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DE SINAIS
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Profa. Hiandra B. Götzinger Montibeller
Profa. Izilene Conceição Amaro Ewald
Profa. Jociane Stolf
Diagramação e Capa:
Carlinho Odorizzi
419
C193l Campello, Ana Regina e Souza.
Língua Brasileira de Sinais / Ana Regina e Souza Campello.
Indaial : UNIASSELVI, 2011. 153. p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-550-5
APRESENTAÇÃO��������������������������������������������������������������������������� 7
CAPÍTULO 1
Libras��������������������������������������������������������������������������������������������� 9
CAPÍTULO 2
Fonologia da Língua de Sinais�������������������������������������������������� 43
CAPÍTULO 3
Morfologia da Língua de Sinais������������������������������������������������ 75
CAPÍTULO 4
Sintaxe da Língua de Sinais����������������������������������������������������� 109
CAPÍTULO 5
Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira������� 133
APRESENTAÇÃO
Esta disciplina trata da Língua de Sinais Brasileira. Em termos linguísticos é
definida como uma língua sinalizada, constituída pelas pessoas Surdas, que tem
identidade e cultura própria e que é compartilhada entre indivíduos ou coletivos
das pessoas Surdas.
A língua de sinais brasileira, cuja lei e decreto garantem, no Brasil, por parte
do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos e
particulares, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua
Brasileira de Sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente
das comunidades surdas do Brasil.
Vamos citar exemplos mais comuns no dia a dia: você já pensou ou teve
vontade de entender os diálogos sinalizados entre ou com pessoas Surdas
em algum momento da sua vida? Já tentou entender como a Língua de Sinais
Brasileira funciona dentro da estrutura das línguas faladas?
A autora.
C APÍTULO 1
Libras
10
Capítulo 1 Libras
Contextualização
Apresentamos a trajetória da comunidade Surda e sua língua como ponto
de partida na construção da identidade cultural, sociológica e educacional dos
sujeitos Surdos. O texto apresenta três tópicos a serem compreendidos no início
do curso, que são: O papel do linguista da Língua de Sinais Brasileira, cuja função
é de fazer entender / compreender / captar / registrar o que mostram os sinais
durante o comportamento / ação / perfomance dos sujeitos Surdos em um evento
comunicativo, sem pré-julgamento ou influência sobre a decisão.
11
Língua brasileira de sinais
Lei: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436.htm
Decreto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/
2005/decreto/d5626.htm
12
Capítulo 1 Libras
Atividade de Estudos:
13
Língua brasileira de sinais
14
Capítulo 1 Libras
Atividade de Estudos:
http://gupress.gallaudet.edu/stokoe.html
http://www.ethnologue.com/show_family.asp?subid=23-16
15
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
17
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
18
Capítulo 1 Libras
• ser neutro nas situações e não interferir nos anseios e desejos do movimento
Surdo;
19
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
20
Capítulo 1 Libras
Atividade de Estudos:
21
Língua brasileira de sinais
22
Capítulo 1 Libras
Fonte: A autora.
a) Flexibilidade e Versatilidade
1 – poesia - http://www.youtube.com/watch?v=TxOiY9VL0AY
2 – questões da prova de Prolibras - http://www.youtube.com/
watch?v=aPEEwDKqWzo
3 – ordem de manifestação em libras - http://www.youtube.com/
watch?v=vc0fzOOz5oM
23
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
b) Arbitrariedade
Exemplos:
Figura 4 - Árvore – Sinal motivado (tem Figura 5 - Certo – Sinal imotivado (não
relação entre a forma e significado) tem relação entre a forma e significado)
24
Capítulo 1 Libras
Homonímia de Sinais
Atividade de Estudos:
c) Descontinuidade
25
Língua brasileira de sinais
26
Capítulo 1 Libras
Atividade de Estudos:
d) Criatividade e produtividade
e) Dupla Articulação
A língua de sinais
A língua de sinais só funciona quando as duas articulações formam só funciona
uma combinação. Por exemplo, uma unidade mínima por si só não tem quando as duas
significado, mas quando juntar outra unidade mínima, qualquer que articulações
seja Configuração de Mãos, Ponto de Locação ou Movimentos, pode formam uma
dar significado e sentido. Veja o exemplo abaixo: combinação.
27
Língua brasileira de sinais
Configuração de Mãos
(uma unidade mínima)
Movimento
(uma unidade mínima)
(palma da mão)
Atividade de Estudos:
28
Capítulo 1 Libras
f) Padrão
A língua de
sinais tem um
A língua de sinais tem um conjunto de regras convencionadas pela conjunto de regras
comunidade Surda e não pode ser produzida de modo incorreto. Assim convencionadas
como todas as línguas, as regras devem ser observadas visualmente. pela comunidade
Vamos observar os exemplos de sinais errados e certos abaixo: Surda e não pode
ser produzida de
modo incorreto.
Figura 15 – Sinais corretos e errados na língua de sinais.
errado certo
errado certo
Fonte: Disponível em: <http://www.flickr.com/photos/acessasp/3977486434/
in/photostream/>. Acesso em: 12 abr. 2011.
g) Dependência estrutural
A língua de sinais, assim como outras línguas, tem suas relações estruturais
entre os elementos e não ocorrem ao acaso. Vamos ver os exemplos abaixo:
29
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
Link: http://www.youtube.com/watch?v=WNh4-sHwU1E
30
Capítulo 1 Libras
Quadro 1 – Comparação dos estudos de Brito (1995) e Felipe (1988, 1991, 1993).
31
Língua brasileira de sinais
32
Capítulo 1 Libras
coisa-arredondadaCOLOCAR, etc.
33
Língua brasileira de sinais
Exemplos:
1s DAR2S “eu dou para “você”,
2sPERGUNTAR3P “você pergunta
para eles/elas”,
kdANDARk,e “andar da direita (d)
para à esquerda (e)
Às vezes, há uma marca de plural
pela repetição do sinal. Esta marca
será representada por uma cruz no
PLURAL
lado direto, acima do sinal que está
sendo repetido:
Exemplo: GAROTA +
34
Capítulo 1 Libras
35
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
Resposta abaixo:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
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Capítulo 1 Libras
Site: <http://www.lat-mpi.eu/tools/elan/>.
37
Língua brasileira de sinais
Site: <http://childes.psy.cmu.edu/>.
Site: <http://www.bu.edu/asllrp/SignStream/>.
Site: <http://www.transana.org/>.
Por esta razão, vamos ler a reprodução da parte do texto base das autoras
(QUADROS; PIZZIO; REZENDE, 2008, p.39)sobre o ELAN:
38
Capítulo 1 Libras
Algumas Considerações
Apresentamos, neste capítulo, os objetivos, as funções e a competência dos
linguistas da área de língua de sinais. Para ter a “imersão” da Língua de Sinais
Brasileira, é fundamental ter na mente a ampliação de conhecimento sobre o
uso das propriedades da Língua de Sinais Brasileira utilizada pela comunidade
Surda. E para ambientar, gravar, analisar os dados da língua de sinais, use os
vários sistemas de transcrição de sinais, de acordo com a possibilidade, o tempo
e a facilidade do manuseio das ferramentas na prática de transcrição. Com o
desenvolvimento da tecnologia, a ferramenta de transcrição ficou mais fácil e
acessível ao público em geral.
Referências
BRASIL. Lei no 10.436 de 24 de abril de 2002. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Brasília: MEC. Disponível em: < http://www.planalto.gov.
br/ccivil/leis/2002/L10436.htm>. Acesso em: 25 maio 2011.
39
Língua brasileira de sinais
______. Por uma tipologia dos verbos da LSCB. In: ENCONTRO NACIONAL DA
ANPOLL, 7, 1993 Goiânia, Anais... Goiânia: Lingüística, 1993. p. 724-744.
40
Capítulo 1 Libras
41
Língua brasileira de sinais
42
C APÍTULO 2
Fonologia da Língua de Sinais
44
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
Contextualização
Vamos conhecer, neste capítulo, os conceitos e exemplos na área da fonologia
dos sinais, principalmente, das unidades funcionais do sinal - configuração de mão,
movimento, locação, orientação de mãos, bem como expressões faciais e corporais.
Além disso, iremos conhecer e compreender as restrições na formação de sinais.
45
Língua brasileira de sinais
b) Duas mãos - um sinal pode ser articulado com as duas mãos, por exemplo:
46
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
47
Língua brasileira de sinais
g) Mão destra ou mão canhota – o sinal pode ser articulado de acordo com a
habilidade do interlocutor. Para restringir o sinal de acordo com a habilidade
das mãos, tem-se que usar a posição do braço e das mãos em vertical, por
exemplo:
É errado usar as É errado usar as duas mãos sem critério, como mostram as figuras
duas mãos sem a seguir. Na primeira, o usuário usou a mão direita e, na segunda, usou
critério. a mão esquerda. A posição do sinal “amar” é sempre no lado esquerdo.
Atividade de Estudos:
49
Língua brasileira de sinais
µ = morfema.
[ ] = um fonema ou conjunto de especificações representando uma
determinada palavra (CM, M ou L).
Cada unidade do
parâmetro tem
seus aspectos
diferentes. Para
comparar a sua
diferença, cabe
aos pesquisadores Fonte: Disponível em: <http://www.rebecanemer.com.br/
identificar cada surdos/libras.html>. Acesso em: 12 abr. 2011.
unidade, usando
os contrastes
que mostram Durante a análise, Stokoe estabeleceu o primeiro parâmetro:
suas diferenças configuração de mãos, locação e movimentos. Depois, com o
no significado pesquisador Battison (1974, 1978 apud QUADROS; KARNOPP,
dos sinais. Suas 2005), estabeleceu o segundo parâmetro que é: orientação de mãos e
diferenças de expressões faciais e corporais. Os novos conceitos passaram a fazer
significados são
parte do sistema fonológico de línguas de sinais. Em 1990, aqui no
denominadas de
pares mínimos. Brasil, a linguísta Lucinda Brito (1990, 1995) apresentou no seu livro as
propriedades de cada parâmetro de Língua de Sinais Brasileira.
50
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
Exemplo:
entender saber
51
Língua brasileira de sinais
Ex:
a) Língua Portuguesa – bola / cola
b) Língua de Sinais – aprender / laranja
Atividade de Estudos:
a) Configuração de Mãos
52
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
em português falado
/sertu/
em português escrito
certo
53
Língua brasileira de sinais
54
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
Durante a articulação de sinais, através dos dedos ou das palmas das mãos,
a CM pode permanecer na mesma ou mudar para outra configuração. Nesta
mudança, acontece o movimento interno ou externo da mão, que é o ponto
principal da CM.
b) Movimento
TIPO
Contorno ou forma geométrica: retilíneo, helicoidal, circular, semicircular, sinuoso, angular,
pontual;
Interação: alternado, de aproximação, de separação, de inserção, cruzado;
Contato: de ligação, de agarrar, de deslizamento, de toque, de esfregar, de riscar, de escovar ou
de pincelar;
Torcedura do pulso: rotação, com refreamento;
Dobramento do pulso: para cima, para baixo;
Interno das mãos: abertura, fechamento, curvamento e dobramento (simultâneo/ gradativo).
DIRECIONALIDADE
Direcional
- Unidirecional: para cima, para baixo, para direita, para esquerda, para dentro, para fora, para
o centro, para a lateral inferior esquerda, para a lateral inferior direita, para a lateral superior
esquerda, para a lateral superior direita, para um específico ponto referencial;
- Bidirecional: para cima e para baixo, para esquerda e para direita, para dentro e para fora, para
as laterais opostas – superior direita e inferior esquerda;
Não-direcional
55
Língua brasileira de sinais
MANEIRA
Qualidade, tensão e velocidade:
- contínuo;
- de retenção;
- refreado.
FREQUÊNCIA
Repetição:
- simples;
- repetido.
Quadro 3 - Categorias do parâmetro Movimento na LIBRAS
Fonte: Ferreira-Brito (1990).
O que é Movimento?
Atividade de Estudos:
56
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
c) Locação
57
Língua brasileira de sinais
CABEÇA TRONCO
Topo da cabeça Pescoço
Testa Ombro
Rosto Busto
Parte superior do rosto Estômago
Parte inferior do rosto Cintura
Orelha
Olhos Braços
Nariz Braço
Boca Antebraço
Bochechas Cotovelo
Queixo Pulso
MÃO ESPAÇO NEUTRO
Palma
Costas das mãos
Lado do dedo indicador
Lado do dedo mínimo
Dedos
Ponta dos dedos
Dedo mínimo
Anular
Dedo médio
Indicador
Polegar
Fonte: Ferreira-Brito e Langevin (1995)
Longe Perto
59
Língua brasileira de sinais
d) Orientação de Mãos
60
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
Atividade de Estudos:
62
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
• interrogativos QU-
63
Língua brasileira de sinais
___int____
___n___ __?__
64
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
ROSTO
Parte inferior
Parte superior Bochechas infladas
Sobrancelhas franzidas Bochechas contraídas
Olhos arregalados Lábios contraídos e projetados e sobrancelhas franzidas
Lance de olhos Correr da língua levantada contra a parte interna da bochecha
Sobrancelhas levantadas Apenas bochecha direita inflada
Contração do lábio inferior
Franzir do nariz
CABEÇA
Balanceamento para frente e para trás (sim)
Balanceamento para os lados (não)
Inclinação para frente
Inclinação para o lado
Inclinação para trás
ROSTO E CABEÇA
Cabeça projetada para frente, olhos levemente cerrados, sobrancelhas franzidas
Cabeça projetada para trás e olhos arregalados
TRONCO
Para frente
Para trás
Balanceamento alternado dos ombros
Balanceamento simultâneo dos ombros
Balanceamento de um único ombro
Fonte: Ferreira-Brito e Langevin (1995).
65
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
As regras mais
importantes são as
Restrições na formação de
restrições físicas
e linguísticas
sinais
para elaborar
Como você aprendeu nos parâmetros anteriores, as regras mais
as possíveis
combinações importantes são as restrições físicas e linguísticas para elaborar as
entre as unidades possíveis combinações entre as unidades mínimas na formação de
mínimas na sinais: configuração de mão, movimento, locação e orientação de mão.
formação de sinais: Algumas restrições são construídas e convencionadas pelo sistema
configuração de perceptual (visual) e outras pelo sistema articulatório (fisiologia das
mão, movimento,
mãos).
locação e
orientação de mão.
66
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
Figura 55 – Posição correta para a locação. Figura 56 – Posição incorreta para a locação.
Certo Errado
67
Língua brasileira de sinais
Você sabia?
Souza (http://www.editora-arara-azul.com.br/revista/02/compar2.
php) descreve que para os surdos os campos perceptuais de
movimentos, formas e cores são detalhes que se destacam.
Portanto, os sujeitos surdos são conhecidos por serem “pessoas
visuais”, ou seja, por serem surdos, dispõem de uma maior acuidade
visual, abrangendo até 180 graus.
a) Condição de Simetria:
• para as duas mãos – a CM deve ser a mesma, a locação deve ser a mesma
ou simétrica e o movimento deve ser simultâneo ou alternado.
• para as duas mãos – a CM deve ser diferente, a locação deve ser a mesma ou
simétrica e o movimento deve ser simultâneo ou alternado.
68
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
Por exemplo:
Exemplo a Exemplo b
Igual
b) Condição de Dominância:
Esta condição estabelece que se as mãos não dividem a mesma CM, então,
a mão ativa produz o movimento e a mão passiva serve de apoio e apresenta uma
das CM não-marcadas, como mostram as imagens a seguir:
Sinal: árvore (o cotovelo Sinal: chocolate (os dedos Sinal: pesquisar, pesquisa
do braço direito - braço indicadores da mão direita (o dedo indicador da mão
dominante - pousa em - mão dominante - alisam direta - mão dominante
cima do dorso da outra levemente o dorso da outra - alisa a palma da mão
mão esquerda - mão não- mão esquerda - mão não- esquerda - mão não-
dominante ou passiva). dominante ou passiva) dominante ou passiva - em
linha perpendicular)
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Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
70
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
a) http://www.youtube.com/watch?v=AxC8AroKDt8
b) http://www.youtube.com/watch?v=UXk0bdKnpBQ
c) http://www.youtube.com/watch?v=8jERJ5tdtH4
http://www.youtube.com/watch?v=mBeLLxSUW9k
Sinais de verbos:
http://www.youtube.com/watch?v=lriBIS3jZp0
http://www.youtube.com/watch?v=9r4AKZvS1do
Sinais de tempo:
http://www.youtube.com/watch?v=YOk3KT6DBT4
Sinais de sentimentos:
http://www.youtube.com/watch?v=MaOpziW7P-U
71
Língua brasileira de sinais
Sinais de Dias:
http://www.youtube.com/watch?v=TPlVnu8tRf0
Sinais de Antônimos:
http://www.youtube.com/watch?v=VPUDeBvj-Vo
Sinais de Aves:
http://www.youtube.com/watch?v=IV5UZqYqEXg
Bom estudo!
Algumas Considerações
O presente capítulo abordou os aspectos da fonologia dos sinais na Língua
Brasileira de Sinais. Primeiramente vimos a organização fonológica dos sinais,
dando destaque aos termos, aos conceitos da área de articulação, às unidades
formacionais dos sinais e às regras das restrições na formação de sinais.
Também apresentamos vários exemplos para elucidar as teorias da literatura
sobre a fonologia da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na descrição dos
parâmetros fonológicos: - configurações de mão (CM), movimento (M), locações
(L) ou ponto de articulação (PA), orientação da mão (Or) e expressões faciais e
corporais ou não-manuais (ENM).
72
Capítulo 2 Fonologia da Língua de Sinais
Referências
BAKER, C.; PADDEN, C. American Sign Language: a look at its history,
structure and community. Silver Spring: T.J. Publishers, Inc., 1983.
KLIMA, E.; BELLUGI, U. Wit and poetry in American Sign Language. Sign
Language Studies, n. 8, p. 203-224, 1975.
73
Língua brasileira de sinais
74
C APÍTULO 3
Morfologia da Língua de Sinais
76
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
Contextualização
Apresentamos os aspectos, as propriedades e a formação dos A Língua de Sinais
léxicos na morfologia que podem mudar o significado e o sentido. Brasileira é a
O texto apresenta cada processo morfológico da língua de sinais, língua natural da
assim como toda língua oral. É igualmente importante refletir sobre comunidade Surda.
cada formação de sinais e sua descrição imagética, pois elas podem
descrever cada objeto, animais e pessoas. Fazemos tal apresentação no intuito
de treinar as captações e a inserção de alguns elementos na gramática da Língua
de Sinais Brasileira.
a) Morfemas lexicais
PATO
FELIZ
77
Língua brasileira de sinais
ÚTIL
b) Morfemas gramaticais
São as unidades que foram acrescidas nos morfemas lexicais, como mostram
as figuras abaixo:
PATO(s)
em PLURAL
FELIZ (mente)
em ADVÉRBIO
DE MODO
(in) ÚTIL
Em NEGAÇÃO
Atividade de Estudos:
1)
2)
a) ( ) EL@ NÃO-AMAR
b) ( ) EL@ AMAR
3)
a) ( ) EL@ BATER++++
b) ( ) EL@ BATER
4)
a) ( ) EL@ CARINHOS@++++
b) ( ) EL@ NÃO-CARINHOS@
79
Língua brasileira de sinais
O que é morfologia?
a) Derivação de sinais
80
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
Simultâneo Sequencial
- Universal entre as línguas de sinais. - Específico para cada língua de sinais.
- Relacionado à cognição espacial. - Não relacionado à cognição espacial.
- Motivado. - Arbitrário.
- Não relacionado a palavras livres. - Gramaticalizado de palavras livres.
- Coerente semanticamente. - Menos coerente semanticamente.
- Produtivo. - Produtividade limitada.
- Menos variação individual. - Variação individual considerável.
Fonte: Adaptado de Aronoff, Meir e Sandler (2005).
• Derivação
81
Língua brasileira de sinais
aula estudar
pensamento pensar
leitura ler
pente pensar
Fonte: Disponível em:<http www.ines.gov.br>. Acesso em: 15 mai. 2011.
Atividade de Estudos:
82
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
a)
b)
c)
• Composição
83
Língua brasileira de sinais
–– Cardiologista
84
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
–– Colorido
• Incorporação de números
1 vez
2 vezes
85
Língua brasileira de sinais
Dois dias
Dois dias
• Incorporação de negação
86
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
NÃO-PODER
NÃO-QUERER
NÃO-VER
Atividade de Estudos:
1 – Composição
2 – Negação
3 – Números
87
Língua brasileira de sinais
a)
____________________
b)
____________________
c)
____________________
d)
____________________
e)
____________________
f)
____________________
88
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
• Empréstimos do português
A derivação de
sinais se dá também
A derivação de sinais se dá também no empréstimo do no empréstimo
português, quando o sinal é produzido através da soletração. Mas do português,
esta derivação sofre um processo de lexicalização para moldar-se às quando o sinal é
regras da Língua de Sinais Brasileira. Observe, por exemplo, o sinal produzido através
da soletração. Mas
SAL. Este tem duas configurações de mãos: S e L. Começa-se com
esta derivação sofre
a configuração de mão S, que é representada também como alfabeto um processo de
manual, e no final a letra L, que também é representada como alfabeto lexicalização para
manual. No momento da soletração S-A-L, a configuração de mão moldar-se às regras
(ou também com alfabeto manual) da letra A some no processo de da Língua de Sinais
lexicalização, transformando-se em S-L. Na regra (restrição de sinais), Brasileira.
o processo fonológico tem que ter no máximo duas configurações de
mãos e produzido com uma mão. Pode-se usar as duas mãos, dependendo do
contexto, por exemplo: a produção de poesia, que tem seus ritmos, utiliza-se das
duas mãos para expressar outro sentido.
O-V-O (OVO)
Outros exemplos:
O-V-O (OVO)
89
Língua brasileira de sinais
b) Flexão
Atividade de Estudos:
( ) Cida
( ) Cada
( ) Cedo
b)
( ) Claro
( ) Calor
( ) Bolor
c)
( ) Como
( ) Cão
( ) Com
d)
90
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
• Pessoa (dêixis)
EU VOCÊ OU TU
91
Língua brasileira de sinais
AVISAR-ME
ACONSELHAR EL@
AVISAR TODOS
92
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
• Número
É para indicar o singular (eu e ele/a) e dual, trial e múltiplo (ele/as, nós).
Para identificar a diferença entre o singular e o plural percebe-se a repetição de
sinal. No caso de verbos com concordância, percebe-se a direção de sinais para
determinados números de referentes. Veja as figuras:
Figura 84 - DAR-EL@
HOMEM GORDO++++
ALTO++++
94
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
LONGE++++ PERTO----
• Aspecto
95
Língua brasileira de sinais
96
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
VIAJAR
Fonte: Brito (1995).
VIAJAR+++
Fonte: Brito (1995).
FALAR
FALAR-SEM-PARAR
FALAR-PELO-COTOVELO
ANO-QUE-VEM
c) Tipos de verbos
• verbos simples.
Leitura
Conhecer
Desculpar
Ouvir
100
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
Existem certos verbos que precisam ser incorporados nos pontos espaciais
ou neutros, dependendo dos contextos dos enunciados, por exemplo:
São os verbos que flexionam pessoa, número e aspecto, mas não incorporam
afixos locativos, como mostra a figura abaixo:
DAR PERGUNTAR
RESPONDER PROVOCAR
ENVIAR DIZER
Fonte: Disponível em: <www.ines.gov.br>. Acesso em: 15 mai. 2011.
101
Língua brasileira de sinais
DAR PERGUNTAR
RESPONDER PROVOCAR
ENVIAR DIZER
Fonte: A Autora.
A direcionalidade
é muito importante Estes verbos com concordância apresentam a direcionalidade
porque está (em inglês é chamado de blackward) e a orientação de mãos. A
associada direcionalidade é muito importante porque está associada às relações
às relações
semânticas, já que há dois pontos distintos no espaço da Língua de
semânticas, já que
há dois pontos Sinais Brasileira: fonte e alvo e vice-versa. Quando a orientação da
distintos no espaço mão volta para o objeto da frase sinalizada é associada na sintaxe
da Língua de Sinais como Caso, por exemplo, da glosa em sinais:
Brasileira: fonte e
alvo e vice-versa.
Figura 106 – Verbos com concordância que apresentam
direcionalidade e orientação de mãos
102
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
Fonte: A Autora.
COLOCAR IR CHEGAR
–– de verbos:
103
Língua brasileira de sinais
–– de objeto:
–– de pessoas:
104
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
Descrição Imagética
O ato de “ver” também é um instrumento de medida para as
O ato “ver” faz
observações das formas que transportam a imagem apreendida no parte de um todo
espaço. O ato “ver” faz parte de um todo no caso da Língua de Sinais. Na no caso da Língua
Língua de Sinais, com sua estrutura viso-gestual, não se estabelecem de Sinais.
simplesmente formas, tamanhos, distâncias, direções e espaços
para, em seguida, compará-los parte por parte. Especificamente,
vemos estas características nos movimentos dos sinais e suas configurações,
locações, orientações e espacialidade como propriedade do campo visual total.
Há, contudo, outra diferença igualmente importante. As várias qualidades das
imagens produzidas pelos sentidos da visão não são estáticas, tudo é dinâmico
e está sempre em movimento, dependendo da relação sujeito, outros sujeitos,
signo, espaço, tempo, processados pelo próprio ato de “ver”.
105
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
106
Capítulo 3 Morfologia da Língua de Sinais
Algumas Considerações
Finalizando este capítulo, enfatizamos a morfologia como estrutura complexa
da Língua de Sinais Brasileira. É importante pesquisar nos sites sobre os
processos morfológicos e suas comparações para um melhor entendimento e
“ver” as complexidades da língua de sinais, bem como para dar continuidade ao
estudo dos próximos capítulos.
Referências
ARONOFF, M.; MEIR, I.; SANDLER, W. The paradox of sign language
morphology. Language, New York, v. 81, n. 2, p. 34-52, 2005.
ARONOFF, M. et al. Morphological universals and the sign language type. In:
BOOIJ, G.; Van MARLE, J. Yearbook of Morphology. Netherlands: Kluwer
Academic Publishers, 2004. p. 19-38.
107
Língua brasileira de sinais
108
C APÍTULO 4
Sintaxe da Língua de Sinais
110
Capítulo 4 Sintaxe da Língua de Sinais
Contextualização
Apresentamos, neste capítulo, as definições dos processos sintáticos de
língua de sinais e a forma de identificar a formação de frases. Para formar uma
frase, é necessário nomear as marcas da formação de interrogativa, de acordo com
o contexto. Sem falar da inserção dos verbos e a concordância da língua de sinais.
As construções sintáticas dão mais significado e sentido nas captações visuais e
mentais, reconhecendo cada elemento na gramática da Língua de Sinais Brasileira.
AVISAR-EL@
111
Língua brasileira de sinais
112
Capítulo 4 Sintaxe da Língua de Sinais
ELES/AS
http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=
viewlink&link_id=712&Itemid=2
113
Língua brasileira de sinais
Figura 121 - Referente ausente (VER EL@, EST@, AQUEL@) em frente do sinalizante
115
Língua brasileira de sinais
http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task
=viewlink&link_id=712&Itemid=2
Fonte: A Autora.
Fonte: A Autora.
117
Língua brasileira de sinais
Fonte: A Autora.
Fonte: A Autora.
Fonte: A Autora.
Fonte: A Autora.
Fonte: A Autora.
120
Capítulo 4 Sintaxe da Língua de Sinais
l) O advérbio varia.
____?____
c) FUTEBOL, JOÃO GOSTAR
_____?_____
d) EST@ BOLA-FUTEBOL, ONDE JOÃO PEGAR
_____Neg_____
MARIANA PEDRO DAR LIVRO
121
Língua brasileira de sinais
PEDRO MARIANA
___?____
QUEM COMPRAR CARRO JOÃO MARIA
122
Capítulo 4 Sintaxe da Língua de Sinais
Fonte: A Autora.
Fonte: A Autora.
123
Língua brasileira de sinais
EU pode significar
PEDRO ou MARIANA
Formação de Interrogativas
Na frase sintática em Língua de Sinais Brasileira há formação de frases
interrogativas. É muito comum usar a expressão facial quando se quer fazer
pergunta:
COMO? QUEM?
124
Capítulo 4 Sintaxe da Língua de Sinais
O QUE? QUANDO?
ONDE? PORQUE?
Fonte: CELES (2006).
• sobrancelhas levantadas;
• sobrancelhas abaixadas e cabeça levantada;
• sobrancelhas franzidas;
• movimento lateral da cabeça com a boca para baixo;
• assentimento;
• assentimento rápido;
• sobrancelhas levantadas e boca aberta;
• sobrancelhas franzidas e boca torta para baixo.
Atividade de Estudos:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
PORQUE VOCÊ
NÃO- CONVIDAR IR
SUA ESCOLA.
ONDE MINH@
NAMORAD@
Formação de Verbos
Padden (1983 apud QUADROS; PIZZIO; REZENDE, 2008) mostra as formas
de verbos da Língua de Sinais Americana que podem ser utilizadas na formação
de frases sintáticas em Língua de Sinais Brasileira. São elas:
a) Verbos simples
126
Capítulo 4 Sintaxe da Língua de Sinais
As línguas de
Fonte: Disponível em: <www.ines.gov.br/dicionariolibras>. sinais apresentam
Acesso em: 12 abr. 2011. sinais que são
icônicos, ou seja,
b) Verbos classificadores que representam
nitidamente o
referente, tornando
Outra característica da língua de sinais diz respeito à iconicidade, o sinal transparente
com a utilização de Configuração de Mãos. As línguas de sinais e permitindo que
apresentam sinais que são icônicos, ou seja, que representam a compreensão
nitidamente o referente, como, por exemplo, o sinal de casa, tornando o do significado seja
sinal transparente e permitindo que a compreensão do significado seja mais facilmente
apreendida.
mais facilmente apreendida.
c) Verbos manuais
PASSAR-BATOM
PUXAR-CADEIRA-BALANÇO
Atividade de Estudos:
a) Carrinho quebrando;
b) Canudo rolando;
c) Espelho rachando;
d) Cano vazando;
e) Pessoa correndo;
f) Carro batendo no poste;
g) Pessoa carregando uma pedra muito pesada;
h) Pessoa passando lápis nas sobrancelhas;
i) Gato miando;
j) Ema voando;
k) Canguru saltando;
l) Galo picando outro galo.
128
Capítulo 4 Sintaxe da Língua de Sinais
Concordância
Os verbos com concordância flexionam-se em pessoa, número e aspecto,
mas não incorporam afixos locativos, por exemplo, os verbos responder, perguntar
e dar.
129
Língua brasileira de sinais
EL@ ME PERGUNTAR
130
Capítulo 4 Sintaxe da Língua de Sinais
Atividade de Estudos:
Algumas Considerações
Finalizando o capítulo, cabe a nós pesquisarmos nos sites os vídeos, coletar
as narrativas Surdas e fazer comparações por causa da sua modalidade viso-
espacial, que é distinta da língua falada. Para aprimorarmos mais, é imprescindível
elaborar a lista da formação sintática durante o exercício. Tentar fazer entender o
argumento de cada formação de interrogativas e seus aspectos e, enfim, coletar,
ler e interpretar os verbos e concordância através das narrativas.
131
Língua brasileira de sinais
Referências
BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramática de Línguas de Sinais. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Lingüística e Filosofia, 1982.
132
C APÍTULO 5
Semântica e pragmática da
Língua de Sinais Brasileira
134
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
Contextualização
Aqui no Brasil, temos poucos estudos sobre este tema e, neste capítulo, vamos
explorar os aspectos gramaticais que podem ajudar no desenvolvimento de estudo.
Classe Gramatical
Segundo Quadros e Karnopp (2004), na Língua de Sinais Brasileira é possível
criar um novo sinal utilizando um significado já existente, porém um contexto que
requer uma classe gramatical diferente. Os níveis semântico e pragmático são
os estudos dos significados individuais de um sinal, do agrupamento de frases, e
descrevem a significação dos sinais no contexto e no discurso.
Figura 148 - Sentar aqui (o movimento do verbo se faz em uma vez só)
Figura 149 - El@ ouvinte (o movimento da mão se abre e fecha várias vezes)
135
Língua brasileira de sinais
Figura 150 - El@ ouvir barulho (o movimento da mão se abre e fecha em uma única vez)
___?___
___?___
___?___
136
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
EU TER PRESSENTIMENTO
___!____
EL@ BRANCA
EL@ TREINAR+++
138
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
INTELIGENTE
NA PARTE DA CABEÇA
PENSAR
DIFÍCIL
ANDAR
EM FRENTE DO PEITO
(ESPAÇO NEUTRO)
AÇOUGUE
CADEIRA
139
Língua brasileira de sinais
ACOSTUMAR
NO MEMBRO DO CORPO
ADOECER
EDUCAD@
Figura 157 – Exemplos itens lexicais para a mesma ação com sentidos diferentes
FALTA ALGUMA-COISA
140
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
141
Língua brasileira de sinais
142
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
VERDE VERBO
Fonte: Disponível em: <www.ines.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2011.
EU DAR EL@
(SUJEITO-VERBO-OBJETO)
143
Língua brasileira de sinais
AVISAR-ME
(SUJEITO-VERBO-OBJETO)
VERBO REVERSÍVEL
AVISAR TODOS
(SUJEITO-VERBO-OBJETO)
ELES OS AVISARAM
(Objeto dir.- Sujeito - Verbo - Objeto ind.)
144
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
145
Língua brasileira de sinais
Atividade de Estudos:
146
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
a) Substantivos X verbos;
b) Sinais compostos;
c) Configuração de Mãos;
d) Verbos com flexão.
Sentido x Significado
Neste item, vamos aprender o significado das palavras, o que não é fácil,
pois não serão inseridas as gravuras, o que demandaria longo tempo. Como há
tecnologia a nossa disposição, poderemos captar os sinais através dos sites, como
youtube e outros, para assimilar os significados no contexto. Os significados dos
sinais são difíceis de definição certa porque ela apresenta diferentes contextos e
sentidos de acordo com a cultura da origem ou das cidades.
147
Língua brasileira de sinais
Fonte: A Autora.
148
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
Atividade de Estudos:
a) Processo de composição;
b) Substantivos compostos;
c) Compostos com indicadores de tamanho e formato;
d) Processos derivativos.
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS EM
LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (GLOSA)
LÍNGUA PORTUGUESA
1) Acertar na mosca PESSOA RESPONDER PERFEITO
PESSOA FAZER ALGUMA COISA ERRADA VOCÊ
2) Pisando na bola
FICAR-MAGOAD@
3) Horas a fio PESSOA ESPERAR+++ HORAS
4) Engolir sapo PESSOA RECLAMAR+++ VOCÊ FICAR-QUIET@
5) Chorar pelo leite derramado PESSOA FAZER-ERRAD@ ARREPENDER
Atividade de Estudos:
149
Língua brasileira de sinais
Captação e Compreensão
Este capítulo pode apresentar repercussões na ação pedagógica,
A língua de sinais
uma vez que requer os treinamentos visuais de sinais. A língua de
se mostra como
sinais se mostra como um instrumento imprescindível - em comparação
um instrumento
imprescindível - a uma língua oral ou até mais na sua dificuldade de codificar sem
em comparação acompanhamento gestual-coverbal - para transmitir, em qualquer
a uma língua oral atividade da linguagem pedagógica, conhecimentos relativos à
ou até mais na geometria plana, à geometria no espaço, às ciências da terra, à
sua dificuldade astronomia, à biologia, à anatomia, à química, à física quântica, à
de codificar sem física mecânica, etc. Acontece, do mesmo modo, com as atividades
acompanhamento
descritivas (descrição de lugares, planos de cidades), narrativas (as
gestual-coverbal.
contações de ficção, contos) e lúdicas, como as brincadeiras infantis.
Se essas cenas são filmadas, temos o movimento por meio de uma câmera, a
qual nos dá a ver e sentir o efeito da estruturação que conduz à contação de história
em língua dos sinais, que é mais adequada para qualquer análise epistemológica.
150
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
151
Língua brasileira de sinais
Esperamos que este capítulo possa dar contribuições para uma melhor
compreensão acerca dos aspectos da visualidade e do uso da “descrição
imagética” para a educação de sujeitos Surdos do Brasil. Sem esquecer a
importância da necessidade de criar um Estudo Visual para desenvolver,
aprofundar, preservar os registros imagéticos e uma pesquisa acerca das
descrições imagéticas que irão contribuir mais para o desenvolvimento da
pesquisa na área linguística e, consequentemente, darão suporte linguístico para
a futura formação dos discentes dos Cursos da UNIASSELVI que poderão, assim,
ter uma melhor qualidade de vida.
Atividade de Estudos:
152
Capítulo 5 Semântica e pragmática da Língua de Sinais Brasileira
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Algumas Considerações
Finalizando, cabe ao estudante a pesquisa em sites, vídeos, para coletar
as narrativas Surdas e fazer comparações, elaborando listas da semântica e
pragmática durante o exercício. Para treinar as percepções visuais e cognitivas, é
preciso elaborar, argumentando todos os aspectos dos sentidos e significados e,
finalmente, coletar, ler e interpretar os sentidos e significados dos sinais através
das narrativas.
Referencia
BELLUGI, U; KLIMA, E.S; SIMPLE, P. Remembering in signs. Cognition, 1975.
153