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21 a 25 de Agosto de 2006

Belo Horizonte - MG

Seccionalizadores Eletrônicos Monofásicos Tipo Cartucho


Uma Alternativa de Bom Desempenho e Baixo Custo

Eng. Erivaldo Costa Couto Eng. José Vicente P. Duarte


CEMIG Distribuição S.A CEMIG Distribuição S.A
erivaldo@cemig.com.br vicente@cemig.com.br

Eduardo Ribeiro Jeunon


CEMIG Distribuição S.A
eduardo.jeunon@cemig.com.br

RESUMO
Este trabalho apresenta os resultados de experiência realizada pela CEMIG com a finalidade de estudar a
aplicação de seccionalizadores eletrônicos monofásicos do tipo cartucho, em redes de distribuição
comparado-os com a tecnologia de chaves fusíveis e dos seccionalizadores monofásicos hidráulicos até
então utilizados.
O trabalho demonstra o método de operação deste tipo de seccionalizador, suas partes integrantes e a sua
instalação e operação nas redes da CEMIG.
São também apresentados dados relativos à analise econômica referente ao seccionalizador eletrônico
monofásico tipo cartucho comparado às chaves fusível e aos seccionalizadores hidráulicos.
A análise dos resultados demonstra que a utilização deste tipo de seccionalizador proporciona as seguintes
vantagens técnicas
- redução acentuada do tempo de interrupções da rede;
- facilidade e maior segurança na instalação e operação;
- melhor coordenação com o religador.
Também do ponto de vista econômico, embora o investimento inicial seja maior quando comparado a
chaves fusíveis, a utilização desta nova tecnologia propicia ao longo do tempo uma maior economia, uma
vez que foi verificada uma redução no número de deslocamentos para manutenção propiciando uma
melhor continuidade do serviço.
Atualmente, somente são adquiridos pela CEMIG os seccionalizadores eletrônicos tipo cartucho, com
cerca de 400 unidades já instaladas.

PALAVRAS-CHAVE
Chave Fusível, Redes de Distribuição, Seccionalizador Eletrônico Monofásico, Seccionalizador
Hidráulico.

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1 – INTRODUÇÃO
Os seccionalizadores são usados nas redes de distribuição da CEMIG há muitos anos, desde os modelos
hidráulicos com bobina série, até os trifásicos mais modernos, com controle eletrônico e restritores de
corrente "inrush".
No entanto, os seccionalizadores monofásicos anteriormente utilizados eram hidráulicos e assim sendo,
não permitiam o uso de restritores de correntes de inserção de transformadores (corrente de “inrush”), o
que provocava, em determinadas condições, operações indevidas do equipamento.
Outro problema é que não existiam, na CEMIG, seccionalizadores monofásicos de 24,2kV, pois até o
surgimento dos seccionalizadores tipo cartucho, nenhum fabricante os produzia.
Assim, foram adquiridas pela CEMIG, no final da década de 90, 28 peças do seccionalizador eletrônico
monofásico tipo cartucho, que foram distribuídos para 4 (quatro) Regiões de Distribuição, para serem
submetidos a testes de campo.
Os locais escolhidos foram aqueles onde se constatava, através de dados históricos, um grande número de
queimas de elos fusíveis, devido à ocorrência de defeitos na rede e a falhas ocasionadas por descargas
atmosféricas.
Outra vantagem na utilização do seccionalizador eletrônico nos ramais e derivações, em substituição às
chaves-fusíveis é permitir uma melhor coordenação em falhas transitórias e permanentes. O princípio de
funcionamento desse equipamento não inclui curvas tempo x corrente e envolve apenas a contagem da
quantidade de operações de um religador na retaguarda , permitindo, assim, agir em perfeita coordenação
com aquele equipamento.
Este trabalho apresenta as características básicas e princípio de funcionamento do equipamento, o relato
de instalação experimental com os resultados obtidos nos testes de campo após cerca de 15 meses de
instalação, a análise econômica de sua aplicação e a avaliação da viabilidade de sua padronização. Conclui
com a constatação do seu bom desempenho técnico e sua viabilidade econômica, com as vantagens de
redução do número de intervenções na rede em cerca de 8 vezes nos locais onde o equipamento foi
aplicado, além de proporcionar facilidade e maior segurança na instalação e operação do equipamento e
melhor coordenação com religadores na retaguarda.

2- CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO EQUIPAMENTO

2.1- Características elétricas dos equipamentos testados


Os equipamentos testados possuem as seguintes características elétricas:
- Tensão nominal: 13,8kV;
- Tensão máxima de operação: 15kV;
- Corrente nominal: 300A;
- Corrente de atuação: 15A e 35A;
- Número de operações para o bloqueio: 3;
- Tempo de “reset”: 60s.
Uma característica dos seccionalizadores eletrônicos monofásicos tipo cartucho testados na época, é que
eles eram previamente ajustados e não podiam ter seus valores alterados (número de operações, valor da
corrente de “pick-up” e tempo de “reset”). Além disso, os seccionalizadores eletrônicos utilizavam um
disparador automático que precisava ser substituído toda vez que ocorria uma operação do equipamento.
Atualmente, já em sua terceira geração, os seccionalizadores podem ser ajustados de acordo com a
necessidade do usuário e não mais necessitam do atuador, sendo rearmáveis manualmente.

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2.2- Características Gerais
O seccionalizador eletrônico monofásico do tipo cartucho utilizado tem a aparência de um porta-fusível, e
suas partes integrantes são mostradas na Figura 1.

Contato Superior

Tubo Condutor

Placa de
Circuito Impresso

Transformador
de Corrente

Contato Inferior

Atuador Descartável

Figura 1 - Partes Integrantes do seccionalizador eletrônico monofásico

A lógica de operação do equipamento é realizada por uma placa de circuito impresso alojada dentro do
tubo condutor que atua como uma blindagem e evita interferência eletromagnética no circuito eletrônico.
O transformador de corrente, que envolve o tubo condutor, fornece energia para o atuador e uma amostra
da corrente da rede ao circuito lógico, que faz a contagem do número de operações do equipamento de
retaguarda e dispara o atuador ao ser atingido o número de operações ajustado.
O atuador químico, quando existir, deve ser substituído toda vez que o seccionalizador opera.
2.3 – Princípio de funcionamento
O seccionalizador tipo cartucho não interrompe correntes de curto-circuito, nem pode ser aberto em carga.
Para abri-lo, é necessário utilizar um “loadbuster”, de forma similar a uma chave fusível.
Quando a corrente da rede supera o valor de “pick-up” ajustado e, em seguida, atinge valores próximos a
zero (da ordem de alguns mA), devido a abertura do religador de retaguarda, o seccionalizador eletrônico

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conta a operação daquele equipamento. Quando o circuito lógico atinge o número de operações ajustado, é
enviado um sinal elétrico ao atuador que dispara e promove a abertura do seccionalizador, da mesma
forma que uma chave fusível quando ocorre o rompimento do elo fusível.
Da mesma maneira que para os demais seccionalizadores, o número de operações que o seccionalizador
eletrônico monofásico tipo cartucho irá contar deve ser sempre uma a menos que o número de
religamentos do equipamento de retaguarda.
A Figura 2 mostra um gráfico com a operação de um seccionalizador com 2 operações e um religador de
retaguarda com 3 religamentos.

Religador
Tronco

Seccionalizador
Ramal

Falta

Falta
Corrente
Corrente no "Inrush"
Tronco Valor de pick-up
Carga

Contatos do Linha
Restabelecida
Religador
Fechado
Abertura
Aberto
Religamento Abertura Religamento

Estado do
Seccionalizador 2a Abertura do
Religador
a
1 Abertura do
Religador
Fechado
Normal
Abertura do Seccionalizador
Aberto
Ramal isolado
Memorização da 1a Abertura Memorização da 2a Abertura
do Religador do Religador

Figura 2 - Gráfico de Operação do seccionalizador eletrônico monofásico

O seccionalizador tipo cartucho possui ainda uma função “restritor de “inrush”, não disponível nos
seccionalizadores monofásicos hidráulicos. Esse recurso evita que o seccionalizador atue indevidamente,
em determinadas condições. Um exemplo dessa atuação indevida é apresentado a seguir.

Considere-se a mesma situação ilustrada na Figura 2 (religador ajustado para 4 operações/3 religamentos e
seccionalizador com 2 operações). Em caso de defeito no ponto mostrado na Figura 3, o religador atua e,
se a corrente de inrush do ramal for superior à corrente de pick-up do seccionalizador, este será
sensibilizado por essa corrente após o primeiro religamento e contará 1 operação na 2ª abertura do
religador. A seqüência de fatos se repete, fazendo com que o seccionalizador conte 2 operações na 3ª
abertura do religador e, em seguida, interrompa o ramal. Após o 3º e último religamento pelo religador,
irá ocorrer o bloqueio desse equipamento, ficando abertos ao final tanto o religador quanto o
seccionalizador, sem que o defeito tenha sido isolado.

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tronco
R
Ponto de
S defeito

ramal
1ª abertura 2ª abertura 3ª abertura Bloqueio do
do religador do religador do religador religador
Fechado
Religador
Aberto
Sec conta 1ª Sec conta 2ª
operação operação

Fechado

Seccionalizador
Aberto

Seccionalizador é sensibilizado Abertura do


pela corrente de inrush do ramal secciuonalizador

Figura 3– Ilustração do função “restritor de in rush”


2.4 - Instalação na Rede
A instalação do seccionalizador eletrônico monofásico tipo cartucho é feita de maneira análoga à de um
porta-fusível, sendo instalado na chave base C utilizada nas redes de distribuição, conforme mostrado na
Figura 4.

Figura 4 - Instalação do seccionalizador tipo cartucho

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3- EXPERIÊNCIA DE CAMPO
Para que fosse feita a avaliação de campo do seccionalizador eletrônico tipo cartucho, eles foram
enviados, nas quantidades indicadas, para as seguintes cidades:
- Ponte Nova: 9 peças;
- Pouso Alegre: 5 peças;
- Itajubá: 6 peças;
- Ituiutaba: 8 peças.
Foi solicitado às Regionais que os equipamentos fossem instalados em locais onde a queima de elos
fusíveis fosse freqüente, devido à ocorrência de defeitos na rede (presença de galhos de árvore, pássaros,
etc) ou por falhas ocasionadas por descargas atmosféricas.
As peças foram instaladas da seguinte forma:
- Ponte Nova: em derivações de Rede de Distribuição Rural, sendo 3 peças em uma derivação trifásica e
as outras 6 peças em derivações monofásicas, instaladas entre janeiro e maio de 1997;
- Pouso Alegre: em 5 derivações de Rede de Distribuição Rural monofásicas, instaladas em janeiro de
1997;
- Itajubá: em 2 derivações de Rede de Distribuição Rural trifásicas, instaladas em dezembro de 1996;
- Ituiutaba: em 8 derivações de Rede de Distribuição Rural monofásicas, instaladas em novembro de 1997;

4 - ANÁLISE DE DESEMPENHO
Para a análise do desempenho dos seccionalizadores eletrônicos nas redes de distribuição, foram
realizadas visitas às Regionais, um ano após a sua instalação, para discutir a respeito do seu desempenho.
Os dados levantados estão mostrados a seguir.
4.1- Problemas Ocorridos
Durante o período de testes de campo, foram detectados alguns problemas operativos descritos abaixo:
- Ponte Nova
Um seccionalizador instalado em uma rede monofásica não operou provocando o bloqueio do religador de
retaguarda, mesmo tendo sido localizado um defeito na rede. Esse equipamento foi testado em oficina e
estava operando corretamente. Não foi possível determinar a causa da não operação, supostamente
indevida.
- Itajubá
Um dos seccionalizadores de 15A atuou sem que fossem verificados religamentos automáticos “RA's” no
religador de retaguarda. Nesse caso, também, não foi possível determinar a causa dessa operação.
Ao mesmo tempo, verificou-se que o religador de retaguarda estava ajustado para 3 operações, mesmo
número do seccionalizador. Embora não houvesse relação com o problema citado anteriormente, essa
situação poderia levar ao bloqueio do seccionalizador em conjunto com o religador de retaguarda. Em
função disso, foi solicitada a retirada e reinstalação do equipamento em outro local, onde o religador
estivesse ajustado para 4 operações.
- Ituiutaba
Foram constatadas várias operações dos seccionalizadores sem causa aparente. Após visita ao local, em
conjunto com o fabricante, foi constatado que a corrente de carga nos circuitos variavam bastante,
chegando a ser superior ao valor de “pick-up” do equipamento.
Após análise dos dados pelo fabricante, a CEMIG foi informada que quando isso ocorre, o circuito
eletrônico fica ativado e ocorre uma instabilidade, provocando sua operação indevidamente.

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Das 8 peças instaladas, 4 foram reinstaladas em outros locais e ficaram em operação sem apresentar
problemas.
4.2- Dados dos testes de campo
Com a finalidade de verificar o desempenho das redes com os seccionalizadores eletrônicos monofásicos
do tipo cartucho, foram levantados dados do número de intervenções nas redes, antes e após a instalação,
de modo a determinar os ganhos obtidos. Esses dados estão mostrados na tabela abaixo.

Tabela 1 - Número de Intervenções na Rede


Número de Intervenções em 12 meses
Número de
Região Antes da Instalação do Após a Instalação do
pontos
seccionalizador seccionalizador
Ponte Nova 9 76 9
Itajubá 6 8 2
Pouso Alegre 5 11 1
Total 20 95 12

Com relação a Ituiutaba, devido aos problemas citados anteriormente, quatro seccionalizadores eletrônicos
foram relocados, e instalados em locais onde antes existiam chaves faca, não sendo, portanto, possível
determinar os ganhos obtidos, por serem essas chaves equipamentos de manobra e não de proteção.
Pode-se verificar que, em média, a instalação dos seccionalizadores reduziu o número de desligamentos
das redes em cerca de 8 vezes, quando comparado com a instalação de chaves fusíveis.
4.3 - Comentários dos Órgãos Regionais
Foram feitas as seguintes observações pelos Órgãos Regionais:
• Facilidade de instalação e operação;
• Facilidade de coordenação com o religador;
• Segurança na operação. Quando da ocorrência de um defeito na rede, caso ele não seja localizado ou
corrigido após a verificação do circuito, ocorrerá novamente a operação do religador quando do
fechamento do seccionalizador. Tal fato foi considerado como sendo uma vantagem, pois, caso
estivesse sendo utilizada uma chave fusível, ocorreria a queima do elo com o conseqüente arco devido
à interrupção, com riscos para o eletricista.
• Quando da ocorrência de defeitos na rede causados por sobretensões, ocorrerá apenas a atuação do
religador de retaguarda eliminando a falta, que, de forma geral, é de caráter transitório e o circuito é
restabelecido. Dessa forma, é proporcionada uma melhor continuidade de serviço com redução do
DEC (Duração Equivalente ao Consumidor) e do número de intervenções na rede.

5- AVALIAÇÃO ECONÔMICA
A seguir é mostrada uma avaliação comparativa entre o seccionalizador tipo cartucho, a chave fusível e o
seccionalizador hidráulico monofásico 15kV, tipo GH, que era utilizado na época pela CEMIG. Na
avaliação são analisados os custos de instalação e de operação dos três equipamentos, verificando-se a
viabilidade do uso do seccionalizador tipo cartucho.
Nessa análise, tendo em vista o exposto no item 4.2, serão considerados os dados relativos aos
equipamentos instalados em Ponte Nova, Itajubá e Pouso Alegre:
• Custo médio ponderado da mão-de-obra por interrupção = R$ 150,00;

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• Número médio de desligamentos, por ponto, com chave fusível, nos 12 meses anteriores à instalação
do seccionalizador tipo cartucho = 4,75 (Número de ocorrências/Número de pontos – Ver Tabela 1);
• Número médio de desligamentos, por ponto, nos 12 meses posteriores à instalação do seccionalizador
tipo cartucho = 0,60 (Número de ocorrências/Número de pontos – Ver Tabela 1)
Com base nos dados acima e no preço de aquisição dos seccionalizadores tipo cartucho, foram calculados
os valores abaixo indicados para serem utilizados na análise econômica mostrada na Tabela 2 e indicada
no Gráfico 1.
- Seccionalizador eletrônico monofásico cartucho:
• Custo do equipamento = R$ 800,00;
• Custo da instalação = R$ 18,00 [1];
• Custo anual das intervenções na rede = R$ 90,00 (0,60 intervenção a R$ 150,00).

- Chave fusível:
• Custo do equipamento = R$ 80,00;
• Custo do elo fusível = R$ 1,50;
• Custo da instalação = R$ 18,00 [1];
• Custo anual das intervenções na rede = R$ 719,63 (4,75 intervenções a R$ 150,00 + 4,75 elos a R$
1,50).

- Seccionalizador Monofásico 15kV – GH (Hidráulico):


• Custo do equipamento = R$ 1.184,00;
• Custo da instalação = R$ 300,00 [1];
• Custo anual das intervenções na rede = R$ 90,00 (0,60 intervenção a R$ 150,00).
A Tabela 2 apresenta a capitalização dos custos de instalação e manutenção dos equipamentos por 20
anos. O seccionalizador tipo cartucho foi o equipamento que apresentou menor custo final.

Tabela 2 – Capitalização dos custos


EQUIPAMENTO CUSTO APÓS 2 APÓS 5 APÓS 10 APÓS 20
INICIAL ANOS ANOS ANOS ANOS
SECCIONALIZADOR R$ 818,00 R$ 988,00 R$ 1.175,00 R$ 1.369,00 R$ 1.532,00
TIPO CARTUCHO
SECCIONALIZADOR R$1.484,00 R$ 1.653,00 R$ 1.841,00 R$ 2.035,00 R$ 2.198,00
HIDRÁULICO
CHAVE FUSIVEL R$ 99,50 R$ 1.454,00 R$ 2.958,00 R$ 4.510,00 R$ 5.810,00

É importante notar que apesar do maior custo inicial, o seccionalizador tipo cartucho devido à redução dos
custos de manutenção (substituição de elos fusíveis), se torna mais barato do que uma chave fusível em
pouco mais de um ano. Se comparado ao seccionalizador hidráulico hoje utilizado, o seccionalizador tipo
cartucho é mais barato ao longo dos 20 anos, como pode ser visualizado no Gráfico 1.

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SECCIONALIZADOR MONOFÁSICO
COMPARAÇÃO DE CUSTOS

5700
5400 Secc. Tipo Cartucho
5100 Chave-fusível
4800 Secc. Hidraúlico
4500
4200
3900
3600
3300
3000
(R$)

2700
2400
2100
1800
1500
1200
900
600
300
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

(ANOS)

Gráfico 1 – Comparação de custos

Além do menor custo final, o seccionalizador tipo cartucho tem a função “restritor de “inrush” que não é
disponível no seccionalizador hidráulico, tipo GH. A falta dessa função faz com que, em determinadas
condições, o seccionalizador hidráulico atue indevidamente, levando à necessidade de intervenção do
eletricista, conforme apresentado no item 2.3. Nessa análise, foi considerado o mesmo número de
intervenções para o seccionalizador tipo cartucho e o seccionalizador hidráulico monofásico, independente
do fato deste último não ter o restritor de “inrush”.
A Tabela 3 apresenta um resumo das vantagens e desvantagens do uso de cada um dos equipamentos.

Tabela 3 – Comparação qualitativa entre as alternativas


Equipamento Vantagens Desvantagens
Chave Fusível • Baixo custo inicial; • Grande número de intervenções na
• Baixo custo do elo fusível. rede.

Seccionalizador tipo • Redução acentuada do número • Custo inicial mais alto do que o da
cartucho de intervenções na rede; chave fusível;
• Existência do restritor de • Não permite troca do ajuste;
correntes de “inrush”. • Custo do disparador.

Seccionalizador • Redução acentuada do número • Maior custo entre todas as


hidráulico monofásico, de intervenções na rede; alternativas;
15kV Permite troca dos ajustes. • Inexistência do restritor de “inrush”.

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6- CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Embora o seccionalizador tipo cartucho tenha apresentado alguns problemas operativos, que foram em sua
maioria esclarecidos satisfatoriamente, a experiência de campo permitiu conhecer melhor sua utilização.
Com a instalação do seccionalizador tipo cartucho ocorreu uma redução do número de intervenções na
rede em cerca de 8 vezes nos locais onde o equipamento foi aplicado, fazendo assim com que o
equipamento ficasse mais barato do que uma chave fusível dentro de pouco mais de um ano, devido à
redução dos custos de manutenção, especialmente aqueles associados aos deslocamentos das equipes de
operação para o restabelecimento do serviço. Se comparado a um seccionalizador hidráulico antes
utilizado pela CEMIG, o equipamento se mostra mais vantajoso desde o início de sua aplicação.

Além da redução acentuada do tempo de interrupções da rede, a utilização do seccionalizador eletrônico


proporciona também as vantagens de facilidade e maior segurança na instalação e operação do
equipamento e melhor coordenação com religadores na retaguarda.

Pelos resultados obtidos conclui-se que o equipamento apresentou um bom desempenho além de mostrar-
se economicamente viável, tendo sido recomendada pelos autores a intensificação de seu uso na CEMIG.

Atualmente, a CEMIG já conta com cerca de 400 equipamentos instalados, com bom desempenho.

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] 02.111-ED/CE-3030 – Padronização dos Critérios de Pagamento de Mão-de-Obra de Construção
Relativas ao Processo de Expansão do Sistema Elétrico de Distribuição

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