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PSICANALISTAS

Após 1900, FREUD enfatizará, em seu trabalho, a técnica da Livre Associação, que se iniciara
quando tratara de Emmy Von N. Foi através desta técnica que Ele percebeu, nos silêncios da
paciente, que havia uma ideia incompatível que não podia ser verbalizada. Quanto mais forte ocorria
a ideia, maior a repugnância em expressá-la, o que Ele descreveu como o fenômeno da resistência
que era o inverso da repressão, uma forma de defesa, quando a mesma ideia fora expulsa do
consciente.
Freud escreveria até às vésperas de sua morte, sempre às voltas com a Livre Associação que foi, na
medida em que se indagava dos silêncios, dos atos falhos, obtendo respostas que geravam mais
perguntas, até que se erguesse o edifício da psicanálise. Ou seja, foi sobre o radier da palavra que ele
assentou sua obra.
Essa Palavra que Freud descobriu existir, que viu ser negada, viu fazer sofrer seu vocalizador, estava
embebida pelo narcisismo, podia aparecer libidinizada, repetida, elaborada. Palavra que respirava
desejo e expressava seu dono até quando este dormia. Uma palavra que estivera desde sempre, in
principio erat Verbum et Verbum erat apud Deum et Deus erat Verbu.
Freud, o desesperançado autor de O Mal Estar da Civilização, aponta a kultur como a forma de se
ingressar na sociedade pela via do sacrifício da liberdade. Um sacrifício demorado até à
internalização das proibições advindas dos Tabus, dos costumes e das verbalizações endivinadas que
ao homem foram comunicadas para que ele aceitasse o outro sem matá-lo, expropriá-lo ou, como
nos mostra Norbert Elias, apenas tratá-lo mal por não ser um dos nossos, um estabelecido. Os
outsiders precisam provar serem merecedores de aceitação antes de poderem gozar das prerrogativas
inerentes a um círculo privilegiado. Para tanto, são submetidos a vários ritos de passagem que
funcionam como testes de aceitação. É um dos resultados destes testes é a parecência. De alguma
forma o Outro precisa parecer comigo em alguma coisa. E isto tem uma mensagem implícita:
pareça-se comigo ou não poderei obedecer ao mandamento de amá-lo, pois, não amo estranhos que
podem me matar, expropriar ou tratar-me mal, como eu mesmo penso agora: no mínimo, ser
indiferente para com você.
A Palavra, ferramenta de uso diversificado e difícil, é sempre pouca mobília para preencher todos os
cômodos do mundo e de uma vida: não reconhecemos nada antes de nomear. A partir de um nome
estabelece-se uma identidade: significante/significado, unindo-se um conceito a uma parte física.
Precisamos nomear para aceitar e não depredar o próximo.
Neste momento, quando precisamos nomear para aceitar (aceitando, transfiro =» representação
abraçando afeto) precisamos da Testemunha Esclarecida de Alice Miller que funciona como
facilitador para que a criança vocalize e, falando, descortine novas trilhas.
Finalizando, lembro a fala de Ana Scheer que se desnudou sem pudor: “o psicanalista oferece a alma
para que o analisando faça dela o que quiser” para poder encontrar formas de caminhar em terreno
novo. E essa fala dela se torna luva para a mão de Eduardo Gudino Kieffer que escreveu Para
Comerte Mejor: ” Robbie era uma espécie de terreno úmido onde certas plantas podem crescer,
desenvolver-se e adquirir sua plenitude.” No fim é este o ofício de analista, ser terreno propício.
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7Você, Claudia Barradas, Maria Ines Monteiro Brochado e outras 4 pessoas
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4 comentários
Comentários

Claudia Barradas Interessante.
25 de novembro de 2013 às 04:47 · 
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Maria Eugenia Frota Pois é...aí vem Lacan e reforça a teoria freudiana ao valorizar os significantes ,e acrescenta
que o inconsciente não é aquele material recôndito e difícil de se captar. Lacan disse : " menos, menos" é mais
superficial: está aí nas palavras, nos ch...Ver mais
25 de novembro de 2013 às 08:27 · 
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Jose Geraldo Moreira Outro dia, chamei Lacan de "aquele péssimo professor de matemática", em alusão às suas
falas que cifraram Freud de modo a obrigar o leitor a ter uma chave para desvendar seu verbo, talvez herança da
familia comerciante de vinagre, muito utilizado em saladas, no que era expert, principalmente de ingredientes
freudianos ou do avô oportunista, Emile, comerciário, que se casara com a filha do patrão. Mas, de qualquer forma,
um tempero ele deu, com seu vinagre e aproveitou Freud como cavalo para manifestar seu tipo de Ogum, o
primogênito de Odudua, o herói civilizador. No fim, era o filho aclamando o pai.
25 de novembro de 2013 às 09:04 · 
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Maria Eugenia Frota Jose Geraldo Moreira Lacan era um bom vivant e pra buscar seu lugar e mesmo restaurar
Freud foi muito esperto, deu uma nova roupagem, pegou paetês, purpurina e lançou no cenário. Era muito inteligente,
tinha uma educação acadêmica primorosa . Esses matemas foram artifícios para tornar sua "teoria" bem hermética,
indecifrável pq na verdade era tudo Freud....sarava!
25 de novembro de 2013 às 09:34 · 
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