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1.

Em princípio, os direitos familiares são pessoais são relativos na medida em que vinculam
pessoas certas, por exemplo na relação entre esposa e marido e entre os progenitores e
seus filhos no que tange aos deveres de filiação (artigos 97 e seguintes; 214 e seguintes da
LF), não projectando os seus efeitos em relação a terceiros. Assim, se um dos cônjuges
mantiver relações adulterinas com terceiro, este não será responsável para com o cônjuge
“lesado”.
Há, contudo, situações em que as relações em que as relações familiares se impõem a
terceiros. O exemplo característico é o disposto nos arts.495/3 e 496 ambos CC. No caso de
uma lesão que proveio a morte, os familiares do lesado, que lhe podiam exigir alimentos,
têm direito de pedir ao lesante indemnização pelos danos patrimoniais sofridos. E os
familiares referidos no art. 496/2 CC, podem exigir indemnização pelos danos não
patrimoniais que a morte do seu familiar lhes causou.
2. A natureza jurídica do casamento tem sido discutida, havendo, em ambas discussões
consensos de que o casamento pode ser contrato e negócio jurídico, até porque contrato é
um negócio jurídico. Assim, o casamento é um negócio jurídico onde uma ou mais
declarações de vontade (neste caso duas declarações) dirigidas a certos efeitos e que ordem
jurídica tutela em si mesmas e na sua direcção, atribuindo efeitos jurídicos em geral
correspondentes com aqueles que são tidos em vista pelos declarantes, conforme descrito
no artigo 8 da LF. Os que advogam o casamento como contrato singularmente considerado,
entendem-no no sentido de que há celebração de vontade das duas partes para gerar
efeitos jurídicos, só que trata-se de um contrato sui geris na medida em que não se deve
exigir judicialmente o cumprimento, por exemplo, das obrigações matrimoniais por serem
eminentemente pessoais onde os direitos pessoais são absolutos devendo a outra parte
respeitá-los, na tese da concepção pessoalíssima, ou seja, são direitos de personalidade ou
direitos fundamentais.
3. Os direitos de família são objectos de direito na medida em que são passiveis de protecção
jurídica a saber o casamento, a filiação, a adopção, o parentesco, a união de facto, a
afinidade (artigo 6 da LF). Todas estas fontes das relações jurídicas familiares são objecto de
previsão e protecção legal.

Grupo II
1. a) Américo padecendo da demência notória, torna-se incapaz de realizar ou celebrar
negócios jurídicos por si, artigos 138/1, 2 e 123 do CC, pelo que o casamento realizado por
este nesta situação torna-se inválido, na modalidade de anulabilidade, por falta de vontade
(artigo 64, al.a) da LF) desde logo ineficaz.
b) A demência notória é um impedimento dirimente absoluto (artigo 32, b) da LF), desde
logo, inválido, anulável nos termos do artigo 60, a) da LF, devendo ser arguida em 6 meses
(artigo 71/1, a) da LF).
Quanto à ligação de parentesco de 8º grau tranversal, nada se pode falar como
impedimento na medida em que esta vai até ao terceiro grau da linha colateral.
c) Assim sendo, tendo sido o casamento celebrado no âmbito da demência notória, sendo
desde logo, inválido (artigo 60, a) da LF), devem, dentro de seis meses, desencadear uma
acção judicial para este efeito, no caso o próprio Américo, representado, qualquer parente
na linha recta ou até ao quarto grau da linha colateral, bem como os herdeiros e adoptantes
dos cônjuges e o Ministério Público (artigos 61, 67/1 e 71/1, a) da LF).
2. António, entenda-se Macário, tendo-se envolvido numa tentativa de homicídio
qualificado contra António, seu irmão, pretendendo casar com Joana, esposa do seu falecido
irmão, não constitui nenhum impedimento para a realização do matrimónio enquanto
Macário não tiver sido condenado pelo crime de homicídio qualificado tentado, nos termos
do artigo 33, e) da LF.

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