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Cimento Portland

PCC 3222
2017
Objetivos da aula
▪ Entender como se produz e o que é cimento
Portland (composição, características, etc)
▪ Compreender como são gerados os impactos
ambientais do processo
▪ Entender como a produção afeta as propriedades
do cimento
Produção de cimento Portland
Expedição

Geralmente de jazida de Pré-aquecedor


0,95t
0,05t
calcário

Armazenamento
(homogeneização do cru)

1,2t 0,6t
Extração de calcário
Britagem e transporte
Pré-homogeneização do cru
(reduz variações da composição)
Pré-homogeneização do cru
(reduz variações da composição)

Ib Finn Petersen. Blending in circular and longitudinal mixing piles. Chemometrics and Intelligent Laboratory Systems 74 (2004) 135– 141
Marques; Costa. The Use of Geostatistical Simulation to Optimize the Homogenization and Blending Strategies. Doi 10.1007/978-94-007-4153-
9_35
Composição química do Cru (farinha)

Calcário (1,2 - 1,3t) Argila (0,6 – 0,7 t)


▪ CaO → C ▪ Al2O3  A
▪ CO2 ▪ SiO2  S
▪ Outros ▪ Fe2O3  F
(não tem no cimento branco)
• MgO (<5%)
• Na2O ▪ H2O  H
• K2O ▪ Outros
• Na2O
• CaO
• …
O uso de siglas para expressar a composição
dos óxidos é comum em Química do Cimento
Pré-aquecedor
(aproveita energia do escapamento de gases)

http://www.geocycle.com.au/wps/wcm/myconnect/Geocycle/Sustainable-Practices/Ecological-Sustainability/
Reações: pré-calcinador e forno rotativo

▪ Decomposição das matérias primas


• Calcário: CaO.CO2 + E*  CaO + CO2
• Argila: Al2O3.xSiO2.Fe2O3.nH2O + E*  Al2O3.xSiO2.Fe2O3 + nH2O

▪ Oxidação do combustível
• C + O2  CO2  + E *

▪ Fusão parcial  novos minerais (clínquer)

*E: energia
Exercício 1
▪ Para produzir 1 tonelada de cimento Portland, são
necessárias 1,2 t de calcário (CaCO3).

▪ Durante a pré-calcinação/forno ( até 900ºC), a


seguinte reação química ocorre.
▪ CaCO3  CaO + CO2 (descarbonatação do calcário)

▪ Estime a emissão de CO2 devido a descarbonatação


do calcário.
Solução 1
Ca=40 g/mol; C=12g/mol; O=16 g/mol
CaCO3=40+12+16*3=100 g/mol
CO2=12+16*2=44 g/mol

CO2=1,2 t CaCO3 x 44/100 = 0,528 t

0,528 t CO2/ t cimento


Forno rotativo
VEM DO PRÉ-AQUECEDOR

CLÍNQUER
Formação de fases do clínquer
Transformações sofridas pelo cru até se transformar em clínquer

Fonte: Jackson (1998)


Fases do clínquer
Constituintes principais

 Silicato tricálcico (ALITA)

 Silicato dicálcico (BELITA)

 Aluminato tricálcico

 Ferro aluminato tetracálcico

Constituintes secundários

CaO  Cal livre

MgO  Periclásio

Simbologia: C = CaO A = Al2O S = SiO2 F = Fe2O3


Microestrutura das fases do clínquer
Alita Cal livre
Alita (cristais com arestas)
Belita (em formação)
http://publish.illinois.edu/concretemicroscopylibrary/clinker-micrographs/

Campbell,D. Microscopical examination and interpretation of Portland


Escala toda a largura (150µm)

cement and clinker. 1999.


Fase intersticial Cimento produzido com
Belita (aluminatos; ferro-aluminatos) temperatura ou tempo insuficiente
(arredondada)
Efeito da composição do clínquer nas
propriedades do cimento

Alita - C3S
• Constitui aproximadamente 40 a 70% do clínquer.
• É bastante reativa. Contribui com o calor de hidratação do cimento
• Importante para a resistência inicial da pasta de cimento endurecida

Belita - C2S
• Constitui aproximadamente 10 a 40% do clínquer.
• É menos reativa que a alita. Contribui menos com o calor de hidratação.
• Contribui para as resistências finais da pasta de cimento endurecida
Efeito da composição do clínquer nas
propriedades do cimento
C3A

• Representa cerca de 2% a 15% do clínquer.


• É um constituinte muito importante, devido à alta reatividade. Libera
bastante calor na hidratação e importante para resistências iniciais.
• Importante para a consolidação (fluído-sólido) do cimento.
• Vulnerável a ataques por sulfatos, que levam à deterioração da pasta
de cimento endurecida

C4AF

• Representa 3% a 15% do clínquer


• Tem baixa reatividade; pouca influência no comportamento do cimento
• Responsável pela cor escura do cimento; portanto, ausente em
cimentos brancos
Efeitos das fases secundárias nas
propriedades do cimento
Cal livre (CaO)

• Pode gerar expansão : CaO + H2O = Ca(OH)2


• Origem: Falha no processo de dosagem e fabricação (moagem,
homogeneização, resfriamento
• Teor não limitado por norma, mas avaliado indiretamente pelo ensaio
de expansibilidade de Le Chatelier

MgO

• Pode gerar expansão: MgO + H2O = Mg(OH)2


• Menos reativo que a cal livre
• Origem: Calcário magnesiano
• Limitado por norma ≤ 6,5%
Fornos com resfriadores
Clínquer
Combustíveis usados no forno rotativo

Balanço Energético Nacional. 2016.


Combustíveis usados no forno rotativo
• Combustível tradicional: coque de petróleo
• Combustíveis alternativos: solventes, tintas, biomassa (casca de
arroz, cana, etc), plásticos, pneus.....

COPROCESSAMENTO
Coprocessamento
ASPECTOS POSITIVOS

▪ Redução dos volumes de resíduos depositados em aterros ou incinerados


▪ Altas temperaturas no forno e longo tempo de residência garantem a incineração
(completa destruição) de resíduos perigosos
▪ Redução dos custos de produção
▪ Pode reduzir as emissões de gases do efeito estufa, dependendo do tipo de resíduo
usado como combustível

ASPECTOS NEGATIVOS

▪ Alguns elementos menores que podem estar presentes nos resíduos coprocessados
podem modificar o desempenho do cimento
• Fósforo pode afetar as resistências do cimento
• Flúor pode causar prolongamento no tempo de endurecimento do cimento e
resultar baixas resistências iniciais no cimento
Combustíveis: fatores de emissões

tCO2/TJ

WWF. A blue print for a climate friendly cement industry


Exercício 2
São necessários 3,3 GJ de energia para se produzir 1 t
de cimento portland. O coque de petróleo tem
31GJ/t
▪ Qual a quantidade de coque de petróleo necessária
para gerar essa energia?
▪ Qual a quantidade de CO2 gerada pela queima?
Solução 2
▪ Estimando a quantidade de coque
Poder calorífico inferior 31GJ / kg
Coque (t) = 3,3 / 31 = 0,1t/t
▪ Fator de emissão de CO2 do coque
Admitindo que o coque é puro carbono.
C + O2  CO2; CO2=14+16*2=44 g/mol; CO2/C = 44/12=3,67 (*).
CO2=100x3,67=367 kg
367 kg CO2/t cimento

Esta estimativa pode ser feita de maneira mais precisa


utilizando os fatores de emissão do IPCC.
Emissão de CO2 no cimento portland
▪ Descarbonatação do calcário
• 528 kg CO2/ t de cimento portland
▪ Combustível (energia necessária)
• 367 kg CO2/t de cimento portland
▪ Total
• 895 kg CO2 / t de cimento Portland
Moagem e Classificação
Ciclone:
massa das partículas
controla a trajetória

Permite controlar a

finura
(distribuição granulometrica e
área especifica).
Cimento Portland
(95%clinquer + <5% gipsita)
Como controlar a qualidade do cimento?
Parâmetros de controle da qualidade do
cimento
▪ Composição do cimento
• Teores das fases principais do clinquer
• C3S, C2S, C3A, C4AF
• Teores das fases secundárias do clinquer
• CaO, MgO
• Teores de elementos químicos secundários
• fósforo, flúor

▪ Parâmetros físicos
• Granulometria e finura (< 100 um)
• Área superficial
Parâmetros de controle da qualidade do
cimento
▪ Calor de hidratação
▪ Tempo de pega (endurecimento)
▪ Expansibilidade
▪ Resistência à compressão em diferentes idades
Tempo de início e fim de pega
▪Aparelho de Vicat
• Mede a penetração de uma agulha
• Início de pega: >1h
• agulha não chega mais ao fundo
• Fim de pega: < 10h
• agulha não penetra

http://www.aimil.com/Resources/Products/Original/516.jpg
ABNT NBR NM 65:2003
Classe de resistência do cimento
(compressão de cilindro)
▪ Determinado em corpos de prova (argamassas)
• Proporção de materiais
• traço em massa 1:3:0,48 (cimento:areia:água)
• areia padrão (IPT)
• cps 5 x 10 cm

Argamassa
(5 x 10 cm) Concreto
(10 x 20 cm)
Calor de hidratação:
efeito da área específica
Área Específica: o que é?
Resistência à compressão:
efeito da área específica

Método padronizado:
teor de água constante

Área Específica
Grau de hidratação (% de calor)

REAÇÃO OCORRE AO LONGO DO TEMPO!!


E DEPENDE DA COMPOSIÇÃO DAS FASES...
Barnes. Structure and Performance of cements. 2002.
Resistência à compressão:
efeito da composição do clínquer

Temperatura e
finura
constantes
Leitura Recomendada
• BATTAGIN, A. Cimento Portland. In: Geraldo
Cechella Isaia. (Org.). Concreto: Ciência e
Tecnologia. 2ed.São Paulo: Instituto Brasileiro do
Concreto (IBRACON), 2011, v. 1, p. 185-232.

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