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Aula 08 –

Livro Digital
Soluções

ENEM 2021

Professor Prazeres
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Aula 08: ENEM 2021

Sumário
Introdução ............................................................................................................... 4
1. Classificação das Dispersões................................................................................. 4
Solução ................................................................................................................................... 5
Coloide.................................................................................................................................... 6
Suspensão ............................................................................................................................ 11
2. Coeficiente de Solubilidade. ............................................................................... 13
Classificação da solução ...................................................................................................... 13
Solubilidade endotérmica e exotérmica. ............................................................................. 16
Aspectos quantitativos do coeficiente de solubilidade ........................................................ 19
3. Concentrações. .................................................................................................. 26
Densidade............................................................................................................................. 27
Concentração comum (C) e Concentração molar (M) ......................................................... 28
Conversão de concentração comum em concentração molar. ........................................... 29
Título .................................................................................................................................... 32
Fração molar ........................................................................................................................ 39
Concentração molal ou molalidade (W) .............................................................................. 39
4. Solubilidade de Gases: Lei de Henry. .................................................................. 40
5. Diluição. ............................................................................................................. 45
6. Mistura de Soluções Que Não Reagem. .............................................................. 49
Mistura de soluções que apresentam solutos diferentes e não reagem entre si. ............... 49
Mistura de soluções que apresentam solutos em comum. ................................................. 50
7. Mistura de Soluções Que Reagem. ..................................................................... 55
Titulação............................................................................................................................... 55
8. Questões Fundamentais..................................................................................... 67
Concentrações ...................................................................................................................... 67
Diluição................................................................................................................................. 68
Mistura de soluções que não reagem entre si ..................................................................... 68
Titulação............................................................................................................................... 69
9. Já Caiu no ENEM ................................................................................................ 69
10. Já Caiu nos Principais Vestibulares ................................................................... 74
Coloides ................................................................................................................................ 74

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Coeficiente de Solubilidade .................................................................................................. 75


Concentrações ...................................................................................................................... 79
Lei de Henry .......................................................................................................................... 86
Diluição. ............................................................................................................................... 90
Mistura de soluções que não reagem. ................................................................................. 95
Mistura de soluções que reagem. ...................................................................................... 100
11. Gabarito Sem Comentários ............................................................................ 104
12. Resoluções Das Questões Fundamentais ........................................................ 104
13. Questões Resolvidas E Comentadas ............................................................... 106
14. Considerações Finais das Aulas ...................................................................... 169
15. Referências .................................................................................................... 170

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INTRODUÇÃO
Soluções é um dos assuntos encontrados em aulas de destaque dos principais pré-
vestibulares. Esse assunto é, frequentemente, exigido em questões objetivas numéricas e em
questões discursivas. Nesta aula intensiva de soluções, trataremos dos principais aspectos com
ênfase nos aspectos quantitativos.
Além dos aspectos quantitativos, os estudos sobre propriedades coligativas também se
encontram desenvolvidos, ou seja, muito estudo em vista para esse momento.

Are you ready? Let’s go!

1. CLASSIFICAÇÃO DAS DISPERSÕES.


A dispersão de uma substância é o espalhamento dela por todo o volume de outro material
puro ou impuro. As dispersões são classificadas de acordo com o tamanho das partículas dispersas:

*1nm = 10-9m e 1 µm=10-6m.


O material que se espalha é chamado disperso, enquanto o material que contém o disperso
é chamado de dispersante. O material disperso não é visto por microscópicos em soluções, porém
é capaz de ser visto em coloides. O material disperso em uma suspensão pode ser visto a olho nu,
por exemplo, areia em água.

Solução Coloide Suspensão

Material espalhado: Soluto ou disperso Disperso Disperso

Meio: Solvente ou dispersante Dispersante Dispersante

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SOLUÇÃO

sólida Ex: ligas metálicas.


Solução
ou líquida Ex: solução aquosa de cloreto de sódio.
mistura homogênea
gasosa Ex: qualquer mistura gasosa.

Soluções são misturas de duas ou mais substâncias que apresentam um único aspecto, ou
seja, são materiais homogêneos.

O que usar depois da atividade física: água de coco ou bebida isotônica?


A água compõe até 60% da massa em homens e 50% da
massa em mulheres. Uma pessoa, em média, elimina pela urina
2,6 litros de água por dia, se não realizar atividade física intensa.
A sede é o principal meio de comunicação do corpo humano com
o cérebro para os primeiros sinais de pequena desidratação.
Resumidamente, o envio do sinal da sede quer dizer que existem
células desidratadas, ou seja, o seu volume diminuiu. Ao realizar
atividades físicas, um dos problemas a ser evitado é a
desidratação. Portanto, beba água, antes, durante e/ou após o Figura 1 - Hidrate-se. [fonte: Gary
exercício. Problemas encontrados pela perda de água excessiva Butterfield/Unsplah].
durante a prática de atividades físicas:

Se o problema da atividade física fosse apenas a desidratação, a solução seria mais simples:
beber água mineral! Porém, após a atividade física a baixa em sódio e em carboidratos pode ser um
problema. Portanto, é comum substituir água mineral por água de coco ou isotônico.

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Dados para 100mL de produto.

Para praticantes de atividade física, o isotônico pode ser indicado devido à quantidade de
íons próximos aos níveis encontrados no suor. A ingestão de carboidrato por essa bebida também é
interessante para o gasto calórico durante ou após ao exercício físico. A Sociedade Brasileira de
Medicina Esportiva atribui que os isotônicos não podem conter mais de 6% de carboidratos em sua
composição. Pessoas que querem emagrecer devem prestar atenção no gasto calórico e na ingestão
dessas calorias provenientes pelos isotônicos. Consultar um nutricionista é sempre a melhor opção.
Não se esqueça que nos isotônicos são encontrados corantes, conservantes e aromatizantes
artificiais que interferem no metabolismo do indivíduo.
A água de coco é um produto natural de elevado valor nutricional e pode ser consumida a
partir dos 6 meses de vida. Apresenta baixa concentração de sódio, mas elevada concentração de
potássio, o que a torna uma bebida favorável para repor os eletrólitos. Mesmo apresentando
pequenas quantidade de sódio, pessoas hipertensas devem fazer acompanhamento médico para
selecionar as bebidas apropriadas para repor os hidroeletrolíticos.
Portanto, o segredo na seleção da bebida repositora hidroeletrolítica não é o produto em
sim, mas: a atividade física realizada, as condições ambientes e o objetivo de vida do indivíduo. Para
um atleta, o consumo do isotônico é viável durante a atividade física, principalmente se for acima
de 1 hora de duração. Se o objetivo não for o desempenho da atividade física, a água de coco pode
ser uma opção mais saudável devido ao somatório de nutrientes encontrados nela.

COLOIDE
Os coloides ou dispersões coloidais são materiais que, aparentemente, parecem soluções,
mas ao aplicar a centrifugação, por exemplo, é observado a separação de duas fases. Fumaça e leite
são exemplos desses materiais. Portanto, os coloides representam um estado intermediário entre
uma solução e uma suspensão.

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aparência sólida Ex: Marshmallow.


Coloide
ou aparência líquida Ex: Leite.
dispersão coloidal
aparência gasosa Ex: Fumaça.

Outra técnica utilizada para a identificação de um coloide é o efeito Tyndall.

Figura 2 - Efeito Tyndall observado por uma lanterna no alto de uma montanha Figura 3 - Efeito Tyndall observado pelo feixe de
de Las Vegas, EUA. [fonte: Isaac Davis/Unsplash]. luz solar [fonte: Greg Becker/Unsplash].

A luz, ao atravessar um coloide, sofre dispersão (espalhamento) da luz. Quando um feixe de


luz atravessa um meio diferente, sofre refração, ou seja, desvio de sua trajetória. A presença de
partículas em um coloide desvia os comprimentos de onda em diferentes extensões, ou seja, ocorre
o espalhamento da luz por causa das diferentes refrações ou reflexões encontradas ao longo do
material heterogêneo.
O efeito Tyndall observado por um feixe de luz atravessando um bosque ou a neblina é
explicado, majoritariamente, pelas refrações diferentes que esse feixe sofre ao atravessar várias
partículas líquidas (gotas de água). A cada entrada e saída em uma gota de água, a luz é desviada
com trajetórias diferentes, por isso a sensação da luz sendo espalhada. Por sua vez, o espalhamento
do feixe de luz quando atravessa um ar empoeirado é explicado pelas inúmeras reflexões das
partículas sólidas dispersas no ar.
Tipos de coloides
Simplificadamente, coloide é um material heterogêneo que a olho nu parece homogêneo,
mas é heterogêneo. Ele é caracterizado pelos estados físicos da porção em menor quantidade (fase
dispersa) e da porção em maior quantidade (fase dispersante). Os tipos de coloides são:

Coloide Aspecto Fase dispersa Fase dispersante Exemplos

Aerossol sólido Gasoso Sólido Gás Poeira e fumaça.

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Aerossol líquido Gasoso Líquido Gás Neblina e desodorante.

Espuma líquida Líquido Gás Líquido Espuma de sabão e chantilly.

Emulsão Líquido Líquido Líquido Leite, maionese e manteiga.

Sol Líquido Sólido Líquido Tinta e pasta de dente.

Isopor, esponja, pedra-


Espuma sólida Sólido Gás Sólido
pomes e marshmallow.

Geleia, gelatina (pronta),


Gel Sólido Líquido Sólido Margarina e maisena em
água.

Sol sólido Sólido Sólido Sólido Rubi e safira.

Alguns exemplos comerciais:

Partículas líquidas ou sólidas arrastadas por


Spray um gás. Esse gás pode ser chamado de
propelente ou propulsante.

Figura 2 - spray [fonte: Andrew


Magill/Flickr].

Porção lipídica (gordura) dispersa em uma


porção hidrofílica (aquosa). Leites
Leite
desnatados apresentam menor proporção
da fase lipídica.

Figura 3 - leite [fonte: Eiliv Sonas


Aceon/Unsplash].

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A dispersão de um detergente ou sabão


Dispersão de contém estruturas chamadas de micelas,
sabão ou que são capazes de formar emulsões. Essa
detergente emulsão é obtida pela coexistência das
porções hidrofílicas e hidrofóbicas.
Figura 4 - porção líquida de um sabão
[fonte: Scott Webb/Unsplash].

A tinta quando dentro do recipiente é um


sol, ou seja, partículas sólidas dispersas em
um líquido. Quando ela é aplicada em uma
Tinta de parede
parede forma-se um gel. A tinta aplicada na
parede apresentará abundância da parte
sólida em relação à líquida.

Figura 5 - tintas de parede [David


Pisnoy/Unsplash].

É uma mistura de peptídeos derivados da


Gelatina
hidrólise do colágeno, que é uma proteína.

Figura 6 - gelatina [Hans/pixabay].

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Por que o sorvete derretido não volta ao que era antes quando colocado no congelador?
Os sorvetes são basicamente formados por: leite, creme
e açúcar. O sorvete é uma emulsão, ou seja, uma mistura de
duas coisas que não se misturam. Oi? Isso mesmo, sabe aquilo
que você escutou uma vez “água e óleo não se misturam?”,
então, esquece isso. Calma que vou explicar.
Em uma das etapas de produção do sorvete, a gordura
(porção lipídica) presente no creme escolhido é forçada por
uma pequena válvula de elevada pressão, que despeja
inúmeras gotas de gordura na mistura contendo leite. As
proteínas presentes no leite aderem a superfície dessas
gorduras, recobrindo a superfície. Esse recobrimento da
superfície impede que as gotas de gordura possam interagir
novamente e acabem separando da mistura. Obteve-se uma
Figura 7 - Sorvete derretendo [fonte: Dana
emulsão: dispersão de gordura em água. A olho nu aparenta-se de Volk/unsplash].
um líquido branco, mas com microscópio é possível observar
um líquido branco com bolinhas amarelas. No processo de fabricação de sorvetes é comum
adicionar outros emulsificantes (substâncias que vão aumentar a eficácia da dispersão da fase
lipídica em água), sendo o mais utilizado em alimentos a lecitina de soja. A qualidade da gordura
utilizada no sorvete é muito importante, porque gorduras com moléculas muito compridas
apresentam dificuldade de sofrer fusão e fornecem a sensação cerosa na língua. Você já tomou
algum sorvete que deixava a língua com sabor rançoso? Por essa razão, bons sorvetes devem
apresentar gorduras de temperatura de fusão baixa e, assim, derretem na boca.

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Outra etapa importante é a aeração do sorvete: injeção de ar. A presença da proteína, do


emulsionante e da gordura facilitam a incorporação de ar ao sorvete e, consequentemente,
diminuem a densidade do sorvete. Sorvetes de melhor qualidade apresentam menor quantidade de
ar, logo, são mais densos e derretem mais lentamente.
O congelamento é realizado a baixas temperaturas. Quanto menor a temperatura, mais
rápido o sorvete fica pronto. Geralmente, utiliza-se uma mistura de água e sal que atinge -21 °C ou
amônia líquida a -30 °C.
Quando um sorvete derrete, a estrutura organizada entre a gordura, a proteína e o
emulsificante é desfeita em partes. Portanto, ocorre uma separação parcial da parte lipídica
(gordurosa) da parte aquosa; ou seja, a parte de cima fica com gosto rançoso, enquanto a parte de
baixo com gosto aguado. Ao colocar esse material que se separou em duas porções líquidas de
densidades diferentes no congelador, o novo material congelado continuará com as duas fases
sólidas separadas. O que fazer?
Algumas propostas para tentar ‘salvar’ o sorvete derretido:
1) Adicionar uns 100 a 150 mL de leite integral (INTEGRAL! Ter gordura é importante para a
formação do sorvete) fervido, bater na batedeira até ficar homogêneo e colocar no
congelador.
2) Coloque em uma bacia 14 pedras de gelo e 6 colheres de sal. O sal diminuirá a
temperatura de fusão do gelo. Coloque o sorvete derretido em um recipiente. Insira o
recipiente dentro da bacia com gelo e sal. Claro que você não deve permitir que o gelo
com sal caia dentro do sorvete. Mexa muito, mas muito mesmo, até ficar bem pastoso e,
assim, coloque no congelador.
3) Tome assim mesmo, porque, afinal, é sorvete.

SUSPENSÃO
Suspensão é uma mistura heterogênea. Geralmente, as suspensões são formadas por sólidos
insolúveis em líquidos. Exemplos de suspensões: água e areia, água e cimento, água e azeite e leite
de magnésia.
Uma das suspensões importantes nas provas de vestibular é a suspensão leite de magnésia.
Esse material é formado por Mg(OH)2 em água.

(UNITAU SP/2017)
Sobre soluções químicas, assinale a alternativa CORRETA.

a) O soluto apresenta uma coloração diferente do solvente.


b) As soluções apresentam uma segunda fase precipitada, denominada soluto.

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c) A solução é sempre uma mistura homogênea.


d) Todas as soluções apresentam efeito Tyndall.
e) Soluções são sempre péssimas condutoras de eletricidade.
Comentários:
Julgando os itens, tem-se:
a) Errado. O soluto e o solvente formam uma solução, ou seja, um sistema homogêneo
(aspecto único).
b) Errado. O soluto é a porção dissolvida na solução, portanto não está precipitado.
c) Certo. Solução ou mistura homogênea é um sistema monofásico.
d) Errado. As soluções não apresentam efeito Tyndall. Esse efeito é observado,
somente, em sistemas heterogêneos: coloides e suspensões.
e) Errado. As soluções são classificadas em iônicas ou moleculares. As soluções iônicas
conduzem corrente elétrica, enquanto as soluções moleculares não conduzem.
Gabarito: C

(Centro Universitário São Camilo SP/2014)


A asma é uma das doenças crônicas mais comuns, afetando tanto crianças quanto adultos.
A fumaça do cigarro é prejudicial aos asmáticos, mesmo se o doente não fumar. “Bombinha” é
como as pessoas chamam os dispositivos que contêm medicações inalatórias na forma líquida,
utilizadas no tratamento da asma.
(www.sbpt.org.br. Adaptado.)

A fumaça do cigarro e a medicação inalatória, na forma como é aplicada pelas bombinhas,


são coloides que recebem as classificações, respectivamente, de
a) aerossol e sol.
b) aerossol e gel.
c) sol e aerossol.
d) aerossol e aerossol.
e) sol e sol.
Comentários:
A fumaça é um coloide que apresenta partículas sólidas dispersas em um meio gasoso,
portanto, é classificada como aerossol sólido.
A medicação inalatória ou o spray líquido é formado por partículas líquidas dispersas em
um meio gasoso, portanto, é classificada como aerossol líquido.
Gabarito: D

(ACAFE SC/2013)

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Sobre o sistema coloidal, analise as afirmações a seguir.


I. O diâmetro médio das moléculas de glicose em uma solução aquosa é maior que as
partículas dispersas em um sistema coloidal.
II. Creme de leite e maionese são exemplos de sistemas coloidais.
III. Micelas podem ser representadas por um agregado de moléculas anfipáticas
dispersas em um líquido, constituindo uma das fases de um sistema coloidal.
IV. O Efeito Tyndall pode ocorrer quando há a dispersão da luz pelas partículas
dispersas em um sistema coloidal.

Todas as afirmações corretas estão em:

a) II - IV
b) III - IV
c) I - II – III
d) II - III – IV

Comentários:
Julgando os itens, tem-se:
I. Errado. O sistema coloidal é um sistema heterogêneo, enquanto a solução aquosa
de glicose é um sistema homogêneo. Assim, as partículas dispersas no coloide são maiores do
que as da solução.
II. Certo. Creme de leite e maionese são emulsões, porque apresentam duas porções
líquidas: porção lipídica (fase dispersa) e porção aquosa (fase dispersante).
III. Certo. Moléculas anfipáticas ou anfifílicas são moléculas que apresentam interação
polar e apolar, por isso, são capazes de formar micelas. As micelas são responsáveis pela
formação de emulsões, que é um sistema coloidal.
IV. Certo. O efeito Tyndall é o espalhamento da luz, quando um feixe luminoso
atravessa sistemas heterogêneos: coloides e suspensões.
Gabarito: D

2. COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE.
CLASSIFICAÇÃO DA SOLUÇÃO
As soluções são misturas homogêneas. Especificamente neste tópico, a atenção será o estudo
de soluções líquidas, que são classificadas em:

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Solução Saturada Solução Insaturada Solução Supersaturada

Uma quantidade de soluto Uma quantidade de soluto


A máxima quantidade de
dissolvida, inferior à dissolvida, superior à
soluto dissolvida em dada
máxima, em dada máxima, em dada
quantidade de solvente, a
quantidade de solvente, a quantidade de solvente, a
uma determinada
uma determinada uma determinada
temperatura.
temperatura. temperatura.
É o coeficiente de
solubilidade. É um sistema instável e
específico para alguns
casos.

Quando a quantidade de soluto dissolvida é a máxima possível em um sistema líquido, essa


quantidade é denominada coeficiente de solubilidade.
Esse coeficiente é específico para cada soluto, solvente e temperatura. Observe o gráfico de
solubilidade do brometo de potássio (KBr) em 100 gramas de água em diferentes temperaturas.

A cada temperatura, o coeficiente de solubilidade do KBr é alterado. A 30 °C, pode-se concluir


que a quantidade de dissolução máxima desse sal em 100 g de água é igual a 70 g. Logo,
• Quantidade de soluto inferior a 70 g: todo o soluto é dissolvido e o sistema é
classificado em solução insaturada.
• Quantidade de soluto igual a 70 g: todo o soluto é dissolvido e o sistema é classificado
em solução saturada.
• Quantidade de soluto superior a 70 g: 70 g de soluto são dissolvidos, a porção restante
é sedimentada (corpo de fundo) e o sistema é classificado em solução saturada com
corpo de fundo.

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A solução supersaturada somente é formada se for comprovada experimentalmente.


Somente será classificado uma quantidade de soluto dissolvido em um sistema como solução
supersaturada se a questão fornecer dados para se afirmar isso. Caso contrário, o sistema será uma
solução saturada com corpo de fundo.
A seguir analisa-se os pontos de um mesmo gráfico, porém com títulos diferentes.

Os pontos A, B e C referem-se às quantidades colocadas de soluto em uma quantidade de


água. Os pontos A’, B’ e C’ referem-se às soluções preparadas, ou seja, referem-se às misturas
homogêneas.
Conclui-se:

A B C A’ B’ C’

solução
saturada
solução solução Solução solução solução
+
saturada insaturada supersaturada saturada insaturada
corpo de
fundo

Quantidade
colocada de
soluto Quantidade Quantidade Solução com Solução com Solução com
superior à colocada de colocada de concentração concentração concentração
quantidade soluto igual à soluto inferior de soluto de soluto de soluto
máxima de quantidade à quantidade maior que a igual à menor à
dissolução e, máxima de máxima de solução solução solução
assim, dissolução. dissolução. máxima. saturada. saturada.
formação de
decantado.

Portanto, muito cuidado ao interpretar gráficos. Gráficos com quantidades colocadas e


soluções preparadas podem gerar significados diferentes.

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SOLUBILIDADE ENDOTÉRMICA E EXOTÉRMICA.


Geralmente, as substâncias dissolvem-se mais depressa em temperaturas mais elevadas. O
que não significa dizer que se dissolvem em maior quantidade. Em quantidade, os gases, por
exemplo, são mais solúveis em sistemas líquidos de baixa temperatura, porém, a sacarose dissolve
mais em água quente. Portanto, classifica-se a dissolução em dois tipos: dissolução endotérmica e
dissolução exotérmica.
Dissolução endotérmica: absorve energia durante a dissolução do soluto. Quanto maior a
temperatura, maior a solubilidade do soluto na solução.
Dissolução exotérmica: libera energia durante a dissolução do soluto. Quanto menor a temperatura,
maior a solubilidade do soluto na solução.
Observe as curvas de solubilidade dos sais abaixo:

Figura 10 - Curvas de solubilidade de diferentes sais [fonte: UFPEL 2014].

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O único sal apresentado no gráfico que possui dissolução exotérmica é o sulfato de cério
(Ce2(SO4)3). Os demais sais aumentam a solubilidade em temperaturas mais altas.

Por que as substâncias apresentam dissolução endotérmica ou exotérmica?


A dissolução de uma substância em outra envolve ruptura de interações e formação de novas.
É necessário romper as interações soluto-soluto e formar a interação soluto-solvente. As rupturas
são etapas endotérmicas, ou seja, precisam absorver energia para ocorrer. A formação da interação
soluto-solvente é exotérmica, ou seja, ocorre liberação de energia. Toda dissolução envolve etapas
que absorvem e liberam energia, porém a etapa majoritária é específica ao tipo de soluto.
A energia envolvida na dissolução de uma substância é chamada de entalpia de solução ou
calor de solução (ΔHsolução). O cálculo da entalpia de dissolução de um composto iônico é realizado
pela análise de dois parâmetros:

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Separação soluto-soluto Interação soluto-solvente


(etapa endotérmica) (etapa exotérmica)
• Quanto mais forte a atração soluto- • Quanto maior a atração soluto-
soluto, maior a absorção de energia solvente, maior a quantidade de
necessária para romper a atração energia liberada na interação. O
entre eles. soluto é solvatado pelo solvente.
Quando o solvente é a água, as
• A energia de atração entre os íons é moléculas de água orientam seus
chamada energia de rede ou energia polos e formam interações com o
reticular representado por ΔHrede. soluto sendo denominado hidratação.

• A energia reticular relaciona-se com a • A energia liberada quando um soluto


dificuldade de separar os íons, ou é hidratado (ou solvatado pela água) é
seja, transformar um retículo iônico denominada energia de hidratação
sólido em íons gasosos (livres). (ΔHHidratação).

Dissolução exotérmica
A dissolução exotérmica do sulfato de lítio (Li2SO4) é esquematicamente representada por:

Neste caso, a intensidade da energia de hidratação é maior do que a energia reticular e, por
isso, a etapa de liberação de energia é maior do que a de absorção. Consequentemente, a entalpia
de dissolução é exotérmica.

Dissolução endotérmica
A dissolução endotérmica do iodeto de potássio (KI) é esquematicamente representada por:

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Neste caso, a intensidade da energia reticular é maior do que a energia de hidratação e, por
isso, a etapa de absorção de energia é maior do que a de liberação. Consequentemente, a entalpia
de dissolução é endotérmica.

ASPECTOS QUANTITATIVOS DO COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE


Organizam-se os cálculos de solubilidade em quatro parâmetros: quantidade de soluto,
quantidade de solvente/solução, coeficiente de solubilidade e temperatura.

Quantidade Quantidade de Coeficiente


Temperatura
de soluto solvente/quantidade de solução de solubilidade

? ? ? ?

A partir do valor do coeficiente de solubilidade abaixo, serão apresentados alguns cálculos de


solubilidade.

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Caso 1 – cálculo de solvente para a saturação de uma solução.


Qual a massa, em gramas, de água necessária para saturar 120 g de KNO 3 a 40 °C?
Primeiramente, identifica as quantidades dos seguintes parâmetros:

Quantidade de Quantidade Coeficiente de


Temperatura
soluto de solvente solubilidade

60 g de KNO3/100 g
120 g ? de H2O 40 °C
(extraído do gráfico)

60 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 −−−− 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂


120 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 −−−− 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
x = 200 g de H2O
Caso 2 – calcular a quantidade de soluto a partir da massa da solução?
Qual a massa, em gramas, de NaNO3 necessária para saturar 200 g de solução a 10 °C?
Muito cuidado com a leitura desse tipo de item. A informação fornecida é que apresenta 200
g de solução. Solução é resultado da combinação soluto mais solvente. Portanto,
msolução = msolvente + msoluto

Quantidade de Quantidade Coeficiente de


Temperatura
soluto de solução solubilidade

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80 g de NaNO3/100 g
? ? de H2O 10 °C
(extraído do gráfico)

A massa de solução para saturar 100 g de H2O é:


msolução = msolvente + msoluto
msolução = 100 g + 80 g
msolução = 180 g
Assim, a 10 °C, a cada 180 g de solução, temos: 100 g de solvente e 80 g de NaNO 3.
80 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 −−−− 180 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 −−−− 200 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
x = 88,8 g de soluto.

Caso 3 – calcular a quantidade de soluto cristalizado pela alteração da temperatura.


Qual a massa, em gramas, de cloreto de amônio (NH4C) cristalizada quando uma solução
saturada com 400 g de H2O, a 30 °C, for resfriada a 10 °C?
Preenchendo os parâmetros necessários para cada temperatura, tem-se:

Quantidade de
Quantidade de soluto Coeficiente de solubilidade Temperatura
solvente

40 g de NH4C/100 g de H2O
? 400 g 30 °C
(extraído do gráfico)

30 g de NH4C/100 g de H2O
? 400 g 10 °C
(extraído do gráfico)

Percebe-se que a dissolução a 30 °C é maior que a dissolução a 10 °C, portanto calcula-se a


quantidade de soluto dissolvida em 400 g de água nas duas temperaturas. A diferença entre as
quantidades de soluto é igual a quantidade cristalizada ou também chamada de corpo de fundo.

Quantidade de soluto a 30 °C. Quantidade de soluto a 10 °C.

40 g de NH4 Cl −−−− 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂 30 g de NH4 Cl −−−− 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂


𝑥 g de NH4 Cl −−−− 400 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂 𝑥 g de NH4 Cl −−−− 400 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
x = 160 g de NH4Cl dissolvidos x = 120 g de NH4Cl dissolvidos ao final.
inicialmente.

Portanto, a quantidade precipitada é igual a:


Massa do precipitado = 160 g – 120 g = 40 g de NH4Cl

Aula 08 – Soluções 21
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Aula 08: ENEM 2021

(IBMEC SP Insper/2019)
Em uma aula de laboratório de química, foi realizado um experimento que consistiu em
adicionar em um béquer 300 g de água, em temperatura ambiente, e certa quantidade do sal
sulfato de magnésio hexaidratado (MgSO4·6H2O) até formar uma solução saturada com corpo
de fundo. Essa mistura foi aquecida até completa solubilização do sal, que ocorreu quando a
temperatura atingiu 50 °C. Na sequência, deixou-se a solução resfriar até 20 °C e verificou-se
novamente a presença do sal cristalizado no fundo do béquer.

Foram fornecidos aos alunos os dados de solubilidade desse sal nas duas temperaturas
medidas.

Com as informações fornecidas, foram calculadas as massas do sal presente na solução a


50 °C e do sal cristalizado a 20 °C. Esses resultados são corretamente apresentados, nessa
ordem, em:
a) 53,5 g e 9,0 g.
b) 160,5 g e 9,0 g.
c) 294,0 g e 27,0 g.
d) 97,0 g e 9,0 g.
e) 160,5 g e 27,0 g.
Comentários:
Inicialmente, completa-se as informações importantes no quadro abaixo:
20 °C → 44,5 g de sal / 100 g de H2O
50 °C → 53,5 g de sal / 100 g de H2O
O experimento realizado utilizou 300 g de água, obtendo uma solução saturada a 50 °C.
Portanto, calcula-se a quantidade de soluto necessária para saturar 300 g de H 2O a 50 °C e 20
°C:

Aula 08 – Soluções 22
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Aula 08: ENEM 2021

A 50 °C, todo o soluto, 160,5g, estava dissolvido. Quando resfriado, apenas 133,5 g dos
160,5 g encontra-se dissolvido em solução.
Portanto, a massa do precipitado é de:
Mprecipitado = 160,5 g – 133,5 g = 27 g do sal.
Assim, a quantidade dissolvida do sal a 50 °C é de 160,5 g e a quantidade cristalizada a 20
°C é de 27g.

Gabarito: E

(FGV SP/2018)
Foram preparadas quatro soluções aquosas saturadas a 60 °C, contendo cada uma delas
100 g de água e um dos sais: iodeto de potássio, KI, nitrato de potássio, KNO 3, nitrato de sódio,
NaNO3, e cloreto de sódio, NaC. Na figura, são representadas as curvas de solubilidade desses
sais:

Em seguida, essas soluções foram resfriadas até 20 °C, e o sal cristalizado depositou-se no
fundo de cada recipiente.
Considerando-se que a cristalização foi completa, a maior e a menor massa de sal
cristalizado correspondem, respectivamente, aos sais
a) KI e NaC.

Aula 08 – Soluções 23
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Aula 08: ENEM 2021

b) KI e KNO3.
c) NaNO3 e NaC.
d) KNO3 e NaNO3.
e) KNO3 e NaC.

Comentários:
A questão deseja saber a maior quantidade de sal cristalizada e a menor quantidade
cristalizada, sabendo que todas as soluções a 60 °C eram saturadas. O sal que apresentará
maior quantidade cristalizada é aquele que apresentar maior variação entre os valores de
saturação, ou seja, maior inclinação na curva do gráfico.
A variação das saturações para as quantidades de sal, de 60 °C para 20 °C, de cada solução
é:
NaC: massa dissolvida a 60 °C é próxima da massa dissolvida a 20 °C.
KNO3: massa dissolvida a 60 °C é próxima de 110 g e massa dissolvida a 20 °C é próxima de
35 g, portanto a massa cristalizada é, aproximadamente, 75 g.
NaNO3: massa dissolvida a 60 °C é próxima de 120 g e massa dissolvida a 20 °C é próxima
de 85 g, portanto a massa cristalizada é, aproximadamente, 35 g.
KI: massa dissolvida a 60 °C é próxima de 230 g e massa dissolvida a 20 °C é próxima de
160 g, portanto a massa cristalizada é, aproximadamente, 70 g.
Logo, o sal de maior quantidade cristalizada é o KNO3 e o menos cristalizado é o NaC.

Gabarito: E

(FPS PE/2018)
Considere a curva de solubilidade do cloreto de amônio em água:

Um técnico de laboratório preparou uma solução saturada deste sal a 60 °C e removeu


todo o corpo de fundo. Após resfriamento, a temperatura chegou em 30 °C. O técnico filtrou
o NH4C sólido que havia precipitado e verificou que sua massa era igual a 60 g. Qual foi o
volume aproximado de água utilizada no preparo da solução?

Aula 08 – Soluções 24
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a) 400 mL
b) 350 mL
c) 250 mL
d) 200 mL
e) 150 mL

Comentários:
Inicialmente, será descrito dois momentos:

Gabarito: A

(UEFS BA/2018)
Considere a figura que representa a estrutura cristalina do sólido KC e o gráfico da curva
de solubilidade desse mesmo sólido.

Ao resfriar a 20 °C uma solução saturada de cloreto de potássio que contém 400 g de H2O
a 40 °C, a massa de KC cristalizado será igual a

Aula 08 – Soluções 25
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Aula 08: ENEM 2021

a) 20 g.
b) 10 g.
c) 5 g.
d) 35 g.
e) 40 g.

Comentários:
Comparando a solubilidade do sal em 400 g de água, a 40 °C e a 20 °C, tem-se:

Portanto, a porção cristalizada é igual a 160 g – 140 g = 20 g.

Gabarito: A

3. CONCENTRAÇÕES.
Existem várias maneiras de expressar as relações: soluto-solução, soluto-solvente e solução-
solução. A seguir serão apresentadas as principais expressões quantitativas das soluções.

Densidade massa da solução por volume da solução.

Concentração
quantitativas das soluções

massa do soluto por volume da solução.


comum
Principais expressões

Concentração
número de mols do soluto por volume da solução.
molar

Título massa ou volume do soluto por massa ou volume da solução.

Fração
número de mols do soluto por número de mols da solução.
molar

Molalidade número de mols do soluto por massa do solvente.

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Aula 08: ENEM 2021

Antigamente, os vestibulares exigiam as interpretações das concentrações por suas


classificações. Atualmente, os vestibulares indicam as unidades que exigidas nas questões. Por
exemplo, antigamente se dizia que a concentração comum de uma solução de KBr era igual a 50,
entretanto, atualmente, é escrita por 50 g/L. Portanto, não se preocupe em decorar ou expressar as
concentrações com as exatas classificações, mas fique atento às unidades expressas nas questões.

DENSIDADE
Densidade é a razão da massa da solução pelo volume da solução, ou seja, a massa de todo
o sistema dividido pelo volume de todo o sistema.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Ou seja,
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 + 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Em soluções líquidas com solutos sólidos, o volume do solvente é, aproximadamente, igual
ao volume da solução.
Portanto, para sistemas soluto sólido em solvente líquido:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
Exemplo 1 - cálculo da densidade da solução.
A 25 °C, ao misturar 100 gramas de iodeto de potássio (KI) em 100 mL de água e sabendo que
a densidade da água é igual a 1g/mL, a densidade da solução, em kg/L, é calculada por:
Primeiramente, observa-se que a densidade desejada deve ser expressa em g/L, portanto, o
volume do solvente, que é igual ao volume da solução, será apresentado por 0,1 L e a massa será
apresentada em kg.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
0,1 𝑘𝑔 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
0,1 𝐿
Sabendo que a densidade da água é igual a 1 g por 1 mL, logo, 100 mL de água possuem 100
g.
0,1 𝑘𝑔 + 0,1 𝑘𝑔
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
0,1 𝐿

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Aula 08: ENEM 2021

𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 2 𝑘𝑔/𝐿


Logo, cada 1 L de solução apresenta 2 kg de soluto e solvente.
Exemplo 2 - cálculo da densidade de uma mistura de líqui dos miscíveis.
O cálculo da densidade de uma mistura de líquidos miscíveis pode ser realizado por duas
maneiras:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
1) 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
2) Se não houver contração ou expansão de volume, pode ser realizado uma média
ponderada das densidades.
Calcule a densidade, em g/mL, da mistura formada por 70% de etanol e 30% de água, sabendo
que as densidades, em g/mL, de etanol e água são, respectivamente, iguais a 0,8 e 1.
70% · 0,8 𝑔/𝑚𝐿 + 30% · 1𝑔 /𝑚𝐿
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
100%
Densidade = 0,86 g/mL

CONCENTRAÇÃO COMUM (C) E CONCENTRAÇÃO MOLAR (M)


Concentração, em sua forma geral, é a razão da quantidade do soluto dividido pelo volume
da solução.
Concentração comum ou concentração em g/L é a razão da massa do soluto pelo volume da
solução.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Concentração molar ou concentração em mol/L ou molaridade é a razão do número de mols
do soluto pelo volume da solução.
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
A diferença da densidade e a concentração é que para calcular a densidade de uma solução
divide-se a massa de tudo pelo volume de tudo, enquanto o cálculo da concentração divide-se a
massa do soluto pelo volume da solução.
Exemplo - cálculo da concentração do soluto.
A 25 °C, ao misturar 100 gramas de iodeto de potássio (KI) em 100 mL de água, calcula-se:
a) concentração em g/L ou concentração comum do iodeto de potássio.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
100 𝑔
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
0,1 𝐿
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 1000 𝑔/𝐿

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b) concentração em mol/L ou concentração molar do iodeto de potássio.


𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Para calcular o número de mols de 100 gramas de KI é necessário obter os dados das massas
molares dos elementos potássio e iodo na tabela periódica: 39 g/mol e 127 g/mol, respectivamente.
Portanto a massa molar do KI é igual a 166 g/mol.
166 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐼 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼
100 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐼 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼
x = 0,6 mol de KI
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
0,6 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
0,1 𝐿
Concentração molar é igual a 0,6 mol/L ou 0,6 molar ou 0,6 M.

CONVERSÃO DE CONCENTRAÇÃO COMUM EM CONCENTRAÇÃO MOLAR.


A conversão da concentração em g/L para mol/L, ou vice-versa, é realizada a partir dos dados
da massa molar.
Exemplo – conversão entre as concentrações comum e molar.
a) Converter a concentração de 11,4 g/L para mol/L de NaOH.
Sabendo que a massa molar de NaOH é igual a 57 g/mol, converte-se 11,4 g para número de
mols.
57 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻
11,4 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻
x = 0,2 mol de NaOH.
Substitui-se o valor de 11,4 g para 0,2 mol na relação numérica inicial, assim:
11,4 g/L → 0,2mol/L
b) Converter a concentração de 0,3 mol/L de Na2SO4 para mol/L.
Sabendo que a massa molar do Na2SO4 é igual a 142 g/mol, converte-se 0,3 mol de Na2SO4
para a massa em gramas.
142 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4 −−−− 0,3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4
x = 42,6 gramas de Na2SO4.
Substitui-se o valor de 0,3 mol para 42,6 g na relação numérica inicial, assim:
0,3 mol/L → 42,6 g/L

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c) Converter a concentração de 3,33 g/L de CaC2 para mol/L de C-.


Primeiramente, sabe-se que para cada uma fórmula de CaC2 são dissociados dois íons C-.
Sabendo que a massa molar do CaC2 é igual a 111 g/mol, converte-se a massa de 3,33 g de
CaC2 para o número de mols de C-. Lembre-se que para cada 1 mol de CaC2, apresentam 2 mols
de C-.
111 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑙2 −−−− 2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙 −
3,33 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑙2 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙−
x = 0,06 mol de C-.
Substitui-se o valor de 3,33 g para 0,06 mol na relação numérica inicial, assim:
3,33 g/L de CaC2 → 0,06 mol/L de C-

Inicialmente, não trabalharei os cálculos de soluções com fórmulas. O uso de fórmulas será
utilizado em um segundo momento com o intuito de acelerar a resolução, ou seja, somente após o
domínio dos cálculos básicos de soluções. Todavia, para que o material escrito seja o mais completo
possível, irei apresentar as fórmulas que podem ser utilizadas, mas não irei apresentar resoluções
das questões utilizando-as.
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 (𝑔/𝐿) = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 (𝑚𝑜𝑙/𝐿) · 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 (𝑔/𝑚𝑜𝑙)
𝑔 𝑚𝑜𝑙 𝑔
= ·
𝐿 𝐿 𝑚𝑜𝑙

(PUC RS/2019)
“Os íons de metais alcalinos têm importantes funções no nosso organismo, tais como
influenciar em contrações musculares e pressão arterial, manter a pressão osmótica dentro
das células e influenciar a condução dos impulsos nervosos. A diferença nas concentrações
totais de íon de metais alcalinos dentro e fora da célula produz um potencial elétrico pela
membrana celular, responsável, por exemplo, pela geração de sinais elétricos rítmicos no
coração. As concentrações de Na+ e K+ nas células sanguíneas vermelhas são de 0,253 g·L–1 e
de 3,588 g·L–1, respectivamente”.

Aula 08 – Soluções 30
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Aula 08: ENEM 2021

Rayner-Canham, G.; Overton, T.


Química Inorgânica Descritiva. LTC.

As concentrações aproximadas desses íons, em mol·L–1, são respectivamente


a) 23,0 e 39,0
b) 2,30 e 3,90
c) 0,011 e 0,092
d) 0,007 e 0,156

Comentários:
A partir das concentrações de sódio e potássio iguais a, respectivamente, 0,253 g·L–1 e
3,588 g·L–1, calcula-se a concentração em mol/L para cada íon.

Gabarito: C

(UEG GO/2016)
Considere 5 L de uma solução aquosa contendo 146 g de cloreto de sódio que será utilizada
como solução de partida para outras de mais baixa concentração. Uma quantidade de 2 mL
dessa solução contém uma massa de soluto, em miligramas, de aproximadamente
a) 3
b) 29
c) 58
d) 73
e) 292

Comentários:
A solução preparada apresenta 146 g (ou 146000 mg) de cloreto de sódio em 5 L (ou 5000
mL), portanto, a quantidade em miligramas de soluto em 2 mL é de:

Aula 08 – Soluções 31
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Aula 08: ENEM 2021

146000 𝑚𝑔 −−−− 5000 𝑚𝐿


𝑥 𝑚𝑔 −−−− 2 𝑚𝐿

x = 58,4 mg de soluto
Gabarito: C

(PUC Camp SP/2018)


Os xaropes são soluções concentradas de açúcar (sacarose). Em uma receita caseira, são
utilizados 500 g de açúcar para cada 1,5 L de água. Nesse caso, a concentração mol/L de
sacarose nesse xarope é de, aproximadamente,
Dado:
Massa molar da sacarose = 342 g/mol

a) 2,5.
b) 1,5.
c) 2,0.
d) 1,0.
e) 3,0.

Comentários:
A partir da massa de sacarose fornecida, converte-se essa quantidade em mols de
sacarose.

342 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒


500 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒
x = 1,461988 mol de sacarose

A concentração em mol/L é igual a 1,461988 mol / 1,5 L = 0,97 mol/L de sacarose

Gabarito: D

TÍTULO
Título é a fração ou proporção entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente.
Existem três tipos de título:

Aula 08 – Soluções 32
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Aula 08: ENEM 2021

razão da massa do soluto pela massa da


título em massa
solução.

razão do volume do soluto pelo volume da


Título título em volume
solução.

título em massa por razão da massa do soluto pelo volume da


volume solução.

Título ou título em massa ou título (m/m)


O título em massa é calculado por:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 (𝜏) =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Exemplo: uma solução de 100 g apresenta 0,15 g de cloreto de sódio, determina-se o título
(m/m):
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 (𝜏) =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
0,15 𝑔
𝜏=
100 𝑔
τ = 0,0015
Formas de apresentar o título: porcentagem (%), partes por milhão (ppm) e partes por
bilhão (ppb).
No exemplo anterior, calculamos um título com valor de 0,15, porém poderia ser
representado pelas unidades:

Porcentagem (%) Partes por milhão (ppm) Partes por bilhão (ppb)

τ = 0,0015 τ = 0,0015 τ = 0,0015


τ (%) = 0,0015 x 100 τ (ppm) = 0,0015 x 106 τ (ppb) = 0,0015 x 109
τ (%) = 0,15 % τ (ppm) = 1.500 ppm τ (ppb) = 1.500.000 ppb

O título é calculado da mesma maneira, a mudança acontece na forma de expressar essa


grandeza. Quando o valor do título é pequeno, recomenda-se usar unidades como ppm e ppb,
porque são mais facilmente visualizáveis.

Título em volume ou título (v/v)


O título em volume é calculado por:

Aula 08 – Soluções 33
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Aula 08: ENEM 2021

𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑚 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑣/𝑣 ) =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Exemplo: uma solução gasosa de 1 m3 apresenta 0,2 mL de argônio, determina-se o título em
volume:
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝜏 (𝑣/𝑣) =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
0,0002 𝐿
𝜏 (𝑣/𝑣) =
1000 𝐿
Título (v/v) = 0,0000002 ou 0,00002% ou 0,2 ppm ou 200 ppb.
Percebe-se que nesse caso, expressar o título por 0,0000002 ou por 0,00002% não é tão claro
quanto por 0,2 ppm ou 200 ppb.

Ao olhar a embalagem de um álcool utilizado para limpeza, percebemos o


valor da concentração do álcool em °GL chamado de graus Gay-Lussac. Essa
unidade indica a porcentagem de álcool presente na solução. Um produto com 70
°GL possui 70% de etanol.
Nessas soluções também encontramos a unidade °INPM (Instituto Nacional
de Pesos e Medidas), que é a fração da massa do álcool. Uma solução com 46 °INPM
indica que 46% da massa da solução é de álcool.
Figura 11 - solução alcoolica para
limpeza [fonte: brasil.gov].

Título em massa por volume ou título (m/v)


O título em massa por volume (m/v) é utilizado para soluções aquosas diluídas, ou seja, a
densidade da solução aquosa é aproximadamente igual a densidade da água, a 25 °C, 1 g/mL.
O título em massa por volume é calculado por:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑚/𝑣 ) =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Exemplo: a solução aquosa 5% (m/v), indica que apresenta 5 g/100 mL.

Dica para você. Quando uma questão fornecer o título em massa por volume e não indicar a
densidade da solução, subentende-se que a solução aquosa em questão é muito diluída. Portanto,
sugere-se fazer a substituição:

Aula 08 – Soluções 34
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Aula 08: ENEM 2021

O título (m/v) é utilizado para expressar concentrações de soluções diluídas.

Relação título-concentração-densidade.
Concentração (g/L) = título · densidade (g/L) = concentração molar (mol/L) · massa molar
(g/mol)
C = τ · d = M · M’
C: concentração comum, τ: título, d: densidade, M: concentração molar e M’: massa molar.

O que significa a água oxigenada 10 volumes, 20 volumes, 30 volumes e 40 volumes?


A água oxigenada é utilizada para fins domésticos e comerciais. Na utilização doméstica é
empregada para clarear pelos, clarear roupa, além de sua característica antisséptica (bactericida e
germicida) utilizada na limpeza de ferimentos e em gargarejos. A utilização da água oxigenada para
a limpeza de ferimentos tem sido advertida devido a ação tóxica do peróxido de hidrogênio, que é
o componente ativo da água oxigenada, nas células saudáveis responsáveis pela cicatrização.

A principal utilização industrial do peróxido de hidrogênio é para o clareamento de papel.


O H2O2 sofre fotólise, ou seja, decomposição por luz. Por isso,
esse composto é armazenado em frascos escuros ou opacos. A reação
de decomposição é representada por:
2 H2O2 () → 2 H2O () + O2 (g)
Ao utilizar um frasco de água oxigenada, observamos o borbulhar
Figura 12 - a decomposição da
de oxigênio. Quanto maior a quantidade de água oxigenada, maior a água oxigenada é catalisada
quantidade de gás oxigênio liberado. Portanto, a unidade volumes pela enzima catalase presente
no sangue [fonte:
indica a concentração de peróxido no produto, a partir do volume de diarodebiologia].
oxigênio gasoso liberado nas CNTP (0 °C e 1 atm).

10 volumes 20 volumes 30 volumes 40 volumes

1 L de produto 10 L de O2 (g) 20 L de O2 (g) 30 L de O2 (g) 40 L de O2 (g)

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Comercialmente, encontram-se frascos identificados por 10 volumes, 20 volumes, 30


volumes e 40 volumes.

(UNITAU SP/2018)
Uma lata com 180 g de atum tem uma concentração de 0,20 ppm de mercúrio. A
quantidade de mercúrio presente nessa quantidade de atum é de

a) 3,6·10–5 g
b) 3,6·10–6 g
c) 3,6·10–3 g
d) 3,6·10–9 g
e) 3,6·10–2 g
Comentários:
A quantidade de 0,20 ppm (0,20 partes por milhão) de mercúrio quer dizer que temos 0,2
de mercúrio para 106 do material.
Portanto,

0,20 𝑔 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 −−−− 106 𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑚


𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 −−−− 180 𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑚

x = 3,6·10-5 g de mercúrio
Gabarito: A

(UFGD MS/2016)
É muito comum a utilização de peróxido de hidrogênio (H 2O2) na
descoloração/branqueamento de tecidos e/ou cabelos. Uma solução aquosa 9,0% (m/v) de
água oxigenada, de densidade 1,0 g·mL–1, apresenta concentração aproximada, expressa em
volumes, de

a) 9
b) 12
c) 20
d) 30
e) 40

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Aula 08: ENEM 2021

Comentários:
A água oxigenada compõe 9,0% da massa em volume. Aplicando-se essa porcentagem de
massa por volume do peróxido na densidade, que é a relação da massa e volume de tudo,
temos a concentração da água oxigenada.
Apresente duas formas de calcular a concentração da água oxigenada em g/L:
100 % − − − − 1 𝑔 · 𝑚𝐿−1 9% · 1 𝑔 · 𝑚𝐿−1
9,0 % − − − − 𝑥 𝑔 · 𝑚𝐿−1 = 0,09 · 1 𝑔
· 𝑚𝐿−1 =
x = 0,09 g·mL-1
0,09 𝑔 · 𝑚𝐿−1
O volume da água oxigenada é calculado pelo volume de oxigênio liberado, na CNTP, pela
decomposição da água oxigenada. Sabe-se que a decomposição da água oxigenada é expressa
pela equação:
2 H2O2 → 2 H2O + O2
Sabe-se que 1mL de solução contém 0,09 g de H2O2, logo, 1 L da solução apresenta 90 g de
H2O2. Portanto, realiza-se o cálculo do volume de O2, nas CNTP, liberado pela decomposição
de 90 g de H2O2, sabendo que o volume molar é igual a 22,4 L/mol e que a massa molar do
H2O2 é igual a 34 g/mol.

2 · 34 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂2 −−−− 1 · 22,4 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2
90 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂2 −−−− 𝑥 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2

x = 29,64 L
Assim, a água oxigenada é igual a, aproximadamente, 30 volumes.
Gabarito: D

(PUC SP/2019)
Uma solução saturada de NH4C em água, foi feita a 60 °C e utilizou-se 1000 mL de água.
Considere a densidade da água a 60 °C como 1,0 g/mL.
Sabendo que o título dessa solução a 60 °C é de aproximadamente 35,5%, qual o
coeficiente de solubilidade, aproximado, de NH4C em água na temperatura em questão?
a) 35,5 g de NH4C em 100 g de H2O a 60 °C
b) 55 g de NH4C em 1000 g de H2O a 60 °C
c) 55 g de NH4C em 100 g de H2O a 60 °C
d) 0,355 g de NH4C em 100 g de H2O a 60 °C

Comentários:

Aula 08 – Soluções 37
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O título de 35,5% significa que 35,5% da massa total da solução é de cloreto de amônio
(NH4C). Portanto, a quantidade de água, em massa, corresponde a 64,5%. Sabendo que a
densidade da água é igual a 1g/mL, 1000 mL = 1000 g.

1000 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 −−−− 64,5%


𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑚ô𝑛𝑖𝑜 −−−− 35,5%

x = 550,38 g de cloreto de amônio em 1000 g de água.


Dividindo por 10, tem-se:
55,038 g de cloreto de amônio para cada 100 g de água.
Observação: não se pode aplicar os 35,5% na densidade 1 g/mL, porque os 35,5% é do sal
e o valor de 1,0 g/mL é da água pura. Se a questão tivesse fornecido o valor da densidade da
solução, aí sim seria possível esse cálculo.
Gabarito: C

(IFBA/2018)
A solução de hipoclorito de sódio (NaOC) em água é chamada comercialmente de água
sanitária. O rótulo de determinada água sanitária apresentou as seguintes informações:
Solução 20% m/m
Densidade = 1,10 g/mL
Com base nessas informações, a concentração da solução comercial desse NaOC será:
a) 1,10 mol/L
b) 2,00 mol/L
c) 3,00 mol/L
d) 2,95 mol/L
e) 3,50 mol/L

Comentários:
A questão forneceu que a densidade da solução é igual a 1,10 g/mL, ou seja, para cada 1
mL da solução temos 1,10 g de tudo. Desses 1,10 g, 20% é de hipoclorito de sódio.
Portanto,
NaOC: 20% · 1,10 g/mL = 0,20 · 1,10 g/mL = 0,22 g/mL
Adequando as unidades de volume para as unidades requeridas na questão, tem-se:
0,22 g/mL = 220 g/1000 mL = 220 g/1L = 220 g/L
Sabendo que a massa molar do NaOC é igual a 74,5 g/mol, converte-se a massa de 220 g
de NaOC em mol:

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74,5 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙


220 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙

x = 2,95 mol
Os 2,95 mols de sal são proporcionais à 1 L de solução, por isso, a concentração de NaOC
é igual a 2,95 mol/L.
Gabarito: D

FRAÇÃO MOLAR
A fração molar (X) corresponde a razão entre o número de mols do soluto pelo número de
mols da solução.
𝑛º 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 (𝑋 ) =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

CONCENTRAÇÃO MOLAL OU MOLALIDADE (W)


A molalidade ou concentração molal é uma unidade pouco utilizada em questões de
vestibulares. A molalidade é a razão do número de mols do soluto pela massa, em kg, do solvente.
𝑛º 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑊) =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎, 𝑒𝑚 𝑘𝑔, 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

(UNITAU SP/2018)
Uma solução é composta por benzeno e tetracloreto de carbono, e 39% da massa dessa
solução é benzeno.
Qual a fração molar do benzeno na solução?

a) 0,56
b) 0,45
c) 0,65
d) 0,25
e) 0,35

Comentários:

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O benzeno apresenta fórmula C6H6 e o tetracloreto de carbono CC4. Sabendo que a


porcentagem em massa de benzeno é de 39%, logo, a quantidade de tetracloreto de carbono
é igual a 61%.
A fim de determinar a fração molar, supõe-se uma massa total qualquer. Para que as
contas fiquem mais práticas, irei utilizar a massa inicial total de 100 g. Sabendo que as massas
molares de C6H6 e CC4 são 78 g/mol e 154 g/mol, respectivamente, calcula-se:
C6H 6 CC4

39% de 100 g = 61% de 100 g =


39 g 61 g

Convertendo 39 g de C6H6 para Convertendo 61 g de C6H6 para


mols: mols:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 −−−− 78 𝑔 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝐶𝑙4 −−−− 154 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 −−−− 39 𝑔 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝐶𝑙4 −−−− 61 𝑔
x = 0,5 mol de C6H6 x = 0,396 mol de CC4

A fração molar do benzeno é:

0,5 𝑚𝑜𝑙
𝑋𝑏𝑒𝑛𝑧𝑒𝑛𝑜 = = 0,558
0,5 𝑚𝑜𝑙 + 0,396 𝑚𝑜𝑙

Gabarito: A

4. SOLUBILIDADE DE GASES: LEI DE HENRY.


A solubilidade de um gás em um líquido depende de 3 fatores:

Pressão exercida sobre o gás.

Solubilidade de gases Temperatura da solução.

Reatividade do gás.

Solubilidade: pressão exercida sobre o gás.


O inglês, farmacêutico e químico William Henry (12 de dezembro de 1775 – 2 de setembro
de 1836) estudou sobre a solubilidade de gases em líquidos. Henry elaborou sua lei em 1802:

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Lei de Henry: solubilidade e um gás dissolvido é diretamente proporcional à pressão dele acima do
líquido.
Um sistema formado por um gás e um líquido apresenta parte da porção gasosa dissolvida
no gás. Ao aumentar a pressão externa sobre o gás, dissolvem-se mais partículas.

A partir dessa observação, Henry elaborou a expressão de sua lei:


Solubilidade de um gás = constante x Pressão do gás
Sgás = kHenry · Pgás

Solubilidade: temperatura.
Quanto maior a temperatura, maior a agitação das partículas. O gás apresenta elevada
energia cinética média de suas partículas e baixa interação com outras partículas. Ao aumentar a
temperatura do sistema, prevalece a dispersão dos gases e, consequentemente, menor a
solubilidade do gás.

Aula 08 – Soluções 41
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Quanto maior a temperatura do sistema, menor o valor da constante de Henry.


↑Temperatura ↓kHenry

Solubilidade: reatividade do gás.


Alguns gases aumentam a solubilidade em água por causa de sua reatividade. A reação
produzida é reversível, por isso, pode ser relacionada à solubilidade. Exemplos de gases que
apresentam maior solubilidade em água:
CO2 (g) + H2O () ⇌ H2CO3 (aq) SO2 (g) + H2O () ⇌ H2SO3 (aq) SO3 (g) + H2O () ⇌ H2SO4 (aq)
H2S (g) + H2O () ⇌ H2SO4 (aq) HCN (g) + H2O () ⇌ H2SO4 (aq)

Aprendendo a apreciar um champanhe.

Aula 08 – Soluções 42
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Aula 08: ENEM 2021

O champanhe ou champanha (champagne em


francês) é um vinho branco espumante produzido na
região da Champagne, que fica no nordeste da França,
a partir de uvas pretas. As uvas utilizadas são:
chardonnay, pinot noir e pinot meunier. Essa bebida
apresenta 6 classificações em relação ao teor de açúcar:
doux (doce), demi-sec (meio-doce), sec (seco), extra-sec
(extra-seco), brut (bruto), extra-brut (extra-bruto) e
nature (pas doce).
Além da composição das chuvas e a qualidade da
fermentação, o sabor refrescante do champanhe é Figura 8 - Champanhe servido nas taças do tipo flute
[fonte: Deleece Cook/Unsplash].
fortalecido pela presença do gás carbônico. Portanto, a
dissolução desse gás é fundamental para a apreciação da bebida, aproximadamente 5 milhões de
bolhas em cada taça. Quais os procedimentos utilizados para a manutenção do gás dissolvido na
bebida?
1) Resfriamento da bebida. Quanto maior a temperatura da solução, menos gás dissolvido.
Porém, quanto mais gelado, maior a sensação anestésica na língua e, consequentemente, menor o
paladar. Nem tão gelado e nem tão quente. Segundo o chef Richard Geoffroy, o champanhe deve
ser servido a 12 °C.
2) Servir em taças do tipo flute, que no francês significa flauta. Essas taças possuem cabo alto
e bojo comprido e estreito. A boca estreita diminui a troca gasosa da bebida, diminuindo a perda de
gás do líquido. A qualidade do vidro é essencial para que não haja fissuras que formem bolhas, essas
fissuras são chamadas de pontos de nucleação.
3) Segurar a taça no cabo ou na base. O corpo humano apresenta temperatura média de 36
°C e esquenta a taça de vidro quando em contato. Quanto mais longe estiver o contato do corpo
humano do líquido, melhor a manutenção da temperatura.
4) Não chacoalhar a garrafa antes de abri-la. A não ser que você tenha ganho a copa do
mundo ou uma corrida de fórmula 1.
Portanto, você já está pronto para consumir devidamente uma garrafa de Dom Pérignon
Oenothèque 1996, que custa R$ 2.100,00. Se beber, não dirija.

(PUC SP/2018)
Em relação à solubilidade de substâncias gasosas e sólidas em líquidos, foram feitas as
seguintes afirmações:
I. Com o aumento da pressão de um gás sobre o líquido, a solubilidade do gás
aumenta.
II. Quanto menor a temperatura, menor a solubilidade da maioria dos gases.
III. Todos os sólidos possuem maior solubilidade com o aumento da temperatura.

Aula 08 – Soluções 43
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Aula 08: ENEM 2021

IV. Uma solução insaturada possui quantidade de soluto inferior ao coeficiente de


solubilidade.

Assinale as afirmativas CORRETAS.


a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e IV.

Comentários:
Julgando os itens, tem-se:
I. Certo. Quanto maior a pressão sobre o gás, maior a solubilidade dele em solução.
O gás apresentará maior dificuldade para sair da solução.
II. Errado. Quanto menor a temperatura, maior a solubilidade. O decréscimo de
temperatura, diminui a energia cinética média das partículas gasosas e favorece a sua
solubilização.
III. Errado. Os sólidos apresentam dissolução endotérmica ou exotérmica. Portanto,
alguns sais aumentam a solubilidade em temperaturas menores.
IV. Certo. Uma solução insaturada não atingiu a quantidade de soluto que apresenta a
solução saturada.

Gabarito: C

(UNITAU SP/2018)
Considerando que o coeficiente de solubilidade (KH) de CO2 a 25 °C é 3,4·10–2 mol/atm, a
pressão para dissolver 0,17 mol de CO2, numa garrafa de refrigerante, a 25 °C, é de
(Para resolver esta questão, considere 1 atm = 100 kPa)

a) 500 kPa
b) 760 kPa
c) 250 kPa
d) 100 kPa
e) 50 kPa

Comentários:

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A partir dos dados fornecidos pela questão, apresento duas resoluções:


Resolução 1 Resolução 2

Solubilidade = K · Pgás 3,4 · 10−2 mol − − − − 1 𝑎𝑡𝑚


0,17 𝑚𝑜𝑙 −−−− 𝑃𝑔á𝑠 𝑎𝑡𝑚
0,17 mol de CO2 = 3,4·10–2
mol/atm · Pgás Pgás = 5 atm
Pgás = 5 atm
A pressão do gás kPa:
5 atm · 100 kPa/atm = 500 kPa.

Gabarito: A

5. DILUIÇÃO.
Diluição: obtenção de uma solução de menor concentração devido ao aumento da proporção de
solvente na mistura.
Imagine a seguinte situação: dissolveu-se 50 gramas de açúcar em 300 mL de água. Após essa
dissolução, a solução foi despejada em 1 litro de água. Pergunta: qual a massa de açúcar no final do
procedimento? A resposta é: a mesma massa, ou seja, os 50 gramas. A diferença será a
concentração, mas a quantidade de soluto não. Esse raciocínio é a base do cálculo da diluição de
soluções: em uma diluição, a quantidade do soluto (em mol ou massa ou volume) é a mesma.
Análise quantitativa:
Em um processo de diluição, a quantidade de soluto no início é igual à quantidade de soluto no
final.
Portanto:
Para diluições:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
Essa quantidade pode ser expressa em: massa, mol, volume e número de partículas.
Sabendo que a quantidade de soluto relaciona-se com o volume da solução em:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 · 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Relacionando as equações, tem-se:

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Aula 08: ENEM 2021

Lembrando que o volume final corresponde ao volume inicial mais o volume adicionado de
solvente.

As unidades dos dois pares: concentração inicial-concentração final e volume inicial-volume final
devem ser iguais entre si.
Continuando,
5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 500 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 2000 𝑚𝐿
𝐶𝑓 = 1,25 𝑚𝑜𝑙/𝐿

O suco de limão está forte demais! Põe açúcar?


É muito comum ver pessoas que estão
reclamando do sabor azedo de um suco de limão,
colocarem açúcar para neutralizar o sabor. Como a
Química explica esse fato? O açúcar realmente
neutraliza o gosto azedo do limão?
Primeiramente, o sabor dos alimentos é
detectado pelas papilas gustativas, que se localizam na
língua. Existem 5 gostos básicos detectados por seres
humanos: azedo, doce, amargo, salgado e umami.
Cerca de 3000 botões gustativos estão distribuídos Figura 14 - sabor azedo do limão [fonte: RyanMcGuire/pixabay].
sobre a língua e cada botão gustativo apresenta 40 a 60
células sensoriais.
O sabor azedo do limão provém de substâncias ácidas como o ácido cítrico, enquanto o sabor
doce do açúcar provém da sacarose. O ácido cítrico não reage com a moléculas da sacarose, ou seja,
o sabor doce não neutraliza o sabor azedo. A explicação para a menor percepção do sabor azedo é
que quanto maior a quantidade de açúcar, mais interações a sacarose realiza com a língua e,
consequentemente, menos áreas da língua interagem com as moléculas que provocam a sensação
do sabor azedo proveniente do limão.

Aula 08 – Soluções 46
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Aula 08: ENEM 2021

Para neutralizar o sabor azedo do limão seria necessário uma substância com característica
básica para reagir com os ácidos. Acredito que essa mistura também não seria muito palatável
porque o produto formado é um sal, e estes apresentam, majoritariamente, sabor amargo.
Portanto, coloque um pouco de água no açúcar de limão e aproveite o sabor azedinho de fechar os
olhos e travar os dentes.

(FMABC SP/2018)
Próteses de acrílico podem ser desinfetadas em ambiente odontológico por imersão em
solução de hipoclorito de sódio a 1% (m/V) por 10 minutos. Partindo de uma solução a 5%
(m/V) de hipoclorito de sódio, o preparo de 1,0 L de solução a 1% (m/V) requer a tomada de
a) 500 mL da solução mais concentrada, adicionando-se água até completar o volume
desejado.
b) 100 mL da solução mais concentrada e adicionar 900 mL de água.
c) 500 mL da solução mais concentrada e adicionar 500 mL de água.
d) 100 mL da solução mais concentrada, adicionando-se água até completar o volume
desejado.
e) 200 mL da solução mais concentrada, adicionando-se água até completar o volume
desejado.
Comentários:
A fim de preparar 1,0 L de uma solução que apresente concentração final de 1% (m/V) a
partir de uma solução de 5% (m/V), tem-se:
Diluição:

𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
5% · 𝑉𝑖 = 1% · 1𝐿
𝑉𝑖 = 0,2 𝐿 = 200 𝑚𝐿

Para preparar a solução é necessário misturar 200 mL de uma solução com título de 5%
com 800 mL de água.
Gabarito: E
(FPS PE/2017)
A cefalotina, C16H16N2O6S2, é um antibiótico que possui ação bactericida, sendo utilizada
em infecções variadas, incluindo a meningite. Um auxiliar de enfermagem precisa administrar
50,0 mL de uma solução de cefalotina 6,0·10–2 mol·L–1 em um paciente, e a enfermaria só
dispõe de ampolas de 20 mL com concentração igual a 0,25 mol·L–1 de cefalotina. Calcule o

Aula 08 – Soluções 47
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Aula 08: ENEM 2021

volume de cefalotina 0,25 mol·L–1 que deve ser aspirado da ampola para administrar a
dosagem prescrita.
a) 10 mL
b) 12 mL
c) 14 mL
d) 16 mL
e) 18 mL
Comentários:
Para preparar 50,0 mL de uma solução com concentração de 6,0·10-2 mol/L, a partir de
uma solução de 0,25 mol/L é necessária uma quantidade inicial de:

𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
0,25 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑖 = 6,0 · 10−2 · 50,0 𝑚𝐿
𝑉𝑖 = 12 𝑚𝐿

Gabarito: B

(UNEMAT MT/2016)
Um jovem comprou um produto veterinário para eliminar os carrapatos do seu cachorro.
Ao ler a bula, ele tomou conhecimento que o princípio ativo do produto é relativamente tóxico,
então ele seguiu as orientações do fabricante para que seu animal de estimação não fosse
envenenado. Na bula continha as seguintes informações:
Cada 100 mL contém:
Amitraz .............................................. 12,5 g
Veículo q.s.p. ..................................... 100 mL
O produto deve ser usado da seguinte maneira

Considerando que o jovem preparou a solução em um balde com 5 litros de água, seguindo
as instruções de uso, a concentração final em mg/L do princípio ativo e o fator de diluição
aplicado foram:
a) 0,25 mg/L e 1:500
b) 250 mg/L e 1:500
c) 2,50 mg/L e 1:250

Aula 08 – Soluções 48
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d) 25 mg/L e 1:250
e) 0,025 mg/L e 1:500
Comentários:
Sabendo que o jovem seguiu as normas de diluição que é:

2 𝑚𝐿 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 −−−− 1 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜


𝑥 𝑚𝐿 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 −−−− 5 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
x = 10 mL do produto

Sabendo que o produto veterinário é comercializado com 12,5 g (ou 12500 mg) para 100
mL (ou 0,1 L), logo a quantidade de 1000 mL (ou 1 L) é de 125000 mg e, consequentemente, a
concentração inicial do produto é de 1,2·105 mg/L. Após diluir 10 mL do produto em um balde
de 5 litros de água, a concentração final é de:

𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
1,2 · 105 𝑚𝑔/𝐿 · 10𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 5000 𝑚𝐿
𝐶𝑓 = 240 𝑚𝑔/𝐿

O fator de diluição é calculado pela razão entre os volumes do soluto e da solução, nas mesmas
unidades:
10 𝑚𝐿 1
𝑑𝑖𝑙𝑢𝑖çã𝑜: =
5000 𝑚𝐿 500
Gabarito: B

6. MISTURA DE SOLUÇÕES QUE NÃO REAGEM.


Ao misturar soluções que não reagem pode acontecer duas situações: terem ou não solutos
em comum.

MISTURA DE SOLUÇÕES QUE APRESENTAM SOLUTOS DIFERENTES E NÃO REAGEM ENTRE SI.
Caso as soluções não apresentem solutos em comum, acontecerá a diluição.
Mistura de soluções de solutos diferentes que não reagem entre si: obtenção de uma solução de
menor concentração para cada soluto, devido ao aumento da proporção de solvente na mistura.
Exemplo:
Calcula-se a concentração de NaC, em mol/L, ao misturar duas soluções: 400 mL de 0,5 mol/L
NaC e 200 mL de 0,5 mol/L de KBr. A existência do KBr na segunda solução não contribui em nada
para a quantidade de NaC, ou seja, não produz e nem consume o soluto NaC. Portanto, a
contribuição da segunda solução na concentração do NaC é a diluição, porque aumenta o volume
da solução. Calcula-se a nova concentração do cloreto do sódio a partir da fórmula da diluição:

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𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 400 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 600 𝑚𝐿
𝐶𝑓 = 0,33 𝑚𝑜𝑙/𝐿

MISTURA DE SOLUÇÕES QUE APRESENTAM SOLUTOS EM COMUM.


Porém soluções que apresentem solutos em comum, apresentarão uma nova concentração,
que será intermediária entre as duas misturadas.
Mistura de soluções de mesmo soluto: obtenção de uma solução de nova concentração devido à
alteração da proporção entre solvente e soluto na mistura.
Para entender o cálculo da mistura de soluções que não reagem, será apresentado uma
situação simples. Vamos supor que um indivíduo tenha preparado duas soluções:

Solução 1 Solução 2

• 5 g de açúcar • 2 g de açúcar
• 300 mL de água • 700 mL de água

Qual a massa total de açúcar após misturar as soluções 1 e 2? Resposta: 7 gramas de açúcar.
Certo? Simples assim. A massa de soluto final será a soma das quantidades de solutos colocados.
Portanto,
Análise quantitativa:
Em um processo de mistura de soluções de mesmo soluto, a quantidade de soluto no final é igual a
soma das quantidades de soluto das soluções misturadas.
Portanto:
Para mistura de soluções de mesmo soluto:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜1 + 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜2 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
Sabendo que concentração é a razão de quantidade de soluto por volume de solução, tem-
se:
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜1 · 𝑉𝑜𝑙𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜1 + 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜2 · 𝑉𝑜𝑙𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜2 = 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑜𝑙𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Exemplo:
Calcula-se a concentração, em mol/L, de cloreto de sódio da solução resultante da mistura
de 300 mL de 0,2 mol/L de NaC com 200 mL de 0,5 mol/L de NaC.
𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 300 𝑚𝐿 + 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 200 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 500 𝑚𝐿

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𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,32 𝑚𝑜𝑙/𝐿


Exemplo 2:
Uma mistura foi preparada pela mistura de 150 mL de uma solução de sulfato de potássio
(K2SO4) de concentração 0,1 mol/L com 200 mL de uma solução de sulfato de chumbo II
(PbSO4) 0,15 mol/L. A concentração dos íons, em mol/L, na solução final é calculada por:
Primeiramente, é importante perceber que os íons presentes na solução são: K+, SO42- e Pb2+.
Os íons K+ e Pb2+ são provenientes de uma única solução e misturados com outra solução que,
apenas, diminui a sua concentração, portanto, os íons potássio e chumbo sofreram diluição. O íon
SO42- pertence à duas soluções, logo, a fórmula utilizada para o seu cálculo será de mistura de
soluções de mesmo soluto.

K+ Pb2+ SO42-

Fórmula: Fórmula: Fórmula: mistura de soluções


diluição diluição com mesmo soluto

1 K2SO4 : 2 K+ 1 PbSO4: 1 Pb2+ 1 K2SO4 : 1 SO42-


1 CaSO4: 1 SO42-

Cinicial= 2 · 0,1 Cinicial= 1 · 0,15 K2SO4: Cinicial = 0,1 mol/L


mol/L = 0,2 mol/L mol/L = 0,15 mol/L CaSO4: Cinicial = 0,15 mol/L

𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓 𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
0,2 · 150 0,1 · 200 = 𝐶𝑓 · 350 0,1 · 150 + 0,15 · 200 = 𝐶𝑓 · 350
= 𝐶𝑓 · 350
𝐶𝑓 = 0,07 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝐶𝑓 = 0,13 𝑚𝑜𝑙/𝐿
𝐶𝑓 = 0,08 𝑚𝑜𝑙/𝐿

(UEA AM/2017)
100 mL de uma solução aquosa contendo 10 g de sacarose (açúcar comum) dissolvidos
foram misturados com 100 mL de uma solução aquosa contendo 20 g desse açúcar dissolvidos.
A concentração de sacarose na solução obtida, expressa em porcentagem (m/V), é
a) 5%.
b) 10%.
c) 15%.
d) 25%.

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e) 30%.
Comentários:
A concentração final é calculada por:

𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
10 𝑔 + 20 𝑔 30 𝑔
𝐶= =
200 𝑚𝑙 200 𝑚𝐿
A representação de % (m/v) é o mesmo que substituir g/100 mL por %. Se não preferir
fazer pela substituição, lembre-se que a densidade para soluções diluídas é de 1 g/mL, logo a
massa de 100 mL será igual a 100 g.

30 𝑔 15 𝑔
= = 15 %
200 𝑚𝐿 100 𝑚𝐿
Gabarito: C

(PUC SP/2014)
Em um béquer foram misturados 200 mL de uma solução aquosa de cloreto de cálcio de
concentração 0,5 mol·L–1 e 300 mL de uma solução 0,8 mol·L–1 de cloreto de sódio. A solução
obtida apresenta concentração de ânion cloreto de aproximadamente
a) 0,34 mol·L–1
b) 0,65 mol·L–1
c) 0,68 mol·L–1
d) 0,88 mol·L–1
e) 1,3 mol·L–1

Comentários:
A concentração de íons cloreto para cada solução é calculado por:
Solução 1: Cloreto de cálcio – CaC2 – 0,5 mol/L.
Para cada 1 CaC2 dissociam-se 2 C-, portanto, a concentração de C- nesta solução é igual
a 1,0 mol/L.
Solução 2: Cloreto de sódio – NaC – 0,8 mol/L.
Para cada 1 NaC dissocia-se 1 C-, portanto, a concentração de C- nesta solução é igual a
0,8 mol/L.
Assim, sabendo das concentrações dos íons, calcula-se:

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𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
1,0 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 200 𝑚𝐿 + 0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 300 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 500 𝑚𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,88 𝑚𝑜𝑙/𝐿

Gabarito: D

(IFGO/2013)
Um laboratorista misturou 200 mL de uma solução aquosa de NaC 0,3 mol/L com 100 mL
de solução aquosa 0,2 mol/L de MgC2. Em relação a esse processo e a sua solução resultante,
é correto afirmar:
a) A concentração de íons Mg2+ é igual a 0,4 mol/L.
b) A concentração de íons C– é igual a 0,3 mol/L.
c) A concentração de íons Na+ é igual a 0,02 mol/L.
d) A quantidade aproximada, em gramas, de Mg2+ é igual a 1,46.
e) A quantidade aproximada, em gramas, de C– é igual a 0,3.

Comentários:
Calculando a concentração de cada íon, tem-se:
- sódio (Na+): sofreu diluição.
Concentração inicial: 0,3 mol/L
Volume inicial: 200 mL
Volume final: 300 mL

𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
0,3 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 200 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 300 𝑚𝐿
𝐶𝑓 = 0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 de Na+ na solução final.

- magnésio (Mg2+): sofreu diluição.


Concentração inicial: 0,2 mol/L
Volume inicial: 100 mL
Volume final: 300 mL

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𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓 · 300 𝑚𝐿
𝐶𝑓 = 0,06 𝑚𝑜𝑙/𝐿 de Mg2+ na solução final.

- Cloreto (C-): sofreu mistura de soluções, que apresentam solutos em comum.


Concentração inicial da solução 1: 0,3 mol/L
Volume inicial da solução 1: 200 mL
Concentração inicial da solução 2: 0,4 mol/L (Lembre-se que para cada 1 MgC2 formam 2
-
C ).
Volume inicial da solução 2: 100 mL

𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
0,3 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 200 𝑚𝐿 + 0,4 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 300 𝑚𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,33 𝑚𝑜𝑙/𝐿 de C- na solução final.

Julgando os itens, tem-se:


a) A concentração de íons Mg2+ é igual a 0,4 mol/L.
Errado. A concentração de íons magnésio na solução final é de 0,06 mol/L.
b) A concentração de íons C– é igual a 0,3 mol/L.
Certo. A concentração de íons cloreto na solução é igual a 0,33 mol/L.
c) A concentração de íons Na+ é igual a 0,02 mol/L.
Errado. A concentração de íons Na+ é de 0,2 mol/L.
d) A quantidade aproximada, em gramas, de Mg2+ é igual a 1,46.
Errado. A quantidade de íons magnésio, em massa, é:
0,1 L · 0,2 mol/L = 0,02 mol de Magnésio. Sabendo que a massa molar do magnésio é igual
a 24 g/mol, logo:
0,02 mol · 24 g/mol = 0,48 g de magnésio em solução.
e) A quantidade aproximada, em gramas, de C– é igual a 0,3.
Errado. A quantidade de íons cloreto, em massa, é:
0,2 L · 0,3 mol/L + 0,1 L· 2 · 0,2mol/L = 0,1 mol de cloreto. Sabendo que a massa molar do
cloreto é igual a 35,5 g/mol, logo:
0,1 mol · 35,5 g/mol = 3,55 g de magnésio em solução.
Gabarito: B

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7. MISTURA DE SOLUÇÕES QUE REAGEM.


Algumas substâncias, quando entram em contato, reagem e formam novas substâncias. Para
calcular a concentração das substâncias em solução, é necessário realizar o cálculo estequiométrico
de consumo e formação das espécies.
O iodeto de chumbo II (PbI2) é um material sólido de aspecto amarelado e pode ser produzido
pela mistura de duas soluções: nitrato de chumbo II (Pb(NO3)2 e iodeto de potássio (KI). Utiliza-se o
cálculo estequiométrico para calcular a concentração de íons de chumbo restante na solução,
quando 300 mL de 0,2 mol/L de Pb(NO3)2 entram em contato com 200 mL de 0,1 mol/L de KNO3.
2 KI (aq) + Pb(NO3)2 (aq) → PbI2 (s) + 2 KNO3 (aq)
Para calcular a quantidade das substâncias presentes na solução final, basta determinar a
quantidade remanescente e dividir pelo volume final (soma dos volumes misturados). A fim de
identificar a concentração de íons de chumbo na solução, calcula-se a quantidade, em mols, restante
na solução:
 Início da reação: cálculo da quantidade dos reagentes.
- Determina-se o número de mols do iodeto de potássio (KI):
0,2 L · 0,1mol/L = 0,02 mol de KI.
- Determina-se o número de mols do nitrato de chumbo II (Pb(NO3)2):
0,3 L · 0,2mol/L = 0,06 mol de Pb(NO3)2.
 Reação: cálculo da proporção da reação.
A proporção da reação, segundo a equação, é de 2 mol de KI para 1 mol de Pb(NO 3)2. Para
calcular a quantidade excedente de íons de chumbo, primeiramente, calcula-se a quantidade em
consumida de Pb(NO3)2:
2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 Pb(NO3 )2
0,02 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 Pb(NO3 )2
x = 0,01 mol de Pb(NO3)2 consumidos pelo KI.
Portanto, a quantidade consumida de Pb(NO3)2 é de 0,01 mol dos 0,06 mol presentes na
solução.
 Cálculo da concentração na solução.
Sabendo que para cada Pb(NO3)2 possui um Pb2+, determina-se a concentração remanescente
na solução (volume final= 500 mL) de íons de chumbo (Pb2+):
0,06 𝑚𝑜𝑙 − 0,01 𝑚𝑜𝑙
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑏 +2 = = 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑑𝑒 𝑃𝑏 +2
0,5 𝐿

TITULAÇÃO
Muitos alunos possuem bastante dificuldade quando o assunto é titulação. Para entender
esse estudo é necessário entender o procedimento experimental detalhadamente, conforme a

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seguir. A titulação é uma técnica experimental utilizada para determinar a quantidade de uma
substância a partir da quantidade consumida de outra substância em uma reação química.

localizada
substância concentração
Titulado dentro do
a ser determinada desconhecida
erlenmeyer
Titulação
localizada
solução concentração
Titulante dentro da
padrão pré-determinada
bureta

Existem várias técnicas de titulação: por ácido-base, por oxirredução, por complexação e por
precipitação. No ensino médio, a única técnica exigida pelos vestibulares é a titulação por ácido-
base. Nesta técnica utiliza-se soluções ácidas e básicas em duas situações:

Situação 1 Situação 2
• Deseja-se determinar a concentração • Deseja-se determinar a concentração
de uma solução ácida. de uma solução básica.
• Utiliza-se uma solução básica de • Utiliza-se uma solução ácida de
composição e concentração composição e concentração
conhecida. conhecida.

Equipamentos da titulação.
Montagem experimental da técnica da titulação ácido-base:

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Geralmente, as soluções aquosas ácidas e básicas são incolores, portanto, para perceber que
houve consumo completo do titulado presente no Erlenmeyer, utiliza-se um indicador. Indicadores
ácido-base são substâncias que alteram a coloração de acordo com o pH. Dessa forma, adiciona-se
o titulante até que a solução do titulado mude de cor. A alteração da cor indica que todo o titulado
foi consumido. Dessa forma, a partir do volume gasto da solução titulante, calcula-se a quantidade
que existia do titulado. Essa técnica permite determinar o quanto havia de analito (substância que
está sendo analisada). Após a titulação não existirá no sistema a quantidade do analito, pois este
terá sido consumido. Por isso que as técnicas de titulação utilizam pequenas amostras que são
diluídas e preparadas várias amostras para serem analisadas.
Exemplo de uma aplicação.
Por exemplo, vamos supor que um químico deseja determinar a concentração de ácido
acético (H3CCOOH) presente em 20 mL de vinagre. Para determinar a quantidade desse ácido na
solução por titulação, o químico precisa de uma solução básica. Assim, ele prepara uma solução
básica de composição conhecida: 1,0 mol/L de hidróxido de sódio (NaOH) em um recipiente
chamado balão volumétrico de 100 mL. Para realizar a titulação, o químico realiza a seguinte
montagem:

O químico observou que 16 mL da solução de hidróxido de sódio foram necessários para o


indicador alterar a sua coloração incolor para rosa. Portanto o cálculo da quantidade do ácido
acético será realizado proporcionalmente ao consumo de 16 mL de uma solução de 1,0 mol/L de
NaOH. A reação encontrada dentro do erlenmeyer:
NaOH (aq) + H3CCOOH (aq) → H3CCOONa (aq) + H2O ()
Calcula-se que o consumo do hidróxido de sódio foi de:
0,016 L (ou 16 mL) · 1 mol/L = 0,016 mol de NaOH

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A proporção de reação é de 1 mol de NaOH para 1 mol de H3CCOOH, portanto, 0,016 mol da
base reagiu 0,016 mol do ácido. Dessa forma sabe-se que a amostra de vinagre apresentava a
concentração:
0,016 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = = 0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜
0,02 𝐿 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑛𝑎𝑔𝑟𝑒
Nas embalagens de vinagre, a concentração de ácido acético é expressa em % (m/v) e
sabendo que a massa molar do ácido acético é igual a 60 g/mol, tem-se:
0,8 𝑚𝑜𝑙 · 60 𝑔/𝑚𝑜𝑙 48𝑔 4,8𝑔
0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑑𝑒 𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻 = = = = 4,8% (𝑚/𝑣)
1𝐿 1000 𝑚𝐿 100 𝑚𝐿
Ponto de equivalência ou ponto estequiométrico
O ponto de equivalência ou ponto estequiométrico de uma titulação é considerado o instante
exato da titulação, ou seja, quando a quantidade, em mol, de íons H + do ácido é igual à quantidade,
em mol, de íons OH-.
Ponto de Equivalência ou Ponto Estequiométrico
nº de mols de H+ = nº de mols de OH-
Esse ponto de equivalência é o momento que ocorre neutralização completa e, portanto, o
pH é igual a 7.

Curva de pH durante a titulação


O pH de uma titulação pode aumentar ou diminuir, depende se o titulante (a solução
adicionada) é ácida ou básica. A seguir são apresentadas duas opções de titulante: ácida e básica.

Titulante (encontrado na bureta): Titulante (encontrado na bureta):


solução básica de concentração conhecida. solução ácida de concentração conhecida.
Titulado (encontrado no Erlenmeyer): Titulante (encontrado no Erlenmeyer):
solução ácida a ser investigada. solução básica a ser investigada.

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O volume do titulante equivalente corresponde ao ponto que ocorre alteração na


concavidade da curva. Na imagem acima, a alteração da curva está representada no pH 7.

Indicador
O indicador selecionado para a titulação deve apresentar a mudança de coloração na faixa
de pH equivalente ao intervalo de acidez entre o excesso do titulante e o excesso de titulado.

Um dos indicadores mais utilizado é a fenolftaleína que apresenta pH de viragem entre 9 e


10. Em uma titulação de um ácido forte com uma base forte, os indicadores poderiam ser: alaranjado
de metila e fenolftaleína. Esses indicadores apresentam o pH de viragem correspondente ao
intervalo de pH entre as soluções ácida e básica, de acordo com a ilustração abaixo:

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Uso de equação para o cálculo da titulação


O cálculo da quantidade equivalente entre o titulante e o titulado pode ser feito pela
igualdade do número de mols entre H+ e OH- ou pela equação de titulação abaixo.

Os valores de K dos ácidos e bases são determinados pela fórmula. Por exemplo:

Fórmula do ácido Kácido Fórmula da base Kbase

HNO3 K=1 NaOH K=1

HC K=1 NH4OH K=1

H2SO4 K=2 Ca(OH)2 K=2

H2CO3 K=2 Mg(OH)2 K=2

H3PO4 K=3 A(OH)3 K=3

H4SiO4 K=4 Pb(OH)4 K=4

Lembra do problema inicial da titulação do ácido acético do vinagre apresentado neste item
de titulação? Se não lembra, vou colocar as informações importantes:

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Titulante Titulado

Solução de hidróxido de sódio 1,0 mol/L Vinagre: ? mol/L de H3CCOOH

Volume gasto de NaOH: 16 mL Volume de vinagre: 20 mL

Sabendo que o valor do K para o ácido acético é igual a 1 e o valor do K para o hidróxido de
sódio é igual 1, aplica-se a equação:
𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
1 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 20 𝑚𝐿 = 1 · 1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 16 𝑚𝑙
𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿
Transformando a concentração em mol/L para % (m/v):
0,8 𝑚𝑜𝑙 · 60 𝑔/𝑚𝑜𝑙 48𝑔 4,8𝑔
0,8 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑑𝑒 𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻 = = = = 4,8% (𝑚/𝑣)
1𝐿 1000 𝑚𝐿 100 𝑚𝐿

A concentração a ser utilizada na equação de titulação deve ser expressa em mol/L.

Uma solução de hidróxido de cálcio foi titulada com uma solução de ácido sulfúrico. O
produto formado dessa reação é o sulfato de cálcio, que é um sólido insolúvel em água. Além da
curva de pH, existe outra maneira de detectar o ponto de equivalência entre o titulante e o titulado.
Como o produto formado é insolúvel em água, pode-se utilizar a condutibilidade elétrica. A
condutibilidade elétrica diminui à medida que o sal insolúvel é formado, pois ocorre precipitação
dos íons. Após o consumo total do titulado, o excesso de titulante aumenta a corrente elétrica na
solução, devido à presença dos íons do titulante, que, no caso, é o ácido sulfúrico.

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O gráfico acima é interpretado em três momentos: existência de titulado (solução básica),


ponto de equivalência e excesso de titulante (solução ácida).

A História da aspirina.
Em 1893, a Bayer and Company encarregou o químico
Felix Hoffmann a estudar as propriedades e aplicações dos
compostos derivados do ácido salicílico. Um dos primeiros
registros históricos da utilização desses ácidos é de Hipócrates,
um famoso médico da Grécia Antiga, que usava extratos de casca
de salgueiro para tratar febres e dores. Um dos incentivos de
Hoffmann em realizar a descoberta de um novo medicamento
era o fato de seu pai apresentar artrite reumatoide. Ele entregou
ao seu pai um derivado do ácido salicílico, o ácido acetilsalicílico
(AAS). Essa ação foi compensadora para Hoffmann, seu pai e
para a companhia Bayer, que em 1889 iniciou as vendas das
primeiras aspirinas em pó. Figura 15 - Propaganda dos primeiros
medicamentos de Aspirina comercializado pela
Bayer [fonte: wikipedia].

O
OH OH O
O O
OH
OH

fenol Ácido salicílico Ácido acetilsalicílico (AAS)

O nome aspirina deriva do inglês aspirin: a (acetil) + spir (Spirea ulmaria nome de uma espécie
das flores da rainha-dos-prados, a qual se extraia o ácido salicílico). A partir da demanda mundial

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pelo novo anti-inflamatório, analgésico e antipirético (tratar a febre), surgiu a necessidade de outras
formas de obtenção, sabendo que as remessas de rainha-dos-prados e salgueiro não seriam
suficientes para a produção. A Bayer conseguiu desenvolver um método sintético a partir do fenol,
o que aumentou a distribuição mundial desse medicamento.
No decorrer da Primeira Guerra Mundial, a Bayer comprou toda a quantidade mundial de
fenol possível, prejudicando, futuramente, alguns países a produzir o explosivo ácido pícrico
(trinitrofenol), produto obtido a partir do fenol. Portanto, existe uma especulação de que a
necessidade de produção de aspirina contribuiu para a diminuição do explosivo ácido pícrico, o que
precipitou a invenção de novos explosivos: TNT e seus derivados.
Atualmente, o ácido acetilsalicílico é um dos componentes mais utilizados de forma isolada
ou misturado em outros medicamentos. Em 2018, o AAS é um dos medicamentos mais vendidos no
Brasil, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogaria (Abrafarma).

(UNITAU SP/2018)
25 mL de HC é titulado com 0,185M de NaOH, usando fenolftaleína como indicador de
pH. Se 32,6 mL de NaOH são necessários para mudar a cor do indicador, a concentração de
HC (M) é igual a

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a) 0,060
b) 0,125
c) 0,241
d) 0,500
e) 1,000

Comentários:
Sabendo que o HC libera 1 hidrogênio ionizável por molécula e o hidróxido de sódio libera
1 OH- por fórmula, calcula-se a concentração, em mol/L, de HC a partir da equação de
titulação:
Lembrete: 0,185 M = 0,185 molar = 0,185 mol/L

𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒


1 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 25 𝑚𝐿 = 1 · 0,185 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 32,6 𝑚𝐿
𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,241 𝑚𝑜𝑙/𝐿

Gabarito: C

(UniCESUMAR PR/2017)
Uma amostra de 5,0 g de soda cáustica foi titulada utilizando-se uma solução aquosa de
ácido sulfúrico de concentração 0,80 mol·L–1.
Considerando que foram necessários 50 mL da solução ácida para neutralizar
completamente essa amostra e que nenhuma das impurezas presentes reage com ácido
sulfúrico, pode-se concluir que o teor de hidróxido de sódio na soda cáustica analisada é de
a) 32 %.
b) 48 %.
c) 64 %.
d) 80 %.
e) 90 %.

Comentários:
Primeiramente, essa questão deseja determinar o grau de pureza da amostra de soda
cáustica, que possui como componente principal o hidróxido de sódio. Não é necessário
calcular a concentração, em mol/L, de NaOH dissolvida na solução, apenas é importante
determinar o número de mols do hidróxido de sódio. Assim sendo, realiza-se uma modificação
da equação da titulação:

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𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒

Sabendo que:
𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒

Assim,
Kácido do H2SO4 é igual a 2, porque apresenta 2 H+ ionizáveis por moléculas, enquanto o
NaOH libera 1 OH- por fórmula.

𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒


2 · 0,80 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 50 · 10−3 𝐿 = 1 · 𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑛𝑏𝑎𝑠𝑒 = 0,08 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻

Calcula-se a massa de 0,08 mol de NaOH, sabendo que a massa molar é igual a 40g/mol:
40 g/mol · 0,08 mol = 3,2 g
O teor de pureza é determinado por:

5,0 𝑔 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 −−−− 100% 𝑑𝑒 𝑝𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎


3,2 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟ó𝑥𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 −−−− 𝑥%
x = 64%

Gabarito: C

(Unimontes MG/2008)
A curva de titulação do hidróxido de amônio (NH4OH) com ácido clorídrico (HC) é
mostrada a seguir:

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No ponto estequiométrico, ocorre a reação descrita pela seguinte equação:


NH4OH (aq) + HC (aq) → NH4C (aq) + H2O ()
Baseando-se nessas informações, o ponto estequiométrico está CORRETAMENTE
identificado na curva de titulação pelo ponto
a) IV.
b) II.
c) III.
d) I.

Comentários:
O momento que ocorre a equivalência estequiométrica é identificado pela alteração da
concavidade do gráfico.

A equivalência da titulação não ocorre em pH 7, porque a base envolvida no processo não


é forte. O sal formado é o cloreto de amônio, que sofre hidrólise em água.
NH4C (aq) + H2O () → NH4OH (aq) + H+ (aq) + C- (aq)
Devido à hidrólise do íon amônio, este contribui para a diminuição do pH. Por isso, o pH
no momento da titulação é menor que 7.
Gabarito: C

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8. QUESTÕES FUNDAMENTAIS
CONCENTRAÇÕES

I. Questão Fundamental 01 – A respeito da tabela abaixo, responda ao que se pede:

Temperatura (°C) 30 50 70

KBr (g/100 g de H2O) 70 80 90

a) Qual a massa de KBr para saturar 50 g de água, a 50 °C?


b) Qual a massa de KBr para saturar 50 g de água, a 30 °C?
c) Qual a massa de KBr para saturar 200 g de água, a 70 °C?
d) Um químico preparou uma solução: 300 g de KBr em 500 g de água, a 30 °C. Classifique a
solução em saturada ou insaturada.
e) Um químico preparou uma solução: 350 g de KBr em 500 g de água, a 30 °C. Classifique a
solução em saturada ou insaturada.
f) Um químico preparou uma solução: 8 g de KBr em 10 g de água, a 30 °C. Classifique a solução
em saturada ou insaturada.
g) Um químico preparou a seguinte solução: 15 g de KBr em 10 g de água, a 70 °C. Calcule a
massa do corpo de fundo, em gramas.
h) Um químico preparou a seguinte solução: 9 g de KBr em 10 g de água, a 70 °C, e depois
resfriou a 30 °C. Calcule a massa do corpo de fundo, em gramas.
i) Um químico preparou a seguinte solução: 10 g de KBr em 10 g de água, a 50 °C, e depois
resfriou a 30 °C. Calcule a massa do corpo de fundo, em gramas, durante todo o processo.

II. Questão Fundamental 02 – Complete a tabela abaixo.

Concentração Concentração
Fórmula
(g/L) (mol/L)

Ca2+ (aq) 4

Na+ (aq) 1,5

CO32- (aq) 1,8

NO3- (aq) 2

A3+ (aq) 8,1

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III. Questão Fundamental 03 – Calcule a massa de NaC, em gramas, que se deve


adicionar a 100 mL de água para preparar uma solução com concentração de 0,2
mol/L.

IV. Questão Fundamental 04 - Calcule a massa de KNO3, em gramas, que se deve


adicionar a 50 mL de água para preparar uma solução com concentração de 0,1 mol/L.

V. Questão Fundamental 05 – A respeito de uma solução de 100 mL de ácido acético com


concentração de 1,05 g/mL, responda ao que se pede:
a) Calcule a quantidade de matéria, em mol, de ácido acético em 100 mL de solução.
b) Sabendo que a massa da água é 1 g/mL, calcule a densidade da solução, em g/mL.
c) Calcule a nova concentração de ácido acético, em g/mL, ao se evaporar 25 mL de água
destilada.

VI. Questão fundamental 06 – Uma solução foi preparada dissolvendo 200 g sacarose em
500 mL de água. A partir da solução preparada e sabendo que a densidade da água
igual a 1g/mL, calcule:
a) A concentração, em g/L, de sacarose em solução.
b) A densidade, em g/L, da solução.

DILUIÇÃO
Questão fundamental 07 – Foi aquecido um frasco contendo uma solução aquosa de KNO 3
0,05 mol/L, e o aquecimento foi interrompido quando restavam 100 mL de uma solução aquosa de
KNO3 1,2 mol/L. Determine o volume de água, em mL, evaporada.
Questão fundamental 08– Calcule a concentração final, em mol/L, ao se adicionar 250 mL de
água destilada a 500 mL de NaC 0,5 mol/L.
Questão fundamental 09 – A uma solução de 200 mL de KOH de 8,4 g/L, adicionou-se água
até completar um volume de 500 mL. Determine a concentração molar, em mol/L, da solução.
Questão fundamental 10– 50 mL de uma solução 1 mol/L de Ca(NO3)2 são diluídos a 1 litro.
Determine a concentração, em mol/L, de íons nitratos.

Mistura de soluções que não reagem entre si


Questão fundamental 11 – Misturou 200 mL de uma solução de 15 g/L de NaC com 300 mL
de uma solução de 85 g/L de NaC. Calcule a concentração de NaC ao se misturar as duas soluções.

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Questão fundamental 12 – Calcule o volume, em litros, de uma solução aquosa de 1,5 mol/L
de NaOH que deve ser misturada a 0,5 L de uma solução aquosa 3 mol/L de NaOH, para preparar
uma solução aquosa de concentração de 2,5 mol/L de NaOH.
Questão fundamental 13 – Misturando-se 250 mL de solução 0,6 mol/L de Na2CO3, 200 mL
de solução 0,1 mol/L de Na2CO3 e água a 500 mL. Calcule a concentração, em mol/L, de Na2CO3 após
a mistura.
Questão fundamental 14 – Misturando-se 100 mL de solução aquosa 0,1 molar de KNO3 com
100 mL de solução aquosa 0,2 molar de Ca(NO3)2, faça o que se pede:
a) Determine a concentração, em mol/L, de K+.
b) Determine a concentração, em mol/L, de Ca2+.
c) Determine a concentração, em mol/L, de NO32-.
Questão fundamental 15 – Misturando-se 500 mL de solução 0,3 mol/L de KC com 1,5 L de
solução 0,15 mol/L de AC3, determine a concentração comum, em g/L, de íons cloreto.

TITULAÇÃO
Questão fundamental 16 – Calcule a concentração, em mol/L, de NaOH em que 200 mL de
solução foi titulada com 300 mL de HNO3 a 2 mol/L.
Questão fundamental 17 – Calcule a concentração, em mol/L, de NaOH em que 200 mL de
solução foi titulada com 500 mL de H2SO4 a 0,5 mol/L.
Questão fundamental 18 – Calcule a concentração, em mol/L, de HC em que 300 mL de
solução foi titulada com 200 mL de CaCO3 a 1 mol/L.
Questão fundamental 19 – Calcule o volume, em L, de uma solução de 1 mol/L de H3PO4
necessário para neutralizar 80 gramas de hidróxido de sódio.
Questão fundamental 20 – Calcule o volume, em L, de uma solução de 0,5 mol/L de KOH
necessário para neutralizar 9,8 gramas de ácido sulfúrico.

9. JÁ CAIU NO ENEM
1. (ENEM/2015)
A obtenção de sistemas coloidais estáveis depende das interações entre as partículas
dispersas e o meio onde se encontram. Em um sistema coloidal aquoso, cujas partículas são
hidrofílicas, a adição de um solvente orgânico miscível em água, como etanol, desestabiliza o
coloide, podendo ocorrer a agregação das partículas preliminarmente dispersas.
A desestabilização provocada pelo etanol ocorre porque

a) a polaridade da água no sistema coloidal é reduzida.


b) as cargas superficiais das partículas coloidais são diminuídas.

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c) as camadas de solvatação de água nas partículas são diminuídas.


d) o processo de miscibilidade da água e do solvente libera calor para o meio.
e) a intensidade dos movimentos brownianos das partículas coloidais é reduzida.

2. (ENEM/2015)
O vinagre vem sendo usado desde a Antiguidade como conservante de alimentos, bem como
agente de limpeza e condimento. Um dos principais componentes do vinagre é o ácido acético
(massa molar 60 g/mol), cuja faixa de concentração deve se situar entre 4% a 6% (m/v). Em um teste
de controle de qualidade foram analisadas cinco marcas de diferentes vinagres, e as concentrações
de ácido acético, em mol/L, se encontram no quadro.

RIZZON, L. A. Sistema de produção de vinagre.


Disponível em: www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br.
Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).

A amostra de vinagre que se encontra dentro do limite de concentração tolerado é a


a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

3. (ENEM/2019)
Um dos parâmetros de controle de qualidade de polpas de frutas destinadas ao consumo
como bebida é a acidez total expressa em ácido cítrico, que corresponde à massa dessa substância
em 100 gramas de polpa de fruta. O ácido cítrico é uma molécula orgânica que apresenta três
hidrogênios ionizáveis (ácido triprótico) e massa molar 192 gmol–1. O quadro indica o valor mínimo
desse parâmetro de qualidade para polpas comerciais de algumas frutas.

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A acidez total expressa em ácido cítrico de uma amostra comercial de polpa de fruta foi
determinada. No procedimento, adicionou-se água destilada a 2,2 g da amostra e, após a
solubilização do ácido cítrico, o sólido remanescente foi filtrado. A solução obtida foi titulada com
solução de hidróxido de sódio 0,01 molL–1, em que se consumiram 24 mL da solução básica
(titulante).
BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Instrução normativa n. 1, de 7 de janeiro de 2000. Disponível em:
www.agricultura.gov.br. Acesso em: 9 maio 2019 (adaptado).

Entre as listadas, a amostra analisada pode ser de qual polpa de fruta?


a) Apenas caju.
b) Apenas maracujá.
c) Caju ou graviola.
d) Acerola ou cupuaçu.
e) Cupuaçu ou graviola.

4. (ENEM/2019)
O vinagre é um produto alimentício resultante da fermentação do vinho que, de acordo com
a legislação nacional, deve apresentar um teor mínimo de ácido acético (CH3COOH) de 4% (v/v).
Uma empresa está desenvolvendo um kit para que a inspeção sanitária seja capaz de determinar se
alíquotas de 1 mL de amostras de vinagre estão de acordo com a legislação. Esse kit é composto por
uma ampola que contém uma solução aquosa de Ca(OH)2 0,1 mol/L e um indicador que faz com que
a solução fique cor-de-rosa, se estiver básica, e incolor, se estiver neutra ou ácida. Considere a
densidade do ácido acético igual a 1,10 g/cm 3, a massa molar do ácido acético igual a 60 g/mol e a
massa molar do hidróxido de cálcio igual a 74 g/mol.
Qual é o valor mais próximo para o volume de solução de Ca(OH) 2, em ml, que deve estar
contido em cada ampola do kit para garantir a determinação da regularidade da amostra testada?
a) 3,7
b) 6,6
c) 7,3
d) 25
e) 36

5. (ENEM/2019)
Laboratórios de química geram como subprodutos substâncias ou misturas que, quando não
têm mais utilidade nesses locais, são consideradas resíduos químicos. Para o descarte na rede de
esgoto, o resíduo deve ser neutro, livre de solventes inflamáveis e elementos tóxicos como Pb, Cr e
Hg. Uma possibilidade é fazer uma mistura de dois resíduos para obter um material que apresente

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as características necessárias para o descarte. Considere que um laboratório disponha de frascos de


volumes iguais cheios dos resíduos, listados no quadro.

Qual combinação de resíduos poderá ser descartada na rede de esgotos?


a) I e II
b) II e III
c) II e IV
d) V e VI
e) IV e VI

6. (ENEM/2019)
Nos municípios onde foi detectada a resistência do Aedes aegypti, o larvicida tradicional será
substituído por outro com concentração de 10% (v/v) de um novo princípio ativo. A vantagem desse
segundo larvicida é que uma pequena quantidade da emulsão apresenta alta capacidade de
atuação, o que permitirá a condução de baixo volume de larvicida pelo agente de combate às
endemias. Para evitar erros de manipulação, esse novo larvicida será fornecido em frascos plásticos
e, para uso em campo, todo o seu conteúdo deve ser diluído em água até o volume final de um litro.
O objetivo é obter uma concentração final de 2% em volume do princípio ativo.
Que volume de larvicida deve conter o frasco plástico?

a) 10 mL
b) 50 mL
c) 100 mL
d) 200 mL
e) 500 mL

7. (ENEM/2017)
A toxicidade de algumas substâncias é normalmente representada por um índice conhecido
como DL50 (dose letal mediana). Ele representa a dosagem aplicada a uma população de seres vivos

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que mata 50% desses indivíduos e é normalmente medido utilizando-se ratos como cobaias. Esse
índice é muito importante para os seres humanos, pois ao se extrapolar os dados obtidos com o uso
de cobaias, pode-se determinar o nível tolerável de contaminação de alimentos, para que possam
ser consumidos de forma segura pelas pessoas. O quadro apresenta três pesticidas e suas
toxicidades. A unidade mg/kg indica a massa da substância ingerida pela massa da cobaia.

Sessenta ratos, com massa de 200 g cada, foram divididos em três grupos de vinte. Três
amostras de ração, contaminadas, cada uma delas com um dos pesticidas indicados no quadro, na
concentração de 3 mg por grama de ração, foram administradas para cada grupo de cobaias. Cada
rato consumiu 100 g de ração.
Qual(ais) grupo(s) terá(ão) uma mortalidade mínima de 10 ratos?
a) O grupo que se contaminou somente com atrazina.
b) O grupo que se contaminou somente com diazinon.
c) Os grupos que se contaminaram com atrazina e malation.
d) Os grupos que se contaminaram com diazinon e malation.
e) Nenhum dos grupos contaminados com atrazina, diazinon e malation.

8. (ENEM/2017)
A ingestão de vitamina C (ou ácido ascórbico; massa molar igual a 176 g/mol) é recomendada
para evitar o escorbuto, além de contribuir para a saúde de dentes e gengivas e auxiliar na absorção
de ferro pelo organismo. Uma das formas de ingerir ácido ascórbico é por meio dos comprimidos
efervescentes, os quais contêm cerca de 0,006 mol de ácido ascórbico por comprimido. Outra
possibilidade é o suco de laranja, que contém cerca de 0,07 g de ácido ascórbico para cada 200 mL
de suco.
O número de litros de suco de laranja que corresponde à quantidade de ácido ascórbico
presente em um comprimido efervescente é mais próximo de
a) 0,002.
b) 0,03.
c) 0,3.
d) 1.
e) 3.

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10. JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES


COLOIDES
9. (UFU MG/2012)
O grafitismo é um tipo de manifestação artística surgida nos Estados Unidos, na década de
1970. No Brasil, o grafite chegou ao final dos anos de 1970, em São Paulo. Hoje, o estilo desenvolvido
pelos brasileiros é reconhecido entre os melhores do mundo.
A tinta mais usada pelos grafiteiros é o spray em lata, que possuiu, até o final da década de
1980, o Clorofluorcarboneto como propelente.
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/artes/grafite.htm>. Acesso em: 14 jun. 2012.

O spray em lata, utilizado na arte do grafite,

a) possuía, em sua formulação, CFC, que colaborava para prevenir a degradação da


camada de ozônio.
b) deve ser armazenado em ambientes com incidência direta da luz solar.
c) é uma dispersão coloidal, mantida sob pressão, de um líquido em um gás liquefeito.
d) possui probabilidade de explodir diretamente proporcional à redução da temperatura.

10. (UFPR/2019)
Evidências científicas mostraram que a poluição produzida por navios de guerra durante a
Segunda Guerra Mundial interferiu no crescimento das árvores na Noruega. Embarcações da
Alemanha ficaram estacionadas boa parte da guerra na costa da Noruega, com a função de impedir
uma possível invasão dos inimigos. Para camuflar as embarcações, era produzida uma névoa
química, e foi essa névoa artificial a responsável por limitar o crescimento das árvores nesse período.
Uma estratégia muito comum para gerar essa névoa artificial era por meio da queima incompleta
de óleo combustível, mas também outros métodos foram empregados, como o lançamento na
atmosfera de misturas que produziam cloreto de zinco, óxido de titânio ou pentóxido de fósforo.

Esses métodos capazes de produzir névoa artificial se baseiam em reações que:


a) geram gases irritantes.
b) formam líquidos imiscíveis.

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c) produzem compostos voláteis.


d) formam precipitados suspensos na atmosfera.
e) sintetizam compostos que absorvem a radiação eletromagnética no espectro visível.

COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE
11. (UEPG PR/2017)
A 18 °C, a solubilidade do cloreto de magnésio é de 56 g por 100 g de água. Nessa
temperatura, 150 g de MgC2 foram misturados em 200 g de água. Sobre esta solução, assinale o
que for correto.

01. O sistema obtido é homogêneo.


02. A massa de sólido depositada foi de 38 g.
04. Se aquecermos essa solução, não haverá mudança na solubilidade da mesma.
08. A massa de MgC2 dissolvida na H2O foi de 112 g.
16. A solução obtida é insaturada.

12. (UFRGS RS/2017)


Observe o gráfico e a tabela abaixo, que representam a curva de solubilidade aquosa (em
gramas de soluto por 100 g de água) do nitrato de potássio e do nitrato de sódio em função da
temperatura.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem


em que aparecem.
A curva A diz respeito ao ........ e a curva B, ao ........ . Considerando duas soluções aquosas
saturadas e sem precipitado, uma de KNO3 e outra de NaNO3, a 65 °C, o efeito da diminuição da
temperatura acarretará a precipitação de ........ .

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a) nitrato de potássio – nitrato de sódio – nitrato de potássio


b) nitrato de potássio – nitrato de sódio – nitrato de sódio
c) nitrato de sódio – nitrato de potássio – nitrato de sódio
d) nitrato de sódio – nitrato de potássio – ambas
e) nitrato de potássio – nitrato de sódio – ambas

13. (UNESP SP/2017)


A 20 °C, a solubilidade do açúcar comum (C12H22O11; massa molar = 342 g/mol) em água é
cerca de 2,0 kg/L, enquanto a do sal comum (NaC; massa molar = 58,5 g/mol) é cerca de 0,35 kg/L.
A comparação de iguais volumes de soluções saturadas dessas duas substâncias permite afirmar
corretamente que, em relação à quantidade total em mol de íons na solução de sal, a quantidade
total em mol de moléculas de soluto dissolvidas na solução de açúcar é, aproximadamente,

a) a mesma.
b) 6 vezes maior.
c) 6 vezes menor.
d) a metade.
e) o triplo.

14. (UERJ/2016)
A temperatura e a pressão afetam a solubilidade do oxigênio no sangue dos organismos.
Alguns animais marinhos sem pigmentos respiratórios realizam o transporte de oxigênio por meio
da dissolução desse gás diretamente no plasma sanguíneo. Observe a variação da solubilidade do
oxigênio no plasma, em função da temperatura e da profundidade a que o animal esteja submetido,
representada nos gráficos abaixo.

Um estudo realizado sob quatro diferentes condições experimentais, para avaliar a


dissolução de oxigênio no plasma desses animais, apresentou os seguintes resultados:

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O transporte de oxigênio dissolvido no plasma sanguíneo foi mais favorecido na condição


experimental representada pela seguinte letra:

a) W
b) X
c) Y
d) Z

15. (PUC Camp SP/2015)


Considere a tabela abaixo da solubilidade do açúcar comum (sacarose) submetido a várias
temperaturas.

No preparo de uma calda com açúcar, uma receita utiliza 1 kg de açúcar para 0,5 litro de
água. Nesse caso, a temperatura mínima necessária para que todo o açúcar se dissolva é
a) 0 °C.
b) 20 °C.
c) 30 °C.
d) 40 °C.
e) 100 °C.

16. (UERJ/2014)
Um laboratorista precisa preparar 1,1 kg de solução aquosa saturada de um sal de dissolução
exotérmica, utilizando como soluto um dos três sais disponíveis em seu laboratório: X, Y e Z.
A temperatura final da solução deverá ser igual a 20 °C.
Observe as curvas de solubilidade dos sais, em gramas de soluto por 100 g de água:

Aula 08 – Soluções 77
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A massa de soluto necessária, em gramas, para o preparo da solução equivale a:

a) 100
b) 110
c) 300
d) 330

17. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2014)


A expressão “solução aquosa” caracteriza adequadamente diversas misturas de substâncias
presentes no cotidiano.
Entre elas, pode-se citar
a) o creme de leite.
b) o álcool 70.
c) o leite de magnésia.
d) a água sanitária.
e) a gelatina.

18. (UFPEL RS/2014)


Considerando o coeficiente de solubilidade do nitrato de potássio a 30 °C, representado no
gráfico abaixo, a solução será saturada quando tivermos

Aula 08 – Soluções 78
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a) 95 g de soluto em 100 g de H2O.


b) 40 g de soluto em 100 g de H2O.
c) 24 g de soluto em 100 g de H2O.
d) 4 g de soluto em 100 g de H2O.
e) 60 g de soluto em 100 g de H2O.

CONCENTRAÇÕES
19. (UERJ/2019)
Para a remoção de um esmalte, um laboratório precisa preparar 200 mL de uma solução
aquosa de propanona na concentração de 0,2 mol/L. Admita que a densidade da propanona pura é
igual a 0,8 kg/L.
Nesse caso, o volume de propanona pura, em mililitros, necessário ao preparo da solução
corresponde a:

a) 2,9
b) 3,6
c) 5,8
d) 6,7

20. (UERJ/2018)
Em análises metalúrgicas, emprega-se uma solução denominada nital, obtida pela
solubilização do ácido nítrico em etanol.
Um laboratório de análises metalúrgicas dispõe de uma solução aquosa de ácido nítrico com
concentração de 60% m/m e densidade de 1,4 kg/L. O volume de 2,0 mL dessa solução é solubilizado
em quantidade de etanol suficiente para obter 100,0 mL de solução nital.

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Com base nas informações, a concentração de ácido nítrico, em g·L –1, na solução nital é igual
a:

a) 10,5
b) 14,0
c) 16,8
d) 21,6

21. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016)


O náilon 6,6 e o poliestireno são polímeros que apresentam diversas aplicações na indústria.
Um técnico misturou inadvertidamente amostras desses polímeros.
Dados:
densidade do náilon 6,6 = 1,14 g·cm–3
densidade do poliestireno = 1,05 g·cm–3
massa molar do NaC = 58,5 g·mol–1

Conhecendo a densidade desses materiais, ele decidiu preparar uma solução aquosa de
cloreto de sódio (NaC) para separar as amostras. Para tanto, ele utilizou um balão volumétrico de
5,0 L.
A massa de NaC adequada para essa preparação é

a) 120 g.
b) 300 g.
c) 600 g.
d) 1300 g.

22. (UNESP SP/2018)

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De acordo com o Relatório Anual de 2016 da Qualidade da Água, publicado pela Sabesp, a
concentração de cloro na água potável da rede de distribuição deve estar entre 0,2 mg/L, limite
mínimo, e 5,0 mg/L, limite máximo. Considerando que a densidade da água potável seja igual à da
água pura, calcula-se que o valor médio desses limites, expresso em partes por milhão, seja
a) 5,2 ppm.
b) 18 ppm.
c) 2,6 ppm.
d) 26 ppm.
e) 1,8 ppm.

23. (UNICAMP SP/2017)


É muito comum o uso de expressões no diminutivo para tentar “diminuir” a quantidade de
algo prejudicial à saúde. Se uma pessoa diz que ingeriu 10 latinhas de cerveja (330 mL cada) e se
compara a outra que ingeriu 6 doses de cachacinha (50 mL cada), pode-se afirmar corretamente
que, apesar de em ambas as situações haver danos à saúde, a pessoa que apresenta maior
quantidade de álcool no organismo foi a que ingeriu
a) as latinhas de cerveja, porque o volume ingerido é maior neste caso.
b) as cachacinhas, porque a relação entre o teor alcoólico e o volume ingerido é maior
neste caso.
c) as latinhas de cerveja, porque o produto entre o teor alcoólico e o volume ingerido é
maior neste caso.
d) as cachacinhas, porque o teor alcoólico é maior neste caso.
Dados:
teor alcoólico na cerveja = 5 % v/v
teor alcoólico na cachaça = 45 % v/v

24. (FAMERP SP/2015)


O problema de escassez de água em São Paulo é um tema polêmico em discussão que envolve
governo e especialistas. O “volume morto”, que passou a ser utilizado em maio de 2014, é um
reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água situado abaixo das comportas das represas
do Sistema Cantareira.

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(http://g1.globo.com)

Considere um reservatório hipotético com água de densidade 1 g/mL e volume igual ao do


“volume morto” do Sistema Cantareira. Se a água desse reservatório encontra-se contaminada com
20 ppm de chumbo, a massa total deste metal na água do reservatório hipotético é
a) 2 000 kg.
b) 8 000 kg.
c) 4 000 kg.
d) 8 000 t.
e) 2 000 t.

25. (UERJ/2017)
Na análise de uma amostra da água de um reservatório, verificou-se a presença de dois
contaminantes, nas seguintes concentrações:
Contaminante Concentração (mg/L)
benzeno 0,39
metanal 0,40

Em análises químicas, o carbono orgânico total é uma grandeza que expressa a concentração
de carbono de origem orgânica em uma amostra.
Assim, com base nos dados da tabela, a concentração de carbono orgânico total na amostra
de água examinada, em mg/L, é igual a:

a) 0,16
b) 0,36
c) 0,52
d) 0,72

26. (UERJ/2015)
A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência dos peixes. A maioria deles
vive em condições restritas de salinidade, embora existam espécies como o salmão, que consegue

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viver em ambientes que vão da água doce à água do mar. Há peixes que sobrevivem em
concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais.
Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela suas
faixas de concentração de cloreto de sódio.
Concentração de NaCl
Trecho do rio
(mol.L-1)
W  0,01
X 0,1 - 0,2
Y 0,4 - 0,5
Z  0,6 *

*isotônica à água do mar

Um aquário com 100 L de solução aquosa de NaC com concentração igual a 2,1 g·L –1, será
utilizado para criar peixes que vivem no trecho Z do rio. A fim de atingir a concentração mínima para
a sobrevivência dos peixes, deverá ser acrescentado NaC à solução, sem alteração de seu volume.
A massa de cloreto de sódio a ser adicionada, em quilogramas, é igual a:

a) 2,40
b) 3,30
c) 3,51
d) 3,72

27. (UERJ/2012)
Uma amostra de 5 L de benzeno líquido, armazenada em um galpão fechado de 1500 m 3
contendo ar atmosférico, evaporou completamente. Todo o vapor permaneceu no interior do
galpão.

Técnicos realizaram uma inspeção no local, obedecendo às normas de segurança que indicam
o tempo máximo de contato com os vapores tóxicos do benzeno.
Observe a tabela:
CONCENTRAÇ ÃO DE
TEMPO MÁXIMO DE
BENZENO
PERMANÊNCI A
NA ATMOSFERA
(h)
(mg.L-1 )
2 4
4 3
6 2
8 1

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Considerando as normas de segurança, e que a densidade do benzeno líquido é igual a 0,9


-1
g·mL , o tempo máximo, em horas, que os técnicos podem permanecer no interior do galpão,
corresponde a:
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8

28. (UERJ/2019)
(...)
A condutividade elétrica está associada à presença de íons dissolvidos em fase aquosa.
Considere um experimento para o qual estão disponíveis soluções aquosas com concentração de
0,1 mol·L–1 dos seguintes solutos: KF, CaBr2, NiSO4 e FeC3.
Admitindo a dissociação completa, o composto que irá proporcionar maior condutividade
elétrica é:

a) KF
b) CaBr2
c) NiSO4
d) FeC3

29. (UERJ/2018)
Para o tratamento de 60 000 L de água de um reservatório, foram adicionados 20 L de solução
saturada de sulfato de alumínio, sal que possui as seguintes propriedades:
Massa molar = 342 g·mol–1
Solubilidade em água = 900 g·L–1
Desprezando a variação de volume, a concentração de sulfato de alumínio no reservatório,
em mol·L–1, corresponde a:
a) 8,8 · 10–4
b) 4,4 · 10–4
c) 1,1 · 10–3
d) 2,2 · 10–3

30. (FAMERP SP/2016)

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A água boricada é uma solução aquosa de ácido bórico, H 3BO3, a 3% (m/V). Expressando-se
essa concentração em mg de soluto por mL de solução, obtém-se o valor
a) 30.
b) 0,3.
c) 300.
d) 0,03.
e) 3.

31. (UFSCAR SP/2016)


O caxiri é uma tradicional bebida alcoólica fermentada indígena produzida pelos índios
(Juruna) Yudjá, habitantes do Parque Indígena do Xingu, localizado no estado do Mato Grosso. Essa
bebida é preparada à base de mandioca e batata-doce, e é originalmente fermentada por micro-
organismos que estão presentes nas matérias-primas utilizadas para a sua produção. (...)
Observando-se as alterações físico-químicas durante a fermentação, pode-se notar uma progressiva
variação de pH de 4,76 para 3,15. O etanol foi o metabólito da fermentação produzido em maior
quantidade, apresentando concentração, ao final do processo fermentativo, de 83,9 g/L da bebida.
(...)
(http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/4765. Adaptado)

A porcentagem de etanol, m/V, presente nessa bebida, é de, aproximadamente,


a) 2,25%
b) 6,42%
c) 8,39%
d) 20,1%
e) 80,7%

32. (ESCS DF/2012)


Um aditivo conhecido como MTBE (éter metil t-butílico ou 2-metóxi-metil-propano) é
adicionado a alguns tipos de gasolina para aumentar a octanagem e reduzir a poluição do ar causada
por hidrocarbonetos não queimados e pelo monóxido de carbono que sai do escapamento. O
composto é mais solúvel em água do que os hidrocarbonetos; se ocorrer um vazamento de gasolina
com este aditivo no subsolo de um posto, pode ocorrer contaminação do lençol freático.
Sabemos que concentrações acima de 15 g·L–1 desse composto na água pode ocasionar
sabor e odor. Em um município, foram analisadas as concentrações de MTBE em cinco amostras de
água recolhidas em diferentes regiões, com os resultados mostrados na tabela a seguir.
Amostra I II III IV V
−1
[MTBE ] mol  L 1,5  10 −8 3  10 −8
1,5  10 −7 3  10 −7 4  10 −7

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Dados:
Massas molares (g·mol–1) H = 1; C = 12 e O = 16
1 g = 10–6 g

As amostras que apresentaram sabor e odor foram apenas:


a) I e III;
b) II e V;
c) I e II;
d) III, IV e V;
e) IV e V.

LEI DE HENRY
33. (UNICAMP SP/2017)
Bebidas gaseificadas apresentam o inconveniente de perderem a graça depois de abertas. A
pressão do CO2 no interior de uma garrafa de refrigerante, antes de ser aberta, gira em torno de 3,5
atm, e é sabido que, depois de aberta, ele não apresenta as mesmas características iniciais.
Considere uma garrafa de refrigerante de 2 litros, sendo aberta e fechada a cada 4 horas, retirando-
se de seu interior 250 mL de refrigerante de cada vez. Nessas condições, pode-se afirmar
corretamente que, dos gráficos a seguir, o que mais se aproxima do comportamento da pressão
dentro da garrafa, em função do tempo é o

a)

b)

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c)

d)

34. (Unimontes MG/2015)


Mergulhadores respiram ar comprimido (78% de nitrogênio, 21% de oxigênio). No entanto,
pequenas bolhas de nitrogênio são responsáveis pelos acidentes de pressão com mergulhadores
submarinos, quando essas bolhas escapam para o plasma sanguíneo, bloqueando o fluxo de sangue.
Esse risco pode ser minimizado substituindo-se nitrogênio por gás hélio. A variação da solubilidade
de um gás depende da pressão parcial, conforme demonstrado no gráfico:

Em relação à situação descrita, é CORRETO afirmar:

a) O nitrogênio, em grandes profundidades, torna-se menos solúvel, permanecendo em


solução quando os mergulhadores voltam à superfície.
b) O aumento na pressão parcial de um gás é inversamente proporcional à sua
solubilidade, fator determinante para o acidente com o nitrogênio.
c) A solubilidade dos gases oxigênio e nitrogênio no sangue é menor a pressões mais
altas, favorecendo a formação de bolhas.
d) O hélio é menos solúvel no plasma do que o nitrogênio e apresenta átomos pequenos
que atravessam as paredes da célula mais rapidamente, sem causar danos.

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35. (UNITAU SP/2014)


O sangue arterial transporta oxigênio dissolvido com pressão parcial aproximada de 100
mmHg. Considerando um volume sanguíneo de 7 litros (coeficiente de solubilidade do oxigênio (O 2
= 0,0014 mmol · L–1 · mmHg–1), podemos afirmar que a quantidade de oxigênio dissolvido no sangue
é de aproximadamente:

a) 9,8 µmol.
b) 0,98 µmol.
c) 9,8 mmol.
d) 0,98 mmol.
e) 0,098 mol.

36. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2013)


A água para consumo humano deve ser inodora, insípida, incolor e agradável ao paladar com
uma certa quantidade de oxigênio dissolvido. Não deve ter acidez e nem micro-organismos
patogênicos.
As etapas do tratamento de água da cidade de Barretos, SP, estão indicadas na figura.

(www.novoguiabarretos.com. Adaptado.)

Águas de superfície, relativamente límpidas, apresentam-se saturadas de oxigênio dissolvido.


O gráfico relaciona a quantidade de oxigênio que se dissolve na água em função da temperatura, à
pressão normal.

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(http://qnint.sbq.org.br)

A quantidade de oxigênio dissolvido em amostras da água de um manancial, coletadas pela


manhã, à temperatura de 20 °C e pressão de 1 atm, foi determinada como sendo igual a 7 mg/L.
Levando em conta as condições em que as amostras foram coletadas, é correto afirmar que
esse resultado decorre
a) do consumo de oxigênio na decomposição de matéria orgânica de efluentes.
b) da utilização do oxigênio na fotossíntese.
c) da menor concentração matinal do oxigênio atmosférico.
d) da queda da temperatura durante a noite.
e) do excesso de sais dissolvidos.

37. (UNICAMP SP/2011)


Cerca de 1/4 de todo o dióxido de carbono liberado pelo uso de combustíveis fósseis é
absorvido pelo oceano, o que leva a uma mudança em seu pH e no equilíbrio do carbonato na água
do mar. Se não houver uma ação rápida para reduzir as emissões de dióxido de carbono, essas
mudanças podem levar a um impacto devastador em muitos organismos que possuem esqueletos,
conchas e revestimentos, como os corais, os moluscos, os que vivem no plâncton, e no ecossistema
marinho como um todo.
Levando em conta a capacidade da água de dissolver o dióxido de carbono, há uma proposta
de se bombear esse gás para dentro dos oceanos, em águas profundas. Considerando-se o exposto
no texto inicial e a proposta de bombeamento do dióxido de carbono nas águas profundas, pode-se
concluir que esse bombeamento
a) favoreceria os organismos que utilizariam o carbonato oriundo da dissolução do gás
na água para formar suas carapaças ou exoesqueletos, mas aumentaria o nível dos oceanos.
b) diminuiria o problema do efeito estufa, mas poderia comprometer a vida marinha.
c) diminuiria o problema do buraco da camada de ozônio, mas poderia comprometer a
vida marinha.
d) favoreceria alguns organismos marinhos que possuem esqueletos e conchas, mas
aumentaria o problema do efeito estufa.

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DILUIÇÃO.
38. (UEG GO/2016)
Uma solução estoque de hidróxido de sódio foi preparada pela dissolução de 4 g do soluto
em água, obtendo-se ao final 100 mL e, posteriormente, determinado volume foi diluído para 250
mL obtendo-se uma nova solução de concentração igual a 0,15 mol·L–1.
O volume diluído, em mL, da solução estoque, é aproximadamente
a) 26
b) 37
c) 50
d) 75

39. (UEMG/2015)
Um desodorante vendido comercialmente nas farmácias traz a seguinte descrição do
produto:

“Lysoform Primo Plus - desodorante corporal que previne e reduz os maus odores, deixando
uma agradável sensação de limpeza e frescor. Insubstituível na higiene diária, garante o bem-estar
e a tranquilidade para o convívio social.
Finalidade: Desodorizar e higienizar o corpo.
Modo de Usar: Usar uma solução contendo 8 tampas (32 mL) de Lysoform Primo Plus para
cada 1 litro de água.”
Seguindo as orientações do fabricante, uma pessoa que preparar uma solução do produto
com 250mL de água terá que adicionar quantas tampas da solução de Lysoform?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

40. (Mackenzie SP/2018)


Em uma embalagem de 2 L de água sanitária, facilmente encontrada em supermercados,
encontra-se a seguinte informação:
O teor de cloro ativo do produto varia de 2 % a 2,5 % (m/V)
Essa solução pode ser utilizada para tratamento de água de piscina nas concentrações de 1,0
a 2,0 mg de cloro ativo por litro; sendo que, acima de 2,0 mg de cloro ativo por litro, a água se torna
irritante aos olhos. Em duas piscinas (A e B), de capacidades volumétricas diferentes, foram

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adicionados 2 L de água sanitária a cada uma delas. Desta forma, ocorreu a diluição da água sanitária
na água contida em cada piscina, conforme descrito na tabela abaixo.

Piscina A Piscina B
Volume total de
100000 L 25000 L
solução após a diluição

Sendo assim, foram feitas as seguintes afirmações.


I. Há de 20 a 25 g de cloro ativo por litro dessa solução comercial.
II. Na piscina A, a solução formada após a diluição seria irritante aos olhos do usuário
dessa piscina.
III. Na piscina B, a solução formada após a diluição seria adequada ao tratamento de água.

Das afirmações realizadas,

a) nenhuma é correta.
b) são corretas, apenas, I e II.
c) são corretas, apenas, II e III.
d) são corretas, apenas, I e III.
e) todas são corretas.

41. (UFU MG/2014)

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Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 17 fev. 2014.

De acordo com a figura, o consumo de líquidos durante as refeições deve ser evitado, porque
a) dilui o suco gástrico, diminuindo sua concentração e dificultando a digestão.
b) causa azia e, após diluir o suco gástrico, aumenta sua concentração.
c) dilata o estômago, favorecendo a digestão e aumentando a concentração de ácido.
d) engorda, uma vez que melhora o processo digestivo e a liberação dos nutrientes.

42. (UNESP SP/2013)


Alguns cheiros nos provocam fascínio e atração. Outros trazem recordações agradáveis, até
mesmo de momentos da infância. Aromas podem causar sensação de bem-estar ou dar a impressão
de que alguém está mais atraente. Os perfumes têm sua composição aromática distribuída em um
modelo conhecido como pirâmide olfativa, dividida horizontalmente em três partes e caracterizada
pelo termo nota. As notas de saída, constituídas por substâncias bem voláteis, dão a primeira
impressão do perfume. As de coração demoram um pouco mais para serem sentidas. São as notas
de fundo que permanecem mais tempo na pele.
(Cláudia M. Rezende. Ciência Hoje, julho de 2011. Adaptado.)

Um químico, ao desenvolver um perfume, decidiu incluir entre os componentes um aroma


de frutas com concentração máxima de 10–4 mol/L. Ele dispõe de um frasco da substância
aromatizante, em solução hidroalcoólica, com concentração de 0,01 mol/L.

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Para a preparação de uma amostra de 0,50 L do novo perfume, contendo o aroma de frutas
na concentração desejada, o volume da solução hidroalcoólica que o químico deverá utilizar será
igual a
a) 5,0 mL.
b) 2,0 mL.
c) 0,50 mL.
d) 1,0 mL.
e) 0,20 mL.

43. (PUC Camp SP/2018)


Caldas cúpricas podem ser insumos químicos utilizados como defensivos agrícolas
alternativos. A calda bordalesa, por exemplo, é indicada no combate a fungos e bactérias quando
aplicada preventivamente, podendo também ter ação repelente. Para o preparo de 10 L da calda,
procede-se da seguinte maneira:
– Colocar 100 g de sulfato de cobre (II), CuSO4  5H2O, dentro de um pano de algodão, amarrar
e mergulhar em um vasilhame plástico com 1 litro de água morna.
– Colocar 100 g de cal virgem, CaO, em um balde com capacidade para 10 litros. Em seguida,
adicionar 9 litros de água, aos poucos.
– Adicionar, aos poucos e mexendo sempre, o litro da solução de sulfato de cobre dentro do
balde da água de cal.
A quantidade final, em mol, de íons de cobre em cada litro de calda bordalesa é,
aproximadamente,

Dados:
Massa molar do CuSO4  5H2O = 250 g/mol

a) 4,0 mol.
b) 2,5 mol.
c) 0,40 mol.
d) 0,25 mol.
e) 0,040 mol.

44. (UNITAU SP/2018)

Aula 08 – Soluções 93
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O formol é uma solução aquosa utilizada, por exemplo, para preservação de animais mortos
e de peças de anatomia. O formol comercializado contém CHOH na concentração de 37%
(massa/volume).
Assinale a alternativa que apresenta informações CORRETAS sobre: a função orgânica do
CHOH; o volume necessário da solução de formol 37%; o volume de água para se preparar 250 mL
de uma solução de CHOH 14,8% (massa/volume).
a) CHOH é um álcool; 37 mL de formol 37%; 213 mL de água
b) CHOH é um aldeído; 14,8 mL de formol 37%; 235,2 mL de água
c) CHOH é um álcool; 89,3 mL de formol 37%; 160,7 mL de água
d) CHOH é um aldeído; 100 mL de formol 37%; 150 mL de água
e) CHOH é um fenol; 18,3 mL de formol 37%; 231,7 mL de água

45. (FCM MG/2014)

Fonte: Manual do Consumidor de Homeopatia (Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas – ABFH)

No preparo das formas farmacêuticas derivadas, em homeopatia, 1,0 parte do insumo ativo
(Tinturamãe) é misturado com 99 partes do veículo (diluente apropriado). Após sucussionar
(agitação 100 vezes), obtém-se a dinamização 1CH (1/102).
1,0 parte da 1CH + 99 partes do veículo, após sucussionar, obtém-se a 2CH e assim
sucessivamente, conforme o esquema da figura.
Sabendo-se que o número de Avogadro é 6,02 · 1023, a partir de qual dinamização centesimal
de (Hahnemann (CH) não haverá mais molécula alguma do insumo ativo no medicamento
a) 5CH.
b) 10CH.
c) 12CH.
d) 23CH

46. (UDESC SC/2014)


Assinale a alternativa que corresponde ao volume de solução aquosa de sulfato de sódio, a
0,35 mol/L, que deve ser diluída por adição de água, para se obter um volume de 650 mL de solução
a 0,21 mol/L.

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a) 500 mL
b) 136 mL
c) 227 mL
d) 600 mL
e) 390 mL

47. (FM Petrópolis RJ/2014)


Um estagiário de um laboratório de análises clínicas deve preparar uma solução de cloreto
de sódio a 0,9%, o soro fisiológico. Como não deseja pesar o pó, decide usar uma solução estoque
de NaC 5M. Ele obtém 10 mL dessa solução 5 M, conforme a Figura a seguir.

Considerando-se o peso molecular do NaC como 54 g/mol, para facilitar o cálculo, e tendo-
se obtido os 10 mL de solução 5 M de NaC, qual volume, em mL, ele poderá preparar da solução
final de 0,9%?
a) 300
b) 150
c) 100
d) 60
e) 30

MISTURA DE SOLUÇÕES QUE NÃO REAGEM.


48. (UERGS/2009)
O volume em litros de uma solução de HNO3 0,1 mol·L–1 que deve ser adicionado a 5 litros de
uma solução de HNO3 0,5 mol·L–1 para obter uma concentração final igual a 0,2 mol·L–1 é
a) 3.
b) 6.
c) 12.
d) 15.

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e) 30.

49. (Unimontes MG/2008)


As águas salgadas têm maior concentração de íons quando comparadas àquela encontrada
em águas doces.
O encontro das águas dos rios e do mar e o tempo que determinados íons permanecem no
mar podem ser um indicador de alterações antrópicas.
Admitindo que a concentração média do íon sódio, Na+, em águas doces é de 0,23 · 10–3 mol/L
e que o volume dessas águas lançado no oceano em todo o planeta é de 3,6 · 1016 L/ano, pode-se
estimar que, em 78 · 106 anos de permanência de íons Na+ em águas salgadas, a quantidade
armazenada de matéria, mol, desses íons é, aproximadamente,
a) 8,3 · 1012.
b) 6,0 · 1023.
c) 6,5 · 1020.
d) 4,7 · 1020.

50. (UERJ/2006)
Para estudar os processos de diluição e mistura foram utilizados, inicialmente, três frascos
contendo diferentes líquidos.
A caracterização desses líquidos é apresentada na ilustração abaixo.

A seguir, todo o conteúdo de cada um dos frascos foi transferido para um único recipiente.
Considerando a aditividade de volumes e a ionização total dos ácidos, a mistura final
apresentou uma concentração de íons H+, em mol·L−1, igual a:
a) 0,60
b) 0,36
c) 0,24
d) 0,12

51. (UEPG PR/2019)

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Avalie a preparação das 2 soluções descritas a seguir, considere que na mistura entre elas
não ocorre reação e que os compostos estão 100% dissociados na temperatura em que a mistura
foi realizada. Sobre esse processo, assinale o que for correto.
Dados: Mg = 24 u; K = 39 u; Cl = 35,5 u
I. Solução aquosa de KC 0,1 mol/L.
II. Solução preparada pela dissolução de 190 g de cloreto de magnésio em água,
completando-se o volume para 1 litro.

01. Na mistura de 1 litro da solução I mais 1 litro da solução II, ambas terão as
concentrações reduzidas pela metade na solução final.
02. Nas duas soluções, o soluto é formado por compostos iônicos que sofrem dissociação
em meio aquoso.
04. Para preparar 200 mL da solução I são necessários 149 g do sal.
08. A solução II tem concentração igual a 2 mol/L.

52. (UNITAU SP/2018)


Uma solução é obtida misturando-se 300 g de uma solução A com 400 g de uma solução B. A
solução A consiste em uma mistura cuja concentração do soluto é 25% (m/m), enquanto que, na
solução B, a concentração do soluto é 40% (m/m).

Qual a porcentagem de massa total do soluto (m/m) da solução obtida?


Obs: m/m = massa/massa
a) 66,43%
b) 33,57%
c) 25,0%
d) 40,0%
e) 50, 0%

53. (ACAFE SC/2016)


Para preparar 1,0 L de [NaOH] = 1,0 mol/L se dispõe de dois frascos distintos contendo
soluções de NaOH, um na concentração de 7% (m/v, frasco A) e outro 2% (m/v, frasco B).
Dados: Na = 23 g/mol; O = 16 g/mol; H = 1 g/mol.
Assinale a alternativa que contém os respectivos volumes das soluções A e B que uma vez
misturados resultará na mistura desejada.

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a) 200mL e 800mL
b) 500mL e 500mL
c) 350mL e 650mL
d) 400mL e 600mL

54. (UEM PR/2012)


A aplicação de fertilizantes líquidos em lavouras depende fundamentalmente da formulação
do fertilizante e do tipo de lavoura. A tabela a seguir apresenta as concentrações de nitrogênio,
fósforo e potássio (NPK) que devem estar presentes no fertilizante de uma determinada lavoura.
Sabendo-se que um agricultor possui três formulações aquosas estoque de fertilizante: a primeira
(1) contendo 0 g/L de nitrogênio, 60 g/L de fósforo e 40 g/L de potássio; a segunda (2) contendo 50
g/L de nitrogênio, 50 g/L de fósforo e 0 g/L de potássio; e a terceira (3) 40 g/L de nitrogênio, 0 g/L
de fósforo e 60 g/L de potássio, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) a respeito das formulações de
fertilizante ótimas para cada lavoura.

01. Para a lavoura A, deve ser feita uma solução contendo 50 mL da formulação (1) e 50
mL da formulação (3), diluindo-se em seguida para um volume final de 5 litros.
02. As formulações estoque podem ser preparadas a partir dos sais nitrato de amônia,
fosfato monoácido de cálcio e cloreto de potássio.
04. Para se preparar a primeira solução estoque (1), em relação ao K, pode-se usar,
aproximadamente, 1,025 mols de KC dissolvido em 1 litro de água.
08. Além de NPK, fertilizantes podem conter outros compostos em menor proporção,
fontes de micronutrientes, como Fe, Zn, Mn e Cu.
16. Para a lavoura C, deve ser feita uma solução contendo 150 mL da formulação (2) e 150
mL da formulação (3), diluindo-se em seguida a um volume final de 15 litros.

55. (UERJ/2011)
Observe, a seguir, a fórmula estrutural do ácido ascórbico, também conhecido como vitamina
C:

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HO

HO O O

HO OH

Para uma dieta saudável, recomenda-se a ingestão diária de 2,5·10–4 mol dessa vitamina,
preferencialmente obtida de fontes naturais, como as frutas.
Considere as seguintes concentrações de vitamina C:
- polpa de morango: 704 mg·L–1;
- polpa de laranja: 528 mg·L–1.
Um suco foi preparado com 100 mL de polpa de morango, 200 mL de polpa de laranja e 700
mL de água.
A quantidade desse suco, em mililitros, que fornece a dose diária recomendada de vitamina
C é:
a) 250
b) 300
c) 500
d) 700

56. (ESCS DF/2008)


Em 1980, os médicos Irineu Velasco e Maurício da Rocha e Silva descobriram que a utilização
de soluções hipertônicas contendo 7.500 mg de cloreto de sódio dissolvidos em 100 mL de solução
aquosa representava uma alternativa segura e eficiente para o tratamento de vítimas de choque
hemorrágico. Os tratamentos utilizados até então recomendavam, entre outros procedimentos, a
aplicação de grandes volumes de soro fisiológico contendo 900 mg de cloreto de sódio em 100 mL
de solução.
Um determinado grupo de pesquisadores decidiu realizar um estudo utilizando uma nova
solução salina, preparada a partir da combinação da solução hipertônica de Velasco e Silva com o
soro fisiológico convencional.
A razão entre os volumes de soro fisiológico e de solução hipertônica necessários para
preparar uma solução com concentração igual a 20 g/L de NaC é igual a:
a) 10;
b) 7,5;
c) 5;
d) 2,5;
e) 1.

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57. (FFFCMPA RS/2007)


Um estudante de Química precisava preparar 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio
com concentração 0,14 mol/L. No entanto, ele só dispunha de outras soluções de NaOH, cujas
concentrações eram 0,05 mol/L e 0,50 mol/L, de uma pipeta graduada e de um balão volumétrico
de 100 mL. Com este material, como o estudante deverá proceder para conseguir preparar a
solução?
a) Pipetar 10,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,05 mol/L.
b) Pipetar 15,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,05 mol/L.
c) Pipetar 20,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,05 mol/L.
d) Pipetar 25,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,05 mol/L.
e) Pipetar 10,0 mL da solução 0,05 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,50 mol/L.

MISTURA DE SOLUÇÕES QUE REAGEM.


58. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2016)
Uma solução de ácido acético (CH3COOH; massa molar 60 g) encontra-se em titulação. Sabe-
se que para a neutralização total de 150 mL dessa solução são necessários 100 mL de NaOH (1mol/L).
Segue a equação da reação de neutralização.
CH3COOH + NaOH → Na+ + CH3COO– + H2O
A correta titulação para essa solução de ácido acético é
a) 20 g/litro.
b) 40 g/litro.
c) 60 g/litro.
d) 80 g/litro.
e) 100 g/litro.

59. (IME RJ/2019)

Aula 08 – Soluções 100


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É requerido que fazendas produtoras de leite bovino controlem a acidez do leite que está
aguardando o processamento. Essa acidez é resultante da conversão da lactose em ácido lático
(ácido 2-hidroxipropanoico) por ação de microrganismos:
C12H22O11 + H2O → 4 C3H6O3
Um fazendeiro decidiu fazer um experimento para determinar a taxa de geração de ácido
lático no leite armazenado: retirou uma amostra de 50 cm3 de leite, cuja concentração de ácido
lático é de 1,8 g/L, e, depois de três horas, utilizou 40 cm 3 de uma solução 0,1 molar de NaOH para
neutralizá-la.
Conclui-se que a taxa média de produção de ácido lático por litro de leite é:
a) 0,25 mg/L·s
b) 0,33 mg/L·s
c) 0,50 mg/L·s
d) 0,67 mg/L·s
e) 1,00 mg/L·s

60. (UCS RS/2017)


A cisplatina, Pt(NH3)2C2, uma droga utilizada em quimioterapia, pode ser preparada por meio
da reação de (NH4)2PtC4 com uma solução aquosa de amônia. Além da cisplatina, o outro produto
dessa reação é o cloreto de amônio. Para que se possa obter 12,60 g de cisplatina, a partir dessa
reação, o volume em mililitros de amônia 0,125 mol·L–1 é, em valores arredondados, de
a) 327.
b) 495.
c) 544.
d) 672.
e) 753.

61. (PUC SP/2019)


A análise gravimétrica é baseada em medidas de massa. A substância a ser testada pode ser
misturada com um reagente para formação de um precipitado, o qual é pesado. É possível
determinar a quantidade de cálcio presente na água, por exemplo, misturando a amostra com
excesso de ácido etanodióico, seguida de uma solução de amônia. Os íons cálcio reagem com íons
etanodioato formando, etanodioato de cálcio. O etanodioato de cálcio é convertido em óxido de
cálcio, através de aquecimento, o qual é pesado. Uma amostra de 200 cm 3 de água foi submetida
ao tratamento descrito acima. A conversão de etanodioato de cálcio em óxido de cálcio foi feita em
um cadinho que tinha uma massa de 28,520 g. Após a conversão, a massa obtida foi de 28,850 g.
Qual a concentração, aproximada, de íons cálcio na amostra de água?

Aula 08 – Soluções 101


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a) 3·10–2 mol/L
b) 6·10–3 mol/L
c) 3·10–5 mol/L
d) 0,33 mol/L

62. (FMABC SP/2017)


A lactose é o açúcar presente no leite. Formada por dois monossacarídeos, a galactose e a
glicose, a lactose é representada pela fórmula molecular C12H22O11. Algumas bactérias presentes no
leite são capazes de fermentar a lactose, produzindo exclusivamente o ácido láctico (C 3H6O3), um
ácido monoprótico.
C12H22O11 + H2O → 4 C3H6O3
Uma amostra de 20 mL de leite de vaca apresenta, inicialmente, 1,00 g de lactose. O leite
dessa amostra foi fermentado e o ácido láctico gerado foi titulado utilizando-se uma solução aquosa
de hidróxido de sódio (NaOH) 0,20 mol·L–1. Foram necessários 35 mL da solução alcalina para
neutralizar completamente o ácido. Considerando que o único ácido presente na amostra é o ácido
láctico proveniente da fermentação do leite, a porcentagem de lactose ainda presente no leite é de
aproximadamente
Dados: massa molar (g·mol–1): C12H22O11 = 342; C3H6O3 = 90; NaOH = 40.

a) 20 %.
b) 30 %.
c) 40 %.
d) 50 %.

63. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016)


Para determinar a pureza de uma amostra de ácido sulfúrico (H2SO4), uma analista dissolveu
14,0 g do ácido em água até obter 100 mL de solução. A analista separou 10,0 mL dessa solução e
realizou a titulação, utilizando fenolftaleína como indicador. A neutralização dessa alíquota foi
obtida após a adição de 40,0 mL de uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) de
concentração 0,5 mol·L–1.
O teor de pureza da amostra de ácido sulfúrico analisado é, aproximadamente,
a) 18,0 %.
b) 50,0 %.
c) 70,0 %
d) 90,0 %.

Aula 08 – Soluções 102


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64. (ACAFE SC/2016)


Considere os trechos retirados do artigo: Química e Armas Não Letais: Gás Lacrimogêneo em
Foco da revista Química Nova na Escola, volume 71, número 2. maio de 2015, p. 88-92.

*Hazardous Substances Data Bank (HSDB),


http://toxnet.nlm.ni.gov/cgi-bin/sis/search/r?dbs+hsdb:@ter m+@rn+@rel+2698-41-1

Quadro 01: Representação estrutural e propriedades dos lacrimogêneos. Considere os


pontos de fusão e ebulição medidos sob 1atm.
“[…] Pessoas afetadas com CN devem procurar ar fresco, com o rosto voltado para o vento,
e não esfregar os olhos. Caso a contaminação tenha sido intensa, deve-se remover a roupa e
imediatamente banhar o corpo com grande quantidade de água fria. Pode-se optar por uma solução
de 5% (m/v) de bicarbonato de sódio em água para remover os cristais do agente lacrimogêneo […]”.

Reação de neutralização de cloroacetofenona (CN) com bicarbonato de sódio.


Assinale a alternativa que contém o volume de solução aquosa de bicarbonato de sódio 5%
(m/v) necessário para reagir com 77,25 g de cloroacetofenona.
Dados: massas molares do cloroacetofenona (CN) e bicarbonato de sódio respectivamente:
154,5 g/mol e 84 g/mol.

a) 8,4L
b) 4,2L
c) 7,72L
d) 0,84L

Aula 08 – Soluções 103


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11. GABARITO SEM COMENTÁRIOS

1. C 23. C 45. C
2. E 24. D 46. E
3. C 25. C 47. A
4. A 26. B 48. D
5. C 27. B 49. C
6. D 28. D 50. C
7. D 29. A 51. 11
8. E 30. A 52. B
9. C 31. C 53. D
10. D 32. E 54. 15
11. 10 33. B 55. A
12. D 34. D 56. C
13. D 35. D 57. C
14. A 36. A 58. B
15. B 37. B 59. C
16. A 38. B 60. D
17. D 39. B 61. A
18. B 40. D 62. C
19. A 41. A 63. C
20. C 42. A 64. D
21. C 43. E
22. C 44. D

12. RESOLUÇÕES DAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS


I. Questão fundamental 01.
a) 40 g.
b) 35 g.
c) 180 g.
d) Insaturada. 300 g dissolvido e 500 g de água a 30 °C.

Aula 08 – Soluções 104


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e) Saturada. 350 g dissolvido e 500 g de água a 30 °C.


f) Saturada. 7 g dissolvido, 1 g de corpo de fundo e 10 g de água a 30 °C.
g) Saturada. 9 g dissolvido, 6 g de corpo de fundo e 10 g de água a 70 °C.
h) 2 g de corpo de fundo.
i) 2 g (primeira cristalização) + 1 (cristalização devido ao resfriamento) = 3 g de corpo de fundo

II. Questão fundamental 02.

Concentração Concentração
Fórmula
(g/L) (mol/L)

Ca2+ (aq) 4 0,1

Na+ (aq) 34,5 1,5

CO32- (aq) 1,8 0,03

NO3- (aq) 124 2

Al3+ (aq) 8,1 0,3

III. Questão fundamental 03 – 1,17 g.


IV. Questão fundamental 04 – 0,505 g.
V. Questão fundamental 05.
a) 1,75 mol.
b) 2,05 g/mL.
c) 1,4 g/mL.

VI. Questão fundamental 06.


a) 400 g/L.
b) 1400 g/L.

Questão fundamental 07 – 2300 mL.


Questão fundamental 08 – 0,33 mol/L.
Questão fundamental 09 – 0,06 mol/L.
Questão fundamental 10 – 0,1 mol/L.
Questão fundamental 11 – 57 g/L.
Questão fundamental 12 – 0,25 L.

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Questão fundamental 13 – 0,34 mol/L.


Questão fundamental 14 –
a) 0,05 mol/L.
b) 0,1 mol/L.
c) 0,25 mol/L.
Questão fundamental 15 – 14,64 g/L.
Questão fundamental 16 – 3 mol/L.
Questão fundamental 17 – 2,5 mol/L.
Questão fundamental 18 – 1,33 mol/L.
Questão fundamental 19 – 0,66 L.
Questão fundamental 20 – 0,4 L.

13. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS


1. (ENEM/2015)
A obtenção de sistemas coloidais estáveis depende das interações entre as partículas
dispersas e o meio onde se encontram. Em um sistema coloidal aquoso, cujas partículas são
hidrofílicas, a adição de um solvente orgânico miscível em água, como etanol, desestabiliza o
coloide, podendo ocorrer a agregação das partículas preliminarmente dispersas.

A desestabilização provocada pelo etanol ocorre porque

a) a polaridade da água no sistema coloidal é reduzida.


b) as cargas superficiais das partículas coloidais são diminuídas.
c) as camadas de solvatação de água nas partículas são diminuídas.
d) o processo de miscibilidade da água e do solvente libera calor para o meio.
e) a intensidade dos movimentos brownianos das partículas coloidais é reduzida.

Comentários:
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.

Aula 08 – Soluções 106


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A desestabilização provocada pelo etanol ocorre porque


a) a polaridade da água no sistema coloidal é reduzida.
Errado. A polaridade das moléculas de água, somente, seria interferida se houve reação
química alterando as ligações covalentes da molécula. O álcool interage com a água por meio de
interações intermoleculares, logo, não ocorre reação química.
b) as cargas superficiais das partículas coloidais são diminuídas.
Errado. Mudar as cargas superficiais das partículas coloidais é alterar a polaridade das
moléculas do sistema. Não ocorre alteração de ligações nas moléculas, porque não ocorre reação
química.
c) as camadas de solvatação de água nas partículas são diminuídas.
Certo. O álcool interage com as moléculas de água e diminui a solvatação das moléculas de
água com as partículas dispersas. Tendo menos moléculas de água interagindo com as partes
dispersas, estas interagem mais entre si e produzem uma fase hidrofóbica. A dissolução do álcool
em água auxilia na separação de duas fases e, assim, converte um coloide em uma suspensão.
d) o processo de miscibilidade da água e do solvente libera calor para o meio.
Errado. A liberação de calor não justifica a formação dos aglomerados da porção insolúvel em
água.
e) a intensidade dos movimentos brownianos das partículas coloidais é reduzida.
Errado. Os movimentos brownianos reduziriam se houvesse mudança de estado líquido para
sólido, que não é o fato observado.

Gabarito: C

2. (ENEM/2015)
O vinagre vem sendo usado desde a Antiguidade como conservante de alimentos, bem como
agente de limpeza e condimento. Um dos principais componentes do vinagre é o ácido acético
(massa molar 60 g/mol), cuja faixa de concentração deve se situar entre 4% a 6% (m/v). Em um teste
de controle de qualidade foram analisadas cinco marcas de diferentes vinagres, e as concentrações
de ácido acético, em mol/L, se encontram no quadro.

RIZZON, L. A. Sistema de produção de vinagre.


Disponível em: www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br.
Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).

A amostra de vinagre que se encontra dentro do limite de concentração tolerado é a

Aula 08 – Soluções 107


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a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Comentários:
Convertendo as concentrações 4% e 6% para mol/L, tem-se:

4% (m/v) de ácido acético 6% (m/v) de ácido acético

4% (m/v) = 4 g/100 mL = 40 g/1000 mL = 40 g/L 6% (m/v) = 6 g/100 mL = 60 g/1000 mL = 60 g/L


40 𝑔/𝐿 60 𝑔/𝐿
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = = 0,67 𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = = 1,0 𝑚𝑜𝑙/𝐿
60 𝑔/𝑚𝑜𝑙 60 𝑔/𝑚𝑜𝑙

A única solução que se encontra entre 0,67 mol/L e 1,0 mol/L é a solução 5.

Gabarito: E

3. (ENEM/2019)
Um dos parâmetros de controle de qualidade de polpas de frutas destinadas ao consumo
como bebida é a acidez total expressa em ácido cítrico, que corresponde à massa dessa substância
em 100 gramas de polpa de fruta. O ácido cítrico é uma molécula orgânica que apresenta três
hidrogênios ionizáveis (ácido triprótico) e massa molar 192 gmol–1. O quadro indica o valor mínimo
desse parâmetro de qualidade para polpas comerciais de algumas frutas.

A acidez total expressa em ácido cítrico de uma amostra comercial de polpa de fruta foi
determinada. No procedimento, adicionou-se água destilada a 2,2 g da amostra e, após a
solubilização do ácido cítrico, o sólido remanescente foi filtrado. A solução obtida foi titulada com
solução de hidróxido de sódio 0,01 molL–1, em que se consumiram 24 mL da solução básica
(titulante).
BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Instrução normativa n. 1, de 7 de janeiro de 2000. Disponível em:
www.agricultura.gov.br. Acesso em: 9 maio 2019 (adaptado).

Aula 08 – Soluções 108


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Entre as listadas, a amostra analisada pode ser de qual polpa de fruta?


a) Apenas caju.
b) Apenas maracujá.
c) Caju ou graviola.
d) Acerola ou cupuaçu.
e) Cupuaçu ou graviola.
Comentários:
A quantidade de ácido cítrico foi determinada por titulação com a solução de hidróxido de
sódio a 0,01 mol/L, sendo gastos 24 mL desta solução. O ácido cítrico libera 3H + por molécula,
portanto, uma molécula de ácido cítrico reage com 3 fórmulas de NaOH.
𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
Sabe-se que:
𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜
3 ∙ 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 1 ∙ 0,01 𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐿−1 ∙ 0,024 𝐿
𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 8 ∙ 10−5 𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐿−1
A quantidade, em mol, de ácido cítrico presente em 2,2 g de amostra é de 8 ∙ 10-5 mol, assim
calcula-se a quantidade, em massa, presente em 100 g da amostra:
2,2 𝑔 −−−− 8 ∙ 10−5 𝑚𝑜𝑙
100 𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙
𝑥 = 3,63 ∙ 10−3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑐í𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑒𝑚 100 𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
A massa molar do ácido cítrico é igual a 192 g∙mol-1, portanto:
192 𝑔
3,63 ∙ 10−3 𝑚𝑜𝑙 ∙= 0,69 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 100 𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
1 𝑚𝑜𝑙
A quantidade máxima de vitamina C é de 0,69, portanto, as amostras possíveis são graviola e
caju.
Gabarito: C

4. (ENEM/2019)
O vinagre é um produto alimentício resultante da fermentação do vinho que, de acordo com
a legislação nacional, deve apresentar um teor mínimo de ácido acético (CH 3COOH) de 4% (v/v).
Uma empresa está desenvolvendo um kit para que a inspeção sanitária seja capaz de determinar se
alíquotas de 1 mL de amostras de vinagre estão de acordo com a legislação. Esse kit é composto por
uma ampola que contém uma solução aquosa de Ca(OH)2 0,1 mol/L e um indicador que faz com que
a solução fique cor-de-rosa, se estiver básica, e incolor, se estiver neutra ou ácida. Considere a
densidade do ácido acético igual a 1,10 g/cm3, a massa molar do ácido acético igual a 60 g/mol e a
massa molar do hidróxido de cálcio igual a 74 g/mol.

Aula 08 – Soluções 109


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Qual é o valor mais próximo para o volume de solução de Ca(OH) 2, em mL, que deve estar
contido em cada ampola do kit para garantir a determinação da regularidade da amostra testada?
a) 3,7
b) 6,6
c) 7,3
d) 25
e) 36
Comentários:
1) Calcula-se a quantidade, em mol, de ácido acético presente em 1mL (4% (v/v) da amostra:
4
1 𝑚𝐿 ∙ = 0,04 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜
100
1,10 𝑔
0,04 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 ∙ = 0,044 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜
𝑚𝐿
60 𝑔 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜
0,044 𝑔 − − − − 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜
𝑥 = 7,3 ∙ 10−4 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜
2) Calcula-se o volume da solução de Ca(OH)2 de 0,1 mol/L necessária para reagir com 7,3 ∙10-
4
mol de ácido acético:
𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
Sabe-se que:
𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜
1 ∙ 7,3 ∙ 10−4 𝑚𝑜𝑙 = 2 ∙ 0,01 𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐿−1 ∙ 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 = 0,365 𝐿 = 365 𝑚𝐿 ≈ 370 𝑚𝐿
Gabarito: A

5. (ENEM/2019)
Laboratórios de química geram como subprodutos substâncias ou misturas que, quando não
têm mais utilidade nesses locais, são consideradas resíduos químicos. Para o descarte na rede de
esgoto, o resíduo deve ser neutro, livre de solventes inflamáveis e elementos tóxicos como Pb, Cr e
Hg. Uma possibilidade é fazer uma mistura de dois resíduos para obter um material que apresente
as características necessárias para o descarte. Considere que um laboratório disponha de frascos de
volumes iguais cheios dos resíduos, listados no quadro.

Aula 08 – Soluções 110


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Qual combinação de resíduos poderá ser descartada na rede de esgotos?


a) I e II
b) II e III
c) II e IV
d) V e VI
e) IV e VI
Comentários:
Julgando os itens, tem-se:
a) Errado. Ocorre neutralização total do ácido e da base, porém, são formados íons CrO42-
. Segundo o texto, não é permitido o descarte de metais como o cromo.
b) Errado. Não ocorre neutralização total do ácido e da base, porque a concentração da
base monoprótica é o dobro da concentração do ácido monoprótico.
c) Certo. Ocorre neutralização total entre essas duas substâncias. A concentração de OH-
é igual a concentração do H+, ambos são iguais a 0,2 mol/L.
d) Errado. Não ocorre neutralização total do ácido e do sal de caráter básico, porque a
concentração do ácido monoprótico é o dobro da concentração do sal de caráter básico.
e) Errado. Não ocorre neutralização total do ácido e do sal de caráter básico, porque a
concentração do ácido diprótico é o dobro da concentração do sal de caráter básico.
Gabarito: C

6. (ENEM/2019)
Nos municípios onde foi detectada a resistência do Aedes aegypti, o larvicida tradicional será
substituído por outro com concentração de 10% (v/v) de um novo princípio ativo. A vantagem desse
segundo larvicida é que uma pequena quantidade da emulsão apresenta alta capacidade de
atuação, o que permitirá a condução de baixo volume de larvicida pelo agente de combate às
endemias. Para evitar erros de manipulação, esse novo larvicida será fornecido em frascos plásticos
e, para uso em campo, todo o seu conteúdo deve ser diluído em água até o volume final de um litro.
O objetivo é obter uma concentração final de 2% em volume do princípio ativo.
Que volume de larvicida deve conter o frasco plástico?

Aula 08 – Soluções 111


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a) 10 mL
b) 50 mL
c) 100 mL
d) 200 mL
e) 500 mL
Comentários:
Aplicando a fórmula da diluição, pois a transformação necessária é adicionar água para
diminuir a concentração de 10% para 2% e obter 1 litro ao final do procedimento:
𝐶𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ∙ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ∙ 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
10% ∙ 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 2% ∙ 1 𝐿
𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 0,2 𝐿 = 200 𝑚𝐿
Gabarito: D

7. (ENEM/2017)
A toxicidade de algumas substâncias é normalmente representada por um índice conhecido
como DL50 (dose letal mediana). Ele representa a dosagem aplicada a uma população de seres vivos
que mata 50% desses indivíduos e é normalmente medido utilizando-se ratos como cobaias. Esse
índice é muito importante para os seres humanos, pois ao se extrapolar os dados obtidos com o uso
de cobaias, pode-se determinar o nível tolerável de contaminação de alimentos, para que possam
ser consumidos de forma segura pelas pessoas. O quadro apresenta três pesticidas e suas
toxicidades. A unidade mg/kg indica a massa da substância ingerida pela massa da cobaia.

Sessenta ratos, com massa de 200 g cada, foram divididos em três grupos de vinte. Três
amostras de ração, contaminadas, cada uma delas com um dos pesticidas indicados no quadro, na
concentração de 3 mg por grama de ração, foram administradas para cada grupo de cobaias. Cada
rato consumiu 100 g de ração.
Qual(ais) grupo(s) terá(ão) uma mortalidade mínima de 10 ratos?
a) O grupo que se contaminou somente com atrazina.
b) O grupo que se contaminou somente com diazinon.
c) Os grupos que se contaminaram com atrazina e malation.
d) Os grupos que se contaminaram com diazinon e malation.
e) Nenhum dos grupos contaminados com atrazina, diazinon e malation.

Aula 08 – Soluções 112


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Comentários:
Cada rato consumiu 100 g de ração com 3 mg por grama de ração, ou seja, cada rato consumiu
300 mg de pesticida:
3 𝑚𝑔
100 𝑔 𝑑𝑒 𝑟𝑎çã𝑜 ∙ = 300 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑟𝑎𝑡𝑜
𝑔 𝑑𝑒 𝑟𝑎çã𝑜
Cada rato apresenta massa de 200 g, portanto, calcula-se a dose letal em 1 kg:
300 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎 −−−− 200 𝑔 (𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑟𝑎𝑡𝑜)
𝑥 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎 −−−− 1000 𝑔 (𝑜𝑢 1 𝑘𝑔)
𝑥 = 1500 𝑚𝑔/𝑘𝑔
Portanto, as substâncias Diazinon e Malation podem ser colocados na ração porque
apresentam concentrações inferiores a 1500 mg/kg.
Gabarito: D

8. (ENEM/2017)
A ingestão de vitamina C (ou ácido ascórbico; massa molar igual a 176 g/mol) é recomendada
para evitar o escorbuto, além de contribuir para a saúde de dentes e gengivas e auxiliar na absorção
de ferro pelo organismo. Uma das formas de ingerir ácido ascórbico é por meio dos comprimidos
efervescentes, os quais contêm cerca de 0,006 mol de ácido ascórbico por comprimido. Outra
possibilidade é o suco de laranja, que contém cerca de 0,07 g de ácido ascórbico para cada 200 mL
de suco.
O número de litros de suco de laranja que corresponde à quantidade de ácido ascórbico
presente em um comprimido efervescente é mais próximo de
a) 0,002.
b) 0,03.
c) 0,3.
d) 1.
e) 3.
Comentários:
A quantidade de ácido ascórbico é de 0,006 mol, calcula-se o equivalente de suco para atingir
essa quantidade:
1) Determine a quantidade de ácido ascórbico (massa molar 176 g/mol), em mol, presente
no suco de laranja:
𝑚
𝑛=
𝑀
0,07 𝑔
𝑛= = 3,97 ∙ 10−4 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑠𝑐ó𝑟𝑏𝑖𝑐𝑜 𝑒𝑚 200 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑜
176 𝑔/𝑚𝑜𝑙
2) Calcule o volume necessário de suco para obter 0,006 mol:

Aula 08 – Soluções 113


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3,97 ∙ 10−4 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑠𝑐ó𝑟𝑏𝑖𝑐𝑜 −−−− 200 𝑚𝐿


0,006 𝑚𝑜𝑙 −−−− 𝑥 𝑚𝐿
𝑥 = 3 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑜
Gabarito: E

9. (UFU MG/2012)
O grafitismo é um tipo de manifestação artística surgida nos Estados Unidos, na década de
1970. No Brasil, o grafite chegou ao final dos anos de 1970, em São Paulo. Hoje, o estilo desenvolvido
pelos brasileiros é reconhecido entre os melhores do mundo.
A tinta mais usada pelos grafiteiros é o spray em lata, que possuiu, até o final da década de
1980, o Clorofluorcarboneto como propelente.
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/artes/grafite.htm>. Acesso em: 14 jun. 2012.

O spray em lata, utilizado na arte do grafite,


a) possuía, em sua formulação, CFC, que colaborava para prevenir a degradação da
camada de ozônio.
b) deve ser armazenado em ambientes com incidência direta da luz solar.
c) é uma dispersão coloidal, mantida sob pressão, de um líquido em um gás liquefeito.
d) possui probabilidade de explodir diretamente proporcional à redução da temperatura.

Comentários:
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
O spray em lata, utilizado na arte do grafite,
a) possuía, em sua formulação, CFC, que colaborava para prevenir a degradação da
camada de ozônio.
Errado. O CFC é um componente que contribui para a destruição da camada de ozônio.
b) deve ser armazenado em ambientes com incidência direta da luz solar.
Errado. A incidência da luz solar aumenta a reatividade desse material. A luz solar forma
radicais de cloro, que são as espécies reativas proveniente do gás CFC.
c) é uma dispersão coloidal, mantida sob pressão, de um líquido em um gás liquefeito.
Certo. O spray da lata é classificado como aerossol líquido, em que partículas líquidas estão
dispersas em um meio gasoso. O aerossol é uma mistura heterogênea do tipo coloide ou dispersão
coloidal.
d) possui probabilidade de explodir diretamente proporcional à redução da temperatura.
Errado. O aumento da temperatura de um gás, a um volume constante, aumenta a pressão.
Logo, esquentar uma lata de spray aumenta a probabilidade de estourar.

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Gabarito: C

10. (UFPR/2019)
Evidências científicas mostraram que a poluição produzida por navios de guerra durante a
Segunda Guerra Mundial interferiu no crescimento das árvores na Noruega. Embarcações da
Alemanha ficaram estacionadas boa parte da guerra na costa da Noruega, com a função de impedir
uma possível invasão dos inimigos. Para camuflar as embarcações, era produzida uma névoa
química, e foi essa névoa artificial a responsável por limitar o crescimento das árvores nesse período.
Uma estratégia muito comum para gerar essa névoa artificial era por meio da queima incompleta
de óleo combustível, mas também outros métodos foram empregados, como o lançamento na
atmosfera de misturas que produziam cloreto de zinco, óxido de titânio ou pentóxido de fósforo.
Esses métodos capazes de produzir névoa artificial se baseiam em reações que:
a) geram gases irritantes.
b) formam líquidos imiscíveis.
c) produzem compostos voláteis.
d) formam precipitados suspensos na atmosfera.
e) sintetizam compostos que absorvem a radiação eletromagnética no espectro visível.

Comentários:
A névoa artificial é produzida pela síntese de um sólido disperso em um sistema gasoso. A
névoa é classificada como uma dispersão coloidal do tipo aerossol sólido, em que apresentam
partículas sólidas dispersas em um gás.
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
Esses métodos capazes de produzir névoa artificial se baseiam em reações que:
a) geram gases irritantes.
Errado. Não formaria a névoa sólida. A mistura de gases é sempre homogênea.
b) formam líquidos imiscíveis.
Errado. Formaria uma dispersão de líquido em gás, ou seja, um aerossol líquido, que
apresenta aspecto de spray líquido. A aparência dessa transformação seria de chuva ao invés de
névoa.
c) produzem compostos voláteis.
Errado. Os compostos voláteis formam vapores com mais facilidade, portanto, o produto
seria a mistura gasosa, que é homogênea.
d) formam precipitados suspensos na atmosfera.

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Certo. A formação de sólidos em sistemas gasosos forma uma dispersão do tipo aerossol
sólido de aparência parecida com a névoa. A névoa natural é a formação de cristais de água (sólido)
disperso no ar (material gasoso). A porção sólida da névoa artificial é formada por cloreto de zinco,
óxido de titânio ou pentóxido de fósforo.
e) sintetizam compostos que absorvem a radiação eletromagnética no espectro visível.
Errado. A absorção da radiação eletromagnética interfere na coloração do material, mas esse
fato não gera materiais de estados físicos distintos.

Gabarito: D

11. (UEPG PR/2017)


A 18 °C, a solubilidade do cloreto de magnésio é de 56 g por 100 g de água. Nessa
temperatura, 150 g de MgC2 foram misturados em 200 g de água. Sobre esta solução, assinale o
que for correto.

01. O sistema obtido é homogêneo.


02. A massa de sólido depositada foi de 38 g.
04. Se aquecermos essa solução, não haverá mudança na solubilidade da mesma.
08. A massa de MgC2 dissolvida na H2O foi de 112 g.
16. A solução obtida é insaturada.

Comentários:
A solubilidade do cloreto de magnésio, a 18 °C, é de 56 g para cada 100 g de água, ou seja,
em 200 gramas de água dissolve-se a quantidade máxima de 112 g. Mantidas as condições, foram
colocados 150 g de cloreto de magnésio em 200 g de água, portanto, 112 g foram dissolvidos e o
restante é sedimentado como corpo de fundo, que possui 38 g.
A partir dessas informações, julga-se os itens.
01. O sistema obtido é homogêneo.
Errado. O sistema é heterogêneo bifásico porque apresenta solução líquida e material sólido
decantado.
02. A massa de sólido depositada foi de 38 g.
Certo. A massa do corpo de fundo é igual a 38 g, conforme a resolução apresentada acima.
04. Se aquecermos essa solução, não haverá mudança na solubilidade da mesma.
Errado. Todo composto iônico sofre alteração na solubilidade de acordo com a temperatura,
podendo ser mais ou menos solúvel na nova temperatura.

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08. A massa de MgC2 dissolvida na H2O foi de 112 g.


Certo. A massa de cloreto de magnésio é igual a taxa de saturação, conforme os cálculos
realizados acima.
16. A solução obtida é insaturada.
Errado. Em um recipiente contendo 200 g de água, a solução seria insaturada se a quantidade
colocada de cloreto de magnésio fosse inferior a 112 g.

Gabarito: 10

12. (UFRGS RS/2017)


Observe o gráfico e a tabela abaixo, que representam a curva de solubilidade aquosa (em
gramas de soluto por 100 g de água) do nitrato de potássio e do nitrato de sódio em função da
temperatura.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem


em que aparecem.
A curva A diz respeito ao ........ e a curva B, ao ........ . Considerando duas soluções aquosas
saturadas e sem precipitado, uma de KNO3 e outra de NaNO3, a 65 °C, o efeito da diminuição da
temperatura acarretará a precipitação de ........ .

a) nitrato de potássio – nitrato de sódio – nitrato de potássio


b) nitrato de potássio – nitrato de sódio – nitrato de sódio
c) nitrato de sódio – nitrato de potássio – nitrato de sódio
d) nitrato de sódio – nitrato de potássio – ambas
e) nitrato de potássio – nitrato de sódio – ambas

Comentários:
A partir dos valores fornecidos na tabela, sabe-se que a variação da solubilidade do KNO3 (130
– 115) é maior do que a do NaNO3 (130 – 125). Analisando o gráfico, observa-se a presença de duas

Aula 08 – Soluções 117


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retas de diferentes inclinações. A reta de maior inclinação corresponde ao sal que apresentou maior
variação de solubilidade. Assim, a reta B que é mais inclinada corresponde ao KNO 3, que é o
composto de maior variação de solubilidade. Concluindo, tem-se:
Reta A – NaNO3
Reta B – KNO3
A diminuição de temperatura, diminui a solubilidade de ambos compostos. Portanto, a
diminuição da temperatura provocará a precipitação de ambas soluções.

Gabarito: D

13. (UNESP SP/2017)


A 20 °C, a solubilidade do açúcar comum (C12H22O11; massa molar = 342 g/mol) em água é
cerca de 2,0 kg/L, enquanto a do sal comum (NaC; massa molar = 58,5 g/mol) é cerca de 0,35 kg/L.
A comparação de iguais volumes de soluções saturadas dessas duas substâncias permite afirmar
corretamente que, em relação à quantidade total em mol de íons na solução de sal, a quantidade
total em mol de moléculas de soluto dissolvidas na solução de açúcar é, aproximadamente,

a) a mesma.
b) 6 vezes maior.
c) 6 vezes menor.
d) a metade.
e) o triplo.

Comentários:
Calculando a solubilidade em mol/L para os dois sais, tem-se:

C12H22O11 NaC
massa molar= 342 g/mol massa molar= 58,5 g/mol
2,0 kg/L = 2000 g/L 0,35 kg/L = 350 g/L

342 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶12 𝐻22 𝑂11 58,5 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 NaCl
2000 𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶12 𝐻22 𝑂11 350 𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 NaCl
x = 5,84 mol em 1 litro de solução. x = 5,98 mol em 1 litro de solução.
Logo, 5,84 mol/L de C12H22O11 Logo, 5,98 mol/L de NaC

A questão quer comparar a quantidade de partículas dissolvidas, sabe-se que o açúcar se


dissolve na forma de moléculas e o cloreto de sódio sofre dissociação. Portanto, tem-se:

Aula 08 – Soluções 118


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C12H22O11 (s) → C12H22O11 (s)


NaC(s) → Na+ (aq) + C- (aq)
Para cada 1 NaC formam dois íons: Na+ e C-.
Quantidade total de partículas dissolvidas:
C12H22O11: 5,84 mol/L de moléculas
NaC: 5,98 mol/L · 2 = 11,96 mol/L de íons
Portanto, o açúcar apresenta, aproximadamente, metade da quantidade de íons dissolvidos
da solução do cloreto de sódio.
Gabarito: D

14. (UERJ/2016)
A temperatura e a pressão afetam a solubilidade do oxigênio no sangue dos organismos.
Alguns animais marinhos sem pigmentos respiratórios realizam o transporte de oxigênio por meio
da dissolução desse gás diretamente no plasma sanguíneo. Observe a variação da solubilidade do
oxigênio no plasma, em função da temperatura e da profundidade a que o animal esteja submetido,
representada nos gráficos abaixo.

Um estudo realizado sob quatro diferentes condições experimentais, para avaliar a


dissolução de oxigênio no plasma desses animais, apresentou os seguintes resultados:

O transporte de oxigênio dissolvido no plasma sanguíneo foi mais favorecido na condição


experimental representada pela seguinte letra:

a) W
b) X
c) Y
d) Z

Comentários:

Aula 08 – Soluções 119


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De acordo com a Lei de henry, as condições favoráveis para aumentar a solubilidade de um


gás em um líquido são: alta pressão e baixa temperatura. Quanto maior a profundidade, maior a
pressão e, assim, maior a solubilidade do gás. Quanto menor a agitação molecular, maior a facilidade
da interação gás-solvente.

Gabarito: A

15. (PUC Camp SP/2015)


Considere a tabela abaixo da solubilidade do açúcar comum (sacarose) submetido a várias
temperaturas.

No preparo de uma calda com açúcar, uma receita utiliza 1 kg de açúcar para 0,5 litro de
água. Nesse caso, a temperatura mínima necessária para que todo o açúcar se dissolva é
a) 0 °C.
b) 20 °C.
c) 30 °C.
d) 40 °C.
e) 100 °C.

Comentários:
Os dados da tabela foram fornecidos para uma quantidade de 100 mL de água, a fim de
acelerar a resolução da questão é sugerido que calcule a quantidade de soluto que é proporcional a
essa quantidade de água.
Calda: 1 kg de açúcar em 0,5 litro, ou seja, 1000 g em 500 mL. Portanto, proporcionalmente,
tem-se:
1000 𝑔 200 𝑔
=
500 𝑚𝐿 100 𝑚𝐿
A temperatura mínima mostrada na tabela que seja superior aos 200 g necessário para cada
100 mL de água é de 20 °C (204 g/100 mL de água).
Gabarito: B

16. (UERJ/2014)

Aula 08 – Soluções 120


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Um laboratorista precisa preparar 1,1 kg de solução aquosa saturada de um sal de dissolução


exotérmica, utilizando como soluto um dos três sais disponíveis em seu laboratório: X, Y e Z.
A temperatura final da solução deverá ser igual a 20 °C.
Observe as curvas de solubilidade dos sais, em gramas de soluto por 100 g de água:

A massa de soluto necessária, em gramas, para o preparo da solução equivale a:

a) 100
b) 110
c) 300
d) 330

Comentários:
O sal de dissolução exotérmica é aquele que diminui a solubilidade com o aumento da
temperatura. O único sal exotérmico é o X, que a 20 °C apresenta solubilidade de 10 g/100 g de H 2O.
Perceba que a intenção é preparar uma solução com 1,1 kg, ou seja, a massa de soluto e
solvente somam 1,1 kg (ou 1100 g).
Sabe-se que para o composto X, 10 g de X dissolvem-se em 100 g de H2O, a 20 °C, formando
uma solução com 110 g. Portanto,
10 𝑔 𝑑𝑒 𝑋 −−−− 110 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑦 𝑔 𝑑𝑒 𝑋 −−−− 1100 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
y = 100 g de X

Gabarito: A

17. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2014)


A expressão “solução aquosa” caracteriza adequadamente diversas misturas de substâncias
presentes no cotidiano.

Aula 08 – Soluções 121


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Entre elas, pode-se citar


a) o creme de leite.
b) o álcool 70.
c) o leite de magnésia.
d) a água sanitária.
e) a gelatina.

Comentários:
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
Entre elas, pode-se citar
a) o creme de leite.
Errado. O creme de leite não é uma solução aquosa, mas uma dispersão coloidal. Esse coloide
é uma emulsão formada de porção lipídica e porção aquosa.
b) o álcool 70.
Errado. O álcool 70 é uma solução, porém não é aquosa. Apresenta 70% de álcool e 30% de
água, logo, é uma solução alcoólica. O solvente é o componente presente em maior proporção.
c) o leite de magnésia.
Errado. O leite de magnésio é um material heterogêneo classificado como suspensão. O
hidróxido de magnésio, componente principal do leite de magnésia, é pouquíssimo solúvel em água.
d) a água sanitária.
Certo. A água sanitária é uma solução aquosa que apresenta hipoclorito de sódio dissolvido
em água.
e) a gelatina.
Errado. A gelatina é um coloide do tipo gel, ou seja, um material heterogêneo formado pela
dispersão de um líquido em um sólido.

Gabarito: D

18. (UFPEL RS/2014)


Considerando o coeficiente de solubilidade do nitrato de potássio a 30 °C, representado no
gráfico abaixo, a solução será saturada quando tivermos

Aula 08 – Soluções 122


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a) 95 g de soluto em 100 g de H2O.


b) 40 g de soluto em 100 g de H2O.
c) 24 g de soluto em 100 g de H2O.
d) 4 g de soluto em 100 g de H2O.
e) 60 g de soluto em 100 g de H2O.

Comentários:
A solução de nitrato de potássio (KNO3) será saturada com a quantidade de 40 g para cada
100 g de H2O a temperatura de 30 °C.

As soluções tornam-se saturadas com quantidades COLOCADAS DE SOLUTO igual ou superior


a 40 g de soluto. Acima de 40 g de soluto, a solução é saturada e apresenta corpo de fundo, mas a
solução é saturada.
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
a) 95 g de soluto em 100 g de H2O.
Certo. Solução saturada com corpo de fundo.
b) 40 g de soluto em 100 g de H2O.
Certo. Solução saturada.
c) 24 g de soluto em 100 g de H2O.
Errado. Solução insaturada.
d) 4 g de soluto em 100 g de H2O.
Errado. Solução insaturada.
e) 60 g de soluto em 100 g de H2O.

Aula 08 – Soluções 123


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Aula 08: ENEM 2021

Certo. Solução saturada com corpo de fundo.

Os itens corretos são a), b) e e). Se no comanda da questão estivesse escrito que a quantidade
de soluto colocada está dissolvida, as respostas seriam:
a) 95 g de soluto DISSOLVIDO em 100 g de H2O.
Certo. Solução supersaturada.
b) 40 g de soluto DISSOLVIDO em 100 g de H2O.
Certo. Solução saturada.
e) 60 g de soluto DISSOLVIDO em 100 g de H2O.
Certo. Solução supersaturada.

Ao se deparar com uma questão desse tipo, opte pela melhor opção. Acredito que a questão
teve um descuido na elaboração e a melhor opção é o item b.

Gabarito: B

19. (UERJ/2019)
Para a remoção de um esmalte, um laboratório precisa preparar 200 mL de uma solução
aquosa de propanona na concentração de 0,2 mol/L. Admita que a densidade da propanona pura é
igual a 0,8 kg/L.
Nesse caso, o volume de propanona pura, em mililitros, necessário ao preparo da solução
corresponde a:
a) 2,9
b) 3,6
c) 5,8
d) 6,7

Comentários:
A solução a ser preparada em 200 mL de água precisa ter concentração de 0,2 mol/L, ou seja,
para cada 1 litro de água deve ter 0,2 mol de propanona (C 3H6O). Calcula-se a quantidade de
propanona a ser dissolvida em 200 mL (0,2 L) de água:
0,2 𝑚𝑜𝑙 −−−− 1𝐿
𝑥 𝑚𝑜𝑙 −−−− 0,2 𝐿
x = 0,04 mol de propanona

Aula 08 – Soluções 124


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O preparo da solução será realizado com a dissolução de 0,04 mol de propanona em 200 mL
de água. A propanona pura é líquida e tem densidade de 0,8 kg/L (800 g/L), sabendo que a massa
molar da propanona (C3H6O) é igual a 58 g/mol, determina-se o volume do composto orgânico que
contenha 0,04 mol:
58 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜𝑛𝑎
𝑦𝑔 −−−− 0,04 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜𝑛𝑎
y = 2,32 g de propanona
800 𝑔 −−−− 1 𝐿 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜𝑛𝑎
2,32 𝑔 −−−− 𝑧𝐿
z = 0,0029 L = 2,9 mL

Gabarito: A

20. (UERJ/2018)
Em análises metalúrgicas, emprega-se uma solução denominada nital, obtida pela
solubilização do ácido nítrico em etanol.
Um laboratório de análises metalúrgicas dispõe de uma solução aquosa de ácido nítrico com
concentração de 60% m/m e densidade de 1,4 kg/L. O volume de 2,0 mL dessa solução é solubilizado
em quantidade de etanol suficiente para obter 100,0 mL de solução nital.
Com base nas informações, a concentração de ácido nítrico, em g·L–1, na solução nital é igual
a:
a) 10,5
b) 14,0
c) 16,8
d) 21,6

Comentários:
A solução final foi preparada com a dissolução de 2,0 mL de solução aquosa de ácido nítrico
em etanol. Inicialmente, calcula-se a quantidade de ácido nítrico presente na solução inicial:
Sabendo que a densidade é massa de toda a solução, determina-se a massa total utilizada da
solução aquosa de HNO3.
1,4 𝑘𝑔
· 0,002 𝐿 = 2,8 · 10−3 𝑘𝑔 = 2,8 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝐿
A massa de HNO3 corresponde a 60% da massa da solução aquosa, logo:
60
2,8 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 · = 1,68 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝑁𝑂3
100

Aula 08 – Soluções 125


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A massa de HNO3 foi dissolvida em 100,0 mL (ou 0,1 L) de etanol. Logo, a concentração da
solução alcoólica é:
1,68 𝑔
= 16,8 𝑔/𝐿
0,1 𝐿

Gabarito: C

21. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016)


O náilon 6,6 e o poliestireno são polímeros que apresentam diversas aplicações na indústria.
Um técnico misturou inadvertidamente amostras desses polímeros.
Dados:
densidade do náilon 6,6 = 1,14 g · cm–3
densidade do poliestireno = 1,05 g · cm–3
massa molar do NaC = 58,5 g · mol–1

Conhecendo a densidade desses materiais, ele decidiu preparar uma solução aquosa de
cloreto de sódio (NaC) para separar as amostras. Para tanto, ele utilizou um balão volumétrico de
5,0 L.
A massa de NaC adequada para essa preparação é

a) 120 g.
b) 300 g.
c) 600 g.
d) 1300 g.

Comentários:
Para separar as amostras plásticas, utiliza-se uma solução com densidade intermediária entre
1,14 g·cm-3 e 1,05 g·cm-3. Olhando no gráfico, a concentração da solução que fornece uma solução
com densidade que esteja de acordo com essa separação é de 2 mol·L-1.

Aula 08 – Soluções 126


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Para preparar uma solução com 5 L de concentração 2 mol·L-1, efetua-se os seguintes cálculos.
5 L · 2 mol· L-1 = 10 mol de NaC
Sabendo que a massa molar do cloreto de sódio é igual a 58,5 g/mol, converte-se a
quantidade em mol para gramas:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 −−−− 58,5 𝑔
10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 −−−− 𝑥𝑔
x = 580,5 g.

Gabarito: C

22. (UNESP SP/2018)


De acordo com o Relatório Anual de 2016 da Qualidade da Água, publicado pela Sabesp, a
concentração de cloro na água potável da rede de distribuição deve estar entre 0,2 mg/L, limite
mínimo, e 5,0 mg/L, limite máximo. Considerando que a densidade da água potável seja igual à da
água pura, calcula-se que o valor médio desses limites, expresso em partes por milhão, seja
a) 5,2 ppm.
b) 18 ppm.
c) 2,6 ppm.
d) 26 ppm.
e) 1,8 ppm.

Comentários:
O valor médio dos limites para a concentração de cloro é igual a:
0,2 𝑚𝑔/𝐿 + 5,0 mg/L
= 2,6 mg/L
2
Sabendo que a densidade da água potável é igual a densidade da água pura, que é igual a
1kg/L.
Portanto a relação de massa do cloro na água potável é:
2,6 𝑚𝑔 2,6 𝑚𝑔 2,6 𝑚𝑔 2,6 𝑚𝑔
= = = = 2,6 · 10−6
1𝐿 1 𝑘𝑔 1000 𝑔 106 𝑚𝑔
Expressando em ppm, tem-se:
2,6 · 10−6 · 106 = 2,6 𝑝𝑝𝑚
Gabarito: C

23. (UNICAMP SP/2017)

Aula 08 – Soluções 127


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É muito comum o uso de expressões no diminutivo para tentar “diminuir” a quantidade de


algo prejudicial à saúde. Se uma pessoa diz que ingeriu 10 latinhas de cerveja (330 mL cada) e se
compara a outra que ingeriu 6 doses de cachacinha (50 mL cada), pode-se afirmar corretamente
que, apesar de em ambas as situações haver danos à saúde, a pessoa que apresenta maior
quantidade de álcool no organismo foi a que ingeriu
a) as latinhas de cerveja, porque o volume ingerido é maior neste caso.
b) as cachacinhas, porque a relação entre o teor alcoólico e o volume ingerido é maior
neste caso.
c) as latinhas de cerveja, porque o produto entre o teor alcoólico e o volume ingerido é
maior neste caso.
d) as cachacinhas, porque o teor alcoólico é maior neste caso.
Dados:
teor alcoólico na cerveja = 5 % v/v
teor alcoólico na cachaça = 45 % v/v

Comentários:
Quantidade de álcool presente em cada bebida:

Latinha de cerveja Dose de cachacinha

330 mL · 5% = 16,5 mL de álcool 50 mL · 45% = 22,5 mL de álcool

Calculando o consumo para cada bebida:


Cerveja = 10 latas · 16,5 mL = 165 mL
Cachaça = 6 doses · 22,5 mL = 135 mL

Gabarito: C

24. (FAMERP SP/2015)


O problema de escassez de água em São Paulo é um tema polêmico em discussão que envolve
governo e especialistas. O “volume morto”, que passou a ser utilizado em maio de 2014, é um
reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água situado abaixo das comportas das represas
do Sistema Cantareira.

Aula 08 – Soluções 128


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(http://g1.globo.com)

Considere um reservatório hipotético com água de densidade 1 g/mL e volume igual ao do


“volume morto” do Sistema Cantareira. Se a água desse reservatório se encontra contaminada com
20 ppm de chumbo, a massa total deste metal na água do reservatório hipotético é
a) 2 000 kg.
b) 8 000 kg.
c) 4 000 kg.
d) 8 000 t.
e) 2 000 t.

Comentários:
Sabendo que a densidade da água é igual a 1 g/mL (ou 1 kg/L), em um reservatório de volume
igual a 400·106 m3 (ou 400·109), a massa de água é de:
1 kg/L · 400·109 L = 400·109 kg de água.
Sabendo que a quantidade de chumbo é de 20 ppm (20 partes por milhão), calcula-se a
quantidade de chumbo:
1
400 · 109 𝑘𝑔 · 20 𝑝𝑝𝑚 = 400 · 109 𝑘𝑔 · 20 = 8000 · 103 𝑘𝑔 = 8000 𝑡
106

Gabarito: D

25. (UERJ/2017)
Na análise de uma amostra da água de um reservatório, verificou-se a presença de dois
contaminantes, nas seguintes concentrações:
Contaminante Concentração (mg/L)
benzeno 0,39
metanal 0,40

Em análises químicas, o carbono orgânico total é uma grandeza que expressa a concentração
de carbono de origem orgânica em uma amostra.

Aula 08 – Soluções 129


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Assim, com base nos dados da tabela, a concentração de carbono orgânico total na amostra
de água examinada, em mg/L, é igual a:

a) 0,16
b) 0,36
c) 0,52
d) 0,72

Comentários:
O benzeno e o metanal apresentam as fórmulas químicas e massa molares: C 6H6 (78 g/mol)
e CH2O (30 g/mol), respectivamente. A proporção entre a massa de cada substância e a massa de
carbono é de:
Benzeno: 72 g de carbono para cada 78 g de benzeno.
Metanal: 12 g de carbono para cada 30 g de benzeno.
Sabendo dessas informações, calcula-se a massa de carbono que cada contaminante
contribui por litro de água:

Benzeno Metanal

Concentração: 0,39 mg/L Concentração: 0,40 mg/L


78 𝑔 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 −−−− 72 𝑔 𝑑𝑒 𝐶 30 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝐻2 𝑂 −−−− 12 𝑔 𝑑𝑒 𝐶
0,39 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 −−−− 𝑥 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶 0,40 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝐻2 𝑂 −−−− 𝑥 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶
x = 0,36 mg de C x = 0,16 mg de C

Massa total de carbono orgânico: 0,36 + 0,16 = 0,52 mg de carbono em 1 L


0,52 mg/L

Gabarito: C

26. (UERJ/2015)
A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência dos peixes. A maioria deles
vive em condições restritas de salinidade, embora existam espécies como o salmão, que consegue
viver em ambientes que vão da água doce à água do mar. Há peixes que sobrevivem em
concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais.
Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela suas
faixas de concentração de cloreto de sódio.

Aula 08 – Soluções 130


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Concentração de NaCl
Trecho do rio
(mol.L-1)
W  0,01
X 0,1 - 0,2
Y 0,4 - 0,5
Z  0,6 *

*isotônica à água do mar

Um aquário com 100 L de solução aquosa de NaC com concentração igual a 2,1 g·L –1, será
utilizado para criar peixes que vivem no trecho Z do rio. A fim de atingir a concentração mínima para
a sobrevivência dos peixes, deverá ser acrescentado NaC à solução, sem alteração de seu volume.
A massa de cloreto de sódio a ser adicionada, em quilogramas, é igual a:

a) 2,40
b) 3,30
c) 3,51
d) 3,72

Comentários:
O aquário apresenta concentração de 2,1 g/L e precisa ter a salinidade de 0,6 mol/L. A fim de
entender essa comparação, é necessário transformar para a mesma unidade de concentração.
Arbitrariamente, utilizei as concentrações em g/L. Sabendo que a massa molar do cloreto de sódio
é igual a 58,5 g/L, converte-se a concentração de 0,6 mol/L para g/L:
58,5 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙
𝑥𝑔 −−−− 0,6 𝑚𝑜𝑙
x = 35,1 g dissolvido em 1 L.
A concentração necessária para o aquário é de 35,1 g/L.
O volume do aquário é de 100 L, logo a quantidade de cloreto de sódio que apresenta é de
2,1 g/L · 100 L = 210 g, porém precisa conter 35,1 g/L · 100 L = 3510 g.
A quantidade de cloreto de sódio que é necessário adicionar é:
3510 g – 210 g = 3300 g = 3,30 kg.

Gabarito: B

27. (UERJ/2012)
Uma amostra de 5 L de benzeno líquido, armazenada em um galpão fechado de 1500 m 3
contendo ar atmosférico, evaporou completamente. Todo o vapor permaneceu no interior do
galpão.

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Técnicos realizaram uma inspeção no local, obedecendo às normas de segurança que indicam
o tempo máximo de contato com os vapores tóxicos do benzeno.
Observe a tabela:
CONCENTRAÇ ÃO DE
TEMPO MÁXIMO DE
BENZENO
PERMANÊNCI A
NA ATMOSFERA
(h)
(mg.L-1 )
2 4
4 3
6 2
8 1

Considerando as normas de segurança, e que a densidade do benzeno líquido é igual a 0,9


-1
g·mL , o tempo máximo, em horas, que os técnicos podem permanecer no interior do galpão,
corresponde a:
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8

Comentários:
A fim de determinar o tempo máximo de permanência, calcula-se a densidade, mg/L, dos 5 L
(ou 5000 mL) de benzeno no galpão de 1500 m3 (ou 1500·103 L), sabendo que a densidade do
benzeno é de 0,9 g/mL.
0,9 𝑔 −−−− 1 𝑚𝐿
𝑥𝑔 −−−− 5000 𝑚𝐿
x = 4500 g = 4500 · 103 mg de benzeno
Calculando a densidade do benzeno disperso no galpão, tem-se:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 4500 · 103 𝑔
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = = = 3 𝑔/𝐿
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 1500 · 103 𝐿
Sabendo que a densidade do benzeno é de 3 g/L, logo, o tempo de permanência máximo é
de 4 horas, segundo a tabela apresentada na questão.

Gabarito: B

28. (UERJ/2019)
(...)

Aula 08 – Soluções 132


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A condutividade elétrica está associada à presença de íons dissolvidos em fase aquosa.


Considere um experimento para o qual estão disponíveis soluções aquosas com concentração de
0,1 mol·L–1 dos seguintes solutos: KF, CaBr2, NiSO4 e FeC3.
Admitindo a dissociação completa, o composto que irá proporcionar maior condutividade
elétrica é:
a) KF
b) CaBr2
c) NiSO4
d) FeC3

Comentários:
O composto que proporcionará maior condutividade elétrica será aquele que apresenta
maior quantidade de íons dissociados. Sabendo que todos os sais usados são solúveis em água e que
a concentração molar da fórmula é a mesma para todos, conclui-se: o sal que apresenta maior
quantidade de íons apresenta maior condutibilidade elétrica. Determina-se a quantidade de íons de
cada fórmula:

Quantidade Concentração iônica


Fórmula Íons
de íons

1 fórmula KF 1 K+ + 1 F- 2 íons 2 · 0,1mol/L = 0,2 mol/L

1 fórmula CaBr2 1 Ca2+ + 2 Br- 3 íons 3 · 0,1mol/L = 0,3 mol/L

1 fórmula NiSO4 1 Ni2+ + 1 SO42- 2 íons 2 · 0,1mol/L = 0,2 mol/L

1 fórmula FeC3 1 Fe3+ + 3 C- 4 íons 4 · 0,1mol/L = 0,4 mol/L

Assim, o sal que apresenta maior concentração de íons é o cloreto de ferro III.

Gabarito: D

29. (UERJ/2018)
Para o tratamento de 60 000 L de água de um reservatório, foram adicionados 20 L de solução
saturada de sulfato de alumínio, sal que possui as seguintes propriedades:
Massa molar = 342 g·mol–1
Solubilidade em água = 900 g·L–1
Desprezando a variação de volume, a concentração de sulfato de alumínio no reservatório,
em mol·L–1, corresponde a:
a) 8,8 · 10–4

Aula 08 – Soluções 133


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b) 4,4 · 10–4
c) 1,1 · 10–3
d) 2,2 · 10–3

Comentários:
Primeiramente, calcula-se a quantidade, em mol, de sulfato de alumínio adicionada no
reservatório:
20 litros · 900 g/L = 18000 g de sulfato de alumínio
Sabendo que a massa molar do sulfato de alumínio é igual a 342 g/mol, tem-se:
342 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3
18000 𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3
x = 52,63 mol de Al2(SO4)3
Os 52,63 mol de sulfato de alumínio foram dissolvidos em 60000 L de água, calcula-se a
concentração desse sal:
52,63 𝑚𝑜𝑙
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = = 8,77 · 10−4 𝑚𝑜𝑙/𝐿
60000 𝐿
Gabarito: A

30. (FAMERP SP/2016)


A água boricada é uma solução aquosa de ácido bórico, H 3BO3, a 3% (m/V). Expressando-se
essa concentração em mg de soluto por mL de solução, obtém-se o valor
a) 30.
b) 0,3.
c) 300.
d) 0,03.
e) 3.

Comentários:
Como a solução é bastante diluída, logo, a densidade da solução é igual a densidade da água
pura. Portanto, a densidade da solução é igual a 1 g/mL. Logo,
3% · 1 g/mL = 0,03 · 1 g/mL = 0,03 g/mL = 30 mg/mL
Outra resolução:

Aula 08 – Soluções 134


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Para sistemas diluídos, a % (m/v) pode ser substituída por g/100 mL, logo:
3% (m/v) = 3 g/100 mL = 3000 mg/100 mL = 30 mg/mL

Gabarito: A

31. (UFSCAR SP/2016)


O caxiri é uma tradicional bebida alcoólica fermentada indígena produzida pelos índios
(Juruna) Yudjá, habitantes do Parque Indígena do Xingu, localizado no estado do Mato Grosso. Essa
bebida é preparada à base de mandioca e batata-doce, e é originalmente fermentada por micro-
organismos que estão presentes nas matérias-primas utilizadas para a sua produção. (...)
Observando-se as alterações físico-químicas durante a fermentação, pode-se notar uma progressiva
variação de pH de 4,76 para 3,15. O etanol foi o metabólito da fermentação produzido em maior
quantidade, apresentando concentração, ao final do processo fermentativo, de 83,9 g/L da bebida.
(...)
(http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/4765. Adaptado)

A porcentagem de etanol, m/V, presente nessa bebida, é de, aproximadamente,


a) 2,25%
b) 6,42%
c) 8,39%
d) 20,1%
e) 80,7%

Comentários:
Considerando que a densidade da solução é igual a densidade da água pura (1 g/mL). Logo,
83,9 𝑔 83,9 𝑔
= = 8,39 𝑔/100 𝑚𝐿 = 8,39 %
1𝐿 1000 𝑚𝐿

Gabarito: C

32. (ESCS DF/2012)


Um aditivo conhecido como MTBE (éter metil t-butílico ou 2-metóxi-metil-propano) é
adicionado a alguns tipos de gasolina para aumentar a octanagem e reduzir a poluição do ar causada
por hidrocarbonetos não queimados e pelo monóxido de carbono que sai do escapamento. O
composto é mais solúvel em água do que os hidrocarbonetos; se ocorrer um vazamento de gasolina
com este aditivo no subsolo de um posto, pode ocorrer contaminação do lençol freático.

Aula 08 – Soluções 135


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Aula 08: ENEM 2021

Sabemos que concentrações acima de 15 g·L–1 desse composto na água pode ocasionar
sabor e odor. Em um município, foram analisadas as concentrações de MTBE em cinco amostras de
água recolhidas em diferentes regiões, com os resultados mostrados na tabela a seguir.
Amostra I II III IV V
−1
[MTBE ] mol  L 1,5  10 −8 3  10 −8
1,5  10 −7 3  10 −7 4  10 −7

Dados:
Massas molares (g·mol–1) H = 1; C = 12 e O = 16
1 g = 10–6 g

As amostras que apresentaram sabor e odor foram apenas:


a) I e III;
b) II e V;
c) I e II;
d) III, IV e V;
e) IV e V.

Comentários:
As amostras de água que apresentam concentrações acima de 15 g·L–1 (ou 15·10-6 g/L)
apresenta odor e sabor. Os valores fornecidos na tabela foram representados nas unidades mol/L,
portanto para comparar o valor limite com as amostras, é necessário transformar todas as
expressões de concentração para a mesma unidade. De forma mais prática, irei converter a
concentração 15·10-6 g/L para mol/L.
O composto orgânico apresentado é o: éter metil t-butílico ou 2-metóxi-metil-propano.
O

O MTBE apresenta fórmula molecular C5H12O e massa molar 88 g/mol.


Portanto,
88 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙
15 · 10−6 𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙
x = 0,17·10-6 mol de C5H12O = 1,7·10-7 mol por litro.
As amostras que apresentam concentração superior a 1,7·10-7 mol/L são: IV e V.

Gabarito: E

Aula 08 – Soluções 136


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33. (UNICAMP SP/2017)


Bebidas gaseificadas apresentam o inconveniente de perderem a graça depois de abertas. A
pressão do CO2 no interior de uma garrafa de refrigerante, antes de ser aberta, gira em torno de 3,5
atm, e é sabido que, depois de aberta, ele não apresenta as mesmas características iniciais.
Considere uma garrafa de refrigerante de 2 litros, sendo aberta e fechada a cada 4 horas, retirando-
se de seu interior 250 mL de refrigerante de cada vez. Nessas condições, pode-se afirmar
corretamente que, dos gráficos a seguir, o que mais se aproxima do comportamento da pressão
dentro da garrafa, em função do tempo é o

a)

b)

c)

d)

Aula 08 – Soluções 137


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Comentários:
Ao abrir uma garrafa com bebida gaseificada, o gás liberado diminui a pressão gasosa dentro
da garrafa. Ao fechar a garrafa, a pressão exercida dentro da garrafa no momento do fechamento,
força a solubilização de uma parte do gás retirado no momento da abertura, que ainda se encontra
dentro do recipiente. Interpretando todas as opções, tem-se:
a) Errado. a pressão diminui na abertura da garrafa, mas ao fechar não ocorre solubilização
do gás. Esse gráfico poderia representar uma garrafa contendo somente gás, ou seja, não seria uma
bebida gaseificada. A pressão dentro da garrafa diminui a cada abertura e permanece constante
quando fechada.
b) Certo. A pressão diminui no momento da abertura e quando fechada a garrafa, aumenta-
se a pressão. Observa-se que a pressão elevada após o fechamento da garrafa é menor do que a
pressão inicial, porque um pouco do gás saiu da garrafa.
c e d) Errado. Não ocorre diminuição da pressão, ou seja, não ocorre vazamento de gás. Esse
gráfico pode ser a interpretação do resfriamento e aquecimento de uma bebida gaseificada. Ao
resfriar, a quantidade de gás dissolvido aumenta, logo, a pressão diminui. Quando a temperatura
volta ao inicial, a quantidade dissolvida é liberada e retorna à pressão inicial. Dessa forma não existe
perda de gás para o meio.

Gabarito: B

34. (Unimontes MG/2015)


Mergulhadores respiram ar comprimido (78% de nitrogênio, 21% de oxigênio). No entanto,
pequenas bolhas de nitrogênio são responsáveis pelos acidentes de pressão com mergulhadores
submarinos, quando essas bolhas escapam para o plasma sanguíneo, bloqueando o fluxo de sangue.
Esse risco pode ser minimizado substituindo-se nitrogênio por gás hélio. A variação da solubilidade
de um gás depende da pressão parcial, conforme demonstrado no gráfico:

Aula 08 – Soluções 138


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Em relação à situação descrita, é CORRETO afirmar:


a) O nitrogênio, em grandes profundidades, torna-se menos solúvel, permanecendo em
solução quando os mergulhadores voltam à superfície.
b) O aumento na pressão parcial de um gás é inversamente proporcional à sua
solubilidade, fator determinante para o acidente com o nitrogênio.
c) A solubilidade dos gases oxigênio e nitrogênio no sangue é menor a pressões mais
altas, favorecendo a formação de bolhas.
d) O hélio é menos solúvel no plasma do que o nitrogênio e apresenta átomos pequenos
que atravessam as paredes da célula mais rapidamente, sem causar danos.

Comentários:
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
a) O nitrogênio, em grandes profundidades, torna-se menos solúvel, permanecendo em
solução quando os mergulhadores voltam à superfície.
Errado. Quanto maior a profundidade do mergulho, maior a pressão sobre o mergulhador e,
consequentemente, maior a solubilidade do gás.
b) O aumento na pressão parcial de um gás é inversamente proporcional à sua
solubilidade, fator determinante para o acidente com o nitrogênio.
Errado. O aumento da pressão sobre um gás é diretamente proporcional à sua solubilidade.
A pressão dificulta a saída do gás retido no líquido.
c) A solubilidade dos gases oxigênio e nitrogênio no sangue é menor a pressões mais
altas, favorecendo a formação de bolhas.
Errado. O aumento da pressão sobre um gás é diretamente proporcional à sua solubilidade.
A pressão dificulta a saída do gás retido no líquido e, por isso, a formação de bolhas é dificultada.
d) O hélio é menos solúvel no plasma do que o nitrogênio e apresenta átomos pequenos
que atravessam as paredes da célula mais rapidamente, sem causar danos.
Certo. Segundo o gráfico a solubilidade do hélio é menor que a solubilidade do nitrogênio, no
sangue. A reatividade do hélio é menor do que o nitrogênio. Como a massa molar do hélio é menor
que a massa molar do nitrogênio, o seu movimento de difusão (espalhamento) é maior também.

Aula 08 – Soluções 139


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Gabarito: D

35. (UNITAU SP/2014)


O sangue arterial transporta oxigênio dissolvido com pressão parcial aproximada de 100
mmHg. Considerando um volume sanguíneo de 7 litros (coeficiente de solubilidade do oxigênio (O 2)
= 0,0014 mmol · L–1 · mmHg–1), podemos afirmar que a quantidade de oxigênio dissolvido no sangue
é de aproximadamente:

a) 9,8 µmol.
b) 0,98 µmol.
c) 9,8 mmol.
d) 0,98 mmol.
e) 0,098 mol.

Comentários:
O coeficiente de solubilidade do gás oxigênio é de 0,0014 mmol por litro por mmHg. Para
uma pressão de 100 mmHg e 7 litros de sangue, tem-se:
0,0014 mmol·L-1·mmHg-1 · 100 mmHg · 7 L = 0,98 mmol de O2

Gabarito: D

36. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2013)


A água para consumo humano deve ser inodora, insípida, incolor e agradável ao paladar com
uma certa quantidade de oxigênio dissolvido. Não deve ter acidez e nem micro-organismos
patogênicos.
As etapas do tratamento de água da cidade de Barretos, SP, estão indicadas na figura.

(www.novoguiabarretos.com. Adaptado.)

Aula 08 – Soluções 140


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Águas de superfície, relativamente límpidas, apresentam-se saturadas de oxigênio dissolvido.


O gráfico relaciona a quantidade de oxigênio que se dissolve na água em função da temperatura, à
pressão normal.

(http://qnint.sbq.org.br)

A quantidade de oxigênio dissolvido em amostras da água de um manancial, coletadas pela


manhã, à temperatura de 20 °C e pressão de 1 atm, foi determinada como sendo igual a 7 mg/L.
Levando em conta as condições em que as amostras foram coletadas, é correto afirmar que
esse resultado decorre
a) do consumo de oxigênio na decomposição de matéria orgânica de efluentes.
b) da utilização do oxigênio na fotossíntese.
c) da menor concentração matinal do oxigênio atmosférico.
d) da queda da temperatura durante a noite.
e) do excesso de sais dissolvidos.

Comentários:
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
Levando em conta as condições em que as amostras foram coletadas, é correto afirmar que
esse resultado decorre
a) do consumo de oxigênio na decomposição de matéria orgânica de efluentes.
Certo. A decomposição da matéria orgânica e a respiração celular consomem o oxigênio
dissolvido, enquanto, no início da manhã, a taxa de oxigênio produzido pela fotossíntese é baixa.
b) da utilização do oxigênio na fotossíntese.
Errado. Considerando que no início da manhã a taxa de luz é baixa, portanto, a quantidade
de oxigênio produzido pela fotossíntese é baixo. Se a taxa de fotossíntese fosse significativa, haveria
aumento da quantidade de oxigênio dissolvido, o que não foi observado.
c) da menor concentração matinal do oxigênio atmosférico.
Errado. A taxa de oxigênio atmosférico é aproximadamente constante.

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d) da queda da temperatura durante a noite.


Errado. A queda da temperatura aumenta a solubilidade do oxigênio nos líquidos, portanto,
isso não explica o fato da quantidade encontrada de 7 mg/L ser menor do que a quantidade
esperada de, aproximadamente, 9 mg/L.
e) do excesso de sais dissolvidos.
Errado. A solubilidade de sais não interfere na solubilidade do gás de maneira significativa.

Gabarito: A

37. (UNICAMP SP/2011)


Cerca de 1/4 de todo o dióxido de carbono liberado pelo uso de combustíveis fósseis é
absorvido pelo oceano, o que leva a uma mudança em seu pH e no equilíbrio do carbonato na água
do mar. Se não houver uma ação rápida para reduzir as emissões de dióxido de carbono, essas
mudanças podem levar a um impacto devastador em muitos organismos que possuem esqueletos,
conchas e revestimentos, como os corais, os moluscos, os que vivem no plâncton, e no ecossistema
marinho como um todo.
Levando em conta a capacidade da água de dissolver o dióxido de carbono, há uma proposta
de se bombear esse gás para dentro dos oceanos, em águas profundas. Considerando-se o exposto
no texto inicial e a proposta de bombeamento do dióxido de carbono nas águas profundas, pode-se
concluir que esse bombeamento
a) favoreceria os organismos que utilizariam o carbonato oriundo da dissolução do gás
na água para formar suas carapaças ou exoesqueletos, mas aumentaria o nível dos oceanos.
b) diminuiria o problema do efeito estufa, mas poderia comprometer a vida marinha.
c) diminuiria o problema do buraco da camada de ozônio, mas poderia comprometer a
vida marinha.
d) favoreceria alguns organismos marinhos que possuem esqueletos e conchas, mas
aumentaria o problema do efeito estufa.

Comentários:
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
a) favoreceria os organismos que utilizariam o carbonato oriundo da dissolução do gás
na água para formar suas carapaças ou exoesqueletos, mas aumentaria o nível dos oceanos.
Errado. A dissolução do gás em um líquido não interfere no volume dele.
b) diminuiria o problema do efeito estufa, mas poderia comprometer a vida marinha.
Certo. O aumento da solubilização do gás carbônico, aumentaria a formação de ácido
carbônico e, consequentemente acidificaria o oceano, prejudicando a vida marinha. O aumento da

Aula 08 – Soluções 142


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dissolução de gás carbônico, retiraria esse gás da atmosfera e, por isso, diminuiria o problema do
efeito estufa.
c) diminuiria o problema do buraco da camada de ozônio, mas poderia comprometer a
vida marinha.
Errado. A quantidade de CO2 não interfere na camada de ozônio. A camada de ozônio é
influenciada pela quantidade de CFC emitido na atmosfera.
d) favoreceria alguns organismos marinhos que possuem esqueletos e conchas, mas
aumentaria o problema do efeito estufa.
Errado. A dissolução de CO2 nos oceanos favorece os animais que apresentam estrutura de
carbonatos e a diminuição da taxa de CO2 na atmosfera diminui o problema do efeito estufa.

Gabarito: B

38. (UEG GO/2016)


Uma solução estoque de hidróxido de sódio foi preparada pela dissolução de 4 g do soluto
em água, obtendo-se ao final 100 mL e, posteriormente, determinado volume foi diluído para 250
mL obtendo-se uma nova solução de concentração igual a 0,15 mol·L–1.
O volume diluído, em mL, da solução estoque, é aproximadamente
a) 26
b) 37
c) 50
d) 75
Comentários:
4 g de hidróxido de sódio (massa molar igual a 40 g/mol) em mol é igual a:
40 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻
4𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻
x = 0,1 mol de NaOH
A solução foi preparada pela dissolução de 0,1 mol de NaOH em 0,1 L. Uma porção desse
líquido, em mL, foi misturado com água a 250 mL. Aplicando a fórmula da diluição, tem-se:
𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
· 𝑉𝑖 = 0,15 · 250𝑚𝐿
0,1 𝐿 𝐿
𝑉𝑖 = 37,5 𝑚𝐿
Gabarito: B

Aula 08 – Soluções 143


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39. (UEMG/2015)
Um desodorante vendido comercialmente nas farmácias traz a seguinte descrição do
produto:
“Lysoform Primo Plus - desodorante corporal que previne e reduz os maus odores, deixando
uma agradável sensação de limpeza e frescor. Insubstituível na higiene diária, garante o bem-estar
e a tranquilidade para o convívio social.
Finalidade: Desodorizar e higienizar o corpo.
Modo de Usar: Usar uma solução contendo 8 tampas (32 mL) de Lysoform Primo Plus para
cada 1 litro de água.”
Seguindo as orientações do fabricante, uma pessoa que preparar uma solução do produto
com 250mL de água terá que adicionar quantas tampas da solução de Lysoform?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Comentários:
8 𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎𝑠 −−−− 1000 𝑚𝐿
𝑥 𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎𝑠 −−−− 250 𝑚𝐿
x = 2 tampas
Nessa situação não aconteceu diluição, apenas preparo da solução.

Gabarito: B

40. (Mackenzie SP/2018)


Em uma embalagem de 2 L de água sanitária, facilmente encontrada em supermercados,
encontra-se a seguinte informação:
O teor de cloro ativo do produto varia de 2 % a 2,5 % (m/V)
Essa solução pode ser utilizada para tratamento de água de piscina nas concentrações de 1,0
a 2,0 mg de cloro ativo por litro; sendo que, acima de 2,0 mg de cloro ativo por litro, a água se torna
irritante aos olhos. Em duas piscinas (A e B), de capacidades volumétricas diferentes, foram
adicionados 2 L de água sanitária a cada uma delas. Desta forma, ocorreu a diluição da água sanitária
na água contida em cada piscina, conforme descrito na tabela abaixo.

Piscina A Piscina B
Volume total de
100000 L 25000 L
solução após a diluição

Sendo assim, foram feitas as seguintes afirmações.

Aula 08 – Soluções 144


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I. Há de 20 a 25 g de cloro ativo por litro dessa solução comercial.


II. Na piscina A, a solução formada após a diluição seria irritante aos olhos do usuário
dessa piscina.
III. Na piscina B, a solução formada após a diluição seria adequada ao tratamento de água.

Das afirmações realizadas,

a) nenhuma é correta.
b) são corretas, apenas, I e II.
c) são corretas, apenas, II e III.
d) são corretas, apenas, I e III.
e) todas são corretas.
Comentários:
Julgando os itens, tem-se:
I. Certo. A solução comercial apresenta concentração de 2% a 2,5% (m/v). Assim, a
concentração da solução comercial é igual a: 2 g/100 mL a 2,5 g/100 mL, que é o mesmo que 20 g/L
a 25 g/L.
II. Errado. Calcula-se a concentração, em mg/L, da solução formada na piscina A pela
fórmula da diluição:
𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
20 𝑔/𝐿 · 2 𝐿 = 𝐶𝑓 · 100000 𝐿
20000 𝑚𝑔/𝐿 · 2 𝐿 = 𝐶𝑓 · 100000 𝐿
𝐶𝑓 = 0,4 𝑚𝑔/𝐿
A concentração final é menor do que 2,0 mg/L, portanto, a piscina A não é irritante aos olhos.
III. Certo. Calcula-se a concentração, em mg/L, da solução formada na piscina B pela
fórmula da diluição:
𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
20 𝑔/𝐿 · 2 𝐿 = 𝐶𝑓 · 25000 𝐿
20000 𝑚𝑔/𝐿 · 2 𝐿 = 𝐶𝑓 · 25000 𝐿
𝐶𝑓 = 1,6 𝑚𝑔/𝐿
A concentração final é menor do que 2,0 mg/L, portanto, a piscina B é adequada ao
tratamento de água.
Gabarito: D

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41. (UFU MG/2014)

Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 17 fev. 2014.

De acordo com a figura, o consumo de líquidos durante as refeições deve ser evitado, porque
a) dilui o suco gástrico, diminuindo sua concentração e dificultando a digestão.
b) causa azia e, após diluir o suco gástrico, aumenta sua concentração.
c) dilata o estômago, favorecendo a digestão e aumentando a concentração de ácido.
d) engorda, uma vez que melhora o processo digestivo e a liberação dos nutrientes.
Comentários:
Julgando os itens, tem-se:
a) dilui o suco gástrico, diminuindo sua concentração e dificultando a digestão.
Certo. O aumento de água no estômago, diminui a concentração do suco gástrico, sabendo
que durante a alimenta-se não é ingerido os componentes do suco gástrico. Os componentes
principais do suco gástrico são: enzimas e ácido clorídrico.
b) causa azia e, após diluir o suco gástrico, aumenta sua concentração.
Errado. A diluição provoca a diminuição da concentração.
c) dilata o estômago, favorecendo a digestão e aumentando a concentração de ácido.
Errado. A diluição provoca a diminuição da concentração.

Aula 08 – Soluções 146


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d) engorda, uma vez que melhora o processo digestivo e a liberação dos nutrientes.
Errado. A diluição do substrato e das enzimas dificulta a interação entre eles e, por sua vez,
dificulta a digestão dos alimentos e diminui a absorção de nutrientes.

Gabarito: A

42. (UNESP SP/2013)


Alguns cheiros nos provocam fascínio e atração. Outros trazem recordações agradáveis, até
mesmo de momentos da infância. Aromas podem causar sensação de bem-estar ou dar a impressão
de que alguém está mais atraente. Os perfumes têm sua composição aromática distribuída em um
modelo conhecido como pirâmide olfativa, dividida horizontalmente em três partes e caracterizada
pelo termo nota. As notas de saída, constituídas por substâncias bem voláteis, dão a primeira
impressão do perfume. As de coração demoram um pouco mais para serem sentidas. São as notas
de fundo que permanecem mais tempo na pele.
(Cláudia M. Rezende. Ciência Hoje, julho de 2011. Adaptado.)

Um químico, ao desenvolver um perfume, decidiu incluir entre os componentes um aroma


de frutas com concentração máxima de 10–4 mol/L. Ele dispõe de um frasco da substância
aromatizante, em solução hidroalcoólica, com concentração de 0,01 mol/L.
Para a preparação de uma amostra de 0,50 L do novo perfume, contendo o aroma de frutas
na concentração desejada, o volume da solução hidroalcoólica que o químico deverá utilizar será
igual a
a) 5,0 mL.
b) 2,0 mL.
c) 0,50 mL.
d) 1,0 mL.
e) 0,20 mL.
Comentários:
Para preparar uma solução de 0,50L (500 mL) com concentração de 10 -4 mol/L a partir de
uma solução de concentração de 0,01 mol/L (ou 10 -2 mol/L), necessita de um volume inicial da
solução calculado a partir da diluição:
𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓

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10−2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑖 = 10−4 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 500 𝑚𝐿


𝑉𝑖 = 5 𝑚𝐿

Gabarito: A

43. (PUC Camp SP/2018)


Caldas cúpricas podem ser insumos químicos utilizados como defensivos agrícolas
alternativos. A calda bordalesa, por exemplo, é indicada no combate a fungos e bactérias quando
aplicada preventivamente, podendo também ter ação repelente. Para o preparo de 10 L da calda,
procede-se da seguinte maneira:
– Colocar 100 g de sulfato de cobre (II), CuSO4  5H2O, dentro de um pano de algodão, amarrar
e mergulhar em um vasilhame plástico com 1 litro de água morna.
– Colocar 100 g de cal virgem, CaO, em um balde com capacidade para 10 litros. Em seguida,
adicionar 9 litros de água, aos poucos.
– Adicionar, aos poucos e mexendo sempre, o litro da solução de sulfato de cobre dentro do
balde da água de cal.
A quantidade final, em mol, de íons de cobre em cada litro de calda bordalesa é,
aproximadamente,

Dados:
Massa molar do CuSO4  5H2O = 250 g/mol

a) 4,0 mol.
b) 2,5 mol.
c) 0,40 mol.
d) 0,25 mol.
e) 0,040 mol.
Comentários:
Para cada 1 mol de CuSO4·5H2O (ou 250 gramas) dissolve-se 1 mol de Cu2+, portanto, calcula-
se a quantidade, em mol, de íons de cobre:
250 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑆𝑂4 · 5𝐻2 𝑂 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 í𝑜𝑛𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒
100 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑆𝑂4 · 5𝐻2 𝑂 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 í𝑜𝑛𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒
x = 0,4 mol de íons de cobre
A concentração dos íons é calculada por:
0,4 𝑚𝑜𝑙
[]= = 0,04 𝑚𝑜𝑙/𝐿
10 𝐿

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Gabarito: E

44. (UNITAU SP/2018)


O formol é uma solução aquosa utilizada, por exemplo, para preservação de animais mortos
e de peças de anatomia. O formol comercializado contém CHOH na concentração de 37%
(massa/volume).
Assinale a alternativa que apresenta informações CORRETAS sobre: a função orgânica do
CHOH; o volume necessário da solução de formol 37%; o volume de água para se preparar 250 mL
de uma solução de CHOH 14,8% (massa/volume).
a) CHOH é um álcool; 37 mL de formol 37%; 213 mL de água
b) CHOH é um aldeído; 14,8 mL de formol 37%; 235,2 mL de água
c) CHOH é um álcool; 89,3 mL de formol 37%; 160,7 mL de água
d) CHOH é um aldeído; 100 mL de formol 37%; 150 mL de água
e) CHOH é um fenol; 18,3 mL de formol 37%; 231,7 mL de água
Comentários:
O formol é um aldeído de nome oficial metanal.
O
C
H H

Aplica-se a fórmula da diluição para o cálculo do volume necessário da solução de 37% de


formol para se diluir a 250 mL de água e obter a concentração de 14,8%.
𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
37% · 𝑉𝑖 = 14,8% · 250𝑚𝐿
𝑉𝑖 = 100 𝑚𝐿
Assim, o volume de água necessário é igual a 150 mL (250 mL – 100 mL).

Gabarito: D

45. (FCM MG/2014)

Aula 08 – Soluções 149


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Fonte: Manual do Consumidor de Homeopatia (Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas – ABFH)

No preparo das formas farmacêuticas derivadas, em homeopatia, 1,0 parte do insumo ativo
(Tinturamãe) é misturado com 99 partes do veículo (diluente apropriado). Após sucussionar
(agitação 100 vezes), obtém-se a dinamização 1CH (1/102).
1,0 parte da 1CH + 99 partes do veículo, após sucussionar, obtém-se a 2CH e assim
sucessivamente, conforme o esquema da figura.
Sabendo-se que o número de Avogadro é 6,02 · 1023, a partir de qual dinamização centesimal
de (Hahnemann (CH) não haverá mais molécula alguma do insumo ativo no medicamento
a) 5CH.
b) 10CH.
c) 12CH.
d) 23CH
Comentários:
A quantidade de soluto não é alterada, apenas aumenta-se a proporção de solvente na
mistura na ordem de cem vezes mais. Logo, a concentração do soluto é calculada por:
1 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 =
(100 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜)𝑛
Sendo n o número de diluições realizadas.
Portanto,
1
[]=
(102 )𝑛
Quando n for igual a 12, tem-se que a quantidade diluída é maior que o número de Avogadro:

1 1
[]= 2 12
= 24
(10 ) 10
Assim, para diluições a partir de 12 (12CH), é possível que não contenha mais partículas
dentro do recipiente.

Gabarito: C

Aula 08 – Soluções 150


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46. (UDESC SC/2014)


Assinale a alternativa que corresponde ao volume de solução aquosa de sulfato de sódio, a
0,35 mol/L, que deve ser diluída por adição de água, para se obter um volume de 650 mL de solução
a 0,21 mol/L.
a) 500 mL
b) 136 mL
c) 227 mL
d) 600 mL
e) 390 mL
Comentários:
A solução inicial sofreu adição de água, portanto, utiliza-se a equação da diluição:
𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
0,35 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑖 = 0,21 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 650 𝑚𝐿
𝑉𝑖 = 390 𝑚𝐿
Gabarito: E

47. (FM Petrópolis RJ/2014)


Um estagiário de um laboratório de análises clínicas deve preparar uma solução de cloreto
de sódio a 0,9%, o soro fisiológico. Como não deseja pesar o pó, decide usar uma solução estoque
de NaC 5M. Ele obtém 10 mL dessa solução 5 M, conforme a Figura a seguir.

Considerando-se o peso molecular do NaC como 54 g/mol, para facilitar o cálculo, e tendo-
se obtido os 10 mL de solução 5 M de NaC, qual volume, em mL, ele poderá preparar da solução
final de 0,9%?
a) 300
b) 150
c) 100
d) 60
e) 30

Aula 08 – Soluções 151


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Comentários:
As concentrações iniciais e finais das soluções devem ser expressas nas mesmas unidades.
Adotei, aleatoriamente, o critério de expressar as concentrações nas unidades mol/L.
0,9% de NaC = 0,9 g/100 mL = 9 g/1000 mL = 9 g/L
A massa molar do NaC é igual a 54 g/mol:
54 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
9𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
x = 0,1667 mol de NaC
9 g de NaC equivale a 0,1667 mol, portanto, a concentração da solução a ser obtida é igual
a 0,1667 mol de NaC. Essa solução foi preparada por um processo de diluição.
(Lembre-se: 5M = 5 Molar = 5 mol/L).
𝐶𝑖 · 𝑉𝑖 = 𝐶𝑓 · 𝑉𝑓
5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 10 𝑚𝐿 = 0,1667 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑓
𝑉𝑓 ≈ 300 𝑚𝑙
Gabarito: A

48. (UERGS/2009)
O volume em litros de uma solução de HNO3 0,1 mol·L–1 que deve ser adicionado a 5 litros de
uma solução de HNO3 0,5 mol·L–1 para obter uma concentração final igual a 0,2 mol·L–1 é
a) 3.
b) 6.
c) 12.
d) 15.
e) 30.
Comentários:
Duas soluções de mesmo soluto foram misturadas.
Lembre-se: o volume final da solução é igual ao somatório dos volumes das soluções: V1 + 5
L.
𝐶1 · 𝑉1 + 𝐶2 · 𝑉2 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉1 + 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 5 𝐿 = 0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · (𝑉1 + 5) 𝐿
𝑉1 = 15 𝐿

Gabarito: D

Aula 08 – Soluções 152


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49. (Unimontes MG/2008)


As águas salgadas têm maior concentração de íons quando comparadas àquela encontrada
em águas doces.
O encontro das águas dos rios e do mar e o tempo que determinados íons permanecem no
mar podem ser um indicador de alterações antrópicas.
Admitindo que a concentração média do íon sódio, Na+, em águas doces é de 0,23 · 10–3 mol/L
e que o volume dessas águas lançado no oceano em todo o planeta é de 3,6 · 1016 L/ano, pode-se
estimar que, em 78 · 106 anos de permanência de íons Na+ em águas salgadas, a quantidade
armazenada de matéria, mol, desses íons é, aproximadamente,
a) 8,3 · 1012.
b) 6,0 · 1023.
c) 6,5 · 1020.
d) 4,7 · 1020.
Comentários:
0,23 · 10−3 𝑚𝑜𝑙 3,6 · 1016 𝐿
· · 78 · 106 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 64,584 · 1019 𝑚𝑜𝑙𝑠 ≈ 6,5 · 1020 𝑎𝑛𝑜𝑠
𝐿 1 𝑎𝑛𝑜

Gabarito: C

50. (UERJ/2006)
Para estudar os processos de diluição e mistura foram utilizados, inicialmente, três frascos
contendo diferentes líquidos.
A caracterização desses líquidos é apresentada na ilustração abaixo.

A seguir, todo o conteúdo de cada um dos frascos foi transferido para um único recipiente.
Considerando a aditividade de volumes e a ionização total dos ácidos, a mistura final
apresentou uma concentração de íons H+, em mol·L−1, igual a:
a) 0,60
b) 0,36
c) 0,24
d) 0,12

Aula 08 – Soluções 153


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Comentários:
A mistura dos três frascos pode ser interpretada por duas situações: mistura de soluções de
mesmo soluto e diluição. Os ácidos utilizados liberam 1H+ por fórmula, logo, as concentrações dos
ácidos são iguais as concentrações de seus respectivos H+.

Concentração inicial do Concentração inicial


+
ácido de H

[HC] = 0,2 mol/L [H+] = 0,2 mol/L

[HI] = 0,4 mol/L [H+] = 0,4 mol/L

A fim de ganhar tempo na resolução dessa questão, o volume final utilizado na fórmula da
mistura de soluções que não reagem será igual ao volume final dos três frascos. Dessa forma,
calcula-se a mistura e a diluição em uma mesma equação.
0,2 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100 𝑚𝐿 + 0,4 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 250 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 500 𝑚𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0,24 𝑚𝑜𝑙/𝐿

Gabarito: C

51. (UEPG PR/2019)


Avalie a preparação das 2 soluções descritas a seguir, considere que na mistura entre elas
não ocorre reação e que os compostos estão 100% dissociados na temperatura em que a mistura
foi realizada. Sobre esse processo, assinale o que for correto.
Dados: Mg = 24 u; K = 39 u; C = 35,5 u
I. Solução aquosa de KC 0,1 mol/L.
II. Solução preparada pela dissolução de 190 g de cloreto de magnésio em água,
completando-se o volume para 1 litro.

01. Na mistura de 1 litro da solução I mais 1 litro da solução II, ambas terão as
concentrações reduzidas pela metade na solução final.
02. Nas duas soluções, o soluto é formado por compostos iônicos que sofrem dissociação
em meio aquoso.
04. Para preparar 200 mL da solução I são necessários 149 g do sal.
08. A solução II tem concentração igual a 2 mol/L.
Comentários:

Aula 08 – Soluções 154


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Julgando os itens, tem-se:


01. Certo. Os solutos misturados são diferentes, portanto, ao adicionar o volume de outra
solução ocorrerá diluição. O aumento de 100% do volume inicial, reduz a concentração inicial a
metade.
02. Certo. Os dois sais: cloreto de potássio e cloreto de magnésio são compostos iônicos
que, ao se dissolverem em água, sofrem dissociação.
04. Errado. A solução I apresenta concentração igual a 0,1 mol/L, portanto, para preparar
200 mL (0,2 L) de solução é necessário a seguinte quantidade, em mol, de cloreto de potássio:
0,1 mol/L · 0,2 L = 0,02 mol de KC
Sabendo que a massa molar do KC é igual a 74,5 g/mol, tem-se:
74,5 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙
𝑥𝑔 −−−− 0,02 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙
x = 1,49 g
08. Certo. Para determinar a concentração, em mol/L, a partir de 190 g de MgC2 (massa
molar = 95 g/mol) dissolvidos em 1 litro, basta transformar a massa de 190 g para mol.
95 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑀𝑔𝐶𝑙2
190 𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑀𝑔𝐶𝑙2
x = 2 mols de MgC2
2 mols de cloreto de magnésio dissolvidos em 1 litro, assim, concentração igual a 2 mol/L.
Gabarito: 11

52. (UNITAU SP/2018)


Uma solução é obtida misturando-se 300 g de uma solução A com 400 g de uma solução B. A
solução A consiste em uma mistura cuja concentração do soluto é 25% (m/m), enquanto que, na
solução B, a concentração do soluto é 40% (m/m).

Qual a porcentagem de massa total do soluto (m/m) da solução obtida?


Obs: m/m = massa/massa
a) 66,43%
b) 33,57%
c) 25,0%
d) 40,0%
e) 50, 0%
Comentários:

Aula 08 – Soluções 155


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Solução A Solução B

Soluto: 25% · 300 g = 0,25·300 = 75 g de Soluto: 40% · 400 g = 0,40·400 = 160 g de


soluto soluto

Porcentagem em massa do soluto final da solução:


𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 75 𝑔+160 𝑔
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = = = 0,335 ou 33,5%
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 300 𝑔+400 𝑔

Resolução alternativa:
25% · 300𝑔 + 40% · 400𝑔 = 𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 700𝑔
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 33,5 %
Gabarito: B

53. (ACAFE SC/2016)


Para preparar 1,0 L de [NaOH] = 1,0 mol/L se dispõe de dois frascos distintos contendo
soluções de NaOH, um na concentração de 7% (m/v, frasco A) e outro 2% (m/v, frasco B).
Dados: Na = 23 g/mol; O = 16 g/mol; H = 1 g/mol.
Assinale a alternativa que contém os respectivos volumes das soluções A e B que uma vez
misturados resultará na mistura desejada.

a) 200mL e 800mL
b) 500mL e 500mL
c) 350mL e 650mL
d) 400mL e 600mL
Comentários:
Transformando 1,0 mol/L de NaOH (massa molar = 40 g/mol) em concentração % (m/v):
1,0 mol/L · 40 g/mol = 40 g/L = 40 g/ 1000mL = 4 g/100mL = 4% (m/v)
(Lembre-se: densidade da solução é aproximadamente igual a densidade da solução e, assim,
1L = 1000 g.)
Sabendo que o volume da mistura VA + VB = 1 L, pode-se dizer que VA= 1 – VB.
𝐶𝐴 · 𝑉𝐴 + 𝐶𝐵 · 𝑉𝐵 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
7% · (1 − 𝑉𝐵 ) + 2% · 𝑉𝐵 = 4% · 1𝐿
𝑉𝐵 = 0,6 𝐿
𝑉𝐴 + 0,6 𝐿 = 1 𝐿

Aula 08 – Soluções 156


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𝑉𝐴 = 0,4 𝐿

Gabarito: D

54. (UEM PR/2012)


A aplicação de fertilizantes líquidos em lavouras depende fundamentalmente da formulação
do fertilizante e do tipo de lavoura. A tabela a seguir apresenta as concentrações de nitrogênio,
fósforo e potássio (NPK) que devem estar presentes no fertilizante de uma determinada lavoura.
Sabendo-se que um agricultor possui três formulações aquosas estoque de fertilizante: a primeira
(1) contendo 0 g/L de nitrogênio, 60 g/L de fósforo e 40 g/L de potássio; a segunda (2) contendo 50
g/L de nitrogênio, 50 g/L de fósforo e 0 g/L de potássio; e a terceira (3) 40 g/L de nitrogênio, 0 g/L
de fósforo e 60 g/L de potássio, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) a respeito das formulações de
fertilizante ótimas para cada lavoura.

01. Para a lavoura A, deve ser feita uma solução contendo 50 mL da formulação (1) e 50
mL da formulação (3), diluindo-se em seguida para um volume final de 5 litros.
02. As formulações estoque podem ser preparadas a partir dos sais nitrato de amônia,
fosfato monoácido de cálcio e cloreto de potássio.
04. Para se preparar a primeira solução estoque (1), em relação ao K, pode-se usar,
aproximadamente, 1,025 mols de KC dissolvido em 1 litro de água.
08. Além de NPK, fertilizantes podem conter outros compostos em menor proporção,
fontes de micronutrientes, como Fe, Zn, Mn e Cu.
16. Para a lavoura C, deve ser feita uma solução contendo 150 mL da formulação (2) e 150
mL da formulação (3), diluindo-se em seguida a um volume final de 15 litros.
Comentários:

Formulação I Formulação II Formulação III

Nitrogênio (g/L) 0 50 40

Fósforo (g/L) 60 50 0

Potássio (g/L) 40 0 60

Ao misturas as formulações, o cálculo da concentração de cada elemento é feito por:


Concentração de nitrogênio (combinação das formulações II e III):

Aula 08 – Soluções 157


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𝐶𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼 + 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Concentração de fósforo (combinação das formulações I e II):


𝐶𝐼 · 𝑉𝐼 + 𝐶𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Concentração de potássio (combinação das formulações I e III):


𝐶𝐼 · 𝑉𝐼 + 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Julgando os itens, tem-se:


01. Certo.
Concentração de nitrogênio (combinação das formulações II e III):
40𝑔/𝐿 · 0,05 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 5 𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑛𝑖𝑡𝑟𝑜𝑔ê𝑛𝑖𝑜 = 0,4 𝑔/𝐿

Concentração de fósforo (combinação das formulações I e II):


𝐶𝐼 · 𝑉𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
60𝑔/𝐿 · 0,05 𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 5 𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓ó𝑠𝑓𝑜𝑟𝑜 = 0,6 𝑔/𝐿

Concentração de potássio (combinação das formulações I e III):


𝐶𝐼 · 𝑉𝐼 + 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
40𝑔/𝐿 · 0,05𝐿 + 60𝑔/𝐿 · 0,05𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 5𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡á𝑠𝑠𝑖𝑜 = 1,0 𝑔/𝐿
Todas as concentrações finais atendem a tabela da Lavoura A.
02. Certo. Os sais nitrato de amônia, fosfato monoácido de cálcio e cloreto de potássio
apresentam os elementos nitrogênio, fósforo e potássio.
04. Certo. A formulação I apresenta 40 g/L de potássio (massa molar = 39 g/mol).
1,025 mol/L · 39 g/mol = 39,975 g/L ≈ 40 g/L
08. Certo. Os micronutrientes são compostos que as plantas necessitam em menor
quantidade para a síntese de outros compostos, tais como clorofila, proteínas etc.
16. Errado.

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Concentração de nitrogênio (combinação das formulações II e III):


𝐶𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼 + 𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
50𝑔/𝐿 · 0,150𝐿 + 40𝑔/𝐿 · 0,150𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 15𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑛𝑖𝑡𝑟𝑜𝑔ê𝑛𝑖𝑜 = 0,9 𝑔/𝐿

Concentração de fósforo (combinação das formulações I e II):


𝐶𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
50 𝑔/𝐿 · 0,150 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 15 𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓ó𝑠𝑓𝑜𝑟𝑜 = 0,5 𝑔/𝐿

Concentração de potássio (combinação das formulações I e III):


𝐶𝐼𝐼𝐼 · 𝑉𝐼𝐼𝐼 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
60 𝑔/𝐿 · 0,150 𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 15 𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡á𝑠𝑠𝑖𝑜 = 0,6 𝑔/𝐿

Gabarito: 15

55. (UERJ/2011)
Observe, a seguir, a fórmula estrutural do ácido ascórbico, também conhecido como vitamina
C:
HO

HO O O

HO OH

Para uma dieta saudável, recomenda-se a ingestão diária de 2,5·10–4 mol dessa vitamina,
preferencialmente obtida de fontes naturais, como as frutas.
Considere as seguintes concentrações de vitamina C:
- polpa de morango: 704 mg·L–1;
- polpa de laranja: 528 mg·L–1.
Um suco foi preparado com 100 mL de polpa de morango, 200 mL de polpa de laranja e 700
mL de água.

Aula 08 – Soluções 159


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A quantidade desse suco, em mililitros, que fornece a dose diária recomendada de vitamina
C é:
a) 250
b) 300
c) 500
d) 700
Comentários:
As concentrações dos sucos foram fornecidas em mg/L e a dose recomendada em mol, para
que seja possível o cálculo da quantidade de suco necessária, deve-se calcular as quantidades em
uma mesma unidade. Escolhi, arbitrariamente, a unidade mg/L. Assim, converte-se 2,5·10-4 mol de
vitamina C:
Vitamina C – fórmula molecular – C6H8O6 – massa molar = 176 g/mol.
Dose recomendada:
2,54·10-4 mol · 176 g/mol = 44,704 mg de Vitamina C
𝐶𝑚𝑜𝑟𝑎𝑛𝑔𝑜 · 𝑉𝑚𝑜𝑟𝑎𝑛𝑔𝑜 + 𝐶𝑙𝑎𝑟𝑎𝑛𝑗𝑎 · 𝑉𝑙𝑎𝑟𝑎𝑛𝑗𝑎 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
704𝑚𝑔/𝐿 · 100𝑚𝐿 + 528𝑚𝑔/𝐿 · 200𝑚𝐿 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 1000𝑚𝐿
𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 176 𝑚𝑔/𝐿
A quantidade de suco necessária para obter a dose recomendada de 44,704 mg de vitamina
C:
176 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎 𝐶 −−−− 1𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑜
44,704 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎 𝐶 −−−− 𝑥 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑜
x = 0,254 L ≈ 250 mL

Gabarito: A

56. (ESCS DF/2008)


Em 1980, os médicos Irineu Velasco e Maurício da Rocha e Silva descobriram que a utilização
de soluções hipertônicas contendo 7.500 mg de cloreto de sódio dissolvidos em 100 mL de solução
aquosa representava uma alternativa segura e eficiente para o tratamento de vítimas de choque
hemorrágico. Os tratamentos utilizados até então recomendavam, entre outros procedimentos, a
aplicação de grandes volumes de soro fisiológico contendo 900 mg de cloreto de sódio em 100 mL
de solução.
Um determinado grupo de pesquisadores decidiu realizar um estudo utilizando uma nova
solução salina, preparada a partir da combinação da solução hipertônica de Velasco e Silva com o
soro fisiológico convencional.

Aula 08 – Soluções 160


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A razão entre os volumes de soro fisiológico e de solução hipertônica necessários para


preparar uma solução com concentração igual a 20 g/L de NaC é igual a:
a) 10;
b) 7,5;
c) 5;
d) 2,5;
e) 1.
Comentários:
As concentrações em g/L do soro fisiológico e da solução hipertônica são:

Soro fisiológico Solução hipertônica

7500 mg/100 mL = 7,5 g/100 900 mg/100 mL = 0,9 g/100


mL = mL =
75 g/1000 mL = 75 g/L 9 g/1000 mL = 9 g/L

𝐶𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 · 𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 𝐶ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 · 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙


75𝑔/𝐿 · 𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 9 𝑔/𝐿 · 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 = 20 𝑔/𝐿 · (𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟)
75𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 9 𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 = 20𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 + 20𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟
55𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 = 11𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟
𝑉𝑓𝑖𝑠𝑖𝑜 11 1
= =
𝑉ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟 55 5

Gabarito: C

57. (FFFCMPA RS/2007)


Um estudante de Química precisava preparar 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio
com concentração 0,14 mol/L. No entanto, ele só dispunha de outras soluções de NaOH, cujas
concentrações eram 0,05 mol/L e 0,50 mol/L, de uma pipeta graduada e de um balão volumétrico
de 100 mL. Com este material, como o estudante deverá proceder para conseguir preparar a
solução?
a) Pipetar 10,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,05 mol/L.
b) Pipetar 15,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,05 mol/L.

Aula 08 – Soluções 161


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c) Pipetar 20,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,05 mol/L.
d) Pipetar 25,0 mL da solução 0,50 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,05 mol/L.
e) Pipetar 10,0 mL da solução 0,05 mol/L, inserir no balão volumétrico e completar até
100 mL com a solução 0,50 mol/L.
Comentários:
O volume final é formado pela soma dos volumes da pipeta e da solução pronta. Assim, tem-
se:
𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 + 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 = 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 = 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎
Mistura de soluções de mesmo soluto:
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 · 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 + 𝐶𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 · 𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 = 𝐶𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 · 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
0,05 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 + 0,50 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · (𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 ) = 0,14 𝑚𝑜𝑙/𝐿 ·
100𝑚𝐿
0,05 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 + 0,50 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · (100 − 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 ) = 14
0,05𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 + 50 − 0,5𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 = 14
0,45𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 = 36
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡𝑎 = 80 𝑚𝐿
Assim, o volume da pipeta é igual a 20mL

Gabarito: C

58. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2016)


Uma solução de ácido acético (CH3COOH; massa molar 60 g) encontra-se em titulação. Sabe-
se que para a neutralização total de 150 mL dessa solução são necessários 100 mL de NaOH (1mol/L).
Segue a equação da reação de neutralização.
CH3COOH + NaOH → Na+ + CH3COO– + H2O
A correta titulação para essa solução de ácido acético é
a) 20 g/litro.
b) 40 g/litro.
c) 60 g/litro.
d) 80 g/litro.
e) 100 g/litro.

Aula 08 – Soluções 162


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Comentários:
Sabe-se que o ácido acético apresenta Kácido igual a 1, porque apresenta 1 H+ ionizável por
fórmula, enquanto a base apresenta Kbase igual a 1, porque apresenta 1 OH- dissociável por fórmula.
𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
1 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 150𝑚𝐿 = 1 · 1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 100𝑚𝐿
𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,667 𝑚𝑜𝑙/𝐿
Converte-se a concentração para g/L:
0,667 g/L · 60 g/mol = 40 g/L

Gabarito: B

59. (IME RJ/2019)


É requerido que fazendas produtoras de leite bovino controlem a acidez do leite que está
aguardando o processamento. Essa acidez é resultante da conversão da lactose em ácido lático
(ácido 2-hidroxipropanoico) por ação de microrganismos:
C12H22O11 + H2O → 4 C3H6O3
Um fazendeiro decidiu fazer um experimento para determinar a taxa de geração de ácido
lático no leite armazenado: retirou uma amostra de 50 cm3 de leite, cuja concentração de ácido
lático é de 1,8 g/L, e, depois de três horas, utilizou 40 cm 3 de uma solução 0,1 molar de NaOH para
neutralizá-la.
Conclui-se que a taxa média de produção de ácido lático por litro de leite é:
a) 0,25 mg/L·s
b) 0,33 mg/L·s
c) 0,50 mg/L·s
d) 0,67 mg/L·s
e) 1,00 mg/L·s
Comentários:
Sabe-se que o ácido lático apresenta Kácido igual a 1, porque apresenta 1 H+ ionizável por
fórmula, enquanto o hidróxido de sódio apresenta Kbase igual a 1, porque apresenta 1 OH- dissociável
por fórmula.
O ácido lático presente no leite apresenta concentração igual a 1,8 g/L, no momento, da
retirada. Porém, durante a espera de seu processamento, a quantidade de ácido aumenta devido à
ação de micro-organismos. Calcula-se a concentração do ácido presente no leite após o período de
espera a partir da equação da titulação:
1 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 50 𝑐𝑚3 = 1 · 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 40 𝑐𝑚3
𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,08 𝑚𝑜𝑙/𝐿

Aula 08 – Soluções 163


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Converte-se a concentração 0,08 mol/L de ácido lático (massa molar igual a 90 g/mol) para
mg/L:
0,08 mol/L · 90 g/mol = 7,2 g/L = 7200 mg/L
A quantidade inicial de ácido lático, antes da espera, era de: 1,8 g/L = 1800 mg/L. Assim a
quantidade formada de ácido lático durante as 3 horas é de:
7200 mg/L – 1800 mg/L = 5400 mg/L (em 3 horas)
5400 𝑚𝑔/𝐿 5400 𝑚𝑔/𝐿 5400 𝑚𝑔/𝐿
= = = 0,5 𝑚𝑔/𝐿/𝑠
3 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 180 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 10800 𝑠

Gabarito: C

60. (UCS RS/2017)


A cisplatina, Pt(NH3)2C2, uma droga utilizada em quimioterapia, pode ser preparada por meio
da reação de (NH4)2PtC4 com uma solução aquosa de amônia. Além da cisplatina, o outro produto
dessa reação é o cloreto de amônio. Para que se possa obter 12,60 g de cisplatina, a partir dessa
reação, o volume em mililitros de amônia 0,125 mol·L–1 é, em valores arredondados, de
a) 327.
b) 495.
c) 544.
d) 672.
e) 753.
Comentários:
Massas molares dos elementos (g/mol): H = 1, N = 14, C = 35,5 e Pt = 195.
Massas molares das substâncias (g/mol): Pt(NH3)2C2 = 300.
A reação é representada por:
(NH4)2PtC4 + 2 NH3 → Pt(NH3)2C2 + 2 NH4C
Para se obter 12,60 g de cisplatina, calcula-se a quantidade em mol de NH3.
2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 −−−− 300 𝑔 𝑑𝑒 Pt(NH3 )2 Cl2
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 −−−− 12,60 𝑔 𝑑𝑒 Pt(NH3 )2 Cl2
x = 0,084 mol de NH3
Determina-se o volume da solução de amônia que apresente 0,084 mol:
0,125 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 −−−− 1 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
0,084 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻3 −−−− 𝑦 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
y = 0,672 L = 672 mL

Aula 08 – Soluções 164


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Gabarito: D

61. (PUC SP/2019)


A análise gravimétrica é baseada em medidas de massa. A substância a ser testada pode ser
misturada com um reagente para formação de um precipitado, o qual é pesado. É possível
determinar a quantidade de cálcio presente na água, por exemplo, misturando a amostra com
excesso de ácido etanodióico, seguida de uma solução de amônia. Os íons cálcio reagem com íons
etanodioato formando, etanodioato de cálcio. O etanodioato de cálcio é convertido em óxido de
cálcio, através de aquecimento, o qual é pesado. Uma amostra de 200 cm3 de água foi submetida
ao tratamento descrito acima. A conversão de etanodioato de cálcio em óxido de cálcio foi feita em
um cadinho que tinha uma massa de 28,520 g. Após a conversão, a massa obtida foi de 28,850 g.
Qual a concentração, aproximada, de íons cálcio na amostra de água?
a) 3·10–2 mol/L
b) 6·10–3 mol/L
c) 3·10–5 mol/L
d) 0,33 mol/L
Comentários:
Ácido etanodioico:
O O
C C
HO OH

As etapas descritas no texto são representadas abaixo:

Ca2+ + C2H2O4 + 2NH3 → C2O4Ca + 2 NH4+

C2O4Ca → CaO + 2 CO2

Reação global: Ca2+ + C2H2O4 + 2 NH3 → CaO + 2 CO2 + 2NH4+

A massa final obtida 28,850 g corresponde a massa de óxido de cálcio mais a massa do
cadinho (28,520 g), logo, a massa de óxido de cálcio é de 0,33 g.
Sabendo que a massa de óxido de cálcio (massa molar igual a 56 g/mol) obtida é de 0,33g,
determina-se o número de mols de cálcio presentes na solução, utilizando a proporção da reação
global.
1 𝑚𝑜𝑙 𝐶𝑎2+ −−−− 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎2+ −−−− 0,33 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂
x = 0,00589 mol de Ca2+
A concentração, em mol/L, de Ca2+ contido em 200 cm3 (ou 0,2 L) é de:

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0,00589 𝑚𝑜𝑙
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = = 0,029 𝑚𝑜𝑙/𝐿 ≈ 0,03 𝑚𝑜𝑙/
0,2 𝐿
Gabarito: A

62. (FMABC SP/2017)


A lactose é o açúcar presente no leite. Formada por dois monossacarídeos, a galactose e a
glicose, a lactose é representada pela fórmula molecular C12H22O11. Algumas bactérias presentes no
leite são capazes de fermentar a lactose, produzindo exclusivamente o ácido láctico (C 3H6O3), um
ácido monoprótico.
C12H22O11 + H2O → 4 C3H6O3
Uma amostra de 20 mL de leite de vaca apresenta, inicialmente, 1,00 g de lactose. O leite
dessa amostra foi fermentado e o ácido láctico gerado foi titulado utilizando-se uma solução aquosa
de hidróxido de sódio (NaOH) 0,20 mol·L–1. Foram necessários 35 mL da solução alcalina para
neutralizar completamente o ácido. Considerando que o único ácido presente na amostra é o ácido
láctico proveniente da fermentação do leite, a porcentagem de lactose ainda presente no leite é de
aproximadamente
Dados: massa molar (g·mol–1): C12H22O11 = 342; C3H6O3 = 90; NaOH = 40.

a) 20 %.
b) 30 %.
c) 40 %.
d) 50 %.
Comentários:
Sabe-se que o hidróxido de sódio apresenta Kbase igual a 1, porque apresenta 1 OH- dissociável
por fórmula.
Inicialmente, determina-se o número de mols de ácido lático consumido no processo de
titulação. (lembre-se: Mácido·Vácido= número de mols do ácido).
𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
1 · 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 1 · 0,20 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 0,035 𝐿
𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,007 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑙á𝑡𝑖𝑐𝑜
Calcula-se a quantidade, em gramas, de lactose responsável pela formação de 0,007 mol de
ácido lático:
342 𝑔 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑐𝑡𝑜𝑠𝑒 −−−− 4 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑙á𝑡𝑖𝑐𝑜
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑐𝑡𝑜𝑠𝑒 −−−− 0,007 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑙á𝑡𝑖𝑐𝑜
x = 0,5985 g de lactose
(massa consumida na fermentação)

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Quantidade de lactose que ainda resta em porcentagem:


1,0 𝑔 − 0,5985𝑔
· 100% = 40,15%
1𝑔
Gabarito: C

63. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016)


Para determinar a pureza de uma amostra de ácido sulfúrico (H2SO4), uma analista dissolveu
14,0 g do ácido em água até obter 100 mL de solução. A analista separou 10,0 mL dessa solução e
realizou a titulação, utilizando fenolftaleína como indicador. A neutralização dessa alíquota foi
obtida após a adição de 40,0 mL de uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) de
concentração 0,5 mol·L–1.
O teor de pureza da amostra de ácido sulfúrico analisado é, aproximadamente,
a) 18,0 %.
b) 50,0 %.
c) 70,0 %
d) 90,0 %.
Comentários:
Sabe-se que o hidróxido de sódio apresenta Kbase igual a 1, porque apresenta 1 OH- dissociável
por fórmula e Mácido·Vácido= número de mols do ácido).
Para determinar o grau de pureza, deve-se calcular a quantidade efetiva de ácido sulfúrico
presente em 14,0 g da amostra. Inicialmente, determina-se a quantidade, em mol, de ácido
consumido no processo de titulação:
𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑀á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑉á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
𝐾á𝑐𝑖𝑑𝑜 · 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 𝐾𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑀𝑏𝑎𝑠𝑒 · 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
2 · 𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 1 · 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 · 0,040 𝐿
𝑛á𝑐𝑖𝑑𝑜 = 0,010 𝑚𝑜𝑙
O 0,010 mol de H2SO4 estavam presentes em uma alíquota de 10,0 mL. Dessa forma, a
amostra total de 100 mL apresenta 0,10 mol de H2SO4. Convertendo o número de mols de ácido
sulfúrico em massa e comparando com a massa total, determina-se a pureza da amostra:
0,10 mol · 98 g/mol = 9,8 g de H2SO4
14,0 𝑔 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 −−−− 100 %
9,8 𝑔 −−−− 𝑥%
x = 70%

Gabarito: C

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64. (ACAFE SC/2016)


Considere os trechos retirados do artigo: Química e Armas Não Letais: Gás Lacrimogêneo em
Foco da revista Química Nova na Escola, volume 71, número 2. maio de 2015, p. 88-92.

*Hazardous Substances Data Bank (HSDB),


http://toxnet.nlm.ni.gov/cgi-bin/sis/search/r?dbs+hsdb:@ter m+@rn+@rel+2698-41-1

Quadro 01: Representação estrutural e propriedades dos lacrimogêneos. Considere os


pontos de fusão e ebulição medidos sob 1atm.
“[…] Pessoas afetadas com CN devem procurar ar fresco, com o rosto voltado para o vento,
e não esfregar os olhos. Caso a contaminação tenha sido intensa, deve-se remover a roupa e
imediatamente banhar o corpo com grande quantidade de água fria. Pode-se optar por uma solução
de 5% (m/v) de bicarbonato de sódio em água para remover os cristais do agente lacrimogêneo […]”.

Reação de neutralização de cloroacetofenona (CN) com bicarbonato de sódio.


Assinale a alternativa que contém o volume de solução aquosa de bicarbonato de sódio 5%
(m/v) necessário para reagir com 77,25 g de cloroacetofenona.
Dados: massas molares do cloroacetofenona (CN) e bicarbonato de sódio respectivamente:
154,5 g/mol e 84 g/mol.

a) 8,4L
b) 4,2L

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c) 7,72L
d) 0,84L
Comentários:
A partir da proporção de reação entre os reagentes, determina-se a massa em gramas de
bicarbonato de sódio necessária para consumir 77,25 g de cloroacetofenona.
154,5 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜𝑎𝑐𝑒𝑡𝑜𝑓𝑒𝑛𝑜𝑛𝑎 −−−− 84 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜
77,25 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜𝑎𝑐𝑒𝑡𝑜𝑓𝑒𝑛𝑜𝑛𝑎 −−−− 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜
x = 42 g de bicarbonato de sódio
A solução de bicarbonato de sódio é comercializada na concentração de 5% (m/v), ou
seja, 5g/100 mL.
5 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 −−−− 100 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
42 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 −−−− 𝑦 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
y = 840 mL = 0,84 L
Gabarito: D

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS


Pronto! Aprendizado sobre soluções: download concluído! Agora é respirar fundo e ter
ciência de que completou uma das partes que mais fará diferença em sua aprovação. É importante
que realize questões desse tema de forma espaçada e de tempos em tempos para que ocorra um
aprendizado concreto e eficaz.

Relaxe e celebre o fim de mais uma etapa. Respire e tenha orgulho do seu esforço. Tenha
certeza que muitos já desistiram até esse momento, mas estou feliz que você não. Mantenha o foco
e controle seus pensamentos pensando no seu esforço e na disciplina do seu estudo. Isso facilita o
seu empenho e controla um pouco a ansiedade, que é natural quando controlada.

“Só se pode alcançar um grande êxito


quando nos mantemos fiéis a nós mesmos.
Friedrich Nietzsche”

Aula 08 – Soluções 169


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15. REFERÊNCIAS
Figura 1 – Gary Butterfield/Unsplash. Disponível em
https://unsplash.com/photos/aaMsrtneIg0. Acesso em 26 de abril de 2019.
Figura 2 – Isaac Davis/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/rzCi3mD-6ho.
Acesso em 26 de abril de 2019.
Figura 3 – Greg Becker/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/-0_ww2ACIw8.
Acesso em 26 de abril de 2019.
Figura 4 – Andrew Magill\Flickr. Disponível em
https://www.flickr.com/photos/amagill/180202581/. Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 5 – Eiliv-Sonas Aceron\Unsplash. Disponível em
https://unsplash.com/photos/_8bnn1GqX70. Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 6 – Scott Webb/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/S_eu4NqJt5Y.
Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 7 – David Pisnoy/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/46juD4zY1XA.
Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 8 – Hans/pixabay. Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/gummib%C3%A4rchen-
gummi-bears-urso-gummi-318362/. Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 9 – Dana DeVolk\Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/5-RS_ScO3X4.
Acesso em 26 de abril de 2019.
Figura 10 – UFPEL – vestibular 2014. Disponível em
http://ces.ufpel.edu.br/vestibular/pave/download/PAVE214.pdf . Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 11 – Brasil.gov. Disponível em http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2013/01/alcool-
liquido-sai-das-prateleiras-a-partir-de-fevereiro/alcool-liquido-com-mais-de-54b0-gl-sai-das-
prateleiras/view. Acesso em 30 de abril de 2019.
Figura 12 – Diario de Biologia. Disponível em https://diariodebiologia.com/2010/11/agua-
oxigenada-h2o2-espuma-em-contato-feridas/. Acesso em 30 de abril de 2019.
Figura 13 – Deleece Cook/Unsplash. Disponível em
https://unsplash.com/photos/znXmpb53QJU. Acesso em 02 de maior de 2019.
Figura 14 – RyanMcGuire/Pixabay. Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/homem-
estresse-masculino-rosto-742766/. Acesso em 06 de maio de 2019.
Figura 15 – Wikipedia. Disponível em
https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_aspirin#/media/File:Bayer_Aspirin_ad,_NYT,_February_19,_1917
.jpg . Acesso em 09 de maio de 2019.

Bibliografia

Aula 08 – Soluções 170


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Aula 08: ENEM 2021

Isotônico ou Água de Coco: Isso ou Aquilo? Disponível em:


http://www.cookie.com.br/isotonico-ou-agua-de-coco-isso-ou-aquilo/. Acesso em 25 de abril de
2019.
Joe Schwarcz. Barbies, bambolês e bolas de bilhar. Editora Jorge Zahar LTDA. Sirvam o
borbulhante. Página 87

Folha de versão
30/03/2020 – versão 1

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