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BIBLIOLOGIA

RESUMO:

Nenhum livro da História da Humanidade jamais produziu um efeito tão


Revolucionário, exerceu uma influência tão decisiva no desenvolvimento de
todo o mundo Ocidental e teve uma difusão tão Universal como “O Livro dos
Livros”, A Bíblia. “Ela está hoje traduzida em 1.120 línguas e dialetos e após
2000 anos ainda não dá qualquer sinal de que haja terminado a sua triunfal
Carreira”.

Palavras-chave: Humanidade; Revolucionário; Influência.

01. INTRODUÇÃO:

É de fundamental importância que os filhos de Deus venham conhecer a Bíblia,


que a leiam (estudar), valorizem o seu conteúdo, ponham em prática seus
ensinamentos, bem como conheçam sua História.

Quase todas as pessoas possuem uma Bíblia em seus lares, contudo,


geralmente fica fechada norecanto da casa  ou aberta no Livro de Salmos
capítulo 91, como objeto decorativo. Para que a bíblia chegasse às mãos de
tantas pessoas, foi pago um alto preço por muitos irmãos que viveram a
temposatrás.

A Bíblia é para ser lida e desejada. Sua mensagem é poderosa para mudar
nossas vidas em todos os aspectos. Ela nos instrui, alimenta, santifica, guia ao
verdadeiro conhecimento  e conduza vida eterna. A Bíblia é o livro mais editado
e vendido no mundo.

É Necessário conhecer a Palavra de Deus, porque a conhecendo,


conheceremos a Deus. Deus se revela na sua palavra e nela podemos melhor
compreendê-lo; Leia a Escrituras Sagradas. 

A base de fé do Cristão é a palavra de Deus, não se pode desenvolver uma fé


independente baseada no sentir, achar, nas experiênciasespirituais ou no que
dizem; os que procedem assim andarão com uma falsa concepção da verdade
e, certamente, cairão.

Jesus é o Verbo (Ele é Toda a palavra de Deus).

02. A origem da Palavra Bíblia e seus escritores


A palavra bíblia vem do grego “bíblion” que significa Livros. A Bíblia é uma
coleção de muitos livros. Esses livros estão divididos em duas seções: Antigo
Testamento...

Escrituras Sagradas. 

A base de fé do Cristão é a palavra de Deus, não se pode desenvolver uma fé


independente baseada no sentir, achar, nas experiências espirituais ou no que
dizem; os que procedem assim andarão com uma falsa concepção da verdade
e, certamente, cairão.

Jesus é o Verbo (Ele é Toda a palavra de Deus).

02. A origem da Palavra Bíblia e seus escritores

A palavra bíblia vem do grego “bíblion” que significa Livros. A Bíblia é uma
coleção de muitos livros. Esses livros estão divididos em duas seções: Antigo
Testamento e Novo Testamento. O Antigo Testamento contém 39 (trinta e
nove) Livros e o novo 27 (vinte e sete), formando assim 66 (sessenta e seis)
livros ao todo.

A Bíblia foi escrita num período de aproximadamente 1.500 (mil e quinhentos)


anos, iniciando sua escrita no deserto do Sinai e terminou na Ilha de Patmos,
cerca de 40 autores a escreveram, a maioria não se conheceram, pertenceram
a diversas classes sociais, viveram em continentes diferentes, muitas vezes
sem ter conhecimento do que os outros haviam escrito, mas todos tiveram uma
unidade perfeita ao revelarem  a natureza santa do Único Deus que deveriam
seguir. Todos apontaram para Jesus como salvador da Humanidade.  Jesus é
presente desde as primeiras páginas da Bíblia até as últimas.

O Velho Testamento foi escrito em Hebraico e, algumas partes, em Aramaico,


língua babilônica usada não só pelo povo de Deus exilado, mas também por
povos visinhos. 

O Novo testamento foi escrito em grego, em virtude da influencia cultural que


Grécia havia deixado nos dias de Alexandre o Grande.  

03. O SURGIMENTO DA PALAVRA


Os Primeiros servos de Deus não tinham a palavra Escrita, suas experiências
com Deus foram transmitidas oralmente uns aos outros.

Muitas Histórias, que estão registradas na Bíblia foram escritas depois de muito
tempo e eram contadas fielmente de geração á geração.

3000 a.C. o Papiro foi descoberto no Egito. Enquanto os hebreus passavam


sua Cultura oralmente, os primeiros sistemas de escrita do mundo estavam
entrando em uso, Na Mesopotâmia um tipo de escrita chamada Cuneiforme
estava sendo usada, enquanto no Egito, usava-se Hieróglifos.

Moisés é a primeira pessoa que a Bíblia identifica como escritor.

"Então o SENHOR Deus disse a Moisés: - Escreva um relatório dessa vitória a


fim de que ela seja lembrada. Diga a Josué que eu vou destruir completamente
os amalequitas".

Sobre Moisés estava a providência divina desde o seu nascimento. No livro de


Hebreus, relata que Moises sobreviveu graças a fé que seus pais depositaram
no Senhor.

Ainda em Atos dos Apóstolos, menciona que desde o principio Moisés foi
considerado formoso aos olhos de Deus.

Ficou claro que Deus tinha um propósito especial para ele. A Filha de Faraó o
criou como se fosse seu próprio filho, o que significa que ele teve uma posição
privilegiada no Egito, e recebeu uma educação especial, sua instrução foi
importante e necessária para conduzir o povo do Senhor além do território
egípcio e posteriormente, escrever a palavra de Deus. Os cinco primeiros livros
da Bíblia são de Autoria de Moisés.

Os livros bíblicos de Josué, Juízes, 1° e 2° Samuel, e 1°e 2°reis, relatam a


historia dos Israelitas desde a época que eles entraram e conquistaram Canaã,
a terra que Deus havia prometido a eles, até que perderam essa mesma terra e
foram  levados para o exílio na Babilônia.

A maioria dos livros históricos tem sua autoria desconhecida. O livro de Josué,
no final do Capítulo 24, fala de sua morte quando tinha 110 anos, por isso, os
historiadores supõem que Josué não é o autor do livro, visto que ele não
poderia narrar a sua própria morte.
Alguns entendem que o livro de Rute, (Rute foi a bisavó do rei Davi.)  foi escrito
depois da Coroação de Davi, pois no seu final se encontra a genealogia desse
rei.

Em outros é comum encontrar citações como: “Até o dia de hoje”...  Dando á


entender que é um relato posterior aos fatos narrados.

Os cinco primeiros livros escrito por Moisés, conhecido também por


Pentateuco, sempre foram considerados divinos pelos Hebreus. 2° Reis 23:02.

Segundo alguns historiadores, os livros proféticos, foram considerados divinos


depois do exílio, porque viram o comprimento das profecias. Então, temeram
ao Senhor, e quando retornaram pediram que lessem em alta voz para toda
congregação o livro da Lei. Neemias 08:01.

Jesus aprovou tudo que havia nas escrituras. Lucas 24:44-45.

  "A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando
ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei
de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para
compreenderem as Escrituras."

Confirmou que em tais livros se falava dele e com certeza nos seus dias
haviam também os livros históricos porque o escritor de Hebreus honra a fé de
Jefté e Raabe, histórias encontradas nestes livros.  

04. Primeira tradução da Bíblia

De Acordo com um relato antigo, as escrituras em Hebraico foram traduzidas


para o grego por causa de um pedido do general Ptolomeu II, esse relato
aparece num documento antigo, conhecido como a Carta de Aristéia. O
General solicitou ao seu Bibliotecário uma cópia de cada livro existente no
mundo para sua Biblioteca em Alexandria. Muitos livros foram reunidos, mais
faltavam ainda os livros das leis dos Judeus. Ansioso para obter uma tradução
dos livros Judaicos, Ptolomeu mandou que enviassem de Jerusalém, 72 dos
seus, melhores estudiosos para Alexandria, para que fosse feita a tradução; A
Tradução ficou conhecida como Septuagina.

05. “O novo testamento”

Nada a respeito de Jesus, foi escrito nas primeiras décadas depois de sua
morte.
Os primeiros cristãos acreditavam que Jesus voltaria num futuro imediato,
portanto, eles se apressavam em anunciar a salvação mostrando o
cumprimento das escrituras em Jesus. Eles fundavam igrejas, faziam
discípulos, ensinavam os preceitos da graça de cristo.

Quando lemos os evangelhos, parece que os fatos estavam acabando de


acontecer e eles estavam escrevendo; mas eles só escreveram muitos anos
mais tarde. As primeiras proclamações a respeito de Jesus foram feitas
oralmente, simples e direta.

Os historiadores apontam para o livro de marcos como o primeiro a ser escrito,


30 anos após  a morte de Cristo.

As pessoas acreditavam no testemunho de quem andou  com Jesus, que o


conheceu de perto e participaram de seus milagres. Marcos começou a
escrever, e os demais motivados pelo que ele fez o imitaram. (Lucas:1,1-4)

As cartas de Paulo são provavelmente os livros mais antigos do novo


testamento escritos antes que as histórias de Jesus estivessem no papel.
muitos estudiosos afirmam que 1º Tessalonicenses é a carta mais antiga de
Paulo.

Treze cartas declaram Paulo como escritor e a décima quarta, hebreus, têm
sido freqüentemente  atribuída a ele apesar  dele não estar identificado como o
autor.

Cerca de um século depois da morte de Paulo, suas cartas estavam sendo


colecionadas e reunidas num só volume, eram então circuladas por toda igreja.
 

06. DEFININDO O NOVO TESTAMENTO

Quando a igreja se reunia para cultuar a Deus, era lido o antigo testamento,
Especialmente as profecias que falavam de Jesus.

Também se começou a leitura de textos cristãos selecionados especialmente


as histórias e as cartas escritas por pessoas próximas a Jesus, apóstolos e
discípulos dos apóstolos.

Os escritos que eram mais respeitados, que se alinhavam com os


ensinamentos tradicionais cristãos e que eram os mais úteis para a igreja local,
eram os mais lidos. Essas histórias e cartas se tornaram as mais estimadas
pelos cristãos da igreja dos primeiros séculos.
No inicio do 3° século d.C., um teólogo de nome Orígenes, realizou uma
pesquisa, queria saber que escritos Cristãos a igreja estava usando. Estava
amplamente aceito pelos Cristãos, os 4 evangelhos que temos hoje, as 13
cartas de Paulo,  Atos, 1° Pedro, 1° João e  Apocalipse. O segundo grupo dos
livros questionados era constituído pelos outros seis livros que completam o
novo testamento, que foram aceitos posteriormente.

Ao longo de muitos anos, o Cristianismo foi perseguido pelo império Romano.


À medida que livros Cristãos iam sendo escritos eram queimados. O imperador
Diocleciano fez disso uma pratica constante. Mas o seu sucessor Constantino,
o grande, alterou completamente a atitude do governo Romano em relação ao
Cristianismo. Ele mandou que fossem feitas 50 copias da bíblia para cada
igreja que ele planejava construir, solicitou para isto ajuda de Eusébio, bispo de
Cesárea. Para cumprir esta ordem, ele tinha que decidir que livros deveriam
incluir na Bíblia. Baseando na pesquisa de Orígenes ele agrupa todos os 27
livros que temos hoje no novo testamento, isto agradou aos cristãos e bispos.
O bispo Egípcio, de nome Atanásio, confirmou os vinte e sete livros do novo
testamento e ele escreveu as igrejas de suas jurisdições: nenhum a mais 
nenhum a menos. Os 27 livros foram aceitos universalmente.

07. A vulgata

No século 2 d.C. o latim substituiu o grego. Tornando-se durante muitos anos a


língua diplomática da Europa. Por isso o bispo Dâmaso, em 382 d.C.
encarregou Jerônimo Sophoronius Eusebios de traduzir da septuagina para o
latim o livro dos Salmos, e o novo testamento. Essa tradução ficou conhecida
por vulgata e foi a base de todas as traduções durante os mil anos seguintes.

O surgimento da imprensa foi um fator importante para a divulgação da bíblia,


porque até este tempo era um livro extremamente caro e poucos tinham
acesso.

Inicialmente os escritos da Bíblia não eram divididos em capítulos e versículos;


a divisão em capítulos só veio acontecer no ano 1250 d.C. pelo cardeal Hugo
de Sancto caro, monge dominicano.
Alguns pesquisadores atribuem esta divisão também a Stephen Langton. No
ano 1551, Robert stephen, fez a divisão em versículos publicando a primeira
bíblia assim dividida em 1555; a Vulgata. 

08. conclusão:

Após observar e analisar todo o trabalho e o contexto exposto pelo mesmo e as


pesquisa realizada, cheguei a seguinte conclusão: A bíblia nos dias atuais, tem
muito mais influencia do que imaginamos ou pensamos, dentro e fora da igreja.
Não por ser o livro mais vendido do mundo, não por contar e narrar os fatos
históricos ocorridos. A Bíblia Marcou épocas com seus textos, traz reflexões e
alem do mais não se contradiz em seus argumentos.
Apesar de muitos filósofos, historiadores e homens tentarem mudar o que
contexto original nela existente em seus textos bíblicos não conseguiu chegar a
nenhuma conclusão, pois a bíblia em seus textos de uma forma em geral se
completa.
Portanto fecho este trabalho com a seguinte frase: “Os Homens capacitados
por Deus, influenciaram gerações sem que o contextos bíblicos fossem
perdidos”.

09. Referencias

A bíblia e sua história, O surgimento e o impacto da Bíblia

Stephen M .Miller, e Robert V. Huber.


Sociedade bíblica do Brasil.

Bibliologia – ITQ (Instituto Teológico Quadrangular) – 2011

Prof.Marco Antonio Teixeira Lapa

Bíblia de Estudo e Avivamento e Renovação Espiritual

Sociedade Bíblica do Brasil – Edição Revista Atualizada – 2009

A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS - Myer pearlman

    

    É possível que haja uma religião divina sem uma literatura inspirada. O professor
Francis L. Patton observa: Se o simples testemunho histórico prova que Jesus operou
milagres, pronunciou profecias e proclamou a sua divindade — se pode pÂntanopser
demonstrado que ele foi crucificado para redimir os pecadores, e que foi ressuscitado
dentre os mortos e que fez com que o destino dos homens dependesse de aceitá-lo como
o seu Salvador então, sejam inspirados ou não os registros, aí daquele que descuidar de
tão grande salvação." 
    Todavia, não tomaremos mais tempo com isso, pois não existe nenhuma dúvida
quanto à inspiração da Bíblia. "Toda a Escritura é divinamente inspirada" (1iteralmente:
"é dada pelo sopro de Deus"), declara Paulo. (2 Tim. 3:16.) "Porque a profecia não
foi antigamente produzida por vontade de homem algum", escreve Pedro, "mas os
homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). 

   Assim define Webster a inspiração: "A influência sobrenatural do Espírito de Deus


sobre a mente humana, pela qual os profetas, apóstolos e escritores sacros foram
habilitados para exporem a verdade divina sem nenhuma mistura de erro."
Segundo o Dr. Gaussen, "é o poder inexplicável que o Espírito Divino exerce sobre os
autores das Escrituras, em guiá-los até mesmo no emprego correto das palavras e em
preservá-los de todo erro, bem como de qualquer omissão".

   Assim escreveu o Dr. William Evans: "A inspiração divina, como é definida por Paulo
nesta passagem (2 Tim. 3:16), é a forte inspiração espiritual de Deus sobre os homens,
capacitando-os a expressarem a verdade; é Deus falando pelos homens, e,
por conseguinte, o Antigo Testamento é a Palavra de Deus. é como se o próprio Deus
houvesse falado cada palavra do livro. As Escrituras são o resultado da divina
inspiração espiritual, da mesma maneira em que o falar humano é efetuado pela
respiração pela boca do homem." Podemos dizer que a declaração de Pedro revela que o
Espírito Santo estava presente duma maneira especial e milagrosa sobre os escritores
das Escrituras, revelando-lhes as verdades que antes não conheciam e guiando-os
também no registro dessas verdades e dos acontecimentos, dos quais eram
testemunhas oculares, de maneira que as pudessem apresentar com exatidão substancial
ao conhecimento de outrem.

   Alguém poderia julgar, pela leitura dos vários credos do Cristianismo, tratar-se de
assunto bastante complexo, cheio de enigmas teológicos e tumultuado por definições
obscuras. Mas esse não é o caso. As doutrinas no Novo Testamento,
como originalmente expostas, são simples e se podem definir de maneira simples. Mas,
com o passar dos tempos, a igreja teve de enfrentar doutrinas e opiniões erradas e
defeituosas e, por conseguinte, se viu obrigada a cercar as doutrinas certas e protegê-las
com definições. Deste processo de definições exatas e detalhadas surgiram os credos.
As declarações doutrinárias ocuparam uma parte importante e necessária na vida da
igreja, e constituíram impedimento a seu progresso unicamente quando uma
aquiescência formal a essas doutrinas veio substituir a viva fé.

   A doutrina da inspiração, como é apresentada na Palavra, é relativamente simples,


mas o surgimento de idéias errôneas criou a necessidade de proteger a doutrina certa
com definições completas e detalhadas. Contra certas teorias, é necessário afirmar que a
inspiração das Escrituras é a seguinte:

1. Divina e não apenas humana.

O modernista identifica a inspiração das Escrituras Sagradas com o mesmo


esclarecimento espiritual e sabedoria de que foram dotados tais homens como:
Platão, Sócrates, Browning, Shakespeare e outros gênios do mundo literário,
filosófico e religioso. A inspiração, dessa forma, seria considerada apenas uma coisa
puramente natural. Essa teoria rouba à palavra inspiração todo o seu significado e não
combina, em absoluto, com o caráter sobrenatural e único da Bíblia.

2. Única e não comum.

   Alguns confundem a inspiração com o esclarecimento. Refere-se à influência do


Espírito Santo, comum a todos os cristãos, influência que os ajuda a compreender as
coisas de Deus. (1 Cor. 2:4; Mat. 16:17.) Eles mantêm a opinião de que esse
esclarecimento espiritual seja a explicação adequada sobre a origem da Bíblia. Existe
uma faculdade nos homens, assim ensinam eles, pela qual se pode conhecer a Deus —
uma espécie de olho da sua alma. Quando os homens piedosos da antiguidade
meditavam em Deus, o Espírito Divino vivificava essa faculdade, dando-lhes
esclarecimentos dos mistérios divinos. 

    Tal esclarecimento é prometido aos crentes e tem sido experimentado por eles. Mas
este esclarecimento não é o mesmo que inspiração. Sabemos, segundo está escrito em
1Ped. 1:10-12, que às vezes os profetas recebiam verdades por inspiração e lhes era
negado esclarecimento necessário à sua compreensão dessas mesmas verdades. O
Espírito Santo inspirou-lhes as palavras mas não achou por bem conceder-lhes a
compreensão do seu significado. Descreve-se Caifás como sendo o veículo duma
mensagem inspirada (se bem que o foi inconscientemente), apesar de não estar ele
pensando em Deus. Nesse momento ele foi inspirado mas não esclarecido. (João 11:49-
52.) 

    Notemos duas diferenças especificas entre o esclarecimento e a inspiração:


1) Quanto à duração, o esclarecimento é, ou pode ser, permanente. "Porém a
vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até
ser dia perfeito" (Prov. 4:18). A unção que o crente recebeu do Espírito Santo
permanece nele, diz o apóstolo João (1 João 2:20-27). Por outro lado, a
inspiração também era intermitente; o profeta não podia profetizar à vontade,
porém estava sujeito à vontade do Espírito. "Porque a profecia não foi
antigamente produzida por vontade de homem algum",
declara Pedro, "mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo"
(2 Pedro 1:21). Que a inspiração profética viesse repentinamente está implícita na
expressão comum: "A palavra do Senhor veio" a este ou àquele profeta. Uma distinção
clara se faz entre os verdadeiros profetas, que profetizam unicamente quando lhes vem a
palavra do Senhor, e os profetas falsos que proferem uma mensagem de sua própria
invenção. (Jer. 14:14; 23:11, 16; Ezeq. 13:2, 3.) 

2) O esclarecimento admite a graduação, enquanto a inspiração não admite graduação


alguma. Varia de pessoa para pessoa o grau de esclarecimento, mas no caso da
inspiração, no sentido bíblico, a pessoa ou recebeu ou não recebeu a inspiração.

3. Viva e não mecânica.

   A inspiração não significa ditado, no sentido de que os escritores fossem passivos,


sem que tomassem parte as suas faculdades no registro da mensagem, embora sejam
algumas porções das Escrituras ditadas, como por exemplo os Dez Mandamentos e a
Oração Dominical. A própria palavra inspiração exclui o sentido de ação meramente
mecânica, e a ação mecânica exclui qualquer sentido de inspiração. Por exemplo, um
homem de negócios não inspira sua secretária ao ditar-lhe as cartas. Deus não falou
pelos homens como quem fala por um alto falante. Antes seu Divino Espírito usou
as suas faculdades mentais, produzindo desta maneira uma mensagem perfeitamente
divina, e que, ao mesmo tempo, conservasse os traços da personalidade do autor.
Embora seja a Palavra do Senhor, é ao mesmo tempo, em certo sentido, a palavra de
Moisés, ou de Paulo.

   "Deus nada fez a não ser pelo homem; o homem nada fez, a não ser por Deus. é Deus
quem fala no homem, é Deus quem fala pelo homem, é Deus quem fala como homem, é
Deus quem fala a favor do homem." 

   O fato de haver cooperação divina e humana na produção duma mensagem inspirada é


bastante conhecido; mas "como" se processa esta cooperação é mais difícil de explicar.
Se o entrosamento de mente e corpo já é um mistério demasiado grande, mesmo para o
homem mais sábio; quanto mais não é o entrosamento do Espírito de Deus e o espírito
do homem! 

4. Completa e não somente parcial.

   Segundo a teoria da inspiração parcial, os escritores seriam preservados do erro em


questões necessárias à salvação dos homens, mas não em outras matérias como sejam:
história, ciência, cronologia e outras semelhantes. Portanto, segundo essa opinião, seria
mais correto dizer que "A Bíblia contém a Palavra, em lugar de dizer que é a Palavra de
Deus". 

   Essa teoria nos submergiria num pântano de incertezas, pois quem pode, sem
equívoco, julgar o que é e o que não é essencial à salvação? Onde está a autoridade
infalível que decida qual parte é a Palavra de Deus e qual não o é? E se a história da
Bíblia é falha, então a doutrina também o é, porque a doutrina bíblica se baseia na
história bíblica. Finalmente, as Escrituras mesmas reivindicam para si a inspiração
plenária. Cristo e seus apóstolos aplicaram o termo "Palavra de Deus" a todo o
Antigo Testamento.

5. Verbal e não apenas de conceitos.

   Segundo outra teoria, Deus inspirou os pensamentos mas não as palavras dos
escritores. Isto é, Deus inspirou os homens, e deixou ao critério deles a seleção das
palavras e das expressões. Mas a ênfase bíblica não está nos homens inspirados,
mas sim nas palavras inspiradas. "Havendo antigamente falado aos pais pelos profetas"
(Heb. 1:1). "Homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro
1:21). Ainda mais, é difícil separar a palavra do pensamento; um pensamento é
uma palavra antes de ser ela proferida. ("não comeceis a dizer em vossos corações"; "o
tolo disse em seu coração"); uma palavra é um pensamento ao qual se deu expressão.
Pensamentos divinamente inspirados naturalmente teriam sua expressão em
palavras divinamente inspiradas. Paulo nos fala de "palavras ensinadas pelo Espírito"
(1Cor. 2:13). Finalmente, uma simples palavra é citada como sendo o fundamento de
doutrinas básicas. (João 10:35; Mat. 22:42-45; Gál. 3:16; Heb. 12:26, 27.)

    Precisamos fazer distinção também entre a revelação e a inspiração. Por


revelação queremos dizer aquele ato de Deus pelo qual ele dá a conhecer o que
o homem por si mesmo não podia saber; por inspiração queremos dizer que o
escritor é preservado de qualquer erro ao escrever essa revelação. Por exemplo, os Dez
Mandamentos foram revelados, e Moisés foi inspirado ao registrá-los no Pentateuco.
A inspiração nem sempre implica revelação; por exemplo, Moisés foi inspirado a
registrar eventos que ele mesmo havia presenciado e que dessa maneira estavam dentro
do âmbito do seu próprio conhecimento.Distingamos também entre as
palavras inspiradas e os registros inspirados. Por exemplo, muitos dizeres de Satanás
são registrados nas Escrituras e sabemos que o diabo certamente não foi inspirado por
Deus ao proferi-los; mas o registro dessas expressões satânicas foi inspirado.

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