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Resumo
Atualmente, existem muitos estudos sobre desempenho organizacional, principalmente relacionados ao setor
privado. Nas últimas décadas, no entanto, o setor público também vem sendo pressionado para melhorar seu
desempenho e demonstrar maior transparência e avaliação de resultados. Neste contexto, algumas instituições
públicas têm buscado práticas gerenciais do setor privado, entre elas o modelo do Balanced Scorecard (BSC).
Entretanto, a literatura sobre o setor público é relativamente escassa, principalmente no contexto brasileiro.
Neste sentido, o objetivo deste artigo é descrever um estudo de caso em uma instituição pública brasileira
do setor educacional, sobre o processo de formulação e implementação da estratégia, utilizando o modelo do
BSC. No trabalho, são analisados os objetivos estratégicos e os indicadores sugeridos, avaliando de forma mais
detalhada a seguinte perspectiva do mapa estratégico: “aprendizado e crescimento”. Os resultados da análise
indicaram diferenças em relação à aplicação tradicional do BSC no setor privado, além de dificuldades de en-
volvimento dos funcionários, de desdobramento das estratégias e da medição dos indicadores sugeridos.
Palavras-chave: Balanced Scorecard (BSC); Indicadores de Desempenho; Setor Público.
Abstract
Nowadays, there are many studies on organizational performance, mainly associated with the private sector. In
the last decades, however, the public sector has also been under pressure to improve its performance and show
more transparency and assessment of results. In this context, some public institutions have sought after mana-
gement practices from the private sector, among them the Balanced Scorecard (BSC). However, the academic
literature on the public sector is relatively scarce, especially in the Brazilian context. In this sense, the objective
of this paper consists of describing a case study of formulation and implementation of strategy in a Brazilian
educational public institution, by using the methodology of Balanced Scorecard (BSC). The present paper, the
strategic objectives and the measurement suggested are analyzed, evaluating the learning and growth pers-
pective in more details. The results indicated differences with regard to the traditional BSC application to the
private sector, in addition to difficulties regarding involvement of the employees, strategy deployment and the
measurement of the suggested performance indicators.
Keywords: Balanced Scorecard (BSC); performance measures; public sector.
Implementação da estratégia utilizando BSC: um estudo de caso no setor público brasileiro
1. INTRODUÇÃO
GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas – Ano 2, vol. 3, mai-jun/07, p. 35-47
Ao longo das últimas duas décadas, o setor público deparou-se com a necessidade de avaliar seus re-
sultados, melhorar seu desempenho e demonstrar maior transparência, o que resultou na busca de melho-
rias em sua forma de operar. Várias estratégias de mudança têm sido adotadas, por diferentes instituições
públicas, geralmente utilizando práticas gerenciais do setor privado. Sendo assim, é reconhecida a impor-
tância da inter-ligação entre as iniciativas de mudança e de aperfeiçoamento com as prioridades estratégi-
cas, derivadas dos interesses dos stakeholders de uma organização, visto que, em organizações do setor pú-
blico, há necessidade de conciliar os interesses de múltiplos stakeholders, tais como: governo, funcionários e
cidadãos. Neste sentido, a adoção da metodologia do BSC e a utilização de mapas estratégicos mostram-se
bastante vantajosas, uma vez que estas técnicas garantem a explicitação da estratégia de governo, bem como
o foco do uso dos recursos disponíveis (Kaplan e Norton, 2004).
Deve-se notar, porém, que existem várias características específicas do setor público que exercem
influência sobre programas de melhoria ou qualquer programa de mudança, tais como a existência de
hierarquias rígidas, a cultura própria do setor, mudanças periódicas de direção política, entre outras. Es-
tas características evidenciam a necessidade de se adotar programas de mudança específicos para o setor
público, em vez de simplesmente serem aplicados modelos desenvolvidos para o setor privado (Gulledge e
Sommer, 2002). Embora a metodologia do BSC já venha sendo aplicada com êxito em muitas organizações
da iniciativa privada, são poucos os trabalhos que descrevem sua utilização no setor público, principalmen-
te brasileiro.
Neste contexto, o objetivo deste artigo é descrever, por meio de um estudo de caso em uma instituição
pública brasileira, o processo de formulação e implementação da estratégia, utilizando o modelo do Ba-
lanced Scorecard (BSC), bem como analisar os objetivos estratégicos e indicadores sugeridos. A partir das
etapas de implementação, pretende-se realizar a análise dos passos realizados e sugerir eventuais melhorias
para os indicadores e para o plano de implementação, avaliando de forma detalhada a perspectiva “Apren-
dizado e Crescimento” do mapa estratégico. Uma vez que a literatura sobre o tema é relativamente escassa,
principalmente no contexto nacional, a descrição e análise de um caso e de seus resultados têm também
como objetivo, proporcionar uma contribuição empírica e fundamentos para trabalhos futuros.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Antes de apresentar os resultados obtidos com o estudo, descreve-se o referencial teórico que funda-
menta o presente trabalho, a partir da revisão bibliográfica realizada. Esse referencial apresenta, inicial-
mente, o conceito de estratégia e, na seqüência, o modelo do BSC, bem como algumas aplicações no setor
público, foco deste trabalho.
O conceito de estratégia organizacional abrange várias abordagens e está em contínua evolução (Car-
valho e Laurindo, 2003a). Ainda segundo os autores, as várias formas de entender o conceito de estratégia
podem variar entre as escolas de formulação da estratégia, com pensamento de caráter analítico e prescri-
tivo, que visam instruir e as de caráter descritivo, que buscam inspirar, em vez de instruir. Além das escolas
voltadas para a formulação, há abordagens que estão ganhando evidência e focam a implementação da
estratégia. Para Eisenhardt (1999), definindo de uma forma simples, a estratégia serve para responder às
seguintes questões: aonde se pretende chegar e como chegar lá. Uma vez formulada a estratégia, passa-se
para o processo de implementação, mensuração e monitoramento dos resultados obtidos. No entanto, o
processo de formulação e implementação da estratégia costuma ser lento e é realizado, muitas vezes, de for-
ma isolada pela alta administração. Deve-se notar que não se pode dissociar o planejamento da ação, com
o comprometimento de todos na organização, não apenas da alta diretoria. As ações de todos devem estar
alinhadas com a estratégia formulada, para que a implementação seja efetiva. Uma das formas de imple-
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mentar as estratégias, é por meio da busca do alinhamento desta com perspectivas importantes, definidas
pelo BSC, descrito a seguir.
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racional. O desenvolvimento de indicadores operacionais para as quatro perspectivas faz com que os
gestores compreendam o real sentido da declaração estratégica.
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• Planejamento do negócio: permite às empresas integrarem seus planos financeiro e de negócio. Criar
um BSC faz com que a organização integre seu planejamento estratégico ao processo de orçamento,
de forma a assegurar que o orçamento irá suportar as estratégias planejadas. Uma vez que a estratégia
está definida e os direcionadores estão identificados, o BSC influencia os gestores a concentrarem sua
atenção no aperfeiçoamento ou na reengenharia dos processos considerados críticos para o sucesso
da estratégia organizacional. Esta é a forma mais clara de como a organização liga e alinha suas ações
com a estratégia. Para tanto, é essencial que a organização, ao implementar o modelo do BSC, já tenha
adotado uma visão por processos e que, de preferência, eles já estejam mapeados, para facilitar seu
estudo e melhoria.
• Feedback e aprendizado: proporcionam à organização a capacidade de aprendizado estratégico. Com
o BSC, no centro do sistema de gestão, as empresas podem monitorar os resultados de curto prazo,
a partir de três perspectivas adicionais, além da perspectiva financeira, avaliando a necessidade de
modificar estratégias que reflitam o aprendizado organizacional.
Para facilitar a divulgação e a compreensão da estratégia por todos na organização, Kaplan e Norton
(2000) sugerem a construção de um “mapa estratégico” - uma ferramenta para comunicar tanto a estratégia
como os processos e sistemas de indicadores, que irão auxiliar na sua implementação. O mapa mostra as
relações de causa e efeito, através das quais as melhorias criam os resultados desejados. O mapa estratégico
apresenta quatro regiões distintas, correspondentes às quatro perspectivas do BSC: Financeira, Cliente,
Processos Internos e Aprendizado e Crescimento. A melhor forma de se construir um mapa estratégico
é de cima para baixo, ou seja, iniciando pelo destino e, a seguir, representando as rotas que levam a ele.
Inicialmente, deve-se então desenvolver (ou revisar) a missão e os valores essenciais da organização e, com
estas informações, pode-se desenvolver a visão organizacional. A estratégia deve então, definir a lógica de
como transformar esta visão em realidade. A aplicação do BSC vem sido conduzida em organizações pro-
venientes de diversos setores econômicos, principalmente na iniciativa privada. Na realidade, são poucas as
aplicações do BSC no setor público. Algumas dessas iniciativas são destacadas a seguir.
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sido bem aceita no setor público. Estes autores comentam que para um sistema de medidas de desempenho
ter sucesso, deve-se evitar o erro de criar indicadores em demasia, sob o risco de se perder o foco sobre as
informações realmente críticas. Radnor e Lovell (2003) analisam casos em agências do Serviço Nacional de
Saúde do Reino Unido, levantando fatores de sucesso para a implementação do modelo do BSC. Especifi-
camente, no caso do setor público brasileiro, não foram encontrados trabalhos na literatura, identificando
uma lacuna importante para o desenvolvimento do presente trabalho, cujos métodos e técnicas adotados
são apresentados na seqüência.
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e implementação de estratégia, abrangendo os seguintes passos: (1) Definir a orientação estratégica; (2)
Identificar os temas-chave que conduzem à estratégia; (3) Construir o mapa estratégico; (4) Determinar
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indicadores e metas; (5) Selecionar iniciativas prioritárias; (6) Estabelecer um plano de implementação.
O passo 1 - definir orientação da estratégia - corresponde à definição da visão. Foi utilizada a me-
todologia descrita por Weisbord (1996), que busca identificar o que um grupo de pessoas ligadas a uma
mesma atividade tem em comum, para que se venha a definir uma pauta de ações integradas, de forma que
trabalhem, perseguindo um mesmo objetivo. A proposta deste passo consistiu em definir uma visão para
os 13 anos seguintes. Foi constituída então uma equipe de planejamento, formada por funcionários, que
selecionou 120 pessoas para representarem a instituição em um encontro de três dias fora da organização.
Como resultado deste passo, a organização obteve duas declarações de visão, uma relacionada à própria
instituição e outra relacionada ao perfil dos alunos por ela formados.
A partir do passo 2 - identificar os temas-chave que conduzem à estratégia - passou-se a utilizar a me-
todologia do BSC, com o auxílio de uma empresa de consultoria externa, especializada em sua aplicação.
Definida a metodologia, iniciou-se a estruturação dos trabalhos, com a montagem das equipes: equipes de
líderes (6 funcionários internos da alta direção), equipe de líderes agregados (15 funcionários internos de
vários departamentos) e equipe de desenvolvimento (11 participantes, entre funcionários internos e exter-
nos). Para a realização do segundo passo, foram realizadas entrevistas com 21 participantes do encontro re-
alizado no passo 1, tendo como base, a visão e as perspectivas estratégicas do BSC. A partir das entrevistas,
a empresa de consultoria externa elaborou uma relação preliminar de objetivos estratégicos.
No passo 3 - construir o mapa estratégico - a partir de inúmeras discussões, optou-se pela modifica-
ção da estrutura original sugerida na literatura. A Figura 1 apresenta um esquema do Mapa Estratégico da
organização estudada.
Kaplan e Norton (2004) apresentam casos de organizações públicas e sem fins lucrativos, que constru-
íram mapas estratégicos com estruturas diferentes da usual. Estes autores comentam que se a organização
considerar pertinente, o mapa deve ser mudado. À medida que os objetivos foram sendo definidos, a estru-
turação das perspectivas passou por várias alterações, sendo que as principais foram:
• A denominação da perspectiva Cliente foi mudada para perspectiva Sociedade, uma vez que a missão
da organização, que é pública, é servir a sociedade. Esta perspectiva acabou sendo a de nível mais alto,
ou seja, aquela para a qual todas as outras perspectivas deveriam buscar servir e atender.
• Houve grande debate a respeito da perspectiva Financeira. Alguns consideravam que os objetivos des-
ta perspectiva deveriam ser os de nível mais alto, ou seja, seriam mais importantes e os objetivos das
outras perspectivas seriam meios de alcançá-los. Outros, pensavam que, apesar de muito importante,
a perspectiva financeira não deveria ser a finalidade maior. Nas primeiras versões do mapa, a pers-
pectiva Financeira figurou ao lado da perspectiva de Processos Internos, hierarquicamente abaixo da
perspectiva Sociedade. Com o amadurecimento das discussões, decidiu-se que ela poderia ser incor-
porada como um tema dentro da perspectiva de Processos Internos. Atualmente, porém, a perspectiva
Financeira foi inserida como um tema na perspectiva Aprendizado e Crescimento. Considerou-se que
o aspecto financeiro provê sustentação e apoio à realização dos processos para atender aos objetivos
da sociedade, deixando de ser uma dimensão a ser otimizada, como no caso das empresas privadas,
em geral.
Com a construção do mapa estratégico, ficaram definidos 28 objetivos estratégicos, inseridos em três
perspectivas: Sociedade, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento. O mapa estratégico obtido foi
divulgado à organização em diversas ocasiões. Além das apresentações formais, inclusive para cada depar-
tamento, foram elaborados folhetos explicativos e “mouse pads” para auxiliar na divulgação. Deve-se notar
que a versão mais divulgada do mapa não é a mais atual, onde o tema financeiro encontra-se inserido na
perspectiva Aprendizado e Crescimento.
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Com o mapa estratégico estabelecido, passou-se para o passo 4 - determinar indicadores e metas.
Foram então apresentados uma base conceitual e um roteiro para a construção dos indicadores, que consis-
tiam de uma especificação completa e detalhada com a definição ou o significado do indicador, fórmula de
cálculo, unidade de medida, fontes de dados, periodicidade e desdobramento. Foi dada uma ênfase especial
à definição de indicadores estratégicos, que são aqueles que respondem às questões diretamente ligadas à
estratégia de futuro da empresa, e, portanto, devem ser “separados daqueles mais ligados ao dia-a-dia da
operação da empresa”. Isto não significa que a organização irá abandonar os indicadores operacionais, ape-
nas que eles não constarão do mapa estratégico.
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Para cada objetivo foi definido, pelo menos, um indicador de desempenho, resultando em um total
de 41 indicadores. A seguir, foram definidas as metas para os indicadores. Segundo a metodologia do
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BSC, a definição de uma meta depende da especificação e da disponibilidade de dados históricos. Se estes
não existirem, a construção do indicador passa a ser um projeto e a coleta de dados, uma sistemática a ser
implantada. Dentre os 41 indicadores definidos, apenas 7 apresentavam dados históricos, sendo possível
o estabelecimento de metas. Para os indicadores sem histórico disponível, está prevista a condução de
estudos para compor as metas faltantes. Este fato evidencia a dificuldade de definição de indicadores pela
organização. Considerando especificamente a perspectiva Aprendizado e Crescimento, foram definidos os
objetivos, indicadores e forma de desdobramento para cada tema mostrados na Tabela 1.
A Tabela 1 mostra que a perspectiva Aprendizado e Crescimento apresenta quatro temas – financeiro,
infra-estrutura, cultura e competências. Dentro do tema financeiro, foi levantado apenas um objetivo estra-
tégico - Viabilizar e gerir os recursos necessários, que podem ser medidos a partir de dois indicadores - Re-
cursos complementares necessários a serem captados; Variação dos recursos realizados x recursos gerados.
Ambos os indicadores são quantitativos e, portanto, apresentam forma de medição objetiva. Entretanto,
como não havia dados históricos para estes indicadores, o estabelecimento de metas foi postergado. Com
relação aos temas infra-estrutura, cultura e competências, foram estabelecidos dois objetivos estratégicos
para cada tema, sendo definido, a seguir, um indicador para cada objetivo, conforme mostra a Tabela 1.
Pode-se observar que todos os indicadores para estes três temas são de natureza qualitativa, com avaliação
subjetiva, por meio de painel de especialistas ou questionários preenchidos pelos funcionários e professo-
res. Nenhum destes indicadores apresentava dados históricos, portanto, novamente, o estabelecimento de
metas foi adiado.
A seguir, passou-se para o passo 5 - selecionar iniciativas prioritárias. Por uma questão de prazo, de-
cidiu-se que a equipe de planejamento elaboraria uma relação inicial de iniciativas, em vez de promover a
participação de toda a organização. Durante o programa de comunicação da estratégia, seriam realizados
alguns workshops para coletar contribuições e sugestões do resto da organização para a implementação.
Foram sugeridas até o momento do presente estudo, 15 iniciativas estratégicas. As iniciativas que apresen-
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tam impacto sobre os objetivos estratégicos da perspectiva Aprendizado e Crescimento são mostradas na
Tabela 2. Considerando que a metodologia do BSC é dinâmica, estas 15 iniciativas, inicialmente sugeridas,
poderiam ser alteradas, conforme a necessidade.
Para verificar se os objetivos estratégicos estavam adequadamente contemplados com as iniciativas,
construiu-se uma matriz de impacto. Nesta matriz, para cada iniciativa do projeto, foi feita uma avaliação
do impacto que resulta para cada objetivo estratégico. Esta avaliação foi realizada para se certificar de que
todos os objetivos estavam sendo contemplados. A matriz de impacto das iniciativas, nos objetivos da
perspectiva Aprendizado e Crescimento, é apresentada na Figura 2. A figura apresenta os impactos de 8
iniciativas (apresentadas na Tabela 2) nos objetivos estratégicos da perspectiva. A análise do impacto de
cada iniciativa nos objetivos, avaliada em conjunto com os objetivos das demais perspectivas, possibilitou
priorizar as iniciativas a serem tomadas pela organização estudada.
Iniciativas Estratégicas
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Objetivos Estratégicos
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Uma vez constatado que os objetivos estavam adequadamente cobertos, passou-se para o plano de
implementação - passo 6. Este passo, que está sendo anualmente conduzido; seus resultados não estão ple-
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namente finalizados. O tópico, a seguir, discute os resultados obtidos até os passos anteriores.
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6. CONCLUSÕES
Este artigo apresentou uma aplicação de conceitos e ferramentas do BSC em uma organização públi-
ca, discutindo as diferenças em relação à aplicação tradicional no setor privado. Observou-se que o mapa
estratégico foi construído com apenas três perspectivas, sendo que o conteúdo delas também apresentou
diferenças em relação à aplicação tradicional. Ocorreu a inserção do tema financeiro na perspectiva Apren-
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dizado e Crescimento, já que este constitui um suporte às atividades e não um objetivo da organização.
Além disso, houve inversão da metodologia, uma vez que tradicionalmente o BSC é implantado com uma
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