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CRIMINOLOGIA

AULA 01

Crimino: crime    Logia (logos): estudo

Forma Ampla de análise.

Grécia Antiga - o que leva alguém a praticar determinada condutas que não
são aceitas?

É uma ciência autônoma (tem função, método e objeto próprio, que


permitem validade e conbiabilidade), empírica (ênfase na experiência e
observação da realidade) e interdisciplinar (conhecimento de diversos
ramos - "Lombroso" se socorre da medicina, do direito, etc - quer buscar
aquilo que pode ser a melhor verdade para explicar um fenômeno).

Não dá pra fazer analogia de nossa criminologia com o nosso direito penal,
pois esse parte de dógmas - realidades inquestionáveis. 

A crminologia tem por objeto o estudo do crime, do criminoso,


da vítima e do controle social da conduta criminosa, com o escopo de
prevenção e controle da criminalidade.  (OLIVEIRA, 2018)

A criminologia estuda os comportamentos delitivos e a forma como as


sociedades respondem a eles. A crimonologia é uma ciência social, pois
obtem seus conhecimentos da observação e análise da realidade e da
delinquência e do funcionamento do sistema penal. (ELENA LRRAURI)

Ciência Social --> parte de dados, evidências e investigações. 

 Ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do CRIME, da


pessoa do INFRATOR, da VÍTIMA e do CONTROLE SOCIAL DO
COMPORTAMENTO DELITIVO, e que trata de subministrar uma informação
válida, contrastada, sobre gênese, dinâmica e variáveis principais do crime -
contemplado este como problema individual e como
problema social (amplo) -, assim como sobre os programas de prevenção
eficaz do mesmo e ténicas de intervenção positiva no homem delinquente e
nos diversos modelos ou sitemas de resposta ao delito. 
CRIMINOLOGIA, POLÍTICA CRIMINAL E DOGMÁTICA JURÍDICO-
PENAL

1)CRIMINOLOGIA

O estudo do fenômeno criminal, de forma empírica, com a verificação


das causas que levam o Estado a incriminar determinados comportamentos
como delituosos, dos agentes que praticam tais condutas e das razões
determinantes, estimuladoras ou ensejadoras das práticas delituosas, e da
participação de pessoas como vítimas. 

2) POLÍTICA CRIMINAL: decisão política voltada para a confecção de


infrações penais.

"Ciência ou arte de selecionar os bens (ou direitos), que devem ser


tutelados jurídica e penalmente, e escolher os caminhos para efetivar tal
tutela, o que iniludivelmente implica a critica de valores e caminhos já
eleitos". (ZAFFARONI, 2004)

Logo, possui uma função orientadora, na assunção de medidas penais


futuras; e crítica, coma valoração das decisões tomadas pelo poder político.

Informa o direito penal e tem dupla função (orientadora e crítica).

A - Abolicionistas: pessoal que acredita que o direito penal é prejudicial e


muito pior que o crime praticado. Defendem que a pena é um mal em si e
nada justificaria. 

Uma ponta do extremo.

B - Autoritárias/Eficientistas: apostam na funcionalidade do direito penal; o


direito penal é capaz de atingir diretamente e regular a sociedade, e eu
protejo a sociedade e não o criminoso. 

Ponto máximo de uma política criminal autoritária: Gunther Yacobs -


"Direito Penal do Inimigo" - aposta que nós temos cidadãos que cumprem
as normas e que de vez enquando praticam crimes, e outras pessoas que
não podemos confiar, e que ela acaberia com a sociedade, essa pessoa é o
inimigo, e com ela, caso necessário, pode-se matar, torturar ou eliminá-lo,
pois ele é um agente que causa desistabilização na sociedade. 

Outra ponta do extremo.

C - Políticas Criminais Garantistas: há uma maior consideração por aqueles


que estão respondendo por processos/penas - concessão de garantias para
aqueles que respondem a processos criminais. Não se considera a pessoa
um mal encarnado e não se considera que o sistema tem racionalidade em
si. Vai se fazer considerações sobre os problemas do sistema. 

Tenta-se selecionar as condutas mais graves. 

Luigi Ferrajoli (Direito e razão).

3) DOGMÁTICA JURÍDICO-PENAL: direito penal - estudo das normas penais


vigentes, que preveem delitos e cominam sanções, que foram
confeccionadas a partir das orientações e sistemas propostos pela Política
Criminal.

Dever ser - estudo formal do direito - dogmático - parte de normas quase


imutáveis.

OBS: mesmo no campo jurídico, há juristas que buscam uma compreesão


do direito preocupado com a realidade (como o realismo, os estudos legais
empíricos, critical legal studies, law and economics e estudos sociolegais).

A pergunta criminológica não é a pergunta "qual é a pena prevista para tal


prática delituosa?", essa é a do direito penal. A pergunta criminológica ela é
"Vericada a prática delituosa, verificada a pena, quais pessoas estão sendo
efetivamente capturadas pelo sistema, reconhecidas como delinquentes,
sofrendo processo e sanções? As sanções impostas, como variam? São mais
brandas ou mais rígidas? Qual o perfil da vítima?  --> olho na realidade

MOMENTOS

* Análise da *Transformação *Converter as


CRIMINOLOGIA

DIREITO PENAL
POLÍTICA CRIMINAL

realidade; da experiência estratégias concretas


(normas, decisões)
criminológica em em proposições
estratégia(s) jurídicas geais e
*Fundamento concreta(s); obrigatórias;
científico;
* Caráter Operativo.
* Caráter
* Caráter Decisivo.
Explicativo.
AULA 02

MÉTODOS DA CRIMINOLOGIA - OBJETOS DE ESTUDO, DELITO ,


DELINQUENTE E VÍTIMA

MÉTODOS DA CRIMINOLOGIA 

1) Empirismo: observação do fato - pretende conhecer a realidade para


explica-la, aproxima-se do fenômeno delitivo sem mediações, buscando
INFORMAÇÃO DIRETA.

Ex: pesquisa em presídios, grupos focais - é o contato direto com a


realidade.

Diferente do direito penal que se utiliza da análise típica (conduta definida


como crime - norma/previsão abstrata/dogma; análise de tipicidade -
encaixe perfeito, exata proporção). No direito penal procura-se observar a
realidade criminal, a partir do modelo típico. Interpretar normas e aplicar ao
caso concreto, de forma dedutiva-sistemática. Ciência valorativa e
normativa. Mundo do dever-ser.

A criminologia é o cara que está de fora - tenta interpretar como essa


conduta vai ser penalizada pelo direito penal (por que é homicidio? qual vai
ser a pena? por que uma conduta similar a essa não foi penalizada?).
Procura entender como é a realidade (etiologia do fato real),
compreendendo-a e com poder transformador. Ciência emírica e causal-
explicativa. Mundo do ser. 

2) Interdisciplinaridade: relaciona-se com diversas e distintas áreas do


conhecimento, sendo marcada por dialogar com diferentes orientações ao
buscar compreender o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. ex:
direito penal, sociologia, psicologia, psiquiatria, biologia, antropologia, etc.

Obs: Para Garland, a criminologia não seria ciência autônoma por esse
caráter de interdisciplinar. Porém, a criminologia poderia ser concebida
como um espaço de encontro, pois, do contrário, ser autônomo implicaria
estudar apenas "criminologia". --> Se utiliza de várias outras ciências, mas
a resposta que ela dá é diferenciada. Por isso além de ser autônoma, é um
local de encontro das ciências, em que, embora diferentes, discutem
fenômeno criminal. 

OBJETO (DE ESTUDO) DA CRIMINOLOGIA

1) Delito: fenômeno humano, cultural e, logo, social. Porém, não há,


sequer, consenso sobre um delito universal. 

- Condições pontuais que possibilitam o delito - reação social (?) [envolve a


mídia, opinião pública; atividade do MP, juízes, advogados, delegados]
ex: a morte da atriz Daniela Perez foi causa de pressão para levar o
homicídio qualificado como sendo crime hediondo, ou seja, houve apelo
público;adultério antes de deixar oficialmente de ser crime, através da
revogação da norma, passou primeiramente por uma transição em que nas
delegacias não se instaurava o procedimento; a importância das infrações
cometidas dentro de casa, que gerou a Lei Maria da Penha, foi notada pela
punição de infrações de menor potencial ofensivo nos Jecrins (ou seja, é a
partir da experiência da L. 9.099 que fica evidenciado o grande numero de
delitos praticados nas residências contra as mulheres, e daí um dos
elementos de força para depois sobrevir a Lei Maria da Penha, a qual surgiu
em grande parte dos dados estatísticos que surgiram da análise de casos da
lei 9.099);  

- O que leva um grupo de homens a criminalizar uma conduta, com a


imposião de sanção? Ex: o que levou o legislador a criminalizar o uso de
drogas? criação da figura do art. 28 da Lei de Drogas.

- O crime seria, para a criminologia, um fenômeno social com múltiplas


faces, com uma abordagem ampla e que depende de outros conhecimentos
para ser compreendido. 

2) Delinquente:

--> Uma das grandes perguntas criminolígicas é voltada para indagar por


que determinadas pessoas praticam determinadas condutas, que são
reconhecidas como delitos, e por que há uma captura, imputação e
penalização?

Numa sociedade, tal como a brasileira, que possuí grande normatização


criminal, todos, ou praticamente todos praticaram crime alguma vez na
vida, ou praticam diariamente, todavia, nem todos são capturados, nem
todos vão ser selecionados para serem penalizados, e nem todos que serão
penalizados, cumprirão a pena integralmente.

A criminologia se vê diante de um amplo rol de crimes que são praticados


cotidianamente, mas somente alguns são selecionados. E a criminologia se
pergunta por que tais foram selecionados, esses delinquentes, e outros
não. 

Contextualizando: por que crimes patrimoniais e tráfico de drogas são a


base do nosso presídio (grande número de presos)? Qual a condição social
levaram a praticar tais crimes, e por que outros tipos de crimes, como por
exemplo, fraude à licitação, corrupção, crimes na bolsa de valores, etc, não
são penalizadas com tanta frequência e com tanta operacionalidade, como
são os crimes patrimoniais, por exemplo.

--> De outra forma, por que outras pessoas não praticam determinadas


condutas ou por que, ao praticarem delitos, não são capturadas,
imputadas e penalizadas?

A motivação do delinquente é alterada no decorrer do tempo. Vejamos:

(a) Pecador = escola clássica - livre-arbítrio para o mal;


(b) Atávico = positivismo, antropológico - já nasce criminoso;
(c) Necessitado = escola correlacionista - o criminoso é antes de tudo
necessitado, alguém que tenta suprir suas necessidades. 

3) Vítima: antigamente era "afastada" pelo direito penal, o qual assumia o


papel de "cuidador", e era ela esquecida. Na década de 80 começam a
tratar mais da vítima, do por que ela foi atingida, etc. 

A Lei 9.099  tem uma clara preocupação com a vítima; a Lei Maria da Penha
também, a qual foi pensada a partir desse tipo de crime e com ênfase na
vítima, rede de apoio à vítima.

A criminologia estuda a vítima, é informada à política criminal, a qual traz


normas ao direito penal que tentará adptar.   

Ou seja, o estudo sobre as pessoas que sofrem crimes também ganha


relevância na criminologia, superando um ostracismo (excusão) do
relevante papel da vítima, especialmente sobre: (a) fatores de risco que
facilitam vitimização; (b) relações mantidas com o delinquente, (c) medidas
preventivas adotas, (d) denúncias oferecidas, (e) incremento ou diminuição
do medo -pânico social-, (f) atuação do sistema penal em prol das vítimas. 

AULA 03

4) Controle Social: como é articulada a resposta oficial (sistema criminal


operando) em face de uma conduta definida como criminosa? Como se
articula e opera o sistema penal?

 - Controle Social Formal: sistema previsto em lei e formalmente voltados


para a prática de delitos;

- Controle Social Informal: busca outras resposta, não necessariamente


previtas em normas (ex: família, consciência) e não necessariamente legais
(ex: direito penal subterrâneo - agências executivas de controle à margem
da lei e com certa aderência de outros players; milícias)

Sistema penal (que participam muitos atores com uma cosmovisão de


delito particularizada) --> reage a um comportamento definido como delito
--> enseja consequências
- Forças policiais (que devem agir em prol da sociedade) e como são
construídas estatísticas (vemos estatísticas como crimes) delitivas para
alguns delinquentes e não para outros (cifra oculta da criminalidade - todos
aqueles crimes que aconteceram e não foram reportados, denunciados,
apreendidos, punidos, etc - é importante pois indica que nosso sistema
penal não pune todos os crimes, pelo contrário, ele pune uma quantidade
muito pequena, ainda que tenhamos um contingente muito grande de
pessoas presas - e punir mais ou menos não vai implicar necessariamente
em melhora ou piora social).

Essa quantidade pequena que foi efetivamente punida é que mostra que o
nosso sistema convive muito bem com crimes. A criminologia não vai olhar
o crime como absurdo, mas sim como um fato social. O crime é um fato
social, e ele decorre da vivência em sociedade. 

E esse talvez seja o ponto de maior distinção do direito penal, - que se


propõem a punir todos os crimes, mas não pune e inclusive não tem
condições para tal (em local nenhum do mundo) - e a crimonologia - que
encara o crime como um fato social (crime não é algo simples, mas algo
complexo).

- “Attrition rates”: diferença entre delitos conhecidos e condenados pelo


sistema penal --> crimes que foram conhecidos pelas autoridades policias,
mas que não geraram condenação.
- Importante para analisarmos como evoluíram as formas de castigo e
relações estabelecidas entre castigo e estrutura econômica e cultura.

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