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Artigo publicado

na edição 57

março e abril de 2017


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Dicas de ouro
para melhorar a eficiência
na gestão dos estoques
O atual ambiente empresarial assume contornos, nos quais se
identifica facilmente uma acirrada competitividade, gerando
a necessidade crescente de controle e redução dos custos, e a
identificação de suas fontes causadoras, com base em uma visão
sistêmica, como forma de garantir a manutenção do nível de serviço
ao cliente a custos compatíveis. A área de gestão de estoques revela-
se com um enorme potencial de melhoria de eficiência, quando se
utilizam as técnicas adequadas para atingir esse objetivo.

Fernando A. Fernandez
Graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Metodologia do Ensino (1999), em Tecnologias Limpas na Indústria
(2000) e em Logística Empresarial (2001), possui mestrado em Gestão Empresarial (2002). Com experiência superior a 37 anos
em empresas de médio e grande portes nas áreas de logística, gestão de processos, sistemas de gestão da qualidade (International
Organization for Standardization (ISO) 9001), gestão da qualidade e planejamento estratégico, atuando em segmentos
diversificados, é consultor de Soluções da LOGFACIL Soluções e coautor do livro “Soluções logísticas aplicadas” (2007).
fernandez@logfacilba.com.br

D
urante a realização da Movimat – Salão Interna- cipais desafios são melhorar a eficiência operacional
cional da Logística Integrada (IMAM), foi reali- (31%), reduzir os custos (29%) e melhorar o nível de
zada uma pesquisa, com o objetivo de detectar serviço ao cliente (23%). Verifica-se que, para todas as
quais as ações prioritárias, por parte dos profissionais da situações propostas, os desafios podem ser superados,
área de logística, naquele momento, e identificar quais por meio da melhoria da eficiência na gestão dos esto-
técnicas eles estavam utilizando para obter resultados ques.
efetivos. Uma das perguntas da pesquisa foi: qual o mais Porém, quais ações prioritárias podem ser implanta-
importante desafio logístico dos negócios, atualmente? das, para melhorar a eficiência da gestão dos estoques?
A Figura 1 mostra a estratificação das respostas. Muitas ações podem ser apontadas para contribuírem
Analisando as respostas, foi identificado que os prin- efetivamente com a melhoria da eficiência, na gestão
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gestão dos estoques, ao longo de um período. O giro
O MAIS IMPORTANTE DESAFIO LOGÍSTICO
mede o número de vezes que o estoque se renova, ao
DOS NEGÓCIOS ATUALMENTE
longo do ano, e um número elevado de giros implica em
um menor volume de estoque e, consequentemente,
uma menor imobilização de capital. A Figura 3 mostra a
13%
forma usual de cálculo do giro dos estoques.
31% SINCRONIZAR
A CADEIA DE
MELHORAR ABASTECIMENTO
A EFICIÊNCIA GIRO: (ESTOQUE INICIAL + ENTRADAS) - ESTOQUE FINAL
OPERACIONAL ESTOQUE INICIAL+ ESTOQUE FINAL
4%
2
OUTROS Figura 3: Forma de cálculo do giro dos estoques.
Fonte: Moura (2004).
29% 23% É importante destacar que se estiver falando de uma
REDUZIR MELHORAR O NÍVEL
indústria, há em estoque matéria-prima, embalagens,
CUSTOS DE SERVIÇO AO produtos auxiliares e peças sobressalentes de equipa-
CLIENTE mentos produtivos. Nesse caso, se considerar dois ex-
tremos, que seriam a matéria-prima e as peças sobres-
Figura 1: Desafios logísticos atuais. Fonte: IMAM. salentes de equipamentos produtivos, serão constatados
facilmente que esses dois grupos têm comportamento
de demanda completamente diferentes. Ou seja, por en-
dos estoques. Neste artigo, foram selecionadas algumas,
quanto, a matéria-prima é usada com regularidade (giro
que são consideradas críticas e que podem ajudar nessa
alto), as peças sobressalentes têm um uso irregular e
direção. A Figura 2 ilustra as opções selecionadas.
não contínuo (baixíssimo giro).
A seguir, sob a forma de dicas, serão comentadas
Nessa realidade, seria conveniente calcular o giro de
cada uma das ações de forma detalhada, visando facilitar
cada um desses grupos de itens separadamente, para
a utilização de cada uma delas. evitar interpretações incorretas dos resultados obtidos,
DICAS PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA DA quando se agrupam todos os itens para obter um valor
GESTÃO DOS ESTOQUES único, que, assim calculado, revelará um giro menor do
que o real, em relação às matérias-primas e aos produ-

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GIROS MAIS ELEVADOS tos auxiliares, e fatalmente induzirá a decisões erradas.
O giro dos estoques, provavelmente, é o indi- Importante também lembrar dois aspectos críticos:
cador mais utilizado para medir a performance na a intenção de manter giros elevados deve ser contra-

AVALIAR TRATAMENTO
MAIOR
GIROS MAIS TRADE-OFFS DA DEMANDA
AGILIDADE NA
ELEVADOS
REPOSIÇÃO

+ EFICIÊNCIA
DA GESTÃO DOS OPERAÇÕES
USAR A
ESTOQUES CROSS-
CURVA ABC
DOCKING
ANALISAR
AUMENTAR A
ITENS FORA
ACURACIDADE
DE USO

Figura 2: Ações para melhorar a eficiência da gestão dos estoques. Fonte: O autor (2017).
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balanceada com o custo logístico total, em função dos MAIOR ACURACIDADE DOS REGISTROS
trade-offs logísticos, e o valor obtido para o giro dos es- DOS ESTOQUES
toques é consequência direta das decisões, em relação A acuracidade é a medida da efetividade do
aos lotes de reposição dos estoques e, por isso, deveria funcionamento dos processos de movimentação dos
estar sendo avaliado frequentemente. estoques (recebimento, armazenagem e entrega) junta-
mente com os sistemas de controle. O índice de acura-

2
USAR A CURVA ABC cidade é considerado um indicador de classe mundial e
A clássica curva ABC, baseada no princípio de seu benchmarking é da ordem de 97,5% (de cada 100
Pareto 80/20 e adaptada para a gestão de mate- itens contados, cerca de 98 estão com a quantidade físi-
riais por Henry Ford Dickie, nos Estados Unidos, define ca igual aos registros de controle do estoque).
criteriosamente a classificação dos itens do estoque, em Para garantir uma maior acuracidade, a melhor alter-
função do valor do seu consumo. nativa é a prática de “inventários físicos rotativos”, pois,
A distribuição de consumo em três classes: A, B e C, assim, será medida frequentemente a existência de des-
apresenta a segregação mostrada na Figura 4. vios entre o físico e os registros de estoques e, também,
poderá ser analisada e encontrada a causa do desvio
entre a quantidade física existente e o registro do con-
CLASSE % ITENS % VALOR
trole do estoque.
A 5 a 20 80 a 65 Para obter resultados mais consistentes, com a rea-
B 15 - 30 15 - 25
lização de inventários rotativos, seria adequado elabo-
rar uma política de inventários, que tornasse a técnica
C 50 – 80 10 – 5
mais eficiente, gerando resultados mais significativos. Por
exemplo: os 100 (número hipotético) itens mais movi-
Figura 4: Critérios de segregação da curva ABC. mentados, em um dado período (exemplo: no último
Fonte: Nogueira (1985). mês), deveriam ser contados com maior frequência, os
itens críticos também deveriam ser contados frequente-
De que forma a classificação ABC pode ajudar a me- mente e assim por diante.
lhorar a eficiência na gestão dos estoques? Na maioria Uma prática consistente e efetiva, em relação à acu-
das situações, a intenção do gestor é reduzir o estoque, racidade, é, em seguida à contagem física, verificar os
por meio da redução do tamanho dos lotes e, assim, os itens em divergência e buscar identificar a causa da di-
vergência. A partir da identificação, elaborar um plano
itens de classe A deveriam ser comprados um maior
de ação, para evitar que o erro se repita. Com base nes-
número de vezes, ao longo de um período (exemplo:
sa metodologia, recomenda-se fazer um histograma e
ano), e essa decisão faria com que o número de giros do
“atacar” os maiores problemas, para permitir a melhoria
estoque dos itens dessa classe aumentasse. O inverso se
dos processos envolvidos.
aplicaria aos itens da classe C.
Porém, a curva ABC pode ser usada, também, como
ferramenta de seletividade, em outras aplicações, como
Nota: A palavra acuracidade é um neologismo criado
periodicidade de realização dos inventários rotativos, pelo professor da Fundação Getulio Vargas do Rio de
definição dos estoques de segurança e dos intervalos Janeiro (FGV/RJ), Cesar Sucupira, em 1980, ao traduzir
de reposição etc. um artigo do inglês sobre o tema Inventory Accuracy.
Em vez de usar a palavra acurácia, já existente nos
dicionários brasileiros, ele utilizou inadvertidamente o
termo acuracidade. A terminologia se consagrou e, a
Adicionalmente à classificação ABC, pode-se utilizar partir de então, passou a ser largamente utilizada na
outras classificações, que também ajudam na melhoria logística.
da eficiência da gestão dos estoques, como criticidade,
importância, demanda, dificuldade de obtenção etc.
Para os interessados em aprofundar o assunto, sugiro

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a leitura do livro “Manual SIO para a otimização de
atendimentos & estoques”, de Daniel George Gasnier, ANALISAR ITENS FORA DE USO
recentemente editado pela MAG Editora. Não é rara a identificação de vários itens man-
tidos em estoques, que estão sem movimentação
por um longo período, daí a necessidade de definir uma
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sistemática, que, periodicamente, identifique esses itens cado da operação, que está baseada na implantação de
e force a análise para diagnosticar a causa da falta de operações sincronizadas, que permitam que os estoques
movimentação. Os Enterprise Resource Planning (ERPs) de alguns dos itens que originalmente seriam mantidos
fazem essa varredura de forma simples e muito eficien-
te, no intervalo que definir. em estoque sejam recebidos consolidados, devidamen-
Nas indústrias onde são mantidos os estoques de te conferidos e, em seguida, enviados para a área de
peças sobressalentes, é muito comum encontrar uma expedição, na qual são separados e enviados aos vários
quantidade significativa de itens sem uso. As caracterís- destinos finais. A Figura 5 ilustra resumidamente esses
ticas da demanda desses itens são demanda não con-
fluxos, em contraponto aos fluxos normais dentro de
tínua e baixíssimo giro, mas ainda assim na aplicação, é
necessário mantê-los em estoque por uma questão de um centro de distribuição (CD).
garantir a continuidade operacional. Além do ganho, em termos de redução dos estoques,
Para facilitar a análise acerca da necessidade de man- a operação cross-docking aumenta a eficiência, pelo fato
ter esses itens sem uso em estoque, é recomendada a de racionalizar as operações e diminuir o espaço neces-
implantação de uma classificação de aplicação, associan-
sário para a armazenagem dos produtos.
do o item a um equipamento produtivo ou a uma apli-
cação específica, o que permitiria a rápida identificação
da necessidade de continuar a mantê-lo em estoque,
apesar da ausência de uso. Estudiosos do assunto fazem alusão ao cross-docking
como sendo o Just is Time (JIT) do varejo e das operações
de distribuição em CDs. Adicionalmente a essa operação,

5
podem-se acrescentar as seguintes operações: transit
USAR OPERAÇÕES CROSS-DOCKING point e merge in transit, que também objetivam reduzir
Embora não seja uma operação aplicável a os estoques e melhorar a eficiência, e podem ser estu-
todas as situações, a operação de cross-docking dadas como alternativas para tais objetivos. Os interes-
(cruzar docas) tem um enorme potencial para reduzir sados em obter um detalhamento sobre cross-docking, a
os custos e aumentar a eficiência na gestão dos esto- sugestão é ler o artigo “Pensando em reduzir estoques:
use cross-docking”, de Frederico Andrade, disponível no
ques. site www.logfacilba.com.br.
A terminologia “cruzar docas” ilustra bem o signifi-

RECEBIMENTO ESPERA

FUNÇÕES DE
APOIO
FLUXO DE CROSS-
ARMAZENAGEM
DOCKING

SELEÇÃO E
ACUMULAÇÃO

SEPARAÇÃO DE
EXPEDIÇÃO
PEDIDOS

Figura 5: Operações cross-docking em contraponto às operações normais, em um centro de distribuição.


Fonte: Material de aula do autor (2010).

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6
MAIOR AGILIDADE NA REPOSIÇÃO
O Tempo de Reposição (TR) dos itens man- PLANEJAMENTO ESTATÍSTICA
tidos em estoque é um elemento crítico para
garantir mais eficiência na gestão dos estoques e deve VOLTADO
PASSADO FUTURO
PARA
estar sempre sendo monitorado. Quando ocorre um
aumento do TR, há uma imediata necessidade de au- ESTRUTURA DO
MÉTODOS
BASE MATEMÁTICOS E
mentar a quantidade a ser mantida em estoque. PRODUTO
ESTATÍSTICOS
A variabilidade do TR deve ser uma preocupação
constante, pois pode aumentar o risco de falta de um LISTA DE
COMPONENTES DO
item (ruptura de estoque) e, no médio prazo, obrigará o PRODUTO. ITENS “ISOLADOS”.
aumento dos níveis dos estoques. A variabilidade pode UTILIZA PREVISÃO DE COMPORTAMENTO
ser causada por vários fatores, entre eles a confiabilidade VENDAS/MASTER
PRODUCTION
HISTÓRICO DO ITEM

no transporte, o tempo de espera para a consolidação SCHEDULING (MPS)


da carga para o embarque pelo transportador, os pro-
blemas de fabricação por parte do fornecedor e o pro- APLICAÇÃO
DEMANDA
DEPENDENTE
DEMANDA
INDEPENDENTE
cessamento interno da compra do item.
Figura 6: Características dos itens de demanda dependente e
Para garantir um TR adequado, deve-se fazer um ma- independente. Fonte: Desconhecida.
peamento e análise do processo de reposição, desde
a solicitação de reposição até a entrega do item, anali-
sando cada uma das etapas (processamento interno da Para a determinação mais adequada da demanda do
reposição, fabricação pelo fornecedor, transporte e re- produto acabado, recomenda-se a utilização da técnica
cebimento) e promovendo, em seguida, um redesenho denominada Sales & Operations Planning (S&OP). Aos
interessados em obter informações detalhadas sobre
do processo, com vistas a sua racionalização. esse assunto, recomenda-se a leitura de “S&OP de

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sucesso: três passos para melhorar a eficiência do pro-
TRATAMENTO ADEQUADO DA DEMANDA cesso”, de Oswaldo D’Andrea Neto, que está na Revista
Se quiser melhorar a eficiência na gestão dos MundoLogística, ano VIII, n0 43, novembro/dezembro
estoques, há duas variáveis críticas que não po- de 2014, p. 8-15, e “Simplificando e acelerando a
dem ser menosprezadas: a demanda e o tempo de re- implementação do S&OP”, de Elcio Grassia, na Revista
posição (TR). Na dica 6, houve a abordagem do TR. MundoLogística, ano VIII, n0 48, setembro/outubro de
2015, p. 78-79.
O tratamento da demanda tem muitas abordagens,
mas, primeiramente, precisa-se identificar a natureza da

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demanda do item mantido em estoque, que pode ser AVALIAR CONTINUAMENTE OS TRADE-
estratificada da seguinte forma: demanda dependente e OFFS
demanda independente. As características dos itens de Os trade-offs são basicamente as trocas com-
demanda dependente e independente estão detalhadas pensatórias entre os vários componentes do custo logís-
na Figura 6. tico total, nas inúmeras situações em que pode ocorrer
Identificada a natureza da demanda do item a ser aumento de um ou mais de um elemento do custo lo-
mantido em estoque, o modelo de planejamento e con- gístico, mas esse aumento é mais do que compensado
trole está atrelado, conforme ilustrado na Figura 7. pela redução de outro elemento do custo logístico, per-

DEPENDENTE MANUFACTURED RESOURCE PLANNING (MRPII)

DEMANDA PONTO DE PEDIDO

INDEPENDENTE REVISÕES PERIÓDICAS

PONTO DE PEDIDO VARIÁVEL

Figura 7: Natureza da demanda e uso do modelo de planejamento e controle. Fonte: Material de aula do autor (2010).
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mitindo que ocorra a diminuição do custo logístico total. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo Faria & Costa (2005), a essência do proces- Há muitas alternativas para serem utilizadas, quando
so de análise para a tomada de decisões logísticas en- se pensa em melhorar a eficiência da gestão dos esto-
contra-se nos preceitos da logística integrada, pois solu- ques. Nesse caso, é importante ter em mente que elas
ções de logística integrada envolvem trade-offs de custos
devem ser utilizadas em conjunto e de forma sistêmi-
entre variáveis interdependentes, não contemplando os
elementos de custos de forma isolada, mas analisando o ca, para propiciar o aumento na eficiência e a redução
custo logístico total, visando atender ao nível de serviço significativa dos custos totais. Adicionalmente, deve-se
definido. lembrar que a estratégia de implantação das técnicas a
Os custos logísticos representam uma parcela signi- serem utilizadas tem de lançar mão da última dica, que é
ficativa da receita, principalmente, aqueles relacionados não negligenciar na formação e qualificação contínua das
à formação de estoques e transporte. A formação de pessoas envolvidas com a gestão dos estoques.
estoques gera custos de imobilização de capital e de
manutenção dos estoques, que podem ser reduzidos a
Referências
partir da formação de lotes menores e reposições mais
frequentes, sem deixar, entretanto, de ter uma aborda- FARIA, Ana Cristina de; COSTA, Maria de Fatima Gameiro. Ges-
gem sistêmica que permita a obtenção de menor custo tão de custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2005.
logístico total e a manutenção do nível de serviço acor- MOURA, Cassia E. Gestão de estoques – Ação e monitoramento
dado com o cliente. na cadeia de logística integrada. Rio de Janeiro: Ciência Moderna,
Assim, a tentativa de reduzir custos com os estoques 2004, cap. 2.
pode induzir à tomada de decisões erradas, se não estiver NOGUEIRA, Elton Alonso; GOMES, Aristides J. S. Suprimento –
atento aos conceitos de trade-off e custo logístico total. Métodos e técnicas. Salvador: Estrutural, 1985.

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