Sei sulla pagina 1di 8

Ensino Recorrente (Módulos)

EXAME
DISCIPLINA: FILOSOFIA; MÓDULO 1

10 º Ano / Ensino Secundário

CURSO: CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS / CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Duração da Prova: 90 Minutos

Leia atentamente todas as questões da prova.


As respostas são dadas na folha de prova.

GRUPO I

Assinale apenas uma resposta em cada questão.

1.
«A maravilha [ou admiração, ou espanto] foi, antes como agora, a causa pela qual os homens
começaram a filosofar.»
Aristóteles
Qual das seguintes afirmações concorda com a frase de Aristóteles? (indique a alternativa correcta)

a) A Filosofia preocupa-se essencialmente com o domínio do maravilhoso e do fantástico.


b) A Filosofia é dogmática, isto é, procura a maravilha que há na realidade.
c) O filosofar começa com a surpresa causada pelo que é vulgar e prossegue até ao conhecimento
profundo dos problemas.
d) O filosofar, porque causa admiração e espanto, é praticado com um fim utilitário.

2.
A Filosofia é … (indique a alternativa correcta)

a) uma actividade secreta, reservada apenas a alguns.


b) uma actividade que não é válida para quem deseja saber.
c) baseada no método experimental, por isso é só praticada por cientistas.
d) uma actividade despertada pela nossa curiosidade.

3.
«O valor da Filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza.»
B. Russell
Esta afirmação significa que … (indique a alternativa correcta)

a) a Filosofia, porque põe em causa a possibilidade do espírito humano atingir a verdade, é dogmática.

1
b) a formulação de questões é um dos aspectos centrais da Filosofia; a maior parte das vezes as
perguntas são até mais importantes do que as respectivas respostas.
c) a Filosofia não pode partir de dúvidas, pois desta forma não é possível construir conhecimento.
d) filosofar é ver tudo de forma clara e distinta, sem qualquer dúvida.

4.
«Filosofar significa estar a caminho.»
K. Jaspers
Qual das seguintes afirmações pode concordar com a frase de K. Jaspers?
a) A Filosofia sabe-se permanentemente aberta ao erro e tem portanto um racional propósito de emenda.
b) Todos os filósofos seguem o mesmo caminho, isto é, todos têm a mesma ideia ou definição de
Filosofia.
c) A Filosofia, ao longo da sua história, não se preocupou em tornar claros e delimitar rigorosamente os
pensamentos, deixando-os sempre turvos e vagos.
d) O ideal de objectividade concretiza-se na Filosofia como se concretiza nas ciências.

5.
«É a procura da verdade e não a sua posse que constitui a essência da Filosofia, muito embora
tenha sido frequentemente traída pelo dogmatismo (…).»
K. Jaspers
No texto de K. Jaspers … (indique a alternativa correcta)

a) concluímos que o dogmatismo reforçou frequentemente a Filosofia como actividade crítica.


b) afirma-se, implicitamente, que a abordagem filosófica se centra no plano das soluções.
c) defende-se a ideia de que o filósofo não pode assumir a postura de quem busca, com humildade, o
conhecimento e a sabedoria.
d) encontramos a ideia de que a Filosofia não é tanto um saber, como uma actividade: a da busca, do
cultivo do saber.

6.
Dizer que a Filosofia não é a posse dogmática do saber significa … (indique a alternativa correcta)

a) que a Filosofia termina quando começam as dúvidas e as perplexidades.


b) que a Filosofia rejeita a “douta ignorância”.
c) que a Filosofia se centra no plano da formulação de problemas, na detecção daquilo que nas coisas é
problemático e suscita questões.
d) que a Filosofia procura a verdade absoluta, aqui e agora.

7.
A Filosofia, como actividade crítica, consiste apenas em dizer mal dos outros.
Esta afirmação é … (indique a alternativa correcta)

a) verdadeira, porque ninguém detém a verdade.


b) falsa, porque a crítica supõe sempre que há apenas uma verdade; logo, os outros estão errados.
c) verdadeira, porque criticar é necessariamente discordar, e por isso temos que dizer mal.
d) falsa, porque a atitude crítica consiste em avaliar os argumentos e as razões apresentados pelos
filósofos para justificar uma determinada teoria, e não apenas dizer mal.

8.
O filósofo ousa pensar por si mesmo, servindo-se da sua própria razão de modo livre.
Esta afirmação refere-se à … (indique a alternativa correcta)

a) radicalidade.
b) universalidade.
c) autonomia.
d) historicidade.

9.
«O que é o conhecimento?»
Esta pergunta constitui um exemplo de uma questão … (indique a alternativa correcta)

2
a) ontológica.
b) gnoseológica.
c) axiológica.
d) metafísica.

10.
Na base do nosso discurso e do nosso pensamento encontram-se três instrumentos lógicos, sem
os quais não seria possível um discurso organizado e devidamente estruturado.
Tais instrumentos são … (indique a alternativa correcta)

a) a “douta ignorância”, a radicalidade e o princípio da identidade.


b) o princípio da não-contradição, o raciocínio e a autonomia.
c) o juízo, as premissas e o princípio do terceiro excluído.
d) o conceito, o juízo e o raciocínio.

11.
«Instrumento mental que nos permite pensar as mais diversas realidades, sejam materiais ou
espirituais, fornecendo uma representação intelectual, abstracta e geral das características
comuns a um conjunto de seres.»
Esta definição convém a … (indique a alternativa correcta)

a) raciocínio
b) conceito
c) termo
d) juízo

12.
Qual das seguintes frases é uma proposição? (indique a alternativa correcta)

a) Prometo dar-te um presente.


b) Que bolo magnífico!
c) Todos os lagartos são verdes.
d) Senta-te!

13.
A verdade e a falsidade ocorrem apenas ao nível dos juízos ou proposições.
Esta afirmação é … (indique a alternativa correcta)

a) falsa, porque a verdade e a falsidade referem-se à forma dos juízos ou proposições.


b) verdadeira, porque os juízos ou proposições têm premissas verdadeiras e conclusão também
verdadeira.
c) falsa, porque os raciocínios é que são sempre verdadeiros.
d) verdadeira, pois, nesse caso, a verdade refere-se à matéria dos juízos ou proposições.

14.
«Tudo quanto realizamos é parte da nossa conduta, mas nem tudo o que realizamos constitui uma
acção.»
J. Mosterín
Em conformidade com esta afirmação, é correcto dizermos que … (indique a alternativa correcta)

a) o ser humano, face àquilo que lhe acontece, não pode fazer nada.
b) podemos reservar o termo ‘acção’ para as coisas que realizamos conscientemente, dando-nos conta
de que as fazemos.
c) respirar e sonhar são acções humanas.
d) o que fazemos conscientemente e involuntariamente é uma acção humana.

15.
A acção humana é tudo o que um sujeito faz de modo consciente, voluntário ou involuntário e,
quando possível, intencional.
Esta afirmação é … (indique a alternativa correcta)

3
a) verdadeira, pois é unicamente a consciência que define a especificidade da acção humana.
b) falsa, porque na acção humana também pode haver lapsos de consciência.
c) verdadeira, obviamente.
d) falsa, porque a acção humana é tudo o que um sujeito faz de modo consciente, voluntário e intencional.

16.
O motivo é a razão invocada para tornar a acção intencional compreensível e racionalizável tanto
para o agente como para os outros.
Esta afirmação … (indique a alternativa correcta)

a) é incorrecta, pois o motivo nada tem a ver com a intenção.


b) concorda com a ideia de que o motivo tem uma função de explicação.
c) não diz o essencial, isto é, que o motivo responde à pergunta “o quê?”, “que fazes?”.
d) é incorrecta, porque não diz que o projecto anula qualquer motivo forte.

17.
Considerando os conceitos de deliberação e decisão, indique a alternativa correcta:

a) Decisão é o processo de reflexão que antecede a deliberação.


b) Decisão e deliberação são processos que se excluem mutuamente.
c) Nem todas as acções são deliberadas, isto é, ponderadas previamente.
d) A deliberação apresenta o momento da escolha e resolução em que o conflito dos motivos que
impelem à acção se resolve pelo triunfo de um deles.

18.
Indique qual das alternativas relaciona adequadamente liberdade e responsabilidade.

a) Liberdade significa fazer tudo o que queremos ou nos apetece e, por isso, não implica a
responsabilidade.
b) O agente, sendo o autor das acções e tendo-as realizado de uma forma voluntária, consciente e
intencional, não pode, assim, ser responsabilizado pelos seus actos.
c) Responsabilizar o agente por uma acção, qualquer que ela seja, é pressupor que o agente é livre, isto
é, que ele tem o poder de escolher entre alternativas possíveis aquela que quer realizar, sem ser
constrangido ou coagido.
d) Dado que a liberdade é uma ilusão, o conceito de responsabilidade só pode ser considerado como algo
pouco definido.

19.
Para os deterministas a liberdade é uma ilusão, porque … (indique a alternativa correcta)

a) por mais que queiramos, estamos irremediavelmente sujeitos ao que nos acontece.
b) nós parecemos omnipotentes, mas só na medida das nossas possibilidades.
c) a nossa liberdade está limitada por um conjunto vasto de situações que a condicionam e, ao mesmo
tempo, a tornam possível.
d) não somos omnipotentes, mas podemos fazer tudo o que quisermos.

20.
A afirmação da liberdade e da responsabilidade é a conclusão quer do determinismo radical quer
do indeterminismo.
Esta afirmação é … (indique a alternativa correcta)

a) verdadeira, pois as pessoas aceitam o incompatibilidade entre a liberdade e o determinismo.


b) falsa, porque ninguém pode ser responsabilizado.
c) verdadeira, porque as perspectivas determinista e indeterminista dizem, no essencial, o mesmo.
d) falsa, porque a conclusão da teses determinista radical e indeterminista é precisamente a negação da
liberdade e da responsabilidade.

GRUPO II

4
Indique se as afirmações seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F).

1.
“Concreto” designa aquilo que existe de facto, opondo-se ao que é apenas pensado.

2.
A verdade é sempre verdade aqui e agora, em relação a alguma coisa: é uma posição e, por isso, não
pode absolutizar-se.

3.
Nenhum filósofo é influenciado pela sua cultura, pelos modos de pensar, sentir e agir da sua época
histórica; é este facto que define a especificidade da Filosofia.

4.
O livre-arbítrio corresponde a uma vontade livre e responsável de um agente racional.

5.
O raciocínio é o encadeamento de dois ou mais juízos, estruturados de tal forma que deles se pode
extrair uma conclusão.

6.
O homem é o grande mistério do próprio homem, já que todos os mistérios decorrem, afinal, das suas
inquietações.

7.
Uma verdadeira acção não é necessariamente intencional, pois também pode ser inconsciente.

8.
O indeterminismo defende o incompatibilismo entre a liberdade e o determinismo.

9.
O determinismo defende que tudo o que acontece tem uma causa, introduzindo as noções de acaso e de
aleatório.

10.
Respirar e transpirar são exemplos de algo que fazemos consciente e involuntariamente.

11.
A intenção responde à pergunta quê?, que fazes? Serve, pois, para identificar, para nomear, para denotar
a acção.

12.
Deliberar implica decidir o que fazer em determinada situação.

13.
Ao contrário do determinismo, a perspectiva indeterminista não recusa a liberdade nem desresponsabiliza
o agente.

14.
Muitas vezes decidimos sem antes deliberarmos; portanto, o processo de deliberação ocorre sempre
depois do processo da decisão.

15.
Todos os comportamentos conscientes podem ser considerados acções humanas.

16.
A intenção é de alguém, o motivo é o que leva alguém a fazer algo.

17.
“Abstracto” opõe-se ao que é apenas pensado, portanto, ao universal.

18.
A decisão corresponde à opção consciente e livre por uma das alternativas possíveis. Implica a aceitação
de todos os resultados que dela possam decorrer.

19.

5
A atitude filosófica nem sempre implica autonomia.

20.
A Filosofia não se satisfaz com o imediato.

21.
O saber filosófico é um saber reflexivo, interrogativo, crítico, universal, radical, aberto e autónomo.

22.
A Filosofia institui um pensamento dogmático.

23.
O conhecimento filosófico é crítico e fechado.

24.
O questionar filosófico não admite outras perspectivas face à mesma situação.

25.
Filosofar significa chegar à verdade.

GRUPO III

1.
«Reservar a Filosofia aos que se dizem filósofos seria tão ridículo como proibir de cozinhar os que
não são cozinheiros profissionais.»
A. Jacquard
Esclareça em que medida se pode aceitar a afirmação de A. Jacquard.

2.
«Em relação ao Homem a tendência geral é acreditarmos na liberdade, a qual é vulgarmente
entendida como o oposto do determinismo.»
A Cor das Ideias, pág. 94.
Distinga os conceitos: determinismo e liberdade.

…/…

Cotações e critérios de classificação

Grupo I ------ 20 x 5 pontos = 100 pontos


Grupo II ----- 25 x 2 pontos = 50 pontos

Grupo III ---- 2 x 25 pontos = 50 pontos


Questão 1:
domínio dos conteúdos (17 pontos)
objectividade/clareza da resposta (8 pontos)
Questão 2:
domínio dos conteúdos (17 pontos)
objectividade/clareza da resposta (8 pontos)

6
A inadequação das resposta às questões formuladas no Grupo III implica uma pontuação de 0
(zero) pontos.

Correcção – Exame – Módulo 1 – 2008-2009

GRUPO I

1. c)
2. d)
3. b)
4. a)
5. d)
6. c)
7. d)
8. c)
9. b)
10. d)
11. b)
12. c)
13. d)
14. b)
15. d)
16. b)
17. c)
18. c)
19. a)
20. d)

GRUPO II

1. V
2. V
3. F
4. V
5. V
6. V
7. F
8. F
9. F
10. V
11. V
12. F
13. F
14. F
15. F
16. V
17. F
18. V
19. F
20. V
21. V
22. F
23. F
24. F

7
25. F

GRUPO III

1.

2.
O determinismo significa o princípio segundo o qual tudo o que acontece depende rigorosamente dos seus
antecedentes e das suas causas, de modo que o resultado é previsível. Poderia admitir-se este princípio se aplicado a
determinadas áreas da realidade física. De facto, se largarmos uma pedra do alto de um prédio é facilmente previsível
o seu comportamento: ela cairá em virtude das leis da gravidade. Mas o determinismo não de pode aplicar a todas as
áreas da realidade e, muito particularmente, ao homem.
Como se diz no texto, “em relação ao Homem, a tendência geral é acreditarmos na liberdade”; o
comportamento humano não é previsível da mesma forma que o é o da pedra que cai do alto do prédio. Apesar dos
factores que condicionam o seu agir (condicionantes da acção), o ser humano dispõe de uma margem em que tem
necessidade de decidir e responsabilizar-se pelas suas decisões e actos. Escolhemos/optamos sempre entre várias
possibilidades; por muito limitadas que sejam as circunstâncias, nunca temos um só caminho a seguir, mas sempre
vários. De facto, como diz F. Savater, “não somos livres de escolher o que nos acontece (…), mas somos livres de
responder desta ou daquela maneira ao que nos acontece”.

Potrebbero piacerti anche