO NÃO
EVIDENCIADA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
PROBABILIDADE DO DIREITO E PERIGO DA DEMORA
DEMONSTRADOS. AUSÊNCIA DE IRREVERSIBILIDADE DA
MEDIDA LIMINAR. DECISÃO REFORMADA. 1- O simples fato
de o agravado ter tomado conhecimento do deferimento da
liminar somente após a ocorrência do leilão, não acarreta a perda

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NR.PROCESSO: 5564573.15.2019.8.09.0000
do objeto da decisão preliminar, como ele insiste em dizer. Isso
porque, o interesse dos agravantes em evitar a alienação do
imóvel ou, até mesmo, anular o leilão realizado em confronto com
uma determinação judicial prévia ainda persistiria. 2- O agravo de
instrumento é um recurso secundum eventum litis, por isso a sua
análise deve se ater ao acerto ou desacerto da decisão recorrida,
de modo que só é cabível sua reforma, nas hipóteses de
ilegalidade, teratologia ou arbitrariedade. 3- De acordo com a
legislação aplicável à espécie (Lei nº 9.514/97) para que a
propriedade do bem imóvel do fiduciante seja consolidada em
favor do fiduciário é indispensável que aquele seja constituído em
mora, devendo, para tanto, serem observados os requisitos
insertos no §1º e seguintes do artigo 26 da lei supramencionada.
Além disso, na hipótese de ser consolidada a propriedade em
nome do fiduciário, deve o devedor ser comunicado das datas,
horários e locais dos leilões, mediante correspondência dirigia ao
endereço constante do contrato (art. 27, §2º-A, da Lei nº
9.514/97). Assim, fornecendo o conjunto probatório indícios de
irregularidade no procedimento utilizado pelo credor fiduciário
para a consolidação da sua propriedade, especialmente quanto à
ausência de notificação dos devedores e à falta de sua
cientificação do leilão extrajudicial, mostra-se plausível o direito
autoral nesta parte. Igualmente presente está requisito do perigo
da demora, posto que o bem poderia ser levado a leilão, o que,
sem sombra de dúvidas, implicaria em prejuízos de difícil e/ou
incerta reparação aos autores/agravantes. De resto, não antevejo
perigo de irreversibilidade da medida liminar, pois, na
eventualidade do pedido inicial ser julgado improcedente, poderá
o agravado buscar a satisfação do seu direito por meio dos
instrumentos legais disponíveis. Desta feita, demonstrados os
requisitos necessários à concessão parcial da tutela de urgência,
acolho a insurgência dos recorrentes para determinar a sustação
do leilão do imóvel alienado fiduciariamente. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5564573.15,


acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo e lhe dar parcial provimento, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Validação pelo código: 10403568034393330, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5564573.15.2019.8.09.0000
Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5564573.15.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA
DE LEILÃO EXTRAJUDICIAL E A CONSOLIDAÇÃO DO
IMÓVEL C/C TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA EM
CARÁTER ANTECEDENTE. PERDA DO OBJETO NÃO
EVIDENCIADA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
PROBABILIDADE DO DIREITO E PERIGO DA DEMORA
DEMONSTRADOS. AUSÊNCIA DE IRREVERSIBILIDADE DA
MEDIDA LIMINAR. DECISÃO REFORMADA. 1- O simples fato
de o agravado ter tomado conhecimento do deferimento da
liminar somente após a ocorrência do leilão, não acarreta a perda
do objeto da decisão preliminar, como ele insiste em dizer. Isso
porque, o interesse dos agravantes em evitar a alienação do
imóvel ou, até mesmo, anular o leilão realizado em confronto com
uma determinação judicial prévia ainda persistiria. 2- O agravo de
instrumento é um recurso secundum eventum litis, por isso a sua
análise deve se ater ao acerto ou desacerto da decisão recorrida,
de modo que só é cabível sua reforma, nas hipóteses de
ilegalidade, teratologia ou arbitrariedade. 3- De acordo com a
legislação aplicável à espécie (Lei nº 9.514/97) para que a
propriedade do bem imóvel do fiduciante seja consolidada em
favor do fiduciário é indispensável que aquele seja constituído em
mora, devendo, para tanto, serem observados os requisitos
insertos no §1º e seguintes do artigo 26 da lei supramencionada.
Além disso, na hipótese de ser consolidada a propriedade em
nome do fiduciário, deve o devedor ser comunicado das datas,
horários e locais dos leilões, mediante correspondência dirigia ao
endereço constante do contrato (art. 27, §2º-A, da Lei nº
9.514/97). Assim, fornecendo o conjunto probatório indícios de
irregularidade no procedimento utilizado pelo credor fiduciário
para a consolidação da sua propriedade, especialmente quanto à
ausência de notificação dos devedores e à falta de sua
cientificação do leilão extrajudicial, mostra-se plausível o direito
autoral nesta parte. Igualmente presente está requisito do perigo
da demora, posto que o bem poderia ser levado a leilão, o que,
sem sombra de dúvidas, implicaria em prejuízos de difícil e/ou
incerta reparação aos autores/agravantes. De resto, não antevejo
perigo de irreversibilidade da medida liminar, pois, na
eventualidade do pedido inicial ser julgado improcedente, poderá
o agravado buscar a satisfação do seu direito por meio dos
instrumentos legais disponíveis. Desta feita, demonstrados os
requisitos necessários à concessão parcial da tutela de urgência,
acolho a insurgência dos recorrentes para determinar a sustação
do leilão do imóvel alienado fiduciariamente. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:53:56

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5516866.51.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : HELIO RIBEIRO SOARES SANTOS
POLO PASSIVO : MARCELO MARQUES CRUZ
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : HELIO RIBEIRO SOARES SANTOS


ADVG. PARTE : 30749 GO - RODRIGO RIBEIRO DE SOUZA

PARTE INTIMADA : MARCELO MARQUES CRUZ


ADVG. PARTE : 40449 GO - NEILDON CHAVES RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5516866.51.2019.8.09.0000
COMARCA DE CALDAS NOVAS

AGRAVANTE: HELIO RIBEIRO SOARES SANTOS


AGRAVADOS: MARCELO MARQUES CRUZ E OUTROS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do agravo de instrumento, dele


conheço.

Na inicial, os autores/agravados apontam diversas irregularidades na gestão do


condomínio réu, pleiteando, liminarmente, a nulidade da Assembleia Geral Ordinária
convocada para 09/02/2019, a realização de auditoria externa para apuração das
irregularidades na gestão do condomínio no prazo de 90 (noventa) dias, a nomeação
de interventores para atuação no período de auditoria com o afastamento do síndico e
membros do conselho fiscal.

Por meio da decisão prolatada no evento 04, a liminar foi deferida parcialmente, nos
seguintes termos: “Ante o exposto, DEFIRO PARCIALMENTE os pedidos liminares,
para, por ora, determinar, como forma de obter resultados práticos equivalentes (já que
não examinada, por ora, a tutela específica – art. 497, CPC) e em exercício do poder
geral de cautela, que, embora possa ser realizada a assembleia convocada para o dia
09/02/2019, com os respectivos debates, deliberações, contabilização de votos e
registro em ata, seus efeitos ficarão sobrestados até o deslinde da causa. Além disso,
não deverá ser permitido o exercício do voto ao Sr. Jean Pierre Ferreira Borges, atual
síndico, especificamente a respeito das pautas alusivas à sua própria gestão
(aprovação de contas e realização de auditoria em suas contas), conforme vedação do
art. 48º da Convenção, inclusive o voto por meio de procurações (por notória
incompatibilidade reflexa)”.

A análise dos demais pedidos liminares foi postergada para após a apresentação das
contestações, além disso, foi determinado que a parte autora fizesse constar no polo
passivo da demanda o síndico e os demais conselheiros que pretendia o afastamento,
corrigisse o valor da causa e efetuasse o recolhimento das custas processuais

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
complementares.

Através da petição colacionada no evento 16, os autores/agravados requereram a


emenda à inicial, com a inclusão no polo passivo da demanda do síndico Jean Pierre
Ferreira Borges e dos conselheiros Ivani Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares,
Alexandre Finco Marianelli, Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da Rocha e Dalila
Faustino Cordeiro.

Na mencionada petição, os autores requereram a juntada de novos documentos e


reiteraram o pedido de tutela provisória de urgência pleiteado na exordial, asseverando
que na assembleia realizada em 09/02/2019 diversos condôminos e/ou procuradores
deste foram impedidos de exercer o seu direito de voto, sob o pretexto de que
estariam inadimplentes, em que pese possuírem carta de adimplência e comprovantes
de pagamentos das taxas condominiais.
Além disso, mencionam que a esposa do síndico, Polianny Elias Moreira, votou,
através de procurações outorgadas por 31 (trinta e um) condôminos, pela aprovação
e/ou reprovação dos itens objeto de discussão em conformidade com os interesses do
síndico.

O pedido de tutela de urgência, liminarmente, foi reiterado através das petições


juntadas nos eventos 20, 46 e 47, nas quais além das supostas irregularidades quando
da realização da assembleia condominial (09/02/2019), os autores alegam acerca da
apuração em sede de inquérito policial das notas fiscais de prestação de serviço que
foram pagas pelo condomínio com autorização do síndico, pleiteiam a juntada de cópia
do inquérito policial com a oitiva dos envolvidos na suposta fraude, além de ofício da
Prefeitura Municipal que atestam a falsidade das notas fiscais, cópia de sentença de
improcedência de ação movida pelo síndico em desfavor dos autores, entre outros.

Subsidiariamente, os autores/agravados pleiteiam a designação de audiência de


justificação para posterior análise da tutela provisória de urgência.

Ao analisar o pleito de urgência, assim decidiu o magistrado singular (evento 48 do


feito originário):

“Face ao exposto, DEFIRO PARCIALMENTE a antecipação de tutela


pleiteada, para o fim de DETERMINAR o imediato afastamento do síndico
Jean Pierre Ferreira Borges da administração do Condomínio
demandado, assim como dos membros titulares do conselho consultivo
fiscal, os quais exercem de fato o poder opinativo nas reuniões do
conselho, Ivani Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares e Alexandre
Finco Marianelli, cargos que deverão ser assumidos, interinamente, pelos

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
seus suplentes Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da Rocha e Dalila
Faustino Cordeiro.

Ante a probabilidade de êxito da pretensão de ser anulada a assembleia


geral ordinária realizada no dia 09/02/2019, outra deverá ser realizada
para a mesma finalidade, dentre outros assuntos.

Considerando que não há vedação na Convenção Condominial e o


disposto no artigo 1.347, do Código Civil que prevê a possibilidade do
síndico não ser condômino, NOMEIO para exercer interinamente a função
de síndico o ORGANIZAÇÕES TEMA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ
02.977.287/0001-30, com sede à Rua Eça de Queiroz, nº 235, quadra 7,
lote 03, Bairro Termal, Caldas Novas-GO, e-mail tema@ih.com.br e
telefone (64) 34534496 (dados extraídos do site da Receita Federal do
Brasil).1

Elucido que a empresa ora nomeada, por se tratar de prestadora de


serviços de gestão contábil de condomínios, já possui conhecimento da
situação atual situação financeira do ente condominial ora demandado,
sobretudo no que diz respeito à relação pormenorizada dos condôminos
inadimplentes para fins de votação em assembleia a ser designada e
demais bancos de dados relevantes do mesmo condomínio, podendo,
assim, atuar com maior expertise e praticidade na administração do
empreendimento, inclusive por atualmente ser a responsável pela
contabilidade deste.

Tenho por temerária a indicação a síndico interino realizada pelos


autores, por se tratar de terceiro não integrante da lide e não anuente.

A empresa ora nomeada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, convocar


assembleia geral, a realizar-se em até 60 (sessenta) dias, observado o
intervalo mínimo previsto em convenção, a contar da intimação da
presente decisão.

Na assembleia a ser designada pela empresa síndica interina, entre


outras pautas pertinentes que eventualmente possam constar do edital de
convocação, deverá haver, expressamente, previsão de deliberação
acerca das contas da gestão do mandato anterior do síndico e do atual
mandato em curso (até a data do seu afastamento concreto), bem assim
a eleição de novo síndico e membros titulares do conselho consultivo
fiscal.

Na deliberação sobre as consta de gestão, não poderão votar o síndico e


conselheiros ora afastados, por si ou por procurações, inclusive por
cônjuges, companheiros ou parentes, sanguíneos ou por afinidade, em
linha reta de qualquer grau ou até o 4º grau em linha colateral.

Competirá, ainda, à empresa síndica auditar as contas de gestão a serem


objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado pela aprovação ou
rejeição, assim como permitir que aos autores seja autorizado inteiro
acesso à documentação das contas de gestão, para que possam, caso
queiram, promover auditoria própria, inclusive por intermédio de empresa
terceirizada, a ser igualmente, neste caso, elaborado parecer

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
fundamentado pela aprovação ou rejeição.

Os pareceres sobre as contas, assim como toda a documentação contábil


examinada nos pareceres, deverão ser disponibilizados ao síndico e
conselheiros fiscais ora afastados, com antecedência mínima de 10 dias
da assembleia na qual se deliberará sobre tais contas de gestão, a fim de
propiciar-lhes o exercício da ampla defesa e do contraditório.

Sem prejuízo dos pareceres, deverão os conselheiros fiscais suplentes,


que assumirão a titularidade a partir do cumprimento desta decisão,
examinar as mesmas contas de gestão, elaborando, igualmente parecer,
ou, ao menos, aderindo a algum dos pareceres elaborados pela empresa
síndica interina ou por outra que veja a realizar auditoria independente a
pedido dos autores.

Na assembleia na qual se deliberará sobre tais contas de gestão, antes


da deliberação, deverá ser oportunizada a palavra ao síndico e
conselheiros fiscais ora afastados, acaso presentes, para que possam,
caso queiram, sustentar oralmente as contas de suas gestões, por prazo
mínimo de 30 minutos ao síndico e 15 minutos a cada conselheiro.

Esclareço, por fim, que, havendo previsão na convenção condominial de


pagamento de pro labore ao síndico, tal rendimento deverá ser repassado
como pagamento à empresa ora nomeada como síndica interina.

INTIME-SE o síndico, através de mandado, para que, no prazo de 48


(quarenta e oito horas), contadas a partir da sua intimação, afaste-se da
administração do condomínio e franqueie ao síndico interino todos os
meios e documentos, inclusive chaves ou senhas, necessários para a
referida administração, tais como, arquivos, acesso a contas bancárias,
talões de cheques, cartões das contas bancárias e tudo aquilo que se
fizer necessário ao regular andamento do empreendimento, sob pena de
multa diária de R$ 2.000,00 (limitada a R$ 200.000,00) e crime
desobediência.

Poderão os autores ou a empresa síndica interina, com cópia desta


decisão, à qual confiro valor de mandado e alvará, dirigirem-se às
instituições financeiras nas quais o condomínio demandado possua conta
ou aplicações, a fim de que o síndico ora afastado não pratique qualquer
tipo de operação financeira ou acesso por senha às referidas contas e
aplicações, o que deverá ser exercido, exclusiva e interinamente, pela
empresa ora nomeada como síndica, mediante alteração de senhas, até
que outro(a) síndico(a) seja eleito(a).

Proceda a escrivania a adaptação dos polos ativo e passivo da demanda


no PJD, fazendo constar os dados de todos os autores e dos requeridos
ora incluídos em razão do recebimento da emenda à inicial.

Intimem-se. Cumpra-se com URGÊNCIA.”

Empós, os réus alegam suspeição da síndica interina, motivo pelo qual o magistrado
singular profere a seguinte decisão (evento 60):

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
Considerando que se avizinha a assembleia e a fim de se evitar
procrastinações, assim como para não se despertar dúvidas às
partes acerca da isenção do julgamento ou da fase instrutória,
ainda que o presente caso não se amolde em quaisquer
hipóteses de suspeição ou impedimento, hei por bem em
substituir o síndico interino pela empresa JH CONDOMÍNIOS,
com know how no ramo de condomínios edilícios, que será
responsável pelos mesmos encargos alhures atribuídos por
decisão, podendo ratificar ou retificar os atos do síndico ora
substituído.1
Intime-se-a com urgência, inclusive a empresa ora destituída
para ciência.
Saliento que a escolha da empresa Tema se deveu ao fato de já
ser ela quem realizava a contabilidade do condomínio
demandado, escolhido pelos próprios réus e excipientes.
Ademais, desconhecia, sinceramente, a condição de sócio da
referida empresa por parte de Bonny Mello, eis que conhecida
por ser de propriedade de Carlos Divino Rezende e ex-esposa;
bastava uma vista em gabinete para que houvesse a substituição
em tela, e por muito menos os advogados em geral me
aborrecem em atendimentos. Contudo, resta prejudicada a
discussão.
Quanto ao agravo de instrumento, mantenho a decisão recorrida
por seus próprios fundamentos, exceto quanto à pessoa do
síndico interino.

Irresignado, o demandado, na condição de conselheiro fiscal (titular) afastado do


condomínio réu, avia agravo de instrumento (evento 01), requerendo o deferimento da
tutela antecipada para suspender os efeitos da decisão agravada e reconduzir os
eleitos aos cargos de síndico e conselheiros. Alternativamente, pretende o
cancelamento da assembleia do dia 31/08/19, servindo a decisão como mandado. Ao
final, requer que o presente agravo seja recebido, processado e provido com
revogação da decisão agravada.

Notório que o Agravo de Instrumento é recurso secundum eventum litis, o qual se


limita à análise da decisão recorrida, que dentre as diversas teses veiculadas na
petição inicial e emenda, para fins de decisão liminar, apreciou somente a alegação de
irregularidades na emissão de notas fiscais; a inelegibilidade em razão de débitos
condominiais (taxas de condomínio); a indicação da síndica interina e sua substituição,
com determinação de auditoria, não cabendo o exame de questões não apreciadas
pelo juízo a quo, sob pena de indevida supressão de instância.

A respeito, confiram-se os seguintes precedentes dessa Corte de Justiça:

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE
CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO E
ILEGITIMIDADE DE PARTE. PRELIMINARES NÃO
ANALISADAS EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS
DA TUTELA. PROVA INEQUÍVOCA. DESCONTOS EM FOLHA
DE PAGAMENTO. LIBERAÇÃO DA MARGEM CONSIGNADA.
1. O agravo de instrumento é um recurso secundum eventum litis
, limitando-se à análise do acerto ou desacerto da decisão
fustigada, não incumbindo a esta seara recursal o exame de
questões ainda não analisadas em primeiro grau, sob pena de
indevida supressão de instância. (...).” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 268781-11.2016.8.09.0000, Rel. DES. CARLOS
ESCHER, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 29/09/2016, DJe 2126 de
06/10/2016)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE


CONTRATO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO PARCIAL DOS
EFEITOS DA TUTELA. I- Teses de incompetência, ilegitimidade
e inépcia da inicial. Questões não analisadas em primeiro grau de
jurisdição. Supressão de instância. O agravo é um recurso
secundum eventum litis, o qual tem seus limites traçados pelos
pontos relativos a matéria efetivamente apreciada pela
magistrada a quo, não cabe, neste grau de jurisdição, o exame
de questões que não chegaram a ser analisadas pela magistrada
singular, sob pena de supressão de instância. (…).” (TJGO,
AGRAVO DE INSTRUMENTO 177824 - 61.2016.8.09.0000, Rel. DES.
CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
19/07/2016, DJe 2078 de 29/07/2016)

Feitos tais esclarecimentos, passo a análise das razões recursais.

Cediço que, em se tratando de tutela de urgência, a medida, concedida ou negada


judicialmente, está adstrita ao livre convencimento do juiz, de modo que a decisão que
concede ou indefere provimento dessa natureza somente deve ser modificada ou
reformada, pela Corte Recursal, se proferida em flagrante violação de lei ou com
abuso de poder.

Sob esta perspectiva, na hipótese em tela, inexiste razão de fato ou direito que possa
ensejar a modificação do decisum agravado.

Isso porque, o Magistrado a quo, ao proferi-lo, avaliou eficazmente os requisitos legais

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
autorizadores da antecipação da tutela (art. 300, do CPC/15), pautando-se no princípio
da persuasão racional.

Com efeito, restam configurados os requisitos da tutela de urgência, como bem


considerou o magistrado singular na decisão recorrida, nos seguintes termos:
“ In casu, entendo que se acham presentes os requisitos
autorizadores para a concessão da tutela de urgência pretendida.
Se não, vejamos.
A probabilidade do direito acha-se presente, na medida que a
narrativa fática é amparada pela documentação coligida aos
autos, pela qual se é possível inferir a existência de indícios
veementes de prática das inúmeras irregularidades de gestão
apontadas nos autos, das quais destaco as seguintes.
Primeiro, na deliberação assemblear realizada em 09/02/2019,
foram apreciadas e aprovadas as contas da atual gestão, além
de rechaçada a realização de auditora externa nas contas do
condomínio, ora requerido. Conforme consta da ata da AGO
(evento 07), apesar de o síndico afirmar que cumpriria a decisão
por mim proferida, no sentido de se abster de votar, inclusive por
meio de procuração, naqueles assuntos do seu interesse, por
impedimento e conflito de interesse, os votos foram,
aparentemente, exercidos através de diversas procurações
portadas por sua esposa Polianny Elias Moreira (evento 46).
Aliás, através do boletim de ocorrência colacionado no evento 07
(RAI nº 8840452), ao relatar supostas ameaças que sofreu por
partes de condôminos do empreendimento, Polianny Elias
Moreira declarou que é proprietária de um imóvel no condomínio
do qual o seu esposo é síndico.
À vista disso, verifico que apesar da cristalina determinação
judicial (evento 04), o síndico, por falsa astúcia, transferiu à sua
esposa a conduta de votar nas pautas alusivas à sua própria
gestão, o que sugere a prática de burla, por via oblíqua, da
determinação judicial, a configurar, em tese, atentato à dignidade
da Justiça (art. 77, caput, inciso IV, e §§ 1º a 4º, do CPC).
Em segundo lugar, o síndico, ao tempo de sua primeira eleição
(04/03/2017) e de sua reeleição (31/05/2018), se encontrava,
segundo a documentação ora existente nos autos, inadimplente
com as despesas condominiais, de sorte a torná-lo, em tese,
inelegível.
Consta dos autos extrato financeiro referente ao período de
31/06/2016 a 31/08/2018, que sugere que o atual síndico se
encontrava inadimplente com 04 (quatro) parcelas de R$ 899,49
cada, com vencimento em 20/07/2016, 20/08/2016, 20/09/2016 e
20/10/2016, referentes às taxas de implantação do condomínio,

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
as quais somente teriam sido adimplidas em outubro/2018, ou
seja, após a eleição e reeleição.
Ressalte-se, entrementes, que houve duas renegociações de
dívida pelo síndico, segundo a mesma negociação, mas, tais não
englobaram os débitos acima apontados, sendo elas: 1) acordo
para pagamento da taxa de implantação vencida em 20/06/2016,
no valor de R$ 899,49, pago em 24/05/2018; e 2) acordo para
pagamento de cotas condominiais ordinárias (distintas das taxas
de implantação).
De mais a mais, constata-se que foi acostado aos autos o
Parecer Fiscal nº 001 – de 18/02/2019, da Secretaria Municipal
de Finanças (evento 46), onde foi consignado pelo órgão
municipal que a GS Cobranças Eirelli-ME, apesar de possuir
inscrição junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, não
possui Inscrição Municipal, nem tampouco cadastro no sistema
de emissão de Notas Fiscais do Município.
Consta ainda do parecer, que no modelo das notas fiscais
utilizadas para a falsificação, consta que a empresa prestadora
de serviços é Microempreendedor Individual (MEI), que todas as
notas apresentam o mesmo QR Code (SNAI-89QZ), que no
campo “prestador de serviços” não poderia haver os dados da GS
Cobraças por não ter cadastro no Município e que no campo
“valores” é destacado o ISSQN, o que não ocorre no caso de
empresas inscritas no MEI; por fim destaca que o código de
verificação SNAI-89QZ estampado nas notas fiscais falsificadas é
da empresa Jordana Barbosa de Almeida, inscrita no CNPJ nº
26.946.984/0001-91.
Além disso, através dos depoimentos prestados no inquérito
policial nº 87/21019 onde é averiguada a falsificação das notas
fiscais pagas pelo condomínio (evento 46 e 47), o proprietário da
prestadora de serviços afirmou que todas as notas fiscais
emitidas ao condomínio são falsificados, assim como, o contador
do condomínio, Carlos Divino de Rezende, declarou que todas as
notas fiscais foram assinadas e carimbadas pelo síndico e pelo
auxiliar do síndico, Caio Sandro de Araújo, e que, ao constatar a
falsificação das notas fiscais, informou ao funcionário a
irregularidade e não obteve nenhuma resposta, Caio, por sua
vez, apesar de mencionar que não tem conhecimento sobre a
falsificação das notas, disse que todos os pagamentos foram
realizados com a autorização do síndico que contratou a GS
Cobranças.
O perigo de dano, por sua vez, encontra-se estampado na
plausabilidade do próprio condomínio sofrer prejuízos
decorrentes das aparentes irregularidades em sua gestão,
sobretudo o pagamento se serviços com notas falsas, e na
provável inelegibilidade do síndico ao tempo dos pleitos eleitorais,
tornando, em tese, ilegítimo seu próprio mandato.

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Outrossim, não há perigo de irreversibilidade da medida, posto
que a qualquer momento poderá ser revista. Pelo contrário, a não
concessão da tutela neste momento é que tornará irreversível
aos autores, eis que se avizinha o termo final do mandato.
Assim, hão de ser afastados o síndico e os Conselheiros Fiscais
titulares que aprovaram o pagamento de notas falsas. Não
vislumbro, por ora, indícios de coautoria ou participação dos
conselheiros suplentes, razão pela qual não verifico ser medida
proporcional impedir que a titularidade do conselho seja
assumida interinamente pela suplência.
Face ao exposto, DEFIRO PARCIALMENTE a antecipação de
tutela pleiteada, para o fim de DETERMINAR o imediato
afastamento do síndico Jean Pierre Ferreira Borges da
administração do Condomínio demandado, assim como dos
membros titulares do conselho consultivo fiscal, os quais exercem
de fato o poder opinativo nas reuniões do conselho, Ivani
Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares e Alexandre Finco
Marianelli, cargos que deverão ser assumidos, interinamente,
pelos seus suplentes Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da
Rocha e Dalila Faustino Cordeiro.
Ante a probabilidade de êxito da pretensão de ser anulada a
assembleia geral ordinária realizada no dia 09/02/2019, outra
deverá ser realizada para a mesma finalidade, dentre outros
assuntos.
Considerando que não há vedação na Convenção Condominial e
o disposto no artigo 1.347, do Código Civil que prevê a
possibilidade do síndico não ser condômino, NOMEIO para
exercer interinamente a função de síndico o ORGANIZAÇÕES
TEMA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ 02.977.287/0001-30,
com sede à Rua Eça de Queiroz, nº 235, quadra 7, lote 03, Bairro
Termal, Caldas Novas-GO, e-mail tema@ih.com.br e telefone
(64) 34534496 (dados extraídos do site da Receita Federal do
Brasil).1
Elucido que a empresa ora nomeada, por se tratar de prestadora
de serviços de gestão contábil de condomínios, já possui
conhecimento da situação atual situação financeira do ente
condominial ora demandado, sobretudo no que diz respeito à
relação pormenorizada dos condôminos inadimplentes para fins
de votação em assembleia a ser designada e demais bancos de
dados relevantes do mesmo condomínio, podendo, assim, atuar
com maior expertise e praticidade na administração do
empreendimento, inclusive por atualmente ser a responsável pela
contabilidade deste.
Tenho por temerária a indicação a síndico interino realizada pelos
autores, por se tratar de terceiro não integrante da lide e não
anuente.

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
A empresa ora nomeada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
convocar assembleia geral, a realizar-se em até 60 (sessenta)
dias, observado o intervalo mínimo previsto em convenção, a
contar da intimação da presente decisão.
Na assembleia a ser designada pela empresa síndica interina,
entre outras pautas pertinentes que eventualmente possam
constar do edital de convocação, deverá haver, expressamente,
previsão de deliberação acerca das contas da gestão do mandato
anterior do síndico e do atual mandato em curso (até a data do
seu afastamento concreto), bem assim a eleição de novo síndico
e membros titulares do conselho consultivo fiscal.
Na deliberação sobre as consta de gestão, não poderão votar o
síndico e conselheiros ora afastados, por si ou por procurações,
inclusive por cônjuges, companheiros ou parentes, sanguíneos
ou por afinidade, em linha reta de qualquer grau ou até o 4º grau
em linha colateral.
Competirá, ainda, à empresa síndica auditar as contas de gestão
a serem objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado
pela aprovação ou rejeição, assim como permitir que aos autores
seja autorizado inteiro acesso à documentação das contas de
gestão, para que possam, caso queiram, promover auditoria
própria, inclusive por intermédio de empresa terceirizada, a ser
igualmente, neste caso, elaborado parecer fundamentado pela
aprovação ou rejeição.
Os pareceres sobre as contas, assim como toda a documentação
contábil examinada nos pareceres, deverão ser disponibilizados
ao síndico e conselheiros fiscais ora afastados, com
antecedência mínima de 10 dias da assembleia na qual se
deliberará sobre tais contas de gestão, a fim de propiciar-lhes o
exercício da ampla defesa e do contraditório.
Sem prejuízo dos pareceres, deverão os conselheiros fiscais
suplentes, que assumirão a titularidade a partir do cumprimento
desta decisão, examinar as mesmas contas de gestão,
elaborando, igualmente parecer, ou, ao menos, aderindo a algum
dos pareceres elaborados pela empresa síndica interina ou por
outra que veja a realizar auditoria independente a pedido dos
autores.
Na assembleia na qual se deliberará sobre tais contas de gestão,
antes da deliberação, deverá ser oportunizada a palavra ao
síndico e conselheiros fiscais ora afastados, acaso presentes,
para que possam, caso queiram, sustentar oralmente as contas
de suas gestões, por prazo mínimo de 30 minutos ao síndico e 15
minutos a cada conselheiro.
Esclareço, por fim, que, havendo previsão na convenção
condominial de pagamento de pro labore ao síndico, tal
rendimento deverá ser repassado como pagamento à empresa

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
ora nomeada como síndica interina.
INTIME-SE o síndico, através de mandado, para que, no prazo
de 48 (quarenta e oito horas), contadas a partir da sua intimação,
afaste-se da administração do condomínio e franqueie ao síndico
interino todos os meios e documentos, inclusive chaves ou
senhas, necessários para a referida administração, tais como,
arquivos, acesso a contas bancárias, talões de cheques, cartões
das contas bancárias e tudo aquilo que se fizer necessário ao
regular andamento do empreendimento, sob pena de multa diária
de R$ 2.000,00 (limitada a R$ 200.000,00) e crime
desobediência.
Poderão os autores ou a empresa síndica interina, com cópia
desta decisão, à qual confiro valor de mandado e alvará,
dirigirem-se às instituições financeiras nas quais o condomínio
demandado possua conta ou aplicações, a fim de que o síndico
ora afastado não pratique qualquer tipo de operação financeira
ou acesso por senha às referidas contas e aplicações, o que
deverá ser exercido, exclusiva e interinamente, pela empresa ora
nomeada como síndica, mediante alteração de senhas, até que
outro(a) síndico(a) seja eleito(a).
Proceda a escrivania a adaptação dos polos ativo e passivo da
demanda no PJD, fazendo constar os dados de todos os autores
e dos requeridos ora incluídos em razão do recebimento da
emenda à inicial.

Desse modo, entendo presente o requisito da probabilidade do direito invocado na


inicial para a concessão da tutela de urgência, pois a manutenção da administração
(sindicatura e conselheiros titulares) prejudicaria, em tese, todos os condôminos, ao
passo de que eventual prejuízo ocorreria em menor monta mediante o afastamento do
corpo diretivo para oportunizar a investigação das contas do condomínio, sobretudo
em razão dos indícios veementes de irregularidades apontados pelos
autores/agravados.

Ainda sobre a probabilidade do direito, no tocante à inelegibilidade, como bem


esclareceu o magistrado singular em suas informações (evento 27), restou observado
que “ao tempo da assembleia de reeleição de 31/05/2018, das cinco quotas
condominiais em aberto em detrimento do então síndico, houve, aparentemente,
acordo para quitação de apenas uma delas, qual seja, a parcela denominada
“IMPLANT 1/5” no valor de R$ 1.111,47, que é a representada pelo boleto constante
do arquivo 3 da movimentação 75 dos autos originários (5060453.11), pago em
29/05/2018 (3 dias antes da eleição).”

“Permaneceram inadimplidas, a princípio, as parcelas denominadas “IMPLANT 2/5”,


“IMPLANT 3/5”, “IMPLANT 4/5” e “IMPLANT 5/5” ao tempo da reeleição. Caso o boleto

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
supramencionado se referisse a um parcelamento que envolvesse todas as cinco
parcelas em aberto, tratar-se-ia, notadamente, de um acordo de 5x R$ 1.111,47.”

“ Contudo, o pagamento das demais parcelas ocorreu com valores e datas bem
diferentes, sendo R$ 1.251,42 para a “IMPLANT 2/5”, paga somente 5 (cinco) meses
após, em 02/10/2018. Depois, mais R$ 1.266,47, pela parcela “IMPLANT 3/5, R$
1.230,92 pela parcela “IMPLANT 4/5” e R$ 1.218,47 pela parcela “IMPLANT 5/5”,
igualmente pagas em outubro de 2018, cujos comprovantes não foram colacionados
aos autos, constando apenas do histórico/extrato de pagamentos do condomínio.”

“Ademais, do referido histórico/extrato constam todos os acordos já entabulados pela


unidade do síndico até data de sua confecção (10/04/2019), quais sejam, o acordo nº
505 e o acordo nº 497.”

“ Conforme se observa, quando houve acordo englobando mais de uma quota


condominial, o extrato fez constar expressamente o mencionado dado. Assim, do
Acordo nº 497 (não questionado nos autos principais) consta, expressamente, que o
acordo foi emitido para que fosse pago em “02 parcelas originais”, com a informação
adiante sinalizando “02 parcelas baixadas” e com o indicativo “Acordo Bxa 497”, ou
seja, de um acordo de duas parcelas, ambas foram regularmente quitadas.”

“De outro lado, do Acordo nº 505, que abrangeu a polêmica parcela “IMPLANT 1/5”,
consta que ele foi entabulado para que fosse pago em “01 parcelas originais” (sic), isto
é, em parcela única, estampando-se adiante “01 parcelas baixadas” (sic) com
indicativo “Acordo Bxa 505”, o que sugere que, de fato, o acordo 505 abrangeu,
exclusivamente, uma das cinco parcelas em aberto, a saber, a “IMPLANT 1/5”, o que
sinaliza que, a princípio, estava sim inadimplente o síndico em relação às quotas
“IMPLANT 2/5”, “IMPLANT 3/5”, “IMPLANT 4/5” e “IMPLANT 5/5” quando de sua
reeleição em 31/05/2018 (dados ao final do extrato: Arq. 03, Mov. 75).”

No tocante ao perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora


), verifica-se na plausabilidade do próprio condomínio sofrer prejuízos decorrentes das
aparentes irregularidades em sua gestão, sobretudo pela provável inelegibilidade do
síndico ao tempo dos pleitos eleitorais, tornando, em tese, ilegítimo seu próprio
mandato, sendo coerente seu afastamento e, por corolário, dos conselheiros fiscais
titulares, que, em tese, fiscalizam as contas do condomínio, nas quais há veemente
questionamento de irregularidades.

Quanto a alegada irreversibilidade, como igualmente esclareceu o magistrado singular


nas informações do agravo (evento 27), entendo que a liminar foi devidamente
concedida (em parte), em razão do “estado em que a massa condominial se
encontrava, permeada de aparentes irregularidades graves, havendo maior risco de

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
irreversibilidade aos condôminos do que ao agravante, pois, aqueles estariam a ser
representados por quem ou era aparentemente inelegível (síndico) ou por quem
autoriza pagamentos de notas fiscais frias” (não se afirma que teve participação na
falsificação das notas, mas que autorizou o pagamento destas, sem a devida
verificação de regularidade), o que ainda precisa ser esclarecido com a devida
instrução probatória.

Em que pese a necessidade de se instruir o processo originário, entendo prudente o


posicionamento do juízo singular de afastar o síndico e seus conselheiros titulares,
para que não possam interferir na realização de auditoria das contas do condomínio,
garantindo a legalidade dos atos, aos quais terão (o síndico e os conselheiros titulares)
total ciência, possibilitando assim sua ampla defesa.

Destarte, presente os elementos ensejadores da tutela de urgência, nos termos em


que pugnados, apresenta-se correta a decisão agravada que deferiu o pleito
antecipado aos autores/agravados (em parte).

Sobre a concessão da tutela de urgência, colaciono jurisprudência deste eg. Tribunal


de Justiça:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCESSÃO DE MEDIDA


CAUTELAR. DESTITUIÇÃO DA SÍNDICA E DETERMINAÇÃO
DE APRESENTAÇÃO DE BALANCETES RELATIVOS AO
PERÍODO DA ULTIMA GESTÃO. INDÍCIOS DE
IRREGULARIDADES. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. I - O
agravo de instrumento é recurso que deve ser julgado secundum
eventum litis, limitando-se a análise dos pontos examinados pela
decisão atacada, sob pena de prejulgamento da causa e
supressão da instância. II - Os critérios de aferição para a
concessão ou denegação de medida liminar em tutela de
urgência estão na faculdade do julgador que, ao exercitar o seu
livre convencimento, decide sobre a conveniência ou não do seu
deferimento, observados os requisitos legais. III - A decisão que
defere a tutela de urgência para afastar o síndico da gestão do
condomínio, bem como determina a apresentação de balancetes
do período em que geriu o condomínio agravado, em razão de
indícios de irregularidades por ela praticadas, somente deve ser
reformada pelo juízo ad quem em caso de flagrante abusividade
ou ilegalidade, o que não se verifica na espécie. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo
de Instrumento (CPC) 5374469-03.2018.8.09.0000, Rel. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 18/10/2018, DJe de
18/10/2018)

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. (…). MEDIDA LIMINAR
DEFERIDA. REQUISITOS AUTORIZADORES
COMPROVADOS. LIVRE CONVENCIMENTO DO JULGADOR.
DECISÃO MANTIDA. 1. O deferimento, ou não, de medida
liminar, é ato de livre arbítrio e convencimento motivado do
julgador, inserindo-se no seu poder geral de cautela. 2. A reforma
de ato judicial, pela instância recursal, somente ocorre, sob
evidente abuso de autoridade, ou quando restar configurada a
ocorrência de decisão ilegal, abusiva, ou teratológica.(…).”
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 205662-76.2016.8.09.0000, Rel.
DES. FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5ª CÂMARA CÍVEL,
julgado em 09/02/2017, DJe 2214 de 20/02/2017)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR DE


ARRESTO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. (…). LIVRE
CONVENCIMENTO MOTIVADO. Os critérios para aferição da
antecipação da tutela estão na faculdade do julgador que,
exercitando o seu livre arbítrio, decide sobre a conveniência ou
não da concessão, sendo que tais provimentos somente podem
ser revogados caso fique demonstrada a ilegalidade do ato ou
evidenciado o abuso de poder por parte do magistrado (...).
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO MANTIDA.”
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 222619-55.2016.8.09.0000, Rel.
DES. NEY TELES DE PAULA, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
01/11/2016, DJe 2153 de 22/11/2016)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE


CONTAS. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
ANTECIPADA (…). ART. 300, CAPUT, DO NCPC. Em se
tratando de tutela de urgência antecipada, a decisão concessiva
ou negativa do magistrado, tendo em vista o seu livre
convencimento motivado, somente enseja reforma no caso de
ilegalidade, arbitrariedade ou manifesto equívoco ou abuso de
poder (...)” ( T J G O , A G R A V O D E I N S T R U M E N T O 2 4 4 4 2 6 -
34.2016.8.09.0000, Rel. DR(A). FERNANDO DE CASTRO MESQUITA,
3ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 24/01/2017, DJe 2204 de 06/02/2017)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. (…). TUTELA DE URGÊNCIA.


ATO DE LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZ DA CAUSA. (…).
2. O exame dos requisitos para a concessão do provimento de
urgência é ato de livre convencimento do juiz da causa, cuja
proximidade com a realidade fática da demanda lhe permite
melhor valorar os elementos probatórios já produzidos, de modo
a formar sua convicção. Decisão que enseja reforma em sede
recursal se teratológica, contrária à lei ou à prova dos autos (…).
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 218531-71.2016.8.09.0000, Rel. DES. KISLEU DIAS

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
MACIEL FILHO, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 15/12/2016, DJe 2197
de 26/01/2017)

Quanto aos questionamentos aventados pelo recorrente acerca da auditoria, notório


que não se evidencia nenhuma irregularidade na decisão agravada, a qual
acercadamente determinou que a síndica interina deverá auditar as contas de gestão a
serem objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado pela aprovação ou
rejeição, permitindo o acesso de tais informações aos autores (para fins de auditoria
própria/terceirizada, caso queiram), bem como aos réus (síndico e conselheiros), que
terão acesso aos pareceres sobre as contas, assim como a documentação contábil
examinada nos pareceres, disponibilizados em tempo razoável, garantindo assim a
ampla defesa e o contraditório.

Quanto à capacidade da síndica interina de realizar a auditoria, noto que a decisão


lançada no evento 84 do feito originário já tratou da matéria, deferindo o pedido
formulado pela síndica para fracionar a deliberação assemblear, suspendendo itens
(02 ao 05) do edital de convocação para assembleia geral extraordinária (evento 59,
doc. 02 do feito originário), determinando a esta as providências acerca dos trâmites
necessários à implementação da auditoria, que deverá ser finalizada no prazo
improrrogável de 90 (noventa) dias, contados a partir da contratação da
empresa/profissional que a realizará.

Nessa senda, esclareço que não há óbice legal ao pleito da síndica interina acerca da
necessidade de contratação de profissional habilitado para efetuar a perícia contábil
das contas do condomínio réu, devidamente deferido pela referida decisão (evento
84), dada a complexidade da análise, o que não demonstra sua inaptidão, como
pretende fazer crer o agravante.

Assim, ausente qualquer irregularidade, ilegalidade ou teratologia na decisão


agravada, não há que se falar em sua reforma.

Ante o exposto, conheço do agravo de instrumento, mas nego-lhe provimento


para manter a decisão fustigada, por estes e por seus próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA

112/LE

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5516866.51.2019.8.09.0000


COMARCA DE CALDAS NOVAS

AGRAVANTE: HELIO RIBEIRO SOARES SANTOS


AGRAVADOS: MARCELO MARQUES CRUZ E OUTROS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA


DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA C/C TUTELA DE
URGÊNCIA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
REQUISITOS DA TUTELA DE URGÊNCIA. PRESENTES.
AFASTAMENTO DO SÍNDICO E DO CONSELHO FISCAL.
REGULARIDADE. NECESSIDADE DE AUDITORIA. MANTIDA
A DECISÃO 1. O agravo de instrumento é um recurso secundum
eventum litis, devendo sua análise ater-se apenas as matérias
tratadas na decisão agravada. 2. Os critérios de aferição para a
concessão ou denegação de medida liminar em tutela de
urgência estão na faculdade do julgador que, ao exercitar o seu
livre convencimento, decide sobre a conveniência ou não do seu
deferimento, observados os requisitos legais. 3. Presentes os
elementos ensejadores da tutela de urgência (probabilidade do
direito; perigo de dano), nos termos em que pugnados pelos
autores/agravados, imperiosa a manutenção da decisão
agravada que determinou o afastamento do síndico e dos
membros titulares do conselho consultivo fiscal, a fim de apurar
as irregularidades aventadas nas contas do condomínio réu,
mediante auditoria a ser realizada pela síndica interina
regularmente designada, com garantia de contraditório e ampla
defesa aos réus. 4. Quanto a irreversibilidade, entendo que a
liminar foi devidamente concedida (em parte), em razão do
estado em que a massa condominial se encontrava, permeada
de aparentes irregularidades graves, havendo maior risco de
irreversibilidade aos condôminos do que ao agravante. AGRAVO
DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5516866.51,


acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo, mas lhe negar provimento, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Fez sustentação oral na sessão anterior, o Dr. Rodrigo Ribeiro de Souza pelo
agravante e Dr. Neildon Chaves Ribeiro pelo agravado.
Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5516866.51.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE CONVOCAÇÃO
DE ASSEMBLEIA C/C TUTELA DE URGÊNCIA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM
LITIS. REQUISITOS DA TUTELA DE URGÊNCIA. PRESENTES. AFASTAMENTO
DO SÍNDICO E DO CONSELHO FISCAL. REGULARIDADE. NECESSIDADE DE
AUDITORIA. MANTIDA A DECISÃO 1. O agravo de instrumento é um recurso
secundum eventum litis, devendo sua análise ater-se apenas as matérias tratadas na
decisão agravada. 2. Os critérios de aferição para a concessão ou denegação de
medida liminar em tutela de urgência estão na faculdade do julgador que, ao exercitar
o seu livre convencimento, decide sobre a conveniência ou não do seu deferimento,
observados os requisitos legais. 3. Presentes os elementos ensejadores da tutela de
urgência (probabilidade do direito; perigo de dano), nos termos em que pugnados
pelos autores/agravados, imperiosa a manutenção da decisão agravada que
determinou o afastamento do síndico e dos membros titulares do conselho consultivo
fiscal, a fim de apurar as irregularidades aventadas nas contas do condomínio réu,
mediante auditoria a ser realizada pela síndica interina regularmente designada, com
garantia de contraditório e ampla defesa aos réus. 4. Quanto a irreversibilidade,
entendo que a liminar foi devidamente concedida (em parte), em razão do estado em
que a massa condominial se encontrava, permeada de aparentes irregularidades
graves, havendo maior risco de irreversibilidade aos condôminos do que ao agravante.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:41:15

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5426666.73.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : GLEICY KELLY ANDRADE ARAÚJO
POLO PASSIVO : BANCO BRADESCO S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO S/A


ADVG. PARTE : 24692 GO - ROBSON CUNHA DO NASCIMENTO JUNIOR

PARTE INTIMADA : GLEICY KELLY ANDRADE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 27043 GO - ROBERTO CLÁUDIO CARVALHO DA CRUZ

PARTE INTIMADA : GLEICY KELLY ANDRADE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 27043 GO - ROBERTO CLÁUDIO CARVALHO DA CRUZ

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO S/A


ADVG. PARTE : 24692 GO - ROBSON CUNHA DO NASCIMENTO JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5426666.73.2018.8.09.0051
AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 5426666.73.2018.8. 09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: BANCO BRADESCO S/A


AGRAVADA: GLEICY KELLY ANDRADE ARAÚJO
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do agravo interno.

Trata-se de AGRAVO INTERNO interposto pelo BANCO BRADESCO S/A,


devidamente qualificado e representado nos autos da ação declaratória de inexistência
de débito cumulada com indenização por danos morais, nos termos do art. 364, do
Regimento Interno deste Tribunal de Justiça, inconformado com a decisão proferida
no evento nº 53, em que os apelos foram conhecidos, mas improvido o primeiro e
parcialmente provido o segundo para majorar a verba indenizatória para o importe de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Nos termos do artigo 1.021, caput do CPC/2015, contra decisão proferida pelo Relator
caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, no prazo de 15 (quinze) dias,
devendo ser observado, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do
Tribunal.
Para tanto, cabe à parte demonstrar os prejuízos sofridos com a decisão, devendo
apresentar, em suas razões, que a decisão proferida é inadequada e está em
desacordo com a legislação vigente (art. 1.021, §1º do CPC/15).

A decisão agravada, a título de esclarecimento, foi proferida nos seguintes termos:

“ No caso dos autos, sobreleva ressaltar que a instituição

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NR.PROCESSO: 5426666.73.2018.8.09.0051
financeira, enviou dois cartões de créditos sem que a autora
tenha solicitado.
Assim, diante das particularidades do caso concreto, a sopesar a
capacidade financeira da requerida, o caráter pedagógico da
indenização, bem como a proporcionalidade e razoabilidade,
entendo que o valor da reparação dos prejuízos suportados
arbitrados pelo magistrado singular deve ser majorado para o
importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reias), quantia que entendo
eficaz para compensar pecuniariamente a dor e os prejuízos
causados autora, bem como coibir novas práticas nocivas pela
requerida.
Nesse sentido também assenta a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, in verbis:
“ na estipulação do valor do dano moral deve-se observar os
limites dos bons princípios e da igualdade que regem as relações
de direito, para que não importe em um prêmio indevido ao
ofendido, indo muito além da recompensa ao desconforto, ao
desagrado, aos efeitos do gravame suportado.” (STJ - RESP. Nº
337.771/RJ - DJU DE 19.08.02, P.175)”.
Sobre o assunto, este Egrégio Tribunal de Justiça editou a
Súmula nº 32, com a seguinte redação:
A verba indenizatória do dano moral somente será modificada se
não atendidos pela sentença os princípios da proporcionalidade e
da razoabilidade na fixação do valor da condenação.
Assim, atenta às peculiaridades do caso concreto, especialmente
quanto à conduta da 1ª apelante, a repercussão dos fatos e a
natureza do direito subjetivo fundamental violado, tenho que
merece ser majorado o valor fixado a título de danos morais para
o importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Quanto ao ressarcimento dos valores indevidamente cobrados,
verifico que a autora comprovou a sua ilegalidade, razão pela
qual tais valores devem ser ressarcidos.
Diante do exposto, conheço dos recursos, ao passo que nego
provimento ao primeiro e dou parcial provimento ao segundo para
majorar a verba indenizatória para o importe de R$ 5.000,00
(cinco mil reais). No mais, mantenho o teor da sentença.”

De plano, tenho que a decisão não merece reparos, uma vez que não vislumbro fato
novo relevante a possibilitar a sua reforma, razão pela qual a mantenho, por
conseguinte, submeto seu exame ao crivo dos ilustres desembargadores componentes
desta Câmara.

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NR.PROCESSO: 5426666.73.2018.8.09.0051
Extrai-se dos autos que a pretensão aqui deduzida funda-se no inconformismo da
agravante contra o ato judicial que condenou a instituição financeira ao pagamento de
danos morais no importe de R$ 5.000,00, uma vez que enviou dois cartões de crédito
sem que a autora tenha solicitado.

Conforme pontuado na decisão, nota-se que a instituição bancária não conseguiu se


desincumbir de seu ônus probatório, nos termos do art. 373, II, do CPC/2015, pois
sequer se preocupou em demonstrar que a autora teria, de fato, solicitado os cartões
de crédito e procedido ao seu desbloqueio, o que revela deficiência na prestação do
serviço bancário e desinteresse inadmissível em tentar remediar, ainda que
serodiamente, o ato ilícito que causou não apenas mero desconforto ou aborrecimento
ao consumidor, mas verdadeiro dano moral.

Assim, vejo que a instituição bancária recorrente não apresentou documento hábil para
comprovar que realmente houve a solicitação e aquiescência da autora em obter os
cartões de crédito, tampouco para atestar que houve o seu desbloqueio, cuja
informação era de fácil acesso, pois fica registrada em seu banco de dados.

Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça entende ser cabível a condenação da


instituição financeira ao pagamento de dano moral em hipóteses como a dos autos,
ainda que não haja inscrição do nome do consumidor nos órgãos de restrição de
crédito, nos termos da Súmula 532:

"Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito


sem prévia e expressa solicitação do consumidor, configurando-
se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de multa
administrativa".

Em relação ao valor atribuído a título de indenização, não obstante o grau de


subjetivismo que envolve o tema da fixação dos danos morais, uma vez que não
existem critérios determinados e fixos para sua quantificação, a reparação deve ser
aplicada em montante que desestimule o ofensor a repetir a falta, sem constituir, de
outro lado, enriquecimento indevido.

Assim, diante das particularidades do caso concreto, a sopesar a capacidade


financeira da requerida, o caráter pedagógico da indenização, bem como a
proporcionalidade e razoabilidade, entendo que o valor da reparação dos prejuízos
suportados arbitrados pelo magistrado singular deve ser o importe de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), quantia que entendo eficaz para compensar pecuniariamente a dor e
os prejuízos causados autora, bem como coibir novas práticas nocivas pela requerida.

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NR.PROCESSO: 5426666.73.2018.8.09.0051
Logo, de uma análise percuciente dos argumentos deduzidos no agravo regimental,
verifico a inexistência de fundamentos suficientes para modificar a decisão vergastada,
notadamente quando demons-trado pelo entendimento jurisprudencial colacionado, que
o pronunciamento jurisdicional recorrido, está em perfeita consonância com o
entendimento do STJ e deste Sodalício.

Ante tais considerações, não apresentado pela recorrente nenhum argumento capaz
de modificar o entendimento na decisão, aqui agravada, atento ao disposto no art. 364,
§ 3º, do RITJGO, conheço deste agravo regimental, porém lhe nego provimento.
Por manter inalterada a decisão monocrática submeto o exame do recurso ao crivo
dos ilustres Desembargadores da Câmara.

É como voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
107/LA

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 5426666.73.2018. 8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: BANCO BRADESCO S/A


AGRAVADA: GLEICY KELLY ANDRADE ARAÚJO
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA
COM DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO. ENVIO SEM
SOLICITAÇÃO DO CONSUMIDOR. ATO ILÍCITO
CONFIGURADO. SÚMULA 532 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

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NR.PROCESSO: 5426666.73.2018.8.09.0051
JUSTIÇA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. MAJORAÇÃO.
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
SÚMULA 32 DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
INEXISTÊNCIA FATOS NOVOS. 1- De acordo com o enunciado
da Súmula n.º 532 do STJ, "Constitui prática comercial abusiva o
envio de cartão de crédito sem prévia e expressa solicitação do
consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à
aplicação de multa administrativa". Deveras, referida prática
comercial é abusiva, dando ensejo à responsabilização civil por
dano moral. 2- A fixação da indenização por danos morais deverá
observar os princípios da proporcionalidade e razoabilidade,
sendo o caso de majorar o valor arbitrado, fixando-o em R$
5.000,00 (cinco mil reais), adotando a orientação jurisprudencial
deste Tribunal de Justiça em casos semelhantes. 3- Sendo
assim, impõe-se o desprovimento do agravo regimental que não
traz em suas razões qualquer novo argumento que justifique a
modificação da decisão agravada. AGRAVO REGIMENTAL
CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno na Apelação Cível nº


5426666.73, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de
votos, em conhecer do agravo interno, mas lhe negar provimento, nos termos do voto
desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

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NR.PROCESSO: 5426666.73.2018.8.09.0051
RELATORA

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NR.PROCESSO: 5426666.73.2018.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA
COM DANOS MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO. ENVIO SEM
SOLICITAÇÃO DO CONSUMIDOR. ATO ILÍCITO
CONFIGURADO. SÚMULA 532 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. MAJORAÇÃO.
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
SÚMULA 32 DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
INEXISTÊNCIA FATOS NOVOS. 1- De acordo com o enunciado
da Súmula n.º 532 do STJ, "Constitui prática comercial abusiva o
envio de cartão de crédito sem prévia e expressa solicitação do
consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à
aplicação de multa administrativa". Deveras, referida prática
comercial é abusiva, dando ensejo à responsabilização civil por
dano moral. 2- A fixação da indenização por danos morais deverá
observar os princípios da proporcionalidade e razoabilidade,
sendo o caso de majorar o valor arbitrado, fixando-o em R$
5.000,00 (cinco mil reais), adotando a orientação jurisprudencial
deste Tribunal de Justiça em casos semelhantes. 3- Sendo
assim, impõe-se o desprovimento do agravo regimental que não
traz em suas razões qualquer novo argumento que justifique a
modificação da decisão agravada. AGRAVO REGIMENTAL
CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:56:26

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0406878.66.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LORENA CALIL LOPES DE MENEZES
POLO PASSIVO : UNIMED GOIANIA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : UNIMED GOIANIA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO


ADVGS. PARTE : 34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO
25708 GO - MARIA HELENA BORDINI

PARTE INTIMADA : LORENA CALIL LOPES DE MENEZES


ADVGS. PARTE : 7795 GO - TEREZINHA PEREIRA DE ARAÚJO FLEURY
27168 GO - POLLYANNA DE ARAÚJO FLEURY

PARTE INTIMADA : LORENA CALIL LOPES DE MENEZES


ADVGS. PARTE : 7795 GO - TEREZINHA PEREIRA DE ARAÚJO FLEURY
27168 GO - POLLYANNA DE ARAÚJO FLEURY

PARTE INTIMADA : UNIMED GOIANIA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO


ADVGS. PARTE : 34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO
25708 GO - MARIA HELENA BORDINI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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APELAÇÃO CÍVEL Nº 406878.66.2015.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

1ª APELANTE: UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO


2ª APELANTE: LORENA CALIL LOPES DE MENEZES
1ª APELADA: LORENA CALIL LOPES DE MENEZES
2ª APELADA: UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Conforme relatado, trata-se de APELAÇÕES CÍVEIS, interpostas por UNIMED


GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO e LORENA CALIL LOPES DE
MENEZES em face da sentença proferida pelo Juiz de Direito da 30ª Vara Cível da
Comarca de Goiânia, William Costa Mello, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer
c/c Pedido de Antecipação dos Efeitos da Tutela e Reparação por Danos Morais,
ajuizada pela autora LORENA CALIL LOPES DE MENEZES em desfavor da requerid
a UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO.

Na exordial, narra a autora – Lorena Calil Lopes de Menezes que, como segurada do
plano de saúde ofertado pela requerida – UNIMED Goiânia Cooperativa de Trabalho
Médico, realizou cirurgia bariátrica em 28 de agosto de 2014 e que, em razão da perda
de peso decorrente desta cirurgia, necessita de cirurgia reparadora de
dermolepectomia na face interna das coxas, o que restou negado pela requerida,
razão do ingresso da presente ação.

Após regular processamento do feito, o magistrado de primeiro grau, julgou


parcialmente procedentes os pedidos exordiais, nos seguintes termos:

“ Prefacialmente, impende destacar que a relação entre os

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
litigantes é tipicamente consumerista, na medida em que a
Requerida é pessoa jurídica que presta serviço de saúde no
mercado de consumo e a autora consta no contrato como
destinatária final do plano de saúde, emoldurando-se na definição
disposta nos arts. 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor, in
verbis:
(…)
Nesse sentido, perfeitamente possível a inversão do ônus da
prova, por sere a consumidora, ora autora, a parte hipossuficiente
na presente relação de consumo.
(…)
Por todo exposto, inverto o ônus da prova nos termos do inciso
VIII, do art. 6° do CDC.
(…)
O cerne da questão reside em pretensa obrigação de fazer e
indenização por danos morais, em razão de alegado
descumprimento contratual por parte da empresa requerida.
No caso dos autos aplicam-se as regras do Código de Defesa do
Consumidor, observado-se o disposto na Súmula nº 469 do
Superior Tribunal de Justiça: Aplica-se o Código de Defesa do
Consumidor aos contratos de plano de saúde.
Devem ser coibidas, portanto, as cláusulas contratuais
excessivamente onerosas ou que coloquem o consumidor em
desvantagem, conforme disposto no incisos IV e XV e § 1º,
incisos I e II do art. 51.
Pois bem.
Da análise dos autos, verifico que a apelada se submeteu a
cirurgia bariátrica, em razão da qual perdeu cerca de 40% do seu
peso corporal (cf. fl. 50).
Em consequência da perda de peso, ficou com excesso de pele
nas coxas, razão pela qual apresenta quadro grade de
“dermolipectomia”, tornando a região com aspecto enrugado e
pendular, com excessos de pede, dificultado a higienização e
com ocorrências frequentes de intertrigos e infecções fúngicas,
sem contar no fatos psicológico negativo e baixa autoestima,
necessitando, assim, de correções cirúrgicas.
A empresa gestora do plano de saúde, no entanto, se recusou a
custear a cirurgia, alegando tratar-se de procedimento estético, já
que o excesso de pele não estaria associado às complicações
indicadas no item 18 das diretrizes de utilização editada pela ANS
com a RN 387, a qual tem a seguinte redação:

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
(…)
“18. DERMOLIPECTOMIA 1. Cobertura obrigatória em casos de
pacientes que apresentem abdome em avental decorrente de
grande perda ponderal (em consequência de tratamento clínico
para obesidade mórbida ou após cirurgia de redução de
estômago), e apresentem um ou mais das seguintes
complicações: candidíase de repetição, infecções bacterianas
devido às escoriações pelo atrito, odor fétido, hérnias, etc.”
Ocorre, todavia, que no próprio pedido de solicitação consta a
afirmação de que a Requerente apresenta infecção, o que se
enquadraria nas exigências da Resolução Normativa 387.
Ademais, a jurisprudência é pacífica no sentido de que a cirurgia
para retirada de excesso de pele, decorrente de cirurgia
bariátrica, tem caráter reparador e não estético, senão vejamos:
(…)
Inegável, portanto, a ilegalidade da recusa da Demandada,
ensejando o dever de indenizar.
No que concerne à reparação pecuniária do dano moral, esta
surge como forma de amenizar, de compensar a dor, sofrimento,
angústia, medo e rejeição vividos pela requerente, já idosa.
Para a configuração de eventual ilícito praticado pela Requerida
(Unimed), aplicável a teoria da responsabilidade subjetiva,
materializada na regra do art. 186 do Código Civil, que dispõe
que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar prejuízo a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito".
Complementando esta regra, o art. 927, do mesmo diploma legal,
que "aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo".
Contudo, extrai-se que para a configuração do ato ilícito é
necessária a coexistência dos seguintes elementos: ato doloso
ou culposo (imprudência, negligência ou imperícia) praticado pelo
agente; existência de um dano; que o dano suportado tenha sido
causado pelo ato doloso ou culposo do agente (nexo de
causalidade), os quais encontram-se presentes no presente caso.
Diante da não autorização para a realização do procedimento
indicado pelos profissionais da saúde responsáveis constata-se
que houve uma conduta culposa (negligente).
A negativa da cobertura por certo retirou a paz de espírito da
Requerente e lhe causou sofrimento, o medo, a angústia e o
desconforto, sentimentos estes que não podem ser considerados
como um mero dissabor, evidenciando, claramente, a
configuração do dano moral.

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E esses sentimentos (dor, angústia e medo) são o fundamento da
reparabilidade do dano moral, previsto no art. 5º, V e X da atual
Carta Política da República.
Para a sua fixação, deve o juiz, num primeiro momento, levar em
consideração a situação pessoal da ofendida (já comprovada nos
autos) e do ofensor Unimed (cooperativa prestadora de serviços
médicos com atuação em todo o país).
Sendo assim, sua fixação deve minorar o máximo possível o
dano causado ao ofendido, evitando-se, entretanto, o
enriquecimento indevido do mesmo e, por outro lado, não pode a
indenização ser fixada em valor irrisório, cujo pagamento seja
inócuo ao ofensor, em face de sua capacidade financeira.
E ainda, devem também ser levadas em consideração a extensão
e a repercussão do dano (que no presente caso não foram
grandes, pois o procedimento foi realizado a tempo), não
podendo se perder de vista que a indenização deve servir de
lição a parte requerida, para que este não proceda de forma
semelhante no futuro.(…)
Assim, analisados todos esses aspectos, é devida a indenização
pelo dano moral suportado pela parte autora, sendo razoável sua
fixação no presente caso em R$ 7.000,00 (sete mil reais).
Ante o exposto, JULGO PARCILAMENTE PROCEDENTES os
pedidos iniciais e resolvo o mérito, nos termos do art. 487, I, do
CPC/15, para condenar a parte requerida UNIMED GOIÂNIA,
COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO à obrigação de fazer,
qual seja, proceder a cobertura e autorizar imediatamente a
realização do procedimento de dermolipectomia da face interna
das coxas de LORENA CALIL LOPES DE MENEZES, no prazo
de 15 (quinze) dias, cujo inadimplemento importará em multa
diária no valor de R$ 1.000,00; ao pagamento de indenização por
danos morais, no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais), corrigidos
monetariamente pelo INPC a partir da data da sentença e juros
moratórios à base de um por cento (1%) ao mês a partir da
citação (Súmulas nº 362 e 543 do STJ e arts. 7º, 39, 51, 52, §1º,
do CDC; 347, I, 487, I, do CPC; 389 e 402, do CC).
Condeno, ainda, a parte requerida (Unimed) ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios da parte contrária,
estes que fixa-se em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, consoante inteligência do artigo 85, §2º, do CPC/15.
Transitada em julgado, sem manifestação, arquivem-se os autos
com as cautelas de estilo.” - (sic)

Inconformada, a requerida – UNIMED Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico,


interpõe o 1º apelo, no qual, em síntese, argumenta: a) a ocorrência de cerceamento

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
do seu direito de defesa, ante o julgamento antecipado da lide e a inversão do ônus da
prova tão somente na sentença; b) sentença genérica; c) a ausência de provas que
comprovem a necessidade da paciente em realizar o procedimento cirúrgico
pretendido; d) a restrição da cobertura; e) a inexistência de ato ilícito; f) a exorbitância
do quantum arbitrado a título de danos morais; e por fim, g) prequestionamento.

De outro lado, a autora – Lorena Calil Lopes de Menezes, interpõe o 2º apelo, no qual,
em resumo, insurge-se: a) valor arbitrado a título de danos morais, pleiteando a sua
majoração para, no mínimo, R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e b) majoração dos
honorários advocatícios sucumbenciais para o patamar de 20% (vinte por cento) do
valor atualizado da causa.

Por questão de didática processual, passo à análise dos recurso de maneira conjunta.

A princípio, no que concerne a alegação relativa ao cerceamento do direito de defesa,


ante o julgamento antecipado da lide e a inversão do ônus da prova tão somente na
sentença, vejo que razão não assiste à requerida, ora 1ª apelante. Explico.

A lei processual é cristalina em impor determinados ônus às partes, a exemplo do


artigo 373, incisos I e II do CPC, de sorte que sendo elas conhecedoras dos mesmos,
devem demonstrá-los em juízo, sob pena de restarem sucumbentes.

No caso em apreciação, observo que a autora descreveu na exordial a situação fática


ensejadora da presente ação, sendo ela o fato constitutivo que fundamentou seu
pedido, providenciando em instruí-la com documentação que entendia hábil a amparar
o alegado direito, dentre eles Relatório Médico expedido por profissional devidamente
habilitado para tanto.

Por sua vez, cumpria à requerida a tarefa de desconstituir, modificar ou extinguir a


pretensão autoral. No entanto, adotou postura indolente, pois apesar de alegar que a
cirurgia requestada pela autora, além de não possuir cobertura contratual, não
demandava urgência e tratava-se de procedimento de caráter estético, quedou-se
inerte em fazer contraprova dos documentos jungidos com a exordial, notadamente a
submissão da autora a possível perícia médica.

Assim, não obstante tenha o condutor do feito determinado a inversão do ônus da


prova tão somente na sentença, basta cotejar os autos para se vislumbrar que na
espécie, a lide foi decidida com a aplicação da distribuição estática do ônus da prova,
adotada pela Lei Instrumental em seu artigo 373, não recaindo à requerida, portanto,
ônus processual diverso daquele imposto pelo artigo retro citado.

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
Outrossim, constata-se dos autos que o juízo a quo, não julgou antecipadamente a
lide, ao contrário, oportunizou, às partes, a especificação das provas que
pretendessem produzir (evento 30), sendo que a requerida quedou-se inerte (evento
32), não havendo que se falar, portanto, em nulidade processual.

Nesse sentido, segue julgado deste Sodalício:

“ TRIPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


NULIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL C/C INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. PLANO DE SAÚDE.
(…). I - (…). II- Tendo sido a parte ré intimada para especificação
de provas, mas permanecido inerte, não há que se falar em
cerceamento do direito de defesa, tampouco que a inversão do
ônus da prova por ocasião da sentença tenha lhe causado
prejuízo, notadamente porque, na espécie, não se verifica que
tenha recaído ônus processual diverso daquele imposto pelo
artigo 333, II, do CPC. III- (…). IV - (…). V- (…). RECURSOS
CONHECIDOS. PRIMEIRO E TERCEIRO PROVIDOS.
SEGUNDO PARCIALMENTE PROVIDO.” (TJGO, APELAÇÃO
CÍVEL 168257-23.2011.8.09.0051, Rel. DES. LUIZ EDUARDO DE
SOUSA, 1ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 10/02/2015, DJe 1731 de
20/02/2014)

Em sequência, não há que se falar que o Magistrado proferiu sentença genérica, visto
que ao decidir segundo seu livre convencimento motivado, levou em conta as
particularidades do caso concreto, a legislação vigente e o entendimento
jurisprudencial sobre a questão. Nesse sentido, confira-se:

“(…). 1. Não é nula a sentença que apresenta fundamentação


adequada ao caso, ainda que sucinta, não podendo ser
considerada genérica quando traz argumentos de acordo com o
caso concreto. (...).” (TJGO, APELAÇÃO 0085151-25.2017.8.09.0029,
Rel. ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara Cível, julgado em 22/11/2018, DJe de
22/11/2018)

Além disso, a sentença enfrentou as questões trazidas pelas partes, em consonância


com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que “(…) A
prescrição trazida pelo art. 489 do CPC/2015 veio confirmar a jurisprudência já
sedimentada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, sendo dever do julgador
apenas enfrentar as questões capazes de infirmar a conclusão adotada na decisão
recorrida (…).” (AgInt nos EDcl no AREsp 1186179/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
SEGUNDA TURMA, julgado em 12/02/2019, DJe 15/02/2019)

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
Por estas razões, afasto as preliminares agitadas e adentro ao mérito da quaestio juris.

Tecendo um breve resumo da situação fática ensejadora desta ação, observa-se que o
pedido formulado pela autora junto a requerida, ocorreu no ano de 2015, quando vigia
a Resolução Normativa nº 338/2013, que não previa cobertura para a cirurgia
requestada. Posteriormente, veio a Resolução Normativa nº 428/2017, trazendo
cobertura contratual para dermolipectomia, todavia, somente em casos de pacientes
que apresentem abdome em avental decorrente de grande perda ponderal e desde
que apresentem uma ou mais das seguintes complicações: candidíase de repetição,
infecções bacterianas devido às escoriações pelo atrito, odor fétido, hérnias, etc. Ou
seja, não havia cobertura para o procedimento em 2015, e mesmo após novas
inclusões de procedimentos no rol da ANS, em 2018 continuou sem cobertura
contratual.

Todavia, mesmo sem a cobertura contratual para dermolipectomia para as coxas, faz
jus a autora ao direito ora perquirido, consoante fundamentação que passo a expor.

No caso dos autos aplicam-se as regras do Código de Defesa do Consumidor,


observado-se o disposto na Súmula nº 469 do Superior Tribunal de Justiça: “Aplica-se
o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde.”

Devem ser coibidas, portanto, as cláusulas contratuais excessivamente onerosas ou


que coloquem o consumidor em desvantagem, conforme disposto no incisos IV e XV e
§ 1º, incisos I e II do artigo 51, do Código de Defesa do Consumidor.

Deste modo, não pode a beneficiária do plano de saúde ser impedida de receber o
tratamento indicado ou recebê-lo de modo deficiente ou insuficiente, em decorrência
de cláusula limitativa.

Do compulso dos autos observa-se que a autora foi submetida à cirurgia bariátrica e
após o procedimento evoluiu com grande perda de peso, originando acúmulo de tecido
epitelial na face interna das coxas, ocasionando a necessidade de tratamento
operatório complementar, qual seja, cirurgia plástica reparadora - dermolipectomia,
conforme Relatório Médico elaborado pela Dra. Maria Célia Martins Bispo, CRM-GO nº
4508 (evento 01 – doc. 05). Por oportuno, transcrevo:

“ Relato, a pedido da paciente Srta. Lorena Calil Lopes de


Menezes, que a mesma foi submetida a Cirurgia Bariatrica há 14

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meses com perda de peso expressiva (perdeu 40% do seu peso
corporal), com manutenção estável do peso atual há 5 meses.
Atualmente necessita de cirurgia reparadora, fazendo-se urgente
a Dermolipectomia da face interna das coxas, pois houve um
grande esvaziamento e perda da gordura local, tornando a região
de aspecto enrugado e pendular, com excessos de pele
dificultando a higienização e ocorrencias frequentes de intertrigos
e infecções fungicas, sobretudo o fator psicológico negativo e
baixa auto-estima. Outras regiões do corpo ficaram com sinais
bem suavizados, não havendo necessidade de correção
cirúrgica.”

Infere-se, assim, que o Relatório Médico, além de firmar a natureza reparadora da


cirurgia pleiteada – dermolipectomia das coxas, acentuou a sua urgência e
necessidade em decorrência de fatores biológicos (dificuldade de higienização e
ocorrências frequentes de intertrigos e de infecções fúngicas) e de fatores psicológicos
(negatividade e baixa autoestima).

Nesse contexto, a cirurgia plástica realizada após o procedimento bariátrico para a


retirada de tecido deve ser considerada consectário da cirurgia, pois visa solucionar os
danos físicos e psicológicos à saúde do paciente, ou seja, possui caráter reparador.

Em que pese permitido às operadoras de plano de saúde constituírem, na seara


administrativa, junta médica para resolver divergências sobre autorizações para
procedimentos médicos, não há nos autos qualquer prova de que estes profissionais
tiveram efetivo contato com a paciente, de modo a avaliar seu estado de saúde e seu
histórico clínico, circunstâncias essenciais para a correta prescrição da terapia que lhe
seja mais benéfica.

Forçoso mencionar que o tratamento a ser dispensado à paciente não depende de


juízo a ser exercido pela empresa requerida, mas pelos profissionais de saúde
diretamente responsáveis por seu atendimento.

Outrossim, nas duas oportunidades em que poderia produzir provas neste sentido, em
juízo (contestação e fase de produção de provas), quedou-se inerte a requerida.

Assim posta a questão, não obstante as razões recursais apresentadas, clara a


natureza reparadora da cirurgia pleiteada pela autora, devendo ser vista como uma
segunda etapa/continuidade do tratamento da obesidade iniciado com a realização da
cirurgia bariátrica, não justificando que haja cobertura apenas parcial dos cuidados
prescritos pela médica.

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
Cumpre esclarecer que as cirurgias reparadoras diferenciam-se das meramente
estéticas na medida em que estas visam somente melhorar a aparência externa, tendo
por objetivo o embelezamento, enquanto aquelas possuem finalidade terapêutica,
pretendendo a correção de lesões deformantes ou defeitos congênitos ou adquiridos.

No caso em espeque, trata-se de ato cirúrgico que decorre da intervenção inicial –


redução do estômago – que visa a recomposição da estrutura funcional e física pelo
excesso de tecidos pós-emagrecimento.

Daí porque inadmissível a recusa da operadora em assumir os gastos com a cirurgia


solicitada pela médica que acompanha a autora ao argumento de deter caráter
meramente estético ou porque não prevista a sua cobertura no rol da Agência
Nacional de Saúde.

Segundo recentíssimo julgado do colendo Superior Tribunal de Justiça, as operadoras


de plano de saúde também deverão custear as cirurgias plásticas pós-bariátricas, a
exemplo da retirada de excesso de pele em algumas partes do corpo, no intuito de
reparar ou reconstruir parte do organismo humano, prevenindo males de saúde, in
verbis:

“RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PLANO DE SAÚDE. PACIENTE


PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA. DOBRAS DE PELE.
CIRURGIAS PLÁSTICAS. NECESSIDADE. CARÁTER
FUNCIONAL E REPARADOR. EVENTOS COBERTOS.
FINALIDADE EXCLUSIVAMENTE ESTÉTICA. AFASTAMENTO.
RESTABELECIMENTO INTEGRAL DA SAÚDE. DANOS
MORAIS. CONFIGURAÇÃO. VALOR INDENIZATÓRIO.
MANUTENÇÃO. RAZOABILIDADE. SÚMULA Nº 7/STJ. 1. (…).
2. As questões controvertidas na presente via recursal são: a) se
a operadora de plano de saúde está obrigada a custear cirurgias
plásticas pós-bariátrica (gastroplastia), consistentes na retirada
de excesso de pele em algumas regiões do corpo humano
(mamas, braços, coxas e abdômen), b) se ocorreu dano moral
indenizável e c) se o valor arbitrado a título de compensação por
danos morais foi exagerado. 3. A obesidade mórbida é doença
crônica de cobertura obrigatória nos planos de saúde (art. 10,
caput, da Lei nº 9.656/1998). Em regra, as operadoras autorizam
tratamentos multidisciplinares ambulatoriais ou indicações
cirúrgicas, a exemplo da cirurgia bariátrica (Resolução CFM nº
1.766/2005 e Resolução CFM nº 1.942/2010). Por outro lado, a
gastroplastia implica consequências anatômicas e morfológicas,
como o acúmulo de grande quantidade de pele flácida residual,
formando avental no abdômen e em outras regiões do corpo

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humano. 4. Estão excluídos da cobertura dos planos de saúde os
tratamentos com finalidade puramente estética (art. 10, II, da Lei
nº 9.656/1998), quer dizer, de preocupação exclusiva do paciente
com o seu embelezamento físico, a exemplo daqueles que não
visam à restauração parcial ou total da função de órgão ou parte
do corpo humano lesionada, seja por enfermidade, traumatismo
ou anomalia congênita (art. 20, § 1º, II, da RN/ANS nº 428/2017).
5. Há situações em que a cirurgia plástica não se limita a
rejuvenescer ou a aperfeiçoar a beleza corporal, mas se destina
primordialmente a reparar ou a reconstruir parte do organismo
humano ou, ainda, prevenir males de saúde. 6. Não basta a
operadora do plano de assistência médica se limitar ao custeio da
cirurgia bariátrica para suplantar a obesidade mórbida, mas as
resul t ant es dobr as d e pele o c a s io n a d a s pe l o r á p i d o
emagrecimento também devem receber atenção terapêutica, já
que podem provocar diversas complicações de saúde, a exemplo
da candidíase de repetição, infecções bacterianas devido às
escoriações pelo atrito, odores e hérnias, não qualificando, na
hipótese, a retirada do excesso de tecido epitelial procedimento
unicamente estético, ressaindo sobremaneira o seu caráter
funcional e reparador. Precedentes. 7. Apesar de a ANS ter
apenas incluído a dermolipectomia no Rol de Procedimentos e
Eventos em Saúde para o tratamento dos males pós-cirurgia
bariátrica, devem ser custeados todos os procedimentos
cirúrgicos de natureza reparadora, para assim ocorrer a
integralidade de ações na recuperação do paciente, em
obediência ao art. 35-F da Lei nº 9.656/1998. 8. Havendo
indicação médica para cirurgia plástica de caráter reparador ou
funcional em paciente pós-cirurgia bariátrica, não cabe à
operadora negar a cobertura sob o argumento de que o
tratamento não seria adequado, ou que não teria previsão
contratual, visto que tal terapêutica é fundamental à recuperação
integral da saúde do usuário outrora acometido de obesidade
mórbida, inclusive com a diminuição de outras complicações e
comorbidades, não se configurando simples procedimento
estético ou rejuvenescedor. 9. Em regra, a recusa indevida pela
operadora de plano de saúde de cobertura médico-assistencial
gera dano moral, porquanto agrava o sofrimento psíquico do
usuário, já combalido pelas condições precárias de saúde, não
constituindo, portanto, mero dissabor, ínsito às situações
correntes de inadimplemento contratual. 10. Existem casos em
que existe dúvida jurídica razoável na interpretação de cláusula
contratual, não podendo ser reputada ilegítima ou injusta,
violadora de direitos imateriais, a conduta de operadora que optar
pela restrição de cobertura sem ofender, em contrapartida, os
deveres anexos do contrato, tal qual a boa-fé, o que afasta a
pretensão de compensação por danos morais. 11. Na hipótese,
além de inexistir dúvida jurídica razoável na interpretação do
contrato, a autora experimentou prejuízos com o adiamento das
cirurgias plásticas reparadoras diante da negativa da operadora
do plano de assistência médica, sobretudo porque agravou o
estado de sua saúde mental, já debilitada pela baixa autoestima

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gerada pelas alterações anatômicas e morfológicas do corpo
humano consequentes da cirurgia bariátrica, sendo de rigor o
reconhecimento dos danos morais. (…). 12. Recurso especial
não provido.” (REsp 1757938/DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS
BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/02/2019, DJe
12/02/2019).

Da mesma forma já decidiu este Tribunal:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NEGATIVA DE
COBERTURA DE PLANO DE SAÚDE. CIRURGIA
REPARADORA PÓS BARIÁTRICA. CARÁTER REPARADOR.
INDICAÇÃO MÉDICA. RESTABELECIMENTO INTEGRAL DA
SAÚDE. PRECEDENTES DO STJ. INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS DEVIDA. QUANTUM INDENIZATÓRIO.
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. INVERSÃO DOS
ÔNUS SUCUMBENCIAIS. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. 1. Segundo entendimento firmado pelo Superior
Tribunal de Justiça, as operadoras de plano de saúde devem
custear as cirurgias plásticas pós-bariátricas, a exemplo da
retirada de excesso de pele em algumas partes do corpo, no
intuito de reparar ou reconstruir parte do organismo humano,
prevenindo males de saúde, desde que haja indicação médica
para tanto. 2. No caso dos autos, através dos registros
fotográficos jungidos à inicial e no apelo, restou nítido o caráter
reparador da cirurgia plástica/dermolipectomia para correção do
abdome da paciente. 3. (…). 4. Tendo a recorrente
experimentado prejuízos, sobretudo emocionais, com o
adiamento da cirurgia requerida, diante da negativa de cobertura
pela operadora de plano de saúde, recusa indevida, deve a
apelada ser condenada ao pagamento de indenização por danos
morais. 5. A fixação da indenização por danos morais deve se dar
em valor razoável e proporcional, que não se revele irrisório ou
exorbitante. 6. Reformada a sentença, com a sucumbência
mínima da autora, devem os ônus sucumbenciais serem
invertidos. 7. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. (TJGO, APELAÇÃO 0075231-27.2017.8.09.0029, Rel.
GERSON SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 13/03/2019,
DJe de 13/03/2019)

Portanto, havendo indicação médica para cirurgia plástica de caráter reparador ou


funcional em paciente pós-cirurgia bariátrica, não cabe à operadora negar a cobertura
sob o argumento de que o tratamento não seria adequado, ou que não teria previsão
contratual, visto que tal terapêutica é fundamental à recuperação integral da saúde da
usuária outrora acometida de obesidade mórbida, inclusive com a diminuição de outras
complicações e comorbidades, não se configurando simples procedimento estético ou

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
rejuvenescedor.

Desse modo, considerando as provas jungidas aos autos e, ainda, o direcionamento


jurisprudencial transcrito em linhas pretéritas, verifico que restou incontroverso nos
autos que a requerente, após ser submetida a cirurgia bariátrica (redução de
estômago) necessita de procedimento cirúrgico suplementar em caráter “não estético”,
mas reparador, logo entendo que é imprescindível a realização do procedimento
cirúrgico de retirada de pele das coxas (dermolipectomia) pela autora, ora 2ª apelante.

Sem reparos, portanto, a sentença objurgada neste ponto.

No concernente aos prejuízos extrapatrimoniais, a jurisprudência do Superior Tribunal


de Justiça é no sentido de que, em regra, a recusa indevida pela operadora de plano
de saúde de cobertura médico-assistencial gera dano moral, porquanto agrava o
sofrimento psíquico do usuário, já combalido pelas condições precárias de saúde, não
constituindo, portanto, mero dissabor, ínsito às hipóteses correntes de inadimplemento
contratual.

Cumpre ressaltar, todavia, que há situações em que existe dúvida jurídica razoável na
interpretação de cláusula contratual, de forma que a conduta da operadora, ao optar
pela restrição da cobertura sem ofender os deveres anexos do contrato – como a boa-
fé –, não pode ser reputada ilegítima ou injusta, violadora de direitos imateriais, o que
afasta qualquer pretensão de compensação por danos morais (AgInt no AREsp nº
983.652/SP, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, DJe 2/2/2017; REsp
nº 1.651.289/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe 5/5/2017; e AgRg
no REsp nº 1.569.212/SP, Rel. Ministra Maria Isabel Gallotti, Quarta Turma, DJe
22/8/2017).

No caso dos autos, além de inexistir dúvida jurídica razoável na interpretação do


contrato, verifica-se que a autora experimentou prejuízos com o adiamento da cirurgia
plástica reparadora, marcada no ano de 2015, diante da negativa da operadora do
plano de assistência médica, sobretudo ante o seu estado de sua saúde mental, já
debilitado pela baixa autoestima gerada pelas alterações anatômicas e morfológicas
do corpo humano, consequentes da cirurgia bariátrica, sendo de rigor o
reconhecimento dos danos morais.

Nesse sentido, seguem julgados recentes da Corte Cidadã:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


CIVIL. PLANO DE SAÚDE. PACIENTE PÓS-CIRURGIA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
BARIÁTRICA. DOBRAS DE PELE. CIRURGIAS PLÁSTICAS.
NECESSIDADE. CARÁTER FUNCIONAL E REPARADOR.
EVENTOS COBERTOS. FINALIDADE EXCLUSIVAMENTE
ESTÉTICA. AFASTAMENTO. RESTABELECIMENTO
INTEGRAL DA SAÚDE. 1. Recurso especial interposto contra
acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de
2015 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. Estão
excluídos da cobertura dos planos de saúde os tratamentos com
finalidade puramente estética (art. 10, II, da Lei nº 9.656/1998),
quer dizer, de preocupação exclusiva do paciente com o seu
embelezamento físico, a exemplo daqueles que não visam à
restauração parcial ou total da função de órgão ou parte do corpo
humano lesionada, seja por enfermidade, traumatismo ou
anomalia congênita (art. 20, § 1º, II, da RN/ANS nº 428/2017). 3.
Há situações em que a cirurgia plástica não se limita a
rejuvenescer ou a aperfeiçoar a beleza corporal, mas se destina
primordialmente a reparar ou reconstruir parte do organismo
humano ou, ainda, prevenir males de saúde.4. Não basta a
operadora do plano de assistência médica se limitar ao custeio da
cirurgia bariátrica para suplantar a obesidade mórbida, mas as
resul t ant es dobr as d e pele o c a s io n a d a s pe l o r á p i d o
emagrecimento também devem receber atenção terapêutica, já
que podem provocar diversas complicações de saúde, a exemplo
da candidíase de repetição, infecções bacterianas devido às
escoriações pelo atrito, odores e hérnias, não se qualificando, na
hipótese, a retirada do excesso de tecido epitelial como
procedimento unicamente estético, ressaindo sobremaneira o seu
caráter funcional e reparador. Precedentes. 5. Apesar de a ANS
ter apenas incluído a dermolipectomia no Rol de Procedimentos e
Eventos em Saúde para o tratamento dos males pós-cirurgia
bariátrica, devem ser custeados todos os procedimentos
cirúrgicos de natureza reparadora, para assim ocorrer a
integralidade de ações na recuperação do paciente, em
obediência ao art. 35-F da Lei nº 9.656/1998. 6. Havendo
indicação médica para cirurgia plástica de caráter reparador ou
funcional em paciente pós-cirurgia bariátrica, não cabe à
operadora negar a cobertura sob o argumento de que o
tratamento não seria adequado, ou que não teria previsão
contratual, visto que tal terapêutica é fundamental à recuperação
integral da saúde do usuário outrora acometido de obesidade
mórbida, inclusive com a diminuição de outras complicações e
comorbidades, não se configurando simples procedimento
estético ou rejuvenescedor.7. Em regra, a recusa indevida pela
operadora de plano de saúde de cobertura médico-assistencial
gera dano moral, porquanto agrava o sofrimento psíquico do
usuário, já combalido pelas condições precárias de saúde, não
constituindo, portanto, mero dissabor, ínsito às situações
correntes de inadimplemento contratual. 8. O Superior Tribunal
de Justiça possui jurisprudência no sentido de que a operadora
de plano de saúde deve arcar com os tratamentos destinados à
cura da doença, incluídas as suas consequências 9. Agravo
interno não provido.” (AgInt no AREsp 1434014/SP, Rel. Ministro

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em
26/08/2019, DJe 30/08/2019)

“RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PLANO DE SAÚDE. PACIENTE


PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA. DOBRAS DE PELE.
CIRURGIAS PLÁSTICAS. NECESSIDADE. CARÁTER
FUNCIONAL E REPARADOR. EVENTOS COBERTOS.
FINALIDADE EXCLUSIVAMENTE ESTÉTICA. AFASTAMENTO.
RESTABELECIMENTO INTEGRAL DA SAÚDE. DANOS
MORAIS. CONFIGURAÇÃO. VALOR INDENIZATÓRIO.
MANUTENÇÃO. RAZOABILIDADE. SÚMULA Nº 7/STJ. 1. (…).
2. As questões controvertidas na presente via recursal são: a) se
a operadora de plano de saúde está obrigada a custear cirurgias
plásticas pós-bariátrica (gastroplastia), consistentes na retirada
de excesso de pele em algumas regiões do corpo humano
(mamas, braços, coxas e abdômen), b) se ocorreu dano moral
indenizável e c) se o valor arbitrado a título de compensação por
danos morais foi exagerado. 3. A obesidade mórbida é doença
crônica de cobertura obrigatória nos planos de saúde (art. 10,
caput, da Lei nº 9.656/1998). Em regra, as operadoras autorizam
tratamentos multidisciplinares ambulatoriais ou indicações
cirúrgicas, a exemplo da cirurgia bariátrica (Resolução CFM nº
1.766/2005 e Resolução CFM nº 1.942/2010). Por outro lado, a
gastroplastia implica consequências anatômicas e morfológicas,
como o acúmulo de grande quantidade de pele flácida residual,
formando avental no abdômen e em outras regiões do corpo
humano. 4. Estão excluídos da cobertura dos planos de saúde os
tratamentos com finalidade puramente estética (art. 10, II, da Lei
nº 9.656/1998), quer dizer, de preocupação exclusiva do paciente
com o seu embelezamento físico, a exemplo daqueles que não
visam à restauração parcial ou total da função de órgão ou parte
do corpo humano lesionada, seja por enfermidade, traumatismo
ou anomalia congênita (art. 20, § 1º, II, da RN/ANS nº 428/2017).
5. Há situações em que a cirurgia plástica não se limita a
rejuvenescer ou a aperfeiçoar a beleza corporal, mas se destina
primordialmente a reparar ou a reconstruir parte do organismo
humano ou, ainda, prevenir males de saúde. 6. Não basta a
operadora do plano de assistência médica se limitar ao custeio da
cirurgia bariátrica para suplantar a obesidade mórbida, mas as
resul t ant es dobr as d e pele o c a s io n a d a s pe l o r á p i d o
emagrecimento também devem receber atenção terapêutica, já
que podem provocar diversas complicações de saúde, a exemplo
da candidíase de repetição, infecções bacterianas devido às
escoriações pelo atrito, odores e hérnias, não qualificando, na
hipótese, a retirada do excesso de tecido epitelial procedimento
unicamente estético, ressaindo sobremaneira o seu caráter
funcional e reparador. Precedentes. 7. Apesar de a ANS ter
apenas incluído a dermolipectomia no Rol de Procedimentos e
Eventos em Saúde para o tratamento dos males pós-cirurgia
bariátrica, devem ser custeados todos os procedimentos

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
cirúrgicos de natureza reparadora, para assim ocorrer a
integralidade de ações na recuperação do paciente, em
obediência ao art. 35-F da Lei nº 9.656/1998. 8. Havendo
indicação médica para cirurgia plástica de caráter reparador ou
funcional em paciente pós-cirurgia bariátrica, não cabe à
operadora negar a cobertura sob o argumento de que o
tratamento não seria adequado, ou que não teria previsão
contratual, visto que tal terapêutica é fundamental à recuperação
integral da saúde do usuário outrora acometido de obesidade
mórbida, inclusive com a diminuição de outras complicações e
comorbidades, não se configurando simples procedimento
estético ou rejuvenescedor. 9. Em regra, a recusa indevida pela
operadora de plano de saúde de cobertura médico-assistencial
gera dano moral, porquanto agrava o sofrimento psíquico do
usuário, já combalido pelas condições precárias de saúde, não
constituindo, portanto, mero dissabor, ínsito às situações
correntes de inadimplemento contratual. 10. Existem casos em
que existe dúvida jurídica razoável na interpretação de cláusula
contratual, não podendo ser reputada ilegítima ou injusta,
violadora de direitos imateriais, a conduta de operadora que optar
pela restrição de cobertura sem ofender, em contrapartida, os
deveres anexos do contrato, tal qual a boa-fé, o que afasta a
pretensão de compensação por danos morais. 11. Na hipótese,
além de inexistir dúvida jurídica razoável na interpretação do
contrato, a autora experimentou prejuízos com o adiamento das
cirurgias plásticas reparadoras diante da negativa da operadora
do plano de assistência médica, sobretudo porque agravou o
estado de sua saúde mental, já debilitada pela baixa autoestima
gerada pelas alterações anatômicas e morfológicas do corpo
humano consequentes da cirurgia bariátrica, sendo de rigor o
reconhecimento dos danos morais. (…). 12. Recurso especial
não provido.” (STJ, REsp 1757938/DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS
BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/02/2019, DJe
12/02/2019)

Diante disso, a conduta da operadora merece censura a ponto de fazer incidir dano
moral indenizável.

No que tange ao quantum indenizatório, ponderando as peculiaridades do caso


concreto, à extensão do dano, à situação financeira das partes, os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, a satisfação para a vítima, dissuasão para o
ofensor bem como exemplaridade para a sociedade, reputo por razoável e
proporcional a quantia fixada na sentença a título de indenização por danos morais no
importe de R$ 7.000,00 (sete mil reais).

Mantida a sentença em todos os seus termos, há de ser mantido os ônus


sucumbenciais nos exatos termos em que nela fixado.

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
Outrossim, sopesando o trabalho e grau de zelo dos profissionais atuantes na defesa
da autora, o lugar da prestação do serviço, a natureza a e importância da causa e o
tempo exigido para o serviço, tenho que a verba honorária arbitrada na sentença em
10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da condenação, nos termos do artigo 85,
§ 2º, do novo Código de Processo Civil, afigura-se razoável e proporcional, não
havendo falar em sua majoração, como pretende a autora.

Ante o desprovimento do apelo interposto pela requerida – UNIMED, majoro os


honorários fixados na sentença para 14% (quatorze por cento), a título de honorários
recursais, sobre o valor atualizado da condenação, na forma do artigo 85, §§ 2º e 11
do Código de Processo Civil.

Por fim, quanto ao prequestionamento, assevero que o julgador não está obrigado a
responder todas as questões e teses deduzidas em juízo, sendo suficiente que
exponha os fundamentos que embasam a decisão, portanto, inviável a pretensão de
manifestação expressa acerca de determinados dispositivos, posto que dentre as
funções do Poder Judiciário não lhe é atribuída a de órgão consultivo.

Ao teor do exposto, conheço dos recursos de Apelação Cível, mas nego-lhes


provimento e, nos termos do § 11 do artigo 85 do CPC, majoro a verba honorária
anteriormente fixada para o total de 14% (quatorze por cento) sobre o valor atualizado
da condenação, mantendo, no mais, a sentença objurgada, por estes e por seus
próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
101/CL

APELAÇÃO CÍVEL Nº 406878.66.2015.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA

1ª APELANTE: UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
2ª APELANTE: LORENA CALIL LOPES DE MENEZES
1ª APELADA: LORENA CALIL LOPES DE MENEZES
2ª APELADA: UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: DUPLO APELO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER


C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA E
REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. PRELIMINARES.
NULIDADE DA SENTENÇA POR FUNDAMENTAÇÃO
GENÉRICA. REJEIÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NA
SENTENÇA. AUSÊNCIA DE NULIDADE. CERCEAMENTO DE
DEFESA NÃO CONFIGURADO. PLANO DE SAÚDE.
REDUÇÃO DE ESTÔMAGO. PERDA DE PESO. EXCESSO DE
PELE – CIRURGIA DE DERMOLIPECTOMIA. CARÁTER
REPARADOR. DANOS MORAIS. CARACTERIZAÇÃO.
QUANTUM. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
OBSERVADOS. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. MANTIDOS.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS RECURSAIS. MAJORAÇÃO.
PREQUESTIONAMENTO. 01. Do compulso dos autos, constata-
se que a requerida foi devidamente intimada para especificação
de provas, mas permaneceu inerte, não havendo que se falar,
portanto, em cerceamento do direito de defesa, tampouco que a
inversão do ônus da prova por ocasião da sentença tenha lhe
causado prejuízo, notadamente porque, na espécie, não se
verifica que tenha recaído ônus processual diverso daquele
imposto pelo artigo 373, inciso II, do CPC. 02. Não há violação ao
artigo 489, §1º, incisos III e IV do CPC, quando a sentença é
proferida segundo o livre convencimento motivado do juiz,
conjugando as particularidades do caso concreto e subsumindo-o
à legislação vigente e ao entendimento jurisprudencial sobre a
questão. 03. Restou incontroverso nos autos que a requerente,
após ser submetida a cirurgia bariátrica (redução de estômago)
necessita de procedimento cirúrgico suplementar em caráter “não
estético”, mas reparador, logo entendo que a negativa de
realização do procedimento cirúrgico de retirada de pele
(dermolipectomia) é injusta, porquanto imprescindível. 04. Em
regra, a recusa indevida pela operadora de plano de saúde de
cobertura médico-assistencial gera dano moral, porquanto agrava
o sofrimento psíquico da usuária, já combalida pelas condições
precárias de saúde, não constituindo, portanto, mero dissabor,
ínsito às situações correntes de inadimplemento contratual.
Precedentes recentes do STJ. 05. A fixação do quantum
indenizatório exige do julgador a análise das peculiaridades do
caso concreto, em que se deve levar em conta a extensão do
dano, a situação financeira das partes e observância aos
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, de sorte que

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
adequado ao caso o valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais). 06. Se
a autora foi vencedora em todos os seus pedidos iniciais, não há
falar em alteração da verba sucumbencial. Outrossim,
sopesando o trabalho e grau de zelo dos profissionais atuantes
na defesa da autora, o lugar da prestação do serviço, a natureza
a e importância da causa e o tempo exigido para o serviço, tenho
que a verba honorária arbitrada na sentença, afigura-se razoável
e proporcional, não havendo falar em sua majoração. 07. Em
razão do desprovimento do recurso interposto pela requerida,
correta a majoração dos honorários advocatícios, nos moldes do
artigo 85, §11 do CPC. 08. O julgador não está obrigado a
responder todas as questões e teses deduzidas em juízo, sendo
suficiente que exponha os fundamentos que embasam a decisão,
portanto, inviável a pretensão de manifestação expressa acerca
de determinados dispositivos, posto que dentre as funções do
Poder Judiciário não lhe é atribuída a de órgão consultivo.
APELAÇÕES CÍVEIS CONHECIDAS E IMPROVIDAS.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº 406878.66, acordam os


componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer dos
apelos, mas lhes negar provimento, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Fez sustentação oral na sessão anterior, a Drª Stella Christina Alves Coimbra, pelo
primeiro apelante.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
EMENTA: DUPLO APELO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA E
REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. PRELIMINARES.
NULIDADE DA SENTENÇA POR FUNDAMENTAÇÃO
GENÉRICA. REJEIÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NA
SENTENÇA. AUSÊNCIA DE NULIDADE. CERCEAMENTO DE
DEFESA NÃO CONFIGURADO. PLANO DE SAÚDE.
REDUÇÃO DE ESTÔMAGO. PERDA DE PESO. EXCESSO DE
PELE – CIRURGIA DE DERMOLIPECTOMIA. CARÁTER
REPARADOR. DANOS MORAIS. CARACTERIZAÇÃO.
QUANTUM. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
OBSERVADOS. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. MANTIDOS.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS RECURSAIS. MAJORAÇÃO.
PREQUESTIONAMENTO. 01. Do compulso dos autos, constata-
se que a requerida foi devidamente intimada para especificação
de provas, mas permaneceu inerte, não havendo que se falar,
portanto, em cerceamento do direito de defesa, tampouco que a
inversão do ônus da prova por ocasião da sentença tenha lhe
causado prejuízo, notadamente porque, na espécie, não se
verifica que tenha recaído ônus processual diverso daquele
imposto pelo artigo 373, inciso II, do CPC. 02. Não há violação ao
artigo 489, §1º, incisos III e IV do CPC, quando a sentença é
proferida segundo o livre convencimento motivado do juiz,
conjugando as particularidades do caso concreto e subsumindo-o
à legislação vigente e ao entendimento jurisprudencial sobre a
questão. 03. Restou incontroverso nos autos que a requerente,
após ser submetida a cirurgia bariátrica (redução de estômago)
necessita de procedimento cirúrgico suplementar em caráter “não
estético”, mas reparador, logo entendo que a negativa de
realização do procedimento cirúrgico de retirada de pele
(dermolipectomia) é injusta, porquanto imprescindível. 04. Em
regra, a recusa indevida pela operadora de plano de saúde de
cobertura médico-assistencial gera dano moral, porquanto agrava
o sofrimento psíquico da usuária, já combalida pelas condições
precárias de saúde, não constituindo, portanto, mero dissabor,
ínsito às situações correntes de inadimplemento contratual.
Precedentes recentes do STJ. 05. A fixação do quantum
indenizatório exige do julgador a análise das peculiaridades do
caso concreto, em que se deve levar em conta a extensão do
dano, a situação financeira das partes e observância aos
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, de sorte que
adequado ao caso o valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais). 06. Se
a autora foi vencedora em todos os seus pedidos iniciais, não há
falar em alteração da verba sucumbencial. Outrossim,
sopesando o trabalho e grau de zelo dos profissionais atuantes
na defesa da autora, o lugar da prestação do serviço, a natureza
a e importância da causa e o tempo exigido para o serviço, tenho
que a verba honorária arbitrada na sentença, afigura-se razoável
e proporcional, não havendo falar em sua majoração. 07. Em
razão do desprovimento do recurso interposto pela requerida,
correta a majoração dos honorários advocatícios, nos moldes do
artigo 85, §11 do CPC. 08. O julgador não está obrigado a

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NR.PROCESSO: 0406878.66.2015.8.09.0051
responder todas as questões e teses deduzidas em juízo, sendo
suficiente que exponha os fundamentos que embasam a decisão,
portanto, inviável a pretensão de manifestação expressa acerca
de determinados dispositivos, posto que dentre as funções do
Poder Judiciário não lhe é atribuída a de órgão consultivo.
APELAÇÕES CÍVEIS CONHECIDAS E IMPROVIDAS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:57:03

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5438959.75.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : SUELI CORREA DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SUELI CORREA DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 54232 GO - ROGERIO ICASSATTI MOTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Nº 5438959.75.2018.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA

AUTORA: SUELI CORREA DE OLIVEIRA


RÉU: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA

APELAÇÃO CÍVEL

APELANTE: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA


APELADA: SUELI CORREA DE OLIVEIRA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço da remessa necessária e do


recurso apelatório.

Conforme relatado, MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, interpôs o presente recurso de


APELAÇÃO CÍVEL contra a sentença proferida pelo Juiz de Direito em Substituição
na 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos da Comarca de
Goiânia, André Reis Lacerda, nos autos do Mandado de Segurança impetrado por
SUELI CORREA DE OLIVEIRA, em desfavor do ora apelante. Subiram os autos a
esta instância, também, por conta do reexame necessário.

Considerando que as matérias aventadas no apelo se confundem com o duplo grau de


jurisdição, passo a arrostá-las em conjunto.

Do compulso do caderno processual, extrai-se que a controvérsia reside, em suma, na

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
sentença por meio da qual foi reconhecida a preterição da impetrante em virtude de
contratações de servidores temporários realizadas pelo Município de Goiânia,
determinando, assim, a convocação da impetrante para apresentar os documentos
necessários à posse no cargo de Auxiliar de Atividades Educativas como servidora
efetiva, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias a contar da intimação do édito
sentencial, bem assim a posse no cargo glosado, caso preenchidos os requisitos
indispensáveis para o mister.

Inconformada, a Municipalidade avia o presente recurso apelatório, suscitando, em


apertada síntese: a) a necessidade de contratação de servidores temporários; b) a
legalidade de tais contratações e, por fim, c) a ausência de direito subjetivo à
nomeação da impetrante, mormente por ter restado classificada no cadastro de
reserva do concurso em voga.

Pois bem. De plano, vislumbro que a pretensão recursal merece acolhimento. Explico.

Consoante já dito, a presente ação versa sobre pretensão de nomeação de candidata


aprovada no cadastro de reserva do concurso público realizado pelo Município de
Goiânia, para o cargo de Auxiliar de Atividades Educativas, ao argumento de existirem
servidores temporários desempenhando as mesmas funções.

Sobre esse tema, tenho como relevante ponderar que, o candidato aprovado em
concurso público tem o direito subjetivo à nomeação, observadas as seguintes
hipóteses: a) aprovação dentro do número das vagas editalícias; b) preterição na
nomeação por inobservância da ordem classificatória; ou c) tendo sido aprovado fora
do número de vagas, haja a preterição arbitrária ou imotivada na nomeação, no caso
de surgimento de novos cargos ou de abertura de um novo certame – leitura
combinada do artigo 2º, caput; art. 5º, inciso XXXV; artigo 37, incisos II, III, IV e V,
todos da Constituição Federal.

Sobre essa questão, a jurisprudência do Plenário do Supremo Tribunal Federal e da 1ª


Seção do Superior Tribunal de Justiça, dispõe que, in verbis:

“ RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E


ADMINISTRATIVO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.
TEMA 784 DO PLENÁRIO VIRTUAL. CONTROVÉRSIA SOBRE
O DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS
APROVADOS ALÉM DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO
EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO NO CASO DE
SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE
VALIDADE DO CERTAME. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO
À NOMEAÇÃO. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÕES

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
EXCEPCIONAIS. IN CASU, A ABERTURA DE NOVO
CONCURSO PÚBLICO FOI ACOMPANHADA DA
DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA NECESSIDADE
PREMENTE E INADIÁVEL DE PROVIMENTO DOS CARGOS.
INTERPRETAÇÃO DO ART. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA DE 1988. ARBÍTRIO. PRETERIÇÃO.
CONVOLAÇÃO EXCEPCIONAL DA MERA EXPECTATIVA EM
DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRINCÍPIOS DA
EFICIÊNCIA, BOA-FÉ, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E
DA PROTEÇÃO DA CONFIANÇA. FORÇA NORMATIVA DO
CON-CURSO PÚBLICO. INTERESSE DA SOCIEDADE.
RESPEITO À ORDEM DE APROVAÇÃO. ACÓRDÃO
RECORRIDO EM SINTONIA COM A TESE ORA DELIMITADA.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. 1. O postulado do concurso público traduz-se na
necessidade essencial de o Estado conferir efetividade a diversos
princípios constitucionais, corolários do merit system, dentre eles
o de que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza (CRFB/88, art. 5º, caput). 2. O edital do
concurso com número específico de vagas, uma vez publicado,
faz exsurgir um dever de nomeação para a própria Administração
e um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado
dentro desse número de vagas. Precedente do Plenário: RE
598.099 - RG, Relator Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe
03-10-2011. 3. O Estado Democrático de Direito republicano
impõe à Administração Pública que exerça sua discricionariedade
entrincheirada não, apenas, pela sua avaliação unilateral a
respeito da conveniência e oportunidade de um ato, mas,
sobretudo, pelos direitos fundamentais e demais normas
constitucionais em um ambiente de perene diálogo com a
sociedade. 4. O Poder Judiciário não deve atuar como
”Administrador Positivo”, de modo a aniquilar o espaço decisório
de titularidade do administrador para decidir sobre o que é melhor
para a Administração: se a convocação dos últimos colocados de
concurso público na validade ou a dos primeiros aprovados em
um novo concurso. Essa escolha é legítima e, ressalvadas as
hipóteses de abuso, não encontra obstáculo em qualquer
preceito constitucional. 5. Consectariamente, é cediço que a
Administração Pública possui discricionariedade para,
observadas as normas constitucionais, prover as vagas da
maneira que melhor convier para o interesse da coletividade,
como verbi gratia, ocorre quando, em função de razões
orçamentárias, os cargos vagos só possam ser providos em um
futuro distante, ou, até mesmo, que sejam extintos, na hipótese
de restar caracterizado que não mais serão necessários. 6. A
publicação de novo edital de concurso público ou o surgimento
de novas vagas durante a validade de outro anteriormente
realizado não caracteriza, por si só, a necessidade de provimento
imediato dos cargos. É que, a despeito da vacância dos cargos e
da publicação do novo edital durante a validade do concurso,
podem surgir circunstâncias e legítimas razões de interesse
público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
prazo, de modo a obstaculizar eventual pretensão de
reconhecimento do direito subjetivo à nomeação dos aprovados
em colocação além do número de vagas. Nesse contexto, a
Administração Pública detém a prerrogativa de realizar a escolha
entre a prorrogação de um concurso público que esteja na
validade ou a realização de novo certame. 7. A tese objetiva
assentada em sede desta repercussão geral é a de que o
surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para
o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior,
não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as
hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da
administração, caracterizadas por comportamento tácito ou
expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca
necessidade de nomeação do aprovado durante o período de
validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo
candidato. Assim, a discricionariedade da Administração quanto à
convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao
patamar zero (Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir
o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes
hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do
número de vagas dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando
houver preterição na nomeação por não observância da ordem
de classificação (Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas
vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do
certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos aprovados
fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da
administração nos termos acima. 8. In casu, reconhece-se,
excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos candidatos
devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro
da validade do processo seletivo e, também, logo após expirado
o referido prazo, manifestações inequívocas da Administração
piauiense acerca da existência de vagas e, sobretudo, da
necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos para
o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega provimento.”
(STF, Tribunal Pleno, RE n. 837311, Relator Min. Luiz Fux, DJe-072
DIVULG 15-04-2016 PUBLIC 18-04-2016)

“ PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO


PÚBLICO. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO. AGENTE DE INSPEÇÃO SANITÁRIA.
ALEGAÇÃO DE PRETERIÇÃO. ACORDO DE COOPERAÇÃO
ENTRE A UNIÃO E MUNICÍPIO. AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DA ILEGALIDADE DO ACORDO. NÃO
DEMONSTRAÇÃO DE CARGO VAGO. REPERCUSSÃO
GERAL. APLICABILIDADE. 1. Mandado de segurança
impetrado com o objetivo de postular a nomeação de aprovada
na 5ª (quinta) colocação para cargo no qual foram previstas 3
(três) vagas e houve a desistência da 4ª (quarta) colocada; a
impetrante alega que teria sido preterida em razão de acordo de

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
cooperação técnica firmado entre a União e a pessoa jurídica
municipal para cessão de servidores para atuar em prol da
fiscalização (fls. 60-62). 2. A Primeira Seção já firmou precedente
no sentido de que a cooperação entre entes públicos por meio da
cessão de servidores não pode ser entendida como preterição:
AgRg no MS 19.381/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques,
Primeira Seção, DJe 1º.2.2013. No mesmo sentido: RMS
44.631/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe
26.8.2015. 3. No caso dos autos, também não foi demonstrada a
existência de cargo vago para ser ocupado, que figura como um
imperativo para a convolação do direito líquido e certo, na
contemporânea jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
MS 19.369/DF (Rel. p/ Acórdão Ministro Mauro Campbell
Marques, Primeira Seção, julgado em 26.8.2015, DJe 3.9.2015).
4. O Supremo Tribunal Federal firmou precedente em
Repercussão Geral, no qual se indica que, para os aprovados
fora das vagas previstas no edital, será somente surgirá: ”(...)
direito subjetivo à nomeação (...); ii) Quando houver preterição na
nomeação por não observância da ordem de classificação
(Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for
aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e
ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das vagas de
forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos
termos acima. (…)." (RE 837.311/PI, Relator Min. Luiz Fux,
Tribunal Pleno, publicado no DJe-72 18.4.2016). Segurança
denegada.” (STJ, 1ª Seção, MS 22.487/DF, Rel. Min. Humberto Martins,
DJe 17/08/2016)

Ao examinar os autos, verifico o seguinte: a) a impetrante foi aprovada no concurso


público regido pelo Edital nº 001/2016, dentro do cadastro de reserva, alcançando a
posição 3.018ª para o cargo de Auxiliar de Atividades Educativas, cujo quantitativo de
vagas previstas para ampla concorrência era de 2.137 (duas mil cento e trinta e sete);
b) o simples surgimento de novas vagas durante o prazo de validade do concurso não
gera, automaticamente, o direito à nomeação em favor dos candidatos excedentes, eis
que não há como saber se realmente existe vacância de vagas ou se todas elas
encontram-se devidamente providas.

Infere-se, ainda, que o Edital estabeleceu, expressamente, como critério de


aprovação, a observância cumulada dos requisitos traçados em suas respectivas
alíneas, todavia, a impetrante não preencheu nenhum dos requisitos, pois não obteve
classificação compatível com o número de vagas prevista, sendo certo que nem
mesmo a desistência de parte dos candidatos aprovados seria capaz de legitimar a
sua convocação. A verdade, portanto, é que o prazo de validade do concurso serve
apenas para que a Administração Pública, em conformidade com a necessidade e
conveniência, possa chamar os aprovados no cadastro de reserva.

Sobre essa questão, não é demais frisar que o edital é a lei do concurso e suas regras

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
vinculam tanto a Administração Pública quanto os candidatos (Precedentes: AgRg no
RMS 40615/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 17/09/2013, DJe 25/09/2013; EDcl no AgRg no REsp 1285589/CE, Rel.
Ministro BENEDITO GONÇALVES, Rel. p/ Acórdão Ministro NAPOLEÃO NUNES
MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/06/2013, DJe 01/07/2013; AgRg no
AREsp 306308/AP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 14/05/2013, DJe 29/05/2013; EDcl no AgRg no REsp 1251123/RJ, Rel. Ministro
ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/03/2013, DJe
14/03/2013). Sendo assim, está a municipalidade desobrigada de chamar os
candidatos não aprovados no certame.

No mesmo sentido, o candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no


edital tem direito subjetivo a ser nomeado no prazo de validade do concurso
(Precedentes: AgRg no REsp 1384295/MS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/10/2013, DJe 06/12/2013; MS 18881/DF, Rel.
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em
28/11/2012, DJe 05/12/2012; AgRg no AREsp 125458/MG, Rel. Ministro BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/09/2012, DJe 24/09/2012; AREsp
408311/RS (decisão monocrática), Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 16/10/2013, DJe 21/10/2013), o que não é o caso dos autos, já
que a apelada foi classificada fora do número de vagas previsto.

Assim, o caso em tela não se enquadra em situação de excepcionalidade, pois o


certame previa 2.137 (duas mil cento e trinta e sete) vagas destinadas à ampla
concorrência para o cargo pretendido e a requerente foi classificada somente em
3.018ª posição.

Noutro vértice, vale acrescentar que a eventual desistência de candidatos convocados,


dentro do prazo de validade do concurso, gera direito subjetivo à nomeação para os
seguintes, observada a ordem de classificação e a quantidade de vagas
disponibilizadas. Sendo assim, mesmo que se cogite a possibilidade de chamamento
dos candidatos aprovados, além das vagas previstas no edital, deveria a impetrante
demonstrar efetivamente que seria a próxima na lista de classificação, o que não é o
caso.

Ademais, restou assentado pela Suprema Corte, em sede do recurso extraordinário


(RE n. 837.311/PI – 2015), que teve como relator o Ministro Luiz Fux, que o direito
subjetivo do candidato só exsurgirá quando forem criadas novas vagas ou for aberto
novo concurso durante a validade do certame anterior e ocorrer a preterição de
candidato aprovado fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da
administração, o que não é a hipótese dos autos. A propósito, cito, ipsis litteris:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO.

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
NOVAS VAGAS CRIADAS POR LEI NA VIGÊNCIA DE
CONCURSO VÁLIDO. CANDIDATO APROVADO FORA DO
NÚMERO DE VAGAS DO EDITAL. PRETERIÇÃO NÃO
CARACTERIZADA. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO.
INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. NECESSIDADE DO
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. A preterição do candidato
em concurso público, quando aferida pelas instâncias ordinárias,
não pode ser revista pela E. Suprema Corte, em face da
incidência da Súmula 279/STF que dispõe, verbis: “Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. O recurso
extraordinário não se presta ao exame de questões que
demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos,
adstringindo-se à análise da violação direta da ordem
constitucional. 3. A jurisprudência do STF já firmou entendimento
no sentido de que tem direito subjetivo à nomeação o candidato
aprovado dentro das vagas previstas no edita do concurso
público a que se submeteu. Nestes casos, a Administração tem
um dever de nomeação, salvo situações excepcionalíssimas
plenamente justificadas. Contudo, a criação de novas vagas
durant e o p r a z o de v a lid a d e de c o n c u r s o n ã o g e r a ,
automaticamente, direito à nomeação dos candidatos aprovados
fora das vagas do edital, salvo se comprovados arbítrios ou
preterições. Precedentes. 4. In casu, o acórdão recorrido
assentou: ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO -
PRETENSÃO DE PERMANÊNCIA NO CARGO DE
PROCURADOR MUNICIPAL - NOMEAÇÃO FUNDADA EM
RECLASSIFICAÇÃO DECORRENTE DE ORDEM JUDICIAL
REFORMADA E TRANSITADA EM JULGADO - RETORNO À
COLOCAÇÃO DE ORIGEM - CLASSIFICAÇÃO FORA DO
NÚMERO DE VAGAS DO CERTAME - EXONERAÇÃO -
POSSIBILIDADE - AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA PARA
CRIAÇÃO DE NOVOS CARGOS - CONVOCAÇÃO DE
CANDIDATOS EM NÚMERO INSUFICIENTE PARA ALCANÇAR
A COLOCAÇÃO DO INTERESSADO - OBEDIÊNCIA À ORDEM
DE CLASSIFICAÇÃO - PRETERIÇÃO - INOCORRÊNCIA -
PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE. 5. Agravo regimental
DESPROVIDO.” (ARE 757978 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX,
Primeira Turma, julgado em 25/02/2014, PROCESSO ELETRÔNICO Dje-
068 DIVULG 04-04-2014 PUBLIC 07-04-2014)

No mesmo trilhar é o posicionamento desta Casa, in verbis:

“ APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA.


CONCURSO PÚBLICO. COLOCAÇÃO DO CANDIDATO EM
CADASTRO DE RESERVA. MERA EXPECTATIVA DE
DIREITO. SEGURANÇA DENEGADA. SENTENÇA MANTIDA.
1. O excelso Supremo Tribunal Federal firmou entendimento
quando do julgamento do RE nº 837.311/PI, de que o surgimento

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo
cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera
automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados
fora das vagas previstas no edital, ressalvada hipótese de
preterição arbitrária e imotivada por parte da Administração
Pública. 2. Por não haver violação a direito líquido e certo da
impetrante, a denegação da segurança é medida que se impõe,
não havendo se falar em reforma da sentença recorrida.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Apelação
(CPC) 5172972-47.2016. 8.09.0051, Rel. NORIVAL DE CASTRO
SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, julgado em 30/11/2018, DJe de 30/11/2018)

“AGRAVO REGIMENTAL NA APELAÇÃO CÍVEL. CONCURSO


PÚBLICO. CADASTRO DE RESERVA. CANDIDATO QUE, DE
ACORDO COM AS DISPOSIÇÕES OBJETIVAS DO EDITAL,
NÃO RESTOU APROVADO NO CERTAME. SITUAÇÃO QUE
NÃO GERA DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO E POSSE.
DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. 1. Na ação de conhecimento
pelo rito ordinário, requer-se tutela judicial para expurgar suposta
omissão praticada pela Administração Pública, que deixou de
nomear a parte autora para o cargo de policial militar no concurso
público para formação de cadastro de reserva para cadetes e
soldados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, n.
3/2010, SECTEC, com escolha de lotação para o Município e
Luziânia. 2. A sentença rejeitou o pedido, confirmada pelo
pronunciamento monocrático do relator, ora impugnado. 3. A
parte submetera-se ao certame. Das 90 vagas oferecidas para
cadastro de reserva, o Edital estabeleceu expressamente como
critério de aprovação a observância cumulada dos requisitos
traçados em suas disposições, todavia, o recorrente não
preencheu nenhum dos requisitos, pois não obteve classificação
compatível com o número de vagas prevista. 4. A jurisprudência
do STF já firmou entendimento no sentido de que tem direito
subjetivo à nomeação o candidato aprovado dentro das vagas
previstas no edital do concurso público a que se submeteu.
Nestes casos, a Administração tem um dever de nomeação,
salvo situações excepcionalíssimas plenamente justificadas.
Contudo, a criação de novas vagas durante o prazo de validade
de concurso não gera, automaticamente, direito à nomeação dos
candidatos aprovados fora das vagas do edital, salvo se
comprovados arbítrios ou preterições” (ARE 757978 AgR,
Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em
25/02/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-068 DIVULG 04-04-
2014 PUBLIC 07-04-2014). 5. Considerando que a parte
insurgente não foi aprovada no certame, não detém direito
subjetivo à posse e nomeação para o cargo no qual concorreu.
AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.” (TJGO. 1ª CC. AC nº
124642-46.2012.8.09.0051. Rel. Des. ORLOFF NEVES ROCHA. DJ 1755
de 26/03/2015)

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
Na hipótese dos autos, verifico que a impetrante, ora apelada, a despeito das provas
por ela jungidas aos autos, não comprovou, ao contrário do que alega, que teve sua
nomeação e posse preteridas por servidores precários. Outrossim, o fato de sua
contratação como temporária não estar atrelada à licença de nenhum servidor efetivo,
por si só, não se afigura suficiente para amparar sua alegação de que todas as outras
demais contratações temporárias sejam ilegais/irregulares.

Além do mais, o Tribunal da Cidadania já consolidou entendimento no sentido de que


a contratação paralela de servidores temporários, admitidos por meio de processo
seletivo nos termos do artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, atende
necessidades transitórias da Administração Pública e não caracteriza, por si só, a
preterição dos candidatos aprovados em concurso para provimento dos cargos
efetivos.

Ora, in casu, não olvido a realização de Processos Seletivos Simplificados para


Provimento Temporário do cargo que a impetrante encontra-se aprovada, todavia,
para a irregularidade das contratações, imprescindível a comprovação de que cada
contratação temporária foi irregular, mormente em se tratando de mandado de
segurança em que o direito perquirido deve ser demonstrado de plano (liquidez e
certeza), bem como se os candidatos melhores posicionados já foram nomeados ao
cargo, de modo que, a imediata nomeação da candidata, por si só, geraria a preterição
dos demais.

Assim, entendo que embora a municipalidade tenha realizado contratações


temporárias, isso não significa que todos os aprovados no cadastro de reserva
passaram a ter o direito de serem nomeados e empossados de imediato. Do mesmo
modo, tenho que não é razoável a determinação imediata de posse da impetrante,
uma vez que existem diversos candidatos classificados em melhor posição, ao
contrário incorreríamos em preterição dos demais candidatos classificados em
posições anteriores, configurando, assim, patente descumprimento à tese fixada na
repercussão geral objeto do Recurso Extraordinário n. 837311/PI.

Não é demais destacar a existência do Termo de Ajustamento de Conduta nº 01/2017


– 90ª PJ, firmado entre a Municipalidade e o Ministério Público, no qual, após terem
sido constatadas irregularidades na contratação de servidores temporários para
ocuparem o cargo ora vindicado, dentre outros, estabeleceu termos para o efetivo
cumprimento do estabelecido no Edital do concurso em questão, inclusive, com
cronograma de convocação e posse dos candidatos aprovados.

Com efeito, em que pese as argumentações tecidas no bojo do mandado de


segurança, não restou comprovada a existência de cargo efetivo vago, para o qual a
impetrante, ora apelada, prestou concurso público.

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
A jurisprudência deste Tribunal de Justiça, em situações análogas, assim decidiu:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE DIREITO À


NOMEAÇÃO E POSSE. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO
EM CADASTRO DE RESERVA. MERA EXPECTATIVA DE
DIREITO. DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE
IRREGULARIDADES. 1 - Aos candidatos que figuram em
cadastro de reserva, existe a mera expectativa de direito à
nomeação, o que significa que a Administração, dentro de seu
poder discricionário e atendendo aos seus interesses, poderá
nomear livremente os candidatos nessa situação, de acordo com
os critérios de conveniência e oportunidade. 2 - O Supremo
Tribunal Federal , por ocasião do julgamento do RE nº
837.311/PI, em regime de repercussão geral, firmou
entendimento no sentido de que o candidato aprovado em
concurso público tem direito subjetivo à nomeação, dentre outras
hipóteses, quando haja a preterição arbitrária ou imotivada da
nomeação, o que não restou comprovado nos autos. 3 - O mero
surgimento de novas vagas, a abertura de novo concurso para o
mesmo cargo ou mesmo a contratação de servidores temporários
para o exercício de funções equivalentes, durante o prazo de
validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito
à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas
no edital, devendo ficar demonstrada a preterição arbitrária e
imotivada, o que não ocorreu na espécie. APELAÇÃO
CONHECIDA E DESPROVIDA.” (TJGO, Apelação (CPC) 5155714-
24.2016.8.09.0051, Rel. NORIVAL SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, julgado
em 23/10/2019, DJe de 23/10/2019)

“ Apelação Cível. Mandado de segurança. I - Aprovação


concurso público. Auxiliar de Atividades Educativas.
Cadastro de reserva. Inexistência de vaga e contratação de
servidores precários. Não comprovação. Ausência de direito
à nomeação. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
assentada por ocasião do julgamento do RE nº 837.311/PI, em
regime de repercussão geral, consolidou-se no sentido de que o
candidato aprovado fora do número de vagas previstas no edital
possui, em regra, mera expectativa de direito à nomeação, que
somente se convolará em direito subjetivo em situações
excepcionais, marcadas, essencialmente, pela preterição ilegal
resultante de não observância da ordem de classificação, bem
como de perpetração de ato arbitrário e imotivado da
Administração Pública, caso surjam novas vagas durante o
período de validade do certame, cuja demonstração cabal fica a
cargo do candidato. II - Inexistência de preterição. Ausência de
provas. No caso, ausente a comprovação de preterição na

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
nomeação ao cargo pretendido, não há se falar ilegalidade do
Poder Público. Assim, é necessária a comprovação da existência
de cargos efetivos vagos ocupados por servidor temporário para
a convolação da expectativa de direito da impetrante em direito
líquido e certo, o que não restou demonstrado nos autos. Apelo
conhecido e desprovida. Sentença mantida.” (TJGO, Apelação
(CPC) 5114139-02.2017.8.09.0051, Rel. CARLOS ALBERTO FRANÇA,
Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, julgado em
06/06/2018, DJe de 06/06/2018)

Nesse contexto, não tendo sido constatada a violação ao direito líquido e certo da
impetrante, ora apelada, tenho que a sentença a quo, que concedeu a segurança
invocada, merece ser reformada.

Ao teor do exposto, conheço do reexame necessário e da apelação cível e lhes


dou provimento, para, em reforma a sentença fustigada, denegar a segurança
pleiteada.

É como voto.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
101

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Nº 5438959.75.2018.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA

AUTORA: SUELI CORREA DE OLIVEIRA


RÉU: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL

APELANTE: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA


APELADA: SUELI CORREA DE OLIVEIRA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO


CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.
CADASTRO DE RESERVA. MERA EXPECTATIVA DE
DIREITO. SITUAÇÃO QUE NÃO GERA DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO E POSSE. PRETERIÇÃO NÃO COMPROVADA.
SENTENÇA MANTIDA. 01. De acordo com o entendimento do
Supremo Tribunal Federal (RE 837.311/PI, Repercussão Geral),
o candidato aprovado fora do número de vagas previstas no
edital possui mera expectativa de direito à nomeação,
convolando-se em direito subjetivo somente nas hipóteses de
preterição ilegal resultante da não observância da ordem de
classificação, bem como pela perpetração de ato arbitrário e
imotivado da Administração Pública, caso surjam novas vagas
durante o período de validade do certame, situações que devem
ser demonstradas de forma cabal pelo candidato. 02. A
impetrante foi aprovada no concurso público regido pelo Edital nº
001/2016, dentro do cadastro de reserva, alcançando a posição
3.018ª para o cargo de Auxiliar de Atividades Educativas, cujo
quantitativo de vagas previstas para ampla concorrência era de
2.137 (duas mil cento e trinta e sete). Contudo, a impetrante, ora
apelada, a despeito das provas por ela jungidas aos autos, não
comprovou, de forma cabal e inequívoca, que a Administração a
preteriu na ordem de classificação ou praticou qualquer outra
ilegalidade a ensejar-lhe direito subjetivo à nomeação para o
cargo vindicado. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELO
CONHECIDOS, E PROVIDOS. SENTENÇA REFORMADA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Duplo Grau de Jurisdição e Apelação


Cível nº 5438959.75, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
unanimidade de votos, em conhecer do duplo Grau e do apelo e lhes dar provimento,
reformando a sentença, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Fez sustentação oral na sessão anterior, Rogério Icassati Mota pelo apelado.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5438959.75.2018.8.09.0051
EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO
CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.
CADASTRO DE RESERVA. MERA EXPECTATIVA DE
DIREITO. SITUAÇÃO QUE NÃO GERA DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO E POSSE. PRETERIÇÃO NÃO COMPROVADA.
SENTENÇA MANTIDA. 01. De acordo com o entendimento do
Supremo Tribunal Federal (RE 837.311/PI, Repercussão Geral),
o candidato aprovado fora do número de vagas previstas no
edital possui mera expectativa de direito à nomeação,
convolando-se em direito subjetivo somente nas hipóteses de
preterição ilegal resultante da não observância da ordem de
classificação, bem como pela perpetração de ato arbitrário e
imotivado da Administração Pública, caso surjam novas vagas
durante o período de validade do certame, situações que devem
ser demonstradas de forma cabal pelo candidato. 02. A
impetrante foi aprovada no concurso público regido pelo Edital nº
001/2016, dentro do cadastro de reserva, alcançando a posição
3.018ª para o cargo de Auxiliar de Atividades Educativas, cujo
quantitativo de vagas previstas para ampla concorrência era de
2.137 (duas mil cento e trinta e sete). Contudo, a impetrante, ora
apelada, a despeito das provas por ela jungidas aos autos, não
comprovou, de forma cabal e inequívoca, que a Administração a
preteriu na ordem de classificação ou praticou qualquer outra
ilegalidade a ensejar-lhe direito subjetivo à nomeação para o
cargo vindicado. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELO
CONHECIDOS, E PROVIDOS. SENTENÇA REFORMADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 20/02/2020 11:08:49

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5738288.98.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JUVENAL FERNANDES DE ALMEIDA
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JUVENAL FERNANDES DE ALMEIDA


ADVG. PARTE : 27844 GO - EDER DA SILVA COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5738288.98.2019.8.09.0000
COMARCA DE CAMPOS BELOS

AGRAVANTE: JUVENAL FERNANDES DE ALMEIDA


AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
RELATORA : DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito


suspensivo, interposto por JUVENAL FERNANDES DE ALMEIDA, contra decisão
proferida pelo Juiz de Direito da Comarca de Campos Belos, Fernando Marney Oliveira
de Carvalho, que, nos autos da Ação Civil Pública por Ato de Improbidade
Administrativa, proposta pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, em
desfavor do ora agravante, deferiu a liminar pleiteada, nos seguintes termos:

“[…] Sustenta o promovente que o requerido, atual prefeito do munici?pio


de Monte Alegre de Goiás/GO, no dia 19/02/2018, editou o decreto n0
010/2018 pronunciando estado de calamidade pública no âmbito da
administração financeira do município, sob a justificativa do recebimento
de ordem judicial para o bloqueio de repasses federais com o objetivo de
pagar os precatórios municipais.

Ressalta que o decreto fora considerado irregular pelo TCM/GO,


vez que não está amparado na Lei n0 12.340/10 e Decreto n0
7.257/10, tampouco cumpriu o requisito de reconhecimento pela
Assembléia Legislativa disposto na LRF.
Aduz que o requerido, utiliza do aludido decreto para justificar a
desorganização financeira do município, bem como, a prática de
condutas ilegais, tais como: a supressa?o de direitos ba?sicos da
comunidade, cancelando contratos de prestações de serviços
essenciais à saúde, diminuindo a rota escolar terceirizada e, além
disso, desrespeito ao princípio do concurso público.
Alega que o promovido, instado a corrigir a ilegalidade, por meio

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
de recomendação administrativa, se negou a revogar o decreto,
ofendendo, desse modo, as regras de responsabilidade fiscal e
os princípios da Administração Pública.
Diante disso, pugna, liminarmente, pela suspensão do decreto
010/2018 do município de Monte Alegre de Goiás, vez que
eivado de vícios formais e materiais e, ainda, a indisponibilidade
de bens do requerido, no valor de R$ 687.000,00 (seiscentos e
oitenta e sete mil reais), correspondente a 50 (cinquenta) vezes o
valor da u?ltima remunerac?a?o do agente i?mprobo. No me?rito,
pede a procedência do pedido inicial para sustar definitivamente
o ato ilegal – Decreto Municipal no 010/2018 e condenar o
requerido nas sanc?o?es previstas no artigo 12, inciso III em
raza?o da pra?tica de ato de improbidade administrativa previsto
no artigo 11, inciso I, ambos da Lei de Improbidade
Administrativa. [...]
Trata-se de ação de improbidade pela suposta violação aos
princípios da administração pública, com tipificação no art. 11, I
da Lei 8.429/92.
De início, reconheço que a exordial está em devida forma.
Pretende o promovente a suspensão liminar do decreto n 0
010/2018, editado pelo promovido, atual prefeito do Município de
Monte Alegre de Goiás, diante da sua flagrante irregularidade,
vez que eivado de vícios formais e materiais e, ainda,
indisponibilidade dos bens do requerido, ante a suposta prática
de atos ímprobos.
Nos termos do art. 300 do CPC, para que seja concedida a tutela
antecipada, há necessidade do preenchimento dos seguintes
requisitos: a probabilidade do direito afirmado (fumus boni iuris), o
perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum
in mora), e desde que a tutela seja reversível.
In casu, a probabilidade do direito exsurge dos documentos
carreados aos autos. Conforme se infere, consoante parecer
exarado pelo TCM/GO (evento 01 – arquivo 27), o decreto na?o
esta? amparado na Lei no 12.340/10 e Decreto no 7.257/10.
Ainda, tenho que ao declarar mediante decreto o estado de
calamidade pública do município, o promovido aparentemente
não seguiu o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF
(Lei no 101/00), pois deixou de submetê-lo ao crivo da
Assembléia Legislativa, na forma da legislação, bem como há nos
autos manifestações do TCM/GO indicando a existência de
possíveis irregularidades nas contas do município de Monte
Alegre de Goiás (arquivos 02/78, evento 1).
O perigo de dano também está presente, tendo em vista que o
requerido, ao que parece, está utilizando do decreto 010/2018 de
Monte Alegre para fundamentar prática de atos ilegais que ferem
princípios da administração pública e podem causar dano ao

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
erário, a exemplo da contratação de pessoal sem realização de
concurso público (evento 1, arquivo 75).
Ainda, a presente decisão não possui caráter irreversível,
podendo ser alterada a qualquer momento, desde que com a
existência de fundamentos plausíveis. [...]
Assim sendo, preenchidos os requisitos legais, não resta
alternativa senão o deferimento dos pedidos liminares.
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, DEFIRO os pedidos ministeriais para: a)
SUSPENDER o Decreto 010/2018 do Munici?pio de Monte
Alegre de Goia?s/GO; b) DECRETAR a INDISPONIBILIDADE
LIMINAR dos bens do requerido Juvenal Fernandes de
Almeida, até o limite de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil
reais).
O descumprimento dessa decisão por parte do requerido
poderá acarretar no seu afastamento do exercício do cargo,
i
na forma da jurisprudência do TJGO .
PROCEDA-SE com a indisponibilidade através do bloqueio em
contas bancárias ou aplicações financeiras, via BACENJUD e
bloqueio de bens móveis, via RENAJUD, e imóveis perante os
Cartórios de Registro de Imóveis do Estado de Goiás.
OFICIE-SE, desde já à JUCEG para que informe se o RÉU figura
como sócios-proprietários de empresas, impedindo-se a
transferência de eventuais cotas.
OFICIE-SE ao Cartório de Registro de Imóveis de Campos
Belos, Monte Alegre de Goiás e Goiânia, cientificando-os do
teor da presente decisão, a fim de que procedam à inscrição da
inalienabilidade de eventuais bens pertencentes ao RÉU, até o
montante especificado nessa decisão.
Notifique-se o réu nos termos do parágrafo 7º do artigo 17 da Lei
8.429/92 para manifestar sobre os termos da presente ação,
juntando os documentos que entender pertinente, no prazo de 15
(quinze) dias. […]” (evento 05, autos originários em apenso).

Nas razões do recurso, o agravante relata os fatos processuais e após aduz que “No
dia 17/03/2017 o Município de Monte Alegre de Goiás foi intimado para cumprir
Despacho exarado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Gilberto
Marques Filho, para que no prazo de 30 (trinta) dias, regularizasse o repasse referente
precatórios do exercício orçamentário do ano de 2016, correspondente a 105 (cento e
cinco) precatórios de pequenos valores, de reclamatórias trabalhistas ajuizadas em
mandatos anteriores, totalizando o importe de R$ 1.961.726,10 (um milhão,
novecentos e sessenta e um mil, setecentos e vinte e seis reais e dez centavos),
objeto do Precatório do Processo Nº 4089375.” sic

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
Ressalta que “Diante das graves dificuldades financeiras enfrentadas pelo Ente
público, o Município peticionou ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, pleiteando que o bloqueio determinado, fosse feito de forma que pudesse
garantir o mínimo possível da prestação dos serviços públicos.”sic

Afirma que “O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por meio dos
Despachos de 15 de fevereiro de 2017 e de 25 de outubro do mesmo ano, que
determinou o bloqueio total dos repasses do dia 10 de cada mês, efetuados pelo
Tesouro Federal ao Município, para fins de pagamento dos precatórios do Exercício
Orçamentário de 2016, no valor de R$ 1.961.726,10 (um milhão, novecentos e
sessenta e um mil e setecentos e vinte e seis reais e dez centavos), precatórios
originário de ações ajuizadas há mais de 25 (vinte) e cinco anos.” sic

Relata que “O comando do Presidente do Tribunal de justiça do Estado de Goiás,


baseou-se no fato de que o Município está inscrito no Regime-Geral de Precatórios,
que significa, que os créditos inscritos no exercício anterior, deve ser pago no exercício
seguinte. O referido crédito objeto do Precatório do Processo Nº 4089375, foi inscrito
no exercício de 2015 e deveria ter sito pago no exercício de 2016, e por ato
irresponsável do Gestor anterior, tal crédito não foi pago em nem parcelado, recaindo
agora o bloqueio total dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).”
sic

Afirma que “No que pese o fato do comando de bloqueio ter ocorrido em 25 de outubro
de 2017, porém, o bloqueio em conta só iniciou em 14 de fevereiro de 2018, Devido o
bloqueio total dos repasses do Fundo de Participação dos Município –FPM -, de todo o
dia 10 de cada mês, o Município de Monte Alegre de Goiás não vem conseguindo
efetuar o pagamento de diversas obrigações, inclusive, do total da Folha de
Pagamento de todos os servidos até o dia 10 de cada Mês, porém, apesar da
dificuldade toda a folha de pagamento estão sendo pagas no máximo até o dia 20 do
mês subsequente.” sic

Destaca que “Não é verdade que o Município reduziu a sua frota de transporte escolar,
muito pelo contrário, em 2018 e 2019, ouve foi aumento de novas frotas em razão da
necessidade de transporte de alunos em determinadas localidades, a exemplo a das
rodas para Fazenda Bezerra 34 km, e para as localidades Fazenda Macaúba,
Fazenda Santa Helena, Fazenda Serra Negra e Fazenda Santa Barbara,
aproximadamente 20km. Outro fato a esclarecer, o atual gestor quando assumiu o
Município em 2017, não existia nenhum Veículo próprio do Município em condições de
Transporte de Alunos, e este, adquiriu novos veículos para o transporte Escolar. Seja
informado ainda, que o Município vem sofrendo com tais medidas constritivas e
nenhuma ajuda financeira foi dada ao Município por parte do Governo Estadual.” sic

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
Quanto ao ato judicial agravado ressalta que “A decisão proferida monocraticamente
fere de morte os preceitos constitucionais haja vista que não esta fundamentada e não
há nos autos provas do prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito. A Lei a Doutrina e
a Jurisprudência, estabelece que para a decretação a indisponibilidade dos bens do
indiciado, necessário se faz demonstrar de forma concreta a existência do fumus boni
iuris, e o periculum in mora.” sic

Informa que “O Representante do Ministério Público não demonstrou o fumus boni


iuris, e o periculum in mora e, ainda, não houve indícios que o agravante venha causar
prejuízo ao patrimônio público, e não há sinais de atos que demonstrem redução ou
alteração no patrimônio do agravante, nem indícios de má-fé.” sic

Colaciona julgados a amparar a sua tese.

Alegou a presença dos requisitos para a concessão do efeito suspensivo ao recurso,


visando suspender imediatamente os efeitos da decisão agravada, para que seja
“determinado VIA MEDIDA LIMINAR O EFEITO SUSPENSIVO AO PRESENTE
RECURSO para reformar a decisão, Evento 5” e ao final, postulou o provimento do
recurso.”

Requereu os benefícios da gratuidade da justiça.

No evento 04, foi determinada a sua intimação para comprovar a hipossuficiência


financeira. No evento 07, apresentou petição alegando “dificuldade em apresentar a
documentação solicitada para comprovar a impossibilidade de arcar com as custas
processuais”, oportunidade em que juntou, espontaneamente, a guia recursal
devidamente paga.

Juntou documentos (evento 01).

É o Relatório. Passo à Decisão.

Nos termos do artigo 995, parágrafo único1, c/c o artigo 1.019, inciso I2, ambos do
Código de Processo Civil/2015, dois são os requisitos para que se possa conferir efeito
suspensivo ao Agravo de Instrumento, quais sejam, o risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação; e a demonstração da probabilidade de provimento do recurso.

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
Pois bem, em juízo de cognição sumária, diante das razões aduzidas, verifico que não
estão presentes os requisitos que autorizam o deferimento do efeito suspensivo
ao Agravo de Instrumento, uma vez que, à primeira vista, constatam-se os
pressupostos ensejadores da providência liminar requerida pelo Ministério Público no
juízo de primeiro grau.

Assim, considerando a fundamentação expendida pelo magistrado a quo na decisão


ora agravada, não só pela relevância dos fundamentos trazidos apresentando indícios
de responsabilidade do demandado, como pelo perigo da demora, caso as medidas
reclamadas sejam deferidas somente a final, e sendo que a própria Lei 8.429/92 define
que basta a demonstração dos indícios de atos de improbidade é que merece neste
momento processual, ser indeferido o efeito suspensivo pretendido.

Ademais, a indisponibilidade dos bens do agravante decorreram de fortes indícios à


deflagração da ação civil pública, constituindo a medida liminar em instrumento efetivo
para eventual reparação dos danos causados ao erário.

Na mesma esteira de raciocínio, o colendo STJ já deliberou, em sede de recurso


submetido ao rito das demandas repetitivas, que a decretação da medida de
indisponibilidade dos bens não se condiciona à comprovação de dilapidação
patrimonial efetiva ou iminente, podendo, inclusive ser decretada cautelarmente, como
ocorreu no caso vertente, Confira-se:

“ PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO


ESPECIAL REPETITIVO. APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO
PREVISTO NO ART. 543-C DO CPC. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CAUTELAR DE
INDISPONIBILIDADE DOS BENS DO PROMOVIDO.
DECRETAÇÃO. REQUISITOS. EXEGESE DO ART. 7º DA LEI
N. 8.429/1992, QUANTO AO PERICULUM IN MORA
PRESUMIDO. MATÉRIA PACIFICADA PELA COLENDA
PRIMEIRA SEÇÃO.
1. Tratam os autos de ação civil pública promovida pelo Ministério
Público Federal contra o ora recorrido, em virtude de imputação
de atos de improbidade administrativa (Lei n. 8.429/1992).
2. Em questão está a exegese do art. 7º da Lei n. 8.429/1992 e a
possibilidade de o juízo decretar, cautelarmente, a
indisponibilidade de bens do demandado quando presentes fortes
indícios de responsabilidade pela prática de ato ímprobo que
cause dano ao Erário.
3. A respeito do tema, a Colenda Primeira Seção deste Superior
Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso Especial 1.319.515/ES,

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
de relatoria do em. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Relator
para acórdão Ministro Mauro Campbell Marques (DJe 21/9/2012),
reafirmou o entendimento consagrado em diversos precedentes
(Recurso Especial 1.256.232/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon,
Segunda Turma, julgado em 19/9/2013, DJe 26/9/2013; Recurso
Especial 1.343.371/AM, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda
Turma, julgado em 18/4/2013, DJe 10/5/2013; Agravo Regimental
no Agravo no Recurso Especial 197.901/DF, Rel. Ministro Teori
Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 28/8/2012, DJe
6/9/2012; Agravo Regimental no Agravo no Recurso Especial
20.853/SP, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma,
julgado em 21/6/2012, DJe 29/6/2012; e Recurso Especial
1.190.846/PI, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 16/12/2010, DJe 10/2/2011) de que, "(...) no comando do art.
7º da Lei 8.429/1992, verifica-se que a indisponibilidade dos bens
é cabível quando o julgador entender presentes fortes indícios de
responsabilidade na prática de ato de improbidade que cause
dano ao Erário, estando o periculum in mora implícito no referido
dispositivo, atendendo determinação contida no art. 37, § 4º, da
Constituição, segundo a qual 'os atos de improbidade
administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
sem prejuízo da ação penal cabível'. O periculum in mora, em
verdade, milita em favor da sociedade, representada pelo
requerente da medida de bloqueio de bens, porquanto esta Corte
Superior já apontou pelo entendimento segundo o qual, em casos
de indisponibilidade patrimonial por imputação de conduta
ímproba lesiva ao erário, esse requisito é implícito ao comando
normativo do art. 7º da Lei n. 8.429/92.
Assim, a Lei de Improbidade Administrativa, diante dos velozes
tráfegos, ocultamento ou dilapidação patrimoniais, possibilitados
por instrumentos tecnológicos de comunicação de dados que
tornaria irreversível o ressarcimento ao erário e devolução do
produto do enriquecimento ilícito por prática de ato ímprobo,
buscou dar efetividade à norma afastando o requisito da
demonstração do periculum in mora (art. 823 do CPC), este,
intrínseco a toda medida cautelar sumária (art. 789 do CPC),
admitindo que tal requisito seja presumido a preambular garantia
de recuperação do patrimônio do público, da coletividade, bem
assim do acréscimo patrimonial ilegalmente auferido".
4. Note-se que a compreensão acima foi confirmada pela referida
Seção, por ocasião do julgamento do Agravo Regimental nos
Embargos de Divergência no Recurso Especial 1.315.092/RJ,
Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, DJe 7/6/2013.
5. Portanto, a medida cautelar em exame, própria das ações
regidas pela Lei de Improbidade Administrativa, não está
condicionada à comprovação de que o réu esteja dilapidando seu
patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, tendo em vista que o

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
periculum in mora encontra-se implícito no comando legal que
rege, de forma peculiar, o sistema de cautelaridade na ação de
improbidade administrativa, sendo possível ao juízo que preside a
referida ação, fundamentadamente, decretar a indisponibilidade
de bens do demandado, quando presentes fortes indícios da
prática de atos de improbidade administrativa.
6. Recursos especiais providos, a que restabelecida a decisão de
primeiro grau, que determinou a indisponibilidade dos bens dos
promovidos.
7. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e do art. 8º da
Resolução n. 8/2008/STJ.” (REsp 1366721/BA, Rel. Ministro
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro OG
FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/02/2014, DJe
19/09/2014).

Isto posto, nos termos do artigo 1.019, inciso I, ambos do Código de Processo Civil,
INDEFIRO o pedido de efeito suspensivo ao agravo interposto.

Oficie-se o Juízo de origem, dando-lhe ciência desta decisão (art. 1.019, I do CPC).

Intime-se o agravado para, apresentar resposta, no prazo de 15 (quinze) dias,


facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso (art. 1.019, II do CPC/15).

Após, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça, em razão do interesse


público e social que envolve a causa (art. 178, I do CPC).

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
109/CLA

1Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido
diverso.

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NR.PROCESSO: 5738288.98.2019.8.09.0000
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata
produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.

2Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de
aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a
pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:45:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5628305.67.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : LEONARDO TIAGO DE MOURA
POLO PASSIVO : SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA (SGC)
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LEONARDO TIAGO DE MOURA


ADVG. PARTE : 42661 GO - RAFAEL SANTANA ROSSI

PARTE INTIMADA : SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA (SGC)


ADVGS. PARTE : 24723 GO - ALBERTO VINICIUS ARAÚJO PEQUENO
17251 GO - ANA CRISTINA DE SOUZA DIAS

PARTE INTIMADA : LEONARDO RIZZO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS (RIZZO IMOBILIÁRIA)


ADVGS. PARTE : 24723 GO - ALBERTO VINICIUS ARAÚJO PEQUENO
17251 GO - ANA CRISTINA DE SOUZA DIAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5628305.67.2019.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatado e discutido o presente AGRAVO INTERNO nos autos de


AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5628305.67.2019.8.09.0000, da comarca de
Goiânia, em que figura como agravante LEONARDO TIAGO DE MOURA e como
agravados SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA (SGC) e LEONARDO RIZZO
PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS (RIZZO IMOBILIÁRIA).
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer do Agravo Interno e negar-lhe provimento, nos termos do voto da
Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

VOTO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5628305.67.2019.8.09.0000
Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do Agravo
Interno.

Trata-se de AGRAVO INTERNO interposto em face da decisão monocrática


(movimentação nº 04), por meio da qual negou-se provimento ao agravo de
instrumento interposto e foi mantido o indeferimento da assistência judiciária, sob o
fundamento de que não restou satisfatoriamente comprovada a incapacidade do
agravante em custear as despesas processuais.

Em proêmio, vale ressaltar que o artigo 1.021 do Código de Processo Civil


prevê que da decisão proferida pelo relator caberá agravo interno ao respectivo órgão
colegiado, e, se não houver retratação, o relator leva-lo-á a julgamento pelo órgão
colegiado, com inclusão em pauta.

In casu, o magistrado singular indeferiu o pedido de gratuidade da justiça,


sob o fundamento de que no caso em comento, em que pese a documentação
acostada aos autos, observo que a parte autora não comprovou a impossibilidade de
arcar com as despesas do processo, mormente pelo fato de que os documentos
colacionados aos autos não foram capazes de comprovar sua precária situação
financeira. E, conforme se sabe, é indispensável a demonstração da hipossuficiência
financeira para a concessão do beneplácito [...].

Pela decisão monocrática de evento nº 04, foi mantido o indeferimento, vez


que não ficou demonstrada, de forma satisfatória, a precariedade financeira do
agravante.

Com efeito, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e
da Súmula 25 deste Egrégio Tribunal, a concessão das benesses da justiça gratuita
está sujeita à comprovação pela parte de sua insuficiência econômica e consequente
impossibilidade de arcar com as despesas do processo.

Dessa forma, para a concessão do benefício pleiteado não basta apenas a


declaração de carência pela parte, sendo necessária a apresentação de outras provas
acerca de sua condição econômica.

Ressalte-se que, se a parte agravante não traz argumentos suficientes para


acarretar a modificação da linha de raciocínio adotada na decisão monocrática, impõe-
se o desprovimento do agravo interno, porquanto interposto à míngua de elementos

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NR.PROCESSO: 5628305.67.2019.8.09.0000
novos capazes de reformar o decisum recorrido.

Sob esse prisma, veja-se a jurisprudência pacificada desta Corte de Justiça:

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


DE EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS
NOVOS. DECISÃO MANTIDA. Impõe-se o desprovimento do
Agravo Interno quando o Agravante não lograr êxito em
comprovar elementos novos que ensejem a reforma da
decisão vergastada. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5503223-
26.2019.8.09.0000, Rel. ORLOFF NEVES ROCHA, 1ª Câmara
Cível, julgado em 16/10/2019, DJe de 16/10/2019).

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS E
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. GRATUIDADE DA JUSTIÇA.
INDEFERIMENTO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA
HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA. INEXISTÊNCIA DE
ARGUMENTOS RELEVANTES. DECISÃO MANTIDA. MULTA.
INAPLICABILIDADE. 1. Consoante entendimento
jurisprudencial dominante, a concessão dos benefícios da
assistência judiciária gratuita está condicionada à efetiva
demonstração, por meio de documentos, de que a parte não
possui condições de arcar com as custas, despesas
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do
sustento próprio e de sua família. A legislação
infraconstitucional que regula a matéria, na parte em que
exige simples declaração para o gozo da benesse, deve ser
interpretada em consonância com o texto constitucional que,
em seu art. 5°, inciso LXXIV, exige comprovação da
insuficiência de recursos. 2. Não havendo demonstração da
hipossuficiência financeira da requerente, o indeferimento da
gratuidade da justiça é medida que se impõe. 3. A decisão
agravada deve ser mantida caso o recorrente não apresente
argumentos relevantes que demonstrem o desacerto dos
fundamentos nela utilizados. 4. Ausente declaração de manifesta
improcedência do agravo interno, não há falar em aplicação da
multa prevista no §4º do art. 1.021 do CPC/2015. 5. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.(TJGO, Agravo de Instrumento (
CPC ) 5306890-04.2019.8.09.0000, Rel. SEBASTIÃO LUIZ
FLEURY, 4ª Câmara Cível, julgado em 08/10/2019, DJe de
08/10/2019)

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NR.PROCESSO: 5628305.67.2019.8.09.0000
Dessarte, deve ser mantido o indeferimento do pedido de assistência
judiciária gratuita.

Assim, os fundamentos embasadores do inconformismo da parte agravante


não têm força satisfativa para agasalhar sua pretensão, pois em nada inovaram o feito,
até porque a jurisprudência deste Tribunal de Justiça é assente no sentido de afirmar
que, para eventual reconsideração da decisão atacada, faz-se mister a superveniência
de fatos novos. Ipsis litteris:

AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGA


SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO. […] FATO
NOVO NÃO DEMONSTRADO. 1 e 2 – Omissis. 3. Destarte,
tendo em vista que a decisão agravada encontra respaldo na
jurisprudência dominante deste e do Superior Tribunal de
Justiça, não há que se falar na sua modificação, mormente
quando a agravante se limita ao debate das teses já
analisadas e não apresenta nenhum fato novo que justifique
a sua pretensão, providência indispensável nesta seara
recursal. 5. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E IMPROVIDO.
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 201010-
50.2015.8.09.0000, Rel. DES. KISLEU DIAS MACIEL FILHO, 4A
CAMARA CIVEL, julgado em 03/09/2015, DJe 1871 de
17/09/2015. Negritei).

A par desse contexto, inexistindo argumentos a corroborar com a


reconsideração da decisão ora recorrida e, estando ela em consonância com a
jurisprudência cristalizada nesta Corte, desnecessárias maiores delongas acerca do
tema.

Do exposto, conheço do recurso, porém NEGO-LHE PROVIMENTO,


mantendo incólume a decisão recorrida. Submeto a insurgência à apreciação da
Turma Julgadora.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5628305.67.2019.8.09.0000
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA.


AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
INDEFERIDA. AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. I. Nos termos do
artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e da Súmula nº 25,
do TJGO, faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou
jurídica, que comprovar sua impossibilidade de arcar com os
encargos processuais. II. Consoante disposição dos artigos 82 do
Código de Processo Civil e 12 da Lei Estadual nº 14.376/02
(Regimento de Custas e Emolumentos do TJGO), não sendo o
agravante beneficiário da gratuidade da justiça, compete-lhe
adiantar as custas iniciais. III. É medida imperativa o
desprovimento do Agravo Interno quando não se fazem presentes,
em suas razões, qualquer novo argumento que justifique a
modificação da decisão agravada. AGRAVO INTERNO
CONHECIDO E IMPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5628305.67.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
INDEFERIDA. AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. I. Nos termos do artigo
5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e da Súmula nº 25, do TJGO,
faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que
comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos
processuais. II. Consoante disposição dos artigos 82 do Código de
Processo Civil e 12 da Lei Estadual nº 14.376/02 (Regimento de Custas
e Emolumentos do TJGO), não sendo o agravante beneficiário da
gratuidade da justiça, compete-lhe adiantar as custas iniciais. III. É
medida imperativa o desprovimento do Agravo Interno quando não se
fazem presentes, em suas razões, qualquer novo argumento que
justifique a modificação da decisão agravada. AGRAVO INTERNO
CONHECIDO E IMPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Provido em Parte - Data da


Movimentação 20/02/2020 07:52:07

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5211839.30.2019.8.09.0011
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ALEFE CRISTIAN PEREIRA MENDES
POLO PASSIVO : ASSOCIACAO VALE DO SOL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ASSOCIACAO VALE DO SOL


ADVG. PARTE : 18769 GO - HELION MARIANO DA SILVA

PARTE INTIMADA : ALEFE CRISTIAN PEREIRA MENDES


ADVG. PARTE : 45731 GO - LUCAS MENESES SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº


5211839.30.2019.8.09.0011, da comarca de Aparecida de Goiânia, em que figura
como apelante ASSOCIAÇÃO VALE DO SOL e como apelado ALEFE CRISTIAN
PEREIRA MENDES.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer em parte da Apelação Cível e, nesta, dar-lhe parcial provimento, nos
termos do voto da Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA

(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

VOTO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
Presentes os pressupostos de admissibilidade dos recursos, deles conheço.

Conforme relatado, ASSOCIAÇÃO VALE DO SOL interpõe recurso de


APELAÇÃO CÍVEL contra sentença, que julgou procedentes os pedidos iniciais, para
conhecer, ex officio, da simulação realizada e declarar nula a associação sem fins
lucrativos denominada ASSOCIAÇÃO VALE DO SOL, mantendo, porém, o ato
dissimulado: sociedade empresarial irregular; declarar a rescisão contratual com a
restituição das parcelas pagas, com juros de mora de 1%, desde a citação (art. 405,
Código Civil) e correção monetária, a partir de cada reembolso (Súmula 43, STJ),
sendo certo que o valor deverá ser apurado em fase de liquidação de sentença,
além de condenar a Ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor
de R$10.000,00 (dez mil reais), com correção monetária pelo INPC a partir da
publicação da sentença e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir da
citação. Face à sucumbência, condenou a ré ao pagamento das custas, despesas
processuais e honorários advocatícios sucumbenciais, fixados em 10% (dez por cento)
sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, § 2° do CPC.

Narra o Autor que, em 27.09.2017, celebrou Instrumento de Adesão com a


Associação Vale do Sol, visando a aquisição da cota parte n. 388 do Empreendimento
Residencial Vale do Sol, pelo valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com pagamento
mediante sinal de R$ 3.900,00 (três mil e novecentos reais) e 149 (cento e quarenta e
nove) parcelas de R$ 644,97 (seiscentos e quarenta e quatro reais e noventa e sete
centavos). Apesar de efetuar o pagamento das parcelas, a Requerida recusou
devolver as notas promissórias correspondentes, razão pela qual o Autor optou pelo
distrato, em outubro/2018.

Desta forma, pugnou pela “(…) a declaração de nulidade do contrato de


simulação formulado entre as partes, bem como a condenação da Requerida a
devolução de todos os valores pagos, e ainda, a condenação daquela a indenização
por danos morais (...)”.

Em suas razões recursais argumenta a apelante sobre: a) prescrição da


pretensão de reparação civil; b) julgamento ultra petita; c) ausência da relação de
consumo; d) validade do negócio jurídico entabulado; e) ausência de simulação; f)
inexistência de ato ilícito.

DA PRESCRIÇÃO

A apelante, em preliminar, invoca a ocorrência da prescrição da pretensão de


reparação civil, porquanto a entrega do imóvel estava prevista para 30.11.2009, ao

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
passo que a demanda judicial somente foi ajuizada em 06.10.2015.

No entanto, constata-se que a tese de prescrição caracteriza inovação


recursal, pois não foi alegada na contestação (mov. 24), tampouco foi apreciada na
sentença recorrida (mov. 46), o que impede seu conhecimento nesta seara, ainda que
matéria de ordem pública, vejamos:

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. JULGAMENTO


UNIPESSOAL COMPORTÁVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. SÚMULA 63
DO TJGO. ILEGALIDADE DA CONTRATAÇÃO. REPETIÇÃO DE
INDÉBITO. FORMA SIMPLES. APURAÇÃO EM FASE
LIQUIDATÓRIA. AUSÊNCIA DE INTERESSE QUANTO AO
DANO MORAL IMPUGNADO NÃO CONFIGURADO.
PRESCRIÇÃO. INOVAÇÃO RECURSAL. AUSÊNCIA DE
ARGUMENTOS NOVOS CAPAZES DE MODIFICAR A DECISÃO
MONOCRÁTICA.1.(…) 5. A tese de prescrição suscitada
somente no presente recurso não merece conhecimento,
pois trata-se de inovação recursal. 6. (...) AGRAVO INTERNO
CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, 6ª CC, AC 5181448-
06.2018.8.09.0051, Rel. SANDRA REGINA TEODORO REIS,
DJe de 19/12/2019. Negritei).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.


LINHA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA. POSSE ANTERIOR
NÃO COMPROVADA. AUSÊNCIA DE INDIVIDUALIZAÇÃO DO
IMÓVEL. REGISTRO DA SERVIDÃO ADMINISTRATIVA.
IMPRESCINDIBILIDADE. PRESCRIÇÃO. INOVAÇÃO
RECURSAL. SENTENÇA REFORMADA. 1.(...). 4. A alegação de
prescrição da pretensão de reintegração de posse, embora
seja classificada como matéria de ordem pública, constata-se
que não foi debatida na instância singela, tampouco foi
objeto de apreciação da sentença recorrida, caracterizando
inovação recursal e, portanto, vedada sua análise neste
recurso, sob pena de supressão de instância. 5. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. (TJGO, Apelação (CPC) 3ª CC, AC
0245981-79.2006.8.09.0051, Rel. Des. GERSON SANTANA
CINTRA, DJe de 04/09/2019. Negritei).

Demais disso, alega a Apelante que a entrega do imóvel estava prevista para
30.11.2009, ao passo que a demanda judicial somente foi ajuizada em 06.10.2015. No
entanto, constata-se que o Apelado somente aderiu à Associação em 2017 e a ação
protocolizada em 24.04.2019 (mov. 01), o que demonstra dissociação dos fatos e não
conhecimento da insurgência.

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
DO JULGAMENTO ULTRA PETITA

Quanto à alegação de julgamento ultra petita, neste particular, tenho que


razão assiste à insurgência.

Na sentença recorrida, o MM. Juiz a quo conheceu, ex officio, “(…) da


simulação para declarar nula a associação sem fins lucrativos
denominada ASSOCIAÇÃO VALE DO SOL, mantendo, porém, o ato dissimulado:
sociedade empresarial irregular.”

No entanto, o conhecimento da simulação com relação à criação da própria


associação não é matéria de ordem pública a permitir seu reconhecimento ex officio,
nos termos do artigo 167 do Código Civil.

Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que


se dissimulou, se válido for na substância e na forma.

§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas


daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;

II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não


verdadeira;

III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-


datados.

Ademais, a alegação de simulação do negócio jurídico não se estende à


criação da própria pessoa jurídica, não incidindo nas hipóteses previstas no aludido
dispositivo legal.

Constatado que, na inicial, o pedido de simulação restringiu-se ao contrato


entabulado entre as partes: “g.1) Declarar simulado e consequentemente NULO o
instrumento contratual celebrado entre as partes, bem como nulas as cláusulas
contratuais, pertinentes a rescisão do pactuado o pedido da inicial”, cumpre decotar da
sentença esta parte por violação ao princípio da congruência.

DO MÉRITO

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
DA APLICAÇÃO DO CDC

Depreende-se que a Apelante é uma Cooperativa Habitacional que presta


serviço ou fornece produto destinado ao consumidor final, exercendo atividade
remunerada, cujo objetivo é a aquisição da casa própria pelos cooperados.

Desta forma, plenamente aplicáveis as disposições do Código de Defesa do


Consumidor, na medida em que entre os objetivos sociais da entidade em tela se
inserem a construção de imóveis, prevista no artigo 3º do CDC, conforme julgados do
Superior Tribunal de Justiça, in verbis:

“(...) 1. O Superior Tribunal de Justiça possui orientação


pacificada no sentido de que as disposições do Código de
Defesa do Consumidor são aplicáveis aos empreendimentos
habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas.
Precedentes. (...) 4. Agravo regimental a que se nega
provimento.” (STJ, AgRg no REsp1380977/SP, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 25/08/2015,
DJe 28/08/2015. Negritei).

A GRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM R EC U R SO


ESPECIAL. RESCISÃO CONTRATUAL. ADMISSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 282/STF.
COOPERATIVA HABITACIONAL. RESTITUIÇÃO DA QUANTIA
PAGA. INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. 1.(...) 2. A jurisprudência desta Corte possui
orientação no sentido de que as disposições do Código de
Defesa do Consumidor são aplicáveis aos empreendimentos
habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas.
Precedentes. 3. Agravo regimental não provido.” (STJ, AgRg no
AREsp 101.462/SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva,
Terceira Turma, DJe 30/05/2014.)

Outrossim, vale ressaltar que o controle jurisdicional acerca da legalidade dos


atos das entidades cooperativas não constitui afronta à vedação constitucional de
interferência estatal em seu funcionamento.

DA CULPA PELA RESCISÃO

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
De início, cumpre tecer comentários sobre a possibilidade de revisão das
cláusulas contratuais pelo Poder Judiciário.

O Código Civil Brasileiro garantiu a autonomia privada, concedendo às partes


o direito de contratar com liberdade, impondo como limites a ordem pública e a função
social do contrato.

As cláusulas gerais, quais sejam, a liberdade de contratar, a função social do


contrato e a boa-fé objetiva são normas de ordem pública, podendo ter seu
conhecimento aplicado de ofício pelo magistrado, em qualquer tempo e grau de
jurisdição, tendo em vista serem cláusulas limitadoras da autonomia privada.

Assim, as partes devem guardar a boa-fé objetiva, a qual consiste no dever de


cada parte agir de acordo com os padrões mínimos de lealdade, correção, lisura, tanto
na fase pré-contratual, das tratativas, como durante a execução do contrato e, ainda
depois de executado o pacto.

Com o Novo Código Civil, a boa-fé passou a ter a importância desejada,


incorporando-se ao ordenamento jurídico pátrio como princípio geral, cuja aplicação é
irradiada a todo o direito civil obrigacional.

Assim, a função social do contrato, como cláusula geral, deve ser aplicada de
modo a impedir que as partes, na iminência de firmar contratos, não se coloquem uma
em desvantagem à outra, devendo o magistrado colocar o pacto em seu trilho normal,
evitando que a liberdade de contratar se transforme em ato de libertinagem.

Pois bem. De acordo com o Instrumento de Adesão à Associação, capítulo V,


o pagamento das parcelas ocorrerá com o resgate das promissórias na Tesouraria da
Sede Administrativa da Associação. Sobre tais fatos, a Ré nada declarou em sua
contestação, caracterizando violação ao ônus da impugnação específica e, por
conseguinte, atrai a presunção de veracidade, nos termos do artigo 341 do CPC:

Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente


sobre as alegações de fato constantes da petição inicial,
presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:

I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;

II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que


a lei considerar da substância do ato;

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu
conjunto.

Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos


não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao
curador especial.

Como visto, a rescisão do contrato ocorre por inadimplência da Associação


Apelante, na medida em que não cumpriu com o ônus de devolução das notas
promissórias, conforme determina o próprio contrato de adesão (capítulo V). A
devolução dos valores pagos, nesta hipótese, deve ocorrer de forma integral, como
bem definido na sentença recorrida.

Reitere-se, havendo culpa exclusiva da apelante/vendedora, a restituição das


parcelas pagas pelo promitente comprador deve ocorrer de forma integral, em parcela
única, vedadas retenções de qualquer gênero, conforme disposto na Súmula 543 do
Superior Tribunal de Justiça:

Súmula 543 - Na hipótese de resolução de contrato de promessa


de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do
Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas
pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de
culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou
parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao
desfazimento. (Súmula 543, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
26/08/2015, DJe 31/08/2015)

Eis os julgados deste Sodalício sobre a matéria:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C


PEDIDO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS. ATRASO NA
ENTREGA DO IMÓVEL. SOBRESTAMENTO DO FEITO.
DESNECESSIDADE. CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR.
AUSÊNCIA DE PROVAS. INADIMPLEMENTO POR PARTE DOS
PROMITENTES VENDEDORES. DEVOLUÇÃO DAS QUANTIAS
PAGAS, MULTA CONTRATUAL E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS DEVIDOS. ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. PRINCÍPIO DA
CAUSALIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM GRAU
RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. […] 3. Diante do
inadimplemento do dever de construção e entrega do imóvel
objeto do compromisso firmado, a devolução integral dos
valores pagos pelos autores é dever que se impõe, conforme
o enunciado nº 543 da súmula do STJ, não havendo falar em
retenção de parte do valor pago ou das despesas

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
administrativas a qualquer título, uma vez que a
responsabilidade pela quebra do contrato deu-se por culpa
exclusiva dos promitentes vendedores. […] 9. APELAÇÃO
CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJGO, 4ª CC, AC
0423757-26.2016.8.09.0048, Rel. Dr. SÉRGIO MENDONÇA DE
ARAÚJO, DJe de 05/09/2019. Negritei).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO DE COMPROMISSO


D E CO MPRA E VENDA. ATRASO NA ENTR EGA D E
INFRAESTRUTURA DE LOTEAMENTO. SOBRESTAMENTO DO
FEITO. DESNECESSIDADE. EXTRAPOLAÇÃO DE PRAZO
EXPRESSAMENTE PREVISTO NO CONTRATO. CULPA
EXCLUSIVA DA INCORPORADORA. RESCISÃO DO PACTO.
ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. INOCORRÊNCIA.
RETENÇÃO DE 20% DO VALOR A SER RESTITUÍDO:
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 543 DO STJ. MULTA
COMPENSATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR
EFETIVAMENTE PAGO. [...] 4. Descabida a retenção de 20%
(vinte por cento) a título de despesas administrativas, pois
consoante Súmula nº 543 do STJ, na hipótese de resolução
de contrato de promessa de compra e venda de imóvel, cujas
regras negociais ficam submetidas ao Código de Defesa do
Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas
pagas pelo promitente comprador, integralmente, em caso de
culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, como é o
caso. […] (TJGO, 2ª CC, AC 0107054-19.2017.8.09.0029, Rel.
Des. ZACARIAS NEVES COELHO, DJe de 29/08/2019. Negritei).

Portanto, escorreita a sentença que determinou a restituição dos valores, sem


dedução das taxas de administração, diante do reconhecimento da culpa da
Associação Apelante no tocante à devolução das notas promissórias, quando
devidamente quitadas.

DOS DANOS MORAIS

Quanto ao dano extrapatrimonial, a apelante insurge-se em face de sua


condenação, alegando que esta é nula de pleno direito, não restando configurado ato
ilícito a ensejar reparação.

Todavia, a insurgência, neste particular, não é passível de ser apreciada, uma


vez que destoada de impugnação específica.

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
Sobre a indenização por danos morais, o juiz fundamentou nos seguintes
termos:

“Observando os requisitos ao caso em tela, tem-se que o fato


é exclusivamente imputável à ré, o qual resta claramente
provado, dado que só ela foi culpada pelas irregularidades
que ocasionaram a impossibilidade de registar o imóvel,
descumprindo explicitamente obrigação contratual expressa.

(...)

Deste modo, a parte autora não sofreu meros aborrecimentos,


mas situações de extremo desprazer, que atingiram sua honra e
sonho da casa própria, fatos estes suficientes à configuração da
responsabilidade civil da parte ré a ensejar o dever de indenizar a
parte autora pelos supostos prejuízos morais, posto que há prova
robusta nos autos dos referidos danos.”

O Apelante, por sua vez, não impugnou de forma específica estes


fundamentos, limitando-se a alegar que “O juízo condenou a Apelante ao pagamento de
danos morais, em decorrência das irregularidades do empreendimento e práticas ilícitas do
Presidente, fundamentando que tal prática é ilegal e fere os dispositivos do CDC, sendo que o
fundamento do dano moral da inicial é decorrente exclusivamente pelo atraso da entrega do
imóvel.

Ora, depreende-se que, em momento algum, houve a discussão sobre o


atraso na entrega da obra, tendo o Apelado/Autor rescindido o contrato por ausência
de devolução das notas promissórias relativas às prestações devidamente quitadas,
restando evidente a violação ao princípio da dialeticidade, o que impede o
conhecimento da insurgência, neste ponto.

Por oportuno, cito julgados:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. DA NÃO
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
RECORRIDA. DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO
JUÍZO A QUO [...] 2. O princípio da dialeticidade impõe ao
recorrente o dever de rebater os pontos que foram decididos na
decisão atacada, expondo os fundamentos de fato e de direito
que embasem o seu inconformismo. Não sendo rebatidos
especificamente os fundamentos da decisão, incorre-se em
violação ao princípio da dialeticidade, o que conduz ao não
conhecimento do recurso nesta parte [...] (TJGO, 5ª CC, AI

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
5482141-07.2017.8.09.0000, Rel. Des. Guilherme Gutemberg
Isac Pinto, DJe de 01/10/2018. Negritei)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO [...] 2. Razões do
acórdão não atacadas. Violação ao Princípio da Dialeticidade. Em
obediência ao princípio da dialeticidade, deve a parte recorrente
demonstrar o desacerto da decisão atacada, mediante
impugnação específica das razões de decidir. A invocação de
alegações genéricas, abstratas ou desconexas com o
decisum combatido, acarreta o não conhecimento do
recurso, nesta parte, por ausência de regularidade formal [...]
(TJGO, 2ª CC, AI 5324723-69.2018.8.09.0000, Rel. Des.
CARLOS ALBERTO FRANÇA, DJe de 12/09/2018. Negritei).

Nesse diapasão, não deve ser conhecido o pedido, também na extensão ora
destacada, ante a ausência de regularidade formal.

Destarte, cumpre acolher parcialmente a insurgência, somente para


reconhecer a nulidade do julgamento ultra petita, decotando a parte excedente aos
limites do pedido, mantendo-se a sentença recorrida, por estes e seus próprios
fundamentos.

Considerando que o recurso apelatório foi acolhido em parte, não há


fixação de honorários recursais: “A jurisprudência do STJ é no sentido que a
majoração da verba honorária só ocorrerá nos casos de improvimento ou não
conhecimento do recurso, em favor da parte adversa (STJ, AgInt no AREsp 1432700/ES,
Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 25/06/2019, DJe 01/07/2019).

Ao teor do exposto, CONHEÇO EM PARTE do recurso e, nesta parte, DOU-


LHE PARCIAL PROVIMENTO, para reformar a sentença e reconhecer a nulidade do
julgamento ultra petita, decotando a parte excedente aos limites do pedido, mantendo-
a, no mais, por estes e seus próprios fundamentos.

É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO


CONTRATUAL C/C DANOS MORAIS. ASSOCIAÇÃO SEM
FINS LUCRATIVOS. PRESCRIÇÃO. INOVAÇÃO
RECURSAL. SIMULAÇÃO. NULIDADE DO ATO DE
CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO. JULGAMENTO ULTRA
PETITA. DECOTAMENTO. INCIDÊNCIA DO CDC. CULPA
PELA RESCISÃO. DANOS MORAIS. PRINCÍPIO DA
DIALETICIDADE. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE. I.
A tese de prescrição caracteriza inovação recursal, pois
não foi alegada na contestação, tampouco foi apreciada na
sentença recorrida, o que impede seu conhecimento nesta
seara, ainda que matéria de ordem pública. II. A alegação
de simulação do negócio jurídico não se estende à criação
da própria pessoa jurídica, não incidindo nas hipóteses
previstas no artigo 167 do Código Civil, de modo que o
conhecimento da simulação com relação à criação da
própria associação não é matéria de ordem pública a
permitir seu reconhecimento ex officio. III. As disposições
do Código de Defesa do Consumidor são aplicáveis aos
empreendimentos habitacionais promovidos pelas
sociedades cooperativas. Precedentes do STJ. IV.
Havendo culpa exclusiva da apelante/vendedora, a
restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador
deve ocorrer de forma integral, em parcela única, vedadas
retenções de qualquer gênero, conforme disposto na
Súmula 543 do Superior Tribunal de Justiça. V. Em
obediência ao princípio da dialeticidade, deve a parte
recorrente demonstrar o desacerto da decisão atacada,
mediante impugnação específica das razões de decidir,
cujo descumprimento impede o conhecimento da
insurgência, quanto ao pedido de afastamento de
indenização por danos morais. APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDA, EM PARTE, E NESTA, PARCIALMENTE
PROVIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5211839.30.2019.8.09.0011
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C DANOS
MORAIS. ASSOCIAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS. PRESCRIÇÃO. INOVAÇÃO
RECURSAL. SIMULAÇÃO. NULIDADE DO ATO DE CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO.
JULGAMENTO ULTRA PETITA. DECOTAMENTO. INCIDÊNCIA DO CDC. CULPA
PELA RESCISÃO. DANOS MORAIS. PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. SENTENÇA
REFORMADA, EM PARTE. I. A tese de prescrição caracteriza inovação recursal,
pois não foi alegada na contestação, tampouco foi apreciada na sentença
recorrida, o que impede seu conhecimento nesta seara, ainda que matéria de
ordem pública. II. A alegação de simulação do negócio jurídico não se estende à
criação da própria pessoa jurídica, não incidindo nas hipóteses previstas no
artigo 167 do Código Civil, de modo que o conhecimento da simulação com
relação à criação da própria associação não é matéria de ordem pública a
permitir seu reconhecimento ex officio. III. As disposições do Código de Defesa
do Consumidor são aplicáveis aos empreendimentos habitacionais promovidos
pelas sociedades cooperativas. Precedentes do STJ. IV. Havendo culpa
exclusiva da apelante/vendedora, a restituição das parcelas pagas pelo
promitente comprador deve ocorrer de forma integral, em parcela única, vedadas
retenções de qualquer gênero, conforme disposto na Súmula 543 do Superior
Tribunal de Justiça. V. Em obediência ao princípio da dialeticidade, deve a parte
recorrente demonstrar o desacerto da decisão atacada, mediante impugnação
específica das razões de decidir, cujo descumprimento impede o conhecimento
da insurgência, quanto ao pedido de afastamento de indenização por danos
morais. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA, EM PARTE, E NESTA, PARCIALMENTE
PROVIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Concedida em Parte a Medida Liminar (cpc)
- Data da Movimentação 20/02/2020 11:40:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5068101.80.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : LGDSO
POLO PASSIVO : MOS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : LGDSO


ADVGS. PARTE : 38312 GO - KARITA MACHADO BASTOS
54406 GO - REIJEAN BARBOSA DE BARROS

PARTE INTIMADA : MOS


ADVG. PARTE : 32042 GO - LUCIANA GOUVEIA DE LIMA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


19/02/2020 17:32:40

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5533591.52.2018.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CERJO TERRA DE SOUZA E OUTROS
POLO PASSIVO : DIVINO CABRAL DO NASCIMENTO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CERJO TERRA DE SOUZA E OUTROS


ADVGS. PARTE : 12122 GO - MAIBI JOSÉ DE SOUSA
12119 GO - NEIDE SOUZA SOARES

PARTE INTIMADA : DIVINO CABRAL DO NASCIMENTO


ADVG. PARTE : 31140 GO - GERALDO ADÃO LAMOUNIER JÚNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5533591.52.2018.8.09.0000
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5533591.52.2018.8.09.0000

COMARCA FIRMINÓPOLIS

AGRAVANTE CERJO TERRA DE SOUZA E OUTROS

AGRAVADO DIVINO CABRAL DO NASCIMENTO

RELATOR Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de Agravo de Instrumento interposto por CERJO TERRA DE SOUZA E


OUTROS, contra decisão prolatada pelo MM Juiz de Direito da Comarca de Firminópolis, que,
nos autos da Ação de Inventário, proferiu a seguinte decisão:

[…]

Em que pese os herdeiros da falecida habilitados nos autos se oporem com a continuação do
presente feito, por ter sido a ação proposta pelo viúvo casado sob o regime de separação total
de bens com a “de cujus”, vejo que tal fato, por si só, não obstará o regular processamento do
feito, não implicando, em princípio, em efetivo prejuízo para os herdeiros.

Todas as partes são maiores e capazes, e todas as questões relativas ao destino do


patrimônio inventariado vão ser decididas nos presentes autos com observação dos princípios
da ampla defesa e contraditório.

Ademais, o autor já foi nomeado inventariante nos presentes autos e já apresentou as


primeiras declarações, não apresentando o feito, no momento, nenhum vício formal capaz de
invalidá-lo.

A par destas considerações, determino a continuidade da demanda com a intimação dos


herdeiros habilitados para manifestarem sobre as primeiras declarações no prazo de 15
(quinze) dias.

[...]

Inconformado com a decisão, recorrem os Agravantes requerendo a extinção do processo


originário.

Noticiam que são herdeiros necessários de Faguinisia Conceição Bernardes e Sousa Cabral.

Informam que Faguinisia Conceição Bernardes e Sousa Cabral era casada com Divino Cabral do
Nascimento, sob o regime de separação de bens.

Em razão de serem herdeiros necessários, propuseram a ação de inventário, processo nº


5092257.71.2018.8.09.0043 e que o Agravado, mesmo casado sob o regime de separação de
bens, também propôs ação de inventário, tendo sido nomeado inventariante.

Defendem que a ação de inventário proposta pelo Agravado deve ser extinta, sob o fundamento
de que o mesmo não possui o direito sucessório previsto no art. 1029 do Código Civil.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5533591.52.2018.8.09.0000
Ao final, requereram o provimento do recurso, para o fim de extinguir a ação de inventário
proposta pelo Agravado, prevalecendo a ação proposta pelos Agravantes, processo nº
5092257.71.2018.8.09.0043.

Não houve pedido de liminar.

Devidamente intimado, o Agravado apresentou as contrarrazões, defendendo que foi nomeado


inventariante não por ser herdeiro, mas sim, em razão do art. 617, I do CPC, devendo a decisão
ser mantida.

Os Agravantes foram intimados para manifestarem sobre possível perda de objeto do presente
recurso, diante da sentença de extinção do processo nº 5092257.71.2018.8.09.0043 que foi
confirmada pelo Tribunal de Justiça e transitou em julgado em 24/09/2019, no entanto, deixaram
de manifestar nos autos.

Preparo feito.

É o relatório. DECIDO.

Por ser comportável julgamento monocrático, passo a decidir nos termos do artigo 932, III, do
Código de Processo Civil, uma vez que o recurso restou prejudicado pela perda superveniente de
objeto.

É que buscavam os Agravantes, com este recurso de Agravo de Instrumento, a extinção do


processo originário para prevalecer o processo de nº 5092257.71.2018.8.09.0043.

Ocorre que o processo nº 5092257.71.2018.8.09.0043 foi extinto sem resolução do mérito e


proposto recurso de Apelação, a decisão foi confirmada por este Tribunal, transitando em julgado
no 24/09/2019.

Consequentemente, suprimido está o interesse recursal anteriormente evidenciado, não existindo


providência útil ao impulso em exame, motivo pelo qual seu prosseguimento resta prejudicado.

Ademais, o artigo 195, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte de Justiça assim
dispõe:

Art. 195. Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver cessado sua causa determinante
ou já estiver sido plenamente alcançada em outra via, judicial ou não.

Parágrafo único - A pretensão será julgada sem objeto, se este houver desaparecido ou
perecido.

Ante o exposto, com fulcro no artigo 932, III, do Código de Processo Civil, DEIXO DE
CONHECER do presente agravo de instrumento, uma vez que materializada a perda
superveniente do objeto.

Intimem-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5533591.52.2018.8.09.0000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 20/02/2020 11:54:07

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5082283.71.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : JOAO FRANCISCO XAVIER
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAO FRANCISCO XAVIER


ADVG. PARTE : 44019 GO - DAIANNE WANESSA PEREIRA NEVES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5082283.71.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5009577.90.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : ESTADO DE GOIÁS
AGRAVADO : JOÃO FRANCISCO XAVIER
RELATOR : DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

DECISÃO PRELIMINAR

ESTADO DE GOIÁS, interpõe agravo de instrumento contra a decisão (evento 31,


processo originário) da Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda Pública do Estado de Goiás
proferida na ação declaratória c/c indenização ajuizada por JOÃO FRANCISCO XAVIER.

A lide visa o pagamento de pensão estadual a militar prestador de serviços nos locais
contaminados pelo Césio 137.

A decisão recorrida, considerando que no caso é manifesto que o autor não tem
condições de produzir as provas necessárias de que a doença crônica é decorrente da sua
exposição à radiação que se submeteu, sendo, portanto, parte hipossuficiente na relação
processual, amparado no § 1º do art. 373 do CPC, o qual permite a distribuição dinâmica do ônus
da prova, inverteu o encargo probatório, determinando que o ente público produza provas no
sentido de que a doença crônica do servidor público não é uma decorrência do seu contato com o
Césio 137.

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NR.PROCESSO: 5082283.71.2020.8.09.0000
Daí surgiu o agravo de instrumento.

Em suas razões o agravante discorre inicialmente sobre requisitos recursais, cabimento


do agravo de instrumento e fatos da lide – ação declaratória c/c indenização ajuizada pelo agravado
objetivando o pagamento de pensão estadual decorrente do acidente radioativo com o Césio 137.

No mérito aduz que a decisão agravada viola a Súmula 06 do Tribunal de Justiça de


Goiás ao lhe atribuir o ônus de produzir prova diabólica, vez que o enunciado é muito claro ao
direcionar ao interessado/beneficiário o ônus de demonstrar o nexo causal entre a exposição à
radiação e a doença crônica da qual é portador, ofendendo, igualmente, o art. 927, inciso V, do
Código de Processo Civil.

Prossegue afirmando, também, que a redistribuição do ônus probatório lhe impôs


encargo impossível ou excessivamente difícil, o que não poderia ter ocorrido, conforme preconiza
o art. 373, § 2º, do CPC, destacando que “(…) é mais fácil e lógico ao autor/agravado que produza provas de
que sua doença crônica tem relação com a exposição ao Césio 137, não havendo que se falar em impossibilidade ou
difícil realização de tal prova quando há inúmeros precedentes no âmbito do TJGO em que os interessados/beneficiários
conseguiram com êxito comprovar o nexo causal necessário para gozar da pensão especial instituída pela Lei Estadual
14.226/2002.”

Ampara-se em jurisprudências.

Arremata requerendo a concessão de efeito suspensivo ao recurso para, no mérito dar-


lhe provimento reformando a decisão a fim de atribuir ao agravado o ônus de provar ser há
causalidade entre a sua doença crônica e eventual exposição ao Césio 137.

Preparo dispensado (CPC, § 1º, art. 1.007).

É o relatório. Decido.

Preenchidos os requisitos recursais, merece conhecimento o agravo de instrumento,


passo ao exame da liminar.

O recurso pretende, em sede de liminar recursal, o sobrestamento dos efeitos da


decisão interlocutória que, considerando que no caso é manifesto que o agravado não tem
condições de produzir as provas necessárias de que a sua doença crônica é decorrente de
exposição à radiação que se submeteu, e amparada no § 1º do art. 373 do CPC, o qual permite a

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NR.PROCESSO: 5082283.71.2020.8.09.0000
distribuição dinâmica do ônus da prova, inverteu o encargo probatório, determinando que o
recorrente produza provas no sentido de que a doença crônica do servidor público não é uma
decorrência do seu contato com o Césio 137.

Pois bem.

A priori, insta salientar que o art. 1.019, inc. I, do CPC de 2015, preceitua que o relator
poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso – art. 995, parágrafo único do CPC1-, ou deferir,
em sede de antecipação de tutela, consoante art. 300, da Lei Processual Civil, total ou
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz a sua decisão.

Daniel Amorim Assumpção Neves, in Manual de Direito Processual Civil, ao discorrer


sobre a suspensividade recursal, registra:

“Existem duas espécies de tutela de urgência podem ser pedidas no agravo de instrumento: o
pedido de efeito suspensivo e a tutela antecipada, que poderá ser parcial ou total.

O efeito suspensivo caberá sempre que a decisão impugnada tiver conteúdo positivo, ou
seja, ser uma decisão que concede, acolhe, defere alguma espécie de tutela. (…). Tratando-se
de efeito suspensivo ope judicis (impróprio), não basta o mero pedido do agravante, sendo
indispensável o preenchimento dos requisitos previsto no art. 995, parágrafo único, do Novo CPC:
probabilidade de provimento do recurso, ou seja, a aparência de razão do agravante, e o
perigo de risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, demonstrada sempre que o
agravante convencer o relator de que a espera do julgamento do agravo de instrumento poderá
gerar o perecimento do direito. (…).”2 Grifei.

De plano, tem-se que o pedido de suspensividade recursal não merece acolhimento.


Justifico.

Da análise comportável nesse momento recursal, verifica-se, pelos fundamentos da


decisão recorrida, que não restou demonstrada a probabilidade do direito invocada pelo
recorrente, notadamente pelo fato de que Código de Processo Civil autoriza a distribuição
dinâmica do ônus da prova pelo juiz, nos termos do § 1º do art. 373. Veja-se:

“Art. 373. O ônus da prova incumbe:

(..)

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à

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NR.PROCESSO: 5082283.71.2020.8.09.0000
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova
de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à
parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.”

Acrescente-se, ainda, que o que se veda é a prova bilateralmente diabólica,


permitindo-se a unilateralmente diabólica.

Logo, à vista dessa constatação, tem-se que os argumentos invocados pelo recorrente
não se revelam convincentes e capazes de evidenciar a plausibilidade da tese recursal,
motivo pelo qual indefiro o pedido de suspensividade da decisão agravada.

Intime-se a parte recorrida para responder o presente agravo (CPC, art. 1.019, inc. II),
facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento final.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2.020.

DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

RELATOR

52

1“Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. Parágrafo único. A
eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de
difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.” Grifei

2. Ob. cit. 8ª ed., 2016, Juspodivm, p. 1.572/1.573.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 17:11:53

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5074093.22.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : RICARDO PINTO FERREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RICARDO PINTO FERREIRA


ADVG. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5074093.22.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5074093.22.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : ESTADO DE GOIÁS
AGRAVADO : RICARDO PINTO FERREIRA
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, interposto pelo ESTADO DE


GOIÁS, qualificado e representado, inconformado com a decisão proferida pela MM.
Juíza de Direito em Substituição da 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Comarca
de Goiânia, Dra. Lívia Vaz da Silva, nos autos do Cumprimento de Sentença
promovido por RICARDO PINTO FERREIRA, igualmente qualificado e representado,
com escopo de obter sua reforma.

Infere-se do caderno processual que se trata de pedido de Cumprimento de


Sentença proposto em face do Estado de Goiás, objetivando a satisfação da obrigação
constante do título judicial originado no bojo dos autos da Ação nº
5275788.73.2017.8.090051, o qual reconheceu a omissão do ente público em
implementar o percentual de 11,98%, previsto no art. 22 da Lei nº 8.880/94, na
remuneração dos servidores públicos em razão de suposto equívoco na conversão de
URV.

A petição de impugnação ao pedido de cumprimento de sentença foi anexada


ao evento nº 11.

Após trâmite regular do feito, a Magistrada Singular proferiu a decisão ora


agravada, nos seguintes termos:

[...] Pelo exposto, rejeito a impugnação ao cumprimento


de sentença, fixando o valor da execução em R$ 105.193.22
(cento e cinco mil e cento e noventa e três reais e vinte e dois
centavos), conforme valor apresentado nos cálculos elaborados

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5074093.22.2020.8.09.0000
pela exequente no evento 1 - doc. 4. Determino ainda, que o
Estado de Goiás cumpra a obrigação de fazer, nos termos da
decisão proferida no evento 4.

Custas e honorários a cargo do Estado de Goiás em


10% sobre o valor da execução.

Transitada em julgado, remetam-se os autos à


Contadoria Judicial para atualização do débito. Após, determino a
expedição de precatório do valor principal, conforme indicado no
evento 1 - doc. 4, e de Requisição de Pequeno Valor – RPV
quanto aos honorários de sucumbência arbitrados nas fases de
conhecimento (evento 4) e de cumprimento de sentença proferido
neste decisum. (…).

Irresignado, o ESTADO DE GOIÁS opôs Embargos de Declaração (evento nº


18 do feito originário nº 5558976.09.2019.8.09.0051), alegando a existência de
omissão na decisão fustigada.

Em seguida, a Magistrada Singular proferiu decisão integrativa, rejeitando os


aclaratórios (evento nº 23).

Inconformado, o ESTADO DE GOIÁS interpõe o presente recurso de Agravo


de Instrumento.

Em suas razões, após breve síntese fática da demanda, defende o cabimento


do recurso.

No mérito, suscita a ilegitimidade ativa da parte agravada para propor o


cumprimento de sentença.

Destaca que o agravado pretende executar individualmente título judicial


proferido em Ação Coletiva proposta pela União Goiana dos Policiais Civis (nº
5275788.73.2017.8.09.0051), em desfavor do Estado de Goiás, visando a
incorporação do percentual de 11,98% (onze vírgula noventa e oito por cento) na
remuneração de seus associados, bem como as diferenças dos valores supostamente
não pagos.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5074093.22.2020.8.09.0000
Pontua que, o Supremo Tribunal Federal se posiciona no sentido de que a
autorização estatutária genérica conferida à Associação não é suficiente para legitimar
a sua atuação em juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo indispensável que
os filiados autorizem de forma expressa e específica a demanda, o que não ocorreu no
caso em comento.

Noutro ponto, explana que o próprio título, o qual busca dar cumprimento,
consignou a necessidade de análise de documentos para apuração do quantum
debeatur, por considerar que não depende exclusivamente de cálculos aritméticos,
mas também da análise documental com o fim de determinar as consequências da
reestruturação financeira na carreira dos servidores.

Acrescenta o agravante que, para fixar o montante devido a cada substituído,


deverá ser averiguada a data do efetivo pagamento dos Policiais Civis na época da
conversão da moeda para URV, ou seja, nos meses de novembro/1993 a fevereiro/94,
o que somente é possível mediante análise documental.

Suscita a ocorrência de excesso de execução, haja vista não existirem


diferenças a serem pagas ao agravado, pois, com a reestruturação da carreira, as
diferenças decorrentes do equívoco na conversão para URV foram absorvidas.

Pondera que no tocante a alegação de absorção das diferenças salariais


decorrentes da omissão na conversão da moeda, não há que se falar em preclusão
como declarou a Magistrada Singular, porquanto o agravante não pretende reverter a
decisão proferida na ação coletiva, mas apenas discorrer sobre o fato de que inexistem
valores a serem pagos, haja vista já terem sido abrangidos pela reestruturação da
carreira dos policiais.

Diante do exposto, postula pela concessão do efeito suspensivo, para


sobrestar os efeitos da decisão agravada; e, no mérito, a reforma da decisão
agravada, nos moldes acima delineados.

Recurso isento de preparo, nos termos do art. 1.007, §1º, CPC.

É o relatório. Decido.

Em proêmio, consigno que o agravo merece ser conhecido, dada a natureza

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NR.PROCESSO: 5074093.22.2020.8.09.0000
da medida atacada, a qual está prevista no artigo 1.015, parágrafo único, do Código de
Processo Civil.

Quanto ao efeito suspensivo, impende frisar que o relator poderá, em


determinados casos, concedê-lo desde que preenchidos, cumulativamente, os
requisitos previstos em lei, quais sejam: (I) a imediata produção de efeitos da decisão
recorrida deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; e (II) a
demonstração da probabilidade de provimento do recurso (artigos 995, parágrafo
único, e 1.019, I, ambos no Novo Código de Processo Civil).

Sobre o tema, transcrevo ensinamento doutrinário do ilustre processualista


Humberto Theodoro Júnior, in verbis:

(...) O relator poderá, ainda, deferir, em antecipação de


tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal (art. 1.019, I).
Para tanto, deverão estar presentes os mesmos requisitos para a
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris
e o periculum in mora. Com efeito, não se pode negar ao relator o
poder de também conceder medida liminar positiva, quando a
decisão agravada for denegatória de providência urgente e de
resultados gravemente danosos para o agravante. No caso de
denegação, pela decisão recorrida, de medida provisória cautelar
ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do
ato impugnado. Caberá, portanto, ao relator tomar a providência
pleiteada pela parte, para que se dê o inadiável afastamento do
risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do julgamento
do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela
instituído pelo art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e
pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I. Se for deferido
o efeito suspensivo ou concedida a antecipação de tutela, o
relator ordenará a imediata comunicação ao juiz da causa, para
que, de fato, se suste o cumprimento da decisão interlocutória
(art. 1.019, I, in fine). (...). (in, Curso de Direito Processual Civil,
Volume III, 47ª Edição). Grifos no original.

Conforme se observa, a eficácia da decisão combatida poderá ser suspensa,


se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação, e ficar demonstrado a probabilidade de provimento do recurso.

No presente caso, a insurgência recursal versa acerca da decisão proferida


em primeira instância, a qual julgou improcedente a impugnação ao cumprimento de
sentença ofertada pelo ente público e, ato contínuo, fixou o valor da execução.

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NR.PROCESSO: 5074093.22.2020.8.09.0000
Pois bem. Em uma análise perfunctória e não exauriente, não verifico a
presença cumulativa dos requisitos necessários para a concessão da liminar,
porquanto, prima facie, não vislumbro patente ilegalidade no ato vergastado ou a
probabilidade do direito invocado para provimento do recurso aviado.

Isso porque, após perlustrar os autos dos processos de nº


55558976.09.2019.8.09.0051 (Pedido de Cumprimento de Sentença) e
5275788.73.2017.8.09.0051 (Ação Coletiva de Cobrança e Reajuste de Perdas
Salariais), observa-se que este último caderno processual está instruído com uma
cópia da Ata da Assembleia Geral Extraordinária da UGOPOCI – União Goiana dos
Policiais Civis, que deliberou acerca da autorização para propositura da ação coletiva
referente ao plano URV/94, e de Lista Nominal de Associados da UGOPOCI em que
consta expressamente o nome do agravado, RICARDO PINTO FERREIRA, na
segunda folha.

Outrossim, a princípio, denota-se que os requisitos estampados no art. 2º-A


da Lei nº 9.494/97 se fazem presentes na espécie, uma vez que, além da ação coletiva
ter sido proposta perante uma das Varas de Fazenda Pública do Estado de Goiás, o
agravado demonstrou documentalmente que reside na Comarca de Goiânia.

Ademais, ainda que a sentença proferida na Ação Coletiva tenha mencionado


que o quantum devido ao servidor público estadual deveria ser apurado em liquidação
de sentença, observa-se que o decisum foi claro ao delimitar que, para o cálculo do
montante exequendo, bastaria a adição mensal do percentual de 11,98% (onze vírgula
noventa e oito por cento) à remuneração do agravado, isso até que o percentual fosse
definitivamente incorporado à sua remuneração.

Ipsis verbis:

[...] Sendo assim, tratando-se de relação jurídica de


trato sucessivo restou comprovada que houve a burla ao direito
dos representados devido à omissão do Estado de Goiás em
implementar o percentual de 11,98% em cada pagamento da
remuneração dos servidores, efetivando-se a renovação da
prática tida por supressora do direito constitucional à
irredutibilidade dos vencimentos.

O percentual em questão passa a integrar a


remuneração dos servidores, de tal sorte que será parâmetro
para todas as incidências legais.

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NR.PROCESSO: 5074093.22.2020.8.09.0000
Sobre o montante, contudo, ao contrário dos índices
expostos pelo requerente, dever-se-á incidir juros moratórios e
correção monetária segundo os quais devem observar os critérios
estabelecidos no artigo 1o-F da Lei no 9.494/1997, com as
alterações promovidas pela Lei n. 11.960/2009, ou seja, tem-se
que a correção monetária é devida pelo IPCA-E e deve incidir
desde o momento em que o pagamento deveria ter sido feito e
não o foi - a partir do vencimento de cada obrigação, quando o
valor passou a ser corroído pelo processo inflacionário.

Por sua vez, os juros de mora, devem ser calculados à


luz dos índices aplicáveis à caderneta de poupança, com
incidência a partir da citação, na forma do artigo 1o-F da Lei no
9.494/97. Tudo isso em conformidade ao Recurso Extraordinário
n. 870947.

Desse modo, o montante devido será apurado em fase


de liquidação de sentença, assim como novo pedido de exibição
de documentos.

Desde logo deixo claro que tem direito a URV os


servidores ocupantes de cargo na época da lei de conversão, não
podendo abranger quem ingressou no serviço público
posteriormente. [...]

neste contexto, considerando que a sentença proferida na Ação Coletiva


expressamente estabeleceu o percentual a ser acrescido mensalmente à remuneração
do servidor, bem como os índices, o período e a maneira de incidência da correção
monetária e dos juros de mora a serem aplicados, a princípio, reputo realmente
desnecessária a realização de liquidação de sentença, nos termos do art. 509, §2º,
CPC, porquanto há indícios de que a apuração do valor exequendo depende apenas
de mero cálculo aritmético.

Assim, ao analisar as teses recursais e a documentação acostada ao feito


originário, a princípio, entendo que os argumentos do agravante não merecem trânsito.

Ante o exposto, por não vislumbrar a presença concomitante dos requisitos


necessários à concessão da medida pleiteada (efeito suspensivo), INDEFIRO a
pretensão sub examine.

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NR.PROCESSO: 5074093.22.2020.8.09.0000
Comunique-se o juízo a quo desta decisão, conforme preceitua o artigo 1.019,
inciso I, do Código de Processo Civil.

Intime-se a parte agravada para que, querendo, apresente resposta, no prazo


legal, nos moldes do artigo 1.019, inciso II, do citado novo diploma processual civil.

Cumpra-se, com as cautelas legais.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


20/02/2020 12:04:41

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5475683.03.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CAMARA MUNICIPAL DE MUTUNOPOLIS
POLO PASSIVO : JONAS LUIZ GIMARAES JUNIOR
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JONAS LUIZ GIMARAES JUNIOR


ADVG. PARTE : 14271 GO - BENO DIAS BATISTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5475683.03.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Des. Luiz Eduardo de Sousa

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5475683.03.2019.8.09.0000

COMARCA DE ESTRELA DO NORTE

AGRAVANTE : CÂMARA MUNICIPAL DE MUTUNÓPOLIS

AGRAVADO : JONAS LUIZ GUIMARÃES JÚNIOR

RELATOR : DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

DECISÃO MONOCRÁTICA

CÂMARA MUNICIPAL DE MUTUNÓPOLIS interpõe agravo de instrumento, com pedido de efeito


suspensivo, contra decisão (evento 5, autos nº 5470829.37) do Juiz de Direito da Vara das
Fazendas Públicas da Comarca de Estrela de Norte, Dr. Andrey Máximo Formiga, proferida nos
autos do mandado de segurança impetrado por JONAS LUIZ GUIMARÃES JÚNIOR.

A decisão agravada fora proferida ao seguinte teor. Confira:

“Ante o excerto, e considerando que o afastamento não previsto no Decreto-Lei nº 201/67 contraria o enunciado da
Súmula Vinculante n.º 46 do STF, CONCEDO a tutela de urgência ora pleiteada e DETERMINO a suspensão dos
efeitos do Ofício nº 002/2019, exarado pelo Presidente da Comissão Especial de Inquérito instaurada através da
Resolução nº 003/2019, da Câmara Municipal de Mutunópolis-GO, que afastou cautelarmente o Chefe do Poder
Executivo local do exercício de seu mandato, assegurando, por consequência, sua recondução imediata ao cargo até o

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NR.PROCESSO: 5475683.03.2019.8.09.0000
encerramento do processo e julgamento das supostas infrações político-administrativas, que deve prosseguir
normalmente nos termos do DL n.º 201/67, estendendo os efeitos da impetração à Vice-Prefeita por identidade de
razões.

Determino, ainda, que as autoridades coatoras forneçam ao impetrante acesso ao conteúdo integral do processo
administrativo nº 001/2019, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ou promovam no mesmo prazo sua juntada na
presente ação, sob pena de multa diária que ora fixo em R$ 1.000,00 (mil reais), limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais), sem prejuízo de outras medidas coercitivas mais eficazes.”

Em consulta processual realizada junto aos autos originários que tramitam eletronicamente,
verifico a existência de prolação de sentença de extinção do processo na data de 11.2.2020 (
Evento n. 28 – autos originários).

Breve relatório.

DECIDO.

Prefacialmente, destaco que o artigo 932, III, do Código de Processo Civil/15, faculta ao relator,
em algumas hipóteses específicas, negar seguimento ao recurso pela via monocrática, senão
vejamos:

“Art. 932. Incumbe ao relator:

III – não conhecer de recurso manifestamente inadmissível, prejudicado ou que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.” (Destaquei).

Nesse contexto, passo a apreciar o presente recurso monocraticamente.

Trata-se, como relatado, de agravo de instrumento interposto para reforma da decisão que
determinou a suspensão dos efeitos do Ofício nº 002/2019, exarado pelo Presidente da Comissão
Especial de Inquérito instaurada através da Resolução nº 003/2019, da Câmara Municipal de
Mutunópolis-GO, que afastou cautelarmente o Chefe do Poder Executivo local do exercício de
seu mandato, assegurando, por consequência, sua recondução imediata ao cargo até o
encerramento do processo e julgamento das supostas infrações político-administrativas

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5475683.03.2019.8.09.0000
No entanto, à vista do conteúdo do evento 28 dos autos originários (5470829.37), antes da
análise do mérito deste agravo de instrumento, foi proferida sentença que extinguiu o
processo.

Neste diapasão, tem-se que o objeto do agravo encontra-se prejudicado por ter cessado a sua
causa determinante, decorrente da prolação de sentença na ação originária.

Assim ensina o mestre Nelson Nery Júnior, in Código de Processo Civil Comentado, 16ª ed., rev.,
atual. e ampl., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016:

“Recurso prejudicado. É aquele que perdeu seu objeto. Ocorrendo a perda do objeto, há falta
superveniente de interesse recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso por
ausência de requisito de admissibilidade. Assim, ao relator cabe julgar inadmissível o recurso
por falta de interesse, ou seja, julgá-lo prejudicado.”

Sobre a perda do objeto, o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás assim
dispõe:

“Art. 195. Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver cessado sua causa determinante ou
já tiver sido plenamente alcançada em outra via, judicial ou não.

Parágrafo único. A pretensão será julgada sem objeto, se este houver desaparecido ou perecido.”

Ante o exposto, com fulcro no artigo 932, III, do Código de Processo Civil, c/c o art. 195 do
Regimento Interno deste egrégio Tribunal de Justiça, julgo prejudicado o presente agravo de
instrumento, em razão da perda do seu objeto.

Intimem-se.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020.

DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

RELATOR

17

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NR.PROCESSO: 5475683.03.2019.8.09.0000

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 17:11:55

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5062704.40.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : LUCILANE DE ALCANTARA MELO CARVALHO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUCILANE DE ALCANTARA MELO CARVALHO


ADVGS. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES
25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5062704.40.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5062704.40.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : ESTADO DE GOIÁS
AGRAVADO : LUCILANE DE ALCANTRA MELO
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, interposto pelo ESTADO DE


GOIÁS, qualificado e representado, inconformado com a decisão proferida pela MM.
Juíza de Direito em Substituição da 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Comarca
de Goiânia, Dra. Lívia Vaz da Silva, nos autos do Cumprimento de Sentença
promovido por LUCILANE DE ALCANTRA MELO, igualmente qualificada e
representada, com escopo de obter sua reforma.

Infere-se do caderno processual que se trata de pedido de Cumprimento de


Sentença proposto em face do Estado de Goiás, objetivando a satisfação da obrigação
constante do título judicial originado no bojo dos autos da Ação nº
5275788.73.2017.8.090051, o qual reconheceu a omissão do ente público em
implementar o percentual de 11,98%, previsto no art. 22 da Lei nº 8.880/94, na
remuneração dos servidores públicos em razão de suposto equívoco na conversão de
URV.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5062704.40.2020.8.09.0000
A petição de impugnação ao pedido de cumprimento de sentença foi anexada
ao evento nº 11.

Após trâmite regular do feito, a Magistrada Singular proferiu a decisão ora


agravada, nos seguintes termos:

[...] Pelo exposto, rejeito a impugnação ao cumprimento


de sentença, fixando o valor da execução em R$ 105.285.45
(cento e cinco mil e duzentos e oitenta e cinco reais e quarenta e
cinco centavos), conforme valor apresentado nos cálculos
elaborados pela exequente no evento 1 - doc. 4. Determino
ainda, que o Estado de Goiás cumpra a obrigação de fazer, nos
termos da decisão proferida no evento 4.

Custas e honorários a cargo do Estado de Goiás em


10% sobre o valor da execução.

Transitada em julgado, remetam-se os autos à


Contadoria Judicial para atualização do débito. Após, determino a
expedição de precatório do valor principal, conforme indicado no
evento 1 - doc. 4, e de Requisição de Pequeno Valor – RPV
quanto aos honorários de sucumbência arbitrados nas fases de
conhecimento (evento 4) e de cumprimento de sentença proferido
neste decisum. (…).

Irresignado, o ESTADO DE GOIÁS opôs Embargos de Declaração (evento nº


19 do feito originário nº 5537670.81.2019.8.09.0051), alegando a existência de
omissão na decisão fustigada.

Em seguida, a Magistrada Singular proferiu decisão integrativa, rejeitando os


aclaratórios (evento nº 23).

Inconformado, o ESTADO DE GOIÁS interpõe o presente recurso de Agravo


de Instrumento.

Em suas razões, após breve síntese fática da demanda, defende o cabimento


do recurso.

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NR.PROCESSO: 5062704.40.2020.8.09.0000
No mérito, suscita a ilegitimidade ativa da parte agravada para propor o
cumprimento de sentença.

Destaca que o agravado pretende executar individualmente título judicial


proferido em Ação Coletiva proposta pela União Goiana dos Policiais Civis (nº
5275788.73.2017.8.09.0051), em desfavor do Estado de Goiás, visando a
incorporação do percentual de 11,98% (onze vírgula noventa e oito por cento) na
remuneração de seus associados, bem como as diferenças dos valores supostamente
não pagos.

Pontua que, o Supremo Tribunal Federal se posiciona no sentido de que a


autorização estatutária genérica conferida à Associação não é suficiente para legitimar
a sua atuação em juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo indispensável que
os filiados autorizem de forma expressa e específica a demanda, o que não ocorreu no
caso em comento.

Noutro ponto, explana que o próprio título, o qual busca dar cumprimento,
consignou a necessidade de análise de documentos para apuração do quantum
debeatur, por considerar que não depende exclusivamente de cálculos aritméticos,
mas também da análise documental com o fim de determinar as consequências da
reestruturação financeira na carreira dos servidores.

Acrescenta o agravante que, para fixar o montante devido a cada substituído,


deverá ser averiguada a data do efetivo pagamento dos Policiais Civis na época da
conversão da moeda para URV, ou seja, nos meses de novembro/1993 a fevereiro/94,
o que somente é possível mediante análise documental.

Suscita a ocorrência de excesso de execução, haja vista não existirem


diferenças a serem pagas ao agravado, pois, com a reestruturação da carreira, as
diferenças decorrentes do equívoco na conversão para URV foram absorvidas.

Pondera que no tocante a alegação de absorção das diferenças salariais


decorrentes da omissão na conversão da moeda, não há que se falar em preclusão
como declarou a Magistrada Singular, porquanto o agravante não pretende reverter a
decisão proferida na ação coletiva, mas apenas discorrer sobre o fato de que inexistem
valores a serem pagos, haja vista já terem sido abrangidos pela reestruturação da
carreira dos policiais.

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NR.PROCESSO: 5062704.40.2020.8.09.0000
Diante do exposto, postula pela concessão do efeito suspensivo, para
sobrestar os efeitos da decisão agravada; e, no mérito, a reforma da decisão
agravada, nos moldes acima delineados.

Recurso isento de preparo, nos termos do art. 1.007, §1º, CPC.

É o relatório. Decido.

Em proêmio, consigno que o agravo merece ser conhecido, dada a natureza


da medida atacada, a qual está prevista no artigo 1.015, parágrafo único, do Código de
Processo Civil.

Quanto ao efeito suspensivo, impende frisar que o relator poderá, em


determinados casos, concedê-lo desde que preenchidos, cumulativamente, os
requisitos previstos em lei, quais sejam: (I) a imediata produção de efeitos da decisão
recorrida deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; e (II) a
demonstração da probabilidade de provimento do recurso (artigos 995, parágrafo
único, e 1.019, I, ambos no Novo Código de Processo Civil).

Sobre o tema, transcrevo ensinamento doutrinário do ilustre processualista


Humberto Theodoro Júnior, in verbis:

(...) O relator poderá, ainda, deferir, em antecipação de


tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal (art. 1.019, I).
Para tanto, deverão estar presentes os mesmos requisitos para a
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris
e o periculum in mora. Com efeito, não se pode negar ao relator o
poder de também conceder medida liminar positiva, quando a
decisão agravada for denegatória de providência urgente e de
resultados gravemente danosos para o agravante. No caso de
denegação, pela decisão recorrida, de medida provisória cautelar
ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do
ato impugnado. Caberá, portanto, ao relator tomar a providência
pleiteada pela parte, para que se dê o inadiável afastamento do
risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do julgamento
do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela
instituído pelo art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e
pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I. Se for deferido
o efeito suspensivo ou concedida a antecipação de tutela, o
relator ordenará a imediata comunicação ao juiz da causa, para

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NR.PROCESSO: 5062704.40.2020.8.09.0000
que, de fato, se suste o cumprimento da decisão interlocutória
(art. 1.019, I, in fine). (...). (in, Curso de Direito Processual Civil,
Volume III, 47ª Edição). Grifos no original.

Conforme se observa, a eficácia da decisão combatida poderá ser suspensa,


se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação, e ficar demonstrado a probabilidade de provimento do recurso.

No presente caso, a insurgência recursal versa acerca da decisão proferida


em primeira instância, a qual julgou improcedente a impugnação ao cumprimento de
sentença ofertada pelo ente público e, ato contínuo, fixou o valor da execução.

Pois bem. Em uma análise perfunctória e não exauriente, não verifico a


presença cumulativa dos requisitos necessários para a concessão da liminar,
porquanto, prima facie, não vislumbro patente ilegalidade no ato vergastado ou a
probabilidade do direito invocado para provimento do recurso aviado.

Isso porque, após perlustrar os autos dos processos de nº


5537670.81.2019.8.09.0051 (Pedido de Cumprimento de Sentença) e
5275788.73.2017.8.09.0051 (Ação Coletiva de Cobrança e Reajuste de Perdas
Salariais), observa-se que este último caderno processual está instruído com uma
cópia da Ata da Assembleia Geral Extraordinária da UGOPOCI – União Goiana dos
Policiais Civis, que deliberou acerca da autorização para propositura da ação coletiva
referente ao plano URV/94, e de Lista Nominal de Associados da UGOPOCI em que
consta expressamente o nome da agravada, LUCILANE DE ALCANTRA MELO, na
segunda folha.

Outrossim, a princípio, denota-se que os requisitos estampados no art. 2º-A


da Lei nº 9.494/97 se fazem presentes na espécie, uma vez que, além da ação coletiva
ter sido proposta perante uma das Varas de Fazenda Pública do Estado de Goiás, o
agravado demonstrou documentalmente que reside na Comarca de Goiânia.

Ademais, ainda que a sentença proferida na Ação Coletiva tenha mencionado


que o quantum devido ao servidor público estadual deveria ser apurado em liquidação
de sentença, observa-se que o decisum foi claro ao delimitar que, para o cálculo do
montante exequendo, bastaria a adição mensal do percentual de 11,98% (onze vírgula
noventa e oito por cento) à remuneração do agravado, isso até que o percentual fosse
definitivamente incorporado à sua remuneração.

Ipsis verbis:

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NR.PROCESSO: 5062704.40.2020.8.09.0000
[...] Sendo assim, tratando-se de relação jurídica de
trato sucessivo restou comprovada que houve a burla ao direito
dos representados devido à omissão do Estado de Goiás em
implementar o percentual de 11,98% em cada pagamento da
remuneração dos servidores, efetivando-se a renovação da
prática tida por supressora do direito constitucional à
irredutibilidade dos vencimentos.

O percentual em questão passa a integrar a


remuneração dos servidores, de tal sorte que será parâmetro
para todas as incidências legais.

Sobre o montante, contudo, ao contrário dos índices


expostos pelo requerente, dever-se-á incidir juros moratórios e
correção monetária segundo os quais devem observar os critérios
estabelecidos no artigo 1o-F da Lei no 9.494/1997, com as
alterações promovidas pela Lei n. 11.960/2009, ou seja, tem-se
que a correção monetária é devida pelo IPCA-E e deve incidir
desde o momento em que o pagamento deveria ter sido feito e
não o foi - a partir do vencimento de cada obrigação, quando o
valor passou a ser corroído pelo processo inflacionário.

Por sua vez, os juros de mora, devem ser calculados à


luz dos índices aplicáveis à caderneta de poupança, com
incidência a partir da citação, na forma do artigo 1o-F da Lei no
9.494/97. Tudo isso em conformidade ao Recurso Extraordinário
n. 870947.

Desse modo, o montante devido será apurado em fase


de liquidação de sentença, assim como novo pedido de exibição
de documentos.

Desde logo deixo claro que tem direito a URV os


servidores ocupantes de cargo na época da lei de conversão, não
podendo abranger quem ingressou no serviço público
posteriormente. [...]

Neste contexto, considerando que a sentença proferida na Ação Coletiva


expressamente estabeleceu o percentual a ser acrescido mensalmente à remuneração
do servidor, bem como os índices, o período e a maneira de incidência da correção

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NR.PROCESSO: 5062704.40.2020.8.09.0000
monetária e dos juros de mora a serem aplicados, a princípio, reputo realmente
desnecessária a realização de liquidação de sentença, nos termos do art. 509, §2º,
CPC, porquanto há indícios de que a apuração do valor exequendo depende apenas
de mero cálculo aritmético.

Assim, ao analisar as teses recursais e a documentação acostada ao feito


originário, a princípio, entendo que os argumentos do agravante não merecem trânsito.

Ante o exposto, por não vislumbrar a presença concomitante dos requisitos


necessários à concessão da medida pleiteada (efeito suspensivo), INDEFIRO a
pretensão sub examine.

Comunique-se o juízo a quo desta decisão, conforme preceitua o artigo 1.019,


inciso I, do Código de Processo Civil.

Intime-se a parte agravada para que, querendo, apresente resposta, no prazo


legal, nos moldes do artigo 1.019, inciso II, do citado novo diploma processual civil.

Cumpra-se, com as cautelas legais.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:37:37

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5449106.85.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CARLOS ANTONIO R PEREIRA
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARLOS ANTONIO R PEREIRA


ADVG. PARTE : 12516 GO - ALESSANDRA REIS

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S/A


ADVG. PARTE : 26591 GO - PAULO ROBERTO DE CAMARGOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5449106.85.2019.8.09.0000
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
5449106.85.2019.8.09.0000
COMARCA DE ACREÚNA

AGRAVANTE: CARLOS ANTÔNIO R PEREIRA


AGRAVADA: BANCO DO BRASIL S/A
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do agravo interno.

Trata-se de AGRAVO INTERNO interposto por CARLOS ANTÔNIO RODRIGUES


PEREIRA, devidamente qualificado e representado nos autos da ação de cumprimento
de sentença, inconformado com o teor da decisão proferida no evento nº 12, em que
conheceu do agravo de instrumento, mas lhe negou provimento a fim de manter a
decisão agravada, a qual autorizou a pesquisa de bens via Infojud.

Em suas razões, o recorrente sustentou a nulidade da decisão agravada ante a


ausência de fundamentação.

Aduziu que, ao contrário do exposto na decisão agravada não se encontram


configurados os requisitos autorizadores para a concessão de pesquisa de bens via
Infojud.
Nos termos do artigo 1.021, caput do CPC/2015, contra decisão proferida pelo Relator
caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, no prazo de 15 (quinze) dias,
devendo ser observado, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do
Tribunal.

Para tanto, cabe à parte demonstrar os prejuízos sofridos com a decisão, devendo
apresentar, em suas razões, que a decisão proferida é inadequada e está em

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NR.PROCESSO: 5449106.85.2019.8.09.0000
desacordo com a legislação vigente (art. 1.021, §1º do CPC/15).

De plano, tenho que a decisão não merece reparos, uma vez que não vislumbro fato
novo relevante a possibilitar a sua reforma, razão pela qual a mantenho, por
conseguinte, submeto seu exame ao crivo dos ilustres desembargadores componentes
desta Câmara.

Extrai-se dos autos que a pretensão aqui deduzida funda-se no inconformismo do


agravante contra o ato judicial que determinou à Unidade de Processamento Judicial
que preceda pesquisa de bens via Infojud.

Primeiramente, deve ser afastada a preliminar de nulidade da decisão recorrida por


ausência de fundamentação, porquanto realizada de forma concisa, apta a demonstrar
as razões que levaram o julgador a decidir, inexistindo violação ao princípio
constitucional da motivação das decisões judiciais, insculpido no artigo 93, inciso IX,
da Carta Magna

Sabe-se que o INFOJUD é sistema eletrônico judicial de acesso restrito, utilizado


apenas pelos magistrados e servidores por eles autorizados, que tem por objetivo
atender às solicitações feitas pelo Poder Judiciário à Receita Federal.

Urge consignar que sobre o tema o Superior Tribunal de Justiça, via do REsp nº
1.112.943/MA, submetido ao rito dos recursos repetitivos, consolidou o entendimento
de que após a edição da Lei nº 11.382/06, não mais se exige a comprovação do
esgotamento das vias extrajudiciais em busca de bens penhoráveis para a utilização
do sistema BACENJUD.

Os sistemas eletrônicos Infojud, Bacenjud e Renajud, embora não substituam os atos


das partes no cumprimento dos encargos processuais que lhes cabem, consistem-se
em ferramentas hábeis a auxiliar o Poder Judiciário na consecução dos seus fins.

Nesse contexto, indispensável à utilidade e efetividade processuais a diligência


vindicada pelo agravante, mormente se a medida tem amparo na jurisprudência pátria.

Na hipótese, impõe ressaltar que a consulta aos meios eletrônicos não induz violação
ao direito de privacidade ou quebra de sigilo fiscal, uma vez que tais sistemas são de
acesso restrito, utilizados para simples exame e apenas por magistrados e servidores
por eles autorizados.

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NR.PROCESSO: 5449106.85.2019.8.09.0000
Sobre o tema, esse eg. Tribunal de Justiça Estadual firmou seu posicionamento, por
meio do Enunciado de sua Súmula nº 44, cuja edição autoriza, inclusive, o
julgamento do presente recurso na forma monocrática (art. 932, V, “a”, do NCPC).
Vejamos seu teor:

“Súmula 44, TJGO: Face aos princípios da cooperação e da efetividade


da jurisdição, os sistemas Bacenjud, Infojud e Renajud devem ser
utilizados, a pedido da parte, para localização do endereço da parte ou de
bens suficientes ao cumprimento da responsabilidade patrimonial."

Logo, de uma análise percuciente dos argumentos deduzidos no agravo regimental,


verifico a inexistência de fundamentos suficientes para modificar a decisão vergastada,
notadamente quando demonstrado pelo entendimento jurisprudencial colacionado, que
o pronunciamento jurisdicional recorrido, está em perfeita consonância com o
entendimento do STJ e deste Sodalício.

Ante tais considerações, não apresentado pelo recorrente nenhum argumento capaz
de modificar o entendimento na decisão, aqui agravada, atento ao disposto no art. 364,
§ 3º, do RITJGO, conheço deste agravo regimental, porém lhe nego provimento.
Por manter inalterada a decisão monocrática submeto o exame do recurso ao crivo
dos ilustres Desembargadores da Câmara.

É como voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
107/LE

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº


5449106.85.2019.8.09.0000
COMARCA DE ACREÚNA

AGRAVANTE: CARLOS ANTÔNIO R PEREIRA

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NR.PROCESSO: 5449106.85.2019.8.09.0000
AGRAVADA: BANCO DO BRASIL S/A
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PEDIDO DE
INFORMAÇÃO. INFOJUD. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.
INEXISTÊNCIA. SÚMULA 44 DO TJGO. 1. Não há que se falar
em ausência de fundamentação, uma vez que a pesquisa de
bens, via Sistemas Infojud constitui medida razoável e possível,
autorizada mesmo antes de esgotados todos os meios de provas
para se atingir a finalidade processual, conforme entendimento
do STJ. 2. A consulta às ferramentas eletrônicas (Infojud,
Renajud) não induz violação ao direito de privacidade ou quebra
de sigilo fiscal e bancário, pois configuram sistemas de acesso
restrito, utilizados para pesquisa por magistrados e servidores. 3.
Sendo assim, impõe-se o desprovimento do agravo regimental
que não traz em suas razões qualquer novo argumento que
justifique a modificação da decisão agravada. AGRAVO
INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno no Agravo de Instrumento


nº 5449106.85, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira
Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de
votos, em conhecer do agravo interno, mas lhe negar provimento, nos termos do voto
desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

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NR.PROCESSO: 5449106.85.2019.8.09.0000
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5449106.85.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PEDIDO DE
INFORMAÇÃO. INFOJUD. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.
INEXISTÊNCIA. SÚMULA 44 DO TJGO. 1. Não há que se falar
em ausência de fundamentação, uma vez que a pesquisa de
bens, via Sistemas Infojud constitui medida razoável e possível,
autorizada mesmo antes de esgotados todos os meios de provas
para se atingir a finalidade processual, conforme entendimento
do STJ. 2. A consulta às ferramentas eletrônicas (Infojud,
Renajud) não induz violação ao direito de privacidade ou quebra
de sigilo fiscal e bancário, pois configuram sistemas de acesso
restrito, utilizados para pesquisa por magistrados e servidores. 3.
Sendo assim, impõe-se o desprovimento do agravo regimental
que não traz em suas razões qualquer novo argumento que
justifique a modificação da decisão agravada. AGRAVO
INTERNO CONHECIDO, PORÉM IMPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:40:07

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5189345.44.2018.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : CERVEJARIA GOIAZ LTDA- ME
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CERVEJARIA GOIAZ LTDA- ME


ADVGS. PARTE : 41788 GO - MARCOS VINICIUS BARBOSA PEREIRA
39518 GO - HEITOR GUIMARÃES SIQUEIRA
36332 GO - HUMBERTO SPENCIERE DE OLIVEIRA CAMPOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5189345.44.2018.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: ESTADO DE GOIÁS


AGRAVADA: CERVEJARIA GOIAZ LTDA- ME
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Satisfeitos os requisitos de sua admissibilidade, passo à análise do recurso.

Conforme relatado, trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito


suspensivo, interposto por ESTADO DE GOIÁS, em face da decisão proferida pela
Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Comarca de Goiânia,
Zilmene Gomide da Silva Manzolli, nos autos da Ação Declaratória de Inexigibilidade
de Tributo c/c Repetição de Indébito proposta em seu desfavor por CERVEJARIA
GOIAZ LTDA- ME.

A decisão recorrida foi proferida nos seguintes termos:

“ Assim, uma vez que sobre todas as parcelas que não


correspondem a consumo efetivo de eletricidade, como TUST e
TUSD, não poderá, em tese, haver incidência de ICMS, resta
demonstrada, prima facie, a alta probabilidade do direito alegado
vir a ser tutelado, após ultimação de uma cognição exaustiva,
estando o mesmo, ao que tudo indica, em consonância com o
posicionamento jurisprudencial dominante, verificando-se, assim,
a presença do primeiro dos requisitos indispensáveis a
concessão da tutela de urgência, qual seja, o fumus boni juris.
Da mesma forma, não afigura-se legal, numa primeira análise, a
incidência de ICMS sobre os denominados encargos do sistema

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
elétrico (setoriais), os quais, como se sabe, são os custos não
gerenciáveis suportados pelas concessionárias de distribuição,
cujo repasse aos consumidores, por força de lei, decorrente do
equilíbrio econômico-financeiro.
Neste sentido, o periculum in mora também se verifica no caso
concreto, uma vez que a não antecipação da tutela de urgência
postulada poderá causar danos de difícil reparação ao
requerente, pelo fato das cobranças aparentemente indevidas
persistirem.
Para o Estado de Goiás, caso o pedido venha a ser julgado
improcedente, bastará fazer incidir nas novas faturas os valores
não recolhidos durante o transcurso da suspensão, ou até
mesmo construir o crédito de forma administrativa, fazendo sua
inscrição na dívida ativa, percorrendo, por certo, um caminho
menor, ao contrário do que ocorre com o requerente. Assim, o
periculum in mora milita, em maior intensidade, em favor do
requerente.
Ante ao exposto, DEFIRO a tutela de urgência pleiteada para
determinar que o requerido se abstenha de exigir o pagamento
de ICMS sobre o TUSD/TUST, das Unidades Consumidoras nº
10022120856 e 10024561450.
Oficie-se a CELG Distribuição S/A, na pessoa de seu Presidente,
para que dê cumprimento imediato à liminar deferida, na
qualidade de entidade responsável pela emissão da fatura e
recolhimento do tributo.
Deixo de determinar a realização de audiência de conciliação,
diante da inexistência de legislação estadual autorizando solução
consensual no caso em apreço, com esteio no que preconiza o
artigo 334, § 4º, inciso II, do Código de Processo Civil/2015.
Diante disso, dê-se ciência desta ao requerido na pessoa de seu
representante legal, citando-lhe para, querendo, responder aos
termos da exordial, no prazo de 15 (quinze) dias.
Após, considerando as decisões proferidas nos autos dos
Recursos Especiais nºs 1.692.023/MT e 1.699.851/TO e nos
Embargos de Divergência em Recurso Especial nº
1.163.020/RS, determino a suspensão dos presentes autos
até pronunciamento final do Superior Tribunal de Justiça,
acerca da matéria em discussão.”

A princípio, verifica-se a existência de agravo interno interposto pela agravada


contido na movimentação 46, para defender a reforma da decisão preliminar que
concedeu efeito suspensivo ao presente recurso. No entanto, estando o Agravo
de Instrumento pronto para receber pronunciamento de mérito, deve ser julgado
prejudicado o agravo interno manejado. A propósito:

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. 1.
AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. Estando apto o julgamento
do recurso, resta prejudicada a apreciação do agravo interno da
decisão que concedeu a medida liminar.(…).” (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5120328-18.2018.8.09.0000, Rel. NORIVAL
SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, julgado em 29/11/2019, DJe de
29/11/2019)

Pois bem. Registre-se, inicialmente, que a matéria em discussão, que trata sobre
a inclusão da Tarifa de Uso do Sistema Transmissão de Energia Elétrica (TUST) e
da Tarifa de uso do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica (TUSD) na base
de cálculo do ICMS, foi cadastrada como Tema Repetitivo nº 986 (ProAfR nos
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA nº 1.163.020-RS (2009/0205525-4) na base de
dados do Superior Tribunal de Justiça.

Assim, a Primeira Seção do STJ determinou o sobrestamento de todos os processos


pendentes, individuais ou coletivos, que versem acerca do tema em comento. Ocorre
que, ao determinar a referida suspensão, o STJ não definiu o seu real alcance, razão
pela foi determinada a suspensão do presente feito até o julgamento do repetitivo.

Não obstante, em caso semelhante de afetação de processos à sistemática dos


recursos repetitivos, em que também foi determinado o sobrestamento de processos
afetos àquela matéria, o próprio STJ, por meio da Primeira Seção, em questão de
ordem suscitada no REsp nº 1.657.156-RJ, deliberou que caberá ao juízos de origem
apreciar medidas de urgência que surgirem nos processos relativos ao tema levado a
efeito, em consonância com o art. 1.029, §5º, inciso III, do CPC. In verbis:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO REPETITIVO. DEVOLUÇÃO


DOS AUTOS. JUÍZO DE CONFORMAÇÃO.
IRRECORRIBILIDADE. TUTELA DE URGÊNCIA.
REQUERIMENTO AO JUÍZO DE ORIGEM. 1. É inadmissível a
interposição de recurso em desfavor de decisão que determina a
baixa dos autos para sobrestamento do feito, em virtude da
pendência de julgamento de recurso especial submetido à
sistemática dos recursos repetitivos. 2. A Primeira Seção desta
Corte de Justiça, em questão de ordem suscitada no REsp
1.657.156, na sessão de julgamento de 24/05/2017, DJe de
31/5/2017, deliberou que caberá ao juízo da origem apreciar as
medidas de urgência nos processos relativos à questão em
debate no Tema/Repetitivo 106. Orientação em consonância com
o art. 1.029, § 5º, III, do CPC/2015. 3. Agravo interno não
conhecido.” (AgInt no REsp 1625161/CE, Rel. Ministro GURGEL DE
FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/03/2018, DJe 24/04/2018)

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
Dessa forma, o STJ, ao analisar a extensão do artigo 1.037, inciso II, do CPC, em
interpretação à sistemática do CPC vigente, definiu que devem ser observadas as
normas insculpidas nos artigos 313 c/c 314 e 982, §2º, todos do CPC, que cuidam da
suspensão em Incidente de Demandas Repetitivas, também aos recursos repetitivos,
haja vista que ambas as hipóteses versam sobre julgamento de casos repetitivos,
conforme consta do artigo 928 do CPC, ipsis litteris:

“Art. 313. Suspende-se o processo:

(...)
IV. Pela admissão de incidente de resolução de demandas
repetitivas;

Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato


processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de
atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de
arguição de impedimento e de suspeição.”

“Art. 928. Para os fins deste Código, considera-se julgamento de


casos repetitivos a decisão proferida em:
I. incidente de resolução de demandas repetitivas;
II. recursos especial e extraordinário repetitivos.
Parágrafo único. O julgamento de casos repetitivos tem por
objeto questão de direito material ou processual.

Art. 982. Admitido o incidente, o relator:


I. suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos,
que tramitam no Estado ou na região, conforme o caso; (...)
§2º Durante a suspensão, o pedido de tutela de urgência deverá
ser dirigido ao juízo onde tramita o processo suspenso.”

Portanto, o alcance da suspensão do processamento dos recursos pendentes,


conforme artigo 1.037, inciso II, do Código de Processo Civil, não impede a apreciação
e concessão, em qualquer fase do processo, de pedido de tutela provisória de
urgência, desde que comprovados os requisitos do artigo 300 do CPC.

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
Sendo assim, não há falar em suspensão do julgamento do presente agravo de
instrumento, uma vez que o cerne da insurgência diz respeito a pedido de tutela
antecipada formulado pela parte agravada, consubstanciado na abstenção de inserção
na base de cálculo do ICMS das tarifas de uso e distribuição (TUST/TUSD).

A propósito, já decidiu este Sodalício sobre o tema:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C PEDIDO DE
TUTELA DE URGÊNCIA. ICMS. TUST-TUSD. I. Suspensão do
processamento do feito. Artigo 1.037, inciso II, do CPC/2015.
Extensão. O Superior Tribunal de Justiça, por meio de decisão
proferida no ProAfR no REsp 1.657.156/RJ, definiu o alcance da
suspensão do processamento dos recursos pendentes,
determinada pelo artigo 1.037, inciso II, do Código de Processo
Civil de 2015, no sentido de que, em casos tais, nada impede a
apreciação e concessão, em qualquer fase do processo, do
pedido de tutela provisória de urgência, desde que comprovados
os requisitos do artigo 300 do CPC/2015. II. Cobrança do ICMS
sobre tarifa de uso do sistema de transmissão (TUST) e de
distribuição de energia elétrica (TUSD/EUSD). Tutela provisória
de urgência. Probabilidade do Direito. Demonstrada.
Demonstrada a probabilidade do direito para fins da concessão
da tutela provisória de urgência postulada pela autora/agravada
no juízo de origem, haja vista que, conforme entendimento
jurisprudencial desta Corte de Justiça e do STJ, as tarifas de uso
do sistema de transmissão (TUST) e de distribuição de energia
elétrica (TUSD/EUSD) não podem fazer parte da base de cálculo
do ICMS. III. Perigo de Dano ou risco ao resultado útil do
processo configurada. Há perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo, pois, se não houver o afastamento da cobrança
do ICMS sobre as denominadas tarifas de uso do sistema de
transmissão (TUST) e de distribuição de energia elétrica
(TUSD/EUSD), poderá haver prejuízo às autora/agravada e
indevida interferência no seu patrimônio. IV. Preenchimento dos
requisitos previsto no artigo 300 do CPC. Decisão agravada
mantida neste ponto. A teor do que disciplina o artigo 300 do
CPC, presentes os requisitos indispensáveis, a manutenção da
decisão agravada na parte em que deferiu em parte a tutela
provisória de urgência pleiteada pela parte autora/agravada é
medida que se impõe. Agravo de instrumento conhecido e
desprovido.” (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5285035-
37.2017.8.09.0000, Rel. CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível,
julgado em 19/10/2018, DJe de 19/10/2018)

Superada a questão de ordem, passo análise da insurgência.

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
Pois bem, para a concessão da tutela de urgência, o artigo 300 do Código de
Processo Civil exige a presença de elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Assim, o seu deferimento está condicionado à coexistência da relevância do


fundamento e do risco de ineficácia do provimento final, ou seja, do fumus boni iuris e
de periculum in mora, respectivamente.

Exige-se, portanto, que o autor indique a plausibilidade das suas afirmações e a


existência de risco de que seu direito possa vir a perecer (ou a tornar-se inútil), se não
outorgada a proteção liminar. Como toda liminar, a decisão que concede ou nega a
tutela é precária e instável, podendo ser revista a qualquer momento.

Destarte, para a concessão da tutela antecipada, deve ser observado se os


fundamentos de direito do requerente são relevantes e se o ato poderá resultar na
ineficácia da medida, caso não deferida.

No presente caso, a insurgência recursal refere-se à decisão que deferiu o pedido de


tutela de urgência em ação declaratória, na qual visa determinar que o Estado de
Goiás se abstenha de exigir a cobrança de ICMS lançado sobre a Taxa de Uso do
Sistema de Distribuição (TUSD) e sobre a Taxa de Uso do Sistema de Transmissão de
Energia Elétrica (TUST).

A princípio, cumpre reportar que o Supremo Tribunal Federal, na análise do Tema 956,
deliberou que a referida matéria não possui Repercussão Geral e envolve questão
infraconstitucional.

Dentro dessa perspectiva, exsurge que o Superior Tribunal de Justiça,


majoritariamente, tem se inclinado no sentido de a Taxa de Uso do Sistema de
Transmissão de Energia Elétrica (TUST) e a Taxa de Uso do Sistema de Distribuição
de Energia Elétrica (TUSD) não fazem parte da base de cálculo do ICMS.

Por oportuno, transcrevo a jurisprudência a seguir:

“ TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE


VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC. ICMS. ENERGIA
ELÉTRICA. FATO GERADOR. SAÍDA DO

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
ESTABELECIMENTO FORNECEDOR. CONSUMO. BASE DE
CÁ LCU LO . T USD. ET APA DE DI ST RI BUI ÇÃ O . N Ã O
INCLUSÃO. PRECEDENTES. 1. O Tribunal a quo confirmou
sentença de concessão da Segurança para determinar que a
autoridade apontada como coatora deixe de lançar o ICMS sobre
a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) da conta de
energia elétrica consumida pela recorrida. 2. Não se configura a
alegada ofensa ao artigo 1.022 do Código de Processo Civil de
2015, uma vez que o Tribunal de origem julgou integralmente a
lide e solucionou, de maneira amplamente fundamentada, a
controvérsia, em conformidade com o que lhe foi apresentado. 3.
Não há falar em descumprimento do rito processual relativo à
observância da cláusula de reserva de plenário, pois não se
verifica o afastamento, pelo Tribunal local, dos dispositivos
invocados pelo recorrente, mas, sim, interpretação dos
enunciados neles contemplados, a exemplo do conceito de valor
da operação. 4. O STJ possui entendimento consolidado de que
a Tarifa de Utilização do Sistema de Distribuição - TUSD não
integra a base de cálculo do ICMS sobre o consumo de energia
elétrica, uma vez que o fato gerador ocorre apenas no momento
em que a energia sai do estabelecimento fornecedor e é
efetivamente consumida. Assim, tarifa cobrada na fase anterior
do sistema de distribuição não compõe o valor da operação de
saída da mercadoria entregue ao consumidor (AgRg na SLS
2.103/PI, Rel. Ministro Francisco Falcão, Corte Especial, DJe
20/5/2016; AgRg no AREsp 845.353/SC, Rel. Ministro Humberto
Martins, Segunda Turma, DJe 13/4/2016; AgRg no REsp
1.075.223/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe
11/6/2013; AgRg no REsp 1.014.552/MG, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 18/3/2013; AgRg nos
EDcl no REsp 1.041.442/RN, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira
Turma, DJe 29/9/2010). 5. Não se desconhece respeitável
orientação em sentido contrário, recentemente adotada pela
Primeira Turma, por apertada maioria, vencidos os Ministros
Napoleão Nunes Maia Filho e Regina Helena Costa (REsp
1.163.020/RS, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, DJe
27/3/2017). 6. Sucede que, uma vez preservado o arcabouço
normativo sobre o qual se consolidou a jurisprudência do STJ e
ausente significativa mudança no contexto fático que deu origem
aos precedentes, não parece recomendável essa guinada, em
atenção aos princípios da segurança jurídica, da proteção da
confiança e da isonomia (art. 927, §4°, do CPC/2015). 7. Recurso
Especial não provido.” (REsp 1649658/MT, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/04/2017, DJe
05/05/2017).

“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. OFENSA AO ART. 535


DO CPC NÃO CONFIGURADA. OMISSÃO. ICMS. INCIDÊNCIA
DA TUST E DA TUSD. DESCABIMENTO. 1. A solução integral
da controvérsia, com fundamento suficiente, não caracteriza

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
ofensa ao art. 535 do CPC. 2. O STJ possui jurisprudência no
sentido de que a Taxa de Uso do Sistema de Transmissão de
Energia Elétrica - TUST e a Taxa de Uso do Sistema de
Distribuição de Energia Elétrica - TUSD não fazem parte da base
de cálculo do ICMS. 3. Agravo Interno não provido.” (STJ, AgInt no
REsp 1607266/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 10/11/2016, DJe 30/11/2016)

“ AGRAVO REGIMENTAL. SUSPENSÃO DE LIMINAR.


INDEFERIMENTO. ICMS. INCIDÊNCIA DA TUST E TUSD.
DESCABIMENTO. JURISPRUDÊNCIA FIRMADA NO STJ.
AGRAVO QUE NÃO INFIRMA A FUNDAMENTAÇÃO DA
DECISÃO ATACADA. NEGADO PROVIMENTO. I - A decisão
agravada, ao indeferir o pedido suspensivo, fundou-se no fato de
não ter ficado devidamente comprovada a alegada lesão à
economia pública estadual, bem como em razão de a
jurisprudência desta eg. Corte de Justiça já ter firmado
entendimento de que a Taxa de Uso do Sistema de Transmissão
de Energia Elétrica - TUST e a Taxa de Uso do Sistema de
Distribuição de Energia Elétrica - TUSD não fazem parte da base
de cálculo do ICMS (AgRg no REsp n. 1.408.485/SC, relator
Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em
12/5/2015, DJe de 19/5/2015; AgRg nos EDcl no REsp n.
1.267.162/MG, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda
Turma, julgado em 16/8/2012, DJe de 24/8/2012). II - A alegação
do agravante de que a jurisprudência ainda não está pacificada
não vem devidamente fundamentada, não tendo ele apresentado
sequer uma decisão a favor de sua tese. III - Fundamentação da
decisão agravada não infirmada. Agravo regimental improvido.”
(STJ, AgRg na SLS 2.103/PI, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
CORTE ESPECIAL, julgado em 04/05/2016, DJe 20/05/2016).

Daí, apesar de existir entendimento em sentido contrário no colendo Superior Tribunal


de Justiça (REsp 1.163.020/RS, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, DJe
27/3/2017) o qual, por maioria, reconheceu a incidência da TUST e TUSD na base de
calculo do ICMS, não há, ainda, significativa mudança no contexto fático e normativo
que deu origem aos precedentes já consolidados perante a citada Corte, razão pela
qual não me parece recomendável uma mudança de posicionamento, em atenção aos
princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia (art. 927, §
4°, do CPC).

Sendo assim, resta evidente o perigo de dano, porquanto o não deferimento da tutela
vindicada pelo contribuinte/agravado, implica no pagamento indevido do imposto
embutido na fatura mês a mês, ou, ainda, no risco de interrupção do fornecimento de
energia em caso de inadimplência do mesmo, fatores estes que autorizam o
deferimento da tutela provisória.

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Nesse sentido é a Jurisprudência desta Corte:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.


FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. TARIFA DE USO
DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO E TRANSMISSÃO.
INCIDÊNCIA NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS. DECISÃO
LIMINAR DEFERIDA. PRESSUPOSTOS NECESSÁRIOS À
CONCESSÃO DA ORDEM DEMONSTRADOS. I. Considerando
que o alcance da suspensão do processamento dos recursos
pendentes, determinada pelo artigo 1.037, inciso II, do Código de
Processo Civil, não impede a apreciação e concessão, em
qualquer fase do processo, de pedido de tutela provisória de
urgência ou liminar em mandados de segurança, desde que
comprovados os requisitos próprios, necessária a retomada do
julgamento desse Agravo de Instrumento, tendo em vista que o
cerne da insurgência cinge-se, apenas, na reforma da decisão de
primeiro grau que concedeu o pedido liminar formulado pelo
agravado, consubstanciado na abstenção de inserção na base de
cálculo do ICMS das tarifas de uso e distribuição (TUST/TUSD).
II. No mandado de segurança, a concessão de liminar está
condicionada à necessária existência de plausibilidade jurídica do
direito invocado e urgência na concessão da medida. III. Na
espécie, a plausibilidade jurídica do direito invocado exsurge do
posicionamento majoritário do Superior Tribunal de Justiça, que
tem se inclinado no sentido de que a Taxa de Uso do Sistema de
Transmissão de Energia Elétrica (TUST) e a Taxa de Uso do
Sistema de Distribuição de Energia Elétrica (TUSD) não fazem
parte da base de cálculo do ICMS. IV. A urgência na concessão
da medida, por sua vez, decorre do fato de que os efeitos
concretos do ato fustigado importam em evidente prejuízo à parte
impetrante, pelo recolhimento indevido de tributos. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E IMPROVIDO.” (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5451054-33.2017.8.09.0000, Rel. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO, 1ª Câmara Cível, julgado em 11/10/2019, DJe de
11/10/2019)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C


REPETIÇÃO DE INDÉBITO. I- AGRAVO INTERNO
PREJUDICADO. Embora o artigo 1.021 do Código de Processo
Civil possibilite a apresentação de Agravo Interno, no prazo de 15
(quinze) dias, em face de decisão liminar do Relator, referido
recurso tornou-se prejudicado, na medida em que o Agravo de
Instrumento encontra-se pronto para julgamento, ante a sua
completa instrução. II- AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. O Agravo de Instrumento é
recurso secundum eventum litis e deve limitar-se ao exame do
acerto ou desacerto do que ficou soberanamente decidido pelo
juízo singular, não podendo extrapolar o âmbito para matéria
estranha ao ato judicial vergastado, não sendo lícito ao juízo ad

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
quem antecipar-se sobre o julgamento do mérito da demanda,
sob pena de suprimir um grau de jurisdição. III- TUTELA DE
URGÊNCIA. REQUISITOS PREENCHIDOS. Para a concessão
da tutela de urgência, o artigo 300 do Código de Processo Civil
exige a presença de elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo. Na hipótese dos autos, em sede de cognição sumária e
não exauriente, exsurge a probabilidade do direito invocado, na
medida em que o entendimento do STJ é que não fazem parte da
base de cálculo do ICMS a TUST (Tarifa de Uso do Sistema de
Transmissão) e o TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de
Distribuição). Ressai, de igual forma, o perigo de dano, porquanto
o não deferimento da medida vindicada pelo
contribuinte/agravado, implica no pagamento indevido do imposto
embutido na fatura mês a mês, ou, ainda, no risco de interrupção
do fornecimento de energia em caso de inadimplência do mesmo.
IV- REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO STF (RE
593.824/SC). MATÉRIA DIVERSA DESTE CASO. Em relação ao
pedido de suspensão do processo em razão do reconhecimento
de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal (RE
593.824/SC), verifico que o caso em discussão não guarda
correspondência com o tema abrangido pelo referido precedente,
haja vista que aquele trata sobre a incidência de ICMS sobre a
demanda contratada na base de cálculo das operações
envolvendo energia elétrica. A propósito, importante salientar que
o Supremo Tribunal Federal, ao submeter o tema 956 ao plenário
virtual, não reconheceu a repercussão geral da matéria atinente à
"inclusão da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) e
da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) na base de
cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS)
incidente sobre energia elétrica", (Recurso Extraordinário nº
1041816), por se tratar de questão infraconstitucional. AGRAVO
DE INSTRUMENTO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.
AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.” (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5093460-66.2019.8.09.0000, Rel. CARLOS
ROBERTO FÁVARO, 1ª Câmara Cível, julgado em 21/08/2019, DJe de
21/08/2019)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA. TUSD


E TUST. I - Suspensão do processamento do feito. Artigo 1.037,
inciso II, do CPC/2015. Extensão. O Superior Tribunal de Justiça,
por meio de decisão proferida no ProAfR no REsp 1.657.156/RJ,
definiu o alcance da suspensão do processamento dos recursos
pendentes, determinada pelo artigo 1.037, inciso II, do Código de
Processo Civil de 2015, no sentido de que, em casos tais, nada
impede a apreciação e concessão, em qualquer fase do
processo, do pedido de tutela provisória de urgência, desde que
comprovados os requisitos do artigo 300 do CPC/2015. II -
Cobrança do ICMS sobre tarifa de uso do sistema de transmissão
(TUST) e de distribuição de energia elétrica (TUSD/EUSD).

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
Requisito necessário para concessão da liminar. Relevância dos
motivos em que se assenta o pedido exordial. Comprovação.
Demonstrada a existência de fundamento relevante para fins da
concessão da liminar postulada pela requerente/agravada no
juízo de origem, haja vista que, conforme entendimento
jurisprudencial desta Corte de Justiça e do STJ, as tarifas de uso
do sistema de transmissão (TUST) e de distribuição de energia
elétrica (TUSD/EUSD) não podem fazer parte da base de cálculo
do ICMS. III - Perigo de Dano ou risco de ineficácia do tardio
reconhecimento do direito. Comprovação. Há perigo de dano ou
risco de ineficácia do tardio reconhecimento do direito, pois, se
não houver o afastamento da cobrança do ICMS sobre as
denominadas tarifas de uso do sistema de transmissão (TUST) e
de distribuição de energia elétrica (TUSD/EUSD), poderá haver
prejuízo às autora/agravada e indevida interferência no seu
patrimônio. Decisão agravada mantida neste ponto. Presentes os
requisitos indispensáveis a manutenção da decisão agravada na
parte em que deferiu a liminar postulada pela agravada é medida
que se impõe (plausibilidade do direito e o perigo de dano ou
risco ao resultado útil do processo). RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5506215-
28.2017.8.09.0000, Rel. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara
Cível, julgado em 20/05/2019, DJe de 20/05/2019)

Ainda, cumpre ressaltar que a concessão da tutela não resulta no esgotamento do


objeto da ação, notadamente por se tratar de ordem precária, que pode ser modificada
a qualquer tempo e que não possui risco de irreversibilidade.

Ao teor do exposto, julgo prejudicado o agravo interno interposto, conheço do


agravo de instrumento, mas lhe nego provimento, mantendo-se a decisão fustigada
tal como proferida.

É como voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
120/CL

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5189345.44.2018.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: ESTADO DE GOIÁS


AGRAVADA: CERVEJARIA GOIAZ LTDA- ME
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AGRAVO
INTERNO PREJUDICADO. JULGAMENTO DO RECURSO.
POSSIBILIDADE. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
TARIFA DE USO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO E
TRANSMISSÃO. INCIDÊNCIA NA BASE DE CÁLCULO DO
ICMS. DECISÃO LIMINAR DEFERIDA. PRESSUPOSTOS
NECESSÁRIOS À CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA
DEMONSTRADOS. 1. Estando o agravo de instrumento pronto
para receber julgamento de mérito, deve ser julgado prejudicado
o agravo interno manejado contra a decisão que lhe concedeu
efeito suspensivo. 2. O alcance da suspensão do
processamento dos recursos pendentes, determinada pelo
artigo 1.037, inciso II, do CPC, não impede a apreciação e
concessão, em qualquer fase do processo, de pedido de
tutela provisória de urgência, desde que comprovados os
requisitos legais, assim, necessária a retomada do
julgamento do presente agravo. 3. O artigo 300 do CPC
exige, para concessão da tutela de urgência, a presença de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No
caso, em sede de cognição sumária e não exauriente,
verifica-se a probabilidade do direito, uma vez que o
entendimento majoritário do STJ é de que não fazem parte da
base de cálculo do ICMS a TUST (Tarifa de Uso do Sistema
de Transmissão) e o TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de
Distribuição). Ainda, o perigo de dano está presente, pois o
indeferimento da tutela ao contribuinte resulta no pagamento
do imposto embutido na fatura mês a mês e na possibilidade
de interrupção do fornecimento de energia em caso de
inadimplência. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. AGRAVO
DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5189345.44,
acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo, mas lhe negar provimento e julgar prejudicado o agravo interno, nos
termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5189345.44.2018.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AGRAVO
INTERNO PREJUDICADO. JULGAMENTO DO RECURSO.
POSSIBILIDADE. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
TARIFA DE USO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO E
TRANSMISSÃO. INCIDÊNCIA NA BASE DE CÁLCULO DO
ICMS. DECISÃO LIMINAR DEFERIDA. PRESSUPOSTOS
NECESSÁRIOS À CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA
DEMONSTRADOS. 1. Estando o agravo de instrumento pronto
para receber julgamento de mérito, deve ser julgado prejudicado
o agravo interno manejado contra a decisão que lhe concedeu
efeito suspensivo. 2. O alcance da suspensão do processamento
dos recursos pendentes, determinada pelo artigo 1.037, inciso II,
do CPC, não impede a apreciação e concessão, em qualquer
fase do processo, de pedido de tutela provisória de urgência,
desde que comprovados os requisitos legais, assim, necessária a
retomada do julgamento do presente agravo. 3. O artigo 300 do
CPC exige, para concessão da tutela de urgência, a presença de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No caso, em
sede de cognição sumária e não exauriente, verifica-se a
probabilidade do direito, uma vez que o entendimento majoritário
do STJ é de que não fazem parte da base de cálculo do ICMS a
TUST (Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão) e o TUSD
(Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição). Ainda, o perigo de
dano está presente, pois o indeferimento da tutela ao contribuinte
resulta no pagamento do imposto embutido na fatura mês a mês
e na possibilidade de interrupção do fornecimento de energia em
caso de inadimplência. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:38:02

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5434012.97.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BRENO ALVES DE ALMEIDA LIMA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE SAO JOAO DALIANÇA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRENO ALVES DE ALMEIDA LIMA


ADVG. PARTE : 14600 GO - FABIANA KARLLA BANDEIRA CASTRO

PARTE INTIMADA : MUNICIPIO DE SAO JOAO DALIANÇA


ADVG. PARTE : 26100 GO - LUIS CESAR DE CASTRO MARTINS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5434012.97.2019.8.09.0000
COMARCA DE ALTO PARAÍSO

AGRAVANTE: BRENO ALVES DE ALMEIDA LIMA


AGRAVADO : MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA ALIANÇA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Conforme relatado, trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de tutela


antecipada recursal, interposto em face da decisão proferida pela Juíza de Direito da
Comarca de Alto Paraíso Goiás, Pedro Piazzalunga Cesário Pereira, nos autos da
Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa, ajuizada por MUNICÍPIO DE SÃO
JOÃO DA ALIANÇA, ora agravado, em desfavor de ATOS ANTÔNIO FERRONATO e
BRENO ALVES DE ALMEIDA LIMA, este último agravante.

Em proêmio, cumpre acrescentar que o agravo de instrumento é recurso secundum


eventum litis, devendo o órgão ad quem permanecer adstrito ao exame do acerto ou
desacerto da decisão agravada. Assim sendo, na espécie, ultrapassar os limites do
decisum objurgado, no intuito de perquirir sobre matérias de mérito ou de ordem
pública que, ainda, não foram objeto de análise na instância singular, representa
indevida supressão de instância.

Ilustro:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVENTÁRIO.


RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. PRIMEIRAS

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
DECLARAÇÕES. DETERMINAÇÃO DE CITAÇÃO DOS
HERDEIROS E DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL.
COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO. DESNE-CESSIDADE. 1.
O Agravo de Instrumento é um recurso secundum eventum
litis, logo, deve o Tribunal limitar-se apenas ao exame do
acerto, ou desacerto, da decisão atacada, no aspecto da
legalidade, uma vez que ultrapassar seus limites, ou seja,
perquirir sobre argumentações meritórias, ou matérias de
ordem pública não enfrentadas na decisão recorrida, seria
antecipar o julgamento de questões não apreciadas pelo
juízo de primeiro grau, o que importaria na vedada supressão
de instância. (…).” (TJGO, AI 337921-69.2015.8. 09.0000, Rel. Des.
FRANCISCO VILDON JOSÉ VALENTE, 5ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
14/01/2016, DJe 1954 de 22/01/2016) (grifei).

Desse modo, considerando os limites do agravo de instrumento, comportável,


por ora, averiguar, tão somente, o acerto ou o desacerto da decisão proferida
pelo juízo singular, que recebeu a inicial da ação civil pública e decretou a
indisponibilidade de bens do agravante e do réu Atos Antônio Ferronato.
Confira-se:

“2. Primeiramente, verifico que o processo se encontra na fase de


recebimento da petição inicial, ou seja, no momento em que se
deve realizar o juízo de prelibação, nos moldes do art. 17, §8º, da
Lei 8.429/92.
Noto que não foram apresentadas outras manifestações ou
documentos pelas partes rés capazes de convencer o Juízo,
neste momento, da rejeição da ação, da inexistência do ato de
improbidade, da improcedência do feito ou inadequação da via
eleita (art. 17, §8º L. 8.429/92), motivo pelo qual reputo ser o
caso de dar prosseguimento a demanda.
Com efeito, em tais circunstâncias, sem comprometer o
julgamento do mérito do pedido, é razoável receber a petição
inicial para melhor apurar os fatos. Senão vejamos:
(…)
3. Destarte, ante a existência de indícios de ato ímprobo, bem
como que em sede de ação civil pública vigora o princípio do in
dubio pro societate, RECEBO a petição inicial, nos termos do art.
17, §9º da Lei nº 8.429/92.
4. Passo, pois, a análise do novo pedido de indisponibilidade de
bens dos requeridos realizado pelo Ministério Público (fls.
360/370). Têm-se que se trata de medida natureza cautelar
prevista no artigo 7º da Lei nº 8.429/92.
Deveras, a concessão de qualquer medida liminar, seja ela

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
antecipatória ou cautelar, pressupõe, via de regra, a existência de
dois requisitos basilares, quais sejam: o fumus boni iuris e o
periculum in mora.
Para a caracterização do fumus boni iuris, entende-se bastante a
existência de indícios razoáveis de responsabilidade dos réus na
suposta prática de atos de improbidade que tenham acarretado
prejuízo ao erário.
No caso em exame, nesta análise superficial e não exauriente,
restou devidamente demonstrada a plausibilidade das lesões
alegadas pela parte autora, uma vez que foram identificadas
vários vícios nos procedimentos licitatórios, tais como ausência
de ampla publicidade, delimitação vaga do objeto que seria
adquirido, valor excedente ao que supostamente valeria, entre
outros.
Destarte, diante da força probante da documentação carrada aos
autos, subsidiando, em princípio, todos os pontos apresentados
pela parte autora e Ministério Público. De toda forma, neste
momento, não é oportuno ingressar na análise pormenorizada
das provas a fim de se evitar um juízo antecipado de mérito.
Por sua vez, em relação ao requisito periculum in mora, verifico
que, para ações desta natureza, em que se apura a suposta
prática de ato de improbidade, a antecipação da tutela prescinde
da sua demonstração, pois tal requisito milita em favor da
sociedade em virtude dos princípios da Supremacia do Interesse
Público e de sua Indisponibilidade.
Neste sentido, colhe-se o seguinte excerto de aresto do Superior
Tribunal de Justiça julgado sob o regime de recursos repetitivos:
(…)
Assim, a decretação de indisponibilidade de bens dispensa a
demonstração da intenção do agente em dilapidar o seu
patrimônio pessoal, satisfazendo-se com a gravidade dos fatos e
do montante do possível prejuízo presumidamente causado ao
erário.
Outrossim, importa registrar ainda, com base na interpretação
jurisprudencial emanada do Superior Tribunal de Justiça, que a
indisponibilidade ou bloqueio de bens não se limita aos bens
porventura resultantes da conduta ímproba, mas a todos os de
propriedade do réu, até o limite do valor do dano ocasionado ao
erário.
(…)
Passando assim as coisas, vislumbro no vertente caso, em juízo
de cognição sumária, que as alegações formuladas pelo
requerente se revestem do chamado fumus boni iuris, pois, como
destacado anteriormente, são bastantes os indícios da prática de

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
ato de improbidade.
Ademais, a futura reversibilidade da medida é perfeitamente
viável, sendo que não haverá, no momento, o repasse de
eventual verba bloqueada, tampouco a alienação de eventuais
bens bloqueados, motivo pelo qual o deferimento da liminar é
medida que se impõe.
Diante disso, com sucedâneo na motivação supra, DEFIRO o
pedido liminar formulado pelo Parquet às fls. 360/370.
4.1 Para tanto, DECRETO a indisponibilidade de bens de cada
um dos réus (ATOS ANTÔNIO FERRONATO E BRENO ALVES
DE ALMEIDA LIMA) até o limite do suposto dano causado, qual
seja, R$ 174.000,00 (cento e setenta e quatro mil reais), e em
razão disso promovo e/ou determino:
a) solicitação de bloqueio junto ao sistema conveniado BacenJud,
conforme extrato em anexo, a fim de arrestar ativos financeiros
do réu no montante indicado. Decorridas 48 (quarenta e oito)
horas, promoverei a juntada da respectiva resposta aos autos;
b) consulta via sistema conveniado RENAJUD, a fim de lançar
restrição de transferência aos veículos eventualmente livres de
outros impedimentos, conforme extrato em anexo;
c) expedição de ofício aos Cartórios de Registro de Imóveis da
Comarca de Alto Paraíso de Goiás/GO, Serventia de Alto Paraíso
de Goiás/GO e São João D’Aliança/GO, para averbação de
indisponibilidade junto à matrícula de eventuais bens registrados
em nome do réu até o valor do prejuízo anunciado na inicial,
comunicando a este Juízo o resultado no prazo de 10 (dez) dias;
d) inscrição do CPF do réu no Cadastro Nacional de
Indisponibilidade de Bens – CNIB.
5. Quanto aos pedidos de gratuidade da justiça, vejo que, a
princípio e principalmente o primeiro requerido, ostentam sinais
indicativos de riqueza e de efetiva capacidade contributiva para
arcar com as custas do processo, contrários às suas alegações
de insuficiência de recursos.
Sim, porque os postulantes não trouxeram nenhum documento
capaz de confirmar as declarações de pobrezas firmadas, não
estando o Juiz obrigado a acatar a simples alegação das partes.
Assim e a princípio, possível imaginar possuírem condições
financeiras para suportarem as despesas da ação, razão pela
qual, na esteira do disposto no art. 99, §2º, do CPC, se faz
necessária a comprovação de suas hipossuficiências.
5.1 Portanto, os réus deverão juntar aos autos a última
declaração de imposto de renda, os comprovantes de
movimentação bancária financeira dos últimos 3 (três) meses e

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
os comprovantes de renda/pensão dos últimos 03 (três) meses,
as cópias de CTPS, além da justificativa para concessão integral
da benesse.
6. Já em relação ao pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal,
passo a decidir.
O sigilo bancário, como já sabido, é protegido pela Carta Magna,
por ser abarcado pela intimidade do cidadão.
No entanto, devido ao fato de que nenhum princípio
constitucional é absoluto e, em face à ponderação de interesses,
o sigilo pode ser quebrado, desde que autorizado pelo Poder
Judiciário, conforme dispõe a Lei 4.596/64 (Lei do Sigilo
Bancário) e Lei Complementar nº 105/2001.
Porém, a quebra de sigilo fiscal e bancário são medidas extremas
e devem ser deferidas em casos pontuais que justifique a
providência para fins de investigação criminal ou no caso de
interesse público, nas hipóteses de lesão ao erário.
No caso, tenho que, por ora, a medida deve ser indeferida, vez
que sua concessão necessita de esgotamento das outras demais
diligências que possibilitem o esclarecer dos fatos, sendo, essa
medida única e imprescindível para deslinde do feito.
Como acima determinado, os réus terão seus bens
indisponibilizados para garantia de ressarcimento ao erário, caso
condenados. Ademais, vê-se que para elucidação dos atos de
improbidade levantados neste procedimento, não se faz
necessária a medida extrema requerida, tendo que caso haja
fraude/vícios no procedimento licitatório, esta medida em nada
modificaria o feito.
Ademais, vale registrar que, havendo modificação dos fatos, as
partes poderão levar essa discussão do decorrer do
procedimento.
6.1 Pelo exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE QUEBRA DE
SIGILO FISCAL E BANCÁRIO.” (movimentação 06/arquivos
03 e 04)

No caso em análise, verifica-se que o juiz a quo, após oportunizar o oferecimento das
manifestações prévias pelos réus, realizou uma análise cognitiva acerca da viabilidade
da demanda, realizando um juízo positivo, em razão da existência de indícios
suficientes da prática de atos de improbidade administrativa.

Vigora, por ocasião do recebimento da petição inicial em ações civis de improbidade


administrativa, o princípio do in dubio pro societate, ou seja, eventual dúvida não
constitui óbice para que o Estado-Juiz receba a respectiva peça de ingresso, quando

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
na espécie concorrerem elementos de convicção mínimos e suficientes que apontem
para a violação da moralidade qualificada.

Por pertinente, confira-se o disposto no artigo 17, §§ 6º, 7º, 8º e 9º, da Lei nº 8.429/92,
verbis:

“ Artigo 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será


proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica
interessada, dentro de 30 (trinta) dias da efetivação da medida
cautelar.
(…)
§6º. A ação será instruída com documentos ou justificação que
contenham indícios suficientes da existência do ato de
improbidade administrativa ou com razões fundamentadas da
impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas,
observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas
nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil.
§7º. Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e
ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação
por escrito, que poderá ser instruída com documentos e
justificações, dentro do prazo de 15 (quinze) dias.
§8º. Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de 30 (trinta) dias,
em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da
inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou
da inadequação da via eleita.
§9º. Recebida a petição inicial, será o réu citado para oferecer
contestação.”

O objetivo primordial da fase preliminar do artigo 17, da Lei nº 8.429/92 é evitar o


ajuizamento de ações temerárias, sendo o caso de rejeição da petição inicial quando o
juiz se convencer da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou
da inadequação da via eleita.

Assim sendo, o recebimento da petição inicial de Ação Civil Pública para apuração de
ato de improbidade administrativa não tem natureza meritória, analisando-se tão
somente se há indícios suficientes para a propositura da ação, tratando-se de mero
juízo superficial.

Não se pode supor, todavia, que o autor deva comprovar, no ato da propositura, de

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
modo cabal e irrefutável, todos os fatos alegados, já que essa exigência afrontaria o
devido processo legal e não atenderia ao interesse público a que visa resguardar.

Nesse sentido, é o percuciente magistério dos ínclitos jurisconsultos Emerson Garcia e


Rogério Pacheco Alves, ipsis litteris:

“Do contrário, se terá por ferido o direito à prova do alegado no


curso do processo (art. 5º, LV), esvaziando-se, no plano fático, o
direito constitucional de ação (art. 5º, XXXV) e impondo-se
absolvição liminar sem processo. Relembre-se, mais uma vez,
que o momento preambular, antecedente ao recebimento da
inicial, não se volta a um exame aprofundado da causa petendi
exposta pelo autor em sua vestibular, servindo precipuamente,
como já dito, como instrumento de defesa da própria jurisdição,
evitando lides temerárias. Poderíamos afirmar, sem medo, que,
tal como se verifica na seara processual penal, deve o
Magistrado, nesse momento, servir-se do princípio in dubio pro
societate, não coartando, de forma perigosa, a possibilidade do
êxito do autor em comprovar, durante o processo, o alegado na
inicial.” (in Improbidade Administrativa. 6ª ed. rev. atual. Ampl. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 862)

Acerca do tema, impende citar o brilhante voto do ministro Herman Benjamin, in verbis:

“ ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO


ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. DEFICIÊNCIA
NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284/STF. IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CABIMENTO.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL. ART. 17, §§ 6° E 7°, DA
LEI 8.429/1992. (...) 6. (…). 7. É descabido pretender que, na
Ação Civil Pública, a petição inicial seja uma versão antecipada
da sentença, uma espécie de bula de remédio que, de tão
precisa e minuciosa, prescinde da instrução, tendo em vista que
já antecipa tudo o que, em outras modalidades de ação, caberia
descobrir e provar em juízo. 8. A Lei da Improbidade
Administrativa exige que a ação seja instruída com,
alternativamente, 'documentos' ou 'justificação' que 'contenham
indícios suficientes do ato de improbidade' (art. 17, § 6°). Trata-
se, como o próprio dispositivo legal expressamente afirma, de
prova indiciária, isto é, indicação pelo autor de elementos
genéricos de vinculação do réu aos fatos tidos por
caracterizadores de improbidade. 9. Tão grande foi a
preocupação do legislador com a efetiva repressão aos atos de
improbidade e com a valorização da instrução judicial que até
mesmo esta prova indiciária é dispensada quando o autor, na

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
petição inicial, trouxer 'razões fundamentadas da impossibilidade
de apresentação de qualquer dessas provas' (art. 17, § 6°). 10. O
objetivo da decisão judicial prevista no art. 17, § 7°, da Lei
8.429/1992 é tão-só evitar o trâmite de ações clara e
inequivocamente temerárias, não se prestando para, em
definitivo, resolver – no preâmbulo do processo e sem
observância do princípio in dubio pro societate aplicável na
rejeição da ação de improbidade administrativa – tudo o que, sob
a autoridade, poder de requisição de informações protegidas
(como as bancárias e tributárias) e imparcialidade do juiz, haveria
de ser apurado na instrução. 11. Recurso Especial não provido.”
(STJ - REsp 1108010/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe 21/08/2009)

Assim, para atender ao disposto no § 6º do artigo 17 da Lei Federal nº 8.429/92, basta


que o autor apresente indícios capazes de embasar a imputação, isto é, que denotem
a materialidade do tipo e sinalize sua autoria.
Diante desses apontamentos, tenho que no caso em apreciação, se encontram
presentes os indícios da prática de ato de improbidade administrativa, os quais, de
uma análise superficial, emergem da ampla documentação carreada pelo Ministério
Público, autor da presente ação, de modo que o recebimento da petição inicial da
Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa, nos termos em que
proferido, não merece reforma.

A título de ilustração e ratificação dos argumentos expostos, são os julgados oriundos


desta casa de Justiça, no sentido de se manter a decisão que recebe a petição da
ação de improbidade, com avaliação da existência de indícios da prática do ato
ímprobo e de elementos de justa causa, verbis:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR


ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. IMPRESCRITIBILIDADE. JUÍZO
PRELIBATÓRIO. RECEBIMENTO DA INICIAL E
DEFERIMENTO DE LIMINAR. COGNIÇÃO SUMÁRIA.
PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO SOCIETATE. REQUISITOS.
PRESENÇA. INTELECÇÃO DOS ARTS. 5º E 7º, PARÁGRAFO
ÚNICO DA LEI Nº 8.429/92. 1. O agravo de instrumento tem
natureza secundum eventum litis, devendo o Relator limitar-se ao
exame do acerto ou desacerto do que fora decidido pelo Juiz de
Direito na instância singela, sendo defeso conhecer de questões
não apreciadas pelo juízo singular, sob pena de supressão de
instância. 2. São imprescritíveis as ações que visam ao
ressarcimento do erário, nos termos do art. 37, § 5º da CF/88.
Precedentes do STF. 3. Vislumbrados indícios de improbidade
administrativa, lícito o recebimento da petição inicial, diante do
princípio in dubio pro societate, que deve informar a tutela

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
jurisdicional voltada à proteção do patrimônio público. 4.
Irrecusável o acerto da decisão verberada, pois o recebimento da
inicial e a indisponibilidade dos bens do agravante decorreram de
indícios bastantes e suficientes à deflagração da ação civil
pública, constituindo a medida liminar em instrumento efetivo
para eventual reparação dos danos causados ao erário, razão
pela qual sua manutenção é medida imperativa. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, AI nº
231008-29.2016.8.09.0000, Rel. Des. Sandra Regina Teodoro Reis, 6ª
Câmara Cível, julgado em 21/03/2017, DJe 2237 de 27/03/2017)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR


ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RECEBIMENTO
DA INICIAL. ART. 17, § 8º, LEI FEDERAL N.º 8.429/92.
INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA E MATERIALIDADE.
NÃO DEMONSTRAÇÃO, NA DEFESA PRELIMINAR, DA
INEXISTÊNCIA DE ATO ÍMPROBO. I - Segundo estabelece o
art. 17, § 8º, Lei federal n.º 8.429/92, a rejeição da petição inicial
da ação de improbidade administrativa somente tem lugar
quando o magistrado, no exercício do juízo de admissibilidade, se
convencer de forma cabal, diante dos fatos e documentos
apresentados, “da inexistência do ato de improbidade, da
improcedência da ação ou da inadequação da via eleita”. Logo, o
recebimento da inicial pressupõe a aferição de justa causa para a
ação civil por ato de improbidade administrativa - indícios
suficientes de autoria e de materialidade -, à semelhança do que
ocorre no processo penal, e não que o julgador promova
exaustivo exame de provas ao modo de divisar futura
probabilidade de condenação dos agentes, até porque inconteste
a prevalência do princípio in dubio pro societate em
procedimentos desse jaez. II - No caso dos autos, o agravante
não negou a prática do ato a si imputado, sendo que sua
valoração, à luz da Lei nº 8.429/92, depende de dilação
probatória estranha ao juízo delibatório da inicial. III - Agravo
conhecido, mas desprovido.” (TJGO, AI nº 183707-
86.2016.8.09.0000, Rel. Des. Beatriz Figueiredo Franco, 3ª CC, julgado
em 14/02/2017, DJe 2218 de 24/02/2017)

Além disso, vale esclarecer que o magistrado singular, ao vislumbrar a presença dos
requisitos para a concessão da medida liminar de indisponibilidade de bens com o
bloqueio junto ao sistema conveniado BacenJud, pelo menos em proêmio, houve por
bem deferi-la, mediante sumária e perfunctória cognição.

Sob este prisma, enfatizo que o deferimento ou não de tal medida constitui uma
reserva afeta ao juiz do feito, inserido em seu livre convencimento face à cognição
sumária dos elementos que lhe informam ao prolatar a decisão pleiteada e somente
será reformada se estiver eivada de ilegalidade gritante ou se vier com coloração de

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
teratologia, hipóteses não verificadas na situação versada.

Logo, havendo elementos que enaltecem a probabilidade do direito invocado e sendo


o perigo da demora presumido (vide STJ, REsp 1366721/BA, Rel. Ministro
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro OG FERNANDES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/02/2014, DJe 19/09/2014), constitui a medida
liminar um instrumento efetivo para eventual reparação dos danos causados ao erário,
razão pela qual sua manutenção é medida imperativa.

Nesse contexto, como ponderado pela douta Procuradoria-Geral de Justiça em sua


manifestação (movimentação 17):

“A Lei de Improbidade Administrativa, com o intuito de garantir o


ressarcimento ao erário lesado pelos atos ímprobos, trouxe à
baila dispositivos de natureza cautelar, dentre os quais se
destacam: a indisponibilidade de bens, o sequestro de bens e o
afastamento cautelar do agente público de seu cargo ou função.
(…)
A indisponibilidade de bens se reveste de natureza cautelar,
como medida adotada pelo magistrado, visando resguardar
eventual condenação e ressarcimento ao erário, como
vergastadamente demonstrado nos autos principais e nas
contrarrazões recursais.
O juízo de 1º grau, ao enfrentar o pedido de tutela provisória
interposto, muito além de explanar seu convencimento frente às
provas apresentadas, o fez acostado em entendimentos
jurisprudenciais, o que reveste a decisão de legalidade.
Ademais, a concessão ou não de liminar decorre da livre
convicção e arbítrio do magistrado e somente pode ser revista
pela instância revisora se houver manifesta ilegalidade ou abuso
de poder, o que não se mostra no caso vertente.
É sabido que o deferimento da liminar exsurge do exame da
situação posta ao magistrado para vislumbrar a presença dos
pressupostos e requisitos pertinentes, quais sejam, o fumus boni
iuris e o periculum in mora.
No caso em exame, restaram demonstradas a fumaça do bom
direito e o perigo da demora, fatos esses que ensejaram o
deferimento do pedido liminar pleiteado.
Portanto, verifica-se que não merece qualquer censura a decisão
agravada, porquanto o Juiz de Direito agiu no exercício do seu
livre e prudente arbítrio, externando satisfatoriamente as razões

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
motivadoras do seu convencimento, tal qual lhe autoriza o
ordenamento jurídico.”

Sobre o assunto, eis a jurisprudência desta Casa:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LIMINAR DE
INDISPONIBILIDADE DE BENS CONCEDIDA. REQUISITOS
LEGAIS PREENCHIDOS. P a r a o d e f e r i m e n t o l i m i n a r d e
bloqueio/indisponibilidade de bens no âmbito de ação civil pública por ato
de improbidade administrativa, basta a presença, concomitante, dos
requisitos legais do fumus boni iuris e do periculum in mora, sendo este
último presumido conforme orientação firmada pelo Superior Tribunal de
Justiça. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO DE
PRIMEIRO GRAU MANTIDA.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5206415-40.2019.8.09.0000, Rel. ORLOFF NEVES ROCHA, 1ª Câmara
Cível, julgado em 05/12/2019, DJe de 05/12/2019)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR


ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CAUTELAR DE
INDISPONIBILIDADE DE BENS. NECESSIDADE DE
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS "FUMUS BONI IURIS" E
"PERICULUM IN MORA". INDÍCIOS DE RESPONSABILIDADE
NA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE. PERICULUM IN
MORA PRESUMIDO QUANTO AOS DANOS MATERIAIS. (...) 4.
Nos termos do art. 7º da Lei 8.429/1992, existindo fortes indícios da
responsabilidade dos agentes públicos na prática de ato de improbidade
que tenha causado lesão ao patrimônio público ou ensejado
enriquecimento ilícito (fumus boni iuris), justifica-se a indisponibilidade
liminar de bens destes, com o escopo de garantir eventual ressarcimento
ao erário a título de danos materiais, dispensada a comprovação do
periculum in mora, que, na espécie, é presumido. (...)” (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5302584-89.2019.8.09.0000, Rel. ZACARIAS
NEVES COELHO, 2ª Câmara Cível, julgado em 14/11/2019, DJe de
14/11/2019)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR


ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. MEDIDA LIMINAR DE
INDISPONIBILIDADE DE BENS. POSSIBILIDADE.
PERICULUM IN MORA PRESUMIDO. RECURSO REPETITIVO
TEMA Nº 701. INDÍCIOS DE QUE O RÉU FOI BENEFICIADO
PELA PRÁTICA DE ATO ÍMPROBO. INTELIGÊNCIA DO
ARTIGO 3º DA LEI FEDERAL Nº 8.429, DE 02 DE JUNHO DE
1992. FUMUS BONI IURIS CONFIGURADO. DECISÃO

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
MANTIDA. (...) 2. A indisponibilidade de bens do gestor público ou
daquele beneficiado pela prática de ato ímprobo encontra previsão nos
artigos 37, § 4º, da Constituição Federal, e 7º, parágrafo único, da Lei
federal nº 8.429, de 02 de junho de 1992. 3. O colendo Superior Tribunal
de Justiça, no julgamento do REsp nº 1.366.721/BA, submetido ao rito
dos recursos repetitivos, assentou o entendimento de ser desnecessária,
em sede de ação civil pública por ato de improbidade administrativa, a
prova do perigo da demora, o qual reputa-se presumido, devendo ser
deferida cautelarmente a indisponibilidade de bens do réu quando
presentes fortes indícios de responsabilidade pela prática do ato ímprobo
ou, ainda, quando auferido benefício em decorrência de sua execução,
nos termos do artigo 3º da Lei federal nº 8.429, de 02 de junho de 1992.
4. Na espécie, evidencia-se a provável prática de ato de improbidade
administrativa, bem como de que o agravante se beneficiou de sua
prática, na medida em que lesiona o erário estadual e viola os princípios
da administração pública. (...)” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5206358-22.2019.8.09.0000, Rel. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, 4ª
Câmara Cível, julgado em 13/11/2019, DJe de 13/11/2019)

Destarte, estando a decisão atacada em harmonia com os fatos demonstrados nos


autos e, não tendo sido constatada nenhuma ilegalidade ou arbitrariedade, não
merece acolhimento a pretensão do agravante, motivo pelo qual deve ser mantida a
decisão recorrida da forma em que proferida.

Ante o exposto, conheço do recurso de agravo de instrumento, mas lhe nego


provimento, para manter inalterada a decisão agravada por estes e por seus próprios
fundamentos.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
116 /LE

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5434012.97.2019.8.09.0000


COMARCA DE ALTO PARAÍSO

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AGRAVANTE: BRENO ALVES DE ALMEIDA LIMA
AGRAVADO : MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA ALIANÇA
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL


PÚBLICA POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. JUÍZO PRELIBATÓRIO.
RECEBIMENTO DA INICIAL. COGNIÇÃO SUMÁRIA.
PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO SOCIETATE. REQUISITOS
PRESENTES. INDISPONIBILIDADE DE BENS.
POSSIBILIDADE. FUMUS BONI IURIS DEMONSTRADO.
PERICULUM IN MORA PRESUMIDO. DECISÃO MANTIDA. 1.
O agravo de instrumento tem natureza secundum eventum litis,
devendo o Relator limitar-se ao exame do acerto ou desacerto do
que fora decidido pelo Juiz de Direito na instância singela, sendo
defeso conhecer de questões não apreciadas pelo juízo singular,
sob pena de supressão de instância. 2. Para que a inicial da ação
civil pública por improbidade administrativa seja recebida, basta
que o juiz verifique as condições da ação, bem como a existência
de justa causa, consistente em indícios mínimos de autoria e
materialidade do ato de improbidade, o que se verifica no caso
em comento. 3. O recebimento da petição inicial de Ação Civil
Pública para apuração de ato de improbidade administrativa não
tem natureza meritória, analisando-se tão somente se há indícios
suficientes para a propositura da ação, tratando-se de mero juízo
superficial, no qual impera o princípio do in dubio pro societate. 4.
O deferimento ou não da medida liminar de indisponibilidade de
bens com o bloqueio junto ao sistema conveniado BacenJud,
constitui uma reserva afeta ao juiz do feito, inserido em seu livre
convencimento face à cognição sumária dos elementos que lhe
informam ao prolatar a decisão pleiteada e somente será
reformada se estiver eivada de ilegalidade gritante ou se vier com
coloração de teratologia. In casu, havendo elementos que
enaltecem a probabilidade do direito invocado e sendo o perigo
da demora presumido, constitui a medida liminar um instrumento
efetivo para eventual reparação dos danos causados ao erário,
razão pela qual sua manutenção é medida imperativa.
Precedentes do STJ e deste Tribunal de Justiça. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.
ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5434012.97,
acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo, mas lhe negar provimento, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5434012.97.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. JUÍZO PRELIBATÓRIO.
RECEBIMENTO DA INICIAL. COGNIÇÃO SUMÁRIA.
PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO SOCIETATE. REQUISITOS
PRESENTES. INDISPONIBILIDADE DE BENS.
POSSIBILIDADE. FUMUS BONI IURIS DEMONSTRADO.
PERICULUM IN MORA PRESUMIDO. DECISÃO MANTIDA. 1.
O agravo de instrumento tem natureza secundum eventum litis,
devendo o Relator limitar-se ao exame do acerto ou desacerto do
que fora decidido pelo Juiz de Direito na instância singela, sendo
defeso conhecer de questões não apreciadas pelo juízo singular,
sob pena de supressão de instância. 2. Para que a inicial da ação
civil pública por improbidade administrativa seja recebida, basta
que o juiz verifique as condições da ação, bem como a existência
de justa causa, consistente em indícios mínimos de autoria e
materialidade do ato de improbidade, o que se verifica no caso
em comento. 3. O recebimento da petição inicial de Ação Civil
Pública para apuração de ato de improbidade administrativa não
tem natureza meritória, analisando-se tão somente se há indícios
suficientes para a propositura da ação, tratando-se de mero juízo
superficial, no qual impera o princípio do in dubio pro societate. 4.
O deferimento ou não da medida liminar de indisponibilidade de
bens com o bloqueio junto ao sistema conveniado BacenJud,
constitui uma reserva afeta ao juiz do feito, inserido em seu livre
convencimento face à cognição sumária dos elementos que lhe
informam ao prolatar a decisão pleiteada e somente será
reformada se estiver eivada de ilegalidade gritante ou se vier com
coloração de teratologia. In casu, havendo elementos que
enaltecem a probabilidade do direito invocado e sendo o perigo
da demora presumido, constitui a medida liminar um instrumento
efetivo para eventual reparação dos danos causados ao erário,
razão pela qual sua manutenção é medida imperativa.
Precedentes do STJ e deste Tribunal de Justiça. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido em Parte e Provido - Data da


Movimentação 20/02/2020 07:43:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5646812.76.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : GILBERTO MAIA DE ASSIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GILBERTO MAIA DE ASSIS


ADVG. PARTE : 41536 GO - LEANDRO MORAIS MAIA

PARTE INTIMADA : MARCELO MAIA DE ASSIS


ADVG. PARTE : 41536 GO - LEANDRO MORAIS MAIA

PARTE INTIMADA : FÁBIO FERNANDES FAGUNDES


ADVG. PARTE : 41536 GO - LEANDRO MORAIS MAIA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE


INSTRUMENTO Nº 5646812.76.2019.8.09.0000 da comarca de Jataí, em que figura
como agravante MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS e como agravados
GILBERTO MAIA DE ASSIS e OUTROS.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer em parte do Agravo de Instrumento e, nesta, dar-lhe provimento, nos
termos do voto da Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

VOTO

Em proêmio, analiso a preliminar de inadmissibilidade recursal por ausência


de adequação da via eleita, suscitada nas contrarrazões do presente Agravo de
Instrumento.

Como visto, trata-se de Agravo de Instrumento em face da decisão na Ação


de Execução para Entrega de Coisa Incerta com pedido de tutela de urgência,
proposta por GILBERTO MAIA DE ASSIS E OUTROS em desfavor de ANÉSIA LUZIA
VILELA DE MORAES E OUTROS, na qual o magistrado primevo homologou o acordo
firmado entre os exequentes e parte dos executados, extinguindo o feito com
resolução do mérito quanto a estes últimos.

Sem razão os agravados, posto que conforme estabelecido no o artigo 356 do


CPC, o recurso apropriado para insurgir contra decisão que julga parcialmente o mérito
do processo é o agravo de instrumento. Verbis:

Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais


dos pedidos formulados ou parcela deles:

I - mostrar-se incontroverso;

II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do


art. 355. (...)

§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por


agravo de instrumento.

Corroborando, o artigo 1015, inciso II, do mesmo Codex, dispõe que cabe
agravo de instrumento em face de decisões interlocutórias que versam sobre o mérito
do processo.

A propósito:

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NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
DECISÃO PARCIAL DE MÉRITO. INADEQUAÇÃO RECURSAL.
RECURSO CABÍVEL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRINCÍPIO
DA FUNGIBILIDADE. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO.
ADICIONAIS DE FÉRIAS. GRATIFICAÇÃO NATALINA. HORAS
EXTRAS E ADICIONAL NOTURNO. CÁLCULO SOBRE A
REMUNERAÇÃO. 1. A decisão que resolve parcialmente o
mérito da ação é passível de agravo de instrumento (artigo
356, § 5º, do CPC). 2. Configura erro grosseiro a interposição de
apelação da decisão interlocutória, não se admitindo a
fungibilidade do recurso por tratar-se de erro grosseiro. 3. A
remuneração e não o vencimento é a base de cálculo da hora
extra, do adicional de férias, gratificação natalina e adicional
noturno, pois este é composto do valor do salário-base acrescido
de adicionais previstos em Lei. APELAÇÃO NÃO CONHECIDA.
REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA E DESPROVIDA.
(TJGO, Apelação / Reexame Necessário 5417211-
74.2017.8.09.0001, Rel. ALAN SEBASTIÃO DE SENA
CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, julgado em 26/11/2018, DJe de
26/11/2018)

Assim, reportando ao ato judicial recorrido, verifica-se que se trata de decisão


parcial de mérito, atacável via agravo de instrumento, nos termos do § 5º, do artigo
356, do CPC, razão pela qual afasto a preliminar suscitada.

Por sua vez, o agravante sustenta que: a)o contrato de honorários que deu
suporte à ação principal foi celebrado pelo curador de Wilson de Moraes Lima sem
autorização do juízo da interdição; b)o acordo realizado no curso da execução consiste
em transferência de bem imóvel do curatelado sem avaliação judicial; c)a propriedade
sabidamente integra o espólio de Silvestre Moraes Lima e a sua disposição somente é
possível mediante autorização do juízo do inventário; d)a ausência de pagamento, na
data aprazada no acordo em discussão, implica na incidência de juros e correção
monetária; e) o curatelado não foi assistido por advogado ao transacionar.

De início, cumpre esclarecer que o agravo de instrumento é um recurso


secundum eventum litis e, portanto, deve se limitar ao exame do acerto ou desacerto
do que foi decidido pelo juízo a quo, não podendo extrapolar o seu âmbito para
matéria estranha ao ato judicial vergastado, pois não é lícito ao órgão revisor
incursionar nas questões relativas ao mérito da demanda originária, sob pena de
prejulgamento.

A propósito:

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NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E
APREENSÃO. TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL
DO CONTRATO. INAPLICABILIDADE NA ESPÉCIE.
PRECEDENTES DO STJ. SECUNDUM EVENTUS LITIS. [...] III -
O recurso de agravo de instrumento é secundum eventus litis
, cuja apreciação fica limitada ao que foi objeto de
julgamento na decisão recorrida. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 166612-
43.2016.8.09.0000, Rel. DES. GERSON SANTANA CINTRA, 3A
CÂMARA CÍVEL, julgado em 06/12/2016, DJe 2171 de
19/12/2016. Negritei).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO SECUNDUM


EVENTUM LITIS. RECUPERAÇÃO JUDICIAL CONVOLADA EM
FALÊNCIA. JUÍZO UNIVERSAL. DETERMINAÇÃO DO
DEPÓSITO DE CRÉDITOS EM CONTAS BANCÁRIAS DAS
EMPRESAS. PRINCÍPIO DO TRATAMENTO PARITÁRIO AOS
CREDORES. DECISÃO REFORMADA. 1 - O agravo de
instrumento é recurso secundum eventum litis, ou seja,
limita-se à análise do acerto ou desacerto do que foi decidido
pelo juízo a quo, defeso à instância revisora antecipar-se ao
julgamento do mérito da demanda, sob pena de supressão de
instância. [...] 4 - Agravo provido em parte.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 141849-75.2016.8.09.0000, Rel. DES. BEATRIZ
FIGUEIREDO FRANCO, 3A CÂMARA CÍVEL, julgado em
06/12/2016, DJe 2171 de 19/12/2016. Negritei).

Nesse contexto, forçoso reiterar que o objeto do Agravo de Instrumento é um


recurso secundum eventum litis, o que implica que o órgão revisor está jungido a
analisar somente o acerto ou desacerto da decisão impugnada, sendo-lhe vedado
incursionar nas não apreciadas no juízo singular.

Desse modo, para evitar que o Tribunal de Justiça se torne, na prática, o


efetivo condutor de processo ainda em curso no primeiro grau de jurisdição, em
evidente usurpação de função e em flagrante supressão de instância, a Corte Revisora
só deve reformar decisão inferior quando esta mostrar-se desprovida de lastro fático-
jurídico.

Nesse sentido, eis os arestos deste Sodalício:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS
EM FOLHA DE PAGAMENTO. SERVIDOR PÚBLICO COM

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NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
IDADE SUPERIOR A 65 ANOS. PERCENTUAL MÁXIMO DE
DESCONTO. 15% (QUINZE POR CENTO). ARTIGO 5º, § 5º, DA
LEI ESTADUAL Nº 16.898/2010. VIGENTE À ÉPOCA DAS
CONTRATAÇÕES. PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM.
LIMINAR DEFERIDA. ARTIGO 300 DO CPC/15. REQUISITOS
PRESENTES. DECISÃO REFORMADA.1. O Agravo de
Instrumento consiste em recurso secundum eventum litis, logo,
deve o Tribunal limitar-se apenas ao exame do acerto, ou
desacerto da decisão atacada, no aspecto da legalidade, uma vez
que ultrapassar seus limites, ou seja, perquirir sobre
argumentações meritórias, ou matérias não enfrentadas na
decisão recorrida, seria antecipar o julgamento de questões não
apreciadas pelo juízo de origem, o que importaria na vedada
supressão de instância. 2. [...] AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5063284-07.2019.8.09.0000, Rel.
FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível, julgado
em 07/10/2019, DJe de 07/10/2019).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESPEJO AGRÁRIO


POR RETOMADA C/C NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO E
COBRANÇA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
ARRENDAMENTO RURAL. DESPEJO. TUTELA DE URGÊNCIA
INDEFERIDA. REQUISITOS LEGAIS NÃO DEMONSTRADOS.
DECISÃO MANTIDA. I- O agravo de instrumento é recurso
secundum eventum litis, razão pela qual o órgão ad quem deve
limitar-se ao exame do acerto ou desacerto da decisão agravada,
sendo defeso a análise de questões meritórias ou mesmo de
ordem pública nela não abarcadas, sob pena de supressão de
instância. II- Para o deferimento de tutela de urgência, é
necessária a existência de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo, nos termos do artigo 300 do CPC/2015.
Ausentes quaisquer desses requisitos, a não concessão da
providência requestada é medida que se impõe. RECURSO
PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESTA PARTE,
DESPROVIDO.(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5505885-
94.2018.8.09.0000, Rel. SEBASTIÃO LUIZ FLEURY, 4ª Câmara
Cível, julgado em 17/12/2019, DJe de 17/12/2019)

Na espécie, observa-se que Gilberto Maia de Assis, Marcelo Maia de Assis e


Fábio Fernandes Fagundes ajuizaram ação de execução para entrega de coisa incerta
em desfavor de Anésia Luzia Vilela de Moraes, Francisco Antônio de Moraes Lima e
Wilson de Moraes Lima, tendo como título executivo extrajudicial um contrato de
honorários advocatícios e seu aditivo, prevendo a entrega de 10 alqueires de terras
próximas à cidade de Jataí/GO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
Ocorre que durante o trâmite processual foi requerida a homologação de
acordo ajustado entre Gilberto Maia de Assis, Marcelo Maia de Assis e Fábio
Fernandes Fagundes e os executados Francisco Antônio de Moraes Lima e Wilson de
Moraes Lima, este último incapaz, sendo Francisco o seu curador.

Em detrimento do pleito, o magistrado a quo homologou o acordo, extinguindo


parcialmente o feito com resolução de mérito.

Com efeito, a matéria questionada, volto a repetir, referente ao contrato de


honorários que deu suporte à ação principal foi celebrado pelo curador de Wilson de
Moraes Lima sem autorização do juízo da interdição; acerca do acordo realizado no
curso da execução consiste em transferência de bem imóvel do curatelado sem
avaliação judicial; sob a integralidade da propriedade do espólio de Silvestre Moraes
Lima e a sua disposição mediante autorização do juízo do inventário; da ausência de
pagamento, na data aprazada no acordo em discussão, implicando na incidência de
juros e correção monetária, bem como que o curatelado não foi assistido por advogado
ao transacionar, não foram objeto de análise na instância de primeiro grau, uma vez
que a decisão fustigada apenas homologou acordo, razão pela qual não deve ser
apreciada, sob pena de se suprimir um grau de jurisdição.

No mais, presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele


conheço.

Depreende-se que, a insurgência recursal versa sobre a decisão na qual o


magistrado singular homologou o acordo no processo de execução que envolve
incapaz, sem a manifestação do Ministério Público, sob o argumento de que escoado
o prazo este deixou de oferecer seu parecer.

Analisando detidamente os autos observa-se que razão assiste ao agravante,


porquanto, em que pese o magistrado a quo afirmar ter escoado o prazo para o
ministério público manifestar-se no processo, veja-se que não foi obedecido o lapso
temporal estabelecido pelo CPC. Vejamos:

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de


30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas
hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos
processos que envolvam:

I - interesse público ou social;

II - interesse de incapaz;

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NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não


configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.

In casu, o Ministério Público, como fiscal da lei, foi intimado para se


manifestar na data de 16/09/2019, sendo proferida a decisão fustigada em 29/10/2019,
ou seja, em inobservância ao lapso temporal de 30 dias, tendo em vista os feriados
dos dias 24/10/2019 e 28/10/2019, bem como o ponto facultativo em 25/10/2019.

Nesse diapasão, como bem salientado pela douta Procuradoria-Geral de


Justiça, versando a ação de origem sobre interesse de incapaz, deve ser reconhecida
a nulidade do decisum proferido antes que transcorresse o prazo para a manifestação
ministerial, por ser imprescindível a efetiva oportunidade de atuação do Parquet em
tais processos.

Sobre o tema, eis os julgados:

APELAÇÃO CÍVEL. PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO DE


ACORDO. INTERESSE DE MENORES INCAPAZES.
INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIA. ARGUIÇÃO DE NULIDADE
PELO ÓRGÃO MINISTERIAL. 1. É obrigatória a intervenção do
Ministério Público nos processos que envolvam interesse de
incapaz, nos termos do art. 178, II, Código de Processo Civil,
e, de acordo com o art. 279, parágrafo único desta lei. 2.
Impõe-se a declaração de nulidade de todos os atos
processuais praticados a partir do momento em que o ilustre
representante do Ministério Público deveria intervir na causa,
como fiscal da lei. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
PROVIDA. SENTENÇA CASSADA.(TJGO, Apelação (CPC)
5531337-71.2018.8.09.0044, Rel. JAIRO FERREIRA JUNIOR, 6ª
Câmara Cível, julgado em 30/11/2019, DJe de 30/11/2019).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS.


INTERESSE DE MENORES INCAPAZES. AUSÊNCIA DE
INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE PRIMEIRO GRAU.
INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIA. ARGUIÇÃO DE NULIDADE
PELO ÓRGÃO MINISTERIAL. NULIDADE ABSOLUTA. I -
Impõe-se a declaração de nulidade de todos os atos
processuais praticados a partir do momento em que o ilustre
representante do Ministério Público deveria intervir na causa,
como fiscal da lei. Aplicação dos artigos 178, II, e 279, ambos
do Código de Processo Civil. II- Acolhida a pretensão da
Procuradoria-Geral de Justiça e do Parquet de primeiro grau

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NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
de jurisdição. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA.
NULIDADE DECLARADA. SENTENÇA CASSADA. (TJGO,
APELACAO 0229170-92.2015.8.09.0127, Rel. FAUSTO
MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara Cível, julgado em 02/10/2019, DJe
de 02/10/2019).

Dessa forma, considerando que o prazo para a manifestação do parquet não


havia esgotado até a data a prolatação da decisão atacada, a ausência de intervenção
do Ministério Público, em se tratando de incapaz, implica nulidade de todos os atos
processuais, razão pela qual deve ser cassado o decisum, reabrindo o prazo para
manifestação ministerial.

Ante tais considerações, CONHEÇO em parte do recurso de Agravo de


Instrumento e nesta, DOU-LHE PROVIMENTO, a fim de cassar a decisão vergastada,
para que os autos retornem ao juízo de origem e tenham regular prosseguimento, com
a devida intervenção do Ministério Público.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA

(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO. PRELIMINAR DE INEQUAÇÃO DA VIA
ELEITA, ARGUIDA NAS CONTRARRAZÕES. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CABÍVEL. RECURSO SECUNDUM
EVENTUM LITIS. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DE PRIMEIRO GRAU. INTERESSE
DE INCAPAZES INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIA.
ARGUIÇÃO DE NULIDADE PELO ÓRGÃO MINISTERIAL.
NULIDADE ABSOLUTA. I. Não se há falar em inadequação
da via eleita, posto que, a decisão que resolve

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NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
parcialmente o mérito da ação é passível de agravo de
instrumento, conforme disposto no artigo 356 do CPC. II. O
Agravo de Instrumento, por ser recurso secundum
eventum litis, limita-se ao exame do acerto da decisão
impugnada, em vista do que ao Tribunal Revisor incumbe
aferir tão somente se o ato judicial vergastado está eivado
de ilegalidade ou abusividade, sendo defeso o exame de
questões estranhas ao que ficou decidido na lide. III.
Impõe-se a declaração de nulidade de todos os atos
processuais praticados a partir do momento em que o
ilustre representante do Ministério Público deveria intervir
na causa, como fiscal da lei. Aplicação dos artigos 178, II,
e 279, ambos do Código de Processo Civil. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO EM PARTE E NESTA
PROVIDO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5646812.76.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
EXECUÇÃO. PRELIMINAR DE INEQUAÇÃO DA VIA ELEITA,
ARGUIDA NAS CONTRARRAZÕES. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CABÍVEL. RECURSO SECUNDUM EVENTUM
LITIS. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DE PRIMEIRO GRAU. INTERESSE DE INCAPAZES
INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIA. ARGUIÇÃO DE NULIDADE
PELO ÓRGÃO MINISTERIAL. NULIDADE ABSOLUTA. I. Não se
há falar em inadequação da via eleita, posto que, a decisão
que resolve parcialmente o mérito da ação é passível de
agravo de instrumento, conforme disposto no artigo 356 do
CPC. II. O Agravo de Instrumento, por ser recurso secundum
eventum litis, limita-se ao exame do acerto da decisão
impugnada, em vista do que ao Tribunal Revisor incumbe
aferir tão somente se o ato judicial vergastado está eivado de
ilegalidade ou abusividade, sendo defeso o exame de
questões estranhas ao que ficou decidido na lide. III. Impõe-se
a declaração de nulidade de todos os atos processuais
praticados a partir do momento em que o ilustre representante
do Ministério Público deveria intervir na causa, como fiscal da
lei. Aplicação dos artigos 178, II, e 279, ambos do Código de
Processo Civil. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO EM
PARTE E NESTA PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Ofício(s) Expedido(s) - Data da Movimentação


18/02/2020 15:33:46

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5069463.20.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : MIGUEL JOSÉ RODRIGUES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MIGUEL JOSÉ RODRIGUES


ADVG. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:43:25

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5559540.44.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BRB- BANCO DE BRASÍLIA S.A.
POLO PASSIVO : MARIA DE FÁTIMA DA LUZ
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRB- BANCO DE BRASÍLIA S.A.


ADVG. PARTE : 20730 GO - RODRIGO VIEIRA ROCHA BASTOS

PARTE INTIMADA : BANCO BRB SA


ADVG. PARTE : 20730 GO - RODRIGO VIEIRA ROCHA BASTOS

PARTE INTIMADA : MARIA DE FÁTIMA DA LUZ


ADVG. PARTE : 41111 GO - PRISCILLA GOMES DOS SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5559540.44.2019.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE


INSTRUMENTO Nº 5559540.44.2019.8.09.0000, da comarca de Goiânia, em que
figura como agravante BANCO BRB S/A e como agravada MARIA DE FATIMA DA
LUZ.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer do Agravo de Instrumento e negar-lhe provimento, nos termos do voto
da Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

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NR.PROCESSO: 5559540.44.2019.8.09.0000
VOTO

Por reunir os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.

Conforme narrado, BANCO BRB S/A interpôs AGRAVO DE INSTRUMENTO


contra decisão da lavra da Juíza de Direito da 31ª Vara Cível da Comarca de Goiânia,
Dra. Fláviah Lançoni Costa Pinheiro, que deferiu tutela provisória de urgência nos
autos da Ação de Obrigação de Fazer ajuizada contra si – e, também, em face de
BANCO PANAMERICANO S/A e BANCO DAYCOVAL S/A – por MARIA DE FATIMA
DA LUZ.

O deslinde da insurgência em exame perpassa a aquilatação da


presença, ou não, dos requisitos necessários à concessão da tutela provisória
de urgência, plasmada na limitação da amortização mensal dos empréstimos
consignados contratados pela Autora/Agravada ao importe de 30% (trinta por cento)
da sua renda líquida.

Impende sopesar, portanto, se os fundamentos aduzidos pela


Autora/Agravada, num juízo superficial, são relevantes, bem assim se a circunstância
concreta gera risco de lesão de modo a reclamar um provimento que a acautele, nos
termos do artigo 300, do Código de Processo Civil.

Confira-se:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Como se denota, a concessão da liminar está condicionada à aferição da


presença da probabilidade do direito que a Autora/Agravada alega na petição inicial
e, ainda, do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5559540.44.2019.8.09.0000
Dito isso e, volvendo a análise à hipótese dos autos, vislumbro reunidos os
requisitos necessários à concessão da tutela provisória de urgência objurgada no
recurso.

A probabilidade do direito alegado pela Autora/Agravada colhe-se da


circunstância da ultratividade da regra do artigo 5º, § 5º, da Lei Estadual nº
16.898/2010, delimitativa da margem consignável de 15% (quinze por cento) do valor
da renda mensal líquida, na hipótese de servidor público ou pensionista com mais de
65 (sessenta e cinco) anos na data da contratação do empréstimo.

De outro lado, colho que o perigo de dano ou risco ao resultado útil do


processo se extrai da circunstância da realização periódica de descontos na pensão
mensal percebida pela Autora/Agravada, com prejuízo à manutenção de suas
despesas existenciais.

Afasto a aplicabilidade das regras oriundas da Medida Provisória nº 2.215-


10/2001 à hipótese destes autos, haja vista que aquelas reportam-se oponíveis
apenas ao militar integrante das Forças Armadas.

Nesse sentido, veja-se a dicção do paradigma jurisprudencial trazido à


colação na própria petição de razões apresentada pela instituição financeira
agravante.

Verbis:

[...] enquanto os descontos em folha dos servidores públicos civis


não podem ultrapassar o valor de 30% da remuneração ou do
provento, os descontos em folha dos servidores militares devem
respeitar o limite máximo de 70% da remuneração ou do
provento.

[...]

Ou seja, a margem para empréstimo consignado dos


militares das Forças Armadas é superior àquela prática para
os demais servidores e o público em geral, podendo alcançar
até mesmo a ordem de 70% dos seus vencimentos mensais [...]
(STJ, EAREsp 272.665/PE, Excerto do voto do relator, Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe
18/12/2017) (grifei)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5559540.44.2019.8.09.0000
Assim, por verificar que o requerimento grassado na origem pertine à
observância da margem consignável imponível à pensionista de Policial Militar do
Estado de Goiás, vislumbro que deve incidir na hipótese o regramento positivado na
Lei Estadual nº 16.898/2010, que “Dispõe sobre as consignações em folha de
pagamento dos servidores e militares, ativos e inativos, e pensionistas do Poder
Executivo Estadual”.

Desta feita, por julgar reunidos os requisitos necessários à concessão da


tutela provisória de urgência, colho que a manutenção da decisão agravada exsurge
impositiva.

Ante o exposto, CONHEÇO do recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO


interposto e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo incólume a decisão recorrida.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO


DE FAZER. EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS. TUTELA
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. LIMITE DOS DESCONTOS MENSAIS.
MARGEM CONSIGNÁVEL. I. Nos termos do art. 300, do Código de
Processo Civil, para que a tutela provisória de urgência seja
concedida é necessária a presença concomitante de elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco de resultado útil do processo. II. Demonstrada a presença
dos requisitos correspondentes, mantêm-se incólume a decisão
que deferiu tutela provisória de urgência plasmada na limitação da
amortização mensal dos empréstimos consignados contratados
pela Autora/Agravada. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO
E DESPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5559540.44.2019.8.09.0000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5559540.44.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER. EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS. TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA. LIMITE DOS DESCONTOS MENSAIS. MARGEM
CONSIGNÁVEL. I. Nos termos do art. 300, do Código de Processo
Civil, para que a tutela provisória de urgência seja concedida é
necessária a presença concomitante de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco de resultado
útil do processo. II. Demonstrada a presença dos requisitos
correspondentes, mantêm-se incólume a decisão que deferiu tutela
provisória de urgência plasmada na limitação da amortização mensal
dos empréstimos consignados contratados pela Autora/Agravada.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:55:02

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5507050.45.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ALEXANDRE FINCO MARIANELLI
POLO PASSIVO : ALEXANDRE DOMINGUES BRANCO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALEXANDRE FINCO MARIANELLI


ADVG. PARTE : 31958 GO - TIAGO ANDRADE MOREIRA

PARTE INTIMADA : ALEXANDRE DOMINGUES BRANCO


ADVG. PARTE : 40449 GO - NEILDON CHAVES RIBEIRO

PARTE INTIMADA : JOSE EDUARDO POETA DE CARVALHO


ADVG. PARTE : 40449 GO - NEILDON CHAVES RIBEIRO

PARTE INTIMADA : MARCELO MARQUES CRUZ


ADVG. PARTE : 40449 GO - NEILDON CHAVES RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5507050.45.2019.8.09.0000
COMARCA DE CALDAS NOVAS

AGRAVANTE: ALEXANDRE FINCO MARIANELLI


AGRAVADOS: ALEXANDRE DOMINGUES BRANCO E OUTROS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

De início, registra-se que o agravo de instrumento protocolizado encontra-se pronto


para julgamento de mérito, razão pela qual fica prejudicado o agravo interno
(evento 21), interposto contra a decisão liminar que indeferiu o pedido de concessão
de tutela antecipada recursal, e passo ao exame do instrumental.

A respeito do tema, vejamos:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO E AGRAVO INTERNO. EFEITO


SUSPENSIVO NEGADO AO INSTRUMENTAL. RECURSO
PREJUDICADO. AÇÃO DE INVENTÁRIO. ACORDO FIRMADO
EM AUDIÊNCIA ENTRE OS HERDEIROS E POSSÍVEIS
CREDORES DO DE CUJUS SOBRE A LEGITIMIDADE DAS
PARTES E PAGAMENTO DO ITCD. DIREITO ALEGADO PELO
AGRAVANTE QUE NÃO FOI OBJETO DO ACORDO.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO DO
ACORDO. MANUTENÇÃO DA DECISÃO. 1 - Deve ser julgado
prejudicado o agravo interno interposto contra decisão preliminar
que indeferiu o pedido de efeito suspensivo constante no
instrumental, quando esse se encontra apto para julgamento.
(…). AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO
MANTIDA.” (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 32592-
18.2016.8.09.0000, Rel. DES. NELMA BRANCO FERREIRA PERILO, 4ª
CÂMARA CÍVEL, julgado em 01/12/2016, DJe 2165 de 09/12/2016)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Presentes os pressupostos de admissibilidade do agravo de instrumento à luz do
CPC/15, dele conheço.

Na inicial, os autores/agravados apontam diversas irregularidades na gestão do


condomínio réu, pleiteando, liminarmente, a nulidade da Assembleia Geral Ordinária
convocada para 09/02/2019, a realização de auditoria externa para apuração das
irregularidades na gestão do condomínio no prazo de 90 (noventa) dias, a nomeação
de interventores para atuação no período de auditoria com o afastamento do síndico e
membros do conselho fiscal.

Por meio da decisão prolatada no evento 04, a liminar foi deferida parcialmente, nos
seguintes termos: “Ante o exposto, DEFIRO PARCIALMENTE os pedidos liminares,
para, por ora, determinar, como forma de obter resultados práticos equivalentes (já que
não examinada, por ora, a tutela específica – art. 497, CPC) e em exercício do poder
geral de cautela, que, embora possa ser realizada a assembleia convocada para o dia
09/02/2019, com os respectivos debates, deliberações, contabilização de votos e
registro em ata, seus efeitos ficarão sobrestados até o deslinde da causa. Além disso,
não deverá ser permitido o exercício do voto ao Sr. Jean Pierre Ferreira Borges, atual
síndico, especificamente a respeito das pautas alusivas à sua própria gestão
(aprovação de contas e realização de auditoria em suas contas), conforme vedação do
art. 48º da Convenção, inclusive o voto por meio de procurações (por notória
incompatibilidade reflexa)”.

A análise dos demais pedidos liminares foi postergada para após a apresentação das
contestações, além disso, foi determinado que a parte autora fizesse constar no polo
passivo da demanda o síndico e os demais conselheiros que pretendia o afastamento,
corrigisse o valor da causa e efetuasse o recolhimento das custas processuais
complementares.

Através da petição colacionada no evento 16, os autores/agravados requereram a


emenda à inicial, com a inclusão no polo passivo da demanda do síndico Jean Pierre
Ferreira Borges e dos conselheiros Ivani Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares,
Alexandre Finco Marianelli, Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da Rocha e Dalila
Faustino Cordeiro.

Na mencionada petição, os autores requereram a juntada de novos documentos e


reiteraram o pedido de tutela provisória de urgência pleiteado na exordial, asseverando
que na assembleia realizada em 09/02/2019 diversos condôminos e/ou procuradores
deste foram impedidos de exercer o seu direito de voto, sob o pretexto de que
estariam inadimplentes, em que pese possuírem carta de adimplência e comprovantes
de pagamentos das taxas condominiais.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Além disso, mencionam que a esposa do síndico, Polianny Elias Moreira, votou,
através de procurações outorgadas por 31 (trinta e um) condôminos, pela aprovação
e/ou reprovação dos itens objeto de discussão em conformidade com os interesses do
síndico.

O pedido de tutela de urgência, liminarmente, foi reiterado através das petições


juntadas nos eventos 20, 46 e 47, nas quais além das supostas irregularidades quando
da realização da assembleia condominial (09/02/2019), os autores alegam acerca da
apuração em sede de inquérito policial das notas fiscais de prestação de serviço que
foram pagas pelo condomínio com autorização do síndico, pleiteiam a juntada de cópia
do inquérito policial com a oitiva dos envolvidos na suposta fraude, além de ofício da
Prefeitura Municipal que atestam a falsidade das notas fiscais, cópia de sentença de
improcedência de ação movida pelo síndico em desfavor dos autores, entre outros.

Subsidiariamente, os autores/agravados pleiteiam a designação de audiência de


justificação para posterior análise da tutela provisória de urgência.

Ao analisar o pleito de urgência, assim decidiu o magistrado singular (evento 48 do


feito originário):

“Face ao exposto, DEFIRO PARCIALMENTE a antecipação de


tutela pleiteada, para o fim de DETERMINAR o imediato
afastamento do síndico Jean Pierre Ferreira Borges da
administração do Condomínio demandado, assim como dos
membros titulares do conselho consultivo fiscal, os quais exercem
de fato o poder opinativo nas reuniões do conselho, Ivani
Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares e Alexandre Finco
Marianelli, cargos que deverão ser assumidos, interinamente,
pelos seus suplentes Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da
Rocha e Dalila Faustino Cordeiro.
Ante a probabilidade de êxito da pretensão de ser anulada a
assembleia geral ordinária realizada no dia 09/02/2019, outra
deverá ser realizada para a mesma finalidade, dentre outros
assuntos.
Considerando que não há vedação na Convenção Condominial e
o disposto no artigo 1.347, do Código Civil que prevê a
possibilidade do síndico não ser condômino, NOMEIO para
exercer interinamente a função de síndico o ORGANIZAÇÕES
TEMA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ 02.977.287/0001-30,
com sede à Rua Eça de Queiroz, nº 235, quadra 7, lote 03, Bairro
Termal, Caldas Novas-GO, e-mail tema@ih.com.br e telefone
(64) 34534496 (dados extraídos do site da Receita Federal do
Brasil).1

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Elucido que a empresa ora nomeada, por se tratar de prestadora
de serviços de gestão contábil de condomínios, já possui
conhecimento da situação atual situação financeira do ente
condominial ora demandado, sobretudo no que diz respeito à
relação pormenorizada dos condôminos inadimplentes para fins
de votação em assembleia a ser designada e demais bancos de
dados relevantes do mesmo condomínio, podendo, assim, atuar
com maior expertise e praticidade na administração do
empreendimento, inclusive por atualmente ser a responsável pela
contabilidade deste.
Tenho por temerária a indicação a síndico interino realizada pelos
autores, por se tratar de terceiro não integrante da lide e não
anuente.
A empresa ora nomeada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
convocar assembleia geral, a realizar-se em até 60 (sessenta)
dias, observado o intervalo mínimo previsto em convenção, a
contar da intimação da presente decisão.
Na assembleia a ser designada pela empresa síndica interina,
entre outras pautas pertinentes que eventualmente possam
constar do edital de convocação, deverá haver, expressamente,
previsão de deliberação acerca das contas da gestão do mandato
anterior do síndico e do atual mandato em curso (até a data do
seu afastamento concreto), bem assim a eleição de novo síndico
e membros titulares do conselho consultivo fiscal.
Na deliberação sobre as consta de gestão, não poderão votar o
síndico e conselheiros ora afastados, por si ou por procurações,
inclusive por cônjuges, companheiros ou parentes, sanguíneos
ou por afinidade, em linha reta de qualquer grau ou até o 4º grau
em linha colateral.
Competirá, ainda, à empresa síndica auditar as contas de gestão
a serem objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado
pela aprovação ou rejeição, assim como permitir que aos autores
seja autorizado inteiro acesso à documentação das contas de
gestão, para que possam, caso queiram, promover auditoria
própria, inclusive por intermédio de empresa terceirizada, a ser
igualmente, neste caso, elaborado parecer fundamentado pela
aprovação ou rejeição.
Os pareceres sobre as contas, assim como toda a documentação
contábil examinada nos pareceres, deverão ser disponibilizados
ao síndico e conselheiros fiscais ora afastados, com
antecedência mínima de 10 dias da assembleia na qual se
deliberará sobre tais contas de gestão, a fim de propiciar-lhes o
exercício da ampla defesa e do contraditório.
Sem prejuízo dos pareceres, deverão os conselheiros fiscais
suplentes, que assumirão a titularidade a partir do cumprimento
desta decisão, examinar as mesmas contas de gestão,

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
elaborando, igualmente parecer, ou, ao menos, aderindo a algum
dos pareceres elaborados pela empresa síndica interina ou por
outra que veja a realizar auditoria independente a pedido dos
autores.
Na assembleia na qual se deliberará sobre tais contas de gestão,
antes da deliberação, deverá ser oportunizada a palavra ao
síndico e conselheiros fiscais ora afastados, acaso presentes,
para que possam, caso queiram, sustentar oralmente as contas
de suas gestões, por prazo mínimo de 30 minutos ao síndico e 15
minutos a cada conselheiro.
Esclareço, por fim, que, havendo previsão na convenção
condominial de pagamento de pro labore ao síndico, tal
rendimento deverá ser repassado como pagamento à empresa
ora nomeada como síndica interina.
INTIME-SE o síndico, através de mandado, para que, no prazo
de 48 (quarenta e oito horas), contadas a partir da sua intimação,
afaste-se da administração do condomínio e franqueie ao síndico
interino todos os meios e documentos, inclusive chaves ou
senhas, necessários para a referida administração, tais como,
arquivos, acesso a contas bancárias, talões de cheques, cartões
das contas bancárias e tudo aquilo que se fizer necessário ao
regular andamento do empreendimento, sob pena de multa diária
de R$ 2.000,00 (limitada a R$ 200.000,00) e crime
desobediência.
Poderão os autores ou a empresa síndica interina, com cópia
desta decisão, à qual confiro valor de mandado e alvará,
dirigirem-se às instituições financeiras nas quais o condomínio
demandado possua conta ou aplicações, a fim de que o síndico
ora afastado não pratique qualquer tipo de operação financeira
ou acesso por senha às referidas contas e aplicações, o que
deverá ser exercido, exclusiva e interinamente, pela empresa ora
nomeada como síndica, mediante alteração de senhas, até que
outro(a) síndico(a) seja eleito(a).
Proceda a escrivania a adaptação dos polos ativo e passivo da
demanda no PJD, fazendo constar os dados de todos os autores
e dos requeridos ora incluídos em razão do recebimento da
emenda à inicial.
Intimem-se. Cumpra-se com URGÊNCIA.”
Empós, os réus alegam suspeição da síndica interina, motivo pelo qual o magistrado
singular profere a seguinte decisão (evento 60):

Considerando que se avizinha a assembleia e a fim de se evitar


procrastinações, assim como para não se despertar dúvidas às
partes acerca da isenção do julgamento ou da fase instrutória,

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
ainda que o presente caso não se amolde em quaisquer
hipóteses de suspeição ou impedimento, hei por bem em
substituir o síndico interino pela empresa JH CONDOMÍNIOS,
com know how no ramo de condomínios edilícios, que será
responsável pelos mesmos encargos alhures atribuídos por
decisão, podendo ratificar ou retificar os atos do síndico ora
substituído.1
Intime-se-a com urgência, inclusive a empresa ora destituída
para ciência.
Saliento que a escolha da empresa Tema se deveu ao fato de já
ser ela quem realizava a contabilidade do condomínio
demandado, escolhido pelos próprios réus e excipientes.
Ademais, desconhecia, sinceramente, a condição de sócio da
referida empresa por parte de Bonny Mello, eis que conhecida
por ser de propriedade de Carlos Divino Rezende e ex-esposa;
bastava uma vista em gabinete para que houvesse a substituição
em tela, e por muito menos os advogados em geral me
aborrecem em atendimentos. Contudo, resta prejudicada a
discussão.
Quanto ao agravo de instrumento, mantenho a decisão recorrida
por seus próprios fundamentos, exceto quanto à pessoa do
síndico interino.

Irresignado, o demandado, na condição de conselheiro fiscal (titular) afastado do


condomínio réu, avia agravo de instrumento (evento 01), requerendo a concessão da
tutela recursal, para revogar a decisão impugnada (evento 48) e lhe reconduzir com os
demais membros da administração condominial aos seus cargos, bem como cancelar
a assembleia do dia 31/08/19, servindo a decisão como mandato. Requer,
alternativamente, a modulação de seu pedido, a fim de que seja retirado de pauta ao
menos a eleição de novo síndico e conselheiros até que haja o julgamento do mérito
do agravo. No mérito, pugna pelo conhecimento e provimento do recurso para revogar
a decisão agravada, nos termos aduzidos.

Notório que o Agravo de Instrumento é recurso secundum eventum litis, o qual se


limita à análise da decisão recorrida, que dentre as diversas teses veiculadas na
petição inicial e emenda, para fins de decisão liminar, apreciou somente a alegação de
irregularidades na emissão de notas fiscais; a inelegibilidade em razão de débitos
condominiais (taxas de condomínio); a indicação da síndica interina e sua substituição,
com determinação de auditoria, não cabendo o exame de questões não apreciadas
pelo juízo a quo, sob pena de indevida supressão de instância.

A respeito, confiram-se os seguintes precedentes dessa Corte de Justiça:

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE
CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO E
ILEGITIMIDADE DE PARTE. PRELIMINARES NÃO
ANALISADAS EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS
DA TUTELA. PROVA INEQUÍVOCA. DESCONTOS EM FOLHA
DE PAGAMENTO. LIBERAÇÃO DA MARGEM CONSIGNADA.
1. O agravo de instrumento é um recurso secundum eventum litis
, limitando-se à análise do acerto ou desacerto da decisão
fustigada, não incumbindo a esta seara recursal o exame de
questões ainda não analisadas em primeiro grau, sob pena de
indevida supressão de instância. (...).” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 268781-11.2016.8.09.0000, Rel. DES. CARLOS
ESCHER, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 29/09/2016, DJe 2126 de
06/10/2016)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE


CONTRATO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO PARCIAL DOS
EFEITOS DA TUTELA. I- Teses de incompetência, ilegitimidade
e inépcia da inicial. Questões não analisadas em primeiro grau de
jurisdição. Supressão de instância. O agravo é um recurso
secundum eventum litis, o qual tem seus limites traçados pelos
pontos relativos a matéria efetivamente apreciada pela
magistrada a quo, não cabe, neste grau de jurisdição, o exame
de questões que não chegaram a ser analisadas pela magistrada
singular, sob pena de supressão de instância. (…).” (TJGO,
AGRAVO DE INSTRUMENTO 177824 - 61.2016.8.09.0000, Rel. DES.
CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
19/07/2016, DJe 2078 de 29/07/2016)

Feitos tais esclarecimentos, passo a análise das razões recursais.

Cediço que, em se tratando de tutela de urgência, a medida, concedida ou negada


judicialmente, está adstrita ao livre convencimento do juiz, de modo que a decisão que
concede ou indefere provimento dessa natureza somente deve ser modificada ou
reformada, pela Corte Recursal, se proferida em flagrante violação de lei ou com
abuso de poder.

Sob esta perspectiva, na hipótese em tela, inexiste razão de fato ou direito que possa
ensejar a modificação do decisum agravado.

Isso porque, o Magistrado a quo, ao proferi-lo, avaliou eficazmente os requisitos legais


autorizadores da antecipação da tutela (art. 300, do CPC/15), pautando-se no princípio
da persuasão racional.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Com efeito, restam configurados os requisitos da tutela de urgência, como bem
considerou o magistrado singular na decisão recorrida, nos seguintes termos (evento
48 do feito originário):

“ In casu, entendo que se acham presentes os requisitos


autorizadores para a concessão da tutela de urgência pretendida.
Se não, vejamos.
A probabilidade do direito acha-se presente, na medida que a
narrativa fática é amparada pela documentação coligida aos
autos, pela qual se é possível inferir a existência de indícios
veementes de prática das inúmeras irregularidades de gestão
apontadas nos autos, das quais destaco as seguintes.
Primeiro, na deliberação assemblear realizada em 09/02/2019,
foram apreciadas e aprovadas as contas da atual gestão, além
de rechaçada a realização de auditora externa nas contas do
condomínio, ora requerido. Conforme consta da ata da AGO
(evento 07), apesar de o síndico afirmar que cumpriria a decisão
por mim proferida, no sentido de se abster de votar, inclusive por
meio de procuração, naqueles assuntos do seu interesse, por
impedimento e conflito de interesse, os votos foram,
aparentemente, exercidos através de diversas procurações
portadas por sua esposa Polianny Elias Moreira (evento 46).
Aliás, através do boletim de ocorrência colacionado no evento 07
(RAI nº 8840452), ao relatar supostas ameaças que sofreu por
partes de condôminos do empreendimento, Polianny Elias
Moreira declarou que é proprietária de um imóvel no condomínio
do qual o seu esposo é síndico.
À vista disso, verifico que apesar da cristalina determinação
judicial (evento 04), o síndico, por falsa astúcia, transferiu à sua
esposa a conduta de votar nas pautas alusivas à sua própria
gestão, o que sugere a prática de burla, por via oblíqua, da
determinação judicial, a configurar, em tese, atentato à dignidade
da Justiça (art. 77, caput, inciso IV, e §§ 1º a 4º, do CPC).
Em segundo lugar, o síndico, ao tempo de sua primeira eleição
(04/03/2017) e de sua reeleição (31/05/2018), se encontrava,
segundo a documentação ora existente nos autos, inadimplente
com as despesas condominiais, de sorte a torná-lo, em tese,
inelegível.
Consta dos autos extrato financeiro referente ao período de
31/06/2016 a 31/08/2018, que sugere que o atual síndico se
encontrava inadimplente com 04 (quatro) parcelas de R$ 899,49
cada, com vencimento em 20/07/2016, 20/08/2016, 20/09/2016 e
20/10/2016, referentes às taxas de implantação do condomínio,

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
as quais somente teriam sido adimplidas em outubro/2018, ou
seja, após a eleição e reeleição.
Ressalte-se, entrementes, que houve duas renegociações de
dívida pelo síndico, segundo a mesma negociação, mas, tais não
englobaram os débitos acima apontados, sendo elas: 1) acordo
para pagamento da taxa de implantação vencida em 20/06/2016,
no valor de R$ 899,49, pago em 24/05/2018; e 2) acordo para
pagamento de cotas condominiais ordinárias (distintas das taxas
de implantação).
De mais a mais, constata-se que foi acostado aos autos o
Parecer Fiscal nº 001 – de 18/02/2019, da Secretaria Municipal
de Finanças (evento 46), onde foi consignado pelo órgão
municipal que a GS Cobranças Eirelli-ME, apesar de possuir
inscrição junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, não
possui Inscrição Municipal, nem tampouco cadastro no sistema
de emissão de Notas Fiscais do Município.
Consta ainda do parecer, que no modelo das notas fiscais
utilizadas para a falsificação, consta que a empresa prestadora
de serviços é Microempreendedor Individual (MEI), que todas as
notas apresentam o mesmo QR Code (SNAI-89QZ), que no
campo “prestador de serviços” não poderia haver os dados da GS
Cobraças por não ter cadastro no Município e que no campo
“valores” é destacado o ISSQN, o que não ocorre no caso de
empresas inscritas no MEI; por fim destaca que o código de
verificação SNAI-89QZ estampado nas notas fiscais falsificadas é
da empresa Jordana Barbosa de Almeida, inscrita no CNPJ nº
26.946.984/0001-91.
Além disso, através dos depoimentos prestados no inquérito
policial nº 87/21019 onde é averiguada a falsificação das notas
fiscais pagas pelo condomínio (evento 46 e 47), o proprietário da
prestadora de serviços afirmou que todas as notas fiscais
emitidas ao condomínio são falsificados, assim como, o contador
do condomínio, Carlos Divino de Rezende, declarou que todas as
notas fiscais foram assinadas e carimbadas pelo síndico e pelo
auxiliar do síndico, Caio Sandro de Araújo, e que, ao constatar a
falsificação das notas fiscais, informou ao funcionário a
irregularidade e não obteve nenhuma resposta, Caio, por sua
vez, apesar de mencionar que não tem conhecimento sobre a
falsificação das notas, disse que todos os pagamentos foram
realizados com a autorização do síndico que contratou a GS
Cobranças.
O perigo de dano, por sua vez, encontra-se estampado na
plausabilidade do próprio condomínio sofrer prejuízos
decorrentes das aparentes irregularidades em sua gestão,
sobretudo o pagamento se serviços com notas falsas, e na
provável inelegibilidade do síndico ao tempo dos pleitos eleitorais,
tornando, em tese, ilegítimo seu próprio mandato.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Outrossim, não há perigo de irreversibilidade da medida, posto
que a qualquer momento poderá ser revista. Pelo contrário, a não
concessão da tutela neste momento é que tornará irreversível
aos autores, eis que se avizinha o termo final do mandato.
Assim, hão de ser afastados o síndico e os Conselheiros Fiscais
titulares que aprovaram o pagamento de notas falsas. Não
vislumbro, por ora, indícios de coautoria ou participação dos
conselheiros suplentes, razão pela qual não verifico ser medida
proporcional impedir que a titularidade do conselho seja
assumida interinamente pela suplência.
Face ao exposto, DEFIRO PARCIALMENTE a antecipação de
tutela pleiteada, para o fim de DETERMINAR o imediato
afastamento do síndico Jean Pierre Ferreira Borges da
administração do Condomínio demandado, assim como dos
membros titulares do conselho consultivo fiscal, os quais exercem
de fato o poder opinativo nas reuniões do conselho, Ivani
Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares e Alexandre Finco
Marianelli, cargos que deverão ser assumidos, interinamente,
pelos seus suplentes Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da
Rocha e Dalila Faustino Cordeiro.
Ante a probabilidade de êxito da pretensão de ser anulada a
assembleia geral ordinária realizada no dia 09/02/2019, outra
deverá ser realizada para a mesma finalidade, dentre outros
assuntos.
Considerando que não há vedação na Convenção Condominial e
o disposto no artigo 1.347, do Código Civil que prevê a
possibilidade do síndico não ser condômino, NOMEIO para
exercer interinamente a função de síndico o ORGANIZAÇÕES
TEMA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ 02.977.287/0001-30,
com sede à Rua Eça de Queiroz, nº 235, quadra 7, lote 03, Bairro
Termal, Caldas Novas-GO, e-mail tema@ih.com.br e telefone
(64) 34534496 (dados extraídos do site da Receita Federal do
Brasil).1
Elucido que a empresa ora nomeada, por se tratar de prestadora
de serviços de gestão contábil de condomínios, já possui
conhecimento da situação atual situação financeira do ente
condominial ora demandado, sobretudo no que diz respeito à
relação pormenorizada dos condôminos inadimplentes para fins
de votação em assembleia a ser designada e demais bancos de
dados relevantes do mesmo condomínio, podendo, assim, atuar
com maior expertise e praticidade na administração do
empreendimento, inclusive por atualmente ser a responsável pela
contabilidade deste.
Tenho por temerária a indicação a síndico interino realizada pelos
autores, por se tratar de terceiro não integrante da lide e não
anuente.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
A empresa ora nomeada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
convocar assembleia geral, a realizar-se em até 60 (sessenta)
dias, observado o intervalo mínimo previsto em convenção, a
contar da intimação da presente decisão.
Na assembleia a ser designada pela empresa síndica interina,
entre outras pautas pertinentes que eventualmente possam
constar do edital de convocação, deverá haver, expressamente,
previsão de deliberação acerca das contas da gestão do mandato
anterior do síndico e do atual mandato em curso (até a data do
seu afastamento concreto), bem assim a eleição de novo síndico
e membros titulares do conselho consultivo fiscal.
Na deliberação sobre as consta de gestão, não poderão votar o
síndico e conselheiros ora afastados, por si ou por procurações,
inclusive por cônjuges, companheiros ou parentes, sanguíneos
ou por afinidade, em linha reta de qualquer grau ou até o 4º grau
em linha colateral.
Competirá, ainda, à empresa síndica auditar as contas de gestão
a serem objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado
pela aprovação ou rejeição, assim como permitir que aos autores
seja autorizado inteiro acesso à documentação das contas de
gestão, para que possam, caso queiram, promover auditoria
própria, inclusive por intermédio de empresa terceirizada, a ser
igualmente, neste caso, elaborado parecer fundamentado pela
aprovação ou rejeição.
Os pareceres sobre as contas, assim como toda a documentação
contábil examinada nos pareceres, deverão ser disponibilizados
ao síndico e conselheiros fiscais ora afastados, com
antecedência mínima de 10 dias da assembleia na qual se
deliberará sobre tais contas de gestão, a fim de propiciar-lhes o
exercício da ampla defesa e do contraditório.
Sem prejuízo dos pareceres, deverão os conselheiros fiscais
suplentes, que assumirão a titularidade a partir do cumprimento
desta decisão, examinar as mesmas contas de gestão,
elaborando, igualmente parecer, ou, ao menos, aderindo a algum
dos pareceres elaborados pela empresa síndica interina ou por
outra que veja a realizar auditoria independente a pedido dos
autores.
Na assembleia na qual se deliberará sobre tais contas de gestão,
antes da deliberação, deverá ser oportunizada a palavra ao
síndico e conselheiros fiscais ora afastados, acaso presentes,
para que possam, caso queiram, sustentar oralmente as contas
de suas gestões, por prazo mínimo de 30 minutos ao síndico e 15
minutos a cada conselheiro.
Esclareço, por fim, que, havendo previsão na convenção
condominial de pagamento de pro labore ao síndico, tal
rendimento deverá ser repassado como pagamento à empresa

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
ora nomeada como síndica interina.
INTIME-SE o síndico, através de mandado, para que, no prazo
de 48 (quarenta e oito horas), contadas a partir da sua intimação,
afaste-se da administração do condomínio e franqueie ao síndico
interino todos os meios e documentos, inclusive chaves ou
senhas, necessários para a referida administração, tais como,
arquivos, acesso a contas bancárias, talões de cheques, cartões
das contas bancárias e tudo aquilo que se fizer necessário ao
regular andamento do empreendimento, sob pena de multa diária
de R$ 2.000,00 (limitada a R$ 200.000,00) e crime
desobediência.
Poderão os autores ou a empresa síndica interina, com cópia
desta decisão, à qual confiro valor de mandado e alvará,
dirigirem-se às instituições financeiras nas quais o condomínio
demandado possua conta ou aplicações, a fim de que o síndico
ora afastado não pratique qualquer tipo de operação financeira
ou acesso por senha às referidas contas e aplicações, o que
deverá ser exercido, exclusiva e interinamente, pela empresa ora
nomeada como síndica, mediante alteração de senhas, até que
outro(a) síndico(a) seja eleito(a).
Proceda a escrivania a adaptação dos polos ativo e passivo da
demanda no PJD, fazendo constar os dados de todos os autores
e dos requeridos ora incluídos em razão do recebimento da
emenda à inicial.

Desse modo, entendo presente o requisito da probabilidade do direito invocado na


inicial para a concessão da tutela de urgência, pois a manutenção da administração
(sindicatura e conselheiros titulares) prejudicaria, em tese, todos os condôminos, ao
passo de que eventual prejuízo ocorreria em menor monta mediante o afastamento do
corpo diretivo para oportunizar a investigação das contas do condomínio, sobretudo
em razão dos indícios veementes de irregularidades apontados pelos
autores/agravados.

Ainda sobre a probabilidade do direito, no tocante à inelegibilidade, como bem


esclareceu o magistrado singular em suas informações (evento 27), restou observado
que “ao tempo da assembleia de reeleição de 31/05/2018, das cinco quotas
condominiais em aberto em detrimento do então síndico, houve, aparentemente,
acordo para quitação de apenas uma delas, qual seja, a parcela denominada
“IMPLANT 1/5” no valor de R$ 1.111,47, que é a representada pelo boleto constante
do arquivo 3 da movimentação 75 dos autos originário (5060453.11), pago em
29/05/2018 (3 dias antes da eleição).”

“Permaneceram inadimplidas, a princípio, as parcelas denominadas “IMPLANT 2/5”,


“IMPLANT 3/5”, “IMPLANT 4/5” e “IMPLANT 5/5” ao tempo da reeleição. Caso o boleto

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supramencionado se referisse a um parcelamento que envolvesse todas as cinco
parcelas em aberto, tratar-se-ia, notadamente, de um acordo de 5x R$ 1.111,47.”

“ Contudo, o pagamento das demais parcelas ocorreu com valores e datas bem
diferentes, sendo R$ 1.251,42 para a “IMPLANT 2/5”, paga somente 5 (cinco) meses
após, em 02/10/2018. Depois, mais R$ 1.266,47, pela parcela “IMPLANT 3/5”, R$
1.230,92 pela parcela “IMPLANT 4/5” e R$ 1.218,47 pela parcela “IMPLANT 5/5”,
igualmente pagas em outubro de 2018, cujos comprovantes não foram colacionados
aos autos, constando apenas do histórico/extrato de pagamentos do condomínio.”

“Ademais, do referido histórico/extrato constam todos os acordos já entabulados pela


unidade do síndico até data de sua confecção (10/04/2019), quais sejam, o acordo nº
505 e o acordo nº 497.”

“ Conforme se observa, quando houve acordo englobando mais de uma quota


condominial, o extrato fez constar expressamente o mencionado dado. Assim, do
Acordo nº 497 (não questionado nos autos principais) consta, expressamente, que o
acordo foi emitido para que fosse pago em “02 parcelas originais”, com a informação
adiante sinalizando “02 parcelas baixadas” e com o indicativo “Acordo Bxa 497”, ou
seja, de um acordo de duas parcelas, ambas foram regularmente quitadas.”

“De outro lado, do Acordo nº 505, que abrangeu a polêmica parcela “IMPLANT 1/5”,
consta que ele foi entabulado para que fosse pago em “01 parcelas originais” (sic), isto
é, em parcela única, estampando-se adiante “01 parcelas baixadas” (sic) com
indicativo “Acordo Bxa 505”, o que sugere que, de fato, o acordo 505 abrangeu,
exclusivamente, uma das cinco parcelas em aberto, a saber, a “IMPLANT 1/5”, o que
sinaliza que, a princípio, estava sim inadimplente o síndico em relação às quotas
“IMPLANT 2/5”, “IMPLANT 3/5”, “IMPLANT 4/5” e “IMPLANT 5/5” quando de sua
reeleição em 31/05/2018 (dados ao final do extrato: Arq. 03, Mov. 75 do feito
originário).”

No tocante ao perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora


), verifica-se na plausabilidade do próprio condomínio sofrer prejuízos decorrentes das
aparentes irregularidades em sua gestão, sobretudo pela provável inelegibilidade do
síndico ao tempo dos pleitos eleitorais, tornando, em tese, ilegítimo seu próprio
mandato, sendo coerente seu afastamento e, por corolário, dos conselheiros fiscais
titulares, que, em tese, fiscalizam as contas do condomínio, nas quais há veemente
questionamento de irregularidades.
Quanto a alegada irreversibilidade, como igualmente esclareceu o magistrado singular
nas informações do agravo (evento 27), entendo que a liminar foi devidamente
concedida (em parte), em razão do “estado em que a massa condominial se
encontrava, permeada de aparentes irregularidades graves, havendo maior risco de
irreversibilidade aos condôminos do que ao agravante, pois, aqueles estariam a ser

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
representados por quem ou era aparentemente inelegível (síndico) ou por quem
autoriza pagamentos de notas fiscais frias” (não se afirma que teve participação na
falsificação das notas, mas que autorizou o pagamento destas, sem a devida
verificação de regularidade), o que ainda precisa ser esclarecido com a devida
instrução probatória.

Em que pese a necessidade de se instruir o processo originário, entendo prudente o


posicionamento do juízo singular de afastar o síndico e seus conselheiros titulares,
para que não possam interferir na realização de auditoria das contas do condomínio,
garantindo a legalidade dos atos, aos quais terão (o síndico e os conselheiros titulares)
total ciência, possibilitando assim sua ampla defesa.

Destarte, presente os elementos ensejadores da tutela de urgência, nos termos em


que pugnados, apresenta-se correta a decisão agravada que deferiu o pleito
antecipado ao autor/agravado (em parte).

Sobre a concessão da tutela de urgência, colaciono jurisprudência deste eg. Tribunal


de Justiça:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCESSÃO DE MEDIDA


CAUTELAR. DESTITUIÇÃO DA SÍNDICA E DETERMINAÇÃO
DE APRESENTAÇÃO DE BALANCETES RELATIVOS AO
PERÍODO DA ULTIMA GESTÃO. INDÍCIOS DE
IRREGULARIDADES. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. I - O
agravo de instrumento é recurso que deve ser julgado secundum
eventum litis, limitando-se a análise dos pontos examinados pela
decisão atacada, sob pena de prejulgamento da causa e
supressão da instância. II - Os critérios de aferição para a
concessão ou denegação de medida liminar em tutela de
urgência estão na faculdade do julgador que, ao exercitar o seu
livre convencimento, decide sobre a conveniência ou não do seu
deferimento, observados os requisitos legais. III - A decisão que
defere a tutela de urgência para afastar o síndico da gestão do
condomínio, bem como determina a apresentação de balancetes
do período em que geriu o condomínio agravado, em razão de
indícios de irregularidades por ela praticadas, somente deve ser
reformada pelo juízo ad quem em caso de flagrante abusividade
ou ilegalidade, o que não se verifica na espécie. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo
de Instrumento (CPC) 5374469-03.2018.8.09.0000, Rel. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 18/10/2018, DJe de
18/10/2018)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. (…). MEDIDA LIMINAR

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
DEFERIDA. REQUISITOS AUTORIZADORES
COMPROVADOS. LIVRE CONVENCIMENTO DO JULGADOR.
DECISÃO MANTIDA. 1. O deferimento, ou não, de medida
liminar, é ato de livre arbítrio e convencimento motivado do
julgador, inserindo-se no seu poder geral de cautela. 2. A reforma
de ato judicial, pela instância recursal, somente ocorre, sob
evidente abuso de autoridade, ou quando restar configurada a
ocorrência de decisão ilegal, abusiva, ou teratológica.(…).”
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 205662-76.2016.8.09.0000, Rel.
DES. FRANCISCO VILDON JOSÉ VALENTE, 5ª CÂMARA CÍVEL,
julgado em 09/02/2017, DJe 2214 de 20/02/2017)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR DE


ARRESTO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. (…). LIVRE
CONVENCIMENTO MOTIVADO. Os critérios para aferição da
antecipação da tutela estão na faculdade do julgador que,
exercitando o seu livre arbítrio, decide sobre a conveniência ou
não da concessão, sendo que tais provimentos somente podem
ser revogados caso fique demonstrada a ilegalidade do ato ou
evidenciado o abuso de poder por parte do magistrado (...).
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO MANTIDA.”
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 222619-55.2016.8.09.0000, Rel.
DES. NEY TELES DE PAULA, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
01/11/2016, DJe 2153 de 22/11/2016)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE


CONTAS. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
ANTECIPADA (…). ART. 300, CAPUT, DO NCPC. Em se
tratando de tutela de urgência antecipada, a decisão concessiva
ou negativa do magistrado, tendo em vista o seu livre
convencimento motivado, somente enseja reforma no caso de
ilegalidade, arbitrariedade ou manifesto equívoco ou abuso de
poder (...)” ( T J G O , A G R A V O D E I N S T R U M E N T O 2 4 4 4 2 6 -
34.2016.8.09.0000, Rel. DR(A). FERNANDO DE CASTRO MESQUITA,
3ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 24/01/2017, DJe 2204 de 06/02/2017)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. (…). TUTELA DE URGÊNCIA.


ATO DE LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZ DA CAUSA. (…).
2. O exame dos requisitos para a concessão do provimento de
urgência é ato de livre convencimento do juiz da causa, cuja
proximidade com a realidade fática da demanda lhe permite
melhor valorar os elementos probatórios já produzidos, de modo
a formar sua convicção. Decisão que enseja reforma em sede
recursal se teratológica, contrária à lei ou à prova dos autos (…).
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 218531-71.2016.8.09.0000, Rel. DES. KISLEU DIAS
MACIEL FILHO, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 15/12/2016, DJe 2197

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
de 26/01/2017)

Quanto aos questionamentos aventados pelo recorrente acerca da auditoria, notório


que não se evidencia nenhuma irregularidade na decisão agravada, a qual
acercadamente determinou que a síndica interina deverá auditar as contas de gestão a
serem objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado pela aprovação ou
rejeição, permitindo o acesso de tais informações aos autores (para fins de auditoria
própria/terceirizada, caso queiram), bem como aos réus (síndico e conselheiros), que
terão acesso aos pareceres sobre as contas, assim como a documentação contábil
examinada nos pareceres, disponibilizados em tempo razoável, garantindo assim a
ampla defesa e o contraditório.

Quanto à capacidade da síndica interina de realizar a auditoria, noto que a decisão


lançada no evento 84 do feito originário já tratou da matéria, deferindo o pedido
formulado pela síndica para fracionar a deliberação assemblear, suspendendo itens
(02 ao 05) do edital de convocação para assembleia geral extraordinária (evento 59,
doc. 02 do feito originário), determinando a esta as providências acerca dos trâmites
necessários à implementação da auditoria, que deverá ser finalizada no prazo
improrrogável de 90 (noventa) dias, contados a partir da contratação da
empresa/profissional que a realizará.
Nessa senda, esclareço que não há óbice legal ao pleito da síndica interina acerca da
necessidade de contratação de profissional habilitado para efetuar a perícia contábil
das contas do condomínio réu, devidamente deferido pela referida decisão (evento
84), dada a complexidade da análise, o que não demonstra sua inaptidão, como
pretende fazer crer o agravante.

Assim, ausente qualquer irregularidade, ilegalidade ou teratologia na decisão


agravada, não há que se falar em sua reforma.

Ante o exposto, julgo Prejudicado o agravo interno. Ato contínuo, conheço do


agravo de instrumento, mas nego-lhe provimento para manter a decisão fustigada,
por estes e por seus próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
RELATORA

112/LE

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5507050.45.2019.8.09.0000


COMARCA DE CALDAS NOVAS

AGRAVANTE: ALEXANDRE FINCO MARIANELLI


AGRAVADOS: ALEXANDRE DOMINGUES BRANCO E OUTROS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA


DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA C/C TUTELA DE
URGÊNCIA. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. REQUISITOS DA TUTELA DE
URGÊNCIA. PRESENTES. AFASTAMENTO DO SÍNDICO E DO
CONSELHO FISCAL. REGULARIDADE. NECESSIDADE DE
AUDITORIA. MANTIDA A DECISÃO 1. Deve ser julgado
prejudicado o agravo interno interposto contra decisão preliminar
que indeferiu o pedido de efeito suspensivo constante no
instrumental, quando esse se encontra apto para julgamento. 2.
O agravo de instrumento é um recurso secundum eventum litis,
devendo sua análise ater-se apenas as matérias tratadas na
decisão agravada. 3. Os critérios de aferição para a concessão
ou denegação de medida liminar em tutela de urgência estão na
faculdade do julgador que, ao exercitar o seu livre
convencimento, decide sobre a conveniência ou não do seu
deferimento, observados os requisitos legais. 4. Presentes os
elementos ensejadores da tutela de urgência (probabilidade do
direito; perigo de dano), nos termos em que pugnados pelos
autores/agravados, imperiosa a manutenção da decisão
agravada que determinou o afastamento do síndico e dos
membros titulares do conselho consultivo fiscal, a fim de apurar
as irregularidades aventadas nas contas do condomínio réu,
mediante auditoria a ser realizada pela síndica interina
regularmente designada, com garantia de contraditório e ampla
defesa aos réus. 5. Quanto a irreversibilidade, entendo que a
liminar foi devidamente concedida (em parte), em razão do
estado em que a massa condominial se encontrava, permeada
de aparentes irregularidades graves, havendo maior risco de
irreversibilidade aos condôminos do que ao agravante. AGRAVO

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. AGRAVO
INTERNO PREJUDICADO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5507050.45,


acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo, mas lhe negar provimento e julgar prejudicado o agravo interno, nos termos
do voto desta Relatora.
Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto
Favaro.

Fez sustentação oral na sessão anterior, o Dr. Neildon Chaves Ribeiro pelo agravado.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5507050.45.2019.8.09.0000
COMARCA DE CALDAS NOVAS

AGRAVANTE: ALEXANDRE FINCO MARIANELLI


AGRAVADOS: ALEXANDRE DOMINGUES BRANCO E OUTROS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
VOTO

De início, registra-se que o agravo de instrumento protocolizado encontra-se pronto


para julgamento de mérito, razão pela qual fica prejudicado o agravo interno
(evento 21), interposto contra a decisão liminar que indeferiu o pedido de concessão
de tutela antecipada recursal, e passo ao exame do instrumental.

A respeito do tema, vejamos:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO E AGRAVO INTERNO. EFEITO


SUSPENSIVO NEGADO AO INSTRUMENTAL. RECURSO
PREJUDICADO. AÇÃO DE INVENTÁRIO. ACORDO FIRMADO
EM AUDIÊNCIA ENTRE OS HERDEIROS E POSSÍVEIS
CREDORES DO DE CUJUS SOBRE A LEGITIMIDADE DAS
PARTES E PAGAMENTO DO ITCD. DIREITO ALEGADO PELO
AGRAVANTE QUE NÃO FOI OBJETO DO ACORDO.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO DO
ACORDO. MANUTENÇÃO DA DECISÃO. 1 - Deve ser julgado
prejudicado o agravo interno interposto contra decisão preliminar
que indeferiu o pedido de efeito suspensivo constante no
instrumental, quando esse se encontra apto para julgamento.
(…). AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO
MANTIDA.” (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 32592-
18.2016.8.09.0000, Rel. DES. NELMA BRANCO FERREIRA PERILO, 4ª
CÂMARA CÍVEL, julgado em 01/12/2016, DJe 2165 de 09/12/2016)

Presentes os pressupostos de admissibilidade do agravo de instrumento à luz do


CPC/15, dele conheço.

Na inicial, os autores/agravados apontam diversas irregularidades na gestão do


condomínio réu, pleiteando, liminarmente, a nulidade da Assembleia Geral Ordinária
convocada para 09/02/2019, a realização de auditoria externa para apuração das
irregularidades na gestão do condomínio no prazo de 90 (noventa) dias, a nomeação
de interventores para atuação no período de auditoria com o afastamento do síndico e
membros do conselho fiscal.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Por meio da decisão prolatada no evento 04, a liminar foi deferida parcialmente, nos
seguintes termos: “Ante o exposto, DEFIRO PARCIALMENTE os pedidos liminares,
para, por ora, determinar, como forma de obter resultados práticos equivalentes (já que
não examinada, por ora, a tutela específica – art. 497, CPC) e em exercício do poder
geral de cautela, que, embora possa ser realizada a assembleia convocada para o dia
09/02/2019, com os respectivos debates, deliberações, contabilização de votos e
registro em ata, seus efeitos ficarão sobrestados até o deslinde da causa. Além disso,
não deverá ser permitido o exercício do voto ao Sr. Jean Pierre Ferreira Borges, atual
síndico, especificamente a respeito das pautas alusivas à sua própria gestão
(aprovação de contas e realização de auditoria em suas contas), conforme vedação do
art. 48º da Convenção, inclusive o voto por meio de procurações (por notória
incompatibilidade reflexa)”.

A análise dos demais pedidos liminares foi postergada para após a apresentação das
contestações, além disso, foi determinado que a parte autora fizesse constar no polo
passivo da demanda o síndico e os demais conselheiros que pretendia o afastamento,
corrigisse o valor da causa e efetuasse o recolhimento das custas processuais
complementares.

Através da petição colacionada no evento 16, os autores/agravados requereram a


emenda à inicial, com a inclusão no polo passivo da demanda do síndico Jean Pierre
Ferreira Borges e dos conselheiros Ivani Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares,
Alexandre Finco Marianelli, Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da Rocha e Dalila
Faustino Cordeiro.

Na mencionada petição, os autores requereram a juntada de novos documentos e


reiteraram o pedido de tutela provisória de urgência pleiteado na exordial, asseverando
que na assembleia realizada em 09/02/2019 diversos condôminos e/ou procuradores
deste foram impedidos de exercer o seu direito de voto, sob o pretexto de que
estariam inadimplentes, em que pese possuírem carta de adimplência e comprovantes
de pagamentos das taxas condominiais.

Além disso, mencionam que a esposa do síndico, Polianny Elias Moreira, votou,
através de procurações outorgadas por 31 (trinta e um) condôminos, pela aprovação
e/ou reprovação dos itens objeto de discussão em conformidade com os interesses do
síndico.

O pedido de tutela de urgência, liminarmente, foi reiterado através das petições


juntadas nos eventos 20, 46 e 47, nas quais além das supostas irregularidades quando
da realização da assembleia condominial (09/02/2019), os autores alegam acerca da
apuração em sede de inquérito policial das notas fiscais de prestação de serviço que
foram pagas pelo condomínio com autorização do síndico, pleiteiam a juntada de cópia
do inquérito policial com a oitiva dos envolvidos na suposta fraude, além de ofício da
Prefeitura Municipal que atestam a falsidade das notas fiscais, cópia de sentença de

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
improcedência de ação movida pelo síndico em desfavor dos autores, entre outros.

Subsidiariamente, os autores/agravados pleiteiam a designação de audiência de


justificação para posterior análise da tutela provisória de urgência.

Ao analisar o pleito de urgência, assim decidiu o magistrado singular (evento 48 do


feito originário):

“Face ao exposto, DEFIRO PARCIALMENTE a antecipação de


tutela pleiteada, para o fim de DETERMINAR o imediato
afastamento do síndico Jean Pierre Ferreira Borges da
administração do Condomínio demandado, assim como dos
membros titulares do conselho consultivo fiscal, os quais exercem
de fato o poder opinativo nas reuniões do conselho, Ivani
Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares e Alexandre Finco
Marianelli, cargos que deverão ser assumidos, interinamente,
pelos seus suplentes Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da
Rocha e Dalila Faustino Cordeiro.
Ante a probabilidade de êxito da pretensão de ser anulada a
assembleia geral ordinária realizada no dia 09/02/2019, outra
deverá ser realizada para a mesma finalidade, dentre outros
assuntos.
Considerando que não há vedação na Convenção Condominial e
o disposto no artigo 1.347, do Código Civil que prevê a
possibilidade do síndico não ser condômino, NOMEIO para
exercer interinamente a função de síndico o ORGANIZAÇÕES
TEMA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ 02.977.287/0001-30,
com sede à Rua Eça de Queiroz, nº 235, quadra 7, lote 03, Bairro
Termal, Caldas Novas-GO, e-mail tema@ih.com.br e telefone
(64) 34534496 (dados extraídos do site da Receita Federal do
Brasil).1
Elucido que a empresa ora nomeada, por se tratar de prestadora
de serviços de gestão contábil de condomínios, já possui
conhecimento da situação atual situação financeira do ente
condominial ora demandado, sobretudo no que diz respeito à
relação pormenorizada dos condôminos inadimplentes para fins
de votação em assembleia a ser designada e demais bancos de
dados relevantes do mesmo condomínio, podendo, assim, atuar
com maior expertise e praticidade na administração do
empreendimento, inclusive por atualmente ser a responsável pela
contabilidade deste.
Tenho por temerária a indicação a síndico interino realizada pelos
autores, por se tratar de terceiro não integrante da lide e não
anuente.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
A empresa ora nomeada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
convocar assembleia geral, a realizar-se em até 60 (sessenta)
dias, observado o intervalo mínimo previsto em convenção, a
contar da intimação da presente decisão.
Na assembleia a ser designada pela empresa síndica interina,
entre outras pautas pertinentes que eventualmente possam
constar do edital de convocação, deverá haver, expressamente,
previsão de deliberação acerca das contas da gestão do mandato
anterior do síndico e do atual mandato em curso (até a data do
seu afastamento concreto), bem assim a eleição de novo síndico
e membros titulares do conselho consultivo fiscal.
Na deliberação sobre as consta de gestão, não poderão votar o
síndico e conselheiros ora afastados, por si ou por procurações,
inclusive por cônjuges, companheiros ou parentes, sanguíneos
ou por afinidade, em linha reta de qualquer grau ou até o 4º grau
em linha colateral.
Competirá, ainda, à empresa síndica auditar as contas de gestão
a serem objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado
pela aprovação ou rejeição, assim como permitir que aos autores
seja autorizado inteiro acesso à documentação das contas de
gestão, para que possam, caso queiram, promover auditoria
própria, inclusive por intermédio de empresa terceirizada, a ser
igualmente, neste caso, elaborado parecer fundamentado pela
aprovação ou rejeição.
Os pareceres sobre as contas, assim como toda a documentação
contábil examinada nos pareceres, deverão ser disponibilizados
ao síndico e conselheiros fiscais ora afastados, com
antecedência mínima de 10 dias da assembleia na qual se
deliberará sobre tais contas de gestão, a fim de propiciar-lhes o
exercício da ampla defesa e do contraditório.
Sem prejuízo dos pareceres, deverão os conselheiros fiscais
suplentes, que assumirão a titularidade a partir do cumprimento
desta decisão, examinar as mesmas contas de gestão,
elaborando, igualmente parecer, ou, ao menos, aderindo a algum
dos pareceres elaborados pela empresa síndica interina ou por
outra que veja a realizar auditoria independente a pedido dos
autores.
Na assembleia na qual se deliberará sobre tais contas de gestão,
antes da deliberação, deverá ser oportunizada a palavra ao
síndico e conselheiros fiscais ora afastados, acaso presentes,
para que possam, caso queiram, sustentar oralmente as contas
de suas gestões, por prazo mínimo de 30 minutos ao síndico e 15
minutos a cada conselheiro.
Esclareço, por fim, que, havendo previsão na convenção
condominial de pagamento de pro labore ao síndico, tal
rendimento deverá ser repassado como pagamento à empresa

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
ora nomeada como síndica interina.
INTIME-SE o síndico, através de mandado, para que, no prazo
de 48 (quarenta e oito horas), contadas a partir da sua intimação,
afaste-se da administração do condomínio e franqueie ao síndico
interino todos os meios e documentos, inclusive chaves ou
senhas, necessários para a referida administração, tais como,
arquivos, acesso a contas bancárias, talões de cheques, cartões
das contas bancárias e tudo aquilo que se fizer necessário ao
regular andamento do empreendimento, sob pena de multa diária
de R$ 2.000,00 (limitada a R$ 200.000,00) e crime
desobediência.
Poderão os autores ou a empresa síndica interina, com cópia
desta decisão, à qual confiro valor de mandado e alvará,
dirigirem-se às instituições financeiras nas quais o condomínio
demandado possua conta ou aplicações, a fim de que o síndico
ora afastado não pratique qualquer tipo de operação financeira
ou acesso por senha às referidas contas e aplicações, o que
deverá ser exercido, exclusiva e interinamente, pela empresa ora
nomeada como síndica, mediante alteração de senhas, até que
outro(a) síndico(a) seja eleito(a).
Proceda a escrivania a adaptação dos polos ativo e passivo da
demanda no PJD, fazendo constar os dados de todos os autores
e dos requeridos ora incluídos em razão do recebimento da
emenda à inicial.
Intimem-se. Cumpra-se com URGÊNCIA.”
Empós, os réus alegam suspeição da síndica interina, motivo pelo qual o magistrado
singular profere a seguinte decisão (evento 60):

Considerando que se avizinha a assembleia e a fim de se evitar


procrastinações, assim como para não se despertar dúvidas às
partes acerca da isenção do julgamento ou da fase instrutória,
ainda que o presente caso não se amolde em quaisquer
hipóteses de suspeição ou impedimento, hei por bem em
substituir o síndico interino pela empresa JH CONDOMÍNIOS,
com know how no ramo de condomínios edilícios, que será
responsável pelos mesmos encargos alhures atribuídos por
decisão, podendo ratificar ou retificar os atos do síndico ora
substituído.1
Intime-se-a com urgência, inclusive a empresa ora destituída
para ciência.
Saliento que a escolha da empresa Tema se deveu ao fato de já
ser ela quem realizava a contabilidade do condomínio
demandado, escolhido pelos próprios réus e excipientes.
Ademais, desconhecia, sinceramente, a condição de sócio da

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
referida empresa por parte de Bonny Mello, eis que conhecida
por ser de propriedade de Carlos Divino Rezende e ex-esposa;
bastava uma vista em gabinete para que houvesse a substituição
em tela, e por muito menos os advogados em geral me
aborrecem em atendimentos. Contudo, resta prejudicada a
discussão.
Quanto ao agravo de instrumento, mantenho a decisão recorrida
por seus próprios fundamentos, exceto quanto à pessoa do
síndico interino.

Irresignado, o demandado, na condição de conselheiro fiscal (titular) afastado do


condomínio réu, avia agravo de instrumento (evento 01), requerendo a concessão da
tutela recursal, para revogar a decisão impugnada (evento 48) e lhe reconduzir com os
demais membros da administração condominial aos seus cargos, bem como cancelar
a assembleia do dia 31/08/19, servindo a decisão como mandato. Requer,
alternativamente, a modulação de seu pedido, a fim de que seja retirado de pauta ao
menos a eleição de novo síndico e conselheiros até que haja o julgamento do mérito
do agravo. No mérito, pugna pelo conhecimento e provimento do recurso para revogar
a decisão agravada, nos termos aduzidos.

Notório que o Agravo de Instrumento é recurso secundum eventum litis, o qual se


limita à análise da decisão recorrida, que dentre as diversas teses veiculadas na
petição inicial e emenda, para fins de decisão liminar, apreciou somente a alegação de
irregularidades na emissão de notas fiscais; a inelegibilidade em razão de débitos
condominiais (taxas de condomínio); a indicação da síndica interina e sua substituição,
com determinação de auditoria, não cabendo o exame de questões não apreciadas
pelo juízo a quo, sob pena de indevida supressão de instância.

A respeito, confiram-se os seguintes precedentes dessa Corte de Justiça:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE


CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO E
ILEGITIMIDADE DE PARTE. PRELIMINARES NÃO
ANALISADAS EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS
DA TUTELA. PROVA INEQUÍVOCA. DESCONTOS EM FOLHA
DE PAGAMENTO. LIBERAÇÃO DA MARGEM CONSIGNADA.
1. O agravo de instrumento é um recurso secundum eventum litis
, limitando-se à análise do acerto ou desacerto da decisão
fustigada, não incumbindo a esta seara recursal o exame de
questões ainda não analisadas em primeiro grau, sob pena de
indevida supressão de instância. (...).” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 268781-11.2016.8.09.0000, Rel. DES. CARLOS
ESCHER, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 29/09/2016, DJe 2126 de

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
06/10/2016)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE


CONTRATO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO PARCIAL DOS
EFEITOS DA TUTELA. I- Teses de incompetência, ilegitimidade
e inépcia da inicial. Questões não analisadas em primeiro grau de
jurisdição. Supressão de instância. O agravo é um recurso
secundum eventum litis, o qual tem seus limites traçados pelos
pontos relativos a matéria efetivamente apreciada pela
magistrada a quo, não cabe, neste grau de jurisdição, o exame
de questões que não chegaram a ser analisadas pela magistrada
singular, sob pena de supressão de instância. (…).” (TJGO,
AGRAVO DE INSTRUMENTO 177824 - 61.2016.8.09.0000, Rel. DES.
CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
19/07/2016, DJe 2078 de 29/07/2016)

Feitos tais esclarecimentos, passo a análise das razões recursais.

Cediço que, em se tratando de tutela de urgência, a medida, concedida ou negada


judicialmente, está adstrita ao livre convencimento do juiz, de modo que a decisão que
concede ou indefere provimento dessa natureza somente deve ser modificada ou
reformada, pela Corte Recursal, se proferida em flagrante violação de lei ou com
abuso de poder.

Sob esta perspectiva, na hipótese em tela, inexiste razão de fato ou direito que possa
ensejar a modificação do decisum agravado.

Isso porque, o Magistrado a quo, ao proferi-lo, avaliou eficazmente os requisitos legais


autorizadores da antecipação da tutela (art. 300, do CPC/15), pautando-se no princípio
da persuasão racional.

Com efeito, restam configurados os requisitos da tutela de urgência, como bem


considerou o magistrado singular na decisão recorrida, nos seguintes termos (evento
48 do feito originário):

“ In casu, entendo que se acham presentes os requisitos


autorizadores para a concessão da tutela de urgência pretendida.
Se não, vejamos.
A probabilidade do direito acha-se presente, na medida que a

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
narrativa fática é amparada pela documentação coligida aos
autos, pela qual se é possível inferir a existência de indícios
veementes de prática das inúmeras irregularidades de gestão
apontadas nos autos, das quais destaco as seguintes.
Primeiro, na deliberação assemblear realizada em 09/02/2019,
foram apreciadas e aprovadas as contas da atual gestão, além
de rechaçada a realização de auditora externa nas contas do
condomínio, ora requerido. Conforme consta da ata da AGO
(evento 07), apesar de o síndico afirmar que cumpriria a decisão
por mim proferida, no sentido de se abster de votar, inclusive por
meio de procuração, naqueles assuntos do seu interesse, por
impedimento e conflito de interesse, os votos foram,
aparentemente, exercidos através de diversas procurações
portadas por sua esposa Polianny Elias Moreira (evento 46).
Aliás, através do boletim de ocorrência colacionado no evento 07
(RAI nº 8840452), ao relatar supostas ameaças que sofreu por
partes de condôminos do empreendimento, Polianny Elias
Moreira declarou que é proprietária de um imóvel no condomínio
do qual o seu esposo é síndico.
À vista disso, verifico que apesar da cristalina determinação
judicial (evento 04), o síndico, por falsa astúcia, transferiu à sua
esposa a conduta de votar nas pautas alusivas à sua própria
gestão, o que sugere a prática de burla, por via oblíqua, da
determinação judicial, a configurar, em tese, atentato à dignidade
da Justiça (art. 77, caput, inciso IV, e §§ 1º a 4º, do CPC).
Em segundo lugar, o síndico, ao tempo de sua primeira eleição
(04/03/2017) e de sua reeleição (31/05/2018), se encontrava,
segundo a documentação ora existente nos autos, inadimplente
com as despesas condominiais, de sorte a torná-lo, em tese,
inelegível.
Consta dos autos extrato financeiro referente ao período de
31/06/2016 a 31/08/2018, que sugere que o atual síndico se
encontrava inadimplente com 04 (quatro) parcelas de R$ 899,49
cada, com vencimento em 20/07/2016, 20/08/2016, 20/09/2016 e
20/10/2016, referentes às taxas de implantação do condomínio,
as quais somente teriam sido adimplidas em outubro/2018, ou
seja, após a eleição e reeleição.
Ressalte-se, entrementes, que houve duas renegociações de
dívida pelo síndico, segundo a mesma negociação, mas, tais não
englobaram os débitos acima apontados, sendo elas: 1) acordo
para pagamento da taxa de implantação vencida em 20/06/2016,
no valor de R$ 899,49, pago em 24/05/2018; e 2) acordo para
pagamento de cotas condominiais ordinárias (distintas das taxas
de implantação).
De mais a mais, constata-se que foi acostado aos autos o
Parecer Fiscal nº 001 – de 18/02/2019, da Secretaria Municipal

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
de Finanças (evento 46), onde foi consignado pelo órgão
municipal que a GS Cobranças Eirelli-ME, apesar de possuir
inscrição junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, não
possui Inscrição Municipal, nem tampouco cadastro no sistema
de emissão de Notas Fiscais do Município.
Consta ainda do parecer, que no modelo das notas fiscais
utilizadas para a falsificação, consta que a empresa prestadora
de serviços é Microempreendedor Individual (MEI), que todas as
notas apresentam o mesmo QR Code (SNAI-89QZ), que no
campo “prestador de serviços” não poderia haver os dados da GS
Cobraças por não ter cadastro no Município e que no campo
“valores” é destacado o ISSQN, o que não ocorre no caso de
empresas inscritas no MEI; por fim destaca que o código de
verificação SNAI-89QZ estampado nas notas fiscais falsificadas é
da empresa Jordana Barbosa de Almeida, inscrita no CNPJ nº
26.946.984/0001-91.
Além disso, através dos depoimentos prestados no inquérito
policial nº 87/21019 onde é averiguada a falsificação das notas
fiscais pagas pelo condomínio (evento 46 e 47), o proprietário da
prestadora de serviços afirmou que todas as notas fiscais
emitidas ao condomínio são falsificados, assim como, o contador
do condomínio, Carlos Divino de Rezende, declarou que todas as
notas fiscais foram assinadas e carimbadas pelo síndico e pelo
auxiliar do síndico, Caio Sandro de Araújo, e que, ao constatar a
falsificação das notas fiscais, informou ao funcionário a
irregularidade e não obteve nenhuma resposta, Caio, por sua
vez, apesar de mencionar que não tem conhecimento sobre a
falsificação das notas, disse que todos os pagamentos foram
realizados com a autorização do síndico que contratou a GS
Cobranças.
O perigo de dano, por sua vez, encontra-se estampado na
plausabilidade do próprio condomínio sofrer prejuízos
decorrentes das aparentes irregularidades em sua gestão,
sobretudo o pagamento se serviços com notas falsas, e na
provável inelegibilidade do síndico ao tempo dos pleitos eleitorais,
tornando, em tese, ilegítimo seu próprio mandato.
Outrossim, não há perigo de irreversibilidade da medida, posto
que a qualquer momento poderá ser revista. Pelo contrário, a não
concessão da tutela neste momento é que tornará irreversível
aos autores, eis que se avizinha o termo final do mandato.
Assim, hão de ser afastados o síndico e os Conselheiros Fiscais
titulares que aprovaram o pagamento de notas falsas. Não
vislumbro, por ora, indícios de coautoria ou participação dos
conselheiros suplentes, razão pela qual não verifico ser medida
proporcional impedir que a titularidade do conselho seja
assumida interinamente pela suplência.
Face ao exposto, DEFIRO PARCIALMENTE a antecipação de

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
tutela pleiteada, para o fim de DETERMINAR o imediato
afastamento do síndico Jean Pierre Ferreira Borges da
administração do Condomínio demandado, assim como dos
membros titulares do conselho consultivo fiscal, os quais exercem
de fato o poder opinativo nas reuniões do conselho, Ivani
Rezende Barbosa, Hélio Ribeiro Soares e Alexandre Finco
Marianelli, cargos que deverão ser assumidos, interinamente,
pelos seus suplentes Clarisvaldo da Silva, Félix Emiliano da
Rocha e Dalila Faustino Cordeiro.
Ante a probabilidade de êxito da pretensão de ser anulada a
assembleia geral ordinária realizada no dia 09/02/2019, outra
deverá ser realizada para a mesma finalidade, dentre outros
assuntos.
Considerando que não há vedação na Convenção Condominial e
o disposto no artigo 1.347, do Código Civil que prevê a
possibilidade do síndico não ser condômino, NOMEIO para
exercer interinamente a função de síndico o ORGANIZAÇÕES
TEMA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ 02.977.287/0001-30,
com sede à Rua Eça de Queiroz, nº 235, quadra 7, lote 03, Bairro
Termal, Caldas Novas-GO, e-mail tema@ih.com.br e telefone
(64) 34534496 (dados extraídos do site da Receita Federal do
Brasil).1
Elucido que a empresa ora nomeada, por se tratar de prestadora
de serviços de gestão contábil de condomínios, já possui
conhecimento da situação atual situação financeira do ente
condominial ora demandado, sobretudo no que diz respeito à
relação pormenorizada dos condôminos inadimplentes para fins
de votação em assembleia a ser designada e demais bancos de
dados relevantes do mesmo condomínio, podendo, assim, atuar
com maior expertise e praticidade na administração do
empreendimento, inclusive por atualmente ser a responsável pela
contabilidade deste.
Tenho por temerária a indicação a síndico interino realizada pelos
autores, por se tratar de terceiro não integrante da lide e não
anuente.
A empresa ora nomeada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
convocar assembleia geral, a realizar-se em até 60 (sessenta)
dias, observado o intervalo mínimo previsto em convenção, a
contar da intimação da presente decisão.
Na assembleia a ser designada pela empresa síndica interina,
entre outras pautas pertinentes que eventualmente possam
constar do edital de convocação, deverá haver, expressamente,
previsão de deliberação acerca das contas da gestão do mandato
anterior do síndico e do atual mandato em curso (até a data do
seu afastamento concreto), bem assim a eleição de novo síndico
e membros titulares do conselho consultivo fiscal.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Na deliberação sobre as consta de gestão, não poderão votar o
síndico e conselheiros ora afastados, por si ou por procurações,
inclusive por cônjuges, companheiros ou parentes, sanguíneos
ou por afinidade, em linha reta de qualquer grau ou até o 4º grau
em linha colateral.
Competirá, ainda, à empresa síndica auditar as contas de gestão
a serem objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado
pela aprovação ou rejeição, assim como permitir que aos autores
seja autorizado inteiro acesso à documentação das contas de
gestão, para que possam, caso queiram, promover auditoria
própria, inclusive por intermédio de empresa terceirizada, a ser
igualmente, neste caso, elaborado parecer fundamentado pela
aprovação ou rejeição.
Os pareceres sobre as contas, assim como toda a documentação
contábil examinada nos pareceres, deverão ser disponibilizados
ao síndico e conselheiros fiscais ora afastados, com
antecedência mínima de 10 dias da assembleia na qual se
deliberará sobre tais contas de gestão, a fim de propiciar-lhes o
exercício da ampla defesa e do contraditório.
Sem prejuízo dos pareceres, deverão os conselheiros fiscais
suplentes, que assumirão a titularidade a partir do cumprimento
desta decisão, examinar as mesmas contas de gestão,
elaborando, igualmente parecer, ou, ao menos, aderindo a algum
dos pareceres elaborados pela empresa síndica interina ou por
outra que veja a realizar auditoria independente a pedido dos
autores.
Na assembleia na qual se deliberará sobre tais contas de gestão,
antes da deliberação, deverá ser oportunizada a palavra ao
síndico e conselheiros fiscais ora afastados, acaso presentes,
para que possam, caso queiram, sustentar oralmente as contas
de suas gestões, por prazo mínimo de 30 minutos ao síndico e 15
minutos a cada conselheiro.
Esclareço, por fim, que, havendo previsão na convenção
condominial de pagamento de pro labore ao síndico, tal
rendimento deverá ser repassado como pagamento à empresa
ora nomeada como síndica interina.
INTIME-SE o síndico, através de mandado, para que, no prazo
de 48 (quarenta e oito horas), contadas a partir da sua intimação,
afaste-se da administração do condomínio e franqueie ao síndico
interino todos os meios e documentos, inclusive chaves ou
senhas, necessários para a referida administração, tais como,
arquivos, acesso a contas bancárias, talões de cheques, cartões
das contas bancárias e tudo aquilo que se fizer necessário ao
regular andamento do empreendimento, sob pena de multa diária
de R$ 2.000,00 (limitada a R$ 200.000,00) e crime
desobediência.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Poderão os autores ou a empresa síndica interina, com cópia
desta decisão, à qual confiro valor de mandado e alvará,
dirigirem-se às instituições financeiras nas quais o condomínio
demandado possua conta ou aplicações, a fim de que o síndico
ora afastado não pratique qualquer tipo de operação financeira
ou acesso por senha às referidas contas e aplicações, o que
deverá ser exercido, exclusiva e interinamente, pela empresa ora
nomeada como síndica, mediante alteração de senhas, até que
outro(a) síndico(a) seja eleito(a).
Proceda a escrivania a adaptação dos polos ativo e passivo da
demanda no PJD, fazendo constar os dados de todos os autores
e dos requeridos ora incluídos em razão do recebimento da
emenda à inicial.

Desse modo, entendo presente o requisito da probabilidade do direito invocado na


inicial para a concessão da tutela de urgência, pois a manutenção da administração
(sindicatura e conselheiros titulares) prejudicaria, em tese, todos os condôminos, ao
passo de que eventual prejuízo ocorreria em menor monta mediante o afastamento do
corpo diretivo para oportunizar a investigação das contas do condomínio, sobretudo
em razão dos indícios veementes de irregularidades apontados pelos
autores/agravados.

Ainda sobre a probabilidade do direito, no tocante à inelegibilidade, como bem


esclareceu o magistrado singular em suas informações (evento 27), restou observado
que “ao tempo da assembleia de reeleição de 31/05/2018, das cinco quotas
condominiais em aberto em detrimento do então síndico, houve, aparentemente,
acordo para quitação de apenas uma delas, qual seja, a parcela denominada
“IMPLANT 1/5” no valor de R$ 1.111,47, que é a representada pelo boleto constante
do arquivo 3 da movimentação 75 dos autos originário (5060453.11), pago em
29/05/2018 (3 dias antes da eleição).”

“Permaneceram inadimplidas, a princípio, as parcelas denominadas “IMPLANT 2/5”,


“IMPLANT 3/5”, “IMPLANT 4/5” e “IMPLANT 5/5” ao tempo da reeleição. Caso o boleto
supramencionado se referisse a um parcelamento que envolvesse todas as cinco
parcelas em aberto, tratar-se-ia, notadamente, de um acordo de 5x R$ 1.111,47.”

“ Contudo, o pagamento das demais parcelas ocorreu com valores e datas bem
diferentes, sendo R$ 1.251,42 para a “IMPLANT 2/5”, paga somente 5 (cinco) meses
após, em 02/10/2018. Depois, mais R$ 1.266,47, pela parcela “IMPLANT 3/5”, R$
1.230,92 pela parcela “IMPLANT 4/5” e R$ 1.218,47 pela parcela “IMPLANT 5/5”,
igualmente pagas em outubro de 2018, cujos comprovantes não foram colacionados
aos autos, constando apenas do histórico/extrato de pagamentos do condomínio.”

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
“Ademais, do referido histórico/extrato constam todos os acordos já entabulados pela
unidade do síndico até data de sua confecção (10/04/2019), quais sejam, o acordo nº
505 e o acordo nº 497.”

“ Conforme se observa, quando houve acordo englobando mais de uma quota


condominial, o extrato fez constar expressamente o mencionado dado. Assim, do
Acordo nº 497 (não questionado nos autos principais) consta, expressamente, que o
acordo foi emitido para que fosse pago em “02 parcelas originais”, com a informação
adiante sinalizando “02 parcelas baixadas” e com o indicativo “Acordo Bxa 497”, ou
seja, de um acordo de duas parcelas, ambas foram regularmente quitadas.”

“De outro lado, do Acordo nº 505, que abrangeu a polêmica parcela “IMPLANT 1/5”,
consta que ele foi entabulado para que fosse pago em “01 parcelas originais” (sic), isto
é, em parcela única, estampando-se adiante “01 parcelas baixadas” (sic) com
indicativo “Acordo Bxa 505”, o que sugere que, de fato, o acordo 505 abrangeu,
exclusivamente, uma das cinco parcelas em aberto, a saber, a “IMPLANT 1/5”, o que
sinaliza que, a princípio, estava sim inadimplente o síndico em relação às quotas
“IMPLANT 2/5”, “IMPLANT 3/5”, “IMPLANT 4/5” e “IMPLANT 5/5” quando de sua
reeleição em 31/05/2018 (dados ao final do extrato: Arq. 03, Mov. 75 do feito
originário).”

No tocante ao perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora


), verifica-se na plausabilidade do próprio condomínio sofrer prejuízos decorrentes das
aparentes irregularidades em sua gestão, sobretudo pela provável inelegibilidade do
síndico ao tempo dos pleitos eleitorais, tornando, em tese, ilegítimo seu próprio
mandato, sendo coerente seu afastamento e, por corolário, dos conselheiros fiscais
titulares, que, em tese, fiscalizam as contas do condomínio, nas quais há veemente
questionamento de irregularidades.
Quanto a alegada irreversibilidade, como igualmente esclareceu o magistrado singular
nas informações do agravo (evento 27), entendo que a liminar foi devidamente
concedida (em parte), em razão do “estado em que a massa condominial se
encontrava, permeada de aparentes irregularidades graves, havendo maior risco de
irreversibilidade aos condôminos do que ao agravante, pois, aqueles estariam a ser
representados por quem ou era aparentemente inelegível (síndico) ou por quem
autoriza pagamentos de notas fiscais frias” (não se afirma que teve participação na
falsificação das notas, mas que autorizou o pagamento destas, sem a devida
verificação de regularidade), o que ainda precisa ser esclarecido com a devida
instrução probatória.

Em que pese a necessidade de se instruir o processo originário, entendo prudente o


posicionamento do juízo singular de afastar o síndico e seus conselheiros titulares,
para que não possam interferir na realização de auditoria das contas do condomínio,
garantindo a legalidade dos atos, aos quais terão (o síndico e os conselheiros titulares)
total ciência, possibilitando assim sua ampla defesa.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Destarte, presente os elementos ensejadores da tutela de urgência, nos termos em
que pugnados, apresenta-se correta a decisão agravada que deferiu o pleito
antecipado ao autor/agravado (em parte).

Sobre a concessão da tutela de urgência, colaciono jurisprudência deste eg. Tribunal


de Justiça:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCESSÃO DE MEDIDA


CAUTELAR. DESTITUIÇÃO DA SÍNDICA E DETERMINAÇÃO
DE APRESENTAÇÃO DE BALANCETES RELATIVOS AO
PERÍODO DA ULTIMA GESTÃO. INDÍCIOS DE
IRREGULARIDADES. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. I - O
agravo de instrumento é recurso que deve ser julgado secundum
eventum litis, limitando-se a análise dos pontos examinados pela
decisão atacada, sob pena de prejulgamento da causa e
supressão da instância. II - Os critérios de aferição para a
concessão ou denegação de medida liminar em tutela de
urgência estão na faculdade do julgador que, ao exercitar o seu
livre convencimento, decide sobre a conveniência ou não do seu
deferimento, observados os requisitos legais. III - A decisão que
defere a tutela de urgência para afastar o síndico da gestão do
condomínio, bem como determina a apresentação de balancetes
do período em que geriu o condomínio agravado, em razão de
indícios de irregularidades por ela praticadas, somente deve ser
reformada pelo juízo ad quem em caso de flagrante abusividade
ou ilegalidade, o que não se verifica na espécie. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo
de Instrumento (CPC) 5374469-03.2018.8.09.0000, Rel. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 18/10/2018, DJe de
18/10/2018)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. (…). MEDIDA LIMINAR


DEFERIDA. REQUISITOS AUTORIZADORES
COMPROVADOS. LIVRE CONVENCIMENTO DO JULGADOR.
DECISÃO MANTIDA. 1. O deferimento, ou não, de medida
liminar, é ato de livre arbítrio e convencimento motivado do
julgador, inserindo-se no seu poder geral de cautela. 2. A reforma
de ato judicial, pela instância recursal, somente ocorre, sob
evidente abuso de autoridade, ou quando restar configurada a
ocorrência de decisão ilegal, abusiva, ou teratológica.(…).”
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 205662-76.2016.8.09.0000, Rel.
DES. FRANCISCO VILDON JOSÉ VALENTE, 5ª CÂMARA CÍVEL,
julgado em 09/02/2017, DJe 2214 de 20/02/2017)

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR DE
ARRESTO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. (…). LIVRE
CONVENCIMENTO MOTIVADO. Os critérios para aferição da
antecipação da tutela estão na faculdade do julgador que,
exercitando o seu livre arbítrio, decide sobre a conveniência ou
não da concessão, sendo que tais provimentos somente podem
ser revogados caso fique demonstrada a ilegalidade do ato ou
evidenciado o abuso de poder por parte do magistrado (...).
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO MANTIDA.”
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 222619-55.2016.8.09.0000, Rel.
DES. NEY TELES DE PAULA, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgado em
01/11/2016, DJe 2153 de 22/11/2016)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE


CONTAS. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
ANTECIPADA (…). ART. 300, CAPUT, DO NCPC. Em se
tratando de tutela de urgência antecipada, a decisão concessiva
ou negativa do magistrado, tendo em vista o seu livre
convencimento motivado, somente enseja reforma no caso de
ilegalidade, arbitrariedade ou manifesto equívoco ou abuso de
poder (...)” ( T J G O , A G R A V O D E I N S T R U M E N T O 2 4 4 4 2 6 -
34.2016.8.09.0000, Rel. DR(A). FERNANDO DE CASTRO MESQUITA,
3ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 24/01/2017, DJe 2204 de 06/02/2017)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. (…). TUTELA DE URGÊNCIA.


ATO DE LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZ DA CAUSA. (…).
2. O exame dos requisitos para a concessão do provimento de
urgência é ato de livre convencimento do juiz da causa, cuja
proximidade com a realidade fática da demanda lhe permite
melhor valorar os elementos probatórios já produzidos, de modo
a formar sua convicção. Decisão que enseja reforma em sede
recursal se teratológica, contrária à lei ou à prova dos autos (…).
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 218531-71.2016.8.09.0000, Rel. DES. KISLEU DIAS
MACIEL FILHO, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 15/12/2016, DJe 2197
de 26/01/2017)

Quanto aos questionamentos aventados pelo recorrente acerca da auditoria, notório


que não se evidencia nenhuma irregularidade na decisão agravada, a qual
acercadamente determinou que a síndica interina deverá auditar as contas de gestão a
serem objeto de deliberação e exarar parecer fundamentado pela aprovação ou
rejeição, permitindo o acesso de tais informações aos autores (para fins de auditoria
própria/terceirizada, caso queiram), bem como aos réus (síndico e conselheiros), que
terão acesso aos pareceres sobre as contas, assim como a documentação contábil
examinada nos pareceres, disponibilizados em tempo razoável, garantindo assim a
ampla defesa e o contraditório.

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
Quanto à capacidade da síndica interina de realizar a auditoria, noto que a decisão
lançada no evento 84 do feito originário já tratou da matéria, deferindo o pedido
formulado pela síndica para fracionar a deliberação assemblear, suspendendo itens
(02 ao 05) do edital de convocação para assembleia geral extraordinária (evento 59,
doc. 02 do feito originário), determinando a esta as providências acerca dos trâmites
necessários à implementação da auditoria, que deverá ser finalizada no prazo
improrrogável de 90 (noventa) dias, contados a partir da contratação da
empresa/profissional que a realizará.
Nessa senda, esclareço que não há óbice legal ao pleito da síndica interina acerca da
necessidade de contratação de profissional habilitado para efetuar a perícia contábil
das contas do condomínio réu, devidamente deferido pela referida decisão (evento
84), dada a complexidade da análise, o que não demonstra sua inaptidão, como
pretende fazer crer o agravante.

Assim, ausente qualquer irregularidade, ilegalidade ou teratologia na decisão


agravada, não há que se falar em sua reforma.

Ante o exposto, julgo Prejudicado o agravo interno. Ato contínuo, conheço do


agravo de instrumento, mas nego-lhe provimento para manter a decisão fustigada,
por estes e por seus próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

112/LE

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5507050.45.2019.8.09.0000


COMARCA DE CALDAS NOVAS

AGRAVANTE: ALEXANDRE FINCO MARIANELLI

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
AGRAVADOS: ALEXANDRE DOMINGUES BRANCO E OUTROS
RELATORA: DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA


DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA C/C TUTELA DE
URGÊNCIA. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. REQUISITOS DA TUTELA DE
URGÊNCIA. PRESENTES. AFASTAMENTO DO SÍNDICO E DO
CONSELHO FISCAL. REGULARIDADE. NECESSIDADE DE
AUDITORIA. MANTIDA A DECISÃO 1. Deve ser julgado
prejudicado o agravo interno interposto contra decisão preliminar
que indeferiu o pedido de efeito suspensivo constante no
instrumental, quando esse se encontra apto para julgamento. 2.
O agravo de instrumento é um recurso secundum eventum litis,
devendo sua análise ater-se apenas as matérias tratadas na
decisão agravada. 3. Os critérios de aferição para a concessão
ou denegação de medida liminar em tutela de urgência estão na
faculdade do julgador que, ao exercitar o seu livre
convencimento, decide sobre a conveniência ou não do seu
deferimento, observados os requisitos legais. 4. Presentes os
elementos ensejadores da tutela de urgência (probabilidade do
direito; perigo de dano), nos termos em que pugnados pelos
autores/agravados, imperiosa a manutenção da decisão
agravada que determinou o afastamento do síndico e dos
membros titulares do conselho consultivo fiscal, a fim de apurar
as irregularidades aventadas nas contas do condomínio réu,
mediante auditoria a ser realizada pela síndica interina
regularmente designada, com garantia de contraditório e ampla
defesa aos réus. 5. Quanto a irreversibilidade, entendo que a
liminar foi devidamente concedida (em parte), em razão do
estado em que a massa condominial se encontrava, permeada
de aparentes irregularidades graves, havendo maior risco de
irreversibilidade aos condôminos do que ao agravante. AGRAVO
DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. AGRAVO
INTERNO PREJUDICADO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 5507050.45,


acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer
do agravo, mas lhe negar provimento e julgar prejudicado o agravo interno, nos termos

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
do voto desta Relatora.
Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto
Favaro.

Fez sustentação oral na sessão anterior, o Dr. Neildon Chaves Ribeiro pelo agravado.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 5507050.45.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE CONVOCAÇÃO
DE ASSEMBLEIA C/C TUTELA DE URGÊNCIA. AGRAVO INTERNO
PREJUDICADO. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. REQUISITOS DA
TUTELA DE URGÊNCIA. PRESENTES. AFASTAMENTO DO SÍNDICO E DO
CONSELHO FISCAL. REGULARIDADE. NECESSIDADE DE AUDITORIA.
MANTIDA A DECISÃO 1. Deve ser julgado prejudicado o agravo interno interposto
contra decisão preliminar que indeferiu o pedido de efeito suspensivo constante no
instrumental, quando esse se encontra apto para julgamento. 2. O agravo de
instrumento é um recurso secundum eventum litis, devendo sua análise ater-se apenas
as matérias tratadas na decisão agravada. 3. Os critérios de aferição para a concessão
ou denegação de medida liminar em tutela de urgência estão na faculdade do julgador
que, ao exercitar o seu livre convencimento, decide sobre a conveniência ou não do
seu deferimento, observados os requisitos legais. 4. Presentes os elementos
ensejadores da tutela de urgência (probabilidade do direito; perigo de dano), nos
termos em que pugnados pelos autores/agravados, imperiosa a manutenção da
decisão agravada que determinou o afastamento do síndico e dos membros titulares
do conselho consultivo fiscal, a fim de apurar as irregularidades aventadas nas contas
do condomínio réu, mediante auditoria a ser realizada pela síndica interina
regularmente designada, com garantia de contraditório e ampla defesa aos réus. 5.
Quanto a irreversibilidade, entendo que a liminar foi devidamente concedida (em
parte), em razão do estado em que a massa condominial se encontrava, permeada de
aparentes irregularidades graves, havendo maior risco de irreversibilidade aos
condôminos do que ao agravante. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 20/02/2020 07:44:51

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5414064.72.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BRADESCO S/A
POLO PASSIVO : RM DO NASCIMENTO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO S/A


ADVG. PARTE : 28115 GO - FREDERICO DUNICE PEREIRA BRITO

PARTE INTIMADA : RM DO NASCIMENTO


ADVG. PARTE : 9212 GO - EGBERTO DE FARIA MELO JÚNIOR

PARTE INTIMADA : JANIR JOSÉ DE ALMEIDA PESSOA


ADVG. PARTE : 9212 GO - EGBERTO DE FARIA MELO JÚNIOR

PARTE INTIMADA : RAFAEL MARQUES DO NASCIMENTO


ADVG. PARTE : 9212 GO - EGBERTO DE FARIA MELO JÚNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5414064.72.2019.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE


INSTRUMENTO Nº 5414064.72.2019.8.09.0000, da comarca de Goiânia, em que
figura como agravante BANCO BRADESCO S/A e como agravado RM DO
NASCIMENTO e OUTROS.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer do Agravo de Instrumento e dar-lhe parcial provimento, nos termos do
voto da Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

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NR.PROCESSO: 5414064.72.2019.8.09.0000
VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

De início, cumpre esclarecer que o agravo de instrumento é um recurso


secundum eventum litis e, portanto, deve se limitar ao exame do acerto ou desacerto
do que foi decidido pelo juízo a quo, não podendo extrapolar o seu âmbito para
matéria estranha ao ato judicial vergastado, pois não é lícito ao órgão revisor
incursionar nas questões relativas ao mérito da demanda originária, sob pena de
prejulgamento.

A propósito:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C


OBRIGAÇÃO DE FAZER. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATA
APROVADA FORA DO NÚMERO DE VAGAS E FORA DO
LIMITE DO CADASTRO DE RESERVA. NOMEAÇÃO. INDÍCIOS
DE ILEGALIDADE DO ATO. MANUTENÇÃO NO CARGO.
IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO INTERNO.
PREJUDICADO.1. O Agravo de Instrumento, por ser recurso
secundum eventum litis, limita-se ao exame do acerto da
decisão impugnada, em vista do que ao Tribunal Revisor
incumbe aferir tão somente se o ato judicial vergastado está
eivado de ilegalidade ou abusividade, sendo defeso o exame
de questões estranhas ao que ficou decidido na lide. 2. De
acordo com as regras editalícias que regem o concurso público, a
recorrente foi excluída do certame, de forma que sua posterior
nomeação para exercício do cargo efetivo apresenta indícios de
ilegalidade e afasta a probabilidade do direito invocado, sendo de
rigor a manutenção da decisão que indeferiu o pedido de
concessão de tutela provisória formulado na origem. 3. Agravo de
Instrumento apreciado, resta prejudicado o Agravo Interno
interposto contra a decisão que indeferiu pedido liminar em sede
recursal. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. DECISÃO
MANTIDA. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5508708-
07.2019.8.09.0000, Rel. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO,
4ª Câmara Cível, julgado em 23/12/2019, DJe de 23/12/2019).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE TERCEIROS.

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NR.PROCESSO: 5414064.72.2019.8.09.0000
PENHORA DE BENS ANTERIOR A ADJUDICAÇÃO DA
PROPRIEDADE. VALIDADE. 1. O agravo de instrumento é um
recurso secundum eventum litis, logo, é hábil a ensejar o
exame do acerto ou desacerto da decisão objurgada, não
cabendo ao juízo ad quem, entretanto, antecipar-se ao
julgamento do mérito, sob o risco de suprimir um grau de
jurisdição. 2. In casu, a penhora realizada nos bens em litígio
fora realizada antes do ato de adjudicação pela agravante. Logo,
não ficou demonstrado de forma inequívoco a propriedade
pleiteada. 3. Manutenção do decisum é medida que se impõe.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5406054-
39.2019.8.09.0000, Rel. NORIVAL SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível,
julgado em 19/12/2019, DJe de 19/12/2019)

Conforme relatado, na espécie, a insurgência recursal versa sobre a decisão


singular que determinou a desconstituição da penhora on line em valor inferior a 10%
do valor executado.

Outrossim, vale registrar que eis que os valores encontrados nas contas dos
agravados já foram desbloqueados, restando analisar apenas a possibilidade do juiz
limitar o valor a ser bloqueado em 10% do total devido.

Pois bem.

O artigo 836 do Código de Processo Civil, edita que: Não se levará a efeito a
penhora quando ficar evidente que o produto da execução dos bens encontrados será
totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.

Com efeito, referido dispositivo tem por finalidade evitar que o credor tenha
que arcar com custos elevados em casos de penhora de bem de diminuto valor, cuja
alienação revelar-se-á inútil para o processo executivo.

No caso, foi efetuada penhora online na conta bancária, modalidade esta que
não existem gastos como avaliação do bem, publicação de editais, dentre outros.

Além disso, ainda que o valor constrito seja considerado irrisório em relação
ao quantum debeatur, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça entende que
não se pode obstar a concretização da penhora “on line”, via sistema do Bacenjud,
mesmo que os valores bloqueados sejam considerados de pequena monta. Verbis:

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5414064.72.2019.8.09.0000
(…). 3. Com efeito, nos termos da jurisprudência do STJ, não
é válido o desbloqueio do valor penhorado pelo Sistema
BacenJud, em razão de sua inexpressividade diante do total
da dívida. 4. Dessume-se que o acórdão recorrido não está
em sintonia com o atual entendimento deste Tribunal
Superior, razão pela qual merece prosperar a irresignação. 5.
Recurso Especial provido.” (STJ, 2ª Turma, REsp 1766550/RS,
Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). Grifei

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA


ONLINE, VIA BACENJUD - ACÓRDÃO QUE DETERMINA O
DESBLOQUEIO DOS VALORES, A PRETEXTO DE SEREM DE
PEQUENA MONTA – DESCABIMENTO. 1. O STJ firmou
entendimento de que não se pode obstar a penhora on line
pelo sistema BACENJUD a pretexto de que os valores
bloqueados seriam irrisórios. Precedentes. 2. Recurso
especial provido.” (REsp 1421482/PR, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/12/2013, DJe
18/12/2013).

Nesse mesmo sentido, eis os julgados desse Sodalício:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


PENHORA ON LINE. VALOR DE PEQUENA MONTA.
INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 836 DO CPC. Segundo
entendimento do STJ não se pode obstar a penhora on line
de numerário, ao pretexto de que os valores são irrisórios.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5431871-76.2017.8.09.0000, Minha
Relatoria, 1ª Câmara Cível, julgado em 21/05/2018, DJe de
21/05/2018)

[…] Conforme a jurisprudência do colendo Superior Tribunal


de Justiça, a irrisoriedade do valor penhorado em relação ao
total da dívida executada não impede a sua penhora via
BACENJUD, nem justifica o seu desbloqueio. 5. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO. (TJGO,
Agravo de Instrumento (CPC) 5286355- 88.2018.8.09.0000, Rel.
ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, julgado em
18/03/2019, DJe de 18/03/2019.

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NR.PROCESSO: 5414064.72.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. PENHORA. VALOR IRRISÓRIO.
SUPOSTA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 836 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL/15. INOCORRÊNCIA. DESBLOQUEIO.
IMPOSSIBILIDADE. LEGALIDADE DA PENHORA ON-LINE.
PRECEDENTES DO STJ E DO TJGO. DECISÃO REFORMADA.
1. O Agravo de Instrumento consiste em recurso secundum
eventum litis, logo, deve o Tribunal limitar-se apenas ao exame do
acerto, ou desacerto da decisão atacada, no aspecto da
legalidade. 2. Conforme a jurisprudência do colendo Superior
Tribunal de Justiça e deste Sodalício, não se pode realizar o
desbloqueio do valor penhorado, via Bacenjud, sob o
pretexto de ser irrisório, em relação ao total da dívida
executada, devendo a decisão, ora agravada, ser modificada.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5005078-
97.2019.8.09.0000, Rel. FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE,
5ª Câmara Cível, julgado em 27/09/2019, DJe de 27/09/2019).

Logo, segundo entendimento jurisprudencial, não se pode obstar a penhora


on line de numerário, ao pretexto de que os valores são irrisórios, razão pela qual
merece reforma a decisão que limitou a constrição acima de 10% do saldo devedor.

Ao teor do exposto, CONHEÇO do presente recurso e DOU-LHE PARCIAL


PROVIMENTO, a fim de alterar a decisão impugnada, decotando a limitação do
percentual a ser penhorado.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENHORA ON


LINE. VALOR DE PEQUENA MONTA. INAPLICABILIDADE
DO ARTIGO 836 DO CPC. S A jurisprudência pacífica do

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NR.PROCESSO: 5414064.72.2019.8.09.0000
STJ é no sentido de que a irrisoriedade do valor em
relação ao total da dívida executada não impede sua
penhora via BacenJud. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5414064.72.2019.8.09.0000
EMENTA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENHORA ON LINE.
VALOR DE PEQUENA MONTA. INAPLICABILIDADE DO
ARTIGO 836 DO CPC. S A jurisprudência pacífica do STJ é no
sentido de que a irrisoriedade do valor em relação ao total da
dívida executada não impede sua penhora via BacenJud.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 20/02/2020 11:08:19

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5071278.52.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : PE RIBEIRO E CIA LTDA
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PE RIBEIRO E CIA LTDA


ADVG. PARTE : 46697 GO - DIOGO JACOB RAKOWSKI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5071278.52.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5071278.52.2020.8.09.0000
COMARCA DE SENADOR CANEDO

AGRAVANTE : PE RIBEIRO E CIA LTDA


AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
RELATORA : DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de


efeito suspensivo, interposto pela PE RIBEIRO E CIA LTDA contra decisão
proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Cível e Fazenda Pública da Comarca de
Senador Canedo, Thulio Marco Miranda, nos autos do Cumprimento de Sentença
exarada na Ação Civil Pública ajuizada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO
DE GOIÁS.

Preliminarmente, reconsidero o despacho de evento 7 que determinou à


parte agravante que efetuasse o pagamento em dobro da guia recursal, haja vista
que a recorrente juntou a guia bancária através do ato de evento 6.

Cumpre esclarecer que, não obstante o preparo tenha sido efetuado um


dia após à interposição do recurso, infere-se que este ato se deu após o
encerramento bancário, sendo que o Superior Tribunal de Justiça já firmou
entendimento, em sede de recurso repetitivo, no seguinte sentido:

“Tema 413 - Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil
subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o
encerramento do expediente bancário.”

Logo, recurso devidamente preparado, passo à análise do pleito liminar.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5071278.52.2020.8.09.0000
Apura-se dos autos que o recorrente foi condenado, por sentença
transitada em julgado, a devolver o imóvel à Prefeitura de Senador Canedo,
porquanto este foi doado de forma irregular.

O Ministério Público, então, entrou com o pedido de cumprimento de


sentença, sendo que o dirigente do feito proferiu a seguinte decisão (evento 23 dos
autos principais):

“(...)Desta forma, intime-a, por seu advogado (fl. 427), acerca


da decisão de fl. 331/332, com a restituição do prazo recursal,
bem como para entregar o imóvel ao Município de Senador
Canedo, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de imissão na
posse.”

Inconformada, a empresa PE RIBEIRO E CIA LTDA interpôs o presente


recurso, em cujas razões aponta a inexigibilidade da obrigação ou inexequibilidade
do título, uma vez que não houve o trânsito em julgado da sentença, estando
pendente o julgamento do Agravo em Recurso Especial junto ao Superior Tribunal
de Justiça.
Destaca que houve um erro no fato dos autos retornarem à Comarca de
Senador de Canedo para o cumprimento de sentença, pois “não trata-se do
julgamento do Agravo em Recurso Especial juntado no evento 3, documento 191, e
sim do Agravo em Recurso Especial interposto por Vilmar Lima, que o incluiu no
feito sem ter participado do processo principal”.

Diante disso, afirma que o cumprimento de sentença é inexistente, uma


vez que se faz necessária a devida remessa do feito ao STJ, para o julgamento do
Agravo de Instrumento em Recurso Especial dos autos principais nº
0252084.92.2004.8.09.0174, sob pena de nulidade e total violação ao contraditório
e à ampla defesa.

Discorre acerca do mérito do processo e insiste em alegar que a doação do


imóvel está amparada em lei, apontando as características do ato administrativo e
do Poder Público.

Por fim, sustenta a presença dos requisitos para concessão do efeito


suspensivo, na medida em que não houve o trânsito em julgado da sentença, sendo
que o prosseguimento da demanda poderá lhe causar dano de difícil reparação,
devendo o recurso ser processado e provido.

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NR.PROCESSO: 5071278.52.2020.8.09.0000
Preparo recolhido (evento 06).

É, em síntese, o relatório.

Passo à apreciação do pedido liminar.

Nos termos do artigo 995, parágrafo único[1], c/c o artigo 1.019, inciso I[2],
ambos do Código de Processo Civil/2015, dois são os requisitos para que se possa
conferir efeito suspensivo ao Agravo de Instrumento, quais sejam, o risco de dano
grave, de difícil ou impossível reparação; e a demonstração da probabilidade de
provimento do recurso.

Pois bem, em juízo de cognição sumária, não vislumbro a presença dos


requisitos supramencionados, indispensáveis ao deferimento do efeito pretendido
neste recurso, haja vista que a recorrente não conseguiu demonstrar a
verossimilhança de suas alegações, a partir mesmo da ausência do trânsito em
julgado da sentença, pois não juntou aos autos qualquer documento nesse sentido.

Ante o exposto, nos termos do artigo 995, parágrafo único c/c o artigo
1.019, inciso I, ambos do Código de Processo Civil/2015, INDEFIRO O PEDIDO DE
EFEITO SUSPENSIVO ao Agravo de Instrumento, pelos fundamentos acima
delineados.

Intime-se o agravado para apresentar contrarrazões, no prazo de 15


(quinze) dias (art. 1.019, inciso II do CPC/15).

Cumpra-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

RELATORA
114/

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NR.PROCESSO: 5071278.52.2020.8.09.0000
[1]Art.995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão
judicial em sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator,
se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.

[2]Art.1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não


for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou


parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 07:41:41

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0126725.19.2016.8.09.0011
CLASSE PROCESSUAL : Usucapião ( CPC, art. 941 e L.6.969/81 - 5º )
POLO ATIVO : WALMIR CAMPOS DE ARAUJO
POLO PASSIVO : JOSE ANTONIO CALIXTO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WALMIR CAMPOS DE ARAUJO


ADVG. PARTE : 19259 GO - CLEONICE ALVES CORDEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0126725.19.2016.8.09.0011
APELAÇÃO CÍVEL Nº 126725.19.2016.8.09.0011
COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

APELANTE: WALMIR CAMPOS DE ARAÚJO


APELADA: JOSÉ ANTÔNIO CALIXTO e CONCEIÇÃO APARECIDA CALIXTO
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

VOTO

Preenchidos os requisitos de admissibilidade do apelo, dele conheço.

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por WALMIR CAMPOS DE ARAÚJO em


face da sentença proferida pelo Juiz de Direito da 4ª Vara Cível da comarca de
Aparecida de Goiânia, Hamilton Gomes Carneiro, nos autos da Ação de Usucapião
proposta em desfavor de JOSÉ ANTÔNIO CALIXTO e CONCEIÇÃO APARECIDA
CALIXTO.

A parte autora, na petição inicial, disse ter adquirido, em 1º/11/1993, dos requeridos,
um lote urbano de número 12 (doze), da quadra 111, rua X-13, no “Bairro Cardoso-
Continuação”, cidade de Aparecida de Goiânia, com área de 417 m², com uma casa
simples, na qual passou a residir, assim, diz não saber do paradeiro dos apelados,
razão da propositura da presente ação de usucapião.
Processado o feito, a sentença foi proferida nos seguintes termos (evento 03, doc. 27):

"WALMIR CAMPOS DE ARAÚJO propôs a presente ação de


USUCAPIÃO em desfavor de WALMIR CAMPOS DE ARAÚJO,
ambos qualificados na inicial.
Juntou documentos nas f. 14/31, sendo eles: Petição Inicial,
Certidões do Registro Imobiliário f. 20/23), IPTU s pagos f.24/30 e
Memorial Descritivo (movimentação 1, f. 36).

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NR.PROCESSO: 0126725.19.2016.8.09.0011
Juntou ainda as certidões dos imóveis confrontantes (lotes 03 e
31), mas deixou de apresentar Planta do imóvel e memorial
descritivo.
À f. 35, o requerente foi intimado para emendar a inicial, juntando
os documentos necessários para a propositura da ação
(memorial descritivo, planta do imóvel, CRI do imóvel).
O autor irresignado interpôs agravo de instrumento. Onde a
Eminente Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi,
deixou de conhecer o agravo de instrumento, pois este, e
incabível para atacar o ato jurisdicional questionado,
considerando que o referido provimento não faz parte da lista
taxativa prevista no art. 1.015 do CPC.
Intimado o autor para cumprir a diligência incumbida, sob pena de
inferimento da inicial.
Em resposta a referida determinação, o causídico do autor juntou
uma petição alegando que: "este Juizo está equivocado ao
determinar a emenda da inicial para que o autor exibas tais
documentos, pois estes já se encontram nos autos, e o Tribunal
de Justiça, ao conceder o efeito suspensivo ao Agravo,
reconheceu, obviamente, a presença de plausabilidade nas
alegações do autor e, embora a questão não tenha sido resolvida
no Agravo, deverá ser enfrentada em futura e eventual apelação,
caso este magistrado opte por extinguir o feito. Alega que o autor
está com 74 anos de idade, e invoca o bom senso desse juizo no
sentido de determinar que o feito tenha seu normal
prosseguimento, determinando as citações dos requeridos".
Neste ponto, vieram-me os autos conclusos.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
II Fundamentação
Conforme dispõe o artigo 321, parágrafo único, do Código
Processo Civil, "se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial."
Nota-se que este Juízo pugnou pela emenda da inicial, para
instruir com documentos necessários para a propositura da
demanda, nos termos do Parecer de n. 372/2013- 3° JA- CGJ.
Entretanto, o autor se limitou a apresentar uma petição alegando,
em suma, que tais documentos são exigidos apenas nas ações
de imóveis rurais, o que é totalmente descabido, haja vista que a
Lei, a doutrina e a jurisprudência são fartas de entendimentos de
que são extremamente necessários.
(...)
O bom senso é aferido quando o advogado junta as provas

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NR.PROCESSO: 0126725.19.2016.8.09.0011
necessárias para a correta distribuição da justiça. Trata-se de
bem de raiz e meras alegações de idade do autor não superam o
formalismo necessário na presente demanda.
Ressalte-se que não é necessária a intimação pessoal do autor,
por não se enquadrar nas hipóteses do §1°, do artigo 485, do
Código de Processo Civil.
III Dispositivo
Posto isso, INDEFIRO a petição inicial e, por consequência, julgo
extinto o processo, sem apreciação de mérito, nos termo dos
artigos 485, inciso I e 321, ambos do Código de Processo Civil.
Custas pelo autor, ressalvados os benefícios da Assistência
Judiciária Gratuita."

Irresignado, o autor interpõe apelação cível (evento 03, doc. 28), alegando que ser
beneficiário da assistência judiciária no primeiro grau, razão pela qual requer a
extensão do benefício a esta instância recursal, haja vista a sua hipossuficiência.

Salienta que “ajuizou ação de usucapião de imóvel urbano na comarca de Aparecida


de Goiânia, em 11/04/2016 (fls. 3), para ver reconhecido o seu direito de ser declarado
proprietário da casa/lote onde reside há mais de 20 anos, a qual adquiriu em
01/11/1993 dos requeridos/agravados (José Antônio Calixto e sua esposa Conceição
Aparecida Calixto) por meio do chamado "contrato de gaveta". Para tanto, juntou todos
os documentos necessários e exigidos por lei.”

Aduz que o juízo a quo determinou a emenda da inicial para exibição da planta do
imóvel, com as coordenadas UTM - Universal Transversa de Mercator (art. 225, §3º,
da Lei n.° 6.025/73), memorial descritivo, além de petição inicial e certidão atualizada
do respectivo Registro Imobiliário, sendo estas duas últimas já existentes nos autos,
desde a propositura da ação.

Pondera que “além de a exibição desses documentos referidos pelas letras "c" e "d"
não ser obrigatória por lei, também não o é por força do mencionado Parecer n.o
372/2013 - 3a JA-CGJ, pois este, cuja cópia integral se vê às fls. 53/56, apenas sugere
à então Corregedora Geral de Justiça da época, Desembargadora Nelma Perilo, o
acolhimento parcial da solicitação apresentada pelo Procurador Geral do Estado de
Goiás (PGE), por meio do "DESPACHO AG Nº 001133/2013" (cópia às fls. 57/71), no
sentido de encaminhar aos Juízes de Direito o "posicionamento" apresentado pelo
PGE relativa à documentação exigível em ações de usucapião e de desapropriação
quando o imóvel objeto da demanda for localizado em Zona Rural, conforme se pode
extrair pela simples leitura do inteiro teor do referido "DESPACHO AG No
001133/2013".”

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NR.PROCESSO: 0126725.19.2016.8.09.0011
Esclarece que o imóvel objeto da ação de usucapião está localizado na zona urbana
do Município de Aparecida de Goiânia, e todos os "característicos, as confrontações e
as localizações dos imóveis, mencionando os nomes dos confrontantes", exigidos pelo
caput do artigo 225, da Lei 6.015/73, estão indicados com precisão na petição inicial.

Sustenta que a decisão que determinou a emenda da inicial, sob pena de seu
indeferimento, ao exigir a juntada de tais documentos, sinalizou a futura violação do
princípio da primazia da solução de mérito, artigo 4º, do novo CPC.

Ao final, pugna pelo conhecimento e provimento do apelo para cassar a sentença


recorrida, determinando-se o normal prosseguimento do feito.

De plano, tenho que razão assiste ao apelante quanto à necessidade de


processamento do feito, pelos seguintes motivos.

Nas razões do recurso, o apelante argumenta que juntou aos autos os documentos
necessários ao sequenciamento do feito, destacando que, por se tratar de imóvel
urbano, não se afigura necessária a juntada de planta do imóvel e memorial descritivo.

Assim, referidos documentos não constam dos autos e, por isto, o juiz determinou a
emenda à inicial mediante a juntada da planta e do memorial descritivo, além da
certidão atualizada do registro de imóveis e petição inicial.

Vale dizer que o documento colacionado pelo autor “Certidão de Inteiro Teor da
Matrícula” não individualiza o imóvel, pois declara apenas a área total (evento 03, doc.
07).

Ora, para a propositura da ação de usucapião, é necessário que o autor indique


detalhadamente o imóvel usucapiendo, com memorial descritivo e planta respectiva,
inclusive com o número do registro, para fins de delimitação certa no espaço e, ainda,
para permitir a segura citação de todos os confinantes. Nesse sentido, dispunha o
artigo 942, do Código de Processo Civil de 1973.

O novo Código de Processo Civil imprimiu à ação de usucapião o rito comum, sem
apontar de forma precisa a necessidade do memorial descritivo com o indicativo dos
confrontantes/confinantes, todavia essa exigência consta da Lei nº 6.015/73 (Lei de

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NR.PROCESSO: 0126725.19.2016.8.09.0011
Registros Públicos), cujo artigo 216-A teve nova redação, fazendo constar do inciso II,
a exigibilidade da “planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente
habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho
de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros direitos
registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos
imóveis confinantes”.

Apesar desse cenário, não se pode olvidar que no procedimento judicial,


diferentemente do que ocorre no extrajudicial, essas informações podem vir a ser
supridas no curso do processo por outros meios, a exemplo da realização de perícia,
por exemplo, sendo, pois, perfeitamente viável a condução do feito sob a perspectiva
do princípio da primazia da resolução de mérito.

Nesse sentido é a jurisprudência:

“APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO ORDINÁRIO.


INDEFERIMENTO DA INICIAL. PLANTA E MEMORIAL
DESCRITIVO. AUSÊNCIA SUPRÍVEL NO CURSO DA
DEMANDA. PRIMAZIA DO MÉRITO. Conquanto, seja, de fato,
indispensável a exata individuação do bem objeto da pretensão
dominial, afigura-se prematura a extinção do feito sem resolução
do mérito, ab initio, quando o autor menciona a existência de
"levantamento planimétrico" e "planta" e, ainda, na falta deles,
resta possível a colheita dos elementos necessários à
individuação dos imóveis e especificação dos confrontantes
durante a instrução do processo por meio de perícia. Sentença
cassada à luz do princípio da primazia do mérito. APELAÇÃO
CONHECIDA E PROVIDA.” (TJGO, Apelação (CPC) 0327999-
64.2016.8.09.0001, Rel. ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª
Câmara Cível, julgado em 08/04/2019, DJe de 08/04/2019)

“APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO ORDINÁRIO.


INDEFERIMENTO DA INICIAL. PLANTA E MEMORIAL
DESCRITIVO. AUSÊNCIA SUPRÍVEL NO CURSO DA
DEMANDA. PRIMAZIA DO MÉRITO. Conquanto, seja, de fato,
indispensável a exata individuação do bem objeto da pretensão
dominial, afigura-se prematura a extinção do feito sem resolução
do mérito, ab initio, quando possível a colheita dos elementos
necessários à individuação dos imóveis e especificação dos
confrontantes durante a instrução do processo por meio de
perícia. Sentença cassada à luz do princípio da primazia do
mérito. APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.” (TJGO,
APELAÇÃO 0095155-27.2017.8.09.0125, Rel. Camila Nina Erbetta
Nascimento e Moura, 5ª Câmara Cível, julgado em 17/05/2019, DJe de
17/05/2019)

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NR.PROCESSO: 0126725.19.2016.8.09.0011
Assim, no caso em apreço, o autor juntou, com a petição inicial, certidão do registro de
imóveis do bem usucapiendo e dos imóveis confrontantes, porém, deixou de acostar a
planta e memorial descritivo.

Daí, não excede dizer que se afigura, de fato, indispensável a exata individuação do
bem objeto da pretensão dominial, todavia, como visto, parece prematura a extinção
do feito sem resolução do mérito, assim, mostra-se possível a colheita dos elementos
necessários à individuação do imóvel usucapiendo e a especificação dos
confrontantes durante a instrução do processo.

Ao teor do exposto, conheço da apelação e lhe dou provimento apenas para cassar
a sentença e determinar o normal prosseguimento do feito.

É como voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
102/LE

APELAÇÃO CÍVEL Nº 126725.19.2016.8.09.0011


COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

APELANTE: WALMIR CAMPOS DE ARAÚJO


APELADA: JOSÉ ANTÔNIO CALIXTO e CONCEIÇÃO APARECIDA CALIXTO
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO


EXTRAORDINÁRIA. INDEFERIMENTO DA INICIAL. PLANTA E
MEMORIAL DESCRITIVO. AUSÊNCIA SUPRÍVEL NO CURSO

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NR.PROCESSO: 0126725.19.2016.8.09.0011
DA DEMANDA. PRIMAZIA DO MÉRITO. 1. Apesar de ser
indispensável a exata individuação do bem objeto da ação de
usucapião, mostra-se prematura a extinção do feito sem
resolução do mérito, quando o autor, apesar de ter juntado
petição inicial e certidão atualizada do imóvel, deixa de acostar a
planta e memorial descritivo do bem, uma vez que, na falta
destes documentos, mostra-se possível a colheita dos elementos
necessários à individuação do imóvel e especificação dos
confrontantes, durante a instrução do processo por meio de
perícia, razão pela qual a sentença deve ser cassada, com base
no princípio da primazia do mérito. APELAÇÃO CONHECIDA E
PROVIDA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº 126725.19, acordam os


componentes da terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer do
apelo e lhe dar provimento, nos termos do voto desta Relatora.

Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto


Favaro.

Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. Rodolfo


Pereira Lima Júnior.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

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NR.PROCESSO: 0126725.19.2016.8.09.0011
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO
EXTRAORDINÁRIA. INDEFERIMENTO DA INICIAL. PLANTA E
MEMORIAL DESCRITIVO. AUSÊNCIA SUPRÍVEL NO CURSO
DA DEMANDA. PRIMAZIA DO MÉRITO. 1. Apesar de ser
indispensável a exata individuação do bem objeto da ação de
usucapião, mostra-se prematura a extinção do feito sem
resolução do mérito, quando o autor, apesar de ter juntado
petição inicial e certidão atualizada do imóvel, deixa de acostar a
planta e memorial descritivo do bem, uma vez que, na falta
destes documentos, mostra-se possível a colheita dos elementos
necessários à individuação do imóvel e especificação dos
confrontantes, durante a instrução do processo por meio de
perícia, razão pela qual a sentença deve ser cassada, com base
no princípio da primazia do mérito. APELAÇÃO CONHECIDA E
PROVIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


17/02/2020 11:34:13

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5501461.72.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : GPC
POLO PASSIVO : LCS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : GPC


ADVG. PARTE : 33254 DF - ALINE OLIVEIRA DLUGOLENSKI LEITE

PARTE INTIMADA : LCS


ADVG. PARTE : 42569 GO - FERNANDO PINTO GONZAGA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 17/02/2020 11:35:23

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5233048.56.2017.8.09.0001
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : IRANES ARAÚJO DOS SANTOS
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE ABADIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IRANES ARAÚJO DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 16571 GO - MARCELO FERREIRA DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de DUPLO GRAU DE


JURISDIÇÃO Nº 5233048.56.2017.8.09.0001 - APELAÇÃO CÍVEL, da comarca de
Abadiânia, em que figura como autora/apelada IRANES ARAÚJO DOS SANTOS e
como réu/apelante MUNICÍPIO DE ABADIÂNIA.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer do Reexame Necessário e da Apelação Cível e dar-lhes parcial
provimento, nos termos do voto da Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

RELATORA

(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
VOTO

Presentes os pressupostos processuais, conheço dos recursos.

Consoante relatado, cuidam-se de reexame obrigatório e recurso de apelação


em face da sentença proferida pela Juíza de Direito da Comarca de Abadiânia, nos
autos da Ação Reclamatória Trabalhista, proposta por IRANES ARAÚJO DOS
SANTOS em desfavor do MUNICÍPIO DE ABADIÂNIA, todos devidamente
qualificados e representados.

Depreende-se dos autos que Iranes Araújo dos Santos foi admitida pelo
requerido, por meio de contrato temporário, para exercer o cargo de Educadora Social,
no período de 01.04.2016 a 31.12.2016. Descobriu que estava grávida em maio de
2016 e que seu filho nasceu em 26.01.2017, todavia, não teve respeitada a
estabilidade provisória, garantida às gestantes pela Constituição Federal, nos cinco
meses posteriores ao nascimento.

Por sua vez, a magistrada singular condenou o ente público a reconhecer a


estabilidade da requerente desde a data do término do contrato temporário
(31.12.2016) até cinco meses após o parto, e, por via de consequência, condenar o
requerido a pagar à autora as verbas correspondentes ao período da estabilidade,
corrigidas monetariamente desde a data em que eram devidas mais juros de mora a
partir da citação. Condenou, ainda, o município a compensar os danos morais
arbitrados em R$ 4.000,00 (quatro mil reais), corrigidos a contar do arbitramento e
acrescidos de juros de mora a partir da citação.

O recurso voluntário manejado pelo Município de Abadiânia, apenas insurge-


se sobre a condenação em danos morais.

Pois bem. Como visto, a servidora foi contratada temporariamente, para


atender a necessidade de excepcional interesse público, situação admitida pelo art.
37, inc. IX, da Constituição Federal. Veja-se:

Art. 37 - (…)

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público.”

Sabe-se que os servidores públicos temporários possuem regime jurídico


especial, de natureza contratual, caracterizado pela precariedade do vínculo formado.
Assim, podem ser despedidos a qualquer momento (ad nutum), em virtude do término
do prazo contratual, ou mesmo por conveniência da Administração.

Entretanto, o caso em tela possui uma peculiaridade, posto que, apesar de


precário o vínculo estabelecido entre o Município de Abadiânia e a Apelada, na data
da rescisão a termo do contrato de trabalho, a Autora encontrava-se gestante, vindo a
criança a nascer em 26.01.2017.

Desse modo, o encerramento do contrato temporário da servidora gestante


consubstancia ato arbitrário, mesmo que o vínculo estabelecido com a Administração
seja precário.

Dispõem os artigos 39, § 3º, e 7º, inciso XVIII, ambos da Constituição Federal,
in verbis:

Art. 39 - (…)

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o


disposto no art. 7º, IV, VI, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII,
XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.”

“Art. 7º – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social: (…)

XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,


com a duração de cento e vinte dias;”

A norma constitucional que garante a estabilidade durante o período


gestacional, portanto, sobrepõe-se à discricionariedade da Administração Pública, pelo
fato de que a estabilidade provisória é extensível a todas as trabalhadoras, inclusive
àquelas contratadas em caráter precário.

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
Cumpre registrar que a estabilidade provisória deve ser concedida desde a
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, nos termos dos artigos 7º,
inciso XVIII, e 39, § 3º, ambos da Constituição Federal, e artigo 10, inciso II, alínea b,
do ADCT.

Nesse sentido, precedentes do excelso Supremo Tribunal Federal e do


colendo Superior Tribunal de Justiça:

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. LICENÇA


MATERNIDADE. MILITAR. ADMISSÃO EM CARÁTER
TEMPORÁRIO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
POSSIBILIDADE. ISONOMIA. ART. 7º, XVIII, DA
CONSTITUIÇÃO E ART. 10, II, b, DO ADCT. AGRAVO
IMPROVIDO. I – As servidoras públicas e empregadas
gestantes, independentemente do regime jurídico de
trabalho, têm direito à licença-maternidade de cento e vinte
dias e à estabilidade provisória desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto, conforme o art. 7º,
XVIII, da Constituição e o art. 10, II, b, do ADCT. II –
Demonstrada a proteção constitucional às trabalhadoras em
geral, prestigiando-se o princípio da isonomia, não há falar em
diferenciação entre servidora pública civil e militar. III - Agravo
regimental improvido.(STF, RE 597989 AgR, Relator(a): Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em
09/11/2010, DJe-058 DIVULG 28-03-2011 PUBLIC 29-03-2011
EMENT VOL-02491-02 PP-00347).

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO


REGIMENTAL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE
SEGURANÇA. ART. 105, II, "B" DA CARTA MAGNA. EXTINÇÃO
DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. CABIMENTO.
SERVIDORA PÚBLICA DESIGNADA EM CARÁTER PRECÁRIO.
EXONERAÇÃO DURANTE A GESTAÇÃO. LICENÇA-
MATERNIDADE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ART. 7o, XVIII,
DA CONSTITUIÇÃO. ART. 10, II, "B", DO ADCT. INDENIZAÇÃO
SUBSTITUTIVA DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
POSSIBILIDADE. SÚMULAS 269 E 271/STF. NÃO INCIDÊNCIA.
1. (...) 2. Em harmonia com a orientação jurisprudencial do
Supremo Tribunal Federal, esta Corte vem decidindo que a
servidora designada precariamente para o exercício de
função pública faz jus, quando gestante, à estabilidade
provisória de que trata o art. 10, II, 'b', do ADCT, que veda,
até adequada regulamentação, a dispensa arbitrária ou sem
justa causa de empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto. 3. (...) 4. Agravo
regimental não provido. (STJ, AgRg no RMS 29.616/MG, Rel.
Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,

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julgado em 23/06/2015, DJe 29/06/2015)

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM


MANDADO DE SEGURANÇA.ADMINISTRATIVO E
CONSTITUCIONAL. DISPENSA DE SERVIDORA
CONTRATADA EM CARÁTER TEMPORÁRIO DURANTE O
PERÍODO DE GESTAÇÃO. ARTS. 7º, XVIII, DA CF E 10, II, B,
DO ADCT. INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA DA ESTABILIDADE
PROVISÓRIA. POSSIBILIDADE. VALORES POSTERIORES À
IMPETRAÇÃO. SÚMULAS 269 E 271/STF. PRECEDENTES.
PEDIDO DE APLICAÇÃO DO ART. 97 DO DECRETO N.
3.048/1999. INOVAÇÃO RECURSAL 1. De acordo com a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, as servidoras
públicas, incluídas as contratadas a título precário,
independentemente do regime jurídico de trabalho, possuem
direito à licença-maternidade e à estabilidade provisória,
desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto, consoante dispõem os arts. 7º, XVIII, da Constituição
Federal e 10, II, b, do ADCT, sendo a elas assegurada a
indenização correspondente às vantagens financeiras pelo
período constitucional da estabilidade. Precedentes. (…) 4.
Agravo regimental improvido. (STJ, AgRg no RMS 27.308/RS,
Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA,
julgado em 15/10/2013, DJe 28/10/2013).

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO


ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORA
PÚBLICA EM EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA. VÍNCULO
TEMPORÁRIO E PRECÁRIO. DESNECESSIDADE DE
PROCESSO ADMINISTRATIVO E DE MOTIVAÇÃO PARA
DISPENSA. PERÍODO DE GESTAÇÃO. FRUIÇÃO DE LICENÇA
MATERNIDADE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. INTELIGÊNCIA
DO ART. 10, II, "b", DO ADCT. 1. (…) 2. Ante a precariedade do
ato de designação, revela-se legítima a dispensa ad nutum de
servidor nestes termos designado para o exercício de função
pública, independentemente da existência de processo
administrativo para tanto (Precedentes: RMS 11.464/MG, Rel.
Min. Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, DJU de
14/05/2007; RMS 15.890/MG, Rel. Min. José Arnaldo da
Fonseca, Quinta Turma, DJ de 17/11/2003). 3. A estabilidade do
serviço público, garantia conferida aos servidores públicos
concursados ocupantes de cargos de provimento efetivo, não
pode servir de fundamento para a dispensa de servidora pública
não estável, como a ora recorrente, por motivo de gravidez ou por
se encontrar a mesma no gozo de licença-maternidade. 4.
Assim, servidora designada precariamente para o exercício
de função pública faz jus, quando gestante, à estabilidade

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
provisória de que trata o art. 10, II, "b", do ADCT, que veda,
até adequada regulamentação, a dispensa arbitrária ou sem
justa causa de empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto. 5. Recurso ordinário
parcialmente provido para, concedida em parte a segurança
pleiteada, assegurar à impetrante o direito à indenização
correspondente aos valores que receberia caso não tivesse sido
dispensada, até 05 (cinco) meses após a realização parto. (STJ,
RMS 25.555/MG, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), SEXTA
TURMA, julgado em 18/10/2011, DJe 09/11/2011)

No mesmo sentido, julgados deste eg. Tribunal:

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA.


SERVIDORA OCUPANTE DE CARGO COMISSIONADO.
GESTANTE. EXONERAÇÃO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
DIREITO ASSEGURADO PELOS ARTIGOS 7º, XVIII, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL; E 10, II, "B", DO ADCT.
PRECEDENTES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. SENTENÇA
MANTIDA. 1. A Constituição Federal garante, em seu artigo
7º, inciso XVIII, "licença à gestante, sem prejuízo do emprego
e do salário com a duração de cento e vinte dias". 2. Os
Tribunais Superiores pacificaram o entendimento que as
servidoras públicas gestantes, independentemente do
regime jurídico de trabalho com a Administração Pública,
fazem jus à licença maternidade de cento e vinte dias e à
estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até
cinco meses após o parto, ex vi dos artigos 7º, XVIII, da
Constituição e 10, II, "b", do ADCT. 3. Desse modo, a
exoneração da servidora pública municipal investida em
cargo em comissão, gestante, assegura-lhe o direito a uma
indenização correspondente aos valores que receberia desde
a data da impetração do mandado de segurança até cinco
meses após o parto. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
CONHECIDO E DESPROVIDO.(TJGO, Reexame Necessário
0031688-96.2015.8.09.0011, Rel. AMARAL WILSON DE
OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 11/09/2019, DJe de
11/09/2019).

REMESSA NECESSÁRIA. MANDADO DE SEGURANÇA.


EXONERAÇÃO DE SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL
OCUPANTE DE CARGO EM COMISSÃO. GESTANTE. OFENSA
À ESTABILIDADE PROVISÓRIA VOLTADA À PROTEÇÃO DA
MATERNIDADE. I - A discricionariedade da Administração
Pública quanto à liberdade de exoneração dos ocupantes de
cargos comissionados, deve harmonizar-se com a garantia

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
constitucional traçada no artigo 7º, inciso XVII, da CF/88,
combinado com artigo 10, inciso II, alínea "b", do Ato de
Disposições Constitucionais Transitórias, que vedam a
dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada
gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco)
meses após o parto, convencionalmente chamado de período
de estabilidade provisória. II- O STF fixou o entendimento no
sentido de que as servidoras públicas e empregadas
gestantes, inclusive as contratadas a título precário,
independentemente do regime jurídico de trabalho, têm
direito à licença-maternidade de 120 dias e à estabilidade
provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto. III - Em caso de exoneração da servidora
gestante, a remuneração percebida no cargo comissionado,
até então exercido, deve ser preservada durante o período de
estabilidade. REMESSA OBRIGATÓRIA CONHECIDA E
DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA. (TJGO, Reexame
Necessário 5004463-05.2018.8.09.0013, Rel. MAURICIO
PORFIRIO ROSA, 5ª Câmara Cível, julgado em 05/08/2019, DJe
de 05/08/2019).

REMESSA NECESSÁRIA. MANDADO DE SEGURANÇA


IMPETRADO. SERVIDORA PUBLICA ESTADUAL CONTRATO
TEMPORÁRIO. GESTANTE. DIREITO A ESTABILIDADE
PROVISÓRIA. SEGURANÇA PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1.
A discricionariedade da Administração Pública quanto à
liberdade de exoneração de servidores com contratos
temporários, deve harmonizar-se com a garantia
constitucional traçada no artigo 7º, inciso XVII, da CF/88,
combinado com artigo 10, inciso II, alínea b, do Ato de
Disposições Constitucionais Transitórias, que vedam a
dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada
gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco)
meses após o parto, convencionalmente chamado de período
de estabilidade provisória. REMESSA NECESSÁRIA
CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA. (TJGO,
Reexame Necessário 5036103-67.2018.8.09.0064, Rel. SÉRGIO
MENDONÇA DE ARAÚJO, 4ª Câmara Cível, julgado em
24/07/2019, DJe de 24/07/2019).

Portanto, flagrante a ilegalidade do ato demissional da servidora pública


gestante, fazendo a mesma jus à verba correspondente ao período de estabilidade,
compreendido entre 26/01/2017 a 26/06/2017, corrigidas monetariamente desde a
data em que eram devidas mais juros de mora a partir da citação.

Por outro lado, quanto a condenação por danos morais, entendo que o apelo
merece prosperar. Explico.

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
Para a configuração do dano moral, não basta que o ofendido passe por um
simples aborrecimento ou mero dissabor. A agressão deve, pois, extrapolar a
naturalidade dos fatos da vida, causando, assim, fundadas aflições ou angústias no
âmago daquele a quem se dirige (STJ, 4ª Turma, REsp n. 898005/RN, DJ 06/08/2007
p. 528, LEXSTJ vol. 217 p. 195, Rel. Min. César Asfor Rocha).

A propósito, corroborando tal entendimento a respeito da configuração do


dano moral, as ponderações do jurista Rui Stoco, in verbis:

Não basta a afirmação da vítima de ter sido atingida moralmente,


seja no plano objetivo como no subjetivo, ou seja, em sua honra
imagem, bom nome, intimidade, tradição, personalidade,
sentimento interno, humilhação, emoção, angústia, dor, pânico,
medo e outros. Impõe-se que se possa extrair do fato
efetivamente ocorrido o seu resultado, com a ocorrência de um
dos fenômenos acima exemplificados (In Tratado de
Responsabilidade Civil, 6. ed., São Paulo: RT, 2004, p. 1691).

Confirmando, eis o recente julgado desta Primeira Câmara Cível do Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, que a unanimidade decidiu em caso análogo:

REEXAME NECESSÁRIO. DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS, PAGAMENTO DE
VERBAS RESCISÓRIAS C/C REINTEGRAÇÃO EM CARGO
PÚBLICO COMISSIONADO. EXONERAÇÃO DURANTE A FASE
GESTACIONAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. READMISSÃO
EM NOVO CARGO PÚBLICO. DIFERENÇA SALARIAL E
DEMAIS VERBAS DECORRENTES DEVIDAS.
DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL. MULTA. NÃO
CONFIGURAÇÃO. DANO MORAL AFASTADO. JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICE IPCA-E. SUCUMBÊNCIA
RECÍPROCA. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. 1 - A
estabilidade provisória decorrente da maternidade é estendida às
servidoras públicas comissionadas, nos termos do §3º do artigo
39 da CF e do artigo 10, inciso II, "b", do ADCT. Desta forma, a
dispensa imotivada da servidora durante o período de
estabilidade provisória confere à gestante o direito à reintegração
ao cargo por ela ocupado, ou, quando inviável, à indenização
correspondente à remuneração que lhe seria devida. 2 - É justa a
adequação da remuneração da autora em virtude da alteração do
cargo por ela ocupado após sua readmissão, devendo ser
efetuado o pagamento das diferenças salariais e verbas
trabalhistas desde a readmissão até a data da efetiva adequação

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
da remuneração. 3 - A exoneração durante o período
gestacional da servidora não gera, por si só, dano moral
indenizável, uma vez que não transpõe a barreira do mero
dissabor, ainda mais por se tratar de cargo "ad nutum" (de
livre nomeação e exoneração). 4 - Cumprida a tutela de
urgência pretendida, com a readmissão da gestante ao serviço
público, não há que se falar em compelir o ente requerido ao
pagamento da multa, posto que a medida satisfez a pretensão da
autora. 5 - Conforme decidido pelo excelso Supremo Tribunal
Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 870947, com
repercussão geral, cuidando-se de condenação contra a Fazenda
Pública, de ordem não tributária, a correção monetária deve se
dar com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial
(IPCA-E) e os juros de mora devem ser equivalentes aos juros
aplicados à caderneta de poupança. 6 - Configurada, na situação
vertente, a sucumbência recíproca, os encargos sucumbenciais
devem ser distribuídos à proporção de 50% (cinquenta por cento)
para cada uma das partes, conforme dispõe o artigo 86, do
Código de Processo Civil. 7 - Ante a iliquidez do julgado, os
honorários advocatícios sucumbenciais a serem arcados pelas
partes devem ser fixados após a respectiva liquidação, nos
termos do que dispõe o artigo 85, § 4º, inciso II, do Código de
Processo Civil. REEXAME NECESSÁRIO E RECURSOS
APELATÓRIOS CONHECIDOS. PRIMEIRO APELO
DESPROVIDO. SEGUNDO APELO E REEXAME NECESSÁRIO
PARCIALMENTE PROVIDOS. (TJGO, Apelação (CPC) 5108074-
52.2017.8.09.0160, Rel. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 1ª
Câmara Cível, julgado em 04/10/2019, DJe de 04/10/2019).

No caso, muito embora seja inconteste que a 1ª apelante tenha sofrido abalo
emocional em decorrência da perda do emprego, não se pode olvidar que tal
“aborrecimento” não teve repercussão negativa fora da sua esfera individual, de tal
modo que a sua imagem fosse denegrida perante a sociedade, ou que representasse
qualquer ofensa ou agressão à sua dignidade e honra.

Demais disso, apesar de seu estado gravídico, certo é que a exoneração, por
si só, não enseja o pagamento de indenização por dano moral, visto que se insere no
poder discricionário da Administração, já que se trata de cargo ad nutum, ou seja, de
livre nomeação e exoneração.

Na sequência, diante da reforma da sentença concernente aos danos morais,


imperiosa a repartição dos ônus da sucumbência entre as partes, ante a sucumbência
recíproca, o que impõe a aplicação do artigo 86, do Código de Processo Civil, in
verbis:

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
Art. 86. Se cada liticante for, em parte, vencedor e vencido, serão
proporcionalmente distribuídos eles as despesas .

A respeito da matéria, trago a lume os seguintes julgados deste Pretório:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE TUTELA CAUTELAR DE


URGÊNCIA NA FORMA ANTECEDENTE CONVOLADA EM
AÇÃO RESCISÃO CONTRATUAL C/C PERDAS E DANOS.
CONTRATOS DE COMPRA E VENDA (ESCRITO) E
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (VERBAL) FIRMADOS ENTRE OS
LITIGANTES. COMPENSAÇÃO DE VALORES. POSSIBILIDADE.
PERDAS E DANOS NÃO CONFIGURADOS. DEPRECIAÇÃO DO
MAQUINÁRIO INOCORRIDA. MULTA APLICÁVEL A AMBAS AS
PARTES. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA MANTIDA. SENTENÇA
INALTERADA. 1 – 5 – Omissis. 6. É de se manter intacta a
sucumbência recíproca fixada no Juízo de 1º grau, porquanto
autores e réus foram em parte vencedores e vencidos no
imbróglio em exame. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
DESPROVIDA. (TJGO, Apelação (CPC) 0116192-
46.2016.8.09.0093, Rel. SANDRA REGINA TEODORO REIS, 6ª
Câmara Cível, julgado em 03/09/2019, DJe de 03/09/2019) Grifei.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CONSIGNATÓRIA C/C REVISÃO


CONTRATUAL E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PARCIAL
PROCEDÊNCIA. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 1 . Não se
verifica, na hipótese dos autos, que o autor tenha sucumbido de
parte mínima do pedido, ao revés, os pedidos constantes da
exordial, o demandante foi parcialmente vencedor, sendo a
sucumbência in casu, recíproca, nos termos do art. 86, caput, do
CPC. 2. Evidenciada a sucumbência recursal, impende majorar a
verba honorária anteriormente fixada, conforme previsão do artigo
85, § 11, do Código de Processo Civil, mantendo-se, contudo, a
suspensão de sua exigibilidade, nos termos do artigo 98, § 3°,
também do Código de Processo Civil. 3. Sentença mantida.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJGO,
Apelação (CPC) 5025677-69.2017.8.09.0051, Rel. DORACI
LAMAR ROSA DA SILVA ANDRADE, 6ª Câmara Cível, julgado
em 03/09/2019, DJe de 03/09/2019) Grifei.

Com isso, a readequação dos ônus sucumbenciais é medida que se impõe, a


fim de que cada parte arque com 50% (cinquenta por cento) das custas processuais e
honorários advocatícios fixados na sentença.

Ante o exposto, CONHEÇO DA REMESSA NECESSÁRIA E DO APELO E

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO, a fim de afastar a condenação de indenização a
título de danos morais, bem como para readequar os ônus sucumbenciais, a fim de
que cada parte arque com 50% (cinquenta por cento) das custas processuais e
honorários advocatícios, mantendo os demais termos da sentença como prolatada.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado Digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA.
CONTRATO TEMPORÁRIO. GESTANTE. OFENSA À
ESTABILIDADE PROVISÓRIA VOLTADA À PROTEÇÃO DA
MATERNIDADE. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. I. A discricionariedade da
Administração Pública quanto à liberdade de exoneração
de servidores com contratos temporários, deve
harmonizar-se com a garantia constitucional traçada no
artigo 7º, inciso XVII, da CF/88, combinado com artigo 10,
inciso II, alínea b, do Ato de Disposições Constitucionais
Transitórias, que vedam a dispensa arbitrária ou sem justa
causa da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até 5 (cinco) meses após o parto,
convencionalmente chamado de período de estabilidade
provisória. II. A despedida imotivada da servidora gestante
não gera dano moral indenizável, pois não transpõe a
barreira do mero dissabor, ainda mais porque sua
contratação é precária, de modo que serão devidas apenas
as verbas salariais concernentes ao período da
estabilidade. III. Configurada a sucumbência recíproca, a
condenação ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios deve ser suportada por ambas as
partes. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO
CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS.

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001

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NR.PROCESSO: 5233048.56.2017.8.09.0001
EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA.
CONTRATO TEMPORÁRIO. GESTANTE. OFENSA À
ESTABILIDADE PROVISÓRIA VOLTADA À PROTEÇÃO
DA MATERNIDADE. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. I. A
discricionariedade da Administração Pública quanto à
liberdade de exoneração de servidores com contratos
temporários, deve harmonizar-se com a garantia
constitucional traçada no artigo 7º, inciso XVII, da CF/88,
combinado com artigo 10, inciso II, alínea b, do Ato de
Disposições Constitucionais Transitórias, que vedam a
dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada
gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco)
meses após o parto, convencionalmente chamado de
período de estabilidade provisória. II. A despedida
imotivada da servidora gestante não gera dano moral
indenizável, pois não transpõe a barreira do mero
dissabor, ainda mais porque sua contratação é precária,
de modo que serão devidas apenas as verbas salariais
concernentes ao período da estabilidade. III. Configurada
a sucumbência recíproca, a condenação ao pagamento
das custas processuais e honorários advocatícios deve
ser suportada por ambas as partes. DUPLO GRAU DE
JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CONHECIDOS E
PARCIALMENTE PROVIDOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


17/02/2020 11:36:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5593083.38.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO DE BRASÍLIA - BRB
POLO PASSIVO : NATÁLIA REY SORIANO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DE BRASÍLIA - BRB


ADVGS. PARTE : 16538 GO - DIRCEU MARCELO HOFFMANN
26302 GO - LÍVIA DE ANDRADE RODRIGUES

PARTE INTIMADA : NATÁLIA REY SORIANO


ADVG. PARTE : 38781 GO - RENATO GOMES IMAI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE


INSTRUMENTO Nº 5593083.38.2019.8.09.0000, da comarca de Goiânia, em que
figura como agravante BRB – BANCO DE BRASÍLIA S/A e como agravada NATÁLIA
REY SORIANO.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer do Agravo de Instrumento e negar-lhe provimento, nos termos do voto
da Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

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NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do Agravo de Instrumento, dele


conheço.

Conforme relatado, insurge-se o agravante/requerido em face da decisão na


qual o magistrado deferiu a tutela de urgência pleiteada pela ora agravada para
determinar a suspensão parcial dos descontos em folha de pagamento dos últimos
empréstimos consignados procedidos por ela, os quais superaram o limite de 15% de
sua remuneração, em desrespeito ao estabelecido no artigo 5º, §5º, da Lei Estadual nº
16.898/2010.

Inicialmente, cumpre esclarecer que o Agravo de Instrumento é um recurso


secundum eventum litis e, portanto, deve se limitar ao exame do acerto ou desacerto
do que foi decidido pelo juízo a quo, não podendo extrapolar o seu âmbito para
matéria estranha ao ato judicial vergastado, pois não é lícito ao órgão revisor
incursionar nas questões relativas ao mérito da demanda originária, sob pena de
prejulgamento.

A propósito:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E


APREENSÃO. TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL
DO CONTRATO. INAPLICABILIDADE NA ESPÉCIE.
PRECEDENTES DO STJ. SECUNDUM EVENTUS LITIS. (...). III -
O recurso de agravo de instrumento é secundum eventus
litis, cuja apreciação fica limitada ao que foi objeto de
julgamento na decisão recorrida. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 166612-
43.2016.8.09.0000, Rel. DES. GERSON SANTANA CINTRA, 3A
CÂMARA CÍVEL, julgado em 06/12/2016, DJe 2171 de
19/12/2016. Negritei).

Feitas essas digressões, forçoso delimitar que o objeto do Agravo de


Instrumento sub judice está em aferir a presença ou não dos pressupostos

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NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
ensejadores da tutela de urgência na presente ação.

Neste giro, impende sopesar, portanto, se os fundamentos aduzidos pela


parte autora, ora agravante, num juízo superficial, são relevantes, bem assim se a
circunstância concreta gera risco de lesão de modo a reclamar um provimento que a
acautele, nos termos do artigo 300, do Código de Processo Civil.

Exsurge, portanto, que a concessão da tutela de urgência está condicionada à


presença da probabilidade do direito que o autor alega na petição inicial e, ainda, do
perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

Portanto, na sistemática atual adotada pelo Código de Processo Civil, o


deferimento da medida somente ocorrerá quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. É
necessário, assim, que exista forte probabilidade de que os fatos aduzidos sejam
provados, após o exercício de cognição exauriente, devendo haver nos autos provas
indicativas nesse sentido.

Nesse passo, por conseguinte, é incontroverso que esses requisitos


dependem da livre apreciação do juiz, que emitirá um juízo de valor próprio, sem, no
entanto, diferir do mandamento legal.

Este Tribunal tem evitado substituir o juízo de valoração adotado pelo julgador
singular, exceto nos casos em que se verifique abuso de poder por parte do
magistrado ou quando existir ilegalidade, arbitrariedade ou manifesto equívoco na
decisão monocrática, uma vez que a lei confere ao magistrado a liberdade de decidir
conforme sua determinação, sua livre convicção.

In casu, partindo-se de um exame que não pode sequer ultrapassar a fronteira


da sumariedade da cognição, entendo que não há que se falar em reforma da decisão
agravada, uma vez que presentes tanto o requisito da probabilidade do direito, quanto
do perigo da demora.

Acerca da probabilidade do direito, registro que, na hipótese, avulta indene de


dúvidas ser aplicável ao caso o regramento estabelecido na Lei Estadual nº
16.898/2010, que previa em seu artigo 5º, §5º, a limitação dos empréstimos
consignados à margem de 15% (quinze por cento) dos rendimentos líquidos, em se
tratando de pessoa com idade superior a 65 (sessenta e cinco) anos, visto que à data
de celebração dos contratos com as instituições bancárias requeridas na ação original,
essa normativa encontrava-se vigente, não tendo sido revogada, até então, pela Lei

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NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
Estadual nº 20.365/2018.

Sobre o tema, importa rememorar que o princípio tempus regit actum,


previsto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, dispõe que as
obrigações devem regidas pela lei vigente ao tempo em que se constituíram.

A propósito.

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. ART. 557, § 1.º,


DO CPC. RECURSO ESPECIAL. ART. 105, III, A, DA CF/1988.
ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE MÚTUO. DOIS OU MAIS
IMÓVEIS, NA MESMA LOCALIDADE, ADQUIRIDOS PELO SFH
COM CLÁUSULA DE COBERTURA PELO FCVS.
IRRETROATIVIDADE DAS LEIS 8.004/90 E 8.100/90. MATÉRIA
APRECIADA PELA 1.º SEÇÃO, SOB O REGIME DO ARTIGO
543-C, DO CPC (RECURSO ESPECIAL N.º 1.133.769/RN, DJE
18.12.2009). RESOLUÇÃO STJ 8/2008. ART. 557 DO CPC. 1.
As regras de direito intertemporal recomendam que as
obrigações sejam regidas pela lei vigente ao tempo em que
se constituíram, quer tenham base contratual ou
extracontratual. 2. Destarte, no âmbito contratual, os vínculos e
seus efeitos jurídicos regem-se pela lei vigente ao tempo em que
se celebraram, sendo certo que no caso sub judice o contrato foi
celebrado em 20.11.1986 (fl. 253, e-STJ) [...] (AgRg no REsp
1208977/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 18/11/2010, DJe 01/12/2010)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER.


SERVIDORA PÚBLICA APOSENTADA. MARGEM
CONSIGNÁVEL. LEI ESTADUAL 16.898/10. IDOSOS ACIMA DE
65 ANOS. LIMITAÇÃO EM 15% SOBRE O RENDIMENTO
LÍQUIDO. SENTENÇA REFORMADA. ÔNUS SUCUMBENCIAIS
INVERTIDOS. […] 2. Segundo a lei Estadual n. 16.898/10, em
seu art. 5º, § 5º, os empréstimos consignados, para
descontos em folha do servidor com idade igual ou superior
a 65 (sessenta e cinco) anos, devem ser limitados ao patamar
de 15% (quinze por cento). 3. Aludido dispositivo legal
somente foi revogado com a edição da Lei estadual
20.365/18, de modo que os contratos celebrados durante a
vigência da Lei 16.898/2010 devem obedecer ao limite da
margem consignável estabelecido nesta norma. 4. No caso,
cabe a reforma da sentença para determinar aos Apelados que
procedam com o recálculo do valor da dívida conforme a margem
consignável de 15% (quinze por cento) sobre o rendimento
líquido, de modo que os débitos mais antigos possuem

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NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
preferência de liquidação, obedecendo a ordem cronológica de
contratação. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA.
(TJGO, Apelação (CPC) 5590616-64.2018.8.09.0051, Rel.
ORLOFF NEVES ROCHA, 1ª Câmara Cível, julgado em
19/12/2019, DJe de 19/12/2019)

TRIPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER


COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. EMPRÉSTIMO
CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. PERCENTUAL
ACIMA DO FIXADO EM LEI. CONSIGNANTE COM IDADE
SUPERIOR A 65 ANOS. LIMITAÇÃO A 15% (QUINZE POR
CENTO) SOBRE OS RENDIMENTOS LÍQUIDOS. 1. In casu,
tratando-se de pessoa inativa com idade superior a 65 (sessenta
e cinco) anos, os empréstimos consignados não podem
ultrapassar a margem de 15% (quinze) por cento dos rendimentos
líquidos, conforme artigo 5º, § 5º, da Lei Estadual n. 16.898/10,
aplicável à época da pactuação. […] APELAÇÕES CÍVEIS
CONHECIDAS E DESPROVIDAS. SENTENÇA MANTIDA.
(TJGO, Apelação (CPC) 5300426-73.2017.8.09.0051, Rel.
MAURICIO PORFIRIO ROSA, 5ª Câmara Cível, julgado em
19/12/2019, DJe de 19/12/2019

Além disso, ainda sobre a probabilidade do direito, calha apontar que os


argumentos recursais que visam eximir a responsabilidade da instituição bancária
agravante na prestação do empréstimo para além da margem consignável não merece
acolhimento, porquanto já é assente na jurisprudência relativa ao caso de que, em
casos como o dos autos, o banco não atua apenas como intermediador da relação
jurídica de empréstimo, devendo examinar previamente para que os descontos não
ultrapassem o máximo consignável permitido. In verbis.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DE OBRIGAÇÃO DE FAZER.


LIMITAÇÃO DESCONTOS DE EMPRÉSTIMO. LIMITAÇÃO A
15% DOS PROVENTOS. CONTRATANTE IDOSO. APLICAÇÃO
AOS CONTRATOS FIRMADOS NA VIGÊNCIA DA LEI
ESTADUAL DO § 5º DO ART. 5º DA Nº 16.898/10. APLICAÇÃO
DO ART. 5º, § 5º, LEI ESTADUAL Nº 16.898/10. […] 4. O banco
não atua apenas como intermediador da relação jurídica de
empréstimo, não devendo ser acolhida a tese de que não detém
responsabilidade, já que ao informar à fonte pagadora o valor a
ser descontado, faz análise prévia para que os descontos não
ultrapassem o máximo consignável permitido, que é, ou deveria
ser, de seu conhecimento. 5. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5446523-
30.2019.8.09.0000, Rel. GUILHERME GUTEMBERG ISAC
PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em 12/09/2019, DJe de
12/09/2019)

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NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER.
MARGEM CONSIGNATÓRIA. EFEITO SUSPENSIVO OPEN
LEGIS. ILEGITIMIDADE PASSIVA. AFASTADA. MAJORAÇÃO
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS - ART.
85, § 11, CPC. DESPROVIMENTO. […] 2. A instituição bancária
não atua apenas como intermediadora da relação jurídica de
empréstimo consignado, detendo legitimidade para figurar no polo
passivo da demanda uma vez que, ao informar à fonte pagadora
o valor a ser descontado na folha de pagamento, faz estudo
prévio para que os descontos não ultrapassem o máximo
consignável permitido, possuindo ingerência sobre as cláusulas
pactuadas junto ao consumidor. […] APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA. (TJGO,
Apelação (CPC) 0405363-97.2016.8.09.0006, Rel. DELINTRO
BELO DE ALMEIDA FILHO, 4ª Câmara Cível, julgado em
26/02/2019, DJe de 26/02/2019)

Desta feita, verifico, ainda que de forma incipiente, que há, no presente caso,
probabilidade do direito.

O perigo do dano ou risco ao resultado útil do processo, por sua vez, decorre
da própria natureza da tutela requerida, a qual, visa salvaguardar o próprio sustento da
parte autora/agravante ou de sua família, em sintonia com o princípio da dignidade da
pessoa humana.

Destarte, vislumbrando in casu os requisitos legais, a manutenção da tutela


de urgência conferida pelo magistrado a quo é medida irretocável.

A propósito.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER C/C TUTELA ANTECIPADA. DESCONTOS EM FOLHA
DE PAGAMENTO. PROVENTOS DE PENSÃO PELO ÓRGÃO
GOIÁS PREVIDÊNCIA -GOIASPREV. PESSOA COM IDADE
SUPERIOR A 65 ANOS. LIMITAÇÃO AO PATAMAR DE 15%
(QUINZE POR CENTO) DOS RENDIMENTOS LÍQUIDOS.
EXEGESE DO ARTIGO 5º, § 5º DA LEI ESTADUAL Nº
16.898/2010. REVOGAÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL APÓS A
CELEBRAÇÃO DOS CONTRATOS. LEGISLAÇÃO VIGENTE À
ÉPOCA DA CONTRATAÇÃO. PRESENÇA DOS REQUISITOS
AUTORIZADORES DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
VINDICADA NA ORIGEM. […] 2. A tutela de urgência será

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo. Inteligência do artigo 300 do Código de Processo
Civil de 2015. 3. É assente a jurisprudência deste Tribunal,
quanto à limitação em 30% (trinta por cento) do vencimento
líquido do salário, para fins de margem consignável, sob pena de
inviabilizar o próprio sustento da parte ou de sua família, em
sintonia com o princípio da dignidade da pessoa humana. 4. Em
se tratando de pessoa com idade igual ou superior a 65 (sessenta
e cinco) anos, como no caso, os empréstimos consignados não
podem ultrapassar a margem de 15% (quinze por cento) dos
rendimentos líquidos dela, nos termos do artigo 5º, § 5º, da Lei
estadual nº 16.898/2010, vigente à época das contratações, como
no caso. 5. Ainda que revogado o dispositivo citado, pela Lei
estadual nº 20.368/2018, os contratos firmados na vigência da
norma revogada, devem observar a sua limitação. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO. (TJGO, Agravo de
Instrumento (CPC) 5559146-37.2019.8.09.0000, Rel.
FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível, julgado
em 19/12/2019, DJe de 19/12/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER. EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS EM FOLHA DE
PAGAMENTO. IDOSO. LIMITAÇÃO DE DESCONTOS EM 30%.
TUTELA DE URGÊNCIA INDEFERIDA NA ORIGEM. FUMUS
BONI IURIS E PERICULUM IN MORA EVIDENCIADOS.
DECISÃO REFORMADA. I - Uma vez que presentes os requisitos
do artigo 300 do Código de Processo Civil, quais sejam:
probabilidade do direito, perigo de dano ou risco ao resultado útil
do processo e reversibilidade do provimento antecipado, há de
ser deferido o pedido de tutela de urgência, em parte. II - O artigo
5º, § 5º, da Lei Estadual nº 16.898/2010, que estabelecia que os
descontos efetuados na folha de pagamento de servidor maior de
sessenta e cinco (65) anos, decorrentes de empréstimos
consignados, não poderiam ultrapassar 15% (quinze por cento)
dos proventos, foi revogado pela edição da Lei nº 20.365/18.
Contudo, o caput do artigo 5º da Lei nº 16.898/10 manteve a
redação que estabelece o limite de 30% (trinta por cento) como
margem consignável. III - Assim, deve ser reformada a decisão
recorrida para deferir o pedido de tutela de urgência para limitar
os valores consignados em 30% dos proventos do servidor.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO.(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5237935-
18.2019.8.09.0000, Rel. WILSON SAFATLE FAIAD, 6ª Câmara
Cível, julgado em 21/10/2019, DJe de 21/10/2019)

Ante tais considerações, CONHEÇO do presente recurso e NEGO-LHE

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NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
PROVIMENTO, mantendo incólume a decisão vergastada.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE


EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. REQUISITOS DO ART. 300 DO CPC.
MARGEM CONSIGNADA LIMITADA A 15%. IDOSO. I. Para a
concessão da tutela de urgência, o artigo 300 do Código de
Processo Civil exige a presença de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo. II. É assente a jurisprudência deste
Tribunal, quanto à limitação em 30% (trinta por cento) do
vencimento líquido do salário, para fins de margem consignável,
sob pena de inviabilizar o próprio sustento da parte ou de sua
família, em sintonia com o princípio da dignidade da pessoa
humana. III. Em se tratando de pessoa com idade igual ou
superior a 65 (sessenta e cinco) anos, como no caso, os
empréstimos consignados não podem ultrapassar a margem de
15% (quinze por cento) dos rendimentos líquidos dela, nos termos
do artigo 5º, § 5º, da Lei estadual nº 16.898/2010, vigente à época
das contratações, como no caso. IV. Ainda que revogado o
dispositivo citado, pela Lei Estadual nº 20.368/2018, os contratos
firmados na vigência da norma revogada, devem observar a sua
limitação. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
IMPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000

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NR.PROCESSO: 5593083.38.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. REQUISITOS DO ART. 300 DO
CPC. MARGEM CONSIGNADA LIMITADA A 15%. IDOSO. I. Para a
concessão da tutela de urgência, o artigo 300 do Código de
Processo Civil exige a presença de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo. II. É assente a jurisprudência deste
Tribunal, quanto à limitação em 30% (trinta por cento) do
vencimento líquido do salário, para fins de margem consignável,
sob pena de inviabilizar o próprio sustento da parte ou de sua
família, em sintonia com o princípio da dignidade da pessoa
humana. III. Em se tratando de pessoa com idade igual ou
superior a 65 (sessenta e cinco) anos, como no caso, os
empréstimos consignados não podem ultrapassar a margem de
15% (quinze por cento) dos rendimentos líquidos dela, nos
termos do artigo 5º, § 5º, da Lei estadual nº 16.898/2010, vigente
à época das contratações, como no caso. IV. Ainda que
revogado o dispositivo citado, pela Lei Estadual nº 20.368/2018,
os contratos firmados na vigência da norma revogada, devem
observar a sua limitação. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E IMPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Segurança Concedida - Data da Movimentação


14/02/2020 16:44:03

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5001515.95.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : ELADIO JOSE DO PRADO NETO
POLO PASSIVO : COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELADIO JOSE DO PRADO NETO


ADVG. PARTE : 10560 GO - MARCOS RACHID HALLILA VIEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5001515.95.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete Des. Luiz Eduardo de Sousa

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5001515.95.2019.8.09.0000

IMPETRANTE: ELÁDIO JOSÉ DO PRADO NETO

IMPETRADO: COMANDANTE GERAL DA PMGO

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. INSCRIÇÃO


CHOA-2019. REQUISITOS DA INSCRIÇÃO NO CERTAME. PERDA DE
OBJETO. CONCESSÃO DA SEGURANÇA. I - O cumprimento da liminar
deferida em sede de mandado de segurança não enseja a extinção do
processo, pois reveste-se de provisoriedade e precariedade, não
acarretando, por si só, a perda superveniente do interesse de agir ou do
objeto da ação. II – A autoridade coatora, ao reconhecer o direito do
impetrante em ser promovido por preterição à graduação de 1º sargento,
desde 21/5/2019, e mesmo assim não promove a publicação do ato
administrativo, incitou o justo receio de lesão a direito subjetivo do
impetrante de não atender ao requisito exigido no ato de inscrição do
concurso interno da corporação – CHOA-2019. III – Devidamente provado
o justo receio de lesão a direito subjetivo do impetrante, está justificada a
concessão preventiva da segurança. SEGURANÇA CONCEDIDA.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de MANDADO DE SEGURANÇA


5001515.95.2019.8.09.0000, da Comarca de GOIÂNIA, interposta por ELÁDIO JOSÉ DO
PRADO NETO.

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NR.PROCESSO: 5001515.95.2019.8.09.0000
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível deste
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade, EM CONCEDER A SEGURANÇA,
nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do RELATOR, as desembargadoras MARIA DAS GRAÇAS


CARNEIRO REQUI e AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.

PRESIDIU o julgamento, o Desembargador LUIZ EDUARDO DE SOUSA.

PRESENTE à sessão o Procurador de Justiça RODOLFO PEREIRA LIMA JÚNIOR.

Custas de lei.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

FERNANDO DE CASTRO MESQUITA


Juiz de Direito Substituto em 2º Grau

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5001515.95.2019.8.09.0000

IMPETRANTE: ELÁDIO JOSÉ DO PRADO NETO

IMPETRADO: COMANDANTE GERAL DA PMGO

VOTO

Como relatado, o writ invoca o direito preventivo de ELÁDIO JOSÉ DO PRADO NETO de se
inscrever no CHOA-2019, uma vez que não detinha oficialmente a condição temporal de 2 anos
na graduação de 1º sargento no ato da inscrição do certame.

Desde já rejeito a preliminar de perda do objeto arguida na defesa técnica, porquanto

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NR.PROCESSO: 5001515.95.2019.8.09.0000
o cumprimento de liminar satisfativa não interfere no interesse do impetrante, verificado quando
da impetração. A decisão que antecipa o mérito não tem caráter definitivo, necessitando ser
ratificada por meio de decisão final. Logo, tem-se que persiste o interesse processual (utilidade)
do presente mandamus.

Isso posto, sabe-se que o mandado de segurança preventivo exige a demonstração de


justo receio de lesão a direito subjetivo do impetrante.

Inicialmente, o impetrante esclareceu que ajuizou demanda anterior,


5350139.17.2017.8.09.0051, na qual foi julgado procedente o pedido para reconhecer devida a
promoção na carreira militar. Todavia, apesar de obter decisão favorável, a corporação não
cumpriu integralmente a condenação imposta, uma vez que deixou de outorgar-lhe o posto de 1º
sargento, com efeitos retroativos a 21/5/2017, o que lhe possibilitaria contar com mais de 02
(dois) anos na referida graduação, motivo pelo qual interpôs recurso administrativo visando a
correção do ato, também julgado procedente por parte da Administração (ata 018/2019-CPPPM),
pendente apenas de publicação.

Demais disso, informou que a portaria 119/2019-PM, que determinou a abertura para a
inscrição para o processo seletivo interno ao curso de habilitação de oficiais auxiliares – CHOA-
2019, instituía a obrigatoriedade de o candidato “ser primeiro sargento, ter no mínimo 16 (dezeseis) anos de
efetivo serviço na polícia militar do estado de Goiás e 02 (dois) anos na graduação de primeiro sargento, no ato da
inscrição, ou seja, até o dia 28/7/2019” (art. 7º, II).

Diante deste contexto fático, ficou provado o justo receio de que a autoridade coatora
estava na iminência de praticar ilegalidade.

Vale registrar que o presente writ objetivou, unicamente, a autorização para se


inscrever no CHOA-2019, sem lhe ser exigido o requisito temporal de 2 anos na graduação de 1º
sargento.

Nesse contexto, o direito postulado demonstra ser líquido e certo.

De fato, das provas pré-constituídas, infere-se que o órgão da administração militar,


mesmo reconhecendo o direito do impetrante em ser promovido por preterição à graduação de 1º
sargento, desde 21/5/2017, segundo decisão proferida em sede de recurso administrativo - ata
018/2019-CPPPM, de 12/6/2019, deixou de oficializar o ato porque não publicado no órgão oficial
da corporação.

A ausência da publicação da ata 018/2019-CPPPM incitava justo receio de não ser

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NR.PROCESSO: 5001515.95.2019.8.09.0000
admitida sua inscrição no CHOA-2019, haja vista o desatendimento do requisito previsto no art.
7º, II, da portaria 119/2019-PM.

Assim, diante da situação concreta na qual o impetrante provou residir seu direito, deve
ser este assegurado com a concessão da ordem para evitar ato abusivo ou ilegal praticado pela
autoridade coatora.

Agregue-se que, mesmo com a inscrição sub judice, o impetrante provou que alcançou
classificação preliminar no CHOA-2019, em 23/8/2019, e que se encontra frequentando o curso
regularmente, desde 23/9/2019.

Lado outro, a autoridade coatora somente tornou pública a ata 018/2019 -CPPPM com
publicação no DOPM 178/2019, em 20/9/2019.

Logo, não persiste qualquer justificativa plausível para impedir a inscrição do impetrante
em razão da demora da própria autoridade coatora em oficializar o requisito exigido no certame.

Do exposto, CONCEDO A SEGURANÇA PLEITEADA e ratifico a medida liminar.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

FERNANDO DE CASTRO MESQUITA

JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM 2º GRAU

06

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NR.PROCESSO: 5001515.95.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete Des. Luiz Eduardo de Sousa

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5001515.95.2019.8.09.0000

IMPETRANTE: ELÁDIO JOSÉ DO PRADO NETO

IMPETRADO: COMANDANTE GERAL DA PMGO

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. INSCRIÇÃO CHOA-


2019. REQUISITOS DA INSCRIÇÃO NO CERTAME. PERDA DE OBJETO.
CONCESSÃO DA SEGURANÇA. I - O cumprimento da liminar deferida em sede
de mandado de segurança não enseja a extinção do processo, pois reveste-se
de provisoriedade e precariedade, não acarretando, por si só, a perda
superveniente do interesse de agir ou do objeto da ação. II – A autoridade
coatora, ao reconhecer o direito do impetrante em ser promovido por preterição à
graduação de 1º sargento, desde 21/5/2019, e mesmo assim não promove a
publicação do ato administrativo, incitou o justo receio de lesão a direito subjetivo
do impetrante de não atender ao requisito exigido no ato de inscrição do
concurso interno da corporação – CHOA-2019. III – Devidamente provado o
justo receio de lesão a direito subjetivo do impetrante, está justificada a
concessão preventiva da segurança. SEGURANÇA CONCEDIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


17/02/2020 11:34:48

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0005769.23.2015.8.09.0006
CLASSE PROCESSUAL : Desapropriação ( L.E. )
POLO ATIVO : SANEAMENTO DE GOIAS S/A (SANEAGO)
POLO PASSIVO : CEPAI CENTRO DE PAZ INTERIOR
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SANEAMENTO DE GOIAS S/A (SANEAGO)


ADVG. PARTE : 20865 GO - PABLO MOREIRA GOMES

PARTE INTIMADA : ARNALDO MIEREVALDO KALUPNIEK


ADVG. PARTE : 12639 GO - CONSTANCIA ALVES DE MATOS

PARTE INTIMADA : CEPAI CENTRO DE PAZ INTERIOR


ADVGS. PARTE : 32825 GO - ALEXANDER CORREA ALBINO DA SILVA
38365 GO - ANA PAULA ALVES CORREA

PARTE INTIMADA : DINAJARA ROSA KALUPNIEK


ADVG. PARTE : 12639 GO - CONSTANCIA ALVES DE MATOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº


0005769.23.2015.8.09.0006, da comarca de Anápolis, em que figura como apelante
SANEAMENTO DE GOIAS S/A (SANEAGO) e como 1º apelado CEPAI CENTRO DE
PAZ INTERIOR e como 2º apelados ARNALDO MIEREVALDO KALUPNIEK e
DINAJARA ROSA KALUPNIEK.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer da Apelação Cível e dar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora.
Votaram com a Relatora a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

RELATORA

(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Como visto, cuida-se de recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por


SANEAMENTO DE GOIAS S/A (SANEAGO) colimando obter a reforma da sentença
que julgou procedente o pedido formulado na Ação de Constituição de Faixa de
Servidão pela Via Expropriatória, ajuizada desfavor de CEPAI CENTRO DE PAZ
INTERIOR, ARNALDO MIEREVALDO KALUPNIEK e DINAJARA ROSA
KALUPNIEK.

Em seu recurso, a apelante defende o afastamento dos juros compensatórios,


moratórios e correção monetária, ao argumento de que a realização de depósito
prévio e integral da indenização em conta vinculada ao juízo elide a incidência dos
referidos acréscimos.

Pois bem.

DOS JUROS COMPENSATÓRIOS

No tocante ao juros compensatórios, oportuno esclarecer que o propósito de


sua fixação é o de compensar as perdas sofridas pelo proprietário em razão da
ocorrência de imissão provisória na posse, quando o valor fixado na sentença é
superior ao ofertado em juízo. Esse é o entendimento que se depreende da redação
do artigo 15-A, do Decreto-Lei nº 3.365/41, verbis:

Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação


por necessidade ou utilidade pública e interesse social, inclusive
para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço
ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença,
expressos em termos reais, incidirão juros compensatórios de até
seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente
apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros
compostos.

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
No caso em apreço, verifico que a autora/apelante ingressou com a ação em
curso ofertando os valores de R$11.455,15 pela área de propriedade do 1º apelante e
de R$ 24.589,98 pela faixa de servidão pertencente ao 2º apelante, quantias essas
que foram depositadas em juízo em 13/01/15.

Imperioso observar que os valores depositados judicialmente pela autarquia


autora correspondem aos mesmos fixados pelo juízo a quo na sentença. Em verdade,
o édito sentencial reconheceu a concordância expressa do 1º apelado (fls. 202) e
tácita do 2º apelado (revel) quanto às importâncias ofertadas, tornando definitiva a
liminar de imissão provisória da posse e constituindo a servidão administrativa da área
total descrita na exordial.

Outrosssim, o art. 34-A, §2º, do Decreto-Lei nº 3.365/41, dispõe que a


concordância do expropriado com o valor permite o levantamento da totalidade do
preço ofertado em juízo:

Art.33.O depósito do preço fixado por sentença, à disposição do


juiz da causa, é considerado pagamento prévio da
indenização.(…)

Art. 34-A. Se houver concordância, reduzida a termo, do


expropriado, a decisão concessiva da imissão provisória na posse
implicará a aquisição da propriedade pelo expropriante com o
consequente registro da propriedade na matrícula do imóvel.
(Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)

(...)

§ 2o Na hipótese deste artigo, o expropriado poderá levantar


100% (cem por cento) do depósito de que trata o art. 33 deste
Decreto-Lei.

Assim sendo, não vislumbro na hipótese quaisquer perdas sofridas pelos


proprietários em razão da ocorrência de imissão provisória na posse, mormente diante
da ausência de diferenças entre o montante ofertado em juízo e aquele fixado na
sentença.

Sobre o tema, colaciono julgados desta Corte Estadual de Justiça:

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. JUSTA
INDENIZAÇÃO. SENTENÇA QUE SE BASEOU NO LAUDO DO
ASSISTENTE TÉCNICO, POR SER MAIS COMPLETO QUE O
LAUDO PERICIAL. IRREGULARIDADES NÃO CONSTATADAS.
JUROS COMPENSATÓRIOS. JUROS MORATÓRIOS. ÍNDICES
E TERMO INICIAL. HONORÁRIOS RECURSAIS. (…) 3.
Consoante tese firmada pelo STF no julgamento da ADI 2332
e o disposto no caput do art. 15-A do Decreto-Lei nº. 3.365/41,
no caso de imissão prévia na posse, decorrente de
desapropriação por necessidade ou utilidade pública e
interesse social, havendo divergência entre o preço ofertado
em juízo e o valor do bem fixado na sentença, expressos em
termos reais, incidirão juros compensatórios de 6% (seis por
cento) ao ano sobre o valor da diferença eventualmente
apurada, a contar da imissão na posse. (…) Apelações cíveis
desprovidas. (TJGO, Apelação (CPC) 0250789-
86.2007.8.09.0021, Rel. ZACARIAS NEVES COELHO, 2ª
Câmara Cível, julgado em 16/09/2019, DJe de 16/09/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO POR


UTILIDADE PÚBLICA. VALOR DA INDENIZAÇÃO. PERÍCIA
JUDICIAL. IRREGULARIDADES AFASTADAS. JUROS
COMPENSATÓRIOS. INCIDÊNCIA DA ADI Nº 2332 STF.
JUROS MORATÓRIOS. ARTIGO 100 DA CF. HONORÁRIOS
SUCUMBENCIAIS ALTERAÇÃO. (…) 05 - A incidência dos
juros moratórios e compensatórios deve ocorrer sobre a
diferença entre o valor da indenização fixado na sentença e o
da oferta, sendo que o compensatório será calculado entre os
80% do preço ofertado e o valor do bem fixado em juízo. (…)
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.
(TJGO, APELACAO 0383707-02.2009.8.09.0048, Rel. Wilson
Safatle Faiad, 6ª Câmara Cível, julgado em 05/09/2018, DJe de
05/09/2018)

Considerando esse viés, merece reforma a sentença atacada, no ponto, para


afastar a incidência de juros compensatórios.

DOS JUROS MORATÓRIOS

Os juros moratórios em ações de desapropriação decorrem do atraso no


cumprimento da obrigação, ou seja, constitui ônus advindo do inadimplemento e
destinam-se a recompor a perda decorrente do atraso no efetivo pagamento da
indenização fixada na decisão final de mérito.

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
Sobre o tema, transcrevo parte dos ensinamentos do professor José dos
Santos Carvalho Filho

Juros moratórios são aqueles devidos pelo expropriante em


decorrência da demora no pagamento da indenização. Era de se
esperar que, tão logo se encerrasse o processo expropriatório, o
expropriante se incumbisse de cumprir, de imediato, seu dever de
indenizar o expropriado pela perda da propriedade. Infelizmente,
não é o que acontece na prática: em alguns casos, a indenização
só é paga após infindáveis anos de espera. Os juros moratórios, é
bom não esquecer, correspondem à pena imposta ao devedor em
atraso com o cumprimento da obrigação. (in Manual de Direito
Administrativo, 14ª ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005, p.
680).

A seu turno, o artigo 15-B do Decreto-Lei nº 3.365/41, prevê que os juros


moratórios serão devidos no percentual de 6% (seis por cento) ao ano, a partir de 1º
de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser feito, nos
termos do artigo 100 da Constituição Federal de 1988.

Este posicionamento foi adotado pelo Superior Tribunal de Justiça no


julgamento do REsp nº 1.118.103/SP, representativo da controvérsia, contendo o
seguinte comando:

ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO. JUROS


MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS. INCIDÊNCIA. PERÍODO.
TAXA. REGIME ATUAL. DECRETO-LEI 3.365/41, ART. 15-B.
ART. 100, § 12 DA CF (REDAÇÃO DA EC 62/09). SÚMULA
VINCULANTE 17/STF. SÚMULA 408/STJ. 1. Conforme prescreve
o art. 15-B do Decreto-lei 3.365/41, introduzido pela Medida
Provisória 1.997-34, de13.01.2000, o termo inicial dos juros
moratórios em desapropriações é o dia 1º de janeiro do
exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser
feito, nos termos do art. 100 da Constituição. É o que está
assentado na jurisprudência da 1ª Seção do STJ, em orientação
compatível com a firmada pelo STF, inclusive por súmula
vinculante (Enunciado 17). (…). (STJ, 1ª Turma, REsp nº
1.118.103/SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJe 08/03/2010.
Negritei)

Observa-se, pois, que os juros moratórios são devidos na hipótese em que o


Poder Público não paga tempestivamente a indenização devida ao expropriado.

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
Desse modo, havendo o depósito prévio da indenização, com a confirmação
do valor ofertado em sentença, imperioso concluir que inexiste mora do expropriante
quanto ao pagamento do montante indenizatório e, por conseguinte, não subsiste
razão para a incidência de juros moratórios no caso em análise.

A propósito, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO


ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015.
APLICABILIDADE. DESAPROPRIAÇÃO. ART. 15-B DO
DECRETO-LEI N. 3.365/1941. JUROS MORATÓRIOS. NÃO
INCIDÊNCIA. ARGUMENTOS INSUFICIENTES PARA
DESCONSTITUIR A DECISÃO ATACADA. APLICAÇÃO DE
MULTA. ART. 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
DE 2015. DESCABIMENTO.(…) II - O acórdão recorrido está
em confronto com orientação desta Corte, segundo a qual o
adimplemento do depósito integral do valor indenizatório
para a imissão na posse afasta a cobrança dos juros
moratórios previstos no art. 15-B do Decreto-Lei n.
3.365/1941. Na mesma linha, as seguintes decisões
monocráticas: REsp n.1.396.634/CE, Rel. Ministro Benedito
Gonçalves, 1ª Turma, julgado em 3.3.2015, Dje. 20.10.2014;
REsp n. 1.256.036/PB, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma,
julgado em 22.10.2012, Dje 31.10.2012; Ag n.967.642/RJ,
Ministra Eliana Calmon, 2ª Turma, julgado em 30.4.2008, Dje
12.5.2008 (…) (AgInt no REsp 1796771/RJ, Rel. Ministra REGINA
HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/09/2019,
DJe 04/09/2019)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA. JUROS
COMPENSATÓRIOS. INAPLICABILIDADE. JUSTA
INDENIZAÇÃO. COBERTURA FLORÍSTICA. CÁLCULO EM
SEPARADO. IMPOSSIBILIDADE. JUROS MORATÓRIOS. NÃO-
OCORRÊNCIA. ÔNUS SUCUMBENCIAIS A CARGO DO
EXPROPRIADO. LIMITE DO PEDIDO RECURSAL
RESPEITADO. (…) 5. Os juros moratórios somente seriam
devidos a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele
em que o precatório deveria ser pago. Como o depósito
inicial foi acolhido, não há falar em sua incidência. (...) (AgRg
no REsp 726.179/BA, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 04/11/2010, DJe 02/02/2011)

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
Assim, acolho a irresignação recursal, no ponto, para afastar a incidência de
juros moratórios.

DA CORREÇÃO MONETÁRIA

No que concerne à correção monetária, razão assiste à autarquia apelante em


pretender o seu afastamento.

Isso porque, uma vez efetivado o depósito judicial do valor da indenização, a


atualização desse montante cabe à instituição financeira na qual foi feito o referido
depósito, sendo esta a responsável pelos rendimentos.

Sobre o assunto, veja-se o entendimento exposto pelas Súmulas 179 e 271


do Superior Tribunal de Justiça:

Súmula 179. O estabelecimento de crédito que recebe dinheiro,


em depósito judicial, responde pelo pagamento da correção
monetária relativa aos valores recolhidos.

Súmula 271. A correção monetária dos depósitos judiciais


independe de ação específica contra o banco depositário.

No mesmo sentido, os julgados desta Corte:

DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO


SECURITÁRIA. TRATOR ROUBADO. VALOR DA RESTITUIÇÃO
DEVE SER O CORRESPONDENTE AO DA COBERTURA
PREVISTA NA APÓLICE E NÃO AO DE MERCADO. CLÁUSULA
ABUSIVA. ONEROSIDADE AO SEGURADO. VALOR
DEPOSITADO JUDICIALMENTE PELA SEGURADA. NÃO
INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS LEGAIS.
SÚMULA 179 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PEDIDO
DE PREQUESTIONAMENTO PREJUDICADO. (…) 3. Como se
trata de depósito de valores em conta judicial remunerada, os
Tribunais Pátrios, bem como o Superior Tribunal de Justiça
entendem que a incidência de correção monetária e juros
moratórios devem ser afastados sobre o montante
depositado, tendo em vista que a conta judicial já contempla
remuneração com índices próprios. (…) RECURSOS

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
CONHECIDOS E PROVIDOS EM PARTE. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA. (TJGO, Apelação (CPC)
0280097-24.2010.8.09.0067, Rel. FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6ª
Câmara Cível, julgado em 30/07/2019, DJe de 30/07/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO CUMPRIMENTO


SENTENÇA. RETIFICAÇÃO DE CÁLCULOS JUDICIAIS.
PRECLUSÃO. DEPÓSITO JUDICIAL SUSPENDE A COBRANÇA
DE JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA PELO EXECUTADO. 1
- Tendo o executado, ora agravante, quedado inerte após sua
intimação dos cálculos judiciais, subentende-se que concordou
com os seus termos, de forma que somente poderão ser refeitos
se verificada a ocorrência de erro material. 2 - De conformidade
com precedentes, o colendo Superior Tribunal de Justiça
firmou o entendimento de que ocorrendo depósito judicial
para garantia do juízo, a correção monetária e os juros de
mora são devidos pelo banco depositário e não mais pelo
devedor, incidindo, então, a remuneração da conta judicial
remunerada. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5392112-
71.2018.8.09.0000, Rel. NEY TELES DE PAULA, 2ª Câmara
Cível, julgado em 25/01/2019, DJe de 25/01/2019)

Sendo assim, acolho a irresignação da apelante para afastar a correção


monetária sobre os valores depositados em juízo, eis que a atualização das quantias
incumbe à instituição financeira onde está o depósito judicial.

Ante o exposto, CONHEÇO do presente apelo e DOU-LHE PROVIMENTO,


para afastar a incidência de juros compensatórios, moratórios e correção monetária,
pelos fundamentos demonstrados.

É o voto.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DESAPROPRIAÇÃO. FAIXA
DE SERVIDÃO DE PASSAGEM. DEPÓSITO JUDICIAL.
IMISSÃO PRÉVIA NA POSSE. VALOR DA INDENIZAÇÃO
IDÊNTICO AO DA OFERTA INICIAL. JUROS
COMPENSATÓRIOS. JUROS MORATÓRIOS. CORREÇÃO
MONETÁRIA. NÃO CABIMENTO. I. Consoante o art. 15-A,
do Decreto-Lei nº 3.365/41, os juros compensatórios
destinam-se a compensar as perdas sofridas pelo
proprietário em razão da ocorrência de imissão provisória
na posse, quando o valor fixado na sentença é superior ao
ofertado em juízo. II. Havendo concordância dos
expropriados quanto aos valores e inexistindo diferença
entre o montante ofertado em juízo e aquele fixado em
sentença, não há que se falar na incidência de juros
compensatórios. III. O depósito prévio da indenização em
juízo elide a mora do expropriante, sendo incabível a
incidência de juros moratórios. IV. Efetivado o depósito
judicial do montante indenizatório, a atualização dos
valores cabe à instituição financeira na qual foi feito o
referido depósito, sendo esta a responsável pelos
rendimentos. Inteligência das Súmulas 179 e 271 do STJ.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA.

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NR.PROCESSO: 0005769.23.2015.8.09.0006
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DESAPROPRIAÇÃO. FAIXA
DE SERVIDÃO DE PASSAGEM. DEPÓSITO JUDICIAL.
IMISSÃO PRÉVIA NA POSSE. VALOR DA INDENIZAÇÃO
IDÊNTICO AO DA OFERTA INICIAL. JUROS
COMPENSATÓRIOS. JUROS MORATÓRIOS. CORREÇÃO
MONETÁRIA. NÃO CABIMENTO. I. Consoante o art. 15-A,
do Decreto-Lei nº 3.365/41, os juros compensatórios
destinam-se a compensar as perdas sofridas pelo
proprietário em razão da ocorrência de imissão provisória
na posse, quando o valor fixado na sentença é superior ao
ofertado em juízo. II. Havendo concordância dos
expropriados quanto aos valores e inexistindo diferença
entre o montante ofertado em juízo e aquele fixado em
sentença, não há que se falar na incidência de juros
compensatórios. III. O depósito prévio da indenização em
juízo elide a mora do expropriante, sendo incabível a
incidência de juros moratórios. IV. Efetivado o depósito
judicial do montante indenizatório, a atualização dos
valores cabe à instituição financeira na qual foi feito o
referido depósito, sendo esta a responsável pelos
rendimentos. Inteligência das Súmulas 179 e 271 do STJ.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 17/02/2020


13:42:06

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5076973.17.2018.8.09.0142
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : PAULO CURI FILHO
POLO PASSIVO : FERNANDO ALVES DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FERNANDO ALVES DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 46406 GO - BRENNER TEIXEIRA PERES
12440 GO - ODAIR TEIXEIRA PERES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5076973.17.2018.8.09.0142
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5076973.17.2018.8.09.0142
COMARCA DE SANTA HELENA DE GOIÁS

APELANTE: FERNANDO ALVES DE OLIVEIRA


APELADO: PAULO CURI FILHO
RELATORA: DES.ª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DESPACHO

Considerando que não constatei o pagamento da guia recursal, somando-se


ao fato de que a parte não é beneficiária da assistência judiciária, intime-se o
recorrente, FERNANDO ALVES DE OLIVEIRA para, através do procurador
constituído nos autos, providenciar o devido preparo, em dobro, do recurso interposto,
no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção, nos termos do artigo 1007, §4º,
do CPC/15.

Cumpra-se.

Goiânia, 17 de fevereiro 2020.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA

114/

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 17/02/2020


14:56:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0108240.04.2016.8.09.0097
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CCFS
POLO PASSIVO : ADS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : ADS


ADVG. PARTE : 21078 GO - EUDES FABIANE CARNEIRO

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 17/02/2020


14:56:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5023082.29.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ALETRICIA BARBOSA DE MATOS
POLO PASSIVO : ZURICH MINAS BRASIL SEGUROS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ZURICH MINAS BRASIL SEGUROS


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5023082.29.2019.8.09.0051
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 5023082.29.2019.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : ALETRICIA BARBOSA DE MATOS
AGRAVADO : ZURICH BRASIL SEGUROS
RELATORA : DESª AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO

DESPACHO

Em conformidade com o artigo 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil,


intime-se a parte agravada, para se manifestar acerca do Agravo Interno interposto na
movimentação Nº 43, no prazo de 15 (quinze) dias.

Após, com ou sem a manifestação, volvam-me os autos conclusos.

Cumpra-se.

DESª AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO


RELATORA
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016

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NR.PROCESSO: 5023082.29.2019.8.09.0051

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


18/02/2020 10:42:26

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5269252.90.2019.8.09.0143
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : IVONETE ROSA
POLO PASSIVO : BANCO BMG
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IVONETE ROSA


ADVG. PARTE : 31741 GO - SILVANIO AMELIO MARQUES

PARTE INTIMADA : BANCO BMG


ADVGS. PARTE : 78069 MG - ANDRE RENNO LIMA GUIMARAES DE ANDRADE
84400 MG - BREINER RICARDO DINIZ RESENDE MACHADO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG


ADVGS. PARTE : 78069 MG - ANDRE RENNO LIMA GUIMARAES DE ANDRADE
84400 MG - BREINER RICARDO DINIZ RESENDE MACHADO

PARTE INTIMADA : IVONETE ROSA


ADVG. PARTE : 31741 GO - SILVANIO AMELIO MARQUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Des. Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5269252.90.2019.8.09.0143


COMARCA DE SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA
1º APELANTE : IVONETE ROSA
2º APELANTE : BANCO BMG
1º APELADO : BANCO BMG
2º APELADO : IVONETE ROSA
RELATOR : DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de apelações cíveis interpostas por IVONETE ROSA e BANCO BMG S/A.
(eventos 34 e 38, respectivamente), em face da sentença (evento 31) do MM. Juiz de Direito da
1ª Vara Cível da Comarca de São Miguel do Araguaia, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer
c/c Danos Morais e Repetição de Indébito, interposta pela primeira em face do segundo, a qual
julgou parcialmente procedentes os pedidos inicias, condenando a parte ré ao pagamento de
indenização por danos morais à autora no valor de R$ 300,00 (trezentos reais), acrescidos de
juros de mora de 1% ao mês, a partir da sentença.

Em face ao princípio da sucumbência, condenou o banco requerido ao pagamento das


custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 20% (vinte por cento) sobre o
valor da condenação, com fulcro no art. 85, §2º do Código de Processo Civil.

Contra esta decisão insurgem-se os recorrentes.

Em uma breve exposição do fatos, aduz a primeira apelante Ivonete Rosa que o juízo
a quo, em que pese ter condenado o banco requerido ao pagamento da indenização por danos
morais, julgou improcedentes os pedidos de repetição de indébito e cancelamento da contratação
RMC (Reserva de Margem Consignável para Cartão de Crédito). Contudo, a instituição recorrida
não trouxe aos autos qualquer documento comprobatório da ilegalidade do ato praticado pela
cliente consumidora, apenas apontando elementos de sua responsabilidade, motivo pelo qual

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
entende deva a sentença ser reformada.

Nara que o banco se beneficiou dos descontos no seu beneficio previdenciário,


inferindo-se que o valor da parcela descontada não leva à amortização do contrato, tornando a
dívida impagável, uma vez que não consta da ficha cadastral o número certo de prestações, nem
a data final para o pagamento.

Invoca a Súmula 63 do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás para afirmar que os


descontos efetuados mostram-se abusivos, já que o valor principal da dívida é mensalmente
refinanciado e acrescido de juros e outros encargos, assim como deve se vislumbrar a existência
de um típico contrato de adesão, razão pela qual não prospera o argumento da instituição
financeira de que a recorrente teve acesso a todas as cláusulas contratuais, principalmente a que
previa o desconto do valor mínimo junto ao benefício.

Afirma que o banco não agiu sob a égide da boa-fé, da transparência e da informação,
mormente quando não estampado no contrato a data do término das prestações, o que de fato
viabiliza sua condenação ao pagamento de indenização pelos danos morais causados, devendo,
contudo, ser majorado o valor originariamente fixado.

Em conclusão, pugna pelo provimento do recurso com a reforma da sentença,


majorando-se os danos morais fixados, assim como seja dada procedência aos pedidos de
cancelamento da contratação de RMC e repetição de indébito.

Ausente o preparo em vista da concessão da gratuidade.

Já o segundo apelante Banco BMG S/A., verbera que a contatação confessada pela
autora na inicial, foi amplamente explicada e evidenciada desde o início, explicando que como
qualquer cartão de crédito que circula no mercado financeiro, destina-se à realização de compra
de bens e serviços em estabelecimentos, bem como saques em dinheiro, dentro dos limites
atribuídos ao usuário.

Aponta que a autora tinha plena ciência da modalidade contratada, realizando dois
saques autorizados, em datas distintas, conforme comprovante de transferência eletrônica – TED,
juntada aos autos.

Ressalta que os descontos vem sendo realizados no contracheque da apelada desde a


contratação, face à existência de cláusula expressa autorizando este procedimento, merecendo
ainda destaque o fato de que o desconto em folha a título de reserva de margem é a única
garantia que o banco possui de que receberá os valores emprestados.

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
Afirma seguir a Instrução Normativa 28 do INSS e que em momento algum descontou
percentual maior ou menor do que o estabelecido pelas normas que regem o Crédito Consignado,
agindo sempre em conformidade à legislação, o que afasta a responsabilização e a condenação
aos danos morais, uma vez que inexistente a prática de ato ilícito.

Ao final, pugna pelo recebimento e conhecimento do presente recurso, com a reforma


da sentença nos termos expendidos.

Preparo regular visto no evento 38.

Em sede de contrarrazões, tanto primeira quanto o segundo apelantes (eventos 41 e


37, respectivamente), refutam os argumentos apresentados pela parte adversa e pugnam pela
reforma da sentença nos termos empreendidos em seus respectivos recursos.

É o relatório.

DECIDO.

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos recursos, deles conheço.

Outrossim, diante do preconizado pelo art. 932, do CPC, a questão autoriza julgamento
monocrático.

A sentença, julgou parcialmente procedente o pedido inicial, apenas para condenar o


banco réu ao pagamento de indenização por danos morais a autora, no valor de R$ 300,00
(trezentos reais), acrescidos de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir da data da
sentença, condenando-o ainda ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios,
estes fixados em 20 % (vinte por cento) sobre o valor da condenação.

A primeira recorrente, defende a existência de cancelamento da contratação de RMC


(Reserva de Margem Consignável), a restituição dos valores em razão do desconto indevido em
sua folha de pagamento, assim como a majoração dos danos morais fixados.

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
Por outro lado, o banco segundo apelante alega, em apertada síntese, que as regras
consumeristas foram atendidas, mormente porque a apelada, no momento da contratação, teve
plena ciência de que estava celebrando contrato de cartão de crédito com todos os seus
consectários, não havendo, desta forma, descumprimento contratual, e, por conseguinte, a
condenação em dano moral.

Preambularmente, destaca-se que as questões apresentadas serão analisadas em


consonância com a Lei Consumerista, isso porque caracteriza-se, no caso, relação de consumo
(arts. 2º e 3º).

Acrescente-se, ainda, a incidência do enunciado da Súmula 297 do Superior Tribunal


de Justiça - “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável as instituições financeiras.”.

Ao mérito recursal.

O Código de Defesa do Consumidor ao tratar dos direitos básicos do consumidor e da


proteção contratual, preconiza:

“ Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

(…)

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com


especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e
preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

(…)

Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os


consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a
compreensão de seu sentido e alcance.

Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao


consumidor.

(…)

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que: (…)

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o


consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;”

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
Verifica-se dos autos que as partes em fevereiro de 2017 firmaram/assinaram a “
Termo de Adesão Cartão de Crédito Consignado Banco BMG”, que, segundo a autora, acreditou
contratar um empréstimo consignado com desconto diretamente seu no benefício previdenciário
no valor de R$ 46,85 (quarenta e seis reais e oitenta e cinco centavos).

Pois bem.

Analisando o termo de adesão apresentado pelo banco recorrente, percebe-se que ele
em momento algum permitiu que a recorrida/requerente compreendesse, claramente, que em
vez de entabular um contrato de empréstimo consignado, estava, na realidade, celebrando
um contrato de cartão de crédito com direito a desconto de parcela mínima.

Diferente do que afirma o segundo recorrente, as informações contidas na proposta, na


verdade, ausência delas, não permitem entendimento contrário, mormente considerando que
o ajuste prévio combina dois tipos de operações distintas, dificultando, sobremaneira, a
identificação dos serviços contratados.

E essa indução é revelada quando se percebe que a remessa do cartão somente seria
possível após a averbação da margem consignável em favor do banco, momento em que
seria liberado o valor fixo ao consumidor, mediante TED/DOC, o que evidencia não se tratar
de genuína operação de cartão de crédito, até porque, se assim o fosse, após esgotado o
limite concedido ao cliente, ele seria restabelecido na proporção/medida em que ocorresse os
pagamentos dos débitos contraídos.

Logo, evidente a abusividade do banco que contrata com o consumidor cartão de


crédito consignado com desconto em benefício previdenciário sem, contudo, lhe dar essa
informação de forma clara.

Sobre o tema, o Tribunal de Justiça editou a Súmula 63:

“Os empréstimos concedidos na modalidade “Cartão de Crédito Consignado” são


revestidos de abusividade, em ofensa ao CDC, por tornarem a dívida impagável em virtude do
refinanciamento mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima devendo receber o tratamento de
crédito pessoal consignado, com taxa de juros que represente a média do mercado de tais
operações, ensejando o abatimento no valor devido, declaração de quitação do contrato ou a
necessidade de devolução do excedente, de forma simples ou em dobro, podendo haver
condenação em reparação por danos morais, conforme o caso concreto.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
Nesse sentido, já se pronunciou esta 1ª Câmara Cível:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANO


MORAL. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. ABUSIVIDADE E ONEROSIDADE EXCESSIVAS DEMONSTRADAS.
DESNATURAÇÃO DESSE TIPO DE CONTRATO PARA EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM
FOLHA DE PAGAMENTO. JUROS REMUNERATÓRIOS. REPETIÇÃO NA FORMA SIMPLES.
DANO EXTRAPATRIMONIAL NÃO CONFIGURADO. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. I. Os contratos firmados entre consumidores e fornecedores devem
observar os princípios da informação e da transparência, nos termos dos artigos 4º e 6º do Código
de Defesa do Consumidor. II. O cartão de crédito consignado em folha de pagamento é modalidade
de contrato bancário com prestações sem número ou prazo determinado, com desconto apenas do
mínimo do valor da fatura mensal efetuado direto da folha de pagamento da autora/servidora pública,
fazendo o banco réu, em seguida um refinanciamento do restante do valor total devido. III. Ao
consumidor, no momento da contratação, não foi dada ciência da real natureza do negócio,
modalidade contratual que combina duas operações distintas, o empréstimo consignado e o
cartão de crédito, motivo pelo qual deve ser convertido o pacto para a modalidade crédito
pessoal consignado, no intuito de restabelecer o equilíbrio entre as partes contratantes. IV”1
Grifei.

Sendo assim, restou evidente que o banco segundo apelante deixou de observar as
normas consumeristas, particularmente a relativas aos direitos de transparência e informação
conferidos ao consumidor, garantindo-lhe, nas relações consumeristas, o direito de obter,
previamente, informações claras, transparentes e adequadas sobre produtos e serviços
contratados, o que, repita-se, não se deu no caso.

Felipe Peixoto Braga Neto, in Manual de Direito do Consumidor, sobre o assunto


registra:

“2. DA TRANSPARÊNCIA

O dever de agir com transparência permeia o CDC. A Política Nacional das Relações
de Consumo busca, dentre outros objetivos, assegurar a transparência nestas relações (art. 4º).
Conduta transparente é conduta não ardilosa, conduta que não esconde, atrás dos atores do
consumo, impondo às partes o dever de lealdade recíproca, a se concretizada antes, durante
e depois da relação contratual.

(...)

3. INFORMAÇÃO

A informação é fundamental no sistema de consumo. O princípio da informação biparte-


se em núcleo normativo dúplice: a) direito de ser informado e b) dever de informar. Na verdade,
toda a norma jurídica, ao incidir, cria relação jurídica em que se um dos polos da relação tem

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
direitos subjetivos, no outro alguém terá os correlatos deveres. Informação falha ou defeituosa
gera responsabilidade. (…). É dever do fornecedor fazer chegar ao consumidor, de forma simples
e acessível, as informações relevantes relativas ao produto ou serviço.(…)

DA PROTEÇÃO CONTRATUAL

(…)

3. NECESSIDADE DE PRÉVIO CONHECIMENTO DO CONTEÚDO CONTRATUAL


PELO CONSUMIDOR

(…)

Estabelece o art. 46: “Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão
os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de
seu sentido e alcance”.

Trata-se, bem compreendido, de uma silenciosa revolução relativamente à lógica


contratual clássica. Não basta, atualmente, que o contrato tenha sido assinado pelas partes,
mesmo que tal assinatura tenha se dado livremente, sem vícios ou coações de qualquer
ordem.

Isso não será suficiente. Para que tenhamos um contrato de consumo válido, será
preciso, ainda, que tenha havido real conhecimento prévio do seu conteúdo por parte do
consumidor. Sem esse conhecimento prévio e efetivo, os contratos de consumo “não
2
obrigarão os consumidores.”” Grifei.

Eis excerto desta Corte sobre o tema:

“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL C/C ANULAÇÃO DE


CLÁUSULAS. (…). CDC. ACESSO À INFORMAÇÃO CONTRATUAL. (...). 1. É possível a revisão
de contrato de fornecimento de cartão de crédito e consignação de empréstimo, ainda que não
questionado no momento da sua celebração, notadamente quando os encargos contratados sequer
foram informados no pacto. 2. Nos termos do art. 6º, inc. III, do Código de Defesa do
Consumidor, é direito básico do consumidor ter acesso, previamente, à contratação, às
informações corretas sobre quantidade, características, especificidades, composição,
qualidade, preço, bem como sobre os riscos dos produtos e serviços (princípios da
informação e transparência). Trata-se de direito do consumidor a proteção contra a
publicidade enganosa, métodos comerciais coercitivos ou desleais, práticas abusivas.
Omissis.”3 Grifei.

Dessa forma, acertada a sentença, ainda que não exposto na parte dispositiva, ao
reconhecer a abusividade da cláusula que permite a dedução automática (e compulsória) na
aposentadoria da contratante, a título de pagamento mínimo da fatura de cartão de crédito. Nas
palavras do julgador originário:

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
“(…) Ocorre que neste contrato não há informações sobre a quantidade de parcelas,
nem o cálculo dos pagamentos a serem feitos. Existem apenas cláusulas gerais sobre o desconto
a ser efetuado direto no benefício previdenciário da parte autora.

Nesse cenário, infere-se que o valor da parcela descontada praticamente não leva à
amortização do contrato, tornando a dívida impagável, já que não consta na ficha cadastral do
contrato o número certo de prestações, nem a data final para o pagamento.

Assim, resta incontroversa a abusividade e lesividade praticada pela instituição


financeira, com o ganho de lucro excessivo em detrimento do consumidor, notadamente pelo fato
de que esse tipo de contrato lesa o consumidor, fazendo com que a dívida não tenha fim.

Fica clara nos autos a falta de transparência e de informação, princípios previstos nos
arts. 4º e 6º do Código de Defesa do Consumidor, por parte do requerido, quando da celebração
do contrato objeto dos autos, com o intuito de obter maior lucro com a negociação.”

Por sua vez, em relação a repetição de indébito (CDC, parágrafo único do art. 42)
objeto do primeiro apelo, a jurisprudência do STJ está consolidada no sentido de admiti-la, em
regra, na forma simples, somente permitindo em dobro quando comprovada a má-fé. Veja-se:

“(…).RESTITUIÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE


MÁ-FÉ NA COBRANÇA. (…). 2. A jurisprudência das Turmas que compõem a Segunda Seção
do STJ é firme no sentido de que a repetição em dobro do indébito, prevista no art. 42,
parágrafo único, do CDC, pressupõe a existência de pagamento indevido e a má-fé do credor.
Omissis.”4 Grifei.

No caso, tem-se que merece reforma a sentença neste ponto, devendo a restituição do
valor indevidamente pago pela primeira apelante se dar na forma simples, pois embora
desabonadora a conduta da instituição financeira, não restou demonstrado, de maneira cabal e
indubitável, a sua má-fé.

Ao exame, agora, dano moral, objeto de ambos os recursos.

O dano moral caracteriza-se pela ofensa aos direitos da personalidade, atingindo


valores internos/anímicos da pessoa, v.g., a intimidade, a vida privada, a honra, etc.

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
Yussef Said Cahali, in Dano Moral, diz:

“Na realidade, multifacetário o ser anímico, tudo aquilo que molesta gravemente a alma
humana, ferindo-lhe gravemente os valores fundamentais inerentes à sua personalidade ou
reconhecidos pela sociedade em que está integrado, qualifica-se, em linha de princípio, como
5
dano moral;(...)” Grifei.

Cristiano Chaves de Faria e Nelson Rosenvald, in Direito Civil, abordando o tema


registram:

“Os direitos da personalidade são tendentes a assegurar a integral proteção da pessoa


humana, considerada em seus múltiplos aspectos (corpo, alma e intelecto). Logo, a classificação dos
direitos da personalidade tem de corresponder à projeção da tutela jurídica em todas as searas em
que atua o homem, considerados os seus múltiplos aspectos biopsicológicos. Assim, a classificação
deve ter em conta os aspectos fundamentais da personalidade que são: a integridade física (direito à
vida, direito ao corpo, direito à saúde ou inteireza corporal, direito ao cadáver...), a integridade
intelectual (direito à autoria científica ou literária, à liberdade religiosa e de expressão, dentre outras
manifestações do intelecto) e a integridade moral ou psíquica (direito à privacidade, ao nome, à
imagem, etc.).”6

Rui Stoco, in Tratado de Responsabilidade Civil, com maestria destaca a conotação


repressora da indenização:

“Segundo o nosso entendimento a indenização da dor moral há de busca duplo objetivo:


Condenar o agente causador do dano ao pagamento de certa importância em dinheiro, de modo a
puni-lo, desestimulando-o da prática futura de atos semelhantes, e, com relação à vítima, compensá-
la com uma importância mais ou menos aleatória, pela perda que se mostra irreparável, pela dor e
humilhação impostas. … É que a sanção pecuniária deve estar informada dos princípios que a
regem e que visam a prevenção e a repressão.”7

No contexto, é bem verdade que existiu aborrecimento na contratação, contudo, dito


abalo não foi suficiente para gerar violação ao direito da personalidade e autorizar a
compensação moral.

Acerca do assunto julgado desta 1ª Câmara Cível:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
DANOS MORAIS C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL. CARTÃO
DE CRÉDITO CONSIGNADO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
PRINCÍPIOS DA TRANSPARÊNCIA E INFORMAÇÃO. VIOLAÇÃO. DESCONTO DO MÍNIMO DA
FATURA. REFINANCIAMENTO MENSAL DO DÉBITO. ABUSIVIDADE. (…). INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL INDEVIDA. (…). 9. Quanto à indenização por dano moral, haja vista se tratar de
empréstimo na modalidade cartão de crédito consignado em folha de pagamento, o abalo
subjetivo sofrido pela recorrente não ultrapassa o mero dissabor, o qual não pode ser
confundido com o dano moral e, por isto, não dá ensejo à compensação pecuniária. Omissis.”8
Grifei.

Assim, neste capítulo, merece mais uma vez reforma a sentença que condenou o banco
apelado na compensação moral.

Ante ao exposto, dou parcial provimento ao apelo interposto por Ivonete Rosa,
para declarar a abusividade da cláusula de Reserva de Margem Consignável (RMC) no contrato
de cartão de crédito entabulado entre as partes, e determinar a exclusão dos referidos descontos,
bem como a restituição de forma simples dos valores descontados. Lado outro, dou parcial
provimento ao apelo aviado pelo Banco BMG S/A, apenas para excluir a condenação em
danos morais estabelecida pela sentença.

Face a reforma empreendida, necessária a redistribuição dos ônus processuais,


restando condenadas ambas as partes ao pagamento custas processuais e honorários
advocatícios, mantendo-se o percentual de 20% sobre o valor da condenação anteriormente
fixado, no termos do art. 85, §2º, do CPC, na proporção de 70% ao banco requerido e 30% para a
requerente, observadas as disposições do artigo 98, §3º do CPC com relação a primeira
apelante Ivonete Rosa.

Intimem-se.

Goiânia, 14 de fevereiro de 2020.

DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

RELATOR

32

1. APC. 0119854-70.2016.8.09.0011, Rel. Amélia Martins de Araújo, 1ª Câmara Cível, DJe de 18/10/2018.

2. Ob. cit., Juspodivm, 9ª ed., pp. 52/53 e 322.

3. APC. 424073-09.2014.8.09.0113, Rel. Des. Kisleu Dias Maciel Filho, 4ª Câmara Cível, DJe 2086 de 10/08/2016.

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NR.PROCESSO: 5269252.90.2019.8.09.0143
4. AgInt no AREsp 1164061/PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3ª Turma, DJe 26/04/2018.

5. Ob. cit. RT. 2ª ed. p. 20.

6. Ob. cit., 7ª ed., Lumen Juris.

7. Ob. cit. RT. 5ª ed. p. 1.376.

8. APC. 5163275-02.2016.8.09.0051, Rel. Maria das Graças Carneiro Requi, DJe de 26/07/2018.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


20/02/2020 14:00:12

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5472572.11.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CLAYTON CÉSAR DA SILVA
POLO PASSIVO : OI MOVEL S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLAYTON CÉSAR DA SILVA


ADVG. PARTE : 20105 GO - CLAYTON CESAR DA SILVA

PARTE INTIMADA : CLAYTON CESAR DA SILVA


ADVG. PARTE : 20105 GO - CLAYTON CESAR DA SILVA

PARTE INTIMADA : OI MOVEL S/A


ADVG. PARTE : 11361 GO - SCHEILLA DE ALMEIDA MORTOZA N. RODRIGUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5472572.11.2019.8.09.0000
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça de Goiás
Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº


5472572.11.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
EMBARGANTE : CLAYTON CÉSAR DA SILVA
EMBARGADO : OI MÓVEL S/A
RELATOR : JUIZ ROBERTO HORÁCIO REZENDE

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS ESPECIFICADOS
NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC. Não ocorrendo os
vícios elencados no artigo 1.022, do Código de Processo
Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão
somente rediscutir matéria já examinada e decidida,
conforme precedentes deste Tribunal. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.

DECISÃO MONOCRÁTICA

CLAYTON CÉSAR DA SILVA opõe EMBARGOS DE DECLARAÇÃO em


face da Decisão Monocrática de mov. nº 19 que deixou de conhecer ao recurso de
Agravo de Instrumento aviado em face da decisão proferida pelo juízo a quo nos autos
da Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Dano Moral
promovida em desfavor de OI MÓVEL S/A.

Em sua petição de razões, após breve escólio dos fatos, a parte embargante
aduz que a decisão monocrática é omissa, porquanto deixou de manifestar quanto à
multa aplicada em razão da interposição de recurso aclaratório no juízo primevo.

Além disso, aponta também omissão no trato da matéria acerca da ordem

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NR.PROCESSO: 5472572.11.2019.8.09.0000
judicial dirigida à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Jussara/GO e ao
SPC/SERASA, relativa à exibição do histórico de inscrições de seu nome nos
cadastros de proteção ao crédito, para fins de aplicação da Súmula 385 do STJ.

Nestes termos, requer o recebimento e acolhimento dos embargos


declaratórios, a fim de que sejam sanados os vícios apontados.

É, em síntese, o relatório.

Decido.

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Em proêmio, deve-se consignar o cabimento do julgamento monocrático do


presente embargos de declaração, nos termos do artigo 1.024, §2º do Código de
Processo Civil.

Em que pese a argumentação lançada pelo recorrente, depreende-se que os


embargos em apreciação foram promovidos com o intuito de rediscutir a decisão
fustigada.

Com efeito, os embargos declaratórios encontram limites nas diretrizes


estabelecidas no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, cabíveis nas hipóteses de
decisão, sentença ou acórdão maculados por obscuridade, contradição ou omissão, e
ainda, na correção de erro material.

Daí se afirmar que, em sede de embargos de declaração, o julgador não


profere nova decisão, reapreciando ou rediscutindo o tema objeto do julgado,
mas apenas aclara a anterior, somente naquilo que estiver contraditória, obscura ou
omissa.

Na espécie, os argumentos lançados no presente recurso não subsistem


porque, tão somente, materializam inconformismo com o julgado, visando a
rediscussão do tema tratado, situação que, conforme dito, não dá ensejo à oposição
de embargos de declaração.

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NR.PROCESSO: 5472572.11.2019.8.09.0000
Isto porque restou cristalino da decisão proferida que as matérias relativas à
multa aplicada em razão da interposição de recurso aclaratório no juízo primevo e,
também, acerca da ordem judicial dirigida à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de
Jussara/GO e ao SPC/SERASA, relativa à exibição do histórico de inscrições de seu
nome nos cadastros de proteção ao crédito, para fins de aplicação da Súmula 385 do
STJ, não são passíveis de serem conhecidas no âmbito do recurso de agravo de
instrumento, por não se amoldarem à hipótese de cabimento do artigo 1.015, inciso I,
do Código de Processo Civil.

Os referidos temas restaram, assim, consignados no julgado objurgado:

Verifico, de plano, que os dois últimos pontos deduzidos em


cotejo – quais sejam, a impugnação relativa à iniciativa probatória
do juízo da instrução e o requerimento de decote da multa
cominada aos embargos de declaração julgados manifestamente
protelatórios – não se amoldam à hipótese de cabimento do artigo
1.015, I, do Código de Processo Civil (i.e. decisão interlocutória
sobre tutela de urgência), nem tampouco a qualquer das demais
situações positivadas nos demais incisos daquele mesmo artigo.

Extraio inaplicável, ademais, o entendimento jurisprudencial do


Superior Tribunal de Justiça, abalizador da taxatividade
mitigada das hipóteses de cabimento do rol do artigo 1.015 do
Código de Processo Civil (REsp nº 1704520/MT), na medida em
que não demonstrada a inutilidade do julgamento das questões
elencadas em sede de recurso de Apelação Cível.

[…]

Assim, por verificar que os pontos escrutinados não exsurgem


contemplados nas hipóteses taxativas do artigo 1.015 do Código
de Processo Civil, e, também, que não se colocam ao alcance da
interpretação analógica ou mitigada da norma, não vislumbro sua
cognoscibilidade no âmbito do presente recurso.

[…]

Assim, não vislumbrando, portanto, a materialização de nenhum vício a que


se refere o artigo 1.022 do Código de Processo Civil, máxime porque a celeuma restou
bem esclarecida no ato judicial embargado, a rejeição do presente recurso é medida
que se impõe.

Por oportuno, veja-se a Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e deste


Egrégio Tribunal:

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NR.PROCESSO: 5472572.11.2019.8.09.0000
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AUSÊNCIA DE QUALQUER DOS VÍCIOS ELENCADOS NO
ART. 1.022 DO CPC/2015. MERO INCONFORMISMO.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. 1. Os embargos
de declaração somente são cabíveis quando houver na decisão
obscuridade, contradição, omissão ou erro material, consoante
dispõe o art. 1.022 do CPC/2015. […] 3. No caso concreto, não se
constata o vício alegado pela embargante, que busca discutir o
mérito do recurso especial, o que é incabível nos embargos
declaratórios. 4. Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no
AgInt no AREsp 1544565/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS
FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 17/12/2019, DJe
19/12/2019)

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE


SEGURANÇA. ADESÃO AO SISTEMA DE PARCELAMENTO
ESTABELECIDO NA LEI N. 12.996/2014. AGRAVO INTERNO.
ALEGAÇÕES DE VÍCIOS NO ACÓRDÃO. INEXISTENTES. […] II
- Opostos embargos de declaração, aponta a parte embargante
vícios no acórdão embargado. Não há vício no acórdão. A matéria
foi devidamente tratada com clareza e sem contradições. III -
Embargos de declaração não se prestam ao reexame de
questões já analisadas, com o nítido intuito de promover efeitos
modificativos ao recurso, quando a decisão apreciou as teses
relevantes para o deslinde do caso e fundamentou sua conclusão.
[…] VI - Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no AgInt no
REsp 1782440/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/12/2019, DJe 19/12/2019)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE
IMPORTÂNCIAS PAGAS E DANOS MORAIS. ATRASO NA
ENTREGA DA INFRAESTRUTURA DO LOTEAMENTO. DANOS
MORAIS DEVIDOS. AUSÊNCIA DE VÍCIOS. 1. Os embargos de
declaração são uma espécie de recurso integrativo e elucidativo,
voltado para sanar eventual omissão, obscuridade ou contradição
existente nas decisões judiciais, conforme depreende-se do art.
1.022 e incisos, do Código de Processo Civil. 2. Comprovado o
inadimplemento da promitente vendedora, que não entregou o
loteamento com a infraestrutura prometida no prazo contratado, é
devida a reparação civil. 3. O julgador não está obrigado a
enfrentar todas as questões trazidas pelas partes, sendo
suficiente que indique as razões que motivaram sua decisão, o
que restou realizado nos autos. 4. Ausentes no decisum

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NR.PROCESSO: 5472572.11.2019.8.09.0000
embargado quaisquer dos vícios elencados no art. 1.022,
CPC/15, devem ser rejeitados os aclaratórios, posto que não se
prezam para a rediscussão da matéria já julgada no recurso. 5.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS. (TJGO, Apelação (CPC) 5337023-
40.2018.8.09.0137, Rel. GUILHERME GUTEMBERG ISAC
PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em 30/01/2020, DJe de
30/01/2020)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE


SEGURANÇA. OMISSÃO INEXISTENTE. Os embargos
declaratórios objetivam, exclusivamente, rever decisões que
apresentam falhas ou vícios, como obscuridade, contradição,
omissão ou erro material, a fim de garantir a harmonia lógica, a
inteireza e a clareza da decisão embargada, não sendo meio
hábil ao reexame da causa. ACLARATÓRIOS CONHECIDOS E
REJEITADOS. (TJGO, Mandado de Segurança (CF; Lei
12016/2009) 5117944-48.2019.8.09.0000, Rel. FAUSTO
MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara Cível, julgado em 30/01/2020, DJe
de 30/01/2020)

Feitas essas exortações, configurado que o ato judicial hostilizado não se


ressente de omissão, contradição, obscuridade ou erro material, é medida que se
impõe desacolher o recurso de aclareamento sub examine.

Pelo exposto, rejeito os embargos de declaração, mantendo incólume o


decisum.

É como decido.

Intimem-se. Cientifique-se o juízo de origem.

Não havendo recurso, arquivem-se os autos.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
Datado e assinado conforme Resolução nº 59/2016

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


20/02/2020 14:24:58

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5068152.91.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : TAISE RODRIGUES DOS SANTOS GONÇALVES
POLO PASSIVO : ESTADO GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : TAISE RODRIGUES DOS SANTOS GONÇALVES


ADVG. PARTE : 38200 GO - LAIS BRINGEL DE ARAUJO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5068152.91.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5068152.91.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE : TAISE RODRIGUES DOS SANTOS GONÇALVES

AGRAVADO : ESTADO DE GOIÁS

RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA.


REQUERIMENTO DE CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA. INDEFERIMENTO DE PLANO. NECESSIDADE DE
CONCESSÃO DE PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE
DOCUMENTOS. I. Nos termos do art. 5º, inc. LXXIV, da Constituição
Federal e da Súmula nº 25, do TJGO, faz jus à gratuidade da justiça a
pessoa, natural ou jurídica, que comprovar sua impossibilidade de
arcar com os encargos processuais. II. A ausência de fundamentação
da decisão proferida pelo magistrado singular autoriza a corte revisora
a reconhecer sua nulidade, de ofício, ante a manifesta violação ao
princípio constitucional da motivação judicial (art. 93, IX, da CF/88). III.
Caso o Magistrado entenda que inexistem indícios a ensejar o
deferimento do pleito de assistência judiciária, deve determinar a
prévia intimação da parte para que comprove de forma efetiva a
necessidade de ser beneficiado com a justiça gratuita. IV. No caso, o
juiz singular indeferiu de plano o pedido para concessão da gratuidade
da justiça formulado pela autora/agravante, de modo que deve ser
cassada a decisão combatida, a fim de determinar a intimação da
requerente para comprovar que faz jus ao referido beneplácito.
DECISÃO CASSADA DE OFÍCIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PREJUDICADO, NOS TERMOS DO ARTIGO 932, INCISO III, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5068152.91.2020.8.09.0000
TAISE RODRIGUES DOS SANTOS GONÇALVES, inconformada com a decisão
proferida pela Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Goiânia, Dra.
Zilmene Gomide da Silva Manzolli, nos autos da Ação de Cobrança ajuizada em face do
ESTADO DE GOIÁS, interpõe recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com requerimento de
atribuição de efeito suspensivo.

Colhe-se dos autos que a insurgência recursal cinge-se à reforma da decisão


interlocutória que indeferiu os benefícios da gratuidade da justiça à autora, ora agravante, nos
seguintes termos:

In verbis:

“Indefiro o benefício da assistência judiciária tendo em vista a


possibilidade de parcelamento das despesas processuais,
conforme artigo 98, §6º do CPC.

Intime-se a parte autora para, no prazo de 10 (dez) dias,


procederem ao recolhimento da guia de custas iniciais, ou se for o
caso, requererem o parcelamento destas, sob pena de
cancelamento da distribuição. […] (evento nº 04, processo nº
5012271.73.2020.8.09.0051)”

Aduz a agravante que pleiteou a concessão da gratuidade da justiça na origem por não
ter condições financeiras para arcar com o pagamento das custas processuais no valor de R$
2.291,16 (dois mil duzentos e noventa e um reais e dezesseis centavos), sem, contudo,
comprometer o próprio sustento.

Alega que desde o ano de 2016 não recebe nenhum valor do agravado e que, em razão
disso, não possui meios para antecipar as despesas processuais, mormente as custas iniciais.

Alterca que para a concessão de gratuidade da justiça não se exige a comprovação do


estado de miserabilidade da parte, mas sim da falta de recursos imediatos para pagar as
despesas processuais.

Desta feita, sustenta que o indeferimento da benesse configura verdadeiro cerceamento


do direito de acesso à justiça.

Afirma que a decisão não possui embasamento jurídico e amparo legal.

Com estes argumentos, requer a atribuição liminar de efeito suspensivo ao presente


agravo de instrumento, e ao final, o provimento do recurso interposto, para reformar a decisão
impugnada e, por conseguinte, lhe ser outorgada a fruição do benefício da assistência judiciária
gratuita.

Preparo dispensado, em razão do tema recursal.

É, em síntese, o relatório. Passo à decisão.

Em proêmio, deve-se consignar o cabimento do julgamento monocrático do Agravo de


Instrumento, porquanto se encontra delineada na hipótese uma das situações previstas no artigo
932, inciso III, do Código de Processo Civil.

No presente caso, a demanda versa sobre a decisão que indeferiu o benefício da


assistência judiciária gratuita.

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NR.PROCESSO: 5068152.91.2020.8.09.0000
A esse respeito, tem-se que, nos termos do art. 5º, inc. LXXIV, da Constituição Federal
e da Súmula nº 25, do TJGO, faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que
comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.

Dito isso, se faz necessária a análise acerca da regularidade formal da decisão


objurgada, considerado o viés das regras do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal e artigo
11 do Código de Processo Civil.

Em relação à questão introduzida, impende asseverar que a fundamentação exigida por


lei é aquela por meio do qual o magistrado mostra as razões que o levaram a decidir, implicando
na obrigatoriedade de dar um pronunciamento pormenorizado acerca do conteúdo do seu
julgamento para aquele que postulou a tutela jurisdicional.

Insta dizer que a jurisprudência emanada dos Tribunais Superiores, tem insistido na
importância do princípio da essencialidade e da motivação das decisões judiciais, conforme
apregoa o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, aspecto esse que se insere na garantia do
devido processo legal.

A inobservância desta regra, por ferir direito cogente de relevância pública, tem
natureza de nulidade absoluta, cognoscível, inclusive, de ofício, em qualquer tempo e grau de
jurisdição, pouco importando se as partes não tenham manifestado ou reclamado oportunamente
a respeito de tal matéria.

Feitas tais digressões e, volvendo a análise para a hipótese dos autos, colho que o
juízo de piso omitiu-se quanto a análise dos elementos de prova coligidos pela parte autora, uma
vez que, restringiu-se a aduzir que a possibilidade de parcelamento das despesas processuais é
suficiente para o indeferimento do benefício da gratuidade da justiça.

Impende-me asseverar sobre o ponto que, nos moldes do que preconiza a regra
extratada do § 2º do artigo 99 do Código de Processo Civil, o juiz somente poderá indeferir o
pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a
concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressuposto.

Nesse contexto, exsurge que, caso o magistrado entenda que há indícios que amparam
o indeferimento do pleito de assistência judiciária gratuita, lhe incumbirá, preambularmente à
prolação de decisão sobre o tema, determinar a prévia intimação da parte suscitante para que,
em prazo hábil, mediante a juntada de documentos bastantes, comprove de forma efetiva a
necessidade de obtenção do aludido beneplácito.

Perfilhando este entendimento, colhem-se os precedentes deste Sodalício:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CONHECIMENTO.


JUSTIÇA GRATUITA. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DA
PARTE PARA COMPROVAR SUA CONDIÇÃO FINANCEIRA.
ARTIGO 99, §2º, CPC. ERROR IN PROCEDENDO. 1. Caso o
magistrado entenda que há indícios a ensejar o
indeferimento do pleito de assistência judiciária, deverá
determinar a prévia intimação da parte para que comprove de
forma efetiva a necessidade de ser beneficiado com a justiça
gratuita. 2. No caso, o juiz singular indeferiu de plano o pedido de
concessão das benesses da gratuidade da justiça formulado pela
requerente/agravante, de modo que deve ser cassada a decisão

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NR.PROCESSO: 5068152.91.2020.8.09.0000
combatida, a fim de determinar a intimação da autora para
comprovar que faz jus ao referido benefício. RECURSO
CONHECIDO E DECISÃO CASSADA DE OFÍCIO (TJGO, Agravo
de Instrumento 5112747-49.2018.8.09.0000, Rel. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 05/04/2018,
DJe de 05/04/2018. Negritei)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO


FAZER. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. I. Caso o magistrado
entenda que há indícios a ensejar o indeferimento do pleito
de assistência judiciária, deverá determinar a prévia
intimação da parte para que comprove de forma efetiva a
necessidade de ser beneficiado com a justiça gratuita. II. No
caso, o juiz singular indeferiu de plano o pedido de concessão
das benesses da gratuidade da justiça formulado pelo
requerente/agravante, de modo que deve ser cassada a decisão
combatida, a fim de determinar a intimação do autor para
comprovar que faz jus ao referido benefício. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO (TJGO, Agravo de
Instrumento 5235999-26.2017.8.09.0000, Rel. CARLOS
ROBERTO FAVARO, 1ª Câmara Cível, julgado em 02/02/2018,
DJe de 02/02/2018. Negritei)

Avultando na hipótese que, em violação à regra processual em espeque, não foi


adotado na hipótese o procedimento evidenciado e, outrossim, que o ato judicial posteriormente
materializado pelo juízo ressente-se da fundamentação esperada de uma decisão de
indeferimento, não vislumbro alternativa à sua anulação, restando prejudicada na hipótese a
análise do recurso de Agravo de Instrumento interposto.

A propósito:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO.


NULIDADE DA SENTENÇA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. CASSAÇÃO. Constatada a ausência de
fundamentação da sentença recorrida, esta deve ser cassada
por infringência aos artigos 93, IX, da Constituição Federal e
11 do Código de Processo Civil, que determinam que todas
as decisões devem ser fundamentadas, sob pena de
nulidade. APELAÇÃO PREJUDICADA. SENTENÇA CASSADA
DE OFÍCIO (TJGO, Apelação 0308502-45.2015.8.09.0051, Rel.
AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em
05/04/2018, DJe de 05/04/2018. Negritei)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO.


DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. NULIDADE DO ATO JUDICIAL
FUSTIGADO. A ausência de fundamentação de decisão
proferida pelo magistrado singular autoriza a corte revisora a
reconhecer sua nulidade ante a manifesta violação ao
princípio constitucional da motivação judicial (art. 93, IX, da
CF/88). Orientação jurisprudencial e doutrinária. Precedentes
deste Tribunal. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
PROVIDO. DECISÃO CASSADA. (TJGO, AGRAVO DE

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NR.PROCESSO: 5068152.91.2020.8.09.0000
INSTRUMENTO 161714-84.2016.8.09.0000, Rel. DR(A). JOSE
CARLOS DE OLIVEIRA, 4A CAMARA CIVEL, julgado em
02/02/2017, DJe 2208 de 10/02/2017. Negritei).

Por essas razões, hei por bem cassar a decisão sub examine, ante o prefalado error in
procedendo, a fim de que outra seja proferida, em observância às regras procedimentais.

Ante o exposto, de ofício, DECLARO NULA A DECISÃO OBJURGADA, determinando


que, preteritamente à apreciação do requerimento de concessão da assistência judiciária, no qual
deverá ser observada a devida fundamentação da parte autora, seja realizada a intimação da
agravante para a finalidade de comprovar o preenchimento dos requisitos para a obtenção do
beneplácito, nos termos do art. 99, §2º do CPC. Recurso de Agravo de Instrumento julgado
prejudicado, com fundamento na regra do artigo 932, inciso III, do CPC.

É como decido.

Intime-se.

Não havendo recurso, arquivem-se os presentes autos.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE

Juiz Substituto em Segundo Grau

RELATOR

(Datado e assinado conforme Resolução nº 59/2016)

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


20/02/2020 14:00:12

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5689761.18.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARGARETE SILVA TOLEDO
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARGARETE SILVA TOLEDO


ADVG. PARTE : 35340 GO - MARCELO SANTOS DE OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5689761.18.2019.8.09.0000
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça de Goiás
Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº


5689761.18.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
EMBARGANTE : MARGARETE SILVA TOLEDO
EMBARGADO : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
RELATOR : JUIZ ROBERTO HORÁCIO REZENDE

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. Não ocorrendo os vícios elencados no
artigo 1.022, do Código de Processo Civil, devem ser
rejeitados os embargos que visam tão somente rediscutir
matéria já examinada e decidida, conforme precedentes
deste Tribunal. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E REJEITADOS.

DECISÃO MONOCRÁTICA

MARGARETE SILVA TOLEDO opõe EMBARGOS DE DECLARAÇÃO em


face da decisão, constante à mov. nº 15, nos autos do recurso de AGRAVO DE
INSTRUMENTO que interpôs em face do MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.

Em sua petição de razões, a parte embargante aduz que a decisão proferida


incorreu em obscuridade, porquanto indeferiu a gratuidade da justiça sustentando que
os documentos apresentados não eram atuais, embora não houvesse nenhuma
determinação nos autos de juntada de documentos recentes.

Argumenta, neste ponto, que como não foi determinada, nem oportunizada, a

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NR.PROCESSO: 5689761.18.2019.8.09.0000
juntada de documentos “atuais”, apresentou-se os documentos da época do pedido da
gratuidade (indeferida).

Em outra direção, incita que o decisum também padece de omissão, visto que
não foi analisado e não houve manifestação quanto ao requerimento de inspeção
judicial in loco para averiguação da sua real situação econômica.

Face a isto, requer o provimento dos aclaratórios articulados para o propósito


de sanar o concitado vício.

É, em síntese, o relatório.

Decido.

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Em proêmio, deve-se consignar o cabimento do julgamento monocrático do


presente embargos de declaração, nos termos do artigo 1.024, §2º do Código de
Processo Civil.

Em que pese a argumentação lançada pelo recorrente, depreende-se que os


embargos em apreciação foram promovidos com o intuito de clarificar questões sob as
quais não padecem obscuridade e omissão.

Com efeito, os embargos declaratórios encontram limites nas diretrizes


estabelecidas no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, cabíveis nas hipóteses de
sentença ou acórdão maculados por obscuridade, contradição ou omissão, e ainda, na
correção de erro material.

É sabido que, em sede de embargos de declaração, o julgador não profere


nova decisão, reapreciando ou rediscutindo o tema objeto do julgado, mas apenas
aclara a anterior, somente naquilo que estiver contraditória, obscura ou omissa.

Ainda em linhas preliminares, necessário esclarecer que a obscuridade a que


se refere o artigo 1.022, I, do CPC, que deve ser sanada por meio de embargos de

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NR.PROCESSO: 5689761.18.2019.8.09.0000
declaração, é aquela que torna a decisão imprecisa, isso é, de difícil ou impossível
compreensão, comprometendo o entendimento da ideia exposta na decisão judicial.

Na espécie, a embargante sustenta que há obscuridade no decisum,


porquanto indeferiu a gratuidade da justiça sustentando que os documentos
apresentados não eram atuais, embora não houvesse nos autos em nenhum momento
a determinação de juntada de documentos atualizados.

Deflui, porém, da própria argumentação recursal que a decisão proferida não


carece de nenhum esclarecimento no que tange à obscuridade apontada pelo
embargante, porquanto, restou claramente compreendido que o indeferimento da
gratuidade da justiça decorreu da apresentação de documentos desatualizados, que
não demonstraram ao juízo a necessidade da recorrente gozar das benesses da
assistência judiciária.

Sobre o tema, calha dizer que a Súmula 25, desta Corte de Justiça, é clara
em apontar que faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que
comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais, de onde se
extrai, por decorrência lógica, que a comprovação de impossibilidade de custeio das
custas processuais deve ocorrer no momento em que o dispêndio financeiro é exigido.

Desta feita, como a parte embargante requereu a gratuidade da justiça em


sede recursal, tem-se, por conseguinte, que a comprovação de sua hipossuficiência
financeira deveria ser concomitante à interposição da insurgência, com documentos
contemporâneos a referida postulação, não bastando, desse modo, a mera reprodução
dos documentos que instruíram, em tempo pretérito, o mesmo pedido no juízo de
origem.

Em outro vértice, também não vislumbro nenhuma omissão no ato decisório


proferido no que concerne ao pleito de inspeção judicial in loco para averiguação da
condição financeira da parte recorrente, visto que o referido meio de prova é facultado
ao magistrado, não sendo-lhe, portanto, uma exigência, e somente se justifica quando
houver necessidade de o magistrado melhor avaliar ou esclarecer um fato
controvertido, ou seja, naquelas situações em que essa percepção não puder ser
obtida pelos outros meios de prova comumente admitidos no processo, o que não é o
caso presente, visto que dada oportunidade à parte recorrente esta quedou-se inerte
em apresentar documentos que fundamentasse, ainda que minimamente, seu pedido
de gratuidade da justiça.

A propósito.

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NR.PROCESSO: 5689761.18.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO MONITÓRIA EM FASE DE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PENHORA EM BEM DE
FAMÍLIA. ÔNUS DA PROVA. FATO CONSTITUTIVO DO
DIREITO DO DEVEDOR. INSPEÇÃO JUDICIAL. MEIO DE
PROVA IMPERTINENTE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
SUCUMBENCIAIS. […]2. A inspeção judicial é faculdade
conferida ao juiz, e não uma imposição legal, visto que o art. 481
do CPC, usando o tempo verbal "pode", sinalizou que tal meio de
prova não é imperativo, e sim opcional. […] AGRAVO
DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5326234-
73.2016.8.09.0000, Rel. CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª
Câmara Cível, julgado em 17/03/2017, DJe de 17/03/2017)

APELAÇÃO CÍVEL E AGRAVO RETIDO. AÇÃO


INDENIZATÓRIA. INSPEÇÃO JUDICIAL. FACULDADE DO
MAGISTRADO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INEXISTÊNCIA.
ACIDENTE EM ESTACIONAMENTO INTERNO DE
SUPERMERCADO. CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO.
ARTIGO 17 DO ESTATUTO CONSUMERISTA. VÍTIMA AFETA
PELA MÁ PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS OFERECIDOS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ARTIGO 14, CAPUT, DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. GALERIA PLUVIAL
DESCOBERTA. AUSÊNCIA DE SINALIZAÇÃO E BLOQUEIO DO
LOCAL. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. INOCORRÊNCIA.
DEVER DE INDENIZAR. DANOS MORAIS E ESTÉTICOS.
POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. SÚMULA 387 DO
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. QUANTUM
INDENIZATÓRIO PROPORCIONAL E RAZOÁVEL AO DANO
OCASIONADO. LUCROS CESSANTES. NECESSIDADE DE
PROVA DO EFETIVO PREJUÍZO. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DA RENDA. FIXAÇÃO COM BASE NO
SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DO EVENTO DANOSO.
1. Depreende-se da redação do artigo 440 e do inciso I do artigo
442, ambos do Código de Processo Civil, que o legislador
processual não obrigou o magistrado a realizar a inspeção
judicial, mas a facultou, conferindo-lhe um instrumento a mais
para a elucidação dos fatos, podendo dela se valer sempre que a
reputar necessária. Tudo dependerá da circunstância dos autos e
de seu grau de convencimento, à luz do que já foi produzido, de
sorte que poderá afastá-la, caso a repute desnecessária, uma vez
que o conjunto probatório seja suficiente para o deslinde da
causa, à medida que tem seu convencimento formado. […] 11.
AGRAVO RETIDO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.
(TJGO, APELACAO CIVEL 236650-63.2012.8.09.0051, Rel. DES.
ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4A CAMARA CIVEL, julgado em
29/01/2015, DJe 1721 de 04/02/2015)

Neste contexto, por não vislumbrar a materialização de qualquer vício a que

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NR.PROCESSO: 5689761.18.2019.8.09.0000
se refere o artigo 1.022 do Código de Processo Civil, a rejeição do presente recurso é
medida que se impõe.

Por oportuno, veja-se a Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e deste


Egrégio Tribunal:

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO


AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AUSÊNCIA DE QUALQUER DOS VÍCIOS ELENCADOS NO
ART. 1.022 DO CPC/2015. MERO INCONFORMISMO.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. 1. Os embargos
de declaração somente são cabíveis quando houver na decisão
obscuridade, contradição, omissão ou erro material, consoante
dispõe o art. 1.022 do CPC/2015. […] 3. No caso concreto, não se
constata o vício alegado pela embargante, que busca discutir o
mérito do recurso especial, o que é incabível nos embargos
declaratórios. 4. Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no
AgInt no AREsp 1544565/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS
FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 17/12/2019, DJe
19/12/2019)

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE


SEGURANÇA. ADESÃO AO SISTEMA DE PARCELAMENTO
ESTABELECIDO NA LEI N. 12.996/2014. AGRAVO INTERNO.
ALEGAÇÕES DE VÍCIOS NO ACÓRDÃO. INEXISTENTES. […] II
- Opostos embargos de declaração, aponta a parte embargante
vícios no acórdão embargado. Não há vício no acórdão. A matéria
foi devidamente tratada com clareza e sem contradições. III -
Embargos de declaração não se prestam ao reexame de
questões já analisadas, com o nítido intuito de promover efeitos
modificativos ao recurso, quando a decisão apreciou as teses
relevantes para o deslinde do caso e fundamentou sua conclusão.
[…] VI - Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no AgInt no
REsp 1782440/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/12/2019, DJe 19/12/2019)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE
IMPORTÂNCIAS PAGAS E DANOS MORAIS. ATRASO NA
ENTREGA DA INFRAESTRUTURA DO LOTEAMENTO. DANOS
MORAIS DEVIDOS. AUSÊNCIA DE VÍCIOS. 1. Os embargos de
declaração são uma espécie de recurso integrativo e elucidativo,
voltado para sanar eventual omissão, obscuridade ou contradição
existente nas decisões judiciais, conforme depreende-se do art.
1.022 e incisos, do Código de Processo Civil. 2. Comprovado o

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NR.PROCESSO: 5689761.18.2019.8.09.0000
inadimplemento da promitente vendedora, que não entregou o
loteamento com a infraestrutura prometida no prazo contratado, é
devida a reparação civil. 3. O julgador não está obrigado a
enfrentar todas as questões trazidas pelas partes, sendo
suficiente que indique as razões que motivaram sua decisão, o
que restou realizado nos autos. 4. Ausentes no decisum
embargado quaisquer dos vícios elencados no art. 1.022,
CPC/15, devem ser rejeitados os aclaratórios, posto que não se
prezam para a rediscussão da matéria já julgada no recurso. 5.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS. (TJGO, Apelação (CPC) 5337023-
40.2018.8.09.0137, Rel. GUILHERME GUTEMBERG ISAC
PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em 30/01/2020, DJe de
30/01/2020)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE


SEGURANÇA. OMISSÃO INEXISTENTE. Os embargos
declaratórios objetivam, exclusivamente, rever decisões que
apresentam falhas ou vícios, como obscuridade, contradição,
omissão ou erro material, a fim de garantir a harmonia lógica, a
inteireza e a clareza da decisão embargada, não sendo meio
hábil ao reexame da causa. ACLARATÓRIOS CONHECIDOS E
REJEITADOS. (TJGO, Mandado de Segurança (CF; Lei
12016/2009) 5117944-48.2019.8.09.0000, Rel. FAUSTO
MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara Cível, julgado em 30/01/2020, DJe
de 30/01/2020)

Feitas essas exortações, configurado que o ato judicial hostilizado não se


ressente de omissão, contradição, obscuridade ou erro material, é medida que se
impõe desacolher o recurso de aclareamento sub examine.

Pelo exposto, rejeito os embargos de declaração, mantendo incólume o


decisum.

É como decido.

Intimem-se. Cientifique-se o juízo de origem.

Não havendo recurso, arquivem-se os autos.

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NR.PROCESSO: 5689761.18.2019.8.09.0000
ROBERTO HORÁCIO REZENDE
Juiz Substituto em 2º Grau
RELATOR
Datado e assinado conforme Resolução nº 59/2016

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 14:40:50

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5072079.14.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : GOYÁ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AGUA MINERAL LTDA EPP
POLO PASSIVO : SUPERINTENDENTE DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DA SEFAZ/GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GOYÁ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AGUA MINERAL LTDA EPP


ADVG. PARTE : 29228 GO - TABAJARA FRANCISCO PÓVOA NETO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº


5072079.14.2017.8.09.0051 – MANDADO DE SEGURANÇA, da comarca de Goiânia,
em que figura como apelante GOYÁ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ÁGUA MINERAL
LTDA – EPP e como apelado SUPERINTENDENTE DA RECEITA DA SECRETARIA
DA FAZENDA DO ESTADO DE GOIÁS.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer da Apelação Cível e negar-lhe provimento, nos termos do voto do
Relator.
Votaram com o Relator a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em Segundo Grau
RELATOR
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5072079.14.2017.8.09.0051 – MANDADO DE


SEGURANÇA
COMARCA DE GOIÂNIA
APELANTE : GOYÁ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ÁGUA MINERAL LTDA
– EPP
APELADO : SUPERINTENDENTE DA RECEITA DA SECRETARIA DA
FAZENDA DO ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do apelo


interposto.

Consoante relatado, trata-se de Apelação Cível, interposta por GOYÁ


INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ÁGUA MINERAL LTDA - EPP, contra a sentença
proferida pelo MM. Juiz de Direito da 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual da
Comarca de Goiânia, Dr. Élcio Vicente da Silva, nos autos do Mandado de Segurança
impetrado por contra ato atribuído ao SUPERINTENDENTE DA RECEITA DA
SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE GOIÁS.

O magistrado singular denegou a segurança, sob o fundamento de que, no


momento da impetração do writ, havia transcorrido o prazo decadencial de 120 dias
entre a ciência do ato impugnado (notificação da constituição definitiva do crédito
tributário no PAT nº 4011601229301, ocorrida no dia 07/11/2016) e a propositura do
presente mandamus, no dia 14/03/2017.

Como se nota, o ponto nodal é analisar se o writ em comento possui caráter


preventivo ou repressivo, sendo que, caso se alcance a segunda conclusão, imiscuir-
se também se houve ou não o transcurso do prazo decadencial preconizado no art. 23
da Lei nº 12.016/09.

A Lei ordinária que rege o remédio manejado é inteligível no sentido de que o


Mandado de Segurança será concedido sempre que o titular de direito líquido e certo “
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade ...” (Lei nº
12.016/09, art. 1º, caput).

Nesse prisma conceitual, a ação mandamental pode ser manejada tanto para
reprimir ato ilegal ou abusivo já praticado pela autoridade coatora (mandamus
repressivo), quanto para prevenir contra ameaça concreta ou justo receio, ao largo de
meras conjecturas e de subjetivismos, que o indivíduo tenha de sofrer violação em sua
esfera jurídica, visando, assim, impedir que o ato ilegal ou abusivo da autoridade se
consume (mandamus preventivo).

Nesse particular, a apelante sustenta por meio da via recursal, de modo


diverso do que vinha defendendo na petição inicial e na manifestação anexada no

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
evento nº. 16, que o presente mandado de segurança tem caráter eminentemente
preventivo e que, portanto, prescinde da observância do prazo decadencial previsto no
artigo 23 da Lei 12.016/09.

Não obstante, extrai-se do subtrato probatório constante dos autos que o


mandamus sob análise possui, enquanto causa de pedir, justamente fatos
relacionados ao lançamento do crédito tributário, mormente, a constituição em
definitivo desse crédito.

Outrossim, observa-se que o pedido apresentado na petição inicial e


referendado no evento nº. 16, arquivo nº 01, não abre margem para dúvidas, pois a
impetrante afirma de maneira expressa que busca “tão somente a declaração de
nulidade do Auto de Infração ...”, note-se o trecho retirado do evento retromencionado:

“Desta forma, não existe a menor sombra de dúvidas de que o valor


que vem sendo exigido da impetrante e que deu azo à autuação
por ela sofrida, foi lançado ilegalmente com base em pauta fiscal
instituída pelo impetrado e declarada nula e ou inexigível.

[…]

… o objeto do presente writ, que nada mais é do que tão somente a


declaração de nulidade do Auto de Infração de nº 4011601229301,
conforme item “e” dos pedidos esposados na peça vestibular, e
em desabalo a Certidão Negativa de Débito, também requerido como
medida liminar, ou sucessivamente a Certidão Positiva com Efeito
Negativo (perigo da demora).” (grifei)

Dessa forma, tem-se que a impetrante/apelante não almejava, quando da


impetração do remédio constitucional, afastar ameaça ou justo receio advindo da
aplicação da norma tributária pela autoridade administrativa, mas sim anular o auto de
infração nº 4011601229301, bem como extirpar a cobrança do crédito apurado no
valor de R$ 2.018.461,95 (dois milhões, dezoito mil, quatrocentos e sessenta e um
reais e noventa e cinco centavos) decorrente de ICMS por substituição tributária
declarado e não pago.

Nesse sentido, vale conferir a ementa de caso semelhante analisado pelo


STJ:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO


RECURSO ESPECIAL. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE.
SUPOSTA OFENSA AO ARTIGO 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA DE

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
VÍCIO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. ICMS. MANDADO DE
SEGURANÇA. IMPUGNAÇÃO DO AUTO DE INFRAÇÃO. CARÁTER
REPRESSIVO. DECADÊNCIA CONFIGURADA. 1. É vedado, em
sede de agravo regimental, ampliar-se o objeto do recurso especial,
aduzindo-se questões novas, não suscitadas no momento oportuno,
em virtude da ocorrência da preclusão consumativa. 2. Inexiste no
acórdão recorrido omissão, obscuridade ou contradição, não fica
caracterizada ofensa ao art. 535 do CPC. 3. É firme o entendimento
desta Corte, no sentido de que não é preventivo, mas repressivo,
o mandamus que apresenta, como causa de pedir, fatos
relacionados ao lançamento/auto de infração, e o pedido
veiculado é de anulação do crédito constituído. 4. Em se tratando
de mandado de segurança contra ato praticado em processo
administrativo fiscal, como na presente hipótese, a impetração
não será cabível se transcorrido o prazo de 120 dias, contados da
ciência, pelo interessado, do ato impugnado, assim como não
será cabível a impetração que discute os elementos materiais que
respaldaram o lançamento tributário correspondente. 5. Agravo
regimental parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido. (AgRg
no REsp 1397248/BA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 09/12/2015)

Vale pontuar ainda que a impetrante apenas utilizou a tese de que o writ em
questão possuía caráter preventivo, após o reconhecimento da decadência na
sentença atacada, de modo que o magistrado primevo sequer teve a oportunidade de
se pronunciar acerca desse ponto. Contudo, ainda assim, é fato que a manobra
utilizada não alcançaria o turvo efeito pretendido pela parte.

Dito isso, assente que o mandamus ora manejado possui nítido caráter
repressivo, ainda que a parte apelante sustente o contrário.

Uma vez estabelecida a premissa no sentido de que o presente feito visa


reprimir suposta ilegalidade ou abusividade praticada pela autoridade coatora em
decorrência da constituição do crédito tributário no âmbito do processo administrativo
nº 4011601229301, mister que se analise se a apelante se furtou de manejar a via
processual adequada e no prazo escorreito.

A esse respeito, necessário se faz pontuar que a lei que regulamenta o


manejo do mandado de segurança estatui no art. 23 que o direito de o requerer
extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo
interessado, do ato impugnado.

Quanto a esse ponto, obtempera a apelante, de modo alternativo, que o


crédito tributário não foi constituído em definitivo, pois o tributo utilizado como

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
substrato do auto de infração era, naquele momento, objeto de discussão judicial em
outro writ, motivo pelo qual não haveria que se cogitar em transcurso do prazo
decadencial.

Todavia, o questionamento acerca da não constituição em definitivo do crédito


tributário é dotado de indiscutível fragilidade, haja vista que resta demonstrado nos
autos que, no âmbito do Processo Administrativo Fiscal, foi proferida decisão definitiva,
cujo mérito não pode ser rediscutido naquela seara pela via recursal.

Nesse sentido:

EXECUÇÃO FISCAL. DÍVIDA DECORRENTE DO NÃO PAGAMENTO


DO IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO – ICMS. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO EM 1994 E CITAÇÃO EFETIVADA EM
2007. PRESCRIÇÃO. O ICMS tem seu lançamento feito por
homologação, ou seja, o contribuinte antecipadamente recolhe o
tributo, não sendo necessário qualquer ato do ato ente público,
ficando o lançamento sujeito a posterior homologação. Assim, a
ação para cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco)
anos, contados da data da sua constituição definitiva, que no
caso dos autos é o da data da decisão definitiva do processo
administrativo. Ultrapassado o praz ode cinco anos da constituição
definitiva do crédito inegável a configuração da prescrição.
PROVIMENTO DO RECURSO, NA FORMA DO ART. 557, §1º-A DO
CPC. (TJ-RJ – AI:00557020920128190000 RIO DE JANEIRO
CAPITAL 11 VARA FAZ PUBLICA, Relator: LUCIA MARIA MIGUEL
DA SILVA LIMA, Data de Julgamento: 14/01/2013. DÉCIMA
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL. Data de Publicação: 25/01/2013).

Denota-se nesse ponto a existência de um recorte, proposital é claro, no que


se refere aos fundamentos apresentados pela apelante. Isso se fez necessário porque
a alegação de que “o tributo utilizado como substrato do auto de infração era, naquele
momento, objeto de discussão judicial em outro writ”, na realidade constitui o mérito do
pedido anulatório da decisão que constituiu em definitivo o crédito tributário.

Por óbvio, essa discussão em nada compromete o controle jurisdicional de


legalidade do ato administrativo, assegurado no art. 5º, inciso XXXV, da Lex Legum,
no entanto, irrefutavelmente diverge do mérito recursal ora analisado, qual seja, o
transcurso ou não do prazo decadencial para impetração do mandado de segurança.

Em assim sendo, é imperativo que se reconheça que o crédito tributário foi

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
definitivamente constituído pela decisão definitiva proferida nos autos do Processo
Administrativo Tributário de referência.

Desse modo, considerando o raciocínio traçado até o momento, tem-se que o


direito público subjetivo de impetrar mandado de segurança, como dito acima, decai
com o decurso do prazo de cento e vinte dias, contados da ciência do ato impugnado
que, no caso em exame, se iniciou com o conhecimento pelo contribuinte da
constituição definitiva do crédito, e não da inscrição desse crédito em dívida ativa.

Ainda assim, espernega a apelante alegando que seu procurador não tomou
conhecimento da decisão proferida no PAT, motivo pelo qual a contagem do prazo
decadencial apenas se iniciou com a inscrição do nome da pessoa jurídica no cadastro
da Dívida Ativa no dia 15/02/2017.

Não obstante, entendo, assim como apresentado pelo órgão ministerial, que
restou demonstrado nos autos do caderno processual que a apelante foi devidamente
intimada da decisão administrativa que manteve o auto de infração por meio de seu
Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), com mensagem recebida no dia 07/11/2016,
como também por meio do aviso de recebimento digital endereçado ao patrono e
representante legal da pessoa jurídica, Dr. Tabajara Francisco Póvoa Neto.

Com muita proficiência a representante da Procuradoria-Geral de Justiça


esclareceu que, em que pese a apelante alegue que o número do AR fornecido pelo
Fisco não corresponde ao de recebimento, “o número do AR em si não é divergente,
todos são 410231954, apenas as siglas inicias e finais que são diferentes”, uma vez
que “trata-se de procedimento interno do próprio Correio” o que não resulta em
nulidade.

Ademais, constata-se que, além da numeração do AR de envio e de


recebimento ser a mesma, tem-se que o destinatário da correspondência foi
devidamente identificado pelo seu número de CPF/CNPJ.

Em razão disso, impende que se afaste a alegação de nulidade por falta de


efetiva notificação da apelante e de seu causídico com relação à decisão definitiva
proferida no processo administrativo tributário que constituiu em definitivo o crédito do
fisco.

Feitas essas considerações, passo a analisar se houve ou não o transcurso


do prazo decadencial e 120 (cento e vinte) dias.

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
Pois bem, in casu, observa-se que a apelante teve ciência do ato impugnado,
qual seja, da constituição definitiva do crédito tributário no PAT nº 4011601229301, no
dia 07/11/2016, conquanto o writ tenha sido impetrado apenas no dia 14/03/2017,
quando já havia expirado o prazo decadencial previsto no art. 23 da Lei nº 12.016/09.

Nesse contexto, como o impetrante não observou o prazo decadencial de 120


(cento e vinte dias), perdeu o prazo para o exercício do direito ao mandado de
segurança.

A respeito, insta sobrelevar que trata-se de prazo de direito material e não


processual, não se lhe aplicando as hipóteses de interrupção ou suspensão próprias
da prescrição, nos termos do artigo 207 do Código Civil, verbis:

"Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à


decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a
prescrição".

De consectário, embora despicienda tal tratativa, vez que a Lei 12.016/09


adota por nomenclatura tão somente os termos “concessão” e “denegação”, entendo
que o presente writ deve ser extinto com resolução do mérito, nos termos do artigo
487, inciso II c/c 332, §1º, do Código de Processo Civil (pronúncia da decadência do
direito à impetração).

Nesse sentido, corroboram os julgados do Pretório Excelso, bem como do


Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.


PRAZO DECADENCIAL. TERMO INICIAL. NOTIFICAÇÃO DO
LANÇAMENTO (AUTUAÇÃO). INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA.
INTERRUPÇÃO. NÃO-OCORRÊNCIA. 1. Hipótese em que a
contribuinte impetrou Mandado de Segurança com o intuito de impedir
inscrição em dívida ativa de débito constituído por Auto de Infração. O
TJ afastou a pretensão porque há Ação Anulatória em primeira
instância que discute exatamente tal exigência, e o writ não se
prestaria a substituir a Ação Cautelar cabível. 2. Desnecessário
questionar a possibilidade de cumulação do Mandado de
Segurança com prévia Ação Anulatória, pois, ainda que cabível,
haveria evidente decadência em relação ao writ, conforme a
jurisprudência pacífica do STJ. 3. Embora a inicial refira-se à
iminência da inscrição em dívida ativa como ato coator, a

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
impetração impugna a própria constituição do crédito tributário
por meio do Auto de Infração. 4. Nesse sentido, o prazo de 120
dias para o mandamus é contado da notificação do lançamento,
que não se interrompe ou suspende com a inscrição em dívida
ativa. 5. Recurso Ordinário não provido. (RMS 32.477/SE, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/11/2010,
DJe 04/02/2011)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. IPTU. MANDADO DE


SEGURANÇA PREVENTIVO. ART. 18, DA LEI N.º 1.533/51.
DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A notificação do débito fiscal
marca o termo inicial do prazo para impetrar mandado de segurança
em que se discute a ilegalidade da cobrança de ISS sobre receitas de
corretagem oriundas de operação na Bolsa. 2. Na exordial, a
contribuinte dirige-se especificamente contra os autos de infração
que serviram de base para execução fiscal, adotando a tese de
preventividade do writ apenas quando reconhecida a decadência
em primeiro grau. 2. Precedentes: AgRg no Ag 1085151/RJ, Rel.
Eliana Calmon, DJe 27.05.09; REsp 778.008/RS, Rel. Ministra Denise
Arruda, DJe 29.09.08; REsp 847.398/RJ, Rel. Ministra Eliana Calmon,
DJe 06.11.08; AgRg no REsp 681603/SP, Rel. Mauro Cambpell
Marques, DJe 06.08.09;RMS 26.762/RJ, Rel. Min. Teori Albino
Zavascki, DJe de 10.06.09; REsp 1.082.004/RJ, Rel. Min. Castro
Meira, DJe de 18.12.08; REsp 858.234/SP, Min. Luiz Fux, DJe de
02.10.08; RMS 24.042/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de
19.03.09; AgRg no REsp 681603 / SP, Rel. Mauro Campbell Marques,
DJe de 06.08.09. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg nos EDcl no
REsp 747.760/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA,
julgado em 15/12/2009, DJe 02/02/2010)

MANDADO DE SEGURANÇA. DECADÊNCIA CONFIGURADA.


MILITAR REFORMADO. AUXÍLIO-INVALIDEZ. ALTERAÇÃO NA
FORMA DE CÁLCULO. PORTARIA N.º 931. ORDEM DENEGADA. 1.
Na espécie, impõe-se o reconhecimento da decadência para a
impetração. Isto, porque o mandado de segurança foi impetrado
passados dois anos da revogação do benefício denominado auxílio-
invalidez. 2. Ordem denegada, liminar cassada, processo extinto
com julgamento de mérito. (MS 12.579/DF, Rel. Ministro CELSO
LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 24/11/2010, DJe 15/12/2010. Negritei).

No mesmo sentido, os arestos deste Sodalício:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.


SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DE DÉBITO TRIBUTÁRIO.

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
RECORRIDA. PRELIMINAR AFASTADA. PRIMEIRO ATO COATOR.
ATO COMISSIVO. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
DECADÊNCIA CONFIGURADA. SEGUNDO ATO COATOR. ATO
OMISSIVO. DEMORA PARA O AJUIZAMENTO DA
CORRESPONDENTE AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL.
ILEGITIMIDADE AD CAUSAM DO RECORRIDO PARA FIGURAR
COMO IMPETRADO NA AÇÃO MANDAMENTAL. FALTA DE
INTERESSE DE AGIR. APLICAÇÃO DO EFEITO TRANSLATIVO DO
RECURSO. EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO. 1 - Tendo em vista que o agravante atacou, em sua petição
recursal, especificamente as teses lançadas na decisão que lhe foi
desfavorável, não há se falar em ausência de impugnação dos
fundamentos daquela. 2 - O início do prazo para impetração do writ
contra ato comissivo conta-se da data da efetiva cientificação da
parte lesada acerca do suposto ato ofensivo, de forma que,
impetrado o mandamus depois de decorridos os 120 (cento e
vinte) dias, há de ser reconhecida a decadência desse direi-to,
posto que já extrapolado o prazo legal (art. 23, Lei 12.016/2009). 3 -
A ação mandamental foi impetrada somente no dia 09/09/16, ou
seja, muito depois de transcorrido o aludido prazo decadencial,
tendo em vista que, no dia 08/10/14, o agravante foi intimado da
decisão do CAT que desproveu seu recurso administrativo e,
assim, considerou procedente o auto de infração lavrado em seu
desfavor, ocasionando a inscrição do crédito em dívida ativa no
dia 18/12/14. 4 - O ajuizamento de ação de execução fiscal para
satisfação de crédito tributário não compete ao agravado, mas sim, à
Procuradoria-Geral do Estado, razão pela qual deve ser reconhecida a
ilegitimidade ad causam do recorrido. 5 - A pretensão deduzida no writ
não se revela adequada às circunstâncias descritas no processo, eis
que, ao contrário do que ocorreria no caso de penhora de bens em
sede de execução fiscal, o agravante não ofereceu na vertente
demanda nenhum bem em garantia da dívida. Ademais, a suspensão
da exigibilidade do crédito tributário, tal qual pleiteada, vigoraria por
tempo indeterminado, obstando indefinidamente a satisfação do direito
de crédito da Fazenda Pública. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PREJUDICADO. PROCESSO ORIGINÁRIO EXTINTO SEM
APRECIAÇÃO DO MÉRITO. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5312649-51.2016.8.09.0000, Rel. Sandra Regina Teodoro Reis, 6ª
Câmara Cível, julgado em 01/11/2017, DJe de 01/11/2017)

MANDADO DE SEGURANÇA. IMPUGNAÇÃO DE PREVISÕES DE


EDITAL. SELEÇÃO AO CURSO DE HABILITAÇÃO DE OFICIAIS-
CHOA. PRAZO DECADENCIAL. PUBLICAÇÃO DO EDITAL. LEI Nº
12.016/2009. I - Opera-se o prazo decadencial, previso no art. 23 da
Lei nº 12.016/09, para interposição do mandando de segurança, a
partir da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. II - Destinado o
writ à impugnação de regras editalícias, o termo inicial é a data da
publicação do edital do concurso. III - Verificado o lapso temporal
além do permitido na lei, imperiosa é a extinção do processo, com

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
resolução do mérito, nos termos do art. 269, IV do CPC, por restar
comprovada a decadência do direito de ação do impetrante.
PROCESSO EXTINTO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. (TJGO,
MANDADO DE SEGURANÇA 99994-92.2011.8.09.0000, Rel. DES.
NORIVAL SANTOME, 6A CÂMARA CÍVEL, julgado em 14/02/2012,
DJe 1017 de 06/03/2012. Negritei).

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.


IMPUGNAÇÃO À REGRA EDITALÍCIA. TERMO INICIAL:
PUBLICAÇÃO DO EDITAL. AÇÃO MANDAMENTAL AJUIZADA APÓS
O TRANSCURSO DO PRAZO LEGAL. DECADÊNCIA. EXTINÇÃO. O
prazo decadencial para impetração do mandado de segurança,
destinado a impugnar as regras editalícias tem como termo inicial a
data da publicação do edital do concurso público, conforme dispõe o
artigo 23, da Lei nº 12.016/2009. Ajuizada a ação mandamental após
o transcurso do prazo legal, opera-se a decadência o que acarreta
a extinção do processo, com resolução de mérito, nos termos do
artigo 269, inciso IV, do Código de Processo Civil. PROCESSO
EXTINTO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. (TJGO, MANDADO DE
SEGURANÇA 88441-48.2011.8.09.0000, Rel. DES. GILBERTO
MARQUES FILHO, 4A CÂMARA CÍVEL, julgado em 20/10/2011, DJe
958 de 12/12/2011. Negritei).

MANDADO DE SEGURANÇA. PENSIONISTA. EXTENSÃO DO


REGIME DE REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO A SERVIDOR
INATIVO OU PENSIONISTA DO FISCO. PARIDADE. ILEGITIMIDADE
PASSIVA. REENQUADRAMENTO FUNCIONAL. ATO DE EFEITOS
CONCRETOS. DECADÊNCIA. (…) 2. O prazo decadencial para
impetração de mandado de segurança é de 120 (cento e vinte)
dias, contados da ofensa do direito líquido e certo do impetrante.
Na hipótese de ação mandamental que ataca lei de efeitos
concretos, o termo a quo para o prazo decadencial é a data em
que a legislação atacada entra em vigor. MANDADO DE
SEGURANÇA EXTINTO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. (TJGO,
MANDADO DE SEGURANÇA 74652-79.2011.8.09.0000, Rel. DES.
CAMARGO NETO, 6A CÂMARA CÍVEL, julgado em 10/01/2012, DJe
994 de 31/01/2012. Negritei).

Demais disso, vale ressalvar à impetrante o direito de acesso às vias


ordinárias para eventual satisfação do direito pretendido, tal como previsto no art. 19
da Lei 12.016, de 2009.

Sobre o tema, cumpre consignar a lição de Cassio Scarpinella Bueno:

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
“A perda do direito de impetrar o mandado de segurança não
impede o uso de outras medidas para que o impetrante busque a
tutela jurisdicional de seu direito. Também porque o prazo de
cento e vinte dias não pode ser entendido como aplicação de uma
penalidade ao impetrante. (…)

Aplicando-se este entendimento à nova regra, importa destacar


que o reconhecimento de que o impetrante decaiu do seu direito
de impetrar o mandado de segurança, isto é, que já se passaram
mais de cento e vinte dias de sua ciência do ato, não impede que
o impetrante possa buscar a tutela jurisdicional de seu direito por
outra medida jurisdicional.” (A nova Lei do Mandado de
Segurança - Saraiva, 2009, fls. 144)

Pelo exposto, CONHEÇO do recurso de Apelação Cível mas, no mérito,


NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo incólume a sentença recorrida.

É o voto.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em Segundo Grau
RELATOR
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE


SEGURANÇA. PRAZO DECADENCIAL. TERMO INICIAL.
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DÍVIDA
DECORRENTE DO NÃO PAGAMENTO DO IMPOSTO SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – ICMS ST. I. A ação
mandamental pode ser manejada tanto para reprimir ato ilegal ou
abusivo já praticado pela autoridade coatora (mandamus

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
repressivo), quanto para prevenir contra ameaça concreta ou
justo receio, ao largo de meras conjecturas e de subjetivismos,
que o indivíduo tenha de sofrer violação em sua esfera jurídica,
visando, assim, impedir que o ato ilegal ou abusivo da autoridade
se consume (mandamus preventivo). II. In casu, o remédio
processual manejado não é preventivo, mas repressivo, uma vez
que apresenta, como causa de pedir, fatos relacionados ao
lançamento/auto de infração, e o pedido veiculado é de anulação
do crédito constituído. III. Embora a peça recursal refira-se à
iminência da inscrição em dívida ativa como ato coator, a
impetração impugna a própria constituição do crédito tributário
por meio do Auto de Infração. IV. Nesse sentido, o prazo de 120
dias para o writ é contado da notificação do lançamento, que no
caso dos autos é o da data da decisão definitiva do processo
administrativo. V. No caso em exame a apelante teve ciência do
ato impugnado, qual seja, da constituição definitiva do crédito
tributário no PAT, no dia 07/11/2016, mas apenas impetrou o
mandado de segurança no dia 14/03/2017, quando já havia
expirado o prazo decadencial previsto no art. 23 da Lei nº
12.016/09. VI. Essa discussão em nada compromete o controle
jurisdicional de legalidade do ato administrativo pela via ordinária
adequada, conforme asseguram o art. 5º, inciso XXXV, da Lex
Legum e 19 da Lei 12.016/09. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5072079.14.2017.8.09.0051
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE
SEGURANÇA. PRAZO DECADENCIAL. TERMO INICIAL.
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DÍVIDA
DECORRENTE DO NÃO PAGAMENTO DO IMPOSTO SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POR
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – ICMS ST. I. A ação mandamental pode
ser manejada tanto para reprimir ato ilegal ou abusivo já praticado
pela autoridade coatora (mandamus repressivo), quanto para prevenir
contra ameaça concreta ou justo receio, ao largo de meras
conjecturas e de subjetivismos, que o indivíduo tenha de sofrer
violação em sua esfera jurídica, visando, assim, impedir que o ato
ilegal ou abusivo da autoridade se consume (mandamus preventivo).
II. In casu, o remédio processual manejado não é preventivo, mas
repressivo, uma vez que apresenta, como causa de pedir, fatos
relacionados ao lançamento/auto de infração, e o pedido veiculado é
de anulação do crédito constituído. III. Embora a peça recursal refira-
se à iminência da inscrição em dívida ativa como ato coator, a
impetração impugna a própria constituição do crédito tributário por
meio do Auto de Infração. IV. Nesse sentido, o prazo de 120 dias para
o writ é contado da notificação do lançamento, que no caso dos autos
é o da data da decisão definitiva do processo administrativo. V. No
caso em exame a apelante teve ciência do ato impugnado, qual seja,
da constituição definitiva do crédito tributário no PAT, no dia
07/11/2016, mas apenas impetrou o mandado de segurança no dia
14/03/2017, quando já havia expirado o prazo decadencial previsto no
art. 23 da Lei nº 12.016/09. VI. Essa discussão em nada compromete o
controle jurisdicional de legalidade do ato administrativo pela via
ordinária adequada, conforme asseguram o art. 5º, inciso XXXV, da
Lex Legum e 19 da Lei 12.016/09. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 14:42:00

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5532428.03.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : DENNYSE CORREA SIMOES
POLO PASSIVO : UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DENNYSE CORREA SIMOES


ADVG. PARTE : 42508 GO - SANDRA PAULA CORREA SIMÕES SAHIUM

PARTE INTIMADA : DAVI SIMOES DE LIMA BARBOSA


ADVG. PARTE : 42508 GO - SANDRA PAULA CORREA SIMÕES SAHIUM

PARTE INTIMADA : UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO


ADVGS. PARTE : 34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO
11648 GO - HELIANA BORBA CARNEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5532428.03.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE


INSTRUMENTO Nº 5532428.03.2019.8.09.0000, da comarca de Inhumas, em que
figura como agravante DAVI SIMÕES DE LIMA BARBOSA e como agravada
UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO.
ACORDA o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes
da 2ª Turma Julgadora de sua 1ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer do Agravo de Instrumento e negar-lhe provimento, nos termos do voto
do Relator.
Votaram com o Relator a Desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi
e o Desembargador Orloff Neves Rocha.
Representou a Procuradoria-Geral de Justiça o Procurador Rodolfo Pereira
Lima Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto em Segundo Grau
RELATOR
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5532428.03.2019.8.09.0000


COMARCA DE INHUMAS
AGRAVANTE : DAVI SIMÕES DE LIMA BARBOSA
AGRAVADA : UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

VOTO

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NR.PROCESSO: 5532428.03.2019.8.09.0000
Por reunir os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.

Cuida-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por DAVI SIMÕES DE


LIMA BARBOSA contra a decisão da Juíza de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de
Inhumas, Dra. Adriana Caldas Santos, denegatória da tutela provisória de urgência
que reclamou no bojo da Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos
Morais, ajuizada em face de UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO
MÉDICO.

Dito isso, verifico que a análise de mérito da insurgência recursal perpassa a


aferição da presença, ou não, dos requisitos necessários à concessão da tutela
provisória perquirida pelo Agravante, abrangente da dispensação e custeio, pela
cooperativa médica Agravada, de terapia multidisciplinar para tratamento de transtorno
do espectro autista na cidade de Inhumas.

Impende sopesar, portanto, se os fundamentos aduzidos pelo Agravante, num


juízo superficial, são relevantes, bem assim se a circunstância concreta gera risco de
lesão de modo a reclamar um provimento que a acautele, nos termos do artigo 300, do
Código de Processo Civil.

Confira-se:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Fulcrando-me nas premissas destacadas, verifico não exsurgirem


reunidos os requisitos necessários à concessão da tutela provisória de urgência.

Conforme já mencionado, o Agravante pretende que a operadora de planos


de saúde seja compelida a patrocinar a realização, no município de Inhumas, de
terapia multidisciplinar pelo método ABA, complexiva de acompanhamento com
psicólogo (03 horas por semana), fonoaudiólogo (03 horas por semana), terapeuta
ocupacional (02 horas por semana) e fisioterapeuta (02 horas por semana),
conforme a prescrição médica aviada pelo Dr. Fábio Borges Pessoa.

Escrutinando o arrazoado coligido à petição de recurso, verifico que o pedido

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NR.PROCESSO: 5532428.03.2019.8.09.0000
de dispensação do tratamento de saúde na cidade de Inhumas – à revelia da
existência de profissionais credenciados pelo plano no município –, assenta-se na
premissa de que o paciente “(...) já possui vínculo com os profissionais que o atendem
(...)” naquela localidade.

A assertiva enunciada, como se demonstrará, não se imuniza à digressões.

Com efeito, passando em revista os documentos dos autos, verifico que


“Relatório Psicológico” carreado com a petição inicial é subscrito por Dennyse
Corrêa Simões, mãe do paciente e, também, sua representante legal nestes autos
(evento 01, doc. nº 11).

O Código de Ética Profissional do Psicólogo, Resolução CFP nº 010/05,


dispõe ser vedado a este profissional “(...) estabelecer com a pessoa atendida, familiar
ou terceiro, que tinha vínculo com o atendido, relação que possa interferir
negativamente nos objetivos do serviço prestado” (artigo 10, alínea J).

Proscreve, também, que o psicólogo funcione como“(...) perito avaliador ou


parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou
anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos
resultados da avaliação” (artigo 10, alínea K)

Dispõe, ainda, que “(...) no atendimento à criança, ao adolescente ou ao


interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se
promoverem medidas em seu benefício” (artigo 13).

Desta feita, conquanto não exista vedação expressa de atendimento do


profissional psicólogo a familiares, com base nas recomendações extraídas do Código
de Ética, verifico que o vínculo familiar pode interferir negativamente nos objetivos do
serviço prestado. Destarte, salvo melhor juízo, visando o melhor interesse do menor,
parece-me que o atendimento por outro profissional, que não sua genitora, poderia
evitar interferências negativas indesejadas.

Coloca-se, a par disso, a verificação de que parte dos profissionais que


acompanham o tratamento do menor possuem endereço profissional no município de
Goiânia, a saber: Dr. Fábio Borges Pessoa, o qual reporta atender em clínica situada
no Setor Marista (Fillium Centro Médico) e, também, a Dra. Priscila Fleury e Silva
Melo, que possui consultório em edifício comercial situado no bairro Jardim Goiás
(Edifício Brookfield Towers).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5532428.03.2019.8.09.0000
Nesta medida e, em sede de cognição não exauriente, reputo derruída a
alegativa do Agravante no sentido de que a dispensação do tratamento no município
de Goiânia – conforme proposto pela empresa operadora de planos de saúde – tenha
o condão de causar-lhe prejuízo grave, de difícil ou impossível reparação, implicando,
assim, a confirmação da decisão recorrida, denegatória da tutela provisória de
urgência.

A propósito:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA E DE CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. DECISÃO A QUO QUE ACOLHEU A
LIMINAR PLEITEADA NA EXORDIAL. AUSÊNCIA DE
PERICULUM IN MORA. DECISÃO REFORMADA [...] 2. A tutela
provisória de urgência apenas será concedida se
observados, concomitantemente, os requisitos do artigo 300,
caput, do Código de Processo Civil, quais sejam, a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo. 3. Ausente o perigo da demora,
sendo necessário um maior amadurecimento da questão e ante a
possibilidade de posterior compensação dos descontos
indevidamente realizados nos proventos do autor, mister o
indeferimento do pleito de urgência formulado nos autos de
origem [...] (TJGO, Agravo de Instrumento 5599374-
88.2018.8.09.0000, Rel. ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª
Câmara Cível, DJe de 17/06/2019) (grifei)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO INDENIZATÓRIA.


DECISÃO PARCIALMENTE EXTRA PETITA. DECOTE
OPERADO. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO: INOCORRÊNCIA.
TUTELA DE URGÊNCIA DEFERIDA: REQUISITOS NÃO
DEMONSTRADOS. DECISÃO REFORMADA [...] 3. A tutela
provisória de urgência apenas será concedida se
observados, concomitantemente, os requisitos do artigo 300,
caput, do Código de Processo Civil, quais sejam, a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo. 4. Verificada a ausência de ao
menos um dos requisitos legais, o indeferimento da tutela de
urgência é de rigor [...] (TJGO, Agravo de Instrumento 5277829-
69.2017.8.09.0000, Rel. ZACARIAS NEVES COELHO, 2ª
Câmara Cível, DJe de 04/10/2017) (grifei)

Diante de tais considerações, a manutenção da decisão fustigada é medida

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NR.PROCESSO: 5532428.03.2019.8.09.0000
que se impõe.

Ao teor do exposto, CONHEÇO do recurso de Agravo de Instrumento e


NEGO-LHE PROVIMENTO, conservando incólume a decisão recorrida.

É o voto.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto no Segundo Grau
RELATOR
(Assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO


DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO
DE TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. MÉTODO ABA.
AUSÊNCIA DE PROFISSIONAIS CREDENCIADOS NA
LOCALIDADE. TUTELA DE URGÊNCIA. INDEFERIMENTO.
MANUTENÇÃO. I. Nos termos do art. 300, do Código de Processo
Civil, para que a tutela provisória de urgência seja concedida é
necessária a presença concomitante de elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo. II. Não se avoca materializado
na hipótese o requisito pertinente ao periculum in mora, uma vez
que os documentos comprobatórios arregimentados são
indiciários da circunstância de que a realização do tratamento no
município de Goiânia, conforme já disponibilizado pela operadora
de planos de saúde, não tem o condão de causar prejuízo ao
Agravante. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5532428.03.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER C/C INDENIZAÇÃO. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO DE
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. MÉTODO ABA. AUSÊNCIA
DE PROFISSIONAIS CREDENCIADOS NA LOCALIDADE. TUTELA DE
URGÊNCIA. INDEFERIMENTO. MANUTENÇÃO. I. Nos termos do art.
300, do Código de Processo Civil, para que a tutela provisória de
urgência seja concedida é necessária a presença concomitante de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo. II. Não se avoca
materializado na hipótese o requisito pertinente ao periculum in mora
, uma vez que os documentos comprobatórios arregimentados são
indiciários da circunstância de que a realização do tratamento no
município de Goiânia, conforme já disponibilizado pela operadora de
planos de saúde, não tem o condão de causar prejuízo ao Agravante.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 17:11:55

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5071607.64.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MAFL
POLO PASSIVO : RFB
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MAFL


ADVGS. PARTE : 15093 GO - LUCIANE MORAIS JORGE
33904 GO - VINICIUS MAYA FAIAD
26177 GO - LUCIANE BORGES
55085 GO - JESSICA BORGES DE OLIVEIRA
22352 GO - GERMANA PÓVOA CRUZ LÔBO
32005 GO - MARIA LUIZA PÓVOA CRUZ

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


20/02/2020 14:00:21

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5404942.47.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Execução de Título Extrajudicial ( L.E. )
POLO ATIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
POLO PASSIVO : MAURO DA COSTA MARQUES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELEXSANDRA MONTEIRO DE OLIVERA


ADVG. PARTE : 5453 GO - JOSÃ ALVES RODRIGUES

PARTE INTIMADA : MAURO DA COSTA MARQUES


ADVG. PARTE : 5453 GO - JOSÃ ALVES RODRIGUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5404942.47.2017.8.09.0051
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5404942.47.2017.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTES : MAURO DA COSTA MARQUES E OUTRA

APELADO : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA

RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EMBARGOS À


EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE GRATUIDADE
DA JUSTIÇA. AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO DO PREPARO
NO PRAZO FIXADO JUDICIALMENTE. ARTIGO 99,
PARÁGRAFO 7º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
DESERÇÃO I. Diante do que dispõe o artigo 1.007, § 4° do
Código de Processo Civil, o recorrente que não comprovar, no ato
de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, será
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
adimplemento em dobro, sob pena de deserção. II. Deixando o
apelante de promover o recolhimento do preparo no ato da
interposição do recurso, apesar do indeferimento do pedido de
gratuidade e, não comprovado seu pagamento no prazo
estabelecido judicialmente, é de se reconhecer a deserção
recursal, nos termos do art. 99, §7º, in fine, do CPC. APELAÇÃO
CÍVEL NÃO CONHECIDA, NOS TERMOS DO ARTIGO 932,
INCISO III, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por MAURO DA COSTA


MARQUES e ELEXSANDRA MONTEIRO DE OLIVEIRA, em face da sentença proferida pelo
Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos da Comarca de

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NR.PROCESSO: 5404942.47.2017.8.09.0051
Goiânia, Dr. F. A. de Aragão Fernandes, nos autos dos Embargos à Execução de Título
Extrajudicial oposta pelo MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.

Vindo os autos a esta egrégia Corte Estadual de Justiça, foi proferida decisão (evento
nº 48) indeferindo a gratuidade da justiça aos apelantes, após determinação para que trouxessem
aos autos documentos que demonstrassem que eles faziam jus à benesse (evento nº 40) e, por
conseguinte, determinada a intimação, por meio de seus advogados, para comprovarem o
recolhimento do preparo recursal no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção, nos termos
do art. 99, §7º, in fine, c/c 101, § 2º, CPC.

No entanto, apesar de terem sido intimados no dia 10/09/2019 (eventos nº 51 e 52), os


recorrentes permaneceram inertes, não comprovando o recolhimento do preparo recursal.

É, em síntese, o relatório.

Decido.

Em proêmio, deve-se consignar o cabimento do julgamento monocrático do recurso de


Apelação Cível, de sorte que se encontra delineada uma das situações previstas no artigo 932,
inciso III, do Código de Processo Civil, ante a ausência de um dos pressupostos extrínsecos, qual
seja, o preparo regular.

Ao que se vê, para que o mérito recursal seja apreciado devem estar presentes todos
os requisitos de admissibilidade, pois a ausência de um deles acarreta o não conhecimento da
insurgência.

É literal o texto legal quanto à exigência de prova do preparo concomitante à


interposição do recurso, cujo descumprimento implica em deserção, a conduzir à respectiva
inadmissibilidade, nos termos do que disciplina o artigo 1.007, caput, do Código de Processo Civil,
in verbis:

“Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente


comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.” (Negritei)

Sobre o tema, insta registrar o escólio dos processualistas Nelson Nery Júnior e Rosa
Maria de Andrade Nery:

“Preparo. É um dos requisitos extrínsecos de admissibilidade dos


recursos e consiste no pagamento prévio das custas relativas ao
processamento do recurso, incluídas as despesas de porte com a
remessa e o retorno dos autos. A ausência ou irregularidade no
preparo ocasiona o fenômeno da preclusão, fazendo com que
deva ser aplicada ao recorrente a pena de deserção, que impede
o conhecimento do recurso. (in Código de Processo Civil
Comentado e Legislação Extravagante, RT, 9ª Edição, São Paulo,
p. 733)”

In casu, extrai-se dos autos que, após o indeferimento do pedido de gratuidade da


justiça, foi determinada a intimação dos apelantes, por meio de seus advogados, para realizarem
o pagamento do preparo recursal no prazo de 05 (cinco) dias, nos termos do art. 99, §7º, in fine,
CPC, sob pena de deserção (eventos nº 51 e 52).

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NR.PROCESSO: 5404942.47.2017.8.09.0051
Não obstante, colhe-se dos autos que, como a decisão que determinou o recolhimento
do preparo foi publicada no dia 10/09/2019 (evento nº 51), os apelantes deveriam ter comprovado
nos autos o pagamento da guia de custas recursais até o dia 17/09/2019, data final do prazo
concedido pelo relator, o que não ocorreu na espécie, pois, a parte optou por se manter inerte até
o presente momento, conforme informa a certidão anexada ao evento nº 52.

Dessa forma, impõe-se ao caso em comento a regra contida nos artigos 99, parágrafo
7º, in fine, c/c 101, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil, litteris:

“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na


petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.

(...)

§ 7º Requerida a concessão da gratuidade da justiça em recurso,


o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento o
preparo, incumbindo ao reator, neste caso, apreciar o
requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento.

Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que


acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento,
exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual
caberá apelação.

(...)

§ 2º Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o


relator ou órgão colegiado determinará ao recorrente o
recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias,
sob pena de não conhecimento do recurso.” (sic)

Diante disso, o presente recurso não deve ser conhecido, por não terem os apelantes
atendido ao chamamento judicial para efetuarem o recolhimento das custas recursais no
quinquídio fixado na decisão que indeferiu a gratuidade da justiça, consoante exegese do
artigo 99, §7º, in fine, do Código de Processo Civil, impondo-se, assim, a pena de deserção, uma
vez não comprovado o requisito extrínseco de admissibilidade recursal.

Corrobora esse entendimento os seguintes precedentes deste Tribunal de Justiça, in


verbis:

AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO QUE INDEFERIU


GRATUIDADE DA JUSTIÇA E OPORTUNIZOU A PARTE
FAZER O PREPARO DOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E
ESPECIAL, SOB PENA DE DESERÇÃO. RECURSO NÃO
CONHECIDO. Não se conhece do Agravo Interno quando,
indeferida a assistência judiciária, a parte intimada para o
recolhimento das custas, não o fizer, no prazo assinalado,
consoante dicção do artigo 99, § 7º, do Código de Processo
Civil de 2015. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.
(TJGO, Apelação (CPC) 0170991-27.2016.8.09.0000, Rel.

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NR.PROCESSO: 5404942.47.2017.8.09.0051
GILBERTO MARQUES FILHO, 2ª Seção Cível, julgado em
04/05/2018, DJe de 04/05/2018)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL.


GRATUIDADE INDEFERIDA. INTIMAÇÃO PARA
PROVIDENCIAR O PREPARO. NÃO ATENDIDA. APELO NÃO
CONHECIDO EM RAZÃO DA DESERÇÃO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. ALEGAÇÃO DE ERROR IN PROCEDENDO E
IN JUDICANDO. NÃO OCORRÊNCIA. JUNTADA DE GUIA
PAGA COM DATA PRETÉRITA. AUSÊNCIA DE
JUSTIFICATIVA. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. [...] 2. Indeferida a
gratuidade da justiça e determinado o recolhimento das
custas referentes ao preparo recursal, o não cumprimento da
diligência no prazo da lei implica no não conhecimento do
recurso, por ser considerado deserto. Embargos de
declaração conhecidos e rejeitados. Acórdão mantido.
(TJGO, Apelação (CPC) 0456827-59.2015.8.09.0051, Rel.
ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara Cível, julgado em 18/07/2019, DJe
de 18/07/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. DIREITO


AUTORAL. PRIMEIRO APELO. INCLUSÃO DE PARCELAS
VINCENDAS NA CONDENAÇÃO. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO. JUROS DE MORA E CORREÇÃO
MONETÁRIA. TERMO INICIAL. EVENTO DANOSO. SEGUNDO
APELO. GRATUIDADE INDEFERIDA. INTIMAÇÃO PARA
RECOLHIMENTO DAS CUSTAS RECURSAIS. NÃO
ATENDIMENTO. DESERÇÃO. RECURSO NÃO CONHECIDO.1.
[…] 4. Denegada a gratuidade da justiça requerida em sede
de apelação e, permanecendo inerte o recorrente após
intimado a recolher o preparo, afigura-se deserto o recurso
por ele manejado. Primeiro apelo conhecido e parcialmente
provido. Segundo apelo não conhecido. Sentença reformada em
parte. (TJGO, Apelação (CPC) 0456827-59.2015.8.09.0051, Rel.
ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara Cível, julgado em 14/06/2019, DJe
de 14/06/2019)

Dessarte, como a parte recorrente não se desincumbiu da obrigação do pagamento do


preparo recursal no ato da interposição do recurso e, muito menos, no prazo concedido na
decisão proferida no evento nº 48, deve suportar o ônus respectivo, revelado pela impossibilidade
de se apreciar o mérito do pedido levado a efeito.

Decidir de outro modo seria o mesmo que negar eficácia ao estabelecido na lei
processual civil, deixando de aplicar a atual legislação de regência, sendo que, se por um lado, o
direito não pode ficar adstrito a meras formalidades, ex vi o princípio da instrumentalidade, por
outro, não pode fechar os olhos à ausência de requisitos essenciais à procedibilidade recursal,
capazes de obstar o seguimento do próprio ato processual praticado.

Ao teor do exposto, com fundamento no artigo 932, inciso III, do Código de Processo
Civil, NÃO CONHEÇO do recurso de Apelação Cível interposto, eis que inadmissível, diante da
ausência de pressuposto processual extrínseco, qual seja, a comprovação do preparo regular no
prazo estabelecido judicialmente.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5404942.47.2017.8.09.0051
Outrossim, diante do não conhecimento do recurso, majoro os honorários recursais
para 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §11, in fine, do CPC.

É como decido.

Intimem-se.

Após o trânsito em julgado da presente decisão, inexistindo recurso, devolvam-se os


autos ao juízo de origem.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE

Juiz Substituto em Segundo Grau

RELATOR

(Datado e assinado conforme Resolução nº 59/2016)

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/02/2020


14:35:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5051816.87.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ALBERTINA DIACUY RODRIGUES MILHOMEM
POLO PASSIVO : ASSOCIACAO BRASILEIRA DE APOSENTADOS PENSIONISTAS E IDOSOS
ASBAPI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ASSOCIACAO BRASILEIRA DE APOSENTADOS PENSIONISTAS E IDOSOS


ASBAPI
ADVG. PARTE : 14666 MS - DOUGLAS DE OLIVEIRA SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5051816.87.2019.8.09.0051
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5051816.87.2019.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE APOSENTADOS, PENSIONISTAS E


IDOSOS – ASBAPI
APELADA: ALBERTINA DIACUY RODRIGUES MILHOMEM
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA


DE APOSENTADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS – ASBAPI contra a sentença
proferida pelo Juiz de Direito da 6ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dr. José
Ricardo M. Machado, nos autos da “ação declaratória de inexistência de relação
jurídica, cumulada com pedidos indenizatório e de repetição de indébito” proposta por
ALBERTINA DIACUY RODRIGUES MILHOMEM em seu desfavor.

Em análise ao caderno processual, infere-se que a apelante requer, entre


outros pedidos, a concessão dos benefícios da justiça em grau recursal, todavia,
deixou de instruir o pleito com expedientes que comprovem o estado de
hipossuficiência anunciado.

Com efeito, impende observar a exigência constitucional e legal (art. 5º,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por CARLOS ROBERTO FAVARO
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NR.PROCESSO: 5051816.87.2019.8.09.0051
LXXIV, CRF1 e art. 98, CPC2), corroborada pelo entendimento, inclusive sumulado, do
STJ3 e desta Corte de Justiça4, que garante à concessão da justiça gratuita à parte
que efetivamente comprovar a insuficiência de recursos para arcar com os
encargos processuais.

Rememora-se, ademais, o posicionamento adotado pela Corte Superior no


sentido de que “O fato de se tratar de associação sem fins lucrativos, por si só, não
gera direito à isenção no recolhimento das custas do processo, e para obtenção do
benefício é mister a demonstração de miserabilidade jurídica” (STJ, AgInt no
AREsp 1228850/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 19/06/2018, DJe 25/06/2018, negritou-se).

De igual sentir, orienta-se este e. Tribunal Estadual, como demonstram os


seguintes julgados: TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5412394-96.2019.8.09.0000,
Rel. OLAVO JUNQUEIRA DE ANDRADE, 5ª Câmara Cível, julgado em 07/10/2019,
DJe de 07/10/2019; TJGO, Mandado de Segurança 5602327-25.2018.8.09.0000, Rel.
ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, julgado em 25/03/2019, DJe de
25/03/2019.

Diante do exposto, intime-se a parte recorrente para, em 5 (cinco) dias,


comprovar a sua impossibilidade de efetuar o recolhimento das custas atinentes ao
processamento do apelo, através da juntada de documentos como balancetes
atualizados, comprovantes de patrimônio e de movimentações bancárias, sob pena de
indeferimento do benefício requestado.

Cumpra-se.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1“Art. 5º (…). LXXIV - O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos.” (Negritou-se).

2“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos
para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei”. (Negritou-se).

3“Súmula nº 481. Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5051816.87.2019.8.09.0051
lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”
(Negritou-se).

4“Súmula nº 25. Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que comprovar sua
impossibilidade de arcar com os encargos processuais”. (Negritou-se).

1007/

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/12/2019


12:20:52

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5090348.89.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SUELY PEREIRA
POLO PASSIVO : SUL FINANCEIRA S/A CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SUL FINANCEIRA S/A CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS


ADVGS. PARTE : 6595 GO - JOÃO BRAZ BORGES
21362 GO - MARGARETH DE FREITAS SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5090348.89.2019.8.09.0000
AGRAVO INSTRUMENTO Nº 5090348.89.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE : SUELY PEREIRA


AGRAVADA : SUL FINANCEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO
RELATORA : DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI

DESPACHO

Tendo em vista a documentação colacionada (evento nº 36), à Secretaria da 1ª


Câmara Cível a fim de que intime-se a parte agravante para esclarecer sobre o acordo
realizado entre as partes nos autos principais, bem como para que manifeste sobre
seu interesse recursal, no prazo de 05 (cinco) dias.

Intime-se.

Goiânia, 19 de dezembro de 2019.

DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI


RELATORA
108/CL

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/02/2020


16:50:00

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5209931.30.2017.8.09.0100
CLASSE PROCESSUAL : Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança ( L.E )
POLO ATIVO : GRAHAM JOHN SURMAN
POLO PASSIVO : VALDIVANIA ALVES DE ARAUJO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VALDIVANIA ALVES DE ARAUJO


ADVG. PARTE : 12625 GO - DIVINO LUIZ SOBRINHO

PARTE INTIMADA : GRAHAM JOHN SURMAN


ADVG. PARTE : 21714 GO - ORLANDO DINIZ PINHEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5209931.30.2017.8.09.0100
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5209931.30.2017.8.09.0100

COMARCA DE LUZIÂNIA

APELANTE : VALDIVANIA ALVES DE ARAUJO

APELADO : GRAHAM JOHN SURMAN

RELATOR : DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

DESPACHO

Antes do julgamento do mérito do presente recurso, diante das atuais diretrizes


traçadas pelo novo CPC, em particular a estimulação da autocomposição dos litígios (§ 3º1
do art. 3º), e da orientação do Conselho Nacional de Justiça através da resolução 125/2010,
deve-se oportunizar às partes o direito de se pronunciarem acerca da possível solução
consensual do conflito de interesse apresentado.

Sendo assim, determino a intimação das partes para, no prazo de 10 (dez) dias,
manifestarem sobre eventual interesse em realizar uma composição amigável visando por fim ao
litígio, tendo em vista que o possível acordo, além de abreviar a solução do conflito, evitaria a
interposição de novos recursos e consequente prolongamento da demanda, em prejuízo à
efetividade da justiça.

Cumpra-se.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5209931.30.2017.8.09.0100
DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

RELATOR

43

1. ‘§ 3º. A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores
públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.’

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Assistência Judiciária Gratuita Não


Concedida - Data da Movimentação 20/02/2020 14:41:47

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5201036.85.2019.8.09.0011
CLASSE PROCESSUAL : Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária ( L.E. )
POLO ATIVO : BV FINANCEIRA S.A
POLO PASSIVO : ALEANDRA MARIA DOS SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALEANDRA MARIA DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 22470 GO - RAPHAEL RODRIGUES DE OLIVEIRA E SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5201036.85.2019.8.09.0011
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

APELAÇÕES CÍVEIS Nº 5201036.85.2019.8.09.0011


COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

1ª APELANTE: ALEANDRA MARIA DOS SANTOS


2ª APELANTE: B.V FINANCEIRA S/A – C.F.I.

1ª APELADA: BV FINANCEIRA S/A – C.F.I.


2ª APELADA: ALEANDRA MARIA DOS SANTOS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DECISÃO

Trata-se de APELAÇÕES CÍVEIS interpostas por ALEANDRA MARIA DOS


SANTOS e pela B.V FINANCEIRA S/A – C.F.I., respectivamente, contra a sentença
proferida pelo Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da Comarca de Aparecida de Goiânia,
Dr. André Rodrigues Nacagami, nos autos da “ação de busca e apreensão em
alienação fiduciária” proposta pela segunda recorrente em desfavor da primeira.

Em análise ao caderno processual, nota-se que, nas razões do 1º recurso de


apelação cível (mov. 17), ALEANDRA MARIA DOS SANTOS requer a concessão dos
benefícios da justiça gratuita em grau recursal.

Instada para comprovar o direito de obter o benefício requestado (mov. 29),


colaciona documentos ao feito (mov. 32).

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NR.PROCESSO: 5201036.85.2019.8.09.0011
É o relatório. Decido.

Sabe-se que a gratuidade da justiça, prevista no art. 5º, inciso LXXIV da CF e


art. 98 do CPC, objetiva assegurar o acesso à justiça aos que comprovarem a
insuficiência de recursos para suportar os encargos do processo sem prejuízo do
sustento próprio e o de sua família. In verbis:

“ Art. 5º. (...). LXXIV – O Estado prestará assistência jurídica


integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos.” (Negritou-se).

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira,


com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios, tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.” (Negritou-se).

Essa compreensão é sufragada pelo enunciado sumular nº 25 deste e.


Tribunal de Justiça, segundo o qual “Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural
ou jurídica, que comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos
processuais.” (Negritou-se).

Na hipótese, a 1ª apelante sustenta possuir o direito de litigar sob o pálio da


justiça gratuita e, no afã de comprovar o alegado, cinge-se a colacionar ao feito
demonstrativos de gastos relacionados ao consumo de energia elétrica, à contratação
de internet, plano de saúde e locação de imóvel (mov. 32, docs. 3/4), bem como à
existência de dependentes, mediante a juntada da certidão de nascimento e carteira
de identidade de seus filhos menores (mov. 32, doc. 5).

Tal documentação, todavia, é insuficiente para a demonstração da


impossibilidade de arcar com as despesas atinentes ao processamento do recurso,
requisito fundamental à concessão do benefício perquirido, sobretudo à míngua de
documentos que revelem a renda efetivamente auferida pela postulante, tais como
carteira de trabalho, declarações de imposto de renda e extratos bancários referentes
aos últimos meses.

Desta feita, ausente prova apta a demonstrar as situações configuradoras da


hipossuficiência declarada, INDEFIRO o pedido de concessão dos benefícios da
gratuidade da justiça à 1ª apelante.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5201036.85.2019.8.09.0011
Por consectário, intime-se a 1ª recorrente para, em 5 (cinco) dias, promover
o recolhimento do preparo, sob pena de não conhecimento do recurso por
deserção, nos termos do artigo 1.007 do Código de Processo Civil.

Cumpra-se.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

1007/FF

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 20/02/2020 16:55:00

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5085682.22.2019.8.09.0137
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DIVINO AGUINELO DA COSTA
POLO PASSIVO : CREFISA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIVINO AGUINELO DA COSTA


ADVG. PARTE : 45256 GO - ROGERIO NUNES SILVA

PARTE INTIMADA : CREFISA SA CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS


ADVG. PARTE : 31757 GO - LAZARO JOSÉ GOMES JÚNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Des. Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL N° 5085682.22.2019.8.09.0137


COMARCA DE RIO VERDE
APELANTE : DIVINO AGUINELO DA COSTA
CREFISA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E
APELADA :
INVESTIMENTOS
RELATOR : DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

DECISÃO MONOCRÁTICA

DIVINO AGUINELO DA COSTA, já qualificado, interpõe apelação contra a sentença


(evento 26) da Juíza de Direito da 2ª Vara Cível da comarca de Rio Verde proferida na ação
revisional de contrato de empréstimo pessoal c/c repetição de indébito c/c dano moral e tutela de
urgência ajuizada contra CREFISA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS.

A demanda objetiva a revisão de cláusula contratual e condenação em dano moral.

A sentença, considerando que as cláusulas do contrato de empréstimo pessoal


pactuado entre as partes, em particular a referente aos juros remuneratórios não contém
abusividades/ilegalidades, julgou improcedente os pedidos de revisão do encargo e restituição de
indébito, bem como a pretensão alusiva ao dano moral.

Daí surgiu a apelação (evento 29).

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NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
Em suas razões o apelante discorre, inicialmente, sobre os requisitos recursais e fatos
da ação.

No mérito aduz o desacerto da sentença, argumentando, em suma, que o julgado


encontra-se em descompasso com a jurisprudência do Tribunal de Justiça de Goiás a qual
reconhece o direito do consumidor de revisar a taxa de juros quando sua cobrança se mostrar
excessivamente onerosa, como no caso, onde foi fixada em 22% (vinte e dois por cento) ao mês,
alcançando 987,22% (novecentos e oitenta e sete vírgula vinte e dois por cento) ao ano,
notadamente considerando que a taxa básica de juros mensal regulada pelo BACEN a época dos
fatos era de “6,5%,” ou seja, muito abaixo daquela estipulada no ajuste.

Ampara suas assertivas no Código de Defesa do Consumidor (art. 39, IV e V), Súmula
297, do STJ, e jurisprudências.

Noutro ponto, insurge-se contra o capítulo do decisum que rejeitou a condenação da


apelada em dano moral, porquanto “conduta da Requerida ao entabular contrato de empréstimo
com juros no importe de 22%, cometeu ato ilícito passivo de indenização moral uma vez que
atinge a honra do Requerente.”

Conclui requerendo o conhecimento e provimento da apelação para, reformando a


sentença, afastar o excesso da taxa de juros aplicada, além de condenar a apelada na repetição
do indébito e dano moral.

Preparo prescindível vez que o recorrente é beneficiário da gratuidade da justiça.


(evento 08).

Contrarrazões oferecidas pela apelada postulando o desprovimento do apelo. (evento


31).

É o relatório.

Decido.

Preenchidos os requisitos recursais objetivo e subjetivo, merece conhecimento a


apelação.

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NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
Outrossim, diante do preconizado pelo art. 932, do CPC, a questão autoriza julgamento
monocrático.

O apelante objetiva a reforma da sentença que julgou improcedente seus pedidos


visando a revisão da cláusula contratual alusiva aos juros remuneratórios, fixados em 22% ao
mês, pois não vislumbrou a abusividade encargo pactuado em contrato de empréstimo pessoal,
bem como a pretensão de condenação em dano moral.

Diz, em síntese, que os juros remuneratórios estipulados no contrato na ordem de 22%


ao mês, alcançando 987,22% ao ano, se revelam excessivamente abusivos, mormente quando
comparados com a taxa do BACEN praticada ao tempo da contratação.

É sabido que as instituições financeiras se subordinam ao sistema protetivo previsto


pelo CDC, conforme se depreende da leitura da Súmula 297 do Superior Tribunal de Justiça:

“O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”. Grifei

Nesse sentido e diante da previsão expressa do CDC estatuindo a possibilidade de


serem alteradas as cláusulas contratuais que estabeleçam obrigações iníquas, abusivas ou que
sejam inconciliáveis com a boa-fé e equidade, bem como incontestável a relativização ao
princípio do pacta sunt servanda que não mais se constitui em princípio dogmático e
imperativo, ressai passível de análise o caso concreto para investigar a existência de prestações
desproporcionais que imputem à parte consumidora desvantagem excessiva ou que indiquem
condições favoráveis ao locupletamento ilícito.

Porém, ainda que indiscutível a possibilidade de intervenção judicial para revisar os


contratos privados, ressai imperativo que a parte pretensora do direito demonstre cabalmente a
existência de prática abusiva ou excessivamente onerosa à parte hipossuficiente a justificar a
alteração dos termos então pactuados.

Pois bem.

O Código de Defesa do Consumidor ao tratar dos direitos básicos do consumidor e da


proteção contratual, preconiza:

“ Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

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NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
(…)

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou


desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de
produtos e serviços;

(…)

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:

(…)

V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;

(...)

Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao


consumidor.

(…)

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento
de produtos e serviços que: (…)

IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em


desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;” Grifei.

Analisando a situação, em particular o contrato questionado, tenho que a apelação


encontra amparo.

Vejamos.

Inicialmente, registro que a tese de limitação dos juros remuneratórios encontra-se


superada e efetivamente sedimentada com a edição da Súmula Vinculante nº 7:

“A norma do § 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional nº 40/2003,


que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei
complementar.”

Ademais, igualmente inaplicável a Lei de Usura (Decreto 22.626/33) às instituições


financeiras, conforme orientação dada pelo verbete da Súmula 596 do STF:

“As disposições do Decreto 22.626 de 1933 não se aplicam às taxas de juros e aos outros encargos
cobrados nas operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o Sistema

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NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
Financeiro Nacional.”

Não obstante, mister ponderar que a premissa de legalidade da taxa contrata da deve
ser interpretada na perspectiva de se consagrar “a juridicidade dos juros no percentual avençado, desde
que não caracterizada a exorbitância do encargo”.1 Grifei.

Haja vista o hodierno posicionamento da 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, no


julgamento proferido junto ao Recurso Representativo (REsp 1.061.530/RS), que deu origem ao
incidente de processo repetitivo referente aos contratos bancários, adoto os fundamentos pátrios
para robustecer a convicção deste órgão judicante, máxime quanto aos juros remuneratórios,
reproduzo, a título elucidativo, uma das orientações indicadas no julgado.

Segundo a Orientação 1 relativa aos juros remuneratórios, a Superior Corte assim


decidiu:

“a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei
de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;

b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade;

c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art.
591 c/c 406 do CC/02;

d) É admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde


que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor
em desvantagem exagerada – art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante as
peculiaridades do julgamento em concreto.” Grifei

Dessome-se, de foma induvidosa, que é imprescindível a presença das condições de


excepcionalidade para autorizar a intervenção do Poder Judiciário na convenção da taxa de juros.

E para considerar abusivas as taxas de juros, há que se aplicar a razoabilidade no


exame do caso concreto sem olvidar da justificativa do risco que a operação oferece e dos reais
custos despendidos pelas instituições financeiras na captação de recursos, pois se desvirtuaria
do propósito de empregar o equilíbrio contratual almejado.

Visando compreender a pertinência com o momento econômico vigente e a


sistematização da política financeira para se aferir a razoabilidade do ajuste, é aceitável o cotejo

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NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
do presente contrato tendo como parâmetro as taxas médias de juros praticadas pelo
mercado financeiro, pois são calculadas a partir das taxas diárias das instituições financeiras
que compõem o mercado financeiro e sinalizam, pontualmente, o sistema de controle da política
econômica nacional, conforme anunciado no entendimento pacificado na 2ª Seção da Superior
Corte de Justiça no REsp. 1.061.530/RS, verbis:

“ Descartados índices ou taxas fixos, é razoável que os instrumentos para aferição da


abusividade sejam buscados no próprio mercado financeiro” ... “dentro do universo
regulatório atual, a taxa média constitui o melhor parâmetro para a elaboração de um juízo
sobre a abusividade”. Grifei.

Importa anotar, que as instituições bancárias e financeiras ao obterem autorização


oficial para exercer a atividade de mercado assumem obrigações, dentre as quais, se destaca a
de prestar informações periódicas acerca das taxas de operações de crédito praticadas,
convergindo, assim, para a criação de um banco de dados onde se vincula a média das taxas de
juros do mercado financeiro.

Tais dados são divulgados sob o formato de taxas anuais e taxas mensais, segundo a
espécie da operação de crédito e, apurada em planilha divulgada pelo BACEN.

Então, para se apurar a abusividade e evitar um juízo arbitrário, afigura-se prudente a


comparação da taxa de juros ora contratada com as informações oficiais.

Pois bem.

O recorrente entabulou com a recorrida, em abril de 2018, o contrato de empréstimo


pessoal n.º 040920016387, no valor de R$ 894,22, para ser pago em 12 (doze) parcelas de R$
225,82 a partir de 24.05.2018 até 24.04.2019, onde restou pactuado a taxa de juros mensal de
22,00% e anual de 987,22%. (evento 01, “contrato.”).

No presente caso, o que se tem é um contrato em que os juros remuneratórios


avençados superam excessivamente a taxa média utilizada pelo mercado financeiro, fato
que evidencia a alegada onerosidade ou abusividade pelo recorrente a ensejar a procedência do
pedido de alteração da taxa de juros.

Tal comprovação se dá por meio do comparativo entre a taxa de juros pactuada em


22% ao mês e a taxa média de mercado aplicada às operações de crédito com juros
disponibilizados à pessoa física para empréstimo pessoal2, para o mesmo período de contratação
(abril de 2018), fixada em 3,24% ao mês.

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NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
Desta feita, impõe-se o acolhimento da pretensão recursal objetivando a revisão da taxa
de juros contratada pois excessivamente superior àquela utilizada no mercado nas operações
da mesma espécie.

Sobre a questão, julgados do Tribunal de Justiça de Goiás, inclusive desta relatoria:

“APELAÇÃO CÍVEL. (…). JUROS REMUNERATÓRIOS ABUSIVOS. FIXAÇÃO TAXA MÉDIA DE


MERCADO. (…). IV- Os juros remuneratórios fixados em patamar discrepante a taxa média de
mercado são abusivos, razão pela qual a revisão destes é medida impositiva. Omissis.”3 Grifei.

“ (...) EMPRÉSTIMO PESSOAL. APLICAÇÃO DO CDC. JUROS REMUNERATÓRIOS.


ABUSIVIDADE CARACTERIZADA. LIMITAÇÃO À TAXA MÉDIA DE MERCADO. (…). 3. Mantém-
se a limitação dos juros remuneratórios à taxa média de mercado, divulgada pelo Banco
Central do Brasil, à época da celebração do contrato, quando comprovada, no caso concreto,
a significativa discrepância entre a taxa pactuada e a taxa de mercado para operações da
espécie, como ocorre, na hipótese. Omissis.”4 Grifei.

Assim, a sentença merece ser reformada a fim de limitar os juros a taxa média de
mercado à época da contratação – 3,24% ao mês.

Por consectário, necessária a restituição dos valores pagos indevidamente, a serem


apurados em liquidação de sentença.

Ressalta-se, que a repetição de indébito (CDC, parágrafo único do art. 42), em regra,
deverá ocorrer na forma simples, sendo em dobro somente no caso de comprovada má-fé. Veja-
se:

“(…).RESTITUIÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE MÁ-FÉ NA


COBRANÇA. (…). 2. A jurisprudência das Turmas que compõem a Segunda Seção do STJ é
firme no sentido de que a repetição em dobro do indébito, prevista no art. 42, parágrafo único,
do CDC, pressupõe a existência de pagamento indevido e a má-fé do credor. Omissis.”5 Grifei.

No caso, tem-se que a restituição do valor indevidamente pago pelo apelante deve se
dar na forma simples, pois embora desabonadora a conduta da apelada, não restou
demonstrado, de maneira cabal e indubitável, a sua má-fé.

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NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
Ao exame, agora, dano moral.

O dano moral caracteriza-se pela ofensa aos direitos da personalidade, atingindo


valores internos/anímicos da pessoa, v.g., a intimidade, a vida privada, a honra, etc.

Cristiano Chaves de Faria e Nelson Rosenvald, in Direito Civil, abordando o tema


registram:

“Os direitos da personalidade são tendentes a assegurar a integral proteção da pessoa humana,
considerada em seus múltiplos aspectos (corpo, alma e intelecto). Logo, a classificação dos direitos
da personalidade tem de corresponder à projeção da tutela jurídica em todas as searas em que atua
o homem, considerados os seus múltiplos aspectos biopsicológicos. Assim, a classificação deve ter
em conta os aspectos fundamentais da personalidade que são: a integridade física (direito à vida,
direito ao corpo, direito à saúde ou inteireza corporal, direito ao cadáver...), a integridade intelectual
(direito à autoria científica ou literária, à liberdade religiosa e de expressão, dentre outras
manifestações do intelecto) e a integridade moral ou psíquica (direito à privacidade, ao nome, à
imagem, etc.).”6

Neste ponto, a sentença não enseja correção.

É bem verdade que existiu aborrecimento na contratação, contudo, dito abalo não foi
suficiente para gerar violação ao direito da personalidade e autorizar a compensação moral.

Acerca do assunto julgado desta 1ª Câmara Cível:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


REVISIONAL C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANO MORAL. CONTRATO DE CARTÃO DE
CRÉDITO CONSIGNADO. (…). Não restando configurado o dano extrapatrimonial suportado
pelo consumidor, ficando o fato na esfera do mero aborrecimento em virtude de desacordo
comercial, não há se falar em indenização. Omissis.”7

Logo, neste capítulo, a sentença deve ser mantida.

De resto, considerando o deslinde recursal e constatando que as partes são vencidas e


vencedoras, impõe-se a sucumbência recíproca e, assim, distribuídas igualitariamente as

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NR.PROCESSO: 5085682.22.2019.8.09.0137
custas processuais e, quanto aos honorários advocatícios, deverão ser arbitrados em fase de
liquidação (CPC, inciso II 8 do § 4º do art. 85), observando-se quanto ao recorrente sua
condição de beneficiário da gratuidade da justiça, circunstância que atrai a suspensão da
exigibilidade do encargo nos termos do § 3º9 do art. 98 do Código de Processo Civil.

Destarte pelos fundamentos apresentados, dou parcial provimento a apelação para,


reformando a sentença, fixar a taxa de juros remuneratórios em 3,24% (três vírgula vinte e
quatro por cento) ao mês, determinando que a repetição do indébito seja realizada na forma
simples, cujo valor será apurado em liquidação de sentença, além repartir igualitariamente as
custas e arbitrar os honorários advocatícios conforme explicitado na fundamentação.

Intimem-se.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2.020.

DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

RELATOR

52

1. STJ, REsp 1038242, Min. João Otávio de Noronha.

2. https://www3.bcb.gov.br/sgspub/consultarvalores/consultarValoresSeries.do?method=consultarValores

3. APC. 410964-17.2014.8.09.0051, DJe 2103 de 02/09/2016.

4. APC. 0355458-22.2015.8.09.0051, Rel. Maurício Porfírio Rosa, 5ª Câmara Cível, DJe de 04/06/2019.

5. AgInt no AREsp 1164061/PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3ª Turma, DJe 26/04/2018.

6. Ob. cit., 7ª ed., Lumen Juris.

7. APC. 0119854-70.2016.8.09.0011, Rel. Amélia Martins de Araújo, DJe de 18/10/2018.

8. “II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;”

9. “§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/02/2020


20:23:30

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5097787.83.2019.8.09.0152
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MATHEUS FHILLYPE BORGES NUNES
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MATHEUS FHILLYPE BORGES NUNES


ADVG. PARTE : 32431 GO - ZÓZIMO FRANCISCO MARQUES JÚNIOR

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DO CONSORCIO DO SEGURO DPVAT S/A


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5097787.83.2019.8.09.0152
DESPACHO

Defiro os benefícios da assistência judiciária ao recorrente.

Apresentada as contrrazões, nos termos do § 3º do artigo 1.010, remetam-se os


autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, com as cautelas legais.

Cumpra-se.

Uruaçuu-Go, 12 de fevereiro de 2020.

Geovana Mendes Baía Moisés

Juíza de Direito

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/02/2020


16:45:39

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5289930.67.2019.8.09.0001
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ILGA OLGA GENZ
POLO PASSIVO : UNIMED PORTO ALEGRE COOPERATIVA MEDICA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ILGA OLGA GENZ


ADVGS. PARTE : 41690 GO - MONICA FRANCISCA DE LIMA
9383 GO - GIANCARLO VAZ VENTO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5289930.67.2019.8.09.0001
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Luiz Eduardo de Sousa

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5289930.67.2019.8.09.0001

COMARCA DE ABADIÂNIA

APELANTE: UNIMED PORTO ALEGRE – COOPERATIVA MÉDICA LTDA

APELADA: ILGA OLGA GENZ

RELATOR: DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

DESPACHO

A requerida/apelante (Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico) aviou a


petição do evento 22, na qual noticia o falecimento da autora/apelada, contudo não juntou aos
autos a respectiva Certidão de Óbito.

Exarado o despacho do evento 23, foram as partes intimadas. A apelante pugnou pela
intimação do procurador do de cujus para que procedesse à regularização necessária (evento
27) e a apelada permaneceu inerte.

Assim, antes de qualquer providência, relativa à diligência formulada, determino a


intimação da autora/apelada, por seu procurador (Defensoria Pública do Estado de Goiás),
para que, no prazo de 15 dias, se manifeste sobre as alegações contidas na petição do evento
113, providenciando, em caso positivo a juntada da certidão de óbito da recorrida e, nos termos
do art. 313, I e §2º, II do CPC, a habilitação do espólio/demais herdeiros da falecida,
devendo o processo ficar sobrestado durante este período de saneamento processual.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5289930.67.2019.8.09.0001
Cumpra-se. Intimem-se.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020.

DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA

RELATOR

34

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Recebido o Recurso - Data da


Movimentação 20/02/2020 17:24:18

LOCAL : 1ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5613333.92.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ANA PAULA DAVID DE PAULA
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANA PAULA DAVID DE PAULA


ADVG. PARTE : 6766 GO - JOÃO RODRIGUES FRAGA

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL SA


ADVGS. PARTE : 31075 GO - GUSTAVO AMATO PISSINI
26929 GO - LEONARDO DA COSTA ARAÚJO LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5613333.92.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5613333.92.2019.8.09.0000


COMARCA DE MINAÇU

AGRAVANTE : ANA PAULA DAVID DE PAULA


AGRAVADO : BANCO DO BRASIL S/A
RELATOR : DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO. DETERMINAÇÃO DE RECOLHIMENTO EM
DOBRO. PREPARO COMPROVADO INTEMPESTIVAMENTE.
DESERÇÃO. Constatada a ausência de comprovação do
recolhimento do preparo devido para o processamento do apelo
no prazo determinado, impõe-se o não conhecimento do recurso,
diante de sua deserção, de acordo com o artigo 932, inciso III do
Código de Processo Civil.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANA PAULA DAVID DE PAULA,


devidamente qualificada e representada, irresignada com a decisão proferida pela
Juíza de Direito da Comarca de Minaçu, Dra. Thaís Lopes Lanza Monteiro, no

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NR.PROCESSO: 5613333.92.2019.8.09.0000
incidente de Exceção de Pré-Executividade oposta em desfavor do BANCO DO
BRASIL S/A.

Infere-se dos autos que foi proposto pelo BANCO DO BRASIL S/A, ação de execução
por quantia certa lastreada pela Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária nº 40/02135,
no valor de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais).

Aduziu a instituição financeira que a Agravante deixou de adimplir os pagamentos


devidos a partir de 01/06/2015, ensejando assim o vencimento antecipado de todo o
contrato, requerendo a condenação da executada ao pagamento de R$ 143.789,34
(cento e quarenta e três mil, setecentos e oitenta e nove reais e trinta e quatro
centavos).

Oposta exceção de pré-executividade por ANA PAULA DAVID DE PAULA, sob a


premissa de abusividade da cláusula contratual que prevê o vencimento antecipado da
dívida e de excesso de execução, o incidente foi rejeitado, com a determinação de
prosseguimento da ação, nos seguintes termos.

“ Ante o exposto, rejeito a exceção de pré-executividade e


determino o prosseguimento da ação de execução em seus
termos.
Deixo de fixar os honorários sucumbenciais por tratar-se de
simples incidente processual. (...)

Irresignada, a agravante interpõe o recurso de agravo de instrumento com pedido de


efeito suspensivo.

Articula a abusividade da cláusula que prevê o vencimento antecipado do débito no


caso de inadimplência, independente de notificação judicial e extrajudicial, citando em
abono a tese exposta, o disposto no artigo 54, § 2º, do CDC.

Verbera, pois, o excesso de execução, entendendo que seu débito se encontra


consubstanciado nas parcelas inadimplidas e não, com relação a todo o contrato
entabulado.

Pugna pela concessão do efeito suspensivo e, ao final, pelo conhecimento e


provimento do agravo de instrumento.

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NR.PROCESSO: 5613333.92.2019.8.09.0000
Não foi recolhido o preparo.

Após a distribuição dos autos à 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, a agravante acosta aos autos, a cédula rural pignoratícia e hipotecária (evento
nº 3).

No dia 23/10/2019, atravessa petição informando o equívoco de não ter instruído o


recurso com o comprovante do preparo recurso recolhido (evento nº 5).

Pelo despacho (evento nº 06), a agravante foi intimada para que, no prazo de 05
(cinco) dias, proceda ao recolhimento das custas processuais, em dobro, sob
pena de não conhecimento do recurso, nos termos do artigo 1.007, §4º, do Código de
Processo Civil.
Do despacho retromencionado, a recorrente apresentou pedido de reconsideração, o
qual não foi conhecido (evento nº 11).

É, em síntese, o relatório.

Decido.

Em proêmio, deve-se consignar o cabimento do julgamento monocrático do apelo, de


sorte que se encontra delineada uma das situações previstas no artigo 932, inciso III,
do CPC, ante a ausência de um dos pressupostos extrínsecos, qual seja, o preparo
regular.

Ao que se vê, para que o mérito recursal seja apreciado devem estar presentes todos
os requisitos de admissibilidade, pois a ausência de um deles acarreta o não
conhecimento da insurgência.

É literal o texto legal quanto à exigência de prova do preparo concomitante à


interposição do recurso, cujo descumprimento implica em deserção, a conduzir à
respectiva inadmissibilidade, nos termos do que disciplina o artigo 1.007, caput, do
CPC, in verbis:

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NR.PROCESSO: 5613333.92.2019.8.09.0000
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção. (Negritei)

Sobre o tema, insta registrar o escólio dos processualistas Nelson Nery Júnior e Rosa
Maria de Andrade Nery:

Preparo. É um dos requisitos extrínsecos de admissibilidade dos


recursos e consiste no pagamento prévio das custas relativas ao
processamento do recurso, incluídas as despesas de porte com a
remessa e o retorno dos autos. A ausência ou irregularidade no
preparo ocasiona o fenômeno da preclusão, fazendo com que
deva ser aplicada ao recorrente a pena de deserção, que impede
o conhecimento do recurso. (in Código de Processo Civil
Comentado e Legislação Extravagante, RT, 9ª Edição, São
Paulo, p. 733)

In casu, conforme relatado, pelo despacho (evento nº 06), foi determinado à agravante
o recolhimento das custas recursais em dobro, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de
deserção, forte no artigo 1.007, §4º do CPC.

Assim, considerando que a referida decisão fora publicada em 29/10/2019 (mov. nº 8)


e que nenhuma diligência fora realizada pela agravante, no sentido de efetuar o
recolhimento do preparo em dobro, o recurso não há de ser conhecido, por inércia da
parte quanto ao atendimento do chamamento judicial.

Corrobora esse entendimento o seguinte julgado desta Corte Estadual:

AGRAVO REGIMENTAL. PREPARO. AUSÊNCIA. RECURSO


NÃO CONHECIDO. O preparo é requisito extrínseco de
admissibilidade recursal, de sorte que, não comprovado,
como in casu sucede, acarreta a deserção do recurso, se a
parte intimada para o respectivo colhimento, em dobro, não
o fizer, no prazo assinalado, consoante dicção do artigo 1.007 e
§ 4º do novo Código de Processo Civil, tendo em conta a
previsão de recolhimento a que se refere a Tabela I, nº 2, da
Consolidação dos Atos Normativos da Corregedoria-Geral de
Justiça do Estado de Goiás. AGRAVO REGIMENTAL NÃO
CONHECIDO. (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 342552-
56.2015.8.09.0000, Rel. DES. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO,
CORTE ESPECIAL, julgado em 25/01/2017, DJe 2217 de 23/02/2017.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5613333.92.2019.8.09.0000
Negritei).

Nesse diapasão, impõe-se decretar a deserção, porquanto o preparo, como


demonstrado, é um dos pressupostos de admissibilidade recursal e deve ser realizado
e comprovado de forma tempestiva, o que não ocorreu no presente caso.

Ao teor do exposto, com fundamento no artigo 932, inciso III, do Código de Processo
Civil, NÃO CONHEÇO do Agravo de Instrumento, eis que inadmissível, diante da
ausência de pressuposto processual extrínseco, qual seja, a comprovação do preparo
regular.

É como decido.

Intimem-se.

Após o trânsito em julgado, não havendo recurso, arquivem-se os autos.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

DES CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR

(Datado e assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Concessão - Data da Movimentação 19/02/2020


16:41:36

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5012304.22.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : WIGNER MARTINS DA SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WIGNER MARTINS DA SILVA


ADVG. PARTE : 52109 GO - WIGNER MARTINS DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5012304.22.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5012304.22.2020.8.09.0000

COMARCA DE ARAÇU

IMPETRANTE WIGNER MARTINS DA SILVA

PACIENTE TAYLINE RODRIGUES

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO E FURTO. SENTENÇA PENAL


CONDENATÓRIA. DENEGAÇÃO DO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. REGIME SEMIABERTO. COMPATIBILIDADE.
ADEQUAÇÃO AO ARTIGO 35 DO CÓDIGO PENAL. DETRAÇÃO PENAL.1. A
circunstância de ter sido fixado o regime semiaberto para cumprimento da pena não
confere, por si só, ao condenado o direito de recorrer em liberdade, caso persistam os
pressupostos que ensejaram a clausura cautelar, que foi decretada para garantir a
ordem pública, tendo em vista o risco de reiteração delitiva. Porém, condenado o
paciente no regime semiaberto, afigura-se desproporcional e mais gravosa a clausura,
revelando-se apropriada a adequação ao regime imposto, qual seja, o semiaberto,
nos moldes do artigo 35 do Código Penal. 2- Determinada a expedição de Guia de
Execução Provisória da Pena, deve ser pleiteada a detração perante o juízo da
execução penal. Sobretudo dada a ausência de documentação hábil que se possibilite
aferir, com a certeza necessária, na via estreita do mandamus, qual foi o tempo exato
que a paciente esteve presa preventivamente. ORDEM PARCIALMENTE
CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO, CONCEDIDA.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Habeas Corpus nº


5012304.22.2020.8.09.0000, da Comarca de Araçu, em que é Impetrante Wigner Martins da Silva e
Paciente Tayline Rodrigues.

ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do


Estado de Goiás, por unanimidade de votos, desacolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça,
em conhecer em parte do pedido e, nesta extensão, conceder a ordem de habeas corpus, tão somente
para adequar a prisão preventiva da paciente ao regime semiaberto, consoante a norma do artigo 35 do
Código Penal, nos termos do voto do Relator.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5012304.22.2020.8.09.0000
VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o
julgamento, Ivo Favaro, Nicomedes Domingos Borges e o Juiz Átila Naves Amaral, substituto da
Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.

Presente o ilustre Procurador de Justiça, Doutor Cássio Roberto Teruel Zarzur.

Goiânia, 04 de fevereiro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

9-jc

HABEAS CORPUS Nº 5012304.22.2020.8.09.0000

COMARCA DE ARAÇU

IMPETRANTE WIGNER MARTINS DA SILVA

PACIENTE TAYLINE RODRIGUES

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATÓRIO

Wigner Martins da Silva, advogado regularmente inscrito na OAB/GO, sob o nº 52.109,


impetra em favor de Tayline Rodrigues qualificada nos autos, a presente ordem de habeas corpus, com

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NR.PROCESSO: 5012304.22.2020.8.09.0000
pedido liminar, com fulcro nos artigos 647 e 648, ambos do Código Processual Penal e artigo 5º, inciso
LXVIII, da Carta Maior.

Aponta como autoridade coatora a MMª. Juíza de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Araçu/GO.

Em suas razões, o impetrante esclarece que a paciente está encarcerada, desde o dia
08/05/2018, sob a acusação de ter, em conjunto com seu ex-amásio, Divino Eterno Vicente do Prado,
subtraído um aparelho de celular e ceifado a vida de Sônia Maria de Oliveira.

Em 12/11/2019 foi proferida sentença condenando Tayline à pena da 07 anos e 04 meses de


reclusão, cumprida em regime semiaberto, pela prática dos crimes previstos nos artigos 121, c/c 155,
§§1º e 4º, II e IV, na forma do art. 69, caput, todos do Cód. Penal. Noutra senda, negou à paciente, o
direito de recorrer em liberdade.

O impetrante sustenta, no entanto, que o decreto de manutenção da prisão é genérico e não


indicou elementos concretos a justificar a custódia cautelar.

E mais, assevera que o regime fixado na sentença (semiaberto) é menos gravoso do que a
paciente se encontra e que a decisão proferida pela magistrada afronta o principio da homogeneidade,
mormente, por se tratar de ré primária.

Sustente, ainda, que não houve manifestação quanto à detração penal, uma vez que a
paciente já cumpriu 1/6 da reprimenda, em regime mais severo.

Por fim, pugna pela concessão do mandamus, em sede de liminar, a fim de que seja
concedida a liberdade provisória à paciente para que possa recorrer em liberdade. Ao final, pela
confirmação da ordem (fls. 02/10).

A inicial veio instruída com os documentos de fls. 12/20.

O pedido liminar foi indeferido (movimentação 06).

Solicitadas informações, estas foram prestadas pela autoridade acoimada coatora


(movimentação 09).

Instada a se manifestar, a douta Procuradoria-Geral de Justiça opinou pelo parcial


conhecimento e, na parte conhecida, pela denegação da ordem impetrada (movimentação 12).

É o relatório.

Passo ao Voto.

Trata-se de habeas corpus liberatório impetrado em favor de Tayline Rodrigues, indicando


como autoridade coatora o Meritíssimo Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Araçu-GO.

Segundo consta na inicial, o fundamento desta ação diz respeito ao não reconhecimento da
paciente recorrer em liberdade da sentença penal que a condenou à pena de 07 anos e 06 meses de
reclusão, em regime semiaberto, pela pratica dos delitos previstos nos artigos 121, c/c 155, §§1º e 4º, II e
IV, na forma do art. 69, caput, todos do CP.

Alega que tal decisão sujeita seu direito de ir e vir a constrangimento ilícito porque foi fixado o
regime inicial semiaberto, por meio de decisão desarrazoada e, por fim, que não foi considerada a
detração penal, uma vez que alega já ter cumprido mais de 1/6 (um sexto) da pena.

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NR.PROCESSO: 5012304.22.2020.8.09.0000
Pois bem.

Na ocasião, o magistrado singular negou à paciente o direito de apelar em liberdade, sob o


argumento de garantia da lei penal e da ordem pública, vejamos:

"(…) A pena imposta à ré deverá ser cumprida inicialmente em


regime semiaberto, já sopesando o período de prisão provisória,
em observância ao art. 33, § 2º, alíneaa, do Código Penal.
(…).

Na eventualidade de interposição de recurso pelos sentenciados,


os réus deverão permanecer presos, não estando autorizados a
recorrer em liberdade, pois estiveram reclusos durante toda a
instrução do processo. Ademais, entendo que se mantêm os
motivos para a manutenção de sua prisão, mormente visando
garantir a aplicação da lei penal e a ordem pública. Assim, sob
pena de pairar um clima de descrédito referente ao Estado,
tenho que os réus devem permanecer presos, não havendo violação
do princípio da não-culpabilidade, em virtude desta
condenação."

Pois bem.

Com relação à prisão preventiva, nessa fase processual, é sabido que a circunstância de ter
sido fixado o regime semiaberto para o cumprimento da pena, não confere, por si só, o direito de recorrer
em liberdade, caso persistam os pressupostos que ensejaram a clausura cautelar.

Por outro lado, entendo que a manutenção do paciente e em regime mais gravoso do que o
fixado em sentença configura constrangimento ilegal a ser sanado por meio do presente instrumento, sob
pena de ofensa ao princípio da homogeneidade, segundo o qual o juiz não pode impor ao réu
encarceramento com intensidade mais grave do que o previsto para eventual condenação do agente, sob
pena de tornar o processo mais punitivo que a própria sanção penal do crime, ou seja, é a
proporcionalidade que deve existir entre a prisão cautelar e a sentença final.

Portanto, considerando que a paciente foi condenada a cumprir a reprimenda imposta em


regime semiaberto, a sua transferência imediata para este regime é medida que se impõe, máxime pela
primariedade constatada nos autos, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

“HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. (…). 4. Diante da condenação em


regime inicial semiaberto, a prisão cautelar deve ser
compatibilizada com as regras próprias desse regime, salvo se
houver prisão por outro motivo. 5. Ordem parcialmente conhecida
e, nessa extensão, denegada. Habeas corpus concedido, de
ofício, para determinar que a prisão preventiva do Paciente
observe as regras próprias do regime semiaberto.” (STJ, 6ª
Turma, Rela. Mina. Laurita Vaz, HC 442214/BA, DJe 28/3/2019).

Nesse sentido, esta Corte de Justiça já decidiu:

“(...) 2 - Condenado o paciente no regime semiaberto, afigura-


se desproporcional e mais gravosa a clausura, revelando-se
apropriada a adequação ao regime imposto. 3 - Ordem conhecida e
parcialmente concedida, para que o paciente aguarde o
julgamento do recurso em estabelecimento adequado ao regime

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NR.PROCESSO: 5012304.22.2020.8.09.0000
fixado na condenação. Liminar confirmada”. (TJGO, HABEAS-CORPUS
280186-10.2017.8.09.0000, Rel. DES. J. PAGANUCCI JR., 1ª C.
Crim., DJe 2443 de 07/02/2018).

“HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO. SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA.


DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. SEGREGAÇÃO CAUTELAR
DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. REGIME SEMIABERTO. COMPATIBILIDADE.
ADEQUAÇÃO AO ARTIGO 35 DO CÓDIGO PENAL. 1) A circunstância de
ter sido fixado o regime semiaberto para cumprimento da pena
não confere, por si só, não confere ao condenado o direito de
recorrer em liberdade, caso persistam os pressupostos que
ensejaram a clausura cautelar, a qual foi decretada para
garantir a ordem pública, tendo em vista o risco de reiteração
delitiva identificado. Porém, condenado o paciente no regime
semiaberto, afigura-se desproporcional e mais gravosa a
clausura, revelando-se apropriada a adequação ao regime
imposto, qual seja, o semiaberto, nos moldes do artigo 35 do
Código de Ritos. 2) ORDEM CONHECIDA E PARCIALMENTE CONCEDIDA,
PARA QUE O PACIENTE AGUARDE O JULGAMENTO DO RECURSO EM
ESTABELECIMENTO ADEQUADO AO REGIME FIXADO NA CONDENAÇÃO”.
(TJGO, HC nº 5480019-50.2019.8.09.0000, Rel. NICOMEDES DOMINGOS
BORGES, 1ª C. Crim., julgado em 09/09/2019).

Aqui, pontua-se que em relação ao regime de pena mais gravoso a sanção imposta na
sentença condenatória, será objeto de apreciação mais aprofundada em sede de recurso próprio de
apelação.

Por fim, saliento que, não vinga a tese de omissão da sentença com relação à detração penal.

Isto porque, da leitura da sentença condenatória observa-se que o magistrado já determinou a


expedição de Guia de Execução Provisória da Pena. Assim, o referido pedido deve ser pleiteado perante
o juízo da Execução da Pena. Sobretudo dada a ausência de documentação hábil que se possibilite
aferir, com certeza necessária, na via estreita do mandamus, qual foi o tempo exato que a paciente
esteve presa preventivamente.

Nesse sentido:

“HABEAS CORPUS. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. ROUBO MAJORADO.


SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. PRISÃO PREVENTIVA. DETRAÇÃO.
ALTERAÇÃO DE REGIME. (...) 1 - Se pelos documentos juntados
aos autos não é possível aferir, com certeza, o tempo exato
de prisão preventiva do paciente, é impossível reconhecer,
na via estreita do Habeas Corpus, o alegado equívoco da
sentença ao aplicar o instituto da detração penal. Ademais,
já determinada a expedição de guia de cumprimento
provisório da pena, é possível pleitear a detração perante
o juízo da execução penal, bem como outros benefícios da
fase executiva da pena.” (TJGO, 2ª Câmara Criminal, HC n.
5205171-76.2019, Rel. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA,
DJe de 10/06/2019).

Ao teor do exposto, desacolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço, em


parte, do pedido e, nessa extensão, concedo a ordem, tão somente para adequar a prisão preventiva da

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NR.PROCESSO: 5012304.22.2020.8.09.0000
paciente ao regime semiaberto, consoante a norma do artigo 35 do Código Penal.

É como voto.

Goiânia, 4 de fevereiro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

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NR.PROCESSO: 5012304.22.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5012304.22.2020.8.09.0000

COMARCA DE ARAÇU

IMPETRANTE WIGNER MARTINS DA SILVA

PACIENTE TAYLINE RODRIGUES

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO E FURTO. SENTENÇA PENAL


CONDENATÓRIA. DENEGAÇÃO DO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. REGIME SEMIABERTO. COMPATIBILIDADE.
ADEQUAÇÃO AO ARTIGO 35 DO CÓDIGO PENAL. DETRAÇÃO PENAL.1. A
circunstância de ter sido fixado o regime semiaberto para cumprimento da pena não
confere, por si só, ao condenado o direito de recorrer em liberdade, caso persistam os
pressupostos que ensejaram a clausura cautelar, que foi decretada para garantir a
ordem pública, tendo em vista o risco de reiteração delitiva. Porém, condenado o
paciente no regime semiaberto, afigura-se desproporcional e mais gravosa a clausura,
revelando-se apropriada a adequação ao regime imposto, qual seja, o semiaberto,
nos moldes do artigo 35 do Código Penal. 2- Determinada a expedição de Guia de
Execução Provisória da Pena, deve ser pleiteada a detração perante o juízo da
execução penal. Sobretudo dada a ausência de documentação hábil que se possibilite
aferir, com a certeza necessária, na via estreita do mandamus, qual foi o tempo exato
que a paciente esteve presa preventivamente. ORDEM PARCIALMENTE
CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO, CONCEDIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Conhecido - Data da Movimentação 19/02/2020


17:33:34

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5730614.69.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : DANIELY FERNANDA SANTOS
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DANIELY FERNANDA SANTOS


ADVG. PARTE : 56329 GO - DANIELY FERNANDA SANTOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5730614.69.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5730614.69.2019.8.09.0000

COMARCA DE RIALMA

IMPETRANTE DANIELY FERNANDA SANTOS

PACIENTE DANIEL ISRAEL DOS SANTOS

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. FURTO. PROGRESSÃO DE


REGIME. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. NÃO CONHECIMENTO.
Inviável a análise de pedido de progressão de regime carcerário em sede de habeas
corpus, quando não evidenciada aberta ilegalidade, exigindo dilação probatória, porque
ausentes elementos quanto ao cumprimento dos requisitos subjetivos necessários à
obtenção do benefício. Desse modo, deve ser a questão submetida ao Juízo da
Execução Penal, cuja decisão desafia agravo em execução penal, previsto no artigo
197, da Lei nº 7.210/84. ORDEM NÃO CONHECIDA.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Habeas Corpus nº


5730614.69.2019.8.09.0000, da Comarca de Rialma, em que é Impetrante Daniely Fernanda Santos e Paciente Daniel
Israel dos Santos.

ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, por unanimidade de votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em não conhecer
da ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o


julgamento, Ivo Favaro, Nicomedes Domingos Borges e Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.

Presente o ilustre Procurador de Justiça, Doutor Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Documento Assinado Digitalmente DJ Eletrônico - Acesse: www.tjgo.jus.br 869 de 4699
ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5730614.69.2019.8.09.0000
DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

10-jc

HABEAS CORPUS Nº 5730614.69.2019.8.09.0000

COMARCA DE RIALMA

IMPETRANTE DANIELY FERNANDA SANTOS

PACIENTE DANIEL ISRAEL DOS SANTOS

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATÓRIO

DANIELY FERNANDA SANTOS, advogada regularmente inscrita na OAB/GO sob o


nº 56.329, impetra habeas corpus liberatório, com pedido de liminar, em favor de DANIEL ISRAEL DOS SANTOS,
indicando como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da Vara de Execução Penal da Comarca de Rialma/GO.

Discorre que o paciente foi condenado a uma pena total de 2 anos e 4 meses de
reclusão, pela prática do delito previsto no artigo 155 do Código Penal e, até a data da impetração do mandamus
(17/12/2019), cumpriu 1 ano, 2 meses e 2 dias da citada pena.

Explana que, pleiteada a progressão de regime, a autoridade judiciária indigitada


coatora indeferiu o pedido, sob o argumento de que o paciente não cumpria o requisito subjetivo para tanto, visto que
não ostentava bom comportamento carcerário.

Aduz, todavia, que o paciente padece de grave constrangimento ilegal à sua liberdade
de locomoção, porquanto encontram-se devidamente preenchidos os requisitos para a progressão.

Demais disso, alega que também encontram-se satisfeitos os requisitos para a

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NR.PROCESSO: 5730614.69.2019.8.09.0000
concessão de seu livramento condicional.

Ao final, pede o deferimento da liminar e a concessão da ordem de habeas corpus em


definitivo, para que ao paciente seja deferida a progressão de regime ou o livramento condicional.

Instrumentaliza o pedido com a documentação constante da movimentação 1.

Liminar indeferida (movimentação 4).

Informações prestadas devidamente prestadas pela autoridade coatora à


movimentação 7.

A Procuradoria de Justiça, em parecer da lavra do Dr. Marcos de Abreu e Silva, opinou


pelo não conhecimento do pedido (movimentação 10).

É o relatório.

Passa-se ao VOTO.

Trata-se de pedido de habeas corpus impetrado em favor de DANIEL ISRAEL DOS


SANTOS, indicando como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da Vara de Execução Penal da Comarca de
Rialma/GO.

Acerca do pleito de progressão de regime, na esteira do parecer ministerial de cúpula,


verifica-se que a análise da questão envolve amplo exame de requisitos objetivos e subjetivos, de modo que deve ser
submetida ao juízo da execução da pena.

In casu, o impetrante colacionou aos autos relatório da situação processual executória e


certidão carcerária, que indicam que o paciente teria direito, pelo requisito temporal, à progressão para o regime
semiaberto em 3/8/2019. Todavia, juntada a decisão do juízo da execução acerca da impossibilidade da concessão da
benesse, observa-se que fora fundada na ausência de cumprimento do requisito subjetivo, ou seja, o paciente ostenta
mau comportamento carcerário.

Demais disso, dos informes prestado, a autoridade judiciária noticia o cometimento de

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NR.PROCESSO: 5730614.69.2019.8.09.0000
várias faltas graves pelo reeducando, fatos estes que culminaram na regressão de seu regime de cumprimento de pena.
Há ainda, informações sobre a apuração de novas faltas graves, supostamente cometidas pelo paciente, o que poderá
repercutir no deferimento do pleito de progressão ou na concessão da ordem.

Com efeito, diante da insuficiência de elementos para dirimir a questão atinente à


progressão de regime, mormente no que se refere ao cumprimento ao não do requisito subjetivo, entendo que a matéria
demanda dilação probatória e não evidencia aberta ilegalidade. Portanto, não deve ser conhecida a ordem, de modo
que o requerimento deve ser dirigido ao juízo da execução.

Nesse sentido, já decidiu esta Corte de Justiça, in verbis:

“HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL.


VIA IMPRÓPRIA. NÃO CONHECIMENTO. A ação penal do habeas corpus não se
presta à análise do pedido de progressão de regime carcerário, não evidenciada aberta
ilegalidade, exigindo dilação probatória, com a finalidade de averiguar os requisitos
objetivos e subjetivos necessários à obtenção do benefício, sendo a matéria afetada ao
Juízo da Execução Penal, cuja decisão fica exposta ao recurso de agravo em execução
penal, art. 197, da Lei nº 7.210/84. ORDEM NÃO CONHECDA.” (TJGO, Habeas
Corpus (CF e Livro III, Título II, Capítulo X do Código de Processo Penal) 5619957-
60.2019.8.09.0000, Rel. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA, 2ª Câmara Criminal, julgado
em 10/12/2019, DJe de 10/12/2019).

“HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL.


PEDIDO NÃO APRECIADO NO JUÍZO A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. I - A
ausência de enfrentamento, pelo Juízo a quo, acerca do pedido de progressão do
regime prisional do reeducando, impede qualquer manifestação deste Órgão Plural a
respeito, sob pena de se incorrer em indevida supressão de instância. EXCESSO DE
PRAZO PARA A DECISÃO. INCIDENTE SUSPENSO. RETOMADA DA
MOVIMENTAÇÃO. ILEGALIDADE SUPERADA. II - Não comprovada a desídia da
autoridade judicial na condução do processo de execução penal do paciente,
temporariamente suspensos os incidentes próprios, por ato administrativo do
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, para a implantação do sistema
de acompanhamento, retomada a regular movimentação, para a decisão, fica afastada
a indicação de constrangimento ilegal. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E,
NESSA EXTENSÃO, DENEGADA.” (TJGO, Habeas Corpus 5631170-
63.2019.8.09.0000, Rel. Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, 1ª Câmara Criminal,
julgado em 17/12/2019, DJe de 17/12/2019).

“ HABEAS CORPUS. PROGRESSÃO REGIME PRISIONAL. EXAME AFETO A


RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. NÃO CONHECIMENTO. I - O pleito
de progressão de regime é matéria inerente à Execução Penal, cuja insurgência deve
ser apresentada em recurso próprio, qual seja, Agravo em Execução Penal não
podendo ser conhecido pela via do presente writ. PROGRESSÃO REGIME PRISIONAL
CONDICIONADO À EXAME CRIMINOLÓGICO. DECISÃO DESFUNDAMENTADA.

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NR.PROCESSO: 5730614.69.2019.8.09.0000
EXCESSO PRAZO CONFIGURADO PARA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA. II - Em relação
à realização do exame criminológico, conforme precedentes jurisprudenciais e nos
termos dos enunciados da Súmula Vinculante 26 do STF e 439 do STJ, é facultado ao
Juiz determinar, caso entenda necessário e de forma fundamentada, conforme o caso,
a realização de exame criminológico para fins de pedido de progressão de regime. In
casu, a autoridade coatora, não fundamentou sua decisão em elementos concretos,
asseverando, tão somente, genérica periculosidade do agente quando da prática do
crime de roubo majorado. A suspensão de exames criminológicos por tempo
indeterminado, em razão da dispensa da equipe técnica, inviabilizando a realização do
referido exame atempadamente, e a análise do pedido de progressão do regime aberto
para o semiaberto, caracterizado o excesso de prazo, impõe-se a concessão da ordem,
para determinar, independente da perícia, a apreciação do pedido de progressão.
ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA PARTE, CONCEDIDA.” (TJGO,
Habeas Corpus 5629016-72.2019.8.09.0000, Rel. Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos, 1ª Câmara Criminal, julgado em 17/12/2019, DJe de 17/12/2019).

Assim, não vislumbro flagrante ilegalidade a ser reparada por meio do presente remédio
heroico, devendo a questão da progressão do regime ser submetida ao juízo da execução.

Ao teor do exposto, acolhendo o parecer ministerial de cúpula, não conheço do pedido.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

10-LMDF

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NR.PROCESSO: 5730614.69.2019.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. FURTO. PROGRESSÃO DE
REGIME. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. NÃO CONHECIMENTO.
Inviável a análise de pedido de progressão de regime carcerário em sede de habeas
corpus, quando não evidenciada aberta ilegalidade, exigindo dilação probatória, porque
ausentes elementos quanto ao cumprimento dos requisitos subjetivos necessários à
obtenção do benefício. Desse modo, deve ser a questão submetida ao Juízo da
Execução Penal, cuja decisão desafia agravo em execução penal, previsto no artigo
197, da Lei nº 7.210/84. ORDEM NÃO CONHECIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 17:35:02

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5567184.38.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : CASSIANO ARANTE DE PAULA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CASSIANO ARANTE DE PAULA


ADVG. PARTE : 23916 MT - RAMON HONDA SILVA

PARTE INTIMADA : RAMON HONDA SILVA


ADVG. PARTE : 23916 MT - RAMON HONDA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5567184.38.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5567184.38.2019.8.09.0000

COMARCA DE ARAGARÇAS

IMPETRANTE RAMON HONDA SILVA

PACIENTE CASSIANO ARANTE DE PAULA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: HABEAS CORPUS. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. NEGATIVA DE


AUTORIA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. PRISÃO PREVENTIVA. REQUISITOS DA
MEDIDA CONSTRITIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. REITERAÇÃO
DELITUOSA. PEDIDO DE EXTENSÃO. NÃO CONHECIMENTO. 1. O habeas corpus
não se presta a valoração dos fatos e fundamentos exclusivos da ação penal – no caso,
a negativa de autoria -, que é guiada pelo contraditório e ampla defesa, exigindo prova
pré-constituída das alegações, face a celeridade característica desta ação de
impugnação autônoma. 2. A prisão preventiva é a medida necessária e adequada, para
proteger a ordem pública, notadamente sob a perspectiva da recalcitrância delitiva,
reveladoras da periculosidade social do paciente, a teor do artigo 312 do Código de
Processo Penal, inexistindo ilegalidade a ser reparada pelo writ. 3. Não concedida à
ordem, inviável a análise do pedido de extensão à corréu.

ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA. PEDIDO DE EXTENSÃO


NÃO CONHECIDO.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Habeas Corpus nº 5567184.38.2019.8.09.0000, da


Comarca de Aragarças, em que é Impetrante Ramon Honda Silva e Paciente Cassiano Arante de Paula.

ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade de votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em conhecer parcialmente do pedido
e, nesta extensão, denegar a ordem de habeas corpus, não conhecendo do pedido de extensão, nos termos do
voto do Relator.

VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o julgamento, Ivo Favaro,
Nicomedes Domingos Borges e Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.

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NR.PROCESSO: 5567184.38.2019.8.09.0000
Presente o ilustre Procurador de Justiça, Doutor Deusdete Carnot Damacena.

Goiânia, 3 de dezembro de 2019.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

6-jc

HABEAS CORPUS Nº 5567184.38.2019.8.09.0000

COMARCA DE ARAGARÇAS

IMPETRANTE RAMON HONDA SILVA

PACIENTE CASSIANO ARANTE DE PAULA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATÓRIO

Ramon Honda Silva, advogado devidamente inscrito na OAB/GO sob o nº 23.916, impetra a presente
ordem de habeas corpus, com pedido liminar, em favor de Cassiano Arante de Paula, sob o fundamento de estar ele
sofrendo constrangimento ilegal.

Aponta como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Aragarças/GO.

É dos autos que o paciente, juntamente com terceiras pessoas, foram presos em razão do cumprimento de
um mandado de prisão preventiva coletivo, expedido em 12/07/2019, pela suposta prática do crime de associação para
o tráfico (art. 35 da Lei de Drogas).

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NR.PROCESSO: 5567184.38.2019.8.09.0000
Na audiência de instrução, realizada no dia 16/09/2019, foi deferido o pedido de revogação da prisão para
os demais e mantida, tão somente, a prisão do paciente, em razão da sua folha de antecedentes criminais.

Desta decisão insurge-se o impetrante.

A defesa do paciente sustenta que a decisão atacada é abstrata e genérica, pois se pautou em fundamentos
inconsistentes para manter a segregação de Cassiano.

Ataca a decisão singular, enfatizando que o paciente nunca se envolveu em qualquer tipo de ocorrência
policial e mais, que é primário, portador de antecedentes criminais e não possui a personalidade voltada para o crime.

Afirma que não há, nos autos, prova da sua participação na empreitada criminosa, razão pela qual a
manutenção da sua segregação é injusta.

Amparado pelos Princípios da Presunção da Inocência e Dignidade da Pessoa Humana, a defesa pleiteia a
revogação da segregação do paciente com a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão.

Tece demais considerações sobre o direito que entende assistir ao paciente, colacionando a jurisprudência
e doutrina.

Ao final, pugna pela concessão da ordem, em sede de liminar, a fim de que a liberdade do paciente seja
restabelecida, ainda que condicionada à imposição de medidas cautelares alternativas, com a consequente expedição
do alvará de soltura, confirmando-se ao final, por decisão plúrima, o comando preliminar.

Colaciona documentação.

O pedido de liminar foi indeferido (movimentação 6).

Instada a prestar informações, a autoridade coatora prestou-as na movimentação 10.

A Procuradoria-Geral de Justiça, da lavra de seu ilustre representante, Dr. Vinícius Jaracandá Maciel,
opinou pelo não conhecimento da ordem (movimentação 13).

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NR.PROCESSO: 5567184.38.2019.8.09.0000
Em petição interlocutória (movimentação 16), o impetrante requereu a juntada de mídia referente à
audiência de instrução e julgamento realizada em 16/09/2019.

Concedida nova vista dos autos, a Procuradoria-Geral de Justiça manifestou-se pelo conhecimento e
denegação da impetração no que tange ao pleito de extensão e ratificou o parecer da movimentação 13, quanto aos
demais pedidos (movimentação 19).

À movimentação 22, GUSTAVO BRINGHENTTI LIMA, por sua advogada Luceny Rodrigues Severino de
Lima, pede, em caso de concessão da ordem ao paciente Cassiano, a extensão do benefício, sob fundamento de se
encontrarem na mesma situação jurídica.

A Procuradoria-Geral de Justiça opinou pelo não conhecimento do pedido formulado à movimentação 22


(movimentação 25).

É o relatório. Passo ao VOTO.

A princípio, pontuo que a via estreita do habeas corpus cinge-se em aferir a validade do decreto prisional,
quando é avaliado se a autoridade coatora cumpriu os requisitos legais afetos a custódia cautelar, consistentes na
verificação do fumus comissi delicti e do periculum libertatis.

Não se presta, outrossim, o remédio heroico à valoração dos fatos e fundamentos exclusivos da ação penal,
que é guiada pelo contraditório e ampla defesa, exigindo prova pré-constituída das alegações – vale dizer, não comporta
dilações probatórias -, face a celeridade característica desta ação de impugnação autônoma.

Logo, as alegações de que o ora paciente não praticou o crime em comento (negativa de autoria) e de futura
aplicação de regime mais brando, não merecem conhecimento.

Sobre o tema, recente precedente deste Tribunal:

“HABEAS CORPUS. [...]. NEGATIVA DE AUTORIA. NÃO CONHECIMENTO. 1) A via


estreita de Habeas Corpus não comporta dilação probatória em relação à autoria do
crime, uma vez que a presente ação constitucional é de rito célere e sumário.
[...]”.(TJGO, Habeas Corpus 5012314-03.2019.8.09.0000, Rel. Aureliano Albuquerque
Amorim, 1ª Câmara Criminal, julgado em 30/07/2019, DJe de 30/07/2019).

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NR.PROCESSO: 5567184.38.2019.8.09.0000
Concernente ao argumento de que a manutenção da custódia imposta ao paciente é ilegal, estando
totalmente destituída de motivação plausível, almejando a extensão da decisão que concedeu a liberdade provisória aos
demais corréus, verifica-se que não merece acolhimento.

Observa-se do áudio da audiência de instrução e julgamento realizada dia 16/09/2019 que a manutenção da
segregação cautelar está idoneamente fundamentada, ante a existência de indícios da autoria delitiva e prova da
materialidade, bem como para garantia da ordem pública, em face da periculosidade do paciente, evidenciada pelos
seus maus antecedentes, constando que responde por outras ações penais, inclusive por tráfico de drogas, receptação
e porte de armas (arquivo 5, movimentação 1).

Em sendo esses os possíveis pormenores da ação delitiva atribuída ao paciente, entendo que a sua prisão
preventiva é a medida necessária e adequada, neste exato momento, para proteger a ordem pública, notadamente sob
a perspectiva da recalcitrância delitiva, reveladoras de sua periculosidade social.

Assim, em que pesem os argumentos expendidos na impetração, não é ausente de fundamentação a


decisão que decretou a prisão preventiva do paciente, pois efetuada nos limites da lei e a magistrada baseou-se em
circunstâncias fáticas expostas nos autos, indicando a presença das condições autorizativas para a constrição cautelar,
a teor do artigo 312 do Código de Processo Penal.

A respeito do tema, confira-se a jurisprudência:

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO


EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. SEGREGAÇÃO FUNDADA NO
ART. 312 DO CPP. DIVERSIDADE E NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
APREENDIDAS. GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO. HISTÓRICO CRIMINAL DO
AGENTE. RISCO EFETIVO DE REITERAÇÃO. PERICULOSIDADE SOCIAL.
GARANTIA DA ORDEM E SAÚDE PÚBLICA. SEGREGAÇÃO JUSTIFICADA E
NECESSÁRIA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. NÃO COMPROVAÇÃO E
IRRELEVÂNCIA. MEDIDAS CAUTELARES MAIS BRANDAS. INSUFICIÊNCIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO DEMONSTRADO. RECLAMO IMPROVIDO. 1.
Omissis. 2. O fato de o recorrente ostentar vários registros penais anteriores em seu
desfavor - 4 roubos (3 consumados e 1 tentado) e 1 homicídio - é circunstância que
revela sua periculosidade social e a inclinação à prática de crimes, demonstrando a real
possibilidade de que, solto, volte a delinquir, justificando a necessidade de sua
manutenção no cárcere antecipadamente. 3. Omissis. 4. Omissis. 5. Recurso ordinário
improvido”. (STJ, Quinta Turma, RHC 96925/CE, rel. Min. Jorge Mussi, julgado em
21.6.2018, DJe 28.6.2018).

“ HABEAS CORPUS. (…). PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM


PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. 1. (…). 2. Estando sedimentada a

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NR.PROCESSO: 5567184.38.2019.8.09.0000
decisão que converteu a prisão originária em preventiva, na garantia da ordem pública
e revelando a periculosidade do agente pelos maus antecedentes, a manutenção da
constrição cautelar é medida que se impõe. 3. Ordem conhecida e denegada”. (TJGO,
1ª Câmara Criminal, habeas corpus nº 27116-62.2017.8.09.0000, Rel. Des. J.
Paganucci Jr., julgado em 16/03/2017, DJe 2242 de 03/04/2017).

Portanto, não há falar em ilegalidade a reclamar a desconstituição da medida cautelar atacada,


encontrando-se a decisão devidamente fundamentada, guardando plena compatibilidade com a exegese dos artigos 5º,
inciso LXI, e 93, inciso IX, ambos da Constituição da República, bem como artigos 312 e 313 do Código de Processo
Penal.

Nessa ordem de ideias, ainda que o impetrante declare que o paciente possui predicados pessoais
abonadores, fato que, a ver dele, garantiria sua permanência longe do cárcere, não há falar-se em cassação do decreto
prisional e garantia de liberdade, uma vez que a prisão reveste-se de requisitos que lhe conferem inquestionável
legitimidade, porquanto a indispensabilidade de adoção da medida está constatada por elementos tateáveis,
perfeitamente adequados às exigências do artigo 312 do Código de Processo Penal, conforme orientação pretoriana
pacificada (nesse diapasão: STF, 2ª Turma, HC 112.642, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 26/06/2012, Dje
09/08/2012;STJ, 5ª Turma, HC 335.400, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 10/11/2015, Dje 18/11/2015).

Ademais, não há situação de isonomia com relação aos corréus colocados em liberdade, sendo as
circunstâncias fático-processuais diversas, já que sua custódia foi mantida para garantia da ordem pública, ante o risco
de reiteração delitiva.

Por fim, quanto ao pedido de extensão ao coautor Gustavo Bringhenti Lima, não há como conhecê-lo,
porquanto não concedida à ordem ao paciente Cassiano, ausente, assim, acórdão paradigma.

Na confluência do exposto, acolhendo o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço parcialmente da


ordem e, nesta extensão, a denego, pelas razões já expostas. Pedido de extensão não conhecido.

É como voto.

Goiânia, 3 de dezembro de 2019.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

6/CD

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NR.PROCESSO: 5567184.38.2019.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. NEGATIVA DE
AUTORIA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. PRISÃO PREVENTIVA. REQUISITOS DA
MEDIDA CONSTRITIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. REITERAÇÃO
DELITUOSA. PEDIDO DE EXTENSÃO. NÃO CONHECIMENTO. 1. O habeas corpus
não se presta a valoração dos fatos e fundamentos exclusivos da ação penal – no caso,
a negativa de autoria -, que é guiada pelo contraditório e ampla defesa, exigindo prova
pré-constituída das alegações, face a celeridade característica desta ação de
impugnação autônoma. 2. A prisão preventiva é a medida necessária e adequada, para
proteger a ordem pública, notadamente sob a perspectiva da recalcitrância delitiva,
reveladoras da periculosidade social do paciente, a teor do artigo 312 do Código de
Processo Penal, inexistindo ilegalidade a ser reparada pelo writ. 3. Não concedida à
ordem, inviável a análise do pedido de extensão à corréu.

ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA. PEDIDO DE EXTENSÃO


NÃO CONHECIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 19/02/2020


17:34:06

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5629002.88.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : VICENTE JOSE DE ASSUNCAO
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VICENTE JOSE DE ASSUNCAO


ADVG. PARTE : 121106 MG - WANDERSON BORGES DE OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5629002.88.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5629002.88.2019.8.09.0000

COMARCA DE ITUMBIARA

IMPETRANTE WANDERSON BORGES DE OLIVEIRA

PACIENTE VICENTE JOSÉ DE ASSUNÇÃO

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: FURTO QUALIFICADO TENTADO. PRISÃO EM


FLAGRANTE. CONVERSÃO EM PRISÃO PREVENTIVA. TESE DE
EXCESSO DE PRAZO. PRESENÇA DE CRITÉRIO JUSTIFICADOR.
DESPACHO PARA ALEGAÇÕES FINAIS. Concluída a instrução
probatória, achando-se a marcha processual aguardando apenas a
apresentação das alegações finais, não há se falar em excesso de prazo,
porque incide o enunciado 52 do Sumulário do Superior Tribunal de
Justiça. ORDEM DENEGADA.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Habeas Corpus nº


5629002.88.2019.8.09.0000, da Comarca de Itumbiara, em que é Impetrante Wanderson Borges de
Oliveira e Paciente Vicente José de Assunção.

ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do


Estado de Goiás, por unanimidade de votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em
conhecer e denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o


julgamento, Ivo Favaro, Nicomedes Domingos Borges e Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.

Presente o ilustre Procurador de Justiça, Doutor Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5629002.88.2019.8.09.0000
DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

9-jc

HABEAS CORPUS Nº 5629002.88.2019.8.09.0000

COMARCA DE ITUMBIARA

IMPETRANTE WANDERSON BORGES DE OLIVEIRA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5629002.88.2019.8.09.0000
PACIENTE VICENTE JOSÉ DE ASSUNÇÃO

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATÓRIO

Wanderson Borges de Oliveira, advogado regularmente inscrito na OAB/MG, sob o nº 121.106,


impetra em favor de Vicente José de Assunção qualificado nos autos, a presente ordem de habeas corpus,
com pedido liminar, com fulcro nos artigos 647 e 648, ambos do Código Processual Penal e artigo 5º, inciso
LXVIII, da Carta Maior.

Aponta como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de
Itumbiara/GO.

É dos autos que o paciente está preso, desde o dia 15/05/2019, em razão de prisão preventiva
derivada de flagrante, por suposta prática dos delitos previstos nos artigos 155, § 4º, incisos I e III c/c artigo 14,
inciso II, ambos do Cód. Penal.

Relata que Vicente está sofrendo constrangimento ilegal por excesso de prazo, pois “a instrução
penal teve início com audiência realizada no dia 12/08/2019 tendo feito apenas uma oitiva, sendo redesignada
para 26/08/2019 não sendo intimado uma testemunha de acusação e a vítima, sendo redesignada para
06/09/2019, ou seja já se passaram da data da audiência até a presente data, já se passaram 52 (cinquenta e
dois dias).”

Enfatiza que, apesar do feito estar, no momento, aguardando apresentação de alegações finais,
ainda não foi proferida sentença, o que ressai patente a violação ao principio constitucional da razoável duração
do processo.

Informa que foi feito pedido de revogação da prisão preventiva, em sede de resposta a acusação, a
qual foi indeferida pela autoridade coatora.

Por fim, menciona serem cabíveis as providências alternativas previstas no artigo 319 do Código de
Processo Penal.

Pugna pelo deferimento do pedido liminar, bem como, pela concessão da ordem, a fim de ver
revogada a prisão preventiva de Vicente José de Assunção, ante a flagrante ilegalidade a que submetido.

O pedido liminar foi indeferido em 31/10/2019 (movimentação 04).

Desta decisão foi interposto Agravo Interno, o qual foi julgado em 17/12/2019, mantendo-se a
decisão proferida liminarmente (movimentação 11).

Em continuidade, foram prestadas as informações solicitadas à autoridade coatora (movimentação


22).

Instada a se manifestar, a douta Procuradoria-Geral de Justiça opinou pela denegação da ordem


impetrada (movimentação 25).

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NR.PROCESSO: 5629002.88.2019.8.09.0000
É o relatório.

Passo ao voto.

Julga-se habeas corpus liberatório, com pedido de liminar, que foi impetrado em favor de Vicente
José de Assunção, segregado, desde o dia 15/05/2019, por suposta prática do delito de furto majorado tentado.

Conforme relatado, a causa de pedir desta impetração consiste no excesso de prazo para o fim da
instrução criminal, pois, sustenta que, até o momento, já se passaram mais de 162 dias, sem que, tenha sido
prolatada sentença.

A esse respeito, tenha-se presente que o ordenamento jurídico brasileiro adotou a chamada
“doutrina do não prazo”, em que vigora a ausência de prazos processuais com uma sanção pelo seu
descumprimento, pelo que se tem utilizado a marca de 148 dias para a ultimação do procedimento ordinário.

Na situação dos autos, verifica-se que essa referência foi ultrapassada, porque o paciente se acha
sob privação cautelar de liberdade desde o dia 15/05/2019, portanto, há mais de 200 dias.

No entanto, ressai dos informes prestados pela autoridade coatora que, “(...) Respondidos os ofícios,
os autos seguiram para a apresentação dos memoriais escritos , o que foi feito pela acusação às fls. 267/276 e
pela defesa às fls. 280/288, estando o feito concluso para sentença” (fl. 76).

Assim, compreende-se que, in casu, está presente critério justificador da duração do processo
criminal, consistente em que a colheita da prova está finalizada, faltando apenas a prolação de sentença pelo
que incide o Enunciado 52 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, que assim preconiza:

"Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de


constrangimento ilegal por excesso de prazo"

A propósito, esta 1ª Câmara Criminal já assentou, em idênticos raciocínios, que, finalizada a


instrução criminal, não há que se falar em excesso de prazo na formação da culpa, como se pode constatar a
seguir:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA.


EXCESSO DE PRAZO. SÚMULA 52 DO STJ. Finalizada a instrução criminal,
encontrando-se os autos apenas aguardando realização de diligência, não há
que se falar em excesso de prazo na formação da culpa, inteligência da Súmula
nº. 52 do STJ. HABEAS CORPUS CONHECIDO E DENEGADO.” (TJGO, 1ª
Câmara Criminal, Rel. Des. Nicomedes Domingos Borges, HC 72957-
46.2018.8.09.0000, DJ 2555 de 30/7/2018)

“HABEAS CORPUS. ARTIGO 121, CAPUT, (POR DUAS VEZES), C/C ARTIGO
70, AMBOS DO CÓDIGO PENAL. EXCESSO DE PRAZO PARA O TÉRMINO
DA INSTRUÇÃO. 1 – Resta superada a alegação de excesso de prazo, quando
finalizada a instrução criminal, estando o processo com vista às partes para
alegações finais, conforme entendimento da Súmula n. 52, do Superior Tribunal
de Justiça. 2 - Ordem conhecida e denegada.” (TJGO, 1ª Câmara Criminal, Rel.
Des. José Paganucci Júnior, HC 259026-26.2017.8.09.0000, DJ 2406 de
14/12/2017)

Nessas circunstâncias, concluída a instrução criminal não cabe mais discutir sobre a eventual
ocorrência de excesso de prazo.

Ao teor do exposto, acolhido o parecer da Procuradoria de Justiça, conheço e denego a ordem de

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NR.PROCESSO: 5629002.88.2019.8.09.0000
habeas corpus.

É como voto.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

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NR.PROCESSO: 5629002.88.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5629002.88.2019.8.09.0000

COMARCA DE ITUMBIARA

IMPETRANTE WANDERSON BORGES DE OLIVEIRA

PACIENTE VICENTE JOSÉ DE ASSUNÇÃO

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: FURTO QUALIFICADO TENTADO. PRISÃO EM


FLAGRANTE. CONVERSÃO EM PRISÃO PREVENTIVA. TESE DE
EXCESSO DE PRAZO. PRESENÇA DE CRITÉRIO JUSTIFICADOR.
DESPACHO PARA ALEGAÇÕES FINAIS. Concluída a instrução
probatória, achando-se a marcha processual aguardando apenas a
apresentação das alegações finais, não há se falar em excesso de prazo,
porque incide o enunciado 52 do Sumulário do Superior Tribunal de
Justiça. ORDEM DENEGADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 19/02/2020


17:37:03

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5736227.70.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ROSENDO FRANTTEZZY D FELIX E SOUZA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROSENDO FRANTTEZZY D FELIX E SOUZA


ADVG. PARTE : 27406 GO - ROSENDO FRANTTEZZI D´FELIX E SOUSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5736227.70.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5736227.70.2019.8.09.0000

COMARCA DE ANÁPOLIS

IMPETRANTE ROSENDO FRANTTEZZY D’FÉLIX E SOUSA

PACIENTE WERLLIANDRY ARAUJO DE LIMA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA.


DECISÃO GENÉRICA. INOCORRÊNCIA. PACIENTE FORAGIDO POR VÁRIOS
ANOS. PREDICADOS PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA. MEDIDAS CAUTELARES
ALTERNATIVAS. INVIABILIDADE. CONSTRAN-GIMENTO ILEGAL NÃO
VERIFICADO. 1- Constatando-se a persistência dos requisitos legais que autorizam a
prisão cautelar, não carece de fundamentação a decisão que se reporta aos
fundamentos utilizados na decisão que decretou a segregação preventiva do paciente,
notadamente em face da gravidade do caso concreto, da potencial periculosidade do
agente e por ter o paciente permanecido foragido do distrito da culpa por longos anos, o
que reforça a necessidade da manutenção da medida de exceção, para a garantia da
ordem pública, por ser conveniente à instrução processual e para garantir a futura
aplicação da lei penal. 2. Os alegados predicados pessoais favoráveis não autorizam,
por si sós, a concessão da liberdade, mormente quando demonstrada a necessidade da
medida cautelar. 3. Presentes os requisitos elencados no art. 312 do CPP, não há
cogitar-se de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares menos
invasivas, ante sua manifesta inadequação para o fim de assegurar a efetividade do
processo. ORDEM DENEGADA.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Habeas Corpus nº 5736227.70.2019.8.09.0000, da


Comarca de Anápolis, em que é Impetrante Rosendo Franttezzy D’félix e Sousa e Paciente Werlliandry Araújo de Lima.

ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade de votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em conhecer e denegar a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o julgamento, Ivo Favaro
e o Juiz Átila Naves Amaral, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos. Ausente,
momentaneamente, o Desembargador Nicomedes Domingos Borges.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5736227.70.2019.8.09.0000
Presente o ilustre Procurador de Justiça, Doutor Cássio Roberto Teruel Zarzur.

Goiânia, 04 de fevereiro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

9-jc

HABEAS CORPUS Nº 5736227.70.2019.8.09.0000

COMARCA DE ANÁPOLIS

IMPETRANTE ROSENDO FRANTTEZZY D’FÉLIX E SOUSA

PACIENTE WERLLIANDRY ARAUJO DE LIMA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATÓRIO

Rosendo Franttezzy D’félix e Sousa, advogado regularmente inscrito na OAB/GO, sob o nº


27.406, impetra em favor de Werlliandry Araujo de Lima qualificado nos autos, a presente ordem de
habeas corpus, com pedido liminar, com fulcro nos artigos 647 e 648, ambos do Código Processual
Penal e artigo 5º, inciso LXVIII, da Carta Maior.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5736227.70.2019.8.09.0000
Aponta como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de
Anápolis/GO.

Relata o impetrante que o paciente teve a sua prisão preventiva decretada, por suposta
prática do crime de homicídio, ocorrido no ano de 2007, tendo como vítima Marcos Antônio do
Nascimento.

Consta dos autos que o indiciado evadiu do distrito da culpa e se furtou de comparecer aos
atos do inquérito razão pela qual sua prisão foi decretada tendo como fundamentos a garantia da ordem
pública e aplicação da lei.

No dia 15/10/2019 foi o mandado de prisão cumprido, estando o paciente, atualmente, detido
na Cadeia Pública de Goianésia/GO.

O impetrante afirma que o indiciado é pessoa simples e sua permanência em sociedade não
causará nenhum dano ou risco à sociedade, pois é primário e sua conduta não se configura de grande
perigo para a sociedade e para a instrução processual afim de manter sua custódia. Reforça que seus
antecedentes dão conta de que não trará nenhum risco à sociedade.

Por fim, pugna pela concessão dos benefícios da assistência judiciária em razão de sua
hipossuficiência.

Diante disso, requer a concessão da ordem, em sede de liminar, a fim de que a liberdade de
Werlliandry seja restabelecida, com a consequente expedição do alvará de soltura, confirmando-se ao
final, por decisão plúrima, o comando preliminar.

Acostou documentos (movimentação 01).

O pedido liminar foi indeferido (movimentação 04).

Solicitadas informações, estas foram prestadas pela autoridade acoimada coatora


(movimentação 06).

Instada a se manifestar, a douta Procuradoria-Geral de Justiça opinou pelo conhecimento e


denegação da ordem impetrada (movimentação 10).

É o relatório.

Passo ao Voto.

Consoante relatado, o presente writ visa o status libertatis de Werlliandry Araújo de Lima.

O pedido se fundamenta no fato de estar ele sofrendo constrangimento ilegal pela prisão
preventiva, que alega ser mantida sem fundamentos.

Pois bem.

Primeiramente, no que se refere à tese de que a manutenção da custódia imposta ao paciente


é arbitrária e excessiva, estando totalmente destituída de motivação plausível, ao cotejar os fundamentos
propostos na peça inaugural com os elementos constantes dos autos, tenho que o remédio heróico
ressai desmerecedor de acolhida.

Ao manter a prisão preventiva do paciente, a autoridade coatora destacou:

“(...)Compulsando minuciosamente os autos, infere-se a presença dos elementos que comprovam

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NR.PROCESSO: 5736227.70.2019.8.09.0000
a materialidade (Exame Cadavérico), e os indícios de autoria o qual restou-se sobejamente
demonstrado por meio dos depoimentos prestados pelas testemunhas em sede policial,
devidamente advertidas das penas cominadas ao falso testemunho.

No que concerne aos requisitos da prisão preventiva, verifica-se que esta medida cautelar foi
decretada em face do requerente para a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal. Esta
primeira se justifica haja vista a gravidade em concreta da conduta do requerente, tal como ante o
contexto em que o delito ocorreu.

Ademais, a prisão cautelar é necessária em virtude da grande repercussão com reflexos negativos
e traumáticos na vida de terceiros, o que gera um forte sentimento de impunidade e insegurança.

No que tange sobre o segundo requisito exposto acima, verifica-se a presença deste haja vista que
logo após a prática criminosa o réu se evadiu do distrito da culpa, permanecendo em lugar incerto
e não sabido, sendo localizado apenas em 15.10.2019 em virtude do cumprimento do mandado de
prisão preventiva expedido em desfavor do réu por este Juízo.

Ante tais fatos, não há que se falar em ausência dos requisitos, sendo que os indícios e os
elementos apresentados durante a audiência de custódia, são suficientes para demonstrar a
presença dos pressupostos (fummus comissis delicti) e dos requisitos da prisão preventiva (
periculum in libertatis), além de expor a presença destas, as quais se encontram presentes até o
atual momento.

No caso em análise, verifico que os fundamentos que ensejaram a manutenção da prisão


preventiva persistem. Primeiramente, por não haver nenhum fato novo que afaste tal motivação.
Somando-se a isso, o paciente evadiu-se do distrito da culpa logo após o cometimento do fato e
permaneceu foragido por quase 05 (cinco) anos, o que evidencia seu descomprometimento com a
justiça.

Impende ressaltar que o fato ocorreu no ano de 2006 e, até a presente data, o mérito
processual não foi julgado devido ao comportamento desidioso do réu.

Ademais, o paciente está sendo processado por supostamente ter praticado crime de
homicídio qualificado, crime de natureza grave, em razão de um desentendimento relacionado à uma
dívida no valor de R$ 400,00 (quatrocentos reais).

Assim, entendo que não merecem prosperar os argumentos do impetrante no sentido de que
a decisão baseia-se em motivos genéricos, uma vez que a fundamentação do precitado decisum,
consoante exposto no excerto transcrito supra, destaca a inexistência de fato novo capaz de alterar os
fundamentos da anterior decisão que decretou a prisão cautela, tendo o magistrado de piso, tão
somente, lançado realce, também, sobre a especial circunstância de que o paciente ter permanecido
foragido do distrito da culpa por longos anos, o que, em meu entender, reforça a necessidade da
manutenção da medida de exceção, para a garantia da ordem pública, por ser conveniente à instrução
processual e para garantir a futura aplicação da lei penal.

Portanto, não há falar em ilegalidade na manutenção da prisão preventiva, pois a gravidade


concreta da conduta atribuída ao paciente, somada ao fato de ter empreendido fuga após o crime e ter
permanecido foragido reforça a necessidade da segregação, pois, ao evadir-se do distrito da culpa,
demonstrou ele sua intenção de dificultar/tumultuar a instrução processual e frustrar a Lei Penal.

Colaciono jurisprudência desta Corte no sentido que proponho. Confira-se:

“(...) Não há constrangimento ilegal a ser reparado, quando a decisão que decretou a
prisão preventiva do paciente demonstra de forma motivada, especialmente na

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NR.PROCESSO: 5736227.70.2019.8.09.0000
garantia da ordem pública, a imprescindibilidade da manutenção de sua segregação
revelados pela gravidade objetiva da conduta, periculosidade dos agentes e modus
operandi, não havendo que se falar em aplicação das medidas cautelares alternativas
à prisão. (...)” (TJGO, Habeas Corpus nº 410799- 55.2016.8.09.0000, Relª. Desª.
Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, 1ª Câmara Criminal, julgado em 23/02/2017).

“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. I - REPRIMENDA DEFINITIVA


FIXADA NO MÍNIMO LEGAL. RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DA
CONFISSÃO ESPONTÂNEA. NÃO CONHECIMENTO. A via estreita do writ é
inconciliável com o exame aprofundado da prova, inadmitindo a aferição de conteúdo
material do processo quanto às alegações do impetrante, pois tratam-se de matérias
meritórias a serem analisadas no juízo de origem e que demandam dilação
probatória.II - PRISÃO PREVENTIVA. MANUTENÇÃO. MEDIDAS CAUTELARES
DIVERSAS DA PRISÃO. INAPLICABILIDADE. Se a prisão preventiva combatida
encontra-se fundamentada de forma concreta e idônea, para garantia da aplicação da
lei penal (o autuado permanece foragido do distrito da culpa, demonstrando descaso
com o Poder Judiciário) e da ordem pública (tendo em vista a periculosidade social do
agente), não há falar-se em constrangimento ilegal, não sendo adequadas e
suficientes a aplicação de outras medidas cautelares diversas da prisão.III -
CONDIÇÕES PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA. As condições pessoais favoráveis do
paciente, por si mesmas, não garantem a revogação da custódia cautelar,
principalmente quando a necessidade da segregação se mostra patente. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA PARTE, DENEGADA. (TJGO, Habeas
Corpus 5475020-54.2019.8.09.0000, Rel. JOÃO WALDECK FELIX DE SOUSA, 2ª
Câmara Criminal, julgado em 09/09/2019, DJe de 09/09/2019)

Em sendo esses os possíveis pormenores que delineiam os fundamentos da decisão atacada


na presente impetração, entendo que é natural que possa ser mantida a prisão cautelar anteriormente
decretada, cuja ratio é a eficiente prestação jurisdicional.

Tampouco merece prosperar o argumento de que a custódia cautelar viola o princípio


constitucional da presunção de inocência (não culpabilidade), ante a exegese do inciso LXI do artigo 5º
da Constituição Federal, o qual permite a possibilidade de prisão por ordem fundamentada e escrita da
autoridade competente, não constituindo óbice ao recolhimento provisório.

Assim, não conflita com o princípio da presunção de inocência a prisão cautelar, sempre que,
calcada em fatos concretos, fizer-se necessária para a garantia da ordem pública, por conveniência da
instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.

A propósito:

“HABEAS CORPUS (...) Não há que se falar em ofensa ao princípio constitucional da


presunção de inocência, pois o inciso LXI do artigo 5º da Constituição Federal permite
a possibilidade de prisão por ordem escrita e fundamentada da autoridade
competente, requisito implementado no caso. ORDEM PARCIALMENTE
CONHECIDA E, NESSA PARTE, DENEGADA” (TJGO, habeas corpus nº 128155-
73.2015.8.09.0000, Rel. Des. Nicomedes Domingos Borges, 1ª Câmara Criminal,
julgado em 14/05/2015, DJe 1794 de 28/05/2015).

Nessa ordem de ideias, ainda que o impetrante declare que o paciente possui predicados
pessoais abonadores, fato que, a ver dele, garantiria sua permanência longe do cárcere, não há falar-se
em cassação do decreto prisional e garantia de liberdade, uma vez que a prisão reveste-se de requisitos
que lhe conferem inquestionável legitimidade, porquanto a indispensabilidade de adoção da medida está

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NR.PROCESSO: 5736227.70.2019.8.09.0000
constatada por elementos tateáveis, perfeitamente adequados às exigências do artigo 312 do Código de
Processo Penal, conforme orientação pretoriana pacificada (STF, 2ª Turma, HC 112.642, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, j. 26/06/2012, Dje 09/08/2012; STJ, 5ª Turma, HC 335.400, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j.
10/11/2015, Dje 18/11/2015).

Assim, tenho que a decretação e manutenção da custódia cautelar nada possui de ilegalidade
e/ou injustiça.

Diante de tais considerações, não havendo constrangimento ilegal merecedor de reparos,


acolho o parecer ministerial de cúpula para conhecer da ordem impetrada e denegá-la.

É como voto.

Goiânia, 4 de fevereiro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

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NR.PROCESSO: 5736227.70.2019.8.09.0000

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NR.PROCESSO: 5736227.70.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5736227.70.2019.8.09.0000

COMARCA DE ANÁPOLIS

IMPETRANTE ROSENDO FRANTTEZZY D’FÉLIX E SOUSA

PACIENTE WERLLIANDRY ARAUJO DE LIMA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO


PREVENTIVA. DECISÃO GENÉRICA. INOCORRÊNCIA. PACIENTE
FORAGIDO POR VÁRIOS ANOS. PREDICADOS PESSOAIS. IRRELEVÂNCIA.
MEDIDAS CAUTELARES ALTERNATIVAS. INVIABILIDADE. CONSTRAN-
GIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO. 1- Constatando-se a persistência dos
requisitos legais que autorizam a prisão cautelar, não carece de fundamentação a
decisão que se reporta aos fundamentos utilizados na decisão que decretou a
segregação preventiva do paciente, notadamente em face da gravidade do caso
concreto, da potencial periculosidade do agente e por ter o paciente permanecido
foragido do distrito da culpa por longos anos, o que reforça a necessidade da
manutenção da medida de exceção, para a garantia da ordem pública, por ser
conveniente à instrução processual e para garantir a futura aplicação da lei penal.
2. Os alegados predicados pessoais favoráveis não autorizam, por si sós, a
concessão da liberdade, mormente quando demonstrada a necessidade da
medida cautelar. 3. Presentes os requisitos elencados no art. 312 do CPP, não
há cogitar-se de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares menos
invasivas, ante sua manifesta inadequação para o fim de assegurar a efetividade
do processo. ORDEM DENEGADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Conhecido - Data da Movimentação 19/02/2020


22:47:24

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5020718.09.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : GIOVANI DE SOUSA FILGUEIRAS
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GIOVANI DE SOUSA FILGUEIRAS


ADVG. PARTE : 25788 GO - GIOVANI DE SOUSA FILGUEIRAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5020718.09.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5020718.09.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE GIOVANI DE SOUSA FILGUEIRAS

PACIENTE MANOEL XAVIER GODOY

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

EMENTA: HABEAS CORPUS. INSTRUÇÃO DEFICIENTE. INVIABILIDADE DE


ANÁLISE DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO CONHECIMENTO. Sendo o
habeas corpus, ação penal de rito sumaríssimo, que exige prova pré-constituída e não
admite instrução posterior, torna-se inviável o seu conhecimento quando inexistentes
documentos comprobatórios da constrição cautelar ilegal. HABEAS CORPUS NÃO
CONHECIDO.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Habeas Corpus nº


5020718.09.2020.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, em que é Impetrante Giovani de Sousa Filgueiras e Paciente
Manoel Xavier Godoy.

ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça


do Estado de Goiás, por unanimidade de votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em não conhecer
da ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o


julgamento, Ivo Favaro e o Juiz Átila Naves Amaral, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos. Ausente, momentaneamente, o Desembargador Nicomedes Domingos Borges.

Presente o ilustre Procurador de Justiça, Doutor Cássio Roberto Teruel Zarzur.

Goiânia, 04 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5020718.09.2020.8.09.0000
DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

10-jc

HABEAS CORPUS Nº 5020718.09.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE GIOVANI DE SOUSA FILGUEIRAS

PACIENTE MANOEL XAVIER GODOY

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATÓRIO

GIOVANI DE SOUSA FILGUEIRAS, advogado regularmente inscrito na OAB/GO sob


nº 25.788, impetra o presente habeas corpus preventivo, com pedido de liminar, em favor de MANOEL XAVIER
GODOY, apontando como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da 3ª Vara de Família da Comarca de Goiânia/GO.

Declara o impetrante, que há fundado receio de que o paciente venha a ser ilegalmente
detido, pois possui contra si mandado de prisão expedido pela supracitada autoridade coatora, em ação de execução de
seus dois filhos, representados por sua genitora.

Relata que não conseguiu se habilitar nos autos da execução de alimentos nº


0142061.90.2015.8.09.0175, que transcorre sobre segredo de justiça, tendo a ordem de prisão sido expedida sem a
observância do devido processo legal (contraditório e ampla defesa).

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NR.PROCESSO: 5020718.09.2020.8.09.0000
Argumenta ainda que, na própria decisão que decretou a prisão civil, o magistrado
singular reconheceu que o paciente apresentou comprovantes de pagamentos de parte do débito, todavia, entendeu
que remanesce um débito no valor de R$ 10.816, 95 (dez mil, oitocentos e dezesseis reais e noventa e cinco centavos)
e determinou a expedição do mandado de prisão.

Alega que não há atualidade e urgência no pagamento do montante remanescente apto


a justificar a prisão, porquanto remonta a débitos do ano de 2014.

Aduz que efetuou o pagamento das pensões durante todo o ano de 2019 conforme
suas possibilidade.

Por derradeiro, deduz pedido de concessão da ordem de imediato, para que seja
expedido em favor do paciente o necessário salvo conduto, haja vista o eminente risco de que venha a ser custodiado.

Com a inicial vieram os documentos da movimentação 1.

Liminar indeferida na movimentação 4.

Requestada a prestação de informes, a autoridade judiciária prestou-as devidamente


na movimentação 7.

Parecer da Procuradoria de Justiça (fls. 43/49), por seu representante, Dr. Marcos de
Abreu e Silva, manifestando pelo não conhecimento do pedido.

É o relatório.

Passa-se ao VOTO.

Cuida-se de habeas corpus liberatório, impetrado em proveito de MANOEL XAVIER GODOY, a pretexto de ele estar
padecendo constrangimento ilegal à sua liberdade de locomoção, ante a iminência de ser custodiado. Indica como
autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da 3ª Vara de Família da Comarca de Goiânia/GO.

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NR.PROCESSO: 5020718.09.2020.8.09.0000
Como é cediço, o habeas corpus, ação mandamental constitucional de rito sumaríssimo, deve ser instruído, no momento
da impetração, com todos os documentos necessários à análise do pedido, sob pena de indeferimento.

Nessa senda, leciona o jurista Julio Fabbrini Mirabete1:

"O pedido de habeas corpus deve ser devidamente instruído com provas pré-
constituídas que demonstrem ao julgador a veracidade do fato que o impetrante aponta
como ilegal e que configuraria, pelo menos em tese, constrangimento indevido, de tal
forma que não evidenciada a coação alegada, não cabe outra solução que não a
denegação da ordem."

No caso em apreço, verifica-se que o impetrante não cuidou de juntar cópia da mencionada decisão que decretou a
prisão civil do paciente, pelo que é inviável a sua apreciação em face da ausência de prova pré-constituída.

Ademais, tal deficiência instrutória não foi suprida nem pelas informações trazidas pela apontada autoridade coatora,
nem por pesquisas no sítio eletrônico desta Corte, o que torna impossível a análise da alegada ausência de
fundamentação pela documentação contida nos autos.

Nessa esteira, traz-se à colação o seguinte julgado:

“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO TEMPORÁRIA. AUSÊNCIA


DE FUNDAMENTAÇÃO. NEGATIVA DE AUTORIA. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA. PREDICADOS PESSOAIS. MEDIDAS CAUTELARES. INSTRUÇÃO
DEFICIENTE. INVIABILIDADE DE ANÁLISE DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO
CONHECIMENTO. 1 - Sendo o habeas corpus, ação penal de rito sumaríssimo, que
exige prova pré-constituída e não admite instrução posterior, diante da ausência da
cópia da decisão que decretou a prisão temporária do paciente, documento
indispensável para o exame do pedido, torna inviável o seu conhecimento. 2 - Ordem
não conhecida.” (TJGO, HABEAS-CORPUS 188955-38.2013.8.09.0000, Rel. DES. J.
PAGANUCCI JR., 1A CAMARA CRIMINAL, julgado em 27/06/2013, DJe 1355 de
01/08/2013).

Destarte, sendo o habeas corpus, ação penal de rito sumaríssimo, que exige prova pré-constituída e não admite
instrução posterior, torna-se inviável o seu conhecimento.

Nessa linha de raciocínio, acolhido o parecer ministerial de cúpula, não conheço da ordem impetrada, nos termos acima
explicitados.

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NR.PROCESSO: 5020718.09.2020.8.09.0000
É como voto.

Goiânia, 4 de fevereiro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

10-LMDF

1Código de Processo Penal Interpretado. 11ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, p. 1.761.

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NR.PROCESSO: 5020718.09.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. INSTRUÇÃO DEFICIENTE. INVIABILIDADE DE ANÁLISE DO CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. NÃO CONHECIMENTO. Sendo o habeas corpus, ação penal de rito sumaríssimo, que exige prova pré-
constituída e não admite instrução posterior, torna-se inviável o seu conhecimento quando inexistentes documentos
comprobatórios da constrição cautelar ilegal. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/02/2020


15:04:44

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5078147.31.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : CLAUDIO PEREIRA MENDES
POLO PASSIVO : JUIZA DE DIREITO DA COMARCA DE SILVÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLAUDIO PEREIRA MENDES


ADVG. PARTE : 22870 GO - CLAUDIO PEREIRA MENDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5078147.31.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

HABEAS CORPUS Nº 5078147.31.2020.8.09.0000

COMARCA DE SILVÂNIA

IMPETRANTE: Cláudio Pereira Mendes

PACIENTE: Edson Batista dos Santos

RELATORA: Desa. Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos

DESPACHO
Trata-se de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado Cláudio Pereira
Mendes, inscrito na OAB-GO sob nº 22.870, em favor de EDSON BATISTA DOS SANTOS, já qualificado nos
autos, ao argumento de que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal, apontando como autoridade
coatora o MM. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Silvânia.

Compulsando os autos em apreço, verifica-se da leitura da peça inaugural apresentada pelo


impetrante, que esta se encontra incompleta, ou seja, constata-se a ausência de folhas, não sendo possível a
verificação completa dos argumentos e pedidos formulados.

Assim, em atenção ao princípio da ampla defesa, converto o feito em diligência e determino a


intimação do impetrante, COM URGÊNCIA, a fim de juntar a petição completa do habeas corpus e respectivos
documentos que o instruem, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de indeferimento liminar da
petição inicial (Artigo 235, inciso I, do RITJGO).

Após, volvam conclusos.

Cumpra-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5078147.31.2020.8.09.0000
Desembargadora AVELIRDES ALMEIDA P. DE LEMOS
RELATORA

(04/03)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 17:24:59

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5075779.49.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : RUI CARLOS DA SILVA
POLO PASSIVO : JUIZO DE PRIMEIRO GRAU
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RUI CARLOS DA SILVA


ADVG. PARTE : 52146 GO - RUI CARLOS DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5075779.49.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5075779.49.2020.8.09.0000

COMARCA DE CALDAS NOVAS

IMPETRANTES RUI CARLOS DA SILVA

BRENO CAMILO VILELA

PACIENTE RAFAEL ALVES DA SILVA

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DECISÃO LIMINAR

Os advogados Rui Carlos da Silva e Breno Camilo Vilela, inscritos na OAB/GO nos 52.146 e 53.339,
impetram ordem de habeas corpus, com pedido de liminar, em proveito de RAFAEL ALVES DA SILVA, qualificado,
indicando como autoridade coatora o Juízo da Vara Criminal da Comarca de Caldas Novas/GO.

Consta da peça inicial que o paciente está sendo investigado pela prática do crime previsto no artigo 33,
caput, da Lei nº 11.343/06, porque, no dia 11 de novembro de 2019, supostamente trazia consigo substância
entorpecente e que, em 13 de novembro de 2019, o flagrante foi convertido em preventiva, posteriormente foi realizada
a audiência de custódia e indeferido o pedido de revogação da medida.

Alegam que ausentes os fundamentos autorizadores da segregação cautelar, que deve ser a ultima ratio,
notadamente diante dos bons predicados pessoais ostentados pelo paciente, tornando suficientes as medidas
cautelares do artigo 319 do Código de Processo Penal.

Alegam que a prisão preventiva carece de contemporaneidade, porque não reavaliada a cada noventa dias,
e que deve ser prestigiado o princípio constitucional da presunção de inocência.

Pontuam que a unidade prisional da cidade de Caldas Novas está superlotada e inexiste real necessidade
de manter o paciente preso preventivamente.

Por derradeiro, pugna pela concessão da ordem, em sede de liminar, a fim de que a liberdade do paciente
seja restabelecida, com a consequente expedição do alvará de soltura, ainda que condicionado ao estabelecimento de
cautelares mais brandas.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5075779.49.2020.8.09.0000
Acostou documentos.

Decido.

Passo a apreciar o pedido de tutela de urgência.

Em um breve exame dos autos, não constato, de imediato, a necessidade do deferimento da medida in
limine, ponderando a superficialidade dos fundamentos delineados, os quais necessitam uma análise mais aprofundada,
imprópria nesta apreciação inicial.

A segregação cautelar encontra-se fundamentada no resguardo da ordem pública, na conveniência da


instrução criminal e futura aplicação da lei penal, conforme decisões colacionadas à movimentação 1, arquivos 16 e 23,
sendo que a averiguação da pertinência da motivação dada pela autoridade indigitada coatora exige análise mais
aprofundada do remédio heroico, motivo pelo qual o regular processamento do writ mostra-se indispensável para a
formação de um juízo mais preciso sobre a situação jurídica em comento.

Observo, ainda, que o paciente e a corré Mayara Santos Mota estão foram denunciados pelos crimes de
tráfico de drogas e associação para o tráfico, caso em que, se forem condenados, a eles poderá ser imposta pena de
reclusão em patamar superior a quatro anos.

Nessas circunstâncias, não infiro, na presente fase processual, em que a cognição é superficial, o requisito
autorizador da medida liminar, ausente o fumus boni iuris, indispensável à antecipação da tutela postulada.

Dessa forma, indefiro a liminar pleiteada.

Oficie-se à autoridade indigitada coatora para que preste as informações que reputar necessárias, no prazo
de 48 (quarenta e oito) horas.

Em seguida, encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral de Justiça, para que se manifeste sobre a


ordem impetrada, no prazo de lei.

Cumpra-se e intimem-se.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5075779.49.2020.8.09.0000
DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

3/VAA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 17:24:16

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5070196.83.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MVRP
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MVRP


ADVG. PARTE : 38354 GO - WDINEIA PEREIRA DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : WPO


ADVG. PARTE : 38354 GO - WDINEIA PEREIRA DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : BOC


ADVG. PARTE : 38354 GO - WDINEIA PEREIRA DE OLIVEIRA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:47:24

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5638999.95.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : CARLOS ROGERIO PINTO BRASIL
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARLOS ROGERIO PINTO BRASIL


ADVG. PARTE : 34714 GO - CARLOS ROGERIO PINTO BRASIL

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5638999.95.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5638999.95.2019.8.09.0000 – FORMOSA

IMPETRANTE : CARLOS ROGÉRIO PINTO BRASIL

PACIENTE : CARLOS ALBERTO DA SILVA

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. REGIME. PROGRESSÃO.


SEMIABERTO. REQUISITOS. PREENCHIMENTO. NÃO CONHECIMENTO.
PLEITO. JUÍZO SINGULAR. APRECIAÇÃO. DEMORA. ALEGAÇÃO SUPERADA. 1
– Impõe-se o não conhecimento do pedido de progressão de regime, se os autos
não trazem elementos para tal aferição, até porque cabe ao juízo da execução
decidir sobre a matéria. 2- Noticiado, pela magistrada, que o pleito da defesa seria
prontamente analisado, superado o alegado atraso.

Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, denegada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo o parecer da Procuradoria-
Geral de Justiça, conhecer parcialmente do pedido e, nessa extensão, denegar a ordem, nos
termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e o Juiz
Sival Guerra Pires, substituto do Desembargador Itaney Francisco Campos. Presente,
representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra Lino
Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5638999.95.2019.8.09.0000
Relator

IMPETRANTE : CARLOS ROGÉRIO PINTO BRASIL

PACIENTE : CARLOS ALBERTO DA SILVA

RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus impetrado em prol de Carlos Alberto da Silva, condenado a


42 (quarenta e dois) anos, 9 (nove) meses e 8 (oito) dias de reclusão, regime fechado, pela
prática de variados crimes (homicídios, disparo de arma de fogo e tráfico de drogas). Aponta
autoridade coatora o Juiz de Direito da Vara das Execuções Penais da Comarca de Formosa.

O impetrante relata que Carlos Alberto faz jus à progressão há mais de um ano, mas
requerida a realização de novos cálculos de liquidação, a autoridade coatora deixou de decidir e
determinou a remessa dos autos à Vara Regional de Execução Penal na Comarca de Formosa,
em virtude da Resolução nº 92 do Órgão Especial do Tribunal; sustenta demora na análise do
pedido que viabilizaria o desconto da sanção no semiaberto.

Assim, busca, desde logo, o ingresso no regime mais brando, e a feitura de novos
cálculos, incluindo os dias trabalhados e mantida a data base a da última prisão.
Alternativamente, que a magistrada adote a providência no prazo de 48 (quarenta e oito horas),
ou outro razoável, nos termos da Lei 13.869; que o feito está paralisado há mais de 3 (três)
meses e este é o terceiro remédio constitucional impetrado, mas até a presente data sequer
obtida resposta do Juízo.

Registra que o paciente possui problemas na visão e necessita de tratamento médico,


pois o local onde se encontra preso não oferece condições para tanto.

Juntou documentos.

Liminar indeferida (evento 6).

A autoridade judicial prestou esclarecimentos (evento 14).

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NR.PROCESSO: 5638999.95.2019.8.09.0000
A Procuradoria-Geral de Justiça manifestou-se pelo conhecimento parcial e, nessa
parte, pelo indeferimento (evento 17).

É o relatório.

VOTO

Quanto ao pleito de progressão, a pretexto de que o paciente preenche os requisitos


objetivo e subjetivo, imperioso dizer que os documentos anexados à impetração são insuficientes
para análise da questão, que deve ser enfrentada pelo Juízo da Execução Penal.

No tocante à demora para apreciação do pleito progressivo, consoante noticiado pela


dirigente procedimental, os autos seriam prontamente apreciados, inclusive o cálculo de penas.

Dessa forma, superada a ilegalidade posta na impetração, pois, como visto, o paciente
terá pronunciamento judicial para o requerimento feito.

Pertinente ao tema, por ser do âmbito da execução penal, o julgado:

“Condenação por estelionato. Pena: 3 anos e 6 meses, regime inicial semiaberto.


Habeas corpus pedindo seja o paciente mantido no regime semiaberto e livramento
condicional. 1 - Considerando que os autos foram devolvidos pelo Ministério Público
com manifestação, estando conclusos para apreciação do pedido de livramento
condicional, resta superada a alegação de demora. 2 - Eventual regressão ou direito
à progressão para o aberto devem ser apurados em procedimento próprio com
aprofundamento de provas inviável em sede de habeas corpus. 3 - Não sendo
evidente, a análise de livramento condicional envolve dilação probatória imprópria
no procedimento de habeas corpus. 4 - Conclusão: habeas corpus conhecido
parcialmente e, nesta parte, denegada a ordem; parecer desacolhido”(TJGO,
HABEAS-CORPUS 252575-87.2014.8.09.0000, Rel. DES. EDISON MIGUEL DA
SILVA JR, 2A CAMARA CRIMINAL, julgado em 07/08/2014, DJe 1610 de
20/08/2014).

Assim, sem gravame a ser reparado na ação mandamental. Acolho, conheço


parcialmente e, nessa extensão, denego a ordem.

É o voto.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5638999.95.2019.8.09.0000
Des. Ivo Favaro,

Relator

08

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5638999.95.2019.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. REGIME. PROGRESSÃO.
SEMIABERTO. REQUISITOS. PREENCHIMENTO. NÃO CONHECIMENTO.
PLEITO. JUÍZO SINGULAR. APRECIAÇÃO. DEMORA. ALEGAÇÃO SUPERADA. 1
– Impõe-se o não conhecimento do pedido de progressão de regime, se os autos
não trazem elementos para tal aferição, até porque cabe ao juízo da execução
decidir sobre a matéria. 2- Noticiado, pela magistrada, que o pleito da defesa seria
prontamente analisado, superado o alegado atraso.

Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, denegada.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:47:27

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5047247.65.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : THALES MEIRELLES BASTOS TELES
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : THALES MEIRELLES BASTOS TELES


ADVG. PARTE : 39578 DF - THALES MEIRELLES BASTOS TELES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5047247.65.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5047247.65.2020.8.09.0000 – VALPARAÍSO DE GOIÁS


IMPETRANTE : THALES MEIRELLES BASTOS TELES

PACIENTE : ALERSON DE OLIVEIRA LIMA

RELATOR : DES. IVO FAVARO

HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. DECISÃO


FUNDAMENTADA. LEGALIDADE. Mantém-se a custódia cautelar, visando
resguardar a ordem pública, diante da gravidade concreta da conduta, em tese,
praticada (art. 312 do CPP).

Ordem denegada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo o parecer ministerial,
conhecer do pedido e denegar a ordem impetrada, nos termos do voto do Relator e da Ata de
Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e o Juiz
Sival Guerra Pires, substituto do Desembargador Itaney Francisco Campos. Presente,
representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra Lino
Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5047247.65.2020.8.09.0000
Des. Ivo Favaro

Relator

IMPETRANTE : THALES MEIRELLES BASTOS TELES

PACIENTE : ALERSON DE OLIVEIRA LIMA

RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Pede-se a soltura de Alerson de Oliveira Lima, preso em flagrante em 05.12.2019,


convertido em preventiva, por suposta incursão no artigo 157, § 2º, II, e § 2º-A, I, do Código
Penal, porque teria, na companhia de Vinícius Alexandre da Costa, subtraído camisetas,
bermudas, sandálias, tênis, relógios, pulseiras, óculos, mercadorias avaliadas em R$ 3.000,00
(três mil reais), da loja MV Multimarcas. Aponta autoridade coatora o Juiz de Direito da 2ª Vara
Criminal da Comarca de Valparaíso de Goiás.

Afirma que o paciente possui bons predicados pessoais, garantidores da liberdade


provisória, e desenvolveu pseudoartrose da tíbia da perna esquerda, proveniente de acidente,
quadro que impõe tratamento incompatível com o ambiente carcerário; sustenta ausência de
fundamentação e requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal; Pleiteia a liminar para a
soltura e, ao final, a concessão definitiva da ordem.

Instruiu o pedido com documentos.

Liminar indeferida (evento 8).

Prestados os costumeiros informes pelo Juízo (evento 11).

A Procuradoria-Geral de Justiça opina pelo conhecimento parcial da ordem e, nessa


parte, pela denegação (evento 14).

É o relatório.

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NR.PROCESSO: 5047247.65.2020.8.09.0000
VOTO

Está comprovado que o paciente foi submetido a intervenção cirúrgica em 2018. Qualquer
necessidade de ordem médica deverá ser provida pelo diretor do estabelecimento penal onde ele
está.

Neste aspecto, convém frisar que a condutora do feito, no dia 19.12.2019, determinou
fosse encaminhado ofício à unidade prisional para averiguação das condições físicas atuais do
paciente, o que demonstra que o estado de saúde de Alerson está sendo acompanhado com
desvelo.

Lado outro, analisando o decreto conversivo, vejo que especado na gravidade da


conduta da suspeita.

Com efeito, vê-se que a vítima Ana Carolina Cezar Guedes, proprietária do
estabelecimento onde ocorreu o fato, relatou que ela e sua sogra foram rendidas por dois
homens, um deles armado, ameaçadas de morte, obrigadas a deitar no chão e, como o caixa
estava vazio, ajudou-os a encher sacolas com produtos da loja.

Dessa forma, demonstrada a perigosidade da conduta, a decisão judicial apresenta


fundamentação idônea para manter a cautela detentiva, visando resguardar a ordem pública.

Sobre o tema, o julgado:

“HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. CONCURSO DE PESSOAS.


EMPREGO DE ARMA DE FOGO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA E
DOS REQUISITOS DA PRISÃO. PREDICADOS PESSOAIS. MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS. 1 - Estando a prisão preventiva fundamentada em
elementos emergentes dos autos que demonstram a gravidade concreta da conduta
imputada, impositiva sua manutenção a fim de resguardar a ordem pública. 2 –
Cediço que a presença de predicados pessoais, isoladamente, não garante a
liberdade, quando outros elementos nos autos convergem para a imperiosidade da
custódia, não se mostrando suficientes as medidas cautelares. 3 – Ordem
conhecida e denegada” (TJGO, Habeas Corpus (CF e Livro III, Título II, Capítulo X
do Código de Processo Penal) 5000652-08.2020.8.09.0000, Rel. J. PAGANUCCI
JR., 1ª Câmara Criminal, julgado em 31/01/2020, DJe de 31/01/2020).

Predicados pessoais não foram comprovados e mesmo se fossem bons não autorizaria
a soltura, presentes as hipóteses do artigo 312 do Código de Processo Penal.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5047247.65.2020.8.09.0000
Assim, não há gravame a ser reparado. Acolho, conheço e denego a ordem.

É o voto.

Des. Ivo Favaro,

Relator

10

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5047247.65.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. DECISÃO
FUNDAMENTADA. LEGALIDADE. Mantém-se a custódia cautelar, visando
resguardar a ordem pública, diante da gravidade concreta da conduta, em tese,
praticada (art. 312 do CPP).

Ordem denegada.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 09:48:21

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5628592.30.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Execução Penal
POLO ATIVO : CARLOS ALBERTO LOPES
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARLOS ALBERTO LOPES


ADVG. PARTE : 39254 GO - DIEGO RODRIGUES DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5628592.30.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 5628592.30.2019.8.09.0000 – GOIÂNIA

AGRAVANTE : CARLOS ALBERTO LOPES

AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. PRESÍDIO. SEGURANÇA


MÁXIMA. PERMANÊNCIA. PRORROGAÇÃO. O histórico de condenações e
informações de inteligência da Secretaria de Segurança Pública, que revelam a
estreita ligação com perigosas facções criminosas, justificam a prorrogação de
permanência do agravante no presídio federal em que se encontra, pelo prazo
estipulado.

Agravo desprovido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do agravo e negar-lhe provimento, nos
termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos e Nicomedes Domingos Borges.
Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra
Lino Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5628592.30.2019.8.09.0000
Relator

AGRAVANTE : CARLOS ALBERTO LOPES

AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO

RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Trata-se de agravo em execução de Carlos Alberto Lopes da decisão da Juíza da 1ª


Vara de Execução Penal da Capital, que deferiu a renovação do prazo de permanência dele no
Presídio Federal de Porto Velho-RO, pelo prazo de 360 dias (trezentos e sessenta dias)
(movimentação 1, arquivo 2).

O inconformismo aponta que não carreado aos autos nenhum relatório atualizado que
indique que os motivos da sua inclusão no sistema penitenciário federal permanecem; que a
decisão que deferiu a prorrogação é concisa e balda de fundamentação. Argumentando, ainda,
que a medida é desnecessária e inviável, vez que não há nos autos qualquer prova da sua
ligação com a facção criminosa “Comando Vermelho” ou seu envolvimento em rebeliões no
Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia; que o encarceramento deve ser próximo de sua
família, especialmente por ser portador de hepatite C, e sem receber tratamento médico
adequado no presídio em que se encontra; que possui bom comportamento carcerário e, assim,
deve ser autorizado o seu retorno para o complexo prisional de Aparecida de Goiânia – GO, ou
para o Presídio Especial de Planaltina – GO.

Quer, em arremate, o seu imediato retorno ao sistema penitenciário do Estado de


Goiás; alternativamente, pugna a redução do prazo máximo de prorrogação (movimentação 1,
arquivo 2) ou o retorno paras Aparecida de Goiânia ou para o Presídio Especial de Planaltina-Go.

Em contrarrazões, o Ministério Público manifesta-se pelo conhecimento e improvimento


do agravo (movimentação 1, arquivo 4).

Em juízo de retratação, a decisão foi mantida (movimentação 1, arquivo 5).

A Procuradoria de Justiça opina pelo conhecimento e desprovimento (movimentação 9,


arquivo 1).

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NR.PROCESSO: 5628592.30.2019.8.09.0000
É o relatório.

VOTO

Presentes os pressupostos, conheço.

Conforme relatado, o reeducando peleja contra a decisão que deferiu a renovação do


prazo de sua permanência no Presídio Federal de Porto Velho-RO, pelo prazo de 360 dias
(trezentos e sessenta dias).

Inicialmente, deve-se salientar que o agravante foi condenado ao cumprimento da pena


de 94 (noventa e quatro) anos, 3 (três) meses e 9 (nove) dias de reclusão pela prática dos crimes
de roubo (por seis vezes), uso de documento falso (por duas vezes), homicídio simples e
homicídio qualificado (por duas vezes), desacato e porte ilegal de arma de fogo.

Sabe-se, ainda, que o reeducando cometeu os crimes enquanto se encontrava foragido


do sistema prisional, tendo evadido por 6 (seis vezes), a última delas em 2013, ano em que
sofreu a última condenação.

Assim, a periculosidade do apenado e a sua forte ligação com o Primeiro Comando da


Capital (PCC) e também com o Comando Vermelho (CV), liderando rebeliões ocorridas dentro do
cárcere estadual, motivaram a transferência para o Presídio Federal de Rondônia.

Sobre a prorrogação de permanência em presídio federal, a Lei n. 11.671 estabelece


que:

“Art. 10. A inclusão de preso em estabelecimento penal federal de segurança


máxima será excepcional e por prazo determinado.

§ 1º. O período de permanência não poderá ser superior a 360 (trezentos e


sessenta) dias, renovável, excepcionalmente, quando solicitado motivadamente
pelo juízo de origem, observados os requisitos da transferência”.

Saliente-se não haver necessidade de fatos novos para justificar a manutenção, desde
que presentes os motivos que ensejaram o pedido inicial, conforme entendimento do Superior

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NR.PROCESSO: 5628592.30.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça (nesse sentido: HC: 349668 PR 2016/0045598-2. Relator: Min. RIBEIRO
DANTAS. QUINTA TURMA. Data de Publicação: DJe 03.03.2017).

No que se refere à decisão recorrida, nota-se que foi embasada no Relatório de


Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, com menção à participação
do apenado em facção criminosa, ressaltando a participação dele como um dos líderes da
rebelião ocorrida em 23.02.2017. Assim, devidamente justificada e amparada nos dispositivos
legais, não se há falar em decisão desprovida de fundamentação.

Observa-se, ainda, que não prospera a alegação defensiva de que o agravante não
está recebendo tratamento adequado para a “hepatite C” no presídio em que se encontra. Consta
dos autos vários prontuários médicos, inclusive psiquiátricos e psicológicos, com descrição de
consultas e exames, aos quais têm se submetido naquela localidade (movimentação 1, arquivo
3).

Sobre a ausência de relatório atualizado, cumpre ressaltar que antes mesmo de


expirado o prazo de permanência, a Diretoria do Sistema Penitenciário Federal encaminhou ofício
ao Juiz Federal Corregedor da Penitenciária Federal de Porto Velho, sugerindo que o reeducando
não seja devolvido ao Sistema Penitenciário do Estado de Goiás, nos seguintes termos:

“CARLOS ALBERTO LOPES é integrante da organização criminosa


autodenominada "Comando Vermelho - CV" e encontrava-se preso no Presídio
Estadual de Formosa/GO. (…) Dados apontam que o preso exercia liderança
negativa dentro das unidades prisionais e era também um dos responsáveis por
violar a ordem pública e a paz social dentro e fora das unidades prisionais. Foi
apontado como um dos líderes do grave conflito ocorrido no dia 23FEV2017 no
interior do Presídio Odenir Guimarães em Aparecida de Goiânia/GO, ocorrência
em que 05 (cinco) detentos foram mortos e 35 (trinta e cinco) ficaram feridos. O
preso CARLOS ALBERTO LOPES foi um dos responsáveis que negociaram a
entrega de 05 (cinco) pistolas após a guerra interna na Unidade Prisional -
Presídio Odenir Guimarães.

No período do último ano, até a presente data, o interno recebeu 27 (vinte e sete
atendimentos jurídicos (um deles pela Defensoria Pública e os outros por
advogados por ele constituído); e foi registrado 21 (vinte e uma) visitas recebidas
(visitas em parlatório).

Referente a conduta disciplinar na Penitenciária Federal em Porto Velho


constatou-se que o preso CARLOS ALBERTO LOPES responde ao Processo
Disciplinar de Preso nº 37/2019 por, em tese, ter praticado falta disciplinar de
natureza MÉDIA, conforme previsto no artigo 44, inciso I, do Decreto 5049/2007.
O PDP encontra-se em fase de oitiva de testemunhas.

Cumpre registrar que o Sistema Penitenciário Federal foi concebido com o


objetivo precípuo de abrigar presos diferenciados, provisórios ou não, que
apresentem perfis de elevada periculosidade e/ou influência negativa sobre
outros presos, cuja permanência no Sistema Penitenciário Estadual represente
uma contaminação do ambiente prisional ou ponha em risco a ordem e a

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NR.PROCESSO: 5628592.30.2019.8.09.0000
segurança pública ou, ainda, a vida dos próprios presos. (…)

Ante o exposto, a Diretoria do Sistema Penitenciário Federal entende que o


referido preso desempenha função de liderança e atua de forma relevante dentro
da organização criminosa que atua, além de colocar em risco a garantia da ordem
pública e a paz social, nestes termos, SUGERE-SE que o preso CARLOS
ALBERTO LOPES, não seja devolvido ao Sistema Penitenciário do Estado de
Goiás”. (SIC) (movimentação 1, arquivo 4)

Considerando que no decorrer do primeiro período o reeducando já responde por um


processo disciplinar, com sugestão da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal para sua
permanência no presídio onde se encontra, insuficiente seria a redução do prazo de 360
(trezentos e sessenta) dias, como pretende a defesa.

Fato é que a permanência dele no cárcere federal é medida acautelatória, haja vista o
histórico de condenações e informações de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública que
revelam sua estreita ligação com perigosas facções criminosas goianas. Assim, embora o Estado
de Goiás possua penitenciárias de segurança máxima, fica evidente a impossibilidade de manter
o apenado sob sua custódia, sem comprometer o sistema penitenciário goiano.

Ante o exposto, acolho o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conheço do recurso


e nego-lhe provimento.

É como voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

07

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NR.PROCESSO: 5628592.30.2019.8.09.0000
EMENTA – AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. PRESÍDIO. SEGURANÇA
MÁXIMA. PERMANÊNCIA. PRORROGAÇÃO. O histórico de condenações e
informações de inteligência da Secretaria de Segurança Pública, que revelam a
estreita ligação com perigosas facções criminosas, justificam a prorrogação de
permanência do agravante no presídio federal em que se encontra, pelo prazo
estipulado.

Agravo desprovido.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:49:03

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5047191.32.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JFMS
POLO PASSIVO : VCL
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : JFMS


ADVG. PARTE : 54889 GO - JOÃO FRANCISCO MENDES DA SILVA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:49:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5027172.05.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : PRBS
POLO PASSIVO : JP
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : PRBS


ADVG. PARTE : 36395 GO - PAULO ROBERTO BORGES DA SILVA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:49:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5038755.84.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JESSICA MARTINS DIONISIO
POLO PASSIVO : PRESIDENTE DO TJ
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JESSICA MARTINS DIONISIO


ADVG. PARTE : 36034 GO - JESSICA MARTINS DIONISIO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5038755.84.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5038755.84.2020.8.09.0000 - ITUMBIARA

IMPETRANTE : JÉSSICA MARTINS DIONÍSIO

PACIENTE : CARLOS HENRIQUE SOUZA SANTOS

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO. MONITORAMENTO


ELETRÔNICO. DESCUMPRIMENTO. REGRESSÃO. PAD. FALTA FORA DO
PRESÍDIO. DESNECESSIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AUSÊNCIA. 1
– O descumprimento reiterado do monitoramento eletrônico autoriza a regressão
prisional (art. 146-C, parágrafo único, I, LEP). 2 – Falta fora do presídio prescinde
da realização do procedimento administrativo disciplinar.

Ordem denegada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolher parecer da Procuradoria-Geral
de Justiça, conhecer e denegar a ordem, nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e Itaney
Francisco Campos. Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o
Procurador Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5038755.84.2020.8.09.0000
Relator

IMPETRANTE : JÉSSICA MARTINS DIONÍSIO

PACIENTE : CARLOS HENRIQUE SOUZA SANTOS

RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Carlos Henrique Souza


Santos, condenado à pena unificada de 15 (quinze) anos, 11 (onze) meses e 7 (sete)
dias de reclusão, a pretexto de constrangimento ilegal no decorrer do resgate da pena.
Aponta autoridade coatora o Juiz da Vara da Execução Penal da Comarca de
Itumbiara.

Relata que o paciente cumpria a pena no regime semiaberto, no entanto,


noticiadas violações ao sistema de monitoramento eletrônico, o magistrado o regrediu
sem realização do procedimento administrativo disciplinar, PAD, e prévia audiência de
justificação; que a medida afronta o disposto no artigo 59 da Lei 7.210 e a orientação
da Súmula 533 do STJ.

Requer a liminar e, ao final, a confirmação.

Juntou documentos.

Liminar indeferida (evento 06).

Informações prestadas (evento 09).

A Procuradoria-Geral de Justiça manifestou-se pelo conhecimento e


denegação da ordem (evento 12).

É o relatório.

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NR.PROCESSO: 5038755.84.2020.8.09.0000
VOTO

Busca-se a revogação da prisão de Carlos Henrique Souza Santos.

Obtida a progressão condicionada a medidas cautelares. No entanto,


consoante informes, o paciente descumpriu de forma reiterada as condições do
monitoramento eletrônico, constatadas saídas do local de recolhimento fora dos
horários e dias permitidos, além de não carregar a bateria do equipamento por
diversas vezes.

Ocorre que intimado para justificar as supostas violações, não foi localizado
no endereço indicado nos autos. Após ser preso, realizada audiência e, não acolhidas
as explicações, foi regredido para o regime fechado.

A situação se enquadra no artigo 146-C, parágrafo único, I, da Lei de


Execução Penal, que prevê a possibilidade de regressão no caso de descumprimento
da monitoração eletrônica.

Ressalte-se que a hipótese prescinde da realização do procedimento


administrativo disciplinar, pois as faltas não foram cometidas no interior do
estabelecimento prisional.

Sobre o assunto, julgado do Superior Tribunal de Justiça:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO PENAL.


UTILIZAÇÃO DE TORNOZELEIRA ELETRÔNICA SEM BATERIA. FALTA
GRAVE. VIOLAÇÃO DO PERÍMETRO DE INCLUSÃO. SANÇÃO DISCIPLINAR
DE REGRESSÃO DE REGIME PREVISTA NA LEP. AGRAVO REGIMENTAL
NÃO PROVIDO. 1. A teor dos precedentes desta Corte, a utilização de
tornozeleira eletrônica sem bateria suficiente configura falta grave, nos termos
dos arts. 50, VI, e 39, V, ambos da LEP, pois o apenado, com sua conduta,
descumpre as ordens do servidor responsável pela monitoração e impede a
fiscalização da execução da pena. 2. Além do mais, o reeducando violou a zona
de monitoramento dezoito vezes, o que também autoriza sanção disciplinar de
regressão de regime, a teor do art. 146-C, parágrafo único, I, da LEP. 3. As
instâncias ordinárias consideraram inacreditáveis as alegações de que os fatos se
deram para execução de trabalhos, atendimento de saúde, conversas com
defensor e idas ao fórum eleitoral. As justificativas não podem ser reexaminadas
por este Superior Tribunal, pois trata-se de controvérsia fática, cuja resolução
encontra óbice na Súmula n. 7 do STJ 4. Agravo regimental não provido. (AgRg

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NR.PROCESSO: 5038755.84.2020.8.09.0000
no REsp 1766006/TO, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 06/12/2018, DJe 19/12/2018)

Dessa forma, evidenciada a adequação do ato judicial, não vislumbro


constrangimento ilegal a ser reparado por esta via mandamental.

Ante o exposto, acolhido parecer ministerial, conheço e denego a ordem


impetrada.

É o meu voto.

Des. Ivo Favaro


Relator

04

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5038755.84.2020.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO. MONITORAMENTO
ELETRÔNICO. DESCUMPRIMENTO. REGRESSÃO. PAD. FALTA FORA DO
PRESÍDIO. DESNECESSIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AUSÊNCIA. 1
– O descumprimento reiterado do monitoramento eletrônico autoriza a regressão
prisional (art. 146-C, parágrafo único, I, LEP). 2 – Falta fora do presídio prescinde
da realização do procedimento administrativo disciplinar.

Ordem denegada.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:47:23

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5045219.27.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ALEX DO CARMO NASCIMENTO
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALEX DO CARMO NASCIMENTO


ADVG. PARTE : 44795 GO - ALEX DO CARMO NASCIMENTO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5045219.27.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5045219.27.2020.8.09.0000 - JARAGUÁ

IMPETRANTE : ALEX DO CARMO NASCIMENTO

PACIENTE : MARCOS VINÍCIUS ROCHA QUEIROZ

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. ROUbO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA.


ATO DESMOTIVADO. REITERAÇÃO. REGIME PRISIONAL. NÃO
CONHECIMENTO. INSTRUÇÃO CRIMINAL. TÉRMINO. DEMORA.
INOCORRÊNCIA. 1 – Não se conhece de questão afeta ao mérito da ação penal. 2
– A ilegalidade do decreto prisional conversivo foi apreciada em habeas corpus
anterior, quando denegada a ordem, tratando-se, portanto, de matéria reiterada. 3 -
Não se constata demora excessiva na instrução criminal, diante da ocorrência de
percalços naturais que obstaram a tramitação regular do feito. Ordem parcialmente
conhecida e, nessa extensão, denegada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo parecer ministerial,
conhecer parcialmente do pedido e, nessa extensão, denegar a ordem, nos termos do voto do
Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e o Juiz
Sival Guerra Pires, substituto do Desembargador Itaney Francisco Campos. Presente,
representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra Lino
Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5045219.27.2020.8.09.0000
Des. Ivo Favaro

Relator

IMPETRANTE : ALEX DO CARMO NASCIMENTO

PACIENTE : MARCOS VINÍCIUS ROCHA QUEIROZ

RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Pede-se ordem de soltura de Marcos Vinícius Rocha Queiroz, preso em flagrante em


26.08.2019, convertido em preventiva, pela suposta prática do crime do artigo 157, § 2º, V, e 2º-
A, I, do Código Penal, porque teria, em companhia de outras pessoas não identificadas, subtraído
o caminhão Volvo/FH 440 6X2T, placa ENA 7425, com carga de defensivos agrícolas avaliada
em R$ 1.487.657,00 (um milhão quatrocentos e oitenta e sete mil e seiscentos e cinquenta e sete
reais). Aponta autoridade coatora o Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Jaraguá.

Afirma excesso de prazo na instrução criminal, pois decorridos cerca de 156 (cento e
cinquenta e seis) dias da prisão o paciente sequer foi citado para apresentar defesa escrita;
sustenta não haver fundamento concreto para sedimentar a prisão preventiva; registra que se
trata de crime tentado, o paciente é menor de 21 anos, e o bem foi recuperado, logo, em caso de
condenação, será fixado regime diverso do fechado. Pede liminar, com aplicação de cautelares, e
confirmação subsequente.

Juntou documentos.

Liminar indeferida (evento 6).

Prestados os informes (evento 9).

A Procuradoria-Geral de Justiça opina pelo conhecimento parcial e, nessa parte, pela


denegação (evento 12).

É o relatório.

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NR.PROCESSO: 5045219.27.2020.8.09.0000
VOTO

Destaco que a tese do mérito da ação de conhecimento (regime prisional) não enseja
conhecimento, por reclamar exame aprofundado de provas, inviável neste espaço.

A ilegalidade decorrente da falta de motivação do ato constritivo já foi objeto de análise


no HC nº 5588166-73, julgado por este Tribunal em 19.12.2020, conhecida e denegada a ordem.
Trata-se de matéria reiterada.

Vale frisar que a presença de hipótese autorizadora da prisão preventiva (art. 312 do
CPP), inviabiliza a substituição por medidas cautelares.

De outro lado, quanto à demora para a formação da culpa, segundo o condutor do feito,
a prisão inicial foi convertida em preventiva pelo Juízo de Uruaçu, em 28.08.2019; declinada a
competência para a Ccomarca de Jaraguá em 20.09.2019 (art. 70 do CPP); recebida a denúncia
em 21.11.2019, determinou-se a citação do réu para resposta escrita; o paciente foi recambiado e
ratificada a cautela.

O paciente está preso desde 26.08.2019, portanto há cerca de 166 (cento e sessenta e
seis) dias.

Embora a ação penal em fase inicial, não se constata atraso insuportável, a ponto de
impor relaxamento imediato da prisão processual, pois ocorreram alguns entraves que
prejudicaram a tramitação regular do feito, como o declínio de competência e o recambiamento
do paciente de Uruaçu para Jaraguá.

Dessa forma, há indiciativos de que o curso normal do processo foi retomado e o


magistrado deverá adotar providências para sua agilização.

A propósito, o julgado desta Corte:

“HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO (ART. 157, § 2º, I, II, IV e V, do


CP). EXCESSO DE PRAZO. ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO. PRINCÍPIO DA
RAZOABILIDADE. 1- Incomportável o reconhecimento de excesso de prazo para a
conclusão da instrução, quando não se vislumbra transposição desproporcional ou
qualquer desídia por parte do condutor procedimental, em cotejo ao princípio da
razoabilidade, sobretudo quando se denotam entraves que justificam uma maior

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NR.PROCESSO: 5045219.27.2020.8.09.0000
delonga, como declinação de competência do juízo, necessidade de recambiamento
dos acusados de outro Estado e expedição de cartas precatórias, sem olvidar da
gravidade concreta da conduta imputada, com designação da audiência de instrução
para data próxima. 2- Ordem conhecida e denegada” (TJGO, HABEAS-CORPUS
65302-23.2018.8.09.0000, Rel. DES. J. PAGANUCCI JR., 1A CAMARA CRIMINAL,
julgado em 19/07/2018, DJe 2555 de 30/07/2018).

Assim, diante do contexto relatado, não há gravame a ser reparado. Acolho, conheço
parcialmente e, nessa extensão, denego a ordem impetrada.

É o voto.

Des. Ivo Favaro,

Relator

08

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5045219.27.2020.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA.
ATO DESMOTIVADO. REITERAÇÃO. REGIME PRISIONAL. NÃO
CONHECIMENTO. INSTRUÇÃO CRIMINAL. TÉRMINO. DEMORA.
INOCORRÊNCIA. 1 – Não se conhece de questão afeta ao mérito da ação penal. 2
– A ilegalidade do decreto prisional conversivo foi apreciada em habeas corpus
anterior, quando denegada a ordem, tratando-se, portanto, de matéria reiterada. 3 -
Não se constata demora excessiva na instrução criminal, diante da ocorrência de
percalços naturais que obstaram a tramitação regular do feito. Ordem parcialmente
conhecida e, nessa extensão, denegada.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 09:47:26

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5030430.23.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : VALDENAR RODRIGUES PEREIRA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VALDENAR RODRIGUES PEREIRA


ADVG. PARTE : 14401 GO - VALDENAR RODRIGUES PEREIRA

PARTE INTIMADA : JUSTIÇA PUBLICA


ADVG. PARTE : 14401 GO - VALDENAR RODRIGUES PEREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5030430.23.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

AGRAVO REGIMENTAL NO HC Nº 5030430.23.2020.8.09.0000 - JATAÍ

AGRAVANTE : IAD HASAN ZAGHLUL

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. INICIAL. INDEFERIDA. AGRAVO REGIMENTAL.


DESPROVIDO. Não existindo elemento apto a modificar a decisão que,
fundamentadamente, indefere liminarmente petição de habeas corpus, impõe-se a
manutenção.

Agravo desprovido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, conhecer do agravo e negar-lhe
provimento, nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e o Juiz
Sival Guerra Pires, substituto do Desembargador Itaney Francisco Campos. Proferiu sustentação
oral o Advogado Eurípedes Andrade de Arantes. Presente, representando o órgão de cúpula do
Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

AGRAVANTE : IAD HASAN ZAGHLUL

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NR.PROCESSO: 5030430.23.2020.8.09.0000
RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Agravo regimental de Iad Hasan Zaghlul para a reconsideração da decisão que


indeferiu liminarmente o pedido de revogação da prisão preventiva.

Afirma que não foram esgotadas todas as tentativas de citação pessoal do paciente,
que forneceu três endereços onde poderia ser localizado, porém o indicado na denúncia não foi
observado. Ainda assim, optou-se pela decretação da prisão preventiva.

Alega que o decreto prisional é inconsistente, tal qual o do corréu Eudesnei, que em
idêntica situação foi colocado em liberdade por este Tribunal, o que autoriza a aplicação do artigo
580 do Código de Processo Penal.

Sustenta que os fundamentos do HC 5645776-96 são distintos deste.

Pleiteia o provimento do recurso para ser concedida a ordem pleiteada.

É o relatório.

VOTO

Recurso próprio e tempestivo, dele conheço.

O artigo 364 do RITJGO preceitua: “Caberá agravo regimental, no prazo de cinco dias,
da decisão do Presidente ou relator, que causar prejuízo a parte.”

Como destacado na decisão agravada, no julgamento do HC 5645776-96, em


19.11.2019, esta Corte apreciou a legalidade da prisão preventiva de Iad Hasan, e denegou a
ordem por considerar fundamentado o decreto preventivo, como se vê dos seguintes excertos:

“Analisando o decreto prisional, vejo que arrimado na garantia da instrução


criminal e aplicação da lei penal, pelo fato do paciente ter evadido do distrito
da culpa.

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NR.PROCESSO: 5030430.23.2020.8.09.0000
Com efeito, o magistrado destacou que Iad, deixou o distrito da culpa, sem
comunicar o novo endereço à autoridade judicial. Também consignou “que
todas as tentativas de citação pessoal do referido acusado restaram
infrutíferas, conforme se vê nas certidões de fls. 156 e 161, chegando,
inclusive, a informação que ele estaria em local desconhecido. Todavia,
expediu-se Carta Precatória à Comarca de Goiânia/GO (fls. 158), para
tentativa da citação do mesmo, entretanto esta também restou ineficaz,
sendo informado que ele estaria morando fora do país (fls. 188-verso)”.

Portanto, entende-se que há fundamento suficiente para a manutenção da


prisão, com base em elementos concretos para garantia da instrução
criminal e futura aplicação da lei penal.

(...)

Nas informações, a autoridade coatora destaca que o paciente não


compareceu a audiência realizada no dia 02.10.2019, bem como que ainda
persiste o decreto prisional, cujo respectivo mandado de prisão preventiva
está pendente de cumprimento”.

Observa-se que na impetração anterior já havia sido questionada a validade da citação,


com base na premissa de que não esgotadas todas as tentativas de localização pessoal,
argumento que, como visto, não foi acolhido, resultando na manutenção da medida constritiva.

Agora, o agravante volta a insistir no assunto, mas sem apresentar elemento


essencialmente novo, o que configura reiteração de pedido, não podendo esta Corte reapreciar a
questão, pois já esgotada a jurisdição local.

Outrossim, a documentação apresentada não reflete a integralidade dos autos da ação


penal e a certidão narrativa não descreve com clareza os endereços constantes nos mandados
de citação expedidos. Dessa forma, o agravante não fez prova da suposta similitude com o
corréu, o que inviabiliza a aplicação do artigo 580 do Código de Processo Penal.

Nesse contexto, dada a falta de demonstração do alegado, o pedido não enseja


conhecimento.

Nesse sentido:

HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. CARÊNCIA DE


FUNDAMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. REITERAÇÃO DE
PEDIDOS. NÃO CONHECIMENTO. Constatado que os temas veiculados na
ação penal do habeas corpus, carência de fundamentação da decisão que
impôs ao paciente a prisão antecipada e a ausência dos requisitos do art.
312, do Código de Processo Penal, foram estimados pela Corte, afirmada a

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NR.PROCESSO: 5030430.23.2020.8.09.0000
legalidade da medida extrema, não se conhece da ordem mandamental,
pena de ofensa à coisa julgada formal, ausente fato novo capaz de
reorientar o pronunciamento do colegiado julgador. ORDEM NÃO
CONHECIDA

(TJGO, Habeas Corpus Criminal 5740212-47.2019.8.09.0000, Rel. LUIZ


CLAUDIO VEIGA BRAGA, 2ª Câmara Criminal, julgado em 27/01/2020, DJe
de 27/01/2020)

Feitas tais ponderações, ausente elemento novo capaz de desconstituir a decisão ou


alterar meu convencimento, mantenho a decisão agravada.

Ante o exposto, conheço e desprovejo.

É o voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

04

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NR.PROCESSO: 5030430.23.2020.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. INICIAL. INDEFERIDA. AGRAVO REGIMENTAL.
DESPROVIDO. Não existindo elemento apto a modificar a decisão que,
fundamentadamente, indefere liminarmente petição de habeas corpus, impõe-se a
manutenção.

Agravo desprovido.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 09:47:28

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5039977.87.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : FERNANDO VALADARES CAMPOS
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FERNANDO VALADARES CAMPOS


ADVG. PARTE : 46125 GO - FERNANDO VALADARES CAMPOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5039977.87.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5039977-87.2020.8.09.0000 – ANÁPOLIS

IMPETRANTE : FERNANDO VALARES CAMPOS

PACIENTE : WILLIAN PEREIRA DA SILVA

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. EXCESSO DE PRAZO. CONSTRANGIMENTO


ILEGAL. MEDIDAS CAUTELARES. Impõe-se a soltura do paciente, mediante
cumprimento de medidas cautelares, quando demonstrado excesso de prazo na
instrução processual.

Ordem concedida.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo em parte o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer da ordem impetrada e a conceder, nos termos do voto
do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que o presidiu,


Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e o Juiz Sival Guerra Pires,
substituto do Desembargador Itaney Francisco Campos. Presente, representando o órgão de
cúpula do Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

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NR.PROCESSO: 5039977.87.2020.8.09.0000
IMPETRANTE : FERNANDO VALARES CAMPOS

PACIENTE : WILLIAN PEREIRA DA SILVA

RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Pede-se ordem liberatória de Willian Pereira da Silva, preso em flagrante em


04.09.2019, convertido em preventiva, por suposta incursão nas condutas dos artigos 33 e 16 das
Leis 11.343 e 10.826, em razão de portar e manter em depósito, na residência, 215 (duzentos e
quinze) comprimidos de Ecstasy, e uma arma de fogo, Caramuru, calibre 22, com numeração
raspada e munições. Aponta autoridade coatora o Juiz da 5ª Vara Criminal da Comarca de
Anápolis.

O impetrante alega excesso de prazo, pois o paciente está preso há aproximadamente


146 (cento e quarenta e seis) dias, sem o encerramento da formação da culpa; que os autos
estão conclusos desde o dia 07.10.2019 para designar audiência. Requer a liminar para a soltura,
com a confirmação posterior.

Juntou documentos.

Liminar indeferida pelo Desembargador Itaney Francisco Campos (evento 04).

Sobreveio petição apontando prevenção a este Relator (autos nºs 5540463-49 e


5002102-83) – evento 07.

Decisão do Desembargador Itaney Francisco Campos remetendo os autos (evento 09).

Informações prestadas pela autoridade coatora (evento 17).

A Procuradoria-Geral de Justiça opinou fossem juntadas as informações (evento 19).

Despacho do Relator ressaltando os informes prestados no feito (evento 22).

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NR.PROCESSO: 5039977.87.2020.8.09.0000
A Procuradoria-Geral de Justiça manifesta-se pelo conhecimento e denegação da
ordem (evento 24).

É o relatório.

VOTO

Alega-se excesso de prazo para encerramento da instrução como fundamento do


pedido.

Pelas informações vindas, sabe-se que o paciente foi preso em flagrante em


04.09.2019, convertido em preventiva em 09.09.2019.

O inquérito policial recebido na serventia em 24.09.2019. Denúncia oferecida no dia


30.09.2019, ocasião em que requeridas diligências pelo representante Ministerial.

No dia 02.10.2019 determinada à notificação do paciente para apresentação da


resposta escrita, o que foi atendido em 07.10.2019.

Ocorre que, da data mencionada, 07.10.2019, até hoje, não houve nenhum andamento
no feito, o que equivale dizer que está paralisado, absurdamente, há mais de 4 (quatro) meses.

Não há notícias de recebimento da denúncia e tampouco de audiência designada.

O paciente está recluso há mais de 160 (cento e sessenta) dias e o fato é que a ação
penal está parada, sem qualquer explicação idônea, o que torna a prisão ilegal e imperiosa a
soltura de Willian.

Tenho que a aplicação de medidas cautelares são recomendáveis e adequadas (art.


319 do CPP). Por conseguinte, estabeleço-as da seguinte forma: a) comparecimento mensal ao
Juízo de origem para informar suas atividades, inclusive mantendo seu endereço atualizado; b)
proibição de ausentar-se da Comarca por prazo superior a 15 (quinze) dias, salvo mediante
autorização judicial; c) recolhimento domiciliar a partir das 21 h.

Ante o exposto, acolhendo em parte o parecer da Procuradoria-Geral, conheço da

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NR.PROCESSO: 5039977.87.2020.8.09.0000
impetração e a concedo, com cautelares. Determino a expedição de alvará de soltura do
paciente, colocando-o em liberdade, salvo se por outro motivo estiver preso.

É o voto.

Des. Ivo Favaro

Relator

10

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NR.PROCESSO: 5039977.87.2020.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. EXCESSO DE PRAZO. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. MEDIDAS CAUTELARES. Impõe-se a soltura do paciente, mediante
cumprimento de medidas cautelares, quando demonstrado excesso de prazo na
instrução processual.

Ordem concedida.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 09:48:20

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5042405.42.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ORLANDO SOARES DE MESQUITA FILHO
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ORLANDO SOARES DE MESQUITA FILHO


ADVG. PARTE : 20883 GO - ORLANDO SOARES DE MESQUITA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5042405.42.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

AGRAVO REGIMENTAL NO HC Nº 5042405.42.2020.8.09.0000 - GOIÂNIA

AGRAVANTE : MATEUS SOUZA MESQUITA

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. INICIAL. INDEFERIDA. AGRAVO REGIMENTAL.


DESPROVIDO. Não existindo elemento apto a modificar a decisão que,
fundamentadamente, indefere liminarmente petição de habeas corpus, impõe-se o
desprovimento do agravo.

Agravo desprovido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, conhecer do agravo e negar-lhe
provimento, nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e Itaney
Francisco Campos. Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o
Procurador Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

AGRAVANTE : MATEUS SOUZA MESQUITA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5042405.42.2020.8.09.0000
RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Cuida-se de agravo regimental de Mateus Souza Mesquita para


reconsideração da decisão que indeferiu liminarmente o pedido.

Afirma que os policiais entraram no domicílio do agravante sem


consentimento e ordem judicial e, ainda, ausentes elementos que indicassem a
ocorrência de crime; sustenta que a situação narrada prescinde de dilação probatória,
bastando a averiguação da nulidade por esta Corte; alega a ilicitude das provas
produzidas subsequentemente ante a violação de domicílio, consoante o RE 603616.

Pleiteia o provimento do recurso, para dar prosseguimento a ação.

É o relatório.
VOTO

Recurso próprio e tempestivo, conheço.

O artigo 364 do RITJGO preceitua: “Caberá agravo regimental, no prazo de


cinco dias, da decisão do Presidente ou relator, que causar prejuízo a parte.”

É dos autos que em patrulhamento pela região do Jardim Colorado, policiais


abordaram o agravante, na condução do veículo Ford Fiesta, e no seu interior
localizaram 36 frascos contendo diclorometano, substância conhecida como “loló”. Em
seguida, foram à casa dele e, com sua permissão, fizeram busca e encontraram
insumos e outros utensílios relacionados ao preparo de drogas.

Este relato consta do auto prisional e da denúncia. Embora não apresentada


a decisão, depreende-se que já efetivada a conversão em preventiva.
Vê-se, como já dito, os dados até o momento apresentados não permitem a
constatação da nulidade arguida. A tese de violação de domicílio, se desacompanhada
de prova inequívoca, deve ser tratada de forma ampla no curso da ação penal, pois a
via estreita do HC não comporta dilação probatória.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5042405.42.2020.8.09.0000
Nesse contexto, dada a falta de demonstração do alegado, o pedido não
enseja conhecimento.

Nesse sentido:

HABEAS CORPUS. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO


PERMITIDO E POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO
RESTRITO. REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. ILEGALIDADE DO
FLAGRANTE. SUPERADA. PRISÃO A NOVO TÍTULO. NULIDADE.
PROVAS ILÍCITAS. POSSIBILIDADE FUTURA DE APLICAÇÃO DE
REGIME MAIS BRANDO. NÃO CONHECIMENTO. DILAÇÃO
PROBATÓRIA. VIA ELEITA INADEQUADA. EXCESSO DE PRAZO
FUTURO. CARÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. FALTA DOS
REQUISITOS LEGAIS. INOCORRÊNCIA. PREDICADOS PESSOAIS. NÃO
COMPROVADOS. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO.
INSUFICIENTES. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 1)
Resta superada a arguição de ilegalidade da prisão em flagrante, haja vista
que, a partir da conversão desta em preventiva, a segregação do paciente
passou a ser a novo título. 2) É inadmissível, na via estreita do writ, o pleito
de nulidade de provas obtidas ilicitamente, bem como de apuração de
supostas irregularidades durante a audiência de custódia, quando as
questões demandarem ampla valoração do substrato probatório na ação
penal correspondente, procedimento não cabível na via estreita do
mandamus (...) ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA
EXTENSÃO, DENEGADA (TJGO, Habeas Corpus 5087917-
82.2019.8.09.0000, Rel. NICOMEDES DOMINGOS BORGES, 1ª Câmara
Criminal, julgado em 28/03/2019, DJe de 28/03/2019)

Feitas estas ponderações, ausente elemento novo capaz de desconstituir a


decisão ou alterar meu convencimento, mantenho a decisão agravada.

Ante o exposto, conheço e desprovejo.

É o voto.

Des. Ivo Favaro


Relator

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NR.PROCESSO: 5042405.42.2020.8.09.0000
04

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NR.PROCESSO: 5042405.42.2020.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. INICIAL. INDEFERIDA. AGRAVO REGIMENTAL.
DESPROVIDO. Não existindo elemento apto a modificar a decisão que,
fundamentadamente, indefere liminarmente petição de habeas corpus, impõe-se o
desprovimento do agravo.

Agravo desprovido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 09:48:22

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5560171.85.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Correição Parcial
POLO ATIVO : ALESSANDRO BRUNO BATISTA
POLO PASSIVO : JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALESSANDRO BRUNO BATISTA


ADVG. PARTE : 10590 GO - ROSÂNGELA MAGALHÃES DE ALMEIDA

PARTE INTIMADA : RAITHE RODRIGUES GOMES


ADVG. PARTE : 10590 GO - ROSÂNGELA MAGALHÃES DE ALMEIDA

PARTE INTIMADA : RUIMAR FELIPE MAIA


ADVG. PARTE : 10590 GO - ROSÂNGELA MAGALHÃES DE ALMEIDA

PARTE INTIMADA : ISMAEL FERNANDO SILVA


ADVG. PARTE : 10590 GO - ROSÂNGELA MAGALHÃES DE ALMEIDA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5560171.85.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

CORREIÇÃO PARCIAL Nº 5560171.85.2019.8.09.0000 - SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO

REQUERENTES: ALESSANDRO BRUNO BATISTA


RAITHE RODRIGUES GOMES
RUIMAR FELIPE MAIA
ISMAEL FERNANDES SILVA
REQUERIDO : JD DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SANTO ANTÔNIO
DO DESCOBERTO
RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – CORREIÇÃO PARCIAL. INDEFERIMENTO DE PERÍCIA DE


IDENTIFICAÇÃO DE VOZES. DISPENSABILIDADE. DECISÃO DEVIDAMENTE
MOTIVADA. Inexiste abuso de poder na decisão singular quando, de maneira
devidamente fundamentada, o juiz indefere a realização de perícia de identificação
de vozes, considerada dispensável, notadamente quando não demonstrada a
ocorrência de prejuízo para o exercício da ampla defesa.

Correição conhecida e desprovida.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, pela 2ª Turma Julgadora de sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer da reclamação e desprovê-la, nos termos do
voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos e Nicomedes Domingos Borges.
Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o Procurador Aguinaldo
Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5560171.85.2019.8.09.0000
Des. Ivo Favaro

Relator

REQUERENTES: ALESSANDRO BRUNO BATISTA


RAITHE RODRIGUES GOMES
RUIMAR FELIPE MAIA
ISMAEL FERNANDES SILVA
REQUERIDO : JD DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SANTO ANTÔNIO
DO DESCOBERTO
RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Trata-se de correição parcial, com pedido liminar, ajuizada por Alessandro


Bruno Batista, Raithe Rodrigues Gomes, Ruimar Felipe Maia e Ismael Fernandes Silva
da decisão que indeferiu requerimento de realização de perícia de identificação de voz
no interesse do acusado Raithe (movimentação 1, arquivo 4).

O requerente discorre sobre os fatos, alegando que o magistrado de 1º Grau


fundamentou o indeferimento do pedido de realização da ao argumento de que seria
possível atingir o interesse da defesa sem a necessidade da diligência pleiteada, pois
atualmente as audiências de instrução são gravadas com voz e imagem dos
presentes. Daí ser possível posteriormente ouvir a voz do acusado Raithe e compará-
la com a gravada através da quebra de sigilo telefônico e com isso sanar qualquer
dúvida sobre qual teria sido o papel do mesmo no áudio captado; que na transcrição
realizada pela Polícia Civil houve a inversão de interlocutores, levando à equivocada
conclusão de que Raithe teria participado dos fatos.

Afirma ter apresentado pedido de reconsideração, indeferido pelo magistrado,


bem como nega a autoria dos fatos em relação ao processado Raithe Rodrigues
Gomes.

Ressalta que o registro de áudio das audiências não é o meio apropriado para
fazer a identificação de voz, diante da qualidade dos áudios, que devem ser
analisados por profissional capacitado.

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NR.PROCESSO: 5560171.85.2019.8.09.0000
Conclui que a decisão questionada gera tumulto processual em razão do
apontado erro, sendo cogente sua correção, para permitir a realização da perícia no
áudio capturado na interceptação telefônica feita no celular do acusado Raithe,
referente ao índice 41506293, constante mídia de fl. 129 do pedido de representação
para quebra do sigilo, visando a correta identificação dos interlocutores.

Por fim, pugna o deferimento da liminar, determinando-se a realização da


perícia e, ao final, seja dado provimento à correição parcial cassando a decisão
atacada.
O pedido de reconsideração foi indeferido, mantida a decisão (movimentação
nº 01 – arquivo 8).

Juntou documentos (movimentação nº 01 – arquivos 1 a 21).

Liminar indeferida (movimentação nº 19).

Prestadas informações pelo juízo reclamado (movimentação nº 29, arquivo 1).

A Procuradoria-Geral de Justiça opina pelo improvimento da reclamação


(movimentação nº 33, arquivo 1).

Manifestação do representante ministerial singular pelo não conhecimento da


correição; alternativamente, o seu desprovimento (movimentação nº 35, arquivo 1).

Após nova vista, a Procuradoria-Geral de Justiça reiterou a manifestação


lançada na movimentação nº 33, arquivo 1.

É o relatório.

VOTO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5560171.85.2019.8.09.0000
Impõe-se o conhecimento da correição, uma vez preenchidos os requisitos do
artigo 385 e seguintes do RITJ (movimentação nº 1, arquivos 5 e 7).

O ponto principal versado nos autos refere-se à negativa de realização da


perícia de identificação de voz no interesse do acusado Raithe. Contudo, o
indeferimento da diligência não deve ser considerada tumultuária ou maculada por
abuso de poder, eis que a Lei 9.296 não exige que as gravações dos diálogos
interceptados sejam periciadas, dispensável o exame para identificação das vozes.

Nesse sentido, já pacificou o Superior Tribunal de Justiça que “é


desnecessária a realização de perícia para a identificação de vozes captadas nas
interceptações telefônicas, por falta de previsão legal na Lei 9.296/96 e quando puder
ser aferida por outros meios de provas, sendo incabível o revolvimento do acervo
probatório para fins de identificação do interlocutor (…).” (STJ, AgRg no AREsp
961497/SP, AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2016/0203437-8,
Relator Ministro NEFI CORDEIRO, Sexta Turma, Data do Julgamento 20/03/2018, Data da
Publicação/Fonte DJe 02/04/2018).

Ademais, o juiz condutor do feito é o destinatário das provas e estas


subsidiam a formação do seu convencimento acerca do fato que lhe é apresentado.
Por essa razão, entendendo o magistrado que as provas pretendidas pela defesa não
trarão maiores esclarecimentos para o caso, o indeferimento dessas diligências é
correto.

Outro não é o entendimento dos Tribunais Superiores:

“Ao magistrado é facultado o indeferimento, de forma fundamentada, do


requerimento de produção de provas que julgar protelatórias, irrelevantes ou
impertinentes, devendo a sua imprescindibilidade ser devidamente justificada pela
parte. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF.” (HC 221.015/PR, Rel. Ministro
JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 13/08/2013, DJe 23/08/2013).

Extrai-se da decisão combatida (movimentação 1, arquivo 4) e do


indeferimento do pedido de reconsideração (movimentação 1, arquivo 8) que o
magistrado, de forma fundamentada, explicitou as razões pelas quais entendeu
desnecessária a produção da prova requerida pelos reclamantes neste momento,
ressaltando, inclusive, que a questão poderá ser reavaliada após o interrogatório dos
acusados. Além disso, inexistem prejuízos à defesa advindos dos referidos atos
judiciais.

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NR.PROCESSO: 5560171.85.2019.8.09.0000
Assim, considerando que o indeferimento da prova requerida foi materializado
de forma fundamentada pelo juiz competente, bem como não vislumbrando hipótese
de cerceamento de defesa, a correição não merece procedência.

Ante o exposto, acolhendo parecer ministerial de cúpula, conheço da


correição e nego-lhe provimento.

É como voto.

Des. Ivo Favaro


Relator
02

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NR.PROCESSO: 5560171.85.2019.8.09.0000
EMENTA – CORREIÇÃO PARCIAL. INDEFERIMENTO DE PERÍCIA DE
IDENTIFICAÇÃO DE VOZES. DISPENSABILIDADE. DECISÃO DEVIDAMENTE
MOTIVADA. Inexiste abuso de poder na decisão singular quando, de maneira
devidamente fundamentada, o juiz indefere a realização de perícia de identificação
de vozes, considerada dispensável, notadamente quando não demonstrada a
ocorrência de prejuízo para o exercício da ampla defesa.

Correição conhecida e desprovida.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:48:24

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5743304.33.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MPB
POLO PASSIVO : MJDPGCCRV
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MPB


ADVG. PARTE : 44879 GO - MARTA PIRES BARBOSA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 11:07:30

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5078454.82.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : LUCAS MORAIS SOUZA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUCAS MORAIS SOUZA


ADVGS. PARTE : 53344 GO - LETÍCIA GOMES PAIXÃO
52141 GO - LUCAS MORAIS SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5078454.82.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5078454.82.2020.8.09.0000

Comarca : Caldas Novas

Impetrantes : Lucas Morais Souza e outros

Paciente : Geimison Rodrigues de Sousa Lemos

Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DECISÃOLIMINAR

Os advogados LUCAS MORAIS SOUZA, LETÍCIA GOMES PAIXÃO e EDIVAN DE OLIVEIRA


SOUZA, com fundamento no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal e artigos 647, 648,
todos do Código de Processo Penal, impetram a presente ordem de Habeas Corpus liberatória,
com pedido liminar, em benefício de GEIMISON RODRIGUES DE SOUSA LEMOS, indicando
como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Caldas
Novas/GO.

Aduzem os impetrantes, que o paciente foi preso no dia 23/03/2019, por ter praticado em tese o
delito previsto no artigo 33 da lei 11.343/06.

Obtemperam, que o paciente sofre constrangimento ilegal provocado por ocorrência de excesso,
pois está preso há mais de 310 dias, sem a conclusão da fase de formação de culpa.

Sustentam que a prisão preventiva do paciente carece de motivação idônea, porquanto não
demonstrados elementos que indiquem a necessidade de mantê-lo encarcerado, uma vez que
inexistem apontamentos concretos da necessidade de garantia da ordem pública, da
conveniência da instrução processual e da aplicação da lei penal, conforme exigem os ditames do
artigo 312 do Código de Processo Penal.

Invocam os princípios da presunção da Inocência e da Razoável duração do processo.

Ressaltam que o paciente necessita de acompanhamento médico, pois fora submetido a


transplante de córnea, devido a sérios problemas oftalmológicos, e desde a prisão não está
recebendo tratamento adequado.

Ao final, requerem que seja concedida a ordem liminarmente, revogando-se a custódia


preventiva, expedindo-se alvará de soltura, com a aplicação de medidas cautelares diversas da
prisão.

Pedem que seja a defesa intimada quanto a data da sessão de julgamento, a fim de acompanhá-
lo, e, sobretudo realizar sustentação oral.

A inicial foi instruída com a documentação encaminhada digitalmente (movimentação 1).

Éo relatório. Decido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5078454.82.2020.8.09.0000
A liminar em sede de habeas corpus reclama para a sua concessão, como em qualquer outra
medida de caráter cautelar, a presença do fumus comissi delicti e do periculum libertatis.

Ao lado destes pressupostos, a doutrina tem orientado que, exige-se, outrossim, a presença de
perigo atual e probabilidade de dano irreparável, bem como os elementos verossímeis da
existência de ilegalidade no constrangimento.

Sem delongas, tenho por inviável a concessão da tutela de urgência. É que, como se sabe, ao
relator de um habeas corpus, quando da apreciação monocrática de um pedido de liminar, não
incumbe o enfrentamento minudente e categórico de questões que constituam o próprio mérito da
impetração, sob pena de arvorar-se de competência do Órgão colegiado, juízo natural da ação
constitucional impetrada contra ato de magistrado de primeiro grau, por força normativa do artigo
15, inciso I, alínea “b” do Regimento Interno desta Colenda Corte.

Na hipótese, as teses sustentadas pela impetrante consistem, genuinamente, no próprio mérito


da impetração, motivo pelo qual sua análise compete ao Órgão colegiado, ao depois do
desenvolvimento completo da causa com a colheita das informações do juízo indigitado coator e
do parecer do fiscal do ordenamento jurídico, na esteira da intelecção do Superior Tribunal de
Justiça:

“O reiterado posicionamento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a


provisão cautelar não se presta à apreciação da questão de mérito da impetração, por implicar
exame indevido e prematuro da matéria de fundo da ação de habeas corpus, de competência do
colegiado julgador, que não pode e não deve ser apreciada nos limites da cognição sumária do
relator. Precedentes do STJ” (STJ, 5ª Turma, AgRg. nº HC. nº 115.631/ES, Rel. Min. Arnaldo
Esteves Lima, DJ. De 24.11.2008).

Ademais, se assim não fosse, verifica-se, em ato de avaliação superficial e provisória, que a
decisão judicial impugnada atende, no mínimo, aos aspectos extrínsecos de legalidade (CPP,
arts. 311, 313, I, e 315), que devem revestir toda e qualquer deliberação ordenatória e
mantenedora de uma prisão processual, porquanto foram editadas pelo Juízo competente, que
explicitou, fundamentadamente, os motivos de seu convencimento quanto à necessidade do
enclausuramento provisório do paciente.

Por fim, entendendo que, num juízo de cognição sumária e sem prejuízo de reexame no momento
processual oportuno, não se me afigura razoada a concessão, in limine, da liberdade do paciente,
pois a aferição dos preenchimentos legais para o benefício requer uma análise mais aprofundada.

Assim, indefiro o pedido liminar.

Colham-se as informações junto à autoridade impetrada, ouvindo-se, em seguida, a douta


Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5078454.82.2020.8.09.0000
Desembargador Nicomedes Borges

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:48:23

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5049036.02.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : PAULO ROBERTO CARLUCCI JUNIOR
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PAULO ROBERTO CARLUCCI JUNIOR


ADVG. PARTE : 56572 GO - PAULO ROBERTO CARLUCCI JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5049036.02.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5049036-02.2020.8.09.0000 – GOIÂNIA

IMPETRANTE : PAULO ROBERTO CARLUCCI JÚNIOR


PACIENTE : ROBSON SOARES DA SILVA
RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. APROPRIAÇÃO INDÉBITA. CONDUTA. DOLO.


ATIPICIDADE. NÃO CONHECIMENTO. DENÚNCIA. INEPTA. INOCORRÊNCIA.
AÇÃO PENAL. TRANCAMENTO. INVIABILIDADE. 1 – Não se conhece, no âmbito
do presente, de matéria afeta ao mérito do processo principal. 2 – Não revela
inépcia a denúncia que preenche os requisitos do art. 41 do CPP. 3 – Inviável o
trancamento da ação penal se não constatado, de plano, ausência de autoria e
materialidade, atipicidade da conduta ou incidência de causa extintiva de
punibilidade.

Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, denegada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo parecer da Procuradoria-
Geral de Justiça, conhecer parcialmente do pedido e, nessa parte, denegar a ordem impetrada,
nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos e Nicomedes Domingos Borges e Sival
Guerra Pires, substituto do Desembargador Itaney Francisco Campos. Presente na Sessão de
Julgamento o Advogado Paulo Roberto Carlucci Júnior. Presente, representando o órgão de
cúpula do Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5049036.02.2020.8.09.0000
Des. Ivo Favaro

Relator

IMPETRANTE : PAULO ROBERTO CARLUCCI JÚNIOR


PACIENTE : ROBSON SOARES DA SILVA
RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Cuida-se de habeas corpus impetrado em prol de Robson Soares da Silva,


denunciado pela suspeita de realização da conduta descrita no artigo 168, § 1º, III, do
Código Penal, porque, na condição de corretor de imóveis, teria apropriado a quantia
de R$ 170.000,00 (cento e setenta e mil reais), advinda da intermediação da venda de
um apartamento pertencente a Dagmar Rosa da Silva. Aponta autoridade coatora a
Juíza de Direito da 6ª Vara Criminal da Capital.

Afirma-se não haver justa causa para a propositura da ação penal, pois a
denúncia é inepta e não atende os requisitos do artigo 41 do Código de Processo
Penal, demonstrada atipicidade formal e material de um fato narrado como ilícito, que
vem desacompanhado de lastro probatório mínimo, impondo-se a sua rejeição, nos
termos do artigo 395 do Código de Processo Penal; sustenta ausência de dolo na
conduta que, embora reprovável, não está inserida na seara penal.

Pleiteia a liminar, para sobrestar a ação penal e, no mérito, a concessão da


ordem, para rejeitar a denúncia e trancar a ação penal. Requer a dispensa de
informações da autoridade impetrada, diante do fornecimento de cópia integral do
processo principal, incluído o procedimento investigativo.

Juntou documentos.

Liminar indeferida (evento 4).

A origem noticiou que o inquérito policial foi remetido a Juízo em 15.05.2019;


oferecida a denúncia, foi recebida em 03.06.2019, com a citação do paciente;

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NR.PROCESSO: 5049036.02.2020.8.09.0000
indeferido o pleito de decretação de sigilo da ação penal, por não enquadrado nas
hipóteses do artigo 20 do Código de Processo Penal; apresentada resposta à
acusação, abriu-se vista dos autos ao Ministério Público para manifestação (evento 9).

A Procuradoria-Geral de Justiça opina pelo conhecimento e denegação da


ordem impetrada (evento 13).

É o relatório.

VOTO

Dolo e atipicidade da conduta não podem ser tratados nesta via estreita,
dependentes que são de prova a ser ainda produzidas.

Nesse sentido, julgado da Corte:

“HABEAS CORPUS. ARTIGO 50, INCISO I, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO I, DA


LEI Nº 6.766/79. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA
POR AUSÊNCIA DE DOLO. FALTA DE JUSTA CAUSA. 1- Não se vislumbrando, de
modo inequívoco, a manifesta atipicidade da conduta e havendo indícios suficientes
de autoria e prova da materialidade delitiva, não há que se falar em ausência de
justa causa para a deflagração e o prosseguimento da persecução criminal. 2- A
análise mais acurada sobre a efetiva ausência de dolo do paciente, mediante a
constatação se, de fato, o loteamento havia sido regularizado antes do oferecimento
da denúncia, demandaria aprofundado exame do conjunto fático-probatório, inviável
na via estreita do habeas corpus. 3- Ordem conhecida e denegada.

(TJGO, Habeas Corpus Criminal 5689559-41.2019.8.09.0000, Rel. J. PAGANUCCI


JR., 1ª Câmara Criminal, julgado em 24/01/2020, DJe de 24/01/2020).

Por outro lado, é dos autos que a denúncia tem a exposição do fato criminoso
e todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e o
rol das testemunhas. Atendidos, pois, os requisitos do artigo 41 do CPP, não há
inépcia.

Dessa forma, deflagrada a ação penal, também não se vislumbra


possibilidade de trancá-la, só viável se evidente, de plano, a falta de autoria e
materialidade, a atipicidade da conduta ou a incidência de causa extintiva de
punibilidade, hipóteses que não se afiguram presentes no momento.

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NR.PROCESSO: 5049036.02.2020.8.09.0000
A propósito, a jurisprudência:

“HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA. TRANCAMENTO DA


AÇÃO PENAL. INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CONFIGURAÇÃO. Não há que se
falar em trancamento da ação penal, por inépcia da denúncia, quando ela preenche
todos os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal. 2 - FALTA DE JUSTA
CAUSA. CONDUTA ATÍPICA. INOCORRÊNCIA. Somente é possível o trancamento
da ação penal por meio da ação constitucional de habeas corpus quando ficarem
evidenciados, de forma translúcida e inquestionável, a inocência do denunciado, a
atipicidade da conduta ou a extinção da punibilidade. Uma vez que demonstrado,
por meio da prova pré-constituída, que os fatos narrados na denúncia constituem,
ao menos em tese, crime, não há que se falar em ausência de justa causa para a
ação penal. ORDEM DENEGADA” (TJGO, Habeas Corpus 5580119-
13.2019.8.09.0000, Rel. LEANDRO CRISPIM, 2ª Câmara Criminal, julgado em
01/11/2019, DJe de 01/11/2019).

Assim, do exposto, não há gravame a ser reparado nesta via mandamental.


Acolho, conheço parcialmente do pedido e, nessa extensão, denego a ordem
impetrada.

Des. Ivo Favaro,


Relator

08

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5049036.02.2020.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. APROPRIAÇÃO INDÉBITA. CONDUTA. DOLO.
ATIPICIDADE. NÃO CONHECIMENTO. DENÚNCIA. INEPTA. INOCORRÊNCIA.
AÇÃO PENAL. TRANCAMENTO. INVIABILIDADE. 1 – Não se conhece, no âmbito
do presente, de matéria afeta ao mérito do processo principal. 2 – Não revela
inépcia a denúncia que preenche os requisitos do art. 41 do CPP. 3 – Inviável o
trancamento da ação penal se não constatado, de plano, ausência de autoria e
materialidade, atipicidade da conduta ou incidência de causa extintiva de
punibilidade.

Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, denegada.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:48:24

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5720931.08.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MARCIO BORGES DA SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCIO BORGES DA SILVA


ADVG. PARTE : 24390 GO - MÁRCIO BORGES DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5720931.08.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5720931.08.2019.8.09.0000 – QUIRINÓPOLIS

IMPETRANTE : MÁRCIO BORGES DA SILVA

PACIENTE : EURÍPEDES ANDRADE ARANTES

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. ESTUPRO. VULNERÁVEL. PRISÃO PREVENTIVA.


FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
Mostra-se suficientemente fundamentada a decisão que decreta a prisão preventiva
com arrimo em elementos concretos, nos termos do art. 312 do CPP.

Ordem denegada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolher parecer da Procuradoria-Geral
de Justiça, conhecer e denegar a ordem, nos termos do voto do Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e o Juiz
Sival Guerra Pires, substituto do Desembargador Itaney Francisco Campos. Proferiu sustentação
oral o Advogado Eurípedes Andrade de Arantes. Presente, representando o órgão de cúpula do
Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5720931.08.2019.8.09.0000
IMPETRANTE : MÁRCIO BORGES DA SILVA

PACIENTE : EURÍPEDES ANDRADE ARANTES

RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Pede-se ordem de soltura de Eurípedes Andrade Arantes, preso em flagrante no


dia 03.12.2019, convertida em preventiva, por suspeita da prática do crime do artigo
217-A do Código Penal, porque teria tocado a vagina de SGSM, de 6 (seis) anos de
idade. Aponta autoridade coatora o Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Quirinópolis.

Alega que o decreto prisional é desprovido de fundamentação idônea e o


paciente tem atributos pessoais garantidores da liberdade provisória.

Requer a concessão da liminar, revogando-se a prisão e, no mérito, a


concessão definitiva ou imposição de medidas cautelares.

Instruiu o pedido com documentos.

Liminar indeferida (evento 04).

Informações prestadas (evento 11).

A Procuradoria-Geral de Justiça manifestou-se pelo conhecimento e


denegação da ordem (evento 14).

É o relatório.

VOTO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5720931.08.2019.8.09.0000
Pelo exame do decreto prisional, tem-se que a medida estriba-se na
materialidade delitiva, indícios de autoria e em circunstâncias que, na visão do
magistrado, denotam a necessidade de resguardo da ordem pública e instrução
criminal, pelo registro de que o paciente supostamente teria ameaçado a mãe da
vítima, apontando uma arma na direção dela para intimidá-la.

Ainda consta depoimento de outra pessoa que também teria sido abusada
sexualmente pelo paciente.

O magistrado justificou a necessidade da custódia cautelar no fundado receio


de que o paciente possa interferir na colheita de provas ou persistir na prática de
condutas semelhantes.

Tais circunstâncias autorizam a prisão preventiva para acautelar a ordem


pública e preservar a regularidade da instrução criminal, hipóteses previstas no artigo
312 do Código de Processo Penal.

Por fim, convém destacar que a situação dos autos não comporta a aplicação
de medidas cautelares diversas da prisão, dada as particularidades apontadas.

Assim, diante destas considerações e do teor do ato judicial atacado,


motivado de forma idônea, não vislumbro gravame a ser reparado nessa via
mandamental.

Nesse sentido:

HABEAS CORPUS. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. AUSÊNCIA DE


MATERIALIDADE DELITIVA. REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA.
MEDIDAS CAUTELARES. PREDICADOS PESSOAIS. PRINCÍPIO DA
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. EXCESSO DE PRAZO. 1- A tese de
ausência de materialidade delitiva, na forma como sustentada, demanda
ampla dilação probatória, cuja análise não é comportável na via estreita do
remédio heroico. 2- A prática, em tese, de atos libidinosos de forma
reiterada, as ameaças de morte à suposta vítima, e a fuga do distrito da
culpa, constituem justificativas idôneas a ensejar o decreto preventivo para a
garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e garantia da
aplicação da lei penal, sendo insuficientes as medidas cautelares diversas
da prisão. 3- Os bons predicados pessoais e o princípio da presunção de
inocência, quando presentes os requisitos da prisão preventiva, não impõem
a concessão de liberdade. 4- Incomportável o reconhecimento de excesso

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5720931.08.2019.8.09.0000
de prazo para a conclusão da instrução, quando não se vislumbra
transposição desproporcional ou qualquer desídia por parte do condutor
procedimental, em cotejo ao princípio da razoabilidade, sobretudo, se o
término da instrução já se avizinha. 5- Ordem parcialmente conhecida e,
nesta extensão, denegada (TJGO, Habeas Corpus 5142692-
47.2019.8.09.0000, Rel. J. PAGANUCCI JR., 1ª Câmara Criminal, julgado
em 09/04/2019, DJe de 09/04/2019)

Ante o exposto, acolhido parecer ministerial, conheço e denego a ordem.

É o voto.

Des. Ivo Favaro


Relator

04

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5720931.08.2019.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. ESTUPRO. VULNERÁVEL. PRISÃO PREVENTIVA.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
Mostra-se suficientemente fundamentada a decisão que decreta a prisão preventiva
com arrimo em elementos concretos, nos termos do art. 312 do CPP.

Ordem denegada.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:49:04

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5038161.70.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : QUEZIA POLLYANA DE ALMEIDA NUNES
POLO PASSIVO : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DE PIRES DO RIO GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : QUEZIA POLLYANA DE ALMEIDA NUNES


ADVG. PARTE : 44640 GO - QUEZIA POLLYANA DE ALMEIDA NUNES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5038161.70.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5038161-70.2020.8.09.0000 – PIRES DO RIO

IMPETRANTE : QUÉZIA POLLYANA DE ALMEIDA NUNES

PACIENTE : ALESSANDRA PEREIRA DOS SANTOS

RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. DROGA. TRÁFICO. PRISÃO PREVENTIVA. DECISÃO MOTIVADA.


LEGALIDADE. FILHOS. MENORES. 12 ANOS. DOMICILIAR. POSSIBILIDADE. 1 – Mostra-se
fundamentada a decisão que manteve a custódia cautelar com base na evidência de disseminação de
drogas (art. 312 do CPP). 2 – É viável a substituição da prisão celular pela domiciliar, por demonstrado
enquadramento no artigo 318, V, do CPP.

Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, concedida.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por sua
Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo em parte o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer
parcialmente do pedido e, nessa extensão, conceder a ordem impetrada, nos termos do voto do Relator e da Ata de
Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr.,


que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e Itaney Francisco Campos.
Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o Procurador Aguinaldo Bezerra Lino
Tocantins.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por IVO FAVARO
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NR.PROCESSO: 5038161.70.2020.8.09.0000
IMPETRANTE : QUÉZIA POLLYANA DE ALMEIDA NUNES

PACIENTE : ALESSANDRA PEREIRA DOS SANTOS

RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Pede-se ordem liberatória de Alessandra Pereira dos Santos, presa em flagrante em


10.01.2020, convertido em preventiva, pela suposta realização das condutas dos artigos 33 e 35
da Lei 11.343, por associada a Antônio Carlos Veloso de Lima para o tráfico de drogas, em razão
de manter em depósito 126,9 g (cento e vinte e seis gramas e nove miligramas) de crack, 687,4 g
(seiscentos e oitenta e sete gramas e quatro miligramas) de maconha, 157 (cento e cinquenta e
sete) unidades de LSD, balança, 6 (seis) munições calibre 38, rolo de papel filme e R$ 800,00
(oitocentos reais). Aponta autoridade coatora o Juiz da Vara Criminal da Comarca de Rio Verde.

A impetrante alega que a paciente é primária, possui domicílio certo no distrito da culpa,
com três filhos menores de 12 (doze) anos que necessitam dos seus cuidados; diz que a droga
apreendida encontrava-se na residência do menor FMS, vizinho da paciente, e não há denúncia
de venda de droga por parte dela. Requer a liminar para substituição da prisão preventiva por
domiciliar ou cautelares alternativas, e confirmação posterior.

Documentos juntados.

Liminar deferida (evento 4).

Prestados os costumeiros informes pela autoridade judicial (evento 8).

A Procuradoria-Geral de Justiça manifestou-se pelo conhecimento parcial do pedido e,


na parte conhecida, pelo seu indeferimento, com revogação da liminar, por entender que a prisão
preventiva deve ser mantida, pois a prática dos delitos na presença das crianças é extremamente
prejudicial à formação moral (evento 11).

É o relatório.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5038161.70.2020.8.09.0000
VOTO

Não enseja conhecimento matéria relativa a autoria, pois requer análise de provas,
inviável neste espaço.

De outro lado, o decreto prisional conversivo menciona a necessidade da cautela para garantia da
ordem pública, dada a vasta quantidade e natureza de droga e utensílios apreendidos, indicativo
de disseminação.

Nota-se que o magistrado apresenta argumentação bastante para manter o


encarceramento precoce, visando preservar a ordem pública (art. 312 do CPP), o que,
consequentemente, impede a aplicação subsidiária de medidas cautelares.

Não obstante, a substituição da prisão celular pela domiciliar, com amparo no artigo
318, V, do Código de Processo Penal é medida impositiva, diante da comprovação de ter a
paciente três filhos menores de 12 (doze) anos de idade.

Nesse ponto, convém esclarecer que afora a condição de mãe e a idade do filho, o
legislador não exigiu requisito diverso, não podendo o julgador estabelecê-los para negar a
concessão; onde a lei quis estipular restrição, estabeleceu, como nos incisos III e VI, ao exigir
comprovação da imprescindibilidade da presença para cuidar dos infantes. Tal entendimento foi
reafirmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do HC 143641.

Nesse particular, confira-se o julgado desta Corte:

“HABEAS CORPUS. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E


ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
POR DOMICILIAR. FILHOS MENORES DE 12 ANOS DE IDADE. POSSIBILIDADE.
Comprovado nos autos que a paciente é mãe de 01 criança menor de 12 anos,
atendendo as inovações legislativas, implementadas no artigo 318, do CPP, aliado
ao fato de que o crime imputado não possui como elementar violência contra
pessoas, necessária se faz a substituição da prisão preventiva por custódia
domiciliar. ORDEM CONHECIDA E CONCEDIDA. LIMINAR CONFIRMADA” (TJGO,
Habeas Corpus 5413904-47.2019.8.09.0000, Rel. Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos, 1ª Câmara Criminal, julgado em 18/12/2019, DJe de 18/12/2019).

Ante o exposto, acolhendo e parte o parecer ministerial de cúpula, conheço

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NR.PROCESSO: 5038161.70.2020.8.09.0000
parcialmente do pedido e, nessa extensão, concedo a ordem impetrada, confirmando a liminar do
evento 4.

É o voto.

Des. Ivo Favaro,

Relator

08

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NR.PROCESSO: 5038161.70.2020.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. DROGA. TRÁFICO. PRISÃO PREVENTIVA. DECISÃO MOTIVADA.
LEGALIDADE. FILHOS. MENORES. 12 ANOS. DOMICILIAR. POSSIBILIDADE. 1 – Mostra-se
fundamentada a decisão que manteve a custódia cautelar com base na evidência de disseminação de
drogas (art. 312 do CPP). 2 – É viável a substituição da prisão celular pela domiciliar, por demonstrado
enquadramento no artigo 318, V, do CPP.

Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, concedida.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Concessão - Data da Movimentação 20/02/2020


09:49:05

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5040129.38.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : CLEYBER JOAO EVANGELISTA
POLO PASSIVO : JUÍZO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CATALÃO - GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLEYBER JOAO EVANGELISTA


ADVG. PARTE : 24968 GO - CLEYBER JOÃO EVANGELISTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5040129.38.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Gabinete do Desembargador Ivo Fávaro

HABEAS CORPUS Nº 5040129-38.2020.8.09.0000 – CATALÃO

IMPETRANTE : CLEYBER JOÃO EVANGELISTA


PACIENTE : MIKE CRISTIANO DA COSTA
RELATOR : DES. IVO FAVARO

EMENTA – HABEAS CORPUS. TRÁFICO. DROGAS. PRISÃO DOMICILIAR.


AUSÊNCIA. NECESSIDADE. NÃO CONHECIMENTO. ANTECEDENTES CRIMINAIS.
DECISÃO FUNDAMENTADA. EXCESSO. PRAZO. REVISÃO DA PRISÃO. ORDEM
DENEGADA. 1 – Não se conhece do pedido de prisão domiciliar se ausente documento a
demonstrar as hipóteses que autorizam a medida. 2 – Considera-se fundamentada a
decisão conversiva da prisão embasada nos antecedentes do paciente. 3 – Reforçado
pelo condutor do feito, nas informações, a necessidade da manutenção da custódia,
imperiosa a preservação da clausura.

Ordem parcialmente conhecida e denegada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de


Goiás, por sua Primeira Câmara Criminal, à unanimidade, acolhendo o parecer da Procuradoria-
Geral de Justiça, conhecer parcialmente da ordem impetrada e denegá-la, nos termos do voto do
Relator e da Ata de Julgamentos.

Participaram do julgamento, votando com o Relator, os Desembargadores J. Paganucci


Jr., que o presidiu, Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos, Nicomedes Domingos Borges e Itaney
Francisco Campos. Presente, representando o órgão de cúpula do Ministério Público, o
Procurador Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Des. Ivo Favaro

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5040129.38.2020.8.09.0000
Relator

IMPETRANTE : CLEYBER JOÃO EVANGELISTA


PACIENTE : MIKE CRISTIANO DA COSTA
RELATOR : DES. IVO FAVARO

RELATÓRIO

Pede-se ordem liberatória de Mike Cristiano da Costa, preso em flagrante em


21.08.2019, convertido em preventiva, e denunciado pela suspeita de realização das
condutas dos artigos 33 e 35 da Lei 11.343, por associado a sua esposa Jéssica
Martins Belo para a traficância, por manter em depósito e transportar 3 (três) porções
de crack pesando cerca de 360 g (trezentos e sessenta gramas), faca impregnada de
material petrificado de cor branco-amarelada, e balança. Aponta autoridade coatora o
Juízo Criminal da Comarca de Catalão.

A impetrante afirma não haver fundamentação idônea para justificar a prisão


preventiva; diz que de acordo com a nova redação do artigo 316 do Código de
Processo Penal, dada pela Lei 13.964, a medida restritiva deve ser revisada a cada
noventa dias, o que não ocorreu; sustenta ocorrência de excesso de prazo para
formação da culpa, que decorridos mais de 159 (cento e cinquenta e nove) dias sem
apresentação de defesa prévia por parte da corré. Pugna a liminar para a soltura com
eventual imposição de medidas cautelares, inclusive o recolhimento domiciliar, e
confirmação posterior.

Juntou documentos.

Liminar indeferida (evento 04).

Informações da autoridade judicial (evento 07).

A Procuradoria-Geral de Justiça opina pelo parcial conhecimento e


denegação da ordem (evento 10).

É o relatório.

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NR.PROCESSO: 5040129.38.2020.8.09.0000
VOTO

Analisando o decreto prisional conversivo, vejo que justificado na necessidade


de acautelar o meio social, à vista que o autuado possui outros registros criminais.

Nas informações, a autoridade coatora narra que além dele ostentar ações
penais contrárias, possui condenação no Primeiro Grau pelo crime de tráfico de
drogas.

Na certidão de antecedentes no feito, verifica-se que o paciente responde por


vários tipos penais (posse ilegal de arma de fogo, receptação, tráfico e homicídio
tentado); ainda, condenação por crime de trânsito.

Assim, a prisão de Mike está sustentada em dados concretos para justificar a


excepcionalidade (art. 312 do CPP) e não há ofensa a princípios vigentes.

Por outro lado, vejo que não há nos autos qualquer documentação no sentido
de autorizar a prisão domiciliar, aquela do artigo 318 da Lei Penal Adjetiva.

Finalmente, quanto ao alegado excesso de prazo na revisão da prisão, nas


informações a autoridade coatora reforça a necessidade da manutenção da custódia
para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, destacando as
outras ações penais em curso e a condenação pretérita do paciente, o que considero
suficiente para atender o disposto na Lei 13.964.

Portanto, não há constrangimento ilegal a ser reconhecido.

Recomenda-se a autoridade coatora, caso veja necessário, o


desmembramento do feito, tendo em vista que se aguarda a apresentação de resposta
escrita de Jéssica Martins Belo para deflagrar a instrução probatória, providência
atendida pela defesa do paciente desde o dia 20.11.2019.

Ante o exposto, acolhendo o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça,


conheço parcialmente da ordem impetrada e a denego.

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NR.PROCESSO: 5040129.38.2020.8.09.0000
É o voto.

Des. Ivo Favaro


Relator

10

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NR.PROCESSO: 5040129.38.2020.8.09.0000
EMENTA – HABEAS CORPUS. TRÁFICO. DROGAS. PRISÃO DOMICILIAR.
AUSÊNCIA. NECESSIDADE. NÃO CONHECIMENTO. ANTECEDENTES CRIMINAIS.
DECISÃO FUNDAMENTADA. EXCESSO. PRAZO. REVISÃO DA PRISÃO. ORDEM
DENEGADA. 1 – Não se conhece do pedido de prisão domiciliar se ausente documento a
demonstrar as hipóteses que autorizam a medida. 2 – Considera-se fundamentada a
decisão conversiva da prisão embasada nos antecedentes do paciente. 3 – Reforçado
pelo condutor do feito, nas informações, a necessidade da manutenção da custódia,
imperiosa a preservação da clausura.

Ordem parcialmente conhecida e denegada.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 16:46:09

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5079974.77.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ELIUDE BENTO DA SILVA
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PÚBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELIUDE BENTO DA SILVA


ADVG. PARTE : 12320 GO - ELÍUDE BENTO DA SILVA

PARTE INTIMADA : MARCO AURELIO MATOS


ADVG. PARTE : 12320 GO - ELÍUDE BENTO DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5079974.77.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

HABEAS CORPUS Nº 5079974.77.2020.8.09.0000

COMARCA DE BELA VISTA DE GOIÁS

IMPETRANTES MARCO AURÉLIO MATOS

ELIUDE BENTO DA SILVA

PACIENTE MAX PEIXOTO DOS SANTOS

RELATOR DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

DECISÃO LIMINAR

Os Advogados, Dr. Marco Aurélio Matos e Dra. Eliude Bento da Silva, inscritos na OAB-GO sob o nº 32.829 e nº 12.320,
respectivamente, impetram HABEAS CORPUS liberatório, com pedido de liminar, em favor de MAX PEIXOTO DOS
SANTOS, e indicam como autoridade coatora o Meritíssimo Juiz de Direito da Comarca de Bela Vista de Goiás-GO.

Explanam que o paciente foi condenado a 7 (sete) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, pela
prática do delito de homicídio (art. 121, CP), que, no dia 22/9/2016, ele iniciou o cumprimento da pena, que, em
1º/9/2017, ele obteve a progressão para o modo aberto e que, nas datas de 9/4/2019, 5/9/2019 e 16/1/2020, a sua
defesa requereu o livramento condicional, alegando que ele fazia jus ao referido benefício desde o dia 30/10/2018.

Sustentam que a violação indevida ao direito de liberdade do paciente reside no excesso de prazo para o julgamento do
pedido de livramento condicional, pois, mesmo lhe assistindo o direito à sobredita benesse há mais de 1 (um) ano e 3
(três) meses, ainda assim a postulação não foi julgada pela autoridade qualificada como coatora.

Nesses termos, requerem o deferimento da liminar e a concessão do habeas corpus em definitivo, para que seja

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NR.PROCESSO: 5079974.77.2020.8.09.0000
ordenado à autoridade qualificada como coatora que delibere, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, acerca do pleito de
livramento condicional. Pedem, outrossim, a intimação a respeito da data da sessão de julgamento, a fim de que
possam proceder à sustentação oral.

É o relatório. Ato contínuo, analiso o pedido de liminar. A esse respeito, entendo que não está demonstrada a alta
probabilidade de que a pretensão será acolhida no julgamento colegiado (ausência do fumus boni iuris), primeiramente,
porque o excesso de prazo não pode ser visto apenas pelo prisma da marca temporal, mas também à luz de critérios
justificadores, como, por exemplo, a complexidade do processo, depois, pelo motivo de que se trata de matéria afeta à
execução penal e, por fim, devido a que o habeas corpus, ao menos conceitualmente, não é meio próprio para agilizar
julgamentos judiciais.

Então, à falta do fumus boni iuris, parece-me mais adequado não adiantar efeito da tutela final e aguardar as
informações da autoridade qualificada como coatora e o parecer da douta Procuradoria de Justiça, para daí decidir se
está presente ilegalidade tal que determine a extraordinária concessão do writ neste caso, razões pelas quais indefiro o
pedido de liminar.

Para continuação do trâmite processual, determino que se oficie à autoridade impetrada, para que, no prazo de 48 h
(quarenta e oito horas), preste as informações pertinentes. Sequencialmente, dê-se vista dos autos à douta Procuradoria
de Justiça, a fim de que se manifeste.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS

RELATOR

4AG

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 12:21:20

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5084126.71.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : ANTONIO MANOEL DO NASCIMENTO
POLO PASSIVO : JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CATALÃO GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO MANOEL DO NASCIMENTO


ADVG. PARTE : 24481 GO - ANTÔNIO MANOEL DO NASCIMENTO

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NR.PROCESSO: 5084126.71.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5084126.71.2020.8.09.0000

Comarca : CATALÃO

Impetrantes : ANTÔNIO MANOEL DO NASCIMENTO

CAIO CÉSAR FERREIRA DO NASCIMENTO

Paciente : RYCLEI RICARDO RIBEIRO DE SOUSA

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelos advogados
ANTÔNIO MANOEL DO NASCIMENTO e CAIO CÉSAR FERREIRA DO NASCIMENTO, com
fundamento nos artigos 5°, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e 647 e 648, ambos do Código
de Processo Penal, em favor de RYCLEI RICARDO RIBEIRO DE SOUSA, apontando como
autoridade coatora o juízo da Vara Criminal da Comarca de Catalão/GO.

Extrai-se da peça inicial, e dos documentos acostados, que o paciente foi preso em
flagrante, no dia 05 de fevereiro de 2020, pela suposta prática do crime previsto no artigo 33, da
Lei 11.343/06, porque, em tese, tinha em depósito, no interior de sua residência, 15,400g (quinze
gramas e quatrocentos miligramas) de cocaína e 3,900g (três gramas e novecentos miligramas)
de maconha.

Alegam os impetrantes que a pequena quantidade de entorpecente encontrada na


residência do paciente era para uso pessoal, devendo sua conduta ser incursa no artigo 28, da
Lei n. 11.343/06.

Informam que, no caso de eventual condenação, o paciente cumprirá a pena em regime


diverso do fechado, sendo aplicada a benesse prevista no artigo 33, § 4°, da Lei 11.343/06.

Sustentam que a decisão que converteu a prisão flagrancial em preventiva é carente de


fundamentação idônea, vez que ausentes os requisitos elencados no artigo 312, do Código de
Processo Penal.

Ressaltam os predicados pessoais do paciente, destacadamente, a primariedade, os


bons antecedentes e os fatos de ser menor de 21 (vinte e um) anos, possuir endereço fixo e
trabalho lícito, invocando o princípio constitucional da presunção de inocência.

Ao final, requerem a concessão da ordem liminar de habeas corpus para revogar a

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NR.PROCESSO: 5084126.71.2020.8.09.0000
prisão preventiva do paciente, determinando a imediata expedição de alvará de soltura em seu
favor, e a confirmação na análise do mérito.

Juntam documentos (movimentações 01 e 03).

Relatado.

Decido.

Como medida cautelar excepcional, a liminar em habeas corpus, além daquelas


condições de toda e qualquer ação, exige requisitos que são a base para concessão de referida
medida, quais sejam, o periculum in mora ou perigo na demora, quando há probabilidade de dano
irreparável, e o fumus boni iuris ou fumaça do bom direito, se os elementos da impetração
indicam a existência de ilegalidade.

Do exame dos autos, verifica-se a necessidade de contato com as informações a serem


prestadas pela autoridade nominada coatora para que se possa analisar as alegações deduzidas,
até porque, partindo de um juízo de cognição superficial, infere-se que o magistrado fundamentou
a decisão que converteu a prisão flagrancial em preventiva na garantia da ordem pública, diante
do risco de reiteração delitiva do paciente, que responde a outras ações penais por crimes
análogos, o que é consentâneo com a necessidade da medida extrema.

Portanto, no presente caso, não se demonstram, de forma cristalina, os pressupostos


legais para a concessão do pleito, eis que ausentes, cumulativamente, o periculum in mora e o
fumus boni iuris.

De consequência, INDEFIRO o pedido liminar, ao tempo em que determino sejam


solicitadas, em caráter de urgência, informações à autoridade dita coatora, fazendo-a ciente da
presente decisão.

Após, vista à Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

M6/2020

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/02/2020


10:21:11

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5079773.85.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : HORTENCIO MENDONCA FILHO
POLO PASSIVO : JUSTIÇA PUBLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : HORTENCIO MENDONCA FILHO


ADVG. PARTE : 24733 GO - HORTÊNCIO MENDONÇA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5079773.85.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5079773.85.2020.8.09.0000
Comarca : Acreúna
Impetrante : Hortêncio Mendonça Filho
Paciente : Adriano de Freitas Borges
Relator : Desembargador Nicomedes Borges

DESPACHO

Colham-se informações junto à autoridade averbada de coatora, Juízo da Vara Criminal da


Comarca de Acreúna-GO, ouvindo-se, em seguida a douta Procuradoria-Geral de Justiça,
conforme consta no final da decisão liminar (movimentação 4).

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Desembargador Nicomedes Borges


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 20/02/2020 10:22:43

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5083655.55.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : MRS
POLO PASSIVO : FVGB
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MRS


ADVG. PARTE : 47804 GO - MATEUS RAMOS SOUTO

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 20/02/2020 10:29:14

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5069318.61.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : JFAR
POLO PASSIVO : JVCCAGG
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : JFAR


ADVGS. PARTE : 41353 GO - JEANFILIPE ALVES DA ROCHA
42085 GO - VICTOR HUGO PEIXOTO GONDIM TEIXEIRA LEITE

PARTE INTIMADA : VHPGTL


ADVGS. PARTE : 42085 GO - VICTOR HUGO PEIXOTO GONDIM TEIXEIRA LEITE
41353 GO - JEANFILIPE ALVES DA ROCHA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 18/02/2020 18:02:02

LOCAL : 1ª CÂMARA CRIMINAL


NR.PROCESSO : 5081749.30.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Habeas Corpus Criminal
POLO ATIVO : PAULO DE TARSO MARTINS JUNIOR
POLO PASSIVO : PRESIDENTE DO TJ
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : PAULO DE TARSO MARTINS JUNIOR


ADVG. PARTE : 45358 GO - PAULO DE TARSO MARTINS JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5081749.30.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.

HABEAS CORPUS

Número : 5081749.30.2020.8.09.0000

Comarca : PIRACANJUBA

Impetrante : PAULO DE TARSO MARTINS JÚNIOR

Paciente : ISAAC HENRIQUE DOS SANTOS NETO

Relator : DES. J. PAGANUCCI JR.

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pelo advogado PAULO DE
TARSO MARTINS JÚNIOR, com fundamento nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, 647 e 648,
inciso V, do Código de Processo Penal, em favor de ISAAC HENRIQUE DOS SANTOS NETO, devidamente
qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo da Vara Criminal da comarca de Piracanjuba/GO.

O impetrante expõe que o paciente, preso preventivamente, por suposta violação artigo 217-A, do
Código Penal, suporta constrangimento ilegal, preservado no regime de custódia antecipada por decisão
carente de fundamentação concreta, que viola a contemporaneidade e desconsidera os predicados pessoais, a
saber, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita.

Busca a concessão de liminar, a fim de determinar a expedição de alvará de soltura, para, ao final,
confirmar em definitivo a ordem.

Instruindo a inicial vieram os documentos constantes da movimentação 01.

Relatado.

Passo ao voto.

Como medida cautelar excepcional, a liminar em habeas corpus, além daquelas condições de toda e
qualquer ação, exige requisitos que são a base para concessão de referida medida, quais sejam, o periculum in
mora ou perigo na demora, quando há probabilidade de dano irreparável, e o fumus boni iuris ou fumaça do
bom direito, se os elementos da impetração indicam a existência de ilegalidade.

Assim, a liminar em sede de habeas corpus justifica-se quando existe flagrante ilegalidade, sendo
por isso medida extraordinária, seu caráter de providência cautelar exige a análise rigorosa e cumulativa acerca
dos elementos autorizadores da sua concessão.

No caso dos autos, segundo cópias acostadas à movimentação 01, arquivos 02 e 06, a autoridade
policial representou pela prisão temporária do paciente, por supostamente ter estuprado sua enteada menor de

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NR.PROCESSO: 5081749.30.2020.8.09.0000
idade. Ao manifestar-se, o Ministério Público entendeu pela necessidade da prisão preventiva, deferida pela
autoridade judicial aos 06/11/2018, movimentação 01, arquivo 07, sob o fundamento de que presentes a
materialidade e autoria delitivas, sendo necessário o encarceramento provisório para “resguardar a ordem
pública, com intuito de evitar reiteração criminosa, assegurar a incolumidade da vítima”, uma vez que o paciente
ainda mantém contato com a vítima, “pois ainda convive com sua genitora”. Outrossim, ressaltou que a medida
“objetiva garantir a instrução processual, isto porque não raras as vezes, os próprios familiares podem induzir a
vítima a dizer que o fato não ocorreu”.

Cumprida a ordem constritiva apenas em 16/01/2020, conforme movimentação 01, arquivo 09, foi
requerida a sua revogação (movimentação 01, arquivo 10), negada pela autoridade nominada coatora, que
fundamentou a decisão no fato de o paciente ter permanecido foragido por mais de 01 (um) ano, reforçando a
necessidade da “preservação da prisão cautelar para a conveniência da instrução criminal e para garantir a
aplicação da lei penal, haja vista sua manifesta e evidente intenção de obstar eventual e futura aplicação da lei
penal caso seja condenado”, o que evidencia os requisitos para a constrição cautelar presentes nos artigos 312
e 313, do Código de Processo Penal, não restando configurada, de plano, a flagrante ilegalidade, a ensejar o
deferimento da medida de urgência.

Nesse passo, não se demonstra de forma cristalina os pressupostos legais para a concessão do
pleito, eis que ausentes, cumulativamente, o periculum in mora e o fumus boni iuris.

Pelo exposto, INDEFIRO a liminar pleiteada, ao tempo em que determino sejam solicitadas, em
caráter de urgência, informações à autoridade dita coatora, fazendo-a ciente da presente decisão.

Após, vista à Procuradoria-Geral de Justiça.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DES. J. PAGANUCCI JR.


RELATOR

HILUX/2020

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


19/02/2020 13:37:43

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5709880.60.2019.8.09.9001
CLASSE PROCESSUAL : Reclamação
POLO ATIVO : CRISTIANE VAZ PEREIRA - ME
POLO PASSIVO : JD DA 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CRISTIANE VAZ PEREIRA - ME


ADVG. PARTE : 38598 GO - PAULO ROBERTO FRANÇA JÚNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5709880.60.2019.8.09.9001
RECLAMAÇÃO N. 5709880.60.2019.8.09.9001

COMARCA DE CALDAS NOVAS

RECLAMANTE: CRISTIANE VAZ PEREIRA – ME.

RECLAMADO: JD DA 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS.

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DECISÃOMONOCRÁTICA

Trata-se de Reclamação promovida por CRISTIANE VAZ PEREIRA – ME., qualificada e


representada, irresignada com a decisão proferida pela MMª Juíza de Direito do Juizado Especial
Cível da Comarca de Caldas Novas, Drª Fabíola Fernanda Feitosa de Medeiros Pitangui, nos
autos da ação de execução de título extrajudicial, ajuizada em desfavor de DERCILAINE
ARANTES CASTRO, também qualificada e representada.

A reclamante pugna pela reforma da decisão que determinou a juntada aos autos de documento
fiscal eletrônico referente ao negócio jurídico objeto da demanda (prestação de serviço e/ou
venda de mercadoria), conforme disposição do Enunciado 135 do FONAJE.

Sustenta que há flagrante ilegalidade na determinação, haja vista a ausência de lei estipulando a
matéria, “(…), não há na legislação pátria qualquer obrigação de que a pessoa jurídica, para propor uma ação de
cobrança/execução perante o Juizado Especial Cível, apresente documento fiscal vinculado ao título.”

Aduz a existência de outras inúmeras ações com o mesmo objeto (cobrança/execução de títulos
de crédito) e todas com idêntica decisão.

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NR.PROCESSO: 5709880.60.2019.8.09.9001
Alega, “(…), é que tal decisão visa impedir o acesso ao sistema dos Juizados Especiais, criando restrições
inexequíveis e patentemente ilegais.”

Afirma que a Lei Complementar nº 123/06, que regulamenta as microempresas e empresas de


pequeno porte, dispõe em seu art. 26 a desnecessidade de emissão de documento fiscal.

Questiona a sobreposição do Enunciado do FONAJE quanto a Lei Complementar, aduzindo


tratar-se de violação a garantia fundamental de inafastabilidade da Jurisdição (art. 5º, inciso
XXXV, da CF/88).

Roga pela concessão de efeito suspensivo dos efeitos da decisão, “(…), suspender os efeitos das
decisões em bloco que exigem a juntada de documento fiscal como condição da ação dos autos de nº 5303435.53;
5303470.13; 5308695.14; 5462080.79; 5311258.78; 5315558.83; 5303452.89; 5308725.49; 5461205.12; 5461471.96;
5308782.67; 5527854.56; 5311014.52; 5311147.94; 5311448.41; 5313602.32; 5313705.39; 5476076.47 e 5313500.10;
entre outros que futuramente a parte reclamante receba a mesma determinação.”

Por fim, requer a procedência do pedido.

No evento nº 06, houve a juntada de petição pela reclamante, manifestando-se pela desistência
do feito, ante a revogação de ofício da decisão impugnada.

É o relatório, no necessário. DECIDO.

Ao que ressai dos autos, houve a revogação da decisão que determina a juntada aos autos de
documento fiscal eletrônico referente ao negócio jurídico objeto da demanda (prestação de
serviço e/ou venda de mercadoria), conforme disposição do Enunciado 135 do FONAJE. Diante
disso, a reclamante requer a desistência do feito, pela perda superveniente do seu objeto.

Portanto, concluo que esta reclamação tornou-se prejudicada, em razão da perda do objeto, que
era a própria insurgência da qual se manifesta a reclamante.

Oportuno mencionar que o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás orienta
no art. 195, verbis:

Art. 195. Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver cessado sua causa determinante

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NR.PROCESSO: 5709880.60.2019.8.09.9001
ou já tiver sido plenamente alcançada em outra via, judicial ou não.

Parágrafo único. A pretensão será julgada sem objeto, se este houver desaparecido ou
perecido.”

Ainda,

“Art. 175. Ao relator compete:

(….).

XV – homologar as desistências, ainda que o feito se ache em mesa para julgamento.”

Não vejo necessidade de maiores considerações.

POR TODO O EXPOSTO, nos termos do art. 175, XV e 195 do RITJGO, homologo a desistência
pleiteada, determinando o arquivamento dos autos, conforme pedido exarado no evento nº 06.

Intimem-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 20/02/2020 12:49:52

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 0253782.68.2007.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Rescisória
POLO ATIVO : HSBC BANK BRASIL S/A BANCO MULTIPLO
POLO PASSIVO : OPCAO MOTORES PECAS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : HSBC BANK BRASIL S/A BANCO MULTIPLO


ADVGS. PARTE : 23573 GO - MARCELO RODRIGUES FELICIO
21487 GO - LUCIANO VALENTIM DE CASTRO
291372 SP - PEDRO MAGALHÃES HUMBERT

PARTE INTIMADA : OPCAO MOTORES PECAS LTDA


ADVGS. PARTE : 12079 GO - ANA LUCIA TEIXEIRA FERNANDES LUCAS
10043 GO - RAFAEL AMPARO DE OLIVEIRA
35021 GO - LEANDRO MARMO CARNEIRO COSTA
24319 GO - EDILAINE OLIVEIRA RODRIGUES AMPARO
29262 GO - ANTÔNIO CARLOS CORRÊA MARINHO
34537 GO - ALEX AUGUSTO VAZ RODRIGUES
7181 GO - JOÃO DOMINGOS DA COSTA FILHO

PARTE INTIMADA : LÉO BATISTA CAETANO COSTA


ADVGS. PARTE : 24319 GO - EDILAINE OLIVEIRA RODRIGUES AMPARO
10043 GO - RAFAEL AMPARO DE OLIVEIRA
29262 GO - ANTÔNIO CARLOS CORRÊA MARINHO
35021 GO - LEANDRO MARMO CARNEIRO COSTA
7181 GO - JOÃO DOMINGOS DA COSTA FILHO

PARTE INTIMADA : SANTOS CUNHA E ARAUJO LTDA


ADVGS. PARTE : 10043 GO - RAFAEL AMPARO DE OLIVEIRA
7181 GO - JOÃO DOMINGOS DA COSTA FILHO
29262 GO - ANTÔNIO CARLOS CORRÊA MARINHO
24319 GO - EDILAINE OLIVEIRA RODRIGUES AMPARO
35021 GO - LEANDRO MARMO CARNEIRO COSTA

PARTE INTIMADA : LUIZ EDUARDO CAETANO COSTA


ADVGS. PARTE : 35021 GO - LEANDRO MARMO CARNEIRO COSTA
39809 GO - LARA CARNEIRO COSTA
7181 GO - JOÃO DOMINGOS DA COSTA FILHO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S.A


ADVG. PARTE : 44132 GO - NEI CALDERON

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0253782.68.2007.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Execução em Ação Rescisória nº 0253782.68.2007.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Exequente: HSBC Bank Brasil S/A – Banco Múltiplo
Executados: Opção Motores e Peças Ltda. e outros
Presidente: Desembargador Carlos Alberto França

DECISÃO

Cuida-se de execução de acórdão em sede de ação rescisória, movida por


HSBC Bank Brasil S/A – Banco Múltiplo em face de Opção Motores e Peças Ltda.
e outros.
Pelo despacho acostado ao evento n. 267 foi determinada a realização de
avaliação no imóvel penhorado por perito/avaliador, com a finalidade de realizar-se
uma avaliação que pudesse trazer segurança às partes e ao juízo, bem como
responder eventuais impugnações das partes.
Referido laudo de avaliação encontra-se anexado ao evento n. 420, de cuja
conclusão se extrai:

“De conformidade com o levantamento mercadológico de imóveis da


região com base na metodologia proposta, o imóvel objeto de avaliação
situado Avenida C-7, Lotes 01 e 02, da quadra 53, Setor Sudoeste,
município de Goiânia/GO, com área total de 416m², cada lote e área

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NR.PROCESSO: 0253782.68.2007.8.09.0000
total construída de 198,00m².
Desse modo, este avaliador traz os valores referentes a cada avaliação
sendo:
Lote 01 – R$ 666.000,00 (seiscentos e sessenta mil reais);
Lote 02 – R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).”

Intimadas as partes a manifestarem-se sobre o laudo, a parte executada


acostou petição no evento n. 435, ressaltando que deve ser homologado o valor
encontrado pelo Oficial de Justiça avaliador em relação ao lote 02, ou seja, R$
356.512,00, e o valor apontado pelo perito nomeado em relação ao lote 01, qual seja,
R$ 666.000,00, ao argumento de que a execução deve correr da forma menos gravosa
ao devedor.
Por sua vez, o banco exequente manifestou-se no evento n. 436, destacando,
de início que, conquanto o lote 01 seja parte integrante do imóvel dado como caução,
o termo de penhora recaiu somente sobre o lote 02, tendo o perito nomeado informado
a possibilidade de alienação em separado dos lotes, sem prejuízo de suas estruturas.
Aduz, contudo, que a venda em separado dos lotes causará enormes
prejuízos, posto depreciará os bens que são complementares entre si, sendo,
ademais, o valor apontado pelo perito relativo ao segundo lote insuficiente para a
quitação do débito discutido.
Destaca que “nem mesmo a alienação de ambos os lotes será suficiente para
que ocorra a quitação do débito. Porém, caso realizada a alienação dos lotes 01 e 02,
é certo que será dada maior efetividade ao processo, favorecendo-se a satisfação do
crédito do Requerente.”.
Requer seja expedido novo termo de penhora, a fim de contemplar os lotes 01
e 02.
Pois bem.

Desde já, rechaço a pretensão formulada pelos executados no evento n. 435,


consubstanciada na homologação do valor encontrado pelo Oficial de Justiça avaliador
em relação ao lote 02, ou seja, R$ 356.512,00.
Como bem se sabe, o juiz é o destinatário das provas, tendo plena liberdade
para apreciá-las e valorá-las, decidindo de acordo com os elementos probatórios
constantes do álbum processual, fazendo-o segundo seu livre convencimento,
conforme dispostos nos arts. 370 e 371 do Código de Processo Civil:

“Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,


determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as

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NR.PROCESSO: 0253782.68.2007.8.09.0000
diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos,


independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na
decisão as razões da formação de seu convencimento.”

Da mesma forma, caberá ao magistrado nomear perito de sua confiança para


executar trabalhos que demandem conhecimentos específicos e técnicos do caso em
apreciação.
O ordenamento processual civil atribui ao perito a qualidade de auxiliar da
justiça que, na elaboração do laudo pericial, vale-se de conhecimento especializado
em determinada área de conhecimento científico, essencial ao esclarecimento da
controvérsia.
Lado outro, na espécie, verifica-se que o Sr. Avaliador Judicial nada
esclareceu ou rebateu sobre as impugnações apresentadas pelas partes, o que
motivou, inclusive, a nomeação, por este Presidente, de nomeação de perito para
realização de novo laudo de avaliação dos imóveis e esclarecimento dos quesitos das
partes, o que foi realizado de forma muito clara em relação ao imóvel penhorado, lote
n. 02.
Dessa forma, imperiosa a homologação do laudo pericial acostado ao evento
n. 420, que encontrou o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) para o lote 02,
efetivamente penhorado nos autos.
Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA.


CUMPRIMENTO SENTENÇA. CÁLCULOS ELABORADOS PELA
CONTADORIA DO JUÍZO. FÉ PÚBLICA. HOMOLOGAÇÃO DOS
CÁLCULOS. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU DESACERTO NA
DECISÃO AGRAVADA. 1. O Perito Judicial é um agente auxiliar e de
confiança do juízo, cujos cálculos fornecem elementos seguros à
formação de sua livre convicção sobre o valor devido, apenas ilididos se
apresentados elementos robustos que indiquem imprecisões no trabalho
apresentado. 2. Uma vez observado que não foram apresentados
elementos robustos que apontem erros no laudo pericial, que para
chegar ao quantum debeatur (R$ 151.647,09 (Cento e cinquenta um mil,
seiscentos e quarenta e sete reais e nove centavos), seguiu-se as
determinações impostas na sentença, com atualização monetária pelo
INPC da data do trânsito em julgado da sentença, incidindo a multa de
10% referentes aos art. 475-J e a multa de 10% referente ao art.774, I,
II, parágrafo único CPC/15 601 do CPC/73, somando, ainda, ao
montante, as custas processuais posteriores ao trânsito em julgado, e a
amortizando do valor já levantado pela parte exequente, deverá ser
mantida a decisão que homologou os cálculos apresentados pelo
contador nomeado. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E

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NR.PROCESSO: 0253782.68.2007.8.09.0000
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5595449-
50.2019.8.09.0000, Rel. Dr. SEBASTIÃO LUIZ FLEURY, 4ª Câmara
Cível, julgado em 17/02/2020, DJe de 17/02/2020)

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE CLÁUSULAS


CONTRATUAIS C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C PEDIDO DE
EXTINÇÃO DE ÔNUS REAL. FASE DE CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. HOMOLOGAÇÃO DE LAUDO PERICIAL
CONFECCIONADO POR EXPERT NOMEADO PELO JUÍZO.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO POR PARTE DO REQUERIDO.
PRECLUSÃO. OBEDIÊNCIA AOS PARÂMETROS TRAÇADOS PELA
SENTENÇA E ACÓRDÃO. HONORÁRIOS RECURSAIS APLICADOS.
1- No caso em exame, o réu/recorrente, embora intimado, deixou de se
manifestar sobre o laudo pericial, que indicou o saldo credor dos
requerentes/recorridos e, ainda, o valor das despesas judiciais. Ora,
constatada a inércia do requerido/apelante, que se traduz em verdadeira
concordância com os valores apresentados expert, outro caminho não
haveria para o juiz a quo que não a homologação do laudo pericial, até
mesmo porque operada a preclusão do direito daquele de impugnar e/ou
discordar do referido laudo. 2- Vale esclarecer que apesar de o julgador
não estar adstrito à prova pericial, não se pode desprezar a sua
importância para o deslinde da controvérsia, que demanda
conhecimentos específicos da profissão contábil. Assim, tendo o laudo
pericial sido elaborado por profissional de confiança do juízo, com
imparcialidade, precisão e clareza e, ausente qualquer fundamento
técnico capaz desconstituí-lo, deve ser ele considerado para a apuração
do montante devido. Desse modo, tendo em vista que o cálculo
elaborado pelo perito judicial encontra-se em perfeita harmonia com os
parâmetros estabelecidos na sentença e no acórdão, não vejo como
prevalecer o inconformismo do réu/recorrente. 3- Em observância ao
disposto no artigo 85, § 11, do CPC/15, majoro o percentual dos
honorários sucumbenciais para 12% (doze por cento) sobre o valor da
condenação. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.”
(TJGO, Apelação (CPC) 0183230-61.2003.8.09.0051, Rel. Desa. MARIA
DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em
05/02/2020, DJe de 05/02/2020)

Em relação à alegação do banco exequente (evento n. 436) de que a venda


em separado dos lotes causará enormes prejuízos, posto depreciará os bens que são
complementares entre si, sendo, ademais, o valor apontado pelo perito relativo ao
segundo lote insuficiente para a quitação do débito discutido, tenho que razão lhe
assiste.
In casu, verifica-se que, conquanto o lote 01 seja parte integrante do imóvel
dado como caução, o termo de penhora recaiu somente sobre o lote 02, motivo pelo
qual não se afigura possível que o lote 01 também seja levado a hasta pública, de
imediato.
Aliás, por não ter sido penhorado, neste momento, não é possível qualquer

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NR.PROCESSO: 0253782.68.2007.8.09.0000
deliberação sobre o valor da avaliação do lote n. 01, o que poderá ocorrer apenas no
momento oportuno, ou seja, após a efetivação da penhora daquele imóvel.
Ressalte-se que a impugnação da parte devedora e a manifestação da parte
credora sobre a avaliação do lote n. 01 sequer poderão ser enfrentadas por este
julgador neste momento, pois aquele imóvel não foi penhorado e ainda não está
vinculado a esta execução.
Ante o exposto, desacolho a manifestação dos executados acostada ao
evento n. 435, em relação ao lote penhorado de n. 02, e homologo o laudo
pericial/avaliação colacionado ao evento n. 420 em relação àquele imóvel, no valor de
R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
Ainda, determino a expedição de novo mandado de penhora em relação ao
lote 01, efetivando, em seguida à constrição, a intimação das partes, sendo que,
posteriormente, será objeto de avaliação, se as partes não se aquiescerem com a
avaliação já realizada, quando, então, esta Presidência deliberará sobre a questão,
ressaltando que o praceamento do imóvel já penhorado e avaliado aguardará a
formalização da penhora e definição sobre a avaliação do lote 01.
Intimem-se, concedendo à parte credora o prazo de 5 dias para recolher o
valor da locomoção para cumprimento do mandado de penhora do lote n. 01 acima
mencionado.
Cumpra-se.
Goiânia, 20 de fevereiro de 2020.

Desembargador Carlos Alberto França


Presidente da 1ª Seção Cível
/C10

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 14:03:27

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5273285.30.2019.8.09.9001
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : ISRAEL DE CARVALHO MEDEIROS
POLO PASSIVO : 2º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE
GOIÂNIA/GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ISRAEL DE CARVALHO MEDEIROS


ADVGS. PARTE : 23699 GO - ROBERTO GOMES FERREIRA
38015 DF - LUCAS MORI DE RESENDE
8583 DF - JULIO CESAR BORGES DE RESENDE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 20/02/2020 14:27:08

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5036299.64.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Rescisória
POLO ATIVO : JÂNIO ANTÔNIO CARNEIRO
POLO PASSIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JÂNIO ANTÔNIO CARNEIRO


ADVG. PARTE : 29138 GO - ADRIANO CASTRO E DANTAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5036299.64.2020.8.09.0000
Poder Judiciário

Tribunal de Justiça de Goiás

Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo

1ª Seção Cível
AÇÃO RESCISÓRIA Nº 5036299.64.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
AUTOR : JÂNIO ANTÔNIO CARNEIRO
RÉU : MINISTÉRIO PÚBLICO
RELATOR : Juiz ROBERTO HORÁCIO REZENDE

DECISÃO

JÂNIO ANTÔNIO CARNEIRO, propõe a presente Ação Rescisória, em face


da MINISTÉRIO PÚBLICO com fulcro no artigo 966, inciso IV, do Código de Processo
Civil.

A parte autora pugnou pela concessão dos benefícios da assistência


judiciária, sob o argumento que não tem condições de arcar com eventual ônus da
sucumbência, sem privar de seu próprio sustento e de sua família.

Ocorre que para concessão dos benefícios da assistência judiciária impõe-se


ao Requerente a comprovação de insuficiência de recursos, consoante o artigo 98 do
Código de Processo Civil, bem como o inciso LXXIV do artigo 5º, da Constituição
Federal, que assentou: “O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos
que comprovarem insuficiência de recursos”.

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NR.PROCESSO: 5036299.64.2020.8.09.0000
Neste contexto, nos termos do artigo 99, §2º, do Código de Processo Civil,
intime-se a parte autora para comprovar a hipossuficiência alegada, juntando
documentos, tais como: contracheque e da declaração de imposto de renda, de forma
integral, ou declaração de isento, extratos bancários e de cartão de crédito, bem como
comprovante de despesas pessoais, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de
indeferimento do pedido de assistência judiciária.

Cumpra-se.

ROBERTO HORÁCIO REZENDE


Juiz Substituto no 2º Grau
RELATOR
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/02/2020


14:29:29

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5084728.62.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : LUZIMAR SILVA VIEIRA
POLO PASSIVO : JD DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LUÍS DE MONTES
BELOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUZIMAR SILVA VIEIRA


ADVG. PARTE : 49505 GO - WILMAR MARTINS DE OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5084728.62.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Gerson Santana Cintra

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5084728.62.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

3ª CÂMARA CÍVEL

IMPETRANTE : LUIZIMAR SILVA VIEIRA

IMPETRADO : VALDIVINO FELIPE DE ANDRADE

RELATOR : Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

DESPACHO

Em atenção aos termos do artigo 99, § 2º do CPC/15, intime-se o impetrante LUIZIMAR SILVA
VIEIRA para, em 10 (dez) dias, comprovar a alegada hipossuficiência financeira, não sendo suficiente, para
tanto, a simples declaração neste sentido.

I.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2.020.

Desembargador GERSON SANTANA CINTRA

Relator

02

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/02/2020


17:06:06

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5082258.58.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : FERNANDO CÉSAR CINTRA
POLO PASSIVO : JD DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE INHUMAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FERNANDO CÉSAR CINTRA


ADVG. PARTE : 14694 GO - MAURICIO DE MACEDO LOYOLA

PARTE INTIMADA : LORENA STEFANI SILVA


ADVGS. PARTE : 14749 GO - JACKSON AURELIO DE CAMARGO
14694 GO - MAURICIO DE MACEDO LOYOLA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5082258.58.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5082258.58.2020.8.09.0000

IMPETRANTES: FERNANDO CÉSAR CINTRA E OUTRA


IMPETRADO: JUIZ DE DIREITO DA 2ª COMARCA DE INHUMAS
RELATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO

DESPACHO

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA, com pedido liminar, impetrado por


FERNANDO CÉSAR CINTRA e LORENA STEFANI SILVA contra ato ilegal atribuído
ao JUIZ DE DIREITO DA 2ª COMARCA DE INHUMAS, Dr. Nickerson Pires Ferreira
, consubstanciado na decisão proferida nos autos da “ação de rescisão contratual”, de
protocolo nº 0082867.17.2014.8.09.0072, ordenando a realização do leilão de 02 (dois)
imóveis.

Em análise ao caderno processual, constata-se a discordância entre as informações


(número da guia e valor) constantes da cópia da guia de custas colacionada ao feito
(mov. 1, doc. “guiaecomprovante.pdf”) e daquela inserida no campo “Guias do
Processo” do presente processo judicial digital.

Deste modo, intime-se o impetrante para esclarecer a mencionada divergência,

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NR.PROCESSO: 5082258.58.2020.8.09.0000
jungindo-se, se for o caso, o comprovante de pagamento das despesas inerentes ao
processamento do presente writ, em 15 (quinze) dias, sob pena de cancelamento da
distribuição (art. 290, CPC).

Cumpra-se.

Goiânia, 20 de fevereiro de 2020.

DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO


RELATOR
1007/FF

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 17:09:03

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5023730.31.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Ação Rescisória
POLO ATIVO : MATHEUS PAULO MARTINS CAMARGO
POLO PASSIVO : DIRCEU CARDOSO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MATHEUS PAULO MARTINS CAMARGO


ADVG. PARTE : 210867 SP - CARINA MOISÉS MENDONÇA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo Interno em Ação Rescisória nº 5023730.31.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Autor: Matheus Paulo Martins Camargo
1º Réu: Dirceu Cardoso
2ª Ré: Metalúrgica Ilma S/A
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, impende o conhecimento do


agravo interno em voga.
Conforme relatado, cuida-se de agravo interno interposto por Matheus Paulo
Martins Camargo contra a decisão proferida no evento 12, a qual indeferiu ao
autor/agravante os benefícios da gratuidade da justiça, concedendo-lhe o prazo de 05
(cinco) dias para o recolhimento das custas processuais iniciais, sob pena de
cancelamento da distribuição do feito, e para a realização do depósito prévio, sob pena
de indeferimento da inicial.
De plano, consigno que a decisão do evento 12 imerece reforma.
A matéria questionada encontra sustentação legal no Código de Processo
Civil/2015, que dispõe que “a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei” (artigo 98),
presumindo-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por
pessoa natural (artigo 99, § 3º), bem assim na Constituição Federal, artigo 5º, inciso
LXXIV, que, a seu turno, prevê que “o Estado prestará assistência judiciária integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos” (grifei).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
Vê-se, pois, que, enquanto o Código de Processo Civil/2015 reclama a
simples afirmação do necessitado de que está desprovido de recursos para arcar com
as custas e despesas processuais, a Constituição Federal condiciona a concessão do
benefício da gratuidade da justiça à comprovação da insuficiência de recursos.
Nesta seara, a propósito, esta egrégia Corte de Justiça, editou a Súmula nº
25, publicada no Diário de Justiça Eletrônico nº 2120, de 28 de setembro de 2016, a
qual disciplina que:

“Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que


comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”

Com efeito, tem-se por certo que a concessão dos benefícios da gratuidade
da justiça depende da comprovação da parte requerente acerca da sua
impossibilidade de arcar com as custas, despesas processuais e honorários
advocatícios.
Feitas estas considerações, do compulso cuidadoso dos autos, vislumbro que
o autor/agravante não apresentou documentação hábil a comprovar a sua carência
econômico-financeira, ainda que momentânea.
Os documentos jungidos aos autos claramente não refletem a real e atual
situação econômica do autor/agravante.
Inobstante o autor declare à Receita Federal que possui renda anual tributável
de R$ 17.700,00 (dezessete mil e setecentos reais), é certo que a sua renda é
superior, dado ser ele dono de 52.500 (cinquenta e duas mil e quinhentas) quotas da
empresa Afford Consultoria Empresarial Ltda. (CNPJ 05.813.280/0001-70), de 4.999
(quatro mil, novecentos e noventa e nove) quotas da empresa Aforrd Assessoria
Administrativa Ltda. (CNPJ 51.293.983/0001-32) e 5.000 (cinco mil) quotas da
empresa The Meias Comércio de Vestuário Ltda. (CNPJ 31.965.266/0001-00), assim
como suposto sócio da empresa Metalúrgica Ilma S/A (CNPJ 49.450.505/0001-47).
Ademais, a alegação do autor/agravante de que as empresas de que é sócio
não possuem faturamento e, portanto, não lhe geram renda, muito pelo contrário,
devido às dívidas que possuem lhe causam prejuízos, não há nos autos nenhuma
prova desta situação, que poderia ser facilmente comprovado pelo balanço patrimonial
das entidades.
A alegação do autor/agravante de insuficiência de recursos vai de encontro
com a situação narrada nos autos, a qual deixa claro que ele aufere renda satisfatória
para pagar as custas e despesas processuais, mesmo que apenas de forma
parcelada, como deferido no evento 17.
O autor/agravante claramente omite a sua atual e real situação financeira e
para a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça é imprescindível a
comprovação da insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais
e honorários advocatícios.
Neste toar, uma vez que não há comprovação de insuficiência de recursos

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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
que possa dar suporte à pretensão do autor/agravante, demonstrando sua dificuldade
financeira em arcar com as custas, despesas processuais e honorários advocatícios,
não há se falar no direito ao benefício da gratuidade da justiça, como requestado.
Consigno, por oportuno, que a concessão da gratuidade da justiça não está
condicionada a um estado de miserabilidade absoluta do requerente do benefício.
Porém, não é correta a sua aplicação indistinta, sem uma apuração um pouco mais
acurada em torno da situação que envolve o litigante, sob pena daquele benefício
transformar-se em subterfúgio para aqueles que, mesmo podendo, furtam-se ao dever
de pagar as custas e despesas do processo.
Corroborando com o posicionamento adotado, trago à baila a lição de Nelson
Nery Júnior e Rosa Maria Andrade Nery, in Código de Processo Civil Comentado, 7ª
ed., p. 1459:

“(...) a declaração pura e simples do interessado conquanto seja o único


entrave burocrático que se exige para liberar o magistrado para decidir
em favor do peticionário, não é prova inequívoca daquilo que ele afirma,
nem obriga o juiz a se curvar aos seus dizeres se de outras provas e
circunstâncias ficar evidenciado que o conceito de pobreza que a parte
invoca não é aquele que justifica a concessão do privilégio.”

A propósito, veja-se a jurisprudência sufragada no âmbito deste egrégio


Tribunal de Justiça:

“AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA.
INDEFERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA.
AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. I. Nos termos do art. 5º, LXXIV, da CF
e da Súmula nº 25, do TJGO, faz jus à assistência judiciária a pessoa,
natural ou jurídica, que comprovar sua impossibilidade de arcar com os
encargos processuais. II. No presente caso, a alegação da parte
agravante é dissonante aos documentos colacionados, ocasionando
dúvidas. III. O desprovimento do Agravo Interno quando não se fazem
presentes, em suas razões, qualquer novo argumento que justifique a
modificação da decisão agravada é medida impositiva. AGRAVO
INTERNO CONHECIDO E IMPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento
( CPC ) 5488537-63.2018.8.09.0000, Rel. MAURICIO PORFIRIO ROSA,
1ª Câmara Cível, julgado em 25/03/2019, DJe de 25/03/2019)

“AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA. NÃO COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS.
INDEFERIMENTO E CONCESSÃO DE PRAZO PARA O PAGAMENTO
DAS CUSTAS. AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. MANUTENÇÃO DO
DECISUM. I - Cediço que a assistência judiciária gratuita deverá ser

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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
concedida àqueles que dela comprovadamente necessitem. No caso em
apreço, não tendo a recorrente demonstrado a alegada hipossuficiência,
resulta imperiosa a manutenção da decisão recorrida que indeferiu o
benefício da gratuidade judiciária e concedeu-lhe prazo para o
recolhimento das custas recursais. II - Diante da inexistência de motivo
plausível para a reforma, vez que ausentes novos elementos capazes de
modificar a convicção inicial do relator, visando o recurso, apenas, o
reexame de matéria já decida, deve ser mantido o decisum combatido.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO, MAS, DESPROVIDO.” (TJGO,
Agravo de Instrumento ( CPC ) 5517941-62.2018.8.09.0000, Rel. LUIZ
EDUARDO DE SOUSA, 1ª Câmara Cível, julgado em 22/03/2019, DJe
de 22/03/2019)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA. SÚMULA Nº 25


DESTE EGRÉGIO SODALÍCIO. EXTENSÃO A EVENTUAL PROVA
PERICIAL. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 98, INCISO
VI, DO CÓDIGO PROCESSUAL CIVIL. 1. Nos termos da Súmula nº 25
desta egrégia Corte de Justiça, a concessão da assistência judiciária
gratuita está sujeita à comprovação da impossibilidade de arcar com os
encargos processuais, o que no caso restou evidenciado pelo conjunto
probatório apresentado. 2. A benesse da gratuidade da justiça
compreende também a realização de perícia, conforme dispõe o artigo
98, § 1º, inciso VI, do Código de Processo Civil, não se podendo deixar
de aplicar a previsão constitucional do Estado de prestar essa
assistência, de forma integral e gratuita, para aqueles que
demonstrarem a impossibilidade de arcar com os custos de eventual
prova técnica e demais despesas do processo. Precedentes deste
egrégio Sodalício. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
PROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5607030-
96.2018.8.09.0000, Rel. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO, 4ª
Câmara Cível, julgado em 19/03/2019, DJe de 19/03/2019)

No mesmo sentido é a orientação do colendo Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL. GRATUIDADE DA JUSTIÇA.


IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO PELA ALÍNEA
"A". DISSÍDIO PRETORIANO PREJUDICADO. 1. O Superior Tribunal de
Justiça entende que é relativa a presunção de hipossuficiência oriunda
da declaração feita pelo requerente do benefício da justiça gratuita,
sendo possível a exigência, pelo magistrado, da devida comprovação. 2.
O Tribunal local consignou: "O contracheque de fl. 23 revela que, em
julho de 2015, a agravante percebeu vantagens remuneratórias, em
termos brutos, no montante total de R$ 11.742,70. Nenhuma outra
alegação ou evidência é trazida acerca de encargos extraordinários que
possibilitem elidir a presunção ordinária de que, com tal renda, a
demandante/agravante não preenche a condição objetiva, exigida pela

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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
jurisprudência da Câmara, para fazer jus à benesse da Lei n° 1.060/50."
(fl. 60, e-STJ). A reforma de tal entendimento requer o reexame do
conteúdo fático-probatório dos autos, atraindo à espécie o óbice contido
na Súmula 7 do STJ. 3. Fica prejudicada a análise da divergência
jurisprudencial quando a tese sustentada já foi afastada no exame do
Recurso Especial pela alínea "a" do permissivo constitucional. 4.
Recurso Especial não conhecido.” (STJ, REsp 1684474/RS, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
03/10/2017, DJe 16/10/2017)

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. GRATUIDADE DE


JUSTIÇA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE
MISERABILIDADE. SÚMULA 7 DO STJ. MULTA. ART. 4º, §1º, DA LEI
1.060/50. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA
7/STJ. RECURSO NÃO PROVIDO. (...) 2. O Superior Tribunal de
Justiça já decidiu que "o pedido de assistência judiciária gratuita pode
ser indeferido quando o magistrado tiver fundadas razões para crer que
o requerente não se encontra no estado de miserabilidade declarado."
(AgRg no Ag 881.512/RJ, Rel. Ministro CARLOS FERNANDO MATHIAS
(JUIZ FEDERAL CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), QUARTA
TURMA, julgado em 02/12/2008, DJe 18/12/2008). 3. Não é possível
rever a conclusão do acórdão recorrido, no sentido de que não ficou
comprovado o estado de miserabilidade, apto a ensejar a concessão do
benefício da justiça gratuita, sem proceder-se ao revolvimento do
substrato fático-probatório dos autos, ante o óbice da Súmula nº 7/STJ,
que impede o conhecimento do recurso por ambas as alíneas do
dispositivo constitucional. (...) 5. Agravo interno a que se nega
provimento.” (STJ, AgInt no AREsp 1063320/SP, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 08/08/2017, DJe
15/08/2017)

“PROCESSUAL CIVIL. GRATUIDADE DA JUSTIÇA.


IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. 1. O Superior Tribunal de Justiça entende que é relativa
a presunção de hipossuficiência oriunda da declaração feita pelo
requerente do benefício da justiça gratuita, sendo possível a exigência,
pelo magistrado, da devida comprovação. 2. O Tribunal local consignou:
"In casu, o agravante, de acordo com o seu comprovante de
rendimentos, fl. 36, datado de setembro de 2014, percebe,
mensalmente, a quantia bruta de R$ 4.893,16, que, à época, equivalia a
6,75 salários mínimos, não se havendo falar em necessidade de
concessão da benesse." (fl. 83, e-STJ). A reforma de tal entendimento
requer o reexame do conteúdo fático-probatório dos autos, atraindo à
espécie o óbice contido na Súmula 7 do STJ. 3. Recurso Especial não
conhecido.” (STJ, REsp 1666495/RS, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe
30/06/2017)

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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
Logo, como o réu/apelante/agravante não cuidou de produzir prova
documental hábil a evidenciar seu comprometimento econômico/financeiro, deixou de
atender ao comando constitucional de demonstrar sua insuficiência de recursos, razão
pela qual imperiosa a manutenção da decisão proferida no evento 12, que indeferiu a
ele o benefício da gratuidade da justiça.
Ao teor do exposto, conheço do agravo interno interposto por Matheus
Paulo Martins Camargo e nego-lhe provimento, mantendo incólume a decisão
proferida no evento 12, a qual indeferiu ao autor/agravante os benefícios da gratuidade
da justiça e concedeu-lhe o prazo de 05 (cinco) dias para recolher as custas
processuais iniciais e promover o depósito prévio.
É como voto.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C45

Agravo Interno em Ação Rescisória nº 5023730.31.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Autor: Matheus Paulo Martins Camargo
1º Réu: Dirceu Cardoso
2ª Ré: Metalúrgica Ilma S/A
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos o Agravo Interno nos autos de Ação Rescisória


nº 5023730.31.2020.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, figurando como autor
Matheus Paulo Martins Camargo e como 1° réu Dirceu Cardoso e 2ª ré
Metalúrgica Ilma S/A.
ACORDAM os integrantes da Primeira Seção Cível do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos, em conhecer do agravo interno
e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator, proferido na assentada do
julgamento e que a este se incorpora.

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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
Votaram, com o relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira,
Orloff Neves Rocha, Gerson Santana Cintra, Carlos Roberto Fávaro, Leobino
Valente Chaves, Gilberto Marques Filho, Zacarias Neves Coelho, Luiz Eduardo de
Sousa e Maria das Graças Carneiro Requi e os Doutores Eudélcio Machado
Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau, atuando em substituição ao
Desembargador José Carlos de Oliveira, Ronnie Paes Sandre, Juiz de Direito,
atuando em substituição ao Desembargador Ney Teles de Paula, e Roberto Horácio
de Resende, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau, atuando em substituição à
Desembargadora Amélia Martins de Araújo.
Presidiu o julgamento o Desembargador Carlos Alberto França.
Ausência justificada do Desembargador Itamar de Lima e do Doutor Fábio
Cristóvão de Campos Faria, Juiz de Direito em 2º Grau, respondente na vaga
desprovida de Desembargador titular.
Esteve presente à sessão o Doutor Osvaldo Nascente Borges,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo Interno em Ação Rescisória nº 5023730.31.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Autor: Matheus Paulo Martins Camargo
1º Réu: Dirceu Cardoso
2ª Ré: Metalúrgica Ilma S/A
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA:
Agravo Interno.
A ç ã o
rescisória.
Gratuidade da
justiça. Não
comprovação
d a
insuficiência de
r e c u r s o s .
Indeferimento
do benefício.
Ante a exegese
do artigo 5º,
inciso LXXIV, da
Constituição
Federal e em
conformidade
com a Súmula nº
25 do egrégio
Tribunal de
Justiça do
Estado de
Goiás, impõe-se
o indeferimento

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5023730.31.2020.8.09.0000
do pedido de
concessão do
benefício da
gratuidade da
justiça ao
requerente que
alegar e não
comprovar a
insuficiência de
recursos para
pagar as custas
e demais
d e s p e s a s
processuais, o
que é o caso.
Agravo interno
conhecido e
desprovido.
D e c i s ã o
mantida.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Intimação Efetivada a Ser Publicada No Diário Eletrônico Nos Próximos 2 (Dois)


Dias Úteis - envio da decisão para publicação no DJE

LOCAL : 1ª SEÇÃO CÍVEL


NR.PROCESSO : 5726032.26.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Conflito de Competência Infância e Juventude
POLO ATIVO : JD DA VARA DE SUCESSÕES DA COMARCA DE GOIÂNIA
POLO PASSIVO : JD DA 14ª VARA CÍVEL E AMBIENTAL DA COMARCA DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

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NR.PROCESSO: 5726032.26.2019.8.09.0000
INTIMAÇÃO EFETIVADA REFERENTE A MOVIMENTAÇÃO DO DIA - 20 de fevereiro de
2020 - INTIMAÇÃO VIA DIÁRIO ELETRÔNICO

Local :1ª Seção Cível

Nr. Processo: 5726032.26.2019.8.09.0000

Classe Processual: Conflito de Competência

Suscitante: JD DA VARA DE SUCESSÕES DA COMARCA DE GOIÂNIA

Suscitado: JD DA 14ª VARA CÍVEL E AMBIENTAL DA COMARCA DE GOIÂNIA

Parte interessada Intimada: Marcelo Moreira, Moacyr Soares Moreira, Cmo Construtora
Ltda.

Advg. Parte / OAB: CLAUDOARTE GOMES DOS SANTOS OAB/GO 30640 A

Intime-se o advogado acima mencionado para ter conhecimento do resultado da


Decisão Monocrática constante no evento 18, cuja ementa teve o seguinte teor:

EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPE-TÊNCIA. ALVARÁ


JUDICIAL. CONFLITO ENTRE OS JUÍZOS DA VARA CÍVEL E DA
VARA DE SUCESSÕES. PREJUDICIALIDADE. Tendo em vista que o
Juízo suscitado reviu o posicionamento externado anteriormente,
reconhecendo sua competência para processamento e julgamento do
feito, fica prejudicado o presente conflito negativo de com-petência.
Conflito não conhecido.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de conflito negativo de competência estabelecido entre os JUÍZOS DA VARA DE


SUCESSÕES e da 14ª VARA CÍVEL E AMBIENTAL, ambos da COMARCA DE GOIÂNIA, nos
autos do pedido de alvará judicial ajuizado pela CMO CONSTRUTORA LTDA, MOACYR
SOARES MOREIRA e MARCELO MOREIRA.

Inicialmente a ação foi distribuída ao Juízo sus-citado (14ª Vara Cível), que determinou a
redistribuição do feito à Vara de Sucessões.

Redistribuída a ação, o Juízo da Vara de Sucessões optou por suscitar o presente conflito,
esclarecendo que “a causa refere-se a problemática cível, de fundo empresarial, atinente ao
cumprimento de obrigações assumidas por sociedades (pessoas jurídicas) já extintas perante
terceiros”.

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NR.PROCESSO: 5726032.26.2019.8.09.0000
Determinada a oitiva do Juízo suscitado, este, revendo o posicionamento externado
anteriormente, reconheceu sua competência para processamento e julgamento do feito
(evento 16).

É o relatório. Passo a decidir.

Consoante relatado, revendo seu entendimento anterior, o Juízo suscitado reconheceu sua
competência para processamento do pedido de alvará judicial.

Deveras, tal manifestação fez cessar a causa determinante da instauração deste conflito, ficando,
por conseguinte, prejudicada a respectiva pretensão, nos termos do parágrafo único do artigo 195
do Regimento Interno deste Tribunal de Justiça, senão vejamos:

“Art. 195. Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver cessado


sua causa determinante ou já tiver sido plenamente alcançada em
outra via, judicial ou não.

Parágrafo único. A pretensão será julgada sem objeto, se este houver


desaparecido ou perecido.”

Ao teor do exposto, verificada a perda do objeto do conflito, ante o reconhecimento da


competência pelo suscitado (evento 16), com arrimo no artigo 175, inciso II, c/c artigo 195, do
RITJGO, julgo prejudicado o incidente, devendo os autos do pedido de alvará judicial ser
remetidos ao Juízo da 14ª VARA CÍVEL E AMBIENTAL DA COMARCA DE GOIÂNIA.

Publique-se. Cientifiquem-se, por meio de ofício, os Juízos conflitantes, intimando-se, além disso,
as partes do processo originário, por via do Diário Oficial de Justiça.

Com o trânsito em julgado, arquivem-se os au-tos, observadas as baixas de estilo

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 14:42:05

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5717375.95.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : COMPANHIA ULTRAGAZ
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : COMPANHIA ULTRAGAZ


ADVG. PARTE : 235177 SP - RODRIGO ALEXANDRE LAZARO PINTO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5717375.95.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração no Agravo de Instrumento nº 5717375.95.2019.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Embargante: Companhia Ultragaz S/A
Embargado : Estado de Goiás
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIOEVOTO

Trata-se de embargos de declaração opostos por Companhia Ultragaz S/A contra o


acórdão do evento nº 29, o qual conheceu e negou provimento ao agravo de
instrumento manejado pela executada/agravante/embargante, assim ementado:

“EMENTA: Agravo de instrumento. Ação de execução fiscal.


Ilegitimidade da empresa para recorrer do interesse dos sócios. I –
Conforme dispõe o artigo 996, do CPC, o recurso pode ser interposto
pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público,
como parte ou como fiscal da ordem jurídica. Lado outro, nos termos da
redação do artigo 18, do CPC, ninguém poderá pleitear direito alheio em
nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. II – In
casu, a empresa agravante não tem legitimidade para, em nome próprio,
defender os interesses de seus sócios, uma vez que a pessoa jurídica
não se confunde com a pessoa física. Assim, a ilegitimidade passiva dos
diretores da empresa recorrente, apontados como co-responsáveis nas
certidões de dívida ativa que embasam a execução fiscal ajuizada pelo
Estado de Goiás, ora agravado, somente por aqueles pode ser
arguida. Agravo de instrumento conhecido e desprovido.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5717375.95.2019.8.09.0000
Em suas razões (evento 37), a parte embargante/agravante diz que o acórdão
foi omisso, porquanto não analisou quanto à necessidade de suspensão da execução
fiscal em relação às CDAs 627624 e 627810.
Ressalta que “a CDA 627624 encontra-se garantida por depósito judicial no
montante integral do crédito tributário, sendo imperiosa a suspensão de sua
exibilidade, enquanto a CDA 627810 encontra-se extinta em razão de decisão judicial
transitada em julgado”.
Defende que “até mesmo a CDA nº 410156, que conta com a presença dos
diretores como responsáveis, possui garantia através de carta de fiança bancária
juntada aos autos, sendo também imperativa a sua suspensão, sobretudo pelo fato de
a carta de fiança se equiparar ao depósito judicial em montante integral, em razão de
sua célere liquidez. Em outras palavras, a totalidade dos créditos tributários encontra-
se garantia em juízo, inexistindo qualquer sombra de temor ao erário de que tais
créditos não serão adimplidos caso eventualmente a Embargante não logre êxito na
discussão judicial de tais créditos.”
Assim, conclui que a execução fiscal sequer deveria ter sido ajuizada em
relação aos débitos que possuem depósitos, bem como deveria permanecer suspensa
em relação à CDA que possui garantia através de carta de fiança, sequer sendo
possível a citação dos diretores, ressaltando o fato de tal pedido ter se dado em
momento posterior ao ajuizamento da ação de execução.
Requer, ao final, sejam providos os aclaratórios, eliminando a omissão
apontada, prequestionando a matéria a fim de interposição de recurso para os
Tribunais Superiores.

É o relatório. Passo ao voto.

Os embargos de declaração, segundo o artigo 1.022 do Código de Processo


Civil/2015, destinam-se especificamente a corrigir falha do comando judicial que
comprometa seu entendimento, o que pode decorrer de quatro hipóteses: contradição
(fundamentos inconciliáveis entre si, dentro do próprio julgado), omissão (falta de
enfrentamento de questão posta), obscuridade (ausência de clareza) ou correção de
erro material.
Os processualistas Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel
Mitidiero lecionam sobre o alcance dos aclaratórios:

“Os embargos de declaração visam a aperfeiçoar as decisões judiciais,


propiciando uma tutela jurisdicional clara e completa. Os embargos
declaratórios não têm por finalidade revisar ou anular as decisões
judiciais (STJ, 2.ª Turma, Edcl no REsp 930.515/SP, rel. Min. Castro
Meira, j. 02.10.2007, DJ 18.10.2007, p.338). Apenas excepcionalmente,
em face de aclaramento de obscuridade, desfazimento de contradição
ou supressão de omissão, é que se prestam os embargos de declaração
a modificar o julgado (como reconhece o art. 1.023, § 2.º, CPC). Cabem

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NR.PROCESSO: 5717375.95.2019.8.09.0000
embargos declaratórios quando a parte narra obscuridade, contradição
ou omissão em qualquer espécie de decisão judicial – decisões
interlocutórias, sentenças, acórdãos ou decisões monocráticas de relator
(STJ, 1.ª Turma, REsp 762.384/SP, rel. Min. Teori Zavascki, j.
06.12.2005, DJ 19.12.2005, p. 262). Os embargos declaratórios
constituem poderoso instrumento de colaboração no processo,
permitindo um juízo plural, aberto e ponderado a partir de um diálogo
que visa a um efetivo aperfeiçoamento da tutela jurisdicional.” (in Novo
Código de Processo Civil comentado. 2. ed. rev., atual. e ampl. São
Paula: Editora Revista dos Tribunais, 2016. p. 1.082)

Com efeito, essa modalidade recursal não é meio adequado para corrigir
fundamentos jurídicos.
Ao analisar o acórdão vergastado, à luz da pretensão veiculada no vertente
recurso, vislumbro que o julgado declinou suficientemente os fundamentos para o
desfecho conferido à postulação, em obediência ao disposto no artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal, havendo o acórdão embargado abordado o quanto pertinente
para a solução da quaestio devolvida, consoante as razões ali consignadas.
Assim, forçoso reconhecer que o acórdão atacado não contém os vícios
taxativamente elencados no artigo 1.022 do Código de Processo Civil.
Exatamente por isso, quando cotejada a tese ventilada nos presentes
aclaratórios (omissão em relação à suspensão da execução fiscal até o desfecho das
ações anulatórias remanescentes) não vislumbro procedência na insurgência da parte
embargante.
Nas razões dos presentes aclaratórios, a parte
executada/agravante/embargante claramente deduz, como pretensão recursal, pedido
de infringência do julgado, isto é, reforma do acórdão embargado, o que não se mostra
adequado, pois a infringência só poderá ocorrer quando for consequência necessária
ao acolhimento dos embargos e, obviamente, não restou configurado o vício apontado
pela embargante.
É cediço que o recurso de agravo de instrumento é recurso secundum
eventum litis e que somente a matéria decidida no bojo da decisão é combatida pelo
juízo revisor, o que não ocorre com a alegação de suspensão da execução fiscal em
razão da garantia apresentada na ação anulatória e em razão da extinção de um dos
débitos executados (CDA 627810).
Com efeito, a exceção de pré-executividade oposta limitou-se a argumentar
acerca da ilegitimidade dos diretores da empresa executada. Por oportuno, trago o
pedido com suas especificações descrito na peça de defesa mencionada (evento n.
40, dos autos originários nº 0236579.75.2015.8.09.0174):

“Destarte, diante do exposto, requer seja cancelada a citação dos


diretores da Requerente, em razão da sua ilegitimidade para figurarem
no polo passivo da presente execução. Caso não seja acolhido tal

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NR.PROCESSO: 5717375.95.2019.8.09.0000
pedido, requer, alternativamente, a exclusão das CDAs 627624 e
627810 da presente demanda, pois as pessoas indicadas pelo
Requerido não figuram como devedoras solidárias em tais títulos
executivos.”

Assim, não cabe a manifestação de matéria que não foi apreciada em sede de
primeiro grau, diante da via estreita do agravo de instrumento, devendo limitar-se ao
que foi decidido pelo Juízo singular.
Neste sentido, confira jurisprudência desta Corte de Justiça:

Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento. Decadência do


direito da impetrante/agravante/embargada. I - Existência de omissão.
Vício sanado. Haven-do omissão no acórdão embargado, é de rigor o
acolhimento dos presentes aclaratórios tão somente para esclarecer a
questão suscitada, porém, sem alterar o desfecho dado ao julgado
fustigado. II - Recurso secundum eventum litis. A Corte Revisora está
adstrita ao exame dos elementos que foram objeto de análise pelo juízo
de origem, não podendo apreciar matérias que não foram enfrentadas
pela decisão agravada, sob pena de supressão de instância, ao passo
que não cabe, neste momento, a análise da decadência do direito
postulado pela agravante/impetrante/embargada. Embargos de
Declaração conhecidos e parcialmente acolhidos para sanar a omissão
apontada, porém, sem alterar o desfecho dado ao julgado fustigado.
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5455179-10.2018.8.09.0000, de
Minha Relatoria, 2ª Câmara Cível, julgado em 20/02/2019, DJe de
20/02/2019)

Ademais, consoante cediço, a exceção de pré-executividade não é remédio


processual dotado de efeito suspensivo e a sua oposição, por si só, não tem aptidão
para suspender a execução, que deve prosseguir normalmente.
Deste modo não merece reparos o acórdão embargado.
Decerto que, nas alegações recursais da parte embargante, não se vislumbra
a presença de qualquer dos vícios elencados no artigo 1.022 do Código de Processo
Civil, mas, tão somente, irresignação com o resultado do julgamento desfavorável à
sua pretensão.
Dessa forma, nota-se que o acórdão impugnado é hígido, motivo pelo qual a
rejeição dos embargos de declaração em face da inexistência de qualquer dos vícios
preconizados no artigo 1.022 do Digesto Processual Civil revela-se medida impositiva.
No que tange à questão do prequestionamento, registro que, com fulcro no
artigo 1.025 do Código de Processo Civil, “consideram-se incluídos no acórdão os

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NR.PROCESSO: 5717375.95.2019.8.09.0000
elementos que o embargante suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior
considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade”.
Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER. CERCEAMENTO DE
DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO
CLASSIFICADO FORA DO NÚMERO DE VAGAS. DIREITO À
NOMEAÇÃO INEXISTENTE. ACÓRDÃO MANTIDO. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS CONTIDOS NO ARTIGO 1.022 DO CPC. 1. Ainda que
patente o inconformismo da embargante, não servem os aclaratórios
para reforma meritória do julgado, mas apenas para fins do disposto no
artigo 1.022 do Código de Processo Civil. 2. Prequestionamento.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que a embargante
suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados. Inteligência do artigo 1025
da Legislação Processual. 3. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.” (TJGO, Apelação / Reexame
Necessário 5280718-71.2016.8.09.0051, Rel. GERSON SANTANA
CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 06/03/2019, DJe de 06/03/2019)

Na confluência do exposto, rejeito os embargos de declaração opostos,


dada a ausência das hipóteses previstas no artigo 1.022 do Código de Processo Civil.
É o voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C85

Embargos de Declaração no Agravo de Instrumento nº 5717375.95.2019.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Embargante: Companhia Ultragaz S/A
Embargado : Estado de Goiás
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

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NR.PROCESSO: 5717375.95.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos


autos de Agravo de Instrumento nº 5717375.95.2019.8.09.0000, da Comarca de
Goiânia, figurando como embargante Companhia Ultragaz S/A e como embargado
Estado de Goiás.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e o Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau,
atuando em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5717375.95.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração no Agravo de Instrumento nº 5717375.95.2019.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Embargante: Companhia Ultragaz S/A
Embargado : Estado de Goiás
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Embargos
de Declaração em A
g r a v o d e
instrumento.
Exceção de pré-
executividade.
Execução Fiscal.
Recurso Secundum
Eventum Litis.
Suspensão do
processo de e
xecução em razão
da discussão dos
débitos em ação
anulatória. I. Não
merece reparos o
acórdão embargado,
porquanto Corte
Revisora está adstrita
ao exame dos
elementos que foram
objeto de análise pelo
juízo de origem, não
podendo apreciar
matérias que não
foram enfrentadas

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NR.PROCESSO: 5717375.95.2019.8.09.0000
pela decisão
agravada, sob pena
de supressão de
instância, ao passo
que não cabe, neste
momento, a análise
da tese de suspensão
da execução fiscal
em razão da
discussão dos débitos
em ações anulatórias.
II. Ausência de
pressupostos do
artigo 1.022 do
Código de Processo
Civil. Ausente
qualquer questão
contraditória, omissa,
obscura ou erro
material na decisão
atacada é de se
rejeitar os aclaratórios
face a impossibilidade
de rediscussão e
reapreciação da
matéria já analisada
q u a n d o d o
julgamento do
agravo. III -
Prequestionamento.
Com fulcro no artigo
1.025 do Código de
Processo Civil, “
consideram-se
incluídos no acórdão
os elementos que o
embargante suscitou,
para fins de
prequestionamento,
ainda que os
embargos de
declaração sejam
inadmitidos ou
rejeitados, caso o
tribunal superior
considere existentes
erro, omissão,
contradição ou
obscuridade”.
Embargos de
d e c l a r a ç ã o
rejeitados.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 14:42:40

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0108221.77.2016.8.09.0103
CLASSE PROCESSUAL : Apelação (CPC)
POLO ATIVO : GERALDO MAGELA DE MELO
POLO PASSIVO : ITAU UNIBANCO S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ITAU UNIBANCO S/A


ADVG. PARTE : 22930 GO - YANA CAVALCANTE DE SOUZA

PARTE INTIMADA : GERALDO MAGELA DE MELO


ADVG. PARTE : 19642 GO - JONNE CARLOS DE SOUZA OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
PODER JUDICIÁRIO
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Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Apelação Cível nº 0108221.77.2016.8.09.0103


Comarca de Minaçu
Embargante: Itaú Unibanco S/A
Embargado: Geraldo Magela de Melo
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIOEVOTO

Cuidam-se de embargos de declaração opostos por Itaú Unibanco S/A em


face do acórdão acostado no evento n. 22, proferido em apelação cível por ele
interposta em desfavor de Geraldo Magela de Melo.
Nas razões do recurso (evento n. 26), após breve relato dos fatos
processuais, o embargante defende que houve contradição no referido decisum vez
que “(…) no caso em comento, além de omissão quanto à necessidade de apuração
efetiva da suficiência dos depósitos judiciais, isso sem mencionar na inaplicabilidade
de tese de adimplemento substancial para “perdoar” valor não pago, reconhecendo
quitação de parcelas não demonstrada nos autos.”
Argumenta que o fato de ter sido intimado para se manifestar acerca de
possível error in procedendo, por meio do despacho de evento n. 15, e a posterior
prolação de acórdão desprovendo o recurso representa contradição nos atos
processuais.
Aponta que não é possível concluir pela procedência da consignatória
analisando apenas os depósitos realizados até a contestação, mas sim a integralidade
dos valores consignados.
Obtempera que a sentença debatida considerou a suficiência dos valores
consignados até sua prolação e não até a contestação, o que não é possível,

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
salientando não ter sido oportunizada sua manifestação acerca dos depósitos
realizados após a contestação, de parcelas 63 a 82.
Assevera que “(…) o despacho suscitando eventual nulidade obedeceu
fielmente à lei, mas a sentença e o acórdão foram omissos quanto ao art. 545, § 2º do
CPC, que exige análise dos depósitos realizados para concluir pela suficiência, ou,
caso se conclua pela insuficiência, sempre que possível, se declare o valor da
diferença, o que não ocorreu na sentença nem no acórdão, que se apontou a limitar a
diferença até os depósitos realizados na fase postulatória.”
Salienta que a maioria dos depósitos nos autos foi realizada em prazo
superior a 05 (cinco) dias após o pagamento, ao contrário do que proferido no
acórdão.
Requer, alfim, sejam os embargos conhecidos e acolhidos, com efeitos
infringentes, para a cassação da sentença vergastada ou, subsidiariamente, seja
reformada para julgar improcedentes os pedidos exordiais.

Pois bem.

É cediço que cabem embargos de declaração, na inteligência do artigo 1.022


do Código de Processo Civil, quando na decisão houver obscuridade ou contradição,
ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia pronunciar-se para elucidar a questão
posta em juízo.
A propósito:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão


judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar
o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:


I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do
acórdão é perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo
1.022 e seus incisos, do Código de Processo Civil.
A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-la-á,


decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão embargada. No
caso de obscuridade ou contradição, o decisório será expungido
eliminando-se o defeito nele detectado. Em qualquer caso, a substância
do julgado será mantida, visto que os embargos de declaração não
visam à reforma do acórdão, ou da sentença. No entanto, será inevitável
alguma alteração no conteúdo do julgado, principalmente quando se
tiver de eliminar omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao
julgamento dos embargos de declaração é que não se proceda a um
novo julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São Paulo:
Editora Forense, p. 526/527).

Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer


ao juiz prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que
inquina sua decisão, ou para a correção de erro material.
In casu, conforme narrado, pretende a parte embargante seja corrigida vício
no acórdão recorrido, ao argumento de que houve contradição no referido decisum,
visto que proferido despacho, no evento n. 15, acerca da possibilidade ter atuado o
magistrado de origem em error in procedendo.
Analisando uma vez mais o voto condutor do acórdão recorrido, verifico que
não padece do vício apontado.
Como cediço, a contradição autorizadora dos aclaratórios é a interna, vale
dizer, do julgado com seus próprios termos, a exemplo, entre os fundamentos e o
dispositivo, nunca entre ele e tese, lei ou jurisprudência interpretada em determinado
sentido pela parte ou entre atos processuais, como pretende o embargante,
notadamente porque isso materializa contradição externa. A respeito:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.


(...) VIOLAÇÃO AO ART. 1.022 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
INOCORRÊNCIA. (...)II - A Corte de origem apreciou todas as questões
relevantes apresentadas com fundamentos
suficientes, mediante apreciação da disciplina normativa e cotejo ao
posicionamento jurisprudencial aplicável à hipótese. Inexistência de
omissão, contradição, obscuridade ou erro material. III – A contradição
sanável por embargos de declaração é aquela interna ao julgado

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
embargado, a exemplo da grave desarmonia entre a fundamentação e
as conclusões da própria decisão, capaz de evidenciar uma ausência de
logicidade no raciocínio desenvolvido pelo julgador, ou seja, o recurso
integrativo não se presta a corrigir contradição externa, bem como não
se revela instrumento processual vocacionado para sanar eventual error
in judicando. (...).” (STJ, 1ª Turma, AgInt no REsp n. 1737581/DF, Rel.
Min. Regina Helena Costa, DJe de 4-9-2018).

Ademais, o despacho meramente ordinatório, sem caráter decisório, não


vincula eventual decisão posterior, mormente porque prolatado em juízo hipotético, em
homenagem ao princípio da não surpresa, insculpido no art. 10, do Código de
Processo Civil.
Colhe-se do decisum embargado os seguintes dizeres quanto à matéria ora
debatida:

“(…) Embora os valores consignados tenham sido controvertidos pelo


banco apelante em sede de contestação (evento n. 03, arq. 16), com a
juntada de cálculos que concluíram pela necessidade de
complementação, no valor de R$ 4.568,23 (quatro mil quinhentos e
sessenta e oito reais e vinte e três centavos), é patente o erro do
apelante/requerido ao apurar o referido valor.
Com efeito, na planilha de cálculos colacionada pelo requerido/apelante,
não consta o pagamento das parcelas n. 59 e 60, apesar de estas terem
sido regularmente consignadas durante o trâmite processual, pelo
apelado/autor, totalizando R$ 4.155,07 (quatro mil cento e cinquenta e
cinco reais e sete centavos), conforme comprovantes de depósito
juntados no evento n. 03, arq. 12.
Ao contrário do que sustentado pelo apelante/requerido, a diferença
entre o valor consignado e o valor que alega ser devido totaliza R$
413,16 (quatrocentos e treze reais e dezesseis centavos), que afigura-se
ínfima se considerado o valor dasparcelas e do valor total depositado
nos autos.
Ademais, o atraso de até 05 (cinco) dias após o vencimento na
consignação das parcelas é autorizado por lei, conforme se extrai do art.
541, do Código Processual Civil, não podendo ser considerado para
efeitos de cálculo dos juros de mora, o que foi feito pela parte
apelante/requerida.
Porém, ainda que persista ínfima diferença, aplica-se ao caso a tese do
adimplemento substancial com relação às parcelas consignadas ao
longo do processo, conforme a doutrina e a jurisprudência pátria têm
admitido, não justificando a caracterização de mora ou a extinção do
contrato avençado.

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
[…]

Finalmente, não merece reforma a sentença objurgada quanto ao


tratamento das parcelas vincendas, a despeito da ambiguidade do
dispositivo do decisum.
Extrai-se da narrativa processual e dos documentos colacionados aos
autos que o contrato de financiamento imobiliário firmado entre as partes
findar-se-á somente em 26/12/2023, havendo impossibilidade jurídica de
declaração de quitação total do contrato neste momento processual.
Conclui-se que a sentença vergastada declarou quitação dos valores
consignados até a data de sua prolação, não se referindo aos valores
futuros, cuja quitação deve ser providenciada pela parte
autora/apelada.(...)”

Logo, ao analisar o voto condutor do acórdão embargado, à luz da pretensão


veiculada no vertente recurso, verifico que este suficientemente declinou os
fundamentos para o desfecho conferido à postulação, em obediência ao disposto no
artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. Exatamente por isso, quando cotejada a
tese ventilada nos aclaratórios, não vislumbro procedência na insurgência do
embargante.
Dessa forma, nestes pontos das alegações recursais do embargante não se
vislumbra a presença de qualquer dos vícios elencados no artigo 1.022 do Código de
Processo Civil, mas, tão somente, irresignação com o resultado do julgamento.
Ora, a utilização dos embargos declaratórios com efeito modificativo é medida
excepcional, admissível apenas para a correção de premissa equivocada de que haja
partido a decisão embargada e que seja influente no julgamento.
A respeito, este Egrégio Tribunal de Justiça pontificou, in verbis:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. 1. AUSÊNCIA


DOS VÍCIOS ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO
CPC. A oposição de Embargos de Declaração pressupõe a existência
de obscuridade, contradição ou omissão, não sendo meio legal para
reexaminar as questões decididas e o acerto do julgado, sendo que não
configura ofensa ao art. 1.022 do CPC quando o acórdão embargado
julga integralmente a lide e soluciona a controvérsia, tal como lhe foi
apresentada, até porque o órgão julgador não é obrigado a rebater, um
a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentam, devendo apenas enfrentar a demanda, observando as
questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução. 2.
PREQUESTIONAMENTO. REDISCUSSÃO. Mesmo quando opostos
com declarado intento prequestionador, os embargos de declaração não
se prestam à promoção de mera rediscussão de matéria já decidida,

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
sendo admitidos somente para esclarecer obscuridade, eliminar
contradição, suprir omissão ou corrigir erro material eventualmente
presentes no julgado, circunstâncias não verificadas na espécie.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0426318-48.2015.8.09.0051, Rel. NORIVAL DE CASTRO
SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, julgado em 18/02/2019, DJe de
18/02/2019);

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO
SOCIOAFETIVA POST MORTEM. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS
ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC. Não
ocorrendo os vícios elencados no artigo 1.022, do Código de Processo
Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão somente
rediscutir matéria já examinada e decidida, ainda que para efeito de
prequestionamento, conforme precedentes deste Tribunal. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0048427-40.2015.8.09.0175, Rel. MAURICIO PORFIRIO ROSA,
1ª Câmara Cível, julgado em 18/02/2019, DJe de 18/02/2019).

Portanto, não merecem prosperar os embargos, não se prestando esta


modalidade recursal a revisitar as razões de decidir anteriormente adotadas.
Na confluência do exposto, conheço dos embargos de declaração opostos
e os rejeito, dada a ausência das hipóteses previstas nos arts. 1.022 c/c 489, § 1º, do
CPC/2015.
É como voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C40

Embargos de Declaração em Apelação Cível nº 0108221.77.2016.8.09.0103


Comarca de Minaçu
Embargante: Itaú Unibanco S/A
Embargado: Geraldo Magela de Melo
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
ACÓRDÃO

Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos


autos de Apelação Cível nº 0108221.77.2016.8.09.0103, da Comarca de Minaçu,
figurando como embargante Itaú Unibanco S/A e como embargado Geraldo Magela
de Melo.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira e o
Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau, atuando
em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Apelação Cível nº 0108221.77.2016.8.09.0103


Comarca de Minaçu
Embargante: Itaú Unibanco S/A
Embargado: Geraldo Magela de Melo
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Embargos
de declaração em
Apelação Cível.
A ç ã o d e
consignação em
pagamento. I –
Contradição entre
a c ó r d ã o e
d e s p a c h o .
Impossibilidade. A
contradição sanável
por embargos de
declaração é aquela
interna ao julgado
embargado, a
exemplo da grave
desarmonia entre a
fundamentação e as
conclusões da própria
decisão, capaz de
evidenciar uma
ausência de
logicidade no
r a c i o c í n i o
desenvolvido pelo
julgador, ou seja, o

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NR.PROCESSO: 0108221.77.2016.8.09.0103
recurso integrativo
não se presta a
corrigir contradição
externa. II -
Inexistência das
hipóteses elencadas
no arts. 1.022 c/c
489, § 1º, do
CPC/2015. Não
e x i s t i n d o
obscuridade, omissão
ou contradição, nem
mesmo erro material
n o a c ó r d ã o
e m b a r g a d o ,
hipóteses elencadas
nos arts. 1.022 c/c
489, § 1º, do
CPC/2015, é caso de
rejeição dos
e m b a r g o s
declaratórios opostos.
O julgador não está
obrigado a responder
a todas as questões
suscitadas pelas
partes, quando já
tenha encontrado
motivo suficiente para
proferir a decisão. III
– Pretensão de
rejulgamento da
c a u s a .
Impossibilidade.
Inexistentes as
hipóteses do art.
1.022 do CPC/2015,
não merecem
acolhimento os
embargos de
declaração que têm
nítido caráter
infringente.
Embargos de
declaração rejeitados.
Embargos de
declaração
conhecidos e
rejeitados.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 14:43:50

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0149700.80.2016.8.09.0093
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : RONALDO CABRAL TERRA
POLO PASSIVO : RAIZEN CENTROESTE AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RAIZEN CENTROESTE AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDA


ADVG. PARTE : 46884 GO - RODOLPHO VANNUCCI

PARTE INTIMADA : RONALDO CABRAL TERRA


ADVGS. PARTE : 54923 GO - MARIANA LIMA VILELA
28662 GO - WALTERCIDES DOMINGOS DO PRADO

PARTE INTIMADA : VILSON SOARES DA SILVA


ADVGS. PARTE : 54923 GO - MARIANA LIMA VILELA
28662 GO - WALTERCIDES DOMINGOS DO PRADO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Apelação Cível n. 0149700.80.2016.8.09.0093


Comarca de Jataí
Embargante : Raizen Centroeste Açúcar e Álcool Ltda
Embargados : Ronaldo Cabral Terra e outro
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIOEVOTO

Cuida-se de embargos de declaração (evento n. 20) opostos por Raizen


Centroeste Açúcar e Álcool Ltda em face do acórdão acostado ao evento n. 15,
proferido em apelação cível, opostos em desfavor de Ronaldo Cabral Terra e Vilson
Soares da Silva.
Em sua peça recursal (evento n. 20), a empresa embargante, de início,
defende a necessidade de prequestionamento das matérias debatidas, para fins de
interposição de recursos aos Tribunais Superiores, o que afasta o caráter protelatório
dos aclaratórios.
Aduz padecer o acórdão atacado de omissão, alegando, para tanto, que não
restou apreciada a questão atinente à ausência de prova acerca do local onde se
iniciou o incêndio.
Afirma, ainda, ter sido o acórdão embargado omisso, por não ter enfrentado a
questão relacionada ao lucro e ao faturamento cessante, ao argumento de que o MM.
Juiz a quo, ao fixar o valor de R$ 75.687,28 (setenta e cinco mil, seiscentos e oitenta e
sete reais e vinte e oito centavos), não se atentou que desse valor não foram
descontadas as despesas operacionais (tais como tributos decorrentes da operação,
mão de obra e etc) que a embargada teria ao longo da plantação de eucalipto.
Pugna, ao final, pelo acolhimento dos presentes aclaratórios, para

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
reapreciação das matérias suscitadas, prequestionando os dispositivos de lei
mencionados.

É o relatório. Passo ao voto.

É consabido que cabem embargos de declaração, na inteligência do artigo


1.022 do Código de Processo Civil, quando na sentença ou acórdão houver
obscuridade ou contradição, ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia
pronunciar-se para elucidar a questão posta em juízo.
A propósito:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão


judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar
o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:


I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do


acórdão é perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo
1.022 e seus incisos, do Código de Processo Civil.
A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-la-á,


decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão embargada. No
caso de obscuridade ou contradição, o decisório será expungido
eliminando-se o defeito nele detectado. Em qualquer caso, a substância
do julgado será mantida, visto que os embargos de declaração não
visam à reforma do acórdão, ou da sentença. No entanto, será inevitável
alguma alteração no conteúdo do julgado, principalmente quando se

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
tiver de eliminar omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao
julgamento dos embargos de declaração é que não se proceda a um
novo julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São Paulo:
Editora Forense, p. 526/527).

Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer


ao juiz prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que
inquina sua decisão, ou para a correção de erro material.
In casu, pretende a empresa embargante seja integrado o acórdão
embargado, ao argumento de que este Tribunal de Justiça deixou de enfrentar a
questão atinente à ausência de prova acerca do local onde se iniciou o incêndio e,
ainda, acerca do valor fixado pelo magistrado em primeira instância a título de danos
correspondentes ao que a parte autora/embargada deixou de colher em função do
incêndio.
Sem razão a parte embargante, uma vez que o voto condutor deixou claro
que, de fato, o fogo se originou na propriedade vizinha, vindo a se alastrar, sem
controle.
A propósito, colhe-se da fundamentação do voto condutor do acórdão
embargado os seguintes dizeres:

“Partindo das premissas alhures e volvendo-me aos documentos que


integram o caderno processual, bem como pela análise dos
depoimentos das testemunhas colhidos na fase instrutória, vislumbra-se
que as provas produzidas em audiência (evento n. 4) e os laudos
apresentados pelas partes (evento n. 3, doc. 3 e 15) conduzem à
conclusão de que, de fato, o fogo se originou na propriedade vizinha,
vindo a se alastrar, sem controle.
Do laudo de vistoria técnica, elaborado pelo Engenheiro Agrônomo José
Laércio Junqueira Ribeiro, colacionado aos autos pelos
autores/apelados – evento n. 3, doc. 3 – consta a seguinte conclusão:
“O fogo iniciou em área de cana, próxima à propriedade, e tomou
proporções difíceis de serem controladas, avançando pelas
propriedades vizinhas, incluindo o Sitio São Sebastião.
Este fogo, encontrando condições favoráveis, como baixa umidade do ar
e matéria orgânica seca sobre o solo, alastrou-se rapidamente. Houve
uma grande movimentação de pessoas para tentar apagar o fogo mas
mesmo assim causou muitos danos.
A área de eucalipto foi totalmente queimada e 500 metros de cerca no
entorno desta também foi destruída pelo fogo.
Realizamos urna vistoria minuciosa no local e constatamos a seguinte
situação:

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
* 70 % de perda total das plantas já com brotação basal, indicando a
morte da parte aérea da planta.
* Nos 30 % remanescentes estimamos um atraso de 2,0 anos na
produção, postergando o corte para o 8º ano ao invés do 6º. Este atraso
representa um prejuízo de 50,0 m3/ha/ano de produção.
* Queima de 500,00 metros de cerca de arame liso”.
Do laudo técnico apresentado pela empresa ré/apelante, em 15.08.2016,
houve a seguinte conclusão (evento n. 3, doc. 15):
“Conclusões:
Após a confrontação entre os vestígios observados e as informações
cedidas pelas testemunhas, bem como os mapas cedidos pela Raizen,
foi constatado um povoamento atingido por incêndio.
• O valor produtivo para a área de 6,52 ha em questão é de R$
46,347,28 (R$ 57.540.18 - R$ 11.192,90).
• O novo plantio para a área de 6,52 ha em questão atinge R$ 29.340.00
(R$ 4.500,00 x 6,52 ha).
• A indenização total atinge R$ 75.687,28 para a área de 6,52 ha”.

Conclui-se que mesmo que a empresa ré não tenha, de fato, dado início
ao fogo para a colheita da cana, a informação colhida nos autos é
precisa em relação a origem do incêndio, isto é, dentro do canavial de
propriedade dela, o que torna inconteste que o fogo começou ali,
independente de como tenha sido colocado”.

Com efeito, o voto condutor do acórdão embargado analisou corretamente a


questão posta sob apreciação, consignando que não há falar em apuração de lucros
cessantes por meio de liquidação de sentença, uma vez que a condenação imposta
obedeceu fielmente ao valor encontrado no laudo técnico, apresentado pela empresa
ré/apelante/embargante evento n. 3, doc. 15.
Acerca deste tema, colhe-se da fundamentação do voto condutor do acórdão
embargado os seguintes dizeres:

“Assim, quando da prolação da sentença, a magistrada, para fixar o


valor da indenização por dano material (lucro cessante), utilizou-se
exatamente do laudo apresentado pela empresa ré/apelante, o qual
concluiu que o valor dos prejuízos da área danificada, 6,52 ha, alcança a
quantia de R$ 75.687,28 (setenta e cinco mil, seiscentos e oitenta e sete
reais e vinte e oito centavos).
Conclui-se, ainda, na sentença, que o prejuízo dos autores é mais do

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
que evidente, posto que a própria ré apresentou laudo e os valores da
perda patrimonial, frisando a magistrada que “por ser evidente o prejuízo
alegado pelos autores, não há outro caminho senão acolher o pedido de
indenização por dano material, que deve corresponder ao que os
promoventes perderam com a queimada e o necessário para a
recomposição (novo plantio), de acordo com os valores apresentados
pela ré (R$ 75.687,28), já que os requerentes não comprovaram de que
forma chegaram ao importe de R$ 119.700,00”.
Por outro lado, os depoimentos testemunhais (evento n. 4) indicam que
o incêndio originou-se na Fazenda onde a empresa ré/apelante cultiva
cana-de-açúcar e que, em outras épocas, a área foi queimada, porém de
forma controlada, comprovando, dessa forma, que era prática da
empresa ré/apelante o uso do fogo na colheita de cana-de-açúcar.

Também não há falar em apuração de lucros cessantes por meio de
liquidação de sentença – pedido alternativo – uma vez que a
condenação imposta à empresa autora/apelante obedeceu fielmente ao
valor encontrado no laudo por ela colacionado aos autos.
Na sentença, a empresa ré/apelante foi condenada ao pagamento no
valor de R$ 75.687,28 (setenta e cinco mil, seiscentos e oitenta e sete
reais e vinte e oito centavos), correspondente ao que a parte
autora/apelada deixou de colher em função do incêndio, ou seja, valor
encontrado em razão da perda da produção de eucalipto.
Conforme consta dos autos, é certa a desnecessidade da apuração de
lucros cessantes por meio de liquidação de sentença, uma vez que o
prejuízo dos autores/apelados é mais do que evidente, posto que a
própria ré apresentou laudo e os valores da perda patrimonial”.

Dessa forma, nas alegações da empresa embargante não se vislumbra a


presença de nenhum dos vícios elencados no artigo 1.022 do Código de Processo
Civil, mas, tão somente, irresignação com o resultado do julgamento.
Ora, a utilização dos embargos declaratórios com efeito modificativo é medida
excepcional, admissível apenas para a correção de premissa equivocada de que haja
partido a decisão embargada e que seja influente no julgamento.
Registre-se, por oportuno, que, mesmo para fins de prequestionamento, os
embargos de declaração devem estar amparados nas hipóteses de cabimento
previstas na lei processual, o que não é o caso.
Ressalte-se, ainda, que o julgador não precisa esmiuçar todos os dispositivos
legais indicados pela parte, bastando que demonstre as razões de seu convencimento,
sendo certo que o imprescindível é a análise, pelo órgão jurisdicionado, de toda a
matéria aventada no recurso.
De fato, o Código de Processo Civil atual acolheu tese anteriormente
predominante no Supremo Tribunal Federal segundo a qual a simples oposição dos

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
embargos de declaração é suficiente para prequestionar a matéria.
A propósito, eis a redação do artigo 1.025, CPC:

“Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o


embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade.”

Sobre o artigo de lei acima transcrito, ensina a doutrina especializada:

“Diante da divergência instalada na jurisprudência dos Tribunais


Superiores, com intuito de uniformizar o modo como se deve entender
prequestionada a matéria, o CPC/2015, em seu art. 1.025, optou pela
orientação dominante manifestada pela jurisprudência do STF, no
sentido de que, tendo as partes apresentado embargos de declaração, e
sendo esses indevidamente rejeitados, consideram-se examinados e
repelidos os fundamentos apresentados pelas partes. O CPC/2015,
assim, dentre as concepções possíveis de prequestionamento, adotou
aquela, então, preponderante no STF, por muitos chamadas de
'prequestionamento ficto'. Resta, portanto, superado o entendimento
retratado na Súmula nº 211 do STJ. É necessário, no entanto, que se
reconheça que os embargos de declaração deveriam ter sido admitidos
e providos, isso é, que o Tribunal a quo, ao não conhecer ou ao negar
provimento aos embargos de declaração, errou, violando o artigo 1.022
do CPC/2015” (José Miguel Garcia Medina, in Novo Código de Processo
Civil Comentado: com remissões e notas comparativas ao CPC/1973,
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 1.420/1.421).

Dessa forma, o prequestionamento resta atendido, no novo ordenamento


processual civil brasileiro, com a simples oposição de embargos de declaração, não
sendo necessário seu acolhimento pelo Tribunal, mas, somente, o reconhecimento,
pelos Tribunais Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios violou o
artigo 1.022, do atual Código de Processo Civil.
A propósito:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA. DIREITO À NOMEAÇÃO/POSSE EM CARGO
PÚBLICO. CANDIDATA APROVADA FORA DO NÚMERO DE VAGAS.
EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. FALTA DE

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
INTERESSE DE AGIR. AUSÊNCIA DE NECESSIDADE/UTILIDADE DO
PROVIMENTO JUDICIAL. PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO
PODER JUDICIÁRIO. OFENSA INEXISTENTE. AUSÊNCIA DE
OMISSÃO. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA JÁ JULGADA.
IMPOSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. 1. Os embargos de
declaração não se prestam ao reexame da prova ou à rediscussão da
matéria ventilada nos autos, sendo sua função complementar o julgado
quando presente algum dos pressupostos catalogados no artigo 1.022,
do novo Código de Processo Civil, o que não restou atendido pela
embargante. 2. O artigo 1.025, do atual Código de Ritos, passou a
acolher a tese do prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse
requisito condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais Superiores,
de que a inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o
artigo 1.022, do citado diploma legal. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, PORÉM REJEITADOS.” (TJGO, Apelação (CPC)
0103763-76.2016.8.09.0051, Rel. JEOVÁ SARDINHA DE MORAES, 6ª
Câmara Cível, julgado em 19/09/2018, DJe de 19/09/2018)

“DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


ORDINÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. ESTATUTO DOS
SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE CAVALCANTE. PROMOÇÃO
FUNCIONAL. REQUISITOS. AVALIAÇÃO POR MERECIMENTO.
OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER.
DECLARAÇÃO DE PROGRESSÃO HORIZONTAL. NECESSIDADE DE
AVALIAÇÃO FUNCIONAL. MÉRITO ADMINISTRATIVO. JUÍZO DE
OPORTUNIDADE E CONVENIÊNCIA ADMINISTRATIVA.
INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. VEDAÇÃO. INEXISTÊNCIA
DE CONTRADIÇÃO NO JULGADO. PREQUESTIONAMENTO.
DESNECESSÁRIO. 1. Os embargos de declaração encontram limites na
norma estabelecida no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, sendo
cabíveis nas hipóteses de acórdão maculado por obscuridade,
contradição, omissão ou, ainda, no caso de correção de erro material. 2.
Rejeitam-se os embargos declaratórios com o fim de rediscussão da
matéria decidida quando não houver no acórdão recorrido qualquer
contradição apontada. 3. Considera-se prequestionada a matéria ainda
que os aclaratórios sejam inadmitidos ou rejeitados, nos termos do artigo
1.025 do Diploma Processual Civil, caso o tribunal superior considere a
existência de erro, omissão, contradição ou obscuridade, consagrando o
denominado "prequestionamento ficto". 4. EMBARGOS
DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E REJEITADOS.” (TJGO, Apelação /
Reexame Necessário 0140049-84.2014.8.09.0031, Rel. GERSON
SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 19/09/2018, DJe de
19/09/2018)

Desta forma, não merece prosperar a pretensão recursal.


Isto posto, rejeito os embargos de declaração.
É como voto.

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C65

Embargos de Declaração em Apelação Cível n. 0149700.80.2016.8.09.0093


Comarca de Jataí
Embargante : Raizen Centroeste Açúcar e Álcool Ltda
Embargados : Ronaldo Cabral Terra e outro
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos


autos de Apelação Cível nº 0149700.80.2016.8.09.0093, da Comarca de Jataí,
figurando como embargante Raizen Centroeste Açúcar e Álcool Ltda e como
embargado Ronaldo Cabral Terra e outro.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira e o
Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau, atuando
em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Apelação Cível n. 0149700.80.2016.8.09.0093


Comarca de Jataí
Embargante : Raizen Centroeste Açúcar e Álcool Ltda
Embargados : Ronaldo Cabral Terra e outro
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

E M E N T A :
Embargos de
declaração.
Apelação cível.
A ç ã o d e
indenização por
danos morais
c/c perdas e
d a n o s .
Plantação de
eucalipto.
Queima da
cana-de-açúcar.
Fogo advindo
da propriedade
v i z i n h a .
Descontrole.
Incêndio. I –
P a r a o
reconhecimento
d a
responsabilidade
civil, exige-se a
comprovação do
dano e a
existência do

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
n e x o d e
causalidade
entre a conduta
imputada ao
agente e o
p r e j u í z o
efetivamente
experimentado
pela vítima. Pela
documentação
coligida ao
c a d e r n o
processual, bem
como pelos
depoimentos
prestados na
fase instrutória,
conclui-se pela
responsabilidade
da empresa
ré/apelante
sobre a origem
do fogo que
atingiu as terras
d o s
autores/recorrido
s e consumiu a
sua lavoura de
eucalipto, sendo
certo o dever de
indenizar. II –
Dos lucros
cessantes. Do
valor total da
indenização. In
casu, sendo
possível extrair,
do laudo pericial
(evento n. 3,
doc. 15), o valor
dos lucros
cessantes (dano
material), que a
parte autora
deixou de auferir
com o evento
d a n o s o
(queimada da
produção), fato
incontroverso
nos autos,
objetivando

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
maior celeridade
ao processo e
efetividade à
s e n t e n ç a ,
desnecessária a
remessa dos
autos para
liquidação de
sentença. III -
N ã o
caracterização
das situações
previstas no
artigo 1.022,
CPC. Não v
erificado no
decisum
embargado
pressuposto de
cabimento
especificado na
norma do art.
1.022 do CPC,
torna imperativo
s e u
desacolhimento.
I V –
Prequestionam
e n t o . O
prequestioname
nto resta
atendido, no
n o v o
ordenamento
processual civil
brasileiro, com a
s i m p l e s
oposição de
embargos de
declaração, não
s e n d o
necessário seu
acolhimento pelo
Tribunal, mas,
somente, o
reconhecimento,
pelos Tribunais
Superiores, de
q u e a
inadmissão ou a
rejeição dos
aclaratórios

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NR.PROCESSO: 0149700.80.2016.8.09.0093
violou o artigo
1.022, do atual
Código de
Processo Civil.
Embargos de
declaração
rejeitados.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 14:45:57

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5164650.04.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ITAÚ UNIBANCO S/A
POLO PASSIVO : ELEMENTAR COMERCIO DE MATERIAIS ELETRICOS LTDA - EPP
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELEMENTAR COMERCIO DE MATERIAIS ELETRICOS LTDA - EPP


ADVGS. PARTE : 18641 GO - SÁVIO LANES DE SILVA BARROS
32328 GO - CLÁUDIO COUTO LÔBO

PARTE INTIMADA : ITAÚ UNIBANCO S/A


ADVG. PARTE : 27495 GO - CARLOS ALBERTO MIRO DA SILVA FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração na Apelação Cível n.º 5164650.04.2017.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Embargante : Elementar Comércio de Materiais Elétricos LTDA – EPP
Embargado : Itaú Unibanco S/A
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIOEVOTO

Trata-se de embargos de declaração opostos por Elementar Comércio de


Materiais Elétricos LTDA – EPP, contra o acórdão do evento nº 56, o qual negou
provimento ao apelo manejado pela requerida/apelante/embargante, confirmando a
sentença que julgou procedente a ação de cobrança pelo procedimento ordinário
proposta em seu desfavor pelo Itaú Unibanco S/A.
Em suas razões (evento n.º 60), a requerida/apelante/embargante diz que o
acórdão foi omisso, ao negar a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao
caso concreto, esclarecendo que a codificação consumerista é um sistema aberto,
devendo equiparar-se a pessoa jurídica à situação de consumidora, quando for nítida a
presença do desequilíbrio contratual e da vulnerabilidade (técnica, jurídica ou fática).
Assim, deve ser aplicado o CDC ao caso concreto, “à vista da evidente hipossufici
ência e da situação de vulnerabilidade da empresa Apelante, perante o poderio
econômico do Banco Apelado.”
Destaca que foram afrontados os artigos 4º, 46 e 52, incisos II, III e V, da Lei
n.º 8.078/90, acrescentando que os documentos acostados não podem ser
considerados como um contrato, por não ter sido permitido à
requerida/apelante/embargante saber o valor do crédito ou os juros aplicáveis,
deixando ao arbítrio exclusivo da autora/apelada/embargada a estipulação dos juros,
tarifas, encargos, etc.

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
Prossegue dizendo que o acórdão silenciou-se para o fato de que não há
provas da suposta contratação bancária noticiada na peça vestibular, ausente a
intenção do representante legal da requerida/apelante/embargante de contratar o
empréstimo. Pugna, portanto, pela manifestação expressa sobre a inegável afronta
aos artigos 300 e 301, do CPC.
Prequestiona os artigos 336, do CPC, e artigos 2º, 4º, 46 e 52, incisos II, III e
V, da Lei n.º 8.078/90.
Pleiteia, ao final, sejam acolhidos os aclaratórios, sanando as omissões
apontadas.

É o relatório. Passo ao voto.

Os embargos de declaração, segundo o artigo 1.022 do Código de Processo


Civil, destinam-se especificamente a corrigir falha do comando judicial que
comprometa seu entendimento, o que pode decorrer de quatro hipóteses: contradição
(fundamentos inconciliáveis entre si, dentro do próprio julgado), omissão (falta de
enfrentamento de questão posta), obscuridade (ausência de clareza) ou correção de
erro material.
Os processualistas Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel
Mitidiero lecionam sobre o alcance dos aclaratórios:

“Os embargos de declaração visam a aperfeiçoar as decisões judiciais,


propiciando uma tutela jurisdicional clara e completa. Os embargos
declaratórios não têm por finalidade revisar ou anular as decisões
judiciais (STJ, 2.ª Turma, Edcl no REsp 930.515/SP, rel. Min. Castro
Meira, j. 02.10.2007, DJ 18.10.2007, p.338). Apenas excepcionalmente,
em face de aclaramento de obscuridade, desfazimento de contradição
ou supressão de omissão, é que se prestam os embargos de declaração
a modificar o julgado (como reconhece o art. 1.023, § 2.º, CPC). Cabem
embargos declaratórios quando a parte narra obscuridade, contradição
ou omissão em qualquer espécie de decisão judicial – decisões
interlocutórias, sentenças, acórdãos ou decisões monocráticas de relator
(STJ, 1.ª Turma, REsp 762.384/SP, rel. Min. Teori Zavascki, j.
06.12.2005, DJ 19.12.2005, p. 262). Os embargos declaratórios
constituem poderoso instrumento de colaboração no processo,
permitindo um juízo plural, aberto e ponderado a partir de um diálogo
que visa a um efetivo aperfeiçoamento da tutela jurisdicional.” (in Novo
Código de Processo Civil comentado. 2. ed. rev., atual. e ampl. São
Paula: Editora Revista dos Tribunais, 2016. p. 1.082)

Com efeito, essa modalidade recursal não é meio adequado para corrigir
fundamentos jurídicos.

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
Ao analisar o acórdão vergastado, à luz da pretensão veiculada no vertente
recurso, vislumbro que o julgado declinou suficientemente os fundamentos para o
desfecho conferido à postulação, em obediência ao disposto no artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal, havendo o acórdão embargado abordado o quanto pertinente
para a solução da quaestio devolvida, consoante as razões ali consignadas.
Assim, forçoso reconhecer que o acórdão atacado não contém os vícios
taxativamente elencados no artigo 1.022 do Código de Processo Civil.
Noutra plana, impende destacar que o julgador de origem, bem assim este
tribunal recursal, não estão obrigados a pontuar, um por um, os artigos de lei
mencionados pela parte ou, ainda, responder todas as questões suscitadas pela
requerida/apelante/embargante, quando já tenha encontrado motivo suficiente para
proferir a decisão, como no caso concreto, mostrando-se desnecessário elencar todas
as leis aplicáveis à hipótese. As questões apontadas pela
requerida/apelante/embargante analisadas pelo julgador a quo e pontuadas na
fundamentação do acórdão são mais que suficientes para infirmar a pretensão da
recorrente de reforma da sentença, que lhe foi desfavorável.
Há que se registrar que o direito brasileiro adota a técnica da fundamentação
suficiente, segundo a qual não é obrigação do juiz enfrentar todas as alegações das
partes, bastando ter um motivo suficiente para fundamentar a decisão.
Sobre o tema assim leciona Daniel Amorim Assumpção Neves:

“[…] Há duas técnicas distintas de fundamentação das decisões


judiciais: exauriente (ou completa) e suficiente. Na fundamentação,
exauriente, o juiz é obrigado a enfrentar todas as alegações das partes,
enquanto na fundamentação suficiente basta que enfrente e decida
todas as causas de pedir do autor e todos os fundamentos de defesa do
réu. Como cada causa de pedir e cada fundamento de defesa podem
ser baseados em várias alegações, na fundamentação suficiente, o juiz
não é obrigado a enfrentar todas elas, desde que justifique o
acolhimento ou a rejeição da causa de pedir ou do fundamento de
defesa.
O direito brasileiro adota a técnica da fundamentação suficiente, sendo
nesse sentido a tranquila jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,
ao afirmar que não é obrigação do juiz enfrentar todas as alegações das
partes, bastando ter um motivo suficiente para fundamentar a decisão.
[…] O dispositivo legal, entretanto, deixou uma brecha ao juiz quando
previu que a exigência de enfrentamento se limita aos argumentos em
tese aptos a infirmar o convencimento judicial.
Entendo que a previsão legal tem como objetivo afastar da exigência de
enfrentamento os argumentos irrelevantes e impertinentes ao objeto da
demanda, liberando o juiz de atividade valorativa inútil. […] (Novo
Código de Processo Civil comentado artigo por artigo, Salvador:
Juspodivm, 2016, págs. 810/811)

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
Nesse sentido é o entendimento já consolidado no Superior Tribunal de
Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. APRECIAÇÃO DE TODAS AS QUESTÕES
RELEVANTES DA LIDE PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. AUSÊNCIA DE
AFRONTA AOS ARTS. 489 E 1.022 DO CPC/2015.
DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO. SÚMULA N. 284
DO STF. DECISÃO MANTIDA. 1. Inexiste afronta aos arts. 489 e 1.022
do CPC/2015 quando o acórdão recorrido pronuncia-se, de forma clara e
suficiente, acerca das questões suscitadas nos autos, manifestando-se
sobre todos os argumentos que, em tese, poderiam infirmar a conclusão
adotada pelo Juízo. 2. O recurso deve observar o princípio da
dialeticidade, ou seja, apresentar os motivos pelos quais a recorrente
não se conforma com o acórdão recorrido, de modo a permitir o cotejo
entre os fundamentos da decisão recorrida e as razões expendidas no
recurso. A deficiência na fundamentação do recurso especial, inclusive
com indicação de dispositivo legal insuficiente para desconstituir os
fundamentos do aresto impugnado, obsta seu conhecimento (Súmula n.
284/STF). 3. Agravo interno a que se nega provimento.” (AgInt no
AREsp 1261937/MG, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,
QUARTA TURMA, julgado em 19/08/2019, DJe 22/08/2019)

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. CHEQUES PÓS-DATADOS. APRESENTAÇÃO EM DATA
ANTERIOR À AJUSTADA. PROTESTO INDEVIDO. NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. DEFICIÊNCIA NA
FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO. SÚMULA N. 284 DO STF.
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS.
INADMISSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 7 DO STJ.
DECISÃO MANTIDA. 1. Inexiste afronta ao art. 489, II, do CPC/2015
quando o acórdão recorrido pronuncia-se, de forma clara e suficiente,
acerca das questões suscitadas nos autos, manifestando-se sobre todos
os argumentos que, em tese, poderiam infirmar a conclusão adotada
pelo Juízo. 2. A ausência de indicação do dispositivo legal supostamente
violado obsta o conhecimento do recurso especial, incidindo a Súmula n.
284/STF. 3. O recurso especial não comporta exame de questões que
impliquem revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, a teor
do que dispõe a Súmula n. 7 do STJ. 4. Agravo interno a que se nega
provimento.” (AgInt no AREsp 1419062/RS, Rel. Ministro ANTONIO
CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 20/05/2019, DJe
28/05/2019)

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO (ART. 1.042 DO CPC/15) - AUTOS


DE AGRAVO DE INSTRUMENTO NA ORIGEM - DECISÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
MONOCRÁTICA NEGANDO PROVIMENTO AO RECLAMO -
INSURGÊNCIA DOS AGRAVANTES. 1. Não há falar em deficiência de
fundamentação do julgado o não acolhimento da tese ventilada pelo
recorrente, mormente se o acórdão abordar todos os pontos relevantes
ao deslinde da controvérsia, como ocorre na hipótese. 1.1. In casu,
inexiste afronta ao artigo 489, § 1º, inciso I, do CPC/15, visto que a Corte
local se pronunciou de forma clara e suficiente acerca das teses
apresentadas, manifestando-se sobre as questões que poderiam
infirmar a conclusão adotada pelo juízo. 2. Agravo interno desprovido.”
(AgInt no AREsp 1139325/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA
TURMA, julgado em 21/11/2017, DJe 27/11/2017)

De mesmo teor os arestos desta Corte de Justiça:

“APELAÇÃO CÍVEL. INVENTÁRIO. NULIDADE DA SENTENÇA.


AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. OFENSA AO
ART. 489 DO CPC/2015. NÃO VERIFICADA. NULIDADE DO
PROCEDIMENTO. SEM PREJUÍZO ÀS PARTES.
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. REDUÇÃO DO VALOR DO
IMÓVEL AVALIADO. PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. 1.
Descabido falar em violação do artigo 93, inciso IX, da Constituição
Federal, uma vez que apenas se configura diante da ausência completa
de fundamentos que levam o julgador a formar seu convencimento,
sendo permitida a fundamentação concisa. 2. O art. 489 do Código de
Processo Civil de 2015 impõe a necessidade de enfrentamento dos
argumentos que possuam aptidão, em tese, para infirmar a
fundamentação do julgado, não estando o julgador obrigado a responder
a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha
encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. 3. e 4. [...]
APELAÇ ÃO C Í V EL CO NHECI DA E DESPRO VI DA .” ( TJ GO,
APELACAO 0087270-40.2014.8.09.0036, Rel. Des.ª MARIA DAS
GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 17/07/2019,
DJe de 17/07/2019)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. BUSCA E APREENSÃO. DECRETO-


LEI Nº 911/69. FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA E SUFICIENTE.
RESTRIÇÃO DE TRANSFERÊNCIA E CIRCULAÇÃO DO BEM VIA
SISTEMA RENAJUD. VIABILIDADE. CABIMENTO DA CONVERSÃO
DA BUSCA E APREENSÃO EM EXECUÇÃO ? REDAÇÃO DA LEI Nº
13.043/2014 -. DESPROVIMENTO. I - A fim de que seja preservada a
constitucionalidade do inciso I do § 1º do art. 489, e atendendo aos
termos do art. 93, IX, CF, impõe-se compreendê-los com parcimônia e
razoabilidade. Importa é que a decisão esteja fundamentada, e que a
fundamentação responda aos argumentos capazes de, em tese, infirmar
a conclusão adotada pelo julgador (art. 489, § 1º IV). II e III. [...] IV -
Agravo desprovido.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5303710-
14.2018.8.09.0000, Rel. Des. GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO,

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
5ª Câmara Cível, julgado em 11/09/2018, DJe de 11/09/2018)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO


DE SENTENÇA. FUNDAMENTAÇÃO PER RELACIONEM DA
DECISÃO AGRAVADA. NULIDADE DA PENHORA. EXCESSO DE
EXECUÇÃO. PRECLUSÃO PRO JUDICATO. DESPROVIMENTO. I - O
Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça firmaram
entendimento no sentido de que a chamada fundamentação per
relacionem, assim entendida a que faz remissão ou transcreve decisão
anterior, precedente, parecer etc., cumpre o requisito constitucional (CF,
art. 93, IX). Por isso, a fim de que seja preservada a constitucionalidade
do inciso I do § 1º do art. 489, e do § 3º do art. 1.021, ambos do
CPC/2015, impõe-se compreendê-los com parcimônia e razoabilidade.
Importa é que a decisão esteja fundamentada, e que a fundamentação
responda aos argumentos capazes de, em tese, infirmar a conclusão
adotada pelo julgador (art. 489, § 1º IV). Não importa que o julgador faça
remissão, transcreva decisão anterior, precedente, parecer etc., e sim
que, em teor, traduza resposta suficiente às questões a respeito das
quais é necessário pronunciamento. II - [...] III - Agravo desprovido.”
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5039674-78.2017.8.09.0000,
Rel. Des.ª BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 3ª Câmara Cível, julgado
em 13/06/2017, DJe de 13/06/2017)

Desta maneira, e voltando ao caso concreto, conclui-se que, quando cotejada


a tese ventilada nos presentes aclaratórios (omissão com relação à aplicabilidade do
Código de Defesa do Consumidor ao caso concreto e afronta aos direitos do
consumidor), não vislumbro procedência na insurgência da parte embargante.
Nas razões dos presentes aclaratórios, a requerida/apelante/embargante
claramente deduz, como pretensão recursal, pedido de infringência do julgado, isto é,
reforma do acórdão embargado, o que não se mostra adequado, pois a infringência só
poderá ocorrer quando for consequência necessária ao acolhimento dos embargos e,
obviamente, não restaram configurados os vícios apontados pela embargante.
Nesse ponto convém destacar que, ao contrário do afirmado pela
requerida/apelante/embargante, não restou configurada a relação consumerista no
caso concreto, sendo contratado o empréstimo para incrementar o capital de giro da
empresa requerida/apelante/embargante. Não se olvida que o Superior Tribunal de
Justiça vem adotando a teoria finalista mitigada, possibilitando a incidência do Código
Consumerista à relações travadas entre pessoas jurídicas, desde que comprovada a
vulnerabilidade em relação ao fornecedor. Confira-se:

“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. COMPRA E VENDA DE CAMINHÃO.
DEFEITO NOS MOTORES. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 535
DO CPC/73. RELAÇÃO DE CONSUMO. INEXISTÊNCIA. TEORIA

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
FINALISTA. MITIGAÇÃO. NÃO ENQUADRAMENTO.
VULNERABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA CONTRATANTE
AFASTADA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 1. A Corte de origem dirimiu a matéria
submetida à sua apreciação, manifestando-se expressamente acerca
dos temas necessários à integral solução da lide. Dessa forma, não se
verifica ofensa ao artigo 535 do CPC/73. 2. Nos termos da
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o Código de Defesa
do Consumidor não se aplica no caso em que o produto ou serviço
é contratado para implementação de atividade econômica, já que
não estaria configurado o destinatário final da relação de consumo
(teoria finalista ou subjetiva). Contudo, tem admitido o
abrandamento da regra quando ficar demonstrada a condição de
hipossuficiência técnica, jurídica ou econômica da pessoa jurídica,
autorizando, excepcionalmente, a aplicação das normas do CDC
(teoria finalista mitigada). 3. No caso, o Tribunal de origem, com base
no acervo fático-probatório dos autos, conclui que a hipótese não
comporta exceção, argumentando que "o fato de já atuar no mercado
por longo período de tempo, bem como levando-se em consideração a
expressividade de sua frota de veículos, não há como prevalecer a
presunção de vulnerabilidade da empresa, que possuiu experiência
mercadológica suficiente ao exercício de seus direitos, não se revelando
hipossuficiente ao ponto de vista de seus parceiros comerciais". A
modificação de tal entendimento demandaria o revolvimento de suporte
fático-probatório dos autos, o que é inviável em sede de recurso
especial, a teor da Súmula 7/STJ. 4. A incidência da Súmula 7/STJ
também é óbice para o exame do dissídio jurisprudencial, impedindo o
conhecimento do recurso pela alínea c do permissivo constitucional. 5.
Agravo interno a que se nega provimento.” (STJ, AgInt no AREsp
1083962/ES, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado
em 11/06/2019, DJe 28/06/2019)

Nesse contexto, e da leitura dos documentos acostados com a exordial, ressai


claro que os valores tomados de empréstimo pela requerida/apelante/embargante
junto à instituição financeira/apelada/embargada foram utilizados para fomentar suas
atividades, afastando-se a suposta relação consumerista agitada nas razões recursais.
Observa-se que foi juntada com a exordial a proposta de abertura de conta corrente
em janeiro de 2016, sendo contratados pela sociedade empresária, ora
requerida/embargante, inúmeros serviços (evento n.º 1, doc. 4), dentre eles Cartão
Provisório Itaú PJ, reapresentação automática de Cheques Devolvidos Motivo 11,
cobrança, Aplicação Automática Mais, LIS PJ, Limite para Contração Automática de
Operações de Crédito, etc., donde se conclui que a empresa/apelante/embargante
firmou contrato para a prestação de serviços típicos da atividade exercida, não
podendo, agora, apontar suposta vulnerabilidade para ver anulada a contratação de
empréstimo.
Outrossim, pela documentação acostada com a exordial é possível aferir que
o autor/apelado/embargado comprovou, através de extrato bancário, que o valor do
empréstimo foi creditado em conta da requerida/apelante/embargante, sendo inclusive

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
utilizado por ela para pagamento de dívidas (vide extrato do evento n.º 1, documento
8). Destaca-se, por oportuno que, tratando-se de contrato de natureza real – mútuo
feneratício –, como no caso concreto, a prova da contratação se faz com a entrega de
valores ao contratante.
Dessarte, a fim de evitar redundância, oportuno transcrever excertos do
julgado hostilizado que afasta os vícios apontados:

“[…] Inicialmente, consigno que no presente caso não deve incidir o


Código de Defesa do Consumidor, por não se caracterizar relação de
consumo, haja vista tratar-se a empresa requerida/apelante de pessoa
jurídica de direito privado, que não utiliza o crédito como destinatária
final, e, sim, para movimentação e ampliação de sua atividade
empresarial.
Calha ressaltar que a relação de consumo é uma relação jurídica por
excelência, o qual conta com três elementos, quais sejam, fornecedor,
produto ou serviço e consumidor.
O conceito de fornecedor, produto e consumidor, é dado pelo caput do
artigo 3º, do Código de Defesa do Consumidor:

“Fornecedor – Toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços”.
Produto – qualquer bem, móvel, ou imóvel, material ou imaterial.
Consumidor – Toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza o
produto como destinatário final.”

Destarte, a inexistência de um desses requisitos supracitados


descaracteriza-se a relação de consumo.
No caso, não vislumbro a presença de um dos elementos, qual seja, o
consumidor final, pois a finalidade do contrato celebrado pelas partes é
incrementar o capital de giro para a empresa requerida/recorrente
investir na geração de seu produto final, ou seja, para obter fins
lucrativos.
Assim, deve ser considerado para o deslinde da matéria a destinação
final do crédito disponibilizado pelo Banco/apelado, que, evidentemente,
foi aplicado e utilizado para movimentar as atividades comerciais da
empresa recorrida/apelante, pelo que não há que se falar em relação de

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
consumo.
[…]
Desta forma, não se aplica ao caso em comento o Código de Defesa do
Consumidor, sendo necessário que a parte requerida/apelante
demonstre a falta de razoabilidade, abusividade e/ou ilegalidade das
cláusulas contratuais, produzindo prova que evidencie que os valores
contratados são superiores àqueles praticados em contratos
semelhantes no mercado.
[…]
Portanto, nos termos dos artigos 336, e 343, do CPC, correta a sentença
que afastou o julgamento dos pedidos contrapostos, apresentados em
contestação, quando deveriam ter sido propostos em sede de
reconvenção. Por ter sido o pedido de revisão de cláusulas contratuais
formulado em sede de contestação, ou seja, via inadequada, não
merece provimento o apelo por requer a análise das cláusulas
apontadas como abusivas, devendo ser mantida a sentença recorrida.
De mais a mais, não há se falar em possibilidade de revisão de ofício
das cláusulas apontadas pela parte ré/apelante como abusivas,
mormente considerando-se que a Súmula 381 do STJ veda o julgador
de conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas nos contratos
bancários:

“Súmula 381 do STJ: Nos contratos bancários, é vedado ao julgador


conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.”
Desse modo, mantenho a sentença atacada no ponto.
Por outro lado, melhor sorte não socorre à requerida/apelante, no que
concerne à alegação de que não contratado o empréstimo, diante da
ausência de vontade da requerida/apelante nesse sentido.
Em análise dos documentos acostados com a inicial é possível aferir
que o autor/apelado comprovou, através de extrato bancário, que o valor
do empréstimo foi creditado em conta da requerida/apelante, sendo
inclusive utilizado por ela para pagamento de dívidas (vide extrato do
evento n.º 1, documento 8). Tratando-se de contrato de natureza real –
mútuo feneratício –, a prova da contratação se faz com a entrega de
valores ao contratante.
[…]
Conclui-se, portanto, que o autor/apelado comprovou o fato constitutivo
de seu direito – contratação do empréstimo e entrega de valores ao
contratante – ônus que lhe competia, a teor do art. 373, I, do CPC. Por
outro lado, a requerida/apelante não comprovou fato impeditivo, extintivo
ou modificativo do direito do autor, a teor do art. 373, II, do CPC, razão

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
pela qual deve ser mantida a sentença in totum. [...]”

Decerto que, nas alegações recursais da parte embargante, não se vislumbra


a presença de qualquer dos vícios elencados no artigo 1.022 do Código de Processo
Civil, mas, tão somente, irresignação com o resultado do julgamento desfavorável à
sua pretensão.
Dessa forma, nota-se que o acórdão impugnado é hígido, motivo pelo qual a
rejeição dos embargos de declaração em face da inexistência de qualquer dos vícios
preconizados no artigo 1.022 do Digesto Processual Civil revela-se medida impositiva.
No que tange à questão do prequestionamento, registro que, com fulcro no
artigo 1.025 do Código de Processo Civil, “consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior
considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade”.
Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER. CERCEAMENTO DE
DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO
CLASSIFICADO FORA DO NÚMERO DE VAGAS. DIREITO À
NOMEAÇÃO INEXISTENTE. ACÓRDÃO MANTIDO. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS CONTIDOS NO ARTIGO 1.022 DO CPC. 1. Ainda que
patente o inconformismo da embargante, não servem os aclaratórios
para reforma meritória do julgado, mas apenas para fins do disposto no
artigo 1.022 do Código de Processo Civil. 2. Prequestionamento.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que a embargante
suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados. Inteligência do artigo 1025
da Legislação Processual. 3. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.” (TJGO, Apelação / Reexame
Necessário 5280718-71.2016.8.09.0051, Rel. Des. GERSON SANTANA
CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 06/03/2019, DJe de 06/03/2019)
Na confluência do exposto, rejeito os embargos de declaração opostos,
dada a ausência das hipóteses previstas no artigo 1.022 do Código de Processo Civil.
É o voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
RELATOR
/C25

Embargos de Declaração na Apelação Cível n.º 5164650.04.2017.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Embargante : Elementar Comércio de Materiais Elétricos LTDA – EPP
Embargado : Itaú Unibanco S/A
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos


autos de Apelação Cível nº 5164650.04.2017.8.09.0051, da Comarca de Goiânia,
figurando como embargante Elementar Comércio de Materiais Elétricos LTDA –
EPP e como embargado Itaú Unibanco S/A.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira e o
Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau, atuando
em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
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Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração na Apelação Cível n.º 5164650.04.2017.8.09.0051


Comarca de Goiânia
Embargante : Elementar Comércio de Materiais Elétricos LTDA – EPP
Embargado : Itaú Unibanco S/A
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

E M E N T A :
Embargos de
Declaração em
Apelação cível.
A ç ã o d e
cobrança.
Contrato de
Capital de Giro.
P e s s o a
j u r í d i c a .
Inaplicabilidade
do Código de
Defesa do
Consumidor. I.
O Superior
Tribunal de
Justiça, ao
a d o t a r o
conceito de
consumidor da
teoria finalista
m i t i g a d a ,
considera que a
pessoa jurídica
pode ser
consumidora

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NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
quando adquirir
o produto ou
serviço como
destinatária final,
utilizando-o para
atender a uma
necessidade sua
e não de seus
clientes. In
casu, restou
comprovado
pela instituição
financeira/embar
gada que o
empréstimo
tomado pela
requerida/apelan
te/embargante
foi utilizado
como capital de
giro, afastando-
se, assim, a
incidência do
CDC. Outrossim,
e de acordo com
o enunciado da
Súmula do 381
do Superior
Tribunal de
Justiça, é
vedado ao
j u l g a d o r
conhecer, de
ofício, da
abusividade das
cláusulas nos
c o n t r a t o s
bancários. II.
Ausência de
pressupostos
do artigo 1.022
do Código de
Processo Civil.
A u s e n t e
q u a l q u e r
q u e s t ã o
contraditória,
omissa, obscura
ou erro material
na decisão
atacada é de se
rejeitar os

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5164650.04.2017.8.09.0051
aclaratórios face
a
impossibilidade
de rediscussão e
reapreciação da
matéria já
a n a l i s a d a
quando do
julgamento do
apelo. III.
Prequestionam
ento. Com fulcro
no artigo 1.025
do Código de
Processo Civil, “
consideram-se
incluídos no
acórdão os
elementos que o
embargante
suscitou, para
f i n s d e
prequestioname
nto, ainda que
os embargos de
declaração
s e j a m
inadmitidos ou
rejeitados, caso
o tribunal
s u p e r i o r
c o n s i d e r e
existentes erro,
o m i s s ã o ,
contradição ou
obscuridade”.
Embargos de
declaração
rejeitados.
A c ó r d ã o
mantido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 14:46:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5054377.55.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : WANDERHSON CALIXTO DOS SANTOS
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WANDERHSON CALIXTO DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 26178 GO - EDIANE ELIAS FERNANDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Remessa Necessária e Apelações Cíveis nº


5054377.55.2017.8.09.0051
Comarca de Goiânia
Embargante: Município de Goiânia
Embargado: Wanderson Calixto dos Santos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIOEVOTO

Cuidam-se de embargos de declaração opostos pelo Município de Goiânia


em face do acórdão acostado no evento n. 116, proferido em remessa necessária e
apelações cíveis interpostas interpostas pelo embargante e pela Agência da Guarda
Civil Metropolitana de Goiânia contra sentença proferida pelo MM. Juiz de Direito da
3ª Vara de Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos da comarca de Goiânia,
Dr. José Proto de Oliveira, nos autos da “ação de cobrança c/c danos morais” ajuizada
por Wanderson Calixto dos Santos, ora embargado.
Nas razões do recurso (evento n. 116), o embargante defende que há vícios
no referido decisum vez que “(…) ao afastar a jurisprudência do STF relativa à
utilização da TR, em relação ao período após março de 2015, foi omissa e
contraditória ao teor do referido julgado.”
Requer, alfim, a reforma da decisão embargada para que, eliminando a
omissão e a contradição apontadas, no que concerne à jurisprudência vinculante do
STF, determine a incidência da TR para fins de correção monetária dos valores
devidos a título de diferenças.
Prequestiona as matérias debatidas para fins de interposição de recursos nos
tribunais superiores.

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
Pois bem.

É cediço que cabem embargos de declaração, na inteligência do artigo 1.022


do Código de Processo Civil, quando na decisão houver obscuridade ou contradição,
ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia pronunciar-se para elucidar a questão
posta em juízo.
A propósito:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão


judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar
o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:


I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do


acórdão é perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo
1.022 e seus incisos, do Código de Processo Civil.
A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-la-á,


decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão embargada. No
caso de obscuridade ou contradição, o decisório será expungido
eliminando-se o defeito nele detectado. Em qualquer caso, a substância
do julgado será mantida, visto que os embargos de declaração não
visam à reforma do acórdão, ou da sentença. No entanto, será inevitável
alguma alteração no conteúdo do julgado, principalmente quando se
tiver de eliminar omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao
julgamento dos embargos de declaração é que não se proceda a um
novo julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São Paulo:
Editora Forense, p. 526/527).

Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer


ao juiz prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que
inquina sua decisão, ou para a correção de erro material.
In casu, conforme narrado, pretende a parte embargante seja corrigido vício
no acórdão recorrido, ao argumento de que houve contradição no referido decisum,
visto que não aplicada TR como taxa de correção monetária na dívida da Fazenda
Pública, mas o IPCA-E, nos termos do tema 810, STF.
Analisando uma vez mais o voto condutor do acórdão recorrido, verifico que
não padece do vício apontado.
Com efeito, colhe-se do decisum embargado os seguintes dizeres quanto à
matéria ora debatida:

“Relativamente ao índice de correção monetária, e comprovado o débito


dos apelantes em prol do autor/recorrido, decorrentes dos efeitos da
progressão vertical na carreira, e a considerar cuidar-se de pagamento
devido pela Fazenda Pública, registro ser de conhecimento comum que
nas ADI’s nºs 4.357 e 4.425, o STF declarou a inconstitucionalidade
parcial, por arrastamento, do art. 5º da Lei n. 11.960/09, que introduziu o
art.1º-F à Lei n. 9.494/97, cujo julgamento da modulação dos efeitos das
ADIs, em sede de Questão de Ordem, foi encerrado no dia 25/03/2015 e
publicado no DJe nº 70 do dia 15/04/2015 e no DOU de10/04/2015,
assim concluindo:

‘(...) Concluindo o julgamento, o Tribunal, por maioria e nos termos


do voto, ora reajustado, do Ministro Luiz Fux (Relator), resolveu a
questão de ordem nos seguintes termos: 1) - modular os efeitos
para que se dê sobrevida ao regime especial de pagamento de
precatórios, instituído pela Emenda Constitucional nº 62/2009, por 5
(cinco) exercícios financeiros a contar de primeiro de janeiro de
2016; 2) - conferir eficácia prospectiva à declaração de
inconstitucionalidade dos seguintes aspectos da ação direta de
inconstitucionalidade, fixando como marco inicial a data
de conclusão do julgamento da presente questão de ordem
(25.03.2015) e mantendo-se válidos os precatórios expedidos ou
pagos até esta data, a saber: 2.1.) fica mantida a aplicação do
índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança
(TR), nos termos da Emenda Constitucional nº 62/2009, até
25.03.2015, data após a qual (i) os créditos em precatórios deverão
ser corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial
(IPCA-E) e (ii) os precatórios tributários deverão observar os
mesmos critérios pelos quais a Fazenda Pública corrige seus

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
créditos tributários ; e 2.2.) ficam resguardados os precatórios
expedidos, no âmbito da administração pública federal, com base
nos arts. 27 das Leis nº 12.919/13 e Lei Nº 13.080/15, que fixam o
IPCA-E como índice de correção monetária; 3) - quanto às formas
alternativas de pagamento previstas no regime especial: 3.1)
consideram-se válidas as compensações, os leilões e os
pagamentos à vista por ordem crescente de crédito previstos na
Emenda Constitucional nº 62/2009, desde que realizados até
25.03.2015, data a partir da qual não será possível a quitação de
precatórios por tais modalidades; 3.2) fica mantida a possibilidade
de realização de acordos diretos, observada a ordem de preferência
dos credores e de acordo com lei própria da entidade devedora,
com redução máxima de 40% do valor do crédito atualizado; 4) –
durante o período fixado no item 1 acima, ficam mantidas a
vinculação de percentuais mínimos da receita corrente líquida ao
pagamento dos precatórios (art. 97, § 10, do ADCT), bem como as
sanções para o caso de não liberação tempestiva dos recursos
destinados ao pagamento de precatórios (art. 97, § 10, do ADCT);
5) - delegação de competência ao Conselho Nacional de Justiça
para que considere a apresentação de proposta normativa que
discipline (i) a utilização compulsória de 50% dos recursos da conta
de depósitos judiciais tributários para o pagamento de precatórios e
(ii) a possibilidade de compensação de precatórios vencidos,
próprios ou de terceiros, com o estoque de créditos inscritos em
dívida ativa até 25.03.2015, por opção do credor do precatório, e 6)
- atribuição de competência ao Conselho Nacional de Justiça para
que monitore e supervisione o pagamento dos precatórios pelos
entes públicos na forma da presente decisão, vencido o Ministro
Marco Aurélio, que não modulava os efeitos da decisão, e, em
menor extensão, a Ministra Rosa Weber, que fixava como marco
inicial a data do julgamento da ação direta de inconstitucionalidade.
Reajustaram seus votos os Ministros Roberto Barroso, Dias Toffoli
e Gilmar Mendes. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski.’
(STF, Plenário, ADI 4357 QO/DF e ADI 4425 QO/DF, Rel. Min. Luiz
Fux, julgados em 25/03/2015. Informativo 779, publicado no DJe nº
70, de 15/04/2015 e no DOU de 10/04/2015 – grifei).

A ser desse modo, e a vista de que os valores da condenação decorrem


de vencimentos a serem considerados desde o ano de 2014, tendo a
sentença sido prolatada em dezembro de 2018, deverá aplicar-se, neste
julgamento, as regras da modulação, no sentido de incidirem sobre os
valores devidos os índices oficiais de remuneração básica da caderneta
de poupança até 25/03/2015, após esse período, isto é, a partir de
26/03/2015, o IPCA-E.
Mister destacar que a modulação dos efeitos da decisão postulada nos
embargos de declaração interpostos no RE 870.947 (Tema 810), por
diversos entes estatais, no julgamento dos quais deferiu-se o efeito
suspensivo, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos
ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos.
Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que
não ocorreu expedição ou pagamento de precatório, ao que se amolda o
caso em comento.
Portanto, merece parcial provimento a insurgência, para determinar a
correção da dívida da Fazenda Pública Municipal nos moldes
supracitados.”

Logo, ao analisar o voto condutor do acórdão embargado, à luz da pretensão


veiculada no vertente recurso, verifico que este suficientemente declinou os
fundamentos para o desfecho conferido à postulação, em obediência ao disposto no
artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. Exatamente por isso, quando cotejada a
tese ventilada nos aclaratórios, não vislumbro procedência na insurgência do
embargante.
Dessa forma, nestes pontos das alegações recursais do embargante não se
vislumbra a presença de qualquer dos vícios elencados no artigo 1.022 do Código de
Processo Civil, mas, tão somente, irresignação com o resultado do julgamento.
Ora, a utilização dos embargos declaratórios com efeito modificativo é medida
excepcional, admissível apenas para a correção de premissa equivocada de que haja
partido a decisão embargada e que seja influente no julgamento.
A respeito, este Egrégio Tribunal de Justiça pontificou, in verbis:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. 1. AUSÊNCIA


DOS VÍCIOS ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO
CPC. A oposição de Embargos de Declaração pressupõe a existência
de obscuridade, contradição ou omissão, não sendo meio legal para
reexaminar as questões decididas e o acerto do julgado, sendo que não
configura ofensa ao art. 1.022 do CPC quando o acórdão embargado
julga integralmente a lide e soluciona a controvérsia, tal como lhe foi
apresentada, até porque o órgão julgador não é obrigado a rebater, um
a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentam, devendo apenas enfrentar a demanda, observando as
questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução. 2.
PREQUESTIONAMENTO. REDISCUSSÃO. Mesmo quando opostos
com declarado intento prequestionador, os embargos de declaração não
se prestam à promoção de mera rediscussão de matéria já decidida,
sendo admitidos somente para esclarecer obscuridade, eliminar
contradição, suprir omissão ou corrigir erro material eventualmente
presentes no julgado, circunstâncias não verificadas na espécie.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0426318-48.2015.8.09.0051, Rel. NORIVAL DE CASTRO
SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, julgado em 18/02/2019, DJe de
18/02/2019);

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO
SOCIOAFETIVA POST MORTEM. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS
ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC. Não
ocorrendo os vícios elencados no artigo 1.022, do Código de Processo
Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão somente
rediscutir matéria já examinada e decidida, ainda que para efeito de
prequestionamento, conforme precedentes deste Tribunal. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0048427-40.2015.8.09.0175, Rel. MAURICIO PORFIRIO ROSA,
1ª Câmara Cível, julgado em 18/02/2019, DJe de 18/02/2019).

Portanto, não merecem prosperar os embargos, não se prestando esta


modalidade recursal a revisitar as razões de decidir anteriormente adotadas.
Registre-se, por oportuno, que, mesmo para fins de prequestionamento, os
embargos de declaração devem estar amparados nas hipóteses de cabimento
previstas na lei processual, o que não é o caso.
Ressalte-se, ainda, que o julgador não precisa esmiuçar todos os dispositivos
legais indicados pela parte, bastando que demonstre as razões de seu convencimento,
sendo certo que o imprescindível é a análise, pelo órgão jurisdicionado, de toda a
matéria aventada no recurso.
De fato, o Código de Processo Civil atual acolheu tese anteriormente
predominante no Supremo Tribunal Federal segundo a qual a simples oposição dos
embargos de declaração é suficiente para prequestionar a matéria.
A propósito, eis a redação do artigo 1.025, CPC:

“Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o


embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade.”

Sobre o artigo de lei acima transcrito, ensina a doutrina especializada:

“Diante da divergência instalada na jurisprudência dos Tribunais


Superiores, com intuito de uniformizar o modo como se deve entender
prequestionada a matéria, o CPC/2015, em seu art. 1.025, optou pela
orientação dominante manifestada pela jurisprudência do STF, no
sentido de que, tendo as partes apresentado embargos de declaração, e
sendo esses indevidamente rejeitados, consideram-se examinados e
repelidos os fundamentos apresentados pelas partes. O CPC/2015,
assim, dentre as concepções possíveis de prequestionamento, adotou

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
aquela, então, preponderante no STF, por muitos chamadas de
'prequestionamento ficto'. Resta, portanto, superado o entendimento
retratado na Súmula nº 211 do STJ. É necessário, no entanto, que se
reconheça que os embargos de declaração deveriam ter sido admitidos
e providos, isso é, que o Tribunal a quo, ao não conhecer ou ao negar
provimento aos embargos de declaração, errou, violando o artigo 1.022
do CPC/2015” (José Miguel Garcia Medina, in Novo Código de Processo
Civil Comentado: com remissões e notas comparativas ao CPC/1973,
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 1.420/1.421).

Dessa forma, o prequestionamento resta atendido, no novo ordenamento


processual civil brasileiro, com a simples oposição de embargos de declaração, não
sendo necessário seu acolhimento pelo Tribunal, mas, somente, o reconhecimento,
pelos Tribunais Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios violou o
artigo 1.022, do atual Código de Processo Civil.
A propósito:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA. DIREITO À NOMEAÇÃO/POSSE EM CARGO
PÚBLICO. CANDIDATA APROVADA FORA DO NÚMERO DE VAGAS.
EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. FALTA DE
INTERESSE DE AGIR. AUSÊNCIA DE NECESSIDADE/UTILIDADE DO
PROVIMENTO JUDICIAL. PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO
PODER JUDICIÁRIO. OFENSA INEXISTENTE. AUSÊNCIA DE
OMISSÃO. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA JÁ JULGADA.
IMPOSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. 1. Os embargos de
declaração não se prestam ao reexame da prova ou à rediscussão da
matéria ventilada nos autos, sendo sua função complementar o julgado
quando presente algum dos pressupostos catalogados no artigo 1.022,
do novo Código de Processo Civil, o que não restou atendido pela
embargante. 2. O artigo 1.025, do atual Código de Ritos, passou a
acolher a tese do prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse
requisito condicionado ao reconhecimento, pelos Tribunais Superiores,
de que a inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o
artigo 1.022, do citado diploma legal. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, PORÉM REJEITADOS.” (TJGO, Apelação (CPC)
0103763-76.2016.8.09.0051, Rel. JEOVA SARDINHA DE MORAES, 6ª
Câmara Cível, julgado em 19/09/2018, DJe de 19/09/2018)

“DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


ORDINÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. ESTATUTO DOS
SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE CAVALCANTE. PROMOÇÃO
FUNCIONAL. REQUISITOS. AVALIAÇÃO POR MERECIMENTO.
OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER.
DECLARAÇÃO DE PROGRESSÃO HORIZONTAL. NECESSIDADE DE
AVALIAÇÃO FUNCIONAL. MÉRITO ADMINISTRATIVO. JUÍZO DE

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
OPORTUNIDADE E CONVENIÊNCIA ADMINISTRATIVA.
INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. VEDAÇÃO. INEXISTÊNCIA
DE CONTRADIÇÃO NO JULGADO. PREQUESTIONAMENTO.
DESNECESSÁRIO. 1. Os embargos de declaração encontram limites na
norma estabelecida no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, sendo
cabíveis nas hipóteses de acórdão maculado por obscuridade,
contradição, omissão ou, ainda, no caso de correção de erro material. 2.
Rejeitam-se os embargos declaratórios com o fim de rediscussão da
matéria decidida quando não houver no acórdão recorrido qualquer
contradição apontada. 3. Considera-se prequestionada a matéria ainda
que os aclaratórios sejam inadmitidos ou rejeitados, nos termos do artigo
1.025 do Diploma Processual Civil, caso o tribunal superior considere a
existência de erro, omissão, contradição ou obscuridade, consagrando o
denominado "prequestionamento ficto". 4. EMBARGOS
DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E REJEITADOS.” (TJGO, Apelação /
Reexame Necessário 0140049-84.2014.8.09.0031, Rel. GERSON
SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 19/09/2018, DJe de
19/09/2018)

Assim, suficiente a apreciação da matéria para fins de prequestionamento.


Na confluência do exposto, conheço dos embargos de declaração opostos
e os rejeito, dada a ausência das hipóteses previstas nos arts. 1.022 c/c 489, § 1º, do
CPC/2015.
É como voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C40

Embargos de Declaração em Remessa Necessária e Apelações Cíveis nº


5054377.55.2017.8.09.0051
Comarca de Goiânia
Embargante: Município de Goiânia
Embargado: Wanderson Calixto dos Santos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração em
Remessa Necessária nos autos de Apelação Cível nº 5054377.55.2017.8.09.0051,
da Comarca de Goiânia, figurando como embargante Município de Goiânia e como
embargado Wanderson Calixto dos Santos.

ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara


Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e o Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau,
atuando em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Remessa Necessária e Apelações Cíveis nº


5054377.55.2017.8.09.0051
Comarca de Goiânia
Embargante: Município de Goiânia
Embargado: Wanderson Calixto dos Santos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

E M E N T A :
Embargos de
declaração em
R e e x a m e
necessário e
Apelações
Cíveis. Ação de
Cobrança. I -
Atualização do
débito em face
da Fazenda
Pública.
Quanto a
c o r r e ç ã o
monetária,
comprovado o
débito da
Fazenda Pública
E s t a t a l ,
decorrentes dos
efeitos da
progressão
vertical na
carreira, aplica-
s e o

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
entendimento
firmado pelo
STF nas ADI’s
nºs 4.357 e
4.425. Tendo em
vista de que os
v a l o r e s
requeridos
decorrem de
vencimentos a
devidos desde o
ano de 2014,
t e n d o a
sentença sido
prolatada em
dezembro de
2018, deverá
aplicar-se, aqui,
os índices
oficiais de
remuneração
básica da
caderneta de
poupança até
25/03/2015,
após esse
período, isto é, a
partir de
26/03/2015, o
IPCA-E. II -
Contradição.
Inexistência
das hipóteses
elencadas no
arts. 1.022 c/c
489, § 1º, do
CPC/2015. Não
e x i s t i n d o
obscuridade,
omissão ou
contradição,
nem mesmo erro
material no
a c ó r d ã o
embargado,
h i p ó t e s e s
elencadas nos
arts. 1.022 c/c
489, § 1º, do
CPC/2015, é
caso de rejeição
dos embargos

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
declaratórios
opostos. O
julgador não
está obrigado a
responder a
t o d a s a s
q u e s t õ e s
suscitadas pelas
partes, quando
j á t e n h a
encontrado
motivo suficiente
para proferir a
decisão. III –
Pret e ns ã o de
rejulgamento
da causa.
Impossibilidade
. Inexistentes as
hipóteses do art.
1.022 do
CPC/2015, não
m e r e c e m
acolhida os
embargos de
declaração que
têm nítido
c a r á t e r
infringente.
Embargos de
declaração
rejeitados. IV –
Prequestionam
e n t o . O
prequestioname
nto resta
atendido, no
n o v o
ordenamento
processual civil
brasileiro, com a
s i m p l e s
oposição de
embargos de
declaração, não
s e n d o
necessário seu
acolhimento pelo
Tribunal, mas,
somente, o
reconhecimento,
pelos Tribunais

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NR.PROCESSO: 5054377.55.2017.8.09.0051
Superiores, de
q u e a
inadmissão ou a
rejeição dos
aclaratórios
violou o artigo
1.022, do atual
Código de
Processo Civil.
Embargos de
declaração
conhecidos e
rejeitados.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


19/02/2020 14:51:04

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5081891.34.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : DIVINO GONÇALVES PEREIRA
POLO PASSIVO : UNIVERSIDADE DO ESTADO DE GOIAS UEG
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIVINO GONÇALVES PEREIRA


ADVG. PARTE : 39524 GO - NATHAN PORTO LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5081891.34.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5081891.34.2020.8.09.0000


Comarca de Iporá
Agravante: Divino Gonçalves Pereira
Agravado: Universidade do Estado de Goiás - UEG
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Agravo de instrumento. Ação declaratória de


nulidade de contrato temporário c/c ação de cobrança de
depósito de FGTS. Gratuidade da justiça. Súmula n. 25 do
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Comprovação de
hipossuficiência econômica. Imprescindibilidade. Ante a
exegese do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e
em conformidade com a Súmula nº 25 do egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, impõe-se o deferimento do pedido
de concessão dos benefícios da gratuidade da justiça ao
requerente que comprovar, de forma inequívoca, a sua
necessidade, o que é o caso.
Agravo de instrumento conhecido e provido.

DECISÃOMONOCRÁTICA

Trata-se de agravo de instrumento interposto por Divino Gonçalves Pereira


contra a decisão proferida nos autos da ação declaratória de nulidade de contrato
temporário c/c ação de cobrança de depósito do FGTS ajuizada em desfavor da UEG
– Universidade Estadual de Goiás.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5081891.34.2020.8.09.0000
A decisão fustigada prolatada pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Cível, Criminal,
Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental da Comarca de Iporá, Dr. Wander
Soares Fonseca, restou assim redigida:

“Indefiro o pedido de justiça gratuita formulado pela parte


requerente, nos termos do enunciado n. 25, da súmula de jurisprudência
do Tribunal de Justiça de Goiás, visto que não comprovou a
necessidade, se limitando a simplesmente enunciar sua suposta
incapacidade econômica, em detrimento também da exigência feita no
art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal.

Ainda que o art. 98, § 6º do CPC autorize o parcelamento das


custas, a Resolução n. 81/2017 do Tribunal de Justiça de Goiás, em seu
art. 3º, § 1º, inciso I veda o parcelamento das custas em casos que o
valor da causa seja inferior ao teto da alçada dos Juizados Especiais
Cíveis, como a presente demanda.

Portanto, as custas devem recolhidas pela parte requerente,


para fins de conhecimento da petição inicial, observando o valor da
causa conforme o art. 292 do Código de Processo Civil, sob pena de
alteração ex officio do valor da causa [art. 292, § 3º do CPC].

Intime-se a parte autora para pagamento em até 15 dias.

Após o recolhimento, volvam-me conclusos para conhecimento


da petição inicial.

Publicado, datado, assinado e registrado eletronicamente.


Intimem-se.”

Irresignado, o autor opôs embargos de declaração contra a aludida decisão,


os quais foram rejeitados pelo magistrado singular (evento n. 9-processo originário).
Inconformado, o autor interpõe agravo de instrumento, relatando que não tem
condições de arcar com o pagamento das custas processuais sem prejuízo de seu
sustento, ressaltando que encontra-se desempregado, uma vez que seu contrato de
trabalho temporário foi rescindido.
Destaca que o valor da guia de custas iniciais é de R$ 967,34 (novecentos e
sessenta e sete reais e trinta e quatro centavos), não possuindo, assim, condições de
arcar com a referida quantia, sem que haja prejuízo de seu sustento.

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NR.PROCESSO: 5081891.34.2020.8.09.0000
Aponta que a documentação acostada aos autos originários é suficiente para
comprovar sua hipossuficiência financeira.
Requer a concessão de efeito suspensivo ao recurso, com o prosseguimento
do feito principal sem o recolhimento de custas e despesas processuais e, no mérito,
pugna pelo provimento do agravo de instrumento, com a reforma da decisão fustigada,
a fim de que sejam concedidos os benefícios da gratuidade da justiça.
Preparo dispensado.
É o relatório.
Passo a decidir monocraticamente.

Conforme relatado pretende o recorrente a reforma da decisão singular que


indeferiu o pedido de gratuidade da justiça formulado pelo autor nos autos principais.
Desde já, adianto que merece acolhida a irresignação do recorrente.
A matéria questionada encontra sustentação legal no Código de Processo
Civil/2015, dispondo o artigo 98 que “a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma
da lei”, bem assim na Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV, o qual, a seu turno,
prevê que “o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos”.
Desta forma, ao julgador cumpre decidir livremente acerca do pedido de
gratuidade da justiça, baseando-se na situação econômico-financeira demonstrada
pela parte requerente do benefício.
A propósito, veja-se a Súmula n° 25 desta egrégia Corte de Justiça, publicada
no Diário de Justiça Eletrônico nº 2120, de 28 de setembro de 2016:

“Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou


jurídica, que comprovar sua impossibilidade de arcar com os
encargos processuais.”

Compulsando os autos, vejo que o agravante comprova o seu real estado de


hipossuficiência, demonstrando que, até o ajuizamento da ação principal, ocupava o
cargo de auxiliar administrativo na Universidade Estadual de Goiás – UEG, recebendo,
mensalmente a remuneração de R$ 1.382,20, conforme extrai-se da sua ficha
financeira acostada no evento n. 01-doc. 6-processo originário.
No entanto, em 1º de dezembro de 2019, o Reitor da Universidade Estadual
de Goiás rescindiu seu contrato temporário, desligando-o da Universidade, informando
o autor que encontra-se desempregado atualmente.
Calha consignar, por oportuno, que não constitui pressuposto fundamental do

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NR.PROCESSO: 5081891.34.2020.8.09.0000
acesso ao benefício da gratuidade da justiça a condição de miserabilidade, mas sim a
de atual falta de condições financeiras do requerente.
Neste sentido é o entendimento sufragado no âmbito deste egrégio Tribunal
de Justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE JUSTIÇA


GRATUITA. DEMONSTRADA A HIPOSSUFICIÊNCIA. DEFERIMENTO.
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO
DE VEÍCULO. CONSTITUIÇÃO EM MORA COMPROVADA. 1. (...)2.
Apresentada documentação suficiente da impossibilidade econômica do
recorrente, defere-se o benefício da assistência judiciária. 3. (...)
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.” (TJGO,
Agravo de Instrumento ( CPC ) 5049219-07.2019.8.09.0000, Rel. Dra.
DORACI LAMAR ROSA DA SILVA ANDRADE, 6ª Câmara Cível, julgado
em 24/07/2019, DJe de 24/07/2019)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE USUCAPIÃO


EXTRAORDINÁRIO. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
INDEFERIDO NO PRIMEIRO GRAU. HIPOSSUFICIÊNCIA
FINANCEIRA COMPROVADA. DECISÃO REFORMADA. Restando
devidamente comprovada nos autos a real necessidade dos agravantes
em obterem os benefícios da justiça gratuita, a reforma da decisão
atacada é medida impositiva, a fim de lhes ser deferida a assistência
judiciária pleiteada. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
PROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5537371-
97.2018.8.09.0000, Rel. Dr. FÁBIO CRISTÓVÃO DE CAMPOS FARIA,
2ª Câmara Cível, julgado em 13/07/2019, DJe de 13/07/2019)

No mesmo sentido posiciona-se o colendo Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. PEDIDO DE


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DEFERIDO. DIVERGÊNCIA
JURISPRUDENCIAL. SÚMULA 13/STJ. DISSÍDIO NÃO
DEMONSTRADO. MILITAR TEMPORÁRIO. MOLÉSTIA
INCAPACITANTE PARA O SERVIÇO CASTRENSE. MANIFESTAÇÃO
DA DOENÇA DURANTE A CASERNA. RESULTADO DA PERÍCIA.
REVISÃO. NÃO-CABIMENTO. SÚMULA 07/STJ. REFORMA EX
OFICIO. IMPOSSIBILIDADE NO CASO DOS AUTOS. 1. Defere-se a
postulação dos benefícios da assistência judiciária gratuita, porquanto
esta pode ser pedida a qualquer tempo, desde que o requerente afirme
não possuir condições de arcar com as despesas processuais sem que
isso implique prejuízo de seu sustento ou de sua família. (...) 6. Recurso
especial conhecido em parte e, nesta extensão, não provido.” (STJ.
REsp 1241172/RJ, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5081891.34.2020.8.09.0000
julgado em 26/04/2011, DJe 10/05/2011)

Assim, o que emerge dos autos, até o momento, é a incapacidade do


autor/agravante de arcar com as custas, despesas do processo e honorários
advocatícios e, conforme exposto alhures, para a concessão da gratuidade da justiça
não é exigível um estado real de miserabilidade, mas um comprometimento financeiro
que possa advir do recolhimento do valor das custas e despesas processuais em
prejuízo ao próprio sustento ou da família.
Logo, a reforma da decisão objurgada para deferir ao autor/agravante os
benefícios da gratuidade da justiça é medida que se impõe.
Ressalvo que “deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer
impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos
de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser
apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem
suspensão de seu curso”, é o que prescreve o artigo 100 do Código de Processo
Civil/2015.
Na confluência do exposto, conheço e dou provimento ao agravo de
instrumento interposto por Divino Gonçalves Pereira para deferir-lhe os benefícios da
gratuidade da justiça, nos autos da ação declaratória de nulidade de contrato
temporário c/c ação de cobrança de depósito do FGTS, de protocolo n.
5653249.02.2019.8.09.0076.
Cientifique-se ao juízo de 1º grau, para conhecimento e cumprimento do
decidido por este Tribunal de Justiça.
Extrate-se a presente decisão e, sem necessidade de se aguardar a
publicação e o prazo recursal, arquivem-se os autos, com as baixas necessárias.
Cumpra-se.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C55

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 16:13:29

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5076330.29.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SUED DAVID SOARES
POLO PASSIVO : CONDOMÍNIO DO EDIFICIO ESCOCIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SUED DAVID SOARES


ADVG. PARTE : 57795 GO - GLAYTON COSTA FERREIRA

PARTE INTIMADA : CONDOMÍNIO DO EDIFICIO ESCOCIA


ADVG. PARTE : 52543 GO - MURILO DOS SANTOS GUIMARÃES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5076330.29.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5076330.29.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA (13ª Vara Cível)
AGRAVANTE: SUED DAVID SOARES
AGRAVADO: CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO ESCÓCIA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DECISÃO

SUED DAVID SOARES interpõe agravo de instrumento, com pedido de efeito


suspensivo, da decisão interlocutória coligida ao evento n. 87 dos autos eletrônicos (n.
5261584.58.2016.8.09.0051) da ação de execução de títulos extrajudiciais aforada em
seu desproveito pelo CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO ESCÓCIA, aqui agravado.

Por meio do ato objurgado, o Dr. Otacílio de Mesquita Zago, MM. Juiz de
Direito da 13ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, deferiu o pedido do exequente de
“penhora online da quantia de R$ 43.362,43, via CENOPES, com a tentativa de bloqueio de
ativos financeiros em contas de SUED DAVID SOARES (CPF: 799.630.801-20) e JOAQUIM
DAVID SOARES NETO (CPF: 136.095.562-34)”.

Em suas razões (evento 01, arquivo 01), depois de tratar da admissibilidade


do recurso e fazer retrospecto fático do feito, a agravante sustenta o equívoco da
decisão agravada, tendo em vista que o ato de constrição recairá sobre conta-corrente
pela qual percebe sua remuneração mensal, referente a prestação de serviços de
consultoria como Analista de Sistemas e, por essa razão, possui natureza salarial,
sendo impenhorável (inteligência do artigo 833, inciso IV, do Código de Processo
Civil).

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NR.PROCESSO: 5076330.29.2020.8.09.0000
Esclarece a existência de bem imóvel a ser inventariado, apto a satisfazer o
crédito exequendo, de modo que “a decisão que ameaça a constrição de vencimentos não
pode prosperar”.

Por outro lado, defende sua ilegitimidade passiva para responder aos termos
do processo executivo, “dada ausência de inventário ante o falecimento da parte então
executada TEREZINHA CECILIA DE JESUS SOARES”, sua genitora, destacando não ser
administradora do espólio e tampouco deter a posse de qualquer bem remanescente.

Nesse contexto, afirma que “a ausência de abertura de inventário e mal sucedida


citação dos componentes do prospectivo espólio para integrar o polo passivo não tem o condão
de validar aquela persecução executória”, razão pela qual entende ser o caso de
suspensão da execução e da decisão recorrida, para que sejam citados todos os sete
herdeiros e nomeado administrador provisório como responsável pela herança.

Por fim, aduz a existência de excesso de penhora, na medida em que, nos


moldes do artigo 796 do CPC, cada herdeiro responde na proporção da parte que lhe
couber da herança, o que torna “ilegal qualquer determinação de penhora que imponha à
parte a totalidade da dívida sem levar em conta o quinhão respectivo”.

Destarte, entendendo presentes os requisitos de relevância e urgência, requer


a atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, ao final, requer o seu provimento, para
que a decisão atacada seja reformada, a fim de “invalidar ... determinação de penhora
online e consequentemente todo o processo dada a ausência de inventário que resultou na
ilegitimidade passiva da Agravante, bem como pela falta de citação valida dos demais herdeiros,
comprometendo toda formação já que impossível sanar os vícios do processo”.

Coligiu documentos (evento 01), entre eles o comprovante do regular preparo.

É o relatório. Passo a decidir.

A decisão a quo foi proferida em sede de ação de execução (art. 1.015,


parágrafo único, do CPC), logo, recebo este recurso, passando a apreciar o pedido de
concessão do efeito suspensivo.

O agravo de instrumento, conforme o art. 1.019 do CPC/2015, deve ser


recebido, em regra, apenas no efeito devolutivo, para que o seu manejo não implique
suspensão dos efeitos da decisão agravada. No entanto, o inciso I do referido
dispositivo disciplina que o relator “...poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir,

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NR.PROCESSO: 5076330.29.2020.8.09.0000
em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua
decisão”.

Logo, necessária se faz, para a concessão do efeito suspensivo ao agravo de


instrumento, a presença concomitante dos pressupostos listados no art. 995, parágrafo
único, do atual Diploma Processual, quais sejam: a) a demonstração da probabilidade
de provimento do recurso; e b) a constatação de que, prevalecendo a decisão
impugnada, poderá a parte agravante experimentar dano grave, de difícil ou
impossível reparação.

No caso, em sede de cognição sumária, entendo não haver respaldo para o


deferimento da medida requestada (efeito suspensivo), pois não se vislumbram os
pressupostos legais necessários.

É que, ainda que à primeira vista, perceba-se a plausibilidade das alegações


da agravante no que pertine à impenhorabilidade da conta-corrente indicada nos
documentos relacionados à prestação de serviços de consultoria como Analista de
Sistemas, não se verifica o periculum in mora quando se analisa a necessidade de
deferimento imediato do pleito, haja vista que não há nestes autos, tampouco no
processo de origem, comprovação de que a penhora on-line deferida foi efetivada, o
que inviabiliza a concessão da medida.

Com efeito, compulsando os autos de origem, verifica-se que até a presente


data o agravado não recolheu as taxas de serviços para emissão do ato de constrição,
razão pela qual não é possível afirmar, sequer, se a indisponibilidade de ativos
financeiros, via BACENJUD, será concretizada e, muito menos, se recairá sobre a
conta bancária indicada pela recorrente.

Por outro lado, apesar de deferir a penhora on-line, o Magistrado a quo


oportunizou à parte executada/agravante, apresentar impugnação, nos moldes do
artigo 854, § 3º, do CPC, de modo que, no momento apropriado, poderá ser analisado
se a verba eventualmente constritada é excessiva ou impenhorável.

Por fim, no que diz respeito às teses de ilegitimidade passiva e excesso de


execução, a fim de que não ocorra supressão de instância, deverão essas pretensões
ser levadas primeiro, à análise do Juiz que preside o processo para, só depois, e se for
o caso, serem analisadas em grau de recurso.

Isso posto, indefiro o efeito suspensivo requestado.

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NR.PROCESSO: 5076330.29.2020.8.09.0000
Intime-se o recorrido para, querendo, apresentar resposta no prazo legal,
podendo juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso
(art. 1.019, II, CPC).

Comunique-se o teor desta decisão ao juízo de origem, para os devidos fins,


solicitando-lhe que, caso haja alguma alteração daquilo que lá foi decidido, seja o fato
comunicado a este Relator.

Publique-se. Intimem-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES CÔELHO


Relator

ND

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 14/02/2020 15:59:38

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0230136.63.2017.8.09.0134
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LUCAS HENRIQUE MACIEL DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUCAS HENRIQUE MACIEL DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 37405 GO - LINDOLFO GONÇALVES DE ANDRADE NETO

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS


ADVGS. PARTE : 28350 GO - RAFAEL SOARES DOMINGUES NOGUEIRA
28442 GO - EDYEN VALENTE CALEPIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0230136.63.2017.8.09.0134
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0230136.63.2017.8.09.0134


COMARCA DE QUIRINÓPOLIS

APELANTE: SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A


APELADO: LUCAS HENRIQUE MACIEL DE OLIVEIRA
RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DECISÃO MONOCRÁTICA

SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A interpôs


apelação contra sentença proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da comarca
de Quirinópolis, nos autos de ação de cobrança securitária aforada em face da
apelante por LUCAS HENRIQUE MACIEL DE OLIVEIRA.

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NR.PROCESSO: 0230136.63.2017.8.09.0134
Consta da inicial que o apelado foi vítima de acidente de trânsito, em 23/04/2017,
experimentando sequelas que resultaram em invalidez permanente. Ingressou com
ação de cobrança do seguro DPVAT visando recebimento de R$ 13.500,00.

O juiz a quo julgou parcialmente procedente o pleito, condenando a seguradora ao


pagamento de R$ 1.687,50, acrescidos de juros de mora a 1% ao mês, desde a
citação, e correção monetária pelo INPC a partir do evento danoso. Sucumbência pela
apelante.

O apelo está inserido no arquivo 57, do evento 3. Insurge-se a seguradora contra o


valor dos honorários, que reputa exorbitante, requerendo sua redução aos limites
legais.

Contrarrazões no evento 3 (arquivo 61).

É o relatório.

Decido.

Não tem razão a apelante. De início, tem-se que os honorários constituem a retribuição
pecuniária pelo trabalho exercido pelo advogado. Nesse sentido, o art. 85, § 2º, c/c §
6º, do CPC estabelecem determinados requisitos para a sua fixação, quais sejam, grau
de zelo do profissional, lugar da prestação do serviço, a natureza e importância da
causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o serviço. Confira-
se:

“Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao


advogado do vencedor.

(…)

§2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o


máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo,
sobre o valor atualizado da causa, atendidos:

I – o grau de zelo do profissional;

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NR.PROCESSO: 0230136.63.2017.8.09.0134
II – o lugar da prestação do serviço;

III – a natureza e a importância da causa;

IV – o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para


o seu serviço.

(…)

§6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º aplicam-se


independentemente de qual seja o conteúdo da decisão,
inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem
resolução de mérito.”

Neste ponto, oportuna a anotação de NELSON NERY JÚNIOR e ROSA MARIA DE


ANDRADE NERY (Código de Processo Civil Comentado, 9ª ed., 2006, p. 193) sobre
os critérios para fixação de honorários:

“(...) São objetivos e devem ser sopesados pelo juiz na ocasião


da fixação dos honorários. A dedicação do advogado, a
competência com que conduzidos os interesses de seu cliente e
o fato de defender seu constituinte em comarca que não resida,
os níveis de honorários na comarca onde se processa a ação, a
complexidade da causa, o tempo despendido pelo causídico
desde o início até o término da ação, são circunstâncias que
devem ser necessariamente levadas em conta pelo juiz quando
da fixação dos honorários de advogado.”

In casu, uma vez que a condenação foi fixada no valor de R$ 1.687,50 (hum mil e
seiscentos e oitenta e sete reais e cinquenta centavos), tenho que o arbitramento da
verba honorária em até 20% (vinte por cento) afrontaria a dignidade do advogado
frente ao seu ofício, uma vez que resultaria em valor ínfimo (de R$ 168,75 a R$
337,50), violando, assim, os princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

Desse modo, vislumbro que a fixação da verba honorária deve se atentar à natureza
da demanda, ao tempo de tramitação do feito e ao trabalho desenvolvido até a
prolação da sentença. Assim sendo, o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) remunera com
justiça o advogado contemplado.

Isto posto, DESPROVEJO o presente apelo.

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NR.PROCESSO: 0230136.63.2017.8.09.0134
Intimem-se.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 08:22:21

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5639529.02.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : LUIZ PÉRICLES GARCIA PALÁCIOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIZ PÉRICLES GARCIA PALÁCIOS


ADVGS. PARTE : 46592 GO - ANDERSON FERREIRA ALVES COSTA
30357 GO - MARCOS ANTÔNIO DE MORAIS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Assistência Judiciária Gratuita Não


Concedida - Data da Movimentação 14/02/2020 15:25:10

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5603502.20.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JOSÉ BARBOSA JÚNIOR
POLO PASSIVO : JALDENIR PEREIRA LIMA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSÉ BARBOSA JÚNIOR


ADVG. PARTE : 54812 GO - CESAR GUSTAVO DOS SANTOS ALVES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5603502.20.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5603502.20.2019.8.09.0000

AGRAVANTE: JOSÉ BARBOSA JÚNIOR

AGRAVADO: JALDENIR PEREIRA LIMA

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DECISÃO

Antes de analisar o recurso, mister se faz analisar o pedido de gratuidade da justiça formulado
por JOSÉ BARBOSA JÚNIOR.

De início, deve-se ressaltar que, em todos os feitos, como regra geral, a parte tem a obrigação de
custear as despesas da tramitação processual. A exceção se dá nos casos em que a parte não
possui condições de arcar com as mencionadas despesas, casos em que o Estado prestará
assistência judiciária, concedendo o que chamamos de justiça gratuita.

A Lei 1.060/50, que disciplina a justiça gratuita, em seu artigo 4º, garante os benefícios da
assistência judiciária àqueles presumivelmente pobres, nos seguintes termos:

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NR.PROCESSO: 5603502.20.2019.8.09.0000
"Art. 4º - A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação,
na própria petição inicial".

O artigo 2º, parágrafo único, da mencionada norma, define os critérios para se averiguar a
hipossuficiência financeira:

"Art. 2º – omissis...

Parágrafo único - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação
econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários do advogado, sem
prejuízo do sustento próprio ou da família".

Analisando tais dispositivos de maneira isolada, seria possível, equivocadamente, afirmar que
para concessão do benefício da assistência judiciária basta uma simples declaração firmada pelo
interessado, atestando a insuficiência de recursos.

Todavia, é preciso estar atento para o fato de que, sobre o mesmo tema, a Constituição da
República, de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXXIV, assim estabelece:

"LXXIV - o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos".

Não há dúvidas de que deve prevalecer o texto constitucional. Primeiramente por sua
superioridade hierárquica, mas também por ter sido promulgado posteriormente à mencionada Lei
1.060/50.

Ademais disso, com a promulgação da Constituição da República, de 1988, ficou patenteado com
a redação dada ao inciso LXXIV, do artigo 5º, ao exigir a comprovação da insuficiência de
recursos por parte do interessado na obtenção dos benefícios da gratuidade judiciária, que a
novel ordem constitucional não recepcionou o artigo 4º, da Lei n. 1.060, de 05 de fevereiro de
1950, donde então ser lógico concluir da necessidade inequívoca de comprovação da carência de
recursos para prover as custas e demais despesas processuais.

Assim, para que a parte possa fazer jus ao benefício da assistência judiciária é imprescindível
que demonstre a condição de hipossuficiência financeira.

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NR.PROCESSO: 5603502.20.2019.8.09.0000
Na hipótese vertente, percebe-se pela leitura dos documentos que acompanham a petição
recursal, que o recorrente apresentou declaração de imposto de renda, conta de energia e água,
documentos estes insuficientes para comprovar sua hipossuficiência.

Confira-se o seguinte julgado deste Eg. Tribunal de Justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. HIPOSSUFICIÊNCIA


COMPROVADA. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. PROVIMENTO. I- Justiça gratuita é
benefício previsto no art. 5º, LXXIV, Constituição Federal, bem como no art. 98, caput, do
Código de Processo Civil de 2015. II- O magistrado somente poderá indeferir o benefício
perseguido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais à
sua concessão. III- Agravo provido, a fim de conceder a justiça gratuita ao recorrente. (TJGO,
AGRAVO DE INSTRUMENTO 116317-02.2016.8.09.0000, Rel. DES. BEATRIZ FIGUEIREDO
FRANCO, 3A CAMARA CIVEL, julgado em 26/04/2016, DJe 2026 de 12/05/2016)

Ante o exposto, indefiro o pedido de gratuidade da justiça e determino a intimação do recorrente


para, no prazo de 05 (cinco) dias, efetuar o preparo do recurso de apelação sob pena de
deserção.

Intimem-se.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 11/02/2020


10:39:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5694578.28.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JOSE ABDALA DA SILVA
POLO PASSIVO : DELEGADO REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO DA SEFAZ EM ITUMBIARA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSE ABDALA DA SILVA


ADVG. PARTE : 42165 GO - ALINE RODRIGUES COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5694578.28.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5694578.28.2019.8.09.0000


COMARCA DE ITUMBIARA – Vara da Fazenda Pública Estadual
AGRAVANTE: JOSÉ ABDALA SILVA
AGRAVADO: DELEGADO REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA
FAZENDA DO ESTADO DE GOIÁS EM ITUMBIARA-GO
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DESPACHO

Em observância ao artigo 101 do Código de Processo Civil, ouça-se a parte


agravante, no prazo de 10 (dez) dias, a respeito da preliminar de ilegitimidade passiva
da autoridade coatora, defendida em sede de contrarrazões (evento nº 09).

Após, remetam-se os autos novamente à Procuradoria Geral de Justiça, para


os fins de mister.

Intime-se.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5694578.28.2019.8.09.0000
F

1 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 16:21:31

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5082126.98.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CARLOS ROBERTO GOMES DE OLIVEIRA JÚNIOR
POLO PASSIVO : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRANSITO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CARLOS ROBERTO GOMES DE OLIVEIRA JÚNIOR


ADVG. PARTE : 33207 GO - DANIEL RODRIGUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5082126.98.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5082126.98.2020.8.09.0000
COMARCA DE SERRANÓPOLIS
AGRAVANTE : CARLOS ROBERTO GOMES DE OLIVEIRA JÚNIOR
AGRAVADOS : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE GOIÁS E OUTRO
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Trata-se Agravo de Instrumento interposto por CARLOS ROBERTO GOMES


DE OLIVEIRA JÚNIOR em razão de decisão proferida pelo Juiz de Direito da Vara das
Fazendas Públicas da comarca de Serranópolis, Dr. Luciano Henrique de Toledo, que,
nos autos da ação de Conhecimento com Obrigação de Fazer movida em desfavor do
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESTADO DE GOIÁS e do
MUNICÍPIO DE CHAPADÃO DO CÉU, indeferiu o requerimento do autor para “
imediata suspensão do bloqueio de sua CNH, bem como determinação de
conversão da permissão de dirigir para CNH definitiva”.

Nas razões do recurso o agravante alega que a multa que deu causa ao
cancelamento de sua CNH provisória é nula, porque não observou a
indispensabilidade da prévia notificação do condutor do veículo.

Destaca que, em respeito aos os princípios da presunção de inocência, da


legalidade, da ampla defesa e da boa-fé e do fato de estar tramitando,
administrativamente, processo que visa a anulação do auto de infração, o qual deu
causa a sanção, deve-lhe ser assegurado, por ora, ao menos o direito de dirigir.

Pelas considerações e, em especial, pelo fato de necessitar da CNH para


trabalhar, requer liminarmente a suspensão dos efeitos do auto de infração nº
A019985262 e a autorização da renovação da sua CNH. No mérito, pugna pela
convalidação das medidas e condenação dos agravados em multa diária e honorários
advocatícios.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5082126.98.2020.8.09.0000
É o relatório. Decido.

Na sistemática do Código de Processo Civil, o relator poderá atribuir efeito


suspensivo ao Agravo de Instrumento, ou deferir, em antecipação de tutela (total ou
parcialmente), a pretensão recursal (art. 1.019, inciso I).

Quanto à concessão de tutela recursal, como se sabe, esta pressupõe a


conjugação dos requisitos elencados no art. 995 da Norma Instrumental,
consubstanciados na possibilidade de resultar lesão grave, de difícil ou impossível
reparação e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.

Da análise circunstanciada dos autos, numa cognição sumária própria deste


estágio procedimental, não vislumbro a presença dos requisitos indispensáveis ao
deferimento da medida postulada, nos termos da aludida exigência legal, uma vez que
o exame da probabilidade do direito invocado demanda aprofundamento da análise
dos documentos e informações prestadas pelo recorrente.

Demais disso, segundo exposto nas razões do recurso, o agravante informou


que foi pessoalmente multado em razão da infração, situação que, a princípio, é
incapaz de sugerir algum prejuízo de defesa.

Com essas considerações, indefiro a liminar pleiteada.

Intimem-se os agravados para, querendo, apresentarem contrarrazões.

Cumpra-se.

Goiânia, documento datado e assinado digitalmente.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


LUZ Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 08:34:08

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5702528.88.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : MAURIZETE JOSE DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MAURIZETE JOSE DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES
25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 14/02/2020


16:02:47

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5407188.79.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DOUGLAS BATISTA OLIVEIRA
POLO PASSIVO : WALDIR SOARES DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DOUGLAS BATISTA OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 36691 GO - DOMINGOS BATISTA SANTIAGO FILHO
28571 GO - NILTON RAFAEL ALMEIDA DE SANT'ANA
30511 GO - LORENA ROSA DE OLIVEIRA SANT'ANA

PARTE INTIMADA : MARCOS TEIXEIRA WANDERLEY


ADVG. PARTE : 43153 GO - JONATHAN GLEIK VIEIRA

PARTE INTIMADA : WALDIR SOARES DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 34850 GO - LUIZ CESAR BARBOSA LOPES
33559 GO - JOSY WENIA ROSA DA SILVA DINAPOLIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5407188.79.2018.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5407188.79.2018.8.09.0051

EMBARGANTE: WALDIR SOARES DE OLIVEIRA

EMBARGADO: DOUGLAS BATISTA OLIVEIRA

RELATOR:JUIZ EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

2ª CÂMARA CÍVEL

DESPACHO

Intime-se a parte embargada para, querendo, apresentar contrarrazões ao recurso de embargos


de declaração oposto no evento nº 77.

Cumpra-se

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

JUIZ EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 14/02/2020 15:26:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5644750.63.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : REULLY ROBY DA ROCHA REIS
POLO PASSIVO : ESPÓLIO DE ONOFRE EVANGELISTA DA ROCHA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : REULLY ROBY DA ROCHA REIS


ADVG. PARTE : 16616 GO - ROSE MARY ROSA RODRIGUES

PARTE INTIMADA : LUIZ DONIZETE DOS REIS


ADVG. PARTE : 16616 GO - ROSE MARY ROSA RODRIGUES

PARTE INTIMADA : ESPÓLIO DE ONOFRE EVANGELISTA DA ROCHA


ADVG. PARTE : 145463 MG - GERALDO VIEIRA ROCHA JUNIOR

PARTE INTIMADA : BERNARDINA VIEIRA ROCHA


ADVG. PARTE : 18598 GO - GERALDO VIEIRA ROCHA

PARTE INTIMADA : GERALDO VIEIRA ROCHA


ADVG. PARTE : 18598 GO - GERALDO VIEIRA ROCHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5644750.63.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5644750.63.2019.8.09.0000

COMARCA DE CATALÃO

AGRAVANTES: REULLY ROBY DA ROCHA REIS E OUTRO (S)


AGRAVADOS:ESPÓLIO DE ONOFRE EVANGELISTA DA ROCHA E OUTRO(S)

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DECISÃO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por REULLY ROBY DA ROCHA REIS e


LUIZ DONIZETE DOS REIS, em face da decisão (evento nº 04 – autos originais) proferida pelo
Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Catalão, Dr. Marcus Vinícius Ayres Barreto, nos
autos da Ação de Rescisão Contratual de Arrendamento Agrícola c/c Antecipação de Tutela,
ajuizada pelo ESPÓLIO DE ONOFRE EVANGELISTA DA ROCHA E OUTRO(S), em desfavor
dos recorrentes.

Na decisão agravada, o MM. Juiz singular deferiu o pedido de tutela de urgência e determinou a
suspensão dos efeitos dos contratos firmados entre as partes, facultando aos
promoventes/agravados a exploração direta da área de que trata o arrendamento. Designou
audiência de conciliação para 9 h de 5 de dezembro/2019, a realizar no Centro Judiciário de
Solução de Conflitos e Cidadania. Determinou a expedição de mandado para a imediata
desocupação da área, se necessário, com o auxílio da força policial e, ainda, citação para
contestar em 15 (quinze) dias ao teor dos arts. 335 a 343, CPC, observada a antecedência
mínima de 20 (vinte) dias. Determinou, também, a intimação dos promoventes por seu patrono
com as advertências dos §§ 8º e 9º, art. 334.

Irresignados com a ordem deferida, contra ela se voltam os requeridos/REULLY ROBY DA


ROCHA REIS e LUIZ DONIZETE DOS REIS, conforme razões alinhadas no presente recurso
(evento n. 01).

Em suas razões recursais os recorrentes expõem que os agravados, entraram com pedido de
Rescisão de Contrato de Arrendamento Agrícola C/C Antecipação de Tutela, visando rescindir
Contrato de Arrendamento Agrícola, firmado entre as partes.

Asseguram que os agravados trouxeram aos autos, somente um cheque dado pelo primeiro
agravante em pagamento do arrendo do ano de 2018/2019, pois conforme afirmação do primeiro
agravado, os demais anos estavam devidamente quitados.

Esclarecem que o cheque apresentado no processo está na posse do Agravante Reully Roby da
Rocha Reis, cuja cópia original será por ora anexada aos autos, sendo tão somente uma Xerox a
que o Agravado juntou ao processo, uma vez que foi trocado por outro cheque que o Agravado
sequer levou no banco para cobrança, configurada a sua real intenção de tomar para si as terras
arrendadas depois delas terem sido devidamente preparadas para o plantio.

Afirmam que arrenda a propriedade, a fim de receber o recurso de caráter alimentar e de


subsistência.

Verberam que os Agravados requereram a antecipação de tutela alegando estar presentes os

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NR.PROCESSO: 5644750.63.2019.8.09.0000
requisitos da verossimilhança das alegações e de prova inequívoca com a juntada do cheque
dado em pagamento, depositado e devolvido por divergência de assinatura do primeiro
Agravante. Mas, o cheque apresentado no processo está na posse do primeiro Agravante.

Asseguram que os recorridos afirmaram que os arrendatários, ora recorrentes, se recusaram a


efetuar o pagamento do que é devido, desta forma, requereram a antecipação da tutela. E, o MM.
Juiz singular, para fundamentar sua decisão, usa o fato da desapropriação de uma pequena parte
das terras do primeiro Agravado Geraldo Vieira Rocha, onde passará o anel viário a ser
construído pela Prefeitura Municipal de Catalão, que em nada afeta a área arrendada, sendo que
não se encontra dentro da parte desapropriada.

Acentuam que o MM. Juiz singular proferiu a decisão agravada sem mapa e memorial descritivo
que demonstre a área do imóvel, sem a devida marcação da parte desapropriada.

Defendem que os Contratos realizados em terras desapropriadas restam por si rescindidos, o que
não é o caso da presente ação, promovida de forma “leviana”, aproveitando de mencionado fato
para romper um contrato vigente, legal e devidamente cumprido.

Inferem que a decisão agravada desconsiderou todos os gastos que fizeram para preparar as
terras, torná-las aptas para receber plantio.

Ponderam ser inegável a existência da probabilidade do direito e o perigo do dano, conforme


artigo 300, do NCPC, estando presentes os requisitos da tutela antecipada (artigo 1.019, I, do
CPC) para atribuir efeito suspensivo ao recurso.

Pedem, por fim, que o recurso seja provido, a fim de suspender a tutela antecipada deferida para
assegurar aos Agravantes o direito de continuarem o plantio e provar a má-fé dos Agravados.

Instruiu a peça recursal com os documentos constantes no evento nº 01.

Na decisão proferida no evento nº 05 o recurso de agravo de instrumento não foi conhecido por
inadmissível, ao entendimento de sê-lo intempestivo (artigo 932, III, do CPC). Contudo, no evento
nº 30, no exercício do juízo de retratação, com fundamento no §3º do artigo 364, do RITJ/GO e
artigo 1.021, §2º do CPC o presente recurso foi admitido, vez que demonstrada a sua
tempestividade.

Eis o relato do essencial.

Decido.

Como visto, o recurso em testilha fora protocolizado sob a égide do novo CPC/2015 e encontra
previsão no parágrafo único do artigo 1.015 do novo Código de Processo Civil.

Verifica-se que o presente recurso foi interposto em ataque à decisão prolatada pelo MM. Juiz de
Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Catalão/GO, Dr. Marcus Vinícius Ayres Barreto, nos
autos da Ação de Rescisão de Contrato de Arrendamento Agrícola c/c Antecipação de Tutela,
ajuizada por GERALDO VIEIRA ROCHA e outra, em face dos recorrentes, a qual deferiu o pedido
de tutela de urgência para determinar a suspensão dos efeitos do contrato (arrendamento rural)
firmado entre as partes, facultado aos promoventes/agravados a exploração direta da área
arrendada.

Outrossim, estabelece o artigo 1.019, inciso I, do citado Códex Instrumental que o relator “poderá
atribuir efeito suspensivo ao recurso”, caso vislumbre que a decisão interlocutória impugnada
tenha potencialidade de causar imediato gravame de difícil ou impossível reparação, de tal sorte

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NR.PROCESSO: 5644750.63.2019.8.09.0000
que não se possa esperar que a pretensão recursal seja exercida e examinada em momento
posterior.

Sob esse prisma, o deferimento do efeito suspensivo fica condicionado ao preenchimento dos
requisitos arrolados no artigo 995, parágrafo único, do Código de Processo Civil:

“Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão
judicial em sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se
da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.

Sobre o tema, transcrevo ensinamento doutrinário do ilustre processualista Humberto Theodoro


Júnior, in verbis:

(…) O relator poderá, ainda, deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal (art. 1.019, I). Para tanto, deverão estar presentes os mesmos requisitos para a
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora. Com
efeito, não se pode negar ao relator o poder de também conceder medida liminar positiva, quando
a decisão agravada for denegatória de providência urgente e de resultados gravemente danosos
para o agravante. No caso de denegação, pela decisão recorrida, de medida provisória cautelar
ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do ato impugnado.

Caberá, portanto, ao relator tomar a providência pleiteada pela parte, para que se dê o inadiável
afastamento do risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do julgamento do agravo. É
bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela instituído pelo art. 300 não é privativo do juiz
de primeiro grau e pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer grau de
jurisdição. No caso do agravo, esse poder está expressamente. previsto ao relator no art. 1.019, I.
Se for deferido o efeito suspensivo ou concedida a antecipação de tutela, o relator ordenará a
imediata comunicação ao juiz da causa, para que, de fato, se suste o cumprimento da decisão
interlocutória (art. 1.019, I, in fine). (…). (in, Curso de Direito Processual Civil, Volume III, 47ª
Edição).

In casu, os recorrentes, pretendem a tutela recursal para suspender a decisão proferida pelo MM.
Juiz singular, que deferiu a tutela antecipada e assegurou aos agravados o direito de explorarem
a área de que trata o arrendamento.

Em sede de cognição sumária dos fatos e, principalmente, da documentação acostada (evento n.


01), não vislumbro a presença dos pressupostos ensejadores da medida pleiteada, mostrando-se
temerária a concessão do pedido de efeito suspensivo pretendido, vez que os recorrentes estão
inadimplentes com o contrato de arrendamento rural. Ou seja, não realizaram o pagamento da
safra verão 2018/2019 com vencimento estabelecido para abril/2019 e, ainda, conforme
demonstrado na decisão agravada e documentos, parte do imóvel arrendado foi objeto de
desapropriação pelo Município de Catalão.

Écerto que resta autorizada a rescisão contratual (contrato agrícola), nos termos dos artigos 26,
inciso IV, e 27 do Decreto n. 59.566/66, a inadimplência de uma das partes, bem como a
desapropriação.

Diante disso, relativamente à plausibilidade do direito invocado, não a reconheço como


inconteste, a ponto de atribuir o efeito suspensivo ao recurso, pretendido pelos agravantes que,
reputo temerária, pois, em princípio, o decisum não está eivado de qualquer ilegalidade ou
teratologia, impondo-se a preservação do livre convencimento do magistrado singular.

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NR.PROCESSO: 5644750.63.2019.8.09.0000
Ademais, entendo por bem aguardar a instrução do feito para melhor convencimento do Juízo,
considerando que a medida é precária, podendo ser revertida a qualquer momento.

Neste contexto, indefiro o pedido de efeito suspensivo perseguido.

Dê-se ciência acerca desta decisão ao Juiz de Direito dirigente do feito originário (art. 1.019,
inciso I, do CPC/2015)

Intime-se a parte agravada para responder ao recurso no prazo legal, facultando-lhe juntar a
documentação que entender necessária ao julgamento do presente meio impugnativo, nos termos
do inciso II do art. 1.019 do CPC/15.

Intimem-se.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 14/02/2020 16:02:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5616700.27.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO S/A
POLO PASSIVO : SS HOTEIS EIRELI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO S/A


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

PARTE INTIMADA : SS HOTEIS EIRELI


ADVG. PARTE : 13608 GO - LUIZ ANTONIO PEREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5616700.27.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5616700.27.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

2a CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE: CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. – CELG D

AGRAVADO: SS HOTEIS EIRELI

RELATOR: Dr. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES – Juiz de Direito Substituto em 2o


grau

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por


CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. – CELG D contra decisão proferida pelo MM. Juiz de Direito da 15ª
Vara Cível e Ambiental da Comarca de Goiânia, Dr. Cláuber Costa Abreu, no evento 15 dos autos
da Ação Anulatória de Débito de Energia Elétrica com Pedido de Tutela de Urgência n°
5493568.71.2019.8.09.0051, movida por SS HOTEIS EIRELI.

Em suma, o agravado/autor, nos autos de origem, informa que em 22/04/2019 foi


realizada pela agravante/ré uma inspeção técnica em sua unidade consumidora, onde foram
encontrados supostos indícios de procedimento irregular na medição de energia elétrica. Desta
feita, foi instaurado processo administrativo (Termo de Ocorrência e Inspeção – TOI n°
2019/517137-8), sendo apurado um débito de R$ 263.292,17, relativo às diferença de leitura do
período compreendido entre 04/05/2018 e 26/12/2018.

A decisão agravada foi proferida nos seguintes termos:

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NR.PROCESSO: 5616700.27.2019.8.09.0000
“Ante o exposto, DEFIRO o pedido de liminar formulado pela parte autora, a fim de
determinar a imediata suspensão/abstenção do corte de fornecimento de energia
elétrica ao autor, bem como proibir a inscrição do nome dele nos serviços de
proteção ao crédito, enquanto a questão esteja sendo discutida judicialmente, sob
pena de multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), limitada ao décuplo
do valor dado à causa.”

Em suas razões, a agravante defende a legalidade da cobrança, uma vez que tanto a
inspeção técnica quanto o processo administrativo estão em consonância com o disposto na
Resolução n° 414/2010 da ANEEL.

Ao final, requer a concessão de efeito suspensivo ao agravo, e, no mérito, pugna pela


revogação da decisão singular de 1o grau.

Preparo visto no evento 1 – arquivo 7.

É o necessário relatório. Passo a decidir.

Acerca do efeito suspensivo dos recursos, o Código de Processo Civil, no seu art. 995,
assim dispõe:

Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em
sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se
da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação
, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. (grifei)

Já o art. 1.019, inciso I, do CPC, autoriza o relator a atribuir efeito suspensivo ao


recurso interposto, nos seguintes termos:

Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso
de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou


parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5616700.27.2019.8.09.0000
Desse modo, para a concessão de efeito suspensivo, necessário se faz a presença de
elementos que evidenciem a probabilidade de provimento do recurso (fumus boni iuris) e o
risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação à parte adversa (periculum in mora).

No caso em apreço, em cognição sumária, própria do estágio em que se encontra o


feito, não vislumbro a presença dos pressupostos autorizadores da medida liminar.

A probabilidade de provimento recursal não está evidente, uma vez que, de acordo com
o entendimento jurisprudencial do Colendo STJ e deste TJGO, não é possível a suspensão do
fornecimento de energia em decorrência de cobrança de débitos pretéritos, como é o caso em
debate.

Por outro lado, não detecto risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação a
manutenção da proibição do corte no fornecimento de energia, pois, diante do porte econômico
da agravante, a medida não tem capacidade de lhe causar prejuízo, principalmente porque, caso
seja procedente a cobrança no processo principal, poderá a concessionária recorrente buscar seu
crédito pelas vias ordinárias.

Nesse contexto, indefiro o efeito suspensivo pleiteado, mantendo, por ora, a decisão
objurgada.

Intime-se o agravado para, querendo, apresentar as contrarrazões, no prazo de 15


(quinze) dias, conforme art. 1.019, inciso II, do CPC.

Cumpra-se.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

– Juiz de Direito Substituto em 2o grau –

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 08:45:58

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5698161.21.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : OTONIEL RODRIGUES DE SOUZA FILHO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : OTONIEL RODRIGUES DE SOUZA FILHO


ADVGS. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES
25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


14/02/2020 16:02:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5133856.97.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ZFDM
POLO PASSIVO : BPS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : ZFDM


ADVG. PARTE : 46349 GO - RODOLPHO LUCRECIO ELIAS ROSSI

PARTE INTIMADA : BPS


ADVG. PARTE : 30436 GO - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


14/02/2020 16:02:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0409058.89.2014.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária ( L.E. )
POLO ATIVO : BANCO GMAC S/A
POLO PASSIVO : EDINALDA SILVA DO NASCIMENTO ANDRE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDINALDA SILVA DO NASCIMENTO ANDRE


ADVG. PARTE : 30669 GO - JOSSERRAND MASSIMO VOLPON

PARTE INTIMADA : BANCO GMAC S/A


ADVGS. PARTE : 36858 GO - LUIS EDUARDO SALES FERNANDES
40717 GO - CARLOS AUGUSTO MONTEZUMA FIRMINO
40716 GO - BENITO CID CONDE NETO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0409058.89.2014.8.09.0051

APELANTE EDINALDA SILVA DO NASCIMENTO ANDRÉ

APELADO BANCO GMAC S/A

COMARCA GOIANÉSIA

RELATOR DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

CÂMARA 2ª CÍVEL

Apelação cível. AÇÃO de busca e apreensão.


Reconvenção. Pleito de Revisão DE
CLÁUSULAS CONTRATUAIS. JUROS
REMUNERATÓRIOS. ABUSIVIDADE NÃO
CONFIGURADA. CAPITALIZAÇÃO MENSAL
DOS JUROS. PREVISÃO CONTRATUAL.
POSSIBILIDADE. Comissão de permanência.
Cobrança e pactuação ausentes.
HONORÁRIOS RECURSAIS. MAJORAÇÃO.
APELO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO, NOS
MOLDES DO ARTIGO 932, inciso IV, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
Trata-se de apelação cível interposta por EDINALDA SILVA DO NASCIMENTO
ANDRÉ, qualificada e representada nos autos, contra a sentença contida no evento nº 21, da
lavra do excelentíssimo Juiz de Direito da 15ª Vara Cível e Ambiental da comarca de Goiânia/GO,
Dr. Lionardo José de Oliveira, figurando como apelado o BANCO GMAC S/A, igualmente
individualizado no processo.

Ação (evento nº 03, p. 02/24): cuida-se de ação de busca e apreensão de veículo


alienado fiduciariamente proposta pelo BANCO GMAC S/A em face de EDINALDA SILVA DO
NASCIMENTO ANDRÉ, em razão de seu inadimplemento contratual.

Citada, a ré apresentou comprovante de pagamento das parcelas vencidas, bem como


reconvenção, postulando pela manutenção na posse do veículo, bem como pela revisão de
cláusulas tidas como abusivas no contrato de financiamento entabulado pelas partes (evento 3,
arquivos 9 e 24).

Sentença (evento 21): Após a efetivação do contraditório com apresentação de


contestação e impugnação, diante da ausência de pleito de produção de provas, o magistrado
singular julgou procedente a ação de busca e apreensão e improcedente a reconvenção, nos
seguintes termos, ipsis verbis:

(…). Dessa forma, demonstradas as circunstâncias que habilitam o credor a retomada do bem
alienado fiduciariamente, impõe-se a procedência do pedido.

Quanto aos pedidos constantes da reconvenção, o debate envolve a capitalização de juros, o


percentual dos juros remuneratórios pactuados, e cobrança cumulada da comissão de permanência e
outros encargos moratórios.

Os pontos destacados pelo reconvinte já se encontram pacificados pela jurisprudência. Assim, basta o
confronto entre o que consta do contrato e o entendimento firmado pelos Tribunais para se chegar à
resolução da controvérsia posta em juízo.

Vale destacar que no contrato celebrado entre as partes em 25/01/2012 (fls.10/15), resultou
convencionada incidência de juros remuneratórios de 1,54% a.m. e 20,1285% a.a.

Tais percentuais não se mostram abusivos, de modo que resulta incabível a redução. Até porque foi
estipula em percentual menor que a taxa média de mercado que na época da contratação era prevista
em taxa anual de 26,8% (informação obtida por pesquisa no site oficial do Banco Central do Brasil
–http://www.bcb.gov.br/ftp/depec/NITJ201112.xls).

Já capitalização dos juros remuneratórios em periodicidade inferior a um ano é admitida nos contratos
bancários firmados após 31/03/2000, data da publicação da Medida Provisória nº 1.963-17, desde que
pactuada de forma expressa (Súmula 539 do STF). Não bastasse, o enunciado 541 da Súmula do
STJ considera suficiente para a cobrança dos juros no percentual ajustado se os juros anuais forem
superiores aos mensais multiplicados por doze vezes.

Como se vê do contrato firmado entre as partes os juros remuneratórios anuais são mais elevados
que os mensais multiplicados por 12 vezes, o que torna permitida a capitalização mensal no item 4.9
(fls. 10).

Quanto à cobrança cumulada da comissão de permanência com outros encargos moratórios no


período de inadimplência, carece a reconvinte de interesse processual, pois não há previsão
contratual para a cobrança de comissão de permanência.

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NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
Desse modo, a reconvenção não merece procedência. De conseguinte, ficam prejudicados os
pedidos liminares, pois nenhum direito para a ré/reconvinte. Sem prejuízo

Ante o exposto,

1. JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na petição inicial, com resolução do mérito (art. 487, I,
do CPC), DECLARO a rescisão contratual para qual poderá aliená-lo extrajudicialmente.

Efetivada a venda, o requerente deverá, no prazo de 05 (cinco) dias, prestar contas detalhadas,
relativamente ao valor do contrato, parcelas quitadas, parcelas inadimplidas, saldo devedor, se existir,
e valor da venda, sob as penas da lei.

Confirmados os efeitos da liminar.

2. JULGO IMPROCEDENTE A RECONVENÇÃO, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de


Processo Civil.

Condeno a reconvinte ao pagamento das custas processuais, se houver, bem como os honorários
advocatícios que fixo em 10% sobre o valor atualizado da reconvenção, nos termos do artigo 85, §2º,
do Novo Código de Processo Civil. A exigibilidade do crédito, no entanto, ficará suspensa conforme
dispõe o artigo 98, § 3º do mesmo diploma processual.

Após o trânsito em julgado, que deverá ser certificado, e não havendo cumprimento espontâneo da
obrigação de pagar quantia certa, intime-se a parte autora para, no prazo de trinta (30) dias, caso
queira, proceder-se conforme preceitua o artigo 523 do NCPC. Em caso de inércia o processo será
arquivado.

Publicada e registrada eletronicamente.

Intimem-se. (…).

Apelação (evento nº 24): irresignada, a apelante maneja o presente recurso,


sustentando o pagamento da integralidade da dívida, no valor que entende devido, e assevera a
possibilidade permanecer na posse do bem em razão descaracterização da mora.

Narra que os juros remuneratórios devem ser limitados ao patamar de 12% (doze por
cento) ao ano, além do que defende a ilegalidade da capitalização mensal desse encargo, bem
como pugna pela exclusão da comissão de permanência.

Ao final, propugna pelo conhecimento e provimento da insurgência recursal, com o fito


de reformar o édito sentencial combatido e determinada a restituição do bem ou sua conversão
em perdas e danos. Eventualmente, requer pela amortização do saldo devedor e autorizada a
purgação da mora na integralidade da dívida, possibilitando a restituição do veículo.

Preparo: dispensado, por ser a recorrente beneficiária da justiça gratuita.

Contrarrazões: o apelado apresentou resposta ao brado recursal no evento 27,


pugnando pelo seu improvimento.

É o relatório. Decido.

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Inicialmente, verifica-se que é perfeitamente admissível, no caso sub examine, o


julgamento monocrático do recurso, nos termos do artigo 932, inciso IV, do Código de Processo

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NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
Civil, visto que as matérias ora questionadas já se encontram com súmula e/ou entendimento
firmado em demanda repetitiva dos Tribunais Superiores.

Insurge-se EDINALDA SILVA DO NASCIMENTO ANDRÉ contra a sentença contida no


evento n° 21, que julgou procedente a ação de busca e apreensão, confirmando a tutela
antecipada concedida e improcedente o pleito revisional, em razão da ausência de abusividade
nas cláusulas contratuais.

Adianto, desde logo, que o inconformismo da apelante não merece acolhida, consoante
as razões que passo a expor.

Passo a apreciar, em tópicos, as insurgências recursais da apelante.

1. Da restituição do veículo objeto do contrato

Ora, com a redação conferida pela Lei federal nº 10.931, de 02 de agosto de 2004, ao §
2º do artigo 3º do Decreto-lei federal nº 911, de 1º de outubro de 1969, o legislador impôs, como
condição para que o bem seja restituído ao devedor, o pagamento integral da dívida, verba legis:

Art. 3º. O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada a


mora, na forma estabelecida pelo § 2º do art. 2º, ou o inadimplemento,
requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado
fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada
em plantão judiciário.

§ 1o Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput, consolidar-


se-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio do
credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando for o caso,
expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou
de terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária.
(Redação dada pela Lei 10.931, de 2004)

§ 2º. No prazo do § 1º, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da


dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na
inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do ônus.

Assim, à luz do advento da Lei federal nº 10.931/2004, não há, hodiernamente, que se
falar em purgação da mora, mas, tão somente, em pagamento integral do débito como forma de
elidir a consolidação da propriedade e posse do veículo no patrimônio do credor. É esta a
jurisprudência consolidada do colendo Superior Tribunal de Justiça e deste egrégio Sodalício
acerca do tema, senão veja-se, verbi gratia:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO


ESPECIAL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. DECRETO-LEI N.

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NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
911/1969. ALTERAÇÃO INTRODUZIDA PELA LEI N. 10.931/2004.
PURGAÇÃO DA MORA. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE
PAGAMENTO DO TOTAL DA DÍVIDA (PARCELAS VENCIDAS E
VINCENDAS). TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL.
DESCABIMENTO. DECISÃO MANTIDA. 1. “Nos contratos firmados na
vigência da Lei n. 10.931/2004, compete ao devedor, no prazo de 5 (cinco)
dias após a execução da liminar na ação de busca e apreensão, pagar a
integralidade da dívida – entendida esta como os valores apresentados e
comprovados pelo credor na inicial –, sob pena de consolidação da
propriedade do bem móvel objeto de alienação fiduciária” (REsp n.
1.418.593/MS, Relator Ministro Luis Felipe Salomão, Segunda Seção,
julgado em 14/5/2014, DJe 27/5/2014.). Precedente representativo da
controvérsia (art. 543-C do CPC). 2. A Segunda Seção do STJ, no
julgamento do REsp n. 1.622.555/MG, firmou o entendimento de que não se
aplica a teoria do adimplemento substancial para a alienação fiduciária
regida pelo Decreto-Lei n. 911/1969.(REsp 1622555/MG, Relator para o
Acórdão Ministro Marco Aurélio Bellizze, DJe 16/3/2017). 3. Agravo interno a
que se nega provimento. (STJ, AgInt no REsp 1698348/DF, Rel. Ministro
Antônio Carlos Ferreira, 4ª Turma, julgado em 01/03/2018, DJe 14/03/2018,
g.)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. BUSCA


E APREENSÃO. CONSTITUIÇÃO EM MORA DO DEVEDOR.
NOTIFICAÇÃO. RECEBIMENTO. SÚMULA Nº 83/STJ. PURGAÇÃO DA
MORA. IMPOSSIBILIDADE. INTEGRALIDADE DA DÍVIDA. NECESSIDADE
DE PAGAMENTO. EXECUÇÃO DA LIMINAR. PRAZO. AÇÃO DE BUSCA E
APREENSÃO E REVISIONAL DE CONTRATO. CONEXÃO.
INEXISTÊNCIA. 1. É válida a notificação extrajudicial, para a constituição
em mora do devedor, desde que recebida no endereço de seu domicílio por
via postal e com aviso de recebimento. 2. Compete ao devedor, no prazo de
5 (cinco) dias após a execução da liminar na ação de busca e apreensão,
pagar a integralidade da dívida. 3. A discussão das cláusulas contratuais na
ação revisional não acarreta o sobrestamento da ação de busca e
apreensão, 4. Agravo regimental não provido. (STJ, AgRg no AREsp
747.570/MS, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, julgado em
27/09/2016, DJe 30/09/2016, g.)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. AUSÊNCIA DO


PAGAMENTO DA INTEGRALIDADE DA DÍVIDA. POSSE E
PROPRIEDADE DEFINITIVA DO BEM NAS MÃOS DO CREDOR.
MANUTENÇÃO DO VALOR DA CAUSA. 1. (…). 2. Irrelevante as alegações
quanto ao adimplemento parcial do débito, uma vez que nos termos do § 2º
do art. 3º do Decreto-lei nº 911/69 faz-se necessário o pagamento da
integralidade da dívida pendente (parcelas vencidas e vincendas), segundo
os cálculos que devem ser apresentados pelo credor fiduciário na inicial (o
que foi cumprido no caso dos autos). 3. APELAÇÃO CONHECIDA E
DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA. (TJGO, APELAÇÃO 0111709-
34.2017.8.09.0029, Rel. NORIVAL SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, julgado em
29/11/2019, DJe de 29/11/2019, g.)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONSTITUIÇÃO


EM MORA DO DEVEDOR COMPROVADA. AUSÊNCIA DO PAGAMENTO

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NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
DA INTEGRALIDADE DO DÉBITO. POSSE E PROPRIEDADE DEFINITIVA
DO BEM NAS MÃOS DO CREDOR. 1. Incumbe ao devedor, no prazo de 05
(cinco) dias, contados do cumprimento da busca e apreensão, purgar a
mora depositando a integralidade da dívida, segundo os valores
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe
será restituído livre de ônus. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJGO, Apelação (CPC) 5184016-26.2017.8.09.0149, Rel.
JEOVÁ SARDINHA DE MORAES, 6ª Câmara Cível, julgado em 20/11/2019,
DJe de 20/11/2019, g.)

Outrossim, os Tribunais Superiores já reconheceram a constitucionalidade do Decreto-


lei federal nº 911, de 1º de outubro de 1969 e suas ulteriores modificações pela Lei federal nº
10.931 de 02 de agosto de 2004, motivo pelo qual não poderia o magistrado a quo deixar de
aplicar o diploma legal em sua integralidade, pois se encontra em plena vigência, não merecendo
a irresignação da apelante guarida.

2. Dos Juros Remuneratórios

Após a Emenda Constitucional nº 40, de 29 de maio de 2003 e a Súmula 648 do


excelso Supremo Tribunal Federal, firmou-se o entendimento de que o artigo 192, § 3º, da
Constituição Federal, que limitava os juros remuneratórios à 12% (doze por cento) ao ano, em
nenhum momento gerou efeito, tendo em vista que se tratava de norma de eficácia limitada,
restando sua efetividade condicionada a lei complementar que nunca foi editada.

Neste mesmo sentido e com a necessária observância obrigatória, o excelso Supremo


Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante nº 07 que possui a seguinte redação, in verbis:

Súmula Vinculante nº 07 do STF. A norma do § 3º do artigo 192 da


Constituição, revogada pela emenda Constitucional nº 40/2003, que limitava
a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à
edição de lei complementar.

À vista disso, não é possível aferir a abusividade da taxa dos juros remuneratórios
fixada em um contrato somente pelo motivo que é superior a taxa de 12% (doze por cento) ao
ano.

Confirmando esta posição, temos o enunciado da súmula nº 382 do colendo Superior


Tribunal de Justiça, ad litteram:

Súmula nº 382 do STJ. A estipulação de juros remuneratórios superiores a


12% ao ano, por si só, não indica abusividade.

Assim sendo, entendo que o édito sentencial proferido pelo juízo de primeiro grau, no
particular, também não merece censura.

3. Da capitalização de juros

No que toca à capitalização mensal dos juros remuneratórios, sabe-se que a sua
incidência é possível nos contratos celebrados após 31 de março de 2000, data da publicação da
Medida Provisória nº 1.963-17, reeditada sob o nº 2.170-36/2001, e que esteja expressamente
pactuada no instrumento da avença.

Com efeito, em 12 de maio de 2010 foram julgados pelo colendo Superior Tribunal de
Justiça dois recursos sob o rito das demandas repetitivas, pela segunda seção, ambos de

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NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
relatoria da Ministra Nancy Andrighi, REsp nº 1.112.880/PR e REsp nº 1.112.879/PR, nos quais
se assentou o entendimento de que “Nos contratos de mútuo bancário, celebrados após a edição
da MP nº 1.963-17/00 (reeditada sob o nº 2.170-36/01), admite-se a capitalização mensal de
juros, desde que expressamente pactuada”

Assim, não é necessário que os bancos incluam nos contratos cláusula com redação
que expresse o termo “capitalização de juros” para cobrar esta taxa, bastando explicitar com
clareza as taxas cobradas, o que se observa do contrato juntado ao evento nº 3, arquivo 5, p.
12/17, no item 4.9.

Logo, sem razão a apelante, visto que não há óbice, in casu, para a incidência de juros
capitalizados, porquanto expressamente pactuada. Corroborando esta linha de intelecção, as
Súmulas nos 539 e 541 do colendo Superior Tribunal de Justiça, além do posicionamento desta E.
Corte de Justiça sobre o tema, verbo pro verbo:

Súmula nº 539 do STJ. É permitida a capitalização de juros com


periodicidade inferior à anual em contratos celebrados com instituições
integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n.
1.963-17/2000, reeditada como MP n. 2.170-36/2001), desde que
expressamente pactuada.

Súmula nº 541 do STJ. A previsão no contrato bancário de taxa de juros


anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a
cobrança da taxa efetiva anual contratada.

(...). 2. O fato de as taxas de juros remuneratórios excederem o limite de


12% ao ano, por si só, não implica abusividade, impondo-se sua redução tão
somente quando comprovada sua discrepância em relação à taxa média do
mercado (REsp nº 1.061.530/RS), o que não se evidencia na espécie. 3. Ao
teor da Súmula n° 539 do STJ é permitida a capitalização de juros com
periodicidade inferior à anual em contratos celebrados com instituições
integrantes do SFN a partir de 31/3/2000, desde que expressamente
pactuada. 4. A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior
ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa
efetiva anual contratada (Súmula n° 541 do STJ).APELAÇÃO
DESPROVIDA.(TJGO, Apelação (CPC) 0074435-90.2017.8.09.0011, Rel.
CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª Câmara Cível, julgado em 04/02/2020,
DJe de 04/02/2020)

(…). 8. A capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir


pactuada de forma expressa e clara. A previsão no contrato bancário de
taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para
permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada. No caso, não restou
comprovada a abusividade na capitalização de juros contratados, nos
termos da Súmula 541 do STJ. 9. Sucumbente a Apelante, impõe-se a
majoração dos honorários fixados em seu desfavor, conforme artigo 85, §
11, do CPC. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE
PROVIDA.(TJGO, Apelação (CPC) 5484529-10.2017.8.09.0087, Rel.
MARCUS DA COSTA FERREIRA, 5ª Câmara Cível, julgado em 31/01/2020,
DJe de 31/01/2020)

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NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
Portanto, correta a sentença vergastada que reconheceu a legalidade da capitalização
dos juros, não havendo que se falar, portanto, em abusividade ou ilegalidade do contrato sub
judice.

4. Dos encargos moratórios

Quanto a incidência da comissão de permanência para o período de inadimplência, esta


é legal, contudo, desde que de forma não cumulada com juros remuneratórios, correção
monetária, juros de mora e multa, conforme orientação já consolidada do Superior Tribunal de
Justiça, nos termos das Súmulas nos 294, 296 e 472, verbum pro verbo:

Súmula nº 294 do STJ: Não é potestativa a cláusula contratual que prevê a


comissão de permanência, calculada pela taxa média de mercado apurada
pelo Banco Central do Brasil, limitada à taxa do contrato.

Súmula nº 296 do STJ: Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a


comissão de permanência, são devidos no período de inadimplência, à taxa
média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil, limitada ao
percentual contratado.

Súmula nº 472 do STJ: A cobrança de comissão de permanência - cujo valor


não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios
previstos no contrato - exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios,
moratórios e da multa contratual.

Para a incidência da comissão de permanência, se posiciona esta egrégia Corte de


Justiça no sentido de ser necessária a sua pactuação, senão veja-se, verbo ad verbum:

(…). IV - Em relação a comissão de permanência, apesar de ser permitida


sua pactuação sem cumulação com outros encargos de mora, certo é que,
de uma leitura do instrumento contratual firmado entre as partes, não se
pode perceber a contratação do aludido encargo, o que afasta a
possibilidade de revisão nos termos propostos; (…). APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. (TJGO, Apelação (CPC)
5175114-87.2017.8.09.0051, Rel. LEOBINO VALENTE CHAVES, 2ª
Câmara Cível, julgado em 05/12/2019, DJe de 05/12/2019)

(…). 6. Inexistindo pactuação da comissão de permanência para o período


de anormalidade, não há que se falar na revisão, mantendo-se, em caso de
mora, exclusivamente a cobrança dos encargos contratados. (…).
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. (TJGO,
APELAÇÃO 0246389-10.2016.8.09.0087, Rel. JEOVÁ SARDINHA DE
MORAES, 6ª Câmara Cível, julgado em 16/05/2019, DJe de 16/05/2019)

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NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
(…). 4. É legal a cobrança, se pactuada, de comissão de permanência no
período de inadimplemento, calculada pela taxa média de mercado apurada
pelo Banco Central do Brasil, limitada, contudo, à soma dos encargos
remuneratórios e moratórios previstos no contrato, e desde que não
cumulados com juros remuneratórios, moratórios, correção monetária e
multa; (...). APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.
SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. (TJGO, APELACAO 0128464-
27.2015.8.09.0087, Rel. JEOVA SARDINHA DE MORAES, 6ª Câmara Cível,
julgado em 09/10/2019, DJe de 09/10/2019)

Observa-se da leitura do contrato celebrado entre as partes, constata-se que não existe
cláusula prevendo a incidência do referido encargo no período de mora (evento nº 3, arquivo 5, p.
12/17), permanecendo hígidos, portanto, os encargos moratórios previstos no instrumento
contratual.

Por fim, importante salientar que a jurisprudência tem decidido que, para o afastamento
da mora, a importar a improcedência do pedido da ação de busca e apreensão, a declaração de
nulidade na ação revisional deve recair sobre encargo previsto durante o período de normalidade
do contrato.

Dessarte, por mais que seja declarada a nulidade de um encargo moratório na ação
revisional, vale dizer, fora do período de normalidade, não se terá afastada a mora, nos termos da
orientação nº 2 do REsp nº 1.061.530/RS, abaixo reproduzido, no pertinente, ipsis litteris:

(…) ORIENTAÇÃO 2 - CONFIGURAÇÃO DA MORA a) O reconhecimento


da abusividade nos encargos exigidos no período da normalidade contratual
(juros remuneratórios e capitalização) descarateriza a mora; b) Não
descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação revisional, nem
mesmo quando o reconhecimento de abusividade incidir sobre os encargos
inerentes ao período de inadimplência contratual. (STJ, REsp 1061530/RS,
Relª. Ministra Nancy Andrighi, 2ª Seção, DJe 10/03/2009, g.)

In casu, diante da ausência de constatação de abusividade da instituição financeira


recorrida, inexistem razões para modificar qualquer cláusula contratual que estipulou os encargos
para o período de inadimplemento, de sorte que não há se falar em descaracterização da mora.

AO TEOR DO EXPOSTO, com espeque no artigo 932, inciso IV, do Código de


Processo Civil, CONHEÇO do recurso interposto e NEGO-LHE PROVIMENTO, uma vez que as
razões recursais estão em confronto com a jurisprudência dominante do colendo Superior
Tribunal de Justiça e deste egrégio Sodalício, mantendo incólume a sentença hostilizada, por
estes e seus próprios fundamentos.

Por consectário, nos termos do § 11 do artigo 85 do Código de Processo Civil, majoro a


verba honorária para 12% (doze por cento), mantendo, contudo, a suspensão de sua
exigibilidade, nos termos do artigo 98, § 3°, também do Código de Processo Civil.

Intimem-se.

Transitado em julgado, devolvam-se os autos ao juízo de origem, após baixa de minha


relatoria no sistema do Processo Digital.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0409058.89.2014.8.09.0051
Goiânia, assinado nesta data.

DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Juiz Substituto em Segundo Grau

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 14/02/2020


16:02:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5733298.64.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JUNIO CESAR GONTIJO
POLO PASSIVO : INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JUNIO CESAR GONTIJO


ADVG. PARTE : 30423 GO - ANDREA GUIZILIN LOUZADA RASCOVIT

PARTE INTIMADA : INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA


ADVG. PARTE : 34945 GO - RICARDO MIRANDA BONIFÁCIO E SOUZA

PARTE INTIMADA : JUNIO CESAR GONTIJO


ADVG. PARTE : 30423 GO - ANDREA GUIZILIN LOUZADA RASCOVIT

PARTE INTIMADA : INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA


ADVG. PARTE : 34945 GO - RICARDO MIRANDA BONIFÁCIO E SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5733298.64.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5733298.64.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

2a CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE: JÚNIO CESAR GONTIJO

AGRAVADA: INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA

RELATOR: Juiz EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

DESPACHO

o
Em atenção ao princípio da não surpresa, esculpido nos arts. 9 e 10 do CPC, intime-
se o agravante para manifestar-se sobre as preliminares aduzidas pela agravada em suas
contrarrazões do evento 10.

Cumpra-se.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5733298.64.2019.8.09.0000
Juiz EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:16:53

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5699817.13.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : MAURICIO CHAGAS DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MAURICIO CHAGAS DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES
25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:16:54

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5005406.39.2019.8.09.0093
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : FRANCISCO DE ASSIS GUIMARAES
POLO PASSIVO : BANCO J SAFRA SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FRANCISCO DE ASSIS GUIMARAES


ADVG. PARTE : 54782 GO - LUIZ FERNANDO CARDOSO RAMOS

PARTE INTIMADA : BANCO J SAFRA SA


ADVG. PARTE : 22930 GO - YANA CAVALCANTE DE SOUZA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:21:02

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0363893.69.2016.8.09.0044
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ARDS
POLO PASSIVO : YRDSS
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : ARDS


ADVGS. PARTE : 29752 GO - EDIMUNDO DA SILVA BORGES JUNIOR
44260 GO - KLAYTON RAFAEL MOREIRA DA COSTA

PARTE INTIMADA : YRDSS


ADVG. PARTE : 33313 GO - FRANCISCO CARLOS FERREIRA FILHO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:28:28

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5556264.80.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DIOGENES MOREIRA DE MELO
POLO PASSIVO : CRV CONSTRUTORA TERRA MUNDI SANTOS DUMONT SPE LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DIOGENES MOREIRA DE MELO


ADVG. PARTE : 22456 GO - HILDEVALDO JOSÉ DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : BANCO MÁXIMA S/A


ADVGS. PARTE : 55160 SP - JUNDIVAL ADALBERTO PIEROBOM SILVEIRA
300279 SP - DOUGLAS AUGUSTO CECILIA

PARTE INTIMADA : CRV CONSTRUTORA TERRA MUNDI SANTOS DUMONT SPE LTDA
ADVGS. PARTE : 19977 GO - OTÁVIO AUGUSTO CAIADO DE CASTRO ROMA
51502 GO - VICTOR DRAGALZEW JUNIOR
56243 GO - MARIANA VIEIRA DE CASTRO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 16:43:36

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5630520.16.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : EDINILSO JOSE MACIEL
POLO PASSIVO : BANCO HYUNDAI CAPITAL BRASIL - AYMORE - SANTANDER
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : EDINILSO JOSE MACIEL


ADVG. PARTE : 21869 GO - FLÁVIO FONSECA DE AGUIAR

PARTE INTIMADA : BANCO HYUNDAI CAPITAL BRASIL - AYMORE - SANTANDER


ADVG. PARTE : 115665 SP - MARCO ANTONIO CRESPO BARBOSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5630520.16.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5630520.16.2019.8.09.0000

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE : EDINILSO JOSE MACIEL

AGRAVADA : BANCO HYUNDAI CAPITAL BRASIL - AYMORE - SANTANDER

RELATOR : Dr. Eudélcio Machado Fagundes - Juiz Substituto em Segundo Grau

DECISÃO LIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento interposto por EDINILSO JOSE MACIEL,


devidamente qualificado nos autos, contra a decisão interlocutória reproduzida no evento nº 05,
dos autos originários, proferida pelo excelentíssimo Juiz de Direito da comarca de
Firminópolis/GO, Dr. Eduardo Cardoso Gerhardt, figurando como agravada a sociedade
empresária BANCO HYUNDAI CAPITAL BRASIL - AYMORE – SANTANDER, igualmente
individualizada no feito.

Ação (evento nº 01 dos autos originários): o requerente BANCO HYUNDAI CAPITAL


BRASIL S/A, ajuizou Ação de Busca e Apreensão em desfavor de EDINILSO JOSÉ MACIEL,
embasado em Contrato de Financiamento com garantia de alienação fiduciária do bem descrito
na exordial, tendo em vista o inadimplemento do(a) devedor(a) no cumprimento das obrigações
contraídas. Com a inicial, vieram o Contrato de Financiamento com Alienação Fiduciária e
comprovante de notificação extrajudicial, para efeitos de constituição de mora do devedor.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5630520.16.2019.8.09.0000
Postulou a concessão de liminar para apreender o bem, requerendo, ao final, a
consolidação da propriedade em seu favor.

Decisão agravada (evento nº 05 dos autos originários): o magistrado a quo deferiu a


medida liminar vindicada na exordial, ordenando a expedição de mandado de busca e apreensão
do veículo.

Agravo de instrumento (evento nº 01 dos autos recursais): inconformado, a parte


agravante interpôs o presente recurso, alegando, inicialmente, a conexão com a ação revisional
por ele ajuizada (processo nº 5476121.70.2019.8.09.0051)

Aduz que prosseguindo a ação de Busca e Apreensão na comarca de Firminópolis/GO


é desacertada pois possibilitará o nascimento de decisões conflitantes originadas de dois juízes
de mesma hierarquia jurisdicional, fato este que poderá trazer grande insegurança jurídica.

Pugna, por fim, pela antecipação dos efeitos da tutela recursal ao recurso e, no mérito,
pelo seu provimento.

Preparo: devidamente realizado.

É o relatório. Decido.

Em juízo provisório de prelibação, verifico que os requisitos de admissibilidade do


recurso estão presentes, motivo por que dele conheço.

Inicialmente, convém ressaltar que, em sede liminar, deve ser feita uma análise sumária
da questão e, por isso, as ponderações feitas pela parte agravante só serão analisadas quando
do julgamento do mérito do presente recurso.

A concessão do efeito suspensivo ou a antecipação dos efeitos da tutela recursal, no


entanto, é possível, no curso do agravo de instrumento, em razão da previsão contida no artigo
932, inciso II, combinado com o artigo 1.019, inciso I, ambos do Código de Processo Civil de
2015, verba legis:

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5630520.16.2019.8.09.0000
Art. 932. Incumbe ao relator:

(…)

II. apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência
originária do tribunal;

(…)

Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não


for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I. poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou


parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

Nesta senda, o deferimento do efeito suspensivo ou a antecipação dos efeitos da tutela recursal
fica condicionado ao preenchimento dos requisitos arrolados no artigo 995, parágrafo único, do
Código de Processo Civil de 2015, ad litteram:

Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão
judicial em sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil
ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do
recurso.

Forte nesse arcabouço técnico, verifica-se que o agravante não logrou demonstrar a
probabilidade do direito invocado, pois a decisão atacada, em análise preambular, se coaduna
com o posicionamento assentado pelo colendo Superior Tribunal de Justiça e por esta egrégia
Corte estadual, que, há muito, admitem o adimplemento parcial do débito, por meio da
consignação em pagamento do montante incontroverso, sem, contudo, elidir os efeitos da mora.

Outrossim, sem a elisão dos efeitos da mora, não há que se determinar a sua
manutenção na posse do bem, uma vez que tal medida está condicionada ao depósito das
parcelas devidas na forma pactuada, a qual, frisa-se, não restou claramente evidenciada nos
autos.

Portanto, não preenchidos concomitantemente os requisitos elencados no artigo 995,


parágrafo único, do Estatuto Processual Civil de 2015, resta impositivo o indeferimento do pedido
liminar.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5630520.16.2019.8.09.0000
AO TEOR DO EXPOSTO, INDEFIRO o efeito suspensivo ao agravo de instrumento,
pelas razões já alinhavadas.

Dê-se ciência desta decisão ao juízo a quo, prolator do decisum recorrido, na forma do
inciso I do artigo 1.019 do Código de Processo Civil de 2015.

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta no prazo legal,


facultando-lhe a apresentação da documentação que entender necessária ao julgamento
do recurso.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

Dr. Eudélcio Machado Fagundes - Juiz Substituto em Segundo Grau

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:33:14

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5500322.93.2017.8.09.0117
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ANTONIO CESAR VILELA
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO CESAR VILELA


ADVGS. PARTE : 21147 GO - RENATA SILVEIRA PACHECO
37449 GO - CLEBER GONÇALVES DE MORAES

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S/A


ADVGS. PARTE : 40823 GO - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA
30261 GO - SERVIO TULIO DE BARCELOS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Assistência Judiciária Gratuita Não


Concedida - Data da Movimentação 14/02/2020 17:21:25

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5504198.75.2018.8.09.0067
CLASSE PROCESSUAL : Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária ( L.E. )
POLO ATIVO : AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A
POLO PASSIVO : ANDREY VINICIUS ROSA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANDREY VINICIUS ROSA SILVA


ADVGS. PARTE : 18777 GO - RAQUEL RIBEIRO DE MEDEIROS BALDINI
24580 GO - RUI FERREIRA BARBOSA JÚNIOR

PARTE INTIMADA : AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A


ADVGS. PARTE : 223768 SP - JULIANA FALCI MENDES FERNANDES
43238 GO - FERNANDO FERRARI VIEIRA
232751 SP - ARIOSMAR NERIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5504198.75.2018.8.09.0067
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5504198.75.2018.8.09.0067
COMARCA DE GOIATUBA
APELANTE: ANDREY VINÍCIUS ROSA SILVA
APELADA: AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Inconformado com a sentença proferida pelo Juiz de Direito em substituição na 1ª Vara


Cível, Família, Sucessões e Infância e da Juventude da comarca de Goiatuba, Dr.
Marcus Vinícius Alves de Oliveira, o recorrente interpôs recurso de Apelação Cível
tendo, na peça recursal, solicitado os benefícios da assistência judiciária gratuita.
Neste Juízo, entendendo que os documentos juntados aos autos mostraram-se
insuficientes para a comprovação da hipossuficiência econômica do apelante, foi
determinada a juntada de outros elementos de prova, conforme visto no Despacho
constante no evento nº 68.
Apesar de devidamente intimado, o recorrente quedou-se inerte (evento nº 71);
portanto, indefiro a benesse processual.
Desta forma, intime-se o apelante para que proceda ao recolhimento do preparo, em
05 (cinco) dias, sob pena de deserção.

Cumpra-se.

Goiânia, assinado digitalmente.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5504198.75.2018.8.09.0067
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
LLA Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/02/2020


16:40:44

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5634962.61.2019.8.09.0085
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : ADELAIDE PIRES
POLO PASSIVO : SECRETARIO MUNICIPAL DE SAUDE DE ITAPURANGA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ADELAIDE PIRES


ADVG. PARTE : 57170 GO - GRACIELA PARREIRA COSTA REZENDE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5634962.61.2019.8.09.0085
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5634962.61.2019.8.09.0085

2ª CÂMARA CÍVEL

IMPETRANTE: ADELAIDE PIRES

IMPETRADO: SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS

RELATOR:EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES – Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

DESPACHO

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por ADELAIDE PIRES em desfavor do


SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS, com o objetivo de que a autoridade coatora
seja compelida a custear e realizar o procedimento cirúrgico oftalmológico.

Da análise dos autos observa-se que a impetrante deixou de coligir aos autos
documentos que demonstrem a recusa do Estado de Goiás em realizar o procedimento postulado
na prefacial.

Sendo assim, nos termos da Súmula nº 62, do TJGO, intime-se a impetrante para juntar
aos autos documentos que demonstrem o ato coator, no prazo de 15 (quinze) dias.

Intime-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5634962.61.2019.8.09.0085
Eudélcio Machado Fagundes

Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 16:21:32

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5039468.59.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : SLAS
POLO PASSIVO : SEAGEG
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : DPIIAD


ADVG. PARTE : 43743 DF - RAIKO AUGUSTO TEIXEIRA DE BRITO

PARTE INTIMADA : SLAS


ADVG. PARTE : 41263 GO - LUCIANO RODRIGUES DOS SANTOS

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 14/02/2020


17:22:04

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5070911.28.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES DE SOJA DE GOIATUBA
POLO PASSIVO : ESPÓLIO DE MARIA MACHADO FERREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES DE SOJA DE GOIATUBA


ADVG. PARTE : 14079 GO - ODILARDO COSTA ARAUJO FILHO

PARTE INTIMADA : ESPÓLIO DE MARIA MACHADO FERREIRA


ADVG. PARTE : 32461 GO - AGENOR BORGES DE CASTRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5070911.28.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5070911.28.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIATUBA
AGRAVANTE: COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES DE SOJA DE
GOIATUBA
AGRAVADO: ESPÓLIO DE MARIA MACHADO FERREIRA
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES DE SOJA DE GOIATUBA


inconformada com a decisão que não reconheceu a nulidade de citação por ela
arguida, interpõe Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo, tendo na
peça recursal sido solicitado os benefícios da assistência judiciária gratuita, sem,
contudo, comprovar a efetiva hipossuficiência financeira a ensejar a necessidade da
benesse.

A ser assim, intime-se a agravante para, no prazo de 05 (cinco) dias, anexar aos autos
documentos hábeis à comprovação da necessidade do benefício perseguido, sob pena
de indeferimento.

Cumpra-se.

Goiânia, documento assinado nesta data.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5070911.28.2020.8.09.0000
LVD

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/02/2020


12:13:14

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5658288.14.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CHEVERNY EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA
POLO PASSIVO : FLAVIO CZORNEI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CHEVERNY EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA


ADVG. PARTE : 12577 GO - VALFRIDO JOSÃ SOUSA DA SILVEIRA

PARTE INTIMADA : FLAVIO CZORNEI


ADVG. PARTE : 24631 DF - FLAVIO CZORNEI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5658288.14.2019.8.09.0000
(Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira)

DESPACHO

Intime-se o agravado para oferecimento voluntário de contrarrazões ao agravo interno interposto


no ev. 20. Prazo: 15 (quinze) dias úteis.

Cumpra-se.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 09:43:08

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5734207.09.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : HEITOR JAIME CORAZZA
POLO PASSIVO : LONGUINHA APARECIDA DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : HEITOR JAIME CORAZZA


ADVG. PARTE : 38922 DF - GILSON ZANATTA

PARTE INTIMADA : LONGUINHA APARECIDA DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 33448 GO - GABRIEL ANTÃÂNIO AIRES CRUVINEL

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 14:39:42

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5697651.08.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : DÉBORA LEITE CASTRO
POLO PASSIVO : PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DÉBORA LEITE CASTRO


ADVG. PARTE : 20690 GO - ALESSANDRO DOS PASSOS ALVES DE CASTRO MEIRELES

PARTE INTIMADA : PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA


ADVG. PARTE : 40318 GO - LEIDIVANIA DE BESSA OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5697651.08.2019.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravante: Débora Leite Castro
Agravada : Pontifícia Universidade Católica
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, impende o conhecimento do


agravo de instrumento.
Consoante relatado, trata-se de agravo de instrumento interposto por Débora
Leite Castro contra decisão proferida pelo Juiz de Direito em Substituição na 25ª Vara
Cível da Comarca de Goiânia, Dr. Luciano Borges da Silva, nos autos da ação
declaratória do direito de transferência de curso superior entre universidades privadas
c/c obrigação de fazer e com pedido de tutela de urgência proposta em desfavor da
Pontifícia Universidade Católica do Estado de Goiás, que deferiu em parte o pedido
de antecipação da tutela de urgência.
A decisão recorrida restou assim redigida (evento n.º 6 – autos n.º
5643061.25.2019.8.09.0051):

“[…] Na confluência do sucintamente exposto, DEFIRO


PARCIALMENTE e "inaudita altera pars" a antecipação da tutela
suplicada na inicial, a fim de determinar que a Requerida promova no
prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, resposta fundamentada ao

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
requerimento administrativo de transferência formulado pela parte
Requerente (arquivo 22 do evento de nº. 01), sob pena de incorrer na
aplicação de multa no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Em consonância ao Código de Processo Civil, promova a Escrivania a
designação de data para audiência de conciliação a ser realizada pelo
CEJUSC (art. 320 do CPC), intimando-se a parte Autora na pessoa de
seu advogado (§ 3º do art. 334 do CPC). […]”

Inconformada, a autora interpõe agravo de instrumento relatando que,


infelizmente, no transcorrer do 3º semestre de sua graduação no curso de medicina foi
acometida por depressão, doença que mudou o rumo de sua vida e de sua família,
interrompendo o sonho de tornar-se médica.
Ressalta que, em decorrência da doença, não restou outra alternativa senão o
trancamento de sua matrícula na Faculdade de Medicina na UNINOVE, em São Paulo,
mudando-se para a cidade de Goiânia, onde pretende terminar o curso de medicina na
universidade/agravada.
Pontua que a conclusão da graduação certamente auxiliará na sua
reconstrução mental e emocional, acrescentando que toda a sua família – pais e irmão
– alteraram seus planos de vida para acompanhá-la nessa nova etapa em Goiânia.
Destaca que os laudos das profissionais que a acompanharam em São Paulo atestam
o seu estado mental e emocional, ressaltando que “é portadora de depressão (F32
CID10) desde 2015, tem estrutura psíquica frágil e dependente constante da
companhia de familiares (pai, mãe e irmão), com grande risco de suicídio.”
Aduz que a transferência entre instituições de ensino é instituto previsto no
art. 49, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96),
pontuando que a referida norma não previu os casos de saúde, bem assim outros
decorrentes de força maior, o que não pode servir de impedimento à presente
pretensão.
Pondera que na referida lei deveriam ter sido contempladas as garantias
constitucionais do direito à saúde, à educação e à unidade familiar, mas que ficaram
fora do texto do regulamento, acrescentando que “em um País que tem como política a
importação de médicos estrangeiros, é fato público e notório o interesse estatal. A fim
de corroborar com a tese, citamos o Programa Federal “Mais Médicos”, situação que
atesta a carência da sociedade brasileira no quesito saúde pública, alterado
recentemente para “Médicos pelo Brasil”.”
Assevera que a sua situação enquadra-se no art. 49 da Lei n.º 9.536/97,
desde que se empreste a ela “interpretação conforme” a Constituição, mais compatível
e consentâneo com o princípio da isonomia, garantindo-se os princípios constitucionais
à saúde, à educação e à integridade da família. Considera que não pode aguardar a
resposta da instituição agravada, razão pela qual recorre ao Judiciário para que possa
suprir a carência/omissão da PUCGO, procedendo ao ato de transferência em razão
do seu estado de saúde.
Pugna, assim, pela concessão da antecipação da tutela recursal para o fim de
determinar à requerida/agravada que realize a sua matrícula no curso de medicina,

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
mediante a apresentação da prova do pagamento das taxas cobradas e a
apresentação da documentação regimentalmente exigida e, no mérito, pleiteia a
reforma da decisão recursada, confirmando-se a tutela concedida.
No evento n.º 8 foi deferido o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, “
para determinar à renomada Pontifícia Universidade Católica do Estado de Goiás
que aceite a transferência da autora/agravante da instituição de ensino UNINOVE (São
Paulo) para o curso de Medicina, mediante o pagamento das taxas e mensalidades
devidas.”
Agravo interno manejado pela agravada na movimentação n.º 17, dizendo
que, no caso concreto, a tutela antecipada pleiteada pela autora/agravante confunde-
se com o próprio mérito, uma vez que o processo versa unicamente sobre a
transferência da recorrente para o Curso de Medicina da Pontifícia Universidade
Católica de Goiás, sendo que a manutenção da antecipação concedida neste juízo
recursal resultará na irreversibilidade da medida quando do julgamento do mérito da
ação de conhecimento.
Destaca que a autora/agravante não faz jus à transferência compulsória
prevista em lei, cujo direito é resguardado apenas aos servidores públicos, aos quais é
possibilitada a transferência em razão de suas atribuições e a serviço do bem público.
Menciona que a doença que acometeu a autora/agravada preexiste à sua
aprovação no Curso de Medicina na UNINOVE, situada na cidade de São Paulo/SP,
destacando que o tratamento psicológico e psiquiátrico pode ser feito naquela cidade,
por profissional de sua confiança. Pondera que a autora/agravante já tinha ciência do
seu estado de saúde quando prestou vestibular na cidade de São Paulo, não podendo,
agora, utilizar-se de tal situação para obter transferência para a cidade de Goiânia, em
confronto com as hipóteses permitidas em lei.
Considera que não houve alteração no quadro clínico da autora/agravada
bastante para ensejar a sua transferência para a PUC/GO, não ficando também
comprovado que a permanência na cidade de São Paulo agravaria o seu estado de
saúde ou, ainda, que o retorno a Goiânia significaria melhora no seu quadro clínico.
Salienta que não há prova nos autos da impossibilidade da mudança dos pais
da autora/agravante para a cidade de São Paulo, de forma a acompanhá-la no seu
tratamento de saúde, acrescentando que o genitor da recorrente é Juiz de Direito
aposentado e a genitora está em gozo de licença até o ano de 2021. Relata que a
autora/agravante desistiu do mandado de segurança anteriormente impetrado perante
a 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás, ato que beira a má-fé
processual.
Informa que a decisão agravada viola a Portaria n.º 523/2018, do Ministério da
Educação (MEC), que proíbe a expansão do número de vagas do Curso de Medicina,
pois terá que realizar a matrícula da agravante mesmo com as 124 (cento e vinte e
quatro) vagas devidamente preenchidas, e sem que seja anteriormente submetida a
um processo seletivo.
Considera que a decisão preliminar violou o princípio da isonomia ao criar
nova modalidade de ingresso em curso superior sem a necessidade de submissão a
processo seletivo, abrindo precedentes que trarão grande insegurança e instabilidade
à instituição agravada, que terá que reservar uma grande quantidade de vagas no

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
curso de Medicina apenas para o caso de decisões similares.
Pontua que o art. 49, da Lei n.º 9.394/96, prevê os requisitos necessários para
a realização de transferência entre Universidades, sendo a existência de vagas e a
submissão a processo seletivo requisitos não observados no caso concreto. Enfatiza
que não há, atualmente, vagas ociosas no Curso de Medicina, insistindo que o pleito
da autora/agravante não se amolda aos casos de transferência compulsória previstos
em lei.
Diz que “a parte Agravada não demonstrou a real necessidade de realização
de tratamento na cidade de Goiânia, podendo esta ter o acompanhamento necessário
na cidade de São Paulo, sendo que, inclusive, já realizou tratamento psicológico e
psiquiátrico na cidade, contando, portanto, com profissional da sua confiança. Ainda,
mesmo que assim não fosse, a Agravada tinha ciência do seu estado de saúde ao
prestar vestibular para a UNINOVE, localizada em São Paulo/SP, não podendo utilizar-
se de tal situação para conseguir transferência não prevista em lei.”
Pugna, por fim, seja reconsiderada a decisão hostilizada ou, caso contrário,
seja submetido o recurso ao julgamento do colegiado.
Recurso regularmente preparado.
Contrarrazões ao agravo de instrumento aportadas no evento n.º 16,
salientando a agravada que atualmente não há vagas ociosas para o Curso de
Medicina, razão pela qual entende que é inadmissível a manutenção da tutela de
urgência concedida em favor da autora/agravante, máxime porque não realizado o
processo seletivo, em manifesto confronto, portanto, com a disposição do art. 49, da
Lei n.º 9.394/96, e da Portaria n.º 523/2018, do MEC.
Pondera que não foram preenchidos os requisitos para a concessão da tutela
de urgência, mais especificamente a possibilidade da transferência compulsória da
autora/agravante da UNINOVE para a PUC/GO. Destaca que a documentação
carreada pela autora/agravante foi produzida de forma unilateral, mostrando-se
impossível aferir se a transferência traria, de fato, alguma melhora no estado de saúde
da agravante.
Aponta a natureza preexistente da doença que ocasionou o pedido de
transferência da autora/agravante, sendo de sua ciência e de sua família que seu
afastamento do seio familiar poderia culminar em um severo agravamento, como
aparentemente ocorreu.
Informa que a jurisprudência tem se posicionado de forma contrária a pedidos
de transferência de instituição de ensino superior baseada apenas em razão de
doença, como no caso concreto, ao passo que seria possível à família da
autora/agravante mudar-se para a cidade de São Paulo ou, ainda, que a recorrente
continuasse o seu tratamento de saúde naquela cidade, sem que fosse necessária a
sua transferência para a cidade de Goiânia.
Brada que não houve alteração no quadro clínico da autora/agravante que
justificasse a real necessidade de sua transferência para a PUC/GO, ou até mesmo
prova de que tal fato não agravaria o seu estado de saúde. Repete que “não possui
vagas disponíveis para o curso de medicina, motivo pelo qual, neste ano de
2019/2020, não foi aberto processo seletivo para preenchimento de vagas por meio de

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
transferência, sendo impossível para esta Instituição de Ensino permitir a matrícula da
Agravante sem violar determinação do MEC.”
Expõe que a concessão da tutela de urgência em favor da autora/agravante
viola o princípio da isonomia, criando-se uma modalidade de ingresso em curso
superior não prevista em lei, sem a necessidade de submissão a processo seletivo.
Noticia que o curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás foi
reconhecido pela Portaria do MEC n.º 118/2012, autorizando o ingresso de apenas 62
(sessenta e dois) alunos por semestre, razão pela qual mostra-se impossível o
cumprimento da determinação de admissão de aluno à margem do que determina a
Lei de Diretrizes e Bases e a autorização delegada pelo Ministério da Educação.
Considera que a determinação de transferência compulsória da
autora/agravante configura interferência ilegítima na autonomia acadêmica da
instituição de ensino ora agravada, a teor art. 207, da Constituição Federal, sendo
previsto, nos artigos 206 e 209 da mesma Carta Magna, os princípios que norteiam o
ensino no Brasil.
Explana que todas as instituições privadas de ensino superior estão sujeitas
ao credenciamento perante a União, com prazo limitado, porém renovável após
avaliação, a teor do art. 46 da Lei 9.394/96, sendo que o acatamento do pedido da
autora/agravante, fora do número de vagas autorizadas pelo MEC, poderá resultar,
inclusive, na perda do credenciamento do Curso de Medicina da instituição agravada,
comprometendo os demais alunos que se submeteram ao processo seletivo.
Noticia a existência de incompatibilidade da matriz curricular da UNINOVE-SP
e da PUC-GO, fato esse que geraria atraso e prejuízo ao aprendizado da agravante,
porque impossível o aproveitamento dos créditos das disciplinas cursadas pela
autora/agravante na UNINOVE, exigindo, inclusive, nova adaptação da recorrente aos
critérios pedagógicos, o que não contribuiria em nada para a recuperação de sua
saúde.
Conclui, por fim, que “proporcionar o ingresso de alunos inaptos como no
caso da Agravante, a qual não obteve aprovação em Processo Seletivo/vestibular da
PUC Goiás, é o mesmo que admitir o risco na precariedade do aprendizado; o risco da
perda da qualidade do ensino; o risco da cassação da autorização de funcionamento
da instituição ou dos cursos por ela oferecidos; e, com isto, violar o direito dos demais
alunos que ingressaram de forma justa, por meio de processo seletivo.”
Pugna pelo desprovimento do recurso manejado pela autora/agravante.

Pois bem.
Ab initio, registro que o agravo interno manejado, no evento 13, pela
requerida/agravada, contra a decisão preliminar do evento 8, que deferiu o pedido de
antecipação da tutela recursal (para determinar à renomada Pontifícia Universidade
Católica do Estado de Goiás que aceite a transferência da autora/agravante da
instituição de ensino UNINOVE (São Paulo) para o curso de Medicina, mediante o
pagamento das taxas e mensalidades devidas ), resta prejudicado, por estar o agravo
de instrumento apto ao julgamento definitivo de mérito.
Neste diapasão:

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA. REQUISITOS
PARA CONCESSÃO DE TUTELA. AUSENTES. AGRAVO INTERNO.
PREJUDICADO. (...) 3- Deve ser julgado prejudicado o agravo interno
interposto contra decisão liminar que indeferiu o pedido de antecipação
de tutela constante no instrumental, quando esse se encontra apto para
julgamento. 4- Agravo de instrumento conhecido e desprovido.” (TJGO,
Agravo de Instrumento ( CPC ) 5046776-54.2017.8.09.0000, Rel.
ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 5ª Câmara Cível, julgado em
18/07/2017, DJe de 18/07/2017)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.


AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE E
DECADÊNCIA. RECURSO SECUNDUM EVENTUS LITIS. VÍCIOS
ESTRUTURAIS EM IMÓVEL. RESPONSABILIDADE. PODER DE
CAUTELA E LIVRE CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO. AUSÊNCIA
DE ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER. DECISÃO AGRAVADA
MANTIDA. I - Embora seja possível na atual sistemática processual civil,
com fulcro no art. 1.021, a apresentação de Agravo Interno em face da
decisão liminar do Relator, o recurso torna-se prejudicado se o Agravo
de Instrumento encontra-se pronto para julgamento. (…) AGRAVO
INTERNO PREJUDICADO. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO MAS IMPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC
) 5100950-13.2017.8.09.0000, Rel. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO, 1ª
Câmara Cível, julgado em 14/07/2017, DJe de 14/07/2017)

Superada esta questão, passo à análise do agravo de instrumento.


Antes, todavia, convém ressaltar que compete ao juízo ad quem apreciar, tão
somente, o teor da decisão interlocutória recorrida que, na espécie, indeferiu o pedido
de antecipação da tutela recursal porque não preenchidos pela autora/agravante os
requisitos do artigo 49, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º
9.394/96), regulamentado pela Lei n.º 9.536/97.
Oportuno citar o que determina a lei de regência:

“Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a transferência


de alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de
vagas, e mediante processo seletivo.
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na forma da lei.”

“Art. 1º A transferência ex officio a que se refere o parágrafo único do


art. 49 da Lei n.º 9.394, de dezembro de 1996, será efetivada, entre
instituições vinculadas a qualquer sistema de ensino, em qualquer época

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
do ano e independente da existência de vaga, quando se tratar de
servidor público federal civil ou militar estudante, ou seu dependente
estudante, se requerida em razão de comprovada remoção ou
transferência de ofício, que acarrete mudança de domicílio para o
município onde se situe a instituição recebedora, ou para localidade
mais próxima desta.
Parágrafo único. A regra do caput não se aplica quando o interessado
na transferência se deslocar para assumir cargo efetivo em razão de
concurso público, cargo comissionado ou função de confiança.”

Evidente portanto, que a transferência compulsória deve dar-se entre


instituições de natureza congênere – privada para privada, no caso concreto, em
observância ao que foi decidido na ADI 3324-7 –, sendo que o presente recurso deve
cingir-se à análise do preenchimento ou não dos requisitos do art. 49 da Lei n.º
9.394/96, regulamentado pela Lei n.º 9.536/97. Assim, todas as demais matérias
apresentadas pela instituição/agravada nas contrarrazões a este recurso deverão ser
analisadas e decididas pelo magistrado de 1º grau, sendo defeso o enfrentamento de
tais matérias neste momento, sob pena de supressão de instância.
Acerca do tema, oportunas se fazem as preciosas lições do eminente Ministro
Luiz Fux, do excelso Supremo Tribunal Federal:

“O efeito devolutivo importa devolver ao órgão revisor da decisão a


matéria impugnada nos seus limites e fundamentos. Toda questão
decidida tem uma extensão e suas razões. Em face do princípio do
duplo grau, o órgão revisor da decisão deve colocar-se nas mesmas
condições em que se encontrava o juiz, para aferir se julgaria da mesma
forma e, em consequência, verificar se o mesmo incidiu nos vícios da
injustiça e da ilegalidade. Por essa razão, e para obedecer essa
identidade, é que se transfere ao tribunal (devolve-se) a matéria
impugnada em extensão e profundidade.” (in Curso de Direito
Processual Civil: Processo de Conhecimento, 4ª ed., Forense: 2008, p.
753, g.)

No mesmo sentido vem julgando esta Casa de Justiça:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. EFEITO SUSPENSIVO.
NÃO ATRIBUIÇÃO. RELEVÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO. RISCO DE
GRAVE DANO DE DIFÍCIL, OU INCERTA REPARAÇÃO.
INEXISTÊNCIA DE TAIS REQUISITOS. DECISÃO MANTIDA. 1. O
Agravo de Instrumento é um recurso secundum eventum litis, logo, deve
o Tribunal limitar-se apenas ao exame do acerto, ou desacerto da
decisão atacada, no aspecto da legalidade, uma vez que ultrapassar
seus limites, ou seja, perquirir sobre argumentações meritórias, ou

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
matérias de ordem pública não enfrentadas na decisão recorrida, seria
antecipar o julgamento de questões não apreciados pelo juízo de
primeiro grau, o que importaria na vedada supressão de instância. 2. [...]
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISÃO MANTIDA.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5131744-
46.2019.8.09.0000, Rel. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO, 4ª
Câmara Cível, julgado em 02/07/2019, DJe de 02/07/2019)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE


UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS COM
PEDIDO LIMINAR C/C GUARDA UNILATERAL. ALIMENTOS
PROVISÓRIOS EM FAVOR DO FILHO MENOR.
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE
REDUÇÃO DO QUANTUM FIXADO. DECISÃO MANTIDA. 1. O agravo
de instrumento é um recurso secundum eventum litis e, portanto, deve
se limitar ao exame estrito do decisum prolatado pelo juízo a quo, de
modo que não é lícito à instância revisora apreciar matéria estranha ao
ato judicial fustigado, sob pena de incorrer em supressão de um grau de
jurisdição. 2. e 3. [...] Agravo de Instrumento conhecido e desprovido.”
(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5532684-77.2018.8.09.0000,
Rel. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA, 2ª Câmara Cível, julgado
em 24/06/2019, DJe de 24/06/2019)

Pode-se afirmar que o órgão ad quem está adstrito ao exame, no agravo de


instrumento, dos elementos que foram objeto de análise pelo juízo de origem. Não se
admite o conhecimento originário, pelo órgão revisor, de nenhuma outra matéria, haja
vista que, assim agindo, suprimiria do juízo de 1º grau a possibilidade de analisá-la,
em manifesta ofensa ao sistema processual vigente.
Assim, deixo de analisar as teses levantadas pela recorrida na resposta
apresentada e que não foram ainda debatidas e decididas em 1º grau, quais sejam –
prova da impossibilidade da mudança dos genitores da agravante para a cidade de
São Paulo, preexistência e unilateralidade dos laudos trazidos para comprovar a
doença, violação ao princípio da isonomia, protocolo anterior de mandado de
segurança na Justiça Federal, criação de nova modalidade de ingresso em curso
superior, interferência ilegítima do Judiciário na autonomia acadêmica da instituição de
ensino superior, perigo de perda do credenciamento junto ao MEC, impossibilidade de
aproveitamento dos créditos já cursados pela autora/agravante, possibilidade de perda
da qualidade do ensino com a possibilidade do ingresso de alunos inaptos –, limitando
o exame neste agravo de instrumento apenas em relação ao preenchimento (ou não)
dos requisitos necessários para a realização da transferência compulsória da
autora/agravante do Curso de Medicina na UNINOVE-SP para o mesmo curso de
graduação na PUC-GO.

De início, calha destacar que, de fato, razão assiste à instituição/agravada


quando afirma que a tutela provisória antecipada concedida neste juízo recursal –
determinação de acatamento à requerida/agravada do pedido de transferência da

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
autora/agravante da UNINOVE-SP para o curso de Medicina na PUC-GO – confunde-
se com o próprio mérito da demanda principal.
Todavia, ressalta-se que referida “confusão” se dá exatamente em razão da
natureza da tutela provisória de urgência (no caso concreto, incidental), qual seja,
satisfazer, antecipadamente, no todo ou em parte, a pretensão formulada pela
autora/agravante.
A fim de melhor esclarecer a natureza da tutela de urgência postulada pela
autora/agravante, oportuno citar a lição de Marcus Vinícius Rios Gonçalves:

“[…] As tutelas provisórias cumprem a função de dar maior efetividade


ao processo. Talvez a maior reclamação sobre o funcionamento do
Judiciário seja a da morosidade da justiça, que inegavelmente acaba
trazendo maiores prejuízos àquele que tem menos condições
econômicas e menores possibilidades de suportar o longo transcurso do
processo até o resultado final.
A tutela provisória garante e assegura o provimento final e permite uma
melhor distribuição dos ônus da demora, possibilitando que o juiz
conceda antes aquilo que só concederia ao final ou determine as
medidas necessárias para assegurar e garantir a eficácia do provimento
principal. […]
A rigor, o fundamento da tutela provisória, ao menos nos casos de
urgência, poderia ser buscado no texto constitucional, uma vez que o
art. 5º, inciso XXXV, determina que a lei não exclua do Poder Judiciário
lesão ou ameaça de lesão. Ora, para que essa regra se torne efetiva, é
preciso que o Judiciário também possa arredar eventual perigo ou
ameaça que, em razão da demora no processo, o provimento
jurisdicional possa sofrer.
[…] A satisfatividade é o critério mais útil para distinguir a tutela
antecipada da cautelar. As duas são provisórias e têm requisitos muito
assemelhados, relacionados à urgência. Mas somente a primeira tem
natureza satisfativa, permitindo ao juiz que já defira os efeitos que, sem
ela, só poderia conceder no final. […] enquanto a primeira afasta o
perigo atendendo ao que foi postulado, a segunda o afasta tomando
alguam providência de proteção.
[…]
Tanto a tutela satisfativa quanto a cautelar devem manter
correspondência com a pretensão final, mas de formas diferentes. A
primeira, por conceder, antes, aquilo que só seria concedido ao final; a
segunda, por determinar providências que não satisfazem ainda a
pretensão, mas viabilizam que, quando isso ocorrer, os efeitos
decorrentes do provimento ainda sejam úteis para o credor.
[…]
O que há de mais característico na tutela antecipada é que ela,

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
antecipadamente, satisfaz, no todo ou em parte, a pretensão formulada
pelo autor, concedendo-lhe os efeitos ou consequências jurídicas que
ele visou obter com o ajuizamento da ação. Se postulou a condenação,
o juiz, antecipando a tutela, permitirá ao credor obter aquilo que da
condenação lhe resultaria. […]
Se a tutela antecipada fosse total e tivesse caráter definitivo, e não
provisório, o autor ficaria plenamente satisfeito. A sua pretensão teria
sido alcançada. Isso não ocorre porque ela é sempre provisória e
precisa ser substituída por um provimento definitivo. [...]” (Direito
Processual Civil Esquematizado, 8ª ed., São Paulo: Saraiva, 2017, ps.
352/353)

Prosseguindo, o citado autor explica que, não obstante os efeitos da


providência almejada pelo autor em tutela de urgência possam ser irreversíveis, deve o
juiz valer-se do princípio da proporcionalidade, afastando o risco mais grave. Leia-se:

“[…] Um dos requisitos para a concessão da tutela de urgência


antecipada é que os seus efeitos não sejam irreversíveis (art. 300, § 3º).
A irreversibilidade não é do provimento, já que este, em princípio,
sempre poderá ser revertido, mas dos efeitos que ele produz.
[…]
Não sendo reversíveis os efeitos do provimento, o juiz não deve deferir a
tutela antecipada. Mas é preciso considerar que, às vezes, haverá o que
Athos Gusmão Carneiro chama de “irreversibilidade recíproca”. “Com
certa frequência, o pressuposto da irreversibilidade ficará ‘superado’
ante a constatação da ‘recíproca irreversibilidade’. Concedida a
antecipação da tutela, e efetivada, cria-se situação irreversível em favor
do autor; denegada, a situação será irreversível em prol do demandado.”
A solução será o juiz valer-se do princípio da proporcionalidade,
determinando a proteção do interesse mais relevante, e afastando o
risco mais grave.
[…]
O Enunciado da ENFAM dispõe que “a vedação da concessão da tutela
de urgência cujos efeitos possam ser irreversíveis (art. 300, § 3º, do
CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto com base na garantia do
acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CRFB)”. (Op. cit., p. 370)

É o caso dos autos, em que deve ser analisado o pedido – superficialmente,


como o momento permite –, ponderando-se qual interesse deve ser protegido, o
restabelecimento da saúde da autora/agravante e o resguardo do seu direito à
educação superior, em contraposição ao direito da requerida/agravada, de guardar
estrita observância aos regramento do Ministério da Educação – MEC.

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
Repisa-se que o caso concreto trata de tutela de urgência de natureza
incidental, cuja natureza (antecipação do provimento final, de forma antecipada)
possibilita a sua concessão antes do julgamento do mérito, sendo certo que a sua
concessão ao final do processo de conhecimento talvez não mais aproveitasse à
autora/agravante, que pretende continuar cursando Medicina, a bem inclusive de sua
saúde mental. Dizendo de outro modo, eventual provimento do pedido – em sentença
– talvez não possibilitaria à instituição/agravada o seu cumprimento, sendo certo que
as matrículas em curso superior devem obedecer os períodos letivos, ao passo que o
aguardo do julgamento do mérito – que demoraria, quiçá, dois, três anos – dificultaria
sobremaneira à autora/agravante “acompanhar o ritmo das aulas”, tendo em vista que
ficaria sem estudar – nem na UNINOVE/SP, nem na PUC/GO –, em manifesto prejuízo
à sua instrução superior.
Por outro lado, a concessão da tutela de urgência não vincula o julgador para
proferir o julgamento meritório, sendo certo que a parte autora/agravante certamente
tem ciência que a concessão de tutela de urgência não é garantia de êxito no
julgamento final.

Prosseguindo, de notória sabença que o deferimento da tutela de urgência,


cautelar ou satisfativa (antecipada), está condicionada à demonstração, cumulada, dos
requisitos previstos no art. 300, caput, do Código de Processo Civil. Assim, será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Nesse sentido os arestos desta Casa de Justiça:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS.


TUTELA DE URGÊNCIA. REQUISITOS DO ART. 300 DO CPC NÃO
PREENCHIDOS. DECISÃO MANTIDA. I. Para que a tutela provisória de
urgência seja concedida é necessária a presença concomitante de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo. II. Não tendo o agravante
demonstrado o preenchimento dos requisitos correspondentes, mantêm-
se incólume a decisão de indeferimento proferida pelo juízo de piso.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO,
Agravo de Instrumento ( CPC ) 5577737-81.2018.8.09.0000, Rel.
AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO, 1ª Câmara Cível, julgado em
12/06/2019, DJe de 12/06/2019)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM MANDADO DE SEGURANÇA.


SAÚDE. TRATAMENTO COM USO DE MEDICAÇÃO
(LEVETIRACETAM 250MG). TUTELA DE URGÊNCIA. REQUISITOS
DEMONSTRADOS. I - O Agravo de Instrumento configura-se como um
recurso secundum eventum litis, sendo que a sua análise deve limitar-se
à discussão sobre a presença ou não dos requisitos necessários à
concessão da antecipação de tutela. II - Presentes os pressupostos da
tutela de urgência, consubstanciados na probabilidade do direito e no

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
perigo de dano, mantém-se a decisão que a deferiu determinando ao
impetrado/agravante o fornecimento do medicamento prescrito pelo
médico, considerando a possibilidade de agravamento da saúde do
paciente. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5052488-
54.2019.8.09.0000, Rel. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara
Cível, julgado em 12/06/2019, DJe de 12/06/2019)

Acerca do tema, Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga e Rafael Alexandria de
Oliveira, in Curso de Direito Processual Civil, 10ª edição, Ed. Juspodivm, p. 594,
ensinam:

“A tutela provisória de urgência pode ser cautelar ou satisfativa


(antecipada). Em ambos os casos, a sua concessão pressupõe,
genericamente, a demonstração da probabilidade do direito
(tradicionalmente conhecida como “fumus boni iuris”) e, junto a isso, a
demonstração do perigo de dano ou de ilícito, ou ainda do
comprometimento da utilidade do resultado final que a demora do
processo representa (tradicionalmente conhecido como “periculum in
mora”) (art. 300, CPC). (…)”

Na hipótese, pelo que se infere da decisão agravada, o magistrado de 1º grau


indeferiu a tutela de urgência postulada pela autora/agravante, que visava a realização
de sua matrícula na instituição de ensino PUC-GO, no curso de Medicina, com a
transferência da UNINOVE-SP.
De outra banda, é certo que, para deferir a tutela de urgência postulada pela
agravante, é necessária a conjugação concomitante de dois requisitos, quais sejam, a
probabilidade do direito, bem como o risco de resultado útil do processo.
Entretanto, a meu ver, não há controvérsia quanto às razões que justificam o
pedido de transferência da agravante para continuar seus estudos em Goiânia,
próximo de sua família. A vasta documentação acostada é apta para comprovar a
gravidade da doença da recorrente, qual seja, depressão (F32 CID10), com a
necessidade da presença de familiares (pai e mãe) durante o tratamento e no
acompanhamento nas crises. Há nos autos laudo médico atestando que a paciente
encontra-se submetida a tratamento psiquiátrico, sendo inclusive orientada a sua
mudança para a cidade de Goiânia, a fim de ficar próxima da família.
Diante desse quadro, deve se reconhecer a real necessidade do retorno da
agravante ao convívio com a sua família, na cidade de Goiânia, de forma a permitir a
prestação do indispensável auxílio e o acompanhamento do tratamento de depressão,
sendo certo que da proximidade dos seus entes queridos, aliado à frequência do curso
escolhido – Medicina –, certamente advirão benefícios para a saúde da
autora/agravante, porventura a sua cura.
Nesse contexto, oportuno destacar os artigos 206, I, 207 e 208, V, da
Constituição Federal, dispondo sobre a educação:

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
“Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola".

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a


garantia de:
[…]
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um.”

É evidente que são demasiadamente vagas as normas acima transcritas,


somente se podendo decidir o caso em questão com a legislação ordinária que a
regulamenta. No entanto, cabe aqui tecer algumas observações.
À primeira vista, de acordo com a legislação aplicável ao tema, não haveria o
direito da autora/agravante obter judicialmente a transferência compulsória de
Universidade, mesmo sendo a UNINOVE-SP e a PUC-GO da mesma natureza, ou
seja, ambas são particulares, pois somente se pode deferir este direito quando dentro
das hipóteses legais.
Fazendo-se uma interpretação sistemática da legislação, verifica-se que esta
veda a transferência compulsória entre instituições de ensino em caso de problemas
de saúde, ou qualquer outro caso que não seja alcançado pela norma. Isso é o que
diz o art. 49 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, regulamentado pela
Lei nº 9.536/96, sobre transferência ex officio ou compulsória, expressando os
permissivos legais em que se garante tal direito:

“Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a transferência


de alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de
vagas, e mediante processo seletivo.
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na forma da lei.
Art. 1º. A transferência ex officio a que se refere o parágrafo único do art.
49 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, será efetivada, entre
instituições vinculadas a qualquer sistema de ensino, em qualquer época
do ano e independente da existência de vaga, quando se tratar de
servidor público federal civil ou militar estudante, ou seu dependente
estudante, se requerida em razão de comprovada remoção ou
transferência de ofício, que acarrete mudança de domicílio para o
município onde se situe a instituição recebedora, ou para localidade
mais próxima desta.
Parágrafo único. A regra do caput não se aplica quando o interessado

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
na transferência se deslocar para assumir cargo efetivo em razão de
concurso público, cargo comissionado ou função de confiança.”

Logo, não estando dentre as hipóteses legais acima referidas, isto é, quando
não se trata de servidor público federal civil, ou militar estudante, ou dependente
estudante, se requerida em razão de comprovada remoção ou transferência de ofício,
a princípio, não poder-se-ia ser deferida a transferência compulsória, a qualquer
época, e independentemente de vaga.
Entendo, porém, que deve admitir-se a concessão de transferência
compulsória em casos excepcionais, inclusive relacionados a problemas de saúde,
porquanto necessária uma interpretação extensiva da legislação, ponderando com
outros princípios básicos garantidos pela Constituição Federal de 1988, como o direito
à saúde, educação, à unidade familiar, etc. Em tais casos, deve-se sempre analisar as
circunstâncias fáticas para se avaliar a real necessidade da concessão da tutela
jurisdicional em sentido não previsto expressamente no texto da norma.
Assim, deve haver uma razão consistente e razoável para amparar a
pretensão de transferência, para que esse pedido seja deferido fora das hipóteses
acima citadas. Esta forte razão deve estar fundada em argumentos que digam respeito
a direitos fundamentais ou a outros direitos garantidos pela Carta Magna, como dito
mencionado, ou ainda pela própria legislação ordinária.
É patente que o pedido da agravante está fundado, dentre outros, no seu
direito à saúde e à proteção à família. Veja-se a norma dos arts. 196 e 226, caput e §
8º, ambos da Constituição Federal:

“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação."
[…]
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[…]
§ 8º. O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um
dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no
âmbito de suas relações.”

Uma interpretação extensiva desta norma, combinando-a com a referente à


transferência compulsória de instituição de ensino, indicaria que seria constitucional a
transferência, mesmo se fosse o caso de inexistência de vaga, de uma universidade
para outra, quando necessária devido às condições de saúde de integrante da família
da estudante. Esta possibilidade de transferência por motivos de saúde deveria, pois,
ser garantida pelo Estado que, com tais providências, reduziria os riscos de doença e

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
de outros agravos à saúde dos seus cidadãos, inclusive permitindo a permanência de
familiar do estudante, enquanto necessário ao restabelecimento de sua saúde.
Em situações análogas a esta destes autos os Tribunais Regionais Federal da
4ª e da 5ª Região têm reconhecido o direito à transferência compulsória de
universidade, consoante se observa dos precedentes:

“ADMINISTRTIVO. EDUCAÇÃO. TRANSFERÊNCIA ENTRE


INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR. TRATAMENTO DE SAÚDE
DE PROGENITORA. As garantias constitucionais do direito à saúde, à
educação e à unidade familiar amparam a pretensão do estudante de
ensino superior de transferência para entidade congênere em que possa
acompanhar tratamento de progenitora na qualidade de único ente
familiar próximo que lhe possa proporcionar conforto e
acompanhamento.” (TRF-4 - AC: 50043546620174047104 RS 5004354-
66.2017.4.04.7104, Relator: VÂNIA HACK DE ALMEIDA, Data de
Julgamento: 10/10/2018, TERCEIRA TURMA)

“ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. ENSINO SUPERIOR.


CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO. TRANSFERÊNCIA
ENTRE UNIVERSIDADES. MOTIVO DE DOENÇA. DIREITOS
CONSTITUCIONAIS À SAÚDE E À EDUCAÇÃO. JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE. CERCEAMENTO DE DEFESA.
OCORRÊNCIA. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA
JUDICIAL. ANULAÇÃO DA SENTENÇA. PROVIMENTO PARCIAL. 1.
No caso dos autos, a autora, que não é servidora pública nem
dependente, ajuizou ação ordinária contra a Universidade Federal do
Ceará, buscando a obtenção de provimento judicial que assegure a sua
transferência do curso Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal
do Semi-Árido - UFERSA para o mesmo curso na UFC, por motivo de
saúde. Para tanto, alegou, em apertada síntese, que, passados os 07
(sete) primeiros meses de faculdade, começou a apresentar intensa
angustia, ansiedade, desordem emocional importante com agitação
psicomotora, crises de choro, pensamentos com conteúdo delirante de
perseguição e inclinação suicida, oportunidade na qual foi diagnosticada
com quadro clínico de Transtorno Afetivo Bipolar. Disse que não
apresentou melhoras com o tratamento realizado em Pau dos Ferros-
RN, motivo pelo qual buscou tratamento intensivo em Fortaleza, obtendo
melhoras consideráveis. Argumenta que, de acordo com os profissionais
que fazem o seu acompanhamento, o tratamento deveria ocorrer em
cidade natal com a proximidade de seus familiares. 2. […] 3. Embora
não desconheça entendimentos, no âmbito deste Regional, que estão de
acordo com os termos da sentença recorrida (PROCESSO:
08089826120164058300, AC/PE, DESEMBARGADOR FEDERAL
RUBENS DE MENDONÇA CANUTO, 4ª Turma, JULGAMENTO:
31/05/2017; PROCESSO: 08009265120164058102, AC/CE,
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA
LIMA, 2ª Turma, JULGAMENTO: 24/05/2017), entendo que é cabível a
concessão de transferência compulsória em casos excepcionais,

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
devidamente comprovadas as circunstâncias fáticas, levando em conta
os princípios básicos garantidos pela Constituição Federal. Nesse
sentido: PROCESSO: 08015233320154058400, AC/RN,
DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS REBÊLO JÚNIOR, 3ª Turma,
JULGAMENTO: 22/02/2016; PROCESSO: 08026217120154058200,
AC/PB, DESEMBARGADOR FEDERAL CID MARCONI, 3ª Turma,
JULGAMENTO: 05/07/2016; PROCESSO: 08002334420144058100,
APELREEX/CE, DESEMBARGADOR FEDERAL SÉRGIO MURILO
WANDERLEY QUEIROGA (CONVOCADO), 4ª Turma, JULGAMENTO:
26/02/2016. 4. A ausência de previsão legal para a pretendida
transferência não é suficiente, por si só, para acarretar a improcedência
do pedido, sendo necessário valorar o caso concreto em consonância
com as garantias constitucionais do direito à saúde e à educação. 5. O
julgamento antecipado da lide ensejou o cerceamento do direito de
defesa, já que existem situações fáticas a serem provadas
especialmente por perícia judicial, que foi expressamente requerida na
inicial. 6. Apelação parcialmente provida, para anular a sentença,
determinando o retorno dos autos à origem para que se proceda à
instrução processual.” (TRF5, PROCESSO: 08124533520184058100,
AC - Apelação Civel - , DESEMBARGADOR FEDERAL DANILO
FONTENELLE SAMPAIO (CONVOCADO), 3ª Turma, JULGAMENTO:
15/08/2019, PUBLICAÇÃO: )

Merece ser ressaltado que o motivo da transferência pleiteada é possibilitar à


recorrente o tratamento da depressão que a acomete, sendo certo que a permanência
junto da família lhe trará benefícios, ao passo que a realização do tratamento na
cidade de São Paulo, ao menos em tese, não traria os mesmos resultados, porque
distante dos genitores.
Dessarte, entendo que se fazem presentes os requisitos para a concessão da
tutela de urgência pleiteada pela autora/agravante, permitindo-se a transferência
pleiteada, diante das peculiaridades do caso concreto.
Destaco, apenas em obiter dictum, que alguns dos argumentos apresentados
pela agravada para negar o pedido de matrícula em questão também não são dos
mais consistentes. Da análise dos autos, dessume-se que a recorrida se preocupou
principalmente em alegar que a parte autora/agravante deixou de realizar processo
seletivo de transferência voluntária.
Outra questão também levantada pela instituição de ensino recorrida para
refutar a pretensão da autora/recorrente foi o fato de não poder ampliar o número de
vagas do curso de Medicina, posto que o deferimento de matrícula da agravante
implicaria em extrapolar a quantidade das vagas estipuladas pelo Ministério da
Educação e Cultura – MEC.
Quanto à questão da congeneridade, é de se reconhecer que esta exigência
diz respeito à natureza da instituição de ensino superior, se pública ou privada. No
caso em exame, o pedido de transferência foi formulado entre universidades privadas,
consideradas, portanto, como instituições congêneres.
No que se refere à exigência da Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
da Educação Nacional), no tocante à necessidade de classificação em processo
seletivo para o acesso à educação superior brasileira (art. 44, inciso II), vale ressaltar
que referida exigência não significa necessariamente avaliação de conhecimentos
através de concurso de provas, mas qualquer forma de selecionar os candidatos que
desejam se matricular em algum curso oferecido por instituição de ensino superior. E,
no caso concreto, é certo que a autora/agravante obteve êxito no processo seletivo da
UNINOVE-SP para o curso de medicina, o que afasta a alegativa de que não
conseguiria acompanhar o curso na PUC-GO, “baixando” o nível da instituição
agravada.
Neste contexto, pelo que resulta dos autos e dentro dos limites deste recurso,
há prova da probabilidade do direito da agravante a justificar o deferimento da tutela
de urgência, notadamente porque comprovada a aprovação no processo seletivo para
acesso ao curso de Medicina em instituição congênere à instituição agravada.
De mesmo modo, restou demonstrado, em juízo de cognição própria deste
momento processual, o perigo de dano porque, como mencionado alhures, a
autora/agravante vem sofrendo com os sintomas da depressão, sendo recomendada a
sua transferência para a cidade de Goiânia para acompanhamento médico e mesmo
evitar um quadro pior.
Desta forma, restando demonstrada a presença da probabilidade do direito e
o perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo, merece provimento a
insurgência, não prevalecendo a decisão atacada.
Ao teor do exposto, julgo prejudicado o Agravo interno manejado pela
Pontifícia Universidade Católica. Conheço do agravo de instrumento interposto por
Débora Leite Castro e dou-lhe provimento, para determinar à renomada Pontifícia
Universidade Católica do Estado de Goiás que aceite a transferência da
autora/agravante da instituição de ensino UNINOVE (São Paulo) para o curso de
Medicina, mediante o pagamento das taxas e mensalidades devidas, tornando
definitiva até o trânsito em julgado da sentença a ser proferida no juízo de 1º grau, nos
autos de origem, a decisão concessiva da tutela antecipada em favor da recorrente.
Comunique-se ao juízo de 1º grau, para conhecimento e imediato
cumprimento do decidido por este egrégio Sodalício.
É como voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

/C25

Agravo de Instrumento nº 5697651.08.2019.8.09.0000

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
Comarca de Goiânia
Agravante: Débora Leite Castro
Agravada : Pontifícia Universidade Católica
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos de Agravo de Instrumento nº


5697651.08.2019.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, figurando como agravante
Débora Leite Castro e como agravado Pontifícia Universidade Católica.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em julgar prejudicado o agravo interno e conhecer do agravo de instrumento e dar-lhe
provimento, nos termos do voto do Relator, proferido na assentada do julgamento e
que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e o Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau,
atuando em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça, fizeram sustentações orais o Dr. Alessandro dos
Passos Alves de Castro Meireles, pela agravante, e a Dra. Leidivania Oliveira,
pela agravada.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5697651.08.2019.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravante: Débora Leite Castro
Agravada : Pontifícia Universidade Católica
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

E M E N T A :
Agravo de
Instrumento.
A ç ã o
declaratória.
Agravo interno
prejudicado. I.
Estando o
recurso de
agravo de
instrumento
apto ao
julgamento de
mérito, resta
prejudicado o
agravo interno
manejado contra
a decisão
preliminar que
indefere o
pedido de
antecipação da
tutela recursal.
II. Recurso
secundum
eventum litis.

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
O agravo de
instrumento é
r e c u r s o
s e c u n d u m
eventum litis,
devendo o
Tribunal, no
exame da
insurgência,
ater-se ao acerto
ou não da
d e c i s ã o
agravada, sob
p e n a d e
supressão de
um grau de
jurisdição. In
casu, não cabe
o enfrentamento
das demais
teses recursais –
prova da
impossibilidade
da mudança dos
genitores da
agravante para a
cidade de São
P a u l o ,
preexistência e
unilateralidade
dos laudos
trazidos para
comprovar a
doença, violação
ao princípio da
i s o n o m i a ,
p r o t o c o l o
anterior de
Mandado de
Segurança na
Justiça Federal,
criação de nova
modalidade de
ingresso em
curso superior,
interferência
ilegítima do
Judiciário na
autonomia
acadêmica da
instituição de
ensino superior,

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
perigo de perda
d o
credenciamento
junto ao MEC,
impossibilidade
d e
aproveitamento
dos créditos já
cursados pela
autora/agravante
, possibilidade
de perda da
qualidade do
ensino com a
possibilidade do
ingresso de
alunos inaptos –,
sob pena de
i n d e v i d a
supressão de
instância. III.
Transferência
e n t r e
universidades
congêneres.
Motivo de
doença. Tutela
de urgência
deferida.
Presença dos
requisitos do
artigo 300, do
CPC. Embora
não desconheça
entendimentos
que estão de
acordo com os
termos da
d e c i s ã o
recorrida,
negando o
pedido de
transferência
compulsória fora
dos casos do art.
49, da Lei n.º
9 . 3 9 4 / 9 6 ,
entendo que é
cabível a
concessão de
transferência
compulsória

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NR.PROCESSO: 5697651.08.2019.8.09.0000
entre instituições
de educação
superior, para
cursos afins, em
c a s o s
excepcionais,
devidamente
comprovadas as
circunstâncias
fáticas, levando
em conta os
princípios
b á s i c o s
garantidos pela
Constituição
Federal. In casu
, a ausência de
previsão legal
p a r a a
pretendida
transferência
não é suficiente,
por si só, para
acarretar o
indeferimento da
tutela de
urgência, sendo
necessário
valorar o caso
concreto em
consonância
com as garantias
constitucionais
do direito à
saúde e à
educação.
Agravo de
instrumento
conhecido e
provido. Agrav
o interno
prejudicado.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


14/02/2020 20:29:25

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5269937.41.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA E GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA
POLO PASSIVO : DEUSA CUNHA BORGES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA E GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA


ADVGS. PARTE : 21926 GO - DANILO SIQUEIRA DE REZENDE
7002 GO - GILMAR DE OLIVEIRA MOTA
28816 GO - DIOGO GONCALVES DE OLIVEIRA MOTA
2626 GO - MANOEL DE OLIVEIRA MOTA

PARTE INTIMADA : DEUSA CUNHA BORGES


ADVGS. PARTE : 23926 GO - JANDERSON DE SOUSA SILVA
8431 GO - ROBERTO CAMPOS LEITE
18257 GO - NICANOR JOSE JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5269937.41.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5269937.41.2019.8.09.0000

AGRAVO INTERNO

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTES : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA

AGRAVADA : DEUSA CUNHA BORGES

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade conheço do recurso.

Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de liminar, ajuizado por MANOEL DE OLIVEIRA MOTA e
GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA contra decisão proferida (evento 105 – proc. originário 0010886.54)
pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da comarca de Senador Canedo que, no Cumprimento de Sentença,
ajuizado por DEUSA CUNHA BORGES, determinou “a expedição de mandado de imissão na posse em favor
dos requeridos, a fim de que seja reestabelecido o status quo ante entre as partes”.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5269937.41.2019.8.09.0000
De início, os agravantes pedem a concessão dos benefícios da assistência judiciária e a prioridade na
tramitação do feito, com base no Estatuto do Idoso.

Relatam que o acórdão a que se refere a decisão agravada deu provimento à apelação interpostas pelos ora
agravados para indeferir a petição inicial, extinguindo o feito sem julgamento de mérito, por não ter sido
individualizada a área objeto do pedido.

Acrescentam que a agravada ingressou com pedido de cumprimento de sentença (evento 95) e, por
conseguinte, a imissão na posse do bem, “já que os agravantes estão na posse do imóvel por força judicial
desde 03/03/2015, conforme Auto de Reintegração de Posse aqui anexado sob Doc. 03, o que acabou
culminando na decisão agravada da movimentação 105, proferida no dia 04/05/2019.”

Noticiam que no dia 29/04/2019, ajuizaram nova ação reivindicatória n. 5223382.26.2019.8.09.0174), pois a
extinção da ação anterior, sem julgamento do mérito, não faz coisa julgada material e que aguardam a análise
do pedido de liminar de manutenção de posse.

Asseveram que “quando da análise e deferimento do pedido de imissão de posse do agravado (04/05/2019) –
Doc. 07, passou desapercebido do julgador de piso que um dia antes, ou seja, em 03/05/2019, existia uma
nova ação reivindicatória distribuída por dependência diante da prevenção/conexão, com pedido liminar
diametralmente oposto de manutenção de posse dos agravantes.”

Entendem que, diante da situação acima narrada, aplica-se o disposto no art. 55, §1º, do CPC.

Defendem a concessão de liminar, com vistas à suspensão dos efeitos da decisão agravada, ante a presença
do fumus boni iuris e do periculum in mora.

No mérito, pede o provimento do agravo de instrumento, com a reforma da decisão monocrática.

Pois bem.

Convém destacar que a tutela antecipada tem por finalidade garantir a efetividade da prestação jurisdicional,
tendo como pressupostos a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo,
requisitos estes contidos no caput do art. 300 do CPC, podendo ser concedida liminarmente ou após audiência
de justificação prévia, segundo o §2º daquele dispositivo legal.

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NR.PROCESSO: 5269937.41.2019.8.09.0000
Além disso no § 3º do artigo 300 do Código de Processo Civil, está previsto que não será concedida a tutela de
urgência quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Com efeito, a concessão liminar de tutela possessória, o magistrado singular deve proceder uma análise
acurada dos elementos autorizadores da medida, os quais devem vir suficientemente demonstrados na petição
inicial.

No caso, segundo ressai dos autos, inicialmente, foi concedido aos agravantes a reintegração de posse
referente ao imóvel objeto da ação reivindicatória.

No entanto, após proferida a sentença, no julgamento do recurso de apelação foi indeferida a petição inicial
extinguido o feito sem julgamento do mérito.

Vejamos:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. ILEGITIMIDADE ATIVA.


PRESSUPOSTOS. USUCAPIÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. IMPROCEDÊNCIA.
ATO LÍCITO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.

1. Afastada a alegação de carência de ação por ausência de legitimidade, vez que


para sua caracterização é bastante a mera alegação de ser titular do direito
vindicado.

2. Não individualizada a coisa na propositura de Ação Reivindicatória, deve a


sentença proferida ser reformada, para indeferir a petição inicial, face a falta de
pressuposto indispensável para propositura da ação, extinguindo o processo sem
julgamento do mérito nos termos do artigo 485, I do Código de Processo Civil.

3. Indeferida a petição inicial na Ação Reivindicatória, resta prejudicada análise do


pedido de declaração de usucapião manejado pelos Apelantes como matéria de
defesa.

4. Não demonstrada a existência de ato ilícito mantêm-se a sentença de


improcedência na Ação Indenizatória.

5. Afastada a condenação por litigância de má-fé, posto não comprovada autuação


dolosa ou culposa dos Apelantes e prejuízo processual da parte contrária. O
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.”

Interposto recurso especial, não foi admitido conforme decisão proferida, mov. 77.

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NR.PROCESSO: 5269937.41.2019.8.09.0000
Interposto agravo de instrumento, este não foi conhecido, tendo a sentença transitado em julgado em
28/08/2018 (malote digital – mov. 94).

Dessa forma a decisão de afastar a tutela antecipada deferida de reintegração de posse aos agravantes e
determinar a imissão na posse dos agravados é medida lógica a ser adotada pelo juízo em cumprimento a
sentença transitada em julgado.

O argumento trazido pelos agravantes de que já haviam proposta nova ação reivindicatória com pedido liminar,
não afasta os efeitos revogatórios da tutela antecipada proferida nos autos de origem com o trânsito da
sentença, devendo os requisitos para nova tutela serem analisados na ação intentada.

Destarte, não tem respaldo a pretensão dos agravantes de modificação do ato recorrido.

Pelo exposto, conheço do Agravo de Instrumento e NEGO-LHE provimento para manter incólume a decisão
agravada.

Agravo interno prejudicado.

É o voto.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO


Nº 5269937.41.2019.8.09.0000 da Comarca de Senador Canedo em que figura como Agravantes MANOEL DE
OLIVEIRA MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA e como Agravada DEUSA CUNHA BORGES

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NR.PROCESSO: 5269937.41.2019.8.09.0000
ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
conhecer e desprover o recurso e julgar prejudicado o Agravo Interno, nos termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 11 fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5269937.41.2019.8.09.0000

AGRAVO INTERNO

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTES : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA

AGRAVADA : DEUSA CUNHA BORGES

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5269937.41.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REIVINDICATÓRIA.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMISSÃO NA POSSE.

1. Tendo em vista o trânsito em julgado da sentença que indeferiu a petição inicial


com a extinção do feito sem resolução do mérito, a expedição de mandado de
imissão na posse em favor dos requeridos é consectário lógico, a fim de que seja
reestabelecido o status quo ante entre as partes.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

AGRAVO INTERNO PREJUDICADO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5269937.41.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5269937.41.2019.8.09.0000

AGRAVO INTERNO

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTES : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA

AGRAVADA : DEUSA CUNHA BORGES

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REIVINDICATÓRIA.


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMISSÃO NA POSSE.

1. Tendo em vista o trânsito em julgado da sentença que indeferiu a petição inicial


com a extinção do feito sem resolução do mérito, a expedição de mandado de
imissão na posse em favor dos requeridos é consectário lógico, a fim de que seja
reestabelecido o status quo ante entre as partes.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

AGRAVO INTERNO PREJUDICADO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 14:40:20

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5732027.20.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : IOLANDA GOMES DE SIQUEIRA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IOLANDA GOMES DE SIQUEIRA


ADVG. PARTE : 27698 GO - ANNA VICENZA CARRAMASCHI RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento de n.


5732027.20.2019.8.09.0000
Comarca de Goiânia
Embargante: Iolanda Gomes de Siqueira
Embargado : Município de Goiânia
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIOEVOTO

Cuida-se de embargos de declaração com efeitos infringentes opostos por


Iolanda Gomes de Siqueira, em face do acórdão inserido no evento de n. 22, que, à
unanimidade de votos, conheceu do agravo de instrumento e o desproveu.
A ementa do referido acórdão restou assim redigida:

“EMENTA: Agravo de Instrumento. Ação de obrigação de fazer em


fase de cumprimento de sentença. I – Ausência de fundamentação
da decisão. Inocorrência. I - Não há falar em ausência de
fundamentação quando apontadas na decisão as razões de fato e de
direito que formaram o convencimento motivado do prolator, restando
satisfeita a exigência constitucional inserta no art. 93, inciso IX, da
Constituição Federal. II - Excesso de execução. Ausência de planilha
de cálculos. Dilatação do prazo para indicar o valor que entende
devido. Possibilidade. É razoável a concessão de prazo para que o
Município executado/agravado aponte o valor que entende correto,
através de planilha de cálculo, notadamente ante o elevado número de
ações ajuizadas contra o Município de Goiânia e o número reduzido de

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NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
servidores responsáveis pela elaboração dos cálculos. Agravo de
instrumento conhecido e desprovido.”

Irresignada, a agravante de instrumento opõe embargos de declaração no


evento n. 28.
Inicialmente, tece considerações sobre a fundamentação esposada no
acórdão recorrido e defende a necessidade de reconhecimento do vício de
contradição, por constar expressamente no Código de Processo Civil a possibilidade
de rejeição liminar da impugnação ao cumprimento de sentença quando o exequente
não apresenta, de plano, a planilha de débito contendo o valor que entende correto.
Brada que a Fazenda Pública já possui prerrogativas de contagem do prazo
em dobro, nos termos do artigo 183 do Código de Processo Civil, não sendo razoável
estender ainda mais este prazo.
Alega que o ente público municipal deve observar o regramento da norma
insculpida no artigo 535 do Código de Processo Civil.
Argumenta ser necessária a manifestação expressa do Órgão Colegiado
sobre a apresentação imediata, pelo Município, dos cálculos que entende correto.
Colaciona julgados corroborando a tese esposada.
Pugna, ao final, pelo acolhimento dos embargos declaratórios, para a
integração do julgado no ponto apontado como contraditório.
É o relatório. Passo ao voto.

É consabido que cabem embargos de declaração, na inteligência do artigo


1.022 do Código de Processo Civil, quando na sentença ou acórdão houver
obscuridade ou contradição, ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia
pronunciar-se para elucidar a questão posta em juízo
A propósito:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão


judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar
o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

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NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do


acórdão é perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo
1.022 e seus incisos, do Código de Processo Civil.
A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-la-á,


decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão embargada. No
caso de obscuridade ou contradição, o decisório será expungido
eliminando-se o defeito nele detectado. Em qualquer caso, a substância
do julgado será mantida, visto que os embargos de declaração não
visam à reforma do acórdão, ou da sentença. No entanto, será inevitável
alguma alteração no conteúdo do julgado, principalmente quando se
tiver de eliminar omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao
julgamento dos embargos de declaração é que não se proceda a um
novo julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São Paulo:
Editora Forense, p. 526/527).

Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer


ao juiz prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que
inquina sua decisão.
Assim, o pressuposto deste recurso, ainda que para fins de
prequestionamento, é a existência de qualquer dos elementos supramencionados.
Ao analisar o acórdão vergastado, à luz da pretensão veiculada no vertente
recurso, vislumbro que o julgado suficientemente declinou os fundamentos para o
desfecho conferido à postulação, em obediência ao disposto no artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal, havendo o decisum abordado o quanto pertinente para a
solução da quaestio devolvida, consoante as razões ali consignadas.
Forçoso reconhecer, portanto, que o acórdão atacado não contém os vícios
taxativamente elencados no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/2015.
No caso concreto, à luz da pretensão veiculada no presente recurso, tenho
que razão não assiste à embargante – Iolanda Gomes de Siqueira, pois não há, no
acórdão embargado nenhuma contradição a ensejar o acolhimento do presente
recurso.
Atinente à tese de impossibilidade de dilação do prazo para apresentação de
planilha contendo o valor que entende devido, ao contrário do que assevera a

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NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
embargante em suas razões recursais, não há contradição no voto condutor do
acórdão embargado com relação a este ponto, pois restou expressamente consignado
pelo Órgão Colegiado que é razoável a concessão de prazo para que o Município
executado/agravado aponte o valor que entende correto, através de planilha de
cálculo, pois existe uma justa causa para tanto, qual seja, o elevado número de ações
ajuizadas contra o Município de Goiânia e o número reduzido de servidores
responsáveis pela elaboração dos cálculos.
A propósito, confira trechos do decisum embargado:

“Quanto ao argumento de que impossível a concessão de prazo para


apresentação de cálculos em impugnação ao cumprimento de sentença,
é cediço competir à Fazenda Pública, se alegar que o exequente
pretende valor superior ao efetivamente devido, apontar exata e
imediatamente o valor que entende correto, sob pena de não se
conhecer desse argumento ou se rejeitar liminarmente a impugnação, se
este for seu único fundamento (art. 535, § 2º, do Código de Processo
Civil).
Ocorre que, no vertente caso, não há porque não se conhecer do
alegado excesso de execução. Em que pese o Município
executado/agravado não ter apontado exata e imediatamente o valor
que entende correto, verifica-se que indicou os erros que acredita haver
no demonstrativo de cálculo realizado pela exequente/agravante, além
de ter justificado que, mesmo ciente da previsão contida no artigo 535, §
2º do CPC, os cálculos estão sendo realizados pelo setor competente da
Prefeitura de Goiânia.
Entretanto, alega a agravante/credora que o prazo concedido não possui
embasamento legal e, portanto, a impugnação ao cumprimento de
sentença não deve ser conhecida.
Sem razão a insurgente, posto que o prazo fixado na decisão atacada
(15 dias) afigura, em verdade, exíguo para a apresentação dos cálculos
devidos, consoante destacado no julgamento do agravo de instrumento
de n. 5463255.86.2019.8.09.0000, interposto pelo município, ora
agravado, notadamente em virtude do grande número de ações
ajuizadas contra o ente federativo municipal visando percebimento de
diferenças vencimentais nos últimos tempos.”

Portanto, no caso em exame, verifico que o acórdão recorrido não foi


contraditório, omisso ou obscuro quanto à questão impugnada por meios dos
presentes embargos de declaração, decerto que, a despeito da embargante asseverar
que o acórdão objurgado está contaminado com um dos vícios elencados na norma
insculpida no artigo 1.022 do CPC/2015, em suas alegações recursais se vislumbra tão
somente irresignação com o resultado do julgamento, que lhe foi desfavorável.
A propósito:

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NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NO AGRAVO
EM RECURSO ESPECIAL. CARÁTER MANIFESTAMENTE
INFRINGENTE. REFORMA DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os
embargos de declaração, a teor do art. 1.022 do CPC, constitui-se em
recurso de natureza integrativa destinado a sanar vício - obscuridade,
contradição ou omissão -, não podendo, portanto, serem acolhidos
quando a parte embargante pretende, essencialmente, reformar o
decidido. 2. Considerando o caráter manifestamente protelatório dos
embargos de declaração, aplicável a multa inserta no art. 1.026, §2º, do
CPC/2015. 3. Embargos de declaração rejeitados, com aplicação de
multa.” (EDcl no AgInt no AREsp 1185517/SP, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe
02/05/2018).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


NULIDADE DE VENDA DE IMÓVEL. AÇÃO PROPOSTA CONTRA
SERVENTIA EXTRAJUDICIAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
CARACTERIZADA AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS DO ARTIGO
1.022 DO CPC/2015. PREQUESTIONAMENTO. I- Inexistindo no
decisum fustigado qualquer dos vícios indicados no artigo 1.022 do
Código de Processo Civil/2015, outra medida não há de ser tomada,
senão rejeitar-se os embargos de declaração. II- O inconformismo dos
embargante com o resultado a que se chegou só é passível de
modificação por meio de recurso idôneo, visto que os embargos
declaratórios não constituem sede apta à obtenção de reforma do
comando judicial, por não possuírem, salvo raríssimas exceções, os
efeitos próprios da infringência. III- O julgador não precisa esmiuçar
todos os dispositivos legais indicados pela parte, bastando que
demonstre as razões de seu convencimento. Embargos de declaração
rejeitados.” (TJGO, APELACAO 0047472-39.2012.8.09.0102, DE
MINHA RELATORIA, 2ª Câmara Cível, julgado em 24/01/2018, DJe de
24/01/2018).

De outra parte, cumpre registrar que o prequestionamento levantado pela


recorrente no caso em análise não se mostra cabível, pois, para fins de interposição de
recursos nos Tribunais Superiores, não é necessário a referência expressa a todos os
dispositivos legais indicados como violados pelas partes, bastando o exame da
controvérsia à luz dos temas invocados em decisão fundamentada, como sucedeu in
casu.
Neste sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL


PÚBLICA COM PEDIDO DE TUTELA ESPECÍFICA ANTECIPADA DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER. OMISSÕES. VÍCIOS INEXISTENTES.
REDISCUSSÃO. NÃO CABIMENTO. PREQUESTIONAMENTO.
NECESSIDADE AFASTADA. I - Os embargos de declaração são

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NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
cabíveis quando houver, na sentença ou no acórdão, quaisquer das
hipóteses previstas no artigo 1.022 do CPC/2015. II - Apreciados os
fundamentos e argumentos relevantes lançados pelas partes, não há
falar em omissão no julgado. III - Portanto, diante da ausência dos vícios
elencados no artigo 1.022 do CPC/2015, e da clara intenção da parte
recorrente em rediscutir a matéria sob o seu ponto de vista, a rejeição
dos embargos de declaração é medida que se impõe na espécie. IV -
No tocante ao prequestionamento almejado nestes aclaratórios,
basta que o acórdão tenha decidido a causa à luz dos dispositivos
legais pertinentes à matéria para que esteja configurado o requisito
para a interposição de recurso aos Tribunais Superiores, sem que
exista a necessidade de menção expressa aos dispositivos
representados como violados. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.” (TJGO, DUPLO GRAU DE
JURISDICAO 389000-26.2014.8.09.0064, Rel. DES. ALAN S. DE SENA
CONCEIÇÃO, 5A CÂMARA CÍVEL, julgado em 23/02/2017, DJe 2224
de 08/03/2017) Destaquei.

Conclui-se, portanto, que o acórdão impugnado é hígido, motivo pelo qual a


rejeição dos embargos em face da inexistência de qualquer dos vícios preconizados no
artigo 1.022 do Digesto Processual Civil/2015 revela-se medida impositiva.
Isto posto, conheço dos embargos de declaração, porém os rejeito.
É como voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C30

Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento de n.


5732027.20.2019.8.09.0000
Comarca de Goiânia
Embargante: Iolanda Gomes de Siqueira
Embargado : Município de Goiânia
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

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NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos


autos de Agravo de Instrumento n. 5732027.20.2019.8.09.0000, da Comarca de
Goiânia, figurando como embargante Iolanda Gomes de Siqueira e como embargado
Município de Goiânia.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e o Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau,
atuando em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento de n.


5732027.20.2019.8.09.0000
Comarca de Goiânia
Embargante: Iolanda Gomes de Siqueira
Embargado : Município de Goiânia
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA:
Embargos de
Declaração em
Agravo de
Instrumento.
A ç ã o d e
obrigação de
fazer em fase
d e
cumprimento
de sentença.
Inexistência de
o m i s s ã o ,
contradição
e / o u
obscuridade. I
nexistindo
omissão,
obscuridade
e/ou contradição
a ser sanada,
c o n f o r m e
previsto pelo art.
1.022 do Código
de Processo

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NR.PROCESSO: 5732027.20.2019.8.09.0000
Civil, rejeitam-se
os aclaratórios
em que o
recorrente
almeja tão
somente
reexame de
matéria já
decidida, o que é
vedado em sede
de embargos de
declaração. II.
Prequestionam
ento. Não
cabimento. O
prequestioname
nto levantado
p e l o
embargante no
caso em análise
não se mostra
cabível, pois,
para fins de
interposição de
recursos nos
T r i b u n a i s
Superiores, não
é necessário a
referência
expressa a todos
os dispositivos
legais indicados
como violados
pelas partes,
bastando o
exame da
controvérsia à
luz dos temas
invocados em
d e c i s ã o
fundamentada,
como sucedeu
in casu.
Embargos de
Declaração
conhecidos e
rejeitados.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 12/02/2020 12:15:09

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5065726.09.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ROCA SANITÁRIOS DO BRASIL LTDA.
POLO PASSIVO : SPE WEST OFFICE INCORPORADORA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROCA SANITÁRIOS DO BRASIL LTDA.


ADVG. PARTE : 238717 SP - SANDRA NEVES LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5065726.09.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

DECISÃO

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de atribuição de efeito suspensivo,


interposto por ROCA SANITÁRIOS DO BRASIL LTDA., em face de decisão proferida pelo Juiz
de Direito da 24ª Vara da Cível da Comarca de Goiânia, nos autos da Ação de Execução ajuizada
em desfavor de SPE WEST OFFICE INCORPORADORA LTDA, aqui agravada.

A magistrada de primeiro grau indeferiu o pedido de citação por hora certa.

Em suas razões recursais a recorrente aponta inicialmente que o indeferimento da citação por hora certa
pelo juiz a quo resulta em verdadeira decisão interlocutória de mérito do processo Executivo.

Defende que o Sr. Oficial de Justiça se absteve de realizar a citação por hora certa após seis tentativas, sendo certo
que se tratava do endereço de residência do representante legal da Agravada.

Bate que a Agravante gozava de total amparo ao pleitear a citação por hora certa da Agravada em nome de seu
representante legal, visando o prosseguimento da demanda, sendo que tal pedido foi formulado em diversas

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NR.PROCESSO: 5065726.09.2020.8.09.0000
manifestações, quais sejam: Movimentos 86, 100 e 106, ocasionando o recolhimento de diversas verbas para a
locomoção do Sr. Meirinho e causando real prejuízo à Exequente.

Requer seja concedido efeito suspensivo ao recurso e, no mérito, requer seja o recurso
conhecido e provido para reformar a decisão atacada.

É sintético relatório. Decido.

De acordo com o disposto no artigo 1.015, Parágrafo Único, do Código de Processo Civil/2015,
cabe agravo de instrumento em face de decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no
processo de inventário.

Com efeito, estabelece o artigo 1.019, inciso I, do citado Códex Instrumental que o relator “poderá
atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total o parcial, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão” , caso vislumbre que a decisão interlocutória impugnada tenha
potencialidade de causar imediato gravame de difícil ou impossível reparação, de tal sorte que
não se possa esperar que a pretensão recursal seja exercida e examinada em momento
posterior.

Desse modo, para que se conceder o efeito suspensivo ou antecipar a tutela recursal, mister se
verificar a presença concomitante dos requisitos necessários ao deferimento de qualquer tutela
provisória, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo (art. 300, CPC/15).

Vale dizer: “Nos termos do art. 300, do novo CPC, para que a tutela provisória de urgência seja concedida é
necessária a presença concomitante de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco de resultado útil do processo” (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 123295-92.2016.8.09.0000,
Rel. DR(A). WILSON SAFATLE FAIAD, 6A CAMARA CIVEL, julgado em 03/05/2016, DJe 2025
de 11/05/2016).

Sobre o tema, anotam os processualistas Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery, in
verbis:

“Tutela provisória da pretensão recursal. Como juiz preparador do recurso, o relator poderá
conceder provisoriamente a tutela pretendida no recurso. Já se admitia a concessão de tutela
antecipada na esfera recursal por interpretação sistemática do CPC/1973 273, ex-527 II e
558.” (In Comentários ao Código de Processo Civil, ed. RT, 2015 – 2ª tiragem, p. 2.107).

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NR.PROCESSO: 5065726.09.2020.8.09.0000
No caso vertente, em sede de cognição sumária e superficial, própria ao estágio dos autos,
analisados os documentos colacionados pelo recorrente em cotejo aos fundamentos expostos na
decisão agravada, não identifico elementos seguros de prova a evidenciarem a presença
concomitante dos pressupostos legais autorizadores para concessão de efeito suspensivo ao
recurso.

Diante o exposto, INDEFIRO o pedido de concessão de efeito suspensivo ao recurso.

Intime-se a parte agravada para responder ao recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-
lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do presente agravo de
instrumento, nos termos do inciso II, do artigo 1.019, do CPC/2015.

Intimem-se.

Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.

Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


14/02/2020 20:45:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5305134.57.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA E GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA
POLO PASSIVO : DEUSA CUNHA BORGES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA E GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA


ADVGS. PARTE : 21926 GO - DANILO SIQUEIRA DE REZENDE
2626 GO - MANOEL DE OLIVEIRA MOTA
7002 GO - GILMAR DE OLIVEIRA MOTA

PARTE INTIMADA : DEUSA CUNHA BORGES


ADVGS. PARTE : 23926 GO - JANDERSON DE SOUSA SILVA
34727 GO - LUCIANA MESQUITA GOMES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5305134.57.2019.8.09.0000

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTES : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA

AGRAVADOS : DEUSA CUNHA BORGES e ESPÓLIO DE ANTÔNIO NIVALDO RODRIGUES

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade conheço do recurso.

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por MANOEL DE OLIVEIRA
MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA em face da decisão proferida pelo juiz de Direito em
respondência da 1ª Vara Cível da Comarca de Senador Canedo, Giuliano Morais Alberici, nos autos da ação
reivindicatória cumulada com manutenção de posse movida em face de ESPÓLIO DE ANTÔNIO NIVALDO
RODRIGUES e DEUSA CUNHA BORGES, que indeferiu a gratuidade da justiça e a liminar de manutenção de

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
posse.

Quanto ao pedido de justiça gratuita indeferido pelo juiz a quo argumentam os agravantes que titularidade de
bens não se confunde com disponibilidade de renda para pagamento de despesas processuais, acrescenta que
as despesas imprescindíveis para a manutenção da casa dos agravantes; como água, energia elétrica,
telefone/internet e cópia do extrato bancário demonstram baixa movimentação financeira, estando demonstrada
a atual condição de hipossuficiência.

Alegam que são possuidores do imóvel demandado e que concederam parte da área em comodato aos
agravados e relatam várias outras ações propostas, que tiveram a sentença cassada ou foram extintas sem
julgamento de mérito, porém a antecipação de tutela fora concedida aos embargantes naqueles processos.

Afirmam que detém a posse indireta e direta do bem reivindicado, com justo título e efetiva ocupação e que
promovem benfeitorias e zelam do imóvel.

Alegam que fazem a declaração anual de imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR) desde 1999 e que a
ata notarial realizada pelo tabelião verificou que somente os autores detém a posse indireta e direta da área
reivindicada.

Descreve sobre o direito e razões do pedido de reforma da decisão e argumenta sobre a necessidade de prover
o efeito suspensivo.

Pugna, por fim, pela suspensão da decisão agravada e, ao final, o provimento do recurso.

Recurso sem o recolhimento do preparo, em razão do pleito da assistência judiciária.

Pois bem.

Após análise dos autos, bem como dos documentos colacionados ao feito, verifica-se que o recorrente
não comprovou, de forma satisfatória, a real necessidade do benefício almejado.

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
Mister salientar que o entendimento atual para a concessão da justiça gratuita é de que não basta a declaração
de insuficiência de recursos, mas, sim, a real comprovação de ausência de condições financeiras para suportar
as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu próprio sustento ou de sua família.

Em que pesem os argumentos expendidos em suas razões recursais, vê-se que os documentos colacionados
não são capazes de comprovar a ausência de substrato financeiro para fazer jus ao benefício pleiteado,
consoante a norma do artigo 5º, inciso LXXIV da nossa Carta Magna, que determina:

O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem


insuficiência de recursos. (g)

Para obtenção do benefício requerido é necessário que a parte declare e comprove ser pobre no sentido legal,
ou seja, não estar em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado.

Registre-se, conforme decisão, que o valor do imóvel objeto da ação, perfaz a importância de
aproximadamente R$ 100.000,00 (cem mil reais), conforme declarações do ITRD, sendo esta apenas uma
fração da área total do imóvel de 61,07 ha.

Além desse fato os agravantes residem em setor nobre da capital do Estado, sendo ambos advogados,
e o agravante comprovou renda por benefício por anistia política e aposentadoria por idade, no importe
de R$ 1.510,39 e R$ 1.128,51, respectivamente.

Assim, não vislumbro a comprovação, de forma efetiva, da impossibilidade de o recorrente arcar com as
custas iniciais, a ponto de inviabilizar a própria subsistência.

Por conseguinte, deve ser aplicado ao caso em comento, o teor da Súmula 25 do Tribunal de Justiça
deste Estado, de seguinte enunciado:

Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que comprovar


sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
Nesse toar, não há razão para alterar a decisão vergastada, ante a ausência de plausibilidade dos fatos
alegados, bem assim considerada a documentação apresentada nos autos, que não ampara a hipossuficiência
declarada.

Por fim, observa-se que os arestos deste Tribunal de Justiça vêm ressaltando a necessidade de haver, nos
autos, como já dito, indícios que revelem presentes os requisitos para a concessão do benefício:

AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO


FISCAL. JUSTIÇA GRATUITA. INDEFERIMENTO. HIPOSSUFICIÊNCIA
FINANCEIRA. NÃO COMPROVAÇÃO. 1. Inexistindo impugnação específica capaz
de conduzir o julgador a nova convicção, nega-se provimento ao Agravo Interno. 2.
Inadmissível a concessão do benefício da justiça gratuita quando não demonstrada
sua impossibilidade de arcar com o pagamento das custas processuais sem o
prejuízo do seu sustento, conforme configurado no caso em apreciação. AGRAVO
INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.

(TJGO, Apelação (CPC) 0232431-40.2015.8.09.0006, Rel. ORLOFF NEVES


ROCHA, 1ª Câmara Cível, julgado em 09/10/2019, DJe de 09/10/2019)

No que diz respeito ao indeferimento da liminar de manutenção de posse, a decisão aqui lançada somente
analisará a presença ou não dos requisitos legais para o indeferimento da tutela antecipada pelo juízo singular.

Convém destacar que a tutela antecipada tem por finalidade garantir a efetividade da prestação jurisdicional,
tendo como pressupostos a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo,
requisitos estes contidos no caput do art. 300 do CPC, podendo ser concedida liminarmente ou após audiência
de justificação prévia, segundo o §2º daquele dispositivo legal.

Além disso no § 3º do artigo 300 do Código de Processo Civil, está previsto que não será concedida a tutela de
urgência quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Com efeito, para a concessão liminar de tutela possessória, o magistrado singular deve proceder uma análise
acurada dos elementos autorizadores da medida, os quais devem vir suficientemente demonstrados na petição
inicial.

A existência da posse é elemento indispensável para o manejo dos interditos possessórios em geral e, por essa
razão, deve a parte autora/agravante, ao deduzir sua pretensão possessória, demonstrar o seu exercício, bem
como de outros elementos indeclináveis à concessão da tutela possessória, mormente quando veicular pedido

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
liminar.

No caso, segundo ressai dos autos, o juiz singular fundamenta a decisão de indeferimento de manutenção de
posse tendo em vista não estar demonstrada a probabilidade de direito, de plano, mormente pela posse mansa
dos requeridos e a ausência de comprovação da turbação dos agravados, além da disputa judicial acerca da
propriedade.

Da análise detalhada dos autos, verifico que não restou demonstrado de forma satisfatória, na fundamentação
exposta pelos agravantes, a presença de elementos que evidenciem a probabilidade do direito à concessão da
medida requestada, mormente porque a turbação não restou devidamente comprovada nos autos, limitando-se
a parte autora a alegar tal fato, não havendo comprovação da posse anterior do imóvel em questão.

Impende ressaltar, ainda, que em se tratando de tutela de urgência, a decisão concessiva ou negativa do
magistrado somente enseja reforma no caso de ilegalidade, arbitrariedade ou manifesto equívoco ou abuso de
poder, o que não ocorreu na hipótese em exame, razão pela qual deve ser mantida a decisão que indeferiu a
tutela requerida, nos moldes do artigo 300, caput, CPC.

Nesse sentido eis o julgado.

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA. TUTELA PROVISÓRIA DE


URGÊNCIA INDEFERIDA. 1. Os critérios de aferição para a concessão de medida
liminar em antecipação de tutela estão na faculdade do julgador que, ao exercitar o
seu livre convencimento, decide sobre a conveniência ou não do seu deferimento,
observados os requisitos legais, podendo ser reformada pelo juízo ad quem
somente em caso de flagrante abusividade ou ilegalidade, inocorrentes na hipótese.
2. No caso dos autos, a Magistrada agiu com cautela, por se tratar de decisão
liminar, fundamentando com amparo na documentação que instrui a inicial, os
motivos pelo qual não visualizou a probabilidade do direito pretendido pela parte.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.”

(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5083023-97.2018.8.09.0000, Rel. NORIVAL


SANTOMÉ, 6ª Câmara Cível, julgado em 19/06/2019, DJe de 19/06/2019)

Dessa forma, não tem respaldo a pretensão dos agravantes de modificação do ato recorrido, ante a ausência
de ilegalidade ou abusividade.

Pelo exposto, conheço do Agravo de Instrumento e NEGO-LHE provimento para manter incólume a decisão
agravada, revogando o efeito suspensivo deferido na decisão (evento n. 16).

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
É o voto.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº


5305134.57.2019.8.09.0000 da Comarca de Senador Canedo em que figura como Agravantes MANOEL DE
OLIVEIRA MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA e como Agravados DEUSA CUNHA BORGES E
ESPÓLIO DE ANTÔNIO NIVALDO RODRIGUES

ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em


conhecer e desprover o recurso, termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5305134.57.2019.8.09.0000

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTES : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA

AGRAVADOS : DEUSA CUNHA BORGES e ESPÓLIO DE ANTÔNIO NIVALDO RODRIGUES

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. JUSTIÇA


GRATUITA INDEFERIDA. TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA. PEDIDO
LIMINAR DE MANUTENÇÃO DE POSSE. PROPRIETÁRIO. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ARTIGO 561 E 300 DO CPC.

1. Ausência de comprovação da hipossuficiência financeira, artigo 5º, inciso


LXXIV da Constituição da república, aplicação da súmula 25 do tribunal de
justiça do estado de goiás.

2. O deferimento ou denegação de tutela de urgência antecipada reside no poder


discricionário do julgador, observados os requisitos do artigo 300 do CPC, pelo que
somente deverá ser reformada a decisão se esta for manifestamente ilegal, abusiva
ou teratológica, o que não se verifica nos autos.

3. Para concessão de liminar em ações possessórias, incumbe ao requerente provar


a sua posse, a turbação praticada pelo réu, a data da turbação e a continuação na
posse, conforme artigo 561 do CPC. Ausente qualquer dos requisitos, o
indeferimento da liminar é medida impositiva.

4. Documento demonstrativo da propriedade não tem o condão de possibilitar a


manutenção de posse liminarmente, visto necessário ao proprietário comprovar o
efetivo exercício da posse, consistente no poder físico sobre a coisa, quando da
prática da alegada turbação.

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5305134.57.2019.8.09.0000

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTES : MANOEL DE OLIVEIRA MOTA e GILVA PEREIRA DE OLIVEIRA MOTA

AGRAVADOS : DEUSA CUNHA BORGES e ESPÓLIO DE ANTÔNIO NIVALDO RODRIGUES

RELATOR : DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. JUSTIÇA


GRATUITA INDEFERIDA. TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA. PEDIDO
LIMINAR DE MANUTENÇÃO DE POSSE. PROPRIETÁRIO. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ARTIGO 561 E 300 DO CPC.

1. Ausência de comprovação da hipossuficiência financeira, artigo 5º, inciso


LXXIV da Constituição da república, aplicação da súmula 25 do tribunal de
justiça do estado de goiás.

2. O deferimento ou denegação de tutela de urgência antecipada reside no poder


discricionário do julgador, observados os requisitos do artigo 300 do CPC, pelo que
somente deverá ser reformada a decisão se esta for manifestamente ilegal, abusiva
ou teratológica, o que não se verifica nos autos.

3. Para concessão de liminar em ações possessórias, incumbe ao requerente provar


a sua posse, a turbação praticada pelo réu, a data da turbação e a continuação na
posse, conforme artigo 561 do CPC. Ausente qualquer dos requisitos, o
indeferimento da liminar é medida impositiva.

4. Documento demonstrativo da propriedade não tem o condão de possibilitar a


manutenção de posse liminarmente, visto necessário ao proprietário comprovar o
efetivo exercício da posse, consistente no poder físico sobre a coisa, quando da
prática da alegada turbação.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5305134.57.2019.8.09.0000

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 14:40:56

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5665431.54.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESPÓLIO DE ANTONIO DE PÁDUA FURQUIM BONATELLI
POLO PASSIVO : LOURENÇO CARLOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ESPÓLIO DE ANTONIO DE PÁDUA FURQUIM BONATELLI


ADVGS. PARTE : 424539 SP - JULIA SAMSON ALMEIDINHA
285739 SP - MARCUS VINICIUS PEREIRA LUCAS

PARTE INTIMADA : LOURENÇO CARLOS


ADVGS. PARTE : 64236 MG - PAULO JOSE GOUVEA JUNIOR
163834 SP - CELIO DE MELO ALMADA NETO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento nº


5665431.54.2019.8.09.0000
Comarca de Ipameri
Embargante: Espólio de Antônio de Pádua Furquim Bonatelli
Embargado: Lourenço Carlos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIOEVOTO

Cuida-se de embargos de declaração opostos por Espólio de Antônio de


Pádua Furquim Bonatelli em face do acórdão constante do evento nº 27, proferido
em agravo de instrumento manejado pelo embargante em desfavor de Lourenço
Carlos.
No evento nº 35, a parte agravante apresenta petição com idêntico teor
daquela constante do evento nº 23.
Na sequência, a parte embargante opôs embargos de declaração, evento nº
36, apontando omissão e contradição em relação à alegada incompetência do juízo
singular para analisar e decidir sobre o patrimônio do espólio, destacando que,
implicitamente, o juízo de origem se deu por competente para processar e deferir o
pedido de arresto formulado pelo embargado, mesmo ciente da existência de
espólio/inventário prévio.
Assevera ser o acórdão omisso por não ter sido aplicado o disposto no artigo
933, do CPC, cujo teor possibilita que o relator considere no julgamento do recurso
questões aplicáveis de ofício e ainda não examinadas, intimando-se as partes para
que se manifestem em 05 (cinco) dias.
Aduz que “o v. acórdão foi contraditório ao afirmar que, em razão da ausência

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
de discussão sobre “incompetência do juízo de origem” perante o D. Juízo a quo, tal
questão deveria “ser submetida à apreciação do magistrado de 1ª instância para, se
necessário, ser devolvida à análise desta 2ª instância” (fl. 6), ao passo que, na mesma
ocasião, consignou a inexistência de “dispositivo legal condicionando a concessão de
tutela de urgência de natureza cautelar a prévia oitiva da parte executada/agravante”.”
Esclarece ter utilizado de sua primeira oportunidade para tratar sobre a
incompetência do juízo a quo, tendo manifestado diretamente a este Sodalício, por
meio do presente agravo de instrumento.
Noutro ponto, aponta omissão em relação à ausência de preenchimento dos
requisitos autorizadores para concessão da tutela cautelar de arresto de bens,
mormente considerando-se que o crédito é ilíquido e incerto e que o delongar na
solução da demanda não pode ser considerado como caracterização da existência de
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
Sublinha inexistir nos autos comprovação ou mesmo indício de dilapidação
patrimonial.
Prossegue defendendo ser o acórdão embargado omisso, também, no
tocante à ausência de interesse de agir do embargado. Assevera que o embargado já
pleiteou a reserva de seu crédito nos autos do inventário do falecido, bem como no do
genitor do falecido, antes mesmo de ingressar com o pedido de liquidação de
sentença.
Entende que o pedido de arresto é claramente desnecessário e sem qualquer
utilidade prática, o que não foi analisado no bojo no acórdão recorrido.
Ainda, aponta omissão no acórdão atacado no que concerne ao deferimento
da reserva de bens de titularidade do espólio nos autos do inventário do genitor do
falecido, fato novo noticiado na movimentação 23, arquivo nº 02.
Por fim, requer o conhecimento e acolhimento dos aclaratórios para que
sejam sanados os vícios apontados, aclarando-se o acórdão embargado, além de
apresentar prequestionamento para fins de interposição de recurso aos tribunais de
superposição.
É o relatório. Passo ao voto.

Inicialmente, registro que a petição do evento nº 35 é igual àquela do evento


nº 23, sobre a qual já houve manifestação no voto condutor do feito.
Pois bem. É consabido que cabem embargos de declaração, na inteligência
do artigo 1.022 do Código de Processo Civil, quando na sentença ou acórdão houver
obscuridade ou contradição, ou for omisso acerca de tema sobre o qual devia
pronunciar-se para elucidar a questão posta em juízo.
A propósito:

“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
judicial para:
I –esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar
o juiz de ofício ou a requerimento;
III – corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:


I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.”

Assim, a interposição dos embargos declaratórios em situação de vício do


acórdão é perfeitamente admissível para afastar eventuais dúvidas, ex vi do artigo
1.022 e seus incisos, do Código de Processo Civil.
A esse respeito, preleciona o professor Humberto Theodoro Júnior:

“(...) Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-la-á,


decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão embargada. No
caso de obscuridade ou contradição, o decisório será expungido
eliminando-se o defeito nele detectado. Em qualquer caso, a substância
do julgado será mantida, visto que os embargos de declaração não
visam à reforma do acórdão, ou da sentença. No entanto, será inevitável
alguma alteração no conteúdo do julgado, principalmente quando se
tiver de eliminar omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao
julgamento dos embargos de declaração é que não se proceda a um
novo julgamento da causa, pois a tanto não se destina esse remédio
recursal”. (in Curso de Direito Processual Civil, 36.ed., Vol. I, São Paulo:
Editora Forense, p. 526/527).

Conclui-se que os embargos de declaração possuem o objetivo de requerer


ao juiz prolator da decisão o afastamento da obscuridade, omissão ou contradição que
inquina sua decisão, ou para a correção de erro material.
In casu, alega a parte embargante ser necessária a integração do acórdão
embargado para que sejam sanadas as omissões e contradições apontadas.
Pois bem. De uma detida análise da questão ora posta sob apreciação,
verifica-se que este Tribunal de Justiça, no voto condutor do acórdão recorrido,
analisou todas as matérias debatidas, não restando caracterizado vício ensejador ao
acolhimento dos aclaratórios, mormente considerando-se que a parte

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
agravante/embargante limitou-se a repetir as alegações contidas em suas razões de
agravo de instrumento.
Com efeito, constou do voto condutor do acórdão recorrido os seguintes
dizeres:

“Inicialmente, consigno que o agravo de instrumento em voga é


parcialmente inadmissível.

O efeito devolutivo do agravo de instrumento restringe-se à matéria que


foi analisada e efetivamente decidida pelo Juízo de origem, de maneira
que os temas que não tenham sido objeto da decisão do Juízo a quo
não podem ser apreciados pelo Juízo ad quem, sob pena de manifesta
supressão de instância.

Com efeito, deve haver exata correlação entre as razões do agravo de


instrumento e o que foi analisado e decidido pelo Juízo a quo.

Não é por outra razão que se costuma atribuir ao agravo de instrumento


a chancela de recurso secundum eventum litis.

Assim, pode-se afirmar que o órgão ad quem está adstrito ao exame, no


agravo de instrumento, dos elementos que foram objeto de análise pelo
juízo de origem, não se admitindo o conhecimento originário pelo órgão
revisor de nenhuma outra matéria, ainda que de ordem pública, haja
vista que suprime do Juízo de 1º grau a possibilidade de analisá-la, em
manifesta ofensa ao ordenamento jurídico pátrio.

Acerca do tema, oportunas se fazem as preciosas lições do eminente


Ministro Luiz Fux, do excelso Supremo Tribunal Federal:

“O efeito devolutivo importa devolver ao órgão revisor da decisão a


matéria impugnada nos seus limites e fundamentos. Toda questão
decidida tem uma extensão e suas razões. Em face do princípio do
duplo grau, o órgão revisor da decisão deve colocar-se nas mesmas
condições em que se encontrava o juiz, para aferir se julgaria da mesma
forma e, em consequência, verificar se o mesmo incidiu nos vícios da
injustiça e da ilegalidade. Por essa razão, e para obedecer essa
identidade, é que se transfere ao tribunal (devolve-se) a matéria
impugnada em extensão e profundidade.” (in Curso de Direito

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Processual Civil: Processo de Conhecimento, 4ª ed., Forense: 2008, p.
753, g.)

Neste sentido:

“(...)

In casu, a decisão agravada limita-se a deferir o pedido de arresto


constante do evento nº 11, determinando a expedição de ofício à
AGRODEFESA, para que informe a quantidade de semoventes em
nome do espólio agravante, bem como proceda com o bloqueio de
transferência, até nova ordem do juízo de origem, sob pena de o
responsável responder por crime de desobediência. Ainda, deferiu a
realização de pesquisa e bloqueio de veículos via sistema RENAJUD.

Todavia, nas razões recursais, a ré/agravante apresenta, como primeira


tese, a incompetência do juízo singular para deliberar sobre o patrimônio
do espólio agravante/executado.

Como se vê, esta primeira alegação da ré/agravante não foi analisada e


decidida pelo magistrado singular na decisão fustigada e, ainda que se
trate de matéria de ordem pública, não pode ser conhecida
originariamente por este Juízo ad quem, sob pena de infringir o princípio
do duplo grau de jurisdição.

Referida matéria (incompetência do juízo de origem), como ainda não foi


arguida no Juízo de origem, deve ser submetida à apreciação do
magistrado de 1ª instância para, se necessário, ser devolvida à análise
desta 2ª instância.

Logo, o não conhecimento do recurso em apreço no capítulo em que é


arguida a incompetência do juízo de primeiro grau é medida que se
impõe.

De outro lado, no tocante ao preenchimento dos requisitos legais para a


concessão da tutela de urgência cautelar (pedido de arresto) postulada
pelo agravado/exequente, verifico que a decisão recorrida analisou os
requisitos legais exigidos, concluindo pela existência deles.

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
Em relação ao arresto, Humberto Theodoro Júnior ensina:

(...)

Nesse compasso, incumbe registrar que, nos termos do artigo 300, do


NCPC, o Juiz pode antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela
quando "houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo."

Sobre o tema em análise, leciona Fredie Didier Jr:

(…)

Inolvidável, ainda, que a norma contida no artigo 301, do CPC, permite


que a tutela de urgência de natureza cautelar possa ser efetivada
mediante arresto, para assegurar o direito da parte, a saber:

“Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada


mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto
contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para
asseguração do direito.”

No presente caso, estão devidamente preenchidos os requisitos para a


concessão da tutela de urgência cautelar, não merecendo alteração a
decisão recorrida. Existe a probabilidade do direito, porquanto o
exequente/agravado apresentou título judicial embasando o
procedimento de liquidação de sentença. Outrossim, evidente o perigo
da demora, pois, não obstante afirme o agravante/executado que o
patrimônio do espólio seja vasto e que o montante devido ainda é
ilíquido e incerto, induvidoso que o arresto em comento garantirá a
execução na fase de cumprimento de sentença, mormente
considerando-se o expressivo valor que o exequente/agravado é credor
do espólio agravante/executado.

Por oportuno, transcrevo a parte dispositiva da sentença prolatada nos


autos da ação originária com pedido liminar, ajuizada por Lourenço
Carlos em desproveito de Antônio de Pádua Furquim Bonatelli – Espólio,

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
de protocolo nº 24028.61.2012.8.09.0074, cujo teor condenou o
agravante em favor do agravado:

Sentença:

“Ante o exposto JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido


inicial formulado por LOURENÇO CARLOS em face de ANTONIO DE
PÁDUA FURQUIM BONATELLI, para, em consequência:

1) – rescindir o contrato de compra e venda entabulado entre as partes;


2) – reintegrar o autor na posse do imóvel, com a intimação do requerido
para que o desocupe, no prazo de 30 dias, sob pena de pagamento de
multa diária, que arbitro em R$2.000,00;
3) – condenar o requerido ao pagamento de taxa de fruição pela
utilização do imóvel após a notificação de fls. 32/34, efetivada em
05/12/2011, na proporção de 1% (um por cento) do valor atualizado do
imóvel por mês de ocupação, até a efetiva entrega do imóvel, valores
que deverão ser apurados em liquidação de sentença, bem como sofrer
a incidência de correção monetária com base no INPC e juros de mora
de 12% aa, estes últimos contados a partir da citação;
4) – determinar ao autor o pagamento de indenização das benfeitorias
edificadas no imóvel, que deverão ser efetivamente demonstradas no
procedimento de liquidação de sentença, na forma do art. 509, inc. II, do
NCPC (procedimento comum), podendo o demandado exercer o direito
de retenção da coisa, até o pagamento ou com a compensação do
direito de fruição ora assegurado ao demandante;
5) – condenar o requerido ao pagamento das custas e despesas
processuais, assim como dos honorários advocatícios dos procuradores
da parte autora, que arbitro em 15% (quinze por cento) do valor da
condenação, deixando de condenar a parte contrária nos ônus da
sucumbência por ter decaído de parte mínima do pedido.
P. R. I..”

Acórdão (evento nº 21 dos autos de protocolo nº


24028.61.2012.8.09.0074 - ):
“Na confluência do exposto, conheço da apelação cível interposta por
Antônio de Pádua Furquim Bonatelli – Espólio e lhe dou parcial
provimento, reformando a sentença objurgada, para reduzir o percentual
da taxa de fruição para 70% (setenta por cento) do correspondente a
0,5% (meio por cento) do valor atualizado do imóvel, a ser pago após

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
recebimento da notificação extrajudicial, por mês de ocupação, até
entrega do imóvel, sob pena de enriquecimento indevido, além de
estabelecer que a desocupação do imóvel determinada na sentença
ocorrerá somente após 30 (trinta) dias da intimação, depois que ocorrer
o pagamento das benfeitorias que ensejou a retenção do imóvel, não
havendo se falar em incidência da multa arbitrada antes da fluência
daquele prazo. É como voto.”

Acórdão que julgou os Embargos de Declaração (evento nº 31 dos autos


de protocolo nº 24028.61.2012.8.09.0074):
“Isto posto, conheço dos embargos de declaração, porém os rejeito.
É como voto.”

Deveras, o indeferimento do arresto nesse momento processual poderá


causar ao exequente/agravado dificuldade em receber o seu crédito,
levando-se em consideração o tempo de tramitação que pode levar a
fase de liquidação de sentença. Outrossim, acrescento que o espólio
aqui agravante deixou de acostar aos presentes autos as supostas
decisões judiciais deferindo os arrestos postulados nos autos do
inventário e, também, as decisões judiciais referentes ao propalado
cumprimento de sentença em face do Banco do Brasil, o que foi tão
somente mencionado superficialmente pelo agravante em suas razões
recursais.

Por oportuno, registro que as alegações e pedidos constantes do evento


nº 23 devem ser apresentados inicialmente ao juízo de origem, sob pena
de supressão de instância. E mesmo que assim não fosse, as alegações
constantes daquela petição, ou seja, de que nos autos do inventário o
juízo singular determinou que a inventariante apresente plano de
partilha, observando no quinhão a ser recebido pelo herdeiro Antônio de
Pádua Furquim Bonatelli-espólio a existência de ação judicial, em fase
de liquidação (processo de protocolo 5318441.50.2019.8.09.0074), não
conflita e sequer impede a determinação de arresto de bens.

Desse modo, não há se falar em reforma da decisão recorrida por


ausência de preenchimento dos requisitos legais exigidos para a
concessão da tutela de urgência de natureza cautelar.

A propósito, transcrevo os acertados fundamentos utilizados pelo


magistrado singular em sua decisão:

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
“1 – Em análise da petição constante do Evento 11, em que a parte
autora/liquidante requereu a expedição de ofício à AGRODEFESA para
fins de informar e bloquear os semoventes de propriedade da parte
demandada, bem como para bloquear também eventuais veículos em
nome do espólio de ANTONIO DE PADUA FURQUIM BONATELLI, vejo
que a medida encontra abrigo na medida em que o postulante, por força
de sentença transitada em julgado, é credor do requerido de quantia
expressiva, apesar de ainda não liquidada. Presente, pois, o “fumus boni
iuris”.

2 – De outra sorte, é certo que a medida encontra guarida na medida em


que servirá como meio de efetividade da medida judicial inserta na
sentença proferida, garantindo a excussão na fase de cumprimento de
sentença, o que, de per si, demanda tempo. Presente, também, o
“periculum in mora”.

De mais a mais, consigno inexistir dispositivo legal condicionando a


concessão de tutela de urgência de natureza cautelar a prévia oitiva da
parte executada/agravante, diferentemente do alegado pelo recorrente.

Outrossim, acrescento que o fato de o exequente/agravado postular o


arresto de valores depositados nos autos do inventário e do
cumprimento de sentença em que o falecido é credor do Banco do
Brasil, conforme a previsão do art. 642 e seguintes, do Código de
Processo Civil, não lhe retira a possibilidade de pedir tutela cautelar de
urgência no bojo do procedimento de liquidação de sentença, visando
garantir a efetividade do futuro processo de execução, não havendo,
portanto, se falar em ausência de interesse de agir do
agravado/exequente.

Nesse contexto, o arresto postulado pelo exequente/agravado, na


hipótese vertente, se revela medida adequada a assegurar a satisfação
de seu crédito.

No mesmo sentido é a jurisprudência desta Corte de Justiça: ”

Conforme se infere do trecho acima colacionado, não se afigura possível o


reconhecimento de omissão e/ou contradição, porquanto, diferentemente do que
afirma o embargante em suas razões recursais, todas as teses por ele apontadas
foram devidamente analisadas no bojo do voto condutor do acórdão embargado.

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
Da leitura do acórdão combatido, resta claro que a tese de incompetência do
juízo singular para dispor sobre o patrimônio do espólio, bem como que as
informações constantes da petição do evento nº 23 devem, primeiramente, ser
apresentadas ao juízo de origem, sob pena de supressão de instância, por ser o
agravo de instrumento recurso secundum eventum litis.
Outrossim, importante destacar que restou consignado no acórdão recorrido
terem sido preenchidos os requisitos para a concessão da tutela de urgência cautelar,
não havendo se falar, portanto, em omissão em relação à alegação de ausência de
preenchimento desses requisitos.
Da mesma forma, no acórdão atacado foi enfrentada a tese de ausência de
interesse de agir do embargado, concluindo-se pela existência de interesse de agir do
agravado/exequente.
Portanto, principalmente considerando-se que as alegações levantadas pelo
embargante se resumem a questões já decididas e enfrentadas pelo voto condutor do
acórdão objurgado, não há vício a amparar o acolhimento dos presentes aclaratórios.
Em verdade, pretende a parte embargante somente a rediscussão da matéria
em que restou vencida. Destarte, não há falar em omissão, obscuridade ou
contradição no voto condutor do acórdão embargado.
Ora, a utilização dos embargos declaratórios com efeito modificativo é medida
excepcional, admissível apenas para a correção de premissa equivocada de que haja
partido a decisão embargada e que seja influente no julgamento.
Desse modo, a irresignação da parte embargante deve ser manifestada com o
manejo do recurso adequado à espécie e não por intermédio de embargos de
declaração, pois visa a alteração do entendimento deste Tribunal acerca da matéria
posta sob apreciação.
A respeito, este Egrégio Tribunal de Justiça pontificou, in verbis:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL E NO DUPLO


GRAU DE JURISDIÇÃO. CONTRADIÇÃO E OMISSÃO
INEXISTENTES. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA. Deve-se negar
provimento a embargos de declaração que somente rediscute matéria já
decidida, não ocorrendo no julgado qualquer omissão, obscuridade ou
contradição. Embargos de declaração conhecidos e desprovidos."
(TJGO. EdAc 599384-16.2008.8.09.0051. 6ª Câmara Cível. Rel. Des.
Camargo Neto. DJ em 26/10/2010)

"DUPLO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,


CONTRADIÇÃO E OBSCURIDADE. I - Rejeita-se os embargos que
visam reabrir discussão de matéria julgada, finalidade a que não se
prestam os declaratórios, que devem atender os requisitos do artigo 535
e incisos do ordenamento processual vigente. II - O examinador não
está vinculado às teses apresentadas pelos recorrentes, mormente
quando se verifica toda fundamentação ventilada no julgamento do

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
acórdão ser no sentido de que não foram infringidas as normas do
ordenamento pátrio. III – Embargos de declaração rejeitados." (TJGO.
Ed 432769-58.2009.8.09.0000. 4ª Câmara Cível. Rel. Des. Beatriz
Figueiredo Franco. DJ em 04/11/2010)

Porque pertinente, há de se observar, ainda, que, no pertinente ao


prequestionamento, com fulcro no artigo 1.025 do Código de Processo Civil, “
consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para
fins de prequestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos
ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição
ou obscuridade”.
Conclui-se, portanto, que o acórdão impugnado é hígido, motivo pelo qual a
rejeição dos embargos de declaração em face da inexistência de qualquer dos vícios
preconizados no artigo 1.022 do Digesto Processual Civil/2015 revela-se medida
impositiva.
Isto posto, rejeito os embargos de declaração.
É como voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C90

Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento nº


5665431.54.2019.8.09.0000
Comarca de Ipameri
Embargante: Espólio de Antônio de Pádua Furquim Bonatelli
Embargado: Lourenço Carlos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos
autos de Agravo de Instrumento nº 5665431.54.2019.8.09.0000, da Comarca de
Ipameri, figurando como embargante Espólio de Antônio de Pádua Furquim
Bonatelli e como embargado Lourenço Carlos.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, proferido na
assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira e o
Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau, atuando
em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento nº


5665431.54.2019.8.09.0000
Comarca de Ipameri
Embargante: Espólio de Antônio de Pádua Furquim Bonatelli
Embargado: Lourenço Carlos
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

E M E N T A :
Embargos de
declaração.
Agravo de
Instrumento.
Procedimento
de liquidação
de sentença.
Pedido de
t u t e l a
antecipada
cautelar. I –
Incompetência
do juízo.
R e c u r s o
secundum
eventum litis. A
Corte Revisora
está adstrita ao
exame dos
elementos que
foram objeto de
análise pelo
juízo de origem,
não podendo

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
a p r e c i a r
matérias que
não foram
enfrentadas pela
d e c i s ã o
agravada, sob
p e n a d e
supressão de
instância. II –
Requisitos para
concessão da
tutela de
urgência de
n a t u r e z a
c a u t e l a r .
Preenchimento.
Preenchidos os
requisitos legais
p a r a a
concessão da
tutela de
u r g ê n c i a
c a u t e l a r
postulada pelo
agravado/exequ
ente, qual seja,
pedido de
bloqueio de
transferência de
veículos e
semoventes,
deve ser
mantida a
d e c i s ã o
recorrida que
concluiu pela
existência dos
requisitos de
probabilidade do
direito e perigo
de dano ou risco
ao resultado útil
do processo. III -
Interesse de
agir. Presença.
O fato de o
exequente/agrav
ante postular o
arresto de
v a l o r e s
depositados nos
autos do

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
inventário e do
cumprimento de
sentença em
que o falecido é
credor do Banco
do Brasil,
conforme a
previsão do art.
642 e seguintes,
do Código de
Processo Civil,
não lhe retira o
interesse de
buscar a tutela
cautelar de
urgência no bojo
do procedimento
de liquidação de
s e n t e n ç a ,
visando garantir
a efetividade do
futuro processo
de execução,
não havendo,
portanto, se falar
em ausência de
interesse de agir
d o
agravado/exequ
ente. IV - Não
caracterização
das situações
elencadas no
artigo 1.022,
CPC. Não
e x i s t i n d o
obscuridade,
omissão ou
contradição,
nem mesmo erro
material no
a c ó r d ã o
embargado,
h i p ó t e s e s
elencadas nos
arts. 1.022 c/c
489, § 1º, do
CPC/2015, é
caso de rejeição
dos embargos
declaratórios
opostos. O

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
julgador não
está obrigado a
responder a
t o d a s a s
q u e s t õ e s
suscitadas pelas
partes, quando
j á t e n h a
encontrado
motivo suficiente
para proferir a
decisão. V -
Pret e ns ã o de
rejulgamento
da causa.
Impossibilidade
. Inexistentes as
hipóteses do art.
1.022 do
CPC/2015, não
merecem
acolhida os
embargos de
declaração que
têm nítido
c a r á t e r
infringente. III –
Prequestionam
ento. Com fulcro
no artigo 1.025
do Código de
Processo Civil,
“consideram-se
incluídos no
acórdão os
elementos que o
embargante
suscitou, para
f i n s d e
prequestioname
nto, ainda que
os embargos de
declaração
s e j a m
inadmitidos ou
rejeitados, caso
o tribunal
s u p e r i o r
c o n s i d e r e
existentes erro,
o m i s s ã o ,
contradição ou

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NR.PROCESSO: 5665431.54.2019.8.09.0000
obscuridade”.
Embargos de
declaração
conhecidos e
rejeitados.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/02/2020


17:42:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5083999.36.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
POLO PASSIVO : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE FORMOSA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ERIC REIS TOSTES


ADVG. PARTE : 45191 GO - DIOGO WAYNER SILVA FERNANDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5083999.36.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento de n. 5083999.36.2020.8.09.0000


Comarca de Formosa
Agravante : Ministério Público do Estado de Goiás
Agravado : Prefeito do Município de Formosa
Terceiro interessado : Eric Reis Tostes
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

DESPACHO

Diante da ausência de pedido de efeito suspensivo ao presente agravo de


instrumento, intime-se o agravado/impetrado – Prefeito do Município de Formosa,
nos termos do artigo 1.019, inciso II, do Novo Código de Processo Civil, para que
responda, querendo, a pretensão recursal, no prazo de 15 (quinze) dias.
Na sequência, cadastre-se a Divisão competente deste Tribunal de Justiça o
impetrante Eric Reis Tostes como terceiro interessado, bem como cadastre,
igualmente, o nome do seu patrono, descrito na procuração inserida no evento n. 01 –
documento 03 do processo originário de protocolo nº 5530502.49.2019.8.09.0044, Dr.
Diogo Wayner Silva Fernandes, OAB/GO 45.191, intimando-o para responder o
presente recurso, também no prazo de 15(quinze dias).
Após, ouça-se a douta Procuradoria-Geral de Justiça.
Intime-se. Cumpra-se.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5083999.36.2020.8.09.0000
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
/C30

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/02/2020


14:44:05

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5257720.59.2018.8.09.0142
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LUIZ CARLOS BORGES
POLO PASSIVO : REI EMPREENDIMENTOS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIZ CARLOS BORGES


ADVGS. PARTE : 11711 GO - ADÍLIO EVANGELISTA CARNEIRO
27712 GO - EDER DAVID ALVES

PARTE INTIMADA : REI EMPREENDIMENTOS LTDA


ADVGS. PARTE : 22773 GO - JOAO BATISTA GONÇALVES JUNIOR
22586 GO - DENISE BRITO BARBOSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5257720.59.2018.8.09.0142
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº


5257720.59.2018.8.09.0142
COMARCA DE SANTA HELENA DE GOIÁS

EMBARGANTE: LUIZ CARLOS BORGES


EMBARGADO: REI EMPREENDIMENTOS LTDA
RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DESPACHO

Intime-se o embargado para que apresente suas contrarrazões aos embargos de


declaração opostos no evento 74, em cinco dias.

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NR.PROCESSO: 5257720.59.2018.8.09.0142
Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 14/02/2020 20:54:40

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5058243.93.2018.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
POLO PASSIVO : ESCUDO VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ESCUDO VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA


ADVGS. PARTE : 36957 GO - LEANDRO ALMEIDA DE SANTANA
26358 GO - FABIO SANTANA NASCIMENTO
28569 GO - MAURO NICODEMOS DA COSTA
57680 GO - KAIRO SOUZA RODRIGUES
37878 GO - GILBERTO JACINTHO QUIRINO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5058243.93.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5058243.93.2018.8.09.0000

AGRAVANTE CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

AGRAVADA ESCUDO VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA

RELATOR DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

CÂMARA 2ª CÍVEL

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do agravo em exame, dele conheço.

Pretende a Caixa Econômica Federal a cassação da decisão agravada, a fim de impedir a anulação da
consolidação da propriedade dos imóveis, argumentando que de seu crédito habilitado na recuperação judicial,
R$ 1.181.695,72 é quirografário, ao passo em que a quantia de R$ 1.756.931,23 não está sujeita à
recuperação, na forma do artigo 49, § 3o, da Lei n. 1.101/2005, por possuir garantia de alienação fiduciária de
imóveis (matrículas n. 30.116 e 44.522, ambas do CRI da 1ª Circunscrição de Goiânia/GO).

Pois bem.

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NR.PROCESSO: 5058243.93.2018.8.09.0000
Primeiramente, em preliminar, a empresa agravada alega que a Caixa Econômica Federal não teria
questionado em juízo a natureza de seu crédito, mas sim administrativamente, perante o administrador judicial,
de forma que esta instância não poderia decidir a questão sob pena de supressão de instância.

A esse respeito, porém, tenho que razão não assiste à agravada, haja vista que, depois da publicação da
primeira lista de credores, a Caixa questionou a natureza de seu crédito, argumentando que parte dele seria
quirografário e parte dele garantido por alienação fiduciária de imóveis.

Esse argumento foi acolhido pelo administrador judicial, que promoveu a correção do quadro geral de credores,
de forma que a Caixa Econômica Federal deixou de ser sucumbente nesse ponto, faltando-lhe interesse para
questionar judicialmente a alteração da natureza de seu crédito.

Assim sendo, não há que se falar em supressão de instância.

Ademais, não se está neste recurso de agravo de instrumento questionando a natureza do crédito, mas sim os
efeitos disso, pois o crédito garantido por alienação fiduciária não entra na recuperação judicial (artigo 49, § 3o,
da Lei n. 1.101/2005).

No caso em tela, há consenso de que parte do crédito da caixa é quirografário (R$ 1.181.695,72) e parte dotado
de garantia com alienação fiduciária de imóvel (R$ 1.756.931,23), constando isso do quadro geral de credores.

Assim, a maior parte do valor do crédito da Caixa Econômica Federal, de fato não está sujeita à recuperação
judicial, de forma que, em princípio, seria plenamente possível a alienação dos imóveis que garantem a dívida,
sem que isso implique em preterição do interesse dos demais credores. Nesse sentido, confira-se os seguintes
julgados:

Agravo de instrumento. Impugnação de crédito. Recuperação judicial. I -


Intempestividade do recurso. Não caracterização. Prazo processual. Aplicação do CPC.
O Código de Processo Civil de 2015 inaugurou nova ordem no ordenamento jurídico
pátrio, prevendo, em seu artigo 219, que, "na contagem de prazo em dias, estabelecido
por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis", bem como que "o disposto
neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais". Por sua vez, a Lei n.
11.101/2005 nada dispõe acerca da forma de contagem dos prazos processuais,
limitando-se a estipular o modo de contagem dos prazos materiais não previstos em
dias, devendo, portanto ser aplicado subsidiariamente o Código de Processo Civil em
relação aos prazos processuais, como na espécie, motivo pelo qual afigura-se
tempestivo o recurso em tela. II - Ilegitimidade ativa. Inocorrência. Grupo econômico.
Tanto a Usina Goianésia S/A quanto a Energética São Simão S/A e a Madam
Agropecuária Ltda figuram no polo ativo da ação de recuperação judicial em trâmite
perante o juízo de origem, tendo sido apresentado somente um plano de recuperação

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NR.PROCESSO: 5058243.93.2018.8.09.0000
judicial para todas as empresas e seus débitos consolidados em uma única relação de
credores, em virtude da caracterização de grupo econômico entre elas, sendo o caso
em apreço verdadeira hipótese de litisconsórcio facultativo, restando, portanto,
afastada a alegação de ilegitimidade ativa. III - Crédito garantido mediante alienação
fiduciária de bem fungível e consumível. Garantia válida. Crédito extraconcursal.
Nos termos do art. 49, § 3º, da Lei nº 11.101/2005, bem como conforme
entendimento sedimentado pelo STJ nos Recursos Especiais n. 1.412.529/SP e
1.559.457/MT, a alienação fiduciária de coisa fungível e a cessão fiduciária de
direitos sobre coisas móveis, bem como de títulos de crédito, possuem a
natureza jurídica de propriedade fiduciária, não se sujeitando aos efeitos da
recuperação judicial, independentemente de registro. Outrossim, a fungibilidade do
bem ou mesmo sua natureza consumível não afasta a regularidade da garantia
ofertada, pela possibilidade de substituição por outro de mesma espécie, qualidade e
quantidade. Dessa forma, não havendo nulidade nos contratos firmados entre os
litigantes, o crédito do agravado não está submetido à recuperação judicial, nos termos
do artigo 49, § 3º da Lei nº 11.101/2005. IV - Litigância de má-fé. Não caracterização. C
conduta das agravantes atinente à defesa de seu direito em juízo, mediante a
interposição do presente recurso, não caracteriza má-fé processual, pois a parte possui
direito de ver sua irresignação apreciada pelo Poder Judiciário, com fulcro no princípio
da inafastabilidade da jurisdição, bem como ante a inexistência de caráter protelatório
da insurgência. Agravo de instrumento conhecido e desprovido.

(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5608925-58.2019.8.09.0000, Rel. CARLOS


ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível, julgado em 29/01/2020, DJe de 29/01/2020)
(destaquei)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. IMPUGNAÇÃO AO


CRÉDITO. CESSÃO FIDUCIÁRIA DE CRÉDITO EM GARANTIA (DUPLICATAS).
CONTRATO QUE ATENDEU AOS REQUISITOS LEGAIS. DESNECESSIDADE DE
REGISTRO. ESSENCIALIDADE DOS TÍTULOS DE CRÉDITO. INOPONIBILIDADE.
NÃO SUJEIÇÃO AOS EFEITOS DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL. HONORÁRIOS
RECURSAIS. 1. O contrato firmado entre as partes (Cédula de Crédito Bancário),
atendeu aos requisitos do art. 18 da Lei nº 9.514/97, além de anexar o termo de
cessão, em apartado, e a individualização dos títulos, não havendo falar em
irregularidades; ademais, a constituição da propriedade fiduciária, oriunda de cessão
fiduciária de títulos de crédito, ocorre a partir da própria contratação, afigurando-se,
desde então, plenamente válida e eficaz entre as partes, independentemente de
registro. 2. A alegação de serem os títulos em questão essenciais ao
soerguimento das empresas em recuperação judicial é inoponível à propriedade
fiduciária de crédito, por não se tratar de bem de capital (precedentes do c. STJ).
3. Conf. entendimento do c. STJ: "a alienação fiduciária de coisa fungível e a
cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis, bem como de títulos de crédito
(caso dos autos), justamente por possuírem a natureza jurídica de propriedade
fiduciária, não se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial, nos termos do § 3º
do art. 49 da Lei n. 11.101/2005." 4. Majoram-se os honorários advocatícios, nesta
seara recursal, conf. art. 85, § 11, do CPC. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5051748-
96.2019.8.09.0000, Rel. OLAVO JUNQUEIRA DE ANDRADE, 5ª Câmara Cível, julgado
em 08/11/2019, DJe de 08/11/2019) (destaquei)

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NR.PROCESSO: 5058243.93.2018.8.09.0000
Perceba-se que a Caixa Econômica Federal em momento algum teve a intenção de alterar a natureza de todo o
seu crédito, deixando claro que parcela dele é quirografária e parte garantida por alienação fiduciária.

Assim, ela não se valeu dos meios possíveis para a alteração da natureza de seu crédito, porque não foi
necessário, não significando isso preclusão ou supressão de instância.

Outrossim, como os imóveis alienados fiduciariamente são atrelados ao contrato entabulado entre as partes
(CCB n. 734-1842.003.00050762), não há risco de se utilizar do valor de sua venda para pagar os valores
quirografários da Caixa, prejudicando os demais credores.

Basta que as partes, o administrador e o juiz se atentem para o fato de que os imóveis garantem apenas a
parte extraconcursal do crédito da Caixa e não a totalidade do crédito.

Assim sendo, ao invés de proteger os demais credores, a decisão agravada, na verdade, acabou por violar o
direito da Caixa Econômica Federal de dispor dos bens que garantiam seu crédito por meio de alienação
fiduciária.

Não deve a decisão recorrida, portanto, prevalecer.

Não é o caso, porém, de cassação da decisão recorrida, eis que somente o capítulo referente à nulidade da
consolidação de propriedade em favor da Caixa Econômica Federal foi questionado, devendo permanecer
inalterados os demais pontos decididos pela decisão recorrida.

Ante o exposto, conheço do agravo de instrumento interposto e dou-lhe parcial provimento, tão somente
para afastar os efeitos do item I do dispositivo da decisão recorrida, devendo permanecer vigente a
consolidação da propriedade dos imóveis de Matrículas n. 30.116 e 44.522 em favor da Caixa Econômica
Federal.

É o voto.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020 .

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

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NR.PROCESSO: 5058243.93.2018.8.09.0000
RELATOR

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº


5058243.93.2018.8.09.0000 da Comarca de Aparecida de Goiânia em que figura como Agravante CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL e como Agravada ESCUDO VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA

ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em


conhecer e prover parcialmente o recurso, nos termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5058243.93.2018.8.09.0000

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NR.PROCESSO: 5058243.93.2018.8.09.0000
AGRAVANTE CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

AGRAVADA ESCUDO VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA

RELATOR DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

CÂMARA 2ª CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. CRÉDITO


GARANTIDO POR ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE IMÓVEIS. NÃO SUJEIÇÃO À
RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

O crédito garantido por meio de alienação fiduciária não está sujeito à recuperação
judicial (art. 49, § 3o, da Lei n. 1.101/2005), sendo indevida a decisão que considerou
nula a consolidação da propriedade em favor do credor fiduciário.

AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5058243.93.2018.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5058243.93.2018.8.09.0000

AGRAVANTE CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

AGRAVADA ESCUDO VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA

RELATOR DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

CÂMARA 2ª CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. CRÉDITO


GARANTIDO POR ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE IMÓVEIS. NÃO SUJEIÇÃO À
RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

O crédito garantido por meio de alienação fiduciária não está sujeito à recuperação
judicial (art. 49, § 3o, da Lei n. 1.101/2005), sendo indevida a decisão que considerou
nula a consolidação da propriedade em favor do credor fiduciário.

AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/02/2020


15:16:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5727758.35.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : REINALDO SOUZA E SILVA
POLO PASSIVO : APARECIDA ALVES PARDINHO DE SOUZA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : REINALDO SOUZA E SILVA


ADVG. PARTE : 45346 GO - WELLINGTON CELESTINO CORDEIRO

PARTE INTIMADA : APARECIDA ALVES PARDINHO DE SOUZA


ADVG. PARTE : 22955 GO - GUSTAVO FRAGA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5727758.35.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5727758.35.2019.8.09.0000

COMARCA DE MINAÇU

AGRAVANTE: REINALDO SOUZA E SILVA

AGRAVADA:APARECIDA ALVES PARDINHO

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DESPACHO

Em atenção aos preceitos do artigo 1.021, §2º, do Código de Processo Civil vigente,
determino a intimação da parte agravada para manifestar-se, no prazo de 15 (quinze)
dias, sobre os termos do agravo interno interposto em evento nº 9.
Após, volvam-me conclusos estes autos.
Intimem-se. Cumpra-se.

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NR.PROCESSO: 5727758.35.2019.8.09.0000
Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Recurso Prejudicado (cpc) - Data da Movimentação


14/02/2020 20:59:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5259201.73.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : GABRIEL ANTÔNIO GONZAGA SANTANA
POLO PASSIVO : GOIÁS PREVIDÊNCIA - GOIASPREV
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GABRIEL ANTÔNIO GONZAGA SANTANA


ADVGS. PARTE : 143812 MG - ELIENE APARECIDA MOTA
85600 MG - MARCELO DE OLIVEIRA FERREIRA

PARTE INTIMADA : LUCAS ANTÔNIO GONZAGA SANTANA


ADVGS. PARTE : 143812 MG - ELIENE APARECIDA MOTA
85600 MG - MARCELO DE OLIVEIRA FERREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5259201.73.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5259201.73.2017.8.09.0051

Órgão : 2ª CÂMARA CÍVEL

Comarca : GOIÂNIA

Apelantes : GABRIEL ANTÔNIO GONZAGA SANTANA e

LUCAS ANTÔNIO GONZAGA SANTANA

Apelada : GOIÁS PREVIDÊNCIA – GOIASPREV

Relator : DES. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

O recurso manejado é próprio e tempestivo e, preenchidos os demais pressupostos de admissibilidade, dele


conheço.

Sua motivação, conforme relatado, é o fato do juízo a quo ter julgado improcedente o pedido deduzido pelos
apelantes na sua petição de ingresso, além de tê-los condenado a pagar as custas processuais e honorários
advocatícios, muito embora tenha suspendido a exigibilidade das verbas sucumbenciais em razão de litigarem
sob o pálio da assistência judiciária gratuita.

A matéria controvertida devolvida a esta Corte está circunscrita à data a partir da qual o benefício perseguido
pelos apelantes deve incidir: se a partir do falecimento da genitora deles (em 27/04/2011) ou se a partir do
requerimento administrativo (em 16/10/2012).

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5259201.73.2017.8.09.0051
Na origem, o processo teve seu trâmite, culminando com o veredito, azo deste apelo, proferido sem que o
representante do Ministério Público tivesse sido intimado para se manifestar no feito.

Ora, na presente ação, o Ministério Público tem garantia de intervenção no feito na qualidade de custos legis
(fiscal da lei), segundo imposição contida no inciso II do artigo 178 do Código de Processo Civil, verbis:

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta)


dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei
ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:

(...)

II - interesse de incapaz.

Olvidado isto, macula-se o processo com a nódoa intransponível da nulidade, devendo declará-la o próprio
magistrado presidente do feito ou o colegiado recursal que conhecer de recurso no processo assim maculado,
após a intimação do parquet, em razão do disposto no artigo 279 e seus §§ 1º e 2º do Código de Processo
Civil, que dispõem:

Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for
intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

§ 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do


Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento
em que ele deveria ter sido intimado.

§ 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério


Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de
prejuízo.

Destarte, ante a expressa determinação legal, não se pode olvidar que a intervenção ministerial é pressuposto
indispensável ao desenvolvimento válido e regular do processo.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5259201.73.2017.8.09.0051
Como a presente demanda interessa diretamente a menores impúberes, conforme se constata dos documentos
aportados no evento 3 (fls. 15, 16, 25 e 26) e não tendo sido oportunizada a manifestação ministerial em
qualquer fase processual, exceto na decisão consignada no evento 16, resta evidente a irregularidade na
tramitação do feito, implicando em absoluta nulidade dos atos processuais levados a efeito por expressa
disposição legal (CPC, art. 279, § 1º).

Todavia, inobstante isso, segundo reiterada jurisprudência interpretativa do § 2º do artigo 279 do Código de
Processo Civil, não se anula o processo em que não foi ouvido o Ministério Público na primeira instância, caso,
na instância recursal, o órgão ministerial de cúpula entender que a sua atuação na fase recursal suprirá a
omissão.

No caso destes autos, entretanto, o douto Procurador de Justiça manifestou-se (evento 55) no sentido de que o
processo deve ser anulado a partir da sentença em virtude da ausência de participação do Ministério Público,
uma vez que sua intimação revela-se obrigatória diante da presença de menores envolvidos na demanda,
manifestação reiterada no evento 63, pelo que deve ser, ao menos em parte, acolhido o seu parecer, com a
decretação da nulidade arguida. Precedentes: TJGO, AC 5531337-71.2018.8.09.0044, Rel. Des. Jairo F. Júnior,
6ª CC, DJe de 30/11/2019; TJGO, AC 375605-53.2014.8.09.0100, Rel. JD Fernando de C. Mesquita, 3ª CC,
DJe de 08/07/2016; TJGO, AC 301450-65.2014.8.09.0137, Rel. Des. Kisleu D. M. Filho, 4ª CC, DJe de
04/07/2016.

Desta forma, forçoso é reconhecer que, não tendo sido intimado o órgão do Ministério Público no primeiro grau
de jurisdição para acompanhar a tramitação do processo, configurada está a sua nulidade absoluta, conquanto
versa o presente litígio sobre interesse de incapaz. Trata-se de vício que macula todos os atos praticados a
partir do momento em que a presença daquele órgão se fazia necessária.

Ante o exposto, já tendo conhecido deste apelo, tenho-o por prejudicado. Acolho parcialmente o parecer
ministerial de cúpula e, de ofício, CASSO a sentença hostilizada, reconhecendo a sua nulidade, por ausência
de intimação do parquet para intervir no feito como é garantido ao órgão ministerial.

Em razão disto, determino o retorno dos autos à origem para que ali o processo se desenvolva com a efetiva
participação do representante do Ministério Público em todas as suas fases.

É como voto.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5259201.73.2017.8.09.0051
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 5259201.73.2017.8.09.0051 da


Comarca de Goiânia em que figura como Apelantes GABRIEL ANTÔNIO GONZAGA SANTANA e LUCAS
ANTÔNIO GONZAGA SANTANA) e como Apelada GOIÁS PREVIDÊNCIA – GOIASPREV

ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em


cassar a sentença de ofício e julgar prejudicado o recurso, nos termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5259201.73.2017.8.09.0051

Órgão : 2ª CÂMARA CÍVEL

Comarca : GOIÂNIA

Apelantes : GABRIEL ANTÔNIO GONZAGA SANTANA e

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5259201.73.2017.8.09.0051
LUCAS ANTÔNIO GONZAGA SANTANA

Apelada : GOIÁS PREVIDÊNCIA – GOIASPREV

Relator : DES. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REVISIONAL DE PENSÃO POR


MORTE. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. APELAÇÃO CÍVEL. SENTENÇA
CASSADA.

1. INTERESSE DE INCAPAZ. MINISTÉRIO PÚBLICO. FISCAL DA LEI. FALTA DE


INTIMAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO NO PROCESSO. CPC, ART. 279, § 1º.
PROCESSO NULO. Tendo curso o processo sem a intimação do representante do
MP para nele se manifestar, maculado estará o feito com a nódoa intransponível da
nulidade, devendo declará-la o próprio magistrado, seu presidente, ou o colegiado
recursal que conhecer de recurso no processo assim manchado, após a intimação
do parquet, em razão do disposto no artigo 279 e seus §§ 1º e 2º do Código de
Processo Civil, já que a intervenção ministerial é pressuposto indispensável ao
desenvolvimento válido e regular do processo.

2. AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE PRIMEIRO


GRAU. SUPRIMENTO PELA ATUAÇÃO DO ÓRGÃO MINISTERIAL DE CÚPULA.
Inobstante a nulidade afirmada no caput do artigo 279 do Código de Processo Civil,
segundo reiterada jurisprudência interpretativa do seu § 2º, não se anula o processo
em que não foi ouvido o Ministério Público na primeira instância, caso, na instância
recursal, o órgão ministerial de cúpula entenda que a sua atuação na fase recursal
supra a omissão. Assim, entendendo o douto Procurador de Justiça que o processo
deve ser anulado a partir da sentença em virtude da ausência de participação do
Ministério Público, uma vez que sua intimação revela-se obrigatória diante da
presença de menores envolvidos na demanda, deve ser, ao menos em parte,
acolhido o seu parecer, com a decretação da nulidade arguida.

SENTENÇA CASSADA, DE OFÍCIO.

RECURSO PREJUDICADO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5259201.73.2017.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5259201.73.2017.8.09.0051

Órgão : 2ª CÂMARA CÍVEL

Comarca : GOIÂNIA

Apelantes : GABRIEL ANTÔNIO GONZAGA SANTANA e

LUCAS ANTÔNIO GONZAGA SANTANA

Apelada : GOIÁS PREVIDÊNCIA – GOIASPREV

Relator : DES. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REVISIONAL DE PENSÃO POR


MORTE. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. APELAÇÃO CÍVEL. SENTENÇA
CASSADA.

1. INTERESSE DE INCAPAZ. MINISTÉRIO PÚBLICO. FISCAL DA LEI. FALTA DE


INTIMAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO NO PROCESSO. CPC, ART. 279, § 1º.
PROCESSO NULO. Tendo curso o processo sem a intimação do representante do
MP para nele se manifestar, maculado estará o feito com a nódoa intransponível da
nulidade, devendo declará-la o próprio magistrado, seu presidente, ou o colegiado
recursal que conhecer de recurso no processo assim manchado, após a intimação
do parquet, em razão do disposto no artigo 279 e seus §§ 1º e 2º do Código de
Processo Civil, já que a intervenção ministerial é pressuposto indispensável ao
desenvolvimento válido e regular do processo.

2. AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE PRIMEIRO


GRAU. SUPRIMENTO PELA ATUAÇÃO DO ÓRGÃO MINISTERIAL DE CÚPULA.
Inobstante a nulidade afirmada no caput do artigo 279 do Código de Processo Civil,
segundo reiterada jurisprudência interpretativa do seu § 2º, não se anula o processo
em que não foi ouvido o Ministério Público na primeira instância, caso, na instância
recursal, o órgão ministerial de cúpula entenda que a sua atuação na fase recursal
supra a omissão. Assim, entendendo o douto Procurador de Justiça que o processo
deve ser anulado a partir da sentença em virtude da ausência de participação do
Ministério Público, uma vez que sua intimação revela-se obrigatória diante da
presença de menores envolvidos na demanda, deve ser, ao menos em parte,
acolhido o seu parecer, com a decretação da nulidade arguida.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5259201.73.2017.8.09.0051
SENTENÇA CASSADA, DE OFÍCIO.

RECURSO PREJUDICADO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


19/02/2020 16:20:07

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5081255.68.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CLEIBE CORREIA TOMAZ
POLO PASSIVO : UNIVERSIDADE DO ESTADO DE GOIAS UEG
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLEIBE CORREIA TOMAZ


ADVG. PARTE : 39524 GO - NATHAN PORTO LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5081255.68.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5081255.68.2020.8.09.0000


Comarca de Iporá
Agravante: Cleibe Correia Tomaz
Agravado: Universidade Estadual de Goiás
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Agravo de Instrumento. “Ação declaratória de


nulidade de contrato temporário c/c ação de cobrança de
depósitos do FGTS”. Gratuidade da justiça. Comprovação
de hipossuficiência econômica. Deferimento. Ante a
exegese do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e
em conformidade com a Súmula nº 25 do egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, impõe-se o deferimento do pedido
de concessão dos benefícios da gratuidade da justiça ao
requerente que comprovar, de forma inequívoca, a sua
necessidade, o que é o caso.
Agravo de instrumento conhecido e provido.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de agravo de instrumento interposto por Cleibe Correia Tomaz

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NR.PROCESSO: 5081255.68.2020.8.09.0000
contra a decisão reproduzida no evento 05 dos autos do processo de origem,
proferida pelo Dr. Wander Soares Fonseca, Juiz de Direito da Vara das Fazendas
Públicas da Comarca de Iporá/GO, nos autos da “ação declaratória de nulidade de
contrato temporário c/c ação de cobrança de depósitos do FGTS”, ajuizada em
desfavor de Universidade Estadual de Goiás, ora agravada.
O ato judicial atacado restou assim redigido:

“Indefiro o pedido de justiça gratuita formulado pela parte requerente,


nos termos do enunciado n. 25, da súmula de jurisprudência do Tribunal de
Justiça de Goiás, visto que não comprovou a necessidade, se limitando a
simplesmente enunciar sua suposta incapacidade econômica, em detrimento
também da exigência feita no art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal.

Ainda que o art. 98, § 6º do CPC autorize o parcelamento das custas, a


Resolução n. 81/2017 do Tribunal de Justiça de Goiás, em seu art. 3º, § 1º, inciso
I veda o parcelamento das custas em casos que o valor da causa seja inferior ao
teto da alçada dos Juizados Especiais Cíveis, como a presente demanda.

Portanto, as custas devem recolhidas pela parte requerente, para fins


de conhecimento da petição inicial, observando o valor da causa conforme o art.
292 do Código de Processo Civil, sob pena de alteração ex officio do valor da
causa [art. 292, § 3º do CPC].

Intime-se a parte autora para pagamento em até 15 dias.

Após o recolhimento, volvam-me conclusos para conhecimento da


petição inicial.

Publicado, datado, assinado e registrado eletronicamente. Intimem-se.”

Inconformada, a parte autora agrava.


Narra brevemente os fatos, ressaltando ter ajuizado ação declaratória de
nulidade de contrato temporário c/c ação de cobrança de depósitos do FGTS em
desfavor da parte agravada em que requereu a concessão da gratuidade da justiça.
Alega ter acostado aos autos declaração de hipossuficiência econômica.
Aduz não ser necessário o caráter de miserabilidade para a concessão dos
benefícios da gratuidade da justiça, sendo suficiente tão somente a afirmada da parte

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NR.PROCESSO: 5081255.68.2020.8.09.0000
de que não possui condições de arcar com o pagamento das custas e despesas
processuais.
Afirma estar desempregada pois seu contrato temporário foi rescindido, como
verifica-se da Portaria nº 1.283/2019, colacionada aos autos.
Brada que a decisão agravada está em descompasso com a situação real da
parte agravante e com os regramentos constantes nos artigos 5º, inciso LXXI da
Constituição Federal e com o entendimento jurisprudencial.
Defende preencher os requisitos necessários à concessão do efeitos
suspensivo recursal para suspender os efeitos da decisão combatida e também da
tutela recursal de urgência em razão do perigo da demora e da fumaça do bom direito.
Pleiteia, por fim, a concessão do efeito suspensivo recursal para suspender os
efeitos da decisão recorrida e, ainda, da tutela recursal para que seja deferida a
gratuidade da justiça. No mérito, requer o conhecimento e provimento do recurso, a fim
de que lhe seja concedido o benefício da gratuidade da justiça.
Junta os documentos do evento 01.
Preparo dispensado, por ser a concessão da gratuidade da justiça a matéria
recursal.
É o relatório. Passo a decidir monocraticamente.

A pretensão aqui postulada é a reforma da decisão interlocutória que indeferiu


os beneplácitos da gratuidade da justiça à agravante.
Desde já, adianto que merece acolhida a irresignação da recorrente.
A matéria questionada encontra sustentação legal no Código de Processo
Civil/2015, dispondo o artigo 98 que “a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma
da lei”, bem assim na Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV, o qual, a seu turno,
prevê que “o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos”.
Desta forma, ao julgador cumpre decidir livremente acerca do pedido de
gratuidade da justiça, baseando-se na situação econômico-financeira demonstrada
pela parte requerente do benefício.
A propósito, veja-se a Súmula n° 25 desta egrégia Corte de Justiça, publicada
no Diário de Justiça Eletrônico nº 2120, de 28 de setembro de 2016:

“Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que


comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5081255.68.2020.8.09.0000
Compulsando os autos, vejo que a agravante comprova o seu real estado de
hipossuficiência, pois a sua última renda comprovada foi menor que 02 (dois) salários
mínimos mensais.
Desse modo, colacionou a recorrente aos autos documentação atualizada,
comprovando não possuir renda suficiente para arcar com o pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios.
Calha consignar, por oportuno, que não constitui pressuposto fundamental do
acesso ao benefício da gratuidade da justiça a condição de miserabilidade, mas sim a
de atual falta de condições financeiras do requerente.
Neste sentido é o entendimento sufragado no âmbito deste egrégio Tribunal
de Justiça:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


CONHECIMENTO SOB O RITO ORDINÁRIO COM PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA. BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE
HIPOSSUFICIÊNCIA E DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS DA SITUAÇÃO
FINANCEIRA DA PARTE. DEFERIMENTO. PRECEDENTES DO STJ.
AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. 1. Defere-se o pedido de assistência judiciária
gratuita quando a parte comprovar que não possui condições financeiras para
arcar com as custas e despesas processuais, sem prejuízo de seu próprio
sustento ou de sua família. 2. Ao teor do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição
da República, a assistência judiciária somente será concedida a quem comprovar,
satisfatoriamente, a insuficiência de recursos. 3. É de se negar provimento ao
agravo regimental interposto contra a decisão monocrática que deu provimento
ao recurso quando o agravante, além de não apresentar fato novo suscetível de
justificar a reconsideração do julgado, também não comprova que os
fundamentos utilizados no decisum são contrários à jurisprudência predominante
desta Corte e do colendo Superior Tribunal de Justiça. 4. AGRAVO
REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 161835-49.2015.8.09.0000, Rel. DES. ELIZABETH MARIA DA
SILVA, 4A CÂMARA CÍVEL, julgado em 18/06/2015, DJe 1811 de 24/06/2015)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


MONITÓRIA. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA INDEFERIDO. AUSÊNCIA DE FATOS
NOVOS. I - É de se negar provimento ao Agravo Regimental interposto contra a
decisão monocrática que nega seguimento ao recurso, na forma do artigo 557,
caput, do Código de Processo Civil, quando o (a) recorrente, além de não
apresentar fato novo suscetível de justificar a reconsideração do julgado, também
não comprova que os fundamentos utilizados no decisum são contrários à
jurisprudência predominante nesta Corte Estadual e nos Tribunais Superiores. II -
Defere-se a assistência judiciária àqueles que comprovarem insuficiência de
recurso, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal. AGRAVO
REGIMENTAL CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 182164-19.2014.8.09.0000, Rel. DES. JEOVÁ SARDINHA DE
MORAES, 6A CÂMARA CÍVEL, julgado em 05/08/2014, DJe 1605 de 13/08/2014)

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NR.PROCESSO: 5081255.68.2020.8.09.0000
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. REVISIONAL DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. CONCESSÃO.
HIPOSSUFICIÊNCIA. COMPROVADA. Nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da
Constituição da República e do artigo 4º da Lei nº 1.060/50, para deferimento da
assistência judiciária não basta a simples declaração da parte de que não possui
condições financeiras de arcar com os custos processuais, sem prejuízo de seu
sustento e de sua família. Defere-se a benesse quando junto com a declaração
de hipossuficiência a parte apresenta documentos que a atestem. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 363550-16.2013.8.09.0000, Rel. DES. ALAN S. DE SENA
CONCEIÇÃO, 5A CÂMARA CÍVEL, julgado em 13/03/2014, DJe 1508 de
21/03/2014)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE


UNIÃO ESTÁVEL C/C DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO JURÍDICO C/C
CANCELAMENTO DE REGISTRO IMOBILIÁRIO C/C PARTILHA DE BENS.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. COMPROVAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA.
DEFERIMENTO. I - Nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição
Federal, a assistência judiciária somente será concedida a quem comprovar,
satisfatoriamente, a insuficiência de recurso. II - Deferem-se os benefícios da
assistência judiciária quando os requerentes demonstram objetivamente as suas
necessidades por meio de documentos. RECURSO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.” (TJGO. 1ª Câmara Cível. Agravo de
Instrumento nº 431159-21.2010.8.09.0000. Rel. Des. João Ubaldo Ferreira. DJ nº
762, de 17/02/2011)

No mesmo sentido posiciona-se o colendo Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. PEDIDO DE


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DEFERIDO. DIVERGÊNCIA
JURISPRUDENCIAL. SÚMULA 13/STJ. DISSÍDIO NÃO DEMONSTRADO.
MILITAR TEMPORÁRIO. MOLÉSTIA INCAPACITANTE PARA O SERVIÇO
CASTRENSE. MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA DURANTE A CASERNA.
RESULTADO DA PERÍCIA. REVISÃO. NÃO-CABIMENTO. SÚMULA 07/STJ.
REFORMA EX OFICIO. IMPOSSIBILIDADE NO CASO DOS AUTOS. 1. Defere-
se a postulação dos benefícios da assistência judiciária gratuita, porquanto esta
pode ser pedida a qualquer tempo, desde que o requerente afirme não possuir
condições de arcar com as despesas processuais sem que isso implique prejuízo
de seu sustento ou de sua família. (...) 6. Recurso especial conhecido em parte e,
nesta extensão, não provido.” (STJ. REsp 1241172/RJ, Rel. Ministro CASTRO
MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/04/2011, DJe 10/05/2011)

“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DEFENSORIA PÚBLICA. ADVOGADO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5081255.68.2020.8.09.0000
PARTICULAR. INTERPRETAÇÃO DA LEI Nº 1.060/50. 1. Não é suficiente para
afastar a assistência judiciária a existência de advogado contratado. O que a lei
especial de regência exige é a presença do estado de pobreza, ou seja, da
necessidade da assistência judiciária por impossibilidade de responder pelas
custas, que poderá ser enfrentada com prova que a desfaça. Não serve para
medir isso a qualidade do defensor, se público ou particular. 2. Recurso Especial
conhecido e provido.” (STJ. 3ª Turma. REsp 679198. Rel. Min. Carlos Alberto
Menezes Direito. DJ de 16/04/2007)

Assim, o que emerge dos autos, até o momento, é a incapacidade da


autora/agravante de arcar com as custas, despesas do processo e honorários
advocatícios e, conforme exposto alhures, para a concessão da gratuidade da justiça
não é exigível um estado real de miserabilidade, mas um comprometimento financeiro
que possa advir do recolhimento do valor das custas e despesas processuais em
prejuízo ao próprio sustento ou da família.
Logo, a reforma da decisão objurgada para se deferir à parte
autora/agravante os benefícios da gratuidade da justiça é medida que se impõe.
Ressalvo que “deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer
impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos
de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser
apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem
suspensão de seu curso”, é o que prescreve o artigo 100 do Código de Processo
Civil/2015.
Na confluência do exposto, conheço e dou provimento ao agravo de
instrumento interposto por Cleibe Correia Tomaz, para deferir-lhe os benefícios da
gratuidade da justiça, nos autos da ação de protocolo nº 5653230.93.2019.8.09.0076.
Intime-se e comunique-se o Juízo de 1º grau, para conhecimento e
cumprimento.
Em seguida, extrate-se a presente decisão monocrática para ciência da parte
autora/agravante e, sem a necessidade de se aguardar a publicação no DJe e o
transcurso de prazo recursal, providencie-se, de plano, a baixa na distribuição, com a
retirada do presente recurso do acervo deste Relator, pois já esgotada a prestação
jurisdicional.
Cumpra-se.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5081255.68.2020.8.09.0000
/C90

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/02/2020


17:42:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5083999.36.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
POLO PASSIVO : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE FORMOSA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ERIC REIS TOSTES


ADVG. PARTE : 45191 GO - DIOGO WAYNER SILVA FERNANDES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5083999.36.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento de n. 5083999.36.2020.8.09.0000


Comarca de Formosa
Agravante : Ministério Público do Estado de Goiás
Agravado : Prefeito do Município de Formosa
Terceiro interessado : Eric Reis Tostes
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

DESPACHO

Diante da ausência de pedido de efeito suspensivo ao presente agravo de


instrumento, intime-se o agravado/impetrado – Prefeito do Município de Formosa,
nos termos do artigo 1.019, inciso II, do Novo Código de Processo Civil, para que
responda, querendo, a pretensão recursal, no prazo de 15 (quinze) dias.
Na sequência, cadastre-se a Divisão competente deste Tribunal de Justiça o
impetrante Eric Reis Tostes como terceiro interessado, bem como cadastre,
igualmente, o nome do seu patrono, descrito na procuração inserida no evento n. 01 –
documento 03 do processo originário de protocolo nº 5530502.49.2019.8.09.0044, Dr.
Diogo Wayner Silva Fernandes, OAB/GO 45.191, intimando-o para responder o
presente recurso, também no prazo de 15(quinze dias).
Após, ouça-se a douta Procuradoria-Geral de Justiça.
Intime-se. Cumpra-se.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5083999.36.2020.8.09.0000
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
/C30

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 14/02/2020 21:19:21

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0147337.91.2015.8.09.0017
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LATICINIOS BELA VISTA LTDA
POLO PASSIVO : SUELI BATISTA DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LATICINIOS BELA VISTA LTDA


ADVGS. PARTE : 54904 GO - LARA VELOSO SANTOS
18145 GO - ADRIANA FONSECA PEREIRA
36974 GO - DURVAL JULIO DA SILVA NETO
39086 GO - NATHALIA GOMES PLA
23004 GO - SANDRO PEREIRA DA SILVA

PARTE INTIMADA : SUELI BATISTA DA SILVA


ADVG. PARTE : 81446 MG - AURELIO PAJUABA NEHME

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0147337.91.2015.8.09.0017
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0147337.91.2015.8.09.0017

COMARCA BELA VISTA DE GOIÁS

EMBARGANTE LATICÍNIOS BELA VISTA LTDA.

EMBARGADA SUELI BATISTA DA SILVA

RELATOR Desembargador José Carlos de Oliveira

RELATÓRIO E VOTO

Trata-se de Embargos de Declaração opostos por LATICÍNIOS BELA VISTA LTDA. do acórdão1 proferido pela
5ª Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível que, à unanimidade de votos, conheceu e desproveu a apelação cível2
por ela manejada em desprestígio de SUELI BATISTA DA SILVA.

Nas razões do recurso3, a embargante sustenta que o aresto censurado apresenta vícios de omissão e
contradição a demandar correção.

Quanto à omissão, assevera restar evidenciada porque, do seu ponto de vista, além de o ônus da prova que
sobre ela recai contemplar fato negativo, portanto, por questão de lógica, impassível de prova, o acervo
probatório produzido em juízo pela parte contrária é deficiente e não atinge o escopo de demonstrar a
ocorrência de fato extintivo do direito autoral, pois: a) o recibo colacionado ao feito apenas atesta a contratação
de serviço de frete para a entrega do tanque de resfriamento e não que a entrega foi efetivamente realizada; b)
em depoimento pessoal, a própria embargada afirmou não saber se o objeto do comodato foi restituído à
comodante; e, c) a testemunha Henrique Freitas Araújo faltou com a verdade ao declarar ter entregue o tanque
de resfriamento a um funcionário que ostentava uniforme com o slogan “Laticínio Bela Vista”, porque, na

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NR.PROCESSO: 0147337.91.2015.8.09.0017
verdade, em que pese esta ser sua razão social, a vestimenta de seus empregados e tudo mais relacionado à
empresa ostenta a marca “Piracanjuba”.

Alega, por outro lado, que a contradição exsurge do fato de, com lastro em premissa equivocada, ter o
julgamento contrariado as provas dos autos.

Alfim, clama pelo acolhimento dos embargos no afã de ver sanados os vícios indicados, com a consequente
atribuição de efeito modificativo a resultar no provimento do apelo antes agitado.

Empós, vieram-me conclusos.

Relatados. Passo à decisão.

Porque presentes os correspondentes pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos de declaração.

Não obstante as assertivas justificadoras da oposição, afirmo não prosperar o inconformismo da embargante,
eis que, em suas razões, não logrou êxito em demonstrar a existência de quaisquer dos vícios ensejadores dos
declaratórios, principalmente as supostas omissão e contradição.

Ora, nos termos do art. 1.022, I, II, e III, do Código de Processo Civil, os aclaratórios se destinam a esclarecer
obscuridade, eliminar contradição, suprir omissão ou corrigir erro material existente no julgado, podendo-lhes
ser atribuídos, excepcionalmente, efeitos infringentes, quando algum desses vícios for reconhecido.

No caso dos autos, o julgado abordou os temas questionados e em nenhum deles houve a omissão que
a embargante gostaria de ver presente, de modo que os embargos devem ser rejeitados por ausência de
afronta aos requisitos do art. 1.022, da Lei Adjetiva Civil.

O importante é que o acórdão tenha decidido topicamente os pontos principais da controvérsia, o que
foi efetivamente feito, não se podendo admitir que os embargos de declaração tomem curso diverso
daquele a que são destinados.

Se a embargante não se conforma com a fundamentação do julgado, não há que ser por meio de
embargos de declaração que logrará obter a sua reforma.

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NR.PROCESSO: 0147337.91.2015.8.09.0017
Aliás, não há falar em omissão do julgado se as teses defendidas nas razões do apelo (e agora
reiteradas) foram objeto de pronunciamento, senão vejamos.

Estando a resolução da controvérsia adstrita à cláusula geral que regula a repartição do ônus
probatório, inicialmente assentou-se que a insurgente não se preocupou em submeter ao crivo
jurisdicional a narrativa de pessoa apta a atestar que, de fato, o tanque de resfriamento não foi recebido
nas dependências de seu laticínio localizado em Santa Vitória-MG, e, a título de esclarecimento,
naquela ocasião ficou expressamente consignado no voto condutor “não haver falar que referida prova
é diabólica (prova negativa), pois não era impraticável, nem difícil trazer a juízo empregado que atuasse
no controle da entrada e saída de objetos do laticínio”4.

Por outro lado, tendo em mira não constar do instrumento contratual de que a restituição do bem dado
em comodato deveria ocorrer mediante emissão de recibo de entrega, à luz do recibo de quitação do
serviço de fretagem e do que disseram em juízo as duas testemunhas responsáveis por realizar o
transporte do tanque de resfriamento, concluiu o Colegiado que a aplicação da norma de distribuição
do ônus da prova, como regra de instrução e julgamento, culmina na improcedência do pedido autoral,
nos exatos moldes traçados pelo Sentenciante.

Alfim, a questão atinente à vestimenta dos empregados da rebelante também foi abordada, ocasião em
que ponderou-se não ser improvável que determinados funcionários utilizem uniforme contendo o
slogan “Laticínios Bela Vista”, notadamente porque esta é a razão social da empresa.

Portanto, tenho por impertinente qualquer outra manifestação a respeito do conflito posto nestes autos,
até mesmo porque, a solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não caracteriza
ofensa ao art. 1.022, do Digesto Processual Civil.

A propósito:

“(…) Para o cumprimento da função jurisdicional basta a adequada


fundamentação da tese adotada para dirimir o litígio, não se afigurando
razoável a prestação jurisdicional na negativa, ou seja, mediante o exame
de tudo aquilo que não é para se fixar aquilo que é. (…). Recurso especial
parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido.” (STJ, 2ª Turma,
Recurso Especial nº 111.6552/AL, Rel. Min. Mauro Campbell Marques,
acórdão unânime de 04/08/2015, DJ de 12/08/2015)

Pari passu, no quesito fundamentação-conclusão, o decisum censurado também é irretorquível, não


apresentando nenhuma contradição, haja vista que, ao contrário do que fora verberado, as razões de
decidir estão postas, suficientemente claras e em perfeita harmônia com a conclusão lançada.

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NR.PROCESSO: 0147337.91.2015.8.09.0017
A bem da verdade, em que pese a única contradição que autoriza o manejo dos aclaratórios ser a
interna, isto é, entre a fundamentação e o dispositivo (cf. TJGO, 1ª Câmara Cível, Embargos de
Declaração no Agravo de Instrumento nº 5385832-21.2017.8.09.0000, Relª. Desª. Maria das Graças
Carneiro Requi, DJe de 31/10/2018), é bom esclarecer que na perlenga sub judice não se cogita a
alegada contradição entre o conteúdo do decisório e as provas produzidas, pois, como exaustivamente
asseverado, o julgamento se deu justamente com base nas únicas provas existentes nos autos.

Diante desse contexto, em que a questão jurídica devolvida à cognição desta Corte restou quantum
satis apreciada e julgada, ainda que com resultado contrário ao interesse da recorrente, constato haver
nas teses alçadas nos aclaratórios flagrante intenção de se valer de tal mecanismo, indevidamente,
como sucedâneo de recurso, sendo de rigor o reconhecimento do descabimento da oposição, manejada
que foi ao arrepio da norma de regência.

Em idêntico tom:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. MANUTENÇÃO DA DECISÃO RECORRIDA. VÍCIO.
INEXISTÊNCIA. 1. Não ocorrendo as hipóteses previstas no artigo 1.022 do
Novo Código de Processo Civil, a rejeição dos embargos de declaração
opostos é medida imperativa, máxime quando restar configurado que a
parte embargante almeja somente a rediscussão da matéria exposta no
acórdão recorrido, face ao seu inconformismo com a tese jurídica adotada.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS, PORÉM REJEITADOS.”
(TJGO, 6ª Câmara Cível, Embargos de Declaração no Agravo de
Instrumento nº 0441460-92.2015.8.09.0051, Rel. Des. Jeová Sardinha de
Moraes, DJe de 25/09/2019)

“(…). II. Os embargos de declaração não se prestam à promoção de mera


rediscussão de matéria já decidida, devendo ser acolhidos somente para
esclarecer obscuridade, eliminar contradição, suprir omissão ou corrigir
erro material eventualmente presente no julgado, circunstâncias não
verificadas na espécie. III. Não configura nenhum dos vícios elencados no
artigo 1.022 do Código de Processo Civil/2015 o antagonismo entre as
razões da decisão e as alegações das partes. Embargos de declaração
rejeitados. Acórdão mantido.” (TJGO, 2ª Câmara Cível, Embargos de
Declaração no Agravo de Instrumento nº 5468268-66.2019.8.09.0000, Rel.
Des. Carlos Alberto França, DJe de 24/09/2019)

Ao cabo do exposto, sem delongas, rejeito os Embargos Declaratórios opostos, no termos da


fundamentação retro.

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NR.PROCESSO: 0147337.91.2015.8.09.0017
É como voto.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador José Carlos de Oliveira

Relator

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL


Nº 0147337.91.2015.8.09.0017 da Comarca de Bela de Goiás em que figura como Embargante LATICÍNIOS
BELA VISTA LTDA e como Embargada SUELI BATISTA DA SILVA

ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em


conhecer e rejeitar os Embargos de Declaração, nos termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 0147337.91.2015.8.09.0017
1 Vide Movimentação 20.

2 Vide Movimentação 3 (fls. 90/96, vol. 2, do histórico do processo físico).

3 Vide Movimentação 24.

4 Vide Movimentação 20 (fl. 25, do processo em PDF).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0147337.91.2015.8.09.0017

COMARCA BELA VISTA DE GOIÁS

EMBARGANTE LATICÍNIOS BELA VISTA LTDA.

EMBARGADA SUELI BATISTA DA SILVA

RELATOR Desembargador José Carlos de Oliveira

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


CONHECIMENTO. CONTRATO DE COMODATO. CLÁUSULA GERAL DE
REPARTIÇÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO OU
CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA. ACÓRDÃO MANTIDO.

1. Afasta-se a alegação de omissão se os pontos principais da controvérsia e


as teses defendidas nas razões do apelo foram apreciadas uma a uma, ainda
que com resultado contrário ao interesse da embargante.

2. Igualmente, não há falar em contradição por supostamente estar o julgamento


em desconformidade com o acervo probatório, porquanto, em que pese a única
contradição que autoriza o manejo dos aclaratórios ser a interna, isto é,
entre a fundamentação e o dispositivo, na perlenga sub judice o julgamento
se deu via cláusula geral da repartição do ônus probatório, justamente com
base nas únicas provas existentes nos autos.

3. Os embargos de declaração não se prestam à mera rediscussão de matéria já


decidida, pois seu objetivo é expungir da decisão embargada eventual
obscuridade, contradição, omissão ou erro material. Inteligência do art. 1.022, do
Código de Processo Civil.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0147337.91.2015.8.09.0017
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0147337.91.2015.8.09.0017

COMARCA BELA VISTA DE GOIÁS

EMBARGANTE LATICÍNIOS BELA VISTA LTDA.

EMBARGADA SUELI BATISTA DA SILVA

RELATOR Desembargador José Carlos de Oliveira

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


CONHECIMENTO. CONTRATO DE COMODATO. CLÁUSULA GERAL DE
REPARTIÇÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO OU
CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DE MATÉRIA. ACÓRDÃO MANTIDO.

1. Afasta-se a alegação de omissão se os pontos principais da controvérsia e


as teses defendidas nas razões do apelo foram apreciadas uma a uma, ainda
que com resultado contrário ao interesse da embargante.

2. Igualmente, não há falar em contradição por supostamente estar o julgamento


em desconformidade com o acervo probatório, porquanto, em que pese a única
contradição que autoriza o manejo dos aclaratórios ser a interna, isto é,
entre a fundamentação e o dispositivo, na perlenga sub judice o julgamento
se deu via cláusula geral da repartição do ônus probatório, justamente com
base nas únicas provas existentes nos autos.

3. Os embargos de declaração não se prestam à mera rediscussão de matéria já


decidida, pois seu objetivo é expungir da decisão embargada eventual
obscuridade, contradição, omissão ou erro material. Inteligência do art. 1.022, do
Código de Processo Civil.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 19/02/2020 18:27:28

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5677673.45.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARLUS DIAS DA SILVA
POLO PASSIVO : ADELAIDE MAIA DE ASSIS NETA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARLUS DIAS DA SILVA


ADVG. PARTE : 36796 GO - EUDES MACHADO LEMES

PARTE INTIMADA : ADELAIDE MAIA DE ASSIS NETA


ADVG. PARTE : 50747 GO - LUCAS ROSA TUM

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5677673.45.2019.8.09.0000


Comarca de Jataí
Agravante: Marlus Dias Silva
Agravadas: Adelaide Maia de Assis Neta e outras
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes os requisitos de admissibilidade, impende o conhecimento do


recurso.
Conforme relatado, trata-se de recurso de agravo de instrumento, com pedido
de antecipação da tutela de urgência, interposto por Marlus Dias Silva, contra a
decisão proferida nos autos da “ação de divórcio c/c partilha de bens, guarda e
alimentos e pedido liminar”, ajuizada em seu desfavor por Adelaide Maia de Assis
Neta e outras.
Retira-se da decisão atacada, proferida pela Juíza de Direito da 4ª Vara de
Família e Sucessões da Comarca de Jataí, Dra. Sabrina Rampazzo de Oliveira:

“(…) No que se refere ao pedido de guarda, considerando os


documentos carreados aos autos(relatórios médicos de autismo, sessão
de terapias, decisão de concessão de medidas protetivas de urgência),
bem como os fatos narrados na peça vestibular de que as menores
possuem "autismo" o que demanda maiores cuidados e atenção,
DEFIRO a guarda provisória das crianças Clara Maia Dias e Lívia Maia
Dias à requerente(Adelaide Maia de Assis Neta), notadamente porque já
exerce a guarda de fato das filhas.
Expeçam-se os Termos de Guarda Provisória das crianças.

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
Quanto a regulamentação das visitas, tendo em vista o melhor interesse
das menores, inclusive, do direito de manter convívio com o genitor,
AUTORIZO o requerido Marlus Dias Silva a exercer o direito de visitas
as filhas(Clara Maia Dias e Lívia Maia Dias), comunicando com
antecedência à autora, da seguinte forma:
a) aos finais de semana, podendo pegá-las as sextas-feiras às 18:00
horas na residência da mãe das infantes e devolvê-las aos domingos até
as 18:00 horas, de forma que não prejudique o horário das atividades
escolares;
b) nos feriados e datas comemorativas, sendo o dia dos pais com o
genitor e das mães com a autora; o Natal com a mãe e Ano Novo com o
pai e no dia das crinças metade do dia com cada um dos genitores.
Por questão de cautela, expeça-se ofício ao Conselho Tutelar local
solicitando a realização de visita domiciliar na residência da genitora da
criança (Adelaide Maia de Assis Neta), com a emissão de relatório de
constatação das condições em que as menores vivem. Prazo: 20 (vinte)
dias.
No mais, designo audiência de mediação para o dia 22 de Janeiro de
2019, às 08h45min., a ser realizada no Centro Judiciário de Solução de
Conflitos e Cidadania (CEJUSC), localizado na Rua Leopoldo de
Bulhões, nº 640, Setor Santa Maria (sede do Procon), nesta cidade.
[...]
Cumpra-se. Oficie-se ao juízo do Juizado de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher comunicando-lhe acerca da presente decisão.”

Irresignado, recorre o autor.


Requer, em síntese, a) alteração na guarda provisória das filhas em seu favor
e, subsidiariamente, a modificação na regulamentação provisória das visitas, para que
busque as crianças na sexta-feira na cidade de Jataí – GO as 18:00 horas e as
entregue na segunda-feira no período da manhã na cidade de Rio Verde – GO, bem
como o direito de ficar com as menores por, no mínimo, 20 (vinte) dias do período de
férias escolares; c) redução dos alimentos provisórios das filhas para 10% (dez por
cento) de sua remuneração líquida, para cada uma, e a exoneração dos alimentos em
favor da ex-cônjuge, subsidiariamente, retorno dos alimentos provisórios ao patamar
anterior de 20% (vinte por cento) de sua renda bruta e um salário-mínimo para a ex-
cônjuge, pelo período de 06 (seis) meses.

Pois bem.

A solução da presente demanda deve privilegiar o melhor interesse das


menores de idade, filhas das partes, Clara Maria Dias e Lívia Maia Dias, em

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
observância do princípio da proteção integral da criança e do adolescente,
estabelecido no artigo 227 da Constituição Federal:

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

A propósito, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal n. 8.069, de


13 de julho de 1990), neste contexto, em seu artigo 3º, disciplina que:

“A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais


inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que
trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento
físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade.”

O princípio constitucional da proteção integral à criança e ao adolescente é


orientador tanto para o legislador quanto para o aplicador do Direito, determinando a
primazia das necessidades da criança e do adolescente como critério de interpretação
da Lei, deslinde de conflitos ou mesmo para a elaboração de futuras regras.
Sobre o princípio do superior interesse do menor, leciona Yussef Said Cahali:

“(…) o princípio a ser observado, (...), estando o casal separado de fato,


é da prevalência do interesse do menor; havendo conflito entre os
genitores, o juiz decidirá tendo em vista as circunstâncias de cada caso
e sempre no interesse daquele, que preponderará em qualquer hipótese;
daí o largo arbítrio de que dispõem os tribunais para estabelecer o que
julgar mais acertado em proveito dos menores.” (in Divórcio e
Separação, 10ª edição, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002,
p. 490)

Neste diapasão, judiciosa é a lição de Guilherme Gonçalves Strenger:

“Interesse do menor. O interesse do menor é princípio básico e


determinante de todas as avaliações que refletem as relações de

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
filiação. O interesse do menor, pode-se dizer sem receio, é hoje
verdadeira instituição no tratamento da matéria que ponha em questão
esse direito. Tanto na família legítima como na natural e suas
derivações, o interesse do menor é princípio superior. Em cada situação
cumpre ao Juiz apreciar o interesse do menor e tomar medidas que o
preservem e a apreciação do caso deve ser procedida segundo dados
de fato que estejam sob análise.” (in Guarda de Filhos, São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1991, p. 64)

No mesmo sentido é o caminho trilhado pela jurisprudência do colendo


Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSO CIVIL. CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA.


ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. AÇÕES DE
GUARDA AJUIZADAS EM ESTADOS DIFERENTES, PELO PAI E
PELA MÃE DO MENOR. SUSPENSÃO DE AMBOS OS PROCESSOS.
ESTABELECIMENTO DO JUÍZO DE RESIDÊNCIA DO MENOR. 1. A
determinação da competência, em casos de disputa judicial sobre a
guarda de infante deve garantir o respeito aos princípios do juízo
imediato e da primazia ao melhor interesse da criança. 2. O fato de a
mãe do menor ter abandonado a residência do casal, sem o
consentimento do pai, levando consigo o filho menor, caso comprovado,
consubstancia matéria que deve ser enfrentada para a decisão do
pedido de guarda, em conjunto com outros elementos que demonstrem
o bem estar do menor. A competência para decidir a respeito da
matéria, contudo, deve ser atribuída ao juízo do local onde o menor fixou
residência. 3. Nas ações que envolvem interesse da infância e da
juventude, não são os direitos dos pais ou responsáveis, no
sentido de terem para si a criança, que devem ser observados, mas
o interesse do menor. 3. Conflito positivo de competência conhecido
para o fim de se estabelecer a competência do juízo da 2ª Vara de
Família de Santa Maria, RS.” (STJ, CC 114.328/RS, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/02/2011, DJe
02/03/2011.)

“PROCESSO CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.


AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL
C/C GUARDA DE FILHO. MELHOR INTERESSE DO MENOR.
PRINCÍPIO DO JUÍZO IMEDIATO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
SUSCITANTE. 1. Debate relativo à possibilidade de deslocamento da
competência em face da alteração no domicílio do menor, objeto da
disputa judicial . 2. Em se tratando de hipótese de competência relativa,
o art. 87 do CPC institui, com a finalidade de proteger a parte, a regra da
estabilização da competência (perpetuatio jurisdictionis), evitando-se,
assim, a alteração do lugar do processo, toda a vez que houver
modificações supervenientes do estado de fato ou de direito. 3. Nos
processos que envolvem menores, as medidas devem ser tomadas

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
no interesse desses, o qual deve prevalecer diante de quaisquer
outras questões. 4. Não havendo, na espécie, nada que indique
objetivos escusos por qualquer uma das partes, mas apenas alterações
de domicílios dos responsáveis pelo menor, deve a regra da
perpetuatio jurisdictionis ceder lugar à solução que se afigure mais
condizente com os interesses do infante e facilite o seu pleno acesso à
Justiça. Precedentes. 5. Conflito conhecido para o fim de declarar a
competência do Juízo de Direito de Carazinho/RS (juízo suscitante), foro
do domicilio do menor.” (STJ, CC 114.782/RS, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe
19/12/2012, g.)

Destarte, é justamente no princípio do melhor interesse das menores que


deve esta Corte Revisora se apoiar para a solução da celeuma em apreço, a qual diz
respeito à fixação provisória da guarda e alimentos das menores, bem como alimentos
em favor da genitora.
Acerca da guarda dos filhos menores, compete aos pais o direito de tê-los em
sua companhia, com o fito de participar da sua educação e criação, em respeito ao
direito constitucional da criança e do adolescente à convivência familiar, nos termos do
artigo 1.634 do Código Civil, que assim dispõe:

“Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto
aos filhos:
I – dirigir-lhes a criação e a educação;
II – exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art.
1.584;
III – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;IV –
conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;
V – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua
residência permanente para outro Município;
VI – nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o
outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o
poder familiar;
VII – representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis)
anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em
que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
VIII – reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
IX – exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios
de sua idade e condição.”

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
Segundo os ensinamentos do civilista Milton Paulo de Carvalho Filho:

“Tal atribuição garante aos genitores a proximidade para dirigir a


educação e a criação dos filhos, norteando sua conduta social,
proibindo-os de ausentar-se do lar familiar e de relacionar-se com
pessoas cuja convivência seja imprópria aos interesses do menor. Os
pais, tendo os filhos em sua companhia, definem o domicílio de sua
prole. Contudo, se estiverem separados, o genitor que não tiver a
guarda dos menores não terá diminuição do poder familiar, porquanto o
direito de guarda será substituído pelo direito de visita, que possibilita a
convivência familiar e a proximidade com os filhos.” (In Código Civil
Comentado. Coordenadoria do Ministro César Peluso. São Paulo:
Editora Manole, 2015. pág.1704).

Da análise detida dos autos, é possível verificar que as crianças são


portadoras do “Transtorno do Espectro Autista - TEA”, detendo a mãe/agravada a
guarda delas desde a separação do casal.
Embora o pai/agravante alegue que somente uma das crianças é portadora
da condição especial, a mãe afirma que ambas fazem tratamento para o transtorno.
Desse modo, entendo que a modificação da guarda das filhas, ainda em sede
liminar, é temerária, diante da peculiar situação de saúde de, ao menos, uma das
crianças, para quem qualquer modificação na rotina repercute de forma ainda mais
acentuada.
Por essa razão, de fato, ao menos neste momento processual, a guarda
provisória deve ser unilateral da mãe das crianças/ agravadas, o que, por certo, não
inviabiliza a convivência com o agravante/requerido, de grande importância para as
partes. Confira-se:

(...) 1. Existindo no contexto probatório dos autos, elementos (extensa


carga laboral, distância do local de trabalho, existência de outros filhos
em localidade longínqua e histórico de violência doméstica) que
evidenciam a impossibilidade de o genitor desempenhar a contento, a
guarda unilateral e até mesmo compartilhada da infante, impõe-se, em
atenção ao melhor interesse da infante, manter a guarda provisória
unilateral à genitora. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO. DECISÃO MANTIDA. (TJGO, Agravo de Instrumento
5287714-39.2019.8.09.0000, Rel. SÉRGIO MENDONÇA DE ARAÚJO,
4ª Câmara Cível, julgado em 27/08/2019, DJe de 27/08/2019).

Apesar de considerar a guarda unilateral em favor da mãe adequada ao caso


, restou omissa a decisão a quo em relação à convivência da criança com os genitores

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
durante o período de férias escolares.
Assim, considerando que o pai tem igual direito à companhia das filhas e em
observância ao melhor interesse das crianças, a divisão igualitária da convivência dos
genitores com as filhas no período de férias escolares é a medida mais justa, motivo
pelo qual impõe-se a reforma da decisão debatida, para determinar que as crianças
permaneçam na companhia dos genitores por igual período, ou seja, 50% (cinquenta
por cento) do período de férias escolares.
Lado outro, quanto ao pedido de redução dos alimentos provisórios, cediço
que são essencialmente precários, instáveis, submetidos à cláusula rebus sic
stantibus, alteráveis conforme as modificações circunstanciais do caso concreto, cuja
delimitação depende da observância do binômio necessidade do alimentado e
possibilidade financeira do alimentante.
Posto isso, mister apreciar o binômio necessidade/possibilidade, ou como
defendem doutrinadores como Maria Berenice Dias, o trinômio
necessidade/possibilidade/proporcionalidade, senão vejamos:

“Para definir valores, há que se atentar ao dogma que norteia a


obrigação alimentar: o princípio da proporcionalidade. Esse é o vetor
para a fixação dos alimentos. Tradicionalmente, invoca-se o binômio
necessidade-possibilidade, ou seja, perquirem-se as necessidades do
alimentando e as possibilidades do alimentante para estabelecer o valor
da pensão. No entanto, essa mensuração é feita para que se respeite a
diretriz da proporcionalidade. Por isso se começa a falar com mais
propriedade, em trinômio: proporcionalidade-possibilidade-necessidade.”
(Manual de Direito das Famílias; Editora Revista dos Tribunais; p. 433).

Comentando o parágrafo 1º do artigo 1.694 do Código Civil, leciona Arnaldo


Wald:

"O critério de fixação do quantum dos alimentos depende da conciliação


desses dois elementos: possibilidade e necessidade. Os alimentos são
determinados pelo juiz atendendo à situação econômica do alimentando
e às necessidades essenciais de moradia, alimentação, vestuário,
tratamento de saúde, e, se for menor, educação do reclamante. [...] As
pensões alimentares são assim essencialmente variáveis, sendo
modificadas quando houver alteração das necessidades do reclamante
ou das possibilidades do alimentante, podendo ocorrer, conforme o
caso, exoneração, redução ou agravação do encargo". (in Curso de
Direito Civil Brasileiro, vol. IV, RT, 9ª ed., p. 41)

Assim, estremado o binômio necessidade do alimentado e possibilidade


financeira do prestador, resulta obrigatória a subsunção à norma insculpida no
parágrafo 1º do artigo 1.694 do Código Civil, segundo a qual “Os alimentos devem ser

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
obrigada.”.
Logo, o critério da proporcionalidade consubstancia-se em evitar
empobrecimento desmesurado do alimentante e/ou enriquecimento sem causa do
alimentado. Significa, outrossim, a estrita observância do devido processo legal em
seu aspecto substancial (artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal), vale dizer, o
julgador deverá agir movido sempre pela prudência, sopesando com parcimônia as
peculiaridades ditadas pelo caso posto à apreciação.
Na espécie, a magistrada condutora do feito arbitrou os alimentos provisórios
em 15% da renda bruta do agravante/requerido para cada uma das filhas, mais o
pagamento do plano de saúde de ambas, bem como em 10% de sua renda bruta em
favor da ex esposa/agravada, com o que não concorda o insurgente, alegando, para
tanto, não serem proporcionais os referidos valores.
De uma detida análise da situação posta sob apreciação, entendo merecer,
em parte, acolhimento a irresignação do recorrente nesse ponto, mormente se
considerado os elementos circunstanciais e probatórios emanados dos autos até o
presente momento, bem como os princípios norteadores do direito.
O agravante aponta que os gastos mensais com terapias e médicos,
noticiados pela parte agravada, são completamente cobertos pelo plano de saúde,
cujas declarações foram emitidas pelos profissionais de saúde somente para efeito de
reembolso pelo plano.
Assevera que “os alimentos provisórios fixados em 40% (quarenta por cento),
mais o pagamento do Plano de Saúde, o genitor deve pagar aproximadamente R$
8.000,00 (oito mil reais) mensais, o que extrapola a necessidade das Agravadas e
ultrapassa o proporcional e razoável quanto à possibilidade do Agravante.”
Destarte, o pagamento de alimentos provisórios no valor fixado na decisão
singular onerará sobremaneira o recorrente, comprometendo cerca de 60% (sessenta
por cento) de seu rendimento líquido, não tendo sido observado, destarte, o critério da
proporcionalidade para sua fixação, sobretudo diante da comprovação de que as
crianças possuem plano de saúde, com cobertura da maior parte dos gastos
extraordinários apontados pela genitora, na peça exordial.
Assim sendo, no caso vertente, a quantia fixada a título de alimentos deve ser
minorada para 15% (quinze por cento) da renda líquida do agravante/requerido para
cada filha, mais as despesas decorrentes do plano de saúde de ambas, bem como
para o percentual de 10% (dez por cento) de sua renda líquida em favor da ex
esposa/agravada, esta limitada ao prazo de 12 (doze meses), ou até que seja
empregada, o que revela-se mais proporcional e condizente com o necessário à
sobrevivência digna das alimentadas e as possibilidades do alimentante, o que resulta
no valor de cerca de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
A respeito, assim tem decidido este Egrégio Tribunal de Justiça:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E


DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. ALIMENTOS PROVISÓRIOS.
PEDIDO DE REDUÇÃO DA VERBA ALIMENTAR FIXADA.

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ACOLHIMENTO. CONSTATAÇÃO PELO MAGISTRADO SINGULAR
DA SITUAÇÃO E NECESSIDADE DA PARTE SOLICITANTE.
RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. 1- O agravo de instrumento é
um recurso secundum eventum litis, ou seja, por meio do qual se aprecia
o acerto ou desacerto da decisão agravada, sendo vedada a análise, por
esta instância derivada, de matéria que não tenha integrado do
provimento judicial atacado. 2- Evidenciado nos autos que o montante
inicialmente fixado a título de alimentos provisórios estava além da
necessidade comprovada pela parte solicitante, somado ao fato de que
concedidas outras medidas assistenciais (de moradia e plano de saúde)
além da pensão a ser paga em espécie, mostra-se necessário manter o
posicionamento manifestado na decisão atacada, especialmente
considerando o contato direto do magistrado com as partes e com as
testemunhas ouvidas em audiência. AGRAVO CONHECIDO.
PROVIMENTO NEGADO.” (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO
96167-34.2015.8.09.0000, Rel. DES. ALAN S. DE SENA CONCEICAO,
5A CAMARA CIVEL, julgado em 11/06/2015, DJe 1808 de 19/06/2015).

“AGRAVO REGIMENTAL NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO


DE ALIMENTOS. PIRNCÍPIO DA IGUALDADE DE TRATAMENTO
ENTRE OS FILHOS (ART. 227, § 6º, CF). REDUÇÃO DA OBRIAÇÃO
ALIMENTAR. AUSÊNCIA DE FATO NOVO. 1. Em razão do princípio da
igualdade de tratamento entre os filhos, insculpido no artigo 226, § 6º da
Constituição Federal, a obrigação alimentar deve ser prestada a toda
prole de forma isonômica, de modo a impedir que qualquer um dos filhos
seja discriminado em relação aos demais. 2. Demonstrado nos autos
que ao outro dependente do alimentante o percentual da verba alimentar
já fora reduzido para 12% dos rendimentos líquidos dele, adequada se
mostra a minoração da verba alimentícia conforme feita no presente
caso, em atenção ao princípio constitucional da igualdade entre os filhos.
3. Impõe-se o improvimento do agravo regimental interposto contra
decisão do Relator quando o agravante não apresenta fato novo
suscetível de justificar a reconsideração, tampouco comprovam ser os
fundamentos que a embasam contrários à jurisprudência predominante
deste e dos Tribunais Superiores. AGRAVO REGIMENTAL
CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, APELACAO CIVEL 77539-
59.2012.8.09.0175, Rel. DES. JEOVA SARDINHA DE MORAES, 6A
CAMARA CIVEL, julgado em 02/06/2015, DJe 1803 de 12/06/2015).

“DUPLO AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA.


APELAÇÃO CÍVEL. PEDIDO DE JULGAMENTO COLEGIADO. AÇÃO
DE ALIMENTOS. VALOR REDUZIDO EM TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS.
BINÔMIO CAPACIDADE/NECESSIDADE. AUSÊNCIA DE FATOS
NOVOS A JUSTIFICAR O PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. I-
Constatado que os alimentos afiguram-se desproporcionais às despesas
da alimentada e à capacidade financeira do alimentante, notadamente
porque superam àquelas e comprometem seus rendimentos integrais
com outros gastos, somado ao fato de que o apelante já arca com o
pagamento do plano de saúde, torna-se razoável a redução do valor da

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
verba fixada pela magistrada singular. II- Inexistindo fundamento ou fato
novo capaz de conduzir o julgador à nova convicção, nega-se
provimento ao Agravo Regimental. AGRAVOS REGIMENTAIS
CONHECIDOS, MAS IMPROVIDOS.” (TJGO, APELACAO CIVEL
303040-94.2013.8.09.0175, Rel. DES. AMELIA MARTINS DE ARAUJO,
1A CAMARA CIVEL, julgado em 26/05/2015, DJe 1799 de 08/06/2015).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS PROVISÓRIOS.


REDUÇÃO DA VERBA ALIMENTAR. POSSIBILIDADE. I - A fixação dos
alimentos provisórios está condicionada ao binômio necessidade-
possibilidade, razão pela qual, comprovada nos autos a impossibilidade
financeira do pai, ora agravante, em arcar com a verba alimentar fixada
pela juíza singular, deve-se prover parcialmente o recurso a fim de
reduzir a referida verba para patamar razoável. II - AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.” (TJGO,
AGRAVO DE INSTRUMENTO 473495-98.2014.8.09.0000, Rel. DR(A).
SERGIO MENDONCA DE ARAUJO, 4A CAMARA CIVEL, julgado em
16/04/2015, DJe 1778 de 06/05/2015).

Merece respaldo, portanto, a pretensão recursal nesse ponto.


Ao teor do exposto, conheço do recurso de agravo de instrumento e dou-
lhe parcial provimento, para determinar que o período de férias escolares das
menores seja dividido igualmente entre os pais, ou seja, permanecendo as filhas 50%
(cinquenta por cento) daquele período em companhia de cada genitor, bem como
para reduzir os alimentos provisórios fixados em favor de cada uma das filhas para
15% (quinze por cento) do salário líquido do agravante, mais as despesas com plano
de saúde de ambas, bem como para reduzir para 10% (dez por cento) sobre seu
salário líquido os alimentos provisórios em favor da ex- esposa/agravada, estes últimos
limitados a 12 (doze meses) ou até que a alimentanda seja inserida no mercado de
trabalho, o que ocorrer primeiro.
Comunique-se ao juízo de origem, para conhecimento do que restou decidido
por este Tribunal de Justiça.
É como voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

DES. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
C40

Agravo de Instrumento nº 5677673.45.2019.8.09.0000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
Comarca de Jataí
Agravante: Marlus Dias Silva
Agravadas: Adelaide Maia de Assis Neta e outras
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos de Agravo de Instrumento nº


5677673.45.2019.8.09.0000, da Comarca de Jataí, figurando como agravante Marlus
Dias Silva e como agravadas Adelaide Maia de Assis Neta e outras.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer do agravo de instrumento e dar-lhe parcial provimento, nos termos do
voto do Relator, proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e o Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau,
atuando em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Fez sustentação oral o Doutor Eudes Machado Lemes, representando o
agravante, e o Doutor Lucas Rosa Tum, representando as agravadas.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5677673.45.2019.8.09.0000


Comarca de Jataí
Agravante: Marlus Dias Silva
Agravadas: Adelaide Maia de Assis Neta e outras
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Agravo de
instrumento. Ação
de divórcio com
partilha de bens,
guarda e alimentos.
Manutenção da
guarda provisória
em favor da genitora
. Férias escolares.
Divisão igualitária
entre os genitores.
Princípio do melhor
interesse das
menores. Alimentos
provisórios.
Redução. Binômio
necessidade e
possibilidade. I -
Previsto no artigo 227
da Constituição
Federal e artigo 3º do
Estatuto da Criança e
do Adolescente, trata-
se de princípio
orientador tanto para
o legislador quanto

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
para o aplicador do
Direito, determinando
a primazia das
necessidades da
criança e do
adolescente como
c r i t é r i o d e
interpretação da Lei,
deslinde de conflitos
ou mesmo para a
elaboração de futuras
regras. II – In casu,
da análise detida dos
autos, é possível
verificar que as
crianças são
portadoras do
“Transtorno do
Espectro Autista”,
d e t e n d o a
mãe/agravada a
guarda delas desde a
separação do casal.
Assim, a modificação
da guarda das filhas,
ainda em sede liminar
é temerária, diante da
peculiar situação de
saúde destas, para as
quais qualquer
modificação na rotina
repercute de forma
a i n d a m a i s
acentuada. III –
Considerando que o
pai tem igual direito à
companhia das filhas
e em observância ao
melhor interesse das
crianças, deverão
estas permanecerem
com cada genitor a
metade do período de
férias escolares. IV -
A fixação dos
alimentos provisórios
está condicionada ao
binômio necessidade-
possibilidade, razão
p e l a q u a l ,
comprovada nos
a u t o s a

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NR.PROCESSO: 5677673.45.2019.8.09.0000
impossibilidade
financeira do pai, ora
agravante, em arcar
com a verba
alimentar fixada pela
juíza singular, deve-
s e p r o v e r
parcialmente o
recurso a fim de
reduzir a referida
verba para patamar
razoável. Agravo de
i n s t r u m e n t o
conhecido e
parcialmente
provido.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 16:18:43

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5727840.66.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JUVENIL OLIVEIRA DA SILVA
POLO PASSIVO : BANCO BRADESCO SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JUVENIL OLIVEIRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 27962 GO - DIEGO MENEZES VILELA

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO SA


ADVGS. PARTE : 37232 GO - IZABELA FRANCES SOARES DE AZEVEDO
26966 GO - EZIO PEDRO FULAN

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5727840.66.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5727840.66.2019.8.09.0000


Comarca de Itumbiara
Agravante : Juvenil Oliveira da Silva
Agravado : Banco Bradesco S/A
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

DECISÃO

Pretende o recorrente, com da interposição do presente agravo de


instrumento, a individualização dos imóveis arrematados na execução, para que seja
determinado o direito de prelação do banco agravado somente em relação ao produto
da alienação do imóvel da matrícula nº 22.129, objeto da garantia hipotecária,
insurgindo acerca da possibilidade de ocorrência de enriquecimento sem causa do
banco/credor hipotecário em beneficiar-se com produto da venda de todos os imóveis
arrematados e não somente sobre aquele que recai seu direito de preferência.
Neste toar, verifica-se que no julgamento do agravo de instrumento nº
5242187.69.2016.8.09.0000, interposto em face de decisão proferida nos autos da
mesma execução, restou reconhecido “o direito de preferência do banco agravante
sobre o valor correspondente a 50% (cinquenta por cento) do produto da arrematação
e referente à parte dos imóveis penhorados, nos limites de seu crédito. Eventual valor

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NR.PROCESSO: 5727840.66.2019.8.09.0000
remanescente daquela metade do quantum da arrematação deverá ser utilizado para
a satisfação do crédito do exequente/agravado, competindo ao juízo de origem
deliberar sobre o destino a ser dado à quantia correspondente a outra metade do valor
da arrematação que se encontra depositado e vinculado àquele juízo, referente à parte
dos imóveis arrematados e que não estava penhorada”.
Da leitura da cédula rural hipotecária nº 200805018, contrato nº
046/8.012.693, emitida em 23/04/2009, (fl. 395/400, dos autos originários) foi dado em
garantia ao banco agravado apenas o Imóvel de matrícula nº 22.129 (Fazenda Santa
Rita de Cássia) e, portanto, somente sobre aquele imóvel recai o direito de preferência
do banco credor/agravado, o que também foi a pretensão apresentada por aquele
credor preferencial no agravo de instrumento acima mencionado.
Ressalte-se que, ao decidir o anterior agravo de instrumento já mencionado,
certamente esta Corte de Justiça buscou fazer prevalecer o direito do credor
hipotecário sobre o produto da arrematação do imóvel dado em garantia e não sobre
outros imóveis eventualmente penhorados e arrematados.
Assim, não obstante a decisão anterior denegando a antecipação de tutela
recursal, reexaminando os autos e zelando para que o levantamento total do
correspondente à metade da quantia alcançada pela arrematação dos imóveis
constritados na execução promovida pelo agravante ocorra quando estirpada qualquer
dúvida, bem como atento ao poder geral de cautela desta relatoria, e, ainda,
considerando que da leitura do decisum deste Tribunal de Justiça, prolatado no
julgamento do agravo de instrumento nº 5242187.69.2016.8.09.0000, há margem para
interpretação equivocada, bem assim visando evitar o levantamento de valores da
arrematação pelo banco agravado superior àquele resultante do seu direito de
preferência, determino que seja expedido apenas alvará de levantamento da
importância equivalente a 50%(cinquenta por cento) do valor da arrematação do
imóvel hipotecado em favor do Banco Bradesco S/A, de matrícula nº 22.129,
permanecendo os outros 50%(cinquenta por cento) do quantum da arremtação dos
demais imóveis penhorados e arrematados à disposição do juízo até julgamento do
mérito deste recurso, quando então será realizado aprofundado exame para verificar
se o credor hipotecário tem direito ao levantamento do valor da arrematação de
imóveis que não foram dados em garantia hipotecária.
Comunique-se ao juízo de 1º grau, com urgência, para conhecimento e
cumprimento da presente decisão.
Intime-se o banco agravado para, querendo, apresentar resposta ao presente
agravo de instrumento, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1.019, II, do
Código de Processo Civil, ficando sem efeito o relatório inserido no evento n. 26, bem
como a inclusão deste recurso em paulta de julgamento do Colegiado da 2ª Cãmara
Cível deste Tribunal de Justiça.
Intime-se e cumpra-se, com urgência.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA

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NR.PROCESSO: 5727840.66.2019.8.09.0000
RELATOR
/C85

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/02/2020


15:24:13

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5063288.10.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JEAN CARLOS MARTINS
POLO PASSIVO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JEAN CARLOS MARTINS


ADVG. PARTE : 46185 GO - JOAO MARCIO FERNANDES DOS REIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5063288.10.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5063288.10.2020.8.09.0000


COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA – 5ª Vara Cível
AGRAVANTE: JEAN CARLOS MARTINS
AGRAVADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DESPACHO

Inicialmente, exclusivamente para essa via recursal, concedo ao agravante os


benefícios da justiça gratuita.

Conquanto tenha pugnado pela concessão de efeito suspensivo ao agravo de


instrumento ensaiado, o recursante deixou de declinar os fatos caracterizadores dos
pressupostos do periculum in mora e fumus boni iuris que estribariam seu pleito
liminar, razão por que deixo de me pronunciar sobre a matéria, ante o não atendimento
do princípio da dialeticidade.

Por conseguinte, determino a intimação do agravado para que, no prazo de


15 (quinze) dias úteis, apresente contraminuta (art. 1.019, II, CPC).

Proceda a Secretaria desta 2ª Câmara Cível ao apensamento eletrônico deste


recurso aos autos originários (n. 5033842.26.2020.8.09.0011).

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5063288.10.2020.8.09.0000
DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO
Relator

ND

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 15:00:13

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5082884.77.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : ANTONIO ALVES DIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO ALVES DIAS


ADVG. PARTE : 25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5082884.77.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento n. 5082884.77.2020.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravante: Estado de Goiás
Agravada: Antônio Alves Dias
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

DECISÃOPRELIMINAR

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo,


interposto pelo Estado de Goiás contra decisão interlocutória proferida nos autos do
cumprimento de sentença em ação ordinária de cobrança (ação coletiva) ajuizado em
seu desfavor por Antônio Alves Dias.
Extrai-se do dispositivo do ato judicial agravado (evento n. 14, dos autos n.
5544774.27), prolatado pela Juíza de Direito da 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual
da Comarca de Goiânia, Dra. Lívia Vaz da Silva, os seguintes dizeres:

“Pelo exposto, rejeito a impugnação ao cumprimento de sentença,


fixando o valor da execução em R$ 119.041,94 (cento e dezenove mil
quarenta e um reais e noventa e quatro centavos), conforme valor
apresentado nos cálculos elaborados pela exequente no evento 1 - doc.
4. Determino ainda, que o Estado de Goiás cumpra a obrigação de
fazer, nos termos da decisão proferida no evento 4.
Custas e honorários a cargo do Estado de Goiás em 10% sobre o valor
da execução.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5082884.77.2020.8.09.0000
Transitada em julgado, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para
atualização do débito. Após, determino a expedição de precatório do
valor principal, conforme indicado no evento 1 - doc. 4, e de Requisição
de Pequeno Valor – RPV quanto aos honorários de sucumbência
arbitrados nas fases de conhecimento (evento 4) e de cumprimento de
sentença proferido neste decisum.
Tudo feito, arquivem-se. Cumpra-se.”

Opostos embargos de declaração, estes foram rejeitados, nos seguintes


termos:

“(…) Ante ao exposto, conheço dos embargos opostos pelo ente publico,
e nego-lhes provimento, mantendo a decisão vergastada, por seus
próprios e jurídicos fundamentos.
Intimem-se. Cumpra-se.”

Inconformado, o Estado de Goiás interpõe o presente agravo de instrumento,


discorrendo, de início, acerca dos fatos processuais e defendendo o cabimento do
recurso à espécie.
Narra que a parte agravada objetiva executar individualmente título judicial
proferido em ação coletiva proposta pela União Goiana dos Policiais Civis (UGOPOCI),
nº 5275788.73.2017.8.09.0051, em desfavor do Estado de Goiás, ora agravante,
visando a incorporação do percentual de 11,98% (onze vírgula noventa e oito por
cento) na remuneração de seus associados, bem como as diferenças dos valores
supostamente não pagos.
Preliminarmente, suscita a ilegitimidade ativa da UGOPOCI para representar
os beneficiados da ação de conhecimento, ao argumento de que sua legitimidade
dependia da comprovação dos seguintes requisitos: ser o beneficiário filiado à
associação até o trânsito em julgado da ação coletiva, ter assinado a autorização
específica para o ajuizamento da ação de conhecimento e residir na Comarca de
Goiânia.
Alega que a legitimidade extraordinária é admitida de forma excepcional pelo
Código de Processo Civil, esclarecendo, em seguida, que os Sindicatos e as
Associações recebem tratamento diverso enquanto substitutos processuais, pois,
enquanto os Sindicatos têm legitimidade para defender judicialmente os interesses de
toda a categoria, sem a juntada da relação dos filiados e da autorização expressa
(artigo 8º, III, CF/88), a legitimidade das Associações para representar seus filiados,
judicial, ou extrajudicialmente, depende de autorização expressa (artigo 5º, XXI, da
CF/88).
Destaca que, “em se tratando de entidades associativas – caso da ação
coletiva em que prolatado o título exequendo – a Constituição é clara ao exigir a

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NR.PROCESSO: 5082884.77.2020.8.09.0000
autorização expressa dos filiados como condição para atribuir-lhe legitimidade para
representá-los, judicial ou extrajudicialmente.”
Informa que, para o Supremo Tribunal Federal, a autorização estatutária
genérica conferida à associação não lhe confere legitimidade para sua atuação em
juízo na defesa dos diretos de seus filiados (RE 573.232/SC), exceto quando se tratar
de mandado de segurança ou mandado de injunção coletivo (Súmula n. 629/STF).
Conclui que a associação não detinha legitimidade para ajuizar a ação de
conhecimento, pois não apresentou autorização específica de seus associados para
tanto, mas somente autorização estatutária genérica, e, por consequência, a parte
agravada também não possui legitimidade para executar o título.
Expõe que, diante da decisão proferida pelo STF, o Superior Tribunal de
Justiça mudou seu entendimento sobre a matéria, passando a concluir que “a
ausência de autorização expressa do exequente à Associação para que o
representante na ação de conhecimento coletiva em que produzido o título judicial
implica a ausência de legitimidade ativa necessária para a execução do título judicial.”
Registra que, embora a parte exequente, aqui agravada, conste na lista dos
associados anexadas à petição inicial da ação de conhecimento, não preencheu os
requisitos necessários, ou seja, não autorizou de forma expressa a associação para
representá-la em juízo e não comprovou que residia na Comarca de Goiânia quando
da propositura da ação, defendendo, por conseguinte, a ilegitimidade ativa da parte
agravada para executar o título e a consequente cassação da decisão recorrida, com a
extinção da execução sem resolução de mérito, conforme previsto no inciso I, do artigo
924 c/c artigo 330, inciso II, ambos do CPC.
Afirma que, malgrado o entendimento da magistrada a quo, o início do
cumprimento de sentença não depende de meros cálculos aritméticos, pontuando
haver necessidade de instaurar fase de liquidação de sentença, “assim como novo
pedido de exibição de documentos.”
Ressalta que, na liquidação de sentença, deve ser observado o título
executivo judicial, ressaltando que, in casu, constou no título a necessidade de ele ser
submetido à fase de liquidação de sentença, portanto, não há discussão quanto ao
ponto.
Aduz que, “para fixar o montante devido a cada substituído, deverá ser
averiguada a data do efeito pagamento dos Policiais Civis na época da conversão da
moeda para URV, ou seja, nos meses de novembro de 1993 a fevereiro de 1994 (art.
22, Lei n 8.080/94), o que somente é possível mediante análise documental.”
Argumenta ser necessário verificar se a reestruturação da carreira da parte
exequente/agravada não supriu eventual defasagem quando da conversão do salário
em URV.
Assevera que a sentença oriunda de ação coletiva, inexoravelmente, antes de
iniciado o cumprimento, deve submeter-se à fase de liquidação, para apurar não
somente o montante a ser executado, mas também a titularidade do direito.
Observa que o título judicial exequendo reconheceu o direito ao recebimento
das diferenças aos servidores ocupantes do cargo na época da lei de conversão, imp
ondo-se à parte exequente/agravada a comprovação que faz jus ao direito.

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NR.PROCESSO: 5082884.77.2020.8.09.0000
Tece comentários quanto aos cálculos apresentados pela parte agravada,
alegando excesso de execução.
Destaca que, no julgamento do RE n. 596.663/RJ, restou definido que o
término da incorporação dos 11,98%, ou do índice obtido em cada caso concreto, na
remuneração dos servidores públicos, a título de conversão da unidade monetária,
cruzeiro-real para a URV, ocorre no momento em que a carreira do servidor passa por
uma reestruturação remuneratória.
Reforça que, in casu, com a reestruturação da carreira que a parte
exequente/agravada integra, o percentual de 11,98% “foi inteiramente satisfeito, pois
foi integralmente absorvido pelo novo regime remuneratório instituído (regime de
subsídio).”
Advoga que não resta preclusa a discussão da questão, pois o Estado não
pretende o afastamento do direito reconhecido judicialmente, mas apenas a
comprovação de que o quantum devido é zero.
Colaciona julgados a corroborar suas teses.
Defende a necessidade de atribuição de efeito suspensivo ao recurso, ante a
presença de seus requisitos autorizadores – probabilidade de provimento do recurso e
perigo de demora, registrando “que o Estado de Goiás não busca um aval para
descumprir a ordem judicial transitada em julgado, apenas requer prudência com a
submissão do título judicial à liquidação, obstando, assim, o pagamento de
importâncias devidas”.
Pugna, ao final, pela atribuição de efeito suspensivo ao presente agravo de
instrumento, para suspensão do trâmite do cumprimento de sentença na origem até o
julgamento final do recurso e, no mérito, pelo conhecimento e provimento da
insurgência, para reformar a decisão hostilizada, acolhendo-se a impugnação ao
cumprimento de sentença apresentada em primeiro grau de jurisdição.
Dispensado o preparo, nos termos do § 1º do artigo 1.007 do Código de
Processo Civil.
É o relatório. Passo a decidir.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, impende o conhecimento do
agravo de instrumento.
Conforme relatado, trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito
suspensivo, interposto pelo Estado de Goiás contra decisão interlocutória proferida
nos autos do cumprimento de sentença em ação ordinária de cobrança (ação coletiva)
ajuizado em seu desfavor por Antônio Alves Dias.
Pretende a parte recorrente a atribuição de efeito suspensivo ao presente
agravo de instrumento e, ao final, o provimento da insurgência, para reformar a
decisão hostilizada, acolhendo-se a impugnação ao cumprimento de sentença
apresentada em primeiro grau de jurisdição.
Inicialmente, convém ressaltar que o exame da matéria em sede liminar deve
ser feito em cognição sumária e, por isso, as ponderações concernentes à exposição
realizada pela parte agravante somente serão analisadas com profundidade quando

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NR.PROCESSO: 5082884.77.2020.8.09.0000
do julgamento do mérito do presente recurso.
A concessão do efeito suspensivo, no entanto, é possível no curso do agravo
de instrumento, em razão da previsão contida no artigo 1.019, inciso I, do Código de
Processo Civil:

“Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e


distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932,
incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão;”

Nesta senda, o deferimento do efeito suspensivo fica condicionado ao


preenchimento dos requisitos presentes no artigo 995, parágrafo único, do Código de
Processo Civil, que possui a seguinte redação:

“Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão,


salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser
suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus
efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e
ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.”

Assim, devem estar presentes dois requisitos, quais sejam, o fumus boni juris
– caracterizado pela relevância dos motivos em que se assenta o pedido recursal – e o
periculum in mora – consubstanciado na possibilidade de lesão grave e de difícil
reparação à parte recorrente.
Examinando o pedido e a documentação acostada pela parte agravante, e
atento às peculiaridades do caso, não vislumbro a presença dos requisitos necessários
para o deferimento da suspensão pretendida.
Com efeito, não está caracterizada a probabilidade de provimento do recurso,
porquanto as matérias ventiladas no agravo de instrumento já foram decididas na ação
de conhecimento. O que se observa, na verdade, é que o Estado de Goiás, aqui
agravante, insiste em rediscutir teses que foram objeto da fase de conhecimento e
outras que deixou de alegar oportunamente (ilegitimidade), portanto, preclusas, não
sendo esta fase processual adequada para rediscussão de mérito de sentença já
transitada em julgado.
Assim, a priori, as matérias alegadas no recurso acerca da ilegitimidade da
UGOPOCI, ineficácia da sentença e inexibilidade da obrigação em virtude do que
restou determinado no RE 596.663/RJ restam preclusas, porquanto já decididas por

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NR.PROCESSO: 5082884.77.2020.8.09.0000
sentença transitada em julgado.
Do mesmo modo, não há perigo da demora, sobretudo diante do
procedimento célere desta modalidade recursal.
Ademais, a juíza determinou a expedição de RPV apenas após o trânsito em
julgado da decisão, não havendo risco para o Estado de Goiás na espécie.
De mais a mais, somente no julgamento do mérito deste recurso o Poder
Judiciário poderá aprofundar no exame de outras questões, como a necessidade de
liquidação de sentença, o que ocorrerá em breve espaço de tempo.
Ao teor do exposto, indefiro o efeito suspensivo postulado pela parte
agravante.
Intime-se a parte agravada para que, querendo, apresente resposta ao
presente agravo de instrumento, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art.
1.019, inc. II, do Código de Processo Civil.
Dê-se ciência à Juíza de Direito prolatora da decisão impugnada, para
conhecimento do decidido por este Tribunal de Justiça.
Intimem-se. Cumpra-se.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

/C40

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 16:24:53

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5704433.31.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CLAUDIO CEZAR DE MORAES E SILVA
POLO PASSIVO : WALMIR OLIVEIRA DA CUNHA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLAUDIO CEZAR DE MORAES E SILVA


ADVG. PARTE : 28803 GO - CLÁUDIO CEZAR DE MORAES E SILVA

PARTE INTIMADA : WALMIR OLIVEIRA DA CUNHA


ADVG. PARTE : 23692 GO - WALMIR OLIVEIRA DA CUNHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5704433.31.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5704433.31.2019.8.09.0000


Comarca de Santa Terezinha de Goiás
Agravante : Cláudio Cezar de Morais e Silva
Agravado : Walmir Oliveira da Cunha
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes os pressupostos processuais do recurso, dele conheço.


Conforme relatado, trata-se de recurso de agravo de instrumento interposto
por Cláudio Cezar de Morais e Silva, na condição de ex-advogado da parte autora,
Francisca Maria de Morais Ferreira, em desfavor de Walmir Oliveira da Cunha, na
condição de atual advogado da autora, visando atacar decisão (evento n. 107 dos
autos principais) proferida pela Juíza de Direito da Vara Cível da Comarca de Santa
Terezinha de Goiás, Dra. Zulailde Viana Oliveira, nos autos da ação declaratória de
nulidade de escritura pública e registro, em fase de cumprimento de sentença,
postulado pelo ex-advogado da autora, aqui agravante.
A decisão impugnada restou assim redigida em sua parte dispositiva (evento
n. 107 dos autos da ação originária n. 0252006.84.2016.8.09.0172):

“Ante o exposto, DEFIRO em parte o pedido de divisão da verba


sucumbencial formulado no ev. 102 e, DETERMINO que os honorários
de sucumbência sejam divididos entre os causídicos atuantes na
causa à razão de 13% (treze por cento) para o antigo procurador
(Dr. Cláudio Cezar De Morais e Silva) e 2% (dois por cento) para o
atual procurador (Dr. Walmir Oliveira da Cunha), a serem apurados

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NR.PROCESSO: 5704433.31.2019.8.09.0000
no cumprimento de sentença.
Intimem-se os respectivos causídicos para, no prazo de 10 (dez) dias,
retificar os pedidos de cumprimento de sentença de honorários de
sucumbência, com demonstrativo discriminado e atualizado de seus
créditos, conforme os termos estabelecidos nesta decisão.
Por fim, em atendimento ao pedido formulado no ev. 106, EXPEÇA-SE
mandado ao cartório de Registro de Imóveis de Santa Terezinha de
Goiás para que proceda a averbação da sentença e o cancelamento dos
registros R.06 e R.07 da Matrícula n° 3.644, R.03 e R.04 da Matrícula n°
5.016, R.03 e R.04 da Matrícula n° 5.015, conforme disposto no item “b”
da sentença proferida nestes autos”.

Nas razões da insurgência, o agravante relata que patrocinou desde o início a


ação principal - Ação Declaratória de Nulidade de Escritura Pública e Registro – em
cujus autos foi proferida a decisão que originou o presente recurso (evento n. 107),
ação esta proposta por Francisca Maria de Morais Ferreira contra Gabriel Justino
Custódio, Jordana Justino Custódio, Daniel Pereira da Costa e Vilma de Brito Costa,
tendo sido a referida ação julgada totalmente procedente e os requeridos condenados
ao pagamento de honorários sucumbenciais no percentual de 10% (dez por cento)
sobre o valor da causa.

Na fase recursal, esta instância ad quem majorou os respectivos honorários


em 5% (cinco por cento), perfazendo o total de 15% (quinze por cento) sobre o valor
atualizado da causa.
Narra o agravante que, após a apresentação das contrarrazões, teve seu
mandato revogado e, consequentemente, constituído o agravado, Dr. Walmir Oliveira
da Cunha, como advogado da autora Francisca Maria de Morais Ferreira.
Sustenta que “o novo advogado contratado trabalhou um único dia na causa,
por apenas 15 minutos, fato este confessado por ele mesmo, exatamente o tempo que
lhe foi concedido para fazer sustentação oral no julgamento do recurso apelatório,
valendo frisar que a referida sustentação oral foi realizada exatamente nos termos das
contrarrazões formuladas pelo ora agravante”.
Frisa o recorrente que, após o trânsito em julgado da sentença, mais
precisamente em 19/07/2019 – evento 103 dos autos principais - o agravante requereu
cumprimento de sentença no capítulo referente aos honorários sucumbenciais, cujo
valor somou à época R$249.683,03, ocasião em que o atual procurador da parte
autora manifestou nos autos, requerendo parte dos honorários sucumbenciais,
advindo, então, a decisão recorrida.
Esclarece o agravante que seus serviços “começaram meses antes da
propositura da ação, através de trabalho de caráter tipicamente investigativo, não
tendo sido poupado esforços nem seus próprios recursos financeiros para conseguir
todas as provas que alicerçaram a tão complexa ação e que possibilitou o êxito final,
tendo esse I. Desembargador Relator constatado várias diligências e inúmeros
recursos, além de outras tantas viagens de Goiânia à Comarca de Santa Teresinha de

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NR.PROCESSO: 5704433.31.2019.8.09.0000
Goiás, tão somente para solicitar prioridade e maior celeridade aos andamentos
processuais, além, claro, das audiências de conciliação e instrução que foram
realizadas naquela cidade”.
Dessa forma, entende que o advogado Dr. Walmir Oliveira da Cunha,
agravado, não faz jus à qualquer percentual dos honorários sucumbenciais ou, no
máximo, que sejam arbitrados os honorários em percentual relativo aos dias
trabalhados por cada advogado.
Alternativamente, requer pela minoração dos honorários ao advogado atual,
no patamar de 0,5% (meio por cento) sobre o valor da causa, o que equivale a
importância superior à R$8.000,00 (oito mil reais), remuneração que entende mais que
suficiente pelos 15 minutos de trabalhos realizados. Ao final, requer o conhecimento e
provimento do recurso, nos termos das razões apresentadas.
O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.222.194, decidiu que
os honorários de sucumbência devem ser partilhados entre os advogados que atuaram
na causa, de forma sucessiva e em fases diferentes do processo.
Assim, a verba honorária fixada deve ser dividida entre todos os procuradores
que patrocinaram a defesa da parte vencedora, na medida (proporção) da atuação de
cada um. Confira-se:

“RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. HONORÁRIOS DE


SUCUMBÊNCIA. DIVERSIDADE DE ADVOGADOS EM ATUAÇÃO
SUCESSIVA. NATUREZA REMUNERATÓRIA DOS HONORÁRIOS.
DIREITO QUE TEM COMO TITULAR O PROFISSIONAL QUE
DESENVOLVEU SEUS TRABALHOS NO PROCESSO. 1. A regra da
responsabilidade pelos encargos do processo não se vincula
necessariamente à sucumbência, mas sim ao princípio da causalidade,
mais abrangente que o da sucumbência, segundo o qual aquele que
litiga o faz por sua conta e risco e se expõe ao pagamento das
despesas pelo simples fato de sucumbir. 2. Os honorários são, por
excelência, a forma de remuneração pelo trabalho desenvolvido pelo
advogado, vital a seu desenvolvimento e manutenção, por meio do qual
provê o seu sustento. Com o advento da Lei n. 8.906 de 1994 - Estatuto
da Ordem dos Advogados do Brasil, os honorários sucumbenciais
passaram a se configurar exclusivamente como paga pelo trabalho
desenvolvido pelo advogado, perdendo a natureza indenizatória para
assumirem a feição retributória. 3. A constatação da natureza alimentar
da verba honorária e mais especificamente dos honorários
sucumbenciais, tem como pressuposto a prestação do serviço técnico e
especializado pelo profissional da advocacia, que se mostra, ao mesmo
tempo, como fundamento para seu recebimento. 4. Os honorários são
a remuneração do serviço prestado pelo profissional que
regularmente atuou no processo e a titularidade do direito a seu
recebimento deve ser atribuída a todos os advogados que em
algum momento, no curso processual, desempenharam seu mister.
5. A verba honorária fixada em sentença deve ser dividida entre todos
os procuradores que patrocinaram a defesa da parte vencedora, na
medida de sua atuação. 6. Recurso especial a que se nega provimento”

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NR.PROCESSO: 5704433.31.2019.8.09.0000
(STJ, REsp 1222194 / BA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 4ª Turma,
Data da Publicação DJe 04/08/2015).

Neste mesmo sentido vem decidindo este Tribunal de Justiça:

“Agravo de Instrumento. Ação previdenciária em fase de cumprimento


de sentença. Honorários de sucumbência. Partilha entre os causídicos
atuantes no processo. Possibilidade. I. Na hipótese em que mais de
um advogado tenha atuado na causa, durante a fase de
conhecimento, de maneira sucessiva e sem vínculo entre si, cada
um receberá seus honorários (sucumbenciais) de forma
proporcional aos serviços efetivamente realizados. II.
Considerando-se que o agravante atuou até a instrução do feito, os
honorários de sucumbência devem ser divididos, atribuindo-se-lhe a
parte correspondente à sua atuação, à proporção de 33% (trinta e três)
por cento. Agravo de instrumento conhecido e parcialmente provido”
(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5156408-78.2018.8.09.0000, de
minha relatoria, 2ª Câmara Cível, julgado em 30/05/2018, DJe de
30/05/2018).

“(…) HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. DIVERSIDADE DE


ADVOGADOS EM ATUAÇÃO SUCESSIVA. NATUREZA
REMUNERATÓRIA DA VERBA. 1 - Os honorários advocatícios são a
remuneração do serviço prestado pelo profissional que regularmente
atou no processo, ainda que em causa própria, e a titularidade do direito
ao seu recebimento há de ser atribuída a todos os advogados que, no
curso processual, exerceram seu mister. 2 - A verba honorária fixada
no acórdão deve ser dividida entre todos os procuradores que
patrocinaram a defesa das partes vencedoras, na medida de sua
atuação. 3 - Apelo conhecido e provido em parte. (TJGO, AC n. 92738-
03.1996.8.09.0137, Rel. DES. BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 3A
CC, julgado em 15/03/2016, DJe 1995 de 28/03/2016).

“(…) 3. A decisão, contudo, não reconheceu ser o direito à verba


honorária exclusivo do advogado recorrente. Assim sendo, a verba
honorária fixada em sentença deve ser dividida proporcionalmente
entre os procuradores que patrocinaram a defesa, na medida de
sua atuação. Precedentes do STJ. 4. AGRAVOS INTERNOS
CONHECIDOS E DESPROVIDOS. (TJGO, AI n. 325165-
28.2015.8.09.0000, Rel. DES. ZACARIAS NEVES COELHO, 2A CC,
julgado em 17/03/2016, DJe 2003 de 07/04/2016).

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NR.PROCESSO: 5704433.31.2019.8.09.0000
É certo que a prestação de serviço profissional assegura aos advogados
inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência (art. 22, §
2º da lei 8.906/1994).
Nesse raciocínio, ocorrendo a execução de serviço pelo profissional da
advocacia, este deverá ser remunerado pela sua atuação. No caso de êxito na
atuação da defesa de seu constituinte, o advogado tem direito aos honorários
sucumbenciais.
Ressalte-se que a eventual revogação do mandato por vontade do
constituinte/vencedor não retira o direito do advogado de receber os honorários de
sucumbência, que devem ser calculados de acordo com o serviço efetivamente
prestado.
O artigo 14 do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do
Brasil dispõe que, “A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o
desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o
direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária
de sucumbência, calculada proporcionalmente, em face do serviço efetivamente
prestado”.
Conforme consta dos autos, o antigo procurador da autora Dr. Cláudio Cezar
De Morais e Silva, ora agravante, atuou no processo de origem (ação declaratória de
nulidade de escritura pública e registro) desde o ajuizamento da ação até o
oferecimento das contrarrazões ao recurso de apelação interposto pela parte contrária.
Está claro que o advogado agravante atuou na preparação para a propositura da ação,
na fase instrutória e, repita-se, oferecendo contrarrazões ao recurso de apelação.
Por outro lado, o atual procurador da autora nos autos de origem, Dr. Walmir
Oliveira da Cunha, ora agravado, restringiu a sua atuação na sustentação oral no
julgamento da apelação interposta nos autos e apresentou impugnação (evento n. 82)
ao embargos de declaração (evento n. 73) opostos ao acórdão (evento n. 67) que
decidiu a apelação.
Muito embora o agravado tenha atuado somente no julgamento do recurso de
apelação, neste em grau recursal, logicamente estudou os autos com antecedência,
para defender o desprovimento daquele recurso, reforçando as teses das
contrarrazões elaboradas pelo agravante, ainda ao tempo em que defendia os
interesses da parte autora/apelada. Assim, não tem razão o advogado recorrente ao
alegar que o atual procurador da autora, sua ex-constituinte, tenha atuado apenas em
15 minutos da sustentação oral, além de ter apresentado resposta aos embargos de
declaração opostos ao acórdão que julgou o apelo.
É certo que o advogado agravante teve atuação destacada na realização dos
atos preparatórios e necessários ao ajuizamento da ação de conhecimento, com a
busca de documentos e elaboração de teses que se sagraram vitoriosas em favor da
parte autora.

De igual forma, na fase instrutória daquela ação, atuou com zelo e dedicação,

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NR.PROCESSO: 5704433.31.2019.8.09.0000
tendo exercido o seu munus também em recursos de agravo de instrumento
manejados em face de decisões proferidas nos autos de origem, sendo justo que
receba a maior e expressiva parte da verba advocatícia sucumbencial.
No entanto, como já consignado, o advogado agravado merece perceber uma
menor parte dos honorários sucumbenciais, por sua atuação na fase de julgamento do
recurso de apelação, quando se preparou, estudando os autos, fazendo sustentação
oral e, em seguida, elaborando peça para rebater os embargos de declaração opostos
pela parte contrária, obtendo êxito.
Assim, depois de examinar cuidadosamente os autos e sopesar as atuações
dos nobres advogados litigantes, reputo que a decisão recorrida fez justiça ao dividir
os honorários advocatícios sucumbenciais, de 15% sobre o valor atualizado da causa,
na proporção de 13% (treze por cento) ao agravante e 2% (dois por cento) em favor do
agravado, merecendo ser mantida intacta.
Sem nenhuma razão o advogado recorrido ao pretender que lhe seja
garantido o percentual de 5% dos honorários advocatícios que foi acrescido à verba
advocatícia arbitrada pelo primeiro grau no julgamento do recurso de apelação.
Ressalto que a elevação da verba advocatícia, nos termos da previsão do artigo 85, §
11, do CPC, independente, inclusive, de realização de sustentação oral no momento
do julgamento da apelação, sendo levada em consideração toda a atuação na fase
recursal. Ademais, há entendimento jurisprudencial no sentido de que mesmo em caso
de não apresentação de contrarrazões e sustentação oral, ou caso de desprovimento
do recurso de apelação, é possível a majoração da verba advocatícia pela natureza
sancionatória e desestimulante de recursos protelatórios.
Ante o exposto, conheço do presente recurso de agravo de instrumento e
lhe nego provimento, mantendo a decisão atacada por estes e por seus próprios
fundamentos.
Comunique-se ao juízo de primeiro grau, para conhecimento do decidido por
este Tribunal de Justiça.
É o voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C65

Agravo de Instrumento nº 5704433.31.2019.8.09.0000


Comarca de Santa Terezinha de Goiás
Agravante : Cláudio Cezar de Morais e Silva
Agravado : Walmir Oliveira da Cunha

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5704433.31.2019.8.09.0000
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos de Agravo de Instrumento nº


5704433.31.2019.8.09.0000, da Comarca de Santa Terezinha de Goiás, figurando
como agravante Cláudio Cezar de Morais e Silva e como agravado Walmir Oliveira
da Cunha.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer do agravo de instrumento e negar-lhe provimento, nos termos do voto do
Relator, proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

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NR.PROCESSO: 5704433.31.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5704433.31.2019.8.09.0000


Comarca de Santa Terezinha de Goiás
Agravante : Cláudio Cezar de Morais e Silva
Agravado : Walmir Oliveira da Cunha
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 10:08:42

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0017926.72.2014.8.09.0132
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MARIA JANDIRA DE ARAUJO FLEURI
POLO PASSIVO : EMANOEL BEIRAL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JESUS ROMEU DE RESENDE


ADVGS. PARTE : 30397 GO - CASSIUS CLEY BARBOSA DA SILVA
6794 GO - LAZARO AUGUSTO DE SOUZA

PARTE INTIMADA : MARIA JANDIRA DE ARAUJO FLEURI


ADVGS. PARTE : 33880 GO - PABLO MAGALHÃES DE ASSIS
10154 GO - ZORAIDE ROCHA MAGALHÃES

PARTE INTIMADA : MARIA JANDIRA DE ARAUJO FLEURI


ADVGS. PARTE : 10154 GO - ZORAIDE ROCHA MAGALHÃES
33880 GO - PABLO MAGALHÃES DE ASSIS

PARTE INTIMADA : JESUS ROMEU DE RESENDE


ADVGS. PARTE : 30397 GO - CASSIUS CLEY BARBOSA DA SILVA
6794 GO - LAZARO AUGUSTO DE SOUZA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


19/02/2020 14:54:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5081671.36.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ALINE CARVALHO QUEIROZ
POLO PASSIVO : UNIVERSIDADE DO ESTADO DE GOIAS UEG
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALINE CARVALHO QUEIROZ


ADVG. PARTE : 39524 GO - NATHAN PORTO LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5081671.36.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5081671.36.2020.8.09.0000


Comarca de Iporá
Agravante : Aline Carvalho Queiroz
Agravado : Universidade do Estado de Goiás - UEG
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

EMENTA: Agravo de Instrumento. Ação Declaratória de


Nulidade de Contrato Temporário c/c Ação de cobrança de
depósito do FGTS. Gratuidade da justiça. Comprovação de
hipossuficiência econômica. Imprescindibilidade. Ante a
exegese do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e
em conformidade com a Súmula nº 25 do egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, impõe-se o deferimento do pedido
de concessão dos benefícios da gratuidade da justiça à
requerente que comprovar, de forma inequívoca, a sua
necessidade, o que é o caso.
Agravo de instrumento conhecido e provido.

DECISÃOMONOCRÁTICA

Trata-se de agravo de instrumento interposto por Aline Carvalho Queiroz,


contra a decisão reproduzida no evento 05 dos autos do processo de origem,
proferida pelo Dr. Wander Soares Fonseca, Juiz de Direito da Vara de Fazendas

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5081671.36.2020.8.09.0000
Públicas da Comarca de Iporá, nos autos da “ação declaratória de nulidade de contrato
temporário c/c ação de cobrança de depósitos do FGTS”, ajuizada em desfavor U
niversidade Estadual de Goiás- ora agravada.
O ato judicial atacado restou assim redigido:

“Indefiro o pedido de justiça gratuita formulado pela parte requerente, nos


termos do enunciado n. 25, da súmula de jurisprudência do Tribunal de
Justiça de Goiás, visto que não comprovou a necessidade, se limitando a
simplesmente enunciar sua suposta incapacidade econômica, em detrimento
também da exigência feita no art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal.

Ainda que o art. 98, § 6º do CPC autorize o parcelamento das custas, a


Resolução n. 81/2017 do Tribunal de Justiça de Goiás, em seu art. 3º, § 1º,
inciso I veda o parcelamento das custas em casos que o valor da causa seja
inferior ao teto da alçada dos Juizados Especiais Cíveis, como a presente
demanda.

Portanto, as custas devem recolhidas pela parte requerente, para fins de


conhecimento da petição inicial, observando o valor da causa conforme o art.
292 do Código de Processo Civil, sob pena de alteração ex officio do valor da
causa [art. 292, § 3º do CPC].

Intime-se a parte autora para pagamento em até 15 dias.

Após o recolhimento, volvam-me conclusos para conhecimento da petição inicial.

Inconformada, a parte autora agrava.


Sustenta a necessidade de concessão dos benefícios da gratuidade da justiça
em seu favor, por não ter condições de arcar com as despesas processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento.
Enfatiza que “está desempregada, pois o contrato de trabalho era por tempo
determinado, razão pela qual não tem quaisquer condição de arcar com as custas do
processo.”
Brada que a decisão agravada está em descompasso com os regramentos
constantes nos artigos 5º, inciso LXXI da Constituição Federal e art. 4° caput e seu §
4° da Lei 1060/50, com redação dada pelas Leis n. 7.115/83 e 7.510/86.
Aduz estarem presentes os requisitos para antecipação da tutela recursal.
Pleiteia, por fim, a concessão da antecipação da tutela recursal, e, no mérito,
o conhecimento e provimento do recurso, a fim de que lhe seja concedido o benefício

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5081671.36.2020.8.09.0000
da gratuidade da justiça na totalidade.
Preparo dispensado, por ser a concessão da gratuidade da justiça a matéria
recursal.

É o relatório. Passo a decidir monocraticamente.

A pretensão aqui postulada é a reforma da decisão interlocutória que indeferiu


os beneplácitos da gratuidade da justiça à agravante.
Desde já, adianto que merece acolhida a irresignação da recorrente.
A matéria questionada encontra sustentação legal no Código de Processo
Civil/2015, dispondo o artigo 98 que “a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma
da lei”, bem assim na Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV, o qual, a seu turno,
prevê que “o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos”.
Desta forma, ao julgador cumpre decidir livremente acerca do pedido de
gratuidade da justiça, baseando-se na situação econômico-financeira demonstrada
pela parte requerente do benefício.
A propósito, veja-se a Súmula n° 25 desta egrégia Corte de Justiça, publicada
no Diário de Justiça Eletrônico nº 2120, de 28 de setembro de 2016:

“Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que comprovar sua
impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”

Compulsando os autos, vejo que a agravante comprova o seu real estado de


hipossuficiência, por estar atualmente desempregada, sem vínculo empregatício formal
com qualquer empregador, porquanto era contratada temporária (docente de ensino
superior) junto à Universidade agravada.
Calha consignar, por oportuno, que não constitui pressuposto fundamental do
acesso ao benefício da gratuidade da justiça a condição de miserabilidade, mas sim a
de atual falta de condições financeiras da requerente.
Neste sentido é o entendimento sufragado no âmbito deste egrégio Tribunal
de Justiça:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


CONHECIMENTO SOB O RITO ORDINÁRIO COM PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA. BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5081671.36.2020.8.09.0000
HIPOSSUFICIÊNCIA E DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS DA SITUAÇÃO
FINANCEIRA DA PARTE. DEFERIMENTO. PRECEDENTES DO STJ.
AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. 1. Defere-se o pedido de assistência judiciária
gratuita quando a parte comprovar que não possui condições financeiras para
arcar com as custas e despesas processuais, sem prejuízo de seu próprio
sustento ou de sua família. 2. Ao teor do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição
da República, a assistência judiciária somente será concedida a quem comprovar,
satisfatoriamente, a insuficiência de recursos. 3. É de se negar provimento ao
agravo regimental interposto contra a decisão monocrática que deu provimento
ao recurso quando o agravante, além de não apresentar fato novo suscetível de
justificar a reconsideração do julgado, também não comprova que os
fundamentos utilizados no decisum são contrários à jurisprudência predominante
desta Corte e do colendo Superior Tribunal de Justiça. 4. AGRAVO
REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 161835-49.2015.8.09.0000, Rel. DES. ELIZABETH MARIA DA
SILVA, 4A CÂMARA CÍVEL, julgado em 18/06/2015, DJe 1811 de 24/06/2015)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


MONITÓRIA. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA INDEFERIDO. AUSÊNCIA DE FATOS
NOVOS. I - É de se negar provimento ao Agravo Regimental interposto contra a
decisão monocrática que nega seguimento ao recurso, na forma do artigo 557,
caput, do Código de Processo Civil, quando o (a) recorrente, além de não
apresentar fato novo suscetível de justificar a reconsideração do julgado, também
não comprova que os fundamentos utilizados no decisum são contrários à
jurisprudência predominante nesta Corte Estadual e nos Tribunais Superiores. II -
Defere-se a assistência judiciária àqueles que comprovarem insuficiência de
recurso, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal. AGRAVO
REGIMENTAL CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 182164-19.2014.8.09.0000, Rel. DES. JEOVÁ SARDINHA DE
MORAES, 6A CÂMARA CÍVEL, julgado em 05/08/2014, DJe 1605 de 13/08/2014)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.


BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. CONCESSÃO.
HIPOSSUFICIÊNCIA. COMPROVADA. Nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da
Constituição da República e do artigo 4º da Lei nº 1.060/50, para deferimento da
assistência judiciária não basta a simples declaração da parte de que não possui
condições financeiras de arcar com os custos processuais, sem prejuízo de seu
sustento e de sua família. Defere-se a benesse quando junto com a declaração
de hipossuficiência a parte apresenta documentos que a atestem. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 363550-16.2013.8.09.0000, Rel. DES. ALAN S. DE SENA
CONCEIÇÃO, 5A CÂMARA CÍVEL, julgado em 13/03/2014, DJe 1508 de
21/03/2014)

Assim, o que emerge dos autos, até o momento, é a incapacidade da


autora/agravante de arcar com as custas, despesas do processo e honorários
advocatícios e, conforme exposto alhures, para a concessão da gratuidade da justiça
não é exigível um estado real de miserabilidade, mas um comprometimento financeiro
que possa advir do recolhimento do valor das custas e despesas processuais em

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NR.PROCESSO: 5081671.36.2020.8.09.0000
prejuízo ao próprio sustento ou da família.
Logo, a reforma da decisão objurgada para se deferir à autora/agravante os
benefícios da gratuidade da justiça é medida que se impõe.
Ressalvo que “deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer
impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos
de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser
apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem
suspensão de seu curso”, é o que prescreve o artigo 100 do Código de Processo
Civil/2015.
Na confluência do exposto, conheço e dou provimento ao agravo de
instrumento interposto por Aline Carvalho Queiroz, para deferir-lhe os benefícios
da gratuidade da justiça, nos autos da ação declaratória de nulidade de contrato
temporário c/c ação de cobrança de depósitos do FGTS, de protocolo nº
5653592.95.2019.8.09.0076.
Intime-se e comunique-se o Juízo de 1º grau, para conhecimento e
cumprimento.
Em seguida, extrate-se a presente decisão monocrática para ciência da parte
autora/agravante e, sem a necessidade de se aguardar a publicação no DJe e o
transcurso de prazo recursal, providencie-se, de plano, a baixa na distribuição, com a
retirada do presente recurso do acervo deste Relator, pois já esgotada a prestação
jurisdicional.
Cumpra-se.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

/C85

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 16:29:36

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5688867.42.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : WALMIR OLIVEIRA DA CUNHA
POLO PASSIVO : CLAUDIO CEZAR DE MORAIS E SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : WALMIR OLIVEIRA DA CUNHA


ADVG. PARTE : 23692 GO - WALMIR OLIVEIRA DA CUNHA

PARTE INTIMADA : CLAUDIO CEZAR DE MORAIS E SILVA


ADVG. PARTE : 28803 GO - CLÁUDIO CEZAR DE MORAES E SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5688867.42.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5688867.42.2019.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes : Walmir Oliveira da Cunha
Agravado : Cláudio Cezar de Morais e Silva
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

VOTO

Presentes os pressupostos processuais do recurso, dele conheço.


Conforme relatado, trata-se de recurso de agravo de instrumento com pedido
liminar interposto por Walmir Oliveira da Cunha, na condição de advogado da autora,
nos autos de origem, Francisca Maria de Morais Ferreira, visando atacar decisão
(evento n. 107 dos autos principais) proferida pela Juíza de Direito da Vara Cível da
Comarca de Santa Terezinha de Goiás, Dra. Zulailde Viana Oliveira, nos autos da
ação declaratória de nulidade de escritura pública e registro, em fase de cumprimento
de sentença, postulado pelo ex advogado da autora, aqui agravado.
A decisão impugnada restou assim redigida em sua parte dispositiva (evento
n. 107 dos autos da ação originária n. 0252006.84.2016.8.09.0172):

“Ante o exposto, DEFIRO em parte o pedido de divisão da verba


sucumbencial formulado no ev. 102 e, DETERMINO que os honorários
de sucumbência sejam divididos entre os causídicos atuantes na
causa à razão de 13% (treze por cento) para o antigo procurador
(Dr. Cláudio Cezar De Morais e Silva) e 2% (dois por cento) para o

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NR.PROCESSO: 5688867.42.2019.8.09.0000
atual procurador (Dr. Walmir Oliveira da Cunha), a serem apurados
no cumprimento de sentença.
Intimem-se os respectivos causídicos para, no prazo de 10 (dez) dias,
retificar os pedidos de cumprimento de sentença de honorários de
sucumbência, com demonstrativo discriminado e atualizado de seus
créditos, conforme os termos estabelecidos nesta decisão.
Por fim, em atendimento ao pedido formulado no ev. 106, EXPEÇA-SE
mandado ao cartório de Registro de Imóveis de Santa Terezinha de
Goiás para que proceda a averbação da sentença e o cancelamento dos
registros R.06 e R.07 da Matrícula n° 3.644, R.03 e R.04 da Matrícula n°
5.016, R.03 e R.04 da Matrícula n° 5.015, conforme disposto no item “b”
da sentença proferida nestes autos”.

Nas razões da insurgência, o agravante entende que, ao fazer a divisão da


verba sucumbencial, não houve acerto em relação às proporções e porcentagens
estabelecidas (13% - ao antigo procurador e 2% ao atual procurador), não obedecendo
o critério de razoabilidade, principalmente pelo fato do atual advogado ter alcançado
êxito na majoração da verba sucumbencial, em sede recursal, mediante sustentação
oral.
Sustenta que necessária se faz a interposição do presente agravo de
instrumento para modificação da decisão de origem, tão somente quanto ao percentual
da verba advocatícia estabelecida para cada causídico.
Frisa o recorrente (novo advogado) que sua constituição ocorreu em
06/11/2018, havendo a juntada de procuração nos autos (evento n. 43 dos autos de
origem), de forma que o agravante vem representando a autora desde então.
Na decisão agravada, a Juíza de origem, ao fazer a divisão dos percentuais
(13% ao antigo advogado e 2% ao novo advogado), entendeu que a atuação do
agravante teria se limitado à sustentação oral em sessão de julgamento da apelação e
a apresentação de impugnação aos embargos de declaração interpostos pelos
requeridos/agravados.
Porém, o agravante acredita que seu trabalho não se limitou à sustentação
oral e à impugnação, uma vez que sua constituição se deu em novembro de 2018, ou
seja, já atua na presente demanda há mais de 01 (um) ano.
Ao final, requer a antecipação dos efeitos da tutela, “determinando que os
valores a título de honorários sucumbenciais, em caso de pagamento voluntário ou
penhora de valores e/ou bens, fiquem DEPOSITADOS EM JUÍZO, até o julgamento
final do agravo de instrumento, inclusive constando a determinação para que os
Executados se abstenham de pagar diretamente aos Exequentes, mas mediante
depósito judicial”.
No mérito, requer o conhecimento e provimento do recurso, no sentido de
“estabelecer os percentuais de honorários advocatícios sucumbenciais entre os
causídicos de forma justa e em equidade, fixando o percentual de 10% em favor do
“antigo” advogado desconstituído e 5% em favor do atual advogado, em razão de
todos os fundamentos acima expendidos”.

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NR.PROCESSO: 5688867.42.2019.8.09.0000
O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.222.194, decidiu que
os honorários de sucumbência devem ser partilhados entre os advogados que atuaram
na causa, de forma sucessiva e em fases diferentes do processo.
Assim, a verba honorária fixada deve ser dividida entre todos os procuradores
que patrocinaram a defesa da parte vencedora, na medida (proporção) da atuação de
cada um. Confira-se:

“RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. HONORÁRIOS DE


SUCUMBÊNCIA. DIVERSIDADE DE ADVOGADOS EM ATUAÇÃO
SUCESSIVA. NATUREZA REMUNERATÓRIA DOS HONORÁRIOS.
DIREITO QUE TEM COMO TITULAR O PROFISSIONAL QUE
DESENVOLVEU SEUS TRABALHOS NO PROCESSO. 1. A regra da
responsabilidade pelos encargos do processo não se vincula
necessariamente à sucumbência, mas sim ao princípio da causalidade,
mais abrangente que o da sucumbência, segundo o qual aquele que
litiga o faz por sua conta e risco e se expõe ao pagamento das
despesas pelo simples fato de sucumbir. 2. Os honorários são, por
excelência, a forma de remuneração pelo trabalho desenvolvido pelo
advogado, vital a seu desenvolvimento e manutenção, por meio do qual
provê o seu sustento. Com o advento da Lei n. 8.906 de 1994 - Estatuto
da Ordem dos Advogados do Brasil, os honorários sucumbenciais
passaram a se configurar exclusivamente como paga pelo trabalho
desenvolvido pelo advogado, perdendo a natureza indenizatória para
assumirem a feição retributória. 3. A constatação da natureza alimentar
da verba honorária e mais especificamente dos honorários
sucumbenciais, tem como pressuposto a prestação do serviço técnico e
especializado pelo profissional da advocacia, que se mostra, ao mesmo
tempo, como fundamento para seu recebimento. 4. Os honorários são
a remuneração do serviço prestado pelo profissional que
regularmente atuou no processo e a titularidade do direito a seu
recebimento deve ser atribuída a todos os advogados que em
algum momento, no curso processual, desempenharam seu mister.
5. A verba honorária fixada em sentença deve ser dividida entre todos
os procuradores que patrocinaram a defesa da parte vencedora, na
medida de sua atuação. 6. Recurso especial a que se nega provimento”
(STJ, REsp 1222194 / BA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 4ª Turma,
Data da Publicação DJe 04/08/2015).

Neste mesmo sentido vem decidindo este Tribunal de Justiça:

“Agravo de Instrumento. Ação previdenciária em fase de cumprimento


de sentença. Honorários de sucumbência. Partilha entre os causídicos
atuantes no processo. Possibilidade. I. Na hipótese em que mais de
um advogado tenha atuado na causa, durante a fase de
conhecimento, de maneira sucessiva e sem vínculo entre si, cada
um receberá seus honorários (sucumbenciais) de forma

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NR.PROCESSO: 5688867.42.2019.8.09.0000
proporcional aos serviços efetivamente realizados. II.
Considerando-se que o agravante atuou até a instrução do feito, os
honorários de sucumbência devem ser divididos, atribuindo-se-lhe a
parte correspondente à sua atuação, à proporção de 33% (trinta e três)
por cento. Agravo de instrumento conhecido e parcialmente provido”
(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5156408-78.2018.8.09.0000, de
minha relatoria, 2ª Câmara Cível, julgado em 30/05/2018, DJe de
30/05/2018).

“(…) HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. DIVERSIDADE DE


ADVOGADOS EM ATUAÇÃO SUCESSIVA. NATUREZA
REMUNERATÓRIA DA VERBA. 1 - Os honorários advocatícios são a
remuneração do serviço prestado pelo profissional que regularmente
atou no processo, ainda que em causa própria, e a titularidade do direito
ao seu recebimento há de ser atribuída a todos os advogados que, no
curso processual, exerceram seu mister. 2 - A verba honorária fixada
no acórdão deve ser dividida entre todos os procuradores que
patrocinaram a defesa das partes vencedoras, na medida de sua
atuação. 3 - Apelo conhecido e provido em parte. (TJGO, AC n. 92738-
03.1996.8.09.0137, Rel. DES. BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 3A
CC, julgado em 15/03/2016, DJe 1995 de 28/03/2016).

“(…) 3. A decisão, contudo, não reconheceu ser o direito à verba


honorária exclusivo do advogado recorrente. Assim sendo, a verba
honorária fixada em sentença deve ser dividida proporcionalmente
entre os procuradores que patrocinaram a defesa, na medida de
sua atuação. Precedentes do STJ. 4. AGRAVOS INTERNOS
CONHECIDOS E DESPROVIDOS. (TJGO, AI n. 325165-
28.2015.8.09.0000, Rel. DES. ZACARIAS NEVES COELHO, 2A CC,
julgado em 17/03/2016, DJe 2003 de 07/04/2016).

É certo que a prestação de serviço profissional assegura aos advogados


inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência (art. 22, §
2º da lei 8.906/1994).
Nesse raciocínio, ocorrendo a execução dos serviços pelo profissional da
advocacia, este deverá ser remunerado pela sua atuação. No caso de êxito na
atuação da defesa de seu constituinte, o advogado tem direito aos honorários
sucumbenciais.
Ressalte-se que a eventual revogação do mandato por vontade do
constituinte/vencedor não retira o direito do advogado de receber os honorários de
sucumbência, que devem ser calculados de acordo com o serviço efetivamente
prestado.

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NR.PROCESSO: 5688867.42.2019.8.09.0000
O artigo 14 do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do
Brasil dispõe que, “A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o
desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o
direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária
de sucumbência, calculada proporcionalmente, em face do serviço efetivamente
prestado”.
Conforme consta dos autos, o antigo procurador da autora Dr. Cláudio Cezar
De Morais e Silva, ora agravado, atuou no processo de origem (ação declaratória de
nulidade de escritura pública e registro) desde o ajuizamento da ação até o
oferecimento das contrarrazões ao recurso de apelação interposto pela parte contrária.
Está claro que o advogado agravado atuou na preparação para a propositura da ação,
na fase instrutória e, repita-se, oferecendo contrarrazões ao recurso de apelação.
Por outro lado, o atual procurador da autora nos autos de origem, Dr. Walmir
Oliveira da Cunha, ora agravante, restringiu a sua atuação na sustentação oral no
julgamento da apelação interposta nos autos e apresentou impugnação (evento n. 82)
ao embargos de declaração (evento n. 73) opostos ao acórdão (evento n. 67) que
decidiu a apelação.
Muito embora o agravante tenha atuado somente no julgamento do recurso
de apelação, neste grau recursal, logicamente estudou os autos com antecedência,
para defender o desprovimento daquele recurso, reforçando a tese das contrarrazões
elaboradas pelo agravado, ainda ao tempo em que defendia os interesses da parte
autora/apelada. Assim, não tem razão o advogado recorrido ao alegar que o atual
procurador da autora, sua ex-constituinte, tenha atuado apenas em 15 minutos da
sustentação oral, além de ter realizado resposta aos embargos de declaração opostos
ao acórdão que julgou o apelo.
É certo que o advogado agravado teve atuação destacada na realização dos
atos preparatórios e necessários ao ajuizamento da ação de conhecimento, com a
busca de documentos e elaboração de teses que se sagraram vitoriosas em favor da
parte autora.
De igual forma, na fase instrutória daquela ação, atuou com zelo e dedicação,
tendo exercido o seu munus também em recursos de agravo de instrumento
manejados em face de decisões proferidas nos autos de origem, sendo justo que
receba a maior e expressiva parte da verba advocatícia sucumbencial.
No entanto, como já consignado, o advogado agravante merece perceber
uma menor parte dos honorários sucumbenciais, por sua atuação na fase de
julgamento do recurso de apelação, quando se preparou, estudando os autos, fazendo
sustentação oral e, em seguida, elaborando peça para rebater os embargos de
declaração opostos pela parte contrária, obtendo êxito.
Assim, depois de examinar cuidadosamente os autos e sopesar as atuações
dos nobres advogados litigantes, reputo que a decisão recorrida fez justiça ao dividir
os honorários advocatícios sucumbenciais, de 15% sobre o valor atualizado da causa,
na proporção de 13% (treze por cento) ao agravado e 2% (dois por cento) em favor do
agravante, merecendo ser mantida intacta.
Sem nenhuma razão o advogado recorrente ao pretender que lhe seja
garantido o percentual de 5% dos honorários advocatícios que foi acrescido à verba

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NR.PROCESSO: 5688867.42.2019.8.09.0000
advocatícia arbitrada pelo juízo de primeiro grau no julgamento do recurso de
apelação. Ressalto que a elevação da verba advocatícia, nos termos da previsão do
artigo 85, § 11, do CPC, independente, inclusive, de realização de sustentação oral no
momento do julgamento da apelação, sendo levada em consideração toda a atuação
na fase recursal. Ademais, há entendimento jurisprudencial no sentido de que mesmo
em caso de não apresentação de contrarrazões e sustentação oral, em caso de
desprovimento do recurso de apelação, é cabível a majoração da verba advocatícia
pela natureza sancionatória e desestimulante de recursos protelatórios.
Ante o exposto, conheço do presente recurso de agravo de instrumento e
lhe nego provimento, mantendo a decisão atacada por estes e por seus próprios
fundamentos.
Comunique-se ao juízo de primeiro grau, para conhecimento do decidido por
este Tribunal de Justiça.
É o voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C65

Agravo de Instrumento nº 5688867.42.2019.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes : Walmir Oliveira da Cunha
Agravado : Cláudio Cezar de Morais e Silva
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos de Agravo de Instrumento nº


5688867.42.2019.8.09.0000, da Comarca de Goiânia, figurando como agravante
Walmir Oliveira da Cunha e como agravado Cláudio Cezar de Morais e Silva.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer do agravo de instrumento e negar-lhe provimento, nos termos do voto do

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5688867.42.2019.8.09.0000
Relator, proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5688867.42.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França

Agravo de Instrumento nº 5688867.42.2019.8.09.0000


Comarca de Goiânia
Agravantes : Walmir Oliveira da Cunha
Agravado : Cláudio Cezar de Morais e Silva
Relator : Desembargador Carlos Alberto França

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Não Conhecido - Data da Movimentação 19/02/2020


17:51:19

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5181303.81.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : CLAUDIA MARIA RODRIGUES DA SILVA ROSA
POLO PASSIVO : JOSE CARLOS DA SILVA ROSA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSE CARLOS DA SILVA ROSA


ADVG. PARTE : 43658 GO - MARCIA ALVES DE JESUS

PARTE INTIMADA : CLAUDIA MARIA RODRIGUES DA SILVA ROSA


ADVGS. PARTE : 18966 GO - LEONARDO REBOUÇAS NOGUEIRA
20894 GO - JOAO FRANCISCO BEZERRA MARQUES
49920 GO - JESSICA CRISTINE DE CARVALHO

PARTE INTIMADA : CLAUDIA MARIA RODRIGUES DA SILVA ROSA


ADVGS. PARTE : 18966 GO - LEONARDO REBOUÇAS NOGUEIRA
49920 GO - JESSICA CRISTINE DE CARVALHO
20894 GO - JOAO FRANCISCO BEZERRA MARQUES

PARTE INTIMADA : JOSE CARLOS DA SILVA ROSA


ADVG. PARTE : 43658 GO - MARCIA ALVES DE JESUS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5181303.81.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Apelação Cível e Recurso Adesivo nº


5181303.81.2017.8.09.0051
Comarca de Goiânia
Embargante: José Carlos da Silva Rosa
Embargada: Cláudia Maria Rodrigues da Silva Rosa
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

RELATÓRIO E VOTO

Trata-se de embargos de declaração opostos por José Carlos da Silva Rosa


contra o acórdão do evento 191, o qual conheceu e proveu, em parte, a apelação
cível por ele interposta e o recurso adesivo manejado por Cláudia Maria Rodrigues
da Silva Rosa.
Em suas razões (evento 199), o réu/apelante/recorrido/embargante afirma que
há omissão e contradição no julgado atacado.
Alega que não deve ser aplicada a multa prevista no artigo 1.026, § 2º, do
Código de Processo Civil/2015, pois possui o direito e a urgência de ver todos os seus
argumentos analisados e os vícios apontados corrigidos, assim como a matéria
recursal prequestionada, não sendo os aclaratórios em voga meramente
postergatórios.
Defende a tempestividade do recurso, arguindo interrupção no funcionamento
do sistema Projudi nos dias 14 a 16/02/2020.
Advoga acerca do cabimento dos aclaratórios e faz breve resumo da lide.
Verbera que a sentença hostilizada deve ser cassada, por error in
procedendo, haja vista que não houve o regular saneamento do feito, devendo os
autos retornarem ao Juízo de origem, porque inaplicável a teoria da causa madura.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5181303.81.2017.8.09.0051
Manifesta que, “APESAR DE TODO O QUE FOI NARRADO E DECIDIDO NO
RECURSO, CUJA DECISÃO ORA SE EMBARGA, O JULGADO MENCIONA
ALGUNS CONSTRIÇÕES NOS BENS, MAS, DETERMINA SUA PARTILHA TOTAL,
QUANDO O CERTO SERIA, COMO SENTENCIADO: APENAS OS DIREITOS AINDA
EXISTENTES, NA PROPORÇÃO DE 50% PARA CADA UMA DAS PARTES”.
Assevera que houve omissão no julgado guerreado, pois não foram
satisfatoriamente enfrentados os argumentos da apelação cível, notadamente as
alegações de error in procedendo e error in judicando.
Rebate, uma a uma, a forma como foram analisadas as teses do apelo no
julgado impugnado.
Pleiteia que os embargos declaratórios sejam acolhidos com efeitos
modificativos.
Aponta que o julgado fustigado carece de fundamentação.
Prequestiona toda a matéria apresentada nas razões da apelação cível.
Requer, por fim, o conhecimento e acolhimento dos embargos de declaração,
para, reconhecidos os vícios ora indicados, seja conferido efeito modificativo, dando-se
provimento à apelação cível por ele interposta.
Junta os documentos do evento 199, arquivos 03 e seguintes.
Em certidão lançada no evento 202, o Sr. Secretário da 2ª Câmara Cível
declara que não houve interrupção no funcionamento do sistema Projudi nos dias 14 a
16/02/2020, bem como que os “prints” juntados aos autos pelo
réu/apelante/recorrido/embargante demonstram erro na alimentação do sistema
Projudi pelo usuário e não erro no funcionamento do sistema.

É o relatório. Passo ao voto.

De plano, registro que os presentes embargos de declaração, por serem


intempestivos, não sobrevivem ao juízo de admissibilidade recursal.
Do compulso cuidadoso dos autos, vislumbro que o ato judicial vergastado foi
proferido na sessão virtual de julgamento do dia 03/02/2020 (segunda-feira) e
publicado no Diário da Justiça eletrônico nº 2926 em 07/02/2020 (sexta-feira).
O prazo para interposição dos embargos de declaração, nos termos do artigo
1.023, caput, do Código de Processo Civil/2015, é de 05 (cinco) dias. Veja-se:

“Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em


petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição
ou omissão, e não se sujeitam a preparo.”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5181303.81.2017.8.09.0051
Assim sendo, com fulcro no artigo 231, inciso VII, cumulado com 219, ambos
do Código de Processo Civil/2015, o prazo para interposição dos aclaratórios teve
como dies a quo 10/02/2020 (segunda-feira) e como dies ad quem 14/02/2020
(sexta-feira).
A propósito, veja-se o inteiro teor dos artigos 231, inciso VII, e 219 do Código
de Processo Civil/2015:

“Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo


juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos
processuais.”

“Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do


começo do prazo:
(…)
VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da
Justiça impresso ou eletrônico;”

Convém gizar que, sendo peremptório o prazo para a interposição de recurso,


é defeso às partes a sua prorrogação.
Neste sentido:

“(…) 3. Um dos requisitos de admissibilidade dos recursos é a


tempestividade, implicando dizer que deve ser interposto dentro do
prazo peremptório estabelecido em lei, sob pena de preclusão ou, em se
decidindo o mérito da causa, de formação da coisa julgada. 4. Em razão
disso, por ser o prazo recursal legal, próprio e peremptório, é que ao juiz
não é permitido ampliá-lo, salvo em havendo justa causa (CPC, art. 183,
§ 1°). É de se ter, ademais, que os prazos recursais podem ser
suspensos e interrompidos nas hipóteses especificadas em lei, sendo
irrelevante eventos estranhos à previsão normativa. 5. Na hipótese, o
agravo de instrumento foi interposto a destempo. Deveras, não há
tipificação de hipótese de suspensão ou interrupção do prazo recursal,
assim como não há justa causa que pudesse dar azo à perda do prazo
pela imobiliária recorrida nem dúvida alguma advinda do conteúdo da
decisão agravada. 6. Recurso especial parcialmente provido.” (STJ,
REsp 1129215/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA
TURMA, julgado em 08/03/2016, DJe 06/04/2016)

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NR.PROCESSO: 5181303.81.2017.8.09.0051
Destarte, verifica-se no caso vertente a extemporaneidade dos embargos de
declaração opostos pelo réu/apelante/embargante, vez que o recurso só foi oposto em
17/02/2020 (segunda-feira), ou seja, a destempo, porquanto intentado após o dies ad
quem (14/02/2020), impondo-se, desta forma, o não conhecimento dos aclaratórios.
A respeito:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


REINTEGRAÇÃO DE POSSE CUMULADA COM PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA INAUDITA ALTERA PARS. (…) ALEGAÇÃO DE ERRO
MATERIAL NO JULGADO. QUINQUÍDIO LEGAL. OPOSIÇÃO
EXTEMPORÂNEA. (...) 3. No caso em estudo, revelam-se
intempestivos os aclaratórios, porquanto opostos fora do prazo de
5 (cinco) dias previstos no artigo 1.023, caput, do CPC/15.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.” (TJGO,
APELACAO 0346775-84.2014.8.09.0130, Rel. Des. ALAN SEBASTIÃO
DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª Câmara Cível, julgado em 04/02/2020, DJe
de 04/02/2020, grifei)

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL.


INTEMPESTIVOS. 1. Os embargos de declaração devem ser
apresentados no prazo legal, conforme previsão inserta no artigo
1.023, caput, e 183, ambos do Código de Processo Civil,
considerando-se intempestiva sua oposição além do mencionado
prazo. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.” (TJGO,
Apelação (CPC) 0480208-33.2014.8.09.0051, Rel. Dr. MAURICIO
PORFIRIO ROSA, 1ª Câmara Cível, julgado em 04/10/2019, DJe de
04/10/2019, grifei)

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.


INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. Nos termos do art.
1.023 do Código de Processo Civil, considera-se intempestivo os
embargos de declaração protocolado após o decurso do prazo
legal de 05 (cinco) dias, de sorte que a extemporaneidade enseja o
não conhecimento do recurso. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO
CONHECIDOS.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5019228-
83.2019.8.09.0000, Rel. Des. JEOVA SARDINHA DE MORAES, 6ª
Câmara Cível, julgado em 18/09/2019, DJe de 18/09/2019, grifei)

“Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento. Intempestividade.


I. São intempestivos os embargos de declaração opostos após o
prazo de 5 (cinco) dias, contado da intimação da decisão/acórdão
embargado, como preconizado no artigo 1.023 do Código de
Processo Civil, impondo-se, assim, o seu não conhecimento.
Embargos de Declaração não conhecidos.” (TJGO, Agravo de

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Instrumento ( CPC ) 5254205-20.2019.8.09.0000, de minha relatoria, 2ª
Câmara Cível, julgado em 04/09/2019, DJe de 04/09/2019, grifei)

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.


AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO PELO DECRETO-LEI Nº 911/69.
RECURSO INTERPOSTO FORA DO PRAZO ESTIPULADO PELO
ARTIGO 1.023 DO CPC. INTEMPESTIVO. São intempestivos os
embargos de declaração opostos após o prazo de 5 (cinco) dias, tal
como preconizado no artigo 1.023 do Código de Processo Civil,
impondo-se, assim, o seu não conhecimento. RECURSO NÃO
CONHECIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5378759-
61.2018.8.09.0000, Rel. Des. GERSON SANTANA CINTRA, 3ª Câmara
Cível, julgado em 11/07/2019, DJe de 11/07/2019, grifei)

Em relação à alegação do réu/apelante/recorrido/embargante de inoperância


do sistema Projudi nos dias 14 a 16/02/2020, o que justificaria a oposição
extemporânea dos embargos de declaração em tela, registro que não merece
acolhida, dado que, conforme certidão acostada no evento 202, subscrita pelo Sr.
Secretário da 2ª Câmara Cível, não havia óbice para o protocolo do recurso no
quinquídio legal. Confira:

“Em atenção ao Despacho proferido na movimentação 201, CERTIFICO


QUE, esta Secretaria de Câmara trabalhou normalmente, tanto no
sistema PROJUDI, quanto no sistema PJD em seu horário de
expediente normal, compreendido entre as 07:00 horas e as 18:00 nos
dias 14, 15 e 16 de fevereiro de 2020. Ressaltando ainda que, este
Secretário labora fora do horário de expediente em sua residência e,
também, no meu escritório particular não encontrei falhas nos sistemas
após as 18:00 horas, tampouco no fim de semana, dias 15 e 16 de
fevereiro do correte ano.
Certifico ainda que, da análise dos “Prints” juntados no doc. 06,
movimentação 199, não se trata de erro nos sistemas, mas de erro na
alimentação da consulta do processo, que exige parâmetros como:
nome da parte, CPF ou número do processo. Sem poder precisar,
ressalta-se ainda que a consulta não foi alimentada de forma correta
com os dados supraditos, motivo pelo qual ocorreu o erro na resposta
dos sistemas.
(...)”

Evidenciado está, pois, que o recurso sub judice foi protocolizado com
ausência de requisito formal, qual seja, tempestividade, impondo-se o não
conhecimento dos presentes aclaratórios.
Na confluência do exposto, não conheço dos embargos de declaração

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NR.PROCESSO: 5181303.81.2017.8.09.0051
opostos por José Carlos da Silva Rosa, dado que ausente requisito formal
obrigatório (tempestividade).
É como voto.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
C45

Embargos de Declaração em Apelação Cível e Recurso Adesivo nº


5181303.81.2017.8.09.0051
Comarca de Goiânia
Embargante: José Carlos da Silva Rosa
Embargada: Cláudia Maria Rodrigues da Silva Rosa
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

ACÓRDÃO

Vistos, oralmente relatados e discutidos os Embargos de Declaração nos


autos de Apelação Cível nº 5181303.81.2017.8.09.0051, da Comarca de Goiânia,
figurando como embargante José Carlos da Silva Rosa e como embargada Cláudia
Maria Rodrigues da Silva Rosa.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em não conhecer dos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator,
proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira e o
Doutor Eudélcio Machado Fagundes, Juiz de Direito Substituto em 2º Grau, atuando
em substituição ao Desembargador José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5181303.81.2017.8.09.0051
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR

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NR.PROCESSO: 5181303.81.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Embargos de Declaração em Apelação Cível e Recurso Adesivo nº


5181303.81.2017.8.09.0051
Comarca de Goiânia
Embargante: José Carlos da Silva Rosa
Embargada: Cláudia Maria Rodrigues da Silva Rosa
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

E M E N T A :
Embargos de
Declaração em
Apelação Cível e
Recurso Adesivo. “
Ação de divórcio e
partilha de bens
cumulados com
reconhecimento de
união estável
anterior ao
c a s a m e n t o ,
a l i m e n t o s ,
indenização por
danos morais e
tutela de urgência
c a u t e l a r
(arrolamento de
b e n s e
determinação de
afastamento do
cônjuge varão do
l a r ) ” .
Intempestividade. I.
O prazo para

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NR.PROCESSO: 5181303.81.2017.8.09.0051
interposição dos
embargos de
declaração, nos
termos do artigo
1.023, caput, do
Código de Processo
Civil/2015, é de 05
(cinco) dias, sendo
defeso às partes a
sua prorrogação. II. In
casu, verifica-se que
o recurso foi
intentado após o
dies ad quem,
impondo-se, desta
forma, o não
conhecimento dos
aclaratórios. III. Em
relação à alegação do
réu/apelante/embarga
nte de inoperância do
sistema Projudi no
último dia de
oposição dos
aclaratórios, o que
justificaria a oposição
a destempo do
recurso, registro que
não merece acolhida,
dado que, conforme
certidão acostada no
evento 202, subscrita
pelo Sr. Secretário da
2ª Câmara Cível, não
havia óbice para o
protocolo do recurso
no quinquídio legal.
Embargos de
declaração não
conhecidos.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 19/02/2020


17:43:35

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5205607.47.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : OSMAR DE FARIAS BORGES
POLO PASSIVO : LEONARDO RIZZO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LEONARDO RIZZO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS LTDA


ADVGS. PARTE : 29269 GO - DIEGO MARTINS SILVA DO AMARAL
17251 GO - ANA CRISTINA DE SOUZA DIAS

PARTE INTIMADA : TG CERRADO EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A


ADVGS. PARTE : 15118 DF - TATIANA MARIA SILVA MELLO DE LIMA
214918 SP - DANIEL BATTIPAGLIA SGAI
2221 DF - RODRIGO BADARO ALMEIDA DE CASTRO

PARTE INTIMADA : JANDER DIAS BORGES


ADVG. PARTE : 45237 GO - WILSON AUGUSTO DE ALMEIDA DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : OSMAR DE FARIAS BORGES


ADVG. PARTE : 45237 GO - WILSON AUGUSTO DE ALMEIDA DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : JANDER DIAS BORGES


ADVG. PARTE : 45237 GO - WILSON AUGUSTO DE ALMEIDA DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : OSMAR DE FARIAS BORGES


ADVG. PARTE : 45237 GO - WILSON AUGUSTO DE ALMEIDA DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : LEONARDO RIZZO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS LTDA


ADVGS. PARTE : 29269 GO - DIEGO MARTINS SILVA DO AMARAL
17251 GO - ANA CRISTINA DE SOUZA DIAS

PARTE INTIMADA : TG CERRADO EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A


ADVGS. PARTE : 15118 DF - TATIANA MARIA SILVA MELLO DE LIMA
214918 SP - DANIEL BATTIPAGLIA SGAI
2221 DF - RODRIGO BADARO ALMEIDA DE CASTRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5205607.47.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França

Apelação Cível nº 5205607.47.2017.8.09.0051


Comarca de Goiânia
1º Apelante : Leonardo Rizzo Participações Imobiliárias LTDA.
2º Apelante : TG Cerrado Empreendimentos Imobiliários S.A
Apelado : Osmar de Farias Borges e outros
Recurso adesivo – evento nº 97
Recorrente : Osmar de Farias Borges e outros
1º Recorrido : Leonardo Rizzo Participações Imobiliárias LTDA.
2º Recorrido : TG Cerrado Empreendimentos Imobiliários S.A
Relator: Desembargador Carlos Alberto França

DESPACHO

Do compulso dos autos, infere-se que a apelante TG Centro-Oeste


Empreendimentos Imobiliários S.A (CNPJ 04.123.616/0001-00) não integra a
relação processual, uma vez que quem foi citada e apresentou defesa nos autos,
evento nº 69, foi a empresa TG Cerrado Empreendimentos Imobiliários S.A (CNPJ
09.241.384/0001-09), o que demonstra ausência de legitimidade e interesse da
empresa TG Centro-Oeste Empreendimentos Imobiliários S.A em recorrer da sentença
inserida no evento nº 87.
Assim sendo, intime-se a segunda apelante - TG Centro-Oeste
Empreendimentos Imobiliários S.A, para manifestar sobre o eventual não

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NR.PROCESSO: 5205607.47.2017.8.09.0051
conhecimento da apelação cível por ela interposta, evento nº 93, ante a ausência de
legitimidade a interesse recursal, no prazo de 05 (cinco) dias, em observância ao
princípio da não surpresa, insculpido no artigo 10º do Código de Processo Civil de
2015.
Intime-se.
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.

Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA


RELATOR
/C30

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Assistência Judiciária Gratuita Não


Concedida - Data da Movimentação 14/02/2020 15:25:10

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5603502.20.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JOSÉ BARBOSA JÚNIOR
POLO PASSIVO : JALDENIR PEREIRA LIMA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JALDENIR PEREIRA LIMA


ADVG. PARTE : 31236 GO - GAUCIMAR FERREIRA DE JESUS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5603502.20.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5603502.20.2019.8.09.0000

AGRAVANTE: JOSÉ BARBOSA JÚNIOR

AGRAVADO: JALDENIR PEREIRA LIMA

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DECISÃO

Antes de analisar o recurso, mister se faz analisar o pedido de gratuidade da justiça formulado
por JOSÉ BARBOSA JÚNIOR.

De início, deve-se ressaltar que, em todos os feitos, como regra geral, a parte tem a obrigação de
custear as despesas da tramitação processual. A exceção se dá nos casos em que a parte não
possui condições de arcar com as mencionadas despesas, casos em que o Estado prestará
assistência judiciária, concedendo o que chamamos de justiça gratuita.

A Lei 1.060/50, que disciplina a justiça gratuita, em seu artigo 4º, garante os benefícios da
assistência judiciária àqueles presumivelmente pobres, nos seguintes termos:

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NR.PROCESSO: 5603502.20.2019.8.09.0000
"Art. 4º - A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação,
na própria petição inicial".

O artigo 2º, parágrafo único, da mencionada norma, define os critérios para se averiguar a
hipossuficiência financeira:

"Art. 2º – omissis...

Parágrafo único - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação
econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários do advogado, sem
prejuízo do sustento próprio ou da família".

Analisando tais dispositivos de maneira isolada, seria possível, equivocadamente, afirmar que
para concessão do benefício da assistência judiciária basta uma simples declaração firmada pelo
interessado, atestando a insuficiência de recursos.

Todavia, é preciso estar atento para o fato de que, sobre o mesmo tema, a Constituição da
República, de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXXIV, assim estabelece:

"LXXIV - o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos".

Não há dúvidas de que deve prevalecer o texto constitucional. Primeiramente por sua
superioridade hierárquica, mas também por ter sido promulgado posteriormente à mencionada Lei
1.060/50.

Ademais disso, com a promulgação da Constituição da República, de 1988, ficou patenteado com
a redação dada ao inciso LXXIV, do artigo 5º, ao exigir a comprovação da insuficiência de
recursos por parte do interessado na obtenção dos benefícios da gratuidade judiciária, que a
novel ordem constitucional não recepcionou o artigo 4º, da Lei n. 1.060, de 05 de fevereiro de
1950, donde então ser lógico concluir da necessidade inequívoca de comprovação da carência de
recursos para prover as custas e demais despesas processuais.

Assim, para que a parte possa fazer jus ao benefício da assistência judiciária é imprescindível
que demonstre a condição de hipossuficiência financeira.

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NR.PROCESSO: 5603502.20.2019.8.09.0000
Na hipótese vertente, percebe-se pela leitura dos documentos que acompanham a petição
recursal, que o recorrente apresentou declaração de imposto de renda, conta de energia e água,
documentos estes insuficientes para comprovar sua hipossuficiência.

Confira-se o seguinte julgado deste Eg. Tribunal de Justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. HIPOSSUFICIÊNCIA


COMPROVADA. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. PROVIMENTO. I- Justiça gratuita é
benefício previsto no art. 5º, LXXIV, Constituição Federal, bem como no art. 98, caput, do
Código de Processo Civil de 2015. II- O magistrado somente poderá indeferir o benefício
perseguido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais à
sua concessão. III- Agravo provido, a fim de conceder a justiça gratuita ao recorrente. (TJGO,
AGRAVO DE INSTRUMENTO 116317-02.2016.8.09.0000, Rel. DES. BEATRIZ FIGUEIREDO
FRANCO, 3A CAMARA CIVEL, julgado em 26/04/2016, DJe 2026 de 12/05/2016)

Ante o exposto, indefiro o pedido de gratuidade da justiça e determino a intimação do recorrente


para, no prazo de 05 (cinco) dias, efetuar o preparo do recurso de apelação sob pena de
deserção.

Intimem-se.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 10:20:11

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5025248.56.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : RODRIGO MEDEIROS GOMES MAIA
POLO PASSIVO : SPE RESORT DO LAGO CALDAS NOVAS LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RODRIGO MEDEIROS GOMES MAIA


ADVG. PARTE : 55702 GO - ANA CLARA ALVES DE BARROS

PARTE INTIMADA : LORRANY VIEIRA DE LIMA


ADVG. PARTE : 55702 GO - ANA CLARA ALVES DE BARROS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 10:21:27

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5505793.37.2017.8.09.0167
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : FRANCISCO REGIS NORONHA
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE PROFESSOR JAMIL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FRANCISCO REGIS NORONHA


ADVG. PARTE : 43276 GO - RHAILLA NORONHA DE PAULA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 12/02/2020


23:24:50

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5314485.63.2017.8.09.0149
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : VALDIRENE SIMAO DE OLIVEIRA
POLO PASSIVO : MUNICÍPIO DE TRINDADE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VALDIRENE SIMAO DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 43998 GO - DANIEL KENNEDY CAMPOS SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5314485.63.2017.8.09.0149
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

GABINETE DO DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 5314485.63.2017.8.09.0149


COMARCA DE TRINDADE (2ª Vara Cível)
AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE TRINDADE
AGRAVADA: VALDIRENE SIMÃO DE OLIVEIRA
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DESPACHO

Intime-se a parte agravada para apresentar contrarrazões, no prazo legal.

Cumpra-se.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COELHO

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 10:24:02

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5504463.85.2018.8.09.0032
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : PAULO LUIZ DA SILVA
POLO PASSIVO : JOVENY SEBASTIÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOVENY SEBASTIÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 23876 GO - LUIZ ANTÔNIO DEMARCKI OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : PAULO LUIZ DA SILVA


ADVGS. PARTE : 40977 GO - EDUARDO ANTONIO RIBEIRO
44747 GO - ANDRÉ LUIZ PESSOA CHAVES

PARTE INTIMADA : PAULO LUIZ DA SILVA


ADVGS. PARTE : 40977 GO - EDUARDO ANTONIO RIBEIRO
44747 GO - ANDRÉ LUIZ PESSOA CHAVES

PARTE INTIMADA : JOVENY SEBASTIÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 23876 GO - LUIZ ANTÔNIO DEMARCKI OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Monocrática - Data da Movimentação


13/02/2020 11:43:18

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5649848.29.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : IGOR GUILHERME REZENDE
POLO PASSIVO : FGR URBANISMO MATA DO ALGODÃO LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IGOR GUILHERME REZENDE


ADVG. PARTE : 43371 GO - ANGELA NEVES OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : THATIANE DE JESUS MORAIS DA SILVA RESENDE


ADVG. PARTE : 43371 GO - ANGELA NEVES OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : FGR URBANISMO MATA DO ALGODÃO LTDA


ADVGS. PARTE : 29698 GO - LUIZ ANTÔNIO LORENA DE SOUZA FILHO
20222 GO - FLÁVIO CORRÊA TIBÚRCIO
42341 GO - GABRIEL PRADO NOGUEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5649848.29.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5649848.29.2019.8.09.0000


COMARCA DE SENADOR CANEDO (2ª VARA CÍVEL)
AGRAVANTE: IGOR GUILHERME REZENDE E OUTRA
AGRAVADA: FGR URBANISMO MATA DO ALGODÃO LTDA.
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVIMENTO


MONOCRÁTICO. SÚMULA 25/TJGO. GRATUIDADE DA
JUSTIÇA. HIPOSSUFICIÊNCIA COMPROVADA. DECISÃO
REFORMADA. 1. Afigura-se cabível o provimento monocrático
do recurso quando a decisão recorrida for contrária a súmula
editada pelo próprio Tribunal. 2. À luz do art. 5º, LXXIV, da CF e
da Súmula 25/TJGO, a assistência judiciária gratuita será
concedida àqueles que comprovadamente dela ne-ces-sitem. No
caso, ante a demonstração da hipossufi-ciência dos ora
agravantes, é de ser reformada a decisão agravada. Agravo de
instrumento provido (art. 932, V, “a”, do CPC).

DECISÃO MONOCRÁTICA

IGOR GUILHERME REZENDE e THATIANE DE JESUS MORAIS DA SILVA


RESENDE interpõem agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, da
decisão proferida nos autos da ação de rescisão contratual c/c indenização por danos
morais ajuizada por eles contra FGR URBANISMO MATA DO ALGODÃO LTDA., ora
agravada.

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NR.PROCESSO: 5649848.29.2019.8.09.0000
Ao proferir a decisão objurgada, o Juiz a quo, Dr. Thulio Marco Miranda, inde
feriu os benefícios da assistência judiciária gratuita aos autores, e determinou-lhes a
realização do preparo inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de cancelamento
da distribuição.

Em suas razões, depois de fazer retrospecto fático relativo ao feito, os


agravantes se insurgem contra o ato de primeira instância, sustentando o seu
desacerto, porquanto ajuizaram a ação de origem “em razão de não mais suportarem o
pagamento do financiamento imobiliário, avençado com o Agravado, haja vista estar em
dificuldades financeiras.”

Asseveram que são autônomos, e que “a situação econômica do casal piorou


quando o mesmo perdeu o emprego e não mais conseguiu pagar as parcelas.”

Bradam que embora o primeiro agravante receba um valor relativamente


considerável (R$4.000,00 - quatro mil reais), e sua esposa aufira uma média mensal
de R$ 900,00 (novecentos reais), vendendo bolos, eles têm muitas despesas,
conforme planilha que anexa aos autos.

Pontuam que “não possuem condições econômicas de arcar com o pagamento das
custas processuais, que é no valor de R$ 6.331,27 seis mil trezentos e trinta e um reais e vinte e
sete centavos e demais despesas inerentes à demanda, sem prejuízo de sua subsistência.”

Entendendo presentes os requisitos legais necessários, clamam a concessão


de efeito suspensivo ao recurso e, ao final, o seu provimento, com a consequente
reforma da decisão atacada, sendo-lhes deferido o benefício almejado, inclusive para
esta sede recursal.

Por meio da decisão vista no evento 4, foi concedido o pedido de efeito


suspensivo ao recurso, de modo a sobrestar os efeitos da decisão atacada até o
julgamento do agravo, e ordenada a intimação da agravada para, querendo, ofertar
resposta, no prazo legal.

As contrarrazões são vista no evento 10, e por meio delas, a agravada pugna
pelo desprovimento do agravo.

Eis o relato do essencial. Passo a decidir.

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NR.PROCESSO: 5649848.29.2019.8.09.0000
Preenchidos os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso (preparo
dispensado).

Ab initio, ressalto ser possível seu provimento monocrático, nos termos do


art. 932, V, “a”, do CPC, porquanto a decisão recorrida mostra-se contrária à
Súmula 25 deste Pretório, que estabelece, verbis:

“Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que


comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos
processuais.”

A concessão da gratuidade da justiça, portanto, deve estar fundamentada nas


provas dos autos e na análise das circunstâncias peculiares do caso concreto, de
modo que o benefício deve ser deferido a quem demonstrar insuficiência de recursos
(não se exige que o postulante esteja em estado de miserabilidade), como prevê o art.
5º, inc. LXXIV, da CF, e o art. 98, caput, do CPC.

Por sua vez, dispõe o art. 99, §2º, do Diploma Processual em vigor, que “...O
juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos”.

In casu, tenho que as provas carreadas pelos agravantes demonstram, de


forma suficiente, a alegada precariedade financeira.

Com efeito, ressai dos documentos jungidos aos autos que o primeiro
agravante, Igor Guilherme Rezende, aufere a quantia de R$4.000,00 (quatro mil reais),
pela prestação de serviços de promotor de vendas junto a empresa Aliança Aviação
(Eirele).

A segunda agravante, Thatiane de Jesus Morais da Silva Resente, conforme


consta da inicial deste recurso, é autônoma, trabalha “vendendo bolos”, “recebendo uma
média mensal de R$ 900,00 (novecentos reais)”.

Eles também anexam declaração de isenção do Imposto de Renda (do que


se presume sua condição de isentos); comprovantes de pagamento de mensalidade
escolar, plano de saúde etc; além da correspondente guia de custas iniciais da ação,

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NR.PROCESSO: 5649848.29.2019.8.09.0000
calculadas ao valor de R$6.331,27 (seis mil, trezentos e trinta e um reais, e vinte e
sete centavos).

Ademais, o próprio contexto dos autos de origem coaduna-se com a


precariedade financeira alegada, visto que os agravantes ajuizaram ação visando
rescindir o contrato de promessa de compra e venda de uma unidade imobiliária (lote)
firmado com a agravada, em 12/07/2016, argumentando que “por dificuldades financeiras
os requerentes resolveram desistir do negócio firmado, pois não teria mais condições de arcar
com as parcelas mensais e todos os demais encargos originários da compra, pois as parcelas
ficaram excessivamente onerosas, fugindo das atuais condições financeiras dos mesmos”

Logo, tem-se, ao menos por ora, que os recursantes não possuem condições
de arcar com as despesas do processo sem prejuízo do sustento próprio e familiar, até
porque, não se pode olvidar, os ônus referentes ao processamento da demanda
vão muito além das custas iniciais.

Dessarte, porque comprovada a insuficiência de recursos dos ora insurgentes,


a observância da norma inserta no artigo 5º, inciso LXXIV, da Lei Magna, é medida
que se impõe, já que não se pode olvidar que a intenção do legislador constituinte, ao
estabelecer tal regra, foi garantir o direito de acesso à justiça a todos, sem restrição de
natureza econômica, social ou política. Vejamos:

“(...) A gratuidade da justiça deve ser concedida a todo aquele que


comprove que sua situação econômica não lhe permite arcar com as
despesas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento ou de sua
família, nos exatos termos do preceito contido no artigo 5º, LXXIV, da
Constituição Federal. 2. Embora o Superior Tribunal de Justiça tenha
firmado entendimento quanto à possibilidade de indeferimento da
benesse pelo magistrado, mesmo diante da existência de afirmação da
parte quanto à necessidade de concessão, tal se dá apenas quando
demonstrada a existência de critérios objetivos capazes de respaldar
tal conclusão. 3. Havendo nos autos elementos suficientes para
evidenciar que a parte não dispõe de condições para arcar com as
custas, deve ser concedida a gratuidade pretendida. Agravo de
instrumento conhecido e provido. Decisão reformada.” (TJGO, 3ª C.
Cível, AI 5292023-11, Rel. Itamar de Lima, DJe de 22/06/2017)

Não merece, pois, prevalecer a decisão vergastada, porquanto proferida em


dissonância com a realidade fática ostentada pelo recorrente.

Ao teor do exposto, com fulcro no art. 932, V, “a”, do Código de Processo


Civil, e na Súmula 25 deste Tribunal, dou provimento ao recurso ora interposto, para,

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NR.PROCESSO: 5649848.29.2019.8.09.0000
em reforma à decisão fustigada, conceder aos agravantes os benefícios da gratuidade
da justiça.

Publique-se. Intimem-se. Arquivem-se oportunamente.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

DS

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 20/02/2020 10:20:03

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5264919.35.2018.8.09.0142
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : AUGUSTA APARECIDA ALVES MARQUES
POLO PASSIVO : UNIMED RIO VERDE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : AUGUSTA APARECIDA ALVES MARQUES


ADVGS. PARTE : 45088 GO - NATALIA HONORIO DIAS
50916 GO - LUIZ ALBERTO DE CASTRO OLIVEIRA
22638 GO - LUIZ VILMAR DOS SANTOS JÚNIOR

PARTE INTIMADA : UNIMED RIO VERDE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO


ADVGS. PARTE : 18400 GO - MARCOS AURÉLIO SILVEIRA LIMA
8883 GO - WILSON FERREIRA GUIMARÃES JÚNIOR
15496 GO - CICERO FIDELIS SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5264919.35.2018.8.09.0142
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5264919.35.2018.8.09.0142
COMARCA DE SANTA HELENA DE GOIÁS
APELANTE : AUGUSTA APARECIDA ALVES MARQUES
APELADA : UNIMED RIO VERDE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER. IDOSA. CIRURGIA. EXCLUSÃO DE COBERTURA DO
PLANO DE SAÚDE NO FORNECIMENTO DE PRÓTESE
PARCIAL. IMPOSSIBILIDADE. INCLUSÃO DO MATERIAL A
SER UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
CIRÚRGICO. DANOS MORAIS.
I - Os contratos de planos de saúde são submetidos às
normas do Código de Defesa do Consumidor, na forma da
Súmula 469 do STJ, devendo ser interpretados de maneira
mais favorável à parte mais fraca nesta relação.
II – É abusivo o comportamento da apelada que não autoriza
o fornecimento de prótese indicada pelo médico que assiste
a apelante/segurada, necessária à realização da cirurgia
coberta pelo plano de saúde, sendo, pois, nula a cláusula
que exclui esse fornecimento. Precedentes deste Tribunal e
do STJ.
III – In casu, não restou demonstrada a recusa injustificada,
nem a urgência no tratamento e, por isso, a recusa da
cobertura de tratamento pela operadora do plano de saúde,
por si só, não configura dano moral. Precedentes.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 5264919.35.2018.8.09.0142
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº
5264919.35.2018.8.09.0142, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e julgar parcialmente provido o recurso, nos
termos do voto do Relator.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e
Carlos Alberto França.
Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Dr.
José Carlos Mendonça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.


AUGUSTA APARECIDA ALVES MARQUES interpõe Apelação cível contra
sentença (evento 22) proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da comarca de
Santa Helena de Goiás, Dr. Thiago Brandão Boghi, que, na ação de Obrigação de
Fazer c/c Indenização por Danos Morais proposta em desfavor da UNIMED RIO
VERDE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO julgou improcedentes os pedidos
formulados na exordial.
Ao que se denota nos autos, a recorrente apresentou laudo médico (evento 1-
doc. 7), dando conta de que é portadora de osteoartrose apenas no compartimento
medial do joelho com falência do tratamento clínico e, portanto, necessita de
procedimento cirúrgico de artroplastia parcial deste para implantação de uma prótese
unicompartimental no joelho esquerdo.
Confiro no conjunto probatório que o Contrato de assistência à saúde
entabulado pelas litigantes não prevê a cobertura para próteses, órteses e seus
acessórios não ligados ao ato cirúrgico (Cláusula 16ª, item 1, alínea h). Todavia, o
pacto em discussão está submetido às regras do Código de Defesa do Consumidor –
CDC, como, inclusive já assentou o Superior Tribunal de Justiça

Súmula 469. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor


aos contratos de plano de saúde.

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NR.PROCESSO: 5264919.35.2018.8.09.0142
Com efeito, o art. 47 do CDC, preconiza que as cláusulas contratuais serão
interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor; igualmente, deve incidir o
disposto no art. 51, IV, § 1°, II, do CDC, segundo o qual é nula a cláusula que
estabeleça obrigações consideradas iníquas, que coloquem o consumidor em
desvantagem.
Tem-se, portanto, ser exagerada a cláusula que restringe direitos ou
obrigações inerentes à natureza do contrato, ameaçando seu objeto e equilíbrio, ou
ainda que seja excessivamente onerosa ao consumidor.
A esse respeito, eis o que entende Karyna Rocha Mendes:
(...)

Com efeito, nos contratos de prestação de serviço de


saúde, como já vimos, as cláusulas que infrinjam os princípios
trazidos do Código de Defesa do Consumidor devem ser
consideradas abusivas e, consequentemente, desconsideradas do
pacto contratual. Nos contratos firmados antes da entrada em vigor
da Lei nº 9.656/98, somente se aplicavam as normas trazidas pelo
Código de Defesa do Consumidor e pela legislação anterior especial
aos seguros – num verdadeiro diálogo de fontes.

Pelo Código de Defesa do Consumidor temos a aplicação


de cláusulas gerais de boa-fé, transparência, informação, normas
que buscam o equilíbrio contratual com a proteção da parte
vulnerável na relação, o consumidor. O que a Lei nº 9.656/98 fez foi
consolidar o que já era considerado abusivo. O espírito do intérprete
deve ser guiado pelo art. 7º, do CDC, que autoriza a aplicação de lei
e tratados que visem dar ao consumidor maior proteção. (Curso de
Direito da Saúde, 1ª ed., Editora Saraiva. pág. 635)

Já de sabença comum que os planos de saúde apenas podem estabelecer


para quais moléstias oferecerão cobertura, sendo-lhes incabível limitar o tipo de
tratamento que será prescrito, incumbência exclusiva do profissional da medicina que
assiste à paciente.
Nada obstante, pertinente enfatizar que deve ser priorizado o direito à saúde
e à vida em detrimento ao direito contratual.
Agora, em exame ao que dispõe o art. 10, inciso VIII, da Lei nº 9.656/98,
verifica-se que somente não é obrigatório o fornecimento de próteses, órteses e seus
acessórios quando não ligados ao ato cirúrgico, situação distinta do caso em análise.
Por isso, à luz do Código de Defesa do Consumidor e da Lei nº 9.656/98,
impõe-se à apelante suportar as despesas do tratamento em discussão.
Trago à baila os seguintes julgados:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.

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NR.PROCESSO: 5264919.35.2018.8.09.0142
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
PLANO DE SAÚDE. 1. NEGATIVA DE COBERTURA A
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO SUBSCRITO PELO MÉDICO.
EXCLUSÃO CONTRATUAL EXPRESSA E AUSÊNCIA DE PREVISÃO
NO ROL DA ANS. CIRCUNSTÂNCIAS QUE NÃO SE MOSTRAM
SUFICIENTES A AFASTAR A OBRIGAÇÃO DE COBERTURA DO
PROCEDIMENTO PELO PROFISSIONAL DE SAÚDE. 2. ROL
EXEMPLIFICATIVO DA ANS E URGÊNCIA EVIDENCIADA. SÚMULAS
7 E 83/STJ. 3. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Segundo a jurisprudência
desta Corte Superior, ainda que admitida a possibilidade de o
contrato de plano de saúde conter cláusulas limitativas dos direitos
do consumidor, revela-se abusiva a que exclui o custeio dos meios e
materiais necessários ao melhor desempenho do tratamento de
doença coberta pelo plano. 1.1. Ademais, é inadmissível a recusa do
plano de saúde em cobrir tratamento médico voltado à cura de
doença coberta pelo contrato sob o argumento de não constar da
lista de procedimentos da ANS, pois este rol é exemplificativo,
impondo-se uma interpretação mais favorável ao consumidor. (…)
(STJ. Terceira Turma. AgInt no AREsp 1553980/MS. Rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze. DJe 12/12/2019).

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


PLANO DE SAÚDE. PACIENTE QUE APRESENTA QUADRO GRAVE
DE ILEOSTOMIA TERMINAL POR NEOPLASIA, NECESSITANDO,
COM URGÊNCIA, SUBMETER-SE A PROCEDIMENTO DE
ENTEROAMASTOMOSE E DOS MATERIAIS INDICADOS. RECUSA
INDEVIDA. ABUSIVIDADE RECONHECIDA PELO ACÓRDÃO
RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SUMULA N. 83/STJ. INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS DEVIDA. PRECEDENTES. MAIS UMA VEZ,
APLICAÇÃO DA SÚMULA N. 83/STJ. MONTANTE INDENIZATÓRIO.
PLEITO DE REDUÇÃO. NÃO DEMONSTRADA A ABUSIVIDADE NO
VALOR FIXADO NAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. APLICAÇÃO DA
SÚMULA 7/STJ AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. Ainda que
admitida a possibilidade de o contrato de plano de saúde conter
cláusulas limitativas dos direitos do consumidor (desde que escritas
com destaque, permitindo imediata e fácil compreensão, nos termos
do § 4º do artigo 54 do Código de Defesa do Consumidor), revela-se
abusivo o preceito excludente do custeio dos meios e materiais
necessários ao melhor desempenho do tratamento clínico ou do
procedimento cirúrgico voltado à cura de doença coberta.
Precedentes. Súmula n. 83/STJ. 2. É pacífica a jurisprudência da
Segunda Seção no sentido de reconhecer a existência do dano
moral nas hipóteses de recusa injustificada pela operadora de plano
de saúde, em autorizar tratamento a que estivesse legal ou
contratualmente obrigada, por configurar comportamento abusivo.
Incidência, mais uma vez, da Súmula n. 83/STJ. 3. O valor arbitrado a
título de danos morais pelo Julgador a quo observou os critérios de
proporcionalidade e de razoabilidade, visto que o montante fixado
não se revela exorbitante, e sua eventual redução demandaria
reexame de provas (Súmula n. 7/STJ). 4. Agravo interno a que se

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NR.PROCESSO: 5264919.35.2018.8.09.0142
nega provimento. (STJ. Quarta Turma. AgInt no AREsp 1497053/RJ.
Rel. Min. Luis Felipe Salomão. DJe 24/09/2019).

Apelação Cível. Ação de indenização de danos materiais e


danos morais. Plano de saúde. I - Ausência de fundamentação do
decisum. Inocorrência. Não há que se falar em nulidade da sentença
por falta de relatório e fundamentação jurídica quando o julgador
aponta os motivos de seu convencimento, além de ter obedecido
todos os requisitos legais do artigo 93, inciso IX, da Carta Magna. II -
Plano de saúde. Negativa de cobertura. Código de Defesa do
Consumidor. Aplicabilidade. A aplicabilidade das normas
consumeristas ao caso em tela é inquestionável, pois foi instaurada
entre as partes uma relação contratual de seguro de assistência
médico-hospitalar, conforme enunciado da Súmula n. 469 do STJ:
"Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de
plano de saúde". III - Prótese cardíaca importada. Cláusula de
exclusão afastada. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor.
Abusividade. Evidencia-se abusiva a atitude da operadora de saúde
que não autoriza o fornecimento de prótese necessária para a
realização de cirurgia coberta pelo plano de saúde e de necessidade
vital para o paciente. Assim, aplicando-se as disposições contidas
no Código de Defesa do Consumidor aos contratos de assistência à
saúde (planos de saúde), torna-se nula a cláusula que exclui tal
fornecimento, uma vez que as cláusulas contratuais devem ser
interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. IV - Dano
moral. Improcedência. A negativa de cobertura por parte da
requerida/apelada para a prótese do autor/apelante foi justificada e
amparada em cláusula contratual, não configurando, portanto, dano
moral. V - Ônus sucumbenciais. Reformada parcialmente a sentença,
devem ser os ônus sucumbenciais redistribuídos entre as partes.
Apelo conhecido e parcialmente provido. (TJGO. Segunda Câmara
Cível. AC 0088862-06.2016.8.09.0051. Rel. Des. Carlos Alberto
França. Ac. 07/02/2018). Grifei

Desta forma, é devida a cobertura do procedimento em questão com a


utilização do material indicado pelo médico que assiste à paciente.
Quanto aos danos morais, tem-se que não restou comprovado pela apelante
a urgência no procedimento cirúrgico, nem a injustificada a recusa que possa
caracterizá-los. Ademais, era ônus dela demonstrar que sofreu com a negativa de
cobertura, a demonstrar sua angústia, seu transtorno e o constrangimento com o fato,
nos moldes do art. 373, I, do CPC.
Por isso, a situação relatada no feito não passou de mero aborrecimento,
incapaz de atingir a esfera psíquica da recorrente de forma negativa, a ponto de gerar
o direito à indenização por danos morais.
A esse respeito, eis o seguinte julgado:

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5264919.35.2018.8.09.0142
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OBRIGAÇÃO DE FAZER
CUMULADA COM INDENIZATÓRIA E EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO.
PLANO DE SAÚDE. CUSTEIO DE PRÓTESE. CLÁUSULA
RESTRITIVA. NATUREZA ABUSIVA. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF. DESPESAS
MÉDICAS. REEMBOLSO INTEGRAL. DESCABIMENTO.
RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO.
AGRAVO NÃO PROVIDO.(…) 3. A jurisprudência desta Corte
Superior é no sentido de que o simples inadimplemento contratual,
em regra, não configura dano moral indenizável, devendo haver
consequências fáticas capazes de ensejar o sofrimento psicológico.
Precedentes. (STJ. Quarta Turma. AgInt nos EDcl no AREsp
1430915/SP. Rel. Min. Raul Araújo. DJe 02/10/2019). Sublinhei

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CIRURGIA BARIÁTRICA.
OBESIDADE MÓRBIDA. PERÍODO DE CARÊNCIA. AUTORIZAÇÃO
PARA A CIRURGIA NEGADA PELO PLANO DE SAÚDE.
PROCEDIMENTO REALIZADO NO CURSO DO PROCESSO POR
FORÇA DE TUTELA ANTECIPADA DEFERIDA INITIO LITIS.
APLICAÇÃO DA TEORIA DO FATO CONSUMADO. DANO MORAL.
NÃO CONFIGURAÇÃO. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA
CONTRATUAL. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. (…) III-
Para a reparação do dano moral nos termos pretendidos, é
necessária a constatação da recusa ilegítima do plano de saúde em
fornecer o tratamento postulado, especialmente em situação de
emergência/urgência, não sendo este o caso dos autos, até porque a
questão limitou-se a interpretação de cláusula contratual, não
restando caracterizado a ofensa ao direito da personalidade.
Incidência da Súmula 22 do Tribunal de Justiça de Goiás. Dano
moral que se afasta. (…). (TJGO. Primeira Câmara Cível. AC 0181750-
24.2015.8.09.0117. Rel. Des. Luiz Eduardo de Sousa. Ac. 08/11/2019).

Desta feita, procede em parte o recurso.


Por todo o exposto, DOU PARCIAL PROVIMENTO à Apelação Cível, para
julgar parcialmente procedente a ação, reconhecendo a obrigação da ré em arcar com
os custos necessários à realização do procedimento cirúrgico indicado, com a
utilização da prótese escolhida pelo médico que assiste à apelante.
Face ao decaimento recíproco das partes, cada uma arcará com 50% das
custas e com os honorários do procurador da parte contrária, fixados em R$ 2.000,00
(dois mil reais), observados os arts. 85, §§ 2º e 86, do CPC. Fica suspenso o
pagamento pela parte autora por ser beneficiária da gratuidade da justiça (evento 4).
É como voto.

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NR.PROCESSO: 5264919.35.2018.8.09.0142
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


LRR Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5264919.35.2018.8.09.0142
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER. IDOSA. CIRURGIA. EXCLUSÃO DE COBERTURA DO
PLANO DE SAÚDE NO FORNECIMENTO DE PRÓTESE
PARCIAL. IMPOSSIBILIDADE. INCLUSÃO DO MATERIAL A
SER UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
CIRÚRGICO. DANOS MORAIS.
I - Os contratos de planos de saúde são submetidos às
normas do Código de Defesa do Consumidor, na forma da
Súmula 469 do STJ, devendo ser interpretados de maneira
mais favorável à parte mais fraca nesta relação.
II – É abusivo o comportamento da apelada que não autoriza
o fornecimento de prótese indicada pelo médico que assiste
a apelante/segurada, necessária à realização da cirurgia
coberta pelo plano de saúde, sendo, pois, nula a cláusula
que exclui esse fornecimento. Precedentes deste Tribunal e
do STJ.
III – In casu, não restou demonstrada a recusa injustificada,
nem a urgência no tratamento e, por isso, a recusa da
cobertura de tratamento pela operadora do plano de saúde,
por si só, não configura dano moral. Precedentes.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Concessão de Efeito Suspensivo Recurso -


Data da Movimentação 19/02/2020 15:46:12

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5053251.21.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BRASIL VEÍCULOS CIA. DE SEGUROS
POLO PASSIVO : MAIA E BORBA S.A.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BRASIL VEÍCULOS CIA. DE SEGUROS


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

PARTE INTIMADA : MAIA E BORBA S.A.


ADVG. PARTE : 21476 GO - RUY AUGUSTO ROCHA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5053251.21.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5053251.21.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: BRASIL VEÍCULOS CIA DE SEGUROS

AGRAVADA: MAIA E BORBA S.A.

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DECISÃO

Trata-se de agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo, interposto da decisão


proferida nos autos da “Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por danos materiais
e morais” proposta por BRASIL VEÍCULOS CIA DE SEGUROS, ora agravada, em desproveito
de MAIA E BORBA S.A., aqui agravante.

A agravante insurge-se contra a decisão que concedeu o pedido de tutela de urgência formulado
pela parte autora, consubstanciada na determinação de a insurgente promover os meios
necessários para a transferência do veículo VW/GOL Special, placa KEU8883, Chassi
9BWCA05Y42T113935, para o seu nome ou para o nome de terceiro, no prazo de 45 dias
corridos, devendo entrar em contato com o requerente para a expedição de novas autorizações
para transferência de veículo e demais pormenores, sob pena de multa diária.

Nas razões recursais, o agravante adverte que não possui meios para proceder a aludida
transferência, cabendo tal providência ao próprio segurado, ora agravado, em razão da existência
de bloqueio administrativo sobre o veículo automotor, tratando-se de obrigação impossível de ser
satisfeita.

Pontua que a decisão poderá causar-lhe lesão grave ou de difícil reparação, por ser obrigação de
impossível cumprimento, eis que o veículo encontra-se alienado fiduciariamente.

Esclarece que a agravada não comprovou a presença dos requisitos inerentes à concessão da
tutela de urgência, tampouco ficou comprovado o eventual perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo, mormente porque sobre o veículo consta duas restrições, sendo uma inserida
em 21/08/2007 e outra em 15/12/2016, e as referidas baixas dependem somente da empresa
agravada para regularizar junto ao DETRAN, não competindo à insurgência tal obrigação.

Diante disso, requer a concessão de efeito suspensivo, no sentido de suspender os efeitos da


decisão agravada. Ao final, seja dado provimento em definitivo ao recurso, revogando a tutela de
urgência postulada em definitivo.

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NR.PROCESSO: 5053251.21.2020.8.09.0000
Preparo acostado nos autos.

Eis o relato do essencial. Decido.

De acordo com o disposto no artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil/2015, cabe
agravo de instrumento em face de decisões interlocutórias que versarem sobre tutela provisória.

É cediço que o Relator ao receber o recurso de agravo de instrumento poderá atribuir efeito
suspensivo ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão (inc. I, art. 1019, NPC).

Desse modo, para que se conceda o efeito suspensivo ou antecipar a tutela recursal, mister se
verificar a presença concomitante dos requisitos necessários ao deferimento de qualquer tutela
provisória, quais sejam, a probabilidade de provimento do recurso e o risco de dano grave ou de
difícil reparação (art. 300, CPC/15).

Diante disso, necessária se faz, para a concessão da liminar postulada, a presença concomitante
de dois requisitos, quais sejam, probabilidade da existência do direito, consubstanciado na
veracidade das alegações de fato da parte, e o perigo de risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação.

Em cognição sumária própria ao estágio do processo, diante da argumentação fático-jurídica


apresentada, e a par dos documentos que instrumenta-lizam este recurso de agravo, entendo por
bem conceder efeito suspensivo ao recurso, até a formação do convencimento deste Relator,
devendo-se aguardar a manifestação da agravada a respeito do assunto, considerando que ainda
não exerceu o contraditório na instância primeva.

Ademais, o julgamento do agravo de instrumento é célere, não havendo perigo de dano iminente
à agravada, podendo-se pois aguardar a instrumentalização do recurso.

Intime-se a agravada para, querendo, apresentar contraminuta no prazo legal.

Comunique-se o Juiz de instância primeva a respeito da decisão.

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NR.PROCESSO: 5053251.21.2020.8.09.0000
Publique-se. Intime-se.

Goiânia, 19 de fevereiro de 2.020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:31:33

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5326156.18.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : THALES GONÇALVES CARVALHO
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : THALES GONÇALVES CARVALHO


ADVG. PARTE : 31017 GO - FILLIPE CÂMARA BATISTA

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT SA


ADVG. PARTE : 15634 GO - ADRIANO WALDECK FELIX DE SOUSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5326156.18.2019.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA
APELANTE: THALES GONÇALVES CARVALHO
APELADA: SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT.


RECONHECIMENTO DE PRESCRIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PROVA DE CIÊNCIA
INEQUÍVOCA DA LESÃO EM DATA ANTERIOR AO LAUDO MÉDICO PERICIAL.
IMPOSSIBILIDADE DE PRESUMIR-SE A PRESCRIÇÃO PELO MERO DECURSO
DO TEMPO. POSICIONAMENTO DO STJ. APLICAÇÃO DA SÚMULA 573 AO CASO
CONCRETO. SUPERADA A PREJUDICIAL E DEVIDAMENTE INSTRUÍDO O FEITO,
TORNA-SE POSSÍVEL O JULGAMENTO EM SEGUNDO GRAU POR FORÇA DO
ART. 1.013 DO CPC. LAUDO PERICIAL. INVALIDEZ PARCIAL PERMANENTE
MODERADA DO OMBRO ESQUERDO. SEGURO DEVIDO. DESPESAS MÉDICAS.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO.
1. Nas ações de indenização decorrentes de seguro DPVAT, a ciência inequívoca
do caráter permanente da invalidez, para fins de contagem do prazo
prescricional, depende de laudo médico, exceto nos casos de invalidez
permanente notória ou naqueles em que o conhecimento anterior resulte
comprovado na fase de instrução. (Súmula 573 do STJ)”. Em caráter
excepcional, o lapso prescricional inicia-se, mesmo sem que haja laudo médico,
se a invalidez permanente for notória (ex: acidente no qual a vítima teve
amputada suas duas pernas); ou se o conhecimento anterior resultar
comprovado na fase de instrução. Desta feita, inocorrentes quaisquer das
hipóteses excepcionais, não pode o julgador deduzir a ocorrência de prescrição.
2. Superada a prejudicial de mérito, impõe-se o julgamento do pedido, uma vez já
instruído o feito, sendo devido o pagamento de seguro DPVAT à parte
autora/apelante, tendo em vista a comprovação da lesão permanente moderada
do ombro esquerdo.

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA. PEDIDO JULGADO PROCEDENTE,
COM APLICAÇÃO DO ART. 1.013, § 3º DO CPC.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº


5326156.18.2019.8.09.0051, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e prover o apelo, julgando-se procedente o
pedido, com aplicação do art. 1.013, § 3º do CPC, nos termos do voto do Relator.

Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e Carlos


Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO
Presentes os pressupostos de admissibilidade da apelação, dela conheço.
Trata-se de ação de cobrança de seguro DPVAT, na qual o apelante irresigna-se
contra a sentença que reconheceu a prescrição da ação, porquanto protocolada
após decorridos mais de três anos da data da ocorrência do sinistro, aduzindo
que ao caso aplicam-se as súmulas 573 e 278 do STJ.
Pois bem, com razão o recorrente.
É que, conforme consolidado entendimento da colenda Corte Cidadã, “nas ações
de indenização decorrentes de seguro DPVAT, a ciência inequívoca do caráter
permanente da invalidez, para fins de contagem do prazo prescricional, depende

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
de laudo médico, exceto nos casos de invalidez permanente notória ou naqueles
em que o conhecimento anterior resulte comprovado na fase de instrução.
(Súmula 573 do STJ)”.
Assim, extrai-se que a regra geral é que a ciência inequívoca do caráter
permanente da invalidez advenha de laudo médico, atestando essa condição. Em
caráter excepcional, o lapso prescricional inicia-se, mesmo sem que haja laudo
médico, se a invalidez permanente for notória (ex: acidente no qual a vítima teve
amputada suas duas pernas); ou se o conhecimento anterior resultar
comprovado na fase de instrução.
Desta feita, inocorrentes quaisquer das hipóteses excepcionais, não pode o
julgador deduzir a ocorrência de prescrição apenas pelo decurso do tempo, uma
vez que, na hipótese, volta a incidir a regra geral. Neste sentido, também é a
jurisprudência tranquila do STJ, ad litteram:
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE
COBRANÇA. SEGURO DPVAT.
CIÊNCIA INEQUÍVOCA DO CARÁTER PERMANENTE DA
INVALIDEZ. LAUDO PERICIAL. FATO NOTÓRIO.
INEXISTÊNCIA. PRESCRIÇÃO AFASTADA. APELO NOBRE
DO AGRAVADO PROVIDO. AGRAVO INTERNO A QUE SE
NEGA PROVIMENTO.
1. Consoante disposto na Súmula 573/STJ, "nas ações de
indenização decorrente de seguro DPVAT, a ciência
inequívoca do caráter permanente da invalidez, para fins de
contagem do prazo prescricional, depende de laudo médico,
exceto nos casos de invalidez permanente notória ou
naqueles em que o conhecimento anterior resulte
comprovado na fase de instrução".
2. A ciência da invalidez, que dispensa o laudo pericial, para
fins de cobertura do seguro DPVAT, deve-se dar por fato
notório (amputação de membro, por exemplo) ou por
comprovação inequívoca, não havendo como presumi-la, tão
somente, pelo decurso do tempo, como feito pelo Tribunal de
origem. Necessário, portanto, o afastamento da prescrição.
3. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp
1772772/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA,
julgado em 07/05/2019, DJe 23/05/2019) (destaquei)

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CIVIL E


PROCESSUAL CIVIL. SEGURO DPVAT. TERMO INICIAL DA
PRESCRIÇÃO. CIÊNCIA INEQUÍVOCA DO CARÁTER
PERMANENTE DA INVALIDEZ. NECESSIDADE DE LAUDO
MÉDICO.
1. A Segunda Seção desta Corte Superior, no julgamento dos

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
Temas n. 668 e n. 875, aos quais está vinculado o Recurso
Especial Repetitivo n. 1.388.030/MG, consolidou o
entendimento de que "O termo inicial do prazo prescricional,
na ação de indenização, é a data em que o segurado teve
ciência inequívoca do caráter permanente da invalidez;
Exceto nos casos de invalidez permanente notória, a ciência
inequívoca do caráter permanente da invalidez depende de
laudo médico, sendo relativa a presunção de ciência" (REsp
1.388.030/MG, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 11/06/2014,
DJe de 1º/08/2014). 2. Agravo interno a que se nega
provimento. (STJ, AgInt no REsp 1728128/SP, Rel. Ministro
LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO
TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 07/08/2018,
DJe 16/08/2018)

Assim, incorreu em erro o magistrado ao afirmar que o fato de o autor não ter se
submetido a tratamento posterior à data da alta hospitalar, mantendo-se inerte,
caracteriza ciência inequívoca de sua invalidez, a autorizar a contagem do prazo
prescricional a partir da data do sinistro.
Isso porque, como o caso enquadra-se na regra geral, é necessário laudo
médico pericial para configurar-se a ciência inequívoca, porquanto a invalidez do
apelante não é considerada notória, nem tampouco foi possível perceber, na
instrução processual, que o autor tinha ciência inquestionável de sua perda
motora parcial no ombro esquerdo logo que deixou o hospital.
Neste sentido, deve ser reformado o julgado, com vistas ao afastamento da
prescrição.
Desta feita, por estar em condição de imediato julgamento, aplicando a regra do
art. 1.013, § 4º, do CPC, passo a apreciar o mérito da causa.
Cuida-se de ação de cobrança de seguro DPVAT na qual a parte
autora/recorrente aduz ter sofrido acidente no dia 29/02/2016, do qual advieram
lesões que resultaram em sua invalidez parcial e, por isso, faz jus ao
recebimento do Seguro Obrigatório (DPVAT).
Assevera ter procurado receber a indenização administrativamente, o que,
entretanto, lhe foi negado. Assim, requer a condenação da requerida ao
pagamento do Seguro Obrigatório (DPVAT) no valor de R$ 13.500,00 (treze mil e
quinhentos reais) e ao valor de até R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais)
referentes às despesas médicas suportadas no curso do tratamento.
Com a inicial vieram os documentos de movimentação nº 01.
A parte requerida/apelada apresentou contestação e documentos, alegando,
preliminarmente, a falta de interesse de agir em razão da ausência de
acionamento da via administrativa, a impugnação ao valor da causa e, em
prejudicial, a prescrição. Discorreu sobre a quitação ampla e total; das
coberturas pelo seguro obrigatório DPVAT; da inexistência de invalidez total; da

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
tabela dos valores indenizáveis e da necessidade da realização da prova pericial.
Teceu considerações acerca dos juros de mora, correção monetária e honorários
de sucumbência em caso de eventual condenação. Pugnou, ao final, pela
improcedência do pedido da inicial.
A parte autora foi submetida à perícia médica, conforme laudo médico pericial
constante da movimentação nº 13 dos autos
A parte autora manifestou-se favorável à conclusão do laudo médico pericial,
enquanto a parte ré voltou a frisar quanto a possível prescrição, já afastada
neste voto, bem como teceu comentários acerca do montante em eventual
condenação.
Afastada a prescrição, mantenho também a rejeição da outra preliminar de falta de
interesse de agir, conforme fundamentação da sentença. Passo à análise do mérito.
Por oportuno, ressalte-se que de acordo com a Lei nº 6.194/1974, o seguro DPVAT é
de natureza obrigatória e visa à cobertura de danos causados por veículos
automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não.
Outrossim, estes danos pessoais compreendem as indenizações no valor de até R$
13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), por invalidez permanente, conforme o art. 3º,
inciso II, da lei retro mencionada.
In casu, verifica-se que os documentos demonstram a existência do sinistro em voga,
ocorrido em fevereiro de 2006, o qual ensejou lesões corporais ao requerente.
O laudo médico pericial carreado à fl. 74 foi conclusivo no sentido de existir nexo
causal entre o acidente e a lesão sofrida, ocasionando invalidez permanente parcial
incompleta de repercussão média (50% - cinquenta por cento) (ombro esquerdo).
Noutra vertente, verifica-se que o acidente em voga ocorreu em 2016, ou seja,
posterior à vigência das Medidas Provisórias nºs. 340, de 29/12/2006, e 451, de
15/12/2008, que foi convertida na Lei 11.945/2009.
Com efeito, o enunciado da Súmula 474 do Superior Tribunal de Justiça, publicado em
19/06/2012, assim expressa:

“ A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez


parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao
grau de invalidez.”

Na mesma linha, o julgado do Tribunal de Justiça do Estado de Justiça do Estado de


Goiás:

“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DO SEGURO


OBRIGATÓRIO - DPVAT. CERCEAMENTO DO DIREITO DE
DEFESA. INOCORRÊNCIA. PERDA ANATÔMICA E/OU
FUNCIONAL PARCIAL INCOMPLETA DO OMBRO ESQUERDO.

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
PROPORCIONALIDADE. SÚMULA Nº 474 DO STJ.
MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA. SENTENÇA MANTIDA.
(...) 2. O valor da indenização deve ser proporcional ao grau
da lesão para os casos de invalidez parcial, observando-se a
Lei nº 6.194/1974, bem como, a sua tabela anexa, a qual foi
acrescentada pela Lei nº 11.945/2009. Entendimento da
Súmula n° 474 do STJ. 3. Deve ser majorada a verba honorária
anteriormente fixada, em favor dos patronos da Apelada, de 10%
(dez por cento), para 12% (doze por cento) sobre o valor
atualizado da causa, com arrimo no que prescreve o artigo 85,
§11, do Código de Processo Civil/2015, também aliado aos
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, ressalvando a
condição de suspensividade de sua exigibilidade (§3º do art. 98
do Diploma mencionado), pelo prazo de 05 (cinco) anos, em
razão de que o Autor é beneficiário da gratuidade da justiça.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJGO,
Apelação (CPC) 5359508-98.2018.8.09.0051, Rel. FRANCISCO
VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível, julgado em
30/09/2019, DJe de 30/09/2019) (destaquei)

O médico perito foi incisivo ao concluir pela invalidez permanente funcional parcial
incompleta média, sendo necessária, portanto, a aplicação da tabela prevista no
Anexo da Lei 6.194/74, alterada pela Lei 11.945/2009.
Ademais, deve se observar a dicção do o art. 3º, §1º, inciso II da Lei 6.194/74, que
assim dispõe:

“II - quando se tratar de invalidez permanente parcial incompleta,


será efetuado o enquadramento da perda anatômica ou funcional
na forma prevista no inciso I deste parágrafo, procedendo-se,
em seguida, à redução proporcional da indenização que
corresponderá a 75% (setenta e cinco por cento) para as
perdas de repercussão intensa, 50% (cinquenta por cento)
para as de média repercussão, 25% (vinte e cinco por cento)
para as de leve repercussão, adotando-se ainda o percentual
de 10% (dez por cento), nos casos de sequelas residuais.”
(Negritei).

Consta da referida tabela, que para o caso de perda completa da mobilidade de um


dos ombros o acidentado tem direito ao recebimento de 25% (vinte e cinco por cento)
sobre a importância segurada (R$ 13.500,00), o que totaliza R$ 3.375,00 (três mil
trezentos e setenta e cinco reais). Calculada a redução a 50% (cinquenta por cento)
sobre este valor, alcança-se a monta de R$ 1.687,50 (hum mil seiscentos e oitenta e
sete reais e cinquenta centavos), por se tratar de incapacidade parcial incompleta de
repercussão moderada (ombro direito).
Desta forma, o requerente faz jus a indenização a título de invalidez permanente no

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
valor de R$ 1.687,50 (mil e oitocentos e oitenta e sete reais e cinquenta centavos).
A propósito, corrobora com esse entendimento o seguinte julgado do Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT.


INVALIDEZ PERMANENTE. INDIVIDUALIZAÇÃO DO GRAU DA
LESÃO. PROPORCIONALIDADE. QUANTUM INDENIZATÓRIO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1- A indenização do seguro
DPVAT deve ser calculada mediante o enquadramento da perda
anatômica ou funcional do segurado na Tabela pertinente, com
sua redução proporcional na hipótese de invalidez permanente
parcial incompleta (Artigo 3º, § 1º, II, da Lei 6.194/74). 2- A data
do evento danoso deve ser considerada como termo inicial da
correção monetária. Precedentes do STJ. 3- Nas causas de
pequeno valor, a verba honorária deve ser fixada mediante
apreciação equitativa do Juiz, nos moldes do artigo 20, § 4º do
CPC. APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.”
(TJ/GO, APELAÇÃO CÍVEL 23178-85.2010.8.09.0103, Rel. DES.
ALAN S. DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª CÂMARA CÍVEL, julgado
em 15/03/2012, DJe 1043 de 16/04/2012)

Já quanto às despesas que teve com relação ao reestabelecimento da sua saúde, vejo
que apenas foi comprovado o pagamento de R$ 50,00 para desarquivamento do
prontuário médico a fim de efetuar a cópia para o processo, o que não se enquadra no
conceito de “despesas médicas”, razão pela qual desprovejo o pedido de
ressarcimento.
Assim, considerando que o autor não recebeu na esfera administrativa a quantia de R$
1.687,50 (hum mil seiscentos e oitenta e sete reais e cinquenta centavos) a título de
indenização securitária, conforme noticiado na inicial e comprovado nos autos, julgo
procedente o pedido, determinando o pagamento da quantia de R$ 1.687,50 (mil
seiscentos e oitenta e sete reais e cinquenta centavos) ao autor/recorrente, corrigidos
monetariamente desde a data do evento danoso (súmula 580 do STJ) e com juros de
mora desde a citação (súmula 426 do STJ).
Condeno a seguradora ré/apelada ao pagamento de custas processuais e honorários
advocatícios sucumbenciais, que arbitro em R$ 1.000,00 (mil reais), de acordo com o
art. 85,§ 2º e 8º do CPC.
Deixo de aplicar o art. 85, § 11, porquanto proferida nova sentença, com inversão do
ônus de sucumbência.
É o voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
Relator

LEA

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NR.PROCESSO: 5326156.18.2019.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT.
RECONHECIMENTO DE PRESCRIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PROVA DE CIÊNCIA
INEQUÍVOCA DA LESÃO EM DATA ANTERIOR AO LAUDO MÉDICO PERICIAL.
IMPOSSIBILIDADE DE PRESUMIR-SE A PRESCRIÇÃO PELO MERO DECURSO
DO TEMPO. POSICIONAMENTO DO STJ. APLICAÇÃO DA SÚMULA 573 AO CASO
CONCRETO. SUPERADA A PREJUDICIAL E DEVIDAMENTE INSTRUÍDO O FEITO,
TORNA-SE POSSÍVEL O JULGAMENTO EM SEGUNDO GRAU POR FORÇA DO
ART. 1.013 DO CPC. LAUDO PERICIAL. INVALIDEZ PARCIAL PERMANENTE
MODERADA DO OMBRO ESQUERDO. SEGURO DEVIDO. DESPESAS MÉDICAS.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO.
1. Nas ações de indenização decorrentes de seguro DPVAT, a ciência inequívoca
do caráter permanente da invalidez, para fins de contagem do prazo
prescricional, depende de laudo médico, exceto nos casos de invalidez
permanente notória ou naqueles em que o conhecimento anterior resulte
comprovado na fase de instrução. (Súmula 573 do STJ)”. Em caráter
excepcional, o lapso prescricional inicia-se, mesmo sem que haja laudo médico,
se a invalidez permanente for notória (ex: acidente no qual a vítima teve
amputada suas duas pernas); ou se o conhecimento anterior resultar
comprovado na fase de instrução. Desta feita, inocorrentes quaisquer das
hipóteses excepcionais, não pode o julgador deduzir a ocorrência de prescrição.
2. Superada a prejudicial de mérito, impõe-se o julgamento do pedido, uma vez já
instruído o feito, sendo devido o pagamento de seguro DPVAT à parte
autora/apelante, tendo em vista a comprovação da lesão permanente moderada
do ombro esquerdo.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA. PEDIDO JULGADO PROCEDENTE,
COM APLICAÇÃO DO ART. 1.013, § 3º DO CPC.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 19/02/2020 16:43:34

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5604049.60.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CICOPAL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E
HIGIENE PESSOAL LTDA.
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIAS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CICOPAL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E


HIGIENE PESSOAL LTDA.
ADVG. PARTE : 25858 GO - ANTONIO FERNANDO DOS SANTOS BARROS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5604049.60.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5604049.60.2019.8.09.0000AGRAVANTE: CICOPAL


INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E HIGIENE PESSOAL LTDA

AGRAVADO: ESTADO DE GOIÁS

RELATOR:Dr. Eudélcio Machado Fagundes - Juiz Substituto em Segundo Grau

2º CÂMARA CÍVEL

DECISÃO

Trata-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por CICOPAL INDÚSTRIA E


COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E HIGIENE PESSOAL LTDA, qualificada e
individualizada no feito, contra a decisão de lavra do MM. Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda
Pública Estadual, Dr. Gustavo Dalul Faria, que deferiu parcialmente a tutela de urgência pleiteada
pela agravante, figurando como agravado o ESTADO DE GOIÁS, também individualizado no
feito.

A decisão vergastada restou assim consignada:

“E no que concerne a REDUÇÃO da alíquota de 27% para a alíquota geral de 17% prevista
no inciso I, do artigo 27, do Código Tributário Estadual, verifico, a princípio, que essa redução
na arrecadação do tributo causaria grave lesão à ordem e à economia pública, se mostrando
incabível na presente fase processual.

Para melhor elucidar, em Recurso Extraordinário (RE) 714.139 RG/SC quanto ao princípio da
seletividade em função da essencialidade, a qual trata o artigo 155,§ 2º, inciso III da
Constituição Federal, diz-se não haver violação em norma constitucional, haja vista ser “uma
faculdade e não uma imperatividade”.

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NR.PROCESSO: 5604049.60.2019.8.09.0000
Nesse sentido, entendo que o Poder Judiciário não pode atuar como legislador positivo na
fixação de alíquotas do ICMS devido a afronta ao princípio da separação dos Poderes, bem
como na redução da alíquota de 27% (vinte e sete por cento) para 17% (dezessete por cento),
esta, estabelecida às operações em geral. Em relação aos 2 % (dois por cento) do
PROTEGE, o STF proferiu decisão monocrática via Suspensão de Tutela Provisória 107,
permitindo a sua cobrança.

Este é o julgado do nosso Egrégio Tribunal de Justiça, vejamos:

(...)

Não obstante, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro chegou a suspender a exigibilidade do


ICMS sobre energia elétrica e sobre comunicações no que excedesse a alíquota de 18%
(dezoito por cento) por entender que alíquota de 25% (vinte e cinco por cento), no caso, viola
ao critério da seletividade, afrontando o artigo 155, § 2º, inciso III, da Constituição Federal,
mas o Supremo Tribunal Federal sustou os efeitos das liminares e dos acórdãos nas
Suspensões de Segurança nº 4178/RJ e 3717/RJ, Relator Min. Gilmar Mendes em 29/04/2010
e Relator Min. Ricardo Lewandowski em 18/11/2014 respectivamente, sob o argumento de
lesão à ordem pública, pois a redução é apta a afetar a prestação de serviços públicos
essenciais, e o efeito multiplicador consubstanciado no risco de proliferação de demandas
idênticas, haja vista a existência de inúmeros outros contribuintes em situação análoga.

Assim, para o caso da REDUÇÃO DA ALÍQUOTA entendo que não é o momento oportuno
para a concessão do pedido formulado, posto que a análise dos requisitos é ato de livre
convencimento do juiz condutor da causa que, com o exame dos fatos e documentos do
processo, pode melhor valorar as provas colacionadas de modo a formar sua convicção.

POSTO ISSO, DEFIRO PARCIALMENTE a liminar pleiteada, determinando que o Réu se


abstenha de exigir na base de cálculo do ICMS a tarifa TUSD/TUST, limitando a incidência do
ICMS, suspendendo a cobrança de tarifas/encargos sobre uso dos sistemas de transmissão e
distribuição da respectiva Unidade Consumidora da Autora, nos termos da lista de contas
apresentada neste processo, sob pena de multa diária de R$ 500,00 em caso de
descumprimento.”

Em suas razões recursais, a parte agravante pleiteia que seja deferida a antecipação dos efeitos
da tutela recursal, no sentido de se determinar ao Agravado que, até o trânsito em julgado da
ação, deixe de aplicar a alíquota do ICMS energia elétrica(27%), tendo em vista sua
inconstitucionalidade. Alternativamente que aplique a alíquota de 12%, prevista no art. 27, II, do
CTE/GO, já que lá são relacionados os bens de máxima essencialidade. Em último caso, que seja
determinada a aplicação da alíquota geral para operações internas, 17% (art. 27, I, do CTE/GO);

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NR.PROCESSO: 5604049.60.2019.8.09.0000
Ademais, pleiteia ainda que o parte agravada se abstenha de aplicar o adicional de 2% sobre a
alíquota do ICMS, prevista no § 5º do art. 27 do CTE/GO por afronta aos arts. 146, III, “a” e 155, §
2º, XII “g”, ambos da CF/1988 e ao art. 82, § 1º c/c art. 79 do ADCT.

No mérito, requer a confirmação da liminar concedida em sede de antecipação de tutela.

É o relatório. Passo a decidir sobre o pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal.

Primeiramente saliento que o artigo 1º, caput, e § 3º, da Lei 8.437/92 estabelecem que:

Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento
cautelar ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que
providência semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em
virtude de vedação legal.

§3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da
ação.

Ressalto que o artigo 1º da Lei nº 9.494/1997, que disciplina a aplicação da tutela antecipada
contra a Fazenda Pública, prevê que:

Art. 1º Aplica-se à tutela antecipada prevista nos arts. 273 e 461 do Código de Processo Civil
o disposto nos arts. 5º e seu parágrafo único e 7º da Lei nº 4.348, de 26 de junho de 1964, no
art. 1º e seu § 4º da Lei nº 5.021, de 9 de junho de 1966, e nos arts. 1º, 3º e 4º da Lei nº
8.437, de 30 de junho de 1992.

Com efeito, da interpretação sistemática das normas jurídicas supratranscritas, extrai-se que a
proibição de conceder liminar em desfavor da Fazenda Pública que esgote, no todo ou em parte,
o objeto da ação, somente será aceita caso se enquadre em uma das situações previstas no
artigo 7º, § 2º, da Lei nº 12.016/2009, o que não se amolda à hipótese dos autos.

Ademais, saliento desde logo que não há se falar em esgotamento do objeto da ação pelo
simples fato de não existir irreversibilidade da medida, porquanto admissível a revogação ou
modificação do provimento provisório e precário a qualquer tempo.

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Sobre o tema:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. PEDIDO


LIMINAR DE INCLUSÃO NO 7º TERMO DE ADITIVO DE CONTRATO DE
PUBLICIDADE EM FACE DA FAZENDA PÚBLICA. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS.
MEDIDA SATISFATIVA. IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO CONFIRMADA. 1.
O agravo de instrumento consiste em recurso secundum eventum litis e, por
isso, conveniente o órgão ad quem se limitar ao exame do acerto ou
desacerto do decisum hostilizado. 2. Ausentes os requisitos autorizadores
do deferimento do pedido liminar, previstos no artigo 300 do CPC/15 e artigo
7º da Lei 12.016/09, deve ser mantida a decisão a quo. 3. O art. 1º, § 3º, da
Lei nº 8.437/92, que dispõe que não é possível deferimento de medida
liminar contra o Poder Público que esgote, no todo ou em parte, o objeto da
ação, refere-se às liminares satisfativas irreversíveis, em que na prática, em
caso de revogação, não é possível o retorno ao status quo ante, situação
verificada no processo. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO.(TJGO, AI 5557572-13.2018.8.09.0000, Rel. ROBERTO
HORÁCIO DE REZENDE, 5ª CC, j. 15/07/2019, DJe de 15/07/2019) (Grifo
nosso).

AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. LIMINAR EM FACE


DA FAZENDA PÚBLICA. PROMOÇÃO. AUMENTO DE REMUNERAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. ARTIGO 7º, § 2º, DA LEI Nº 12.016/2009, ARTIGO 1º,
§ 3º, DA LEI Nº 8.437/92 E ARTIGO 1º DA LEI 9.494/97. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTOS RELEVANTES. DECISÃO MANTIDA. 1. Da interpretação
sistemática do artigo 1º, § 3º, da Lei nº 8.437/92 e artigo 1º da Lei 9.494/97,
extrai-se que a proibição de conceder liminar em desfavor da Fazenda
Pública, que esgote no todo ou em parte o objeto da ação, somente será
aceita caso se enquadre em uma das hipóteses previstas no artigo 7º, §2º,
da Lei nº 12.016/2009. 2. Não é possível a promoção de militar, por meio de
liminar, uma vez que gerará o aumento de remuneração, o que é vedado
pelo dispositivo legal retromencionado. 3. A decisão agravada deve ser
mantida caso o recorrente não apresente argumentos relevantes que
demonstrem o desacerto dos fundamentos nela utilizados. 4. Diante da
declaração de improcedência do presente agravo interno, em votação
unânime, aplica-se a multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do CPC/15.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, MS (CF, Lei
12016/2009) 5264032-60.2016.8.09.0000, Rel. NELMA BRANCO
FERREIRA PERILO, 4ª CC, j. 14/02/2017, DJe de 14/02/2017) (grifo nosso).

Feito essa breve digressão acerca da tutela urgência, passo à análise dos argumentos trazidos à
baila pela parte agravante.

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NR.PROCESSO: 5604049.60.2019.8.09.0000
O recorrente demonstra a sua irresignação com a parte da decisão que deixou de determinar a
suspensão da exigibilidade da alíquota de 27%, para adoção da alíquota ordinária vigente de
17%, para as operações de aquisição de energia elétrica, e a suspensão da cobrança do
adicional de 2% do ICMS a título de PROTEGE.

No que se refere ao indeferimento da suspensão da alíquota de 27%, verifica-se que agiu de


forma equivocada o juízo a quo ao não determinar a sua suspensão para fazer incidir a alíquota
de 17%, prevista no artigo 27, inciso I, do CTE, que assim dispõe:

Art. 27. As alíquotas do imposto são:

I - 17% (dezessete por cento), nas operações ou prestações internas, excetuadas as


hipóteses previstas nos incisos II, III, VII, IX e X; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 13.772,
de 28.12.2000)

A hipótese em análise trata-se de alíquota incidente sobre operações internas com energia
elétrica, razão pela qual deve ser aplicado o percentual previsto no Código Tributário Estadual.

Passo à análise da suspensão da cobrança do adicional de 2% do ICMS a título de PROTEGE.

Cumpre ressaltar que a Corte Especial deste Tribunal de Justiça, em sessão de julgamento do
incidente de arguição de inconstitucionalidade de lei nº 111090.02.2014.8.09.0000, de relatoria do
desembargador Fausto Moreira Diniz, ocorrida no dia 14/10/2015, (DJe 1908 de 12/11/2015),
declarou inconstitucionais as leis 15.500/2005, 15.921/2006 e 15.945/2006, que dispõem sobre a
criação do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (PROTEGE GOIÁS), bem como
disciplinam os meios de fomento para o mesmo.

Dentre os meios de fomento está a receita oriunda do adicional de 2% na alíquota do ICMS sobre
operações internas com energia elétrica, ressalvado o fornecimento para o consumo em
estabelecimento rural e em residência de famílias consideradas de baixa renda.

A matéria discutida no presente recurso refere-se à receita oriunda do adicional de 2% na


alíquota do ICMS, cuja decisão da Corte Superior deve ser observada pelos órgãos fracionários
deste Tribunal, ainda que não seja dotada de efeito erga omnes.

Declaradas inconstitucionais as legislações aplicadas pela SEFAZ, por falta de leis


complementares, sendo, portanto, dotadas de vício de origem, evidencia-se a probabilidade de

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NR.PROCESSO: 5604049.60.2019.8.09.0000
êxito da pretensão autoral, estando presente o requisito do fumus boni iuris invocado pela parte
ora agravada.

Ademais, o perigo da demora se mostra inconteste, pois, se não houver o afastamento da


cobrança do adicional de 2% na alíquota do ICMS sobre operações internas com energia elétrica,
como meio de fomento do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (PROTEGE GOIÁS),
poderá a parte agravante ser compelida a pagar verba considerada indevida, prejudicando o seu
capital de giro.

Sobre o tema:

Agravo de Instrumento. Mandado de segurança. Adicional de 2% na alíquota


do ICMS sobre operações internas com Álcool Etílico Hidratado Combustível
(AEHC). Suspensão da exigibilidade. Probabilidade do direito. Perigo de
dano. Reversibilidade do provimento antecipado. Tutela de urgência
deferida. I. Uma vez que presentes os requisitos do artigo 300 do Código de
Processo Civil/2015, quais sejam: probabilidade do direito, perigo de dano
ou risco ao resultado útil do processo e Reversibilidade do provimento
antecipado, há de ser deferido o pedido de tutela de urgência. II. Porque
declarada a sua inconstitucionalidade, deve ser afastada a cobrança do
adicional de 2% (dois por cento) na alíquota do ICMS, destinado a prover
recursos ao Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás - PROTEGE
GOIÁS. III. Está configurado o perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo, pois, se não houver o afastamento da cobrança do adicional de
2% (dois por cento) na alíquota do ICMS sobre operações internas com
álcool etílico, destinado a prover recursos ao Fundo de Proteção Social do
Estado de Goiás - PROTEGE GOIÁS, poderá a autora/agravada ser
compelido a pagar verba considerada indevida. IV. Não há se falar em
periculum in mora inverso ou irreversibilidade da tutela de urgência
concedida, porquanto o réu/agravante poderá cobrar os valores
eventualmente devidos, com os respectivos acréscimos legais, caso a
medida antecipatória postulada seja revogada ou na hipótese de, após o
julgamento de mérito da ação originária, a parte autora/agravada restar
sucumbente. Agravo de instrumento conhecido e desprovido. Decisão
mantida.(TJGO, 2ª CC, AI 5528892-18.2018.8.09.0000, Rel. Des. Carlos
Alberto França, DJ de 13.12.2018.)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA.


TUTELA DE URGÊNCIA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS.
ADICIONAL DE 2% NA ALÍQUOTA DO ICMS COBRADO SOBRE A
GASOLINA DISTRIBUÍDA. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
INCIDENTAL PELA ÓRGÃO ESPECIAL NA ARGUIÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI N. 111090-02. PRESENÇA DO
FUMUS BONI IURIS E DO PERICULUM IN MORA. 1. O agravo de
instrumento é recurso que deve ser julgado secundum eventum litis,

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NR.PROCESSO: 5604049.60.2019.8.09.0000
limitando-se a analisar o acerto ou desacerto da decisão recorrida, sem
ingressar no mérito da demanda, sob pena de prejulgamento da causa e
supressão de instância. 2. A decisão do Órgão Especial deste Tribunal
reconhecendo incidentalmente de inconstitucionalidade da norma em que se
ampara o Estado de Goiás para cobrar o adicional de 2% (dois por cento) na
alíquota do ICMS cobrado sobre a gasolina distribuída pela empresa
agravada tem eficácia apenas inter-partes (Arguição de
Inconstitucionalidade de Lei nº 111090-02). Todavia, é um sério indicativo de
inconstitucionalidade do dispositivo também para este caso, o que enseja o
deferimento da tutela de urgência pleiteada na inicial, uma vez que presente
o necessário fumus boni iuris. 3. Caso ao final a segurança seja denegada,
tem o Estado de Goiás a seu dispor o efetivo procedimento da execução
fiscal, para receber o valor não pago durante o trâmite desta demanda, o
que faz com que o perigo da demora onere, na verdade, a empresa
agravada. AGRAVO DESPROVIDO.

(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5403639-54.2017.8.09.0000, minha


relatoria, 3ª Câmara Cível, julgado em 26/06/2019, DJe de 26/06/2019)

Ante tais considerações, verifica-se que merece reparos a decisão do juízo a quo que indeferiu
parcialmente a liminar de tutela de urgência pleitada pela autora, ora agravante.

ANTE O EXPOSTO, DEFIRO a antecipação dos efeitos tutela recursal para determinar a
suspensão da exigibilidade da alíquota de 27% (vinte e sete por cento) instituída pelo Requerido
em desfavor da Requerente, sendo determinada a adoção da alíquota ordinária vigente de 17%
(dezessete por cento) para as operações de aquisição de energia elétrica, e, a suspensão da
exigibilidade da cobrança do adicional de 2% (dois por cento) do ICMS a título de PROTEGE.

Dê-se ciência desta decisão ao juízo a quo, prolator do decisum recorrido, na forma do inciso I do
artigo 1.019 do Código de Processo Civil.

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar resposta no prazo legal, sendo lhe
facultado juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso, nos termos
do inciso II do art. 1.019 do Estatuto Processual Civil.

Intimem-se. Cumpra-se.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

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NR.PROCESSO: 5604049.60.2019.8.09.0000
Dr. Eudélcio Machado Fagundes

Juiz Substituto em Segundo Grau

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 15:33:35

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5582733.88.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MUNICIPIO DE PARANAIGUARA
POLO PASSIVO : JAQUELINE ALVES PEREIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JAQUELINE ALVES PEREIRA


ADVG. PARTE : 32278 GO - LEANDRO RIBEIRO DA SILVA

PARTE INTIMADA : MUNICIPIO DE PARANAIGUARA


ADVGS. PARTE : 21150 GO - CRISTIANO DE OLIVEIRA FONSECA
40437 GO - SIND LOANNE ALMEIDA SOUSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5582733.88.2019.8.09.0000

COMARCA DE PARANAIGUARA

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE PARANAIGUARA.

AGRAVADA: JAQUELINE ALVES PEREIRA.

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

VOTO

Consoante relatado, trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de antecipação de tutela


recursal, interposto pelo MUNICÍPIO DE PARANAIGUARA contra decisão proferida pela MMª.
Juíza de Direito da comarca de Paranaiguara, Drª. Maria Clara Merheb Gonçalves Andrade, nos
autos da ação mandamental aforada pela ora agravada/JAQUELINE ALVES PEREIRA, onde
indicou como autoridade coatora o Prefeito Municipal de Paranaiguara.

Ao envidar uma primeira análise dos autos, o magistrado de 1º grau deferiu a liminar
postulada, determinando a nomeação da impetrante no prazo de 05 (cinco) dias,
respeitando as formalidades legais necessárias.

Irresignado, o impetrado manejou o presente agravo de instrumento, tendo sido deferido o


efeito suspensivo por ele requerido.

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NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
Pois bem. A matéria controvertida cinge-se em saber se os requisitos necessários ao
provimento liminar, em mandado de segurança, estão presentes ou não, em outras
palavras, se os fundamentos aduzidos pelo impetrante, em um juízo superficial e precário,
são relevantes, bem assim se a circunstância concreta corre risco de lesão de modo a
reclamar um provimento que a acautele, nos termos do inciso III do artigo 7º da Lei federal
nº 12.016, 07 de agosto de 2009. Confira-se, verbatim:

Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:

(…)

III. que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja
finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito,
com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.

Não é demasiado reforçar que esse provimento não declara, nem reconhece direitos,
tampouco anula atos administrativos, uma vez que sua função é estritamente proteger uma
situação jurídica concreta que está sob risco de perecer, à medida que não pode aguardar
o curso de todo o procedimento.

A propósito do tema, cumpre trazer à colação o escólio dos renomados processualistas


Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart, ipsis litteris:

A concessão da liminar está condicionada, como se lê do dispositivo indicado, à


coexistência da relevância do fundamento e do risco de ineficácia do provimento final.
Na realidade, tais condições nada mais são do que outra forma de apresentar as
noções de fumus boni iuris e de periculum in mora, respectivamente. Exige-se, portanto,
que o autor indique a plausibilidade das suas afirmações e a existência de risco de que
seu direito possa vir a perecer (ou a tornar-se inútil), se não outorgada a proteção
liminar. Como toda liminar, a decisão aqui dada (concedendo ou negando a medida
provisoriamente) é precária e instável, podendo ser revista a qualquer momento. (in
Curso de Processo Civil: Procedimentos Especiais, 2ª ed. rev., atual. e ampl., São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2012, p. 254/255, g.)

Para a concessão de liminar, em mandado de segurança, não basta que os fundamentos


de direito sejam relevantes. Ao lado disso, será aditivamente necessário, conforme dita a
lei de regência, que “do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente
deferida” (artigo 7º, inciso III, da Lei federal nº 12.016, de 07 de agosto de 2009).

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NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
Em outras palavras, ainda que exista fumus boni iuris, o provimento somente deve ser
concedido pelo juiz, se e quando a sua denegação implicar na inutilidade ou no sacrifício
irremediável do direito que eventualmente venha ser reconhecido pela sentença
concessiva da ordem.

Nesse sentido, prelecionam os renomados doutrinadores Hely Lopes Meirelles, Arnoldo


Wald e Gilmar Ferreira Mendes, litteratim:

Para a concessão da liminar, devem concorrer os dois requisitos legais, ou seja, a


relevância dos motivos em que se assenta o pedido na inicial e a possibilidade de
ocorrência de lesão irreparável ao direito do impetrante se vier a ser reconhecido na
decisão de mérito – fumus boni juris e periculum in mora. A medida liminar pode ter
natureza cautelar ou satisfativa, e visa a garantir a eficácia do possível direito do
impetrante, justificando-se pela iminência de dano irreversível de ordem patrimonial,
funcional ou moral se mantido o ato coator até a apreciação definitiva da causa. Por
isso mesmo, não importa prejulgamento, não afirma direitos, nem nega poderes à
Administração. Preserva, apenas, o impetrante de lesão irreparável, sustando
provisoriamente os efeitos do ato impugnado. (in Mandado de Segurança e Ações
Constitucionais, 33ª ed. atual., São Paulo: Malheiros, 2010, p. 90/91, g.)

Do entendimento dos respeitados doutrinadores, não discrepa a jurisprudência do colendo


Superior Tribunal de Justiça, in verbis:

(...) A concessão de liminar em mandado de segurança é condicionada à integral


satisfação dos requisitos previstos no art. 7º, inciso III, da Lei n. 12.016, de 7 de agosto
de 2009, quais sejam, a existência de fundamento relevante e a possibilidade de que do
ato impugnado possa resultar a ineficácia da medida, caso seja, ao final, deferida. (…)
(STJ, 1ª Seção, AgRg no MS nº 19.771/DF, Rel. Min. Sérgio Kukina, DJe de 15/04/2013,
g.)

(...) O deferimento de tutela liminar pressupõe o adimplemento conjunto de dois


requisitos, a saber: a probabilidade de êxito na demanda após cognição exauriente e o
risco de dano irreparável ou de difícil reparação a quem, ao fim, sagre-se titular do
direito. Isto na forma do que dispõe o art. 7º, inc. III, da Lei n. 12.016/09. Na espécie,
conforme consta da decisão agravada, não restou caracterizado o fumus boni iuris. (…).
Agravo regimental não provido. (STJ, 1ª Seção, AgRg no MS nº 19.488/DF, Rel. Min.

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NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
Mauro Campbell Marques, DJe de 06/03/2013, g.)

Os dois requisitos, repita-se, são conexos ou aditivos, isto é, devem coexistir. Ausente um
só deles, torna-se impositivo o indeferimento da liminar.

Depreende-se dessas orientações doutrinárias e jurisprudenciais que compete ao julgador


realizar um prognóstico de plausibilidade dos argumentos alinhavados, bem assim
examinar se o bem da vida está sob risco. Na espécie, não vislumbro a presença desses
requisitos.

De um lado, em que pese a impetrante ter logrado aprovação no concurso público em


comento, não é possível visualizar os danos que poderá experimentar caso a medida
visada não seja implementada de imediato.

Ora, por qualquer ângulo que se examine a questão posta sub judice não visualizo motivo algum
que me leve a crer que o indeferimento da medida liminar, na fase inaugural da demanda,
implicará na ineficácia da medida caso seja outorgada somente após o regular trâmite do
writ.

Aliás, nesse ponto, impende registrar que trata-se o mandado de segurança de ação de rito
célere, que sequer comporta dilação probatória, sendo rapidamente processada.

Dessa forma, repito, não antevejo a possibilidade de concretização de lesão irreparável ao


direito da impetrante se este vier a ser reconhecido apenas após o regular curso do feito,
ao tempo do proferimento da decisão de mérito.

Ademais, o provimento intentado esgota por completo o objeto da lide.

Assim, considerando a demanda posta em exame e ainda, o entendimento jurisprudencial


hodierno, há vedação em relação à concessão de medida liminar contra a Fazenda Pública
nos casos de aumento ou extensão de vantagens a servidor público. Nesse sentido,

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NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
inclusive, foi o parecer da douta Procuradoria Geral de Justiça, do qual se transcreve
relevante trecho, litteratim:

“Entretanto, a pretensão da autora, especificamente quanto à tutela de urgência,


encontra óbice na vedação legal de concessão de liminar satisfativa em face da
Fazenda Pública, nos termos da Lei 8.437/92, verbis:

Art. 1º Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento
cautelar ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que
providência semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de segurança,
em virtude de vedação legal.

§1º Não será cabível, no juízo de primeiro grau, medida cautelar inominada ou a sua
liminar, quando impugnado ato de autoridade sujeita, na via de mandado de segurança,
à competência originária de tribunal.

§2º O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos processos de ação popular e de
ação civil pública.

§ 3º Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto
da ação.

(…).

Nesse sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER.


CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO. HABILITAÇÃO. EXIGÊNCIA LEGAL E EDITALÍCIA.
AUSÊNCIA. POSSE. INDEFERIMENTO. TUTELA PROVISÓRIA. CARÁTER SATISFATIVO.
VEDAÇÃO LEGAL. PERICULUM IN MORA E FUMUS BONI IURIS AUSENTES. 1. A
ausência de prova da habilitação exigida pela lei e pelo edital de regência, aliada ao
transcurso do prazo de validade do certame, obstam, ao menos em uma análise
superficial, própria da fase liminar, o reconhecimento do alegado direito da candidata à
posse no cargo para o qual foi aprovada em certame. 2. Não se admite a concessão de
liminar contra o Poder Público que esgote antecipadamente o objeto da ação e ostente
perigo de irreversibilidade (art. 1º, caput e § 3º, da Lei nº 8.437/92 c/c art. 300, § 3º, do
CPC). 3. Ausentes o periculum in mora e o fumus boni iuris alegados, bem como
incidente vedação legal, a confirmação da decisão que denegou o pedido de tutela
provisória de urgência é medida que se impõe. 4. Recurso conhecido e

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NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
desprovido.(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5161642-41.2018.8.09.0000, Rel.
GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em 10/08/2018, DJe de
10/08/2018)

Ao teor do exposto, manifesta-se o Ministério público, por esta Procuradoria de Justiça,


pelo conhecimento e provimento do agravo de instrumento, reformando-se o decisum
fustigado, a fim de que seja indeferida e tutela de urgência postulada na origem”.

De tal forma, não visualizados os elementos indispensáveis à concessão da medida liminar em


mandamus, o seu indeferimento revela-se medida impositiva. Desse entendimento, não discrepa
a jurisprudência desta egrégia Corte estadual, ad exemplum:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. NOMEAÇÃO EM CONCURSO


PÚBLICO. FUNDAMENTO RELEVANTE E POSSIBILIDADE DE QUE DO ATO IMPUGNADO
POSSA RESULTAR A INEFICÁCIA DA MEDIDA. REQUISITOS NÃO VISUALIZADOS
CONCOMITANTEMENTE. SATISFATIVIDADE DA MEDIDA ANTECIPATÓRIA VISADA.
DECISÃO REFORMADA. 1. A concessão de liminar em mandado de segurança é
condicionada à integral satisfação dos requisitos previstos no artigo 7º, inciso III, da Lei nº
12.016, de 7 de agosto de 2009, quais sejam, a existência de fundamento relevante e a
possibilidade de que do ato impugnado possa resultar a ineficácia da medida, caso seja, ao
final, deferida. 2. Inexiste risco de concretização de lesão irreparável ao suposto direito da
impetrante, consubstanciado na nomeação em concurso público, se este vier a ser
reconhecido apenas após a regular tramitação do feito, ao tempo do proferimento da decisão
de mérito, sobretudo levando-se em consideração a celeridade inerente ao rito do mandado
de segurança, que sequer comporta dilação probatória. 3. Possuindo o pleito liminar caráter
eminentemente satisfativo, ao ponto de se confundir, por completo, com a ordem
mandamental objetivada, seu indeferimento é providência que se impõe. 4. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5291209-
62.2017.8.09.0000, Rel. SEBASTIÃO LUIZ FLEURY, 4ª Câmara Cível, julgado em
20/07/2018, DJe de 20/07/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. NOMEAÇÃO EM CONCURSO


PÚBLICO. FUNDAMENTO RELEVANTE E POSSIBILIDADE DE QUE DO ATO IMPUGNADO
POSSA RESULTAR A INEFICÁCIA DA MEDIDA. REQUISITOS NÃO VISUALIZADOS
CONCOMITANTEMENTE. INDEFERIMENTO DA LIMINAR. SATISFATIVIDADE DA MEDIDA
ANTECIPATÓRIA VISADA. DECISÃO MANTIDA.1. A concessão de liminar em mandado de
segurança é condicionada à integral satisfação dos requisitos previstos no artigo 7º, inciso III,
da Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009, quais sejam, a existência de fundamento relevante
e a possibilidade de que do ato impugnado possa resultar a ineficácia da medida, caso seja,
ao final, deferida. 2. Inexiste risco de concretização de lesão irreparável ao suposto direito da
impetrante, consubstanciado na nomeação em concurso público, se este vier a ser
reconhecido apenas após a regular tramitação do feito, ao tempo do proferimento da decisão

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
de mérito, sobretudo levando-se em consideração a celeridade inerente ao rito do mandado
de segurança, que sequer comporta dilação probatória.3. Possuindo o pleito liminar caráter
eminentemente satisfativo, ao ponto de se confundir, por completo, com a ordem
mandamental objetivada, seu indeferimento é providência que se impõe.4. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5103619-39.2017.8.09.0000, Rel. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO, 4ª Câmara Cível,
julgado em 08/05/2017, DJe de 08/05/2017)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO CONCESSIVA DE


LIMINAR. NOMEAÇÃO EM CARGO PÚBLICO. PRETENSÃO DE CUNHO SATISFATIVO.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. DECISÃO REFORMADA. 1. A determinação de
nomeação para o cargo a que foi candidata a impetrante é medida antecipatória do pleito final,
confundindo-se com o mérito do mandamus, circunstância que inviabiliza a concessão da
liminar no presente caso, dado seu caráter satisfativo. Precedentes do STJ e desta Corte. 2.
AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO. (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 18291-
66.2016.8.09.0000, Rel. DES. KISLEU DIAS MACIEL FILHO, 4A CAMARA CIVEL, julgado
em 28/04/2016, DJe 2026 de 12/05/2016)

(...) Nos termos do inciso III do artigo 7º da Lei federal n.º 12.016/2009, para a concessão
de medida liminar em mandado de segurança devem coexistir os requisitos da
relevância da fundamentação e do risco de ineficácia da medida. Desse modo, no caso
em comento, a ausência de um desses requisitos (relevância da fundamentação)
importa no indeferimento da ordem liminar. (…) (TJGO, 5ª Câmara Cível, Mandado de
Segurança nº 265006-85.2016.8.09.0000, Rel. Des. Alan S. de Sena Conceição, DJe de
03/02/2017)

Destarte, o não preenchimento dos pressupostos autorizadores para o deferimento da


liminar pleiteada no writ, de sorte que não vislumbro saída outra a ser adotada no presente
caso que não seja a reforma do ato judicial hostilizado.

AO TEOR DO EXPOSTO, CONHEÇO do recurso de agravo de instrumento e DOU-LHE


PROVIMENTO, para reformar a decisão a quo e indeferir o pedido liminar formulado pela
impetrante/agravada nos autos de origem, pelas razões já alinhavadas.

É o voto.

Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento nº


5582733.88.2019.8.09.0000, Comarca de Paranaiguara, sendo agravante MUNICÍPIO DE
PARANAIGUARA e agravada JAQUELINE ALVES PEREIRA.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e prover o Agravo de Instrumento,
nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, o Juiz Eudélcio Machado Fagundes (em substituição ao Des. José
Carlos de Oliveira) e o Desembargador Leobino Valente Chaves.

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5582733.88.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5582733.88.2019.8.09.0000

COMARCA DE PARANAIGUARA

AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE PARANAIGUARA.

AGRAVADA: JAQUELINE ALVES PEREIRA.

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. NOMEAÇÃO EM


CONCURSO PÚBLICO. FUNDAMENTO RELEVANTE E POSSIBILIDADE DE QUE DO ATO
IMPUGNADO POSSA RESULTAR A INEFICÁCIA DA MEDIDA. REQUISITOS NÃO
VISUALIZADOS CONCOMITANTEMENTE. SATISFATIVIDADE DA MEDIDA
ANTECIPATÓRIA VISADA. DECISÃO REFORMADA.

1. A concessão de liminar em mandado de segurança é condicionada à integral


satisfação dos requisitos previstos no artigo 7º, inciso III, da Lei nº 12.016, de 7 de
agosto de 2009, quais sejam, a existência de fundamento relevante e a possibilidade de
que do ato impugnado possa resultar a ineficácia da medida, caso seja, ao final,
deferida.

2. Inexiste risco de concretização de lesão irreparável ao suposto direito do impetrante,


consubstanciado na nomeação em concurso público, se este vier a ser reconhecido
apenas após a regular tramitação do feito, ao tempo do proferimento da decisão de
mérito, sobretudo levando-se em consideração a celeridade inerente ao rito do
mandado de segurança, que sequer comporta dilação probatória.

3. Possuindo o pleito liminar caráter eminentemente satisfativo, ao ponto de se


confundir, por completo, com a ordem mandamental objetivada, seu indeferimento é
providência que se impõe.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 16:07:23

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5548950.08.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : UNIMED GOIÂNIA
POLO PASSIVO : LUCIMAR DOS SANTOS DE OLIVEIRA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : UNIMED GOIÂNIA


ADVGS. PARTE : 34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO
28200 GO - CAIO VINICIUS REYNOLDS TAVEIRA VALSECCHI

PARTE INTIMADA : LUCIMAR DOS SANTOS DE OLIVEIRA


ADVGS. PARTE : 7795 GO - TEREZINHA PEREIRA DE ARAÚJO FLEURY
27168 GO - POLLYANNA DE ARAÚJO FLEURY

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5548950.08.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO INTERNO N. 5548950.08.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: LUCIMAR DOS SANTOS DE OLIVEIRA

AGRAVADA: UNIMED GOIÂNIA

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os requisitos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Trata-se de agravo interno interposto por LUCIMAR DOS SANTOS DE OLIVEIRA, face a
decisão lançada no evento 6, que concedeu efeito suspensivo ao recurso de agravo de
instrumento interposto por UNIMED GOIÂNIA, aqui agravada.

Roga a insurgente pela retratação da decisão combatida, ou o encaminhamento do agravo


interno para jul-gamento pelo Colegiado, a fim de que seja conhecido o recurso e dado provimento
a fim de manter a liminar concedida na instância primeva.

Pois bem. Ao apreciar as razões do recurso, não vislumbro motivos a justificar a retratação do
posicionamento adotado por este Relator, por entender a ausência de perigo de dano no atual
estágio do processo, devendo-se aguardar a instrução do feito para formar a convicção do juízo.

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NR.PROCESSO: 5548950.08.2019.8.09.0000
Consoante constou na decisão agravada vislumbra-se a presença do perigo de irreversibilidade
da medida, uma vez que caso a cooperativa ré/agravante arque, desde logo, com os respectivos
custos de todos os tratamentos solicitados e, no futuro, a resposta encontrada seja de que
inexiste previsão contratual, dificilmente conseguirá reaver os valores já dispendidos,
considerando que a agravada litiga sob as benesses da justiça gratuita.

Ademais, o agravante não trouxe qualquer fato novo que pudesse alterar o entendimento deste
Relator, sendo que o recorrente não se conforma com a decisão que lhe fora desfavorável.

Ao teor do exposto, por não estar convicto de que deva modificar a decisão recorrida, deixo de
reconsiderá-la. Por conseguinte, nego provimento ao recurso. Submeto a insurgência à
apreciação do Órgão Colegiado, manifestando-me, desde logo, desprovimento do recurso.

É como voto.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento (Agravo Interno) nº


5548950.08.2019.8.09.0000, Comarca de Goiânia, sendo agravante LUCIMAR DOS SANTOS DE
OLIVEIRA e agravado(a) UNIMED GOIÂNIA.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e desprover o Agravo Interno em
Agravo de Instrumento, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Juiz Eudélcio


Machado Fagundes (em substituição ao Des. José Carlos de Oliveira).

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5548950.08.2019.8.09.0000
PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5548950.08.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO INTERNO N. 5548950.08.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: LUCIMAR DOS SANTOS DE OLIVEIRA

AGRAVADA: UNIMED GOIÂNIA

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

EMENTA. AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EFEITO


SUSPENSIVO. TUTELA DE URGÊNCIA. 1 - Na dicção do artigo 1.021 do
Código de Processo Civil, cabe agravo interno contra as decisões do relator
que deferirem ou indeferirem o efeito suspensivo ou a tutela antecipada. 2 -
É medida imperativa o desprovimento do agravo interno quando não se
fazem presentes, em suas razões, qualquer novo argumento que justifique a
modificação da decisão agravada. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:30:49

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5622667.53.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : GRIFORT INDÚSTRIA E SERVIÇO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE
LTDA.
POLO PASSIVO : INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE - GERIR
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GRIFORT INDÚSTRIA E SERVIÇO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE


LTDA.
ADVG. PARTE : 55713 DF - AUGUSTO CESAR NOGUEIRA DE SOUZA

PARTE INTIMADA : INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE - GERIR


ADVG. PARTE : 33781 GO - MAISA DE MAIO LIMA MARCIANO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5622667.53.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5622667.53.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: GRIFORT INDÚSTRIA E SERVIÇO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À
SAÚDE LTDA.
AGRAVADO: INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE - GERIR
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


COBRANÇA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.
INOCORRÊNCIA. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS
PARA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR.
1. Afasta-se a alegação de ausência de fundamentação se,
ainda que de maneira concisa, a decisão expõe,
satisfatoriamente suas razões de decidir, inocorrendo
violação ao artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal.
2. O deferimento ou não de medida liminar é ato de livre
arbítrio e convencimento motivado do julgador, inserindo-se
no seu poder geral de cautela. Por conseguinte, a reforma de
ato judicial pela instância recursal somente ocorre sob
evidente abuso de autoridade ou quando restar configurada
a existência de decisão ilegal, abusiva ou teratológica, cujos
vícios não foram detectados no presente caso.
3. In casu, mostra-se extremamente temerária a concessão
da medida liminar pretendida, uma vez que o crédito
perseguido pela agravante sequer foi julgado na instância
primeva, assim, sobre ele ainda pairam dúvidas sobre a
liquidez e certeza. É preciso, em ações desse jaez, que se
respeitem as normas procedimentais, com a instauração do
contraditório e produção de provas, uma vez que, a simples

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NR.PROCESSO: 5622667.53.2019.8.09.0000
afirmação de que o crédito existe não é o bastante para
lançar mão, liminarmente, de medidas constritivas sobre o
patrimônio do devedor.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº


5622667.53.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e desprover o recurso, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, além do Relator, o Desembargador Zacarias Neves Coelho, e o


Desembargador Carlos Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do Agravo de


Instrumento.

Como dito, cuida-se de Agravo de Instrumento, com pedido de tutela de urgência,

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NR.PROCESSO: 5622667.53.2019.8.09.0000
interposto por GRIFORT INDÚSTRIA E SERVIÇO DE APOIO E ASSISTÊNCIA À
SAÚDE LTDA., da decisão proferida pela Juíza de Direito da 4ª Vara da Fazenda
Pública da comarca de Goiânia, Drª. Zilmene Gomide da Silva Manzolli (evento 19 –
processo originário), que nos autos da ação de Cobrança interposta em desfavor do
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE – GERIR.

De logo, afasto a tese de nulidade do ato recorrido por ausência de fundamentação,


pois, de uma simples leitura do pronunciamento judicial em referência, observa-se que
restou devidamente motivado pela Magistrada a quo, de modo que está satisfeita a
garantia inscrita no inciso IX do artigo 93 da Constituição Federal.

A propósito:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS. FUNDAMENTAÇÃO
SUFICIENTE. TEMA 339/STF. CERCEAMENTO DE DEFESA.
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. REPERCUSSÃO
GERAL REJEITADA. TEMA 660/STF. 1. O STF reconheceu a
existência de repercussão geral com relação ao art. 93,
inciso IX, da Constituição Federal, ressalvando, contudo, que
a fundamentação exigida pelo texto constitucional é aquela
revestida de coerência, explicitando suficientemente as
razões de convencimento do julgador, ainda que incorreta ou
mesmo não pormenorizada, pois decisão contrária ao
interesse da parte não configura violação do indigitado
normativo.(...)” (STJ, AgRg no RE nos EDcl nos EDcl no AgRg
nos EREsp 1533480/RR, Rel. Ministro Humberto Martins, Corte
Especial, julgado em 29/11/2017, DJe 12/12/2017). (Grifei).

Desta feita, rejeito a preliminar de nulidade do decisum.

Em sua peça inaugural a agravante pugna pela concessão da medida liminar, para
que a agravada deposite o valor integral reivindicado na inicial, ante a evidente
probabilidade do direito.

Ao analisar referido pleito, a Magistrada a quo, assinalou o que se lê:

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NR.PROCESSO: 5622667.53.2019.8.09.0000
“ No caso vertente, em nível de cognição sumária, não
vislumbro a possibilidade de concessão no presente
momento da tutela de urgência satisfativa, posto que não
será concedida tutela que tenha por objeto o pagamento de
qualquer natureza.
Para melhor entendimento, necessário trazer o artigo 1º da
Lei 8.437 de 30 de junho de 1992 que assim leciona:
Artigo 1° Não será cabível medida liminar contra atos do
Poder Público, no procedimento cautelar ou em quaisquer
outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez
que providência semelhante não puder ser concedida em
ações de mandado de segurança, em virtude de vedação
legal.
As medidas de urgência que trata o § 1º da Lei 8.437/92, ao
disciplinar o não cabimento de medida liminar contra atos do
Poder Público sempre que providência semelhante não
puder ser concedida em ações de mandado de segurança,
nos remete ao artigo 7º, § 2º da referida Lei que transcrevo in
verbis:
Lei 12.016/09 - Artigo 7º ….. § 2º Não será concedida medida
liminar que tenha por objeto a compensação de créditos
tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do
exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores
públicos e a concessão de aumento ou a extensão de
vantagens ou pagamento de qualquer natureza.(grifo nosso)
Com a análise dos dispositivos supra mencionados, entendo
que a vedação da tutela provisória de urgência antecipada
contra a Fazenda Pública, apesar de não ser absoluta, deve
ser analisada com a verificação das peculiaridades de cada
caso concreto.
Cumpre ressaltar que o Instituto GERIR é uma associação
sem fins lucrativos e gerida pelo Estado, desta forma, ao
requerer que o instituto pague uma dívida em sede de tutela,
o Estado de Goiás, restaria prejudicado haja vista a crise
financeira pela qual está passando atualmente.
O julgador, para verificar as peculiaridades de cada caso,
goza de poder discricionário, podendo decidir de acordo
com o seu livre convencimento.
(…)
Outrossim, salienta-se ainda que, o débito buscado em juízo
sequer pode ser imputado ao Estado de Goiás, a priori, e
ainda que pudesse dependeria de apuração de

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5622667.53.2019.8.09.0000
responsabilidade do ente público no curso de ação de
conhecimento, que somente poderia ser verificado mediante
cognição exauriente, jamis em sede sumária.
Assim, em sede de tutela provisória de urgência satisfativa,
se torna bastante temerosa a determinação do pagamento de
um determinado valor, pela Fazenda Pública, por implicar em
saída de dinheiro do erário.” (sem grifo no original).

De fato, mostra-se extremamente temerária a concessão da medida liminar pretendida,


uma vez que o crédito perseguido pela agravante sequer foi julgado na instância
primeva, assim, sobre ele ainda pairam dúvidas sobre a liquidez e certeza.

É preciso, em ações desse jaez, que se respeitem as normas procedimentais, com a


instauração do contraditório e produção de provas, uma vez que, a simples afirmação
de que o crédito existente não é o bastante para lançar mão, liminarmente, de medidas
constritivas sobre o patrimônio do devedor.

Assim, sem maiores delongas, entendo que o ato judicial hostilizado não merece
nenhuma reprimenda, pois não foi possível verificar a presença dos requisitos
autorizadores da tutela provisória de urgência (artigo 300 do CPC), quais sejam, a
probabilidade do direito (fumus boni juris) e o perigo de ocorrer dano (periculum in
mora).

Sabe-se que, compete ao órgão revisor o mister da aferição dos citados requisitos
legais e a reforma da decisão que defere ou não a tutela antecipada somente se ela
for ilegal ou abusiva, o que não se verifica na hipótese em comento.

A propósito:

“(…). 1. O deferimento de tutela de urgência reside no livre


convencimento motivado do Julgador, somente justificando
a sua revogação, em caso de comprovada ilegalidade ou
contradição com as provas carreadas aos autos, inocorrente
na hipótese. 2. Uma vez evidenciada a presença dos
pressupostos do art. 300 do CPC/15, imperativa é a
manutenção do deferimento da tutela antecipada. 3- Agravo
de instrumento conhecido e desprovido.” (TJGO, Agravo de
Instrumento (CPC) 5372226-23.2017.8.09.0000, Rel. Dr.
ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 5ª Câmara Cível, julgado

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5622667.53.2019.8.09.0000
em 21/03/2018, DJe de 21/03/2018).

“ (…). A concessão ou não de medida liminar insere-se no


poder geral de cautela do julgador e está adstrita ao livre
convencimento do magistrado, desafiando reforma somente
em casos excepcionais, de flagrante e manifesta ilegalidade,
abuso de poder ou teratologia, o que não foi vislumbrado in
casu, ao teor de reiterada jurisprudência. Em sede de agravo
de instrumento, por tratar-se de recurso secundum eventum
litis, mostra-se pertinente ao órgão ad quem averiguar, tão
somente, a legalidade da decisão agravada, evidenciada a
impossibilidade de versar sobre temas que não foram
ventilados no ato judicial vergastado. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO,
Agravo de Instrumento (CPC) 5133953-56.2017.8.09.0000, Rel.
Des. FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara Cível, julgado em
03/10/2018, DJe de 03/10/2018).

“ (…). 3. GARANTIA DO LIVRE ARBÍTRIO MOTIVADO.


AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA. O deferimento ou não de
medida liminar, é ato de livre arbítrio e convencimento
motivado do julgador, inserindo-se no seu poder geral de
cautela. Por conseguinte, a reforma de ato judicial pela
instância recursal, somente ocorre sob evidente abuso de
autoridade, ou quando restar configurada a existência de
decisão ilegal, abusiva, ou teratológica, cujos vícios não
foram detectados no presente caso. 4. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO
AGRAVADA MANTIDA.” (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC)
5076174-46.2017.8.09.0000, Rel. Dr. SEBASTIÃO LUIZ
FLEURY, 4ª Câmara Cível, julgado em 16/11/2017, DJe de
16/11/2017).

Ao teor do exposto, já conhecido o Agravo de Instrumento, nego-lhe provimento


para manter inalterada a decisão singular.

É como voto.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5622667.53.2019.8.09.0000
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
LLA Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5622667.53.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
COBRANÇA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.
INOCORRÊNCIA. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS
PARA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR.
1. Afasta-se a alegação de ausência de fundamentação se,
ainda que de maneira concisa, a decisão expõe,
satisfatoriamente suas razões de decidir, inocorrendo
violação ao artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal.
2. O deferimento ou não de medida liminar é ato de livre
arbítrio e convencimento motivado do julgador, inserindo-se
no seu poder geral de cautela. Por conseguinte, a reforma de
ato judicial pela instância recursal somente ocorre sob
evidente abuso de autoridade ou quando restar configurada
a existência de decisão ilegal, abusiva ou teratológica, cujos
vícios não foram detectados no presente caso.
3. In casu, mostra-se extremamente temerária a concessão
da medida liminar pretendida, uma vez que o crédito
perseguido pela agravante sequer foi julgado na instância
primeva, assim, sobre ele ainda pairam dúvidas sobre a
liquidez e certeza. É preciso, em ações desse jaez, que se
respeitem as normas procedimentais, com a instauração do
contraditório e produção de provas, uma vez que, a simples
afirmação de que o crédito existe não é o bastante para
lançar mão, liminarmente, de medidas constritivas sobre o
patrimônio do devedor.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:33:57

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5665070.37.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : LEONARDO DOS SANTOS MORAIS
POLO PASSIVO : LOCALIZA RENT A CAR SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LEONARDO DOS SANTOS MORAIS


ADVG. PARTE : 13460 GO - MARCELO JONH COTA DE ARAÚJO

PARTE INTIMADA : LOCALIZA RENT A CAR SA


ADVG. PARTE : 152308 MG - CAMILA CEOLIN LIMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5665070.37.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5665070.37.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIANÉSIA
AGRAVANTE: LEONARDO DOS SANTOS MORAIS
AGRAVADA: LOCALIZA RENT A CAR S/A
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECLARATÓRIA C/C


REIVINDICATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO. ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA. IMPOSSIBILIDADE DE POSTERGAÇÃO DA
APRECIAÇÃO DO PEDIDO. INOCORRÊNCIA DE OFENSA AO
CONTRADITÓRIO.
1. Inexistindo apreciação efetiva da antecipação de tutela
pela instância originária, que limitou a diferir sua análise,
sem aferir as premissas ensejadoras da concessão do
provimento antecipatório, é vedada a apreciação do pedido
diretamente pelo Tribunal, sob pena de supressão de
instância.
2. Deve ser o pleito liminar objeto de imediato exame
quando existente fundado receio de dano, sem que com isso
haja qualquer violação ao exercício do contraditório.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

ACORDÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5665070.37.2019.8.09.0000
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº
5665070.37.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer do recurso e provê-lo, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coêlho e


Carlos Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, o Dr.


José Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

O Código de Processo Civil vigente, Lei nº 13.105/2015, prevê a figura do


recurso de Agravo de Instrumento no Capítulo III do Título II do Livro III de sua Parte
Especial, mais especificamente nos arts. 1.015 a 1.020.
Na hipótese vertente, foi interposto AGRAVO DE INSTRUMENTO por
LEONARDO DOS SANTOS MORAIS, irresignado com a decisão da lavra da
magistrada Ana Paula de Lima Castro, da 1ª Vara Cível da comarca de Goianésia, nos
autos da ação declaratória c/c reivindicatória c/c indenização, que postergou a análise
da liminar para após a manifestação da requerida.
Desse modo, nos termos da nova sistemática talhada para impugnação das
decisões interlocutórias por meio de Agravo de Instrumento, encontra-se, em sua lista
fechada, a previsão de cabimento do mencionado recurso nos casos de decisões que
versarem sobre tutelas provisórias, conforme inciso I do art. 1.015 do CPC.
Preenchidos, além disso, os demais pressupostos, conheço da presente via recursal.
Feitas as digressões acima, passo à análise do meritum do Agravo.
Primeiramente, verifica-se que a análise do pedido liminar formulado na

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NR.PROCESSO: 5665070.37.2019.8.09.0000
exordial da ação originária restou deferido para após a manifestação da requerida, ora
agravada.
Neste contexto, considerando que a decisão recorrida não cuidou diretamente
da questão, por prestígio ao princípio constitucional do duplo grau de jurisdição, não
há que ser analisada por este Tribunal a questão meritória, sob pena de supressão de
instância.
Feitas essas considerações, ressalta-se que a concessão da tutela
antecipada pressupõe a existência de elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, nos termos do artigo
300 do Código de Processo Civil. Além disso, a liminar de urgência não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Nesses termos, em regra, presente o fundado receio de dano irreparável ou
de difícil reparação, deve ser apreciado de imediato o pedido antecipatório, verificada
a presença dos demais requisitos para a sua concessão. Acrescente-se que um
eventual deferimento não representa ofensa ao contraditório, que é apenas
postergado, prestigiando, por outro lado, os princípios da efetividade e celeridade
processuais.
Sobre o tema, Luiz Guilherme Marinoni explica, in verbis:

A restrição ao contraditório ocorre em função da necessidade de adequação e


efetividade da tutela jurisdicional. Não há qualquer inconstitucionalidade na
postergação do contraditório. Sendo necessária a concessão de tutela antecipada
antes da oitiva do demandado, essa se impõe como decorrência do direito à
tutela adequada dos direitos. Não se trata, portanto, de medida excepcional:
verificados os seus pressupostos, o juiz tem o dever de antecipar a tutela. (...) A
regra é que não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja
previamente ouvida (art. 9º, caput, CPC). Vale dizer: o contraditório prévio é a
regra no processo civil. 6: Exceções. É possível que o contraditório seja diferido
diante de decisões provisórias, isto é, decisões que poderão ser modificadas ao
longo do procedimento. É o caso das decisões fundadas em cognição sumária
capazes de prestar tutela de urgência (arts. 9.º, I, e 300, CPC), algumas
hipóteses de tutela de evidência (arts. 9. 0 , II, e 311, II e III, CPC) e que servem
para estruturação do procedimento monitório (arts. 9, III, e 701, CPC). O
denominador comum entre as três hipóteses - e que torna legítima a exceção,
justamente porque não invade o núcleo duro do direito ao contraditório é a
provisoriedade da decisão.” (in, Novo Código de Processo Civil Comentado – Luiz
Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart, Daniel Mitidiero, 3ª Ed. rev., atual,
amp. – São Paulo – Editora Revista dos Tribunais, 2017, p. 167).

No caso em tela, não houve aferição das premissas ensejadoras da


concessão da liminar almejada, já que a magistrada de origem decidiu pela
postergação da apreciação do pedido, dando oportunidade à agravada de se
pronunciar previamente.

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NR.PROCESSO: 5665070.37.2019.8.09.0000
Portanto, tratando-se de tutela de urgência, caberia à julgadora a análise do
pedido de acordo com os elementos até então constantes nos autos, o que implicaria
em deferir ou negar o pleito liminar. Após, formado o contraditório, acostados ao feito
outros documentos, a tutela outrora apreciada poderia ser revista, não havendo
destarte motivo para postergá-la como o fez a dirigente processual.
Em igual sentido, já decidiu este tribunal:

Agravo Regimental em Agravo de Instrumento - Ação Revisional de Alimentos


com Pedido de Antecipação de Tutela. Apreciação do pedido postergada para
após a audiência de conciliação designada em despacho. Ausência de
conteúdo decisório. Análise pelo Tribunal de Justiça. Supressão de instância.
Recurso não conhecido. Manifestação do juízo que apenas posterga a
apreciação do pedido liminar para depois da citação é despacho de mero
expediente, contra o qual não cabe recurso (CPC, art. 504). A análise, por este
Tribunal de Justiça, da liminar pleiteada, e ainda não analisada pelo juízo a
quo, importaria supressão de instância, o que fere o princípio do duplo grau de
jurisdição. II- Limitando-se o agravante a reiterar razões já examinadas em
sede de decisão monocrática que negou seguimento ao recurso, mantém-se a
decisão impugnada máxime se não demonstrado fato novo ou relevante
fundamento a embasar o pedido de reforma. Recurso conhecido e
desprovido.(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 41917-56.2012.8.09.0000,
Rel. DES. CARLOS ALBERTO FRANCA, 2A CAMARA CIVEL, julgado em
27/03/2012, DJe 1046 de 19/04/2012)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA ANTECIPADA. DESPACHO QUE


POSTERGA A ANÁLISE DO PEDIDO. "PERICULUM IN MORA"
EVIDENCIADO. CABIMENTO DO RECURSO. 1- Conforme precedentes do
STJ, a análise da antecipação de tutela (art. 300, caput, do NCPC), postergada
para depois da citação da parte ré, só gera prejuízo à parte autora se
demonstrado o "periculum in mora", o qual restaria implicitamente negado. In
casu, evidente a possibilidade de lesão ao agravante, pois os documentos
apresentados com a inicial dão conta de que o agravado está ocupando o
imóvel indevidamente, impedindo, assim, o legítimo proprietário de exercer os
atributos decorrentes do direito de propriedade. AÇÃO DE IMISSÃO DE
POSSE. IMÓVEL ARREMATADO EM LEILÃO EXTRAJUDICIAL.
DETERMINAÇÃO PARA QUE O MAGISTRADO ANALISE O PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA ANTES DA CITAÇÃO. 2- A omissão do julgador
monocrático em não apreciar o pedido liminar, traz prejuízos a agravante,
porquanto impede o adquirente de usufruir do bem. Contudo, para evitar a
supressão de instância, não pode o Tribunal decidir, originariamente, sobre o
mérito do pedido liminar. 3- Acolhe-se parcialmente a súplica a fim de
determinar ao juiz a quo que aprecie o requerimento de tutela provisória
contido na inicial, antes mesmo da citação e apresentação de resposta ao
réu.3- RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PARCIALMENTE. (TJGO,
Agravo de Instrumento (CPC) 5333582-11.2017.8.09.0000, Rel. KISLEU DIAS
MACIEL FILHO, 4ª Câmara Cível, julgado em 09/03/2018, DJe de 09/03/2018)

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NR.PROCESSO: 5665070.37.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NÃO
APRECIADA. ANÁLISE POSTERGADA PARA APÓS A CITAÇÃO.
DESACERTO À VISTA DA NATUREZA DA TUTELA POSTULADA. ANÁLISE
DO PEDIDO NESTE JUÍZO AD QUEM. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
INCOMPORTABILIDADE. DEVER DO MAGISTRADO DE ORIGEM. 1. O
agravo de instrumento é um recurso secundum eventum litis, cabendo a este
órgão ad quem, tão somente, a análise do acerto ou desacerto da decisão
agravada. Assim, o provimento liminar pleiteado neste juízo ad quem, sem a
manifestação do juízo a quo (positiva ou negativa) configuraria em inadmissível
supressão de instância, já que nada, em tese, fora decidido a respeito no
primeiro grau de jurisdição. 2. À vista da natureza inaudita altera parte da tutela
de urgência postulada na origem tenho por desacertado o ato que postergou a
análise do pleito preliminar para após formação do contraditório, porquanto
com tal conduta, o dirigente processual acabou por indeferir, tacitamente, a
postulação do autor, e, além disso, sem apresentar os argumentos para tanto,
impondo, por tal arte, ao juízo de origem a devida apreciação do pedido
requestado pelo ora agravante, mormente considerando que a relação
processual já se perfectibilizou no processo originário. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento
(CPC) 5514784-81.2018.8.09.0000, Rel. FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6ª
Câmara Cível, julgado em 25/04/2019, DJe de 25/04/2019)

Em sendo assim, recomendável que a apreciação jurisdicional da antecipação


de tutela vindicada seja prontamente efetuada no caso, com a postergação do
exercício do contraditório, ante o aparente risco iminente de dano ao agravante.

ANTE O EXPOSTO, conheço do recurso e dou-lhe provimento para


determinar a imediata apreciação do pedido de antecipação da tutela pela juíza de
origem.

É como voto.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Des. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LNE

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NR.PROCESSO: 5665070.37.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECLARATÓRIA C/C
REIVINDICATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO. ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA. IMPOSSIBILIDADE DE POSTERGAÇÃO DA
APRECIAÇÃO DO PEDIDO. INOCORRÊNCIA DE OFENSA AO
CONTRADITÓRIO.
1. Inexistindo apreciação efetiva da antecipação de tutela
pela instância originária, que limitou a diferir sua análise,
sem aferir as premissas ensejadoras da concessão do
provimento antecipatório, é vedada a apreciação do pedido
diretamente pelo Tribunal, sob pena de supressão de
instância.
2. Deve ser o pleito liminar objeto de imediato exame
quando existente fundado receio de dano, sem que com isso
haja qualquer violação ao exercício do contraditório.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 10:46:36

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5284779.45.2016.8.09.0157
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ELEUSA FRANÇA DE MELO
POLO PASSIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ELEUSA FRANÇA DE MELO


ADVG. PARTE : 21491 GO - TAYRONE DE FRANÇA E MELO

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO S/A


ADVG. PARTE : 51175 GO - JAYME SOARES DA ROCHA FILHO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 10:49:44

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5706728.41.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : DEUVY MACHADO DA SILVA
POLO PASSIVO : NEUZA BATISTA DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DEUVY MACHADO DA SILVA


ADVG. PARTE : 37287 GO - LUIZ RENNAN RODRIGUES CÂNDIDO

PARTE INTIMADA : NEUZA BATISTA DA SILVA


ADVG. PARTE : 23201 GO - GLEICE FRANCELINO DOS SANTOS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 16:07:39

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5224810.80.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARCO ANTONIO COSTA
POLO PASSIVO : GERALDO EUSTAQUIO PIMENTA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCO ANTONIO COSTA


ADVG. PARTE : 24703 GO - FREDERICO DE OLIVEIRO SOBREIRO

PARTE INTIMADA : GERALDO EUSTAQUIO PIMENTA


ADVG. PARTE : 28246 GO - SAMUEL CINTRA ASSIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5224810.80.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5224810.80.2019.8.09.0000

COMARCA DE SÃO LUIZ DE MONTES BELOS

AGRAVANTE : MARCO ANTÔNIO COSTA

AGRAVADO : GERALDO EUSTÁQUIO PIMENTA

1º EMBARGANTE : MARCO ANTÔNIO COSTA

2º EMBARGANTE : GERALDO EUSTÁQUIO PIMENTA

1º EMBARGADO : GERALDO EUSTÁQUIO PIMENTA

2º EMBARGADO : MARCO ANTÔNIO COSTA

RELATOR : DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade de cada um dos embargos declaratórios opostos


pelas partes demandantes, deles conheço.

Ao argumento de que configuradas omissão e contradição no Acórdão proferido, à unanimidade,


pela Quarta Turma Julgadora desta colenda 2ª Câmara Cível, pretende o primeiro
embargante/agravante, a toda evidência, que seja alterado o julgamento embargado, desiderato
estranho aos embargos declaratórios opostos.

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NR.PROCESSO: 5224810.80.2019.8.09.0000
Sobre o tema, preleciona Humberto Theodoro Júnior:

[...] Se o caso é de omissão, o julgamento dos embargos supri-la-á,


decidindo a questão que, por lapso, escapou à decisão embargada.
No caso de obscuridade ou contradição, o decisório será expungido,
eliminando-se o defeito nele detectado. Tratando-se de erro material, o
juiz irá corrigi-lo. Em qualquer caso, a substância do julgado será
mantida, visto que os embargos de declaração não visam à reforma do
acórdão, ou da sentença. No entanto, será inevitável alguma alteração
no conteúdo do julgado, principalmente quando se tiver de eliminar
omissão ou contradição. O que, todavia, se impõe ao julgamento dos
embargos de declaração é que não se proceda a um novo julgamento
da causa, pois a tanto não se destina esse remédio recursal.” (in: Curso
de Direito Processual Civil, Vol. III, 47ª ed., Editora Forense, 2016, p. 1.060/1.061).

Pois bem. Ao que se vê, no voto condutor do Acórdão embargado foram explicitados os
fundamentos da posição então adotada, confirmando-se a decisão proferida pelo Juiz da
execução em face do cenário peculiar dos autos, em que, fundamentadamente, o dirigente do
feito rejeitou a alegação de prescrição intercorrente deduzida em sede de exceção de pré-
executividade oposta nos autos da ação executiva “promovida pelo agravado Geraldo Eustáquio
Pimenta em busca do recebimento do crédito de R$ 1.540.000,00 (um milhão quinhentos e
quarenta mil reais), estampado no cheque supostamente emitido pelo agravante como forma de
pagamento de “diversas cabeças de gado bovino macho para cria de 13 a 24 meses” e de
“determinada quantia em dinheiro que, somado a venda das cabeças de gado”, alcançou a dívida
milionária executada.”

Portanto, não procedem as falhas apontadas pelo primeiro embargante, pois no voto condutor do
Acórdão embargado está explícita a matéria decidida, definindo-se com precisão as questões
controvertidas e trazidas à baila nas razões do recurso interposto por ele interposto, cujo
julgamento colegiado recebeu a seguinte Ementa:

“ EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO POR DESCUMPRIMENTO DA
EXIGÊNCIA PREVISTA NO ARTIGO 1018, § 3º, DO CPC/2015. INOCORRÊNCIA.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NÃO CONFIGURADA. DECISÃO AGRAVADA
CONFIRMADA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ ALEGADA EM CONTRARRAZÕES.
DESCABIMENTO.

1 – O agravado indica ofensa ao artigo 1018, § 3º, do CPC/2015, sob a alegação de que o
agravante deixou de juntar aos autos o comprovante de interposição do Agravo de Instrumento.
Contudo, conforme despacho do Juiz do feito (autos físicos), foi determinado o
desentranhamento da respectiva petição, juntada aos autos dos embargos à execução, para

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NR.PROCESSO: 5224810.80.2019.8.09.0000
ser jungida ao feito executivo.

2 - A prescrição intercorrente só se configura caso comprovado o desinteresse ou desídia do


exequente no desenlace dos atos processuais de sua competência.

3 – No caso versado, a despeito de se tratar de execução em curso há mais de sete anos, tem-
se que o recorrente/executado não comprovou que restou configurada, na espécie, a
prescrição intercorrente. Vale dizer, não fez prova de que o exequente tenha permanecido
inerte, deixando de atender aos chamados judiciais no feito executivo.

4 – Tem-se por descabida a pretensão de condenação por litigância de má-fé em sede de


contrarrazões, que deverá ser formulada em via própria e adequada.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (evento 24)

Nesse contexto, está patenteado que o recurso principal foi desprovido e a decisão proferida pelo
Juiz da causa fora confirmada, porque "a despeito das alegações do recorrente, tem-se que não
há comprovação de que restou configurada, na espécie, a prescrição intercorrente. Vale dizer,
não restou comprovado que o exequente/agravado tenha permanecido inerte, deixando de
atender aos chamados judiciais no feito executivo. Mesmo porque, não consta dos autos da
Execução qualquer intimação do agravado/exequente para se manifestar ou dar andamento ao
feito executivo, conforme pontuou o Juiz da causa.”(evento 24).

Quanto à alegação de contradição no voto condutor do Acórdão embargado, é importante


registrar que a contradição ensejadora dos aclaratórios somente se verifica entre os
fundamentos e o dispositivo do respectivo decisum. Logo, não se constata do bojo do
julgamento embargado a hipótese de contradição prevista no artigo 1.022 do CPC.

A propósito, explicita o processualista José Miguel Garcia Medina, em comentários ao artigo


1.022 do CPC/15, in verbis:

“[…] Há contradição, por sua vez, quando a decisão contém afirmações ou


fundamentos que estão em oposição ou que levam a resultados distintos ou
inversos.[…] Há contradição, p. ex., quando na fundamentação da
decisão afirma-se que o pedido deve ser acolhido, mas, no dispositivo,
o mesmo é rejeitado(STJ, 2ª T., Edcl no AgRg no REsp 628.013/MG, rel.
Min. Humberto Martins)” (In Novo Código de Processo Civil Comentado, 4ª
ed. rev., atual. e ampliada, RT, 2016, p.1520 - negritei).

Como visto do relatório, o segundo embargante/agravado aponta a ocorrência de erro material na


Decisão proferida pelo Juiz da Execução, atacada por meio do agravo de instrumento, cujo
fragmento constou na transcrição daquele Decisum inserta no voto condutor do Acórdão
embargado.

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NR.PROCESSO: 5224810.80.2019.8.09.0000
Contudo, tenho por descabida, nesta via processual, a correção pretendida pelo embargante, pois
não decorre de assertiva do voto condutor do julgamento proferido por este Tribunal, mas da
Decisão agravada. Ademais, está consignado que o pedido sequer fora apreciado na ação
principal, veja-se: “Ocorre que, após intimação para impulsionar o processo, houve manifestação,
em 14 de dezembro de 2015, requerendo a suspensão do feito até o julgamento dos embargos
de declaração nos autos em apenso. Contudo salta aos olhos que tal pedido nunca fora
sequer apreciado por este Juízo.”

Ora, observa-se que o erro material alegado pelo embargante/agravado se refere à Decisão do
Juiz da causa, portanto, não consta das assertivas deste Relator expressas no voto condutor do
Acórdão embargado. Ademais, não ressai efeito prejudicial ao embargante, haja vista que tanto a
decisão agravada quanto o julgamento ora embargado foram favoráveis ao
embargante/agravado/exequente, razão por que a referida Decisão do Juiz da Execução não fora
objeto de recurso pelo embargante/agravado, mas atacada pelo executado, ora embargado.

Com efeito, os embargos de declaração consubstanciam-se no instrumento processual destinado


à eliminação, do julgado embargado, de contradição, obscuridade, omissão ou erro material sobre
tema cujo pronunciamento se impunha pelo Tribunal, não verificados, à evidência, na hipótese
vertente.

Portanto, não há falar em omissão, contradição ou erro material no Acórdão embargado a ensejar
o acolhimento destes aclaratórios.

Em conclusão, não procedem as alegações dos embargantes, eis que a decisão embargada fora
proferida a partir da análise dos elementos probatórios em cotejo aos dispositivos legais
aplicáveis, com foco no conteúdo da decisão agravada e nos limites da matéria impugnada
e devolvida à apreciação desta Corte Revisora por força do recurso interposto - secundum
eventum litis.

Por oportuno, o Superior Tribunal de Justiça pronunciou-se recentemente nesse sentido, confira-
se:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. VÍCIOS PREVISTOS NO


ART.1.022 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ATUAL. OBSCURIDADE. OMISSÃO.
CONTRADIÇÃO. ERRO MATERIAL. INEXISTÊNCIA. REJEIÇÃO.1. Os embargos de
declaração só se prestam a sanar obscuridade, omissão, contradição ou erro
material porventura existentes no acórdão, não servindo à rediscussão da
matéria já julgada no recurso. 2. Embargos de declaração rejeitados.(EDcl no REsp
1497831/PR, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
26/04/2017, DJe 04/05/2017).

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NR.PROCESSO: 5224810.80.2019.8.09.0000
Nesse contexto, despiciendas outras considerações, tenho que o v. Acórdão embargado não
incorreu em omissão, contradição, erro material ou em qualquer das falhas previstas no artigo
1.022 do Código de Processo Civil/15, a ensejar o acolhimento dos presentes embargos, mesmo
porque, ainda que para fins de prequestionamento, os aclaratórios restringem-se aos vícios
elencados no precitado dispositivo processual.

A propósito, a jurisprudência deste Tribunal:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. VÍCIOS NÃO CONFIGURADOS.


REDISCUSSÃO DE MATÉRIA DECIDIDA. REJEIÇÃO. MULTA POR CARÁTER
PROTELATÓRIO. CONDENAÇÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. DESCABIMENTO. 1. Os
embargos declaratórios constituem recurso de integração, de modo a completar ou aperfeiçoar
a decisão proferida, frente à constatação de um dos vícios previstos no artigo 1.022, incisos I a
III, do Código de Processo Civil/15, mesmo quando opostos com propósito de
prequestionamento. 2. Não evidenciados quaisquer dos vícios ensejadores dos aclaratórios, a
rejeição dos embargos é a solução que se impõe, pois não se prestam para questionar o acerto
ou desacerto do provimento jurisdicional, para fins de reexame de matéria decidida, o que se
mostra incompatível com a natureza e finalidade dos embargos de declaração. 3. Ausentes
elementos caracterizadores do intuito protelatório na oposição dos embargos de declaração,
inexiste respaldo à aplicação da multa inserta no §2º do artigo 1.026, bem como aplicação das
penas por litigância de má-fé prevista no art. 81, ambos do Código de Processo Civil.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.”(TJGO, Embargos de Declaração (CPC)
0380506-80.2015.8.09.0051, 2ª Câmara Cível, julgado em 28/03/2019, DJe de 28/03/2019,
de kinha relatoria).

Ante o exposto, rejeito ambos os embargos de declaração (eventos 28 e 33), porque não
configuradas as falhas apontadas, nos termos acima explicitados.

É o voto.

Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento (DUPLOS


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) nº 5224810.80.2019.8.09.0000, Comarca de Goiânia, sendo 1º
EMBARGANTE MARCO ANTÔNIO COSTA e 2º EMBARGANTE GERALDO EUSTÁQUIO
PIMENTA e 1º EMBARGADO GERALDO EUSTÁQUIO PIMENTA e 2º EMBARGADO MARCO

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NR.PROCESSO: 5224810.80.2019.8.09.0000
ANTÔNIO COSTA.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e rejeitar ambos os Embargos de
Declaração no Agravo de Instrumento, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Juiz Eudélcio


Machado Fagundes (em substituição ao Des. José Carlos de Oliveira).

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 5224810.80.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5224810.80.2019.8.09.0000

COMARCA DE SÃO LUIZ DE MONTES BELOS

AGRAVANTE : MARCO ANTÔNIO COSTA

AGRAVADO : GERALDO EUSTÁQUIO PIMENTA

1º EMBARGANTE : MARCO ANTÔNIO COSTA

2º EMBARGANTE : GERALDO EUSTÁQUIO PIMENTA

1º EMBARGADO : GERALDO EUSTÁQUIO PIMENTA

2º EMBARGADO : MARCO ANTÔNIO COSTA

RELATOR : DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

EMENTA: DUPLOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


REJEIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO E ERRO MATERIAL
NÃO CONFIGURADOS. REEXAME. PREQUESTIONAMENTO. REJEIÇÃO.

1 - Como cediço, a jurisprudência deste Tribunal é firme no sentido de reconhecer que os embargos
declaratórios constituem recurso de integração, de modo a completar ou aperfeiçoar a decisão proferida diante
da constatação de um dos vícios previstos no artigo 1.022, incisos I a III, do Código de Processo Civil/15,
mesmo quando opostos com propósito de prequestionamento.

2 – In casu, o decisum embargado fora proferido a partir da análise dos elementos probatórios em cotejo aos
dispositivos legais aplicáveis, com foco no conteúdo da decisão agravada e nos limites da matéria impugnada e
devolvida à apreciação desta Corte Revisora por força do recurso interposto - secundum eventum litis.

3 – Como cediço, a contradição e o erro material que dão ensejo aos aclaratórios somente se verificam nas
assertivas do próprio julgado, vale dizer, na fundamentação e dispositivo do respectivo decisum embargado.

4 - Nessa perspectiva, não se evidenciam, no caso vertente, quaisquer dos vícios ensejadores dos aclaratórios.
Logo, a rejeição dos embargos é a solução que se impõe, sob pena de se desvirtuar a natureza e finalidade dos

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NR.PROCESSO: 5224810.80.2019.8.09.0000
embargos de declaração.

DUPLOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:22:44

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5081147.32.2019.8.09.0143
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MARIA JOANA DE JESUS SANTOS
POLO PASSIVO : BANCO BMG S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA JOANA DE JESUS SANTOS


ADVG. PARTE : 31741 GO - SILVANIO AMELIO MARQUES

PARTE INTIMADA : BANCO BMG S/A


ADVG. PARTE : 33246 GO - TAYLISE CATARINA ROGERIO SEIXAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5081147.32.2019.8.09.0143
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5081147.32.2019.8.09.0143


COMARCA DE SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA
APELANTE : MARIA JOANA DE JESUS SANTOS
APELADO : BANCO BMG S.A.
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. MATÉRIA DE
DIREITO DO CONSUMIDOR. SÚMULA 63 DO TJGO. VALORAÇÃO. ÍNFIMA DOS
DANOS MORAIS. MAJORAÇÃO. PARÂMETROS JURISPRUDENCIAIS DO
TRIBUNAL LOCAL.
I – Nos termos da Súmula 63/TJGO, os empréstimos concedidos na modalidade
“Cartão de Crédito Consignado” são revestidos de abusividade, em ofensa ao
CDC, por tornarem a dívida impagável, em virtude do refinanciamento mensal
pelo desconto apenas da parcela mínima.
II – Considerado o princípio que veda o enriquecimento sem causa do credor, e
reconhecida a abusividade contratual em detrimento da apelante/consumidora,
pelo desconto de valor mínimo da fatura do cartão de crédito junto a conta
previdenciária dela, cujo refinanciamento do restante é feito de modo
automático, a ensejar uma dívida impagável e perpétua, e a despeito de a
valoração ser de prudente arbítrio do julgador, tal circunstância deve ater-se
àquele princípio, aliado aos da proporcionalidade e razoabilidade, a condição
financeira do obrigado e do consumidor. Destarte, e ocorrido o ilícito civil por
mais de 3 (três) anos, reforma-se a sentença, no ponto, apenas para
redimensionar a valoração dos danos morais, de R$ 300,00 (trezentos reais) para
R$ 3.000,00 (três mil reais).
APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.

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NR.PROCESSO: 5081147.32.2019.8.09.0143
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº
5081147.32.2019.8.09.0143, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer do recurso e provê-lo, nos termos do voto do
Relator.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e Carlos
Alberto França.
Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira
Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, a Dr. José
Carlos Mendonça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
Relator

VOTO
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do apelo.
A insurgência reside apenas no fato da majoração da verba condenatória a título de
danos morais.
Cediço que nos termos da Súmula 63/TJGO, os empréstimos concedidos na
modalidade “Cartão de Crédito Consignado” são revestidos de abusividade, em ofensa
ao CDC, por tornarem a dívida impagável, em virtude do refinanciamento mensal pelo
desconto apenas da parcela mínima.
No caso em concreto, e considerado o princípio que veda o enriquecimento sem causa
do credor, e reconhecida a abusividade contratual em detrimento da
apelante/consumidora, pelo desconto de valor mínimo da fatura do cartão de crédito
junto a conta previdenciária dela, cujo refinanciamento do restante é feito de modo
automático, a ensejar uma dívida impagável e perpétua, e a despeito de a valoração
ser de prudente arbítrio do julgador, tal circunstância deve ater-se àquele princípio,
aliado aos da proporcionalidade e razoabilidade, a condição financeira do obrigado e
do consumidor.
Di-lo a jurisprudência:
“…3. São devidos danos morais consubstanciados pelos débitos infindáveis cobrados
mensalmente da primeira apelante, os quais foram fixados em R$ 5.000,00 (cinco mil
reais).” (TJGO, 5ª CC, AC nº 5539204-65.2018, Rel Des Marcus da Costa
Ferreira, DJe de 26/11/2019);

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5081147.32.2019.8.09.0143
“…4. A indenização pelo dano moral deve ser fixada em quantitativo que represente justa
reparação pelo desgaste sofrido, sem caracterizar enriquecimento ilícito do ofendido.”
(TJGO, 4ª CC, AC nº 5489230-25.2017, Rel Des Delintro Belo de Almeida Filho,
DJe de 05/06/2019);

“…3. A instituição financeira deve ser responsabilizada pelos danos morais sofridos pela
consumidora, em virtude dos débitos infindáveis cobrados, mensalmente, em sua folha de
pagamento. Levando em conta os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, bem
como da extensão do dano causado à vítima, de modo a evitar enriquecimento ilícito, a
indenização a título de danos morais deve ser reduzida, para R$ 5.000,00 (cinco mil
reais).” (TJGO, 5ª CC, AC nº0007365-17.2017, Rel Des Olavo Junqueira de
Andrade, DJe de 05/06/2019).
Destarte, e ocorrido o ilícito civil por mais de 3 (três) anos, reforma-se a sentença, no
ponto, apenas para redimensionar a valoração dos danos morais, de R$ 300,00
(trezentos reais) para R$ 3.000,00 (três mil reais).
Pelo exposto, provejo a Apelação Cível para majorar a condenação em danos morais
para R$ 3.000,00 (três mil reais).
É como voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
Relator
LIK

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5081147.32.2019.8.09.0143
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. MATÉRIA DE DIREITO DO
CONSUMIDOR. SÚMULA 63 DO TJGO. VALORAÇÃO. ÍNFIMA DOS DANOS
MORAIS. MAJORAÇÃO. PARÂMETROS JURISPRUDENCIAIS DO TRIBUNAL
LOCAL.
I – Nos termos da Súmula 63/TJGO, os empréstimos concedidos na modalidade
“Cartão de Crédito Consignado” são revestidos de abusividade, em ofensa ao
CDC, por tornarem a dívida impagável, em virtude do refinanciamento mensal
pelo desconto apenas da parcela mínima.
II – Considerado o princípio que veda o enriquecimento sem causa do credor, e
reconhecida a abusividade contratual em detrimento da apelante/consumidora,
pelo desconto de valor mínimo da fatura do cartão de crédito junto a conta
previdenciária dela, cujo refinanciamento do restante é feito de modo
automático, a ensejar uma dívida impagável e perpétua, e a despeito de a
valoração ser de prudente arbítrio do julgador, tal circunstância deve ater-se
àquele princípio, aliado aos da proporcionalidade e razoabilidade, a condição
financeira do obrigado e do consumidor. Destarte, e ocorrido o ilícito civil por
mais de 3 (três) anos, reforma-se a sentença, no ponto, apenas para
redimensionar a valoração dos danos morais, de R$ 300,00 (trezentos reais) para
R$ 3.000,00 (três mil reais).
APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 20/02/2020 10:27:18

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5199571.18.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : EUCLIDES CALDEIRA DA LUZ
POLO PASSIVO : BANCO BMG S.A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BMG S.A


ADVG. PARTE : 36537 GO - BREINER RICARDO DINIZ RESENDE MACHADO

PARTE INTIMADA : EUCLIDES CALDEIRA DA LUZ


ADVG. PARTE : 31741 GO - SILVANIO AMELIO MARQUES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5199571.18.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5199571.18.2019.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA
APELANTE: BANCO BMG S/A
APELADO: EUCLIDES CALDEIRA DA LUZ
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COM


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DO INDÉBITO. CONTRATO
DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO.
EQUIPARAÇÃO DA AVENÇA DISCUTIDA ÀS DEMAIS OPERAÇÕES DE
CONSIGNAÇÃO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. FORMA SIMPLES. INEXISTÊNCIA
DE MÁ-FÉ. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA.
1. Verifica-se no feito que, no momento da contratação a instituição financeira
não procedeu com a devida transparência ao deixar de cientificar o consumidor
da real natureza híbrida do negócio.
2. Nesse contexto, o contrato entabulado deve ser interpretado como de
natureza de empréstimo pessoal consignado, sendo afastado o refinanciamento
do valor total da dívida e considerados os pagamentos efetivados como de
prestações mensais para quitação do valor do crédito utilizado pelo autor, com a
restituição na forma simples do quantum excedente, porquanto, não
comprovada a má-fé para sua efetivação em dobro, conforme entendimento do
STJ, incidindo correção monetária pelo INPC, desde o desembolso, e juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação, sobre o valor a restituir.
3. Os descontos efetuados, por si sós, não caracterizam dano moral, não
escapando à seara do mero aborrecimento, mormente quando não evidenciado
nenhum prejuízo aos direitos da personalidade da parte consumidora.
APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA PARCIALMENTE.

ACÓRDÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5199571.18.2019.8.09.0051
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº
5199571.18.2019.8.09.0051, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecê-la e provê-la parcialmente, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coêlho e Carlos


Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendoça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Cuida-se de Apelação Cível interposta contra a sentença (evento nº 32), proferida nos
autos da ação de Obrigação de Fazer cumulada com Indenização por Danos Morais e
Repetição de Indébito proposta por EUCLIDES CALDEIRA DA LUZ contra BANCO
BMG S/A.

Eis o teor da parte dispositiva do ato judicial magno:

“Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos iniciais,


determinando que os juros sejam reduzidos ao patamar da média de mercado
divulgada pelo Banco Central para crédito pessoal (2,02 a.m. ou 27,07 a.m),

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NR.PROCESSO: 5199571.18.2019.8.09.0051
devendo eventual valor pago em excesso ser restituído a parte autora na forma
simples, corrigido monetariamente pelo INPC, a partir da data dos respectivos
descontos, acrescido dos juros de mora de 1% (um por cento) ao mês desde a
citação.
Condeno o réu ao pagamento do valor correspondente a R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) a título de danos morais, corrigido monetariamente pelo INPC e a partir da
data da decisão que fixou o valor reparatório, e juros moratórios devem incidir a
partir da data da citação, por se tratar de relação contratual.
Determino o cancelamento do cartão de crédito n° 5259.0975.2923.7378 e
consequentemente a suspensão dos descontos no benefício previdenciário da
parte autora, expedindo-se ofício ao Instituto Nacional do Seguro Social.
Determino o recalculo, em fase de liquidação de sentença, a fim de se impedir
que a parte autora sofra prejuízo pelo que pagou indevidamente, a maior,
cabendo, após eventual compensação dos valores, a restituição do que pagou
indevidamente, conforme acima delineado.
Considerando a sucumbência mínima por parte do autor, condeno o réu ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que fixo em R$
1.000,00 (um mil reais).”

Aprioristicamente, cumpre salientar que se aplica ao caso em tela a legislação


consumerista, nos termos do entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça
em seu enunciado 297.

Nesse toar, em que pese não ser o caso de se questionar a legitimidade da avença
realizada entre as partes, em respeito ao pacta sunt servanda, é inegável a
necessidade de intervenção do Poder Judiciário quando restar evidenciada a prática
de comportamentos excessivos pelas instituições financeiras, no sentido de prejudicar
os consumidores.

Na espécie, foi realizado empréstimo na modalidade cartão de crédito consignado e


não houve esclarecimento ao contratante quanto à operação realizada, como se
constatam dos documentos constantes nos autos, uma vez que ele recebeu, em
parcela única, o valor integral do limite do cartão de crédito consignado, como se
empréstimo fosse.

Verifica-se, também, que o apelante não indicou, pontualmente, a realização de


despesas via cartão de crédito, tendo havido apenas o pagamento do valor mínimo
das faturas relativas ao empréstimo original, implicando, com isso, em refinanciamento
automático e endividamento exorbitante do consumidor, situação que evidencia, de
forma incontestável, manifesta dúvida acerca da real natureza da operação, por vício
de informação no momento da celebração da avença.

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NR.PROCESSO: 5199571.18.2019.8.09.0051
Desta forma, na realidade, o contrato entabulado deve ser interpretado como
possuindo a natureza de empréstimo pessoal consignado, sendo afastado o
refinanciamento do valor total da dívida e, atentando às proposições do recurso,
devem ser considerados os pagamentos efetivados como prestações mensais para
quitação do valor do crédito utilizado pelo autor.

Nesse sentido já decidiu este Sodalício:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL C/C DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE DÍVIDA E REPETIÇÃO DO INDÉBITO. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO. INCIDÊNCIA DO CDC. REVISÃO. DEVER DE INFORMAÇÃO.
DESCONTO MÍNIMO DA FATURA. ABUSIVIDADE. REPETIÇÃO DO INDÉBITO
SIMPLES. 1. Aos contratos bancários é aplicável o CDC, de forma que,
constatada eventual abusividade no seu teor, é permitida a declaração de
nulidade e a revisão do pactuado (súmula nº 297 do STJ). 2 - Os contratos
firmados entre consumidores e fornecedores devem observar os princípios da
informação e da transparência, nos termos dos artigos 4º e 6º, do CDC. 3 -
Verificada, na hipótese, a omissão das principais características da operação,
em afronta aos princípios em destaque, devem as cláusulas contratuais serem
interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor (art. 47, CDC). 4. Ao
consumidor, no momento da contratação, não foi dada ciência da real natureza
do negócio, modalidade contratual que combina duas operações distintas, o
empréstimo consignado e o cartão de crédito.5. Para o contratante o pacto é um
empréstimo nos moldes tradicionais, contudo, o desconto mensal somente no
valor mínimo da fatura, leva ao refinanciamento do restante da dívida, além de
não ser amortizado o débito principal, apresentando um crescimento
vertiginoso, gerando uma dívida vitalícia, caracterizando a abusividade. 6. Deve
ser alterado o pacto e revisado na modalidade crédito pessoal consignado
(servidor público), no intuito de restabelecer o equilíbrio entre as partes
contratantes. A restituição do valor pago em excesso, após recalculada a dívida
exigida aplicando a taxa de juros indicado na petição inicial, para evitar
enriquecimento ilícito. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJGO. Primeira Câmara Cível. AC 5198634-42.2018.8.09.0051. Rel. Des. Orloff
Neves Rocha. DJ de 19/06/2019).

Noutro norte, vale lembrar que o fato de o contratante ter aderido ao cartão ofertado
pelo Banco não garante que a contratação foi efetivada com a devida transparência,
estando, neste aspecto, em desvantagem na relação negocial. Até porque, na espécie,
conforme o contrato juntado aos autos e extrato do INSS, não há informação do
quantitativo de parcelas para quitação, há apenas concessão de um cartão de crédito
ao consumidor e a informação de que o pagamento se dará por meio de desconto da
fatura mínima diretamente em folha de pagamento.

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NR.PROCESSO: 5199571.18.2019.8.09.0051
Assim, a restituição, caso devida, deve ser feita de forma simples, como previsto na
sentença, uma vez que não houve a comprovação de que tenha agido com má-fé a
instituição financeira.

Confira-se, a esse respeito, os seguintes julgados desta Corte de Justiça:

“ Apelação Cível. Ação declaratória de inexistência de débito c/c rescisão


contratual c/c repetição de indébito c/c indenização por danos morais c/c pedido
de antecipação de tutela de urgência. (...) IV - Contrato de Cartão de Crédito na
modalidade desconto em folha de pagamento. Cláusula abusiva. O contrato de
cartão de crédito na modalidade de desconto em folha de pagamento, por não
trazer de forma expressa o número de prestações acordadas entre as partes e
consequentemente o prazo determinado para o fim do pacto, com desconto
apenas do mínimo do valor da fatura mensal efetuado diretamente na folha de
pagamento da autora/apelada, fazendo o banco réu/apelante, em seguida,
refinanciamento do restante do valor total devido, é uma modalidade contratual
extremamente onerosa e lesiva à consumidora, razão pela qual deve ser
interpretada como contrato de crédito pessoal consignado, no intuito de
reestabelecer o equilíbrio contratual entre a instituição financeira e a
consumidora. V - Desconto mínimo da fatura mensal. Dívida insolúvel. Abuso
contratual e onerosidade excessiva. Não sendo dado ao consumidor, no
momento da contratação, ciência da real natureza do negócio, modalidade
contratual que combina duas operações distintas, o empréstimo consignado e o
cartão de crédito, impõe-se o restabelecimento do pacto na modalidade de
contrato de empréstimo consignado em folha de pagamento, de modo a afastar o
refinanciamento mensal do valor total da dívida, viabilizado pelo pagamento
mínimo do cartão, aplicando a instituição financeira encargos abusivos e
onerosos, que jamais colocam fim ao quantum devido. VI - Repetição de
indébito. Restituição em dobro. Impossibilidade. Não há se falar em restituição
em dobro se não restou demonstrada má-fé por parte da ré/apelada, o que
constitui pressuposto da referida dobra. VII- Danos morais não configurados.
Meros aborrecimentos. Não restando configurado o dano moral suportado pela
recorrida/consumidora, ficando o fato na esfera do mero aborrecimento em
virtude de desacordo comercial, não há se falar em reparação moral. Apelação
Cível conhecida e parcialmente provida. Sentença reformada, em parte.” (TJGO.
Segunda Câmara Cível. AC 0040222-06.2017.8.09.0093. Rel. Des. Carlos Alberto
França. DJ de 29/11/2018).

Sobre eventual valor a ser devolvido deve incidir correção monetária pelo INPC, desde
o desembolso, e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação.

Por fim, quanto ao dano moral, neste ponto a insurgência vinga.

Diante do cenário analisado, não se vislumbra o preenchimento dos requisitos

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ensejadores da responsabilização civil da instituição financeira recorrente, pois não
houve demonstração do ato ilícito praticado, tampouco do prejuízo moral que o autor
alega ter experimentado. Os descontos em folha de pagamento, por si sós, embora
abusivos, não caracterizam ofensa ao direito da personalidade da parte autora, não
escapando da seara do mero aborrecimento, mormente quando não demonstrada a
ocorrência de prejuízos decorrentes do contrato, como a sua negativação ou
cobranças inexistentes.

Em caso similar:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C


RESCISÃO CONTRATUAL, RESTITUIÇÃO DE IMPORTÂNCIAS PAGAS E
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CDC. APLICABILIDADE. CARTÃO DE
CRÉDITO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. SERVIDORA PÚBLICA.
ABUSIVIDADE E ONEROSIDADE EXCESSIVA. DESCONTO SOMENTE DO
MÍNIMO DA FATURA MENSAL. REFINANCIAMENTO. REVISÃO DO PACTO EM
FAVOR DA PARTE HIPOSSUFICIENTE. EQUIPARAÇÃO À EMPRÉSTIMO
CONSIGNADO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO NA FORMA SIMPLES. DANO MORAL
AFASTADO. INVERSÃO DA SUCUMBÊNCIA. SENTENÇA REFORMADA.
PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO. 1. O contrato bancário de cartão de
crédito consignado em folha de pagamento, com desconto mínimo do valor da
fatura mensal, em que o contratante jamais conseguirá quitar o débito inicial,
deve ser analisado como empréstimo consignado, em benefício do consumidor,
parte hipossuficiente na relação contratual.2. De acordo com a circular nº
3549/11 do BACEN, equipara-se o cartão de crédito consignado às demais
operações tradicionais de crédito pessoal consignado (servidor público).3.
Estabelecida a natureza do contrato, impõe-se a revisão dos juros
remuneratórios, que devem ser apurados conforme a taxa média de mercado
apurada à época da contratação, e o afastamento da capitalização mensal de
juros, posto que ausente a sua pactuação expressa.4. Tendo em conta o valor
inicial da dívida e o montante pago pela autora/apelante, depreende-se a
possibilidade de quitação do contrato, devendo-se rescindir o instrumento e
declarar a inexistência de débito, com restituição na forma simples de tudo o que
o consumidor tiver pago a maior, a ser apurado em liquidação de sentença;
ainda, impõe-se a suspensão imediata dos descontos em folha de pagamento. 4.
O contrato abusivo firmado entre as partes não se mostra suficiente para
respaldar a condenação em reparação a título de danos morais, sobretudo
porque não se verifica na espécie qualquer desdobramento anômalo dos fatos
ou ofensa a direito da personalidade. (…)” (TJGO. Terceira Câmara Cível. AC
5257798-06.2016.8.09.0051. Ac. 04/06/2018).

Ainda:

“(…) 3. A relação contratual estabelecida entre as partes é típica de consumo,


razão pela qual aplica-se o Código de Defesa do Consumidor, a teor da Súmula

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NR.PROCESSO: 5199571.18.2019.8.09.0051
297, do Superior Tribunal de Justiça. 4. A modalidade contratual cartão de
crédito consignado mostra-se extremamente onerosa e lesiva ao consumidor,
pois, abatidos os encargos de financiamento, o valor principal da dívida é
mensalmente refinanciado, acrescido de juros exorbitantes, o que inviabiliza a
quitação do débito, razão pela qual deve ser alterada a natureza da avença para
empréstimo consignado. 5. Inexistindo informações claras e precisas sobre as
taxas de juros, o que coloca o consumidor em desvantagem, deve ser aplicada a
taxa média de mercado, divulgada pelo Banco Central do Brasil para a operação
de crédito para pessoa física, observada a data da celebração. 4. A repetição de
indébito será efetivada somente após a revisão das cláusulas contratuais,
quando então será aferido o valor devido, de forma simples, a fim de evitar
enriquecimento ilícito. 6. O reconhecimento da abusividade da contratação não
caracteriza, por si só, dano moral, porquanto não houve negativação do nome da
autora ou exposição fática a situação constrangedora, mas sim mero
aborrecimento pela contratação de cartão de crédito oneroso e desvantajoso ao
consumidor. (…)” (TJGO. Sexta Câmara Cível. AC 5168519-54.2019.8.09.0002. Rel.
Des. Jeová Sardinha de Moraes. Ac. 09/10/2019).

Destarte, vê-se que o decisum de primeiro grau deve ser reformado na parte em que
reconheceu o dever de reparação por prejuízo imaterial, fixado em R$ 5.000,00.

Por todo o exposto, dou parcial provimento ao Apelo para reformar a sentença e julgar
improcedente o pedido de indenização por dano moral. Reorganizo a sucumbência de
modo a estabelecê-la reciprocamente, na porcentagem de 50% (cinquenta por cento)
para apelante e apelado, mantido o parâmetro dos honorários advocatícios de
sucumbência vistos na decisão hostilizada.

É o voto.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LMW

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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COM
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DO INDÉBITO. CONTRATO
DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO.
EQUIPARAÇÃO DA AVENÇA DISCUTIDA ÀS DEMAIS OPERAÇÕES DE
CONSIGNAÇÃO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. FORMA SIMPLES. INEXISTÊNCIA
DE MÁ-FÉ. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA.
1. Verifica-se no feito que, no momento da contratação a instituição financeira
não procedeu com a devida transparência ao deixar de cientificar o consumidor
da real natureza híbrida do negócio.
2. Nesse contexto, o contrato entabulado deve ser interpretado como de
natureza de empréstimo pessoal consignado, sendo afastado o refinanciamento
do valor total da dívida e considerados os pagamentos efetivados como de
prestações mensais para quitação do valor do crédito utilizado pelo autor, com a
restituição na forma simples do quantum excedente, porquanto, não
comprovada a má-fé para sua efetivação em dobro, conforme entendimento do
STJ, incidindo correção monetária pelo INPC, desde o desembolso, e juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação, sobre o valor a restituir.
3. Os descontos efetuados, por si sós, não caracterizam dano moral, não
escapando à seara do mero aborrecimento, mormente quando não evidenciado
nenhum prejuízo aos direitos da personalidade da parte consumidora.
APELAÇÃO CONHECIDA E PROVIDA PARCIALMENTE.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:28:01

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5291437.64.2019.8.09.0130
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOSE DIAS DE SOUZA
POLO PASSIVO : BANCO BRADESCO SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSE DIAS DE SOUZA


ADVG. PARTE : 31741 GO - SILVANIO AMELIO MARQUES

PARTE INTIMADA : BANCO BRADESCO SA


ADVGS. PARTE : 26261 DF - MATHEUS DANTAS DE CARVALHO
47576 GO - MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5291437.64.2019.8.09.0130
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5291437.64.2019.8.09.0130
COMARCA DE NOVA CRIXÁS
APELANTE : JOSÉ DIAS DE SOUZA
APELADO : BANCO BRADESCO S/A
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO EM
FOLHA DE PAGAMENTO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. FORMA
SIMPLES. INEXISTÊNCIA DE MÁ-FÉ. DANO MORAL NÃO
CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA.
I - No caso, vê-se que o contrato entabulado é de natureza de
empréstimo pessoal consignado, e apurado ter havido
pagamento de valores a maior, a restituição simples é
medida que se impõe, porquanto não comprovada a má-fé
para sua efetivação em dobro, conforme entendimento do
STJ.
II - Os descontos efetuados, por si só, não caracterizam dano
moral, não escapando à seara do mero aborrecimento,
mormente quando não evidenciado nenhum prejuízo aos
direitos da personalidade da parte consumidora.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº


5291437.64.2019.8.09.0130, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora

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NR.PROCESSO: 5291437.64.2019.8.09.0130
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e desprover o recurso, nos termos do voto do
Relator.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e
Carlos Alberto França.
Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Dr.
José Carlos Mendonça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.


JOSÉ DIAS DE SOUZA interpõe Apelação Cível contra sentença (evento 29)
proferida pelo Juiz de Direito da comarca de Nova Crixás, Dr. Giuliano Morais Alberici,
que, na ação de Obrigação de fazer c/c Indenização por Danos Morais movida em
desfavor do BANCO BRADESCO S/A, julgou parcialmente procedentes os pedidos da
peça exordial para declarar a inexistência da cláusula de Reserva de Margem
Consignável (RMC) no contrato de cartão de crédito entabulado entre as partes,
determinando a exclusão dos referidos descontos, bem como a restituição de forma
simples dos valores descontados.
O reclamo recursal cinge-se na condenação do apelado na repetição de
indébito e em danos morais.
Em exame ao feito, verifico que o caso cuida-se de contratação de
empréstimo pessoal c/c cartão de crédito.
Entretanto, ao contrário do que pleiteia o apelante, a restituição deve ser feita
de forma simples como pronunciou o sentenciante, e não em dobro, uma vez que não
houve a comprovação de que tenha agido com má-fé a instituição financeira.
Confira-se, a esse respeito, os seguintes julgados desta Corte de Justiça:

Apelação Cível. Ação declaratória de inexistência de débito


c/c rescisão contratual c/c repetição de indébito c/c indenização por
danos morais c/c pedido de antecipação de tutela de urgência. (...)
IV - Contrato de Cartão de Crédito na modalidade desconto em folha
de pagamento. Cláusula abusiva. O contrato de cartão de crédito na
modalidade de desconto em folha de pagamento, por não trazer de

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NR.PROCESSO: 5291437.64.2019.8.09.0130
forma expressa o número de prestações acordadas entre as partes e
consequentemente o prazo determinado para o fim do pacto, com
desconto apenas do mínimo do valor da fatura mensal efetuado
diretamente na folha de pagamento da autora/apelada, fazendo o
banco réu/apelante, em seguida, refinanciamento do restante do
valor total devido, é uma modalidade contratual extremamente
onerosa e lesiva à consumidora, razão pela qual deve ser
interpretada como contrato de crédito pessoal consignado, no
intuito de reestabelecer o equilíbrio contratual entre a instituição
financeira e a consumidora. V - Desconto mínimo da fatura mensal.
Dívida insolúvel. Abuso contratual e onerosidade excessiva. Não
sendo dado ao consumidor, no momento da contratação, ciência da
real natureza do negócio, modalidade contratual que combina duas
operações distintas, o empréstimo consignado e o cartão de crédito,
impõe-se o restabelecimento do pacto na modalidade de contrato de
empréstimo consignado em folha de pagamento, de modo a afastar
o refinanciamento mensal do valor total da dívida, viabilizado pelo
pagamento mínimo do cartão, aplicando a instituição financeira
encargos abusivos e onerosos, que jamais colocam fim ao quantum
devido. VI - Repetição de indébito. Restituição em dobro.
Impossibilidade. Não há se falar em restituição em dobro se não
restou demonstrada má-fé por parte da ré/apelada, o que constitui
pressuposto da referida dobra. VII- Danos morais não configurados.
Meros aborrecimentos. Não restando configurado o dano moral
suportado pela recorrida/consumidora, ficando o fato na esfera do
mero aborrecimento em virtude de desacordo comercial, não há se
falar em reparação moral. Apelação Cível conhecida e parcialmente
provida. Sentença reformada, em parte. (TJGO. Segunda Câmara
Cível. AC 0040222-06.2017.8.09.0093. Rel. Des. Carlos Alberto França.
DJe 29/11/2018). (Destacado)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE


CONTRATUAL C/C REPETIÇÃO DE INÉBITO C/C DANO MORAL. DA
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA. CARTÃO DE
CRÉDITO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO.
TRATAMENTO COMO EMPRÉSTIMO PESSOAL CONSIGNADO. TAXA
DE JUROS MÉDIA DA ÉPOCA DA CELEBRAÇÃO. REPETIÇÃO DE
INDÉBITO NA FORMA SIMPLES. DANOS MORAIS. INEXISTÊNCIA.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 1. A relação jurídica existente
configura-se como relação consumerista, de acordo com a súmula
297 do Superior Tribunal de Justiça; 2. Cuida-se de contrato de
cartão de crédito consignado em folha de pagamento sem número
fixo de prestações ou prazo determinado com desconto direto na
folha de pagamento no mínimo valor mensal da fatura do cartão, em
que o banco refinancia restante do valor devido; 3. Nos termos da
Súmula 63 deste Tribunal, deve-se considerar como contrato de
empréstimo pessoal consignado e aplicada ao contrato a taxa de
juros média do mercado referente à época da celebração para
contratos de tal natureza. 4. Repetição de indébito a ser feito de
forma singular; 5. Inexistência de danos morais, pela inocorrência de

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NR.PROCESSO: 5291437.64.2019.8.09.0130
ato ilícito; 6. Sucumbência recíproca, pagamento proporcional dos
honorários para ambas as partes; 7. Apelo parcialmente provido.
(TJGO, Apelação (CPC) 5262057-78.2017.8.09.0093, Rel. Dr. Fábio
Cristóvão de Campos Faria, 3ª Câmara Cível, julgado em 25/04/2019,
DJe de 25/04/2019). (Sublinhado)

De outro tanto, quanto ao dano moral não se vislumbra o preenchimento dos


requisitos ensejadores da responsabilização civil da instituição financeira, pois não
houve demonstração do ato ilícito praticado, tampouco do prejuízo moral que o autor
alega ter experimentado. A realização dos descontos em folha de pagamento, por si
só, não caracteriza ofensa ao direito da personalidade da parte autora, não escapando
da seara do mero aborrecimento, mormente quando não demonstrada a ocorrência de
prejuízos decorrentes do contrato, como a sua negativação ou cobranças insistentes.
Por isso, não é o caso de se distanciar do embasamento da sentença que
bem aplicou o direito.
Em caso similar:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C RESCISÃO CONTRATUAL,
RESTITUIÇÃO DE IMPORTÂNCIAS PAGAS E INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. CDC. APLICABILIDADE. CARTÃO DE CRÉDITO
CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. SERVIDORA PÚBLICA.
ABUSIVIDADE E ONEROSIDADE EXCESSIVA. DESCONTO
SOMENTE DO MÍNIMO DA FATURA MENSAL. REFINANCIAMENTO.
REVISÃO DO PACTO EM FAVOR DA PARTE HIPOSSUFICIENTE.
EQUIPARAÇÃO À EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. REPETIÇÃO DE
INDÉBITO NA FORMA SIMPLES. DANO MORAL AFASTADO.
INVERSÃO DA SUCUMBÊNCIA. SENTENÇA REFORMADA.
PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO. 1. O contrato bancário de
cartão de crédito consignado em folha de pagamento, com desconto
mínimo do valor da fatura mensal, em que o contratante jamais
conseguirá quitar o débito inicial, deve ser analisado como
empréstimo consignado, em benefício do consumidor, parte
hipossuficiente na relação contratual.2. De acordo com a circular nº
3549/11 do BACEN, equipara-se o cartão de crédito consignado às
demais operações tradicionais de crédito pessoal consignado
(servidor público).3. Estabelecida a natureza do contrato, impõe-se a
revisão dos juros remuneratórios, que devem ser apurados
conforme a taxa média de mercado apurada à época da contratação,
e o afastamento da capitalização mensal de juros, posto que ausente
a sua pactuação expressa.4. Tendo em conta o valor inicial da dívida
e o montante pago pela autora/apelante, depreende-se a
possibilidade de quitação do contrato, devendo-se rescindir o
instrumento e declarar a inexistência de débito, com restituição na
forma simples de tudo o que o consumidor tiver pago a maior, a ser
apurado em liquidação de sentença; ainda, impõe-se a suspensão

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NR.PROCESSO: 5291437.64.2019.8.09.0130
imediata dos descontos em folha de pagamento. 4. O contrato
abusivo firmado entre as partes não se mostra suficiente para
respaldar a condenação em reparação a título de danos morais,
sobretudo porque não se verifica na espécie qualquer
desdobramento anômalo dos fatos ou ofensa a direito da
personalidade. (…) (TJGO. Terceira Câmara Cível. AC 5257798-
06.2016.8.09.0051. Ac. 04/06/2018).

Ainda:

(…) 3. A relação contratual estabelecida entre as partes é


típica de consumo, razão pela qual aplica-se o Código de Defesa do
Consumidor, a teor da Súmula 297, do Superior Tribunal de Justiça.
4. A modalidade contratual cartão de crédito consignado mostra-se
extremamente onerosa e lesiva ao consumidor, pois, abatidos os
encargos de financiamento, o valor principal da dívida é
mensalmente refinanciado, acrescido de juros exorbitantes, o que
inviabiliza a quitação do débito, razão pela qual deve ser alterada a
natureza da avença para empréstimo consignado. 5. Inexistindo
informações claras e precisas sobre as taxas de juros, o que coloca
o consumidor em desvantagem, deve ser aplicada a taxa média de
mercado, divulgada pelo Banco Central do Brasil para a operação de
crédito para pessoa física, observada a data da celebração. 4. A
repetição de indébito será efetivada somente após a revisão das
cláusulas contratuais, quando então será aferido o valor devido, de
forma simples, a fim de evitar enriquecimento ilícito. 6. O
reconhecimento da abusividade da contratação não caracteriza, por
si só, dano moral, porquanto não houve negativação do nome da
autora ou exposição fática a situação constrangedora, mas sim mero
aborrecimento pela contratação de cartão de crédito oneroso e
desvantajoso ao consumidor. (…) (TJGO. Sexta Câmara Cível. AC
5168519-54.2019.8.09.0002. Rel. Des. Jeová Sardinha de Moraes. Ac.
09/10/2019).

Destarte, vê-se que não subsistem as argumentações do apelante, mormente


porque o decisum de primeiro grau corretamente aplicou o direito à controvérsia, não
merecendo qualquer modificação.
Por todo o exposto, NEGO PROVIMENTO à Apelação Cível e, de
consequência, mantenho a sentença vergastada como lançada.
É como voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5291437.64.2019.8.09.0130
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
LRR Relator

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NR.PROCESSO: 5291437.64.2019.8.09.0130
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO EM
FOLHA DE PAGAMENTO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. FORMA
SIMPLES. INEXISTÊNCIA DE MÁ-FÉ. DANO MORAL NÃO
CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA.
I - No caso, vê-se que o contrato entabulado é de natureza de
empréstimo pessoal consignado, e apurado ter havido
pagamento de valores a maior, a restituição simples é
medida que se impõe, porquanto não comprovada a má-fé
para sua efetivação em dobro, conforme entendimento do
STJ.
II - Os descontos efetuados, por si só, não caracterizam dano
moral, não escapando à seara do mero aborrecimento,
mormente quando não evidenciado nenhum prejuízo aos
direitos da personalidade da parte consumidora.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 15:21:41

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5542257.08.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : HARON TEYVE BUSS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : HARON TEYVE BUSS


ADVG. PARTE : 34899 GO - ROSIMEIRE FERREIRA SANCHES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5542257.08.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5542257.08.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: ESTADO DE GOIÁS

AGRAVADO: HARON TEYVE BUSS

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Como visto, trata-se de Agravo de Instrumento, interposto contra a decisão proferida pelo MM.
Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Comarca de Goiânia, Dr. Gustavo
Dalul Faria, nos autos do Pedido de Cumprimento Individual, promovida por HARON TEYVE
BUSS, ora agravada em desfavor do recorrente/Estado de Goiás.

Como visto o agravante, entende que a decisão recorrida há que ser reformada para declarar a
perda superveniente do interesse de agir na ação de cumprimento individual, pois já foi
apresentado o cronograma factível de cumprimento quanto a nomeação em comento no agravo
nº.553144.64.2019, correlato a ação civil pública nº. 0135601.52.2007. Alternativamente, pede
que seja determinada a nomeação da parte adversa, ora agravada consoante a sua classificação
e o cronograma apresentado na presente peça e no agravo nº. 553144.64.201.

Em consulta aos autos da ação civil pública nº. 0135601.52.2007, verifica-se que o MM. Juiz
singular no evento nº 83, recebeu o pedido de cumprimento de sentença e, determinou a
intimação do Estado de Goiás, para proceder a convocação e nomeação de todos os aprovados
no concurso público 01, 02, 03/2006 da AGANP, no prazo de 45 dias, até que se alcance o total
definido na sentença.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5542257.08.2019.8.09.0000
Contudo, no pedido de cumprimento de sentença individual o agravado/HARON TEYVE BUSS,
obejetiva o cumprimento do título judicial proferido na ação civil pública para sua posse e
nomeação.

Então, o cerne recursal é a definição quanto à possibilidade de liquidação e execução individual


de título executivo formado na ação coletiva, com trânsito em julgado do acórdão desta Corte
(Ação Civil Pública de n. 135601-52).

O recorrente/Estado de Goiás entende que há que ser reformada a decisão para declarar a perda
superveniente do interesse de agir do recorrido na ação de cumprimento individual, pois já foi
apresentado o cronograma factível de cumprimento quanto a nomeação em comento no agravo
nº.553144.64.2019, correlato a ação civil pública nº. 0135601.52.2007.

Analisando detidamente os autos, vislumbro que a pretensão recursal merece acolhida.

Explico.

O agravado no seu pedido discursou que possui legitimidade para ajuizar execução individual de
título judicial proveniente de ação coletiva em execução proposta pelo Ministério Público.

Embora a assertiva acima tenha amparo na jurisprudência, no caso em tela, como visto o
Ministério Público propôs cumprimento de sentença pugnando pelo cumprimento do acórdão
deste Tribunal de Justiça de Goiás, transitado em julgado, para que o Estado de Goiás desse
posse a todos os aprovados e integrantes do cadastro de reserva do Concurso da AGANP. E,
naqueles autos (0135601.52.2007.8.09.0051 - cumprimento de sentença), que foi proferida a
seguinte decisão, que peço vênia para transcrevê-la aqui:

"DECISÃO

O Ministério Público propôs cumprimento de sentença pugnando pelo cumprimento do


acórdão do Tribunal de Justiça de Goiás transitado em julgado, para que o Estado de Goiás
dê posse a todos os aprovados e integrantes do cadastro de reserva do Concurso da AGANP.

Antes do trânsito em julgado, inúmeros cumprimentos provisórios de sentença foram


protocolados nas diversas Varas de Fazenda Pública Estadual, tendo muitos candidatos já
alcançado a nomeação e posse.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5542257.08.2019.8.09.0000
A demanda durou bastante tempo e muitos candidatos já não mais possuem interesse na
nomeação, pois foram aprovados em outros concursos ou mesmo encontraram alternativa de
trabalho que entenderam mais interessante.

Contudo, outros ainda aguardam a nomeação e posse. O direto debatido já se encontra


consolidado pelo trânsito em julgado do acórdão do Tribunal de Justiça, proferido nestes
autos virtuais da Ação Civil Pública de n. 135601-52.

Foi realizada audiência de conciliação nos autos da Ação Civil Pública referente ao concurso
da AGANP, onde o Estado de Goiás se comprometeu a apresentar um cronograma de
nomeações. Contudo, peticionou posteriormente, alegando impossibilidade de cumprimento
do acórdão do Tribunal de Justiça, transitado em julgado, que determinou a nomeação de
todos os candidatos aprovados e constantes do cadastro de reserva.

Na petição, alega que o Estado de Goiás encontra-se em situação de calamidade econômico-


financeira e que não poderia cumprir a decisão antes de junho de 2020. Destaca ainda que
realizou acordo entre os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, que respaldaria o não
cumprimento da decisão judicial, acordo este, sem efeito vinculativo a este juízo.

Se por um lado há resistência do Estado de Goiás em nomear candidatos aprovados em


concurso público, por outro, não existe a mesma preocupação com a nomeação de
comissionados. Desde o trânsito em julgado, até os dias de hoje, recebo em meu gabinete,
semanalmente, candidatos aprovados que aguardam nomeação, munidos de cópia de
edições contemporâneas do Diário Oficial do Estado de Goiás, dando conta de nomeações de
servidores comissionados. Não é esse o tratamento esperado pela norma constitucional.

POSTO ISTO, em atenção ao requerimento do Ministério Público constante do evento 82,


recebo o presente cumprimento de sentença e determino a intimação do Estado de Goiás,
para proceder a convocação e nomeação de todos os aprovados no concurso público 01, 02,
03/2006 da AGANP, no prazo de 45 dias, tempo suficiente para os trâmites administrativos
necessários, até que se alcance o total definido na sentença.

Neste primeiro momento, deixo de estipular multa pelo descumprimento.

Determino a suspensão de todos os cumprimentos provisórios e definitivos de


sentença individualmente propostos pelo titular do direito, em tramitação na 2ª Vara da
Fazenda Púbica Estadual (salvo naquelas em que o indivíduo já alcançou o seu intento,
por liminar ou reconhecimento administrativo), visto que o cumprimento de sentença
na ação coletiva abarcará o direito de todos, não sendo racional impulsionar todos os
feitos simultaneamente. Junte-se cópia desta decisão em cada um dos cumprimentos
individuais que serão suspensos e oficie-se aos Juízes das demais Varas da Fazenda Pública
Estadual da Comarca de Goiânia, comunicando desta decisão.

Goiânia, 05.09.19.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5542257.08.2019.8.09.0000
GUSTAVO DALUL FARIA

Juiz de Direito" (negritei)

Da referida decisão, o executado/Estado de Goiás, promoveu recurso de agravo de instrumento


nº 5531344.64.2019.8.09.0000, em tramitação na 3ª Câmara Cível. Mesmo porque, como visto na
decisão transcrita, o MM.Juiz prolator da decisão agravada nestes autos, determinou naqueles
autos (cumprimento de acórdão) a suspensão de todos os cumprimentos provisórios e definitivos
de sentença individualmente propostos pelo titular do direito, em tramitação na 2ª Vara da
Fazenda Púbica Estadual.

Como explica Carlos Maximiliano “o fim inspirou o dispositivo; deve, por isso mesmo, também
servir para lhe limitar o conteúdo; retifica e completa os caracteres na hipótese legal e auxilia a
precisar quais as espécies que na mesma se enquadram. Fixa o alcance, a possibilidade prática;
pois impera a presunção de que o legislador haja pretendido editar um meio razoável, e, entre os
meios possíveis, escolhido o mais simples, adequado eficaz. O fim não revela, por si só, os meios
que os autores das expressões de Direito puseram em ação para realizar; serve, entretanto, para
fazer melhor compreendê-los e desenvolvê-los em suas minúcias.” (MAXIMILIANO, Carlos.
Hermenêutica e aplicação do direito. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 125.).

Diante disso, sendo certo que a execução individual deriva de ação Ação Civil Pública, ajuizada
pelo Ministério Público e o agravante apresentou cronograma para nomeação de 1.132 (mil cento
e trinta e dois) candidatos, conforme recomendado pelo Juiz singular, a ser cumprido entre
novembro e setembro do ano vindouro, o que viria de encontro com o propósito inicial do
agravado, deve o pleito ser indeferido porque ausentes os requisitos legais (CPC 300).

É cediço que a ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente deve
demonstrar o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. E, a tutela de
urgência somente será concedida quando presentes os requisitos inerentes, conforme se
extraí dos artigos 300 e 305 do CPC/15:

"Art. 300. tutela de urgência será concedida quando houver elementos


que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo.”

"Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela


cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a
exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.

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NR.PROCESSO: 5542257.08.2019.8.09.0000
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput
tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303."

Na sistemática adotada pelo CPC/2015, as medidas acautelatórias e antecipatórias foram


amalgamadas sob a égide do instituto da tutela provisória, que pode se fundar na urgência
ou evidência, apresentando, a priori, como requisitos para a sua concessão a ocorrência
cumulativa das seguintes situações: a existência de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito alegado e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

Sobre a matéria, leciona o ilustre doutrinador Humberto Theodoro Júnior:

"(…) O novo Código, entretanto, faz uma distinção entre as medidas


antecedentes conservativas e medidas antecedentes satisfativas, para
tratar as primeiras como acessórias do processo principal, e as últimas
como dotadas, eventualmente, de autonomia frente a este processo. A
consequência é a seguinte: (a) No caso das conservativas (como, v.g.,
arresto, sequestro, busca e apreensão etc.), a parte terá sempre de
formular o pedido principal em trinta dias após a efetivação da medida
deferida em caráter antecedente ou preparatório (NCPC, art. 308,
caput), sob pena de cessar sua eficácia (art. 309, I). A medida de
urgência, nessas condições, não tem vida própria capaz de sustentá-la
sem a superveniência do tempestivo pedido principal (ou de mérito).
(b) Quanto às medidas de urgência satisfativas, o regime pode,
eventualmente, ser o de autonomia, visto que se permite estabilizar sua
eficácia (art. 304), não ficando, assim, na dependência de formulação
do pedido principal no prazo do art. 308. (…) (THEODORO JÚNIOR,
Humberto. Curso de Direito processual Civil – Teoria geral do direito
processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum –
vol.I. 56ª Ed. - Rio de Janeiro: editora Forense, 2015. p.636/637)."

Ademais, não vislumbro o perigo da demora que imponha a imediata nomeação do agravado,
face a decisão proferida nos autos 0135601.52.2007.8.09.0051 – cumprimento de sentença.

Dessa forma, tomando-se por base essas considerações e principalmente por não haver
nos autos elementos suficientes e concretos que indiquem a necessidade e justiça da
antecipação dos efeitos da tutela pretendida, a boa prudência recomenda a reforma a
decisão agravada, face a ausência dos requisitos necessários à sua concessão.

POR TODO O EXPOSTO, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumento, para reformar a


decisão agravada e indeferir o pedido de tutela de urgência formulado pelo recorrido.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5542257.08.2019.8.09.0000
É como voto.

DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

RELATOR

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento nº


5542257.08.2019.8.09.0000, Comarca de Goiânia, sendo agravante ESTADO DE GOIÁS e
agravado HARON TEYVE BUSS.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e prover o Agravo de Instrumento,
nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, o Juiz Eudélcio Machado Fagundes (em substituição ao Des. José
Carlos de Oliveira) e o Desembargador Leobino Valente Chaves.

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5542257.08.2019.8.09.0000

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5542257.08.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5542257.08.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE: ESTADO DE GOIÁS

AGRAVADO: HARON TEYVE BUSS

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TÍTULO JUDICIAL.


EXECUÇÃO. DECISÃO. DETERMINAÇÃO PARA CONVOCAÇÃO E NOMEAÇÃO DOS
APROVADOS NO CONCURSO PÚBLICO 01, 02, 03/2006 DA AGANP. EXECUÇÃO INDIVIDUAL.
TUTELA DE URGÊNCIA. CONCEDIDA PARA NOMEAÇÃO E POSSE INDIVIDUAL. NÃO
PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO ARTIGO 300, DO CPC. DECISÃO REFORMADA PARA
INDEFERIR O PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTERIORMENTE CONCEDIDO PELO
JUÍZO DE ORIGEM. Nos termos do art. 300, do novo Código de Processo Civil, a tutela de urgência
será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco de resultado útil do processo. II. No caso dos autos a execução individual deriva de
Ação Civil Pública, ajuizada pelo Ministério Público, em face cumprimento de sentença. III- Sendo
certo que o agravante apresentou cronograma para nomeação de 1.132 (mil cento e trinta e dois)
candidatos a ser cumprido nos meses indicados, conforme recomendado pelo Juiz singular na
decisão proferida nos autos de execução de sentença (ação civil pública), tal desiderato vem de
encontro o propósito do agravado (posse e nomeação). IV - Ausentes os pressupostos dispostos no
artigo 300, do Código de Processo Civil e sendo imprescindível aguardar a execução de título judicial
em trâmite, necessária a reforma da decisão fustigada, que deferiu a tutela cautelar antecedente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:31:12

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5649687.19.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO PAN S/A
POLO PASSIVO : MARLENE MARIA DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO PAN S/A


ADVG. PARTE : 30436 GO - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES

PARTE INTIMADA : BANCO PAN SA


ADVG. PARTE : 30436 GO - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES

PARTE INTIMADA : MARLENE MARIA DA SILVA


ADVG. PARTE : 49547 GO - RILKER RAINER PEREIRA BOTELHO

PARTE INTIMADA : MARLENE MARIA DA SILVA


ADVG. PARTE : 49547 GO - RILKER RAINER PEREIRA BOTELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5649687.19.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5649687.19.2019.8.09.0000
COMARCA DE TRINDADE
AGRAVANTE : BANCO PAN S/A
AGRAVADA : MARLENE MARIA DA SILVA
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E


APREENSÃO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. DECRETO-LEI Nº
911/69. MORA CONFIGURADA. REQUISITOS LEGAIS
PREENCHIDOS. DEFERIMENTO DA LIMINAR QUE SE IMPÕE.
DECISÃO CASSADA.
Preenchidos os requisitos para o deferimento da liminar de
busca e apreensão, quais sejam, o inadimplemento da
devedora e a sua regular constituição em mora, impositiva é
a concessão da medida, nos moldes do art. 3º do Decreto-lei
911/69.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº


5649687.19.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e prover o recurso, nos termos do voto do Relator.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e
Carlos Alberto França.
Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

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NR.PROCESSO: 5649687.19.2019.8.09.0000
Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Dr.
José Carlos Mendonça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.


BANCO PAN S/A interpõe Agravo de Instrumento contra decisão proferida
pelo Juiz de Direito em substituição na 3ª Vara Cível, Família e Sucessões da comarca
de Trindade, Dr. Fernando Ribeiro de Oliveira, que, na ação de Busca e Apreensão
movida em desfavor de MARLENE MARIA DA SILVA, indeferiu o pedido liminar, eis
que não comprovada, por meio de documento registral, a propriedade do veículo
objeto da lide.
Confere-se nos autos que o agravante firmou com a agravada Contrato de
Financiamento - Cédula de Crédito Bancário -, e que, em garantia do cumprimento da
avença, foi dado em alienação fiduciária o veículo Gol VW, 4-P, completo, consoante
se observa no evento 1 do processo de origem nº 5496642.33.2019.8.09.0149.
Vê-se que, tendo havido o inadimplemento da devedora, a instituição
financeira, de forma pessoal, providenciou sua notificação para que efetuasse o
pagamento, tendo juntado ao feito, ainda, o gravame e a planilha evolutiva do débito.
Ao analisar o pedido liminar, o condutor do processo, para negá-la, entendeu
que não estava comprovada a propriedade do bem, todavia não é isso que se confere
no processo.
Ora, tem-se que os requisitos para a concessão da liminar de busca e
apreensão estão presentes, sendo legítimo o deferimento desta nos moldes do artigo
3° do Decreto-lei 911/69, que dispõe:

O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que


comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2º do art. 2º, ou o
inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e
apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida
liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário.

Com efeito, considerando a situação fática presente nos autos, percebe-se,


conforme os documentos ali jungidos, que o agravante de fato firmou contrato com a
agravada, nas condições narradas na peça de início da demanda, bem assim foi a
recorrida devidamente constituída em mora, pois a carta de notificação foi

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NR.PROCESSO: 5649687.19.2019.8.09.0000
encaminhada a ela, no endereço constante no ajuste. Portanto, o descumprimento do
contrato enseja justamente a perda da posse do bem dado em garantia.
Ademais, o inadimplemento foi reconhecido pela própria agravada (evento 3),
que atribui estar em atraso nas prestações por falta de condições financeiras.
Este Tribunal já se posicionou a esse respeito:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.


NOTIFICAÇÃO. COMPROVAÇÃO DA MORA. 1. A comprovação da
constituição em mora do devedor é imprescindível, não apenas à
concessão da liminar, mas à própria propositura da ação de Busca e
Apreensão, nos termos do parágrafo 2º do art. 2º do Decreto-lei nº
911/69 e Súmula 72 do STJ. 2. Demonstrado nos autos que a
notificação foi enviada ao endereço então fornecido pelo devedor
fiduciário no contrato de financiamento firmado entre as partes, não
se admite a extinção do feito a pretexto de não ter sido comprovada
a mora. APELO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
(Terceira Câmara Cível. AC 5337990-52.2018.8.09.0051. Rel. Dr. Ronnie
Paes Sandre. Ac. 14/10/2019). Grifei.

(…) 2. Comprovada a mora do devedor fiduciário - cuja


elisão não foi alcançada pelo devedor -, correta a concessão da
liminar de busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente
(artigos 2º, § 2º e 3º, do Decreto-Lei n.º 911/69). AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. (Quinta Câmara Cível.
AI 5464936-28.2018.8.09.0000. Rel. Des. Alan Sebastião de Sena
Conceição. Ac. 18/02/2019).

Assim, comprovada a mora da devedora, a concessão da liminar é impositiva.


Por todo o exposto, DOU PROVIMENTO ao Agravo de Instrumento para
cassar a decisão combatida e determinar ao Juiz de primeiro grau que profira outra
com observância às normas legais.
É como voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


LRR Relator

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NR.PROCESSO: 5649687.19.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E
APREENSÃO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. DECRETO-LEI Nº
911/69. MORA CONFIGURADA. REQUISITOS LEGAIS
PREENCHIDOS. DEFERIMENTO DA LIMINAR QUE SE IMPÕE.
DECISÃO CASSADA.
Preenchidos os requisitos para o deferimento da liminar de
busca e apreensão, quais sejam, o inadimplemento da
devedora e a sua regular constituição em mora, impositiva é
a concessão da medida, nos moldes do art. 3º do Decreto-lei
911/69.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 13/02/2020


12:15:36

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0321888.60.2006.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOSE CARLOS BORGES
POLO PASSIVO : FUNDACAO DOS ECONOMIARIOS FEDERAIS FUNCEF S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : FUNDACAO DOS ECONOMIARIOS FEDERAIS FUNCEF


ADVG. PARTE : 10691 GO - LUIZ FERNANDO BRUM DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : JOSE CARLOS BORGES


ADVGS. PARTE : 18743 GO - JAQUELINE MARIA BORGES TAKATU
14678 GO - LIVIA MARCIA BORGES MARQUES GRAMA

PARTE INTIMADA : JOSE CARLOS BORGES


ADVGS. PARTE : 18743 GO - JAQUELINE MARIA BORGES TAKATU
14678 GO - LIVIA MARCIA BORGES MARQUES GRAMA

PARTE INTIMADA : FUNDACAO DOS ECONOMIARIOS FEDERAIS FUNCEF


ADVG. PARTE : 10691 GO - LUIZ FERNANDO BRUM DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : FUNDACAO DOS ECONOMIARIOS FEDERAIS FUNCEF


ADVG. PARTE : 10691 GO - LUIZ FERNANDO BRUM DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : JOSE CARLOS BORGES


ADVGS. PARTE : 18743 GO - JAQUELINE MARIA BORGES TAKATU
14678 GO - LIVIA MARCIA BORGES MARQUES GRAMA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0321888.60.2006.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

GABINETE DO DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL N. 0321888.60.2006.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA (4ª VARA CÍVEL)
AGRAVANTE: FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS - FUNCEF
AGRAVADO: JOSÉ CARLOS BORGES
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DESPACHO

Analisando detidamente os argumentos levantados em sede de agravo


interno (fls. 361/373), verifica-se que já foram examinados pelo Superior Tribunal de
Justiça, inclusive em sede de recursos repetitivos. Inexistem razões, portanto, para
que os autos permaneçam suspensos.

Sendo assim, intime-se o agravado para apresentar contrarrazões ao


referido recurso, no prazo legal.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0321888.60.2006.8.09.0051

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 13/02/2020 12:15:38

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5068216.04.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JOSÉ CARLOS GAIAS
POLO PASSIVO : MARLI FARIA BORGES E SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSÉ CARLOS GAIAS


ADVG. PARTE : 46479 GO - SHIRLEY PEREIRA DE MELO ARAUJO

PARTE INTIMADA : COMIGO COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL DOS PRODUTORES RURAIS DO


SUDOESTE GOIANO
ADVGS. PARTE : 18820 GO - VINICIUS BOZZOLAN DE LIMA
33073 GO - SARA BOZZOLAN DE LIMA
23869 GO - DIOGO CAMPOS VIEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5068216.04.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5068216.04.2020.8.09.0000


COMARCA DE RIO VERDE (3ª Vara Cível)
AGRAVANTE: JOSÉ CARLOS GAIAS
AGRAVADOS: COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL DOS PRODUTORES RURAIS
DO SUDOESTE GOIANO – COMIGO E OUTROS
RELATOR: DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

DECISÃO

Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo,


interposto por JOSÉ CARLOS GAIAS (terceiro interessado) da decisão proferida nos
autos da ação de execução ajuizada pela COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL DOS
PRODUTORES RURAIS DO SUDOESTE GOIANO – COMIGO em desfavor de
OSWALDO SOUZA E SILVA, MARCO ANTÔNIO FARIA SILVA e FERNANDA
FERREIRA FERNANDES FARIA.

Por meio do ato objurgado, o Magistrado a quo (Dr. Wagner Gomes Pereira)
deferiu o pedido de reintegração de posse do imóvel rural registrado sob a
matrícula n. 5408, em favor do parceiro agrícola LUCIANO JAYME GUIMARÃES.

Nas razões deste recurso, o agravante (arrematante do imóvel) afirma que o


contrato de parceria já não mais existe, posto que vem exercendo a posse sobre o
imóvel de forma ininterrupta, mansa, pacífica e sem intervenção de terceiros há mais
de ano e dia, tendo inclusive realizado plantio de soja nas safras 2018/2019 e
2019/2020.

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NR.PROCESSO: 5068216.04.2020.8.09.0000
Explica que ajuizou ação declaratória de nulidade de negócio jurídico (n.
5013474.06) para ver reconhecida a nulidade da parceria agrícola firmada entre
Luciano Jayme e o devedor.

Assevera que o parceiro agrícola não comprovou sua posse anterior,


tampouco a prática de esbulho, sendo que não é possível o deferimento de ordem de
reintegração de posse.

Nestes termos, entendendo presentes os pressupostos de relevância e


urgência, requer a atribuição de efeito suspensivo ao recurso. Alfim, pugna pela
reforma da decisão objurgada, indeferindo-se o pedido veiculado pelo terceiro, parceiro
agrícola.

Preparo regular.

É o relatório. Passo a decidir.

Considerando que a decisão a quo foi proferida em sede de execução (art.


1.015, parágrafo único do CPC/2015), recebo este agravo de instrumento, passando a
apreciar a possibilidade de deferimento do pedido do efeito suspensivo.

O agravo de instrumento, conforme o art. 1.019 do CPC/2015, deve ser


recebido, em regra, apenas no efeito devolutivo, para que o seu manejo não implique
suspensão dos efeitos da decisão agravada. No entanto, o inciso I do referido
dispositivo disciplina que o relator “(...) poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou
deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao
juiz sua decisão”.

Logo, necessária se faz, para a concessão do efeito suspensivo ao agravo de


instrumento, o preenchimento dos pressupostos listados no parágrafo único do art.
995 do NCPC, que exige, para tanto, a demonstração da probabilidade de
provimento do recurso, acrescido do fato de que, se levado a efeito, o ato
impugnado importará risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação.

No caso, ainda que em sede de cognição perfunctória, a meu ver, não está
presente o primeiro requisito autorizador da concessão da medida.

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NR.PROCESSO: 5068216.04.2020.8.09.0000
Em um exame superficial das razões recursais, verifica-se que o recorrente
pretende levantar discussão que já está resolvida. Isso porque, nos autos do agravo
de instrumento n. 5192703.80 as partes também debateram acerca da posse do
imóvel rural registrado sob a matrícula n. 5408.

Naquela ocasião esclareceu-se que, embora os fatos arguidos sejam


confusos e ambas as partes afirmem que estão na posse do imóvel, naquele
momento, deveria ser observado o art. 92, §5º do Estatuto da Terra, que privilegia a
continuidade do contrato de parceria agrícola, mesmo em caso de alienação do bem.

A propósito, confira-se a ementa daquele julgado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO.


IMÓVEL ARREMATADO EM LEILÃO JUDICIAL. PARCERIA
AGRÍCOLA COM DURAÇÃO ATÉ 2023. ESTATUTO DA TERRA.
GARANTIA DE SUBSISTÊNCIA DO CONTRATO DE PARCERIA
AGRÍCOLA, ATÉ QUE A QUESTÃO SEJA EXAMINADA EM AÇÃO
ESPECÍFICA. SUSPENSÃO DA IMISSÃO DO ARREMATANTE NA
POSSE DO IMÓVEL. DECISÃO REFORMADA. 1. Nos termos do art.
92, §5º, do Estatuto da Terra, “A alienação ou a imposição de ônus real
ao imóvel não interrompe a vigência dos contratos de arrendamento ou
de parceria, ficando o adquirente sub-rogado nos direitos e obrigações
do alienante”. 2. Embora ambas as partes afirmem que estão fazendo
altos investimentos nas terras, nenhuma delas traz provas nesse
sentido, motivo pelo qual não é possível saber qual a real situação do
imóvel, tampouco quem está em sua posse. Tal discussão deve ser
levantada em ação autônoma, de modo a se averiguar a situação do
imóvel, a validade da parceria agrícola, se ainda está produzindo
efeitos e como se dará a futura sub-rogação do adquirente nos direitos
do executado, com ampla produção probatória. Até lá, deve-se
observar o que proclama o Estatuto da Terra, garantindo ao parceiro
agrícola (agravante) a não interrupção do contrato de parceria por ele
firmado. Agravo de instrumento provido.”

Como se vê, a discussão a respeito da posse do imóvel já foi examinada no


processo de origem e, por ora, não existem motivos para que ela seja revisitada.

Ante o exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

Intimem-se os agravados para apresentarem contrarrazões (art. 1019, II,

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NR.PROCESSO: 5068216.04.2020.8.09.0000
CPC).

Publique-se.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


13/02/2020 16:06:08

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5628360.18.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : REINALDO BEZE
POLO PASSIVO : ELOIZIO DE ALMEIDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : REINALDO BEZE


ADVG. PARTE : 48633 GO - RAFAEL BARRETO CASTELO BRANCO

PARTE INTIMADA : MC RM DO CERRADO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA


ADVG. PARTE : 48633 GO - RAFAEL BARRETO CASTELO BRANCO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5628360.18.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5628360.18.2019.8.09.0000

COMARCA DE ANÁPOLIS

AGRAVANTES: REINALDO BEZE E MC RM DO CERRADO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA

AGRAVADOS : ELOIZIO DE ALMEIDA E ERSANTA CANDIDA BRAGA DE ALMEIDA

RELATOR : DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – JUIZ SUBSTITUTO

VOTO

Presentes os requisitos de admissibilidade do agravo de instrumento, dele conheço.

Trata-se, conforme relatado, de Agravo de Instrumento, com pedido de tutela antecipada,


interposto por MC RM DO CERRADO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA e
REINALDO BEZE em face de decisão proferida pelo Juiz de Direito, Dr. Eduardo Walmory
Sanches (mov. n.1 – doc. 7), nos autos de Ação Anulatória c/c Adjudicatória c/c Indenização, cujo
teor da decisão segue transcrito:

“Citem-se os réus para apresentar contestação. Defiro o pedido de


tutela de urgência para averbar a existência da presente ação à
margem da matrícula do imóvel objeto do processo. Tal medida é útil
para prevenir eventuais terceiros que tenham interesse em negociar
com a referida gleba de terra e dar publicidade a existência da
presente ação em que se discute a legalidade da venda do imóvel.”

Relatam os recorrentes que a primeira agravante é proprietária do imóvel de Matrícula nº 92.946,


Registro Imobiliário da 2ª Circunscrição de Anápolis. O imóvel da referida matrícula resultou do
membramento de três imóveis objetos das matrículas nº 38.063, 38.090 e 40.616.

Que, o imóvel objeto da matrícula 92.946 recebeu nos últimos quatro anos obras de infraestrutura
urbanística para a incorporação de loteamento residencial. As obras foram finalizadas e o
loteamento aprovado, em três etapas, pela administração municipal de Anápolis, vide Decretos nº
41.479, 43.870 e 43.929 de 04/05/2017, 18/07/2019 e 15/08/2019, respectivamente.

Que, foi protocolada pelos agravados ação em 22/08/2019, sete dias após a aprovação do
loteamento pelo município, intentando a anulação da venda feita pela HP Auto Peças Ltda ao
Agravante e à Salem Miguel Elias, referente ao Imóvel objeto da matrícula 38.063, bem como a
adjudicação compulsória do mesmo em seu proveito. Calca seus pedidos em dois instrumentos
particulares de promessa de compra e venda, o primeiro de HP Auto Peças ltda para

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NR.PROCESSO: 5628360.18.2019.8.09.0000
Reflorestadora do Brasil Central, Comércio e Indústria ltda – REBRACE em 19/12/1981, e o
segundo da REBRACE para o próprio Agravado Eloísio de Almeida, em 15/05/1991, ambos
jamais levados a Registro.

Inconformados com a decisão agravada, almejam os recorrentes seja revogada a decisão


recorrida, determinando-se o cancelamento, em definitivo, da averbação da ação originária à
margem da matrícula do imóvel em questão.

A princípio, impende salientar que o agravo de instrumento limita-se ao Tribunal de Justiça


analisar as questões que foram objeto da decisão agravada, pronunciando-se, tão somente,
acerca do acerto ou desacerto do decisum impugnado, evitando-se, assim, a supressão de um
grau de jurisdição.

No que concerne a presença ou não dos requisitos ensejadores da concessão da tutela de


urgência, o deferimento da medida fica condicionado ao preenchimento concomitante dos
requisitos mencionados no artigo 300 do Código de Processo Civil.

Com efeito, na sistemática atual adotada pelo diploma processual, o deferimento da medida
somente ocorrerá quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo. É necessário, assim, que exista forte
probabilidade de que os fatos aduzidos sejam provados, após o exercício de cognição exauriente,
devendo haver nos autos provas indicativas nesse sentido.

Pois bem, analisando a questão, sem adentrar ao mérito do direito discutido nos autos, concluo
que a decisão agravada não merece ser modificada, tendo em vista que os documentos
colacionados demonstram que o Magistrado agiu dentro de seu poder de cautela, deferindo o
pedido de tutela de urgência para averbar a existência da ação nº 498955.08.2019.8.09.0006 à
margem da matrícula do imóvel objeto do processo.

Cabe ressaltar que a averbação da existência de demanda junto à matrícula de imóvel tem como
objetivo comunicar a existência do litígio que pende sobre o bem, prevenindo terceiros de boa-fé.

Depreende-se que, no caso, ocorreram algumas transações de parte do imóvel, em função de


herança, meação e aquisição, tendo os imóveis objetos das três matrículas nºs 38.063, 38.090 e
40.616 passados para a matrícula 92.946, ou seja, foram integralizados à empresa MC RM DO
CERRADO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA.

Tem-se que a suspensão de transmissão/venda de imóvel a terceiros até o deslinde dos autos da
ação anulatória c/c adjudicatória, em que se discute a legalidade da venda do imóvel, revela-se
medida necessária para se resguardar, não só o resultado útil do processo, mas, também,
terceiros que poderão adquirir imóveis no loteamento.

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NR.PROCESSO: 5628360.18.2019.8.09.0000
A propósito, confiram-se os julgados desta Corte:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA. AVERBAÇÃO DA EXISTÊNCIA DA


AÇÃO ORIGINÁRIA NA MATRÍCULA DO BEM IMÓVEL SUB JUDICE.
POSSIBILIDADE.(...) 2. Havendo dúvidas quanto à propriedade do imóvel
sub judice, em razão da existência de ação anulatória em trâmite, até a
resolução da perlenga, faz-se necessária a averbação da existência da
ação originária nas matrículas relativas aos bens objetos do litígio, nos
termos do art. 167, I, item 21, da Leide Registros Públicos, notadamente,
para se advertir terceiros e se prevenir o ajuizamento de outras
demandas envolvendo os mesmos bens. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento 5058226-57.2018.8.09.0000, Rel.
NORIVAL DE CASTRO SANTOMÉ, DJe de 21/09/2018).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. DECISÃO


QUE REVOGOU A ANOTAÇÃO RELATIVA À CONTROVÉRSIA PENDENTE SOBRE O
IMÓVEL. PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS.
AVERBAÇÃO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL SOBRE A EXISTÊNCIA DA DEMANDA
JUDICIAL. I- Em se tratando de demanda em que se almeja a nulidade de
um ato jurídico, envolvendo o imóvel objeto da lide, é de bom alvitre
constar em sua matrícula a existência da ação judicial que tramita perante
o juízo de origem, a fim de evitar prejuízos a terceiros de boa-fé, até que
a causa seja solucionada. (...) (AGRAVO DE INSTRUMENTO 190352-
30.2016.8.09.0000, Rel. DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ, DJe 2200 de
31/01/2017.

Estando, pois, a decisão agravada devidamente justificada, não trazendo nenhuma ilegalidade ou
arbitrariedade, não merecem prosperar as alegações dos agravantes.

Ao teor do exposto, conheço do agravo de instrumento e lhe nego provimento, para manter
incólume a decisão agravada.

É o voto.

Goiânia,

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016 do Órgão Especial.

ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 5628360.18.2019.8.09.0000
VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento nº
5628360.18.2019.8.09.0000, Comarca de Anápolis, sendo agravantes MC RM DO CERRADO
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA E REINALDO BEZE e agravados ELOIZIO DE
ALMEIDA E ERSANTA CANDIDA BRAGA DE ALMEIDA.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e desprover o Agravo de
Instrumento, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, os Desembargadores José Carlos de Oliveira e Leobino Valente


Chaves.

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

OBSERVAÇÃO: FIZERAM SUSTENTAÇÕES ORAIS OS ADVOGADOS RAFAEL BARRETO


CASTELO BRANCO PELO AGRAVANTE E ANDRÉ LUIZ ABRÃO JÚNIOR PELO AGRAVADO

Goiânia,

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016 do Órgão Especial.

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NR.PROCESSO: 5628360.18.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5628360.18.2019.8.09.0000

COMARCA DE ANÁPOLIS

AGRAVANTES: MC RM DO CERRADO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA E REINALDO BEZE

AGRAVADOS: ELOIZIO DE ALMEIDA E ERSANTA CANDIDA BRAGA DE ALMEIDA

RELATOR: DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – JUIZ SUBSTITUTO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA DE URGÊNCIA. AÇÃO ANULATÓRIA C/C


ADJUDICATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO. AVERBAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DEMANDA EM
MATRÍCULA DE IMÓVEL. OBJETO DO CONTRATO. POSSIBILIDADE.

I - A averbação da existência de demanda junto à matrícula de imóvel tem como objetivo


comunicar a existência do litígio que pende sobre o bem, prevenindo terceiros de boa-fé,
devendo, portanto, ocorrer na matrícula relativa ao bem que corresponda ao objeto da
lide.

II – Mantém-se, no caso, a decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência para


averbar a existência da ação nº 498955.08.2019.8.09.0006 à margem da matrícula do
imóvel objeto do processo, até o deslinde da questão.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


13/02/2020 16:06:55

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5654840.33.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MIGUEL ELIAS NETO
POLO PASSIVO : ELOIZIO DE ALMEIDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MIGUEL ELIAS NETO


ADVG. PARTE : 15118 GO - MARCELO PINTO SIADE

PARTE INTIMADA : ELOIZIO DE ALMEIDA


ADVG. PARTE : 39340 GO - ANDRÉ LUIZ ABRÃO JÚNIOR

PARTE INTIMADA : ERSANTA CANDIDA BRAGA DE ALMEIDA


ADVG. PARTE : 39340 GO - ANDRÉ LUIZ ABRÃO JÚNIOR

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NR.PROCESSO: 5654840.33.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5654840.33.2019.8.09.0000
COMARCA DE ANÁPOLIS
AGRAVANTE: MIGUEL ELIAS NETO
AGRAVADO: ELOIZIO DE ALMEIDA E ERSANTA CANDIDA BRAGA DE ALMEIDA
RELATOR: DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz de Direito Substituto em 2º
Grau

VOTO

Presentes os requisitos de admissibilidade do agravo de instrumento, dele conheço.

Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por MIGUEL
ELIAS NETO em face de decisão proferida pelo Juiz de Direito, Dr. Eduardo Walmory Sanches
(mov. n.1 – doc. 19), nos autos de Ação Anulatória c/c Adjudicatória c/c Indenização, ajuizada por
ELOÍSIO DE ALMEIDA e ERSANTA CÂNDIDA BRAGA DE ALMEIDA, cujo teor da decisão segue
transcrito:

“Citem-se os réus para apresentar contestação. Defiro o pedido de


tutela de urgência para averbar a existência da presente ação à
margem da matrícula do imóvel objeto do processo. Tal medida é útil
para prevenir eventuais terceiros que tenham interesse em negociar
com a referida gleba de terra e dar publicidade a existência da
presente ação em que se discute a legalidade da venda do imóvel.”

O agravante narra que os agravados afirmam “que no ano de 1.981 a empresa


REFLORESTADORA DO BRASIL CENTRAL COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA. – REBRACE
adquiriu um imóvel denominado Fazenda Extrema, registrada sob a matrícula 38.063, junto ao 2.º
Cartório de Registro de Imóveis de Anápolis/GO., propriedade essa adquirida junto a empresa HP
AUTO PEÇAS LTDA., hoje registrada como HP TRANSPORTES, através de instrumento
particular de promessa de compra e venda, sub-rogando aos Autores os direitos inerentes.” Que
a referida promessa foi registrada no 1º Tabelionato de Protestos e Registros de Goiânia/GO.

Que, em novembro de 1991, a empresa REBRACE celebrou com os Autores/Agravados uma


promessa de compra e venda, e, após essa data, passaram a usufruir do imóvel, inclusive com
exploração financeira.

Alega que a decisão agravada prejudica os interesses do agravante, podendo chegar a rescisão
de um contrato, no valor de R$ 87.600.000,00 (oitenta e sete milhões e seiscentos mil reais), e
uma multa em seu desfavor do equivalente a R$ 8.760.000,00 (oito milhões, setecentos e

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NR.PROCESSO: 5654840.33.2019.8.09.0000
sessenta mil reais).

Aduz que o objeto do litígio está registrado em nome de MC-RM DO CERRADO


EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA, asseverando a necessidade de revogação da
liminar de inscrição da ação na matrícula do imóvel em questão.

A princípio, impende salientar que o agravo de instrumento limita-se ao Tribunal de Justiça


analisar as questões que foram objeto da decisão agravada, pronunciando-se, tão somente,
acerca do acerto ou desacerto do decisum impugnado, evitando-se, assim, a supressão de um
grau de jurisdição.

Mediante análise da questão, sem adentrar ao mérito do direito discutido nos autos, concluo que
a decisão agravada não merece ser modificada, tendo em vista que os documentos colacionados
demonstram que o Magistrado agiu dentro de seu poder de cautela, deferindo o pedido de tutela
de urgência para averbar a existência da ação nº 498955.08.2019.8.09.0006 à margem da
matrícula do imóvel objeto do processo.

Cabe ressaltar que a averbação da existência de demanda junto à matrícula de imóvel tem como
objetivo comunicar a existência do litígio que pende sobre o bem, prevenindo terceiros de boa-fé.

Depreende-se que, no caso, ocorreram algumas transações de parte do imóvel, em função de


herança, meação e aquisição, tendo os imóveis objetos das três matrículas nºs 38.063, 38.090 e
40.616 passados para a matrícula 92.946, ou seja, foram integralizados à empresa MC RM DO
CERRADO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA.

Tem-se que a suspensão de transmissão/venda de imóvel a terceiros até o deslinde dos autos da
ação anulatória c/c adjudicatória, em que se discute a legalidade da venda de imóvel, revela-se
medida necessária para se resguardar, não só o resultado útil do processo, mas, também,
terceiros que poderão adquirir imóveis no loteamento.

A propósito, confiram-se os julgados desta Corte:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA. AVERBAÇÃO DA


EXISTÊNCIA DA AÇÃO ORIGINÁRIA NA MATRÍCULA DO BEM IMÓVEL
SUB JUDICE. POSSIBILIDADE.(...) 2. Havendo dúvidas quanto à
propriedade do imóvel sub judice, em razão da existência de ação
anulatória em trâmite, até a resolução da perlenga, faz-se necessária a
averbação da existência da ação originária nas matrículas relativas aos
bens objetos do litígio, nos termos do art. 167, I, item 21, da Leide
Registros Públicos, notadamente, para se advertir terceiros e se prevenir
o ajuizamento de outras demandas envolvendo os mesmos bens.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento

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NR.PROCESSO: 5654840.33.2019.8.09.0000
5058226-57.2018.8.09.0000, Rel. NORIVAL DE CASTRO SANTOMÉ,
DJe de 21/09/2018).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO


COMPULSÓRIA. DECISÃO QUE REVOGOU A ANOTAÇÃO RELATIVA
À CONTROVÉRSIA PENDENTE SOBRE O IMÓVEL. PEDIDO DE
TUTELA DE URGÊNCIA. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS.
AVERBAÇÃO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL SOBRE A EXISTÊNCIA DA
DEMANDA JUDICIAL. I- Em se tratando de demanda em que se almeja a
nulidade de um ato jurídico, envolvendo o imóvel objeto da lide, é de bom
alvitre constar em sua matrícula a existência da ação judicial que tramita
perante o juízo de origem, a fim de evitar prejuízos a terceiros de boa-fé,
até que a causa seja solucionada. (...) (AGRAVO DE INSTRUMENTO
190352-30.2016.8.09.0000, Rel. DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ, julgado
em 24/01/2017, DJe 2200 de 31/01/2017.

Estando, pois, a decisão agravada devidamente justificada, não trazendo nenhuma ilegalidade ou
arbitrariedade, não merecem prosperar as alegações do agravante.

Ao teor do exposto, conheço do agravo de instrumento e lhe nego provimento, para manter
incólume a decisão agravada.

É o voto.

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2018 do Órgão Especial.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento Nº


5654840.33.2019.8.09.0000, Comarca de Anápolis, sendo agravante Miguel Elias Neto e
agravados Eloizio de Almeida e Ersanta Candida Braga de Almeida.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e desprover o Agravo de
Instrumento, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, os Desembargadores José Carlos de Oliveira e Leobino Valente

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NR.PROCESSO: 5654840.33.2019.8.09.0000
Chaves.

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

OBSERVAÇÃO: EMBORA APREGOADOS OS ADVOGADOS PARA REALIZAREM AS SUSTENTAÇÕES


ORAIS, OS MESMOS ENCONTRAVAM-SE AUSENTES.

Goiânia,

Datado e assinado digitalmente conforme Resolução 59/2018 do Órgão Especial.

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NR.PROCESSO: 5654840.33.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5654840.33.2019.8.09.0000
COMARCA DE ANÁPOLIS
AGRAVANTE: MIGUEL ELIAS NETO
AGRAVADO: ELOIZIO DE ALMEIDA E ERSANTA CANDIDA BRAGA DE ALMEIDA
RELATOR: DR. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA – Juiz de Direito Substituto em 2º
Grau

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA DE URGÊNCIA. AÇÃO ANULATÓRIA


C/C ADJUDICATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO. AVERBAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DEMANDA
EM MATRÍCULA DE IMÓVEL. OBJETO DO CONTRATO. POSSIBILIDADE. I – A averbação
da existência de demanda junto à matrícula de imóvel tem como objetivo comunicar a
existência do litígio que pende sobre o bem, prevenindo terceiros de boa-fé, devendo,
portanto, ocorrer na matrícula relativa ao bem que corresponda ao objeto da lide. II –
Mantém-se, no caso, a decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência para averbar a
existência da ação nº 498955.08.2019.8.09.0006 à margem da matrícula do imóvel objeto
do processo, até o deslinde da questão. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


18/02/2020 17:49:55

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0039601.43.2014.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LEANDRO PEREIRA COUTO
POLO PASSIVO : ESTADO DE GOIÁS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LEANDRO PEREIRA COUTO


ADVGS. PARTE : 21667 GO - VICENTE ALVES DE SOUSA
11001 GO - DORIVAL JOÃO GONÇALVES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO N. 39601.43.2014.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA (5ª Vara da Fazenda Pública Estadual)
AUTOR : LEANDRO PEREIRA COUTO
RÉUS : ESTADO DE GOIÁS e OUTRA
APELAÇÃO CÍVEL
APELANTE : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
APELADO : LEANDRO PEREIRA COUTO
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

VOTO

Porque presentes os correspondentes pressupostos de admissibilidade,


conheço da remessa obrigatória e do recurso de apelação, passando a apreciá-los
concomitantemente.

Conforme relatado, cuida-se de reexame necessário, regularmente


observado, e de apelação cível interposta pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
GOIÁS, ante a sentença (Evento 44) pela qual foi julgada procedente a pretensão
exordial deduzida por LEANDRO PEREIRA COUTO em “AÇÃO ORDINÁRIA DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER e ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO”, para declarar nula
a eliminação do autor na avaliação médica e determinar o prosseguimento nas
demais etapas do certame, assegurando-lhe, caso seja aprovado em cada uma
delas, possua pontuação suficiente para tanto e preencha os demais requisitos
editalícios, a nomeação e aposse no cargo, condenando os requeridos ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em R$
2.000,00, na proporção de 50% para cada réu.

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
Depreende-se dos autos que o autor inscreveu-se no concurso público da
Polícia Militar do Estado de Goiás para provimento do cargo público de Soldado de 2ª
Classe. Observa-se, outrossim, que ele foi aprovado na primeira etapa (prova objetiva
e discursiva) e também na segunda etapa (teste de aptidão física - TAF), entretanto,
foi considerado inapto na fase seguinte, quando submetido a avaliação médica,
sob a justificativa de possuir deficiências física (coluna vertebral) e auditiva.

A respeito, o postulante disse que em sede de recurso administrativo, apesar


de os resultados dos novos exames de RX da coluna e audiológico lhe serem
favoráveis, não houve modificação da conclusão de sua inaptidão, com a consequente
exclusão do certame, ato que entendeu ilegal, intentando ser revertido, no que foi
atendido pela sentença vergastada.

Pois bem.

1. DAS PRELIMINARES: incompetência do juízo e carência da ação

As preliminares de incompetência do juízo e carência da ação (por perda


superveniente do objeto, impossibilidade jurídica do pedido, vedação do controle do
mérito administrativo pelo Poder Judiciário, inexistência de interesse de agir e
ilegitimidade passiva ad causam do ESTADO DE GOIÁS), deduzidas na fase de
contestação (Evento 3, anexos 10 e 14), foram acertadamente rejeitadas Juíza de 1º
grau.

A primeira (incompetência do juízo), tendo em vista que os princípios da


simplicidade, da economia processual e da celeridade, que orientam o procedimento
abreviado dos Juizados Especiais, são incompatíveis com o julgamento de causas em
que se discutem matérias relacionadas a nomeação decorrente de concursos públicos,
motivo por que devem ser apreciadas e julgadas pelo Juízo Comum.

“Apelação Cível. Ação anulatória de ato administrativo com pedido de


tutela de urgência inaudita altera parte c/c obrigação de fazer. I -
Competência do juízo da Vara da Fazenda Pública Estadual. Por
serem incompatíveis com os princípios da simplicidade, da economia
processual e da celeridade que orientam o procedimento abreviado
dos Juizados Especiais, o julgamento de causas em que se discute
matérias relacionadas a nomeação decorrente de concursos públicos
devem ser apreciadas e julgadas pelo Juízo Comum. (…).” (TJGO, 2ª
Câmara Cível, AC n. 5152662.83.2017.8.09.0051, Rel. Des. Carlos
Alberto França, DJe de 8-4-2019).

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
Quanto à segunda tese, de carência da ação, foi ela desdobrada em
argumentos distintos.

A respeito, a perda superveniente do objeto também não prospera, porque a


mera circunstância de ter sido homologado o resultado do concurso não impede seja
judicialmente declara eventual ilegalidade reconhecida em sua realização, exsurgindo
desse contexto, por derivação, o interesse de agir da parte.

Já a impossibilidade jurídica do pedido e a vedação do controle do mérito


administrativo pelo Poder Judiciário restaram corretamente rejeitadas, pois a
possibilidade jurídica do pedido não pode ser aferida tão somente com base na
observância da legalidade em sentido estrito, mas sim em harmonia com o
ordenamento jurídico, de modo integral, sem embargo da força normativa que emerge
dos princípios, sendo certo que a moderna concepção do princípio da legalidade
reclama seu ajuste às vertentes de justeza e legitimidade, permitindo o controle sobre
o ato administrativo, mesmo que a conduta administrativa esteja aparentemente em
conformidade com a lei em sentido estrito, não decorrente daí qualquer prejuízo à
separação dos poderes.

Finalmente, é descabido cogitar da ilegitimidade passiva ad causam do


ESTADO DE GOIÁS na espécie, pois trata-se de ação em cujos autos se discute a
legalidade de atos emanados das regras constantes em edital de concurso público,
ainda que a UEG seja autarquia estadual, dotada de autonomia didático-científica,
administrativa, financeira e patrimonial, tendo em vista que as normas foram
elaboradas pelo Secretário de Estado de Gestão e Planejamento.

Acerca dessas prejudiciais alusivas à carência da ação, confira-se a


orientação jurisprudencial:

“DUPLO APELO. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO.


CERTAME CONCLUÍDO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO.
AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO.
PROVA OBJETIVA DE CONCURSO. CONTROLE DO MÉRITO
ADMINISTRATIVO. PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA
VINCULAÇÃO AO EDITAL. 1. Não há falar, no caso em exame, em
impossibilidade jurídica do pedido, pois inexiste em nosso
ordenamento jurídico norma que proíba o autor de questionar em Juízo
a idoneidade de fase do concurso a que se submeteu, pois ainda que
seja defeso ao Judiciário substituir a banca examinadora do concurso e
os critérios de correção de provas, revela-se perfeitamente possível o
exame da observância dos princípios da legalidade e da vinculação ao
Edital. 2. A conclusão do certame não enseja a ausência do interesse
de agir na ação proposta com a finalidade de questionar uma das
etapas do concurso. 3. Distribuída a ação por dependência, em razão

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
da conexão, sem insurgência de quaisquer das partes litigantes
através da oposição de exceção de incompetência em momento
adequado, opera-se a preclusão, prorrogando-se a competência
firmada. 4. O exame dos atos da banca examinadora e das normas do
Edital de concurso público pelo Judiciário restringe-se aos aspectos da
legalidade e da vinculação ao edital (precedentes do STF, do STJ e
desta Corte). APELOS PROVIDOS.” (TJGO, 4ª Câmara Cível, DGJ n.
336204.34.2013.8.09.0051, Rel. Juiz Delintro Belo de Almeida Filho,
DJe de 3-12-2018).

“DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO C/C
OBRIGAÇÃO DE FAZER. PRELIMINAR DE PERDA DO OBJETO
AFASTADA. PRELIMINARES DE CARÊNCIA DE AÇÃO E DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO ESTADO DE GOIÁS.
REJEIÇÕES MANTIDAS. (…) 1. A preliminar de perda do objeto
soerguida pela apelante, em sede de razões recursais, não merece
acolhida, pois, ainda que o apelado tenha sido eliminado do certame
por não ter comparecido para realizar novamente o TAF, esse fato não
impede a análise da legalidade da sua primeira eliminação, pois foi
isso o que se requereu na petição inicial. 2. Escorreitas foram as
rejeições das preliminares de carência de ação, por impossibilidade
jurídica do pedido, e de ilegitimidade passiva ad causam do Estado de
Goiás. A primeira, porque, à luz do CPC de 1973, aplicável ao caso
pelo princípio tempus regit actum, não se diz juridicamente impossível
o pedido de controle judicial de ato administrativo pertinente à
realização de concurso público, máxime se o questionamento
apresentado refere-se à inobservância das regras do edital. E a
segunda, porque o Estado de Goiás é parte legitima para figurar no
polo passivo de ação onde se discute a legalidade de regras
constantes em edital de concurso público, ainda que a UEG seja
autarquia estadual, dotada de autonomia didático-científica,
administrativa, financeira e patrimonial, tendo em vista que as normas
foram elaboradas pelo Secretário de Estado de Gestão e
Planejamento. (…).” (TJGO, 2ª Câmara Cível, DGJ n. 304024.03
.2013.8.09.0006, Rel. Juiz Maurício Porfírio Rosa, DJe de 30-10-2018).

2. DO MÉRITO

Superadas as prejudiciais, no mérito, defende a UEG seja promovida a


inversão do julgado.

Pelo que se infere dos autos, o autor/recorrido se inscreveu no certame regido


pelo Edital n. 01/2012, para o provimento do cargo de Praça (Soldado de 2ª Classe) da
Polícia Militar do Estado de Goiás. Todavia, foi considerado inapto na avaliação

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
médica, sob a justificativa de possuir deficiências física (coluna vertebral) e auditiva,
causando sua eliminação do certame.

No que concerne a essa avaliação médica, para fins de averiguar se houve,


ou não, a ilegalidade suscitada, a Juíza de primeira instância determinou a submissão
do autor/apelado a perícia médica judicial, tendo sido os resultados respectivos objeto
de detida análise na sentença, assim:

“Em atenção ao edital do certame, em seu Anexo VI o qual


relaciona as doenças e alterações incapacitantes e fatores de
contraindicação para admissão, consta nos Grupos VI e XII, as
doenças e alterações otorrinolaringológicas e do sistema músculo
esquelético, especificamente nos itens 05 e 17, respectivamente a
previsão de ‘hipoacusia ou surdez’ e ‘Desvio da coluna vertebral’.

Observando o Laudo de Avaliação Médica do autor no


evento nº 03, arquivo 04, verifica-se que consta no item ‘Inspeções
Médicas’, especificamente no subitem ‘Exame Clínico’ a observação
subscrita pelo Médico Dr. Frederico Faria Rodrigues, CRM/GO n. 8872,
em que considera o candidato inapto por possuir ‘acentuada redução
discal VT – S1 com alterações degenerativas e audiometria alterada no
OD’ (sic).

Realizada perícia médica judicial, foi constada ‘presença de


vértebra lombossacra sem alterações degenerativas, listese, desvios
ou quaisquer alterações ao exame. A vértebra lombossacra ou
vértebra de transição é uma vértebra que algumas pessoas possuem,
o que é congênito. O fato de possuir esta vértebra a mais não
incapacita sendo que na maioria das vezes o paciente sequer toma
conhecimento deste fato. (…) Com relação à audição, durante a perícia
não foi constatado nenhum déficit e o mesmo não apresentou
nenhuma dificuldade em audição/comunicação. Além disto, há laudo
de otorrinolaringologista que informa que o mesmo não apresenta
limitações laborais por ter exame audiológico normal apenas com
queda em agudos à direita.’

A conclusão após a anamnese foi de que não há


incapacidade física ou auditiva e que o autor não apresenta nenhuma
doença que o incapacite ao cargo de policial militar estando apto a
realizar as funções inerentes a este cargo.

Assim, se o edital do concurso, que comumente faz lei entre

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
as partes, prevê como inapto o portador de desvio da coluna vertebral
e hipoacusia, o candidato que apresenta tão somente a vértebra
lombossacra, que é uma vértebra de transição de origem congênita,
sem alterações degenerativas ou desvios, bem como ausência de
déficit de audição, segundo laudo médico judicial firmado por médica
perita da Junta Médica Oficial do Poder Judiciário, não contraria as
regras do edital, mormente porque demonstrado nos autos que a
presença de mencionada vértebra não impede a realização de
qualquer atividade física ou profissional. (…)

Assim, o pleito do autor merece procedência, no sentido de


considerar o autor apto na avaliação médica e determinar o
prosseguimento nas demais etapas do certame. (…).” (Evento 44).

Destarte, em contrapartida à conclusão da Banca Examinadora (Evento 3,


anexo 4, p. 66/69), o autor/apelado anexou à petição inicial um laudo particular de
médico radiologista, o qual assentou que este não apresenta a deformidade estrutural
da coluna vertebral em grau que o incapacite de exercer suas atividades profissionais (
Ibidem, p. 70), e outro de médico otorrinolaringologista, atestando, igualmente, não
possuir ele queda de capacidade auditiva que o torne inapto para a atividade
profissional (Ibid., p. 71).

Não bastasse isso, de acordo com o laudo da Junta Médica Oficial, elaborado
em 20-6-2017 mediante a comparação dos resultados atuais com os anteriores, de
exames realizados em 2-2-2015, o autor/apelado “...não apresenta nenhuma doença que o
incapacite ao cargo de policial militar estando apto a realizar as funções inerentes a este cargo.”
(Evento 27, anexo 2, p. 4).

Logo, acertou a Magistrada a quo ao anular o ato de eliminação do autor na


avaliação médica que, perante a Banca Examinadora, ele se submeteu, pois é
evidente a prevalência da afirmativa dos profissionais técnicos (atestados médicos) e
da Junta Médica Oficial deste Poder Judiciário que, em uníssono, denota a aptidão do
autor/apelado para exercer as funções do cargo de Praça (Soldado de 2ª Classe).

A respeito da matéria devolvida à cognição por meio da apreciação recursal,


confiram-se os precedentes específicos seguintes:

“REEXAME NECESSÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE NULIDADE. CONCURSO PÚBLICO PARA
INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. 1.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MANUTENÇÃO. Tendo a verba
honorária sido fixada de forma proporcional à demanda e por estar em

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
consonância com a legislação aplicável à espécie (art. 85, § 8º do
CPC), bem como aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade,
deve ser mantida. 2. CANDIDATO INAPTO NA AVALIAÇÃO MÉDICA.
PORTADOR DE ESCOLIOSE NA COLUNA. PROBLEMA DE SAÚDE
QUE NÃO O INABILITA PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE
SOLDADO DE 2ª CLASSE. É ilegal e arbitrário a exclusão do Autor do
concurso por ser portador de desvio na coluna, quando as provas
existentes nos autos e na perícia concluem que a escoliose
apresentada é de grau leve e não impede de desempenhar as
atribuições do cargo público pretendido de Soldado de 2ª Classe. 3.
HONORÁRIOS RECURSAIS. Desprovido o apelo interposto pela parte
impende majorar a verba honorária fixada, conforme disposto no artigo
85, §11º, do CPC. REEXAME NECESSÁRIO E APELO CONHECIDOS
E, DESPROVIDOS.” (TJGO, 5ª Câmara Cível, DGJ n.
356649.73.2013.8.09.0051, Rel. Juiz Roberto Horário de Rezende, DJe
de 1-7-2019).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCURSO PÚBLICO.


CANDIDATO REPROVADO NA AVALIAÇÃO MÉDICA. PRINCÍO DA
RAZOABILIDADE. I - Avaliação médica efetivada pela banca
examinadora, impregnada de dúvidas e contestada por três
médicos especialistas em audição, não respalda a preterição do
candidato ao concurso público para provimento do cargo de
policial militar, no mínimo, recomendaria a realização de exames
mais consistentes. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
PROVIDO.” (TJGO, 6ª Câmara Cível, Ag. Inst. n.
67561.30.2014.8.09.0000, Rel. Des. Jeová Sardinha de Moraes, DJe
1.576, de 3-7-2014).

Portanto, não vislumbro motivos para alterar a sentença atacada, devendo ser
mantida nos moldes em que editada, nesse particular.

3. DO PREQUESTIONAMENTO

Em derradeiro pedido, intenta a apelante seja promovido “...expresso


pronunciamento de todos os dispositivos normativos suscitados anteriormente, para o fim
de prequestionamento...” (Evento 50, p. 12).

Trata-se, contudo, de pretensão impossível juridicamente, pois não consta na


correspondente petição recursal, notadamente na parte alusiva ao “...MÉRITO...”
(Evento 50, p. 5), referência a qualquer preceito legal.

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
Não bastasse isso, merece registro que compete ao Poder Judiciário compor
a lide e julgar o litígio, em absoluta observância aos princípios da adstrição e da
congruência, exatamente como aqui operado, demonstrando os fundamentos que
norteiam a prestação jurisdicional, mesmo que sejam eles diversos daqueles
eventualmente listados pela parte, disso não resultando qualquer mácula ao
julgamento, notadamente quanto à sua motivação. Sobre o tema:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO


ESPECIAL. (…) II - A Corte de origem apreciou todas as questões
relevantes apresentadas com fundamentos suficientes, mediante
apreciação da disciplina normativa e cotejo ao posicionamento
jurisprudencial aplicável à hipótese. Inexistência de omissão,
contradição ou obscuridade. (…).” (STJ, 1ª Turma, AgInt no REsp n.
1283547/SC, Rel. Min. Regina Helena Costa, DJe de 31-10-2018).

“ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/73.


INEXISTÊNCIA. (…) II - Na verdade, a questão não foi decidida
conforme objetivava a recorrente, uma vez que foi aplicado
entendimento diverso. É sabido que o juiz não fica obrigado a
manifestar-se sobre todas as alegações das partes, nem a ater-se aos
fundamentos indicados por elas ou a responder, um a um, a todos os
seus argumentos, quando já encontrou motivo suficiente para
fundamentar a decisão, o que de fato ocorreu. (…).” (STJ, 2ª Turma,
AgInt no AREsp n. 971779/PR, Rel. Min. Francisco Falcão, DJe de 18-
12-2017).

Logo, é igualmente insubsistente esse derradeiro intento recursal.

Ante o exposto, nego provimento à remessa obrigatória e à apelação cível


, mantendo, por seus jurídicos termos, a sentença zurzida, aumentando os honorários
advocatícios sucumbenciais, na parte alusiva à aqui apelante, para R$ 1.500,00 (um
mil e quinhentos reais), nos termos do que dispõe o art. 85, § 11, do Código de
Processo Civil.

É como voto.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO
Relator

RS

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª


Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, POR
UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER DA REMESSA NECESSÁRIA E DA
APELAÇÃO PARA NEGAR-LHES PROVIMENTO, nos termos do voto do RELATOR.

VOTARAM com o RELATOR, os Desembargadores CARLOS ALBERTO


FRANÇA e AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, que presidiu a sessão.

PRESENTE o ilustre Procurador de Justiça, Dr. JOSÉ CARLOS MENDONÇA.

Custas de lei.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO


Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Zacarias Neves Coêlho

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO N. 39601.43.2014.8.09.0051


COMARCA DE GOIÂNIA (5ª Vara da Fazenda Pública Estadual)
AUTOR : LEANDRO PEREIRA COUTO
RÉUS : ESTADO DE GOIÁS e OUTRA
APELAÇÃO CÍVEL
APELANTE : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
APELADO : LEANDRO PEREIRA COUTO
RELATOR : DES. ZACARIAS NEVES COÊLHO

EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO


CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO
ADMINISTRATIVO C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER.
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA JURISDICIONAL NÃO
ACOLHIDA. PREJUDICIAL DE PERDA DO OBJETO
AFASTADA. PRELIMINARES DE CARÊNCIA DE AÇÃO E DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO ESTADO DE
GOIÁS REJEITADAS. CONCURSO PÚBLICO DA POLÍCIA
MILITAR DE GOIÁS. EXAME MÉDICO. DEFICIÊNCIAS
FÍSICA (COLUNA VERTEBRAL) E AUDITIVA. INEXISTÊNCIA.
EXIGÊNCIA EDITALÍCIA CUMPRIDA. NULIDADE DA
INAPTIDÃO DECLARADA PELA BANCA EXAMINADORA.
SENTENÇA MANTIDA. 1. Por serem incompatíveis com os
princípios da simplicidade, da economia processual e da
celeridade que orientam o procedimento abreviado dos
Juizados Especiais, o julgamento de causas em que se
discutem matérias relacionadas a nomeação decorrente de
concursos públicos devem ser apreciadas e julgadas pelo
Juízo Comum. Precedentes. 2. A mera constatação da
homologação do resultado do concurso não acarreta a perda
do objeto da ação proposta pelo candidato, pois permanece

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NR.PROCESSO: 0039601.43.2014.8.09.0051
viável a análise da legalidade do ato administrativo que
promoveu sua eliminação, até porque foi esse o pedido
formulado na petição inicial. 3. Não é juridicamente impossível
o pedido de controle judicial de ato administrativo pertinente à
realização de concurso público, máxime se o questionamento
apresentado refere-se à inobservância das regras do edital. 4.
O Estado de Goiás é parte legitima para figurar no polo passivo
de ação em que se discute a legalidade de regras constantes
em edital de concurso público, ainda que a UEG seja autarquia
estadual, dotada de autonomia didático-científica,
administrativa, financeira e patrimonial, isso porque as normas
foram elaboradas pelo Secretário de Estado de Gestão e
Planejamento. 5. Restando compro-vado que na realização do
exame médico a Banca Examinadora distanciou-se dos
critérios previstos no edital, pois reconheceu a existência de
deficiências que, no curso da demanda, comprovou-se não
acometerem o candidato requerente, muito menos a ponto de
torná-lo inapto ao exercício das funções do cargo para o qual
concorre, é lícito o controle jurisdicional para reconhecer a
ilegalidade desse ato, em respeito aos princípios da legalidade,
da isonomia e da vinculação ao instrumento convocatório.
Reexame necessá-rio e apelação cível desprovidos.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


13/02/2020 16:08:29

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5671203.95.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : IL
POLO PASSIVO : ALBSC
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : IL
ADVGS. PARTE : 19930 GO - RODRIGO DE MOURA GUEDES
47269 GO - GUILHERME REZENDE

PARTE INTIMADA : ALBSC


ADVG. PARTE : 10070 GO - MARIA THEREZA PACHECO ALENCASTRO VEIGA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


13/02/2020 16:09:05

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5673368.18.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JNA
POLO PASSIVO : ALBSC
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : JNA


ADVGS. PARTE : 19930 GO - RODRIGO DE MOURA GUEDES
47269 GO - GUILHERME REZENDE

PARTE INTIMADA : ALBSC


ADVGS. PARTE : 16689 GO - GUSTAVO DE FREITAS TEIXEIRA ÁLVARES
42866 GO - CLAUDIO RODRIGUES DE OLIVEIRA
49646 GO - MICHELLI MARTINS VIEIRA DE FARIA
10070 GO - MARIA THEREZA PACHECO ALENCASTRO VEIGA
38200 GO - LAIS BRINGEL DE ARAUJO

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/09/2018 09:43:15

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0039077.75.2016.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : HELDER MANUEL DA SILVA SIMOES
POLO PASSIVO : CONSTRUTORA CANADA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.


ADVG. PARTE : 103587 SP - JOSE QUAGLIOTTI SALAMONE

PARTE INTIMADA : CONSTRUTORA CANADA LTDA


ADVG. PARTE : 47486 GO - TALITA GANZAROLLI AMADOR

PARTE INTIMADA : HELDER MANUEL DA SILVA SIMOES


ADVG. PARTE : 35360 GO - CECÍLIA GOMES CARVALHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0039077.75.2016.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0039077.75.2016.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

APELANTE: CONSTRUTORA CANADA LTDA

APELADO : HELDER MANUEL DA SILVA SIMOES

RECURSO ADESIVO

RECORRENTE : HELDER MANUEL DA SILVA SIMOES

RECORRIDO : CONSTRUTORA CANADA LTDA

RELATOR DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso apelatório interposto, bem assim do


apelo adesivo manejado pelo autor, deles conheço, e passo ao exame das questões suscitadas
em cada qual.

Consoante relatado, cuida-se de APELAÇÕES CÍVEIS, a primeira interposta por


CONSTRUTORA CANADA LTDA. e a segunda por HELDER MANUEL DA SILVA SIMOES,
inconformados com a sentença proferida pelo Juiz de Direito da 9ª Vara Cível da Comarca desta
Capital, Dr. Sandro Cássio de Melo Fagundes, nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c
Perdas e Danos promovida por HELDER MANUEL DA SILVA SIMOES, o qual veiculou
RECURSO ADESIVO.

Primeiramente, defiro os benefícios da justiça gratuita ao recorrente adesivo, tão somente para o
presente recurso.

Pois bem. Segundo consta, o autor recebeu da construtora ré, por meio de Escritura Pública de
Dação em Pagamento, unidade de imóvel residencial, o qual estava hipotecado em garantia ao
Contrato Por Instrumento Particular de Abertura de Crédito e Financiamento de Empreendimento
Imobiliário com Garantia Hipotecária e outras avenças, tendo como credor hipotecário o BANCO
SANTANDER.

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NR.PROCESSO: 0039077.75.2016.8.09.0051
Diante disso, o autor ajuizou a presente ação, visando a baixa da hipoteca existente na matrícula,
bem como a indenização por danos morais e materiais.

As partes litigantes, como dito, não se conformaram com o julgamento proferido na instância
singela, manejando, a construtora requerida, recurso apelatório, e a parte autora, recurso
adesivo, como visto do relatório.

Analisarei as insurgências em conjunto.

Écediço que a hipoteca estabelecida pela construtora a favor da instituição financeira,


independentemente de ser anterior ou posterior à celebração do negócio jurídico de compra e
venda, é ineficaz em relação ao adquirente do imóvel, salvo na hipótese de o comprador integrar
a avença, de acordo com o enunciado da Súmula nº 308 do STJ, in verbis:

“A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração


da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel”

Ab initio, quanto à legitimidade passiva da instituição financeira nesses casos, justifica-se no fato
de que, na qualidade de credora hipotecária, responde pelo pedido de cancelamento da hipoteca
sobre o imóvel, bem como que resultado da demanda afeta os interesses do banco, pois se trata
de pedido de cancelamento de registro de hipoteca que lhe foi dada pela construtora.

O fato de ter ocorrido perda do objeto em relação ao pedido de baixa na hipoteca, gera os
mesmos efeitos para ambas as rés, construtora e banco, uma vez que, ao ajuizar a ação, os dois
tinham responsabilidade para a obrigação de fazer, sendo consequentemente responsáveis por
sua demora. Logo, entendo que o BANCO SANTANDER deve figurar no polo passivo da
demanda.

Em relação ao pedido do autor de indenização por danos materiais/lucros cessantes, sob o


argumento de que a existência do gravame o impediu de alienar o imóvel, gerando prejuízos
materiais, não merece acolhida, uma vez que tais alegações de prejuízo não foram efetivamente
comprovadas, como por exemplo o preço que obteria com a venda do imóvel ou se havia
compradores interessados.

De igual forma, não comprova a afirmação de que teve que “contrair empréstimos para fazer
frente as suas despesas pessoais e de sua empresa, comprometendo, inclusive seu capital de
giro”.

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NR.PROCESSO: 0039077.75.2016.8.09.0051
Por outro lado, o dano moral não fora reconhecido pelo magistrado. Todavia, observando-se as
peculiaridades do caso em questão, notadamente a demora injustificada em se proceder a baixa
da hipoteca, haja vista que o autor recebeu o imóvel em maio/2014 (fls. 57/60 dos autos físicos),
notificou a requerida construtora em julho/2015 (fls. 62/65) e ajuizou a ação em fevereiro/2016,
demonstrando que ficou esperando quase dois anos pela baixa do gravame, o que caracteriza ato
abusivo por parte das requeridas, colocando o adquirente do imóvel em situação desfavorável,
extrapolando as barreiras do mero dissabor.

Desta feita, configura-se o dano moral ensejador do dever de indenizar, tendo em vista que as
requeridas, não providenciaram a baixa da hipoteca gravada na respectiva matrícula.

Em casos análogos, decidiu este Tribunal de Justiça:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CANCELAMENTO DE REGISTRO DE HIPOTECA C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AQUISIÇÃO DE IMÓVEL. QUITAÇÃO INTEGRAL DO
VALOR. BAIXA DA HIPOTECA. MULTA DIÁRIA. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM
MANTIDO. I - Conforme a Súmula n. 308 do Superior Tribunal de Justiça, a garantia hipotecária
fixada entre a incorporadora e o agente financiador do empreendimento, anterior ou posterior à
celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante o terceiro adquirente de
boa-fé do imóvel. II- É cabível a fixação de multa diária no caso em comento, a qual possui
caráter coercitivo e objetiva compelir a parte a agir conforme a decisão proferida, impondo-se sua
manutenção, bem como do valor fixado, vez que observados os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade. III - O prejuízo subjetivo experimentado pelo terceiro adquirente, em razão do
não levantamento da hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, extrapola as
barreiras do mero dissabor, sendo, portanto, passível de indenização. IV- O montante fixado a
título de danos morais não merece nenhum reparo, uma vez que observados os critérios para a
sua fixação, levando-se em conta a posição social do ofensor, a extensão do dano, o grau de dolo
ou culpa do agente ofensor e a média de indenizações na jurisprudencial local, aproximando-se,
ainda, da justa medida do abalo sofrido, evitando, de um lado, o enriquecimento sem causa e, de
outro, a impunidade, de maneira a propiciar a inibição da conduta ilícita. APELO CONHECIDO E
DESPROVIDO.”(TJGO, Apelação (CPC) 5236096-04.2016.8.09.0051, Rel. JOSÉ CARLOS DE
OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 22/03/2018, DJe de 22/03/2018).

“AGRAVOS EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO COMINATÓRIA COM PEDIDO DE LIMINAR DE


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL. COMPRA
E VENDA DE IMÓVEL. DEMORA NA ENTREGA. HIPOTECA. DECISÃO MONOCRÁTICA.
AUSÊNCIA DE FATO NOVO QUE JUSTIFIQUE A MODIFICAÇÃO. I - A hipoteca firmada entre a
incorporadora e a financeira não tem eficácia perante o adquirente do imóvel (Súmula 308/STJ),
de modo que, em havendo o pagamento integral do preço, assiste ao comprador o direito à baixa
do ônus. II - A demora injustificada na liberação do imóvel hipotecário dá ensejo a condenação
por dano moral, não se tratando de mero descumprimento contratual. III - O Agravo Regimental
que apenas renova a discussão ocorrida no recurso de apelação, deixando de trazer novos
fundamentos que venham justificar a reforma da decisão recorrida, modificando a convicção do

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NR.PROCESSO: 0039077.75.2016.8.09.0051
julgador, nega-se provimento. AGRAVOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS.”(TJGO,
APELACAO CIVEL 167325-64.2013.8.09.0051, 2A CAMARA CIVEL, julgado em 14/07/2015, DJe
1832 de 23/07/2015, de minha relatoria).

No que se refere ao valor da indenização a esse título, impõe-se destacar que se trata de questão
complexa, não havendo critérios matemáticos ou padronizados para se estabelecer o montante
pecuniário devido.

Em casos tais, o julgador deve se valer do bom senso, da equidade, da proporcionalidade e da


razoabilidade, ainda, ater-se ao grau de culpa do ofensor, sua situação econômica, a repercussão
social do ato lesivo, as condições pessoais da vítima e a natureza do direito violado.

Desta forma, para se fixar um valor justo, faz-se necessária a análise conjunta desses critérios,
cabendo, ainda, cuidar para não promover eventual enriquecimento ilícito da parte a ser
indenizada e, noutra vertente, que o quantum arbitrado não cause o empobrecimento da parte
ofensora.

Deve-se, outrossim, objetivar dois aspectos finalísticos: o compensatório e o punitivo. A


compensação no intento de minimizar as consequências do fato e a punição no intuito de
desestimular aquela conduta, função eminentemente pedagógica.

A propósito, explicita o jurista Rui Stoco, in verbis:

“(...) Perceba-se que compensar não significa reparar, se usadas as palavras em seu sentido
técnico-jurídico. Não se há de repudiar a teoria do valor do desestímulo enquanto critério, pois o
propósito de desestimular ou alertar o agente causador do mal com a objetiva imposição de uma
sanção pecuniária não significa a exigência de que componha um valor absurdo, despropositado
e superior às forças de quem paga; nem deve ultrapassar a própria capacidade de ganhar da
vítima e, principalmente, a sua necessidade ou carência material, até porque, se nenhum prejuízo
dessa ordem sofreu, o valor apenas irá compensar a dor, o sofrimento, a angústia a vergonha etc.
e não reparar a perda palpável, o ressarcimento dito material”. (In Tratado de Responsabilidade
Civil, 6ª ed., São Paulo, Ed. RT, 2004, p.1.707).

Assim sendo, à luz da pauta jurisprudencial, tenho que a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais),
se amoldando aos postulados da proporcionalidade e da razoabilidade, cujos princípios, como
visto, devem ser sobremaneira observados em casos tais.

Destarte, ambos responderão solidariamente pelos danos causados ao autor, devendo os ônus
sucumbenciais ser repartidos de forma igualitária entre os réus.

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NR.PROCESSO: 0039077.75.2016.8.09.0051
Assim, com as modificações aqui realizadas, tenho que merece reforma a forma em que fixados
os honorários advocatícios e custas processuais, nos termos do artigo 85, §§ 2º e 10º e do artigo
87 do CPC/15.

Tendo a parte autora decaído de parte mínima do pedido, bem como em atenção ao princípio da
causalidade, condeno as requeridas, CONSTRUTORA CANADA LTDA e BANCO SANTANDER
S/A, solidariamente, no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios em favor da
parte autora, fixados em R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais).

Ante o exposto, conheço dos recursos, desprovejo a apelação e concedo parcial provimento ao
recurso adesivo, nos termos acima explicitados.

Éo voto.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


PERDAS E DANOS. ADQUIRENTE DE IMÓVEL. BAIXA DE HIPOTECA – SÚMULA 308/STJ.
PERDA DE OBJETO, LEGITIMIDADE PASSIVA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. DANOS
MORAIS CONFIGURADOS. SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE.

1. É cediço que, em consonância ao enunciado da Súmula 308/STJ, a hipoteca firmada entre a


incorporadora e a financeira não tem eficácia perante o adquirente do imóvel, de modo que, em
havendo o pagamento integral do preço, assiste ao comprador o direito à baixa do gravame.

2. Quanto à legitimidade passiva da instituição financeira nesses casos, justifica-se no fato de


que, na qualidade de credora hipotecária, responde pelo pedido de cancelamento da hipoteca
sobre o imóvel, bem como que o resultado da demanda afeta os interesses do banco, pois se
trata de pedido de cancelamento de registro de hipoteca que lhe foi dada pela construtora. O fato
de ter ocorrido perda do objeto em relação ao pedido de baixa na hipoteca, gera os mesmos

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0039077.75.2016.8.09.0051
efeitos para ambas as rés, construtora e banco, uma vez que, ao ajuizar a ação, os dois tinham
responsabilidade para a obrigação de fazer, sendo consequentemente responsáveis por sua
demora.

3. Os danos subjetivos experimentados pelo adquirente, em razão do não levantamento da


hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, extrapolam as barreiras do mero
dissabor, passível, portanto, de indenização.

4. Conforme precedentes desta Corte, configurado o dano moral, a fixação do valor a ser pago a
título de reparação há de ser em quantia moderada e razoável, evitando-se que se converta em
vantagem excessiva ou expresse importância ínfima, em observância aos postulados da
proporcionalidade e da razoabilidade. Nessa perspectiva, ponderadas as especificidades do caso,
o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) mostra-se adequado à espécie e consentâneo à
orientação jurisprudencial.

5. Tendo a parte autora decaído de parte mínima do pedido, bem como em atenção ao princípio
da causalidade, devem ser condenadas as requeridas, construtora e instituição financeira,
solidariamente, no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios em favor da
parte autora.

RECURSOS CONHECIDOS. APELAÇÃO DESPROVIDA E RECURSO ADESIVO


PARCIALMENTE PROVIDO.

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Apelação Cível e Recurso Adesivo nº


0039077.75.2016.8.09.0051, Comarca de Goiânia, sendo apelante/recorrido(a) CONSTRUTORA
CANADA LTDA e apelado(a)/recorrente HELDER MANUEL DA SILVA SIMOES.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer ambos os recursos, prover
parcialmente o Recurso Adesivo e desprover a Apelação Cível, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, o Desembargador Ney Teles de Paula e o Juiz Maurício Porfírio Rosa
(em substituição ao Des. Zacarias Neves Coêlho).

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Carlos Alberto França.

PRESENTE a Dra. Sandra Beatriz Feitosa de Paula Dias, Procuradora de Justiça.

Goiânia, 18 de setembro de 2018.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0039077.75.2016.8.09.0051
Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 0039077.75.2016.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
PERDAS E DANOS. ADQUIRENTE DE IMÓVEL. BAIXA DE HIPOTECA – SÚMULA 308/STJ.
PERDA DE OBJETO, LEGITIMIDADE PASSIVA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. DANOS
MORAIS CONFIGURADOS. SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE.

1. É cediço que, em consonância ao enunciado da Súmula 308/STJ, a hipoteca firmada entre a


incorporadora e a financeira não tem eficácia perante o adquirente do imóvel, de modo que, em
havendo o pagamento integral do preço, assiste ao comprador o direito à baixa do gravame.

2. Quanto à legitimidade passiva da instituição financeira nesses casos, justifica-se no fato de


que, na qualidade de credora hipotecária, responde pelo pedido de cancelamento da hipoteca
sobre o imóvel, bem como que o resultado da demanda afeta os interesses do banco, pois se
trata de pedido de cancelamento de registro de hipoteca que lhe foi dada pela construtora. O fato
de ter ocorrido perda do objeto em relação ao pedido de baixa na hipoteca, gera os mesmos
efeitos para ambas as rés, construtora e banco, uma vez que, ao ajuizar a ação, os dois tinham
responsabilidade para a obrigação de fazer, sendo consequentemente responsáveis por sua
demora.

3. Os danos subjetivos experimentados pelo adquirente, em razão do não levantamento da


hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, extrapolam as barreiras do mero
dissabor, passível, portanto, de indenização.

4. Conforme precedentes desta Corte, configurado o dano moral, a fixação do valor a ser pago a
título de reparação há de ser em quantia moderada e razoável, evitando-se que se converta em
vantagem excessiva ou expresse importância ínfima, em observância aos postulados da
proporcionalidade e da razoabilidade. Nessa perspectiva, ponderadas as especificidades do caso,
o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) mostra-se adequado à espécie e consentâneo à
orientação jurisprudencial.

5. Tendo a parte autora decaído de parte mínima do pedido, bem como em atenção ao princípio
da causalidade, devem ser condenadas as requeridas, construtora e instituição financeira,
solidariamente, no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios em favor da
parte autora.

RECURSOS CONHECIDOS. APELAÇÃO DESPROVIDA E RECURSO ADESIVO


PARCIALMENTE PROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 13/02/2020


16:18:56

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5589554.11.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JOSE ANTONIO LEITE
POLO PASSIVO : ALRA PINTURA E REFORMAS EM GERAL
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSE ANTONIO LEITE


ADVGS. PARTE : 36733 GO - LUANA MELO DE HOLANDA
36610 GO - JADSON CÉSAR MOREIRA BIÂNGULO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5589554.11.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5589554.11.2019.8.09.0000

AGRAVANTE: JOSE ANTONIO LEITE

AGRAVADA: ALRA PINTURA E REFORMAS EM GERAL

RELATOR : DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DESPACHO

Intime-se a agravada para se manifestar sobre o recurso interposto evento nº 07, no prazo de 15
(quinze) dias, na forma do art. 1.021, § 2° do NCPC (Lei n. 13.105/15).

Após, conclusos.

Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5589554.11.2019.8.09.0000
Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 13/02/2020 18:47:00

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5067219.21.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A.
POLO PASSIVO : SUELI JEREMIAS DA SILVA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A.


ADVG. PARTE : 56252 GO - TIAGO FELIPE DE LIMA

PARTE INTIMADA : SUELI JEREMIAS DA SILVA


ADVG. PARTE : 11495 GO - CLÓVIS MUNIZ REIS FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5067219.21.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 5067219.21.2020.8.09.0000


COMARCA DE NERÓPOLIS
AGRAVANTE: CELG DISTRIBUIÇÃO S/A – CELG D.
AGRAVADA: SUELI JEREMIAS DA SILVA
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, COM PEDIDO DE EFEITO


SUSPENSIVO, interposto por CELG DISTRIBUIDORA S/A, em razão de decisão
proferida pela magistrada Vanessa Rios Seabra, da 1ª Vara Cível da comarca de
Nerópolis, nos autos da “ação declaratória de inexistência de débito c/c obrigação de
não fazer c/c indenização” ajuizada por SUELI JEREMIAS DA SILVA, a qual deferiu o
pedido liminar pleiteado.
A parte atacada do ato judicial recorrido restou assim lavrada:

Analisando detidamente o pedido inicial, mas em uma análise


perfunctória e não exauriente, própria das liminares, verifico presentes os
requisitos necessários à concessão parcial da tutela de urgência
antecipada, considerando os fatos relatados e a documentação anexada
(movimentação nº 01), sendo de conhecimento notório os danos que o
corte indevido de serviço essencial podem causar ao consumidor, bem
como a negativação irregular por inadimplência, razões pelas quais defiro
o pedido liminar para determinar à requerida que abstenha-se de
promover o corte de energia elétrica da unidade consumidora descrita na
inicial em virtude de dívida antiga (mais de 90 dias) parcelada, e de inserir
o nome da autora nos órgãos de proteção ao crédito.

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NR.PROCESSO: 5067219.21.2020.8.09.0000
Irresignada com a decisão a requerida, ora agravante, interpôs o presente
Agravo de Instrumento alegando que “a unidade consumidora da Agravada passou por
uma inspeção, momento em que identificou a existência de anormalidade na medição
do consumo da unidade consumidora em questão, os lacres de segurança estavam
rompidos, bloque terminal queimado, bobina de potencial do elemento 2 com fiação
cortada, cargas fora do limite, ocasionando o registro incorreto do consumo de energia
elétrica”.
Informou que “o processo administrativo não correu a revelia da parte
agravante, tendo sido notificada da existência do referido processo, tendo inclusive
apresentado defesa na esfera administrativa”.
Observou que “não há que se falar em nulidade da cobrança, uma vez que foi
constatada a irregularidade no medidor, sendo esta legítima, e, se houve dano, a
vítima foi a Agravante, que deixou de receber pelo real consumo”.
Pediu, então, que “seja provido este recurso para reforma da decisão
recorrida, indeferindo-se a antecipação dos efeitos da tutela requerida por ser medida
de direito e justiça, haja vista inexistir no caso em tela a presença do fumus boni iuris.
De forma subsidiária, que seja reformada a decisão agravada, sendo a Concessionária
autorizada a incluir o nome do Agravado nos Órgãos de Proteção ao Crédito”.
Alternativamente, pleiteou, ainda, “que seja o agravado, intimado para que
proceda com a consignação dos valores oriundos do TOI, junto ao juízo de piso”.

É o relatório. DECIDO.

O artigo 1.019, I, do Códex Processual em vigência, prevê que o relator


poderá “atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua
decisão”.
Pois bem; para a concessão de efeito suspensivo ao Agravo de Instrumento é
indispensável a presença do risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação e,
ainda, a demonstração da probabilidade de provimento da insurgência (art. 995,
parágrafo único do CPC).
Na espécie, vejo que razões não assistem à recorrente ao pleitear a
concessão de efeito suspensivo ao recurso.
É que, em análise perfunctória da documentação juntada no recurso e no
processo de origem, não se ressaem suficientes razões a justificar o provimento da
insurgência.

ANTE O EXPOSTO, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5067219.21.2020.8.09.0000
Nos termos do art. 1.019, inciso II, do CPC, intime-se o agravado para,
querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, contrapor-se a este recurso.
Intime-se, também, a agravante do teor desta decisão.
Comunique-se ao Juízo prolator da decisão recorrida.
Cumpra-se.

Goiânia, documento assinado digitalmente nesta data.


DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
Relator
LNE

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/02/2020


11:58:21

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5320250.48.2017.8.09.0138
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ANTONIO ALVES MARTINS
POLO PASSIVO : SECRETARIA MUNICIPAL DA SAUDE DE RIO VERDE-GO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ANTONIO ALVES MARTINS


ADVG. PARTE : 7839 GO - AMAURY FERREIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5320250.48.2017.8.09.0138
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE GOIÁS
Comarca de Rio Verde
Vara das Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental

Protocolo nº: 5320250.48.2017.8.09.0138


Natureza: Procedimento Comum
Valor da Ação: R$ 937,00
Promovente: ANTONIO ALVES MARTINS
Promovido:
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAUDE DE RIO VERDE-GO, CPF Nº --
Endereço: Rua Joaquim Mota, nº. 257, , VILA SANTO ANTONIO, RIO VERDE/Goiás

DESPACHO

Ante o cumprimento do despacho proferido à movimentação nº 40, remetam-se os


autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, com as nossas homenagens.

O presente despacho servirá como carta ou mandado de notificação, citação e/ou


intimação, nos termos do art. 368i do Provimento nº. 02/2012 da Corregedoria-Geral da Justiça
do Estado de Goiás.

Rio Verde, 20 de fevereiro de 2020.

Márcio Morrone Xavier,

Juiz de Direito.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 13/02/2020 18:47:00

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5038837.18.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SANLLEY GONÇALVES LOPES DA SILVA
POLO PASSIVO : BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SANLLEY GONÇALVES LOPES DA SILVA


ADVGS. PARTE : 15914 GO - WESLEY AUGUSTO GONÇALVES
33519 GO - MARCÉLIA DO ROSARIO PEREIRA VALADÃO
30186 GO - ANDRE VERISSIMO PEREIRA

PARTE INTIMADA : BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS


ADVGS. PARTE : 47308 GO - LETICIA ALMEIDA FERREIRA
3411 GO - CELSO GONÇALVES BENJAMIN
13723 GO - SANDRA MARCELINO DA SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5038837.18.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5038837.18.2020.8.09.0000
COMARCA DE ANICUNS
AGRAVANTE: SANLLEY GONÇALVES LOPES DA SILVA
AGRAVADA: BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Sanlley Gonçalves Lopes da Silva


contra a decisão proferida pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da comarca de
Anicuns, Dr. Lionardo José de Oliveira, nos autos da ação de medida cautelar de
produção antecipada de prova ajuizada pelo agravante em face de BRADESCO
AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS.
No decisum vergastado, o magistrado assim determinou:

“(…) Sanlley Gonçalves Lopes da Silva, qualificado, requereu


a redesignação da perícia marcada para o dia 04/12/2019, ao
fundamento de impossibilidade de comparecimento de seu
assistente técnico. Sem razão. A uma, não instruiu seu
pedido com prova documental acerca do impedimento
alegado. A duas, intimado da data de realização da perícia há
quase um mês. Isso tudo sem perder de vista que a
remarcação da perícia vai de encontro à razoável duração do
processo. Sobretudo porque já anulado um laudo pericial no
caso concreto. A bem da verdade, faz-se mister a imediata
realização da perícia a fim de que se evite o perecimento do
direito que se pretende demonstrar. Ante o exposto,
INDEFIRO o pedido de ev. 62 e mantenho a perícia aprazada.
(...)”

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5038837.18.2020.8.09.0000
O agravante aduz que o perito firmou declaração verdadeira, porquanto não mentiria
para o Judiciário.
Destaca que “(…) a parte mais prejudicada, tanto com a redesignação da perícia
técnica, quanto com o não comparecimento do perito assistente, é a parte
Agravante, já que o veículo objeto da perícia se encontra parado desde a
ocorrência do sinistro, estando imprestável para qualquer tipo de serviço e se
deteriorando com as intempéries do clima (...)”.
Salienta que a perícia técnica realizada sem a participação do assistente é incapaz de
destacar os pontos controversos e indicar a dinâmica do acidente, afrontando os
princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
Entende que o indeferimento da redesignação da data da perícia foi apenas
contraproducente, não contribuindo para o esclarecimento da verdade real.
Obtempera que a nova perícia, já feita no dia 04/12/2019, deve ser anulada, porquanto
o perito judicial demonstrou parcialidade em seu laudo.
Nestes termos, requer a concessão de efeito suspensivo ao agravo para que o laudo
pericial já realizado não seja homologado e, ao final, o provimento do recurso, sendo
designada nova data para a perícia e anulado o laudo pericial juntado aos autos
originários.
Preparo devidamente recolhido.

É o relatório. Decido.

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.


O artigo 1.019, I, do Códex Processual em vigência, prevê que, recebido o agravo de
instrumento, o relator “poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando
ao juiz sua decisão”.
A concessão de efeito suspensivo pressupõe a conjugação dos requisitos do art. 995
da norma instrumental, consubstanciados na possibilidade de resultar lesão grave, de
difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do
recurso.
Da análise circunstanciada dos autos, numa cognição sumária, própria do estágio
procedimental, os fundamentos apresentados pelo agravante, bem assim os
documentos juntados, não são aptos a, de pronto, afastar o pronunciamento judicial de
primeiro grau, restando ausentes os requisitos indispensáveis ao deferimento da
medida suspensiva.

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NR.PROCESSO: 5038837.18.2020.8.09.0000
Assim sendo, indefiro o pedido de efeito suspensivo ao agravo.
Comunique-se ao juízo a quo o teor da presente, bem como intime-se a parte
agravada para, querendo, responder o recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme
art. 1.019, II, do CPC/2015.
Intimem-se.
Goiânia, assinado digitalmente nesta data.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


LEA Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Concedida em Parte a Medida Liminar (cpc)
- Data da Movimentação 19/02/2020 15:53:52

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5083380.09.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : LETICIA ASSIS DO NASCIMENTO
POLO PASSIVO : BANCO J SAFRA SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO J SAFRA SA


ADVG. PARTE : 91045 MG - MARCELO MICHEL DE ASSIS MAGALHAES

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5083380.09.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5083380.09.2020.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: LETÍCIA ASSIS DO NASCIMENTO
AGRAVADO: BANCO J. SAFRA S/A
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por LETÍCIA ASSIS DO NASCIMENTO,


representada pela Defensoria Pública do Estado de Goiás, da decisão proferida pelo
Juiz de Direito da 21ª Vara Cível de Goiânia, Dr. Átila Naves do Amaral, na ação de
Busca e Apreensão convertida em Execução ajuizada pelo BANCO J. SAFRA S/A,
evento 78, complementada após análise de Embargos de Declaração, evento 90, nos
seguintes termos:

“...Ao teor do exposto, DEFIRO o petitório de evento 77, e, para tanto, determino
ofício, a fim de que promova o desconto em folha de pagamento da Executada
LETÍCIA ASSIS DO NASCIMENTO no percentual de 30% (trinta por cento) do
salário líquido do devedor.
Deverá o desconto acima autorizado, ser encerrado assim que o restante do
quantum do débito exequendo for totalmente executado para satisfação da
obrigação pelo credor.
Destaco ainda que a fonte pagadora fica incumbida de especificar o valor total
do salário e o valor corresponde a 30%(trinta por cento), depositando-o na conta
judicial vinculada a este juízo.
(...)
Por essas razões, conheço dos embargos de declaração e DOU-LHES PARCIAL
PROVIMENTO, ao passo que reconheço a omissão em relação ao valor
bloqueado na conta da executada e determino que seja mantido o bloqueio de

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NR.PROCESSO: 5083380.09.2020.8.09.0000
30% (trinta por cento) do valor penhorado no evento 71 e transferido para uma
conta judicial vinculada a este processo. O restante da quantia, deve ser
desbloqueada.
Dados para efetivação da medida: Valor a ser desbloqueado: R$ 921,59
(novecentos e vinte e um reais e cinquenta e nove centavos).
Do mesmo modo, o pedido de gratuidade da justiça feito pela ré, em análise dos
autos eletrônicos, perquiro que a parte executada fez prova de sua necessidade
de assistência judiciária gratuita com documentos cabais, o que viabiliza a
concessão do seu pedido de isenção de custas processuais e eventuais
honorários de sucumbência, que fica desde já DEFERIDO a AJG para Leticia
Assis do Nascimento.”

Sustenta a agravante que “...o crédito exequendo não guarda pertinência com a
exceção à impenhorabilidade trazida pelo art. 833, §2º do CPC, vez que tais
exceções não alcançam inadimplemento decorrente de contrato de alienação
fiduciária (prestações alimentares ou importâncias excedentes a 50 salários
mínimos)”, eis que recebe R$ 1.908,76 (um mil, novecentos e oito reais e setenta e
seis centavos) como Técnica em Enfermagem.

Destacando que a regra da impenhorabilidade, prevista no art. 833, IV, do CPC,


prescinde de maiores explicações, encerra com o pedido de concessão de efeito
suspensivo ao recurso para sobrestar o feito, provendo-o, em definitivo, ao final.

Isto posto, DECIDO.

A concessão de efeito suspensivo ao ato agravado ou a tutela antecipada recursal


pressupõe, em linhas gerais, a conjugação dos requisitos elencados no artigo 995,
parágrafo único, do atual Código de Processo Civil, consubstanciados na relevância da
fundamentação e na possibilidade de resultar lesão grave e de difícil reparação.

Da análise circunstanciada dos autos, numa cognição sumária própria do estágio


procedimental, tenho por relevantes os fundamentos apresentados pela agravante,
sendo de prudente alvitre que se suspenda os efeitos da decisão impugnada ao
ordenar o desconto mensal em folha de pagamento, diante, inclusive, do
direcionamento da jurisprudência acerca da impenhorabilidade defendida.

Com essas considerações, defiro, em parte, a medida pleiteada, tão somente para
suspender os efeitos da decisão hostilizada quanto à efetivação do desconto mensal
na remuneração da recorrente, até ulterior julgamento do Agravo.

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NR.PROCESSO: 5083380.09.2020.8.09.0000
Comunique-se ao juízo a quo o teor da presente, bem como seja o recorrido intimado
para, querendo, responder ao recurso no prazo legal.

Intimem-se.

Goiânia, documento assinado nesta data.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LMW

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Concedida a Medida Liminar (cpc) - Data da
Movimentação 13/02/2020 18:47:01

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5067875.75.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CORR PLASTIK INDUSTRIAL LTDA
POLO PASSIVO : SANEFER - CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA.
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CORR PLASTIK INDUSTRIAL LTDA


ADVG. PARTE : 18452 SP - LAURO SOTTO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5067875.75.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5067875.75.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: CORR PLASTIK INDUSTRIAL LTDA.
AGRAVADA: SANEFER – CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA.
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por


CORR PLASTIK INDUSTRIAL LTDA. da decisão proferida pela Juíza de Direito da 2ª
Vara Cível da comarca de Goiânia, Drª. Simone Monteiro (evento nº 14 – processo
originário), nos autos da Impugnação de Crédito em recuperação judicial requerida
pela agravada SANEFER – CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA., que
manifestou-se nos seguintes termos:

“Tendo em vista a informação contida na certidão do evento


n° 11, intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze)
dias, promover o recolhimento das custas iniciais. Não
havendo o pagamento devido, subam os autos conclusos
para extinção.”

A agravante insurge contra referida decisão alegando inexistir norma expressa que
autorize a cobrança de custas iniciais para o Incidente de Impugnação de Crédito nos
autos da recuperação judicial que, no caso, ultrapassaria o montante de R$ 11.000,00
(onze mil reais).

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NR.PROCESSO: 5067875.75.2020.8.09.0000
Diz que não houve apreciação quanto a seu pedido de reconsideração e, ainda, que a
magistrada equivocou-se ao analisar a natureza das custas e despesas processuais.

Salienta que as custas têm natureza de tributo na modalidade de taxa e, sendo assim,
deve respeitar o princípio da estrita legalidade tributária, nos termos do art. 150, inciso
I, da Constituição Federal.

Ademais, informa que a Lei nº 11.101/2005, que regulamenta as impugnações de


crédito na recuperação judicial não prevê o recolhimento de custas.

Colaciona precedentes jurisprudenciais sobre o tema e, ao final, pugna pela


concessão do efeito suspensivo ao ato agravado e, no mérito, o provimento do recurso
para que a impugnação ao crédito seja processada sem a exigência das custas inicias.

Documentos e preparo visto no evento nº 1.

Isto posto, DECIDO.

Pois bem, a concessão de efeito suspensivo ao ato agravado ou a tutela antecipada


recursal pressupõe, em linhas gerais, a conjugação dos requisitos elencados no artigo
995, parágrafo único c/c art. 1.019, I, ambos do Código de Processo Civil,
consubstanciados na relevância da fundamentação e na possibilidade de resultar
lesão grave e de difícil reparação.

Da análise das razões e documentos que ancoram a petição inicial da ação de origem,
numa cognição sumária própria do estágio procedimental, vislumbrei presentes todos
os requisitos indispensáveis ao deferimento da medida suspensiva.

Há indicativos de probabilidade do direito invocado em sede recursal, pelo menos

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NR.PROCESSO: 5067875.75.2020.8.09.0000
numa análise a priori formulada.

Assim, defiro a medida pleiteada.

Intime-se a agravada para, querendo, responder ao recurso, no prazo de 15 (quinze)


dias.

Após, remetam-se os autos à douta Procuradoria-Geral de Justiça para os fins de


mister.

Intime-se. Cumpra-se.

Goiânia, assinado digitalmente.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


LLA Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 14/02/2020


13:57:17

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0221298.26.2016.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DARIO DE SOUZA
POLO PASSIVO : INCORPORACAO TROPICAL LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : INCORPORACAO TROPICAL LTDA


ADVGS. PARTE : 32520 GO - ALEX JOSÉ SILVA
34945 GO - RICARDO MIRANDA BONIFÁCIO E SOUZA

PARTE INTIMADA : INCORPORADORA BORGES LANDEIRO S/A


ADVGS. PARTE : 32520 GO - ALEX JOSÉ SILVA
34945 GO - RICARDO MIRANDA BONIFÁCIO E SOUZA

PARTE INTIMADA : APARECIDA BARBOSA DE SOUZA


ADVG. PARTE : 14428 GO - MIRNA PINCOWSCA RIBEIRO

PARTE INTIMADA : DARIO DE SOUZA


ADVG. PARTE : 14428 GO - MIRNA PINCOWSCA RIBEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0221298.26.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 221298.26.2016.8.09.0051

APELANTE INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA

APELADO DÁRIO DE SOUZA e APARECIDA BARBOSA DE SOUZA

COMARCA GOIÂNIA

RELATOR DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

CÂMARA 2ª CÍVEL

DESPACHO

Considerando o disposto no artigo 3º, § 3º, do Código de Processo Civil, na linha de


que devem ser estimulados os métodos de solução consensual de conflitos, bem como da
natureza de direito disponível da demanda e suas peculiaridades, intimem-se as partes a
manifestarem sobre a possibilidade da realização de acordo no Centro Judiciário de Solução de
Conflitos e Cidadania em Segundo Grau, no prazo de 10 (dez) dias.

Intimem-se.

Cumpra-se.

Goiânia, assinado nesta data.

DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Juiz Substituto em Segundo Grau

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 14/02/2020 13:57:18

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5063833.80.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO DO BRASIL
POLO PASSIVO : GERALDO CORREIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL


ADVG. PARTE : 27024 GO - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES

PARTE INTIMADA : GERALDO CORREIA


ADVGS. PARTE : 11270 GO - SAULO MEDEIROS JÚNIOR
31637 GO - LEONARDO GONÇALVES NACIMENTO
30637 GO - PEDRO PAULO ROMANO FILHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5063833.80.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5063833.80.2020.8.09.0000

COMARCA PIRES DO RIO

AGRAVANTE BANCO DO BRASIL S.A.

AGRAVADO GERALDO CORREIA

RELATOR Eudélcio Machado Fagundes - Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

DECISÃO LIMINAR

BANCO DO BRASIL S.A. interpõe Agravo de Instrumento em ataque à decisão interlocutória1


proferida pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Pires do Rio, Dr. Hélio Antônio Crisóstomo
de Castro, nos autos da ação individual de execução de sentença coletiva ajuizada em seu desfavor por
GERALDO CORREIA, aqui designado agravado.

Ao decidir, o Magistrado de instância singular acolheu, em parte, a impugnação ao cumprimento de


sentença apresentada pelo ora recorrente para determinar a exclusão dos juros remuneratórios do quantum
debeatur. Alfim, nomeou expert para a realização de perícia contábil.

Nas razões do recurso2, o banco insurgente relata a existência de Recurso Extraordinário, no


Supremo Tribunal Federal, em que teria sido reconhecida a repercussão geral da questão atinente ao direito
adquirido e ao ato jurídico perfeito supostamente decorrentes de expurgos inflacionários oriundos dos Planos
Econômicos Bresser e Verão. Cita decisão emanada pelo insigne Ministro Dias Toffoli no RE nº 626.307/SP.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5063833.80.2020.8.09.0000
Adiante, assevera que o exequente, ora agravado, é parte ilegítima para requerer em juízo o
pagamento do valor a que entende fazer jus, proveniente de diferenças de expurgos inflacionários, pois não é
associado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (o qual ajuizara a ação coletiva).

Aponta, ainda, violação aos limites objetivos da coisa julgada e diz ser competente para apreciação
da matéria o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

Afora isso, bate-se contra o valor cobrado, supondo excesso de execução, dada a ventilada
irregularidade verificada quanto aos índices de atualização do débito, bem como quanto à incidência dos juros
moratórios. Frisa, para tanto, que os poupadores fazem jus apenas à diferença da correção monetária não
creditada (20,36%) no período de janeiro de 1989 e que deve ser aplicado o índice de 10,14% para fevereiro de
1989.

Defende, noutro vértice, que o termo inicial para aplicação de juros de mora é a data da citação no
processo de execução, e não a data da citação nos autos da ação civil pública em que foi proferida a sentença
genérica, e que devem incidir à monta de 0,5% ao mês.

Por fim, postula o prequestionamento da matéria debatida.

Nestes termos, entendendo presentes os pressupostos de relevância e urgência, o rebelante requer


seja atribuído efeito suspensivo ao recurso, e, após processado, pugna pela reforma da decisão fustigada, no
afã de que seja acolhida integralmente a impugnação ao cumprimento de sentença por ele apresentada na
instância singular.

Documentos acostados aos autos, dentre eles o preparo regular3.

É, em epítome, o relatório. Passo a decidir.

Inicialmente, admito o processamento do agravo de instrumento, eis que a decisão impugnada fora
proferida em sede de cumprimento de sentença, amoldando-se, portanto, às condições previstas no parágrafo
único, do artigo 1.015, do Código de Processo Civil.

Conforme relatado, postula o agravante a atribuição de efeito suspensivo ao recurso, como forma de
obstar o andamento processual da ação que lhe é movida em primeira instância.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5063833.80.2020.8.09.0000
É bem verdade que, nos termos do art. 995, do Digesto Processual Civil, a interposição de recurso,
inclusive de agravo de instrumento, não impede a eficácia da decisão recorrida, daí por que, via de regra, deve
ser ele recebido apenas no efeito devolutivo. Por outro lado, é possível ao Relator suspender o cumprimento da
decisão agravada até pronunciamento definitivo da Turma ou Câmara Julgadora, desde que preenchidos os
pressupostos listados no parágrafo único do art. 995, do referido diploma legal, que exige, para tanto, a
demonstração da probabilidade de provimento do recurso, acrescido do fato de que, se levado a efeito, o ato
impugnado importará risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação.

Na hipótese vertente, malgrado o esforço argumentativo do banco recursante, em sede de cognição


perfunctória, não vislumbro a presença dos pressupostos ensejadores da medida pleiteada, sobretudo a
probabilidade de provimento do recurso.

É que, a princípio, a causa de sobrestamento soerguida no arrazoado é inaplicável à demanda em


voga. Isso, porque a ordem de suspensão emanada no RE nº 626.307/SP não alcança as ações que estejam
em fase de execução (como ocorre in casu) ou de instrução (cf. TJGO, 3ª Câmara Cível, Agravo de Instrumento
nº 5365422-05.2018.8.09.0000, Rel. Des. Gerson Santana Cintra, DJe de 06/12/2018).

Pari passu, as diretivas traçadas na decisão fustigada para o cálculo do quantum debeatur
aparentemente estão em perfeita harmônia com inúmeros casos julgados por esta e por outras cortes do país,
em que o tema expurgos inflacionários foi abordado.

Desta maneira, ausente o fumus boni iuris, despicienda é a análise da presença do periculum in
mora, pois é cediço no meio jurídico que a falta de apenas um desses requisitos já é suficiente para que se
indefira o efeito suspensivo postulado.

Ao cabo do exposto, indefiro a pretensão liminar de atribuição de efeito suspensivo ao agravo,


remanescendo-lhe apenas o ordinário efeito devolutivo.

Intime-se o agravado, para que, caso queira, oferte contraminuta no prazo legal, consoante dispõe o
art. 1.019, II, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Intimem-se.

Goiânia, datada e assinada digitalmente.

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NR.PROCESSO: 5063833.80.2020.8.09.0000
Eudélcio Machado Fagundes

Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

Relator

1 Vide Movimentação 10, dos autos originários de nº 0291302.25.2014.8.09.0127.

2 Vide Movimentação 1, Arquivo 1.

3 Vide Movimentação 1, Arquivos 4/5.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


14/02/2020 14:09:54

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5420131.87.2017.8.09.0076
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ISABELLA MARTINS SANTOS FREITAS
POLO PASSIVO : LIMAR GONÇALVES DE JESUS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LIMAR GONÇALVES DE JESUS


ADVGS. PARTE : 41515 GO - FERNANDO COSTA MARTINS
23759 GO - MARTIUS ALEXANDRE GONÇALVES BUENO
31717 GO - RICARDO TEODORO SOUZA
20447 GO - HARTUS MAGNUS GONÇALVES BUENO

PARTE INTIMADA : ISABELLA MARTINS SANTOS FREITAS


ADVG. PARTE : 42578 GO - MARILIA LOURENÇO DE SOUZA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5420131.87.2017.8.09.0076
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL N° 5420131.87.2017.8.09.0076

COMARCA DE IPORÁ

2a CÂMARA CÍVEL

APELANTE: LIMAR GONÇALVES DE JESUS

APELADA: ISABELLA MARTINS SANTOS FREITAS

RELATOR: DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

Presente os pressupostos de admissibilidade, conheço do apelo.

Conforme relatado, trata-se de apelação cível interposta por LIMAR GONÇALVES DE JESUS em face da
sentença proferida em audiência pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Iporá, Dr.
Samuel João Martins, constante do evento 67 dos presentes autos de Tutela Cautelar Antecedente,
convertida em Reintegração de Posse, ajuizada por ISABELLA MARTINS SANTOS FREITAS.

Após homologado o pedido de desistência da autora/apelada, o processo prosseguiu somente em


relação ao pedido reconvencional de declaração de propriedade do veículo automotor litigioso, tendo a
sentença objurgada sido julgada improcedente, uma vez que o reconvinte/réu não produziu prova
suficiente para afastar a presunção de propriedade da reconvinda/autora decorrente do documento
oficial de registro de veículo (CRLV), não se desincumbindo do seu ônus probatório.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5420131.87.2017.8.09.0076
Em suas razões recursais, a apelante aduz que ao tempo da aquisição do veículo mantinha relacionamento
amoroso com a mãe da apelada, Sra. Fabrícia. Informa ter transferido R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) para a
conta da apelada, por intermédio de seu irmão Lindomar, mas que transferiu o veículo para o nome da recorrida
por estar ainda residindo nos EUA.

Afirma que recebeu das mãos da apelada as chaves, o documento e o DUT (Documento Único de
Transferência) do veículo, o que denota que não se tratou de um simples empréstimo, mas sim de uma
verdadeira compra e venda. Ademais, era ele quem pagava as multas de trânsito do veículo, o IPVA de 2017 e
outros incrementos, não deixando dúvidas que era o próprio dono do veículo.

Ao final, pugna pela fragilidade da prova testemunhal colhida em audiência de instrução, que não são
suficientes para desconstituir as demais provas documentais acostadas no processo, requerendo a reforma da
sentença para declarar o apelante como real proprietário do bem automotor litigioso, obrigando a apelada a
transferi-lo para seu nome.

Pois bem.

Após detida análise do caderno processual digital, vejo que o presente recurso cinge-se à discussão da
propriedade do veículo Fiat/Palio Weekend Trekking, cor prata, ano/modelo 2010, placas NLS-7607, aduzindo o
apelante que o bem é de sua propriedade, apesar de estar registrado em nome da apelada, filha de sua ex-
companheira.

As provas apresentadas pelo recorrente para comprovar seu domínio são um depósito no valor de R$
18.000,00 (dezoito mil reais) na conta da recorrida, supostamente da compra do veículo, comprovante de
pagamento de uma multa de trânsito e a posse do DUT do veículo, que teria sido entregue espontaneamente
pela apelada, inferindo-se sua propriedade sobre o bem.

Em contradita, a apelada afirma que apenas emprestou o veículo ao apelante, seu ex-padrasto, e que ele teria
subtraído o DUT e as chaves por gozar de livre trânsito na casa de sua mãe, aproveitando de um momento em
que elas não estavam.

No mais, constam troca de mensagens de aplicativo de celular e outros documentos relativos a manutenção e
ornamentação do veículo (troca de para-brisa, instalação de equipamentos de som, etc).

É cediço que a propriedade de bem móvel se transfere por sua tradição, ainda que os respectivos negócios
jurídicos ocorram em momento anterior, a teor do art. 1267 do Código Civil. É de ver:

Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5420131.87.2017.8.09.0076
Parágrafo único. Subentende-se tradição quando o transmitente continua a possuir pelo
constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se
encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião
do negócio jurídico.

In casu, o veículo em litígio foi entregue pelo antigo proprietário à apelada, após a transferência bancária do
valor ajustado, sendo posteriormente transferido para seu nome, conforme faz prova o Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo (evento 1 – arquivo 6).

Logo, a tradição do bem foi feita à apelada.

Ocorre que as alegações do apelante se escoram na tese de que ele quem havia negociado o veículo com o
antigo dono, tendo transferido parte do valor da negociação para a conta da apelada, então enteada, para que
esta comprasse o bem, pois estava residindo fora o país naquele momento.

Entretanto, não existem provas que corroboram suas alegações.

Pelo contrário, o antigo dono do veículo e testemunha, Sr. Luciano Lemes da Silva Alves, afirmou em audiência
que quem realizou todas as tratativas para a compra do carro foi a Sr. Fabrícia, mãe da apelada, participando o
apelante, via ligação telefônica, somente da negociação (redução) do preço do veículo, afirmando
categoricamente que quem havia fechado o negócio foi a Sra. Fabrícia, que passaria o dinheiro para a filha
(apelada) para concretizar o negócio, devendo o veículo ser transferido para o nome desta última, o que
efetivamente ocorreu.

Assim, conclui-se que o apelante não se desincumbiu do ônus de provar satisfatoriamente seu direito de
propriedade, conforme reza o art. 373 do CPC.

A propósito:

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. PENHORA DE VEÍCULOS. ÔNUS


PROBANDI. 1 - É ônus da parte autora a comprovação dos requisitos legais para alcançar o
reconhecimento do direito alegado, nos termos do artigo 373, inciso I, do CPC/15. 2 - O Código
Civil não estabelece o registro como requisito para aquisição de propriedade móvel, como é o
caso dos veículos automotores. No entanto, para que se reconheça a propriedade do
embargante sobre o veículo não registrado no DETRAN, impõe-se a ele produzir provas sobre o
fato, o que não se verifica na hipótese dos autos. (…) (TJGO, Apelação 5035730-
75.2018.8.09.0051, Rel. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA, 4ª Câmara Cível, julgado em
08/03/2019, DJe de 08/03/2019)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5420131.87.2017.8.09.0076
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. PENHORA DE VEÍCULOS. ÔNUS
PROBANDI. REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. CONFIRMAÇÃO DA SENTENÇA RECORRIDA.
HONORÁRIOS NA FASE RECURSAL. 1 - É cediço ser ônus da parte autora a comprovação
dos requisitos legais para alcançar, após regular processamento do feito, o reconhecimento do
direito alegado, nos termos do artigo 373, inciso I, do CPC/15. 2 - O Código Civil não estabelece
o registro como requisito para aquisição de propriedade móvel, como é o caso dos veículos
automotores. No entanto, para que se reconheça a propriedade do embargante sobre o veículo
não registrado no DETRAN, impõe-se a ele produzir provas sobre tal fato, o que não se verifica
na hipótese dos autos. 3 - Nesse contexto, impõe-se a confirmação da sentença que, embasada
no contexto probatório dos autos e peculiaridades da situação fática posta, concluiu,
fundamentadamente, que a embargante não se desincumbiu de seu ônus probandi, conquanto
insuficientes as provas documentais apresentadas para comprovação dos argumentos
declinados. 4 - Diante do desprovimento do recurso interposto pela apelante, passo a proceder a
majoração dos honorários advocatícios, posto que a instauração da fase processual recursal
impõe ao vencido o ônus pelo pagamento da majoração honorária tipificada no artigo 85, §11º,
do NCPC. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJGO, Apelação 5313238-
39.2017.8.09.0087, Rel. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em
19/10/2018, DJe de 19/10/2018)

Portanto, do que se colacionou aos autos, especialmente o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
em nome da apelada, corroborando com os depoimentos colhidos em audiência de instrução, não é possível
identificar qualquer traço de propriedade do reconvinte/apelante em relação ao bem litigado, mostrando-se
irretocável a sentença atacada.

Ao teor do exposto, conheço do apelo, porém nego-lhe provimento, mantendo a sentença recorrida por estes
e seus próprios fundamentos..

Em razão do desprovimento da apelação, majoro os honorários advocatícios para 15% (quinze por cento) do
valor da causa, nos moldes do art. 85, §11, do CPC.

É o voto.

Datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5420131.87.2017.8.09.0076
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL N° 5420131.87.2017.8.09.0076 da


Comarca de Iporá em que figura como Apelante LIMAR GONÇALVES DE JESUS e como Apelada
ISABELLA MARTINS SANTOS FREITAS

ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em


conhecer e desprover o recurso, nos termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5420131.87.2017.8.09.0076
APELAÇÃO CÍVEL N° 5420131.87.2017.8.09.0076

COMARCA DE IPORÁ

2a CÂMARA CÍVEL

APELANTE: LIMAR GONÇALVES DE JESUS

APELADA: ISABELLA MARTINS SANTOS FREITAS

RELATOR: DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. TUTELA CAUTELAR ANTECIPADA. AÇÃO DE


REINTEGRAÇÃO DE POSSE. VEÍCULO AUTOMOTOR. DESISTÊNCIA. RECONVENÇÃO.
DECLARAÇÃO DE PROPRIEDADE. ÔNUS DA PROVA. SENTENÇA MANTIDA.

1. A propriedade de bem móvel se transfere por sua tradição, ainda que os respectivos negócios
jurídicos ocorram em momento anterior, a teor do art. 1267 do Código Civil.

2. Todas as tratativas da compra do carro foram feitas pela mãe da apelada junto ao
antigo proprietário, sendo ajustado que o veículo seria entregue e transferido para o
nome desta última, o que efetivamente ocorreu, conforme atesta o Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo.

3. Considerando as provas constantes nos autos, corroborando com os depoimentos colhidos


em audiência de instrução, nota-se que o reconvinte/apelante não se desincumbiu do ônus de
provar seu direito, não sendo possível identificar qualquer traço de propriedade em relação ao
bem litigado, mostrando-se irretocável a sentença atacada.

APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5420131.87.2017.8.09.0076
APELAÇÃO CÍVEL N° 5420131.87.2017.8.09.0076

COMARCA DE IPORÁ

2a CÂMARA CÍVEL

APELANTE: LIMAR GONÇALVES DE JESUS

APELADA: ISABELLA MARTINS SANTOS FREITAS

RELATOR: DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. TUTELA CAUTELAR ANTECIPADA. AÇÃO DE


REINTEGRAÇÃO DE POSSE. VEÍCULO AUTOMOTOR. DESISTÊNCIA. RECONVENÇÃO.
DECLARAÇÃO DE PROPRIEDADE. ÔNUS DA PROVA. SENTENÇA MANTIDA.

1. A propriedade de bem móvel se transfere por sua tradição, ainda que os respectivos negócios
jurídicos ocorram em momento anterior, a teor do art. 1267 do Código Civil.

2. Todas as tratativas da compra do carro foram feitas pela mãe da apelada junto ao
antigo proprietário, sendo ajustado que o veículo seria entregue e transferido para o
nome desta última, o que efetivamente ocorreu, conforme atesta o Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo.

3. Considerando as provas constantes nos autos, corroborando com os depoimentos colhidos


em audiência de instrução, nota-se que o reconvinte/apelante não se desincumbiu do ônus de
provar seu direito, não sendo possível identificar qualquer traço de propriedade em relação ao
bem litigado, mostrando-se irretocável a sentença atacada.

APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por JOSE CARLOS DE OLIVEIRA
Validação pelo código: 10433560037165641, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 12:29:12

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5302260.43.2019.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ELETICIA GOMES SANTOS
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A


ADVG. PARTE : 28442 GO - EDYEN VALENTE CALEPIS

PARTE INTIMADA : ELETICIA GOMES SANTOS


ADVGS. PARTE : 48427 GO - DIOGO FERNANDES DA SILVA
46931 GO - RENATHA TISSIANA E FREITAS SAGAWA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido em Parte - Data da


Movimentação 14/02/2020 14:15:54

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0406786.59.2013.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MGA PARTICIPACOES E INVESTIMENTOS LTDA
POLO PASSIVO : LUCIANA PEREIRA DO COUTO SANTANA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ADELMO FEITOSA DE SANTANA


ADVGS. PARTE : 49610 GO - LUCCAS TARTUCE RODRIGUES
49532 GO - JOSE HUMBERTO RODRIGUES COSTA MARTINS

PARTE INTIMADA : MGA PARTICIPACOES E INVESTIMENTOS LTDA


ADVGS. PARTE : 37895 GO - ANA KAROLINE AGUIAR POVOA
24350 GO - ARTHUR EDMUNDO DE SOUZA RIOS JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0406786.59.2013.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE: ADELMO FEITOSA DE SANTANA E OUTRA

APELADA: MGA – PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS LTDA.

RELATOR: DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

VOTO

De início, em atenção à documentação acostada ao apelo, defiro os benefícios da Assistência Judiciária aos
recorrentes e, presentes os demais pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Conforme relatado, trata-se de apelação cível interposta por ADELMO FEITOSA DE SANTANA e LUCIANA
PEREIRA DE COUTO SANTANA em face da sentença proferida pelo MM. Juiz de Direito da 28ª Vara
Cível da Comarca de Goiânia, Dr. Sandro Cássio de Melo Fagundes, nos autos do presente
Cumprimento de Sentença Arbitral, ajuizado por MGA – PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS LTDA, que
declarou extinto o processo pela satisfação da obrigação, considerando que a demanda executiva
visava exclusivamente a reintegração de posse do imóvel situado na Rua Tarancon, Qd. 30, Lt. 21, Setor
Três Marias, nesta Capital, o qual fora devolvido à apelada/proprietária, não fazendo parte da demanda
as questões relativas aos termos do acordo arbitral e indenização por eventuais benfeitorias no bem.

Em suas razões recursais, os apelantes alegam em preliminar a irregularidade da representação judicial da


apelada e ausência de citação da 2a apelante. No mérito, aduzem a inobservância do princípio da fungibilidade,

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
quando o juiz de 1o grau deixou de apreciar os embargos à execução como impugnação ao cumprimento de
sentença, bem como a ineficácia da cláusula resolutiva da sentença arbitral, além da não liberação do valor
incontroverso depositado pela apelada (R$ 14.471,77).

Pois bem.

1o Preliminar – Irregularidade da Representação Inicial da Autora/Apelada

Os recorrentes afirmam que na procuração que acompanhou a petição inicial (ev. 3 – arq. 2) não consta a
qualificação do sócio outorgante para identificar a rubrica aposta do instrumento.

Contudo, não há razão para se acolher a preliminar, pois a irregularidade apontada já veio sanada com o
contrato social que também acompanhou a exordial, podendo-se aferir ao final do documento que a assinatura
é do sócio Pedro Paulo Gonçalves de Ávila (Diretor Superintendente), com poderes definidos na cláusula nona.

Ademais, a autora conferiu nova procuração ao Dr. Nelson Wilians Fratoni Rodrigues (ev. 3 – arq. 34), que, por
sua vez, substabeleceu os poderes, sem reserva, ao Dr. Arthur Edmundo de Souza Rios Júnior (ev. 3 – arq. 54
), não havendo se falar em qualquer irregularidade processual ou mesmo necessidade de juntada de nova
procuração, estando a parte autora devidamente representada nos autos.

2a Preliminar – Ausência de Citação da 2a Apelada

Sob a alegação de inexistência de citação da apelante Luciana Pereira do Couto Santana, em que pese a
certidão do ev. 3 – arq. 12 informar que a mesma não fora citada naquele momento, a apresentação dos
embargos à execução (ev. 3 – arq. 15) supriu a necessidade de sua citação, pois teve ciência dos autos,
inclusive constituindo advogado para sua defesa.

Assim é o que dispõe o art. 239, §1o, do CPC, in verbis:

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado,


ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do
pedido.

§1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da


citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à

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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
execução.

Portanto, rechaça-se também essa preliminar.

Não havendo outras questões prejudiciais, passemos à análise do mérito recursal.

I) “Do erro de julgamento – Inobservância dos princípios da fungibilidade, ampla defesa e contraditório”

No início do cumprimento da sentença arbitral, objeto dos autos, os recorrentes opuseram como defesa
“embargos à execução”, que teve sua distribuição cancelada por falta de preparo, conforme exarado na
sentença constante do ev. 3 – arq. 24.

É imperioso salientar que dessa decisão não houve interposição de recurso, ocorrendo, assim, seu trânsito em
julgado.

Entretanto, os recorrentes reconhecem que apresentaram a peça processual errônea, quando cabia, na
verdade, impugnação ao cumprimento de sentença, que dispensa pagamento de custas.

Dessa forma, invocam o princípio da fungibilidade para que seja cassada a sentença, devolvendo os autos ao
juiz a quo para novo decisum, considerando os embargos à execução como impugnação ao cumprimento de
sentença.

Contudo, não lhe assistem qualquer razão para o pleito, uma vez que trata-se de erro grosseiro à luz da
jurisprudência deste Sodalício, não se aplicando o princípio da fungibilidade ao caso. É de ver:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EM-BARGOS À EXECUÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA


ARBITRAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ERRO GROSSEIRO. SENTENÇA MANTIDA
INTACTA. PREQUESTIONAMENTO DESNECESSÁRIO.(…) 2. O ajuizamento de embargos à
execução em vez de impugnação nos próprios autos da ação executiva caracteriza patente erro
grosseiro, já que contraria a legislação processual civil vi-gente, o que afasta a aplicação dos
princípios da fungibilidade, da cooperação e da primazia do julgamento de mérito, para eventual
proces-samento e resolução do feito. (…) (TJGO, Apelação 5119546-41.2019.8.09.0011, Rel.
SANDRA REGINA TEODORO REIS, 6ª Câmara Cível, julgado em 10/10/2019, DJe de
10/10/2019)

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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL. CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA. EMBARGOS À
EXECUÇÃO OPOSTOS NA VIGÊNCIA DA LEI FEDERAL Nº 11.232/05. INADEQUAÇÃO DA
VIA ELEITA. NÃO INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. ERRO GROSSEIRO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. A oposição de embargos à execução no cumprimento provisório de
sentença, quando já vigente a Lei federal nº 11.232/05, que modificou a sistemática processual
da execução, constitui erro grosseiro. A via adequada para o exercício da defesa nessa fase de
cumprimento, seria a impugnação nos próprios autos, a teor do art. 518 do Código de Processo
Civil, não se inserindo aqui, o princípio da fungibilidade. 2. Recurso conhecido e desprovido.
(TJGO, Apelação 5484876-11.2018.8.09.0151, Rel. REINALDO ALVES FERREIRA, 4ª Câmara
Cível, julgado em 07/10/2019, DJe de 07/10/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE


ASTREINTES. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. EMBARGOS À EXECUÇÃO. OPOSIÇÃO APÓS
VIGÊNCIA DA LEI FEDERAL Nº 11.232/05. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE. IMPOSSIBILIDADE. ERRO GROSSEIRO. 1. A oposição de embargos à
execução, no cumprimento provisório de sentença, que objetiva o recebimento de astreintes,
fixadas nos autos principais, em caso descumprimento da obrigação de não fazer, quando já
vigente a Lei federal nº 11.232/05, que modificou a sistemática processual da execução de
sentença e criou a figura do cumprimento de sentença, constitui erro grosseiro. 2. A via
adequada para o exercício da defesa, no caso, seria a impugnação, não havendo falar-se em
aplicação do princípio da fungibilidade. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento 5470814-31.2018.8.09.0000, Rel. MAURICIO
PORFIRIO ROSA, 5ª Câmara Cível, julgado em 13/05/2019, DJe de 13/05/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. RECEBIMENTO APENAS NO EFEITO DEVOLUTIVO. EMBARGOS À


EXECUÇÃO. APRESENTAÇÃO NA VIGÊNCIA DO CPC/73. OPOSIÇÃO APÓS A LEI Nº
11.232/05 E VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.129/15 QUE ALTEROU A LEI DA ARBITRAGEM (LEI Nº
9.307/96). VIA INADEQUADA PARA O EXERCÍCIO DA DEFESA. IMPOSSIBILIDADE DE
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. (…) 2. A oposição de embargos à execução
no CPC/73, quando já vigente a Lei nº 11.232/05, que modificou a sistemática processual da
execução de sentença e criou a figura do cumprimento de sentença, constitui erro grosseiro,
pois a via adequada para o exercício da defesa seria apenas a impugnação, conforme determina
o § 3º do art. 33, da Lei nº 9.307/96, com a redação dada pela Lei nº 13.129/2015,
impossibilitando a aplicação dos princípios da fungibilidade, da instrumentalidade das formas, da
indeclinabilidade da justiça e da teoria do isolamento dos atos processuais. (TJGO, APELACAO
0281035-27.2015.8.09.0137, Rel. ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara Cível, julgado em 15/02/2019,
DJe de 15/02/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


PREJUDICADO. EMBARGOS À EXECUÇÃO AVIADOS NOS PRÓPRIOS AUTOS DA
EXECUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. FUNGIBILIDADE NÃO APLICADA. ERRO GROSSEIRO.(…)
II. Os Embargos à execução constituem ação autônoma e, ao contrário do que ocorre na fase de
cumprimento de sentença, a defesa do executado não é apresentada como simples
impugnação/petição. Assim, como ação autônoma, cuja natureza jurídica é de ação de
conhecimento, devem os Embargos à Execução seguir rito próprio, conforme estabelecido no
art. 914 e seguintes do Código de Ritos. Por essa razão, não se afigura cabível sua oposição
como simples impugnação/petição. III. A interposição de Embargos à Execução como simples

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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
petição dentro dos autos da execução constitui erro grosseiro e inviabiliza a aplicação do
princípio da fungibilidade recursal. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E IMPROVIDO.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PREJUDICADO. (TJGO, Agravo de Instrumento 388714-
19.2018.8.09.0000, Rel. MAURICIO PORFIRIO ROSA, 1ª Câmara Cível, julgado em 31/01/2019,
DJe de 31/01/2019)

Percebe-se dos julgados que desde o CPC de 1973, após sua alteração pela Lei n° 11.232/2005, os embargos
do devedor constituem meio de defesa do executado no curso de ação autônoma de execução, enquanto a
impugnação é a via eleita adequada para defesa em sede de cumprimento de sentença judicial ou arbitral.

Ademais, conforme já dito, os apelantes, na época da sentença extintiva dos embargos à execução, não
apresentaram recurso para suscitar o princípio da fungibilidade, a fim do recebimento da defesa como
impugnação ao cumprimento de sentença. Assim, não tendo sido ventilada tal tese na origem, tenho que a
referida alegação se apresenta como inovação recursal, não sendo possível seu conhecimento.

II - Ineficácia da cláusula resolutiva da sentença arbitral – Necessidade de notificação do devedor e


ajuizamento de ação de resolução contratual.

Nesse ponto, os recorrentes requerem a anulação de todo o procedimento do cumprimento de sentença


arbitral, diante da nulidade da cláusula resolutiva do título judicial exequendo decorrente de inadimplência, uma
vez que deveria ser manejada ação de resolução contratual para se apurar culpa das partes e as quantias a
serem restituídas, além de verificar a constituição em mora do devedor.

Mais uma vez não há razão para os apelantes.

É que a nulidade parcial ou total da sentença arbitral tem prazo decadencial de 90 (noventa) dias para ser
arguida pelas partes, de acordo com o art. 33 da Lei n° 9.307/96:

Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a
declaração de nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei.

§1o A demanda para a declaração de nulidade da sentença arbitral, parcial ou final,


seguirá as regras do procedimento comum, previstas na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973
(Código de Processo Civil), e deverá ser proposta no prazo de até 90 (noventa) dias após o
recebimento da notificação da respectiva sentença, parcial ou final, ou da decisão do pedido
de esclarecimentos.

(…)

§3o A decretação da nulidade da sentença arbitral também poderá ser requerida na impugnação
ao cumprimento da sentença, nos termos dos arts. 525 e seguintes do Código de Processo Civil,
se houver execução judicial.

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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
Assim, seja em ação anulatória, seja em impugnação ao cumprimento de sentença, tem a parte interessada
noventa dias para se insurgir contra o decidido no procedimento arbitral, seja alegando nulidade ou
questionando sua eficácia.

Essa Corte de Justiça tem jurisprudência nesse sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL.


ACORDO E SENTENÇA ARBITRAL. COISA JULGADA. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO. VALOR DA CAUSA. SUCUMBÊNCIA EM RAZÃO DA DESISTÊNCIA QUANTO A UM
DOS REQUERIDOS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. I. Considerando a existência de acordo
homologado no juízo da arbitragem bem como a prolação de sentença arbitral, a sua nulidade
deve ser requerida por meio do ajuizamento de ação anulatória própria, no prazo decadencial de
90 (noventa) dias, ou por meio de impugnação, na hipótese em que ajuizada a execução do
título, o que não restou configurado no caso, operando-se a coisa julgada. (…) (TJGO, Apelação
5344865-98.2017.8.09.0010, Rel. ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 1ª Câmara Cível,
julgado em 18/12/2019, DJe de 18/12/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ARBITRAL.


RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. NULIDADE DA SENTENÇA ARBITRAL.
DECADÊNCIA RECONHECIDA. (…) 2. A nulidade da sentença arbitral pode ser objeto de
análise pelo Poder Judiciário quando da impugnação ao cumprimento de sentença, desde que
observado o prazo decadencial de 90 (noventa) dias previsto no artigo 33, §§ 1º e 3º da Lei
federal nº 9.307/1996. 3. In casu, é possível perceber que a sentença arbitral foi prolatada em 08
de novembro de 2017 na 2ª Corte de Conciliação e Arbitragem desta capital, sendo o reclamado
intimado no dia 15 da janeiro de 2018. Destarte, depreende-se que, somente agora, depois de
iniciada a execução do título, é que o agravante resolveu deduzir qualquer alegação a respeito
de eventual vício a macular a sentença arbitral objeto da presente execução. 4. Observa-se que
a ação de Execução foi protocolizada no dia 27.03.2018, tendo sido impugnada somente no dia
16.08.2018, ou seja, após o prazo decadencial previsto nos dispositivos supracitados. AGRAVO
DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESTA PARTE, DESPROVIDO.

(TJGO, Agravo de Instrumento 5421716-43.2019.8.09.0000, Rel. LEOBINO VALENTE


CHAVES, 2ª Câmara Cível, julgado 05/09/2019, DJe 05/09/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA ARBITRAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. NULIDADE DO TÍTULO. AFASTADA. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO POR
RENÚNCIA TÁCITA AO COMPROMISSO ARBITRAL. NÃO CABIMENTO. PODERES PARA
TRANSIGIR CONFERIDOS À PROCURADORA. INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS.
MATÉRIA ACOBERTADA PELA COISA JULGADA. 1. A parte pode exercer seu direito de
buscar a nulidade da sentença arbitral no prazo de noventa (90) dias após a sua assinatura,
conforme dispõe o art. 33, § 1º da Lei nº 9.307/1996 (Lei de Arbitragem), contudo, uma vez que
a impugnação ao cumprimento de sentença foi apresentada após a consumação do citado prazo
decadencial, o referido título encontra-se acobertado pela coisa julgada. (…) (TJGO, Agravo de
Instrumento 5272062-79.2019.8.09.0000, Rel. ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª
Câmara Cível, julgado em 22/07/2019, DJe de 22/07/2019)

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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
A sentença arbitral exequenda foi assinada pelo árbitro, em conjunto com as partes, em 12 de maio de 2010,
não havendo notícia nos autos de ação anulatória autônoma. Por outro lado, ainda que se levasse em conta as
alegações dos embargos à execução opostos equivocadamente em 17/02/2014 (ev. 3 – arq. 14), o lapso
decadencial de 90 dias já havia se escoado há muito, não podendo a parte aventar a nulidade do título
executivo judicial.

III – Da Confissão dos Valores Devidos

Os apelantes narram que a parte apelada confessou ser devedora dos apelantes no montante de R$ 14.471,77
(quatorze mil quatrocentos e setenta e um reais e setenta e sete centavos), tendo depositado referidos valores
em conta judicial. Contudo, o magistrado de 1o grau assentou que a liberação desses valores não seria
possível nos presentes autos.

Nesse ponto, os recorrentes prosperam.

É certo que o valor depositado em juízo (ev. 3 – arq. 48) representa a quantia incontroversa do montante já
pago pelos apelantes à apelada.

É de ver também que esse depósito está vinculado àquele juízo singelo e ao presente processo, sendo,
portanto, de competência do magistrado sentenciante a determinação de seu levantamento pela parte apelante.

Ao teor do exposto, conheço do recurso de apelação e dou-lhe parcial provimento, apenas para determinar a
liberação da quantia depositada em juízo pela apelada no ev. 3 – arq. 48, mantendo incólume os demais termos
da sentença proferida, por esses e seus próprios fundamentos.

É o voto.

Datado e assinado digitalmente.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL N. 0406786.59.2013.8.09.0051 da


Comarca de Goiânia em que figura como Apelante ADELMO FEITOSA DE SANTANA E OUTRA e como
Apelada MGA – PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS LTDA

ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em


conhecer e prover parcialmente o recurso, nos termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

Desembargador JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

Relator

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0406786.59.2013.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE: ADELMO FEITOSA DE SANTANA E OUTRA

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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
APELADA: MGA – PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS LTDA.

RELATOR: DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ARBITRAL.


FUNGIBILIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO. IMPUGNAÇÃO. ERRO GROSSEIRO.
NULIDADE DA SENTENÇA ARBITRAL. PRAZO DE 90 (NOVENTA) DIAS. ART. 33 DA LEI N°
9.307/96. LIBERAÇÃO DOS VALORES DEPOSITADOS EM JUÍZO. COMPETÊNCIA DO
JUÍZO SENTENCIANTE.

1. A oposição de embargos à execução no cumprimento de sentença, quando já vigente a Lei nº


11.232/05, que modificou a sistemática processual da execução, constitui erro grosseiro, pois a
via adequada para o exercício da defesa nessa fase de cumprimento é a impugnação nos
próprios autos, não se aplicando o princípio da fungibilidade.

2. A nulidade parcial ou total da sentença arbitral pode ser objeto de análise pelo Poder
Judiciário em ação anulatória ou em sede de impugnação ao cumprimento de sentença, desde
que observado o prazo decadencial de 90 (noventa) dias previsto no art. 33, §§1º e 3º, da Lei nº
9.307/96.

3. Sendo incontroversos os valores depositados em juízo, e estando o depósito vinculado àquele


juízo singelo e ao presente processo, cabe ao magistrado sentenciante a determinação de seu
levantamento pela parte apelante.

APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0406786.59.2013.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0406786.59.2013.8.09.0051

COMARCA DE GOIÂNIA

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE: ADELMO FEITOSA DE SANTANA E OUTRA

APELADA: MGA – PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS LTDA.

RELATOR: DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ARBITRAL.


FUNGIBILIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO. IMPUGNAÇÃO. ERRO GROSSEIRO.
NULIDADE DA SENTENÇA ARBITRAL. PRAZO DE 90 (NOVENTA) DIAS. ART. 33 DA LEI N°
9.307/96. LIBERAÇÃO DOS VALORES DEPOSITADOS EM JUÍZO. COMPETÊNCIA DO
JUÍZO SENTENCIANTE.

1. A oposição de embargos à execução no cumprimento de sentença, quando já vigente a Lei nº


11.232/05, que modificou a sistemática processual da execução, constitui erro grosseiro, pois a
via adequada para o exercício da defesa nessa fase de cumprimento é a impugnação nos
próprios autos, não se aplicando o princípio da fungibilidade.

2. A nulidade parcial ou total da sentença arbitral pode ser objeto de análise pelo Poder
Judiciário em ação anulatória ou em sede de impugnação ao cumprimento de sentença, desde
que observado o prazo decadencial de 90 (noventa) dias previsto no art. 33, §§1º e 3º, da Lei nº
9.307/96.

3. Sendo incontroversos os valores depositados em juízo, e estando o depósito vinculado àquele


juízo singelo e ao presente processo, cabe ao magistrado sentenciante a determinação de seu
levantamento pela parte apelante.

APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 12:32:10

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5545897.19.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ROGÉRIO PEREIRA DA SILVA
POLO PASSIVO : SERRADOURADA AGROPECUÁRIA LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROGÉRIO PEREIRA DA SILVA


ADVG. PARTE : 23891 GO - FLÁVIO AUGUSTO RODRIGUES SOUSA

PARTE INTIMADA : SERRADOURADA AGROPECUÁRIA LTDA


ADVG. PARTE : 25195 GO - THIAGO ALVES GOMIDE

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Relatório - Data da Movimentação 14/02/2020


14:20:24

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0364103.88.2016.8.09.0087
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : VERSIANA DIVINA PEREIRA
POLO PASSIVO : MUNICÍPIO DE ITUMBIARA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VERSIANA DIVINA PEREIRA


ADVG. PARTE : 19383 GO - ELISMÃRCIO DE OLIVEIRA MACHADO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0364103.88.2016.8.09.0087
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Nº 0364103.88.2016.8.09.0087

2ª CÂMARA CÍVEL

AUTORA : VERSIANA DIVINA PEREIRA DA SILVA

RÉU : MUNICÍPIO DE ITUMBIARA

APELAÇÃO CÍVEL

APELANTE : MUNICÍPIO DE ITUMBIARA

APELADA : VERSIANA DIVINA PEREIRA DA SILVA

RELATOR : DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES - Juiz Substituto em 2º Grau

RELATÓRIO

Trata-se de reexame necessário e de recurso de apelação cível interposto pelo


MUNICÍPIO DE ITUMBIARA, devidamente qualificado e representado nos autos, contra a
sentença contida no evento nº 03, arquivo nº 22, da lavra do excelentíssimo Juiz de Direito da
Vara da Fazenda Pública Municipal da comarca de Itumbiara/GO, Dr. Flávio Fiorentino de
Oliveira, figurando como apelada VERSIANA DIVINA PEREIRA DA SILVA, igualmente
individualizada no feito.

Cuida a demanda de ação de cobrança ajuizada por VERSIANA DIVINA PEREIRA DA


SILVA em face do MUNICÍPIO DE ITUMBIARA, com o objetivo de receber o valor
correspondente ao adicional de insalubridade, este fixado em 20% (vinte por cento) de sua
remuneração, referente ao período de setembro de 2011 a julho de 2015.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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Assinado por EUDELCIO MACHADO FAGUNDES
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NR.PROCESSO: 0364103.88.2016.8.09.0087
O magistrado singular julgou parcialmente procedentes os pedidos estampados na peça
exordial, nos seguintes termos (evento nº 03, p. 111/115), in verbis:

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido veiculado na inicial, para


condenar o MUNICÍPIO DE ITUMBIARA a pagar à parte autora, VERSIANA DIVINA
PEREIRA DA SILVA, o adicional de insalubridade em grau médio (20%) entre os meses de
outubro de 2011 a julho de 2015, haja vista a prescrição quinquenal em relação ao mês de
setembro de 2011, observando-se como base de cálculo o vencimento padrão auferido pela
parte autora nos respectivos meses.

A quantia deverá ser atualizada pelos índices oficiais da remuneração básica a partir da data
em que deveria ter sido realizado cada pagamento, bem como ser acrescida dos juros
aplicados à caderneta de poupança, estes desde a citação, devendo o valor exato ser
apurado mediante simples cálculo aritmético.

Face à sucumbência majoritária, condeno o demandado ao pagamento dos honorários


sucumbenciais, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação,
consoante preconiza o artigo 85, §§ 2º e 3º do Código de Processo Civil.

Em suas razões recursais (evento nº 03, p. 120/128), o MUNICÍPIO DE ITUMBIARA


alega que a legislação municipal determina o pagamento do adicional de insalubridade com base
no menor padrão de vencimento pago pelos cofres públicos.

Defende que o período mencionado na sentença objurgada abrange lapso temporal


prévio à elaboração do laudo técnico que atestou a insalubridade do ambienta laboral da
autora/recorrida.

Pleiteia, assim, a reforma da sentença, a fim de que sejam julgados improcedentes os


pedidos estampados na peça exordial, ou, alternativamente, que seja readequada a base de
cálculo fixada no édito judicial.

O preparo recursal é dispensado, nos termos do artigo 1.007, § 1º, do Código de


Processo Civil.

Regularmente intimada, a parte autora/recorrida apresentou contrarrazões ao brado


recursal, pugnando pelo seu desprovimento (evento nº 03, p. 133/138).

A Procuradoria Geral de Justiça deixou de emitir parecer meritório no feito (evento nº


12, p. 12/14).

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NR.PROCESSO: 0364103.88.2016.8.09.0087
É, em síntese, o relatório.

Peço inclusão em pauta para julgamento virtual.

Goiânia, datado e assinado digitalmente.

EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Juiz Substituto em 2º Grau

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 12:34:30

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5509819.26.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : GEOVANE LINHARES DA SILVA
POLO PASSIVO : DAVID CAMARGO LINHARES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : GEOVANE LINHARES DA SILVA


ADVGS. PARTE : 47846 GO - FREDERICO SARDINHA FERREIRA CHAVES
34698 GO - RICARDO LUIZ DE OLIVEIRA

PARTE INTIMADA : DAVID CAMARGO LINHARES


ADVG. PARTE : 23867 GO - IURY JAIME POMPEU DE PINA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 12:35:35

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0364103.88.2016.8.09.0087
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : VERSIANA DIVINA PEREIRA
POLO PASSIVO : MUNICÍPIO DE ITUMBIARA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VERSIANA DIVINA PEREIRA


ADVG. PARTE : 19383 GO - ELISMÃRCIO DE OLIVEIRA MACHADO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:32:17

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5631113.45.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CHINA CONSTRUCTION BANK SA
POLO PASSIVO : DJANIRA MARIA DE SOUZA MIRANDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CHINA CONSTRUCTION BANK SA


ADVG. PARTE : 368437 SP - DJALMA SILVA JÃNIOR

PARTE INTIMADA : DJANIRA MARIA DE SOUZA MIRANDA


ADVG. PARTE : 30357 GO - MARCOS ANTÔNIO DE MORAIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5631113.45.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5631113.45.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: CCB BRASIL S/A – CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTOS
AGRAVADA: DJANIRA MARIA DE SOUZA MIRANDA
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. SERVIDORA
COM 67 ANOS DE IDADE. CONTRATO FIRMADO ANTES DA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 20.365/18. LIMITAÇÃO DOS
DESCONTOS EM FOLHA DE PAGAMENTO NO PERCENTUAL
DE 15% (QUINZE POR CENTO). TUTELA DE URGÊNCIA.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS.
1. O percentual de descontos em folha de pagamento,
advindo de empréstimos consignados, não poderá
ultrapassar 30% (trinta por cento) do salário do devedor,
sendo reduzido pela metade em se tratando de servidor com
idade superior a 65 (sessenta e cinco) anos de idade, nos
termos do artigo 5º, § 5º da Lei Estadual nº 16.898/2010.
2. 1. Ainda que revogado o § 5º, do art. 5º da Lei Estadual nº
16.898/10 pela Lei nº 20.365 de 10/12/2018, nos contratos
firmados na vigência daquela, deve ser observada a margem
de 15% (quinze por cento) da remuneração, como ocorre na
situação dos presentes autos.
3. In casu, nota-se que os rendimentos mensais da agravada
somam-se a quantia de R$ 3.932,74 (três mil, novecentos e
trinta e dois reais e setenta e quatro centavos) e que os
descontos efetuados pelos empréstimos consignados
equivalem ao valor de R$ 1.963,86 (um mil, novecentos e

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NR.PROCESSO: 5631113.45.2019.8.09.0000
sessenta e três reais e oitenta e seis centavos), o que
equivale a um percentual de 50% (cinquenta por cento) de
seus rendimentos, sendo que, nos termos do que dispõem
os parágrafos 5º e 8º do artigo 5º da Lei Estadual n.
16.898/2010, o percentual permitido para descontos seria de
15% (quinze por cento).
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº


5631113.45.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e desprover o recurso, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, além do Relator, o Desembargador Zacarias Neves Coelho, e o


Desembargador Carlos Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

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NR.PROCESSO: 5631113.45.2019.8.09.0000
Como dito, cuida-se de Agravo de Instrumento, com pedido de concessão de efeito
suspensivo, interposto por CCB BRASIL S/A – CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTOS, da decisão proferida pelo Juiz de Direito da 21ª Vara Cível da
comarca de Goiânia, Dr. Átila Naves Amaral (evento nº 12 – processo originário), que
nos autos da ação de Obrigação de Fazer com pedido de tutela antecipada ajuizada
em seu desfavor por DJANIRA MARIA DE SOUZA MIRANDA.

No ato judicial vergastado, o Magistrado a quo deferiu a tutela provisória de urgência a


fim de que a servidora pública inativa, ora agravada, não tivesse mais que 15%
(quinze por cento) de descontos, em sua folha de pagamento, relativos aos mútuos
bancários firmados com os Bancos requeridos – Banco Daycoval S/A, Banco Pan S/A,
Banco Industrial Comercial S/A (China Construction Bank Brasil), Banco Múltiplo S/A.

Irresignado, o agravante interpôs o presente recurso, alegando que o § 5º do art. 5º da


Lei nº 16.898/2010, foi revogado pela Lei nº 20.365/18, motivo pelo qual deve ser
preservado o ato jurídico perfeito com a manutenção da margem consignável de 50%
(cinquenta por cento) em folha, relativo aos empréstimos consignados contraídos até
10 de dezembro de 2018, data da vigência da referida lei.

Analisando o feito, observa-se que o Contrato firmado entre as partes, foi firmado no
dia 27.09.2018, ou seja, antes da entrada em vigor da nova legislação (10.12.2018).
Assim, não obstante o § 5º do art. 5º da Lei nº 16.898/2010 tenha sido revogado, ele
deverá ser aplicado nos contratos firmados durante sua vigência, razão pela qual
aplica-se, na espécie, o princípio da irretroatividade constitucionalmente previsto no
artigo 5º, XXXVI, da Carta Magna, bem como o artigo 6º da Lei de Introdução às
normas do Direito Brasileiro:

“ XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato


jurídico perfeito e a coisa julgada;”

“ Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral,


respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a
coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo
a lei vigente ao tempo em que se efetuou.”

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NR.PROCESSO: 5631113.45.2019.8.09.0000
Portanto, considerando-se que a lei revogadora não retroage para alcançar as
situações consolidadas na vigência da lei revogada, os efeitos futuros oriundos dos
contratos anteriormente celebrados (27.09.2018) também não se expõem ao domínio
normativo da lei superveniente, devendo ser preservado o direito da agravada.

É cediço que o CPC prevê que a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência
ou evidência (art. 294), sendo aquela gênero e estas espécies. O art. 300, CPC/2015,
que trata da tutela de urgência, dispõe que ela será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo.

Para a concessão da tutela de urgência haverão de estar presentes o periculum in


mora e o fumus boni iuris, ou seja, é necessário que a parte comprove a
probabilidade do direito alegado e o risco de dano.

Nesse sentido são os comentários de Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade
Nery:

“ 3. Requisitos para a concessão da tutela de urgência:


periculum in mora. Duas situações, distintas e não
cumulativas entre si, ensejam a tutela de urgência. A
primeira hipótese autorizadora dessa antecipação é o
periculum in mora, segundo expressa disposição do CPC
300. Esse perigo, como requisito para a concessão da tutela
de urgência, é o mesmo elemento de risco que era exigido,
no sistema do CPC/1973, para a concessão de qualquer
medida cautelar ou em alguns casos de antecipação de
tutela. 4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência:
fumus boni iuris. Também é preciso que a parte comprove a
existência da plausibilidade do direito por ela afirmado
(fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar
a eficácia do processo de conhecimento ou do processo de
execução.” (Comentários ao Código de Processo Civil, 1ª ed.,
em e-book baseada na 1ª ed. impressa, Revista dos Tribunais, p.
452).

A questão ora analisada constitui-se em matéria já enfrentada em julgados deste


Tribunal, tendo sido decidido ser perfeitamente possível a cessação dos descontos
das parcelas no contracheque do consumidor enquanto a dívida estiver em

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NR.PROCESSO: 5631113.45.2019.8.09.0000
julgamento. Confira-se:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO


EM FOLHA DE PAGAMENTO. VALOR QUE EXCEDE O
MÁXIMO PERMITIDO PARA CONTRATAÇÃO. SUSPENSÃO
DOS DESCONTOS. POSSIBILIDADE. DESPROVIMENTO. I -
Nos contratos de consignação em folha de pagamento, os
descontos não devem ultrapassar o percentual de 30% (trinta
por cento) sobre os rendimentos líquidos dos servidores
públicos, em atenção aos princípios do equilíbrio contratual,
da razoabilidade e da dignidade da pessoa humana. II -
Constatado que o agravante efetua descontos em conta
corrente vinculada ao salário do recorrido, em percentual
bem superior ao limite permitido em lei, referente a
empréstimos pactuados entre as partes, viável a concessão
de tutela antecipatória para proibir a efetivação de descontos
automáticos de parcelas em conta corrente do agravado,
decorrente da contratação de empréstimos. III - Agravo
desprovido.” (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5311140-
85.2016.8.09.0000, Relª Desª. Beatriz Figueiredo Franco, 3ª
Câmara Cível, julgado em 13/02/2017, DJe de 13/02/2017).

“ DUPLO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS CUMULADA COM CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO E DECLARATÓRIA COM PEDIDO DE LIMINAR.
RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. INDEFERIMENTO
DO PLEITO ANTECIPATÓRIO. PRESENÇA DE
VEROSSIMILHANÇA E DA POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA
DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO.
ARTIGO 273 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO.
LIMITE DE 30% (TRINTA POR CENTO) DO VENCIMENTO
LÍQUIDO. DECRETO Nº 6.386/2008. CARÁTER ALIMENTAR.
OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO E OMISSÃO INEXISTENTES.
TENTATIVA DE ALTERAR O JULGAMENTO DA LIDE SOB
SEU PONTO DE VISTA. MEIO IMPRÓPRIO. I - Sabe-se que os
aclaratórios possuem fundamentação vinculada, cabíveis
apenas nas hipóteses de obscuridade, omissão ou
contradição (artigo 535, incisos I e II, do Código de Processo
Civil), situação não ocorrente nos autos. II - Não merecem
prosperar os embargos declaratórios quando os
embargantes, ao fundamento de obscuridade, contradição e
omissão, visam alterar o resultado do julgamento que limitou
os empréstimos consignados em 30% (trinta por cento) da
importância líquida dos vencimentos, levando em
consideração o caráter alimentar da remuneração da

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NR.PROCESSO: 5631113.45.2019.8.09.0000
agravante, ora 1ª embargante. EMBARGOS DE
DECLARAÇÕES CONHECIDOS E DESPROVIDOS.” (TJGO,
Agravo de Instrumento nº 378732-08.2014.8.09.0000, Rel. Des.
Fausto Moreira Diniz, 6ª Câmara Cível, julgado em 28/04/2015,
DJe 1778 de 06/05/2015).

Deve-se atentar, outrossim, que a Lei Estadual nº 16.898/2010 estabelece o limite de


15% (quinze por cento) para os descontos de empréstimos consignados às pessoas
com idade superior à 65 anos, conforme abaixo transcrito:

“ Art. 5º A soma mensal das consignações facultativas de


cada servidor civil ou militar, ativo ou inativo, e pensionista,
exceto nas hipóteses dos §§ 2º e 5º deste artigo, não poderá,
qualquer que seja a quantidade de linhas contratadas,
exceder a 30% (trinta por cento) da respectiva remuneração,
provento ou pensão mensal, excluídos, em cada caso, os
valores correspondentes a: (…)
§ 5º O limite mensal de desconto em folha individual das
consignações facultativas, indicado no caput deste artigo,
quando se tratar de consignante com idade igual ou superior
a 65 (sessenta e cinco) anos, ou, independentemente de
idade, se acometido de qualquer uma das doenças indicadas
no art. 45 da Lei Complementar nº 77, de 22 de janeiro de
2010, será de 50% (cinquenta por cento) do montante ali
previsto.”.

Dessa forma, o percentual limite legal para descontos advindos de empréstimos


consignados em conta dos servidores públicos, com idade superior a 65 (sessenta e
cinco) anos, é reduzido pela metade, nos termos do artigo 5º, § 5º, da Lei nº
16.898/2010, motivo pelo qual não merece reparos a decisão agravada.

Sobre o tema, eis a jurisprudência desta Casa de Justiça:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL.


EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO.
PERCENTUAL MÁXIMO. CONSIGNANTE COM IDADE
SUPERIOR A 65 ANOS. 1. Os descontos em folha de
pagamento, derivados de empréstimos, a teor dos artigos 8º
do Decreto 6.386/2008; 2º, § 2º, I, da Lei 10.820/2003 e 45,

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NR.PROCESSO: 5631113.45.2019.8.09.0000
parágrafo único, da Lei 8.112/90, não podem ultrapassar o
limite de 30% (trinta por cento) do salário do devedor, sendo
que este percentual é reduzido pela metade, quando a parte
tem idade superior a 65 (sessenta e cinco anos), nos termos
do parágrafo 5º do artigo 5º, da Lei estadual nº. 16.898/2010.
2. As parcelas do empréstimo com desconto no salário não
podem ser abatidas do numerário recebido a título de férias e
13º, conforme determina o art. 5º, incisos V e VIII, da Lei
estadual nº. 16.898/2010. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E PROVIDO”. (TJGO, Agravo de Instrumento
(CPC) 5341977-26.2016.8.09.0000, Rel. Dr. Fernando de Castro
Mesquita, 5ª Câmara Cível, julgado em 27/04/2017, DJe de
27/04/2017).

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER. TUTELA DE URGÊNCIA. CONSIGNAÇÕES EM
FOLHA DE PAGAMENTO DE SERVIDORA PENSIONISTA DE
SERVIDOR PÚBLICO E IDOSA. PEDIDO DE REDUÇÃO DA
MARGEM TOTAL PARA 15% DOS SEUS PROVENTOS.
POSSIBILIDADE. CONTRATOS FIRMADOS NA VIGÊNCIA DA
LEI ESTADUAL Nº 16.898/10. Nos termos do revogado § 5º do
artigo 5º da Lei Estadual nº 16.898/10, o desconto em folha
de pagamento de servidores com idade igual/superior a
sessenta e cinco (65) anos deveria limitar-se a 15% da sua
remuneração/provento. 2. Ainda que revogado o citado
dispositivo pela Lei Estadual nº 20.365 de 10/12/2018, nos
contratos firmados na vigência daquele, deve ser observada
a margem de 15% (quinze por cento) da remuneração,
situação dos presentes autos. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. DECISÃO REFORMADA.” (TJGO, Agravo de
Instrumento (CPC) 5474799-71.2019.8.09.0000, Rel. Des.
FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara Cível, julgado em
18/12/2019, DJe de 18/12/2019).

In casu, nota-se que os rendimentos mensais da agravada somam-se a quantia de R$


3.932,74 (três mil, novecentos e trinta e dois reais e setenta e quatro centavos) e que
os descontos efetuados pelos empréstimos consignados equivalem ao valor de R$
1.963,86 (um mil, novecentos e sessenta e três reais e oitenta e seis centavos), o que
equivale a um percentual de 50% (cinquenta por cento) de seus rendimentos, sendo
que, nos termos do que dispõem os parágrafos 5º e 8º do artigo 5º da Lei Estadual n.
16.898/2010, o percentual permitido para descontos seria de 15% (quinze por cento).

Ante o exposto, já conhecido o recurso, nego-lhe provimento para manter a decisão


tal como lançada.

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NR.PROCESSO: 5631113.45.2019.8.09.0000
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

LLA Relator

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ANTECIPADA. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. SERVIDORA
COM 67 ANOS DE IDADE. CONTRATO FIRMADO ANTES DA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 20.365/18. LIMITAÇÃO DOS
DESCONTOS EM FOLHA DE PAGAMENTO NO PERCENTUAL
DE 15% (QUINZE POR CENTO). TUTELA DE URGÊNCIA.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS.
1. O percentual de descontos em folha de pagamento,
advindo de empréstimos consignados, não poderá
ultrapassar 30% (trinta por cento) do salário do devedor,
sendo reduzido pela metade em se tratando de servidor com
idade superior a 65 (sessenta e cinco) anos de idade, nos
termos do artigo 5º, § 5º da Lei Estadual nº 16.898/2010.
2. 1. Ainda que revogado o § 5º, do art. 5º da Lei Estadual nº
16.898/10 pela Lei nº 20.365 de 10/12/2018, nos contratos
firmados na vigência daquela, deve ser observada a margem
de 15% (quinze por cento) da remuneração, como ocorre na
situação dos presentes autos.
3. In casu, nota-se que os rendimentos mensais da agravada
somam-se a quantia de R$ 3.932,74 (três mil, novecentos e
trinta e dois reais e setenta e quatro centavos) e que os
descontos efetuados pelos empréstimos consignados
equivalem ao valor de R$ 1.963,86 (um mil, novecentos e
sessenta e três reais e oitenta e seis centavos), o que
equivale a um percentual de 50% (cinquenta por cento) de
seus rendimentos, sendo que, nos termos do que dispõem
os parágrafos 5º e 8º do artigo 5º da Lei Estadual n.
16.898/2010, o percentual permitido para descontos seria de
15% (quinze por cento).
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 20/02/2020


12:39:03

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5156505.44.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MSLR
POLO PASSIVO : AML
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : MSLR


ADVG. PARTE : 21113 DF - LILIAN MARIA CHAVES LEMES

PARTE INTIMADA : AML


ADVG. PARTE : 6673 GO - SABINO BARBOSA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 11:53:13

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5504848.95.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JEIMISON KELVIO SILVA BERNARDES
POLO PASSIVO : EYRE MITIELLY FRANÇA DE CARVALHO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JEIMISON KELVIO SILVA BERNARDES


ADVG. PARTE : 36059 GO - MARCO AURELIO DE ALMEIDA

PARTE INTIMADA : EYRE MITIELLY FRANÇA DE CARVALHO


ADVGS. PARTE : 43808 GO - THAIS LIZIANE DA ROSA
22265 GO - LAURIANA COPETTI

PARTE INTIMADA : JEIMES FRANÇA BERNARDES


ADVGS. PARTE : 22265 GO - LAURIANA COPETTI
43808 GO - THAIS LIZIANE DA ROSA

PARTE INTIMADA : EDUARDA FRANÇA BERNARDES


ADVGS. PARTE : 22265 GO - LAURIANA COPETTI
43808 GO - THAIS LIZIANE DA ROSA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5504848.95.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5504848.95.2019.8.09.0000
COMARCA DE MINEIROS
AGRAVANTE : JEIMISON KELVIO SILVA BERNARDES
AGRAVADOS : JEIMES FRANÇA BERNARDES E OUTRA
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL
C/C ALIMENTOS AOS FILHOS DO CASAL. FIXAÇÃO NO
LIMIAR DA DEMANDA. QUANTUM. CRITÉRIOS. BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. VALOR MANTIDO ATÉ
SOBREVIR ELEMENTOS PROBATÓRIOS A RECOMENDAR
SUA ALTERAÇÃO.
Se o quantum arbitrado a título de alimentos no limiar da
ação (para os dois filhos do casal – 60% do salário mínimo)
apresenta-se, a princípio, dentro do razoável, não destoante
dos critérios das possibilidades do alimentante e
necessidades dos alimentados, mormente considerando as
circunstâncias dos autos, devem eles serem mantidos até
sobrevir instrução probatória que recomende a alteração,
mesmo porque deve prevaler o raciocínio de que nessa fase
embrionário do processo o juiz não detém instrumentos para
aferir, com exatidão, a real situação das partes.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

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NR.PROCESSO: 5504848.95.2019.8.09.0000
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº
5504848.95.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer do recurso e desprovê-los, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e


Carlos Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, o Dr.


José Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do Agravo de Instrumento, dele


conheço.

No mérito, consigno que intenta o recorrente reformar a decisão proferida pelo


Juiz de Direito da Vara de Família e Sucessões da comarca Mineiros, nos autos nos
autos da ação Declaratória de Reconhecimento e Dissolução de União Estável
cumulada com Alimentos proposta por JEIMES FRANÇA BERNARDES e EDUARDA
FRANÇA BERNARDES, em cujo teor consta assentado o deferimento de alimentos
provisórios no valor correspondente a 60% (sessenta por cento) do salário mínimo,
devendo, também, arcar com 50% (cinquenta por cento) dos gastos extraordinários,
referentes às despesas médicas, hospitalares, farmacêuticas odontológicas e com
material escolar.

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NR.PROCESSO: 5504848.95.2019.8.09.0000
Afirma que não possui condições de arcar com o percentual de 60%, devendo
o montante de ser alterado para 15% ou, no máximo para 20% para cada um dos seus
dois filhos.

Com efeito, para analisar a pretensão de redução do quantum dos alimentos


fixados impende considerar, primeiro, que, tratando-se de provisórios, arbitrados no
limiar da ação, mediante sumaria cognitivo -, o juiz não está sujeito ao princípio da
estrita legalidade, visto encontrar-se, na hipótese, revestido em certa medida de poder
discricionário.

A inequívoca relação dialética equacionada no binômio necessidade-


possibilidade, expressa no artigo 1.694, § 1º, do Código Civil, de cuja conjugação
surge a síntese da fixação dos alimentos, constitui matéria de fato, onde há de agir
predominantemente a equidade como instrumento integrativo do direito.

Tendo em conta essa premissa, fiz a devida incursão no feito, no que pude
constatar que a fixação dos alimentos na importância equivalente a 60% do salário
mínimo, a priori, justifica-se, posto dotada de razoabilidade.

Isto porque o montante está dentro da média percentual que tem arbitrado
essa Corte em casos desse jaez, que varia de 30% a 50% dos rendimentos do
alimentante.

Na realidade, a alegação de que percebe, apenas, o valor médio de R$


1.200,00 (mil e duzentos reais) conflita com os elementos de provas coligidos aos
autos.

Basta verificar que o recorrente é microempreendedor individual, sendo que


juntou, apenas a prova dos rendimentos provenientes de pro-labore, na importância
R$ 1.104,00 (mil cento e quatro reais), deixando de demonstrar os lucros advindos do
seu negócio.

Só de aluguel do imóvel comercial o recorrente desembolsa a quantia de R$


600,00 (seiscentos reais) e, a considerar suas despesas mensais, como o próprio
afirma - R$ 1.219,66 (mil, duzentos e dezenove reais e sessenta e seis centavos), é
possível inferir que seus rendimentos superam o montante afirmado.

Frise-se, ainda, que o recorrente vem executando o projeto de construção de


um imóvel residencial.

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NR.PROCESSO: 5504848.95.2019.8.09.0000
Pondere-se, ainda, que o insurgente tem toda condição de demonstrar sua
real condição financeira, mediante juntada de movimentação bancária e extrato de sua
Declaração de Imposto de Renda, mas não o fez.

Não se pode, ademais, desconsiderar a presunção de necessidade que se


estabelece em favor dos menores, crianças com apenas 03 (três) e 01 (um) ano de
idade.

Ademais, prevalece o raciocínio de que nas demandas de natureza


alimentícia, onde o julgador está desprovido de elementos de convicção mais seguro
para emissão de um juízo acerca da questão posta e, também, pela própria natureza
da pretensão - caráter alimentar, é recomendável o resguardo desse direito em prol
das pessoas alimentandas, até sobrevir regular instrução da causa, para melhor
aferição do equacionamento dos elementos previstos no artigo 1.694, § 1º do Código
Civil.

A propósito, a jurisprudência construída nesta Colenda Casa de Justiça em


quase uma década, em casos correlatos, sempre permeou pela prudência, consoante
colhe-se dos seguintes arestos:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS


GRAVÍDICOS. LEI 11.804/08. FIXAÇÃO DE ALIMENTOS
PROVISÓRIOS. PEDIDO DE REDUÇÃO DA VERBA
ALIMENTAR FIXADA NA ORIGEM. NÃO COMPROVAÇÃO DA
INCAPACIDADE DE SUPORTAR O ÔNUS. DECISÃO
MANTIDA. 1. A mulher gestante tem direito de pleitear os
alimentos necessários para cobrir suas despesas durante o
período de gravidez, da concepção ao parto. São os
chamados de alimentos gravídicos, regulamentados pela Lei
nº 11.804/2008. 2. Ao devedor da obrigação alimentícia cabe
o ônus de demonstrar a sua incapacidade financeira de arcar
com o valor dos alimentos fixados provisoriamente a este
título. Não demonstrada essa situação, hão de ser mantidos
os alimentos arbitrados na primeira instância, até que seja
apurada, por meio de uma completa instrução probatória, a
real condição econômica do devedor. Agravo de instrumento
desprovido.” (Agravo de Instrumento 5142283-42.2017, Rel.
Des. Zacarias Neves Coêlho, 2ª Câmara Cível, DJe de
04/10/2017) (grifei)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO SECUNDUM


EVENTUM LITIS. AÇÃO DE ALIMENTOS. QUANTIA FIXADA

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NR.PROCESSO: 5504848.95.2019.8.09.0000
PELO MAGISTRADO A TÍTULO DE ALIMENTOS
PROVISÓRIOS. MANUTENÇÃO. (…) 2. Os alimentos
provisórios visam a atender as necessidades básicas do
alimentado até o deslinde do feito, pois, somente por meio
da instrução processual que se terá o conhecimento da real
situação de necessidade e possibilidade das partes. 3. Se a
parte recorrente não comprova a incapacidade de arcar com
os alimentos no valor fixado, deve ser mantida a decisão
agravada, até que se decida a lide em primeiro grau.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E IMPROVIDO.”
(Agravo de Instrumento 5183286-06.2019, Relª. Desª. Maria das
Graças Carneiro Requi, 1ª Câmara Cível, DJe de 26/09/2019)
(sublinhei)

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO,


PARTILHA, GUARDA E ALIMENTOS. REDUÇÃO.
I M P O S S I B I L I D A D E . B I N Ô M I O
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. NÃO COMPROVAÇÃO DA
INCAPACIDADE FINANCEIRA DO ALIMENTANTE.
MANUTENÇÃO DO VALOR FIXADO. I- Não havendo provas
suficientes, neste momento processual, de que o valor fixado
a título de alimentos provisórios sacrificará demasiadamente
o agravante, afigura-se, a partir de um juízo de
proporcionalidade, como razoável o pensionamento
arbitrado no decisum alvejado, mormente porque encontra-
se ele condizente com o binômio necessidade/possibilidade
das partes. II- Dentro desse contexto, afigura-se razoável os
alimentos provisórios fixados em um salário mínimo, que
deverá prevalecer até a conclusão da instrução probatória no
processo original, momento em que será avaliada, com
maior grau de segurança, a real possibilidade econômica do
alimentante e as necessidades do filho menor. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (Agravo de
Instrumento 5260849-76.2019, Rel. Des. Luiz Eduardo de Sousa,
1ª Câmara Cível, DJe de 19/09/2019) (assinalei)

Dessarte, considero razoável, por ora, manter a verba alimentícia fixada, até
final decisão, a ser proferida após dilação probatória.

Ex positis, conheço do presente Agravo e o desprovejo para manter a


decisão hostilizada tal como lançada.

É o voto.

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NR.PROCESSO: 5504848.95.2019.8.09.0000
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LUA

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NR.PROCESSO: 5504848.95.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL
C/C ALIMENTOS AOS FILHOS DO CASAL. FIXAÇÃO NO
LIMIAR DA DEMANDA. QUANTUM. CRITÉRIOS. BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. VALOR MANTIDO ATÉ
SOBREVIR ELEMENTOS PROBATÓRIOS A RECOMENDAR
SUA ALTERAÇÃO.
Se o quantum arbitrado a título de alimentos no limiar da
ação (para os dois filhos do casal – 60% do salário mínimo)
apresenta-se, a princípio, dentro do razoável, não destoante
dos critérios das possibilidades do alimentante e
necessidades dos alimentados, mormente considerando as
circunstâncias dos autos, devem eles serem mantidos até
sobrevir instrução probatória que recomende a alteração,
mesmo porque deve prevaler o raciocínio de que nessa fase
embrionário do processo o juiz não detém instrumentos para
aferir, com exatidão, a real situação das partes.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Recurso Prejudicado (cpc) - Data da Movimentação


20/02/2020 12:05:44

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5577447.32.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JAELMA SOARES RODRIGUES
POLO PASSIVO : EVERALDO DOS SANTOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JAELMA SOARES RODRIGUES


ADVG. PARTE : 46457 GO - RAMON FERREIRA MORAIS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5577447.32.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5577447.32.2019.8.09.0000


COMARCA DE SENADOR CANEDO
AGRAVANTE: JAELMA SOARES RODRIGUES
AGRAVADO: EVERALDO DOS SANTOS
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO


LITIGIOSO COM PEDIDO DE GUARDA, ALIMENTOS
PROVISÓRIOS E PARTILHA DE BENS. ACORDO REALIZADO
NOS AUTOS DE ORIGEM QUANTO AO DIVÓRCIO. PERDA
DO OBJETO. EXTINÇÃO DO PROCESSO.
O Agravo de Instrumento deve ser julgado prejudicado, pela
perda do objeto, quando houver cessado sua causa
determinante, conforme exegese do art. 195 do Regimento
Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.
RECURSO PREJUDICADO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº


5577447.32.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em julgar prejudicado o recurso, nos termos do voto do Relator.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5577447.32.2019.8.09.0000
Votaram, além do Relator, o Desembargador Zacarias Neves Coelho, e o
Desembargador Carlos Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.

Como dito, trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de concessão da tutela de


urgência, interposto por JAELMA SOARES RODRIGUES da decisão proferida pelo
Juiz de Direito da 2ª Vara Cível, Família, Sucessões, Fazendas Públicas, Registros
Públicos e Ambiental da comarca de Senador Canedo, Dr. Thulio Marco Miranda
(evento nº 5 – processo originário), nos autos da ação de Divórcio Litigioso com pedido
de Guarda, Alimentos Provisórios e Partilha de Bens, com pedido de tutela antecipada,
ajuizada em seu desfavor por EVERALDO DOS SANTOS.

Inicialmente cabe informar que, após a inclusão do presente feito em pauta


(17.02.2020), observou-se, nos autos originários (5451954.08 - evento nº 18), que os
litigantes firmaram acordo quanto ao divórcio, onde ambos confirmaram a intenção de
se divorciarem, o que leva-me a proferir o seguinte julgamento.

O cerne da controvérsia em foco cinge-se em verificar a presença dos requisitos legais


exigidos para a concessão da tutela provisória de urgência, para decretação do
divórcio, com a conjugação daqueles elencados no artigo 995, parágrafo único, do
Código de Processo Civil, consubstanciados na relevância da fundamentação e na
possibilidade de resultar lesão grave e de difícil reparação.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5577447.32.2019.8.09.0000
Entretanto, vislumbro que o presente Agravo de Instrumento encontra-se prejudicado.
Isto porque, conforme se verifica nos autos originários (5451954.08) as partes
firmaram acordo quanto ao objeto do agravo, segundo se vê:

“As partes firmaram o seguinte acordo: ‘1. DO DIVÓRCIO: Os


cônjuges confirmam a intenção de se divorciarem, não
havendo possibilidade de reconciliação; 2. DO NOME: A
requerente voltará a usar seu nome de solteira, qual seja:
JAELMA SOARES RODRIGUES. 3. DOS BENS: Não houve
acordo com relação aos bens; 4. DA GUARDA,
CONVIVÊNCIA E ALIMENTOS DA FILHA: Não houve acordo
com relação à menor. (...)”

Diante disso, entendo que, no caso em comento, o presente Agravo de Instrumento,


que tem por objeto o pedido de divórcio, perdeu o seu objeto, restando o mesmo
prejudicado.

Com efeito, dispõe o art. 195 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás: “Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver cessado sua
causa determinante ou já tiver sido plenamente alcançada em outra via, judicial
ou não.”

A propósito:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.


SENTENÇA SUPERVENIENTE. PERDA OBJETO.
PREJUDICIALIDADE. ART. 195 DO REGIMENTO INTERNO DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS. Julga-se
prejudicado o Agravo de Instrumento quando, por perda
superveniente do objeto, tenha sido proferida sentença de
mérito, julgando procedente o pedido da
impetrante/agravante, nos autos da ação em que foi exarada
a decisão recorrida, declarando-se a prejudicialidade do
recurso em exame nos termos do artigo 195 do Regimento
Interno deste Tribunal de Justiça. RECURSO PREJUDICADO.
” (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 208853-
42.2010.8.09.0000, Rel. Des. NORIVAL SANTOMÉ, 6ª CC,
julgado em 09/11/2010, DJe 709 de 01/12/2010)

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5577447.32.2019.8.09.0000
Ante o exposto, nos termos dos arts. 932, inciso III, do CPC c/c 195 do Regimento
Interno deste Tribunal de Justiça, julgo prejudicado o Agravo de Instrumento, eis que
ruído seu objeto.

É como voto.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


LLA Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5577447.32.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO
LITIGIOSO COM PEDIDO DE GUARDA, ALIMENTOS
PROVISÓRIOS E PARTILHA DE BENS. ACORDO REALIZADO
NOS AUTOS DE ORIGEM QUANTO AO DIVÓRCIO. PERDA
DO OBJETO. EXTINÇÃO DO PROCESSO.
O Agravo de Instrumento deve ser julgado prejudicado, pela
perda do objeto, quando houver cessado sua causa
determinante, conforme exegese do art. 195 do Regimento
Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.
RECURSO PREJUDICADO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 13:09:45

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5161663.58.2018.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ZILMAR MENDES FERREIRA GARCIA
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ZILMAR MENDES FERREIRA GARCIA


ADVGS. PARTE : 49316 GO - EDINETH APARECIDA DE OLIVEIRA
48224 GO - AMANDA THAISA GOMES FERREIRA

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S/A


ADVGS. PARTE : 40823 GO - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA
30261 GO - SERVIO TULIO DE BARCELOS

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 13:11:18

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5318050.26.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MARIA DO CARMO BARBOSA AMERICANO
POLO PASSIVO : BANCO PAN S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA DO CARMO BARBOSA AMERICANO


ADVGS. PARTE : 38781 GO - RENATO GOMES IMAI
52742 GO - DÉBORA ASSIS CASTRO

PARTE INTIMADA : BANCO PAN S/A


ADVG. PARTE : 37214 GO - DENNER DE BARROS E MASCARENHAS BARBOSA

PARTE INTIMADA : BRB FINANCEIRA S/A


ADVG. PARTE : 16538 GO - DIRCEU MARCELO HOFFMANN

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Embargos de Declaração Não-Acolhidos - Data da


Movimentação 19/02/2020 16:24:06

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5554452.59.2018.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : SONIA PIRES CAMPOS E OUTROS
POLO PASSIVO : MARIA RITA INACIO DE ARAUJO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SONIA PIRES CAMPOS E OUTROS


ADVGS. PARTE : 25276 GO - CLOVIS NERI CECHET
51690 DF - VALÉRIA JOANA PIRES

PARTE INTIMADA : MARIA RITA INACIO DE ARAUJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : RONAN PINTO DE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : ROBSON PINTO DE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : RONEI INÁCIO DE ARAUJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : RONALDO PINTO DE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : GABRIELA INÁCIO DE ARAÚJO GONZAGA


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : ROMANA COELHO DE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : RENATO INACIO DE ARAUJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : ROSANA ARAÚJO FERNANDES


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : ROSIENE INÁCIO DE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : RUTH BERNARDETE ARAÚJO DE PAULA

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ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : FABÍOLA INÁCIO DE ARAÚJO FREITAS


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : VALÉRIA INÁCIO DE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : RUY PINTO DE ARAUJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

PARTE INTIMADA : ROMEU PINTO DE ARAÚJO


ADVG. PARTE : 19552 GO - EDUARDO JOSÉ DIAS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5554452.59.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO Nº 5554452.59.2018.8.09.0000
COMARCA DE POSSE
EMBARGANTES: Sônia Pires Campos e outros
EMBARGADOS: Maria Rita Inácio de Araújo e outros
RELATOR: Des. Amaral Wilson de Oliveira

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos aclaratórios, deste conheço.

Consoante relatado, cuida-se de embargos de declaração opostos por Sônia Pires Campos e
outros contra acórdão constante do evento 87, que negou provimento a agravo interno interposto
em face da decisão monocrática (evento 8) que havia indeferido as benesses da justiça gratuita,
com fulcro na súmula 25 do TJGO .

Eis o acórdão embargado (evento 87):

“EMENTA: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA.


MANUTENÇÃO DO INDEFERIMENTO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. AUSÊNCIA DE
MOTIVOS PLAUSÍVEIS JUSTIFICADORES PARA ALTERAR A DECISÃO. POSSIBILIDADE
DE PARCELAMENTO JUNTO AO JUÍZO A QUO. DECISÃO MANTIDA.

I. Se o agravante não traz provas ou argumentos suficientes para acarretar a modificação da linha
de raciocínio adotada na decisão monocrática, impõe-se o desprovimento do agravo interno,
porquanto interposto à míngua de elementos novos capazes de reformar a decisão recorrida.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5554452.59.2018.8.09.0000
II. Não apresentados argumentos plausíveis que justifiquem a reconsideração pretendida diante
da decisão monocrática que negou provimento ao apelo, nos termos do art. 932, inciso IV, alínea
“a” do CPC c/c Súmula nº 26 do TJGO, o desprovimento do agravo interno é medida que se
impõe.

AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA.”

Sônia Pires Campos e outros ao oporem embargos declaratórios no evento nº 106 aduzem que
as disposições legais vigentes no artigo 98 e 99 do CPC foram todas contrariadas pelo Juiz a quo
José Machado de Castro Neto. Irresignados, salientam que o magistrado somente poderá
indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais
para a concessão de gratuidade, o que segundo os embargantes não há.

Em suma, requerem que seja recebido e processado os embargos de declaração com efeitos
infringentes e para fins de prequestionamento. Assim, pugnam seja “deferido os efeitos
infringentes desse recurso, reformando a decisão do acórdão objeto do recurso, deferindo-
se a tutela antecipada recursal em favor dos embargantes nos termos do pedido do agravo
de instrumento bem como requer sejam sanadas as omissões e obscuridades da decisão
do acórdão proferido, por falta de fundamentação, restabelecendo-se a dignidade da
pessoa humana, com o diao opor embargos declaratórios no evento nº 106, em suma,
requerem seja recebido e processado esse recurso de embargos de declaração com efeitos
infringentes e para fins de prequestionamento,pugnando pela reforma da “ decisão do acórdão
objeto do recurso, deferindo-se a tutela antecipada recursal em favor dos embargantes nos
termos do pedido do agravo de instrumento bem como requer sejam sanadas as omissões
e obscuridades da decisão do acórdão proferido, por falta de fundamentação,
restabelecendo-se a dignidade da pessoa humana, com o direito a gratuidade judiciária
requerendo ainda e principalmente, que sejam pré-questionados os artigos constitucionais
e legais referidos no ítem 19º acima quais sejam: -artigos constitucionais – CF/88 artigo 5º,
LXXIV que diz: “O Estado prestará assistência jurídica integral e artigos gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos”; - infraconstitucionais de natureza legal - o que
contém o artigo 99 do C.P.C/2015 em seu parágrafo § 2º que diz: O juiz somente poderá
indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade; o que contem o parágrafo 3º do citado artigo:
Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural; e ainda o § 7º do citado artigo que diz: Requerida a concessão de gratuidade da
justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do
preparo, bem como artigo 1022, inciso II c/c artigo 489 § 1º inciso I do C.P.C., de 2015 bem
como a aplicação do art. 1.013, §3º, IV, do CPC”.

Batem pelo acolhimento dos Embargos de Declaração e supressão dos vícios arguidos.

Pois bem. Ao contrário do alegado pelos Embargantes não se vislumbra a existência de qualquer

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NR.PROCESSO: 5554452.59.2018.8.09.0000
vício no ato hostilizado, ao invés, extrai-se sim o inconformismo da parte embargante com o
indeferimento do benefício da gratuidade, uma vez que não foi comprovada, de forma idônea, a
condição de hipossuficiente econômico-financeiro, fato que manteve intacta a decisão singular
(ver decisão monocrática- evento 8 da lavra do Dr. José Carlos de Oliveira) que manteve o
indeferimento da assistência judiciária aos embargantes, salientando que poderiam requerer o
parcelamento perante o juízo a quo.

Todas as decisões estão fundamentadas. Os embargos declaratórios têm por escopo aclarar
obscuridade, afastar contradição, suprimir omissão ou corrigir erro material do julgado, nos
termos do artigo 1.022, incisos I, II e III, do Novo Código de Processo Civil. No caso em exame,
tendo o decisum embargado apreciado com clareza todas as questões pertinentes ao recurso
interposto pela parte embargante, não há qualquer vício a ser declarado.

Nesse cenário, ressai notório o intento da parte Embargante de alcançar tão somente a
rediscussão da matéria ao argumento da ocorrência de omissão, cuja situação induz a imperativa
rejeição dos embargos de declaração. A propósito:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA


DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO E ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA DE
IMÓVEL C/C PERDAS E DANOS. INDEFERIMENTO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO DEMONSTRADA. OMISSÃO E OBSCURIDADE NÃO VERIFICADAS.
PREQUESTIONAMENTO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Inexistente quaisquer dos vícios
constantes do art. 1.022 do novo CPC, devem ser rejeitados os aclaratórios, mormente
quando visam rediscutir a matéria analisada. 2. Existindo óbice para o deferimento dos
benefícios assistenciais almejados, uma vez que não demonstrada a hipossuficiência do
recorrente para com o custeio das despesas processuais, deve esta insurgência ser
negada. 3. É desnecessário o prequestionamento suscitado, uma vez que o assunto objeto
do presente debate foi integralmente enfrentado e exaurido. (...)(TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5416847-08.2017.8.09.0000, Rel. NELMA BRANCO FERREIRA PERILO,
Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, julgado em 10/05/2018, DJe de
10/05/2018)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO. GRATUIDADE DA JUSTIÇA


INDEFERIDA PELO JUÍZO DE ORIGEM. DECISÃO MANTIDA POR ESTA RELATORIA.
HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO CARACTERIZADA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. MERO
INCONFORMISMO. REEXAME DA MATÉRIA. DECISÃO MANTIDA. I. Como no código
revogado, os Embargos de Declaração permanecem recurso de fundamentação vinculada, do
que se dessume que, ao opô-los, o Embargante não poderá alegar a matéria que desejar, tão
somente as expressamente previstas em lei, mais precisamente no art. 1.022 do CPC. II.
Considerando que todas as questões de fato e de direito a justificarem o indeferimento da
gratuidade da justiça in casu restaram oportuna e criteriosamente esposadas por esta Relatoria; o
baixo valor das custas processuais, sobretudo considerando o elevado padrão de vida do
Embargante, e, ainda, que a tese alusiva à suposta iliquidez, além de visar o reexame da matéria,
consiste em inovação recursal, é fato que não há qualquer omissão no bojo do ato jurisdicional

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5554452.59.2018.8.09.0000
objurgado, mas sim patente inconformismo com a tese jurídica adotada pelo Relator Respondente
subscritor do voto guerreado, o que obsta o provimento dos aclaratórios, notadamente com vistas
a obter novo desfecho para a lide. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
DESPROVIDOS.(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5477680-55.2018.8.09.0000, Rel.
GUILHERME GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em 12/04/2019, DJe de
12/04/2019)

Insta registrar que “ a colenda Corte Superior de Justiça pacificou o entendimento de que o
julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes,
quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão” (TJGO, Apelação /
Reexame Necessário 0241181-26.2016.8.09.0158, Rel. ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª
Câmara Cível, julgado em 08/04/2019, DJe de 08/04/2019)

Com efeito, consoante a inteligência do artigo 1.025 do novo Diploma Processual Civil a mera
interposição de embargos de declaração é o suficiente para prequestionar a matéria. “Embargos
de Declaração em Embargos de Declaração em Embargos de Declaração em Agravo Interno em
Apelação Cível.

OMISSIS.

Rejeição dos aclaratórios. Prequestionamento. I - Inexistindo vícios a serem sanados,


conforme previsto pelo art. 1.022 do Código de Processo Civil, rejeitam-se os aclaratórios
no qual o recorrente almeja tão somente a rediscussão de matéria já decidida, o que, se
mostra incabível em sede de embargos de declaração. II - Não procede o
prequestionamento levantado pelo embargante, pois o julgador deve se ater a resolver o
conflito apontado pelos demandantes, como sucedeu in casu, não sendo obrigado a
analisar detidamente todas as alegações apresentadas pelas partes, tampouco fazer
referência a todos os dispositivos legais por elas mencionados. Embargos de Declaração
conhecidos e rejeitados.”(TJGO, Apelação (CPC) 0129242-51.2009.8.09.0137, Rel. CARLOS
ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível, julgado em 17/07/2019, DJe de 17/07/2019)

EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVO INTERNO NO GRAVO DE INSTRUMENTO.


VICIO INEXISTENTE. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO. RECURSO PROTELATÓRIO. MULTA. 1 - Ainda que os aclaratórios
tenham por finalidade superar o óbice do prequestionamento, precisam se en-quadrar em
uma das hipóteses do artigo 1.022 do CPC, caso em que a simples interposição dos
aclaratórios é suficiente para prequestionar a matéria (art. 1.025 do CPC). (...)”(TJGO,
Agravo de Instrumento ( CPC ) 5283154-25.2017.8.09.0000, Rel. ZACARIAS NEVES COELHO,
Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, julgado em 03/05/2018, DJe de
03/05/2018)

Destarte, os embargos não merecem acolhimento.

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NR.PROCESSO: 5554452.59.2018.8.09.0000
Ante o exposto, conheço dos embargos de declaração, mas deixo de acolhê-los à míngua dos
requisitos específicos do artigo 1.022 do Novo Código Processual Civil.

É o voto.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento (Embargos de


Declaração em Agravo Interno) nº 5554452.59.2018.8.09.0000, Comarca de Posse, sendo
embargantes Sônia Pires Campos e outros e embargados Maria Rita Inácio de Araújo e
outros.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e rejeitar os Embargos de
Declaração no Agravo Interno em Agravo de Instrumento, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Juiz Eudélcio


Machado Fagundes (em substituição ao Des. José Carlos de Oliveira).

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

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NR.PROCESSO: 5554452.59.2018.8.09.0000
Relator

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NR.PROCESSO: 5554452.59.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº


5554452.59.2018.8.09.0000

COMARCA DE POSSE

EMBARGANTES: Sônia Pires Campos e outros

EMBARGADOS: Maria Rita Inácio de Araújo e outros

RELATOR: Des. Amaral Wilson de Oliveira

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.


VÍCIOS ALEGADOS INEXISTENTES. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA INDEFERIDA. REJULGAMENTO.
PREQUESTIONAMENTO. PREQUESTIONAMENTO. I -Os embargos declaratórios constituem recurso de
integração, de modo a completar ou aperfeiçoar a decisão proferida, frente à constatação de um dos
vícios previstos no artigo 1.022, incisos I a III, do Código de Processo Civil/15, mesmo quando opostos
com propósito de prequestionamento.

II- Ressalta-se que a parte embargante não pode valer-se de tal instrumento processual para requerer
novo pronunciamento sobre questão já decidida.

III - A colenda Corte Superior de Justiça pacificou o entendimento de que o julgador não está obrigado a
responder a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente
para proferir a decisão

IV- A bem da verdade, o que pretende o embargante é discutir o próprio acerto do ato e amoldar a
decisão a seus próprios interesses, o que, como já dito, é inadmissível em sede de Embargos de
Declaração.

V- Consoante a inteligência do artigo 1.025 do novo Diploma Processual Civil a mera interposição de
embargos de declaração é o suficiente para prequestionar a matéria. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E REJEITADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 12/02/2020 15:30:11

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0001614.09.1970.8.09.0085
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : JOAQUIM GUEDES DE AMORIM COELHO
POLO PASSIVO : JOAQUIM BERQUO NETO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOAQUIM GUEDES DE AMORIM COELHO


ADVGS. PARTE : 14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA
366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA
10090 GO - LUCIANO FLEURY DE BARROS

PARTE INTIMADA : BENEDITO FERREIRA DOS SANTOS E OUTROS


ADVG. PARTE : 10090 GO - LUCIANO FLEURY DE BARROS

PARTE INTIMADA : TAIS DA SILVA SANTOS


ADVGS. PARTE : 39988 GO - EVARISTO CORDEIRO FILHO
16665 GO - ADILSON JOSÉ GOMES

PARTE INTIMADA : RONAN FERREIRA DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 16665 GO - ADILSON JOSÉ GOMES
16783 GO - MARCOS DA SILVA CAZORLA BARBOSA

PARTE INTIMADA : GERSONE APARECIDA DE FARIA SANTOS


ADVGS. PARTE : 55207 GO - MICKAELLY DAMASCENO LIMA
16783 GO - MARCOS DA SILVA CAZORLA BARBOSA
16665 GO - ADILSON JOSÉ GOMES

PARTE INTIMADA : CLENON FERREIRA DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 55207 GO - MICKAELLY DAMASCENO LIMA
16665 GO - ADILSON JOSÉ GOMES
16783 GO - MARCOS DA SILVA CAZORLA BARBOSA

PARTE INTIMADA : ELIZANETH CARDOSO FONSECA SOARES


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : DORVINA CAIXETA ROSA


ADVG. PARTE : 35505 GO - JOÃO DENES FERRAZ

PARTE INTIMADA : GILCILEIDE CONCEICAO DE FARIA FERREIRA DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 16665 GO - ADILSON JOSÉ GOMES
16783 GO - MARCOS DA SILVA CAZORLA BARBOSA

PARTE INTIMADA : JOAQUIM BERQUO NETO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

ADVGS. PARTE : 14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA


366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA

PARTE INTIMADA : ERENI ROSA DOS REIS


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : DIVA VELOSO RODRIGUES


ADVG. PARTE : 10894 GO - VALDETE LUÍZA DE PAULA AZEREDO BASTOS

PARTE INTIMADA : ESTER


ADVG. PARTE : 10894 GO - VALDETE LUÍZA DE PAULA AZEREDO BASTOS

PARTE INTIMADA : SEBASTIAO VELOSO PELEJA


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : JOAO MARIA BERQUO


ADVGS. PARTE : 14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA
366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA
17009 GO - DIVINO CÉSAR DAMÁSIO

PARTE INTIMADA : HELY BUENO BERQUO


ADVGS. PARTE : 366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA
14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA
6949 GO - JOÃO FERNANDO BUENO DE PASSOS

PARTE INTIMADA : TEREZINHA BERQUO TOLEDO


ADVG. PARTE : 24802 GO - MARIO CESAR MONTEIRO DE CASTRO

PARTE INTIMADA : ANTONIA


ADVG. PARTE : 6316 GO - ELSON BUENO DE PASSOS

PARTE INTIMADA : FLORAMBEL RODRIGUES SIQUEIRA


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : MANOEL DOMINGOS DE FRANCA


ADVG. PARTE : 4790 GO - ANTONIO TAVARES

PARTE INTIMADA : APARICIO ROSA FERRAZ


ADVG. PARTE : 35505 GO - JOÃO DENES FERRAZ

PARTE INTIMADA : JOSE RODRIGUES SOARES


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : TEODORO RODRIGUES DE SIQUEIRA


ADVG. PARTE : 6316 GO - ELSON BUENO DE PASSOS

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PARTE INTIMADA : JOVELINO DOS REIS MORAIS


ADVGS. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO
6316 GO - ELSON BUENO DE PASSOS

PARTE INTIMADA : IRANI TEIXEIRA DOS REIS


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : ADUTE JESUS DOS REIS


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : ADAO ISABEL DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : TEREZINHA DOS SANTOS DE SOUSA


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : SILVIA DE CARVALHO BUENO


ADVGS. PARTE : 366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA
6316 GO - ELSON BUENO DE PASSOS
6949 GO - JOÃO FERNANDO BUENO DE PASSOS

PARTE INTIMADA : MARIA RODRIGUES SIQUEIRA


ADVG. PARTE : 10024 GO - JOÃO CELIO CAMILO DO NASCIMENTO

PARTE INTIMADA : MIRNA RORIZ COELHO


ADVGS. PARTE : 14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA
366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA

PARTE INTIMADA : JOSE RODRIGUES DE SIQUEIRA


ADVGS. PARTE : 14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA
366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA

PARTE INTIMADA : ANTONIA NASCIMENTO DA CUNHA SIQUEIRA


ADVGS. PARTE : 14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA
366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA

PARTE INTIMADA : MAXIMIANO BARBOSA MACHADO


ADVGS. PARTE : 14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA
366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA

PARTE INTIMADA : LAZARA LINHARES DOS SANTOS


ADVGS. PARTE : 14431 GO - BENEDITO UBIRAMAR PINTO DE FARIA
366 TO - ANGELO PITSCH CUNHA

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

PARTE INTIMADA : MARIA HELENA BERQUO


ADVG. PARTE : 24802 GO - MARIO CESAR MONTEIRO DE CASTRO

PARTE INTIMADA : HAYDEE MARIA BERQUO


ADVG. PARTE : 24802 GO - MARIO CESAR MONTEIRO DE CASTRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0001614.09.1970.8.09.0085
Estado de Goiás
Poder Judiciário
Comarca de Itapuranga - 1ª Vara Cível

Processo n. 0001614.09.1970.8.09.0085

DECISÃO

Compulsando os autos, verifica-se que no julgamento do agravo de


instrumento nosso Eg. Tribunal de Justiça determinou a prolação de nova decisão a
respeito do pedido de alteração do valor da causa formulado no evento 752.
Contudo, entendo ser inoportuna a discussão neste momento processual,
quando já prolatada sentença de homologação da divisão.
Com efeito, o tema não foi soerguido durante todo o trâmite processual,
estando, portanto, acobertado pelo manto da preclusão. Senão, veja-se:

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. ART 739-A, § 5º, DO CPC.


IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. MEMÓRIA DO CÁLCULO. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. VALOR DA CAUSA. PRECLUSÃO. (…) 7. Mesmo
que assim não fosse, o ora recorrente não colheria melhor sorte, pois se
após a prolação da sentença a revisão de ofício do valor da causa pelo
magistrado já não é cabível em respeito à coisa julgada formal (REsp
784.435/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, DJU 26.09.07), mostra-se plenamente
incabível a insurgência manifestada somente na instância especial pela ré,
cuja faculdade para impugnar esse aspecto da demanda deve ser exercida
no prazo da contestação, a teor do art. 261 do CPC (STJ, REsp 1089572/RS,
Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/04/2010, DJe
16/04/2010). (NEGRITEI)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE USUCAPIÃO URBANO. IMPUGNAÇÃO AO


VALOR DA CAUSA NAS RAZÕES DO APELO. PRECLUSÃO. SATISFEITOS
OS REQUISITOS DA PRESCRIÇÃO AQUISITIVA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. 1. O valor da causa deve ser impugnado pela parte ré em
contestação, sob pena de preclusão, o que torna improsperável sua
abordagem nas razões do recurso de apelação. Aplicação do artigo
293/CPC. 2(...) APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA. (TJGO, APELACAO
0215640-24.2015.8.09.0126, Rel. MARCUS DA COSTA FERREIRA, 5ª Câmara
Cível, julgado em 04/10/2019, DJe de 04/10/2019). (NEGRITEI)

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NR.PROCESSO: 0001614.09.1970.8.09.0085
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SALÁRIO. FÉRIAS. ADICIONAL.
13º SALÁRIO. SALDO DE SALÁRIOS. DIREITOS ASSEGURADOS NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INTERESSE DE AGIR. PRÉVIO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA.
INOCORRÊNCIA. IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA. PRECLUSÃO.
DELIMITAÇÃO CORRETA DO PEDIDO. (…) 3. A impugnação ao valor da
causa deve ser realizada em sede de preliminar de contestação, sob pena
de preclusão, como informa o art. 293 do CPC.(...) APELO CONHECIDO E
DESPROVIDO.(TJGO, APELACAO 0008076-42.2016.8.09.0158, Rel. LEOBINO
VALENTE CHAVES, 3ª Câmara Cível, julgado em 13/09/2018, DJe de
13/09/2018). (NEGRITEI)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA. COISA


JULGADA. LEGITIMIDADE PASSIVA. TEORIA DA ASSERÇÃO. ASSOCIAÇÃO.
COMINAÇÃO À PIZZARIA DE INFORMAÇÃO SOBRE PRESENÇA/AUSÊNCIA
DE GLÚTEN. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. IMPROCEDÊNCIA.
IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA. PRECLUSÃO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
AUSÊNCIA. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. INVERSÃO. ISENÇÃO. (…) 4. A
impugnação ao valor da causa deve ser realizada em preliminar de
contestação, sob pena de preclusão. (...) 7. Recurso conhecido e provido.
(TJGO, Apelação (CPC) 0010216-21.2012.8.09.0051, Rel. GUILHERME
GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em 30/11/2018, DJe de
30/11/2018). (NEGRITEI)

Assim, deixo de conhecer da alegação de incorreção do valor da causa.


Noutro tanto, considerando que não há mais juízo de admissibilidade neste
grau de jurisdição (CPC/15, art. 1.010, §3º) e que já foram apresentadas
contrarrazões, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, com nossas
homenagens, para apreciação das apelações interpostas (evento n. 793).
Intimem-se. Cumpra-se.
Itapuranga, data e hora da assinatura eletrônica.

Denis Lima Bonfim


Juiz de Direito
(Assinatura eletrônica)
09

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 13:16:09

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5132285.79.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : BANCO BONSUCESSO S/A
POLO PASSIVO : ROSEMARY DA COSTA RAMOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : BANCO BONSUCESSO S/A


ADVGS. PARTE : 23010 GO - ANDRÉ LUIZ AIDAR ALVES
17709 GO - VLADIMIR VIEIRA DI COIMBRA

PARTE INTIMADA : BBS BANCO BONSUCESSO S/A


ADVGS. PARTE : 23010 GO - ANDRÉ LUIZ AIDAR ALVES
17709 GO - VLADIMIR VIEIRA DI COIMBRA

PARTE INTIMADA : ROSEMARY DA COSTA RAMOS


ADVGS. PARTE : 1954 GO - LOURENÇO PINTO DE CASTRO
14799 GO - FAUSTA BERNARDINA CARNEIRO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 13:17:59

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0122665.14.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Embargos à Execução
POLO ATIVO : AGENCIA DE FOMENTO DE GOIAS S/A - GOIASFOMENTO
POLO PASSIVO : JORGE ALBERTO MARTINS PENTIADO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JORGE ALBERTO MARTINS PENTIADO


ADVG. PARTE : 38108 GO - RODOLFO BRAGA RIBEIRO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 11:54:35

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5518743.38.2019.8.09.0093
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MARIA AUXILIADORA DIMENIS
POLO PASSIVO : BANCO BGN CETELEM SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA AUXILIADORA DIMENIS


ADVG. PARTE : 54782 GO - LUIZ FERNANDO CARDOSO RAMOS

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5518743.38.2019.8.09.0093
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

APELAÇÃO CÍVEL N. 5518743.38.2019.8.09.0093


COMARCA DE JATAÍ
APELANTE: MARIA AUXILIADORA DIMENIS
APELADO: BANCO BGN CETELEM S/A
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. EXTINÇÃO


DO FEITO. CAUSA DE MENOR COMPLEXIDADE E DE VALOR
INFERIOR A 40 SALÁRIOS MÍNIMOS. PROPOSITURA NA
JUSTIÇA COMUM. LIVRE ESCOLHA DA PARTE.
É faculdade da parte autora ajuizar, tanto no Juizado Cível
Especial como na Justiça Comum, as demandas previstas no art.
3º da Lei nº 9.099/95, frente a inexistência de norma legal que
obrigue a distribuição destas causas perante o Juizado Especial.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA CASSADA.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº


5518743.38.2019.8.09.0093, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e prover o recurso, nos termos do voto do Relator.

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NR.PROCESSO: 5518743.38.2019.8.09.0093
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e Carlos
Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

Inicialmente, defiro à recorrente os benefícios da assistência judiciária gratuita. Assim,


presentes os demais pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.
Entende a apelante ser de sua livre escolha o local de propositura da ação e, por esta
razão, não tendo optado pelo rito do Juizado Especial e, não sendo este de
competência absoluta, não deveria o magistrado ter extinto o processo.
Com efeito, a competência dos Juizados Especiais, regida pela Lei nº 9.099/95, é
relativa e facultativa, cabendo à parte autora decidir em qual órgão jurisdicional
ajuizará a demanda. Pacificada esta controvérsia em julgamento proferido pelo
Superior Tribunal de Justiça, in verbis:

CONDOMÍNIO. DESPESAS COMUNS. COMPETÊNCIA. JUIZADO


ESPECIAL. MULTA DE 20%. INAPLICABILIDADE, IN CASU, DO CDC. - A
competência do Juizado Especial é relativa, sendo facultada ao autor a opção
pelo ajuizamento do pedido junto à Justiça Comum.Precedentes. - Não se
aplica o Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicas estabelecidas
entre o condomínio e os condôminos. Precedentes.Recurso especial não
conhecido."(Processo: RESP 280193/SP Recurso Especial 2000/0099296-8;
Relator(a): Ministro BARROS MONTEIRO (1089); Órgão Julgador: T4 -
QUARTA TURMA; Data do Julgamento: 22/06/2004; Data da publicação/Fonte:
DJ 04/10/2004 p. 302)

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NR.PROCESSO: 5518743.38.2019.8.09.0093
O Enunciado 01 do FONAJE chancelou a mesma orientação com os seguintes
dizeres: "O exercício do direito de ação no Juizado Especial Cível é facultativo para o
autor".
Cumpre ressaltar que o art. 3º da Lei nº 9.099/95 estabeleceu a competência do
Juizado Especial, mas não disciplinou a obrigatoriedade do processamento destas
ações em sede de Juizados Especiais Estaduais, nem mesmo quando a lide possui
menor complexidade ou valor inferior a quarenta salários mínimos, ao contrário do
estabelecido nas leis do Juizado Especial Federal (Lei nº. 10.259/2001) e da Fazenda
Pública (Lei nº. 12.153/09), que tornam o processamento, nestes órgãos, obrigatório:

Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e


julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;

II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;

III - a ação de despejo para uso próprio;

IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao


fixado no inciso I deste artigo.

Ademais, o § 3º do mencionado artigo utiliza-se da palavra "opção", o que evidencia


que a única exigência estabelecida por esta Lei é que o autor renuncie pelo crédito
excedente a 40 (quarenta) salários-mínimos, patamar máximo do valor da causa
admitido no Juizado Especial:

§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao


crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de
conciliação.

No caso em tela, verifica-se que, apesar da menor complexidade e do valor inferior a


40 (quarenta) salários-mínimos, à recorrente é facultado optar pelo ajuizamento do
processo perante a Justiça Comum ou nos Juizados Especiais, vez que inexiste
disposição legal expressa que obrigue o processamento das demandas elencadas no
art. 3º, da Lei nº 9.099/95 perante os Juizados Especiais Estaduais.
Portanto, inconteste a necessidade de continuação da tramitação do feito perante a 2ª
Vara Cível da comarca de Jataí e, consequentemente, a cassação da sentença que
extinguiu o feito, sem resolução de mérito.

ANTE O EXPOSTO, conheço do recurso e dou-lhe provimento para cassar a


sentença proferida, determinando o prosseguimento do feito.

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NR.PROCESSO: 5518743.38.2019.8.09.0093
É como voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Des. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LEA

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NR.PROCESSO: 5518743.38.2019.8.09.0093
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. EXTINÇÃO
DO FEITO. CAUSA DE MENOR COMPLEXIDADE E DE VALOR
INFERIOR A 40 SALÁRIOS MÍNIMOS. PROPOSITURA NA
JUSTIÇA COMUM. LIVRE ESCOLHA DA PARTE.
É faculdade da parte autora ajuizar, tanto no Juizado Cível
Especial como na Justiça Comum, as demandas previstas no art.
3º da Lei nº 9.099/95, frente a inexistência de norma legal que
obrigue a distribuição destas causas perante o Juizado Especial.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA CASSADA.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 12:03:41

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5551518.94.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : JARCIONIRA DE OLIVEIRA PERES
POLO PASSIVO : VALOR SOCIEDADE DE CREDITO AO MICROEMPREENDEDOR EPP LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JARCIONIRA DE OLIVEIRA PERES


ADVG. PARTE : 38781 GO - RENATO GOMES IMAI

PARTE INTIMADA : BANCO BRB S/A


ADVG. PARTE : 47797 GO - WALLACE ELLER MIRANDA

PARTE INTIMADA : BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL CHINA CONSTRUCTION BANK BRASIL


BANCO MÚLTIPLO S/A
ADVG. PARTE : 368437 SP - DJALMA SILVA JÃNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5551518.94.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5551518.94.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: JARCIONIRA DE OLIVEIRA PERES
AGRAVADOS: VALOR SOCIEDADE DE CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR
EPP LTDA. E OUTROS
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER. DETERMINAÇÃO DE EMENDA DA
INICIAL PARA INCLUIR NO POLO PASSIVO DA AÇÃO A
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. DESNECESSIDADE.
1. Não justifica a inclusão, no polo passivo da demanda,
daquele que não detém qualquer relação jurídica com o
direito material discutido nos autos, sendo desnecessária a
formação de litisconsórcio passivo necessário quando o
direito discutido não tem o condão de afetar a esfera jurídica
de terceiros.
2. Temos que, no presente caso, a autora fez pedido certo e
limitado quanto às instituições financeiras que pretende
litigar. Assim, a sentença não poderá dar além daquilo que
foi pedido (art. 141, CPC), sendo, portanto, impossível haver
restrição ou limitação dos descontos realizados em folha de
pagamento pelas demais instituições financeiras que não
integraram o polo passivo da presente demanda.
AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5551518.94.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº


5551518.94.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e prover o recurso, nos termos do voto do Relator.

Votaram, além do Relator, o Desembargador Zacarias Neves Coelho, e o


Desembargador Carlos Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

Sendo próprio e tempestivo, estando o preparo dispensado, por ser a recorrente


beneficiária da assistência judiciária gratuita, e possuindo ela interesse e legitimidade
para pleitear a reforma da decisão, merece ser conhecido o presente recurso.

Como dito, cuida-se de Agravo de Instrumento, com pedido de concessão da


antecipação da tutela recursal, interposto por JARCIONIRA DE OLIVEIRA PERES, da
decisão proferida pelo Juiz de Direito da 14ª Vara Cível e Ambiental da comarca de
Goiânia, Dr. Carlos Magno Rocha da Silva (evento nº 9 – processo originário), nos
autos da ação de Obrigação de Fazer ajuizada em desfavor de VALOR SOCIEDADE
DE CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR EPP LTDA., BANCO BRB S/A, BANCO
INDUSTRIAL E COMERCIAL CHINA CONSTRUCTION BANK BRASIL BANCO

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NR.PROCESSO: 5551518.94.2019.8.09.0000
MÚLTIPLO S/A e BANCO PAN S/A.

Analisando detidamente os autos, observa-se que o Magistrado singular determinou a


emenda da inicial para incluir no polo passivo do feito a Caixa Econômica Federal, por
entender tratar-se de litisconsórcio passivo necessário, sob pena de indeferimento da
inicial nos termos do artigo 330, IV, do Código de Processo Civil.

Entretanto, entendo que o fez sem razão. Explico.

Faz-se oportuno relembrar que legitimidade “é a pertinência subjetiva da demanda


ou, em outras palavras, é a situação prevista em lei que permite a um
determinado sujeito propor a demanda judicial e a um determinado sujeito
formar o polo passivo da demanda. Tradicionalmente se afirma que serão
legitimados ao processo os sujeitos descritos como titulares da relação jurídica
de direito material deduzida pelo demandante.” (Daniel Amorim Assumpção Neves,
Manual de Direito Processual Civil, Volume Único, 8ª edição, página 76).

No caso dos autos, a agravante ajuizou ação de Obrigação de Fazer visando a


redução dos descontos mensais realizados pelo agravado BANCO BRB S/A e a
suspensão dos descontos realizados pelos BANCO PAN S/A, BANCO INDUSTRIAL
S/A e BANCO VALOR LTDA., ante a absoluta falta de margem consignável
disponível.

Entretanto, ao lançar vista no Demonstrativo de Pagamento de Salário acostado aos


autos, vislumbra-se a existência de empréstimos contraídos com outras instituições
financeiras, quais sejam: BANCO BGN, BANCO DAYCOVAL e CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL, os quais não foram incluídos no polo passivo da demanda.

Desta feita, observa-se que a agravante optou por litigar apenas em face de algumas
das instituições financeiras, as quais firmaram Contrato de Empréstimo, mostrando-se
totalmente desarrazoada a determinação de emenda da inicial para inclusão, no polo
passivo da demanda, a Caixa Econômica Federal, pois a autora não pode ser obrigada
a litigar contra quem não deseja, ainda mais, não sendo o caso de litisconsórcio
necessário, onde a sua presença não alterará a eficácia da sentença.

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NR.PROCESSO: 5551518.94.2019.8.09.0000
Ademais, cabe à autora eleger com quem pretende litigar judicialmente, sob as
consequências processuais advindas de erro na escolha. Forçar a requerente a
demandar com quem não deseja não se afeiçoa à ordem processual, uma vez que, de
ofício, não pode vincular subjetivamente, obrigando a integração na lide.

Para que seja obrigatório, o litisconsórcio deve resultar de expressa determinação


legal nesse sentido ou da própria natureza da relação ou situação jurídica posta como
objeto de certificação judicial; assim mesmo, nessa segunda alternativa, se o
“legislador expressamente não excepcionou, dispensando o litisconsórcio
necessário, legitimando ativa ou passivamente um só dos titulares do direito ou
participes da situação jurídica para atuar como substituto processual dos
demais. (In, Arruda Alvim, Código de Processo Civil Comentado, RT, S. Paulo, 1975,
vol.2, p. 365).

A esse respeito, inclusive a jurisprudência tem se manifestado, vejamos:

“ AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CONHECIMENTO


COM PEDIDO DE MANUTENÇÃO DE POSSE. ATO JUDICIAL.
CONCESSÃO DE LIMINAR - NÃO CABIMENTO.
DETERMINAÇÃO DE INCLUSÃO DE PARTE PASSIVA -
INADMISSIBILIDADE. 1- NÃO HÁ QUE SE FALAR EM MEDIDA
LIMINAR DE MANUTENÇÃO DE POSSE CONTRA ATO
JUDICIAL. 2- O AUTOR NÃO PODE SER OBRIGADO A
INCLUIR PARTE NO POLO PASSIVO DA DEMANDA, UMA
VEZ QUE, NO DIREITO PROCESSUAL, NINGUÉM É
OBRIGADO A LITIGAR CONTRA QUEM NÃO DESEJA, AINDA
MA I S, NÃ O SENDO O CASO DE L I T I SCON S ÓR C IO
NECESSÁRIO, ONDE A SUA PRESENÇA NÃO ALTERARÁ A
EFICÁCIA DA SENTENÇA. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.” (TJGO, AGRAVO
DE INSTRUMENTO 54128-3/180, Rel. Dr. JERÔNYMO PEDRO
VILLAS BOAS, 2ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 03/04/2007, DJe
14996 de 09/05/2007). (Grifei).

“ EXTINÇÃO DA AÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO –


ARTIGO 485, IV, DO CPC. AFASTADA. A composição do polo
passivo é de responsabilidade exclusiva de quem propõe a
demanda, porquanto só a parte autora poderá sofrer
eventuais prejuízos da má eleição do réu para compor a

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NR.PROCESSO: 5551518.94.2019.8.09.0000
relação processual. Neste cenário, não cabe ao Juiz
determinar de ofício que o autor emende a inicial para incluir
no polo passivo outra empresa, que não aquelas indicadas
para responder pela demanda, posto que ninguém pode ser
obrigado a litigar contra quem não quer.” (TRT-1 – RO:
00002239320115010072, Relª. Mônica Batista Vieira Puglia, Data
de Julgamento: 03.04.2017).

Temos que, no presente caso, a autora fez pedido certo e limitado quanto às
instituições financeiras que pretende litigar. Assim, a sentença não poderá dar além
daquilo que foi pedido (art. 141, CPC), sendo, portanto, impossível haver restrição ou
limitação dos descontos realizados em folha de pagamento pelas demais instituições
financeiras que não integraram o polo passivo da demanda.

Sendo assim, entendo que há necessidade de modificar o decisum singular.

Ante o exposto, já conhecido o Agravo de Instrumento, dou-lhe provimento, a fim de


excluir da decisão agravada a determinação de emenda à inicial para inclusão da
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL no polo passivo da demanda, determinado o
prosseguimento do feito perante o Juízo de primeiro grau, preservando-se a indicação
contida na petição de ingresso.

É como voto.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.


DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

LLA Relator

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NR.PROCESSO: 5551518.94.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER. DETERMINAÇÃO DE EMENDA DA
INICIAL PARA INCLUIR NO POLO PASSIVO DA AÇÃO A
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. DESNECESSIDADE.
1. Não justifica a inclusão, no polo passivo da demanda,
daquele que não detém qualquer relação jurídica com o
direito material discutido nos autos, sendo desnecessária a
formação de litisconsórcio passivo necessário quando o
direito discutido não tem o condão de afetar a esfera jurídica
de terceiros.
2. Temos que, no presente caso, a autora fez pedido certo e
limitado quanto às instituições financeiras que pretende
litigar. Assim, a sentença não poderá dar além daquilo que
foi pedido (art. 141, CPC), sendo, portanto, impossível haver
restrição ou limitação dos descontos realizados em folha de
pagamento pelas demais instituições financeiras que não
integraram o polo passivo da presente demanda.
AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 13:26:37

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5694228.40.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIAS
POLO PASSIVO : SELMA JANE BATISTA RODRIGUES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SELMA JANE BATISTA RODRIGUES


ADVGS. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES
25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 13:27:46

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5699627.50.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : KALEY FREIRE LEMOS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : KALEY FREIRE LEMOS


ADVGS. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES
25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 13:29:07

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5720426.17.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ESTADO DE GOIÁS
POLO PASSIVO : MARIA APARECIDA LORENZO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARIA APARECIDA LORENZO


ADVGS. PARTE : 34056 GO - LEONARDO ODAIR SANCHES BORGES
25996 GO - RAFAEL REGINALDO URANI DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 13:30:28

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5279755.29.2017.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : ROBERTA SILVA ROSA
POLO PASSIVO : SECRETÁRIA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, FÁTIMA MRUE
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROBERTA SILVA ROSA


ADVGS. PARTE : 36017 GO - MÁRCIO DE SOUZA BARBOSA
31356 GO - LUCIANO RIBEIRO DE CASTRO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 14/02/2020 14:20:26

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5060753.11.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO
POLO PASSIVO : ANA MARIA MACHADO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO


ADVG. PARTE : 24498 PR - EVARISTO ARAGAO FERREIRA DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : ANA MARIA MACHADO


ADVG. PARTE : 26506 GO - EVERTON BERNARDO CLEMENTE

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5060753.11.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5060753.11.2020.8.09.0000

COMARCA GOIÂNIA

AGRAVANTE HSBC BANK BRASIL S.A. – BANCO MÚLTIPLO

AGRAVADA ANA MARIA MACHADO

RELATOR Eudélcio Machado Fagundes - Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

DECISÃO LIMINAR

HSBC BANK BRASIL S.A. – BANCO MÚLTIPLO interpõe Agravo de Instrumento em ataque à
decisão interlocutória1 proferida pelo MM. Juiz de Direito da 22ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dr.
Marcelo Lopes de Jesus, nos autos da ação individual de execução de sentença coletiva ajuizada em seu
desfavor por ANA MARIA MACHADO, ora agravada.

Por meio da decisão guerreada, o Magistrado de primeira instância acolheu, em parte, a


impugnação ao cumprimento de sentença apresentada pelo ora recorrente para determinar a exclusão dos
juros remuneratórios do quantum debeatur e que os juros de mora incidam a partir da citação no processo de
conhecimento e a correção monetária plena, tendo como base de cálculo o saldo existente ao tempo do plano
econômico respectivo.

Nas razões do recurso2, o banco insurgente explica que o Superior Tribunal de justiça, por meio do
Recurso Especial nº 1.361.869/SP, determinou a suspensão de todas as ações relativas ao tema, para que
fosse analisada a sua legitimidade passiva para responder pelos encargos advindos de expurgos inflacionários
relativos a cadernetas de poupança mantidas perante o extinto Banco Bamerindus S.A., em decorrência de
sucessão havida entre as instituições financeiras.

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NR.PROCESSO: 5060753.11.2020.8.09.0000
Neste particular, relata, ainda, a existência do Recurso Especial nº 1.438.263/SP, afetado como
recurso representativo de controvérsia repetitiva para que se encerre debate acerca da legitimidade ativa de
não associado para a liquidação/execução da sentença coletiva proferida nas ações civis públicas movidas pelo
Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), para, uma vez mais, defender ser necessária a paralisação da
demanda subjacente.

Doutro lado, sustenta a necessidade de prévia liquidação do julgado, pelo que entende deve ser a
execução extinta, sem julgamento do mérito.

Adiante, assevera que a exequente, ora agravada, é parte ilegítima para requerer em juízo o valor a
que entende fazer jus, pois, além de não comprovar ser associada do IDEC, não demonstrou ter conferido à
referida instituição autorização específica para ajuizar a demanda que originou o título em execução.

Afora isso, bate-se argumentando ilegitimidade passiva ad causam, porquanto, em seus dizeres,
não é sucessor, a título universal, do Banco Bamerindus S.A., não existe solidariedade entre ambos, tampouco
possibilidade de lançar mão da teoria da aparência para imputar-lhe a responsabilidade pelo adimplemento do
débito em questão, bem assim não há indícios de que o crédito da exequente integraria o rol de passivos que
lhe foram, a título particular, cedidos.

Alega que a sentença genérica não lhe é oponível, haja vista não ter integrado a ação de
conhecimento.

Defende que o termo inicial para aplicação de juros de mora é a data da citação no processo de
execução, e não a data da citação nos autos da ação civil pública em que foi proferida a sentença genérica.

Empós, questiona os critérios utilizados para correção monetária, predizendo terem sido adotados
índices não abordados no título exequendo.

Por fim, postula o prequestionamento da matéria debatida.

Daí, entendendo presentes os pressupostos de relevância e urgência, o rebelante requer seja


atribuído efeito suspensivo ao recurso, e, alfim, pugna pela reforma da decisão fustigada, no afã de que seja
acolhida integralmente a impugnação ao cumprimento de sentença por ele apresentada na instância singular.

Documentos acostados aos autos, dentre eles o preparo regular3.

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NR.PROCESSO: 5060753.11.2020.8.09.0000
É o relato do essencial. Passo a decidir.

Inicialmente, admito o processamento do agravo de instrumento, eis que a decisão impugnada fora
proferida em sede de cumprimento de sentença, amoldando-se, portanto, às condições previstas no parágrafo
único, do artigo 1.015, do Código de Processo Civil.

Conforme relatado, postula o agravante a atribuição de efeito suspensivo ao recurso, como forma de
obstar o andamento processual da ação que lhe é movida em primeira instância.

É bem verdade que, nos termos do art. 995, do Digesto Processual Civil, a interposição de recurso,
inclusive de agravo de instrumento, não impede a eficácia da decisão recorrida, daí por que, via de regra, deve
ser ele recebido apenas no efeito devolutivo. Por outro lado, é possível ao Relator suspender o cumprimento da
decisão agravada até pronunciamento definitivo da Turma ou Câmara Julgadora, desde que preenchidos os
pressupostos listados no parágrafo único do art. 995, do referido diploma legal, que exige, para tanto, a
demonstração da probabilidade de provimento do recurso, acrescido do fato de que, se levado a efeito, o ato
impugnado importará risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação.

Na hipótese vertente, malgrado o esforço argumentativo do banco recursante, em sede de cognição


perfunctória, não vislumbro a presença dos pressupostos ensejadores da medida pleiteada, sobretudo a
probabilidade de provimento do recurso.

É que, a priori, não se cogita o sobrestamento demanda subjacente. Isso, porque nos autos do
Recurso Especial nº 1.361.869/SP, o Superior Tribunal de Justiça foi categórico ao determinar apenas a
suspensão de recursos especiais e agravos em recursos especiais, o que, por evidente, não é o caso dos
autos, já que o recurso em voga é um agravo de instrumento.

Por outro lado, conforme se extrai de consulta realizada no site oficial do próprio Tribunal da
Cidadania, o Recurso Especial nº 1.438.263/SP, antes afetado como recurso representativo de controvérsia
repetitiva, foi desafetado em julgamento colegiado realizado pela 2ª Seção daquela corte superior.

Pari passu, as demais matérias abordadas na decisão fustigada e as diretivas ali traçadas para o
cálculo do quantum debeatur aparentemente estão em perfeita harmônia com inúmeros casos julgados por esta
e por outras cortes do país, em que o tema expurgos inflacionários foi abordado.

Desta maneira, ausente o fumus boni iuris, despicienda é a análise da presença do periculum in
mora, pois é cediço no meio jurídico que a falta de apenas um desses requisitos já é suficiente para que se
indefira o efeito suspensivo postulado.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5060753.11.2020.8.09.0000
Ao cabo do exposto, indefiro a pretensão liminar de atribuição de efeito suspensivo ao agravo,
remanescendo-lhe apenas o ordinário efeito devolutivo.

Intime-se a agravada, para que, querendo, oferte contraminuta no prazo legal, consoante dispõe o
art. 1.019, II, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Intimem-se.

Goiânia, datada e assinada digitalmente.

Eudélcio Machado Fagundes

Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau

Relator

Em tempo: determino à Secretaria da 2ª Câmara Cível que promova a vinculação, no sistema PJD, destes
autos com o feito originário da interposição recursal, qual seja, o de nº 0306058.73.2014.8.09.0051.

1 Vide Movimentação 50, dos autos originários de nº 0306058.73.2014.8.09.0051.

2 Vide Movimentação 1, Arquivo 1.

3 Vide Movimentação 1, Arquivos 5 e 7.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 14/02/2020 14:20:27

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5620105.71.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : LUIZ ALBERTO BATISTA SOARES
POLO PASSIVO : DEGRAUS CENTRO DE ESTUDOS EIRELI
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : LUIZ ALBERTO BATISTA SOARES


ADVG. PARTE : 29434 GO - FÃBIO FARIA DOS SANTOS

PARTE INTIMADA : DEGRAUS CENTRO DE ESTUDOS EIRELI


ADVG. PARTE : 3816 GO - TÂNIA MORATO COSTA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5620105.71.2019.8.09.0000
ESTADO DE GOIÁS

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

2ª CÂMARA CÍVEL

GABINETE DO DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5620105.71.2019.8.09.0000

Órgão : 2ª CÂMARA CÍVEL

Comarca : GOIÂNIA

Agravante : LUIZ ALBERTO BATISTA SOARES

Agravado : DEGRAUS CENTRO DE ESTUDOS EIRELI

Relator : JUIZ EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

DECISÃO

Compulsando os autos verifico que a decisão lançada no evento 15 foi publicada no


DJe em 04/12/2019.

Sendo assim, o vencimento da 1ª parcela (guia 2042982-7/50), relativa ao

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NR.PROCESSO: 5620105.71.2019.8.09.0000
parcelamento do preparo recursal ocorreria, segundo indicação do próprio PJD, em 01/01/2020, e
o das parcelas subsequentes (guias 2042983-5/50 e 2042984-3/50) ocorreria, respectivamente,
em 31/01 e 01/03/2020.

O agravante veio aos autos e comprovou a atempada quitação da 1ª parcela em


09/12/2019, por intermédio da interlocutória jungida no evento 20.

Inadvertidamente, foi lançada a certidão que se vê no evento 21 e arquivado o processo


(evento 22), incúrias que motivaram o pedido de reconsideração veiculado na interlocutória
aportada no evento 23.

Destarte, chamo o feito à ordem, determinando à Secretaria desta 2ª Câmara Cível que
bloqueie a movimentação relativa aos equivocados eventos 21, 22 e 24.

Ao mesmo tempo, DEFIRO o pleiteado pelo agravante na interlocutória aqui referida,


autorizando o pagamento da 2ª parcela na mesma data prevista para o vencimento da 3ª parcela,
isto é, 01/03/2020, ficando claro que naquela data deverão ser quitadas as 2 (duas) parcelas
remanescentes do preparo recursal.

Intime-se.

Cumpra-se.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

JUIZ EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 14/02/2020


14:20:27

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0426956.81.2015.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : LEONARDO VAZ DA COSTA
POLO PASSIVO : INPAR PROJETO 45 SPE LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : INPAR PROJETO 45 SPE LTDA


ADVGS. PARTE : 139387 MG - RAFAEL GOOD GOD CHELOTTI
108112 MG - FERNANDO MOREIRA DRUMMOND TEIXEIRA

PARTE INTIMADA : LEONARDO VAZ DA COSTA


ADVGS. PARTE : 9120 GO - SIMPLICIO JOSE DE SOUSA FILHO
32568 GO - MURILO SOUSA E SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 0426956.81.2015.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 426956.81.2015.8.09.0051

APELANTE INPAR PROJETO 45 SPE LTDA.

APELADO LEONARDO VAZ DA COSTA

COMARCA GOIÂNIA

RELATOR DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

CÂMARA 2ª CÍVEL

DESPACHO

Considerando o disposto no artigo 3º, § 3º, do Código de Processo Civil, na linha de


que devem ser estimulados os métodos de solução consensual de conflitos, bem como da
natureza de direito disponível da demanda e suas peculiaridades, intimem-se as partes a
manifestarem sobre a possibilidade da realização de acordo no Centro Judiciário de Solução de
Conflitos e Cidadania em Segundo Grau, no prazo de 10 (dez) dias.

Intimem-se.

Cumpra-se.

Goiânia, assinado nesta data.

JUIZ EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0426956.81.2015.8.09.0051
Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Segurança Concedida - Data da Movimentação


19/02/2020 15:22:15

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5485093.85.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009)
POLO ATIVO : JOSÉ CÂNDIDO JÚNIOR
POLO PASSIVO : SECRETÁRIA DO MEIO AMBIENTE, RECURSOS HÍDRICOS,
INFRAESTRUTURA, CIDADES E ASSUNT
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : JOSÉ CÂNDIDO JÚNIOR


ADVG. PARTE : 25168 GO - LARISSA PINHEIRO LOPES BAIOCCHI

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5485093.85.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5485093.85.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE : JOSÉ CÂNDIDO JÚNIOR

IMPETRADO : SECRETÁRIA DO MEIO AMBIENTE, RECURSOS HÍDRICOS,


INFRAESTRUTURA, CIDADES E ASSUNTOS METROPOLITANOS DO ESTADO DE GOIÁS

RELATOR : DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do apelo, dele conheço.

Conforme delineado no relatório, trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar,


impetrado por JOSÉ CÂNDIDO JÚNIOR contra ato reputado omissivo praticado pelo
SECRETÁRIO DE ESTADO DA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, RECURSOS HÍDRICOS,
INFRAESTRUTURA, CIDADES E ASSUNTOS METROPOLITANOS.

Consta dos autos que o impetrante é proprietário do imóvel rural localizado entre os municípios
de Piracanjuba-GO e Jovânia-GO, asseverando que sobrevive da prática de atividades
agropecuárias, por meio do cultivo de soja, milho, tomate, bem como através de criação de gado
de corte, dentre outras atividades.

Narra que, para o desempenho das atividades acima referidas, utiliza sistemas de irrigação, tendo
sido formulado requerimento junto ao órgão ambiental competente para a obtenção das outorgas
de uso da água para captação desse recurso natural.

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NR.PROCESSO: 5485093.85.2019.8.09.0000
Cabe assinalar que a atuação do Poder Judiciário, no que se refere ao controle jurisdicional das
atividades administrativas, limita-se ao campo restrito da regularidade/legalidade dos
procedimentos efetivados, sendo-lhe proibida qualquer interferência no mérito administrativo, com
lastro no postulado constitucional da separação dos poderes.

Assim, a incursão acerca da existência de fato/direito ainda carente de apuração/decisão no


âmbito administrativo importaria em excesso, porque redundaria na substituição do Executivo
pelo Judiciário quanto à aplicação das normas administrativas internas, pois, a supressão de
procedimento indelegável e necessário à verificação do benefício pretendido.

Por sua vez, no que pertine a alegada omissão/inércia administrativa na análise dos
procedimentos nºs 1363/2017, 1365/2017, 2307/2018, 2308/2018, 2309/2018, 2310/2018,
2311/2018, 2312/2018, não há óbice ao seu exame pela autoridade judicial porque tal atividade
não caracteriza ingerência indevida de um Poder em outro.

Depreende-se que controvérsia restringe-se em verificar o alegado direito do autor, em obter a


análise de seus pedidos administrativos, no razoável tempo de tramitação.

De fato, o artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal de 1988, garante “a todos, no âmbito
judicial e administrativo, a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade
de sua tramitação”. Assim, ressai do dispositivo legal sob enfoque que, inobstante o fato de a
pretensão do impetrante envolver apreciação mais detalhada por parte da Administração em face
da imprescindível proteção ambiental, referida análise não pode ser postergada por prazo
indefinidamente longo.

Nesse contexto, cumpre registrar que o escalonamento de análise dos pedidos administrativos
por bacia hidrográfica, na forma prevista na Portaria nº 181/2015, com a redação conferida pela
Portaria n° 013/2017, na qual se escuda o poder público para justificar a sua demora, que se
afigura lesiva aos legítimos interesses do administrado, não tem força para postergar,
indefinidamente, a apreciação do requerimento administrativo, por implicar em total afronta aos
princípios constitucionais da eficiência, celeridade e da duração razoável do processo.

O art. 14, da Resolução nº 237/1997 do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente,


estabelece o prazo máximo de 6 (seis) a 12 (doze) meses para análise dos pedidos de licença:

“Art. 14. O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de


análise diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO),
em função das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem
como para a formulação de exigências complementares, desde que
observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de

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NR.PROCESSO: 5485093.85.2019.8.09.0000
protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento,
ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública,
quando o prazo será de até 12 (doze) meses.”

Assim, a União, regulamentando os aspectos gerais acerca da concessão de licenças ambientais,


assentou que o órgão ambiental competente para a análise do pedido poderá estabelecer prazos
de análise diferenciados para cada modalidade de licença, desde que observado o prazo máximo
de 06 (seis) meses, a contar da data do protocolo do requerimento.

No presente caso, analisando o conjunto probatório dos autos, vislumbra-se que os processos
administrativos em questão, protocolados pelo impetrante em 2017/2018, não tiveram
concluídos, apesar de transcorridos dezenas de meses da data dos protocolos até a data da
impetração do presente writ.

Diante disso, entendo restar configurada a violação a direito líquido e certo do impetrante, bem
como a ilegalidade do ato omisso da autoridade impetrada.

A propósito, nesse sentido confiram-se os julgados:

MANDADO DE SEGURANÇA. PEDIDO DE OUTORGA AMBIENTAL


PARA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NA IRRIGAÇÃO DA
ATIVIDADE AGRÍCOLA. DEMORA NA ANÁLISE DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
EFICIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DA RAZOÁVEL
DURAÇÃO DO PROCESSO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
PROTEÇÃO MANDAMENTAL. A pretensão válida dos impetrantes
pela análise dos procedimentos administrativos encontra óbice na
morosidade do órgão responsável pela concessão da licença,
evidenciada a ilegalidade na conduta omissiva do Poder Público,
porquanto a injustificada demora ofende preceitos de matiz
constitucional, que prevê a eficiência da administração pública e
asseguram a duração razoável do processo na seara administrativa,
bem como os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
SEGURANÇA CONCEDIDA. (Mandado de Segurança (CF; Lei
12016/2009) 5211244-64.2019.8.09.0000, Rel. FAUSTO MOREIRA
DINIZ, julgado em 29/08/2019, DJe de 29/08/2019).

MANDADO DE SEGURANÇA. REQUERIMENTOS


ADMINISTRATIVOS. USO DE OUTORGA DE ÁGUA. IRRIGAÇÃO.
BACIA HIDROGRÁFICA. MEIO AMBIENTE. DEMORA
INJUSTIFICADA NO EXAME DOS PEDIDOS. EXTRAPOLAÇÃO DO
PRAZO PARA ANÁLISE DO PEDIDO. PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL
DURAÇÃO DO PROCESSO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO
EVIDENCIADO. I - O exame do pedido de outorga de água para fins

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NR.PROCESSO: 5485093.85.2019.8.09.0000
de irrigação em atividade agropecuária, embora reclame análise com
cautela, em defesa do meio ambiente, o pedido não pode ser
postergado indefinidamente, pois viola princípio da eficiência da
Administração Pública, consubstanciada no artigo 5º, inciso LXXVIII e
37, caput, da Carta Magna. II - A conclusão dos processos
administrativos deve observar o prazo de 6 (seis)meses , conforme
Resolução nº 09/2005 da Secretaria do Meio Ambiente. III - A demora
injustificável do Poder Público constitui conduta omissa violando direito
líquido e certo do impetrante, amparável pelo presente writ.
SEGURANÇA CONCEDIDA. (Mandado de Segurança Criminal
5276165-32.2019.8.09.0000, Rel. NORIVAL SANTOMÉ, DJe de
27/09/2019)

Destarte, na situação em exame, denota-se a existência de grave ofensa ao princípio da razoável


duração do processo administrativo, restando evidente o direito líquido e certo do impetrante.

Ao teor do exposto, acompanhando o parecer ministerial, CONCEDO A SEGURANÇA


pleiteada, a fim de determinar à autoridade impetrada que emita, no prazo de 30 (trinta) dias,
parecer final quanto a viabilidade do requerimento dos processos administrativos de números
1363/2017, 1365/2017, 2307/2018, 2308/2018, 2309/2018, 2310/2018, 2311/2018, 2312/2018, a
contar da intimação do presente acórdão.

É o voto.

DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Mandado de Segurança n.


5485093.85.2019.8.09.0000, Comarca de Goiânia, sendo impetrante JOSÉ CÂNDIDO JÚNIOR e
impetrada SECRETÁRIA DE ESTADO DA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, RECURSOS
HÍDRICOS, INFRAESTRUTURA, CIDADES E ASSUNTOS METROPOLITANOS DO ESTADO
DE GOIÁS.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conceder a Segurança, nos termos do voto do
Relator.

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NR.PROCESSO: 5485093.85.2019.8.09.0000
VOTARAM, com o Relator, o Juiz Eudélcio Machado Fagundes (em substituição ao Des. José
Carlos de Oliveira) e o Desembargador Leobino Valente Chaves.

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 5485093.85.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5485093.85.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

IMPETRANTE : JOSÉ CÂNDIDO JÚNIOR

IMPETRADO : SECRETÁRIA DO MEIO AMBIENTE, RECURSOS HÍDRICOS,


INFRAESTRUTURA, CIDADES E ASSUNTOS METROPOLITANOS DO ESTADO DE GOIÁS

RELATOR : DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO ADMINISTRATIVO AMBIENTAL. NÃO


OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO E EFICIÊNCIA.
ARTIGO 5º, INCISO LXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOBSERVÂNCIA DOS PRAZOS
CONSTANTES DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. I - A Administração Pública comete ato ilegal ao não
apreciar os processos administrativos dentro do prazo legal e razoável. Assim, a demora na análise da
outorga do uso de água importa em violação dos princípios constitucionais da eficiência, celeridade e
razoável duração do processo, implica em clara violação do preceito constitucional de que "a todos, no
âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação" (art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal). II - O Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no uso de suas atribuições e competências conferidas pela Lei
federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, editou a Resolução nº 237/1997, que dispõe, em seu artigo 14,
que a Administração Pública tem o dever de apreciar os pedidos de licença ambiental no prazo máximo de
seis (06) meses, contados da data do protocolo. III - Verificada a extrapolação dos prazos, para a
apreciação dos processos administrativos, sem a manifestação da Administração e sem a justificável
razão, evidencia-se o direito líquido e certo do impetrante à imediata apreciação de seus pedidos, no prazo
máximo de 30 (trinta ) dias. SEGURANÇA CONCEDIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Recurso Prejudicado (cpc) - Data da Movimentação


20/02/2020 13:42:45

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0437539.47.2015.8.09.0174
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : MARCELO FERNANDO RANULFO
POLO PASSIVO : ASSOCIACAO DOS CONDOMINOS DO EMPREENDIMENTO ALTO DA BOA VISTA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MARCELO FERNANDO RANULFO


ADVGS. PARTE : 45263 GO - CAROLINE LEVERGGER COSTA
53006 GO - MARIANA MILENA MARINHO
53483 GO - BRENDA DE PAULA CUNHA
24958 GO - MAGNO ESTEVAM MAIA

PARTE INTIMADA : ASSOCIACAO DOS CONDOMINOS DO EMPREENDIMENTO ALTO DA BOA VISTA


ADVG. PARTE : 28810 GO - THIAGO CARVALHO KAMLA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0437539.47.2015.8.09.0174
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete Desembargador José Carlos de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0437539.47.2015.8.09.0174

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE : MARCELO FERNANDO RANULFO

APELADO : ASSOCIAÇÃO DOS CONDÔMINOS DO EMPREENDIMENTO ALTO DA BOA


VISTA

RELATOR : DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

VOTO

Presentes os pressupostos legais de admissibilidade, conheço do apelo.

Conforme relatado, trata-se de apelação cível interposto por MARCELO FERNANDO RANULFO
contra a sentença proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Cível, Família, Sucessões,
Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental da comarca de Senador Canedo, Thulio
Marco Miranda, nos autos da ação de nulidade de cláusula da convenção de condomínio
proposta pelo apelante em face do apelado ASSOCIAÇÃO DOS CONDÔMINOS DO
EMPREENDIMENTO ALTO DA BOA VISTA.

Cinge-se o pleito recursal ao reexame da sentença que julgou improcedente o pedido inicial e
condenou a parte autora ao pagamento dos ônus sucumbenciais.

Pois bem, analisando detidamente o presente feito, e sem maiores delongas, constato que
houve cerceamento de defesa, porquanto necessária ampla dilação probatória para
elucidação dos fatos alegados pela parte demandante, no intuito de realização da justiça

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NR.PROCESSO: 0437539.47.2015.8.09.0174
de forma efetiva.

Isso porque, o recorrente alega ser proprietário de imóvel no condomínio réu, tendo-o
adquirido com a finalidade precípua de criação de cavalos, em que à época da aquisição,
era plenamente permitida. Contudo, sustenta que posteriormente, houve alteração do
regimento interno, de forma arbitrária e ilegal, posto que não foi respeitado o quórum
mínimo para a modificação em assembléia, bem como incluída a vedação para a criação de
equinos, não mais podendo o autor, substituir o animal que possui e nem adquirir outro da
mesma espécie, o que fere o direito à propriedade, o direito adquirido e a boa-fé objetiva.

Nesse sentido, postulou às f. 282/284, pela produção de prova testemunhal, que sequer foi
apreciada pelo julgador singular, haja vista o imediato julgamento meritório de
improcedência da presente demanda, com amparo no artigo 373, inciso I do Código de
Processo Civil.

Desse modo, diante da controvérsia existente e havendo necessidade de se oportunizar a


comprovação da matéria fática descrita na exordial, tem-se que no presente caso houve
cerceamento do direito de defesa, razão pela qual deve ser cassado o decisum vergastado para a
realização de ampla produção de provas. Vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. VÍCIOS


CONSTRUTIVOS. PERÍCIA TÉCNICA PLEITEADA PELO AUTOR. NECESSIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA CONFIGURADO. I- As partes têm direito de produzir provas
que entenderem necessárias para comprovarem suas alegações, em consonância com os
princípios fundamentais da ampla defesa e do contraditório. II- Na situação em apreço, diante
do pedido expresso da demandada e por ser a matéria debatida nos autos basicamente
fática, deveria ter o magistrado oportunizado a produção da prova pericial requerida, de modo
que, ao ignorar e proferir a sentença de improcedência, incorreu em cerceamento ao direito
de prova, desdobramento do princípio do contraditório. APELAÇÃO CONHECIDA E
PROVIDA. SENTENÇA CASSADA. (TJGO, Apelação (CPC) 0388364-02.2014.8.09.0051,
Rel. LUIZ EDUARDO DE SOUSA, 1ª Câmara Cível, julgado em 12/10/2018, DJe de
12/10/2018)

Apelação Cível. Ação declaratória de inexistência de débito com pedido de tutela antecipada
para sustação de protesto c/c indenização por danos morais. Questão fática alegada.
Necessidade de dilação probatória. Julgamento antecipado. Cerceamento de defesa
configurado. Sentença cassada. Requerido expressamente na exordial a produção de provas
para comprovar questão fática (novação de dívida), que se comprovada ensejará a
inexigibilidade do débito objeto da presente ação, e sobrevindo sentença de improcedência do
pedido, sem ao menos ter sido oportunizado à parte autora a devida dilação probatória,
forçoso concluir pelo cerceamento de defesa na hipótese em análise e, por consequência,
imperiosa a cassação do decisum, com o retorno dos autos ao juiz a quo para regular
instrução do feito. Apelação Cível conhecida e provida. (TJGO, Apelação (CPC) 5174926-
31.2016.8.09.0051, Rel. CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível, julgado em

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NR.PROCESSO: 0437539.47.2015.8.09.0174
31/01/2018, DJe de 31/01/2018)

Desse modo, verificada a necessidade de cassação do ato sentencial, restam prejudicadas


as demais teses recursais suscitadas.

Ao teor do exposto, conheço e dou provimento ao apelo para cassar a sentença e determinar o
retorno dos autos ao juízo de primeiro grau, para a ampla produção de provas.

É o voto.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Juiz Substituto em Segundo Grau

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº


0437539.47.2015.8.09.0174 da Comarca de Senador Canedo em que figura como Apelante
MARCELO FERNANDO RANULFO e como Apelado ASSOCIAÇÃO DOS CONDÔMINOS DO
EMPREENDIMENTO ALTO DA BOA VISTA

ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de


votos, cassar a sentença de ofício e julgar prejudicado o apelo, nos termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias


Neves Coelho.

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NR.PROCESSO: 0437539.47.2015.8.09.0174
Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Juiz Substituto em Segundo Grau

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0437539.47.2015.8.09.0174

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE : MARCELO FERNANDO RANULFO

APELADO : ASSOCIAÇÃO DOS CONDÔMINOS DO EMPREENDIMENTO ALTO DA BOA


VISTA

RELATOR : DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE NULIDADE DE CLÁUSULA DA


CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO. PEDIDO DE PRODUÇÃO DE PROVA
TESTEMUNHAL. NÃO APRECIAÇÃO PELO JULGADOR. JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA.
CERCEAMENTO DE DEFESA. OCORRÊNCIA. SENTENÇA CASSADA.

1. Pleiteada a produção de proval testemunhal que sequer foi apreciada


pelo julgador singular e diante da controvérsia existente, havendo
necessidade de se oportunizar a comprovação da matéria fática
descrita na exordial, tem-se que no presente caso houve cerceamento
do direito de defesa, razão pela qual deve ser cassado o decisum
vergastado para a realização de ampla produção de provas.

2. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 0437539.47.2015.8.09.0174
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0437539.47.2015.8.09.0174

COMARCA DE SENADOR CANEDO

2ª CÂMARA CÍVEL

APELANTE : MARCELO FERNANDO RANULFO

APELADO : ASSOCIAÇÃO DOS CONDÔMINOS DO EMPREENDIMENTO ALTO DA BOA


VISTA

RELATOR : DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE NULIDADE DE CLÁUSULA DA


CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO. PEDIDO DE PRODUÇÃO DE PROVA
TESTEMUNHAL. NÃO APRECIAÇÃO PELO JULGADOR. JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA.
CERCEAMENTO DE DEFESA. OCORRÊNCIA. SENTENÇA CASSADA.

1. Pleiteada a produção de proval testemunhal que sequer foi apreciada


pelo julgador singular e diante da controvérsia existente, havendo
necessidade de se oportunizar a comprovação da matéria fática
descrita na exordial, tem-se que no presente caso houve cerceamento
do direito de defesa, razão pela qual deve ser cassado o decisum
vergastado para a realização de ampla produção de provas.

2. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 13:42:40

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5505172.85.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : GILVAN OLIVEIRA OSÓRIO
POLO PASSIVO : UNIMED GOIANIA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : UNIMED GOIANIA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO


ADVGS. PARTE : 161363 SP - SILVIA LA LAINA
34461 GO - ELISA MARIA ALESSI DE MELO

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5505172.85.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5505172.85.2019.8.09.0000

AGRAVANTE GILVAN OLIVEIRA OSÓRIO

AGRAVADA UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHOS MÉDICOS

COMARCA GOIÂNIA

RELATOR DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

CÂMARA 2ª CÍVEL

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Conforme relatado cuida-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por GILVAN OLIVEIRA
OSÓRIO em face da decisão constante no evento 5 – autos nº 5467765.86.2019.8.09.0051, proferida pelo Juiz
de Direito da 25ª Vara Cível da comarca de Goiânia, Dr. Ronnie Paes Sandre, na ação declaratória de
manutenção de vínculo contratual c/c obrigação de fazer e pedido de tutela provisória de urgência promovida
pelo agravante em desfavor da agravada UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHOS MÉDICOS,
todos qualificados.

Cinge-se o pleito recursal ao reexame da decisão que indeferiu o pedido de antecipação de tutela

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NR.PROCESSO: 5505172.85.2019.8.09.0000
formulado pelo agravante, no sentido de determinar a agravada a restabelecer o plano de saúde
cancelado, em razão da alegada ausência de notificação regular sobre a resilição unilateral.

Preliminarmente, mister consignar que o agravo de instrumento, por ser recurso secundum eventum litis, limita-
se ao exame do acerto da decisão impugnada, em vista do que ao Juízo ad quem incumbe aferir, tão somente,
se o ato judicial vergastado está eivado de ilegalidade ou abusividade, sendo defeso o exame de questões
estranhas ao que ficou decidido na lide.

Destarte, o âmbito do julgamento deste recurso fica restrito à análise do reexame da decisão agravada,
isto é, se estavam ou não presentes os pressupostos legais autorizadores à concessão da tutela
provisória de urgência deferida na origem.

Assim, todas as considerações e discussões que ultrapassam a cognição sumária, própria das
decisões liminares, ou, ainda, que envolvem o próprio mérito da demanda, não podem ser apreciadas
neste momento. Não é outro o entendimento deste Tribunal de Justiça, conforme se atesta pelos
seguintes acórdãos:

(...) A atuação desta Corte Revisora em sede de Agravo de Instrumento é limitada,


em virtude de ser tal meio de impugnação às decisões judiciais dotado da
característica de ser recurso secundum eventum litis. (...) (TJGO, 6ª Câmara
Cível, Agravo de Instrumento nº 5156784-64.2018.8.09.0000, Rel. Des. Norival de
Castro Santomé, julgado em 14/12/2018, DJe de 14/12/2018)

(...) O agravo de instrumento rege-se pelo princípio "secundum eventus litis", por
força do qual o seu julgamento deve-se cingir ao acerto ou desacerto da decisão
recorrida, sob pena de supressão de instância. Deixa-se de enfrentar a preliminar
de coisa julgada suscitada pelo réu em sua contrarrazões e ainda não apreciadas
no Juízo de origem (...) (TJGO, 1ª Câmara Cível, Agravo de Instrumento nº
5474599-98.2018.8.09.0000, Rel. Des. Orloff Neves Rocha, julgado em 14/12/2018,
DJe de 14/12/2018)

Dito isto, convém salientar que o Código de Processo Civil, ao dispor acerca da matéria em debate, traz
as figuras da tutela provisória de urgência, cujo deferimento fica condicionado ao preenchimento dos
requisitos arrolados no artigo 300 do Código de Processo Civil:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir


caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a
sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente
não puder oferecê-la.

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NR.PROCESSO: 5505172.85.2019.8.09.0000
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver


perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Assim, deve o magistrado verificar se estão presentes, concomitantemente, os requisitos necessários ao


deferimento da tutela de urgência, quais sejam, a probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).

Sob essa perspectiva, tem-se que não merece prosperar a insurgência recursal em apreço. Explico.

Observa-se que a Lei nº 9.656/98, que trata dos planos e seguros privados de assistência à saúde, em seu
artigo 13, parágrafo único, inciso II, disciplina as causas de resolução e resilição dos contratos de plano de
saúde individuais e familiares, dentre elas a inadimplência do usuário. Nesse sentido, confira-se:

“Art.13. Os contratos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei


têm renovação automática a partir do vencimento do prazo inicial de vigência, não
cabendo a cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da renovação.

Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput, contratados individualmente, terão


vigência mínima de um ano, sendo vedadas:

II - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, salvo por fraude ou não-pagamento


da mensalidade por período superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos últimos
doze meses de vigência do contrato, desde que o consumidor seja comprovadamente
notificado até o quinquagésimo dia de inadimplência;”.

Significa dizer, portanto, que somente estará autorizada a suspensão ou o cancelamento unilateral, no caso dos
planos individuais e familiares, nas hipóteses de fraude ou não pagamento da mensalidade por período superior
a sessenta dias, seja ele consecutivo ou não, nos últimos doze meses de vigência do contrato. Verifica-se,
desse modo, que o prazo do atraso para resolução do contrato é de sessenta dias, mas são computados dias
de atraso anteriores, desde que nos últimos doze meses.

Por sua vez, o escopo da notificação é o de dar conhecimento ao destinatário de seu teor e constituí-lo em
mora. Deve ser inequívoca, permitindo ao usuário o exato conhecimento de sua situação e das consequências
da persistência do inadimplemento.

No caso em exame, conforme bem salientado pelo magistrado singular, o agravante não logrou êxito em
demonstrar a probabilidade do direito alegado, porquanto foi enviada ao seu endereço pela agravada a
notificação informando sobre a situação de inadimplência, fato que não é por ele negado, bem como
manifestando seu interesse na resilição unilateral do pacto.

Por sua vez, apesar de alegada necessidade urgente de receber tratamento cirúrgico, o fundado perigo de dano
irreparável ou de difícil reparação também não foi demonstrado.

Com efeito, não demonstrados os requisitos legais para a concessão, entendo que o teor do decisum

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NR.PROCESSO: 5505172.85.2019.8.09.0000
agravado, não se mostra discrepante, ilegal ou abusivo em relação ao direito aplicável, não se
justificando a sua reforma por este Tribunal.

Nesse sentido são os seguintes arestos desta E. Corte:

(…). 1. Nos termos do art. 300 do Código de Processo Civil, a tutela de urgência
de natureza antecipada será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco de resultado
útil do processo. Ausentes tais requisitos, cumulativamente, impõe-se o
indeferimento do pedido liminar e a consequente manutenção da decisão
agravada. 2. (…). 3. Não evidenciados os requisitos necessários para a
concessão da tutela de urgência, quais sejam, a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, previstos no artigo 300,
do vigente Código de Processo Civil, impõe-se a manutenção da decisão
agravada. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO
MANTIDA. (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5436585-11.2019.8.09.0000, Rel.
JAIRO FERREIRA JUNIOR, 6ª Câmara Cível, julgado em 19/12/2019, DJe de
19/12/2019).

(…). . Para o deferimento da tutela provisória de urgência exige-se a presença


concomitante dos requisitos elencados no artigo 300, caput, do Código
Instrumental Civil, configurados na probabilidade do direito e o perigo de dano
ou risco ao resultado útil do processo, realçado, ainda, que a medida liminar não
será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Paralelamente, a concessão ou não de medida liminar insere-se no poder geral
de cautela do julgador e está adstrita ao livre convencimento do magistrado,
desafiando reforma somente em casos excepcionais, de flagrante e manifesta
ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não foi vislumbrado in casu, ao
teor de reiterada jurisprudência. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5413996-93.2017.8.09.0000,
Rel. FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara Cível, julgado em 18/12/2019, DJe de
18/12/2019).

Diante de tais circunstâncias, revela-se desarrazoada a pretensão do agravante de rever a decisão proferida,
sendo seus argumentos insubsistentes para a reforma que reivindica.

As alegações do agravante no sentido de não serem válidas as notificações encaminhadas ao seu


endereço serão objeto de apreciação do mérito da ação. O âmbito do julgamento deste recurso fica
restrito à análise dos requisitos indispensáveis para a concessão da tutela de urgência, ora combatida,
sem, contudo, adentrar sobre qualquer questão de fundo atinente ao deslinde da lide originária.

Ao teor do exposto, já conhecido o recurso e NEGO-LHE PROVIMENTO, porquanto não evidenciados os


requisitos previstos no art. 300, caput, do CPC, e mantenho incólume a decisão vergastada, por seus
próprios fundamentos.

É como voto.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

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NR.PROCESSO: 5505172.85.2019.8.09.0000
Juiz Substituto em Segundo Grau

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº


5505172.85.2019.8.09.0000 da Comarca de Goiânia em que figura como Agravante GILVAN OLIVEIRA
OSÓRIO e como Agravada UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHOS MÉDICOS COMARCA
GOIÂNIA

ACORDAM os integrantes da Quinta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, em


conhecer e desprover o recurso, nos termos do voto do relator.

A sessão foi presidida pelo Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Votaram com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Desembargador Zacarias Neves
Coelho.

Presente o ilustre Procurador de Justiça Doutor José Carlos Mendonça.

Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.

EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Juiz Substituto em Segundo Grau

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5505172.85.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5505172.85.2019.8.09.0000

AGRAVANTE GILVAN OLIVEIRA OSÓRIO

AGRAVADA UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHOS MÉDICOS

COMARCA GOIÂNIA

RELATOR DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

CÂMARA 2ª CÍVEL

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


MANUTENÇÃO DE VÍNCULO CONTRATUAL C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER E
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM
LITTIS. AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS AUTORIZADORES PREVISTOS NO
ARTIGO 300 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. TERATOLOGIA OU
ILEGALIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO. DECISÃO MANTIDA.

1. A tutela de urgência será concedida se observados, concomitantemente, os


requisitos do artigo 300, caput, do Código de Processo Civil, quais sejam, a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

2. O deferimento ou indeferimento de tutela de urgência reside no livre


convencimento motivado do Julgador, somente justificando a sua revogação, em
caso de comprovada ilegalidade ou contradição com as provas carreadas aos autos,
situação inocorrente na hipótese.

3. Não estando suficientemente comprovada a presença dos pressupostos


constante do artigo 300 do Código de Processo Civil, deve ser mantida a
decisão proferida pelo magistrado singular que indeferiu o pedido de tutela
provisória de urgência.

4. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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NR.PROCESSO: 5505172.85.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5505172.85.2019.8.09.0000

AGRAVANTE GILVAN OLIVEIRA OSÓRIO

AGRAVADA UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHOS MÉDICOS

COMARCA GOIÂNIA

RELATOR DR. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

CÂMARA 2ª CÍVEL

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


MANUTENÇÃO DE VÍNCULO CONTRATUAL C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER E
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. RECURSO SECUNDUM EVENTUM
LITTIS. AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS AUTORIZADORES PREVISTOS NO
ARTIGO 300 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. TERATOLOGIA OU
ILEGALIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO. DECISÃO MANTIDA.

1. A tutela de urgência será concedida se observados, concomitantemente, os


requisitos do artigo 300, caput, do Código de Processo Civil, quais sejam, a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

2. O deferimento ou indeferimento de tutela de urgência reside no livre


convencimento motivado do Julgador, somente justificando a sua revogação, em
caso de comprovada ilegalidade ou contradição com as provas carreadas aos autos,
situação inocorrente na hipótese.

3. Não estando suficientemente comprovada a presença dos pressupostos


constante do artigo 300 do Código de Processo Civil, deve ser mantida a
decisão proferida pelo magistrado singular que indeferiu o pedido de tutela
provisória de urgência.

4. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


19/02/2020 16:23:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5613910.70.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CYNTIA DE CARVALHO MORAES
POLO PASSIVO : ESP DE SONIVALDO DE CARVALHO FRANCO E OUTROS
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CYNTIA DE CARVALHO MORAES


ADVG. PARTE : 22568 GO - ROMILDO CASSEMIRO DE SOUZA

PARTE INTIMADA : ESP DE SONIVALDO DE CARVALHO FRANCO E OUTROS


ADVGS. PARTE : 9022 GO - AYRES FURQUIM CABRAL JÚNIOR
31968 GO - ADEMAR PAULA DA SILVA JUNIOR
49020 GO - GREGORIO DE CASTRO CARVALHO

PARTE INTIMADA : MARTA HELENA DE CARVALHO


ADVGS. PARTE : 31968 GO - ADEMAR PAULA DA SILVA JUNIOR
49020 GO - GREGORIO DE CASTRO CARVALHO
9022 GO - AYRES FURQUIM CABRAL JÚNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5613910.70.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N.


5613910.70.2019.8.09.0000

COMARCA DE JATAÍ

EMBARGANTE: CYNTIA DE CARVALHO MORAES

EMBARGADOS: ESPÓLIO DE SONIVALDO DE CARVALHO FRANCO E OUTROS

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

VOTO

Inicialmente, impende esclarecer que vieram os autos conclusos para a análise do mérito dos
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos contra a decisão liminar que indeferiu o pedido de efeito
suspensivo (evento 10).

Contudo, observa-se que as razões declinadas nos aclaratórios se confundem com o mérito do
Agravo de Instrumento que já foi devidamente instrumentalizado e, está apto para julgamento,
pois foram obedecidos os princípios do contraditório e da ampla defesa.

Assim, deve ser declarada a prejudicialidade do recurso de embargos de declaração, quando o


julgamento de mérito do agravo de instrumento englobar toda a matéria discutida naquele.

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NR.PROCESSO: 5613910.70.2019.8.09.0000
Neste sentido eis os julgados desta Corte:

"EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREJUDICIALIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER C/C RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO COM
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA. LIMINAR
INDEFERIDA. PRESSUPOSTOS CONFIGURADOS. CONTA SALÁRIO.
IMPENHORABILIDADE. LIMITES DO DECISUM. REFORMA PARCIAL. 1 - Deve ser
declarada a prejudicialidade do recurso de embargos de declaração, quando o julgamento de
mérito do agravo de instrumento englobar toda a matéria discutida naquele. 2 - O artigo 833,
IV do Código de Processo Civil exara cristalinamente quanto a impenhorabilidade da verba
alimentar, ressalvadas as situações de pagamento de pensão alimentícia ou de importância
excedentes a 50 (cinquenta) salários mínimos mensais. 3 - Para o deferimento de uma tutela
antecipada, devem estar presentes requisitos, tais como fumus boni iuris e periculum in mora,
essenciais para formar um juízo quase de certeza. 4 - Reitera-se que a concessão ou não de
medida prefacial está adstrita ao prudente arbítrio e livre convencimento do magistrado,
inserto em seu poder discricionário, mas atento aos limites traçados pela lei, cabendo a
instância ad quem alterar tal decisum apenas quando nele verificar a ilegalidade ou o abuso
do poder. EMBARGOS DECLARATÓRIOS PREJUDICADOS. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO." (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC)
5138641-90.2019.8.09.0000, Rel. JAIRO FERREIRA JÚNIOR, 6ª Câmara Cível, julgado em
08/11/2019, DJe de 08/11/2019)

"EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREJUDICADOS. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


DE PRESTAÇÃO DE CONTAS C/C APURAÇÃO DE HAVERES. CLUBE DESPORTIVO.
CONTRATO DE PARCERIA SOBRE VALORES ORIUNDOS DE TRANSFERÊNCIA
ONEROSA DE ATLETA PROFISSIONAL. DIREITO DE EXIGIR CONTAS. LITISPENDÊNCIA
E CONTINÊNCIA COM AÇÃO DE COBRANÇA PREVIAMENTE AJUIZADA. NÃO
CONFIGURAÇÃO. PEDIDO DE EXIBIÇÃO DOCUMENTAL. POSSIBILIDADE.
INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO.
DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE FATO IMPEDITIVO,
MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR. DEVER DE PRESTAR CONTAS
CARACTERIZADO. 1. Opostos embargos de declaração contra o despacho preambular que
não examinou o pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso, reputa-se prejudicado o
seu processamento, uma vez que o recurso principal já se encontra apto para julgamento do
mérito, de modo que o pronunciamento unipessoal será substituído pela manifestação
colegiada e definitiva, em observância aos princípios da economia e da celeridade processual.
2. Relativamente a ação de cobrança anteriormente proposta pela parte agravada, embora as
partes sejam as mesmas em ambas as ações, não há identidade de pedidos, nem de causas
de pedir. Enquanto na ação de cobrança o objetivo da demanda é lograr a condenação da
parte demandada ao pagamento de débito líquido, certo e determinado, na ação de exigir
contas o intuito é o de compelir a parte adversa à apresentação de contas relacionadas ao
instrumento negocial outrora celebrado, a fim de que seja apurada a existência de saldo
devedor ou credor decorrente desses cálculos e, a partir daí, seja formado título executivo
judicial. 3. É legítimo que a parte autora formule pedido, em sua petição inicial, de exibição,
pela ré, de documentação que não se caracteriza como comum a ambas as partes e que não
se afigura indispensável para o ajuizamento da ação. 4. É inadmissível interpretação
extensiva de cláusula contratual que conduza a inovação na relação obrigacional, o que
representaria lesão ao princípio da autonomia da vontade e à liberdade de contratar, bem
como indevida imiscuição do Poder Judiciário nas relações contratuais privadas. 5. Fato

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NR.PROCESSO: 5613910.70.2019.8.09.0000
alegado e não provado é o mesmo que fato inexistente (allegatio et non probatio quasi non
allegatio), de modo que, na ausência de provas de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito da parte autora/agravada (artigo 373, inciso II, do CPC), é impraticável o acatamento
da pretensão recursal. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PREJUDICADOS." (TJGO, Agravo de Instrumento (CPC)
5137735-03.2019.8.09.0000, Rel. ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO, 5ª Câmara
Cível, julgado em 27/09/2019, DJe de 27/09/2019)

Assim, superada a análise dos Embargos Declaratórios, passa-se a analisar o Agravo de


Instrumento.

Já conhecido o agravo de instrumento quando do exame do pedido liminar, passa-se, doravante,


à análise do mérito recursal.

Conforme relatado, trata-se de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito


suspensivo, interposto em face da decisão proferida pelo MM. Juiz de Direito da 4ª Vara Cível,
Família e Sucessão da comarca de Jataí/GO, Dr. Luciano Henrique de Toledo, nos autos da
Ação de Despejo em Arrendamento Rural com Pedido Liminar, promovida pelo ESPÓLIO DE
SONIVALDO DE CARVALHO FRANCO E OUTROS e em desproveito da recorrente.

Na decisão recorrida foi concedida a tutela provisória para determinar a expedição de mandado para que a
parte requerida desocupe o imóvel rural no prazo de 15 (quinze) dias.

Dispõe o caput do artigo 300 do CPC que a tutela provisória de urgência antecipatória será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Somando-se a isto, a leitura do § 3º do mesmo dispositivo legal, disciplina que a tutela de


urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade
dos efeitos da decisão.

“§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo
de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”

Com efeito, três são os requisitos legais para o deferimento da tutela antecipada requerida pelo
agravante, a saber: probabilidade do direito, perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo, e reversibilidade da medida.

Ora, é certo que o deferimento ou não de tutela antecipada reside no poder discricionário do

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NR.PROCESSO: 5613910.70.2019.8.09.0000
julgador, informado pelo princípio do livre convencimento motivado e, ocorre após a análise e a
adequada avaliação dos elementos acostados aos autos, com o escopo de perquirir os requisitos
autorizadores da medida.

In casu, os pressupostos estão evidenciados, haja vista que o art. 22 do Decreto nº 59.566/66 e
inciso IV do art. 95 do Estatuto da Terra, prevê que a retomada do bem pelo arrendador
pressupõe notificação prévia até 6 (seis) meses antes do final do contrato. E, uma vez cumprida a
exigência legal, o arrendatário está obrigado, por força de lei, a desocupar o imóvel, nos termos
do art. 41, inciso V, do Decreto Lei nº 59.566/66. O art. 32, inciso I, do Decreto Lei nº 59.566/66
determina que será concedido o despejo de imóvel objeto de arrendamento rural quando do
término do prazo contratual ou de sua renovação.

Em verdade, a notificação extrajudicial, por intermédio do Cartório de Títulos de Documentos, foi


realizada em 26.11.2018, isto é, quando faltava pouco 08 (oito) meses antes do término do
contrato de arrendamento, evidenciando, portanto, o cumprimento do prazo de 06 (seis meses)
previsto no art. 95, V, do Estatuto da Terra e art. 22, §2º, do Decreto n. 59.599/96.

Neste toar de ideias, diversamente do que descreve a recorrente, existente a notificação no prazo
legal, conforme reconhecido no agravo de instrumento nº 5216679.19.2019.8.09.0000, ainda que
feita em nome da inventariante é de ver que esta representa o espólio de Sonivaldo de Carvalho
Franco, havendo, assim a anuência do condômino.

Lado outro, a recorrente não fez prova de que a agravada está desrespeitando o direito de
preferência, ou seja, não produziu prova suficiente para comprovar sua alegação neste momento
processual. Seria ônus da agravante convencer o juízo da verossimilhança das alegações feitas.

Com efeito, havendo prazo determinado para a vigência do contrato de parceria rural e realizada
a notificação prévia tem-se por findo o instrumento quando do término do prazo previamente
pactuado.

A jurisprudência desta Corte de Justiça, ratifica esse entendimento, vejamos:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESPEJO RURAL CUMULADA COM


COBRANÇA. TUTELA DE EVIDÊNCIA INDEFERIDA PELO JUIZ A QUO. RECURSO
SECUNDUM EVENTUM LITIS. CONTRADITÓRIO OBSERVADO. PRESENTES OS
REQUISITOS FORMAIS PARA A CONCESSÃO DA LIMINAR. DECISÃO AGRAVADA
REFORMADA. DESPEJO DECRETADO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ DO RECORRIDO
RECONHECIDA. MULTA FIXADA. I ? Agravo de instrumento anteriormente apresentado, mas
não conhecido pelo Relator, não acarreta violação do princípio da unicidade recursal, quando
da interposição do segundo, ofertado atempadamente contra decisão do juiz a quo que

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NR.PROCESSO: 5613910.70.2019.8.09.0000
rejeitou seus embargos de declaração, razão pela qual não há se falar em preclusão
consumativa. II - Evidenciada a posse indireta dos agravantes/autores, bem como
providenciada a notificação extrajudicial aos arrendatários da área, seis (06) meses antes do
término do contrato de arrendamento rural, informando a intenção de retomar o imóvel, ainda
que a cognição seja sumária e não exauriente, impõe-se o deferimento da ordem de despejo,
posto que atendidos os requisitos dos artigos 311, do Código de Processo Civil, e 95, VI, do
Estatuto da Terra. III - Uma vez constatado o intuito procrastinatório do recorrido com a
interposição de peça infundada, é de se reconhecer sua litigância de má-fé (artigo 80, IV, V,
VI, do Código de Processo Civil), com a consequente aplicação da multa prevista no artigo 81
do mesmo diploma processual. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO." (TJGO, Agravo de
Instrumento (CPC) 5222595-68.2018.8.09.0000, Rel. FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6ª Câmara
Cível, julgado em 06/11/2018, DJe de 06/11/2018)

Assim, comprovado o preenchimento dos requisitos necessários para concessão da tutela de


urgência (artigo 300 do CPC), deve a decisão guerreada ser mantida.

Ante ao exposto, considero prejudicados os embargos de declaração pela perda superveniente


de seu objeto, conheço do recurso de agravo de instrumento, mas lhe nego provimento para
manter a decisão agravada em todos os seus termos.

É o voto.

DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento nº


5613910.70.2019.8.09.0000, Comarca de Jataí, sendo embargante CYNTIA DE CARVALHO
MORAES e embargados ESPÓLIO DE SONIVALDO DE CARVALHO FRANCO E OUTROS.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e desprover o Agravo de

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NR.PROCESSO: 5613910.70.2019.8.09.0000
Instrumento e julgar prejudicado os Embargos de Declaração, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Juiz Eudélcio


Machado Fagundes (em substituição ao Des. José Carlos de Oliveira).

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 5613910.70.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N.


5613910.70.2019.8.09.0000

COMARCA DE JATAÍ

EMBARGANTE: CYNTIA DE CARVALHO MORAES

EMBARGADOS: ESPÓLIO DE SONIVALDO DE CARVALHO FRANCO E OUTROS

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE C/C


DECLARATÓRIA DE RENOVAÇÃO CONTRATO DE ARRENDAMENTO, COM PEDIDO DE
MEDIDA LIMINAR. CONTRATO IMÓVEL RURAL. NOTIFICAÇÃO PREMONITÓRIA. TUTELA
DE URGÊNCIA CONCEDIDA. EFEITO SUSPENSIVO NÃO CONCEDIDO. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS. DECISÃO MANTIDA.

I – Restam prejudicados os embargos de declaração manejados em face de decisão denegatória


de efeito suspensivo ao agravo de instrumento se este último já está em condições de receber
julgamento pela instância recursal.

II – Evidenciada a posse indireta dos agravados/autores bem como providenciada a notificação


extrajudicial da arrendatária, oito (08) meses antes do término do contrato de arrendamento rural,
informando a intenção de retomar o imóvel, ainda que a cognição seja sumária e não exauriente,
impõe-se o deferimento da ordem de despejo rural, posto que atendidos os requisitos dos artigos
300, do Código de Processo Civil e artigos 95, VI, do Estatuto da Terra e 22, §2º do Decreto n.
59.566/66.

III – Assim, presentes os requisitos exigidos para a concessão de tutela de urgência postulada no
Juízo singular, a sua manutenção se impõe.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PREJUDICADOS. AGRAVO DE INSTRUMENTO


CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


Documento Assinado e Publicado Digitalmente em
Assinado por AMARAL WILSON DE OLIVEIRA
Validação pelo código: 10443567037482309, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 14:00:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5461180.74.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : DARLHEY PEREIRA DOS SANTOS
POLO PASSIVO : GILMAR JORGE MARQUES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DARLHEY PEREIRA DOS SANTOS


ADVG. PARTE : 45653 GO - ALEX BRUNO ALMEIDA GOMES

PARTE INTIMADA : ANDREIA FERREIRA DE ALMEIDA SANTOS


ADVG. PARTE : 45653 GO - ALEX BRUNO ALMEIDA GOMES

PARTE INTIMADA : GILMAR JORGE MARQUES


ADVG. PARTE : 34576 GO - WHELYTTON RODRIGO BORGES

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 14:03:11

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5260746.69.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ROMENICE FERREIRA DA SILVA CARVALHO E OUTROS
POLO PASSIVO : VICENTE RODRIGUES DE OLIVEIRA (ESPOLIO)
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ROMENICE FERREIRA DA SILVA CARVALHO E OUTROS


ADVG. PARTE : 35565 GO - PAULO SERGIO HILARIO VAZ

PARTE INTIMADA : VICENTE RODRIGUES DE OLIVEIRA (ESPOLIO)


ADVG. PARTE : 9794 GO - WILSON RODRIGUES DE OLIVEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 14:07:59

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5147027.12.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA
POLO PASSIVO : MARIA MARTA GOMES ARANTES
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA


ADVGS. PARTE : 253137 SP - SIDNEI FERRARIA
236655 SP - JEFERSON ALEX SALVIATO

PARTE INTIMADA : MARIA MARTA GOMES ARANTES


ADVGS. PARTE : 27405 GO - SILAS FERNANDES GONÇALVES
49442 GO - FRANCIELLE SOUZA VIEIRA QUEIROZ

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 10:31:57

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5652763.51.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
POLO PASSIVO : SEBASTIAO CANDIDO DE SOUSA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : SEBASTIAO CANDIDO DE SOUSA


ADVG. PARTE : 47041 GO - SAMUEL SOUSA JUNIOR

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5652763.51.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5652763.51.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
AGRAVADO: SEBASTIÃO CÂNDIDO DE SOUSA
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE


SENTENÇA INDIVIDUAL. VIOLAÇÃO DO CONTRADITÓRIO E
DO PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA. INOCORRÊNCIA.
1. Em sede de Impugnação ao Cumprimento de Sentença foi
deferido ao agravante a dilação do prazo para juntada de
planilha com os valores que entendia devidos, mas, após o
transcurso de aproximadamente 05 (cinco) meses, quedou-
se inerte, abrindo mão da oportunidade de reação, de modo
que aquiesceu tacitamente quanto ao referido quantum, que
só foi atualizado posteriormente.
2. Dessa forma, não há que se falar em cerceio de defesa e
violação do princípio da não surpresa (art. 9º e 10 do CPC).
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº


5652763.51.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à

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NR.PROCESSO: 5652763.51.2019.8.09.0000
unanimidade de votos, em conhecer e desprover o recurso, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, além do Relator, o Desembargador Zacarias Neves Coelho, e o


Desembargador Carlos Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, o Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso interposto, dele conheço.

Como dito, trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo,


interposto pelo MUNICÍPIO DE GOIÂNIA da decisão proferida pelo Juiz de Direito da
4ª Vara da Fazenda Pública Municipal da comarca de Goiânia, Dr. José Proto de
Oliveira (evento 54 – processo originário), que, nos autos de Cumprimento de
Sentença Individual intentado em seu desfavor por SEBASTIÃO CÂNDIDO DE
SOUSA.

Em análise acurada dos autos, observa-se que o agravado ingressou em juízo


querendo o cumprimento de sentença coletiva proferida nos autos nº 320277.91, que
determinou o pagamento da diferença salarial verificada entre os valores recebidos
pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate a Endemias (ACE) e o
piso salarial profissional nacional, a partir de junho de 2014.

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NR.PROCESSO: 5652763.51.2019.8.09.0000
O recorrente foi intimado para apresentar impugnação (aquivo nº 1, movimentação nº
9), a qual foi juntada no evento nº 1, movimentação nº 12. O recorrido foi intimado para
manifestar-se sobre referida peça de inconformismo (aquivo nº 1, movimentação nº
13), manifestando-se no aquivo nº 1, movimentação nº 15.

O Magistrado condutor do feito, concedeu ao executado o prazo de 120 (cento e vinte)


dias para apresentação de planilha (aquivo nº 1, movimentação nº 17).

Após transcorrido aproximadamente 04 (quatro) meses, foi Certificado que transcorreu


in albis o prazo para apresentação da planilha atualizada dos débitos. O agravado,
entretanto, juntou novo documento no aquivo nº 1, movimentação nº 22, após,
sobreveio a decisão agravada.

Feita essa minuciosa análise procedimental, não vislumbro a ocorrência do


cerceamento de defesa ou violação do princípio da não surpresa, por falta de
oportunidade de falar sobre a planilha juntada pelo recorrido, uma vez que o agravante
teve a oportunidade de fazê-lo e quedou-se inerte.

Observa-se que foi deferido ao recorrente a dilação do prazo para juntada de planilha
com os valores que entendia devidos, mas após o transcurso de aproximadamente 04
(quatro) meses, quedou-se inerte, abrindo mão da oportunidade de reação, de modo
que aquiesceu tacitamente quanto ao referido quantum, que só foi atualizado
posteriormente.

A propósito, esse é o entendimento firmado por essa Corte de Justiça, senão vejamos:

“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO


DPVAT. INVALIDEZ PARCIAL PERMANENTE. AVC.
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO. CARÊNCIA DE
AÇÃO. CERCEIO DE DEFESA. PRINCÍPIO DA NÃO
SURPRESA. VIOLAÇÃO. INOCORRÊNCIA. PRECLUSÃO. (...)
2 - Presente a Apelante quando da audiência de Instrução e
Julgamento, então ciente da prova pericial, deixou de

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NR.PROCESSO: 5652763.51.2019.8.09.0000
impugnar o respectivo laudo, quando teve a oportunidade de
reagir, limitando-se a apresentar razões finais remissivas,
sem qualquer alusão à perícia, operando-se a preclusão a
respeito, não tendo que se falar em cerceio de defesa e
violação ao princípio da não surpresa (arts. 9º e 10 do NCPC)
. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E IMPROVIDO.”
(TJGO, APELAÇÃO 0120672-25.2016.8.09.0010, minha
relatoria, 3ª Câmara Cível, julgado em 22/09/2017, DJe de
22/09/2017). (Grifei).

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS CUMULADA COM LUCROS CESSANTES.
ILEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA. IMPROCEDENTES.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. SENTENÇA
ULTRA PETITA. NÃO VERIFICADO. SENTENÇA MANTIDA.
(...) 3. Sendo oportunizada, no correr de todo o processo, a
manifestação e a participação ativa de todas as partes, não
havendo nenhum indicativo de cerceio a qualquer
manifestação delas ou de impedimento da produção de
prova, não se configura o cerceamento de defesa. (...)
APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA
MANTIDA.” (TJGO, Apelação (CPC) 0468636-
53.2007.8.09.0107, Rel. Des. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, 3ª
Câmara Cível, julgado em 17/07/2019, DJe de 17/07/2019).

Dessa forma, não há que se falar em cerceio de defesa e violação do princípio da não
surpresa (art. 9º e 10 do CPC).

ANTE O EXPOSTO, já conhecido o recurso, nego-lhe provimento para manter


incólume a decisão de singular.

Deixo de aplicar o disposto no art. 85, § 11, do CPC, uma vez que a decisão agrava
não condenou o agravante ao pagamentos de honorários advocatícios.

É como voto.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5652763.51.2019.8.09.0000
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

LLA Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5652763.51.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA INDIVIDUAL. VIOLAÇÃO DO CONTRADITÓRIO E
DO PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA. INOCORRÊNCIA.
1. Em sede de Impugnação ao Cumprimento de Sentença foi
deferido ao agravante a dilação do prazo para juntada de
planilha com os valores que entendia devidos, mas, após o
transcurso de aproximadamente 05 (cinco) meses, quedou-
se inerte, abrindo mão da oportunidade de reação, de modo
que aquiesceu tacitamente quanto ao referido quantum, que
só foi atualizado posteriormente.
2. Dessa forma, não há que se falar em cerceio de defesa e
violação do princípio da não surpresa (art. 9º e 10 do CPC).
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 14:10:05

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5159969.76.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : MEIRA AGROPECUÁRIA LTDA
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL S.A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : MEIRA AGROPECUÁRIA LTDA


ADVG. PARTE : 16288 GO - WARNER DE SOUSA BARBOSA

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL S.A


ADVGS. PARTE : 30261 GO - SERVIO TULIO DE BARCELOS
31121 GO - BRYAN MIOTTO
40823 GO - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 11:52:48

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5502285.31.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA
POLO PASSIVO : RESIDENCIAL BRISA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA


ADVGS. PARTE : 32520 GO - ALEX JOSÉ SILVA
34945 GO - RICARDO MIRANDA BONIFÁCIO E SOUZA

PARTE INTIMADA : RESIDENCIAL BRISA


ADVG. PARTE : 48070 GO - PAULO ESTEVES SILVA CARNEIRO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5502285.31.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5502285.31.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA
AGRAVADO: RESIDENCIAL BRISA
RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso interposto.

Consoante relatado, INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA interpôs o presente AGRAVO


INTERNO (EVENTO Nº 12) por inconformismo com a Decisão Monocrática proferida no evento nº
8, que negou provimento ao recurso nos termos do artigo 932, inciso IV, “a” do NCPC, mantendo
inalterado o decisum vergastado que por sua vez havia indeferido o pedido de gratuidade de
justiça, com a possibilidade de a empresa/agravante requerer o parcelamento das custas
processuais.

Busca a Agravante, por meio do presente recurso, a reforma da decisão proferida no evento nº
08.Ausente fundamento relevante que justifique a modificação da decisão atacada, deve ser
desprovido o Agravo Interno.

A intenção de reavivar a matéria já devidamente analisada não condiz com a natureza do agravo

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NR.PROCESSO: 5502285.31.2019.8.09.0000
interno. O presente Agravo Interno não trouxe elemento relevante algum, capaz de afastar os
fundamentos da decisão, ora agravada.

Ora, o fato de a insurgente encontrar-se em recuperação judicial não enseja, por si só, o
deferimento do benefício pleiteado. A propósito: “2. A alegação de a empresa estar em
dificuldades financeiras, por si só, não tem o condão de justificar o deferimento do pedido
de justiça gratuita, não sendo possível ao STJ rever o entendimento das instâncias ordinárias,
quando fundamentado no acervo probatório dos autos, sem esbarrar no óbice da Súmula
7/STJ.3. Agravo regimental não provido.”(STJ, 2ª Turma, AgRg no AREsp 360.576/MG, Rel. Miniª
Eliana Calmon, de29/11/2013)

Pois bem, em que pese a empresa requerente, ora agravante, estar em recuperação judicial, não
há prova escorreita acerca da carência de recursos a ensejar o deferimento da benesse,
considerando que em se tratando de pessoa jurídica, a prova de insuficiência econômica deve ser
inequívoca, com prova cabal da necessidade alegada (precedentes do STJ e desta Corte). Neste
sentido, transcrevo julgado desta Corte:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA. AUTORA EM RECUPERAÇÃO


JUDICIAL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. REQUISITOS NÃO DEMONSTRADOS.
RECOLHIMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS AO FINAL DA DEMANDA. AUSÊNCIA DE
PREVISÃO LEGAL. DECISÃO MANTIDA. 1. O processo de recuperação judicial da pessoa
jurídica não a exime de comprovar a impossibilidade de arcar com as custas processuais,
quando pleiteia os benefícios da justiça gratuita, sendo que, ausente qualquer comprovação, o
seu indeferimento é medida que se impõe. Precedentes desta Corte e do STJ. 2. Inexiste
previsão legal para o pagamento das despesas processuais (taxa judiciária, emolumentos,
custas e remuneração dos auxiliares da justiça) ao final da demanda, salvo quando a parte é
beneficiária da assistência judiciária. Inteligência do artigo 19 do CPC/1973 (c/c art. 14 do
CPC/2015) e dos artigos 5º e 12 do Regimento de Custas e Emolumentos da Justiça do
Estado de Goiás (Lei n. 14.376/2002).

Agravo de instrumento desprovido.

”(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 85449-41.2016.8.09.0000, Rel. DES. ZACARIAS


NEVES COELHO, 2A CÂMARA CÍVEL, julgado em 11/10/2016, DJe 2147 de 10/11/2016)

Esta Corte de Justiça vem, reiteradamente, decidindo pelo desprovimento de recursos destinados
a promover alteração nas decisões monocráticas dos relatores, quando ausente elemento
relevante a embasar os pedidos:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PESSOA JURÍDICA. BENEFÍCIO


DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. REDISCUSSÃO DA
MATÉRIA. MEIO IMPRÓPRIO. 1 – Em que pese a possibilidade de a pessoa jurídica também
gozar das benesses alusivas à assistência judiciária gratuita, a concessão do benefício está

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NR.PROCESSO: 5502285.31.2019.8.09.0000
condicionada à comprovação documental satisfatória de estar impossibilitada de arcar com os
encargos processuais sem comprometer a existência da pessoa jurídica de direito privado, o
que não restou comprovado nos autos. 2 – Ao interpor agravo regimental da decisão que
negou seguimento ao impulso, a agravante deve demonstrar o desacerto dos fundamentos do
decisum recorrido, sustentando a insurgência em elementos plausíveis que justifiquem o
pedido de reconsideração.

AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.

”(TJGO, Assistência Judiciária (Lei 1060/50 ) 5053138-72.2017.8.09.0000, Rel. JEOVA


SARDINHA DE MORAES, 6ª Câmara Cível, julgado em 08/11/2017, DJe de 08/11/2017)

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECUPERAÇÃO


JUDICIAL. DECISÃO MONOCRÁTICA - ARTIGO 932, INCISO IV, ALÍNEA "A", DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INDEFERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA. PROVAS INSUFICIENTES. REITERAÇÃO DE TESE. 1. A Constituição Federal
assevera em seu artigo 5º, inciso LXXIV, que "o Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos". Destarte, não havendo nos autos
prova suficiente da hipossuficiência alegada, afigura-se correto o indeferimento da benesse
pleiteada. 2. Ausentes alegações novas que demonstrem o desacerto dos fundamentos
utilizados na decisão monocrática que, consubstanciada no artigo 932, inciso IV, alínea "a", do
atual Código de Ritos, negou provimento ao agravo de instrumento manejado pela empresa
recuperanda, mostra-se imperioso o desprovimento do agravo interno, mormente se, nas
razões recursais, houve mera reiteração de tese, tendo sido abordados os mesmos temas
analisados no decisum objurgado.

AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM DESPROVIDO. DECISÃO MONOCRÁTICA


MANTIDA.

”(TJGO, Agravo de Instrumento 5424403-61.2017.8.09.0000, Rel. JEOVA SARDINHA DE


MORAES, 6ª Câmara Cível, julgado em 04/06/2018, DJe de 04/06/2018)

AGRAVO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE


GRATUIDADE DA JUSTIÇA EM SEDE RECURSAL MANTIDO. HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO
DEMONSTRADA. DESPROVIMENTO. 1 – O cerne da controvérsia consiste na presença ou
não dos requisitos autorizadores da concessão do benefício da justiça gratuita. A questão já
foi suficientemente debatida e analisada e, no caso, não há demonstração de alteração fática
ou jurídica apta a ensejar a modificação do entendimento já exposado na fundamentação do
instrumental. Precedentes.

Agravo interno desprovido.

(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5129538-59.2019.8.09.0000, Rel. REINALDO ALVES


FERREIRA, 4ª Câmara Cível, julgado em 07/10/2019, DJe de 07/10/2019)

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NR.PROCESSO: 5502285.31.2019.8.09.0000
Entretanto, como dito na decisão monocrática proferido pelo des. Amaral Wilson de Oliveira, em
garantia ao acesso à justiça, constitucionalmente prevista no artigo 5º, inciso XXXV, o Código de
Processo Civil assegura a possibilidade de parcelamento do pagamento das custas processuais,
a ser efetuado pelo magistrado com utilização de ponderação na análise de cada caso concreto.

Ante o exposto, deixo de reconsiderar a decisão agravada, submetendo-a ao crivo do órgão


colegiado, nos termos do artigo 1.021 do Código de Processo Civil/2015, pronunciando-me no
sentido de que o agravo Interno seja conhecido, mas desprovido.

É o voto.

DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

ACÓRDÃO

VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Agravo de Instrumento (Agravo Interno) Nº


5502285.31.2019.8.09.0000, Comarca de Goiânia, em que figura como agravante Incorporação
Tropicale LTDA e agravado Residencial Brisa.

ACORDAM os componentes da Quarta Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal


de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade, em conhecer e desprover o Agravo Interno no
Agravo de Instrumento, nos termos do voto do Relator.

VOTARAM, com o Relator, o Desembargador Leobino Valente Chaves e o Juiz Eudélcio


Machado Fagundes (em substituição ao Des. José Carlos de Oliveira).

PRESIDIU o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

PRESENTE o Dr. José Carlos Mendonça, Procurador de Justiça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

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NR.PROCESSO: 5502285.31.2019.8.09.0000
Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

Relator

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NR.PROCESSO: 5502285.31.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO 5502285.31.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: INCORPORAÇÃO TROPICALE LTDA
AGRAVADO: RESIDENCIAL BRISA
RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

EMENTA: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANUTENÇÃO DO


INDEFERIMENTO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. PESSOA JURÍDICA EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL. AUSÊNCIA DE MOTIVOS PLAUSÍVEIS JUSTIFICADORES PARA ALTERAR A
DECISÃO. POSSIBILIDADE DE PARCELAMENTO JUNTO AO JUÍZO A QUO. DECISÃO
MANTIDA.

I. Se a parte agravante não traz provas ou argumentos suficientes para acarretar a modificação
da linha de raciocínio adotada na decisão monocrática, impõe-se o desprovimento do agravo
interno, porquanto interposto à míngua de elementos novos capazes de reformar a decisão
recorrida.

II. Não apresentados argumentos plausíveis que justifiquem a reconsideração pretendida diante
da decisão monocrática que negou provimento ao apelo, nos termos do art. 932, inciso IV, alínea
“a” do CPC c/c Súmula nº 26 do TJGO, o desprovimento do agravo interno é medida que se
impõe.

AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 14/02/2020


14:21:05

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5720185.43.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : IDOMAR MIGUEL DE JESUS
POLO PASSIVO : MUNICIPIO DE GOIANIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : IDOMAR MIGUEL DE JESUS


ADVGS. PARTE : 51473 GO - ANA KEILLA ARRUDA DE ANDRADE
55155 GO - WALKIRIA CAMPOS DE JESUS
48788 GO - DANIELLE CAMPOS DE JESUS

PARTE INTIMADA : MUNICIPIO DE GOIANIA


ADVG. PARTE : 47964 GO - SAMUEL FERREIRA RIBEIRO SILVA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5720185.43.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador José Carlos de Oliveira

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 5720185.43.2019.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

2a CÂMARA CÍVEL

AGRAVANTE: IDOMAR MIGUEL DE JESUS

AGRAVADO: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA

RELATOR: Dr. EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES – Juiz Substituto em 2o grau

DESPACHO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão do evento 12 dos autos de Mandado


de Segurança n° 5650157.91.2019.8.09.0051, que indeferiu o pedido de assistência judiciária,
além de determinar a juntada de instrumento procuratório, nos moldes do art. 654, §1o, do Código
Civil.

Em suas razões, o agravante informa que juntou a regular procuração no evento 6 do


writ, bem como colacionou a documentação necessária para comprovar sua hipossuficiência.

Quanto ao mandato judicial, tenho a mesma percepção do magistrado a quo, uma vez
que a procuração juntada no presente agravo é datada de 24/07/2017, portanto, há mais de dois
da interposição do recurso. Ademais, não consta poderes específicos nem para o mandamus,
nem para o agravo de instrumento, o que impede, no momento, o juízo de admissibilidade do
recurso.

Por outro lado, os documentos constantes em ambos os processos, no momento, ainda


não permitem uma avaliação segura acerca da necessidade da assistência judiciária, estando

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NR.PROCESSO: 5720185.43.2019.8.09.0000
limitado apenas a uma declaração unilateral (imposto de renda).

Assim, intime-se o agravante para, em 5 (cinco) dias, juntar o instrumento de


procuração, nos moldes do art. 654, §1o do Código Civil, contendo data anterior ao respectivo
protocolo, porém contemporânea ao ajuizamento, bem como os poderes específicos.

No mesmo prazo, junte-se aos autos os extratos de conta bancária dos últimos três
meses, além de outros documentos que entender pertinentes para análise da concessão da
Justiça Gratuita.

Cumpra-se.

Datado e assinado digitalmente.

EUDÉLCIO MACHADO FAGUNDES

Juiz Substituto em 2o grau

Relator

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 11:54:08

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5542059.68.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : AMM
POLO PASSIVO : PMA
SEGREDO JUSTIÇA : SIM

PARTE INTIMADA : AMM


ADVG. PARTE : 44870 GO - MARCOS AURÉLIO DA SILVA PARREIRA

- PROCESSO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. OS ARQUIVOS DA INTIMAÇÃO NÃO FORAM PUBLICADOS.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Incluído em Pauta - Data da Movimentação


20/02/2020 14:19:35

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0206234.88.2007.8.09.0051
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DURVAL LAZARO DE FREITAS
POLO PASSIVO : BANCO ITAU S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : DURVAL LAZARO DE FREITAS


ADVG. PARTE : 16689 GO - GUSTAVO DE FREITAS TEIXEIRA ÁLVARES

PARTE INTIMADA : BANCO ITAU S/A


ADVGS. PARTE : 27159 GO - LIDIANE MAURIZ ARAÚJO
27284 GO - OSMAR MENDES PAIXAO CORTES
27699 GO - SANDOVAL RODRIGUES MENDONÇA NETO

- ARQUIVOS DIGITAIS INDISPONÍVEIS (NÃO SÃO DO TIPO PÚBLICO).

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 12:01:01

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5571896.71.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA POLÍCIA E CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR - ASSOF
POLO PASSIVO : MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA POLÍCIA E CORPO DE BOMBEIROS


MILITAR - ASSOF
ADVG. PARTE : 35382 GO - RENATA OSÓRIO CACIQUINHO BITTENCOURT

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5571896.71.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5571896.71.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE: ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA POLÍCIA E CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS - ASSOF
AGRAVADO: MUNICÍPIO DE GOIÂNIA
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE IMUNIDADE


TRIBUTÁRIA. INDEFERIMENTO DA TUTELA DE URGÊNCIA. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ARTIGO 300 DO CPC. RECURSO DE COGNIÇÃO SUMÁRIA.
INEXISTÊNCIA DE TERATOLOGIA OU ILEGALIDADE. MANUTENÇÃO DA
DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU.
1. A concessão antecipada de tutela de urgência exige do Estado-Juiz a
verificação dos requisitos expostos no art. 300 do CPC, tendo por base os
documentos trazidos e as circunstâncias expostas nos autos.
2. O magistrado a quo considerou não ser possível, na ação em que se pleiteia a
imunidade, suspender-se a exigibilidade dos créditos tributários, porquanto,
para tanto, deve haver depósito integral e em dinheiro, conforme art. 151, II do
CTN e Súmula 112 do STJ. Justificou, ainda, que mesmo que se admitisse a
suspensão dos créditos tributários apenas pela concessão da liminar, sem
depósito, não há como deferi-la por ausência de probabilidade do direito, pois
naquele momento processual, não restou clarividente ilegalidade ou abuso
existente na execução dos tributos, observando, também, que qualquer
adiantamento de juízo acerca da imunidade importaria em análise do mérito, sem
obediência ao contraditório. Assim, devidamente apresentados pelo juízo a quo
os motivos pelos quais indeferiu o pleito tutelar liminar, há de ser mantida a
decisão agravada, sobretudo porque ausente qualquer ilegalidade ou teratologia.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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NR.PROCESSO: 5571896.71.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº


5571896.71.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer e desprover o recurso, nos termos do voto do
Relator.

Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e Carlos


Alberto França.

Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.

Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Dr. José


Carlos Mendonça.

Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator

VOTO
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do agravo.
Ab initio cumpre consignar que o agravo é recurso secundum eventum litis, sendo que
o mérito aqui debatido diz respeito apenas ao exame da presença ou ausência dos
requisitos autorizadores da concessão da tutela antecipada de urgência, expostos no
artigo 300 do CPC, quais sejam, probabilidade do direito invocado e do perigo da
demora. Confira-se:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1º.
Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode,

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NR.PROCESSO: 5571896.71.2019.8.09.0000
conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea
para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2º.
A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou
após justificação prévia. § 3º. A tutela de urgência de
natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”
(destaquei)

Não sobeja destacar a lição ministrada pelo processualista Elpídio Donizetti:

“(…) Haverá urgência quando existirem elementos nos autos


que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo na
demora na prestação jurisdicional (art. 300). Em outras
palavras, se por meio da cognição sumária o juiz verificar
que pode ser o autor o titular do direito material invocado e
que há fundado receio de que este direito possa
experimentar dano ou que o resultado útil do processo
possa ser comprometido, a tutela provisória será concedida
sob o fundamento de urgência.” (in Curso Didático de Direito
Processual Civil, Vol. 2, 19ª ed., São Paulo: Atlas, 2016, p. 458).

Logo, na análise para a manutenção ou não da tutela antecipada deferida em primeiro


grau deve o juízo ad quem limitar-se à demonstração da plausibilidade do direito
invocado e do perigo da demora.
Neste sentido, o magistrado a quo considerou não ser possível, na ação em que se
pleiteia a imunidade, suspender-se a exigibilidade dos créditos tributários, porquanto,
para tanto, deve haver depósito integral e em dinheiro, conforme art. 151, II do CTN e
Súmula 112 do STJ.
Justificou, ainda, que mesmo que se admitisse a suspensão dos créditos tributários
apenas pela concessão da liminar, sem depósito, não há como deferi-la por ausência
de probabilidade do direito, pois naquele momento processual, não restou clarividente
ilegalidade ou abuso existente na execução dos tributos, observando, também, que
qualquer adiantamento de juízo acerca da imunidade importaria em análise do mérito,
sem obediência ao contraditório.
Por esta razão, impende dizer que o magistrado agiu dentro da legalidade, inexistindo
teratologia no juízo sumário realizado, uma vez que, ponderados os fatos inicialmente
apresentados, chegou-se à necessidade de indeferimento da antecipação de tutela,
por ausência de probabilidade do direito e sem a suspensão de exigibilidade dos
tributos já devidos pela agravante.

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NR.PROCESSO: 5571896.71.2019.8.09.0000
Em casos semelhantes, veja-se a jurisprudência desta Corte:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE
POSSE C/C INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS E
LUCROS CESSANTES. TUTELA ANTECIPADA DE
URGÊNCIA. 1. Para o deferimento de tutela provisória,
cautelar ou satisfativa, em caráter antecedente ou incidental,
faz-se necessária a presença concomitante dos requisitos da
probabilidade do direito da parte postulante e do perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo, conforme
normatiza o art. 300 do CPC. PRESENÇA DOS REQUISITOS
INSCULPIDOS NO ART. 300 DO CPC. 2. No caso,
encontrando-se presentes os requisitos indispensáveis,
correta a decisão singular que concedeu a medida liminar
autorizando a retirada dos equipamentos mencionados na
inicial, do imóvel pertencente ao requerido, assim como,
todas as etiquetas, peças de vestuário e insumos
pertencentes à empresa agravada. DEFERIMENTO DA
MEDIDA. LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO DO
JULGADOR. 3. O deferimento de tutela de urgência reside no
livre convencimento motivado do Julgador, somente
justificando a sua revogação, em caso de comprovada
ilegalidade ou contradição com as provas carreadas aos
autos, situação inocorrente na hipótese. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO MANTIDA. (TJGO,
Agravo de Instrumento (CPC) 5189897-09.2018.8.09.0000, Rel.
Roberto Horácio de Rezende, 4ª Câmara Cível, julgado em
28/08/2018, DJe de 28/08/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA PROVISÓRIA


ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE. REQUISITOS.
PRESENÇA. 1. A antecipação da tutela é ato discricionário
do juiz que, diante das circunstâncias e documentos trazidos
aos autos, verifica a presença ou não dos requisitos
autorizadores à sua concessão. 2. Devidamente exposto pela
magistrada os motivos pelos quais houve pro bem deferir o
pleito tutelar, há de ser mantida a decisão agravada,
sobretudo se ausente qualquer ilegalidade ou teratologia.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de
Instrumento (CPC) 5147589-55.2018.8.09.0000, Rel. Des. Jeová
Sardinha de Moraes, 6ª Câmara Cível, julgado em 18/07/2018,
DJe de 18/07/2018 - destaquei)

Pelo exposto, conheço do recurso e nego-lhe provimento, mantendo a decisão

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NR.PROCESSO: 5571896.71.2019.8.09.0000
agravada em seu inteiro teor.
É o voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.

DES. LEOBINO VALENTE CHAVES


Relator
LEA

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NR.PROCESSO: 5571896.71.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE IMUNIDADE
TRIBUTÁRIA. INDEFERIMENTO DA TUTELA DE URGÊNCIA. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ARTIGO 300 DO CPC. RECURSO DE COGNIÇÃO SUMÁRIA.
INEXISTÊNCIA DE TERATOLOGIA OU ILEGALIDADE. MANUTENÇÃO DA
DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU.
1. A concessão antecipada de tutela de urgência exige do Estado-Juiz a
verificação dos requisitos expostos no art. 300 do CPC, tendo por base os
documentos trazidos e as circunstâncias expostas nos autos.
2. O magistrado a quo considerou não ser possível, na ação em que se pleiteia a
imunidade, suspender-se a exigibilidade dos créditos tributários, porquanto,
para tanto, deve haver depósito integral e em dinheiro, conforme art. 151, II do
CTN e Súmula 112 do STJ. Justificou, ainda, que mesmo que se admitisse a
suspensão dos créditos tributários apenas pela concessão da liminar, sem
depósito, não há como deferi-la por ausência de probabilidade do direito, pois
naquele momento processual, não restou clarividente ilegalidade ou abuso
existente na execução dos tributos, observando, também, que qualquer
adiantamento de juízo acerca da imunidade importaria em análise do mérito, sem
obediência ao contraditório. Assim, devidamente apresentados pelo juízo a quo
os motivos pelos quais indeferiu o pleito tutelar liminar, há de ser mantida a
decisão agravada, sobretudo porque ausente qualquer ilegalidade ou teratologia.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás


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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 12:05:24

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5574756.45.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : VERA LUCIA AQUINO SANTOS
POLO PASSIVO : BANCO DO BRASIL SA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : VERA LUCIA AQUINO SANTOS


ADVG. PARTE : 27781 GO - WESLEY MIRANDA DO CANTO

PARTE INTIMADA : ALPLASTIC INDUSTRIA E COMERCIO DE EMBALAGENS LTDA


ADVG. PARTE : 27781 GO - WESLEY MIRANDA DO CANTO

PARTE INTIMADA : ABFLEX INDUSTRIA E COMERCIO DE PLASTICOS LTDA


ADVG. PARTE : 27781 GO - WESLEY MIRANDA DO CANTO

PARTE INTIMADA : ROGERIO AQUINO SANTOS


ADVG. PARTE : 27781 GO - WESLEY MIRANDA DO CANTO

PARTE INTIMADA : MAYARA RIBEIRO DE OLIVEIRA


ADVG. PARTE : 27781 GO - WESLEY MIRANDA DO CANTO

PARTE INTIMADA : BANCO DO BRASIL SA


ADVG. PARTE : 30261 GO - SERVIO TULIO DE BARCELOS

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NR.PROCESSO: 5574756.45.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5574756.45.2019.8.09.0000


COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTES : VERA LÚCIA AQUINO SANTOS E OUTROS
AGRAVADO : BANCO DO BRASIL S.A.
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE CRÉDITO COMO


GARANTIA REAL. PENHORA SOBRE A COISA DADA EM GARANTIA. FATO
LEGAL.
I – Na dicção cogente do § 3º do art. 835 do CPC, a penhora recairá sobre a coisa
dada em garantia, quando a execução fundar-se em crédito com garantia real;
II – Constatado que a Cédula de Crédito Bancário nº 491.101.114, contém
garantia real, por hipoteca de imóvel, ofertado pelos próprios
devedores/contratantes, é sobre a garantia que recaíra, inexoravelmente, a
penhora, independente de qualquer nomeação, por constitui-se fato legal;
III – Decisão agravada mantida em seus termos.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
5574756.45.2019.8.09.0000, acordam os componentes da Primeira Turma Julgadora
da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer do recurso e desprovê-lo, nos termos do voto do
Relator.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Zacarias Neves Coelho e Carlos

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5574756.45.2019.8.09.0000
Alberto França.
Presidiu a sessão o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira
Fez-se presente, como representante da Procuradoria-Geral de Justiça, a Dr. José
Carlos Mendonça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
Relator

VOTO
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.
A insurgência, porém, não procede.
O argumento recursal é de que a penhora ocorreu de modo inoportuno, porquanto há
7 (sete) avalistas que garantem o débito, e que está ocorrendo tratativas de acordo
para por termo ao feito executivo. E mais, se a garantia real já está devidamente
registrada na matrícula do bem, “… qual é a justificativa para deferir penhora por termo
nos autos?” (sic).
Pois bem.
Quanto a perquirição acerca da justificativa de deferir-se a penhora por termo nos
autos, cediço é que pela dicção cogente do CPC, extrai-se que:
“Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem
para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e
dos honorários advocatícios.

...omissis…

Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

(…)

V - bens imóveis;

(…)

XIII - outros direitos.

(…)

§ 3º Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá


sobre a coisa dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro
garantidor, este também será intimado da penhora.”

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NR.PROCESSO: 5574756.45.2019.8.09.0000
Daí que, havendo norma legal que impõe a preferência de penhora sobre o bem em
gravame real, ao titular desse direito real, ora credor, cabe, primeiramente, excutir a
garantia, para só empós a não suficiência desse, partir para outros que satisfaçam o
crédito exequendo.
Destarte, e a saber que a Cédula de Crédito Bancário nº 491.101.114, contém garantia
real, por hipoteca de imóvel, ofertado pelos próprios devedores/contratantes, é sobre
essa garantia que recaíra, inexoravelmente, a penhora, independente de qualquer
nomeação, por constitui-se fato legal, pois:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL.
PENHORA ON-LINE. GARANTIA. PREFERENCIA. ART. 835, §3º, CPC/2015.
PREVALÊNCIA DA GARANTIA MENOS GRAVOSA AO DEVEDOR. APLICAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE. DECISÃO REFORMADA. Conforme §3º do
artigo 805 do CPC/2015, na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá
sobre a coisa dada em garantia. Assim, penhora-se em primeira ordem, o bem dado em
garantia. Sendo insuficiente, para a integralidade da dívida, busca-se outros bens para
garantir a execução, observando-se sempre o princípio da menor onerosidade. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.” (TJGO, 2ª CC, AI nº 5105516-68, Rel. Des. Amaral
Wilson de Oliveira, DJe de 19/10/2018);

“Agravo de Instrumento. Ação de execução. Crédito com garantia real. Penhora do bem
dado em garantia. I. Via de regra, a penhora deve observar, preferencialmente, a ordem
estabelecida no artigo 835, caput, do Código de Processo Civil/2015. II. Contudo, sendo a
dívida exequenda segurada por garantia, deve sobre esta recair a penhora, não se
justificando a sujeição da constrição à ordem estabelecida no artigo 835, caput, do Código
de Processo Civil/2015. Ex vi do artigo 835, § 3º, do Código de Processo Civil/2015.
Agravo de instrumento conhecido e provido. Decisão reformada.” (TJGO, 2ª CC, AI nº
5523930-49.2018, Rel. Des. Carlos Alberto França, DJe de 24/01/2019);

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. ORDEM DE PREFERÊNCIA. PENHORA


EM DINHEIRO. GARANTIA REAL. I. É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz,
nas demais hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias
do caso concreto (Art. 835, § 1º do CPC). II. Na execução de crédito com garantia real,
desde que indicada pelo credor, a penhora recairá sobre a coisa dada em garantia (art.
835, § 3º do CPC). AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO.” (TJGO, 6ª CC, AI nº 5061142-30.2019, Rel. Des. Jairo Ferreira Júnior,
DJe de 17/11/2019).
No mais, o argumento de existir 7 (sete) avalistas que poderiam suprir o débito
exequendo não tem razão de ser, porquanto, sendo eles sujeitos que aceitam ser
responsáveis pelo pagamento do empréstimo/financiamento realizado por outra
pessoa, não subsomem garantia, mas partes, devedoras, efetivamente.
E como tal, a só subsistência deles não gera o dever de excutir seus respectivos
patrimônios em preferência, senão em equivalência aos devedores originários, após a
insuficiência da garantia, como dito em linhas volvidas.
Derradeiramente, a questão de acordo extrajudicial insere-se no campo particular e

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NR.PROCESSO: 5574756.45.2019.8.09.0000
volitivo das partes, cujo reflexo na ação executiva somente gerará algum efeito quando
postulado pelo credor quanto a satisfação do crédito cobrado.
A ser desse modo, não se ressente de mácula alguma a decisão judicial recorrida, pelo
que fica ela mantida, em seus regulares termos.
Pelo exposto, desprovejo o Agravo de Instrumento.
É como voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
Relator
LIK

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NR.PROCESSO: 5574756.45.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE CRÉDITO COMO GARANTIA REAL.
PENHORA SOBRE A COISA DADA EM GARANTIA. FATO LEGAL.
I – Na dicção cogente do § 3º do art. 835 do CPC, a penhora recairá sobre a coisa
dada em garantia, quando a execução fundar-se em crédito com garantia real;
II – Constatado que a Cédula de Crédito Bancário nº 491.101.114, contém
garantia real, por hipoteca de imóvel, ofertado pelos próprios
devedores/contratantes, é sobre a garantia que recaíra, inexoravelmente, a
penhora, independente de qualquer nomeação, por constitui-se fato legal;
III – Decisão agravada mantida em seus termos.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 14/02/2020 15:35:07

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5068517.48.2020.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE GOIÂNIA E REGIÃO -
SICOOB ENGECRED
POLO PASSIVO : PORTAL SERVIÇOS E LOCAÇÕES LTDA
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE GOIÂNIA E REGIÃO -


SICOOB ENGECRED
ADVGS. PARTE : 26055 GO - CESAR YUKIO DE MORAIS NOZAKI
51955 GO - CARLOS EDUARDO RIBEIRO DE MENDONÇA
33510 GO - LEANDRO RUSKY BORGES LIMA

PARTE INTIMADA : PORTAL SERVIÇOS E LOCAÇÕES LTDA


ADVG. PARTE : 21375 GO - JOÃO ALBERTO MOREIRA CARVALHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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NR.PROCESSO: 5068517.48.2020.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5068517.48.2020.8.09.0000

COMARCA DE GOIÂNIA

AGRAVANTE:COOPERATIVA DE CREDITO DE LIVRE ADMISSAO DE GOIANIA E REGIÃO

AGRAVADOS: PORTAL SERVIÇOS E LOCAÇÕES LTDA

RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DECISÃO

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por COOPERATIVA DE CREDITO DE


LIVRE ADMISSAO DE GOIANIA E REGIÃO em face da decisão prolatada nos autos
da ação de execução de título extrajudicial movida pela recorrente contra PORTAL
SERVIÇOS E LOCAÇÕES LTDA, CARLOS ROGÉRIO MENDES PORTO e CECILIA
SOUZA PORTO, ora agravados.

A decisão proferida nos autos da ação de execução de título extrajudicial é da lavra


pelo MMº Juiz de Direito da 23ª Vara Cível desta Comarca, Dr. Rodrigo de Silveira,
está inserta no evento nº 80, dos autos nº 0459375.62.2012.8.09.0051 -evento 80, tem o
seguinte teor:

“Em face do pedido de evento de n° 78, expeça-se Certidão de Crédito para fins
de protesto da dívida.

Ademais, em relação ao pedido de indisponibilidade de bens, via CNIB, na


execução de título extrajudicial ou cumprimento de sentença, a constrição
(penhora) deve se limitar aos bens suficientes para garantir o pagamento da
dívida, nos termos do art. 831 do CPC:

Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o
pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários
advocatícios.

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NR.PROCESSO: 5068517.48.2020.8.09.0000
O CNIB, todavia, visa à indisponibilidade de todos os bens da parte, o que é
inconciliável com o processo de execução.

Desse modo, INDEFIRO a indisponibilidade de bens via CNIB.

GOIÂNIA, data da assinatura eletrônica

RODRIGO DE SILVEIRA

Juiz de Direito

Inconformada, a parte agravante defende a legalidade o pedido de indisponibilidade de


bens do executado via sistema CENTRAL NACIONAL DE INDISPONIBILIDADE DE
BENS – CNIB.

Preparo regular (evento 1).

É o, sintético, relatório. Decido.

De acordo com o disposto no artigo 1.015, parágrafo único, do Código de Processo


Civil/2015, é cabível a interposição de agravo de instrumento em ataque às decisões
interlocutórias proferidas no processo executivo.

Portanto, o presente recurso interposto em ataque à decisão interlocutória ora


impugnada encontra previsão no rol taxativo do citado dispositivo do CPC/2015. Assim
sendo, merece conhecimento.

Observa-se que a parte agravante não formulou pedido de atribuição de efeito


suspensivo ou de antecipação da tutela recursal, nos termos do artigo 1019,
inciso I, do CPC/15.

Assim sendo, determino a intimação a parte agravada para responder ao recurso,

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NR.PROCESSO: 5068517.48.2020.8.09.0000
no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender
necessária ao julgamento do presente agravo de instrumento, nos termos do inciso II,
do artigo 1.019, do CPC/2015.

Intimem-se.

Goiânia, 12 de fevereiro de 2020.

Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA


Relator

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Despacho - Data da Movimentação 14/02/2020


15:41:34

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 0152530.32.2016.8.09.0024
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : ALMIR ANTONIO SILVA
POLO PASSIVO : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPAVT S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : ALMIR ANTONIO SILVA


ADVG. PARTE : 26415 GO - CLEY APARECIDO MARQUES

PARTE INTIMADA : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPAVT S/A


ADVG. PARTE : 13721 GO - JACÓ CARLOS SILVA COELHO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 0152530.32.2016.8.09.0024
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

AGRAVO INTERNO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº


0152530.32.2016.8.09.0024

COMARCA DE CALDAS NOVAS

AGRAVANTE: SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT


S/A
AGRAVADO: ALMIR ANTÔNIO SILVA
RELATOR: Desembargador AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DESPACHO

Intime-se o agravado para que apresente suas contrarrazões ao agravo interno


interposto no evento nº 24, em quinze dias.

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NR.PROCESSO: 0152530.32.2016.8.09.0024
Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.

DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão - Data da Movimentação 14/02/2020 15:43:03

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5260691.22.2018.8.09.0011
CLASSE PROCESSUAL : Procedimento Comum
POLO ATIVO : DOUGLAS SILVA ALKMIN
POLO PASSIVO : CLARO S/A
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLARO S/A


ADVG. PARTE : 30454 GO - MARCELO DA SILVA VIEIRA

PARTE INTIMADA : DOUGLAS SILVA ALKMIN


ADVG. PARTE : 28196 GO - FERNANDA THAIS LOPES JUNQUEIRA

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5260691.22.2018.8.09.0011
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5260691.22.2018.8.09.0011


COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA

APELANTE: CLARO S/A


APELADO: DOUGLAS SILVA ALKMIN
RELATOR: DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA

DECISÃO MONOCRÁTICA

CLARO S/A interpôs apelação contra sentença proferida pelo Juiz de Direito da 2ª
Vara Cível da comarca de Aparecida de Goiânia, nos autos de ação indenizatória
aforada em face da apelante por DOUGLAS SILVA ALKMIN.

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NR.PROCESSO: 5260691.22.2018.8.09.0011
O relatório e o dispositivo (evento 118):

“Douglas Silva Alkmin, regularmente qualificada(o) e


representada(o) nos autos, propôs a AÇÃO SUPRA em face de
Claro S/a, objetivando ver declarada a inexistência de débito
existente no CPF da parte Autora junto à parte Ré relativos à
compra de telefone celular, duas linhas pós-pagas e uma
internet banda larga, além da condenação da Ré ao pagamento
de indenização por danos morais e verba sucumbencial.

Acompanharam a petição inicial os documentos acostados


(movimentação nº 1). Concedidos os benefícios da Justiça
Gratuita, deferida a tutela provisória de urgência no sentido de
excluir o nome da parte Autora do rol dos devedores
inadimplentes até que outra decisão venha modificar a tutela
deferida. Determinada a citação e intimação da parte Ré para
apresentar defesa (movimentação nº 4). Decisão de tutela
provisória de urgência cumprida pela parte Ré (movimentação
nº 8). A parte Ré foi regularmente citada (movimentação nº 10).
Contestação apresentada, acompanhada de documentos
(movimentação nº 12). Impugnação à contestação
(movimentação nº 15). Instadas as partes sobre as provas que
pretendem produzir (movimentação nº 17), a parte Autora
pugnou pela produção de prova pericial (movimentação nº 20), a
parte Ré pleiteou o julgamento antecipado da lide
(movimentação nº 21).

Invertido o ônus da prova e deferida a perícia grafotécnica


(movimentação nº 28). Oportunizado às partes apresentações
de seus quesitos e assistentes técnicos (movimentação nº 33).
Apresentação dos quesitos da parte Autora (movimentação nº
37) e da parte Ré (movimentação nº 38). Laudo pericial
(movimentação nº 57). Instadas as partes para manifestarem a
respeito do laudo pericial (manifestação nº 59). A parte Autora
assinalou concordância (movimentação nº 62), a parte Ré
impugnou o laudo pericial (movimentação nº 63).
Esclarecimentos apresentados pelo perito (movimentação nº
72), pedido de impugnação ao laudo pericial reiterado pela parte
Ré (movimentação nº 75). Homologado o laudo pericial de
movimentações nº 57 e 72 (movimentação nº 86). Requerida
audiência de conciliação pela parte Ré (movimentação nº 89).
Audiência de conciliação realizada sem acordo (movimentação
nº 116).

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NR.PROCESSO: 5260691.22.2018.8.09.0011
(…).

DIANTE DO EXPOSTO, e por tudo mais que consta nos autos,


nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, resolvo o
mérito da lide, e JULGO PROCEDENTE O PEDIDO da parte
Autora, da seguinte forma:

a) DECLARAR INEXIGÍVEL A DÍVIDA que deu causa à


inscrição indevida - referente ao contrato gravado sob o nº
100508009, vez que não comprovada a relação jurídica
existente entre as partes, nos termos do art. 373, II, do Código
de Processo Civil.

b) CONDENAR a parte Ré, a pagar à parte Autora, o valor de


R$ 10.000,00 (dez mil reais), como forma de reparação do
abalo sofrido, acrescido de juros de mora à taxa de 1% (um por
cento) ao mês, calculados a partir do evento danoso (cobrança
indevida), conforme Súmula 54 do STJ, e corrigido
monetariamente, pelo INPC, a partir da presente data (Súmula
362 do STJ); Face a sucumbência da Ré, condeno-a ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios,
que ora arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado
da condenação, observados os art. 85, § 2º, do Código de
Processo Civil.

Transitada em julgado a presente sentença, arquivem-se os


autos, com as cautelas e anotações de praxe. P. R. Intimem-se.
Cumpra-se.

Aparecida de Goiânia, 24 de setembro de 2019.

Vanderlei Caires Pinheiro

Juiz de Direito

(assinado digitalmente)”

No apelo inserido no evento 121, pretende o recorrente confirmar a regularidade das


cobranças, assim como a legitimidade dos débitos lançados em desfavor do apelado.
Acrescenta que “Neste sentido, admitindo-se, a título de hipótese, que realmente sejam
verídicas as alegações da parte Recorrida no que se refere à ausência de contratação dos

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NR.PROCESSO: 5260691.22.2018.8.09.0011
serviços da Recorrente, o procedimento, por lógica, foi realizado por um terceiro, sem sua
autorização, que se valeu de todos os seus documentos pessoais, cumprindo salientar que a
Recorrente confere todos os dados do contratante com os documentos apresentados,
quando da instalação dos equipamentos, sendo certo que, no caso do contrato ora
questionado, OS DOCUMENTOS FORAM APRESENTADOS.

A Recorrente destaca também que várias são as ilegalidades praticadas pelo contratante com a
utilização indevida dos dados cadastrais da parte recorrida, devendo este terceiro, caso
identificado, responder civil e criminalmente. Sobre isso, destaca-se parte da sentença do
Douto Juiz Sandro Cássio de Melo Fagundes, do Juizado Especial Cível de Anápolis/GO,
que decidiu, em caso exatamente igual ao presente, não haver qualquer responsabilidade da
Recorrente ao pagamento de indenização por danos morais:”.

Convicta da inexistência de danos e de culpa, requer a reforma da sentença, com


improcedência total do pleito inicial.

Contraminuta inserida no evento 124.

É o relatório.

Decido.

Pela teoria do risco da atividade econômica, sabe-se que as operadoras de telefonia,


frente às suas lucrativas atividades, têm o dever de manter cuidados especiais no que
se refere à segurança dos clientes, por ocasião da contratação de seus serviços, ante
a eventual prática de fraude de terceiros, não podendo esquivar-se da sua
responsabilidade.

Analisando o caso concreto, verifica-se, claramente, a ocorrência de ato lesivo


praticado pela empresa Apelante, diante da demonstração de descuido do dever de
conferência da autenticidade dos documentos apresentados no momento da alegada
contratação do serviço de telefonia, admitindo como verdadeiros os documentos
apresentados em nome do autor/apelado.

Neste toar, a empresa que efetiva serviços com lastro em documentação falsa e/ou
derivada de atuação criminosa, responde pelos prejuízos causados ao titular dos
documentos.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5260691.22.2018.8.09.0011
Este o entendimento jurisprudencial desta Corte de Justiça, verbis:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS E MATERIAIS. HABILITAÇÃO DE LINHA
TELEFÔNICA SEM REQUERIMENTO DO CONSUMIDOR,
MEDIANTE FRAUDE. CONTRATO FIRMADO POR TERCEIRO
USANDO O NOME E DOCUMENTOS FURTADOS DO
AUTOR. NEGATIVAÇÃO NO SPC. MANUTENÇÃO DO
DECISUM. VALOR FIXADO. MANUTENÇÃO. 1 - CABE À
EMPRESA DE TELEFONIA, AO CELEBRAR UM CONTRATO,
EXAMINAR CUIDADOSAMENTE A DOCUMENTAÇÃO
APRESENTADA EVITANDO QUE TERCEIROS NÃO
TITULARES DO DOCUMENTO INFORMADO O UTILIZEM
PARA TANTO. DESTARTE, AO PROCEDER A
HABILITAÇÃO DE LINHA TELEFÔNICA EM BENEFÍCIO DE
TERCEIRO QUE TERIA USADO O NOME E DOCUMENTOS
PESSOAIS DE IDENTIFICAÇÃO FALSIFICADOS, AGIU COM
NEGLIGÊNCIA, DEVENDO, PORTANTO RESSARCIR OS
DANOS MORAIS SOFRIDOS PELO MESMO. 2 – O
ESTABELECIMENTO DO VALOR FIXADO A TÍTULO DE
DANOS MORAIS DEVE SER ENTREGUE AO PRUDENTE
ARBÍTRIO DO JUIZ, ORIENTANDO-SE, ESTE, PELOS
CRITÉRIOS RECOMENDADOS PELA DOUTRINA E
JURISPRUDÊNCIA PÁTRIAS, ATENTO AO BOM SENSO, À
REALIDADE DA VIDA E ÀS PECULIARIDADES DO CASO
CONCRETO, TENDO EM LINHA DE CONTA,
PRINCIPALMENTE, O GRAU DE CULPA E A CONDIÇÃO DAS
PARTES, EVITANDO-SE ASSIM, QUE O PRETIUM DOLORIS
SE CONVERTA EM INSTRUMENTO DE CAPTAÇÃO DE
VANTAGENS INDEVIDAS, DE MODO A CONFIGURAR O
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. 3. APELAÇÃO
CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA” (TJGO,
APELAÇÃO CÍVEL 147879-4/188, Rel. DES. GERALDO
GONÇALVES DA COSTA, 3A CÂMARA CÍVEL, julgado em
03/11/2009, DJe 475 de 07/12/2009). Grifei.

Deste modo, tratando-se de prestação de serviços, pertinente a responsabilidade civil


com abstração da culpa, ou seja, ocorrido o dano, há obrigação de reparar,
independentemente da análise da conduta culposa do causador do dano (dano in re
ipsa).

De fato, o dano moral, no caso de inscrição indevida do nome nos órgãos de proteção
ao crédito, é presumido, consoante entendimento majoritário da doutrina e
jurisprudência, visto que a restrição ao direito de crédito causa sérios transtornos à
pessoa, seja ela física, ou jurídica. Assim, configurado o ato ilícito, irrelevante perquirir-
se sobre a existência do dano moral, que decorre da própria inscrição indevida.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020 PUBLICAÇÃO: quarta-feira, 26/02/2020

NR.PROCESSO: 5260691.22.2018.8.09.0011
A esse respeito, veja-se os seguintes arestos, da lavra do egrégio Superior Tribunal de
Justiça:

“(...) 1. A inscrição/manutenção indevida do nome do devedor


no cadastro de inadimplente enseja o dano moral in re ipsa, ou
seja, dano vinculado a própria existência do fato ilícito, cujos
resultados são presumidos. (...)” (AgRg no AREsp 597.814/SP,
Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 18/11/2014, DJe

21/11/2014). Grifei.

“(...) 1. O dano moral decorrente da inscrição indevida no


cadastro de inadimplentes é considerado in re ipsa, não sendo
necessária, portanto, a prova do prejuízo. Precedentes. (...)”
(AgRg no AREsp 521.790/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS
BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 07/10/2014,
DJe 14/10/2014). Grifei.

Em suma, sob este enfoque, a toda evidência, a reparação por dano moral deve servir
para recompor a dor sofrida pela vítima, bem como para inibir a repetição de ações
lesivas da idêntica natureza. Como se sabe, não há critério rígido para fixar-se a
indenização por dano moral, que deve levar em conta o nexo de causalidade, os
critérios de proporcionalidade e razoabilidade, além de atender às condições dos
envolvidos, do bem jurídico lesado, e, ainda, a extensão da dor, do sentimento e das
marcas deixadas pelo evento danoso.

É mister enfatizar que o julgador, ao fixar o quantum indenizatório, deverá atentar-se,


ainda, para a gravidade do fato e sua repercussão social.

Desta feita, em que pese o fato de o julgador possuir livre arbítrio para estabelecer os
critérios que irá utilizar na formação do seu convencimento acerca da matéria
ventilada, conforme o disposto no artigo 131 do Código de Processo Civil, entendo que
a quantia arbitrada pelo Juízo a quo, a título de reparação por dano moral, no valor
equivalente a R$ 10.000,00 (dez mil reais), mostra-se proporcional ao dano sofrido.

Isto posto, DESPROVEJO o presente apelo.

Majoro os honorários para 15% sobre o valor da condenação (art. 85, § 11, CPC).

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NR.PROCESSO: 5260691.22.2018.8.09.0011
Intimem-se.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.

DES. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA


RELATOR

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INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Conhecido e Não-Provido - Data da Movimentação


20/02/2020 13:42:38

LOCAL : 2ª CÂMARA CÍVEL


NR.PROCESSO : 5585718.30.2019.8.09.0000
CLASSE PROCESSUAL : Agravo de Instrumento ( CPC )
POLO ATIVO : CLEVER LUIZ SOUTO MARQUEZ
POLO PASSIVO : CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MANHATTAN II
SEGREDO JUSTIÇA : NÃO

PARTE INTIMADA : CLEVER LUIZ SOUTO MARQUEZ


ADVG. PARTE : 40509 GO - ALCIDES AIRES DE ALBUQUERQUE JUNIOR

PARTE INTIMADA : CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MANHATTAN II


ADVG. PARTE : 44005 GO - ERIC BRUNY RIBEIRO BUENO

- VIDE ABAIXO O(S) ARQUIVO(S) DA INTIMAÇÃO.

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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2937 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: sexta-feira, 21/02

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