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Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

GRANDES EIXOS DA ANÁLISE FINANCEIRA


- ANÁLISE DE INDICADORES E RÁCIOS -

Fátima DAVID
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Instituto Politécnico da Guarda
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Índice:
Grandes Eixos da Análise Financeira:
Análise de Indicadores e Rácios

1- Definição e Tipologia de Rácios


2- Vantagens dos Rácios
3- Precauções na utilização dos Rácios
4- Análise de Desempenho
5- Análise de Solidez Financeira

© Fátima David (2009) Esta apresentação corresponde ao tratamento da bibliografia constante no Programa da Unidade Curricular.
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Rácio

Relação de quociente entre duas grandezas


correlacionadas e típicas de uma determinada
situação, actividade ou rendimento (potencial
ou efectivo) de uma empresa (real ou ideal) ou
de uma média de empresas.

© Fátima David (2009)


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Tipologia de Rácios
Quanto aos objectivos da análise
análise::
Financeiros: apreciam a estrutura financeira da empresa (o seu
financiamento, capacidade de autofinanciamento, capacidade
de crédito, …).
Económicos: avaliam a situação económica da empresa (análise
da estrutura patrimonial, análise do nível de produção, volume
de actividade, …).
Económico-financeiros: avaliam, conjuntamente, as duas
situações referidas anteriormente.
Técnicos: realizam o exame da produtividade (do equipamento,
da mão de obra, …).
© Fátima David (2009)
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Tipologia de Rácios

Quanto à sua interpretação no tempo


tempo::

Estáticos: caracterizam uma determinada situação, num


determinado momento.
Dinâmicos: caracterizam uma série de acontecimentos ou
factos durante um determinado período de tempo.

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Tipologia de Rácios

Quanto à técnica da sua construção


construção::
Efectivos: os valores são extraídos dos documentos de
prestação de contas da empresa.
Orçamentais: os valores são extraídos dos orçamentos.
Médios ou Básicos: os valores obtêm-se a partir de médias
estatísticas, baseadas em dados de diferentes empresas do
sector em estudo.
Pilotos: os valores obtêm-se da actividade ideal de uma empresa
racionalizada (idealizada como óptima).

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Tipologia de Rácios

Quanto ao tipo de análise que visão:


visão:
De Estrutura: estabelecem relações entre rubricas do
Balanço.
De Funcionamento: mostram o comportamento da
exploração ao nível da Demonstração de Resultados.
Mistos: procuram analisar, em simultâneo, o Balanço e a
Demonstração de Resultados da empresa.

© Fátima David (2009)


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Tipologia de Rácios

Quanto ao tipo de análise que visão:


visão:
De Estrutura: estabelecem relações entre rubricas do
Balanço.
De Funcionamento: mostram o comportamento da
exploração ao nível da Demonstração de Resultados.
Mistos: procuram analisar, em simultâneo, o Balanço e a
Demonstração de Resultados da empresa.

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Vantagens dos Rácios

 Permitem tirar ilações de forma mais expressiva que a


análise de valores per si, pelo que é necessário conhecer
cada rácio e as suas limitações por forma a que os
mesmos não conduzam a conclusões erradas.

 Ao permitirem a comparação entre dados orçamentais e


reais favorecem o cumprimento dos programas da Gestão
e permitem a atribuição de responsabilidades.

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Precauções na utilização dos Rácios

 Necessidade de utilizar critérios e métodos de avaliação


uniformes.
 Definir valores economicamente correctos, isto é,
assentes em valores efectivamente concretizados.
 A análise deve abranger o mesmo período de tempo para
todos os rácios. Contudo, eles podem variar de empresa
para empresa e de sector para sector.
 Em empresas com diversas actividades, os dados devem
ser desdobrados.

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Precauções na utilização dos Rácios

 Não é possível a comparação com outros países, porque


a dimensão, estrutura financeira e patrimonial diferem.
 Devem calcular-se os rácios, no mínimo, para períodos
de 3 anos e para estabilizar a informação para períodos
de 5 anos.
 Por motivos de ordem prática, deve determinar-se um
número limitado de rácios. Contudo, para estudos mais
desenvolvidos convirá analisar o maior número de rácios
possível.

© Fátima David (2009)


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Precauções na utilização dos Rácios

 Para o analista interno, interessa orientar a análise no


sentido de determinar se os objectivos previamente
fixados estão ou não a ser cumpridos, implicando o
levantamento das fraquezas da empresa.
 Para o analista externo o interesse difere consoante os
objectivos, pelo que inventaria os pontos fortes e fracos a
nível interno e as oportunidades e ameaças a nível
externo.

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Análise de Indicadores e Rácios


Actividade
Análise de
Produtividade
Desempenho
Rendibilidade

Liquidez

Solidez Estrutura Financeira


Financeira
Financiamento

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Análise de Indicadores e Rácios – Painel I:


• Prazo Médio de Recebimentos
• Prazo Médio de Pagamentos
• Prazo Médio de Armazenagem
Actividade
• Rotação de Inventários
• Indicadores (V, VAB, VAL)

• Meios Económicos
• Activo Total
Análise de • Activo não Corrente
Desempenho Produtividade • Factores de Produção
• Inventários e Activos Biológicos
• Mão-de-Obra

• Comercial
• Operativa do Volume de actividade
• Líquida do Volume de actividade
Rendibilidade • Económica
• Activo Total
• Líquida Activo
• Financeira
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Actividade (rácios):
Prazo Médio de Recebimentos: determina quanto tempo (em meses ou em
dias) demora a empresa, em média, a receber os créditos que concede aos
seus clientes e outros devedores.

PMR = Clientes Médios x 365 dias


Volume de actividade (1 + IVA)

PMRreal ou efectivo > PMRnegociado: situação que reflecte atrasos nos


pagamentos por parte dos clientes e outros devedores. A empresa deve
rever as condições comerciais negociadas com os Clientes e Outros
Devedores ou exercer maior pressão de cobrança sobre os mesmos.

PMRreal ou efectivo ≤ PMRnegociado: situação que reflecte cumprimento dos


prazos por parte dos clientes e outros devedores.
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Actividade (rácios):

Prazo Médio de Pagamentos: determina quanto tempo (em meses ou em dias)


demora a empresa, em média, a pagar os créditos que obtém dos seus
fornecedores e outros credores.

PMP = Fornecedores Médios x 365 dias


[(Compras + FSE) (1 + IVA)]

PMPreal ou efectivo > PMPnegociado: situação que reflecte atrasos nos


pagamentos por parte da empresa. A empresa deve tentar
renegociar as condições comerciais obtidas dos fornecedores e
outros credores ou resolver os problemas de liquidez de forma a
conseguir cumprir prazos.
PMPreal ou efectivo ≤ PMPnegociado: situação que reflecte cumprimento
dos prazos por parte da empresa.
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Actividade (rácios):
Prazo Médio de Armazenagem: determina, em termos médios, o tempo (em
meses ou em dias) que os inventários e activos biológicos permanecem em
armazém a partir do momento de entrada.

PMA = Stock Médio x 365 dias


Compras

PMAempresa > PMAsector: situação que reflecte uma maior permanência


dos stocks na empresa. O analista deve averiguar se esta situação
traduz um funcionamento pouco eficiente do ciclo de produção ou
comercialização.

PMAempresa ≤ PMAsector: situação que reflecte uma menor permanência


dos stocks na empresa, o que, normalmente, é positivo pois traduz um
funcionamento saudável do ciclo de produção ou comercialização.
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Actividade (indicadores):
Ciclo de Caixa: período tempo decorrido entre o pagamento das compras aos
fornecedores e outros credores e o recebimento das vendas e serviços
prestados dos clientes e outros devedores.

Ciclo de Caixa = PMA + PMR - PMP

Ciclo de Caixa > 0: indica o número de dias de compras que a


empresa necessitará de se financiar com recurso a capitais
alheios ou a capitais próprios, uma vez que o crédito de
fornecedores e outros credores não é suficiente para financiar a
totalidade da duração do ciclo de exploração.

Ciclo de Caixa < 0: indica o número de dias que os fornecedores


e outros credores financiam totalmente o ciclo de exploração.

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Actividade (rácios):
Rotação de Existências: determina o número de vezes que o stock “roda” em
armazém durante o ano.

RExist = Compras_
Stock Médio

REempresa > REsector: reflecte uma maior rotatividade dos stocks na


empresa, o que, normalmente, é positivo pois traduz um funcionamento
saudável do ciclo de produção ou comercialização.

REempresa ≤ REsector: reflecte uma menor rotatividade dos stocks na


empresa. O analista deve averiguar se esta situação deriva de elevados
níveis de stocks médios, o que, normalmente, traduz um funcionamento
pouco eficiente do ciclo de produção ou comercialização.
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Actividade (indicadores):

Volume de actividade (V):

V = Vendas + Serviços Prestados

Valor Acrescentado Líquido (VAL):

VAL = VAB – Depreciações e Amortizações (+Gastos/-Reversões)

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Actividade (indicadores):

Valor Acrescentado Bruto (VAB):

VAB = ∑ rendimentos operacionais obt. exterior - ∑ gastos operacionais sup. exterior

VAB = [∑ Rendimentos Operacionais -


- Trabalhos própria entidade -
- Variação inventários produção] –
– [∑ Gastos Operacionais -
- Imparidades (+Perdas/-Reversões) -
- Provisões (+Aumentos/-Reduções) -
- Depreciações e Amortizações (+Gastos/-Reversões) -
- Gastos c/ pessoal]

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Produtividade (rácios):
Produtividade dos Meios Económicos:

Produtividade do Activo Total = Volume de actividade


Activo Total

Traduz o valor em Euros recuperados pelas Vendas ou Serviços


Prestados, por cada Euro investido em termos de capital total (Activo).

Produtividade do Activo não Corrente = Volume de actividade


Activo não Corrente

Traduz o valor em Euros recuperados pelas Vendas ou Serviços


Prestados, por cada Euro investido em Activo não Corrente.

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Produtividade (rácios):
Produtividade dos Factores de Produção:
Produtividade dos Inventários e Activos Biológicos = Volume de actividade
CMVMC

Traduz o valor em Euros recuperados pelas Vendas ou Serviços


Prestados, por cada Euro investido em Inventários e Activos
Biológicos.

Produtividade da Mão-de-Obra = Volume de actividade


Custos c/ Pessoal

Traduz o valor em Euros recuperados pelas Vendas ou Serviços


Prestados, por cada Euro investido em Pessoal.

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Rendibilidade (rácios):
Rendibilidade Comercial: determina a capacidade da empresa de
gerar resultados a partir das Vendas ou Serviços Prestados.

Rendibilidade Operativa do V = Resultado Operacional * 100


V

Traduz quanto é que é gerado de Resultado Operacional por cada Euro


de Vendas ou Serviços Prestados realizado.

Rendibilidade Líquida do V = Resultado Líquido * 100


V

Traduz quanto é que é gerado de Resultado Líquido por cada Euro de


Vendas ou Serviços Prestados realizado.
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Rendibilidade (rácios):
Rendibilidade Económica: determina a capacidade da empresa de
gerar resultados a partir dos investimentos realizados.

Rendibilidade Económica do Activo = Resultado Operacional *100


Activo Total

Mede o rendimento do conjunto dos meios (total de origens, ou seja,


Capitais Próprios e Alheios) utilizados pela empresa para a prossecução
da sua actividade.

Rendibilidade Líquida do Activo = Resultado Líquido * 100


Activo Total

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Rendibilidade (rácios):

Viabilidade Económica:

Probabilidade da empresa obter Resultados Operacionais ou de


Exploração positivos ou de acordo com os seus objectivos:
 manutenção do capital,

 crescimento,

 manutenção dos capitais próprios e alheios investidos,

 reembolso dos capitais alheios,

 entre outros.

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Rendibilidade (rácios):
Rendibilidade Financeira (Rendibilidade do Capital Próprio):
Mede a eficácia com que as empresas utilizam os capitais
pertencentes aos sócios ou accionistas.
O valor obtido representa o equivalente à taxa máxima de
remuneração obtida pelos Capitais Próprios aplicados (Return on
Equity - ROE).

Rendibilidade Financeira = Resultado Líquido * 100


Capital Próprio

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Rendibilidade (rácios):

Viabilidade Financeira:

Probabilidade da empresa gerar resultados de forma a


cobrir.
 os gastos de financiamento dos capitais utilizados
(próprios e alheios),
 o reembolso dos Capitais Alheios, e

 garantir a sua Autonomia Financeira.

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Rendibilidade (rácios):

Factores influentes na Rendibilidade Financeira:

RCP = Resultado Líquido x Volume de actividade x Activo Total


Capital Próprio Volume de actividade Activo Total

RCP = Resultado Líquido x Volume de actividade / Capital Próprio


Volume de actividade Activo Total Activo Total

Rendib. Líquida Vol. Produtividade Activo Autonomia Financeira

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Análise de Indicadores e Rácios – Painel II:


• Liquidez Geral
Liquidez • Liquidez Reduzida
• Liquidez Imediata

• Estrutura do FM
• Estrutura das NFM
Estrutura • Indicadores:
Solidez Financeira • Capacidade de Autofinanciamento
• Autofinanciamento
Financeira
• Endividamento
• Autonomia Financeira
• Solvabilidade
• Capacidade de Endividamento
Financiamento • Cobertura do Activo não Corrente
• Renovação do Investimento
• Envelhecimento do Investimento
© Fátima David (2009) • Efeito Fiscal
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Liquidez (rácios):
Liquidez Geral: determina a capacidade da empresa para fazer face aos seus
compromissos a curto prazo.

Lg = Activo Corrente
Passivo Corrente

Lg < 1: o valor dos Activos Correntes é inferior ao Passivo Corrente. Esta


situação poderá reflectir dificuldades de Tesouraria.

Lg = 1: o valor dos Activos Correntes é igual ao Passivo Correntes, ou seja, a


empresa cumpre a Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo.

Lg > 1: o valor dos Activos Correntes é superior ao Passivo Correntes. Esta


situação reflecte baixo risco para os credores da empresa, dado que a
realização dos activos correntes em liquidez é suficiente para fazer face às
dívidas correntes e a empresa ainda detém alguma margem de segurança.
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Liquidez (rácios):

Liquidez Geral (recomendação):

Regra geral e a fim de cumprir a Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo,


Lg ≥ 1.
Contudo, é necessário avaliar as características específicas da
actividade da empresa a fim de estabelecer as necessidades de
investimento em FM.

Nabais (1997): regra geral, é aceitável um valor entre 1,3 e 1,5.

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Liquidez (rácios):

Liquidez Reduzida: Liquidez ajustada do valor dos Inventários e


Activos Biológicos, que constituem as contas com menor grau de
liquidez dentro do ciclo de exploração.
Para se transformarem em meios líquidos, os Inventários e Activos
Biológicos ainda estão sujeitas à respectiva venda e posterior
recebimento por parte dos clientes.

Liquidez Reduzida (Lr) = Activo Corrente – Inventários e Activos Biológicos


Passivo Corrente

Recomendação:
Nabais (1997): regra geral, é aceitável um valor entre 0,9 e 1,1.

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Liquidez (rácios):

Liquidez Imediata: Liquidez que reflecte apenas o valor


imediatamente disponível para fazer face às dívidas a terceiros
correntes.

Liquidez Imediata (Li) = Caixa e seus equivalentes


Passivo Corrente

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Estrutura Financeira (rácios):


Estrutura do Fundo de Maneio: indica o montante de FM relativamente
ao nível do Volume de actividade.

Estrutura do FM = Fundo de Maneio * 100


Volume de actividade

Estrutura das Necessidades de Fundo de Maneio: indica o montante


de NFM relativamente ao nível do Volume de actividade.

Estrutura das NFM = Necessidades de Fundo de Maneio *100


Volume de actividade

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Estrutura Financeira (indicadores):

Capacidade de Autofinanciamento: indica as origens internas de fundos.

Cap. Autofin. = RL + Depreciações e Amortizações (+ Gastos/-Reversões) +


+ Imparidades (+Perdas/-Reversões) +
+ Provisões (+Aumentos/-Reduções)

Autofinanciamento: indica os meios de financiamento que a empresa


gera por ela própria.
Assim, o Autofinanciamento melhora a estrutura da empresa, dotando-a
de uma certa independência em relação ao financiamento externo.

Autofinanciamento = Capacidade de Autofinanciamento - Dividendos

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Financiamento (rácios):

Endividamento: determina a proporção de Capitais Alheios em relação às


aplicações totais, dando apoio na análise do risco sobre a estrutura financeira
de uma empresa.

Endividamento = Passivo Total * 100


Activo Total

Quanto mais elevado for o nível do Passivo, maior o nível de endividamento


da empresa face a terceiros. Deste modo, quanto maior o nível de
Endividamento maior o risco associado.

Recomendação:
A maioria dos analistas considera aceitável situações em que o
Endividamento < 35%.

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Financiamento (rácios):
Autonomia Financeira: determina a (in)dependência da empresa face a
Capitais Alheios, dando apoio na análise do risco sobre a estrutura financeira de
uma empresa.

AF = Capitais Próprios * 100


Activo Total

Quanto mais elevado for o nível dos Capitais Próprios, maior o nível de
autonomia da empresa face a terceiros. Deste modo, quando:
AF apresenta um valor baixo: indica grande dependência em relação aos
credores, situação que para além dos riscos inerentes, é desvantajosa na
negociação de novos financiamentos;
AF apresenta valores tanto mais próximos de 100%: a empresa é menos
dependente de Capitais Alheios, apresentando valores mais baixos de
Gastos Financeiros e beneficiando a sua rendibilidade.
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Financiamento (rácios):

Solvabilidade: determina a capacidade da empresa para esta fazer face aos


seus compromissos a médio longo prazo, reflectindo o risco que os seus
credores correm, através da comparação dos níveis de Capitais Próprios
investidos pelos sócios ou accionistas, com os níveis de Capitais Alheios
aplicados pelos credores.

Solvabilidade = Capitais Próprios * 100


Passivo Total

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Financiamento (rácios):
Solv < 100%: o valor dos Capitais Próprios é inferior ao Passivo. Esta situação
reflecte elevado risco para os credores da empresa, dado que os Capitais
Próprios não são suficientes para fazer face às Dívidas a Terceiros;

Solv = 100%: o valor dos Capitais Próprios é igual ao valor do Passivo, ou seja,
a empresa detém capital próprio suficiente para cobrir todos os créditos obtidos;

Solv > 100%: o valor dos Capitais Próprios é superior ao Passivo. Esta
situação reflecte baixo risco para os credores da empresa, dado que os
Capitais Próprios são suficientes para fazer face às Dívidas a Terceiros e a
empresa ainda detém alguma margem de segurança.

Recomendação:
Por uma questão de prudência, os analistas argumentam que os Capitais
Próprios devem ser, no mínimo, iguais aos Capitais Alheios, ou seja,
Solv ≥ 100%.

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Financiamento (rácios):
Capacidade de Endividamento: determina até que ponto a empresa ainda
pode recorrer a aumentos de Capitais Alheios, sem comprometer a sua
solvabilidade e autonomia financeira. Analisa e estabelece as relações entre os
vários tipos de financiamento do lado das Origens de Fundos.

Capacidade de Endividamento = Capitais Próprios * 100


Capitais Permanentes

Quanto mais elevado for o nível dos Capitais Próprios, maior a capacidade
de endividamento da empresa face a terceiros.

Recomendação:
Embora não haja um valor de referência universal, em termos gerais,
recomenda-se que os Capitais Próprios devem representar pelo menos 50%
dos Capitais Permanentes, ou seja, que Capacidade de Endivid. ≥ 50%.

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Financiamento (rácios):

Cobertura do Activo não Corrente por Capitais Permanentes: determina se


a empresa está a financiar o Activo não Corrente através de Capitais
Permanentes.

CAnCCP = Capitais Permanentes * 100


Activo não Corrente

Recomendação:
Regra geral e a fim de cumprir a Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo,
CAnCCP ≥ 100%.
Contudo, é necessário avaliar as características específicas da actividade da
empresa a fim de estabelecer as necessidades de investimento em FM.

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Financiamento (rácios):
CAnCCP < 1 e FM < 0: o valor dos Capitais Permanentes é inferior ao Activo
não Corrente, ou seja, parte do Activo não Corrente está a ser financiado por
Passivo Corrente. A empresa não respeita a Regra do Equilíbrio Financeiro
Mínimo. No entanto, poderão não existir dificuldades financeiras se os
Recursos Financeiros forem superiores às Necessidades Financeiras;

CAnCCP = 1 e FM = 0: o valor dos Capitais Permanentes é igual ao Activo


não Corrente , ou seja, empresa respeita a Regra do Equilíbrio Financeiro
Mínimo, em que todo o Activo não Corrente é financiado por Capitais
Permanentes, contudo a Margem de Segurança (ou Fundo de Maneio) é nula;

CAnCCP > 1 e FM > 0: o nível dos Capitais Permanentes permite fazer face
ao valor do Activo não Corrente , dando ainda lugar a um excedente (Fundo
Maneio).

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Financiamento (rácios):
Renovação do Investimento: determina em que medida os gastos de depreciação e amortização estão a
contribuir para a renovação do investimento.

RI = Investimento realizado durante os 12 meses de actividade regular


Gastos de depreciação e amortização nesses 12 meses

RI < 1: o valor do Investimento efectuado em activos fixos tangíveis e intangíveis é inferior aos seus gastos
anuais de depreciação e amortização, reflectindo um esforço reduzido de Investimento, ou seja, o valor do
investimento tende a diminuir e os gastos de depreciação e amortização estão a financiar outras
actividades de exploração;
RI = 1: o valor do Investimento efectuado em activos fixos tangíveis e intangíveis é igual aos seus gastos
anuais de depreciação e amortização, reflectindo um esforço de Investimento que continua a ser reduzido,
pois a empresa apenas se limita a “substituir” o Investimento que se vai depreciando;
RI > 1: o valor do Investimento efectuado em activos fixos tangíveis e intangíveis é superior aos seus
gastos anuais de depreciação e amortização, reflectindo um esforço de Investimento que permite renovar e
aumentar o valor do investimento, garantindo o crescimento dos activos não correntes.

Recomendação:
RI ≥ 1 de forma a garantir, no mínimo RI = 1, a renovação do Investimento que se vai depreciando.
O ideal é promover o crescimento dos activos não correntes da empresa (RI > 1).

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Financiamento (rácios):
Envelhecimento do Investimento: determina o seu grau de envelhecimento dos
investimentos e varia entre zero e um, dado que as gastos de depreciação e amortização
(acumuladas) não podem ser superiores ao valor do próprio Investimento Bruto.

EI = Gastos de Depreciação e Amortização (acumuladas)


Investimento Bruto

EI < 1 Quanto maior for o nível dos gastos de depreciações e amortizações (acumuladas),
então maior será o envelhecimento e aproxima-se de 1.
EI < 0 Quanto menor for o nível dos gastos de depreciações e amortizações (acumuladas),
então menor será o envelhecimento e aproxima-se de 0.
EI = 1 Sempre que o grau de Envelhecimento do Investimento atingir o valor máximo de 1,
então o valor dos gastos de depreciações e amortizações (acumuladas) iguala o valor do
Investimento Bruto, representando 100% da depreciação e amortização do investimento.
Recomendação:
Embora não haja um valor de referência universal, em termos gerais, aceita-se como favorável o EI ≤ 0,7.
Grau de envelhecimento superior a 70% envolve, geralmente, a redução da eficiência dos investimentos,
com elevados montantes de gastos de manutenção e reparações.
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Financiamento (rácios):

Efeito Fiscal: traduz o peso da taxa efectiva de imposto sobre os lucros (IRC),
sobre o Resultado Antes de Impostos.

Efeito Fiscal = Resultado Líquido do Período


Resultado Antes de Impostos

Efeito Fiscal = 1: não houve incidência de imposto;

Efeito Fiscal < 1: traduz quanto é que o RL representa do RAI, pelo que:
1 - Efeito Fiscal = taxa efectiva de IRC

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Competências:
Grandes Eixos da Análise Financeira:
Análise de Indicadores e Rácios

1- Identificação do Tipo de Rácios


2- Argumentar as Vantagens dos Rácios
3- Identificar os Grandes Eixos da Análise Financeira
4- Realizar a Análise de Desempenho
5- Realizar a Análise de Solidez Financeira
6- Elaborar o Diagnóstico Económico-Financeiro
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