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O produto de inércia de um elemento de área dA, localizado num ponto (x, y), é
definido como dI xy = xy dA conforme ilustrado na Fig. (15.1). Logo, para toda a área o
produto de inércia é calculado por
I xy = ∫ xy dA (15.1)
A
Y
A
x
dA
0 X
Pela equação (15.1) nota-se que o produto de inércia tem a mesma unidade [L4] que o
momento de inércia, mas o produto de inércia pode ser positivo, negativo ou nulo. Conforme
o quadrante em que se localiza o elemento dA, fica definido o sinal da integral, conforme
ilustra a Fig. (15.2).
∫ x y dA = (+ )
∫ (− x )y dA = (− ) A
A
C
x
∫ (− x )(− y )dA = (+ )
A ∫ x (− y )dA = (+ )
A
Figura 15.2 – Descrição da variação do sinal do produto de inércia em relação aos eixos
centrais de uma figura.
ENG 01156 – Mecânica - Aula 15 142
Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM
dA
y
X
-y
dA
Figura 15.3 – Cálculo do produto de inércia em relação a um par de eixos, dos quais pelo
menos um é eixo de simetria.
O teorema dos eixos paralelos também pode ser aplicado ao produto de inércia. O
processo de dedução da expressão resultante é semelhante ao apresentado no item 14.4. Para
ilustrar a dedução considera-se a Fig. (15.4), na qual C é o centróide da área, X’ e Y’ são
eixos centrais paralelos aos eixos X e Y respectivamente.
Y'
Y
xc x' dA
y'
C
X'
yc
O X
I xy = I x´ y´ + xC yC A (15.3)
Y Y
Yc
dx
h
x
y
Xc
h/3
y/
2
X X
b 2b/3
b
1 b h2 b h2 x4 h 2b 2
= ∫0 xy dx = ∫0 x dx = =
2 3
I xy
2 2b 2 2b 2 4 0 8
Para obter o produto de inércia em relação aos eixos centrais do triângulo basta aplicar o teorema de Steiner
2b h
conforme expressão (15.3). Para tal deve-se considerar que xC = e yC = .
3 3
2 2 2 2 2 2 2 2
h b b h h 2b h b h b h b
I xy = − ⋅− ⋅− = − =
8 2 3 3 8 9 72
( )
n n
I xy = ∑ I xy i = ∑ I x´ y´i + Ai xi yi (15.4)
i =1 i =1
Nesta equação n indica o número de figuras simples, I x´ y´i é o produto de inércia em relação
aos eixos centrais da figura simples, que são paralelos aos eixos X e Y, Ai é a área da figura
simples, xi é a distância ortogonal entre o eixo Y e o eixo central da figura paralelo a este, yi é
a distância ortogonal entre o eixo X. É importante salientar que sempre que a figura simples
tiver pelo menos um eixo de simetria (caso do retângulo, círculo, triângulo equilátero) o termo
I x´ y´i correspondente será nulo.
yaux
yc
x
a
C
xc
y
xaux
t
x=
(at )(a 2 − t 2 ) = a (a 2 − t 2 ) x=
a (a 2 − t 2 )
at + (a − t )t a + (a − t ) a + (a − t )
Como a seção é formada apenas por retângulos, o termo I x´ y´ i é nulo para todos os elementos. Logo, a
expressão para o cálculo do produto de inércia fica
a t a
I xC yC = (at ) ⋅ (− y ) ⋅ − − x + (a − t )t (− x ) ⋅ − y
2 2 2
O produto de inércia que estudamos até aqui é útil para calcularmos os momentos de
inércia de uma área em relação a um par de eixos inclinados como ilustrado na Fig.(15.7).
y
A
dA
v
sθ
v
y co
θ θ u
y
nθ
x se
θ
O
x
x
nθ
y se
sθ
x co
Para calcularmos o momento de inércia em relação aos eixos u e v, bem como o seu
respectivo produto de inércia, é necessário uma transformação de coordenadas, que está
ilustrada na Fig.(15.7), conforme expressão (15.5).
u cos θ sen θ x
= (15.5)
v − sen θ cos θ y
ENG 01156 – Mecânica - Aula 15 146
Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM
A A A A A
+ sen θ cos θ ∫ y dA − sen θ ∫ xydA = cos θ I xy − cos θ sen θ I y + sen θ cos θ I x − sen θ I xy
2 2 2 2
A A
Ix + I y Ix − Iy
Iu = + cos 2θ − I xy sen 2θ
2 2
Ix + I y Ix − I y
Iv = − cos 2θ + I xy sen 2θ (15.8)
2 2
Ix − I y
I uv = sen 2θ + I xy cos 2θ
2
Com estas expressões pode-se determinar os momentos de inércia e o produto de inércia de
uma figura qualquer em relação a um par de eixos inclinados com relação à horizontal. É
interessante observar que a soma dos momentos de inércia Iu e Iv resulta num invariante de
inércia ou seja
Io = I z = I x + I y = Iu + Iv
o que mostra que o momento de inércia polar Io (ou momento de inércia Iz) é independente da
orientação dos eixos u e v.
ENG 01156 – Mecânica - Aula 15 147
Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM
dI u Ix − I y
= −2 sen 2θ − 2 I xy cos 2θ = 0
dθ 2
Rescrevendo esta equação e chamando de θP o ângulo que localiza os eixos principais de
inércia tem-se
− I xy − 2 I xy
tan 2θ = =
(I x − I y ) 2 Ix − I y
(15.9)
Esta equação fornece duas raízes, θ P1 e θ P2 , defasadas de 90o, que localizam os eixos
principais de inércia conforme ilustrado na Fig.(15.8). Substituindo-se estes ângulos nas
expressões (15.8) obtém-se os momentos de inércia Iu e Iv. A identificação do momento de
inércia máximo Imax e do momento de inércia mínimo Imin é feito por simples comparação
entre Iu e Iv. Além disso, pode-se também verificar que o produto de inércia Iuv em relação aos
( ) ( )
eixos principais de inércia é nulo, ou seja I uv θ P1 = I uv θ P2 = 0 .
v
u
θp2
θp1
O x
y y v
v Ix > Iy
I xy < 0 Ix > Iy
y
v
θ >0 I xy > 0
u
u θ <0
θ θ
θ x x
x
u
Ix < Iy
I xy > 0
θ >0
y
v
Ix < Iy
I xy < 0
θ x
θ <0
u
Figura 15.9 – Situações possíveis para o ângulo θ que localiza os eixos principais de inércia.
Os momentos de inércia Imax e Imin podem ser calculados através de uma expressão
mais simples, para tal deve-se determinar o seno e o cosseno de θ P1 e θ P2 , o que pode ser
feito a partir dos triângulos apresentados na Fig.(15.10), os quais são obtidos através da
equação (15.9). Com este procedimento obtém-se as expressões (15.10) e (15.11).
Ixy
2θp2
Ixy
(Ix-Iy)/2
-(Ix-Iy)/2 2θp1 I
- Ixy
2
− I xy Ix − I y Ix − I y
sen 2θ P1 = , cos 2θ P1 = + I xy
2
(15.10)
Ix − I y
2 2 2
+ I xy
2
2
ENG 01156 – Mecânica - Aula 15 149
Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM
2
I xy Ix − I y Ix − I y
sen 2θ P2 = , cos 2θ P2 = − + I xy
2
(15.11)
Ix − I y
2
2 2
+ I xy
2
2
Substituindo-se estes resultados na (15.8) tem-se
Ix − I y
Ix + I y Ix − I y − I xy
( )
I u θ P1 =
2
+
2
2
2
− I xy
2
(15.12)
Ix − I y Ix − I y
+ I xy
2
+ I xy
2
2 2
que pode ser rescrita como
2
Ix − I y
+ I xy
2 1
I x + I y I x − I y
2 2
Ix + I y
( )
I u θ P1 = + 2 = +
2
+ I xy (15.13)
2
I − I
1 2 2
2 2
x y 2
+ I xy
2
1
I x + I y I x − I y
2 2
( )
I u θ P2 = −
2
+ I xy (15.14)
2 2
( )
Pode-se demonstrar ainda que I uv θ P1 = I uv θ P2 = 0 fazendo-se ( )
Ix − I y
Ix − I y − I xy
( )
I uv θ P1 =
2
2
+I
xy
2
2
=0 (15.15)
Ix − I y Ix − I y
+ I xy
2
+ I xy
2
2 2
Os resultados obtidos podem ser resumidos na equação (15.16), que conforme o uso
do sinal (+) ou (-) fornece o momento de inércia máximo ou mínimo.
2
Ix + Iy Ix − Iy
I max = ± + I xy
2
(15.16)
min 2 2
Uma pergunta comum que surge quando se aplica a equação (15.16) é como
identificar os eixos de máximo e mínimo. Para responder a esta questão vai-se considerar
hipoteticamente que I x > I y . Lembrando a dedução anterior pode-se escrever
ENG 01156 – Mecânica - Aula 15 150
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2
Ix − I y Ix − I y
cos 2θ P1 = + I xy
2
(15.17)
2 2
Iu =
1
2
( ) (
I − Iy
Ix + I y + x
cos 2θ
)
P1
(15.18)
Iv =
1
2
( ) (
I − Iy
Ix + I y − x
cos 2θ
)
P1
(15.19)
Como cos 2θ P1 > 0 , nota-se pelas expressões (15.18) e (15.19), que se I x > I y tem-se
necessariamente I u > I v . Logo, pode-se escrever
2
Ix + I y Ix − I y
I u = I max = + + I xy
2
2 2
(15.20)
2
Ix + I y Ix − I y
I v = I min = − + I xy
2
2 2
Quando I y > I x tem-se I v > I u e neste caso deve-se trocar os sinais do segundo membro da
(15.20) ou seja
2
Ix + I y Ix − Iy
I u = I min = − + I xy
2
2 2
(15.21)
2
Ix + I y Ix − I y
I v = I max = + + I xy
2
2 2
|Do ponto de vista do projeto estrutural/mecânico, o ponto O adotado para a origem do
sistema de referência é o centróide da área. Neste caso, os eixos principais de inércia são
chamados de eixos principais centrais de inércia, e os momentos de inércia correspondentes à
estes eixos são chamados de momentos principais centrais de inércia. Como o produto de
inércia em relação a um par de eixos é nulo, sempre que pelo menos um dos eixos for eixo de
simetria, pode-se afirmar que um eixo de simetria é sempre um eixo principal central de
inércia para a área.
ENG 01156 – Mecânica - Aula 15 151
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y
eixo
de mínimo
eixo
θ de máximo
Rmax
r θp1
Rmin
- Rmin x
O
- Rmax
2 2 2
I + Iy Ix − Iy Ix − I y
I u − x + I uv
2
= cos 2θ − I xy sen 2θ + sen 2θ − I xy cos 2θ
2 2 2
Ixy Ix
A
Ixy
2θp1
C
I
Imin
(Ix+Iy)/2
Imax
10 ⋅ 13 2 ⋅ 53
Ix = + = 86,67 cm 4
3 3
5
1 ⋅ 43 5 ⋅ 23 1 ⋅ 63
Iy = + + = 106,67 cm 4
(cm) 3 3 3
2
Ix − Iy 86,67 − 106,67
2
R= + (− 30 ) = 31,62 cm
+ I xy
2
= 2 4
2 2
IV = I max = I med + R = 9,67 + 31,62 = 128,29cm 4 I u = I min = I med − R = 96,67 − 31,62 = 65,05cm 4
Pelos resultados obtidos , nota-se que I max > I y e I min < I x , como era de se esperar devido ao
processo para os valores extremos dos momentos de inércia para um ponto O fixado. A figura abaixo apresenta a
localização dos eixos principais de inércia para um ponto O fixado. A figura abaixo apresenta a localização dos
eixos principais de inércia e a representação da elipse de inércia.
20,739
y r2 =
6,4 sen θ + 3,24 cos 2 θ
2
eixo de máximo
O x
35,78°
eixo de mínimo
ENG 01156 – Mecânica - Aula 15 154
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20
1) Calcular os momentos de inércia
Ix, Iy em relação aos eixos
centrais, bem como os seus Ø13
12
respectivos raios de giração.
40
(mm)
72
y
dx
X
x
1,73 m
(mm)
eixos, os eixos principais centrais de
inércia e os momentos principais
50
125
centrais de inércia. Identifique os
75
e mínimo.