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Relatório 1

PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO


DE INTERESSE SOCIAL

INTERESSADO

Prefeitura do Município
de Itapetininga-SP

Campinas
SETEMBRO 2010

d .e .m .a .c .a .m .p
planejamento, projeto e consultoria s/s ltda

1 r. dirce barbieri gianese, 167 vila são joão b.geraldo campinas sp cep 13084-568
Tele-mail
/fax: 19.3289.0357 demacamp@demacamp.com.br
À
Prefeitura do Município de Itapetininga
Secretaria Municipal de Planejamento

A/C
Sra. Marina Raquel Caron de Campos
Diretora do Departamento de Habitação

Segue a Proposta Preliminar do 1o Relatório Parcial de Atividades


referente à Etapa 1- Proposta Metodológica do: “Plano Local de Habitação
de Interesse Social” do município de Itapetininga, no âmbito do Contrato nº
35/2010 firmado entre a Prefeitura Municipal e a empresa DEMACAMP
Planejamento, Projeto e Consultoria s/s ltda.
Conforme estabelecido no Termo de Referência, anexo ao edital de
contratação, o 1o Relatório Parcial de Atividades consiste no detalhamento
da metodologia de trabalho. Este produto inclui os seguintes conteúdos:
 A estrutura organizacional de coordenação e elaboração do
Plano Local de Habitação de Interesse Social de Itapetininga;
 Os pressupostos do plano de trabalho;
 As etapas e produtos do Plano Local de Habitação de
Interesse Social de Itapetininga;
 As estratégias de comunicação, mobilização e participação
da população;
 Os prazos e custos estimados para as etapas previstas; e
 Relatório de Pactuação da etapa.

Campinas, 14 de setembro de 2010.

Arq. Eleusina Lavor Holanda de Freitas


DEMACAMP Planejamento, Projeto e Consultoria s/s ltda
CNPJ 03.584.553/0001-27

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INDICE

PROPOSTA METODOLÓGICA

1. Estrutura organizacional de coordenação e


elaboração do Plano Local de Habitação de 4
Interesse Social de Itapetininga

2. Pressupostos do plano de trabalho 7

3. Etapas e produtos do Plano Local de Habitação


10
de Interesse Social de Itapetininga

4. Estratégias de comunicação, mobilização e


29
participação da população

5. Prazos e custos estimados para as etapas


34
previstas

6. Medição de Produto 35

Bibliografia 36

Anexo 1. Dados relativos à questão habitacional 37

Anexo 2. Modelo de ficha de caracterização de


43
assentamentos

Anexo 3. Relatório de Pactuação da Etapa 1 47

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1. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE COORDENAÇÃO E ELABORAÇÃO DO PLANO
LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE ITAPETININGA

A estrutura organizacional necessária à elaboração do Plano Local de Habitação


de Interesse Social do Município de Itapetininga será integrada e compartilhada entre a
equipe consultora e a equipe da Prefeitura Municipal, que será composta pelos seguintes
técnicos representantes das secretarias afetas ao tema habitacional:

SECRETARIA NOME PROFISSIONAL FUNÇÃO


Secretaria Municipal de Marina Raquel Caron de Campos Diretora de Habitação
Planejamento Coordenação-geral do PLHIS
Rosa Maria Isaac Ferreira Arquiteta
Cássio Henrique Matarazzo Carreira Advogado
Secretaria de Negócios Enio Vasques Advogado
Jurídicos
Secretaria de Rosemara Peixoto de Camargo Assistente Social
Promoção Social Elza Rita de Cássia Silva Melo Assistente Social
Teotonio dos Santos
Secretaria de Obras Paola Francielli Nunes Técnica Estagiária

Esta equipe terá como atribuições:

 Coordenar os trabalhos desenvolvidos pela equipe consultora;


 Articular a participação da sociedade civil, os setores e atores organizados,
com o intuito de viabilizar as estratégias de pactuação coletiva dos produtos e
etapas do Plano; e
 A articulação institucional necessária à integração dos órgãos da
administração municipal e dos demais níveis de governo a serem mobilizados no
processo de elaboração, implementação e gestão da política habitacional
formulada pelo Plano de Habitação.

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A equipe técnica da empresa DEMACAMP Planejamento, Projeto e Consultoria s/s
ltda. será composta pelos seguintes profissionais:

FUNÇÃO NOME DO CURRICULUM


PROFISSIONAL
Coordenador Eleusina Lavôr Arquiteta e Urbanista formada pela Pontifícia Universidade
geral Holanda de Freitas Católica – PUC de Campinas em 1994. Vem trabalhando com
políticas públicas voltadas a habitação e planejamento urbano. É
sócia da DEMACAMP desde 1999. É mestre em Gestão Urbana
pela PUC Campinas (2002) e doutora pela FAU USP.
Pesquisadora do LABHAB/FAU USP.
Urbanista Sênior Lucia Cavendish Arquiteta formada pela Universidade Federal de Pernambuco em
1981. É mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie. Trabalha há vinte anos com Projetos e
Programas de Urbanização e Desenvolvimento Sócio-Espacial de
Assentamentos Precários. Atuou como docente no Curso de
Ensino à Distância sobre Planos Locais de Habitação de Interesse
Social do Ministério das Cidades para capacitação de técnicos e
dirigentes de governos municipais e estaduais.
Urbanista Junior Joana Zavaglia Arquiteta e Urbanista formada pela Pontifícia Universidade
Ribeiro Católica – PUC de Campinas em 2006.

Sociólogo Sylvio Batalha da Antropólogo com mestrado em Antropologia Social. Atuou como
Silveira docente nas áreas de sociologia e antropologia na PUC
Campinas durante mais de 15 anos. É também especialista em
técnicas de moderação e participação social.

Consultor Gabriel Blanco Advogado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Advogado (1985) e especialização em Direito Ambiental pela Faculdade de
Saúde Pública (2000). Atua como consultor jurídico para diversos
órgãos públicos e privados. Foi superintendente da ANOREG SP
(Associação dos Notários e Registradores do Estado de São
Paulo) no ano de 2005.

Estagiária de Camila Argento


Arquitetura

A equipe consultora terá como atribuições:

 A orientação da equipe técnica municipal na articulação e planejamento da


discussão pública nos momentos de pactuação dos produtos e etapas do Plano;
 O levantamento dos dados necessários e a elaboração da proposta
metodológica do PLHIS;
 O levantamento dos dados necessários e a elaboração do Diagnóstico do
Setor Habitacional do município, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo

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Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS e a partir de
informações levantadas nas diversas secretarias e órgãos da administração
municipal e nos diferentes níveis de governo, de dados obtidos em fontes
complementares e de vistorias técnicas nas áreas habitacionais a serem
contempladas;
 O levantamento dos dados necessários e a formulação das Estratégias de
Ação do PLHIS – Plano de Habitação propriamente dito, contendo diretrizes,
metas e linhas programáticas a partir das orientações do executivo municipal e
das deliberações das discussões com a sociedade civil.
 A definição de estratégias de mobilização e participação da sociedade; e
 O gerenciamento dos aspectos técnicos necessários ao desenvolvimento do
trabalho, inclusive no que diz respeito à capacitação da equipe municipal para
implementação do PLHIS.

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2. PRESSUPOSTOS DO PLANO DE TRABALHO

Conforme estabelecido no Anexo I – Termo de Referência do edital de


contratação da empresa consultora, para a elaboração do Plano Local de Habitação de
Interesse Social estão previstas três etapas com os seguintes conteúdos:

ETAPAS
ATIVIDADES PRODUTOS
METODOLÓGICAS
Etapa 1 – Estrutura de coordenação e organização  Estratégia de comunicação,
PROPOSTA dos trabalhos para elaboração do PLHIS; mobilização e participação da
METODOLÓGICA população com a identificação dos
diferentes atores;
Atribuições e responsabilidades da equipe
 As formas de sensibilização e
de trabalho municipal, com a
participação do legislativo local;
identificação dos membros;
 As formas de dar publicidade ao início
Atribuições e responsabilidades dos
e ao término dos trabalhos com a
consultores em cada etapa de elaboração
apresentação da equipe e os
do PLHIS, com a identificação dos
mecanismos de participação popular e
membros da equipe;
de acesso às informações;
Procedimentos para execução das etapas  O cronograma de eventos de discussão
e produtos do PLHIS, incluídas as fontes a com a sociedade, com mapeamento
serem consultadas, além da previsão de das atividades;
realização de Oficinas, Reuniões e  Os prazos e custos estimados para as
Seminário. três etapas e produtos do PLHIS;
 A forma de articulação com outros
programas e ações do Executivo; e
 Relatório contendo memória e material
comprobatório da participação
popular, com lista de presença do
evento e fotos.

Etapa 2 – Levantamentos de dados e informações  Texto apresentando o diagnóstico do


DIAGNÓSTICO técnicas sobre inserção regional, setor habitacional;
DO SETOR características, estrutura e evolução  Relatório demonstrativo da realização
urbana do município; das atividades de discussão do
HABITACIONAL
Levantamento de informações sobre as Diagnóstico entre a contratada e a
formas de organização dos diversos equipe técnica do município de
grupos sociais que atuam no setor Itapetininga, com memória, lista de
habitacional e sua capacidade de presença e fotos dos eventos
atuação; realizados;
Quantificação e qualificação das  Relatório contendo memória e material
necessidades habitacionais – déficit – por comprobatório da participação
incremento ou reposição de estoque, popular, voltada à apresentação,
inadequação habitacional e pela discussão e pactuação do Diagnóstico,
demanda futura, utilizando como fonte de nos termos definidos pela proposta
dados os cadastros realizados pela metodológica, com memória, lista de

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Prefeitura municipal, Censo/IBGE, dados presença e fotos do evento realizado;
da Fundação João Pinheiro, o Cadastro
do Programa Bolsa Família, dados do
DATASUS, dados do Cedeplar;

Caracterização sócio-econômica da
população e caracterização da demanda
habitacional;
Caracterização dos Assentamentos
Precários, incluindo favelas, loteamentos
clandestinos e irregulares e conjuntos
habitacionais degradados e precários;
Caracterização e Análise da Oferta e da
Produção habitacional formal e informal,
pública e privada);
Levantamento, caracterização e análise
da legislação existente, com ênfase no
Plano vigente Diretor e na Lei de
definição da Política Municipal de
Habitação;
Levantamento dos limites e
potencialidades do quadro institucional e
administrativo do município para com o
setor habitacional;
Identificação dos programas e ações
habitacionais financiados ou executados
diretamente pela gestão local e demais
entes federativos ou agências bilaterais,
benefícios realizados e previsão de
atendimentos; e
Identificação de Fontes de Recursos e da
capacidade financeira do município;

Definição das diretrizes e objetivos a serem  Texto contendo as Estratégias de


Etapa 3 – adotados pelo PLHIS, que indique medidas Ação – documento final do plano; e
ESTRATÉGIAS DE necessárias no campo jurídico-legal,  Relatório contendo memória e
AÇÃO administrativo e de gestão pública e de
material comprobatório da
participação das comunidades em seu
processo de implementação; participação popular, voltada à
Definição dos programas e subprogramas apresentação, discussão e pactuação
habitacionais que envolvam desenvolvimento do documento final do Plano, nos
institucional, acesso à moradia adequada, termos definidos pela proposta
requalificação urbana e ambiental em metodológica, com memória, lista de
assentamentos precários, regularização presença e fotos do evento realizado.
fundiária, produção habitacional, entre
outros;
Estabelecimento de metas orçamentárias
para que se realizem as ações na área de
habitação previstas nos objetivos e diretrizes.

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Definição das medidas de regulação
urbanística, através da adequação da
legislação e mecanismos de controle urbano;

Definição do modelo de estrutura de gestão


a serem adotados, papéis e competência dos
órgãos institucionais; definição dos
indicadores.
Definição do modelo de gestão financeira a
serem adotados, origem dos recursos e
subsídios necessários;
Indicação de áreas a serem incluídas como
ZEIS, para produção habitacional, entre
outras;
Elaboração da proposta base do Plano Local
de Habitação de Interesse Social e
pactuação com a sociedade.

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3. ETAPAS E PRODUTOS DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DE
ITAPETININGA

3.1. Descrição do objeto


A elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Itapetininga
integra o processo de complementação da Política Municipal de Habitação definida pela
Lei Municipal nº 5.264 de 27 de maio de 2008. Essa política, que estabelece objetivos,
diretrizes, programas e ações voltadas à habitação de interesse social, vem por ora ser
incrementada com a elaboração do PLHIS – que tem como objetivo geral elevar a
qualidade de vida da população através da melhoria de suas condições habitacionais,
urbanas e ambientais, prioritariamente daquela de menor renda e reduzir as necessidades
habitacionais atuais, democratizando o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e
sustentável, estimulando a produção de moradia pela iniciativa privada, conduzindo
programas públicos de promoção de habitação subsidiada e aprimorando os programas já
definidos pela política local. Com a execução deste Plano, o município de Itapetininga
passa também a garantir seu acesso ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social
(SNHIS).
A partir da aprovação da Lei Federal 11.124, em junho de 2005, que instituiu
este Sistema, os municípios passaram a ter como compromisso:
1. Constituir Fundo, com dotação orçamentária própria, destinado a
implementar a Política de Habitação de Interesse Social e receber os recursos do
Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS);
2. Constituir conselho que contemple a participação de entidades públicas e
privadas, bem como de segmentos da sociedade ligados à área de habitação,
garantindo o princípio democrático de escolha de seus representantes e a
proporção de 1/4 (um quarto) das vagas aos representantes dos movimentos
populares;
3. Apresentar o Plano Habitacional de Interesse Social, considerando as
especificidades do local e da demanda;

O Plano Local de Habitação de Interesse Social abrangerá o levantamento das


necessidades habitacionais problematizadas a partir de informações sobre infra-estrutura
urbana, situação fundiária, demanda habitacional, incluindo a quantificação e qualificação

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do déficit e da inadequação habitacional, assim como demais informações necessárias
para o aprimoramento e incremento da Política Municipal de Habitação (Lei Municipal
5.264/ 2008). Abrangerá ainda o incremento e/ou reformulação dos programas
habitacionais estabelecidos por esta política e as respectivas estratégias de implementação,
enfatizando as ações de regularização fundiária sustentável através dos instrumentos
jurídicos e urbanísticos existentes e a viabilização da utilização de imóveis ociosos ou
subutilizados por empreendimentos habitacionais de interesse público.
O plano deverá acompanhar as políticas de planejamento municipal,
especialmente o Plano Diretor vigente, estabelecendo orientações e diretrizes consoantes ao
ordenamento territorial proposto por este e outros instrumentos – como leis sobre
zoneamento, uso e ocupação do solo urbano e rural – com o objetivo de melhorar as
condições de habitabilidade de forma sustentável e propiciar condições para a ampliação
da produção habitacional de interesse social. Cabe destacar que a existência de uma lei
específica de definição da política habitacional previamente indicará necessidades e
parâmetros a serem considerados pelo PLHIS para obtenção de maior eficácia e
matricialidade no desenvolvimento de todas as ações a serem propostas. Neste sentido,
pretende-se que o Plano seja desenvolvido em articulação com a atual Política Municipal
de Habitação, compartilhando-se os insumos em comum e avaliando-se as proposições
existentes, o que deverá contribuir de forma positiva com o avanço das questões relativas à
habitação de interesse social. Essa articulação viabilizará de forma mais precisa e coerente
a democratização do acesso a terra urbanizada pela combinação dos programas
municipais de subsídio habitacional com as diretrizes dispostas pelo Plano Nacional de
Habitação – PLANHAB e com os instrumentos urbanísticos estabelecidos pelo Estatuto da
Cidade, contemplados no Plano Diretor.
A partir dessas considerações, o produto final conterá a proposição de um
conjunto de diretrizes, metas, ações e linhas programáticas específicas, articuladas com a
política nacional federal, voltadas ao atendimento da demanda habitacional local. Através
do estabelecimento de indicadores, estes programas e ações poderão ser sistematicamente
monitorados e avaliados pela Administração Municipal e pela população do município.

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3.2. Procedimentos para as etapas previstas no processo de elaboração do
Plano Local de Habitação de Interesse Social

3.2.1. Etapa 1 – Proposta Metodológica


A proposta metodológica se caracteriza pela proposta de estrutura de
desenvolvimento dos trabalhos que norteará os procedimentos das etapas e produtos
posteriores. Neste sentido, deverá estabelecer claramente as atividades a serem executadas
para desenvolvimento do Plano, explicitar a forma como se dará o processo de
aprimoramento da política habitacional local e os meios pelos quais serão definidos os
objetivos e as estratégias para realizá-la de forma planejada.
No âmbito da Prefeitura Municipal, a elaboração do Plano se dará a partir das
reuniões entre a equipe técnica citada e a consultoria contratada, nas quais serão
formulados os instrumentos de orientação e detalhamento da política municipal de
habitação. Toda esta construção deverá também ser conduzida de forma participativa,
promovendo-se o intercâmbio de informações e debates em torno das problemáticas e
possíveis soluções.

3.2.2. - Etapa 2 – Diagnóstico do Setor Habitacional


O diagnóstico da situação habitacional do município de Itapetininga partirá do
levantamento e análise de dados existentes na Prefeitura Municipal, tais como o
Diagnóstico Habitacional – documento contendo dados genéricos dos problemas
habitacionais locais –, a legislação urbanística (Plano Diretor vigente, Lei de Uso,
Ocupação e Parcelamento do Solo), os dados socioeconômicos da população, as
características habitacionais do município e os principais arranjos da promoção
habitacional formal e informal, bem como os demais dados que possam contribuir para a
composição das necessidades habitacionais. Um panorama geral da caracterização
urbanístico-ambiental será feito através de visitas a campo, acompanhadas pela equipe
técnica da Prefeitura envolvida, que apresente os principais aspectos da produção
habitacional no município nos últimos anos, incluindo os assentamentos subnormais
(favelas), os loteamentos clandestinos e irregulares e também os conjuntos habitacionais
existentes na cidade.
Alguns dos documentos e bases de dados que serão inicialmente solicitados e
analisados, dentre outros, são:

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 Plano Diretor vigente no município e seu Diagnóstico, contendo dados sobre
o meio físico, o uso e ocupação do solo e os aspectos socioeconômicos de
Itapetininga;
 Leis Complementares de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, assim
como marcos legais que disponham sobre: política municipal de habitação,
sistema viário, saneamento e drenagem urbana, áreas de proteção ambiental e
áreas de proteção e preservação do patrimônio histórico e cultural;
 Mapeamento das áreas urbana e rural;
 Base cartográfica e levantamento aerofotogramétrico;
 Cartografia dos imóveis ociosos e subutilizados e caracterização cadastral e
fiscal;
 Cadastros existentes dos assentamentos subnormais (dados sobre loteamentos
clandestinos e irregulares; situação das redes de infra-estrutura);
 Informações sobre a promoção pública de Habitação de Interesse Social,
ressaltando o que foi produzido, para que faixa de renda e por quem;
 Informações sobre a promoção privada de Habitação de Interesse Social,
identificando o que foi produzido, para que faixa de renda e por quem;
 Levantamento das áreas de risco (baseado em dados da Defesa Civil);
 Principais condicionantes da dinâmica econômica (empresas, indústrias,
turismo, etc.);
 Informações sobre os principais agentes imobiliários (Construtoras,
Cooperativas, Movimentos organizados, Entidades assistenciais, etc);
 Dados populacionais obtidos no censo IBGE;
 Cadastros e Diagnósticos sociais existentes e produzidos pelo município;
 Cadastro do Programa Bolsa Família (se existente) e DATASUS, para calibrar
os dados do déficit habitacional e conhecer o perfil socioeconômico das
famílias moradoras dos assentamentos precários;
 Condições Institucionais (estrutura administrativa municipal); e
 Recursos e respectivas fontes: dados da receita orçamentária, dados de
repasse de recursos, evolução das despesas e receitas municipais.

A leitura e análise desses e outros documentos (anexo 1) contemplarão aspectos


que possam tanto contextualizar quanto descrever as necessidades habitacionais relevantes
para a elaboração e implementação do PLHIS. A contextualização e a descrição das

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necessidades habitacionais de Itapetininga comporão, assim, o Diagnóstico do Setor
Habitacional propriamente dito, aos moldes do Ministério das Cidades, que será
estruturado a partir organização descrita no próximo item.

3.2.2.1. Contextualização da Problemática Habitacional

Inserção regional e características sócio-econômicas do município


O desenvolvimento econômico esperado para o município e região,
consubstanciado pelas diretrizes de desenvolvimento econômico traçadas pelo poder
público e dispostas no Plano Diretor Municipal concorrerá com a política municipal de
habitação em dois aspectos, portanto: 1) na ampliação da demanda por habitação
caracterizada por um perfil de renda diretamente relacionado ao tipo de desenvolvimento
econômico esperado (desenvolvimento industrial, desenvolvimento rural, etc.), não
necessariamente absorvida pela oferta dirigida pelo mercado e 2) na organização da
ocupação territorial dirigida aos setores formais da economia de mercado em detrimento
de uma organização territorial voltada aos demais interesses coletivos, incluindo a
produção de habitação de interesse social aos segmentos sociais não atendidos
diretamente pelo mercado ou que necessitam de subsídios.
A construção de cenários que evidenciem as principais conseqüências futuras
desta dinâmica contribuirá para o estabelecimento de estratégias que considerem não só a
demanda habitacional presente, mas também a futura decorrente destes processos
socioeconômicos. Neste sentido, serão analisadas informações sobre as atividades
econômicas, a estrutura das indústrias já existentes, empresas potenciais que poderão se
instalar em Itapetininga, o perfil dos funcionários, perfil de outras atividades produtivas
potenciais e possíveis impactos na demanda populacional por moradia.

Estrutura e evolução urbana do município


Pretende-se verificar como a evolução da estrutura urbana e a atual organização
territorial do município influenciam na questão habitacional. Para tanto, será considerado o
modelo físico-territorial existente, constituído através da evolução histórica, urbana e
econômica, identificando as diversas funções da cidade em seu próprio território e as
dinâmicas por elas provocadas; os fatores locacionais e a distribuição das atividades
produtivas no espaço; a distribuição da população, relacionando os estratos sociais e o

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território; a distribuição da infraestrutura e das atividades de cultura e lazer e também a
provisão e hierarquia de áreas verdes. A partir desses levantamentos também poderão ser
identificados os vetores de expansão da cidade, organizados a partir da estruturação
urbana local e regional, e os possíveis impactos desencadeados pela dinâmica dos mesmos
na habitação.

Oferta habitacional e promoção habitacional


Pretende-se analisar a organização da promoção habitacional, levantando assim
os grupos e principais promotores imobiliários que atuam no setor habitacional, de modo a
compreender, por um lado, a dinâmica de produção do mercado imobiliário local e, por
outro, as soluções alternativas promovidas pelo Poder Público e outros agentes. Da análise
sobre esta organização social, será possível identificar os principais obstáculos e
fragilidades que dificultam a aquisição de imóveis habitacionais no mercado formal pela
demanda populacional do município, em especial aquela de menor renda.
Os promotores privados da habitação tradicionalmente buscam, em geral, os
segmentos sociais com maior poder aquisitivo de compra, produzindo, assim, unidades
voltadas para a população favorecida por uma faixa salarial mais alta (chamadas A e B).
As classes com renda intermediária (chamadas C) e mais baixa do que as chamadas A e B,
competem pelo conjunto de imóveis “mais antigos” disponíveis no mercado, muitas vezes
encarecidos pela baixa oferta e caracterizados por uma qualidade reduzida. Com esta
lógica, parte desta população ingressa em linhas de financiamento que lhe permite adquirir
uma unidade habitacional e outra parte encontra solução apenas na locação, visto que
não é capaz e possível ingressar em linhas e planos de financiamento. Já as classes menos
favorecidas (chamadas de D e E) não conseguem nem competir com esta intermediária na
busca de uma solução regular de compra ou locação, absorvida, na sua maioria, pela
promoção informal representada pelos assentamentos subnormais (favelas), cortiços e
loteamentos irregulares, passando a se formalizar apenas a partir de alguma intervenção
do Poder Público, quando há alguma.
O levantamento desta lógica de produção habitacional formal e informal em
Itapetininga consistirá, neste sentido, em identificar tanto os principais agentes deste
processo de organização em torno da problemática da moradia, como aqueles ausentes.
Assim, serão analisadas informações sobre os principais promotores imobiliários (empresas
incorporadoras e outros) que atuam em Itapetininga, o perfil dos lançamentos imobiliários

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lançados nos últimos anos, a dinâmica do mercado de venda e locação, o perfil dos
loteadores e empresas loteadoras, cooperativas habitacionais (se existir), movimentos
organizados, agentes públicos e outros agentes atuantes.
Paralelamente, em complementação à toda esta análise, serão identificados os
principais aspectos da promoção habitacional em Itapetininga, entendida como a dinâmica
de oferta de moradias tanto formal, promovida por entidades privadas e públicas, como a
informal produzida pelos agentes mapeados e caracterizados. Neste contexto, tornar-se-á
importante perceber as principais características de cada uma das modalidades de
empreendimentos habitacionais promovidos e o perfil da população a que se destinam.
Estas modalidades poderão ser classificadas segundo tipologias identificadas tanto a partir
de dados técnicos quanto de vistorias técnicas realizadas a campo. A título de exemplo,
poderão ser classificados empreendimentos de alto padrão (destinados a famílias com
renda superior a 15 salários mínimos); empreendimentos de médio padrão (destinados a
famílias entre 10 e 15 salários mínimos); imóveis usados à venda ou locação e suas
principais características, como tempo de construção, estado, tipologia – apartamento ou
casa – etc; e principais faixas populacionais a que se destinam esses imóveis e
empreendimentos; loteamentos populares regulares, loteamentos irregulares,
autoconstrução e predominância em cada uma das modalidades dos empreendimentos;
vilas habitacionais na área central; existência e situações de cortiços, assentamentos
precários, etc. A promoção habitacional pública também será evidenciada com a
caracterização dos principais empreendimentos públicos (municipais e estaduais) realizados
nos últimos anos verificando-se, em especial, o perfil da demanda atendida.
Cabe ressaltar que a análise sobre a promoção habitacional também levará em
consideração a configuração territorial destas modalidades de atendimento, verificando-se
como os vários segmentos populacionais estão distribuídos no território, em
correspondência às categorias tipológicas identificadas e classificadas.

Atores sociais e suas capacidades


Pretende-se verificar como estão organizadas no município as forças sociais em
torno da problemática habitacional. Assim, serão identificados os atores sociais presentes e
atuantes, seus potenciais, fragilidades, conflitos de interesse e a possibilidade de pactuar
objetivos comuns. Para tanto, serão formuladas pesquisas qualitativas que visem o
levantamento histórico de lutas e reivindicações desses atores, suas articulações políticas,

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projetos desenvolvidos e projetos de futuro pelos quais reivindicam. A identificação deste
atores partirá de uma orientação e identificação preliminar da equipe municipal, levando-se
em consideração os movimentos populares e sociais existentes, relacionados à questão
urbana e habitacional, os diagnósticos sociais realizados e a vivência do poder público a
partir das experiências de processos participativos na cidade e a partir da relação direta
com a sociedade.

Legislação Incidente
O plano deverá levantar a legislação relativa à questão habitacional social
vigente no município, em especial o Plano Diretor, a Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento
do Solo, Código de Edificações e outras leis urbanísticas complementares, com o objetivo
de verificar se a legislação urbanística tem sido adequada para garantir o acesso à
moradia pela população menos favorecida, propondo, em caso negativo, as adequações
que forem necessárias para alcançar esse objetivo. Para tanto, serão consideradas as
situações de irregularidade que demandam legislação específica ou casos de núcleos e
tipologias habitacionais não incorporados no marco regulatório do município.
A implementação de instrumentos previstos pelo Estatuto da Cidade, como o
parcelamento e edificação compulsórios e as Zonas Especiais de Interesse Social, quando
respaldados pela legislação vigente no município, poderão ser utilizados como forma de
viabilizar os atendimentos direcionados a cada segmento ou faixa de renda, visto que a
quantificação das necessidades habitacionais será interpretada em quantidade de unidades
habitacionais necessárias que, por sua vez, se traduzirá em quantidades e tamanhos de
imóveis (terrenos ou conjuntos edificados) necessários para os programas habitacionais. A
proposição de emendas nos instrumentos legais já existentes ou a criação de novos, de
forma a tornar aplicáveis estes e outros dispositivos, será tratada com base em análise
criteriosa da legislação incidente, buscando-se as melhores estratégias do ponto de vista
legal.
Cabe ressaltar que, no caso de Itapetininga, a existência de uma lei específica de
definição da Política Municipal de Habitação deve prever e incorporar essas questões,
devendo o PLHIS também avaliar seus principais aspectos, identificando seus potenciais e
observando a existência de fragilidades normativas.

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Condições Institucionais

Com o objetivo de verificar a capacidade institucional e administrativa do poder


executivo municipal para implementação da política habitacional, tanto a política definida
pela Lei 5.264/2008 quanto a ser estabelecida pelo PLHIS, deverão ser levantados os
recursos humanos disponíveis na Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação, os
recursos municipais e a capacidade de investimento da Prefeitura, os programas e ações
habitacionais em andamento e as compatibilidades programáticas e de critérios de
atendimento com as de outras esferas governamentais.
Outro importante elemento de análise do diagnóstico também fará referência à
capacidade de investimento e aplicação de recursos próprios da Prefeitura na área
habitacional. A composição da receita, investimentos e despesas realizados com a
habitação nos últimos anos, as diretrizes orçamentárias, os planos plurianuais e demais
peças orçamentárias deverão ser levantadas e analisadas para se apurar a realidade
financeira do município frente às expectativas de atendimento habitacional a serem
traçadas pelo Plano. Assim também, serão avaliadas as fontes de recursos disponíveis nas
diversas linhas de financiamento estabelecidas pelas esferas estaduais e federais,
apontando-se aquelas potenciais para comporem o montante necessário para a execução
de cada uma das linhas programáticas definidas pela Política Municipal de Habitação atual
e as que poderão ser estabelecidas pelo Plano.
Deve-se considerar ainda que parte dos recursos advindos da iniciativa privada
para a produção de moradias também poderá ser contabilizada no atendimento de parte
da demanda e, se for o caso, também do déficit habitacional. A análise de risco e da
capacidade de endividamento dos vários segmentos populacionais direcionará a
composição a ser realizada e as equações a serem criadas, tanto para o estabelecimento
de parcerias como para a definição de subsídios e seus gradientes.

3.2.2.2. Necessidades Habitacionais

O levantamento das necessidades habitacionais deverá considerar dois conceitos


fundamentais: conceito de demanda e o conceito de déficit habitacional. O primeiro refere-
se às necessidades habitacionais advindas da dinâmica populacional anunciada para um
determinado território. Trata-se de uma estimativa configurada a partir de vários fatores,
como taxa geométrica de crescimento, composição e ciclos de vida familiar, características

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de crescimento econômico, oferta de moradias, atuação do mercado imobiliário, etc,
verificando, a partir destes elementos, quantas pessoas procuram ou esperam obter uma
moradia adequada às suas necessidades. A demanda abrange, portanto, os segmentos
sociais e suas exigências presentes e futuras por novas moradias. Para estimá-la, caberá
caracterizar o perfil desta população, principalmente em relação à renda, faixa etária e
composição familiar. Já o conceito de déficit habitacional, assim como a inadequação
habitacional, definem-se pelas necessidades de reposição ou adequação imediata do
estoque de moradias, de maneira a acomodar toda a população que hoje não possui
alternativa habitacional “aceitável” sob vários aspectos. Considera, portanto, toda a
população que necessita de alguma intervenção imediata, seja obras de infraestrutura e de
consolidação, seja pela provisão de novas moradias. Desta forma, o déficit e a
inadequação habitacional referem-se às necessidades presentes e atuais, bem conhecidas,
porém, mesmo com a dificuldade de desvincular estes conceitos dos tempos aos quais
remetem, não se deve relacioná-los tão diretamente, pois tanto a demanda quanto o déficit
tratam do presente e podem ser projetados ao futuro. Neste sentido, pode-se dizer que a
demanda abraça, além do déficit/inadequação, todos os cidadãos interessados em adquirir
ou alugar uma unidade habitacional e que esperam, portanto, encontrar uma unidade de
acordo com suas necessidades de morar.
Será utilizada para levantamento das necessidades habitacionais a metodologia
utilizada pela Fundação João Pinheiro – FJP, referência adotada em âmbito nacional, que
abarca apenas a quantificação do déficit e da inadequação habitacional. Para
levantamento da demanda que trata basicamente de situações futuras e de projeções
futuras, da dinâmica orientada por cenários configurados em situações prováveis, serão
adotados como referência os dados produzidos pelo Centro de Desenvolvimento e
Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais - CEDEPLAR/UFMG, em
estudo contratado pelo Ministério das Cidades em 2010, que apresenta o cálculo da
demanda demográfica futura para todos os municípios brasileiros, até o ano de 2023.
Vale destacar, nesta inserção, que o ônus excessivo com o aluguel, componente
calculado pela Fundação João Pinheiro, para evitar distorções nos municípios, considerou
apenas os domicílios alugados por famílias com renda inferior a três salários mínimos.
Desta forma, levando-se em conta as questões tratadas, o cálculo da demanda
habitacional também poderia considerar, com limitações: 1º. Aqueles que hoje desejam
adquirir ou comprar novos imóveis, mas ainda não encontraram nenhum que fosse

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adequado às suas necessidades; e 2º. Aqueles que alugam algum imóvel por não
encontrarem nenhuma alternativa adequada ou que lhes caiba na sua capacidade de
pagamento. A diferença neste caso é que, em nenhuma destas situações, há inadequação
aparente nas moradias onde estes indivíduos “demandatários” habitam e não há,
aparentemente, “ônus excessivo com aluguel” e, portanto, eles não são computados neste
componente. Em métodos simplistas de planejamento, a projeção futura da demanda
poderia ser igual à projeção populacional esperada para os próximos anos, tomando-se
como “estoque” necessário a diferença entre o número de chefes de família atuais e os
futuros.
Mesmo com as devidas ressalvas, o cálculo do déficit/inadequação seguirá, em
linhas gerais, a metodologia utilizada pela Fundação João Pinheiro, que discrimina as
situações de déficit por reposição de estoque e por inadequação de domicílios. Os dados
do universo levantados pelo IBGE e utilizados pela Fundação, no entanto, não são capazes
de caracterizar com a devida precisão as diversas situações específicas que podem existir
em cada um dos municípios. Um exemplo desta diversidade são os aglomerados
subnormais. A partir da composição dos dados feita pela Fundação, muitos podem ser
enquadrados em situações de inadequação (cuja totalização é difícil de ser realizada, já
que um mesmo domicílio pode apresentar vários tipos de inadequação), quando são, na
verdade, casos de reposição de estoque, ou por se localizarem em áreas de risco, ou por
ocuparem áreas inadequadas do ponto de vista fundiário, urbanístico, etc.
Assim também se pode dizer dos dados que caracterizam a coabitação, uma vez
que não discriminam com precisão as situações de coabitação “por opção” das famílias
conviventes (que não é demanda nem déficit), situações de coabitação pela falta de
alternativa ou oferta no mercado (que é demanda, mas não déficit) e, por fim, situações de
coabitação inadequada como, por exemplo, o cortiço – que tanto se enquadra na
demanda quanto no déficit habitacional. Deve-se ainda mencionar que, evidenciadas as
inadequações sem a possibilidade de quantificar os casos de inadequação pela possível
reincidência de várias inadequações no mesmo domicílio, há limitações consideráveis que
implicarão em indefinições quanto a montantes de recursos necessários para os programas,
ou até mesmo de programas e linhas de financiamento adequadas para cada caso.
Pretende-se, portanto, qualificar este déficit, evidenciando as diferentes formas em que este
fenômeno apresenta-se no município de Itapetininga.

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Desta forma, serão levantados não somente os dados do universo do IBGE
(aplicados pelo método da Fundação João Pinheiro) como serão também investigados
outros dados primários, tais como: cadastros sociais, vistorias de campo e
fotointerpretação. Estas informações serão importantes instrumentos para calibrar os dados
do déficit habitacional existente. A inadequação fundiária dos assentamentos informais e
precários (favelas e loteamentos clandestinos/irregulares) deverá ser quantificada a partir
das informações existentes na Prefeitura Municipal e das informações a serem levantadas a
campo. Também será utilizado como importante referência para o Plano Local de
Habitação de Interesse Social de Itapetininga, o Diagnóstico Habitacional realizado pelo
município em 2008. Tanto a demanda como o déficit deverão ser apresentados por faixas
de renda, facilitando, à frente, a decisão sobre as estratégias de atendimento, definição de
linhas programáticas, recursos e subsídios a serem incrementados e criados.

 Precariedade Habitacional
No âmbito da análise sobre promoção habitacional, um destaque recairá sobre
os assentamentos habitacionais informais e precários, abrangendo todos aqueles
empreendimentos que se situam à margem das disposições de ordenamento legal e que
possuem problemas relacionados à infraestrutura e condições de salubridade, como
loteamentos irregulares, clandestinos, favelas e cortiços. As informações, neste caso, serão
sistematizadas em fichas individuais para caracterização de cada um dos assentamentos,
abrangendo informações como condições socioeconômicas da população moradora,
formas de ocupação do assentamento, situação de infra-estrutura urbana, condicionantes
ambientais, situações de risco, etc. Cada uma das fichas será preenchida com o auxílio da
Equipe Técnica da Prefeitura Municipal, a partir de dados já existentes e de novos
levantamentos de campo a serem realizados pela equipe consultora (modelo de ficha no
anexo 2).
Nesta inserção, vale destacar que a abordagem dos assentamentos precários
existentes em Itapetininga, a partir da análise de suas condições, terá como objetivo
específico enquadrá-los em duas classificações: uma em relação ao estágio e perspectiva
de consolidação e outra quanto ao tipo de intervenção que irão demandar. Com a
organização destas informações, classificadas para cada um dos empreendimentos, será
possível obter uma avaliação precisa de cada caso – informações que tanto determinarão a
quantificação e qualificação do déficit habitacional do município quanto oferecerão bases

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concretas para a estimativa de custos e intervenções futuras para o equacionamento dos
mesmos.
Quanto à perspectiva de consolidação, adotando-se como referência as
definições estabelecidas por DENALDI (2008), ainda será possível classificar os
assentamentos precários em outras três categorias: consolidados, consolidáveis e não-
consolidáveis. Os assentamentos consolidados são aqueles que, do ponto de vista
urbanístico, se encontram integrados e dotados de infraestrutura básica, situação esta que
não exige intervenções físicas de saneamento nem mesmo ações que venham a alterar,
estruturalmente, sua morfologia – como re-parcelamento de lotes e redefinição de sistema
viário. Porém, estes assentamentos podem tanto apresentar irregularidades do ponto de
vista fundiário e cadastral, como exigir demandas específicas por ações e programas de
pós-ocupação, sociais, de equipamentos e serviços públicos.
A categoria dos assentamentos consolidáveis abrange os núcleos que apontam
condições favoráveis para a restauração urbanística e ambiental e para o reordenamento
urbano – adaptação ou abertura do sistema viário, implantação de saneamento básico,
regularização urbanística do parcelamento do solo. Os núcleos podem ou não exigir ações
de remoção (reassentamento) de parte da população neles residentes, avaliadas em função
da situação de risco, das restrições legais ao uso e à ocupação e também, caso seja
necessário, efetivar o desadensamento para realização de futuras intervenções urbanas.
Por fim, a classe dos não-consolidáveis abarca os assentamentos onde não são
identificadas as condições favoráveis apresentadas pela categoria dos assentamentos
consolidáveis. Devido ao fato de apontarem graus elevados de risco ou insalubridade,
trata-se de núcleos cujas características não são solucionáveis e, portanto, são tidos como
objetos de ação do tipo remoção e reassentamento em outras áreas.
Embora essas três categorias enquadrem de forma precisa a avaliação de cada
assentamento, são encontradas situações freqüentes onde os assentamentos abrigam,
simultaneamente, pontos consolidáveis e não-consolidáveis, o que dá margem para a
adoção de uma classificação intermediária de parcialmente consolidáveis. Em todos os
casos, a decisão quanto à consolidação parcial ou integral de um assentamento deve levar
em consideração os fatores externos e internos que se articulam aos grandes problemas
urbanos entrelaçados às questões habitacionais. Os fatores internos podem ser apurados
através de estudos in loco que revelem aspectos tais como: condições desfavoráveis na
morfologia do sítio; diferentes tipos de risco; obturação da rede de acessos; densidades

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elevadas; precariedade das construções, cuja sobreposição no mesmo espaço dá lugar a
situações de risco e insalubridade; e degradação e isolamento urbano.
Os fatores externos, no caso de Itapetininga, dizem respeito à interdependência dos
problemas urbanos, habitacionais e ambientais possivelmente provocados pela inserção do
município em uma dinâmica regional maior, aspectos que serão abordados e analisados
no decorrer da contextualização da problemática habitacional.

 Atendimento e custos das necessidades habitacionais


Para que a política de habitação se estruture de modo eficiente, faz-se necessário
não apenas a caracterização da problemática habitacional, mas também a indicação de
alternativas concretas para a solução dos problemas encontrados. Tais soluções, no
entanto, dependerão de dois fatores fundamentais: a existência de recursos para habitação
(edificação e urbanização) e a disponibilidade de terra urbanizada para a implantação de
empreendimentos de interesse social. Assim, serão abordados insumos para a identificação
das terras aptas para HIS, assim como serão delineadas e dimensionadas as tipologias
favoráveis, o volume de terras e os recursos necessários associados a estas tipologias com o
intuito de formular um repertório de referências de custos e parâmetros urbanos que
subsidiem o atendimento das necessidades habitacionais sugeridas pela demanda. Para
tanto, poder-se-á recorrer tanto aos modelos praticados no município e nas demais cidades
da região em que este se insere, quanto a outros modelos considerados inclusivos,
facilitando assim o planejamento preliminar das formas de atendimento a serem delineadas
pelas futuras Estratégias de Ação do Plano.
Outro aspecto que merece ser observado e analisado é a estrutura fundiária de
Itapetininga: as reservas de áreas livres dominiais do Poder Público, as áreas da prefeitura e
da União, a reserva de imóveis livres ociosos privados não utilizados e subutilizados e a
verificação, ainda que preliminar, das condições de utilização destes imóveis para
programas habitacionais. A viabilidade técnico-financeira destes imóveis e sua inserção
urbanística deverão ser previamente avaliadas para se propor indicações às tipologias
variadas de empreendimentos como forma de atendimento à demanda e, mais
especificamente, ao déficit habitacional de Itapetininga.
Esta análise levará em conta não somente os polígonos dos imóveis existentes
nesta situação, evidenciando o potencial construtivo que possuem, mas também suas
informações cadastrais, levantando-se proprietários, situação tributária, infraestrutura,

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situação fundiária (se remanescente de loteamento ou gleba), ano e estado da construção
(se imóvel edificado), etc.

3.2.3 – Etapa 3 –Estratégias de Ação


Com a construção e assimilação das principais questões apontadas pelo
diagnóstico, será possível trabalhar os princípios que orientarão a elaboração do Plano de
Habitação. Os princípios evidenciam os valores e concepções estabelecidos pelo
incremento da Política Municipal de Habitação, refletindo em parte as disposições já
estabelecidas por diferentes esferas de governo, como por exemplo, o Estatuto da Cidade,
as Resoluções do Conselho das Cidades, outras leis federais como a de parcelamento do
solo, a Lei Orgânica do Município, o Plano Diretor municipal, etc. A confrontação dos
valores e concepções traçadas pelos princípios da Política Municipal de Habitação com os
apontamentos do diagnóstico revelará uma série de indicativos que possibilitarão o seu
aprofundamento, orientando a tomada de decisões para o estabelecimento dos objetivos e
diretrizes do Plano de Habitação.
Os valores traçados pelo Plano, em complementação à Política, traduzirão as
escolhas que o município fará no campo da habitação. Estas escolhas deverão ser frutos de
discussões, processos participativos, dinâmicas sociais e conformarão não só as disposições
estabelecidas no Plano Diretor, como também as práticas a serem adotadas pela
Administração Pública. Estes valores deverão ser sempre confrontados com as definições
traçadas pelo Plano de Habitação, reforçando consensos conquistados com a sociedade
em momentos anteriores. O conhecimento e explicitação destes princípios se darão através
da leitura das disposições legais estabelecidas e a partir de reuniões que serão realizadas
com os principais atores políticos da municipalidade.
Estes princípios também contribuirão para, ao final do processo, estabelecer uma
priorização de ações como, por exemplo, o desenvolvimento institucional, a regularização
urbanística e fundiária, a política fiscal e de gestão urbana. A adequação da legislação
vigente pode derivar destas constatações, de modo a viabilizar procedimentos legais de
produção de habitação social e regularização de assentamentos precários necessários para
a implementação do PLHIS.
A estrutura do plano revelará, portanto, a síntese do diagnóstico, consubstanciada
na problematização da questão habitacional em Itapetininga, e os princípios gerais da
complementação e aprimoramento da Política Municipal de Habitação, incluindo uma

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análise fundamentada acerca de cada um destes princípios e a definição dos eixos
temáticos e estratégicos. A pactuação desta problematização e consolidação dos eixos
estratégicos com a sociedade constituirão os momentos finais desta etapa.
Os conceitos de objetivos, diretrizes e metas a serem utilizados pelo Plano
tratarão, neste sentido, dos aspectos descritos a seguir.

Objetivo geral:
• Algo que podemos contribuir para, mas não podemos nos responsabilizar
por.
• Razão de existir do plano.
• A missão do grupo.
• Deve ser abrangente e único.
• É redigido no infinitivo.

Objetivos específicos:
• Desafios que o plano se destina a cumprir, visando o objetivo geral.
• Devemos nos responsabilizar por eles, garantir a sua execução.
• São claros e específicos.
• Delimitam o escopo do trabalho.
• É redigido no infinitivo.

Estratégia / diretriz
• É um caminho em direção a um objetivo, reflete as políticas (os valores)
adotadas pela instituição.
• Devem ser concretas e coerentes entre si e orientar a definição das metas.
• Atua da seguinte forma:
• Descreve como concretizar as metas definidas.
• Leva em consideração os valores/política que cercam a instituição.
• Orienta a alocação e o emprego dos recursos humanos e financeiros.
• É redigido no infinitivo.

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Metas / resultados
• A reunião de pactuação das metas deve garantir a conquista dos objetivos
específicos.
• São os impactos tangíveis desejados pelo plano em um período de tempo.
• Podem ser renováveis.
• É redigido no passado ou particípio passado.
As metas devem ser:
• Concretas – todo observador deve ver o mesmo fenômeno;
• Atingíveis – estar no nosso espaço de governabilidade (temos/podemos
viabilizar os recursos necessários);
• Mensuráveis – descreva quantidade e qualidade que possam ser verificados.
Não devem ser:
• Aspirações, diretrizes, expressão de vontade, etc.

Operações:
• Conjunto de ações necessárias para atingir um resultado.
• Deve ser suficientemente abrangente para incluir todas as ações necessárias
para atingir um resultado.
• verbo escolhido deve expressar com precisão as ações para alcançar o
resultado.
• São redigidas no infinitivo.

Seguindo os conceitos estruturadores descritos, os objetivos específicos serão


estabelecidos a partir do diagnóstico, destacando toda a problemática por ele apontada.
Tal problematização considera que as principais questões identificadas pelo diagnóstico
devem ser explicitadas e ressaltadas de forma sintética, garantindo que qualquer
observador consiga compreender os focos da problemática habitacional, possibilitando,
com isso, que os objetivos sejam formulados de forma precisa como uma resposta a estes
problemas identificados.
É através das diretrizes, metas e operações, no entanto, que os objetivos definidos
tornar-se-ão concretos, a partir do estabelecimento dos caminhos, dos rumos a se
percorrer, dados pelas diretrizes; da mensuração, quantificação e circunscrição em um
resultado esperado e em um prazo determinado, dado pelas metas; e das ações,

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instrumentos e mecanismos necessários a se realizarem para que as metas sejam atingidas,
dados pelas operações. As estratégias ou diretrizes refletem os valores definidos pelo Plano,
em complementação à Política Municipal de Habitação, ao considerar que para o traçado
de qualquer rumo na gestão a ser realizada, deve-se seguir princípios norteadores, sem os
quais os caminhos podem se tomar sentido contrário ou se contradizerem com o sentido
ideológico das políticas. Assim, também as metas relacionam-se diretamente aos objetivos,
pois retratam o resultado final esperado pelo plano. Ao final do plano, a manutenção deste
resultado e a conquista de novos resultados se darão com o estabelecimento de novas
metas na ocasião de sua revisão. Nas metas, já há a noção, pelo diagnóstico, do montante
de recursos com os quais é possível contar, as fontes existentes e o prazo possível para
realizá-las, considerando tal montante. Por fim, as operações se transformarão nas linhas
programáticas, visto que consideram os instrumentos e outros meios a serem utilizados para
que as metas sejam atingidas. Nesse sentido, deverão prever os responsáveis pela sua
execução e revelarão os passos necessários, auxiliando na estruturação das atividades,
tarefas e agendas, passo seguinte deste sistema.
Outro componente deste sistema, não mencionado anteriormente, é o indicador,
que também deverá ser construído de forma a possibilitar a medição do alcance das metas
estabelecidas. Este componente também partirá do diagnóstico e será destacado dos
aspectos quantitativos por ele apontados, especialmente em relação aos vários
componentes do déficit habitacional. Os indicadores extraídos do diagnóstico serão o V0 de
cada uma das metas e aqueles apontados pelas metas serão o Vf , indicando, portanto,
onde se quer chegar com aquele objetivo no tempo previsto.
Neste sistema é possível visualizar, do início ao fim, a viabilidade da
implementação do plano, transformando-o efetivamente em uma ferramenta de
planejamento e gestão. Possibilitará, na próxima etapa, traçar as linhas programáticas e
definir os recursos necessários, considerando a mensuração realizada no âmbito das metas
do plano. Ao final desta etapa, o plano poderá se consolidar com a estruturação das linhas
programáticas, considerando as linhas já existentes na política habitacional municipal, e
contendo os mecanismos efetivos para sua implementação. Ainda, deve-se destacar a série
de operações que, não necessariamente tornar-se-ão parte das linhas programáticas,
última etapa do Plano, mas que demandarão ações institucionais importantes para
viabilizar o Plano. São, por exemplo, criação ou alteração de instrumentos legais (como

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criação de ZEIS, aplicação de instrumentos de parcelamento e edificação compulsórios,
IPTU Progressivo, etc.), alterações institucionais, gestão com iniciativa privada, etc.
O Plano Local de Habitação de Interesse Social terá como produto final o
incremento e definição de linhas programáticas específicas para atender a suas demandas.
Estas se referem àquelas operações (definidas anteriormente) que demandam um arranjo
mais complexo, montantes de recursos e um gerenciamento operacional. Estas deverão ser
concebidas em consonância com a Lei 11.124/05, que define as ações que poderão
receber recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS. São
relacionadas à provisão, adequação e urbanização e poderão contemplar:
 aquisição, construção, conclusão, melhoria, reforma, locação social e
arrendamento de unidades habitacionais em áreas urbanas e rurais;
 produção de lotes urbanizados;
 urbanização, produção de equipamentos, regularização fundiária e
urbanística;
 saneamento, infra-estrutura e equipamentos urbanos;
 recuperação ou produção de imóveis em áreas encortiçadas ou
deterioradas, centrais ou periféricas.
As linhas programáticas serão diretamente relacionadas à capacidade financeira
e institucional da Administração e, portanto, estarão vinculadas ao orçamento global,
recursos e respectivas fontes que por ora serão estimados de forma mais precisa a partir
das mensurações incluídas nas metas e indicadores do Plano. Além disso, seguirão as
linhas programáticas que já são estabelecidas pelo Plano Nacional de Habitação
(PLANHAB) e pela Política Municipal de Habitação de forma a articular recursos municipais
com os de outras esferas do governo. Serão formuladas considerando, portanto, cada uma
das necessidades habitacionais apontadas no diagnóstico e se acoplarão a cada um dos
objetivos específicos, diretrizes, metas e operações, incluindo, como componentes, as
capacidades operacionais e de mobilização de recursos.
Espera-se que, com as linhas programáticas definidas e re-arranjadas, seja
possível visualizar concretamente os mecanismos para a solução de cada uma das
necessidades apontadas pelo diagnóstico, ressaltadas na etapa anterior. A depender da
gravidade das necessidades encontradas e dos valores explicitados pelas políticas, será
possível realizar uma priorização quanto à implementação dos programas, de forma a
atender, em curto espaço de tempo, àquelas situações que merecem maior atenção. Por

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outro lado, alguns programas que não demandam, necessariamente, montantes altos de
recursos, como a assessoria jurídica para a regularização fundiária, por exemplo, também
poderão ser logo iniciados. A priorização seguirá uma metodologia específica e não
dependerá do prazo e nem do montante de recursos disponíveis, mas da relação entre a
gravidade das situações encontradas no diagnóstico e os valores e princípios que estão por
trás das políticas definidas. Neste sentido, metas de longo prazo, por exemplo, poderão ter
suas operações e programas priorizados e iniciados imediatamente.

4. ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA


POPULAÇÃO

4.1. Estratégias
Segundo o Ministério das Cidades,

“é possível adotar participação direta ou participação representativa para


discutir o PLHIS. No nível de participação representativa, pode-se propor a
discussão no conselho existente e atuante, estabelecer fóruns de debates e
entidades, ou criar comissões especiais. A discussão no conselho pode
permitir um maior aprofundamento do debate, por se tratar, normalmente,
de interlocutores que já vem discutindo as questões em pauta, porém,
mobiliza mais aqueles que já tem experiência de participação e militância.
O estabelecimento de fóruns de debates de entidades pode ampliar a
representatividade e o conhecimento acerca do problema habitacional e
suas soluções, mas, pela diferença de nível de apropriação do problema,
há maiores limitações de aprofundamento.”
(DENALDI; REGINO, 2009, p.69)

Sob essa ótica, a escolha pela participação direta deve ainda considerar a situação
institucional, o grau de mobilização dos atores sociais e, fundamentalmente, a prática e/ou
experiências bem sucedidas de processos participativas no município. Com esta
consideração, e diante das práticas realizadas em Itapetininga, a participação da sociedade
civil na elaboração do Plano se dará de forma representativa, via conselhos municipais
atuantes. Tais atividades deverão se realizar em três momentos principais de pactuação,
consoantes às etapas previstas para elaboração do PLHIS: na Etapa 1. Proposta

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Metodológica; na Etapa 2. Diagnóstico do Setor Habitacional; e na Etapa 3. Estratégias de
Ação.
Cabe salientar que a participação representativa via conselhos municipais atuantes
foi adotada devido ao fato do Conselho Municipal de Habitação de Itapetininga não estar
formado; embora haja lei de criação deste Conselho, o mesmo ainda não foi estruturado.
O Diagnóstico Habitacional realizado pelo município em 2008, já mencionado
anteriormente, enfatiza, além dos problemas habitacionais gerais do município, algumas
proposições de encaminhamentos para o poder público, entre as quais se destaca a
estruturação do funcionamento do Conselho Municipal de Habitação pelo Departamento
de Habitação da Prefeitura do Município. Neste sentido, a ação de estruturação do
Conselho já se incluía na pauta da política habitacional municipal e, sendo assim, a
Prefeitura deverá dar continuidade ao encaminhamento proposto. O Departamento de
Habitação deverá ter o papel estruturador e poderá contar com a participação da equipe
técnica municipal envolvida com a questão habitacional (e com o desenvolvimento do
PLHIS) para organização do Conselho, uma vez que este é imprescindível para o
acompanhamento e implementação do Plano e da política municipal de habitação. Como
orientação, ressalta-se que a constituição deste Conselho deve seguir as diretrizes
estabelecidas pela Lei Federal 11.124/2005, que dispõe sobre o Sistema Nacional de
Habitação de Habitação de Interesse Social, em especial o que se refere o artigo 12 da lei:

“(...) II- constituir conselho que contemple a participação de entidades


públicas e privadas, bem como de segmentos da sociedade ligados à área
de habitação, garantindo o princípio democrático de escolha de seus
representantes e a proporção de ¼ (um quarto) das vagas aos
representantes dos movimentos populares (...)”
(BRASIL; MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2008, p. 80)

O Conselho também deverá ter caráter deliberativo segundo o Sistema e, nesse


sentido, a Prefeitura deverá ter o cuidado de incorporar membros e representantes dos seis
distritos existentes no município que, em sua maioria, se encontram afastados do perímetro
urbano da cidade e apresentam demanda por habitação de interesse social.
Enquanto não se estruture o Conselho Municipal de Habitação e mesmo com as
estratégias de participação definidas, a equipe técnica da Prefeitura poderá identificar, para
além dos conselhos que serão mobilizados, os demais atores e representantes da sociedade
civil a serem envolvidos na discussão do Plano Local de Habitação de Interesse Social,

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principalmente aqueles ligados à moradia, ainda que não organizados. Assim, os
momentos de pactuação previstos poderão ser ampliados a outros agentes como
representantes de associações comunitárias, de bairros, de entidades e de instituições
atuantes no município, bem como a líderes isolados em determinadas regiões da cidade,
caso a equipe municipal veja como necessário. Com isso pode-se aproveitar as reuniões
de pactuação para aproximar esses atores aos conteúdos do Plano e estimular o interesse à
participação no Conselho Municipal de Habitação a ser estruturado pelo Departamento de
Habitação, facilitando assim a maior e melhor compreensão e abordagem da política de
habitação a ser incrementada pelo município.
As reuniões de pactuação, pretendidas para as três etapas de elaboração do Plano,
bem como as formas de mobilização do legislativo local, deverão ser promovidas pela
equipe municipal, conforme disposto no Termo de Referência anexo ao edital de
contratação da empresa consultora e nas atribuições e responsabilidades das equipes,
dispostas nesta Proposta Metodológica. Os eventos públicos totalizam as três atividades de
caráter participativo a serem adotadas ao longo da elaboração do PLHIS:

Etapa PLHIS Estratégias de Participação


1. Proposta Reunião de pactuação com conselhos municipais
Metodológica atuantes, ampliada a representantes/líderes
2. Diagnóstico Reunião de pactuação com conselhos municipais
Habitacional atuantes, ampliada a representantes/líderes
3. Estratégias de Reunião de pactuação com conselhos municipais
Ação atuantes, ampliada a representantes/líderes

Vale destacar que, no âmbito do poder público local, o processo participativo e de


elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Itapetininga se dará nas
reuniões entre as equipes técnicas descritas anteriormente, as quais também contemplarão
um caráter formativo, a fim de que os membros e agentes das diversas secretarias afetas à
“habitação” sejam co-participantes na construção do planejamento habitacional da cidade,
ao mesmo tempo em que negociam propostas e pontos polêmicos na busca do consenso
para a conclusão de cada fase de elaboração do Plano. Para que isso ocorra, todo o
processo será uma mesa de proposição, negociação e deliberação, onde será possível

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promover a coleta e o intercâmbio de informações e debates em torno das problemáticas e
possíveis soluções, associado a um processo de capacitação destes atores.
Assim, a capacitação técnica é entendida como a preparação e aprimoramento dos
atores públicos municipais para lidar com a implementação da Política Habitacional a ser
incrementada pelo Plano Local de Habitação de Interesse Social, tendo em vista seus
conhecimentos e habilidades já existentes. O objetivo principal da capacitação deve ser,
portanto, a incorporação e renovação de conhecimentos teóricos, técnicos e operacionais
relacionados à questão habitacional, por meio dos processos de discussão técnica inerentes
às diversas etapas de elaboração do Plano. Assim, se dará ao longo do desenvolvimento
do plano e, desta forma, será utilizada como complemento da discussão durante as
reuniões periódicas das equipes. A equipe técinca municipal, por sua vez, deve ser
encarada como elemento chave do planejamento habitacional, ponto de partida das ações
de implementação do Plano, visto que a partir dela serão alimentadas as chances reais de
capilaridade e aplicabilidade de conceitos e práticas a serem adotadas pelo PLHIS nas
diversas instâncias da sociedade como, por exemplo, o Conselho Municipal de Habitação
quando montado, e nas próprias repartições públicas.

4.2. Publicidade
A publicidade a ser adotada ao longo do processo de elaboração do Plano é
definida levando-se em consideração as práticas já adotadas pela Prefeitura Municipal.
Caberá à equipe técnica do município orientar o setor de comunicação municipal no
acompanhamento e na promoção da divulgação de todo o processo de elaboração do
Plano, seguindo os encaminhamentos obtidos nas reuniões técnicas das equipes envolvidas.
Os mecanismos de comunicação definidos deverão contemplar as abordagens
diferenciadas utilizadas para os diversos setores da sociedade, entre eles: link na página
eletrônica da prefeitura com informações sobre o Plano; mailing informativo; convites e
ofícios diretos; publicação em jornal e anúncios em rádio local, etc. Todas as etapas da
elaboração do Plano deverão contar com cobertura fotográfica e jornalística da Imprensa
da Prefeitura. Com a orientação da equipe técnica municipal e de acordo com o
andamento do Plano, o site da Prefeitura poderá ser abastecido com informações
atualizadas sobre as etapas da elaboração, tais como releases de eventos, arquivos de
apresentações realizadas, insumos discutidos em encontros técnicos, etc.

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As reuniões de equipe poderão ser convocadas com antecedência, expondo-se os
temas a serem debatidos e adotando-se as práticas convocatórias já utilizadas pelas
secretarias envolvidas, tais como convite via ofício, email ou contato direto. As reuniões
deverão acontecer em horário compatível com a disponibilidade dos atores a serem
envolvidos, normalmente durante o expediente de trabalho e em local que garanta o fácil
acesso dos mesmos. As propostas ou deliberações de cada reunião de pactuação deverão
ser enviadas por e-mail ou ofício aos participantes e também disponibilizadas em cópia
impressa para consulta pública no Departamento de Habitação da Secretaria de
Planejamento Urbano da Prefeitura Municipal de Itapetininga em até dois dias úteis após a
realização das mesmas.
Já as reuniões de pactuação com os atores sociais organizados deverão ser
publicizadas com antecedência e o material a ser debatido poderá ser disponibilizado
previamente na página eletrônica da prefeitura e impresso para ser consultado no
Departamento de Habitação e em outros lugares acessíveis à população, como centros de
referência, associações assistenciais e de bairro, setores públicos de assistência e promoção
social, etc. Essas atividades deverão acontecer em horário compatível com a
disponibilidade dos atores envolvidos e em local que garanta o fácil acesso dos mesmos. O
incentivo à participação dos demais representantes da sociedade – a serem identificados
pela equipe do município de acordo com a necessidade – nas Reuniões de Pactuação com
os conselhos municipais atuantes deverá ser formulado pela equipe da Prefeitura, via
convite direto oficial e outros meios de contato já pré-estabelecidos pela dinâmica interna
destes atores.

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5. PRAZOS E CUSTOS ESTIMADOS PARA AS ETAPAS PREVISTAS

Os prazos e custos previstos para as três etapas e produtos do Plano Local


de Habitação de Interesse Social deverão seguir a planilha abaixo:

Etapa ago set out nov dez


R$
Metodologia de 12.000,00
1
Trabalho

Diagnóstico
2
Habitacional

2.1. Levantamento de
dados para a
formulação do R$
diagnóstico do setor 12.000,00
habitacional e
institucional
2.2. Diagnóstico
propriamente dito,
R$
compreendendo a
12.000,00
análise dos dados
levantados

3 Estratégias de Ação

3.1. Proposta
R$
Preliminar de Plano de
12.000,00
Ação

3.2. Plano de Ação R$


propriamente dito 12.000,00

Ressalta-se que os custos referentes às etapas de elaboração do Plano deverão ser


pagos mensalmente, em cinco parcelas iguais, conforme planilha acima apresentada e
conforme estabelecido no edital de contratação dos serviços técnicos de consultoria
especializada para a elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social.

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6. MEDIÇÃO DE PRODUTO

O Produto medido neste relatório é o Produto 1. PROPOSTA METODOLÓGICA


(1o Relatório Parcial de Atividades). O valor da parcela, conforme cronograma constante do
Termo de Referência é de R$12.000,00 (doze mil reais).

Campinas, 14 de setembro de 2010.

Eleusina Lavôr Holanda de Freitas


DEMACAMP Planejamento, Projeto e Consultoria s/s ltda
CNPJ 03.584.553/0001-27

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BIBLIOGRAFIA

BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. “Capacidades administrativas, déficit e efetividade na


política habitacional”. Brasília/São Paulo: Centro de Estudos da Metrópole / CEBRAP,
2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. “Curso à Distância: Planos Locais de Habitação e
Interesse Social”. Brasília: Ministério das Cidades/ Secretaria Nacional de Habitação,
2009.
BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. “Guia de Adesão. Sistema Nacional de Habitação de
Interesse Social – SNHIS”. Brasília: Ministério das Cidades/ Secretaria Nacional de
Habitação, 2008.
BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. “Plano Nacional de Habitação -2008-2023, Versão
Final”. Brasília: Ministério das Cidades/Secretaria Nacional de Habitação/ Consórcio
PlanHab, 2009.
BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Secretaria Nacional de Habitação. “Precariedade no
Brasil Urbano”. Centro de Estudos da Metrópole/Centro Brasileiro de Análise e
Planejamento - Cem/Cebrap. Disponível em: www.cidades.gov.br/secretarias-
nacionais/secretaria-de-habitacao/biblioteca.
DENALDI, R. “Plano de ação integrada em assentamentos precários”. In: Ações Integradas de
Urbanização de Assentamentos Precários. Brasília/São Paulo: Ministério das
Cidades/Aliança das Cidades, 2009. P. 139-174
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Déficit Habitacional no Brasil 2007. Brasília: Fundação João
Pinheiro, 2007.
OLIVEIRA, E. “Demanda Futura por moradias no Brasil 2003-2023: uma abordagem
demográfica”. Brasília: Ministério das Cidades, 2009.

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ANEXO 1

DADOS RELATIVOS À QUESTÃO HABITACIONAL

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DADOS A COLETAR PARA ETAPA 2.
DIAGNÓSTICO DO SETOR HABITACIONAL

1. Contextualização da Problemática Habitacional


Capítulo Objetivos Fontes de Informação
1. Inserção Regional e Analisar o desenvolvimento econômico Plano Diretor vigente
Dinâmica Sócio-econômica esperado e desejado pelo município, a Diagnóstico completo do Plano Diretor vigente ou anterior
do Município distribuição espacial dos grupos de Plano de Desenvolvimento Econômico ou similar
renda no território (mescla social x Intervenções Estratégicas (modificam a dinâmica do território): perfil das indústrias e
vulnerabilidade) e a distribuição atual e empreendimentos com previsão de instalação no município
proposta das atividades econômicas no Atrativos que a cidade apresenta (turismo, indústria, agronegócio)
território, tendo em vista que estas Indústrias que se instalaram de 1999 a 2009
questões podem gerar atração de
Mapeamento dos grupos de renda no território
população e, consequentemente,
Plano Viário/ Mobilidade Urbana
ampliação da demanda habitacional
Política para a Zona Rural: qual a característica predominante (Agricultura familiar
para diferentes faixas de renda
ou Agronegócio)
Plano de Turismo/ Projetos/ Diagnósticos Turísticos
Plano Saneamento/ Projetos/ Diagnósticos Ambientais

2. Estrutura e Evolução Verificar como a evolução da estrutura Itens do capítulo anterior


Urbana urbana e a atual organização territorial Teses, dissertações e artigos sobre o município
influenciam na questão habitacional Base cartográfica do município em dwg, contendo: lotes, praças, vias, etc;
macrozoneamento, delimitação urbano-rural, zoneamento, áreas de preservação
ambiental; principais equipamentos públicos; delimitação de zeis, áreas de
preempção e outros instrumentos do Estatuto da Cidade; áreas pavimentadas e não
pavimentadas; e iluminação pública

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Capítulo Objetivos Fontes de Informação
3. Oferta Habitacional e Verificar se há terra disponível para Lista e mapeamento dos empreendimentos habitacionais privados aprovados
Promoção Imobiliária HIS e se há viabilidade técnica- nos últimos 10 anos, contendo: ano de aprovação e nº unidades habitacionais
financeira para aquisição produzidas, localização e faixa de renda dos beneficiados
Lista e mapeamento dos empreendimentos habitacionais públicos aprovados
Identificar obstáculos e fragilidades nos últimos 10 anos, contendo: ano de aprovação, nº unidades habitacionais
que dificultam a aquisição de imóveis produzidas, localização, agente produtor e programa de vinculação (governo
de HIS federal, estadual ou municipal) e faixa de renda dos beneficiados
Lista e mapeamento dos empreendimentos habitacionais produzidos por outros
Entender a atuação pública no setor agentes (cooperativas, entidades assistenciais, movimentos organizados, etc):
habitacional de acordo com as ano de produção, nº unidades habitacionais produzidas, localização e faixa de
necessidades de demanda renda dos beneficiados
Identificação dos principais agentes imobiliários locais: construtoras,
cooperativas, movimentos organizados, entidades assistenciais, imobiliárias
(venda e locação).
Lista e mapeamento dos novos empreendimentos em processo de análise,
contendo: promotores e perfil dos lançamentos - nº unidades previstas, faixa de
renda dos beneficiados - programa de vinculação (se cabível)
Relatório dos programas habitacionais concluídos e em andamento (com fases,
custos das atividades e ações e mapa de localização das áreas atendidas)
4. Atores Sociais e suas Verificar como estão organizadas as Lista dos atores sociais do município afetos ao tema da habitação (ou similar):
Capacidades forças sociais em torno da habitação, movimentos sociais, entidades, associações de bairro, etc.
seus potenciais e fragilidades; e Diagnósticos sociais
identificar os conflitos de interesse e a Conselho Municipal de Habitação e outros Conselhos existentes e atuantes:
possibilidade de pactuar objetivos Conselhos da Cidade, Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente, Política
comuns Urbana.
Orçamento Participativo e descrição
Associação de Arquitetos e Engenheiros – CREA, IAB, etc.
Imobiliárias – CRECI

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Capítulo Objetivos Fontes de Informação
5. Marcos Regulatórios e Verificar se a legislação urbanística Leis Específicas de Interesse Social (delimitação de zeis, áreas de preempção,
Legais tem sido adequada para garantir o IPTU progressivo, outros instrumentos do Estatuto da Cidade)
acesso à moradia Leis Específicas de assistência técnica ou similar (auxílio moradia, etc)
Planos Locais e Setoriais (Turismo, Desenvolvimento, Saneamento, Mobilidade
Verificar a interdependência entre as Urbana, Transporte, etc)
questões ambientais, habitacionais e Operações urbanas e Leis específicas para atração de investimentos (incentivos
econômicas fiscais)
Leis Específicas Ambientais
Lei Orgânica do Município
Leis complementares de uso, ocupação e parcelamento do solo, código de
obras e edificações, etc. e leis sobre alteração do perímetro urbano
Lei do Conselho Municipal de Habitação
Lei do Fundo Municipal de Habitação
Lei de criação de outros conselhos afins (meio ambiente, cidade,
desenvolvimento, etc)

6. Condições Institucionais e Verificar se a Prefeitura possui Estrutura Administrativa e Recursos Humanos


Administrativas capacidade institucional e Organograma da Habitação na Prefeitura
administrativa para implementar a Estudo de capacidades administrativas
Política de Habitação Fundos existentes e respectivos recursos (habitação, saneamento, etc)
Recursos e fontes de investimentos para: habitação, saneamento e infraestrutura
Receita Orçamentária e Despesas do município (últimos 5 anos)
Receita Orçamentária e Despesas por Secretaria e departamento (últimos 5
anos)
Programas federais, estaduais e municipais na área habitacional (últimos 5
anos)
Valor dos repasses de recursos por programa especificado
Principais entraves, dificuldades e obstáculos do Departamento de Habitação

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2. Necessidades Habitacionais do Município
Capítulo Objetivos Fontes de Informação
7. Precariedade Habitacional Identificar, caracterizar e classificar Lista e mapeamento das áreas a serem diagnosticadas no Plano de Habitação:
(deficit habitacional e qualitativo) os loteamentos precários, irregulares e clandestinos; favelas; coabitações;
tipos de assentamentos precários ocupações em áreas de risco; ocupações e habitações em áreas inadequadas
existentes no município (zona urbana e rural); e conjuntos habitacionais degradados.
Diagnósticos de Risco e Dados da Defesa Civil
Diagnósticos e Relatórios do Programa Cidade Legal (se cabível)
Projetos sociais e ambientais – informações sobre assentamentos
Mapeamento das regiões não atendidas ou atendidas deficientemente pelo
serviço de abastecimento de água
Mapeamento das regiões não atendidas ou atendidas deficientemente pelo
serviço de coleta e tratamento de esgoto
Lista e mapeamento dos lotes que possuem mais de um hidrômetro

8. Necessidades Distinguir os diferentes tipos de déficit Cadastros e Banco de Dados Assistência Social e Habitação
Habitacionais do e sua relação com a cidade formal e Censo Habitacional – Cadastros de demanda por habitação (Minha casa,
município (Déficit informal minha vida, etc)
Habitacional, Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico)
Inadequação e Demanda Cadastros da Saúde (SUS, Programa Saúde da Família)
Demográfica Futura)

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Capítulo Objetivos Fontes de Informação
9. Necessidades Definir as formas de atendimento – Planta Genérica de Valores
Habitacionais – terra x localização x tipologias – para Identificação e mapeamento dos imóveis de propriedade da Prefeitura
Atendimento e Custos os diferentes grupos de demanda Municipal
habitacional e os custos Identificação e mapeamento das áreas patrimoniais públicas (Estado e
correspondentes União)
Lotes, glebas e imóveis vazios: informações cadastrais, tributárias e
infraestrutura
Lista e mapeamento dos imóveis inscritos na divida ativa
Lista e mapeamento dos imóveis que pagam ITR
Critérios municipais para isenção do IPTU
Imóveis que possuem consumo zero de abastecimento de água
Obras previstas e principais dificuldades para a extensão ou regularização
dos serviços de saneamento
Valor médio da terra por região (mercado)
Estimativa de custos utilizados por empresas privadas (habitação de
mercado popular)
Custo para aquisição das terras privadas incluídas no banco de terras
Custo de intervenções pontuais, obras emergenciais e defesa civil
Custo para melhorias habitacionais
Custo de regularização fundiária
Custo de urbanização com implantação de infra-estrutura em
assentamentos precários
Custo de unidade habitacional unifamiliar com execução de infra-estrutura
pública
Custo de unidade habitacional verticalizada com execução de infra-
estrutura condominial e pública
Custo de unidade habitacional em conjunto combinado (50% vertical 50%
horizontal)

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ANEXO 2

MODELO DE FICHA DE CARACTERIZAÇÃO

DE ASSENTAMENTOS

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ANEXO 3

RELATÓRIO DE
PACTUAÇÃO DA ETAPA

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RELATÓRIO DE PACTUAÇÃO DA ETAPA 1

A primeira pactuação dos trabalhos do Plano Local de Habitação de Interesse Social


de Itapetininga ocorreu no dia 13/09/2010 e contou com a participação da equipe técnica
da Prefeitura, da equipe consultora, de alguns conselhos municipais atuantes, de
representantes de associações e de membros e líderes de bairros e distritos do município.
De acordo com as definições estabelecidas na reunião de pactuação com a equipe
técnica da Prefeitura Municipal, a primeira reunião de pactuação pública foi coordenada e
conduzida pelo governo municipal, sendo a consultoria responsável pela apresentação dos
elementos necessários para entendimento técnico dos conteúdos exibidos. Adotando-se a
estrutura já utilizada pela Prefeitura para esse tipo de evento, a reunião foi organizada em
quatro blocos principais:

Organização da Audiência Pública


Tempo Abordagem
1 0-15min Abertura da Reunião de pactuação de Pactuação do PLHIS pelo poder
público municipal e apresentação da equipe técnica da consultoria e dos
membros participantes do evento;
2 15min-45min Apresentação do PLHIS – o que é, para que serve, como será feito e quais
os principais desafios – pela equipe consultora;
3 45min-60min Complementação da apresentação pela equipe da Prefeitura Municipal;
4 60min-115min Abertura para questionamentos da sociedade civil e respostas dos
questionamentos por parte do poder público municipal e da equipe
consultora.

A primeira pactuação do Plano teve como objetivo o lançamento do PLHIS no


município, ou seja, a divulgação do início do processo de formulação da política
habitacional de Itapetininga. A apresentação procurou esclarecer com objetividade a toda
população presente o que é, para que serve e como será feito o Plano Local de HIS. Para
tanto, adotou-se como roteiro a abordagem sintética, didática e explicativa de seus
conteúdos e temas centrais, contextualizando a inserção institucional dos trabalhos, os
objetivos e produtos esperados pelas etapas de elaboração do Plano e os desafios que a
política habitacional irá enfrentar durante sua formulação e sua implementação.

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Seguindo-se a apresentação proposta pela equipe consultora, os temas tratados
foram:
1. O porquê dos planos habitacionais – que retratou o panorama atual da
habitação no Brasil e as consequências diretas da ausência de política
habitacional a nível federal, quais sejam: a concentração de habitação
social na periferia, o grande contingente de famílias habitando em favelas e
loteamentos clandestinos e, paralelamente, o grande estoque de terras
vazias e dos altos custos nas áreas centrais; a fermentação do déficit
habitacional em todo o país e a insuficiência de recursos para equacionar
esse déficit ou, quando da existência de recursos, a grande quantia de
investimentos realizados sem visão de conjunto e sem planejamento a longo
prazo;
2. A nova Política Nacional de Habitação e suas principais ações, tais como a
viabilização da prioridade para o atendimento às famílias de baixa renda, os
novos programas habitacionais em andamento, o Plano Nacional de
Habitação, o Sistema (SNHIS) e Fundo Nacional de Habitação de Interesse
Social (FNHIS) e as exigências para adesão ao Sistema e para acesso aos
recursos disponibilizados no FNHIS;
3. O que é um plano de habitação, esclarecendo-o como um instrumento de
planejamento do setor habitacional a curto, médio e longo prazo e
apresentando e descrevendo suas etapas de elaboração, quais os
procedimentos e equipes envolvidas, e os conceitos técnicos que as
compõem (déficit habitacional quantitativo e qualitativo, inadequação
habitacional dentro e fora de assentamentos, etc);
4. Os desafios do PLHIS no município, que embora sejam desafios de ordem
federal, foram também identificados pelo Grupo de Trabalho como
pertinentes ao contexto local. Esses desafios consistem em como garantir
oferta de terra urbanizada compatível com a demanda de habitação de
interesse social para os próximos anos, considerando o estabelecimento de
uma política de solo como componente da política habitacional; como
modificar os mecanismos de localização de habitação de interesse social de
forma a combater a segregação socio-territorial; e como ampliar os
recursos para atendimento da habitação de interesse social através das

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diferentes fontes de recursos e das possíveis parcerias entre poder público e
iniciativa privada, tendo-se como referência um novo conceito de moradia
digna e que relacione integralmente a casa, o bairro e a cidade; e
5. O papel do Conselho Municipal de Habitação durante a elaboração do
PLHIS, com o intuito de apresentar a importância deste órgão deliberativo
em: apoiar a organização e promoção das atividades participativas de
elaboração do Plano; divulgar o processo participativo de elaboração do
PLHIS; e debater os produtos técnicos que subsidiarão a elaboração do
PLHIS e os produtos finais de cada uma das etapas, participando das
decisões em relação à política municipal de habitação. Também foi
discutido o papel do Conselho ao longo da implementação do PLHIS,
sobretudo sua função de garantir o cumprimento das metas e estratégias
estabelecidas pela política habitacional e o controle social dos recursos e
fundos destinados à execução desta política. Este tópico foi apontado
também com o intuito de suscitar o interesse em alguns membros presentes
a incorporar o Conselho.

A avaliação da reunião de lançamento do PLHIS do município de Itapetininga teve


como base a positividade da discussão. A estrutura de apresentação dos conteúdos técnico-
conceituais e o modo de abordagem dos temas contribuíram para que a discussão levantada
pelos participantes se voltasse a questionamentos de ordem bem mais coletiva do que
individual e que contribuíram para elevar o nível de debate da reunião de pactuação, uma
vez que agregaram novas informações aos conteúdos apresentados. A grande totalidade das
dúvidas e questionamentos apontados pela sociedade civil foi focada nos conteúdos da
apresentação, ou seja, nos próprios conteúdos técnicos do PLHIS, revelando, nesse sentido,
que a população presente pode compreender o plano habitacional como um instrumento de
planejamento a curto, médio e longo prazo.
Tal avaliação parte do pressuposto de que, de modo geral, em grande parte das
reuniões públicas as manifestações da sociedade estão focadas nos interesses individuais – o
participante tende a questionar sobre problemas específicos, aproveitando-se a oportunidade
da reunião de pactuação para criticar ou cobrar o poder público sobre questões que possam
solucionar suas indignações. Esse tipo de debate causa, muitas vezes, certa inquietude tanto
ao questionador quanto ao mediador da reunião de pactuação – no caso, o próprio poder

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público – e pode direcionar o debate para caminhos que não mais incorporem discussões e
informações de ordem coletiva, uma vez que podem vir a dar margem a intervenções e
manifestações similares.
O debate também permitiu identificar a preocupação do governo municipal com a
resolução dos problemas habitacionais em destaque no município. Foi possível notar que o
interesse em solucionar e transpor os desafios do PLHIS foi passado ao público de forma
transparente, ressaltando-se tanto as conquistas quanto as dificuldades obtidas pelo governo
local. Pode-se deixar claro, assim, que o objetivo de elaboração do PLHIS abrange, antes de
tudo, o interesse na formulação de uma política habitacional para o município – e não
somente a necessidade de se inserir em parte da exigência federal de acesso a recursos.
Nesse sentido, as questões de maior destaque visíveis foram, primeiramente, as que se
referem aos esforços que o poder público vem desprendendo para atuar na área
habitacional, tendo em vista a recente formação do Departamento de Habitação.
O maior resultado obtido pela reunião de pactuação foi o ganho de informações a
respeito da política habitacional e o entendimento do PLHIS pela sociedade civil. Em muitos
casos, pelo fato dos conteúdos serem muito técnicos e conceituais, a sociedade civil tende a
não se apropriar das informações passadas. Nesse sentido, a Reunião da primeira etapa do
Plano caminhou na direção oposta e pode preparar a base para as futuras discussões do
processo e para o processo de formação e estruturação do Conselho Municipal de
Habitação.

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FOTOS DO EVENTO

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LISTA DE PRESENÇA E APRESENTAÇÃO

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ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO

Relatório
Diagnóstico
Habitacional
Versão Final

PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

INTERESSADO

Prefeitura do Município de
Itapetininga

Campinas
DEZEMBRO 2011

1
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA
ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO

Equipe DEMACAMP Planejamento, Projeto e Consultoria

Coordenador geral Eleusina Lavôr Holanda de Freitas

Urbanista Sênior Ari Vicente Fernandes

Advogada Ernestina de Oliveira


Sociólogo Sylvio Fleming Batalha da Silveira
Flávio Henrique Ghilardi

ArquitetaUrbanista Joana Zavaglia Ribeiro


Camila Argento

Estagiárias Natasha Mendes

2
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INDICE
RELATÓRIO 2.2
DIAGNÓSTICO HABITACIONAL
Versão Final

Parte I: Contextualização da Problemática


Habitacional em Itapetininga 4
1. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO 5
2. INSERÇÃO REGIONAL 9
3. DINÂMICA ECONÔMICA DO MUNICÍPIO 14
4. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DA POPULAÇÃO 22
5. EVOLUÇÃO URBANA 36
6. PROMOÇÃO HABITACIONAL 53
7. MARCO JURÍDICO-INSTITUCIONAL 69
8. ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL, RECURSOS E FONTES 100

Parte II: Necessidades Habitacionais de Itapetininga 141


9. A PRECARIEDADE HABITACIONAL EM ITAPETININGA 142
10. NECESSIDADES HABITACIONAIS 154
11. ATENDIMENTO E CUSTOS 162
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 175

Anexo I. Relatório do Processo Participativo 177

Anexo II. Fichas de Caracterização dos Assentamentos 201


Precários vistoriados em Itapetininga

3
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Parte I.
Contextualização da Problemática
Habitacional em Itapetininga

4
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1. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO

O Município de Itapetininga se situa na parte Sudoeste do estado de São Paulo,


possui área de 1.792,08. km2, a terceira maior extensão territorial do estado, com 81,72
km2 de área urbana e 1.710,36 km2 de área rural, sendo, de acordo com o Plano
Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, o primeiro município do estado em área
agricultável.

A maior parte do território do Município está inserida na bacia hidrográfica do Alto


Paranapanema, em uma altitude de 656m acima do nível do mar (SEADE). A rica malha
hidrográfica do Município constitui um dos fatores de seu desenvolvimento. O principal rio
que banha o município é o Itapetininga, afluente do Paranapanema, que corre na direção
leste‐oeste, nascendo nas proximidades da serra de Araçoiaba e tendo um percurso de 72
km dentro do município. A importância deste manancial levou o Município a criar a Área
de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Itapetininga através da Lei Municipal 4.445 de 12
de setembro de 2000. Outros rios que merecem destaque em Itapetininga são o
Paranapanema, o Turvo, o Tatuí e o Sarapuí, que servem de divisa com outros municípios.
Devem ser mencionados, ainda, pela importância, os rios Capivari, Alambari e Agudo,
além dos Ribeirões dos Macacos, do Chá, do Pinhal, Grande e da Estiva.

A cobertura vegetal original é constituída predominantemente por Floresta


Estacional Semidecidual e Ombrófila Densa, além de formação arbórea/ arbustiva em
região de várzea e Savanas. Dados de 2009 do Sistema de Informações Florestais do
Estado de São Paulo apontam que a vegetação natural remanescente no município ocupa
27.823 hectares, o que corresponde a 15,5% de sua área total. Esse percentual encontra-
se abaixo das médias do Estado (17,5%) e da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(20,6%), mas expressa uma situação menos crítica se comparado com os demais
municípios paulistas, encontrando-se na 170ª posição em termos de percentual de área
remanescente de vegetação nativa.

Com relação às áreas protegidas, além da APA Municipal da Bacia do Rio


Itapetininga, ainda não regulamentada, o município conta com a Estação Experimental de
Itapetininga, criada em 28/11/58 pelo Decreto Estadual 34.082 e regulamentada em

5
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1964. A Estação Experimental possui uma área de 6.706.78ha e foi transformada em


Reserva de Preservação Permanente pela Lei Estadual n. º 6.150/88. Essas reservas se
destinam à difusão de tecnologia agropecuária, são criadas em áreas de domínio do Poder
Público e suas atividades de pesquisa correspondem às áreas de experimentação nos
setores da produção agrícola, animal e agroflorestal, abrangendo a sanidade animal e
vegetal, os recursos naturais e florestais.

Itapetininga possui privilegiada localização geográfica, sendo cortada por ferrovia e


rodovias que dão acesso ao interior de São Paulo e aos estados de Mato Grosso do Sul e
Paraná, além de estar na rota do Mercosul. A distância de São Paulo é de cerca de 170 km
e os acessos ao Município são feitos pelas rodovias Rodovia Raposo Tavares (SP 270), com
entrada no km 168 para a Rodovia Francisco da Silva Pontes (SP 127) e a Rodovia Castello
Branco (SP 280), com entrada no km 129 para a Rodovia Antônio Romano Schincariol (SP
127). Cabe destacar a importância da rodovia SP 127, que percorre a região no sentido
Norte-Sul, vindo de Piracicaba até Capão Bonito, onde se iniciam a SP 250 que segue até
o Vale do Ribeira e a SP 258 até Itapeva. O Município está, portanto, integrado a um
sistema de rodovias que o interliga a Piracicaba, Sorocaba, Campinas, Curitiba, Ponta
Grossa, Norte do Estado do Paraná e outras cidades do sul do país, bem como, ao oeste
de São Paulo e ao Estado do Mato Grosso, além de dispor de cerca de 4.000 Km de
estradas rurais. Dentre suas particularidades, a localização de Itapetininga se destaca por
possibilitar fácil acesso aos portos de Santos e Paranaguá, bem como ao Terminal
Intermodal Hidroviário de Conchas, no rio Tietê. Na malha ferroviária, Itapetininga é
considerada uma das principais cidades do ramal de Itararé que a une, dentro da Rede
Ferroviária Federal, ao Sul do País, a São Paulo e ao porto de Santos.

1.1. Formação Administrativa

A exemplo de muitas outras cidades do interior de São Paulo, Itapetininga se


desenvolveu por causa do tropeirismo. O local era um ponto de descanso dos tropeiros,
que montavam ranchos e arraiais para o pouso quando se dirigiam a São Paulo, ou antes
de seguirem em direção ao Sul do País. Sua origem está associada à antiga povoação de
Nossa Senhora dos Prazeres, fundada em 1766, no município de Sorocaba, às margens do

6
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Rio Itapetininga. Decorridos alguns anos, as terras foram perdendo a fertilidade, sendo
fundado um novo arraial não muito distante do primeiro, e neste local foi oficialmente
criada a Vila de Itapetininga em 05 de novembro de 1770. Em 1852 a Vila foi elevada à
condição de Sede de Comarca, e em 13 de março de 1855 a Lei provincial nº 5 a eleva à
condição de cidade e sede municipal.

Ainda no século XIX, em 1861, foi criado o distrito de Alambari e anexado ao


município e, em 1913, anexados os distritos de Morro do Alto e de Gramadinho. Em 1980,
foi criado e anexado ao município o distrito de Rechan e em 1991 o distrito de Alambari foi
desmembrado de Itapetininga e elevado à categoria de Município. Em 1996, foi anexado
ao município o distrito de Tupy, e na última década dois novos distritos foram anexados ao
município: Conceição e Varginha. Dessa forma, o município apresenta-se constituído hoje
de 7 distritos: Itapetininga, onde está a sede urbana, e os distritos rurais de Conceição,
Gramadinho, Morro do Alto, Rechan, Tupy e Varginha, assim permanecendo até hoje.
(IBGE)

7
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Figura 1.1. Divisão distrital do Município

Fonte: Diagnóstico Habitacional, Prefeitura de Itapetininga, 2009.

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2. INSERÇÃO REGIONAL

Itapetininga está inserida na Região Administrativa de Sorocaba, constituída por 79


municípios. O Município é o terceiro mais populoso dentro da Região Administrativa, e é
sede da Região de Governo que agrega os municípios de Alambari, Angatuba, Boituva,
Campina de Monte Alegre, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Guareí,
Itapetininga, Quadra, São Miguel Arcanjo, Sarapuí e Tatuí. Esses municípios estão
localizados predominantemente nas bacias hidrográficas do Alto Paranapanema e do
Médio Tietê/Sorocaba, sendo que apenas um deles – São Miguel Arcanjo - tem parte do
seu território na bacia hidrográfica do Ribeira do Iguape.

Quadro 2.1. Municípios da Região de Governo e Bacias Hidrográficas

Municípios da Região de Bacia do Alto Bacia do Tietê Bacia do Ribeira do


Governo de Itapetininga Paranapanema Sorocaba Iguape
Alambari X
Angatuba X
Boituva X
Campina do Monte Alegre X
Capela do Alto X
Cerquilho X
Cesário Lange X
Guareí X
Itapetininga X X
Quadra X
São Miguel Arcanjo X X
Sarapuí X X
Tatuí X

Fonte: SIGRH 2010

Na divisão do País em meso e microrregiões, realizada pelo IBGE em 1990,


Itapetininga figura como sede de Mesorregião que é integrada por 36 municípios 1 e
subdividida em quatro Microrregiões: Capão Bonito (10 municípios), Itapeva (12

1
Integrada pelos seguintes municípios: Alambari, Angatuba, Apiaí, Barão de Antonina, Barra do Chapéu,
Boituva, Bonsucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Cerquilho, Cesário Lange,
Coronel Macedo, Guapiara, Guareí, Iporanga, Itaberá, Itaoca, Itapetininga, Itapeva, Itapirapuã Paulista,
Itaporanga, Itararé, Laranjal Paulista, Nova Campina, Pereiras, Porangaba, Quadra, Ribeira, Ribeirão Branco,
Ribeirão Grande, Riversul, Taquarituba, Taquarivaí, Tatuí e Torre de Pedra.

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municípios), Itapetininga (5 municípios) e Tatuí (9 municípios). Essa divisão, mais do que a


divisão administrativa do estado, revela-se importante para o entendimento da dinâmica
social e econômica regional, auxiliando a avaliação das identidades regionais e
especificidades ligadas à produção desse conjunto de municípios, porque identifica formas
de organização do espaço geográfico que se definem a partir de três dimensões: o quadro
social, o quadro natural e a rede de comunicação e lugares. Na Tabela2.1 a seguir são
apresentadas as microrregiões às quais estão integrados os municípios da Região de
Governo de Itapetininga, podendo-se observar que três municípios – Capela do Alto,
Sarapuí e São Miguel Arcanjo – estão ligados às microrregiões de Sorocaba e Piedade que
compõem, juntamente com as microrregiões de Bragança Paulista e Jundiaí, a Mesorregião
da Macrometropolitana Paulista. Considerando a importância de identificação do perfil
econômico dos municípios integrantes da Região de Governo, bem como a sua localização
e acessibilidade, a Tabela 2.1 acrescenta essas informações.

Tabela 2.1. Municípios da Região de Governo de Itapetininga e Microrregiões do IBGE

Microrregião Municípios da Perfil do PIB (Seade Localização*/Acesso**


(IBGE) Região de Governo 2002-2008) DER 2011

de Itapetininga
Itapetininga Alambari Agropecuário Raposo Tavares (N)

Angatuba Agropecuário com Raposo Tavares (N)


relevância
Campina do Monte Agropecuário Raposo Tavares (S)
Alegre

Guareí Agropecuário Castelo Branco (S)


Raposo Tavares (N)
Itapetininga Agropecuário com Raposo Tavares
relevância
Tatuí Boituva Industrial Castelo Branco (N)

Cerquilho Industrial Castelo Branco (N)

Cesário Lange Industrial Castelo Branco (N)

Quadra Agropecuário Castelo Branco (S)

Tatuí Industrial Castelo Branco (S)

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(Sorocaba) Capela do Alto Agropecuário Raposo Tavares (N)

Sarapuí Serviços Raposo Tavares (S)

(Piedade) São Miguel Arcanjo Agropecuário com Raposo Tavares (S)


relevância
(*) referenciada na proximidade com as duas grandes rodovias que dão acesso à região
(**) melhor acesso tendo como referência a Capital
Fonte: Fundação Seade, Perfil Municipal 2010; IBGE, IBGE, e DER, mapa da DR 2 – Itapetininga.

Dados da Fundação Seade sobre o perfil do PIB dos municípios paulistas entre
2002 e 2008, apontam que sete dos treze municípios da Região de Governo de
Itapetininga apresentam um PIB com perfil predominantemente agropecuário (Alambari,
Campina do Monte Alegre, Guareí, Quadra, Angatuba, Itapetininga e São Miguel Arcanjo),
sendo que os três últimos são considerados relevantes no Estado. Quatro municípios dessa
região têm um PIB com perfil industrial (Tatuí, Cerquilho, Boituva e Cesário Lange), os três
primeiros com presença inequívoca do setor industrial na série histórica, enquanto que em
Cesário Lange esse perfil aparece nos últimos dois anos do levantamento. Apenas dois
municípios têm apresentado um PIB com perfil voltado para o setor de serviços (Capela do
Alto e Sarapuí), embora a série histórica indique que nesses dois municípios a presença
agropecuária tem sido relevante.
Tomando-se as duas microrregiões constituídas exclusivamente por municípios da
Região de Governo de Itapetininga, pode-se observar que na microrregião de Tatuí, à
exceção do pequeno município de Quadra, que se desmembrou de Tatuí em 1997, é
evidente o destaque para a atividade industrial, perfil que parece caracterizar os municípios
localizados nas proximidades da rodovia Castelo Branco, enquanto que nos municípios
localizados no “eixo Raposo Tavares”, pertencentes à microrregião de Itapetininga, esse
perfil é fortemente marcado pela atividade agropecuária. Quanto à acessibilidade aos
municípios da microrregião de Itapetininga, cabe observar que o município de Guareí é o
que possui acesso mais precário, que se dá pela vicinal SP 157, que o liga a Itapetininga e
à rodovia Castelo Branco.
Os dados sobre a evolução do PIB e do Valor Adicionado da Região de Governo
de Itapetininga entre 2000 e 2008, apresentados na Tabela 2.2, apontam para uma
evolução bastante positiva da economia regional em relação ao Estado, com crescimento

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proporcional maior que o estadual em todos os indicadores, especialmente nos valores


referentes ao VA da Indústria, cujo crescimento no período foi quase 100% maior que o do
Estado.
Percebe-se claramente que Cerquilho, Itapetininga e Tatuí despontam com folga no
valor do PIB, bem acima dos demais municípios. Cerquilho apresenta significativo
crescimento do valor adicionado do setor industrial e o maior PIB da região, posição que
até 2002 era ocupada pelo município de Itapetininga. Quanto ao perfil do PIB, em Tatuí e
Cerquilho se destaca, como já visto, a atividade industrial, enquanto que Itapetininga é
caracterizado como município de perfil agropecuário com relevância no Estado. No que diz
respeito à localização desses três municípios Cerquilho e Tatuí, estão integrados à mesma
microrregião e se encontram mais próximos da influência exercida pelo fator de articulação
espacial expresso pela rodovia Castelo Branco, ao passo que Itapetininga é centralidade da
microrregião que tem na rodovia Raposo Tavares o principal fator de integração espacial.

Tabela 2.2. PIB e participação dos setores econômicos no valor adicionado dos municípios
da Região de Governo de Itapetininga

PIB ( em milhões de Valor Adicionado Valor Adicionado Valor Adicionado de


Município
reais correntes) da Indústria da Agropecuária Serviços*
2000 2008 2000 2008 2000 2008 2000 2008
Alambari 14,46 56,18 1,92 4,69 3,23 20,22 8,76 28,26
Angatuba 117,21 291,72 37,27 67,04 14,48 51,76 55,32 144,31
Boituva 275,51 928,96 98,07 350,31 4,42 9,05 133,85 433,46
Campina do
35,77 65,31 8,88 7,71 4,59 15,30 18,52 36,60
Monte Alegre
Capela do
51,29 147,34 7,94 19,48 7,08 27,80 33,74 91,10
Alto
Cerquilho 742,65 2.353,16 415,93 1.476,00 4,54 9,30 216,65 604,66
Cesário
61,23 166,05 11,47 50,37 9,26 14,72 36,56 84,95
Lange
Guareí 32,10 107,01 5,59 15,79 4,78 29,53 20,08 55,77
Itapetininga 836,53 1.980,38 209,27 528,90 52,15 229,93 483,55 1.010,18
Quadra 17,91 37,16 1,61 2,44 5,13 12,99 10,10 18,95
São Miguel
133,07 318,31 14,17 24,01 29,00 78,50 83,97 195,90
Arcanjo

12
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Sarapuí 26,75 81,80 4,54 13,00 3,79 16,22 17,13 46,92


Tatuí 671,96 1.738,95 223,88 620,24 10,17 25,89 362,67 882,65
Região de
3.016,44 8.272,34 1.040,53 3.179,97 152,61 541,22 1.480,89 3.633,71
Governo
Total do 424.161, 1.003.01 113.036, 244.023, 11.972,9 240.585, 570.583,
4.905,43
Estado 31 5,76 22 21 7 41 91
(*) inclui Comércio
Fonte: Fundação SEADE, Perfil Municipal 2010

É importante observar também a partir dos dados da tabela acima que, embora o
PIB e o Valor Adicionado da Região de Governo de Itapetininga tenham apresentado
crescimento acima da média do Estado na última década, o município de Itapetininga se
situou entre aqueles de menor crescimento, ficando bem abaixo da média da Região de
Governo. A exceção em Itapetininga ficou com o setor agropecuário, que teve um aumento
da ordem de 340% no período, dado que evidencia a importância do setor para o
município.

Tabela 2.3. Variação percentual no período 2000-2008

PIB VA Total VA Indústria VA Agropecuária VA Serviços


Estado 135 130 115 144 137
Região de 174 175 205 254 173
Governo
Itapetinga 137 137 153 340 109
Fonte: Fundação Seade

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3. DINÂMICA ECONÔMICA DO MUNICÍPIO

Segundo dados do SEADE de 2008, na agropecuária paulista, apesar da


importância da cana-de-açúcar, foram os municípios produtores de laranja que assumiram
as primeiras posições no ranking do setor. Dessa forma, Aguaí, Casa Branca, Itápolis, Mogi
Guaçu, Brotas e Itapetininga se encontram entre as dez primeiras posições na geração de
valor adicionado da agropecuária estadual.
Ao contrário dos setores industrial e de serviços, em que a geração do valor
adicionado é bastante concentrada nos dez maiores municípios (47,7% e 61,18%
respectivamente), o grau de concentração da produção agropecuária é reduzido (um pouco
acima de 11%), como mostra a Tabela 3.1 que apresenta a participação dos dez maiores
municípios no valor adicionado setorial, evidenciando a dispersão da produção
agropecuária no interior do Estado.

(1)
Tabela 3.1. Valor adicionado da agropecuária e participação no total Municípios
(2)
selecionados do Estado de São Paulo – 2008
VA da agropecuária
Participação acumulada
Municípios (em R$ milhões Participação (%)
(%)
correntes)
Estado de São Paulo 11.972,97 100,00 100,00

1. Itapetininga 229,93 1,92 1,92


2. Casa Branca 192,42 1,61 3,53
3. Aguaí 157,16 1,31 4,84
4. Itapeva 146,69 1,23 6,07
5. Mogi Guaçu 131,38 1,10 7,16
6. Itápolis 124,59 1,04 8,20
7. Itaberá 110,00 0,92 9,12
8. Capão Bonito 101,41 0,85 9,97
9. Brotas 96,99 0,81 10,78
10. Altinópolis 90,61 0,76 11,54
(1) a preços correntes
(2) Correspondem aos 10 municípios com maior VA da Agropecuária
Fonte: Fundação Seade: IBGE

Dados de 2008 do Levantamento Censitário das Unidades de Produção


Agropecuária do Estado de São Paulo – LUPA - apontam que existem 2.823 unidades de

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produção agrícola (UPAs) no Município de Itapetininga, sendo que mais de 80% dessas
unidades possuem área menor que 88 hectares, área máxima considerada para a
caracterização como unidades de agricultura familiar. Esses 2.260 imóveis rurais totalizam
16% da área produtiva do município, enquanto que as unidades que possuem mais que
500 hectares representam 1,6% do total de unidades e ocupam 46% dos 162.081,6
hectares da área agricultável total. Do ponto de vista da produtividade dessas áreas,
constata-se, a partir dos dados do LUPA, que 30% dessas áreas são utilizadas com culturas
perenes ou temporárias, 40% com pastagens e 13% com reflorestamento.
Primeiro lugar no ranking da agropecuária paulista, Itapetininga tem produção
bastante diversificada. Além da laranja e da cana-de-açúcar, o município se destaca por
sua produção de aves, batata, milho e feijão, bem como na pecuária leiteira e silvicultura,
principais responsáveis pelo seu alto PIB agrícola. Em função do clima, recursos
hídricos,terra com boa qualidade e extensão territorial, Itapetininga e região lideram
também a produção de grama no estado, sendo que o município possui, em área de
produção, quase 60% do plantio regional.
A importância do setor agropecuário para o município de Itapetininga se revela no
incentivo conferido aos cursos voltados para a capacitação de mão-de-obra a ser
absorvida pelas atividades ligadas ao agronegócio, dentre os quais se destacam: o curso
de Tecnologia Sucroalcooleira da Universidade Aberta do Brasil, os cursos na área de
Tecnologia em Agronegócios e Tecnologia da Informática com ênfase em gestão do
agronegócio oferecidos pelo Centro Paula Souza, e os cursos técnicos oferecidos pela ETEC
nas áreas de Agropecuária, Agricultura, Agroecologia e Agroindústria.
Entretanto, embora a agropecuária seja o setor ao qual tem sido dado maior
destaque em Itapetininga, em função do perfil tributário do País o município é mais
recompensado pelas atividades de serviço e industrial. O município possui mais de 2 mil
empresas, entre pequenas, médias e grandes. Estão instaladas no Município grandes
indústrias como a Duratex (compensados de madeira), a 3M (fitas, adesivos), Acumuladores
Moura, Nishimbo (tecelagem), MGA Moveleira, Móveis Decormant, além das empresas
diretamente ligadas ao setor agropecuário como Ultrafértil, Citrovita, Usina Vista Alegre,
Frigorífico Rabicó, Laticínio Colaso, entre outras.

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Em função de estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São


Paulo, que classifica Itapetininga como o município com maior potencial de crescimento da
indústria moveleira e de confecções no estado, a Administração municipal tem estimulado
nos últimos anos o crescimento dos ramos moveleiro e têxtil. No ramo moveleiro, a
atratividade da cidade se deve à grande área de cultivo de eucalipto e pínus no município,
além da importância da Duratex, que faz chapas modeladas, e da mão de obra
especializada. Quanto ao ramo têxtil, em fevereiro passado a Prefeitura de Itapetininga
anunciou a construção de um condomínio industrial no município voltado à área têxtil. O
condomínio funcionará em uma área com aproximadamente 50 mil metros quadrados, na
Avenida Walter Fontana, e abrigará empresas da área de confecção. O projeto a ser
implantado pelo grupo Emphasis Indústria e Comércio Votorantim Ltda envolverá um
investimento da ordem de R$ 45 milhões de reais. Pretende-se, com a concessão de
incentivos, transformar a cidade em polo de confecção.
Nos últimos anos, devido ao apoio e incentivos dados pela Administração
Municipal, diversas empreendimentos comerciais se instalaram no município. Entre eles se
destacam as Lojas Style, Bravis Frutas, Extra Supermercados, Magazine Luiza, Lojas
Americanas (Unidades I e II), Datamétrica, Decourtament Móveis, Lojas Marisa e Habib’s,
entre outras. Segundo informações da Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento,
estão previstas a inauguração, ainda em 2011, de outras empresas como Top Fértil
Fertilzantes, Master Brinq Indústria de Brinquedos, Lua Nova Confecções, Socer Brasil
(Grupos Resinas Brasil), que aumentarão ainda mais a oferta de empregos diretos formais
oferecidos na cidade.
Na escala municipal, projeta-se, portanto, um desenvolvimento econômico baseado
em caminhos diversificados, embora o Plano Diretor - Lei Complementar nº 19/2007 tenha
conferido especial destaque ao agronegócio e à agroindústria em seu capítulo sobre a
Política de Desenvolvimento Econômico. Entre as diretrizes e estratégias para o
desenvolvimento (artigo 13) o Plano explicita a preocupação com o incentivo a programas
que visem a expansão do setor produtivo, principalmente no ramo de agronegócios e
agroindústrias, e com o desenvolvimento de ações junto aos Governos Estadual e Federal
de apoio e incentivo às micros e pequenas empresas; ao agronegócio e à agroindústria.
Evidencia-se, portanto, o desejo de estabelecer estratégias para que a economia rural se

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desenvolva 2 . Entretanto, é marcante a característica diversificada da economia de


Itapetininga, como demonstra claramente a tabela abaixo, que apresenta a evolução do
Valor Adicionado por atividade no município.

Tabela 3.2. Evolução do Valor Adicionado e do PIB em Itapetininga

Agropecuária Indústria Serviços* VA Total PIB


% no
milhões milhões
Ano PIB do
valor % Valor % valor % de reais de reais
Estado
correntes correntes
1999 59,57 8,87 187,43 27,89 424,94 63,24 671,94 756,86 0,20
2000 52,15 7,00 209,27 28,09 483,55 64,91 744,97 836,53 0,20
2001 130,37 15,29 218,06 25,57 504,34 59,14 852,76 945,28 0,20
2002 129,47 14,07 246,17 26,76 544,43 59,17 920,08 1.021,02 0,20
2003 172,72 16,01 286,72 26,58 619,13 57,40 1.078,56 1.194,45 0,21
2004 226,63 17,18 409,58 31,05 682,74 51,76 1.318,95 1.464,09 0,23
2005 233,65 16,22 420,25 29,18 786,21 54,59 1.440,10 1.589,37 0,22
2006 230,80 15,25 442,90 29,27 839,52 55,48 1.513,22 1.677,81 0,21
2007 235,64 14,02 517,97 30,83 926,57 55,15 1.680,18 1.868,01 0,21
2008 229,93 13,00 528,90 29,90 1.010,18 57,10 1.769,02 1.980,38 0,20
(*) inclui Comércio
Fonte: Fundação Seade, Informações dos Municípios Paulistas, 2011.

Em valores absolutos é visível que o crescimento do VA do setor agropecuário


apresentou o aumento mais significativo no período, seguido pelo setor industrial. Já em
termos de participação no VA total observa-se acentuada elevação da participação do setor
agropecuário a partir de 2001, mas se verifica uma tendência de queda nos últimos quatro
anos (2006 a 2008), o que pode indicar necessidade de estímulo ao setor e justificar a
ênfase que o Plano Diretor de 2007 confere ao desenvolvimento rural e em especial ao
agronegócio e à agroindústria. A queda regular da participação do valor adicionado na
agropecuária (1% ao ano a partir de 2005) vem acompanhada de crescimento da
participação do setor de serviços, que sofreu acentuada queda até 2004, apresentando
tendência de recuperação a partir de 2005. Interessante observar que em valores absolutos
o setor de serviços foi o que menos cresceu no período e, se comparados os dados do setor

2
É necessário ressaltar que as observações sobre o Plano Diretor são referenciadas apenas no texto da Lei,
uma vez que o caderno técnico do Plano não foi localizado na Prefeitura e, portanto, não foi disponibilizado
para consulta.

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no município com os valores do Estado e da Região de Governono mesmo intervalo de


tempo (tabela 2.2), percebe-se que o crescimento no município foi bem menor. Quanto ao
setor industrial, o crescimento do VA do setor foi bastante expressivo no período, com um
incremento de algo em torno de 180%, embora a sua participação no VA total tenha
mantido certa estabilidade, com apenas uma oscilação mais significativa em 2001. A
participação do município no PIB estadual apresenta-se estabilizada em torno de 0,20%
nos 10 anos, com destaque para os anos de 2004 e 2005, quando a participação do
município ficou em 0,23% e a,22% respectivamente.
No comércio, embora a tabela 3.2 não tenha apresentado o valor adicionado,
estando incluído junto ao de serviços, é possível analisar sua evolução no mesmo período a
partir das informações do valor adicionado fiscal apresentadas pela Fundação SEADE. Esta
renda caiu de 251 milhões de reais em 2000 para 204 milhões em 2004, e em 2008
chega a 236 milhões de reais, valor ainda abaixo daquele obtido 2000. Percebe-se, nesse
sentido, que a queda se deu no comércio atacadista e varejista, sendo que no varejo a
recuperação nos últimos quatro anos foi maior. Dos setores específicos do comércio
varejista, os que apresentaram maiores aumentos foram os de revenda de automóveis
(19.428.022 para 39.294.051) e de lojas de departamentos (de 1.770.160 a 6.909.545),
e o que teve pior desempenho foi o de distribuição de combustíveis.

Tabela 3.3. Valor adicionado fiscal do comércio – em reais de 2010

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008


VA Fiscal do
Comércio - Total
251,3 235,4 223,6 221,0 204,6 217,5 222,8 224.2 236,2
(em milhões de
reais de 2000)
VA Fiscal do
Comércio 84,3 78,8 58,8 78,3 65,0 63,3 54,7 49,7 63,2
Atacadista
VA Fiscal do
167,0 156,6 164,8 142,7 139,7 154,2 168,1 174,5 173,0
Comércio Varejista
Fonte: Fundação Seade, Informações dos Municípios Paulistas

Com relação ao número de estabelecimentos (Tabela 3.4), cabe notar que não
houve alterações muito significativas na participação dos setores com relação ao total de
estabelecimentos instalados no Município. Comércio e serviços foram os setores que

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apresentaram maior crescimento no número de estabelecimentos instalados ao longo dos


últimos dez anos, com destaque para o comércio, que teve um incremento de quase 50%.
A maior queda da participação no número total de estabelecimentos do período foi do
setor agropecuário, embora tenha apresentado um crescimento proporcional no número de
estabelecimentos pouco maior que o do setor industrial. É necessário observar, entretanto,
que a fonte dos dados sobre o número de estabelecimentos por setor agropecuário é a
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, que
contabiliza como estabelecimentos apenas as unidades de cada empresa separadas
espacialmente, ou seja, com endereços distintos, levando-se em conta a atividade principal, no
caso dos estabelecimentos com mais de uma atividade econômica. Dessa forma, com relação
aos estabelecimentos agropecuários, os dados de 2008 da Coordenadoria de Assistência
Técnica Integral (CATI) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo,
que contabiliza as Unidades de Produção Agropecuária (UPAs) apresentam o expressivo número
de 2.823 UPAs no município de Itapetininga.
A diversidade da economia de Itapetininga pode ser comprovada também na
Tabela 3.4, quando observados os valores absolutos e relativos relacionados à
empregabilidade no município. Com destaque para o setor de serviços, com uma
participação de 30,47% em 2009 e que vem apresentando tendência de queda desde
1999, em 2009 a distribuição dos vínculos empregatícios apresenta-se bastante equilibrada
entre os demais setores: 23,84 na agropecuária, 23,39 no Comércio e 19,15 do total de
vínculos no setor industrial. Entretanto, a evolução do emprego nos últimos dez anos pode
alterar esses dados, pois o setor de serviços foi o que menos cresceu em número de
empregos formais (algo em torno de 37%), enquanto que o comércio apresentou
incremento no número de postos de trabalho próximo de 80%. Agropecuária e indústria
apresentaram um incremento próximo de 54%, com pequena vantagem para o primeiro.
É necessário observar que a leitura dos dados sobre a geração de vínculos
empregatícios no município de Itapetininga deve considerar o fato de que significativa
parcela da população urbana trabalha em atividades ligadas à produção agropecuária. O
Plano Rural de Desenvolvimento Sustentável 2010-2013 estima que mais de 50% da
população economicamente ativa trabalham no setor, destacando, dentre aqueles com
vínculo empregatício, os funcionários das casas agropecuárias, das lojas de insumos, do

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comércio de máquinas e equipamentos agrícolas, das indústrias de fertilizantes e


aglomerados de madeira, dos supermercados, quitandas, etc.
A importância da participação do setor agropecuário na geração de vínculos
empregatícios em Itapetininga pode ser mensurada ao se compararem os dados do
município com o Estado e a Região de Governo. Em 2009 a participação do setor no total
de empregos formais ficou em apenas 3,08% no Estado e 14,73% na Região de Governo,
enquanto que em Itapetininga chegou a 23,84%.
O aspecto negativo da forte presença do setor agropecuário na geração de postos
de trabalho se manifesta quando analisados os valores referentes ao rendimento médio nas
diferentes atividades, pois este é o setor que apresenta a média de remuneração mais
baixa. No caso de Itapetininga os níveis de remuneração estão todos abaixo da média do
Estado, que em 2009 apresentou os seguintes rendimentos médios em reais correntes:
905,66 no setor agropecuário, 1.296,69 no comércio, 2.076,16 na indústria e 1.885,02
no setor de serviços. Em Itapetininga a média de rendimentos nos últimos dez anos do setor
agropecuário ficou entre 50 e 60% da média do setor industrial, que é o que melhor
remunera. Entretanto, se analisado o incremento da remuneração ao longo do período,
pode-se observar que o setor agropecuário foi o que teve o aumento mais significativo no
rendimento médio dos vínculos empregatícios, apresentando um aumento da ordem de
146%, seguido pelo comércio, com um incremento de 141%. Os setores de serviços e
industrial apresentaram os menores aumentos, ficando o primeiro com aumento de 83% no
período e a indústria com 111%. É importante observar, ainda, que embora no rendimento
médio os valores encontrados no Município sejam menores do que os do Estado, a média
do setor agropecuário é a que apresenta a menor defasagem, representando 91% da
média praticada no Estado em 2009, enquanto que o setor de serviços é o que pratica as
menores remunerações – 56% da média estadual. No mesmo ano comércio e indústria
ficam, respectivamente, em 70% e 67% da média estadual.

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Tabela 3.4. Informações dos setores econômicos - evolução 1999 - 2009 em Itapetininga

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Emprego formal - Vínculos Agropecuária 4.706 5.786 4.947 4.730 4.899 5.485 6.029 5.540 5.359 6.675 7.278
Empregatícios Comércio 4.009 4.492 4.851 4.984 4.763 5.309 5.881 6.297 6.430 6.690 7.142
Indústria 3.799 3.592 3.767 4.141 4.299 5.308 5.466 5.729 5.623 5.659 5.847
Serviços 6.787 7.481 8.413 8.856 8.731 9.218 9.259 9.746 9.730 9.174 9.303
Participação do setor no total de Agropecuária 23,71 26,51 22,13 20,40 21,07 21,23 22,15 19,81 19,18 22,73 23,84
vínculos (em %) Comércio 20,20 20,58 21,70 21,50 20,48 20,55 21,60 22,52 23,01 22,78 23,39
Indústria 19,14 16,46 16,85 17,86 18,49 20,55 20,08 20,49 20,12 19,27 19,15
Serviços 34,19 34,28 37,64 38,20 37,54 35,68 34,01 34,85 34,82 31,24 30,47
Rendimento Médio Agropecuária 336,29 293,62 363,63 448,79 476,84 547,66 567,73 583,06 732,38 771,84 828,69
(em reais correntes) Comércio 374,78 404,03 411,05 492,01 555,24 584,82 626,39 638,18 674,60 832,39 906,23
Indústria 661,15 667,29 618,00 775,93 929,59 966,56 1.020,7 1.134,3 1.279,7 1.424,7 1.398,08
4 7 2 1
Serviços 574,49 578,03 545,68 576,79 706,92 747,80 784,20 826,99 858,17 988,30 1.053,93
número de Estabelecimentos Agropecuária 412 421 431 446 481 476 476 495 498 508 516
Comércio 864 922 973 1.030 1.067 1.084 1.154 1.198 1.213 1.236 1.294
Indústria 150 144 147 147 130 148 146 167 177 173 185
Serviços 591 617 649 680 706 703 750 780 804 826 835
Proporção de estabelecimentos do Agropecuária 19,29 18,75 18,73 18,54 19,36 18,93 18,14 18,10 17,88 17,67 17,47
setor no total de estabelecimentos Comércio 40,45 41,07 42,29 42,81 42,95 43,12 43,98 43,80 43,55 42,99 43,82
(em %) Indústria 7,02 6,41 6,39 6,11 5,23 5,89 5,56 6,11 6,36 6,02 6,26
Serviços 27,67 27,48 28,21 28,26 28,42 27,96 28,58 28,52 28,87 28,73 28,28
Fonte: Fundação SEADE, Informações dos Municípios Paulistas, 2009.
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4. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DA

POPULAÇÃO

4.1. Crescimento da população na Região de

Governo

Os treze municípios da Região de Governo somam, de acordo com o censo IBGE


2010, 463.750 habitantes, e possuem dinâmicas de crescimento populacional bastante
diversificadas, a maioria com tendência de queda da taxa geométrica de crescimento da
população na última década, como pode ser visualizado na tabela abaixo.

Tabela 4.1. População e Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População dos 13


municípios da Região de Governo de Itapetininga

1991 2000 2010


2000/2010 (Em % a.a.) 2,96
Alambari 1991/2000 (Em % a.a.) 1,15
População NA 3.647 4.881
2000/2010 (Em % a.a.) 1,41
Angatuba 1991/2000 (Em % a.a.) 1,29
População 21.053 19.276 22.182
2000/2010 (Em % a.a.) 3,48
Boituva 1991/2000 (Em % a.a.) 4,57
População - 22.904 34.240 48.201
2000/2010 (Em % a.a.) 0,68
Campina do Monte Alegre 1991/2000 (Em % a.a.) 3,29
População NA 5.195 5.561
2000/2010 (Em % a.a.) 2,11
Capela do Alto 1991/2000 (Em % a.a.) 3,19
População 10.711 14.210 17.502
2000/2010 (Em % a.a.) 3,01
Cerquilho 1991/2000 (Em % a.a.) 4,41
População 19.938 29.402 39.557
2000/2010 (Em % a.a.) 1,90
Cesário Lange 1991/2000 (Em % a.a.) 1,65
População 11.102 12.865 15.535

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2000/2010 (Em % a.a.) 3,63


Guareí 1991/2000 (Em % a.a.) 2,09
População 8.447 10.179 14.546
2000/2010 (Em % a.a.) 1,42
Itapetininga 1991/2000 (Em % a.a.) 2,37
População 104.745 125.314 144.377
2000/2010 (Em % a.a.) 2,04
Quadra 1991/2000 (Em % a.a.) 3,50
População NA 2.643 3.235
2000/2010 (Em %) 0,23
São Miguel Arcanjo 1991/2000 (Em %) 2,17
População 25.341 30.743 31.446
2000/2010 (Em % a.a.) 1,47
Sarapuí 1991/2000 (Em % a.a.) 2,07
População 6.481 7.792 9.018
2000/2010 (Em % a.a.) 1,47
Tatuí 1991/2000 (Em % a.a.) 2,54
População 76.303 93.235 107.836
Fonte: Fundação Seade, Informações dos Municípios Paulistas, 2011.

Alambari, Angatuba e Cesário Lange apresentaram pequeno crescimento e Guareí


uma alta significativa. À exceção de São Miguel Arcanjo e Campina do Monte Alegre, que
apresentaram taxas de crescimento bem abaixo da média estadual de 1,09 no período
2001-2010, nos demais municípios as taxas são mais elevadas que a estadual. Guareí,
Boituva e Cerquilho, se sobressaem com as maiores taxas de crescimento (3,63 – 3,48 e
3,01 respectivamente); o primeiro apresentou o maior crescimento, mantendo tendência
crescente da década anterior, enquanto que Boituva e Cerquilho, apesar das altas taxas da
última década, vêm apresentando tendência de queda. Chama a atenção a brusca queda
nas taxas de Campina do Monte Alegre e São Miguel Arcanjo; aquele saltou dos 3,29 de
crescimento na primeira década de existência do município para 0,68 no período de 2001-
2010, enquanto que em São Miguel vem se consolidando forte tendência decrescente nas
três últimas décadas, com a surpreendente taxa de apenas 0,28 no último período.
Itapetininga experimentou pequeno crescimento entre 1991-2000 (2,01 para 2,37) e
razoável queda na última década, quando apresentou uma taxa de 1,42.

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4.2. Dinâmica populacional de Itapetininga

A tendência de queda de crescimento da população no País foi demonstrada na


Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2007 (PNAD) realizada pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada. (IPEA), que aponta para a continuação da queda da taxa de
fecundidade total para níveis abaixo aos de reposição, de 1,83 filhos por mulher, o que se
refletirá no fenômeno já conhecido em vários países da Europa, de redistribuição etária e
“envelhecimento” da população.
Os dados da tabela abaixo mostram que Itapetininga apresenta um quadro
semelhante ao nacional, com queda acentuada da taxa de fecundidade e da taxa de
natalidade, que caíram pouco mais de 60%, e um comportamento oscilante da taxa de
mortalidade, ficando entre 6,22 em 2008 (a mais baixa) e 7,96 em 1996 (a mais alta),
com um valor em 2009 muito próximo do apresentado em 1991. O saldo migratório,
demonstrado nos anos de 1991 e 2000, apresentou um incremento significativo no último
período, representado por uma taxa de mais de 8%, que merece ser investigado.
Embora não indique uma diminuição da população do município, a leitura dos
dados da dinâmica populacional de Itapetininga aponta que a possibilidade de incremento
populacional está mais vinculada à migração resultante de mudanças produtivas locais ou
à ocorrência de fatores externos. Nesse sentido, é possível prever com alguma segurança
que Itapetininga não sofrerá grandes impactos no tamanho populacional nos próximos 10
anos, mesmo considerando as gestões que vêm sendo feitas no sentido de dinamizar a
economia local.

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Tabela 4.2. Dinâmica populacional de Itapetininga

Taxa de
Taxa de Taxa de Taxa líquida Taxa geométrica
fecundidade (por
natalidade mortalidade Saldo de migração de crescimento
Ano mil mulheres
geral (por mil geral (por mil migratório (por mil anual da
entre 15 e 49
habitantes) habitantes) habitantes) população
anos)
1991 86,58 22,36 6,63 30 0,32 2,01
1992 86,30 22,40 7,25
1993 88,80 23,21 7,16
1994 87,90 23,09 7,87
1995 83,91 22,15 7,11
1996 80,08 21,24 7,96
1997 77,06 20,54 7,43
1998 82,99 22,22 7,06
1999 81,04 21,80 7,04
2000 81,48 22,02 6,79 960 8,47 2,37
2001 70,52 19,10 6,72
2002 68,69 18,64 6,77
2003 63,79 17,75 6,76
2004 66,17 18,04 7,02
2005 65,01 17,75 6,72
2006 59,52 16,25 6,89
2007 57,85 15,79 6,68
2008 56,80 15,48 6,22
2009 53,01 14,43 6,69
2010 1,42
Fonte: Fundação Seade, Informações dos Municípios Paulistas, 2011.

A tendência de continuidade de queda na taxa geométrica de crescimento da


população de Itapetininga pode ser confirmada a partir dos dados de projeção da
população do município para 2020 obtidos junto à Fundação Seade, que indicam um
incremento de 11,41% em sua população a partir do senso de 2010.

Dos 144.377 habitantes de Itapetininga, 131.050 se encontram em área urbana


(90,77%) e 13.327 em área rural (9,23%), com uma taxa de urbanização de 90,77%,
pouco acima da média regional e abaixo da média estadual. A densidade demográfica é
de 80,65 habitantes por Km2, que também é maior que a média da Região de Governo e
bem menor que a média do Estado.

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Tabela 4.3. Grau de urbanização em 2010 (em %)

Itapetininga Região de Região Estado


Governo Administrativa
Taxa de urbanização (%) 90,77 86,85 86,26 95,88

Densidade demográfica 80,65 72,86 69,44 167,90


(habitantes/km2)

Fonte: Fundação SEADE – Perfil Regional 2010/2011

Analisando a evolução da população de Itapetininga nos últimos 40 anos verifica-


se que em 1970, quando o País começa a apresentar supremacia da população urbana
sobre a rural, o município já apresentava a expressiva taxa de urbanização de 67,89%. Sua
população total cresceu 32,66% entre 1970 e 1980, enquanto a população rural cresceu
apenas 0,27%. Nas três décadas seguintes os percentuais de crescimento da população
total foram decaindo (24,5%, 19,4% e 15%) e a população rural apresentou evolução
negativa de 19% na década de 80 e 20,9% nos anos 90, queda que se reduziu a 0,57% na
última década.

Tabela 4.4. Evolução da população de Itapetininga


Total Urbana Rural Taxa de urbanização
1970 63.606 43.182 20.424 67,89
1980 84.381 63.403 20.978 75,15
1991 105.132 88.146 16.986 83,77
2000 125.559 112.137 13.442 89,31
2010 144.377 131.050 13.327 90,77
Fonte: Fundação Seade; IBGE, 2011.

Importante observar que a acentuada redução da tendência de queda da população


rural, que se manifesta na última década, coincide com o incremento verificado nos valores
do VA do setor agropecuário bem como com o aumento de sua participação no VA total.

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4.3. Indicadores de condições de vida

No que diz respeito aos indicadores que medem as condições de vida da


população, como IDH 3 , índice de Gini 4 e renda per capita, os dados de Itapetininga
apresentam variações próximas à média do Estado.. Segundo o Atlas de Desenvolvimento
Humano, no período 1980-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
de Itapetininga cresceu 11,03%, passando de 0,712 em 1980 para 0,739 em 1991 e
0,786 em 2000, ficando muito próximo da variação no Estado, que foi de 11,18%. De
acordo com a classificação do PNUD, o município está entre as regiões consideradas de
médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8). Em relação aos outros municípios
do Brasil, Itapetininga apresenta uma situação boa: ocupa a 896ª posição, sendo que 895
municípios (16,3%) estão em situação melhor e 4611 municípios (83,7%) estão em
situação pior ou igual. Entre os 645 municípios do Estado Itapetininga ocupa a 272ª
posição, sendo que 271 municípios (42,0%) estão em situação melhor e 373 municípios
(58,0%) estão em situação pior ou igual.

Tabela 4.5. Indicadores de desenvolvimento humano, desigualdade e renda

1980 1991 2000


Índice de Desenvolvimento Humano – IDH Estado de São Paulo 0,728 0,773 0,814
Itapetininga 0,712 0,739 0,786
Renda média per capita (em reais de Estado de São Paulo 382,9 442,7
2000) Itapetininga 265,0 324,1
Proporção de pobres (%) Estado de São Paulo 12,9 14,4
Itapetininga 19,7 18,3
Índice de Gini Estado de São Paulo 0,56 0,59
Itapetininga 0,53 0,56
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano PNUD; IPEA.

3
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é a síntese de três dimensões: educação, renda e longevidade. A
educação é medida pela taxa de matrículas no sistema de ensino e pela taxa de analfabetismo; a longevidade,
pela esperança de vida ao nascer, e a renda, pelo PIB per capita.
4
O índice ou coeficiente de Gini é uma medida de concentração ou desigualdade, apontando a diferença entre
os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.. Seu valor varia de “0”, quando não há desigualdade (a
renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a “1”, quando a desigualdade é máxima (apenas um
indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula).

27
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Quanto à renda per capita, os dados da década de 90 mostram que o incremento


apresentado pelo município supera o que foi verificado para o Estado — 22,31% e
15,60%, respectivamente. A pobreza, que é medida pela proporção de pessoas com renda
domiciliar per capita inferior a R$ 75,50 (equivalente à metade do salário mínimo vigente
em agosto de 2000), diminuiu 7,10%, passando de 19,7% em 1991 para 18,3% em 2000,
enquanto que no Estado o percentual é menor mas cresceu 11,16% no mesmo período.
Entretanto, embora esses indicadores tenham apresentado variações positivas no município,
a desigualdade cresceu, pois o índice de Gini passou de 0,53 em 1991 para 0,56 em
2000, situação que se assemelha à do Estado, onde a concentração de renda também
aumentou.
O aumento da renda per capita em Itapetininga pode ser observado a partir dos
dados da tabela 4.6, onde se verifica uma tendência geral de melhoria das condições de
rendimento da população, situação que, tudo indica, será confirmada pelo senso de 2010,
em função do crescimento geral da renda no País no mesmo período. Chama a atenção a
redução de 27,3% das pessoas responsáveis pelo domicílio das faixas de rendimento de até
três salários mínimos — 48,61;% em 2000 para .61,88% encontrados em 1991, com
exceção para aqueles que estão entre mais de ½ e 1 salário. Curiosamente, verifica-se um
incremento maior entre os que estão nas faixas de mais de 10 s.m. (46,47%) e entre mais
de 5 e 10 s.m. (44%), do que na faixa de 3 a 5 salários. É necessário registrar, também o
incremento significativo entre aqueles que se declaram sem rendimento (2,98% para
5,94%).

Tabela 4.6. Pessoas Responsáveis pelos domicílios particulares permanentes em


Itapetininga (1991 e 2000)

1991 2000
Sem Rendimento (em %) 2,98 5,94
Com Rendimento até 1/2 sal.min (em %) 4,49 0,50
Com Rendimento entre mais de 1/2 a 1 sal.min (em %) 11,70 13,39
Com Rendimento entre mais de 1 a 2 sal.min (em %) 28,15 20,05
Com Rendimento entre mais de 2 a 3 sal.min (em %) 17,54 14,67
Com Rendimento entre mais de 3 a 5 sal.min (em %) 15,62 17,47
Com Rendimento entre mais de 5 a 10 sal.min (em %) 12,38 17,83
Com Rendimento maior que 10 sal.min (em %) 6,92 10,15
Fonte: Fundação Seade, Informações dos Municípios Paulistas

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No que diz respeito à escolaridade, também é possível perceber uma melhoria


sensível entre 1991 e 2000, ainda que se visualize situações que demandam atenção. A
taxa de analfabetismo apresentou considerável queda de cinco pontos percentuais, mas
quase 60% da população maior de 25 anos permanece com menos de oito anos de estudo
e a população jovem com ensino médio completo representa pouco mais que um terço da
população jovem total.

Tabela 4.7. Indicadores de Educação em Itapetininga

1991 2000
Taxa de Analfabetismo da População de 25 Anos e mais (em %) 13,01 8,01
Média de anos de estudos da população de 25 anos e mais (em %) 5,5 6,5
População de 25 anos e mais com menos de 8 anos de estudo (em %) 69,3 59,7
População de 25 anos e mais com menos de 4 anos de estudo (em %) 36,5 23,6
População de 18 a 24 anos com ensino médio completo (em %) 35,81
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano PNUD; Fundação Seade, Informações dos Municípios Paulistas,
2011.

Outro indicador de qualidade de vida importante a ser considerado é o chamado


Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS), criado pela Fundação SEADE para medir
estas situações em cada um dos municípios paulistas. Para a Fundação SEADE, a
identificação da vulnerabilidade à pobreza não se limita em considerar a privação de
renda, mas também a composição familiar, as condições de saúde e o acesso a serviços
médicos, o acesso e a qualidade do sistema educacional, a possibilidade de obter trabalho
com qualidade e remuneração adequadas, a existência de garantias legais e políticas, etc.
Trabalhado espacialmente através dos setores censitários do IBGE, o indicador
resultante consiste em uma tipologia derivada da combinação entre duas dimensões –
socioeconômica e demográfica –, que classifica o setor censitário em seis grupos de
vulnerabilidade social. A dimensão socioeconômica compõe-se da renda apropriada pelas
famílias e do poder de geração da mesma por seus membros e a demográfica está
relacionada ao ciclo de vida familiar. Os seis grupos foram assim distribuídos:

29
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 Grupo 1 – Nenhuma Vulnerabilidade: engloba os setores censitários em melhor


situação socioeconômica (muito alta), com os responsáveis pelo domicílio
possuindo os mais elevados níveis de renda e escolaridade. Apesar de o estágio das
famílias no ciclo de vida não ser um definidor do grupo, seus responsáveis tendem a
ser mais velhos, com menor presença de crianças pequenas e de moradores nos
domicílios, quando comparados com o conjunto do Estado de São Paulo.
 Grupo 2 – Vulnerabilidade Muito Baixa: abrange os setores censitários que se
classificam em segundo lugar, no Estado, em termos da dimensão socioeconômica
(média ou alta). Nessas áreas concentram-se, em média, as famílias mais velhas.
 Grupo 3 – Vulnerabilidade Baixa: formado pelos setores censitários que se
classificam nos níveis altos ou médios da dimensão socioeconômica e seu perfil
demográfico caracteriza-se pela predominância de famílias jovens e adultas.
 Grupo 4 – Vulnerabilidade Média: composto pelos setores que apresentam níveis
médios na dimensão socioeconômica, estando em quarto lugar na escala em
termos de renda e escolaridade do responsável pelo domicílio. Nesses setores
concentram-se famílias jovens, isto é, com forte presença de chefes jovens (com
menos de 30 anos) e de crianças pequenas.
 Grupo 5 – Vulnerabilidade Alta: engloba os setores censitários que possuem as
piores condições na dimensão socioeconômica (baixa), estando entre os dois
grupos em que os chefes de domicílios apresentam, em média, os níveis mais baixos
de renda e escolaridade. Concentra famílias mais velhas, com menor presença de
crianças pequenas.
 Grupo 6 – Vulnerabilidade Muito Alta: o segundo dos dois piores grupos em termos
da dimensão socioeconômica (baixa), com grande concentração de famílias jovens.
A combinação entre chefes jovens, com baixos níveis de renda e de escolaridade e
presença significativa de crianças pequenas permite inferir ser este o grupo de maior
vulnerabilidade à pobreza.

Em Itapetininga, o quadro da vulnerabilidade social foi sintetizado pela Fundação


SEADE na seguinte tabela, onde podem ser visualizados os indicadores trabalhados nesta
composição:

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Tabela 4.8. Indicadores que Compõem o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – IPVS do
Município de Itapetininga – 2000
Índice Paulista de Vulnerabilidade Social
2.
Indicadores 1. Nenhuma 3. 4. 6. Muito Total
Muito 5. Alta
Vulnerabilidade Baixa Média Alta
Baixa
População Total 1.256 28.562 36.722 21.480 23.847 11.796 123.663
Percentual da População 1,0 23,1 29,7 17,4 19,3 9,5 100,0
Domicílios Particulares 354 8.592 9.906 5.510 6.208 2.836 33.406
Tamanho médio dos
3,5 3,3 3,7 3,9 3,8 4,1 3,7
domicílios (por pessoas)
Responsáveis pelo domicílio
98,9 97,1 93,9 92,8 85,0 85,6 92,2
alfabetizados(%)
Responsáveis pelo Domicílio
com Ensino Fundamental 76,8 57,4 43,8 38,3 17,6 18,4 39,7
Completo (%)
Anos Médios de Estudo do
11,1 8,6 6,9 6,2 4,2 4,3 6,5
Responsável pelo Domicílio
Renda Média do
Responsável pelo Domicílio 2.205 1.216 782 539 497 363 780
(reais julho 2000)
Responsáveis com Renda de
22,3 34,1 49,7 61,0 75,4 79,3 54,5
até 3 S. M. (%)
Responsáveis com Idade
9,3 8,2 14,9 21,0 15,6 23,3 15,0
entre 10 e 29 Anos (%)
Idade Média do Responsável
42 52 45 42 46 42 46
pelo Domicílio (em anos)
Mulheres Responsáveis pelo
17,5 31,3 23,4 21,1 14,6 17,4 22,9
Domicílio (%)
Crianças de 0 a 4 Anos no
8,4 5,9 9,0 11,7 9,9 14,0 9,4
Total de Residentes (%)
Fonte: IPVS, Fundação Seade.

Itapetininga apresenta expressivos números de vulnerabilidade 5 e 6, que perfazem


28,8% do total da população do município (esse percentual chega a 46,2% se
acrescentado o nível 4 – média vulnerabilidade). Os responsáveis pelo domicílio com
ensino fundamental completo não passam de 18,4% nos níveis 5 e 6, e os anos médios de
estudo do responsável pelo domicílio não passam de 4,3 anos. O rendimento nominal
médio do responsável pelo domicílio nestes níveis não chega a 500 reais, bem abaixo da
média municipal de 780 reais. Outro dado relevante nestes dois níveis é o alto percentual
de responsáveis com renda de até 3 salários mínimos – 75,4% no nível 5 e 79,3% do nível
6 , percentuais significativos diante da média de 54,5% do município.

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Se comparada com o estado de São Paulo, à exceção do nível 1 (nenhuma


vulnerabilidade) e do nível 3 (baixa vulnerabilidade), que apresentam diferenças percentuais
significativas, indicando uma situação mais desfavorável do Município, nos demais níveis a
realidade de Itapetininga não está muito distante da média do estado.

Gráfico 4.1. Distribuição da População, segundo Grupos do IPVS 2000. Estado de São
Paulo e Município de Itapetininga

Estado Itapetininga
Em %
35,0
29,7
30,0

25,0 23,3 23,1 22,2


20,2 19,3
20,0 17,4 17,6

15,0
9,8 9,5
10,0 6,9
5,0
1,0
0,0
1- Nenhuma 2- Muito Baixa 3- Baixa 4- Média 5- Alta 6- Muito Alta
Vulnerabilidade

Fonte: Fundação Seade

No mapa do município apresentado pela Fundação SEADE, onde estão


espacializados os vários grupos de vulnerabilidade social, observa-se que os grupos mais
vulneráveis – grupo 6 – encontram-se localizados nas porções do município que
correspondem justamente às áreas de ocupação irregular ou onde se localizam os grandes
conjuntos habitacionais que deverão ser objeto de intervenção do PLHIS. Ao Norte está a
porção compreendida pela Vila Belo Horizonte; à Leste o grande conjunto do Taboãozinho,
bem como as Chácaras Alvorada e o Jardim Novo Aeroporto; à Noroeste Vila Mazzei e Vila
Palmeira; à Sudoeste o Jardim Bela Vista, Parque São Bento, Cambuí e Vila Sotemo.

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Figura 4.1. Mapa de Vulnerabilidade Social (IPVS), município de Itapetininga, 2000.


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Itapetininga conta ainda com um instrumento de análise relevante que é o


Diagnóstico Social de Itapetininga, um sistema intra-urbano de avaliação e monitoramento
dos direitos sociais da população do município, que permite identificar prioridades e
especificidades das diferentes regiões a partir de informações organizadas em sete
dimensões: condições de vida, saúde, educação, vínculo familiar e comunitário, pessoas
com deficiência, idosos e ações sociais. Essas sete dimensões, por sua vez, são analisadas
a partir de um conjunto de indicadores. Foram consideradas 17 áreas urbanas em
Itapetininga (Bela Vista/Nastri II, Centro, Jardim Brasil, Jardim Fogaça, Jardim Marabá,
Jardim Monte Santo, Piedade, Rio Branco, Shangrilá, Taboãozinho, Vila Aparecida, Vila
Barth, Vila Barth II, Vila Mazzei/Belo Horizonte, Vila Nastri, Vila Nova Itapetininga e Vila
Prado) e, para a área rural, os sete distritos oficiais. As regiões foram classificadas em cinco
faixas de garantia de direitos: alta, boa, média, baixa e precária. O Diagnóstico permite a
espacialização das informações de cada um dos indicadores, agrupadas nas sete
dimensões ou ainda a partir da consolidação de todos os dados.
Dos 42 indicadores utilizados no Diagnóstico Social quatro têm importância maior
para o PLHIS. São eles:
 Baixa renda – responsáveis pelo domicílio com renda de até 1 s.m. (senso 2000)
 Densidade por dormitório % de domicílios com 4 ou mais pessoas por dormitórios
(censo 2000)
 Transferência de renda - % de domicílios inseridos em programas de transferência
de renda (Secretaria da Promoção Social 2006)
 Atendimento em ONGs - % da população atendida em programas assistenciais
oferecidos por ONGs (Entidades de atendimento, 2006)

Na tabela a seguir são destacados os resultados referentes a esses quatro


indicadores, e identificadas as áreas que apresentam os níveis mais baixos nos indicadores
“baixa renda” e “densidade por dormitório” para identificar as áreas que apresentam
maiores percentuais de famílias de baixa renda e de domicílios com piores condições de
habitação, bem como os níveis mais altos nos indicadores “transferência de renda” e

34
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“atendimento por ONGs”, que permite observar em que medida as regiões mais
vulneráveis são as que recebem maior atenção desses programas.

Tabela 4.9. Indicadores de garantia de direitos sociais em Itapetininga


Média
Garantia de
Indicadores município Áreas %
direitos
(%)
Taboãozinho, 37,91
Precária (mais de Vila Mazzei / Belo
27,63
24%) Horizonte
Jd. Monte Santo 24,87
Baixa renda 18,19 Jd. Fogaça 22,97
Vila Prado 22,14
Baixa (20,01a
Bela Vista / Nastri II 22,05
24%)
Jd. Brasil 22,01
Rio Branco 21,75
Vila Mazzei/Belo Horizonte 16,56
Precária (mais de
Bela Vista / Nastri II 14,70
Densidade por 14%)
9,29 Vila Prado 14,19
dormitório
Baixa (11,01 a
Rio Branco 11,93
14%)
Taboãozinho 43,69
Alta (mais de 20%)
Vila Prado 23,03
Transferência Vila Mazzei / Belo
12,92 19,00
de renda Boa (15,01 a Horizonte
20%) Vila Nastri 17,22
Shangrilá 15,62
Vila Prado 9,75
Vila Mazzei/ Belo Horizonte 9,48
Alta (mais de 5%)
Atendimento Taboãozinho 7,94
4,95
em ONGs Shangrilá 7,54
Vila Nastri 4,48
Boa (4,01 a 5%)
Piedade 4,29
Fonte: Diagnóstico Social de Itapetininga (2006)

A partir desses indicadores é possível ver com clareza que as áreas identificadas
como as mais vulneráveis do ponto de vista da garantia de direitos são aquelas que
apresentam problemas habitacionais a serem enfrentados pelo PLHIS. A tabela mostra
também que os programas de transferência de renda têm sido conduzidos com acerto,
privilegiando o atendimento nas áreas mais carentes.
É possível inferir, a partir das informações expressas nos dados econômicos e de
condições de vida da população analisados, que a questão habitacional está estreitamente

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vinculada à problemática sócio-econômica do município e que políticas de habitação


isoladas não serão suficientes para enfrentar as situações de vulnerabilidade. Ações e
Políticas integradas são fundamentais para reverter o quadro de desigualdades que alguns
indicadores demonstram em Itapetininga.

5. EVOLUÇÃO URBANA

A evolução urbana é a combinação de três dinâmicas ao longo do tempo: o


crescimento populacional, a expansão territorial e o desenvolvimento sócio-econômico.
Nesta parte do diagnóstico são tratados apenas os aspectos habitacionais referentes a essas
três dinâmicas em Itapetininga.

Quanto ao intervalo de tempo, foi tomado como referência o período de início da


expansão periférica que sucede o da expansão em continuidade do núcleo original. As
informações obtidas indicam que a expansão periférica teve início na década de 60 em
Itapetininga – ainda que haja casos de loteamentos anteriores.

Destaque-se que por evolução urbana entende-se o curso real das transformações
da cidade. Não há um julgamento de valores a priori, mas a simples constatação das
mudanças, que podem ser positivas ou negativas em termos de qualidade de vida e das
condições do “habitat” urbano a cada período. A situação ideal, em tese, é de uma
evolução urbana onde as três dinâmicas são harmônicas.

Os desequilíbrios entre as três dinâmicas no intervalo de tempo acarretam sérios


problemas urbanos no que se refere às condições de habitação. Assim, por exemplo, um
período de crescimento populacional sem a respectiva expansão territorial (horizontal e ou
vertical) resulta em agravamento do déficit habitacional.

Por outro lado, a evolução urbana inversa – um período de grande expansão com
menor crescimento – resulta em fragmentação e dispersão do tecido urbano e em
ociosidade de lotes. O poder público justifica a promoção e a indução à expansão urbana

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pela previsão de crescimento populacional futuro em função de um período anterior de


persistência de taxas anuais (TGCA) elevadas.

O crescimento urbano sem desenvolvimento compatível traz problemas sociais de


grande monta como desemprego, miséria urbana e sub-habitação. Este desequilíbrio
ocorre mais nas regiões metropolitanas ou em aglomerados urbanos com o surgimento de
“cidades dormitório” – que não é o caso do município de Itapetininga.

No entanto, quando há desequilíbrio entre o crescimento e o desenvolvimento


urbano, surgem também desajustes na expansão territorial. Foram detectadas algumas
situações típicas no caso de Itapetininga, a saber:

 Implantação de grandes empresas no município –

Aumentam a imigração na expectativa de emprego; enquanto aguardam a


construção da empresa as famílias de imigrantes ampliam o mercado informal de
trabalho e buscam soluções econômicas de moradia – em geral, irregulares e / ou
precárias.

 Execução de grandes obras / “boom” da construção civil –

Nas duas situações são trazidos trabalhadores de outros municípios ou estados com
alojamento no canteiro ou na cidade; parte dessa mão de obra, dado o tempo de
duração das obras, traz seus familiares para morar na cidade e tem expectativa de
residência permanente condicionada à fixação no mercado de trabalho.

 Equipamentos institucionais indutores de imigração –

Trata-se de empreendimentos ou sistemas públicos ou privados gerados ou


planejados externamente e que são implantados na cidade e região (diferente da
implantação de grandes empresas que estão fixadas em um ponto do território e
produzem para fora do município) tais como, centros universitários e ou de
pesquisa, complexos turísticos, agroindústrias de ponta, ou ainda como foi a
Estrada de Ferro Sorocabana (EFS) no passado; Itapetininga enfrenta os efeitos da
rede de presídios no município e na região que – ao contrário dos exemplos citados
– não é geradora de oportunidades de trabalho.

 Alterações na forma de produção agrícola com migração campo cidade –

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Apesar da alta taxa de urbanização da população do município e da região, a


expansão do agro-negócio em detrimento da agricultura familiar pode transferir
moradores rurais para a cidade; o inverso também pode acontecer quando há
assentamentos de sem-terra promovidos pelo governo federal.

A seguir, alguns dados que informam a respeito das três dinâmicas da evolução
urbana de Itapetininga a partir da década de sessenta.

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Figura 5.1. Mapa do Plano Diretor. Equipamentos Estruturadores

Fonte: Plano Diretor Municipal, Prefeitura Municipal de Itapetininga.

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5.1. Crescimento Populacional

Os dados relativos à inserção regional e ao crescimento populacional de


Itapetininga que constam respectivamente dos Capítulos 2 e 4 são elucidativos do perfil
demográfico do município. Serão aqui comentadas as variáveis dessa dinâmica que
interferem na evolução urbana e suas interfaces com o território e o desenvolvimento.
Comparando os resultados dos censos no intervalo de 1970 a 2010 consta-se o
aumento da taxa média anual de crescimento (TGCA), respectivamente de 2,01% ao ano
na década de 80 para 2,37% a.a. na década de 90 e a redução para 1,42% a.a. na
década passada. Esse comportamento das taxas nos últimos 30 anos decorre de dois
fatores distintos: saldo migratório e população rural.
O saldo migratório de apenas 30 habitantes na década de 80 cresceu para 960
habitantes na década de 90 (o IBGE não fornece ainda o dado da década 2000-2010). É
muito provável que esse crescimento da imigração seja conseqüência da implantação de
três unidades prisionais estaduais – duas em Itapetininga e uma no município vizinho de
Guareí – na década de 90. A política de reclusão do Governo do Estado estabeleceu
afastar os detentos de sua cidade e região de moradia anterior por razões de segurança, o
que leva as famílias dos detentos, na maioria dos casos, a transferir seu domicílio para as
proximidades da unidade prisional onde ele cumpre pena. Tal movimento migratório está
comprovado em outros municípios e esta probabilidade foi confirmada por pesquisa
específica no município de Hortolândia onde está instalado o complexo prisional Ataliba
Nogueira. É provável também que na década passada esse comportamento tenha se
repetido em Itapetininga.
A população rural que vinha diminuindo em termos absolutos de 1970 até 2000 –
respectivamente de 20.424 para 13.442 habitantes – praticamente estabilizou-se na
década passada, totalizando 13.327 habitantes em zona rural. Esse dado, somado a uma
redução do crescimento vegetativo geral passando da taxa de 22,03 nascidos vivos por mil
habitantes em 2000 para 14,43 em 2009. Essa redução é significativa e pesou bastante
para a redução citada da TGCA na década passada a, ponto de neutralizar o efeito
contrário de um provável crescimento do saldo migratório.

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As duas conseqüências territoriais desse comportamento demográfico são


comentadas a seguir: há uma fixação maior na área rural por força de incremento das
atividades agro-pecuárias no município e há um aumento da população em ocupações
irregulares predominantemente nas estradas de acesso às três unidades prisionais, a saber,
na Vila Belo Horizonte e na Vila Mazzei.

5.2. Expansão Territorial

A cidade de Itapetininga foi implantada ao longo do espigão divisor de águas dos


Ribeirões do Cavalo, ao norte e do Chá, ao sul. A ferrovia chegou na área urbana a
nordeste percorrendo o mesmo espigão e aproximou-se do Ribeirão do Cavalo nas
imediações do centro urbano onde fica a Estação.

Um dos caminhos históricos que passava por dentro da cidade antiga valia-se desse
mesmo espigão (atual Avenida José Almeida Carvalho e Rua Prudente de Morais). O novo
traçado da rodovia Raposo Tavares passou ao sul da área então urbanizada e interceptou
alguns córregos afluentes à margem esquerda do Ribeirão do Chá e do Ribeirão Ponte Alta.

As primeiras expansões do núcleo urbano ferroviário ocorreram nos sentidos oeste –


transpondo o Ribeirão do Chá – e a leste, seguindo pelo espigão. No final da década de
50 do século XX a mancha urbana era contínua interrompida apenas no trecho das
margens do Ribeirão transposto. Do outro lado da Ferrovia loteamentos residenciais e
mistos já se aproximavam das margens do Ribeirão do Cavalo, como a Vila Arruda e, na
outra vertente, a Vila Piedade e a Vila Santana.

Formação da periferia

A periferia é uma configuração habitacional urbana típica da maioria das cidades


no Estado de São Paulo. Sua principal característica é a ocupação fragmentada e dispersa
ao redor da cidade contínua, expandindo seus limites urbanos a distâncias cada vez
maiores do centro. A origem e a ocupação dos loteamentos periféricos ao longo do tempo

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não são homogêneas, fato que leva a identificar três etapas distintas, constatadas também
no Município de Itapetininga:

5.2.1.Formação da primeira periferia

Ocorre no período pós 2ª guerra mundial até 1965; na cidade de São Paulo ela
surge antes, no entre guerras e em Itapetininga a partir da metade dos anos 50. É resultado
de uma combinação do aumento geral de migrações campo-cidade atraídas pela maior
oferta de empregos e da entrada em operação das primeiras formas de transporte coletivo
sobre pneus (ônibus urbanos) que viabilizam o trajeto moradia trabalho a distâncias
maiores e fora do alcance dos trilhos.

Os bairros dessa 1ª periferia figuram em branco no mapa exposto na figura 5.2.


Ele é uma parte destacada da Folha “Itapetininga” SF-22-Z-D-VI-1 e 2 do IBGE, 1ª Edição
1971, restituição das aerofotografias de 1965 da empresa pública VASP (Viação Aérea São
Paulo). Nota-se que nessa primeira expansão periférica de Itapetininga ocorrem as
transposições urbanas dos dois Ribeirões principais e de córregos tributários, a saber:

 Entre ribeirões:
- Vila Baltazar (leste)
- Vila Arlindo Luz (leste / ferrovia)
- Vila Elias Prado (nordeste)
 Oeste até córrego Piçarrão:
- Vila Regina
- Vila Rubens
- Vila Máximo (ferrovia)
 Ao norte / Ribeirão do Cavalo:
- Vila Piedade (consolidada)
- Vila Santana
 Ao sul / Ribeirão do Chá:
- Vila Aliança (hoje interna à Vila Nastri)
- Vila Barth / continuação
- Vila Nova Itapetininga

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5.2.2.Formação da 2ª periferia

Sob o aspecto da localização no território e da dependência do transporte de


ônibus esta periferia pouco difere da primeira. Mudanças políticas implantadas pelo regime
militar a partir de abril de 1964 vão interferir em poucos anos na evolução urbana e na
periferia em formação, com destaque para a nova lei do inquilinato, o fim da estabilidade
de emprego e a política da casa própria para a baixa renda.

Enquanto nos loteamentos da 1ª periferia parte dos lotes era adquirida por famílias
de classe média como um projeto para o futuro ou como um investimento, na segunda a
maioria dos compradores precisava fugir do aluguel. Com freqüência o pagamento da
entrada do lote era “brindado” com uma entrega de tijolos ou blocos por parte do corretor.
Valendo-se da auto-construção e improvisando a infra-estrutura de água e luz – no geral
bastante precária – os adquirentes constroem e ocupam os primeiros cômodos de sua
moradia em poucos meses. O fato é que na segunda periferia os loteamentos chegam a
50% ou mais de lotes ocupados em poucos anos.

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Figura 5.2. Mapa do IBGE: Área Urbana. Foto 1965, edição 1971.

Fonte: Elaboração DEMACAMP, 2011. A partir de mapa disponível em www.ibge.gov.br, consulta realizada em março de 2011.
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A desvinculação entre local de moradia e local de trabalho decorrente do fim da


estabilidade no emprego resulta em maior dispersão da localização dos loteamentos da 2ª
periferia em relação à 1ª. Ao mesmo tempo, a exigência legal de execução da infra-
estrutura pelo loteador não era cumprida e levou parte dos empreendimentos a uma
situação de irregularidade ou mesmo de clandestinidade.

O Código de Loteamentos (Lei 1.310/67) de Itapetininga estabeleceu as condições


de trâmite dos pedidos de aprovação em consonância com o Plano Diretor, mas limitava as
exigências de obras por parte do loteador à abertura de ruas, demarcação de lotes e áreas
públicas e execução da rede de escoamento de águas pluviais. A execução das demais
redes era compartilhada com os adquirentes de lotes, mediante cláusulas específicas dos
contratos de compra e venda.

Tais disposições eram tardias, pois poderiam se aplicar à etapa anterior da 1ª


periferia quando o ritmo de construção e ocupação dos lotes com moradias era lento.
Passados seis anos, a Lei de Loteamentos Urbanos (Lei 1.732/73) exige do loteador
também a execução das redes de água, esgoto e energia elétrica e estabelece como
garantia a caução de um terço dos lotes. Por força dessas exigências, a partir da metade da
década de 70 a Prefeitura de Itapetininga passa a empreender alguns loteamentos
públicos.

A expansão generalizada da 2ª periferia com loteamentos particulares foi contida a


partir da aprovação da Lei Lehmann (Lei Federal 6.766/79) que penaliza pessoas jurídicas
e físicas envolvidas com a promoção e comercialização de lotes irregulares ou clandestinos
em todo o território nacional. Seus efeitos começam a ser notados em todas as cidades
brasileiras a partir da metade da década de 80 e as administrações municipais recorrem
mais à promoção pública para suprir com lotes e unidades habitacionais a demanda de
famílias de baixa renda.

Não há um inventário completo da aprovação e regularização de loteamentos em


Itapetininga referentes ao período de formação da 2ª periferia que corresponde ao período
entre 1965 e 1985. Neste diagnóstico são apontadas as áreas próximas ao núcleo urbano
que foram sendo ocupadas, referenciadas pelas respectivas bacias e micro-bacias
hidrográficas e são citados alguns dos loteamentos do período, a título de exemplo:

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 Entre ribeirões, a leste – seguindo a expansão da 1ª periferia, Jardim Brasil.


 A oeste, até a margem direita do Córrego Piçarrão – seguindo também a expansão
da 1ª periferia e com acesso pela Av. Padre Antonio Brunetti, Vila Alves, Shangrilá.
 A noroeste, junto ao Ribeirão do Barro Branco – Vila Mazzei, originalmente um
bairro Jardim.
 Ao norte, transpondo o Ribeirão dos Cavalos – ao longo da SP-129, Vila Salem, Jd.
Casagrande.
 A nordeste entre o Ribeirão dos Cavalos e a EFS – Vila Paulo Ayres.
 A sudeste junto ao Ribeirão Taboãozinho (do Chá) – Jardim Maricota, Jardim
Fogaça.
 Ao sul, tributários à margem esquerda do Ribeirão do Chá – Vila Barth II e
transpondo a Rodovia Raposo Tavares bairros jardins, Estância Conceição, Jardim
Colombo.
 A sudoeste nas cabeceiras do Córrego Piçarrão – Jardim Bela Vista e Chácaras
Sotemo, situada na Bacia do Rio Itapetininga além da Rodovia.

5.2.3.Ocupações Irregulares e intervenção do poder público

Esta etapa de expansão da periferia começa por volta de 1986 e segue até 2011.
Corresponde a um duplo movimento em que, por um lado, crescem as ocupações
irregulares de glebas vazias ou de terrenos públicos e áreas de proteção permanente de
cursos d’água (APP) e, por outro lado, aumenta a intervenção da Prefeitura de Itapetininga
como promotora ou parceira de empreendimentos.

Esta etapa corresponde a dois períodos distintos sob o ponto de vista da promoção
pública de habitações de interesse social (HIS): de 1986 a 2002 e de 2003 a 2011. No
primeiro período a maioria dos empreendimentos foi contratada com a Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e no segundo,
com o Ministério das Cidades, através da Caixa Econômica Federal (CEF) e, mais
recentemente, do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social FNHIS.

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Constata-se que as ações da Prefeitura ao longo desses 25 anos foram


diversificadas e que obtiveram resultados positivos em algumas modalidades de soluções de
problemas habitacionais. No entanto, o poder público não conseguiu conter ou dar um
direcionamento seletivo à expansão da periferia de Itapetininga, persistindo a fragmentação
e a dispersão urbana.

A expansão urbana desordenada persiste neste período mais recente, dentre outras,
pelas seguintes causas:

 As obras de reurbanização e regularização atuais são executadas em um tecido


urbano ainda disperso constituído pelos loteamentos de periferia das etapas
anteriores e localizados distantes da área central.

 Os novos empreendimentos de conjuntos habitacionais situam-se em glebas na


periferia e, por vezes, isoladas induzindo novas frentes de ocupação dispersa, ainda
que dentro do perímetro urbano.

 Os loteamentos públicos empreendidos pela Prefeitura são com freqüência re-


urbanizações de parcelamentos existentes com irregularidades anteriores e com
localizações periféricas.

 As favelas e ocupações que surgem nesses 25 anos estão espalhadas e carecem de


projetos de urbanização; há muitos casos de famílias removidas para
assentamentos distantes do local original.

 As disposições do Plano Diretor de 2007 e da Política Municipal de Habitação de


2008 quanto aos fins habitacionais do Zoneamento Urbano ainda não foram
compatibilizadas e mapeadas de modo seletivo quanto às direções da expansão
urbana. – ver Figura 5.3. Mapa de Zoneamento do Plano Diretor.

A intervenção da Prefeitura de Itapetininga combina diversas modalidades de ações


na regularização habitacional com parcerias com a iniciativa privada e em convênios com
o governo federal e estadual para produção de novas moradias. Está em condições de
intervir e regular melhor a expansão urbana em todo o município.

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5.3. Desenvolvimento Socioeconômico

A análise das variáveis sociais e econômicas de Itapetininga e região foi


apresentada nos Capítulos 3 e 4. É preciso agora examinar como essas variáveis
aparecem na configuração do território, ou seja, como a dinâmica do desenvolvimento
interfere na evolução urbana. Consideram-se os dados e suas variações ao longo dos
períodos citados no item anterior.

5.3.1. Proximidade moradia trabalho

Até a metade do século XX a dificuldade de transporte urbano estabelecia essa


condição com as indústrias, o comércio e serviços localizados na área urbana contínua. As
atividades agro-pecuárias já eram relevantes na economia municipal e fixavam a grande
maioria da população rural no campo. As indústrias maiores da época, a exemplo da
Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro localizavam-se nas proximidades do leito
ferroviário, o mais próximo possível da Estação.

As rodovias fora da concentração urbana construídas na década de 60 atraem a


implantação de indústrias externas a essa mancha urbana, a exemplo da Duratex e da
Ultrafértil e – na década seguinte – a tecelagem Nishimbo. Além de indutoras de outras
indústrias de sua cadeia produtiva, são promotoras de loteamentos residenciais ao longo
das vias radiais que lhes dão acesso à cidade.

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Figura 5.3. Mapa de zoneamento do Plano Diretor

Fonte: Plano Diretor Municipal, Prefeitura Municipal de Itapetininga.

A relação de proximidade persiste para os empregos no comércio e serviços e nas


indústrias mais antigas, ao tempo que começa a ser quebrada pelas plantas industriais
associadas à rodovia. Relatos do setor imobiliário indicam uma porcentagem elevada de
moradias de aluguel ocupadas por trabalhadores dessas indústrias. A maioria da
população imigrante – como já foi comentado – chegava à cidade com uma perspectiva de

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emprego previamente acertada e o mercado informal, como é hoje entendido, limitava-se a


atividades artesanais e caseiras exercidas por moradores antigos de Itapetininga.

Nesse quadro, a dinâmica da evolução urbana mantinha uma relação de razoável


equilíbrio entre crescimento populacional, expansão territorial e desenvolvimento. Nas
décadas seguintes o modelo de cidade industrial nunca foi assumido devido ao equilíbrio
entre os três setores econômicos, fato perceptível até hoje nos dados de valores agregados
à economia municipal por setor (ver Tabela 3.2).

5.3.2. A periferia e a desvinculação emprego moradia

A formação da primeira periferia entre 1950 a 1965 tem características comuns às


de outras cidades paulistas e algumas peculiaridades da cidade de Itapetininga. Mesmo
não dispondo de dados efetivos da Prefeitura, pode-se afirmar que houve um movimento
inédito até então do setor imobiliário em número de loteamentos lançados à venda, na sua
localização em relação à mancha urbana e na ausência generalizada de investimentos de
infra-estrutura de serviços públicos por parte dos seus empreendedores.

A necessidade de atender mais famílias de trabalhadores que obtinham emprego na


cidade e de assegurar opções de moradia e assim atrair mais empresas era a tônica do
discurso vigente. Os novos loteamentos eram justificados pela necessidade de atender à
demanda de moradias pela população de baixa renda e a urgência de disponibilizar os
lotes para a venda colocava o poder público como cúmplice da precariedade urbana
dessas áreas, reduzindo as exigências legais para a sua aprovação.

Estudos realizados sobre a 1ª periferia de São Paulo, Campinas e outras cidades


das duas atuais regiões metropolitanas constatam essas mesmas características. Detectam
ainda que na incorporação das glebas anteriormente rurais onde situam-se esses
loteamentos, os valores por metro quadrado – descontados os investimentos do loteador –
chegam a aumentar de até 13 vezes (São Paulo) a até 15 vezes (Campinas). A
porcentagem de lotes vendidos a compradores não residentes na cidade ultrapassa 30%
em alguns casos pesquisados. No caso de compradores que já residiam na cidade, 28%
(São Paulo) e 33% (Campinas) moravam em casas próprias. A urgência em construir sua

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moradia no lote adquirido era o principal motivo da compra para 25% em São Paulo e
22% em Campinas. O motivo principal alegado pelos adquirentes era “comprar terrenos
como uma boa opção de investimento e fugir da desvalorização do dinheiro decorrente da
inflação” – que já começava a ser um problema estrutural da economia brasileira.

Compradores sem pressa de morar e atraídos pelo preço baixo e pelo sistema de
prestações, não tinham pressa também em “compartilhar os custos de infra-estrutura” como
estabeleciam as cláusulas do contrato de compra e venda. Apesar de contar com leis
municipais de loteamentos, as prefeituras das cidades estudadas alegaram não ter
condições de fiscalizar a execução das obras mínimas por parte do loteador, razão pela
qual muitas unidades eram vendidas antes da aprovação formal do loteamento e – como a
pesquisa constatou – nos fins de semanas.

Há casos de loteamentos promovidos por empresas industriais nas imediações de


sua planta industrial cuja comercialização também acabou se adequando a esse método e
a essa forma de venda para pequenos poupadores ou investidores. A cultura da expansão
urbana horizontal como um fator de progresso e desenvolvimento da cidade suplantava
todas as tentativas de enquadramento da ofereta de lotes no mercado.

Guardadas as devidas proporções entre os casos citados e algumas informações


colhidas, Itapetininga passou por procedimentos similares no período de formação da 1ª
periferia. Essa já era uma forma de desvinculação entre moradia – potencial, mas sem
urgência – e trabalho, pois a escolha do lote a ser adquirido não estava prioritariamente
vinculada à moradia imediata.

Na 2ª periferia, (empreendida entre 1965 e 1986) essas características mudam


substancialmente, como já foi descrito no item 5.2. A desvinculação entre local de moradia
e trabalho é explícita, há urgência em construir a casa ou embrião pela maioria dos
adquirentes e a dissociação entre as condições de desenvolvimento sócio-econômico e a
materialidade ou territorialidade da solução de moradia é flagrante. Até a ideologia da
valorização da expansão urbana como “sinal de progresso” é substituída pela paisagem de
um urbano pauperizado e precário em nada atrativo. O passeio dos compradores para
conhecer os novos loteamentos aos fins de semana é substituído pelo trabalho acelerado de
intensa atividade de auto-construção dos futuros moradores.

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O desequilíbrio entre as dinâmicas de desenvolvimento e de expansão territorial


nesse período da evolução urbana, atinge números dramáticos. Por um lado, loteamentos
ou partes grandes de loteamentos antigos que permanecem ociosas ou sub-ocupadas até
hoje; por outro lado, loteamentos que ultrapassam 60% de lotes ocupados e edificados
clandestinamente em poucos anos e cujo histórico de irregularidades é bastante elevado.
O descompasso entre crescimento populacional e oferta de empregos regulares também
aumenta, no período em exame, as situações informais de trabalho e o sub-emprego que
são formas de ocupação exercidas predominantemente nas áreas centrais e de urbanização
consolidada de Itapetininga.

5.3.3.A periferia desenvolvida

A presença maior do poder público, nos últimos 25 anos demorou a apresentar


resultados concretos em termos de melhoria das condições de qualidade de vida urbana no
que se refere à moradia. Somente na última década os efeitos urbanos de políticas de
regularização e re-urbanização de assentamentos precários combinadas à construção de
novas unidades em conjuntos habitacionais começou a surtir efeitos de re-adequação da
dinâmica de desenvolvimento – acelerado por políticas nacionais específicas – e expansão
territorial da cidade. O descompasso entre as duas dinâmicas ainda é grande, a expansão
da periferia de modo fragmentado e disperso em todas as direções ainda escapa ao
controle e ao planejamento municipal, mas há resultados sociais relevantes.

Um estudo mais detalhado de cada área de irregularidades é imprescindível para


dar embasamento a novos projetos de qualificação e até mesmo para qualificar a
produção de novas unidades em áreas ociosas do perímetro urbano. A ocupação hipotética
de toda a área disponível no interior do atual perímetro urbano de Itapetininga com novos
loteamentos seguindo o padrão histórico da sua periferia – padrão rarefeito e disperso, de
baixa densidade – poderia abrigar mais de duzentos mil moradores ou incrementar mais
uma vez e meia de moradores em relação aos 145 mil habitantes recenseados pelo IBGE
em 2010.

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Para o setor imobiliário a “produção do urbano” é em si uma atividade


compensadora e não depende do déficit habitacional maior ou menor do município. No
período recente entraram em cena empreendimentos na periferia voltados a atender
famílias de renda mais alta, no teto da renda do Programa Minha Casa Minha Vida que é
de 10 salários mínimos (atualmente de 5.450,00 reais). A ênfase da iniciativa privada é
voltada para adquirentes nesse teto e a realização dos conjuntos viabiliza o lançamento de
condomínios fechados fora do âmbito de HIS, nas imediações daqueles – como o caso do
Moradas de Itapetininga próximo ao Taboãozinho.

Em contrapartida, os programas de regularização de favelas e ocupações que são


de fato voltados a famílias das faixas de rendas mais baixas do MCMV, correm o risco de
continuar segregados dos demais e desvinculados das benesses da atual era de
desenvolvimento.

6. PROMOÇÃO HABITACIONAL

A promoção de habitações para famílias de baixa renda em Itapetininga foi, até


vinte anos atrás, quase exclusivamente resultado da iniciativa privada. A forma
predominante era a oferta de lotes com cerca de 250 m², cujos valores de venda a prazo
tornam-se acessíveis a essas famílias ou por falta de investimentos em infra-estrutura e
melhoramentos urbanos, ou por se tratar de áreas parceladas distantes da mancha urbana
contínua do núcleo original da cidade e, portanto, com baixo preço da gleba bruta
original.
Esses loteamentos não eram lançados como empreendimentos populares, ou seja,
raramente eram destinados a atender à demanda desse segmento no mercado. Há casos
de loteamentos de chácaras ou “bairros jardim” com lotes de dimensões maiores que se
tornaram populares no processo de ocupação, pois enquadravam-se em uma das duas
situações de barateamento acima citada. Nesses casos, os lotes eram adquiridos por duas

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ou três famílias com rateio dos valores da entrada e do pagamento das prestações e
subdivididos para efeito de edificação.
A Prefeitura não dispõe de dados consolidados a respeito dos loteamentos lançados
a partir da formação da primeira periferia (1955) até o início da promoção pública na
década de 90; também não há dados sobre a citada subdivisão de lotes. Constata-se ainda
a existência de empreendimentos públicos municipais que resultam da posterior re-
urbanização parcial ou total de alguns loteamentos.
Parte das informações que constam deste Capítulo foi obtida por rastreamento e
identificação das fotos aéreas da área urbana de Itapetininga em 2007, associada a
verificações em campo nos meses de março e abril de 2011. As leis municipais e federais
aqui citadas são comentadas, a seguir, no Capítulo 7.

6.1. PROMOÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO

6.1.1. Normas para loteamentos e os planos


diretores

O lote de 250 m² é o principal produto habitacional oferecido pelo mercado


imobiliário às famílias de baixa renda que pretendam tornar-se proprietárias de uma
habitação, em geral mediante auto-construção. Até a aprovação da Lei 1.310/67,
conhecida como Código de Loteamentos, as disposições dos arruamentos e parcelamentos
faziam parte do código de obras. A nova lei estabeleceu a obrigação do loteador de abrir
as ruas, demarcar os lotes e executar a rede de águas pluviais.
O código de loteamentos foi publicado simultaneamente à Lei 1.314/67 que
aprovou o Plano Diretor de Itapetininga. A lei do Plano divide o município em zona urbana,
zona rural e zona de expansão urbana, normatiza a classificação das construções com 5
tipos residenciais, 6 comerciais, 2 industriais e especiais e no Capítulo do zoneamento
estabelece 19 setores residenciais e 6 setores industriais. Seus artigos definem dimensões de

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lotes mínimos, além de disciplinarem os índices de ocupação e de utilização


(aproveitamento) dos lotes para cada classificação.
Seis anos depois foi aprovada a Lei de Loteamento Urbano 1.732/73 que substituiu
a anterior. O novo texto legal ampliou as obrigações do loteador incluindo a execução das
redes elétrica, de água e de esgoto – alem das anteriores. Como garantia de realização
das obras, a lei estabeleceu a retenção em caução de um terço dos lotes projetados.
Informações preliminares apontam que em Itapetininga a relação custo-benefício levou
muitos loteadores a optar pela não execução da infra-estrutura e, conseqüentemente, pela
entrega dos lotes caucionados, conforme ocorreu em outros municípios paulistas nas
décadas de 70 e 80. A Prefeitura passou a contar com um “estoque potencial” de lotes
cujas localizações, quantidades e destinações ao longo do tempo não foram
contabilizadas. A Lei de Loteamento Urbano (1.732/73) foi aprovada simultaneamente às
diretrizes do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI), instituídas através da
Lei 1.728/73.
Todos os estudos a respeito da produção de planos diretores das décadas de 60 e
70 em municípios do Estado de São Paulo apontam para a ineficácia e para a limitada
aplicação de suas disposições legais. Após o processo constituinte (1987 a 1990) esse
instrumento técnico ganhou maior relevância, em especial a partir de 2001 com a entrada
em vigor do Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/01).

Feitas essas ressalvas, cabe destacar algumas diretrizes do PDDI de Itapetininga que
se referem aos loteamentos:
 Introdução do serviço medido de distribuição de água no município, mas com a
intenção explícita de adiar ao máximo possível novos investimentos na captação,
tratamento e reservação.
 Ampliar o sistema de coleta de esgotos da sede urbana para levar o atendimento
de 66,5% em 1973 para 85% da população em 1975; prevista também a
implantação de sistema de interceptores e tratamento de efluentes de esgotos
sanitários – porem sem prazos e dimensões.

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 Pavimentar as ruas da área urbana “consolidada”, ou seja, com densidade


demográfica bruta de quadra superior a 70 habitantes por hectare; também prevista
a construção da rede de esgotos pluviais – sem prazos ou dimensões.
 Colocação de guias, sarjetas e pavimentação das calçadas nas áreas de densidade
demográfica bruta de quadra superior a 50 habitantes por hectare.
 Construção e substituição de pontes em concreto armado nas principais estradas
municipais.
 Melhorar e ampliar os serviços de coleta de lixo e varrição de ruas.
 Ampliar a distribuição de energia elétrica para consumo residencial nas áreas de
expansão urbana prioritária e ainda nas áreas de maior densidade demográfica da
zona rural; são previstas melhorias e ampliação das redes de iluminação pública e
a correspondente cobrança de taxas.

E examinar as diretrizes específicas quanto à Organização Territorial:


 Orientar a expansão urbana futura em consonância com a circulação – viário
urbano e rodoviário: hierarquizar o sistema viário urbano através da implantação
de um eixo principal ao longo do córrego Taboão (Ribeirão do Chá); reservar (...)
área para eventual e futura expansão urbana do outro lado da Rodovia Raposo
Tavares e entre esta e o Rio Itapetininga; implantar na zona rural (...) o anel
rodoviário municipal; delimitar a área central da cidade por um anel de circulação.
 Delimitar (...) o perímetro da área urbana e de expansão urbana para fins de
aprovação de projetos de loteamentos e edificações urbanas, na área
compreendida entre a Rodovia Raposo Tavares e a Estrada de Ferro Sorocabana
(...) com área de 1.850 hectares.
 Estabelecer padrões para os futuros empreendimentos residenciais quanto às
densidades variáveis entre 300 e 50 habitantes por hectare.
 Prever e reservar áreas para macro-equipamentos urbanos e paisagísticos (fundos
de vale, represa e reflorestamento).

As diretrizes do PDDI de 1973 revelam uma projeção de crescimento populacional


e de expansão urbana futura exagerada face à evolução real de Itapetininga (em 2011).

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Mas esse é também um atributo dos planos diretores dessa época identificado nos estudos
já citados. Os altos índices de crescimento migratório e de urbanização, as taxas
geométricas de crescimento anual (TGCA) elevadas nas décadas de 50 e 60, somaram-se
à ideologia de desenvolvimento no regime militar com elevações reais do produto interno
bruto nacional (PIB) de até 10% ao ano na década de 70 e induziram os planejadores ao
erro.
No que diz respeito à expansão urbana as diretrizes dos planos diretores – com
maior ou menor grau de aplicação por parte das administrações – avalizam a proliferação
de loteamentos precários, irregulares ou clandestinos nas décadas de 60, 70 e adentram
nos anos 80. A chamada Lei Lehmann (Lei Federal 6.766/79), dentre outras disposições,
penaliza como crime a comercialização de lotes irregulares e passa a dar suporte para
ações de regularização por parte das Prefeituras.
O terceiro plano diretor de Itapetininga foi aprovado pela Lei 3.367/92. Trata dos
objetivos estratégicos e das diretrizes e instrumentos de implantação por áreas diferenciadas
de planejamento; institui o macro-zoneamento e re-estrutura o sistema viário e os grandes
equipamentos do município. O plano em vigor foi instituído pela Lei Complementar nº
19/07 e suas disposições servem de base ao presente Diagnóstico e às propostas do PLHIS.

6.1.2. Perímetro urbano e as tipologias verticais

Outro indicador institucional que dá embasamento legal à ampliação da oferta de


lotes populares é a variação do perímetro urbano municipal. As leis que alteram o
perímetro em Itapetininga são listadas na Tabela 6.1, acrescidas de observações quanto à
expansão urbana comentada no Capítulo 5 anterior, no que concerne à produção de lotes
e habitações populares.

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Tabela 6.1. Alterações do perímetro urbano de Itapetininga


Ano N° da Lei Observações
1957 428 Delimitava a expansão do núcleo urbano original entre os Ribeirões e
estabelecia as primeiras transposições
1966 1.265 Amplia a área urbana conforme estudos para o Plano Diretor
1973 1.719 Antecede a Lei de Loteamento Urbano e ajusta o perímetro ao Plano
Diretor – inclui o perímetro de expansão urbana
1980 2.180 Contempla parcelamentos irregulares que passaram a fazer parte do
novo perímetro
1989 2.962 Inclui áreas urbanas para futuros empreendimentos públicos de
habitações populares
2001 4.597 Estabelece um traçado poligonal mais abrangente
2004 4.871 Traçado atual da poligonal do perímetro, com acréscimos
Fonte: elaboração Demacamp, 2011.

Os sucessivos perímetros legais serão superpostos em um mapa atual da área


urbana, assim como o acréscimo de superfície em hectares que cada alteração legal
representou. Esses dados ainda não foram obtidos junto à Prefeitura de Itapetininga, mas
algumas considerações a respeito podem ser antecipadas.
O perímetro urbano no final dos anos 50 já ultrapassava em alguns trechos o
traçado da estrada de ferro ao norte. Compreendia uma área com aproximadamente um
oitavo da área delimitada atualmente. A sua maior ampliação relativa resultou da Lei
1.265/66 em função dos estudos do Plano Diretor.
A adoção de duas linhas – a do perímetro urbano e a de expansão urbana – foi
decorrência da metodologia desenvolvida nos anos 60 pelo Centro de Estudos e Pesquisas
em Administração Municipal (CEPAM, atual fundação Faria Lima). Disseminado em diversos
planos diretores, o duplo perímetro persistiu até o final da década de 80. Para voltar a ter
uma só linha de perímetro, as prefeituras enviaram projetos de lei às Câmaras de
Vereadores transformando o perímetro de expansão em perímetro urbano – situação a ser
verificada no caso de Itapetininga.

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Administrar a expansão urbana entre as duas linhas de perímetro trouxe, na prática,


mais problemas do que vantagens e induziu a proliferação de loteamentos irregulares por
falta de infra-estrutura. A dispersão urbana encarece o investimento público em redes e vias
com baixa utilização inicial e retarda o seu retorno sob a forma de pagamento das tarifas
de consumo ou de uso dessas redes e sistemas. Portanto, ainda que a maioria dos
loteadores execute as principais infra-estruturas nas áreas parceladas e arruadas, os custos
de alimentação, manutenção e a ociosidade das redes principais oneram os cofres da
Prefeitura.
A produção do mercado imobiliário de habitações populares prontas é recente e
limitada às tipologias horizontais. Itapetininga conta com poucos prédios de apartamento
voltados a atender o próprio mercado de classe média e média alta. Mais uma vez a regra
geral de outros municípios aplica-se aqui: o exagero na oferta de lotes periféricos e a
alternativa de expansão horizontal constante com ampliação do perímetro urbano
desestimulam a busca de soluções habitacionais populares verticais. Limitamo-nos a citar
algumas disposições legais referentes à altura das edificações que não parecem ter sido
inibidoras da construção de prédios ao longo do tempo:

 A Lei de uso do solo urbano – Lei 2.097/79 – cujas disposições estão parcialmente
em vigor até hoje permite edificações verticais residenciais e mistas com até 35 m
de altura na zona central (ZC), com até 15 m de altura nas zonas residenciais (ZR 1
e ZR 2), e as proibia na zona residencial de baixa densidade (ZR 3) e nos bairros
jardins (BJ) cuja altura máxima das edificações não pode passar de 7,5 m. Mas o
mesmo artigo 12 que estabelece a altura máxima das edificações no inciso III,
restringe o coeficiente máximo de aproveitamento do lote a 0,8 na zona central
(inciso I);
 Sete anos depois a Lei nº 2.548/86 libera sem restrições as alturas máximas das
edificações onde já eram permitidas e inclui a zona residencial de baixa densidade
(ZR 3) nessa disposição; somente nos bairros jardins (BJ) é mantida a restrição de
altura da Lei 2.097/79;
 Alterações posteriores da Lei de uso do solo: a Lei 2.569/86 versa sobre acréscimo
de área à zona central (ZC), porém com restrição de altura a 5,5 m; a ZC sofrerá

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novo acréscimo de área através da Lei 2.604/86 a qual não trata de altura máxima
das edificações, mas acresce ao artigo 12 permissão parcial de avanço de
construções sobre alinhamento; a Lei 2.976/90 altera a altura máxima (instituída
pela Lei 2.569/86) de 5,5 para 15 m;
 O Plano Diretor de Itapetininga, Lei Complementar nº 19 de 2007 prevê a
elaboração de uma nova Lei Municipal de uso e ocupação do solo (art. 33, Título
II, Capítulo IV) que não foi elaborada até agora (2011).

Conclui-se que a incipiente produção privada de habitações verticais não se deve às


restrições de altura máxima das edificações. As variações de alturas por zonas ao longo das
últimas três décadas, a adoção do limite de 15 m (máximo de 5 pavimentos) na maior
parte da área urbana consolidada, não são limitadores das tipologias verticais.
A explicação reside no baixo índice urbanístico de aproveitamento dos lotes
estabelecido em 1979, em especial da zona central (ZC) e de seus acréscimos definidos
pelas leis citadas em 1986. O outro fator inibidor da verticalização é a ampla dimensão do
perímetro urbano que induz o mercado a ofertar mais lotes ou conjuntos habitacionais de
unidades horizontais, como se verifica mais recentemente em Itapetininga.

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6.1.3. Empreendimentos privados recentes

A oferta de lotes ou unidades prontas de habitações pelo mercado depende sempre


da interveniência do poder público. O empreendedor privado deve, no mínimo, regularizar
a gleba ou lote, obter as diretrizes de uso e ocupação, submeter seu projeto ao exame e
aprovação dos órgãos competentes e, ao final, regularizar a situação de cada unidade –
matrículas, certidões condominiais, habite-se, etc. A maior parte dessas autorizações e
certidões são da competência da Prefeitura.
As outras formas de interveniência do poder público foram surgindo e se
diversificando ao longo das últimas décadas e podem ser resumidas a: financiamento (da
execução e / ou da comercialização das unidades) co-promoção ou parceria na
incorporação (PPP), re-urbanização ou re-comercialização pelo Estado, clientela de
cadastros públicos e mutirões ou cestas de materiais para auto-construção. A cada forma
citada correspondem sempre programas estatais regulamentados por leis e decretos com
possíveis combinações dos entes públicos – união, estados e municípios – e de entidades
da sociedade civil.
A Tabela 6.2 corresponde aos empreendimentos habitacionais recentes da iniciativa
privada em Itapetininga. Os dados foram fornecidos pelo Departamento de Habitação da
Secretaria de Planejamento (Seplan) em abril de 2011 separados em “consolidados” e “em
fase de análise ou implantação” nessa data.

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Tabela 6.2. Relação de empreendimentos habitacionais em Itapetininga

Empreendimento Proprietário Lotes Unid. Faixa de renda Bairro Situação


1 Edificio New Place Construtora Paulo Afonso 14 Alto Vila Rosa Consolidado
2 Edificio Ilha Bela 30 Alto Centro Consolidado
3 Edificio Claudia Construtora Tardelli 42 Alto Vila Rosa Consolidado
4 Edificio Itapuã 28 Alto Centro Consolidado
Camargo Barros - Construções e Comercio
5 Residencial Liberdade - Modulo 1 61 Médio Cambuí Consolidado
Ltda.
Camargo Barros - Construções e Comercio
6 Residencial Liberdade - Modulo 2 40 Médio Cambuí Consolidado
Ltda.
Camargo Barros - Construções e Comercio
7 Residencial Liberdade - Modulo 3 30 Médio Cambuí Consolidado
Ltda.
8 Edificio Village Residence Construtora Infratécnica 54 Médio Vila São João Consolidado
9 Loteamento Residencial Cambuí Construtores Diversos 250 Médio Cambuí Consolidado
Cambuí Empreendimentos e Participação
10 Loteamento Residencial Cambuí 119 Médio Cambuí Consolidado
S/C Ltda
Terra Nova Rodobens Inc. Imob. Residence
11 Residencial Moradas Itapetininga 706 Médio Taboãozinho Consolidado
X SPE Ltda.
12 Loteamento Vila José Salem Terezinha Rita Cavalheiro Salem e Outros 286 Médio Vila José Salem Consolidado
13 Loteamento Portal da Figueira Calil Aborrage 126 Médio Taboãozinho Consolidado
14 Loteamento San Martin Ygrus Empreendimentos Imobiliários Ltda. 24 Médio Consolidado
15 Loteamento Jardim Santa Inês Wilson Matiazzo 51 Médio Jardim Santa Inês Consolidado
16 Loteamento Jardim Santa Inês Wildo Pedro Matiazzo 24 Médio Jardim Santa Inês Consolidado
17 Loteamento Jardim Santa Inês Edna Matiazzo 24 Médio Jardim Santa Inês Consolidado
Camargo Barros - Construções e Comercio Em fase de análise e/ou
18 Residencial Treville 37 Médio Vila Paulo Ayres
Ltda. implantação
Condominio Residencial Villa dos Villa dos Ingleses Empreendimentos Em fase de análise e/ou
19 111 Médio Vila Arlindo Luz
Ingleses Imobiliários SPE Ltda. implantação
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Em fase de análise e/ou


20 Edificio Jamel Residencial Jamel Empreendimentos Imobiliários Ltda. 120 Alto Vila Novo horizonte
implantação
Loteamento Residencial dos Pinheiros SPE Em fase de análise e/ou
21 Portal dos Pinheiros I 726 Alto Mato Seco
Ltda. implantação
Loteamento Residencial dos Pinheiros SPE Em fase de análise e/ou
22 Portal dos Pinheiros II 1042 Médio Mato Seco
Ltda. implantação
Loteamento Residencial dos Pinheiros SPE Em fase de análise e/ou
23 Portal dos Pinheiros III 374 Interesse Social Mato Seco
Ltda. implantação
Em fase de análise e/ou
24 Residencial Spazio Verde José Reynaldo Gios de Lara & Outros 400 Alto Bancários
implantação
SPE Union Ville Real State Itapetininga Emp. Em fase de análise e/ou
25 Scopel Desenvolvimento Urbano 424 Baixo Barro Branco
Imob. implantação
Em fase de análise e/ou
26 Residencial Marina Norberto Coelho 150 Médio
implantação
Em fase de análise e/ou
27 Morada dos Ipês José Claudio Munhos Vaqueiro 80 Alto
implantação
Em fase de análise e/ou
28 Gramado II Pedro Carlos Rovai 354 Médio Taboãozinho
implantação
Em fase de análise e/ou
29 Golden Ville Moacyr Rodrigues 800 Alto
implantação
Em fase de análise e/ou
30 Solar dos Hungrias Zecaborba Soares Hungria 467 Médio Taboãozinho
implantação
Em fase de análise e/ou
31 Jacutinga Jorge Coelho 250 Alto Chapada Grande
implantação
Em fase de análise e/ou
32 Dino Cerqueira de Moraes 400 Médio
implantação
Em fase de análise e/ou
33 Condominio de Golf - Abril Anapi 400 Alto
implantação
Em fase de análise e/ou
34 Loteamento Vila Leme NYÃ Empreendimentos Ltda. 624 Médio Vila Leme
implantação
Em fase de análise e/ou
35 FKB Yolanda Vampré Yolanda Franco Vampré 400 Alto Fazenda Sobradinho
implantação
J. J. V. Construção e Planejamento Em fase de análise e/ou
36 Condominio Belo Horizonte 53 Baixa Vila Belo Horizonte
Imobiliário implantação
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Os empreendimentos recentes do setor privado revelam uma inversão da tendência


histórica verificada, ou seja, do total geral de 9.121 imóveis previstos na Tabela predomina
a oferta de unidades edificadas (6.581) sobre os lotes (2.540). O mesmo se aplica se
considerarmos apenas os empreendimentos já “consolidados”: de um total de 1909
imóveis somente 119 são lotes. Já no caso dos empreendimentos “em fase de análise ou
implantação” do total de 7.212 imóveis previstos serão edificadas 4.791 unidades e
ofertados 2.421 lotes urbanizados.
Quanto à faixa de renda dos adquirentes, encontramos os seguintes totais:

Tabela 6.3. Faixa de renda dos adquirentes de empreendimentos habitacionais em


Itapetininga
Unidades / faixa de renda: Consolidados Em análise
Alta e média 1.909 6.361
Baixa e de interesse social 0 851
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

Somente 9,3% do total geral de unidades destinam-se aos adquirentes de baixa


renda e não há nenhuma unidade para essa faixa nos empreendimentos recentes já
consolidados em Itapetininga. Resta saber se há demanda atual no mercado de alta e
média renda para a aquisição dos 8.270 imóveis em potencial oferta.

6.2. PROMOÇÃO PÚBLICA

A interveniência do poder público na oferta de moradia popular em Itapetininga


iniciou no fim da década de 60 com a promoção do Governo do Estado, prosseguiu de
forma episódica a partir da década de 90 com maior interveniência da Prefeitura, e só na
última década contou com aportes do Governo Federal. É preciso recuperar essa trajetória
da produção pública de moradias populares com maior quantidade de informações da
Prefeitura – a quem cabe consolidar uma estrutura permanente de administração e
promoção da habitação para baixa renda.

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6.2.1. Antecedentes até a função social da


propriedade

A denominação de “habitações de interesse social” (HIS) só foi instituída a partir da


Constituição de 1988 em seus artigos 182 e 183, apesar de já ter sido utilizada em alguns
planos e relatórios técnicos anteriores a essa data. O art. 182 atribui ao município o poder
de elaboração da política de desenvolvimento urbano (através do Plano Diretor aprovado
pela Câmara Municipal) que tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade. O art. 183 assegura o direito a todo cidadão de obter um título
de domínio de área urbana de até 250 m² que possuiu como sua por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição.
O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/01) veio regulamentar as disposições
constitucionais citadas somente 13 anos depois. Nesse longo tempo a maioria dos
municípios viu-se obrigada por disposição de sua Lei Orgânica aprovada em 1990 a
elaborar um Plano Diretor. Em Itapetininga o cumprimento dessa obrigação se deu através
da Lei 3.367/92 já citada no item 6.1.1, porém sem dispor ainda dos instrumentos do
Estatuto da Cidade.
A pesquisa feita para elaborar este Plano Local (PLHIS) não buscou referências
anteriores ao conjunto de 50 casas populares construídas no Bairro Nova Itapetininga em
1968 pela CECAP (Carteira Estadual de Casas para o Povo). É provável que existam
iniciativas anteriores como, por exemplo, junto à Fundação da Casa Popular (governo
federal 1946) ou junto ao IPESP (casas para servidores estaduais nos anos 50 e 60), que
devem ser levantadas para completar este Diagnóstico.
O conjunto da CECAP foi promovido durante o Governo Abreu Sodré, época em
que a Carteira era operada pela Caixa Econômica Estadual – hoje incorporada pelo Banco
do Brasil. A Caixa era uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo que operava o
financiamento habitacional com recursos públicos. A partir da criação em 1965 do Sistema
Financeiro Habitacional (SFH) e do Banco Nacional da Habitação (BNH) aumentou
substancialmente a produção de novas unidades pelo Estado com recursos federais. A
CECAP passou a construir conjuntos maiores e a atender um número maior de municípios
paulistas.

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Entre 1979 e 1980 no governo Paulo Maluf foi criada a CODESPAULO


(Companhia de Desenvolvimento de São Paulo) como empresa pública de economia mista
que passou a responder pela construção de casas populares. A nova empresa absorveu a
estrutura de promotora de empreendimentos habitacionais da CECAP enquanto a parte
financeira foi transformada em banco de poupança associado ao SBPE (Sistema Brasileiro
de Poupança e Empréstimo) que mais tarde viria a ser absorvido pela Caixa Econômica
Estadual de São Paulo. No governo de Franco Montoro (1983-1986) a CDHU (Companhia
de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) substituiu a CODESPAULO e é a empresa
administradora e executora da política habitacional do Estado até hoje.
A produção pública de moradias populares em Itapetininga conta com diversos
empreendimentos da CDHU desde quando a empresa estadual foi criada. Essa relação não
obedece, no entanto, a um plano ou convênio geral firmado entre Prefeitura e Estado, ou
seja, é descontínua e esporádica. O mesmo pode ser observado no que se refere à relação
com a Caixa Econômica Federal que vem sendo um agente financeiro habitacional tanto
da promoção pública quanto privada de habitações e lotes urbanizados no município.
Por outro lado, não foi encontrado nenhum empreendimento feito pelo governo
federal no período em que funcionou o Banco Nacional de Habitação (BNH de 1965 a
1986). Como já foi visto no Capítulo 5 a esse período correspondeu uma grande expansão
urbana da periferia de Itapetininga, fato que torna mais misteriosa a ausência de contratos
amparados pelos diversos programas do BNH.
A Tabela 6.4 foi produzida com os dados fornecidos pela Prefeitura e as diversas
intervenções públicas em habitação popular foram listadas em seqüência cronológica. Foi
adotada uma periodização na tentativa de compreender e explicar a aparente
descontinuidade dessas ações. A periodização baseou-se nas variações qualitativas e
quantitativas da oferta de HIS e de lotes urbanizados pelo poder público, ou tendo o poder
público como “parceiro”. As variações dessa oferta são afetadas tanto por fatores externos
das políticas governamentais da União e do Estado, quanto pelos efeitos urbanos
detectados em Itapetininga, a seguir resumidos:

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Tabela 6.4. Oferta de unidades dos EHIS públicos no Município de Itapetininga *


Ano Denominação / Promotor Lotes Casas Aptos Total
1968 Vila Nova Itapetininga CECAP 0 50 0 50
Subtotais 1º período 0 50 0 50
1990 Vila Piedade PMI 36 0 0 36
1991 Jardim Maricota CEF / PMI 0 46 0 46
1992 Gramadinho CEF / PMI 0 61 0 61
1992 Quatro Irmãos CDHU C1 e C2 0 0 288 288
1992 Vila Piedade CDHU E 0 167 0 167
1992 Vila Aires CEF / COHAB Campinas 0 194 0 194
1993 Vila Prado CEF/PMI 32 16 0 48
1993 Jd. Mirassol - Fogaça CEF / PMI 36 15 0 51
Subtotais 2º período 104 499 288 891
1996 Vila Sonia CDHU F1 0 0 101 101
1997 Jardim Casagrande PMI 0 27 0 27
1997 Jardim Nova Era PMI 523 0 0 523
1997 Vila Sudeste PMI / CDHU 0 229 0 229
1998 Vila Sonia CDHU F2 0 160 0 160
1998 Vila Nishimbo CDHU G1 0 142 0 142
1999 Vila Nishimbo CDHU G2 0 81 0 81
1999 Jardim São Camilo CEF / PMI 145 0 0 145
2000 Jardim São Camilo CEF / PMI 0 59 0 59
2000 Jardim Nova Era CEF / PMI 0 17 0 17
2000 Vila Sonia CDHU F3 0 0 158 158
2001 Quatro Irmãos CDHU C3 0 0 288 288
Subtotais 3º período 668 715 547 1.930
2004 Jardim São Camilo CEF / PMI 0 104 0 104
2005 Jardim Nova Esperança CEF / PMI 0 45 0 45
2005 Cambuí PAR – CEF 0 500 0 500
2010 Jardim São Camilo FNHIS 0 71 0 71
2010 Jardim Santa Inês PAR - FNHIS 0 129 0 129
Subtotais 4º período 0 849 0 849
TOTAIS DA OFERTA 772 2.113 835 3.720
Vila Sonia CDHU H 0 0 200 200
2011 Regularização de loteamento no Rechã CDHU I 100 0 0 100
Jardim São Camilo CDHU L 0 25 0 25
Vila Dignidade (idosos) CDHU 0 16 0 16
Gramado I FNHIS 0 359 0 359
Totais em andamento (abril de 2011) 100 400 200 700
(*) As datas e números de unidades desta Tabela estão sujeitos a revisão e ajustes.

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1) Período entre 1964 e 1986 – a expansão da periferia ultrapassa os


Ribeirões do Cavalo e do Chá; disponibilidade de financiamento habitacional pelo BNH.
2) Período entre 1987 e 1994 – instabilidade financeira e desenvolvimento do
mercado imobiliário; surgem situações de irregularidade nos loteamentos.
3) Período entre 1995 e 2002 – estabilidade financeira com recessão e
escassez de financiamentos habitacionais públicos; aumento das irregularidades.
4) Período entre 2003 e 2010 – desenvolvimento do setor habitacional para
produzir HIS; políticas públicas para a regularização habitacional.

6.2.2. Descontinuidade e diversidade das


intervenções públicas

Os intervalos de tempo da periodização apresentada aplicam-se à análise da


promoção pública de moradias em geral no Brasil contemporâneo (pós 1964). No caso do
município de Itapetininga observa-se que a produção maior foi acumulada no 3º período,
ou seja, quando começa a estabilidade financeira com a inflação controlada e com pouca
disponibilidade de financiamentos federais. Dos doze empreendimentos públicos citados
nesse período, sete foram feitos através da CDHU somando 1.159 unidades que
representam 60% do total; outros três foram realizados pela Prefeitura com financiamento
da CEF (221 unidades, 11,5%) e dois com recursos municipais (550 unidades, 28.5%).
No 4º período, que é mais recente, 100% das 849 unidades empreendidas pelo
poder público contaram com recursos do governo federal e resultaram na produção de
casas em parceria com a iniciativa privada. A CDHU volta a ter uma participação
expressiva nas unidades ora em andamento (2011) respondendo por 341 das 700
unidades, cabendo a maioria ainda ao financiamento federal (359 casas).
Destaque-se ainda que no 1º período verificou-se a maior diversidade da produção
pública de HIS tanto quanto à oferta de lotes, casas e apartamentos, quanto às formas de
promoção. Alem da participação da CDHU com 455 unidades (51%) registra-se o conjunto
promovido pela COHAB Campinas e financiado pelo governo federal com 194 unidades
(21,8%) e as demais 242 unidades (27,2%) promovidas por iniciativa da Prefeitura com

68
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financiamentos da CEF. Dados parciais obtidos junto à Prefeitura indicam que parte desta
produção foi realizada em loteamentos particulares existentes e que esse tipo de promoção
prosseguiu nos períodos seguintes.
Quanto aos tipos de unidades ofertadas, a produção total do setor público entre
1968 e 2010 foi de 3.720 unidades distribuídas nas proporções de: 20,8% lotes, 56,8%
casas e 22,4% apartamentos. Todos os apartamentos foram promovidos pela CDHU nos
seus dois maiores empreendimentos denominados Quatro Irmãos (1992 e 2001) e Vila
Sonia (1996 e 2000) – este último também com casas edificadas em 1996 e com mais 200
apartamentos em andamento em 2011.

7. MARCO JURÍDICO-INSTITUCIONAL

7.1. Legislação Federal

7.1.1. Constituição Federal e Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01)

A Constituição Federal de 1988 foi um marco importante para a política urbana,


trazendo um conjunto de princípios inovadores e oportunos para o desenvolvimento
urbano. A começar pelo artigo 3º do Título I, dos Princípios Fundamentais, que inclui como
um dos objetivos fundamentais da República a erradicação da pobreza e da
marginalização e redução das desigualdades sociais e regionais. Também no artigo 5° do
Título II, que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais, inclui-se o direito de
propriedade, condicionando-o, entretanto, ao atendimento de sua função social. No
Capítulo dos Direitos Sociais, a Constituição estabelece que são direitos sociais a
educação, a saúde, a moradia5, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. No que se refere
especificamente à política urbana - artigos 182 e 183, um avanço da Constituição está na

5
O direito à moradia foi acrescentado ao texto constitucional pela Emenda 26 de 14 de fevereiro de 2000.

69
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ampliação do princípio da função social da propriedade, estendendo-o explicitamente à


propriedade urbana. O texto constitucional reafirma também a importância do
planejamento urbano ao tornar obrigatório o plano diretor para cidades com mais de
20.000 habitantes e vincular o cumprimento da função social da propriedade ao
atendimento das exigências de ordenação da cidade expressas no plano.

Destaca-se ainda na Constituição Federal a indicação do município como ente


federativo responsável por sua política territorial e pela efetiva implementação de projetos e
programas voltados ao desenvolvimento urbano. A sustentabilidade econômica, social e
ambiental destes programas é foco dos instrumentos normativos, em especial do plano
diretor, elevado à condição de principal instrumento da política urbana municipal. O claro
direcionamento para que as políticas econômicas, sociais e ambientais estejam associadas
à política de desenvolvimento urbano foi um esforço empreendido pela Constituição
Federal e vem avançando, desde a promulgação da Lei 10.257/01, conhecida como
Estatuto da Cidade, com a instituição dos vários planos diretores locais. A relação entre
disposições estabelecidas em nível federal e as disposições contidas nos instrumentos locais
– os planos diretores – tem indicado potencialidades para efetivar políticas públicas de
interesse social, nas quais se inserem as políticas de habitação.
Promulgado em 10 de julho de 2001, o Estatuto da Cidade regulamenta os Artigos
182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo as diretrizes gerais da política urbana
em nível nacional bem como os instrumentos para a sua aplicação. Sob vários aspectos, o
Estatuto da Cidade pode e deve ser considerado um marco na gestão urbana no Brasil. O
primeiro deles, certamente, é o fato de que, depois de 11 anos de tramitação, debates,
disputas políticas, econômicas e sociais, a conquista representada pela inclusão de um
capítulo destinado à política urbana na constituição ganha concretude ou, pelo menos, tem
um marco regulatório que permite sua aplicação. Do ponto de vista estritamente jurídico, o
estatuto representa um rompimento com uma tradição de regulação do direito de
propriedade pela matriz do liberalismo jurídico clássico, que condenava parcela
significativa da população das cidades a uma condição de subcidadania, uma vez que sua

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relação com a terra (não titulada) não atendia aos preceitos jurídicos e urbanísticos
vigentes6.

O Estatuto da Cidade define um importante conjunto de instrumentos, trazendo


para o seu corpo alguns já previstos em outros dispositivos legais, caso do zoneamento
ambiental, e incorporando novos instrumentos, como o estudo de impacto de vizinhança ou
o direito de preempção, e que passam a compor uma espécie de “caixa de ferramentas do
gestor urbano”. Em linhas gerais as inovações apresentadas pelo Estatuto da Cidade
podem ser agrupadas em: (1) instrumentos de natureza urbanística, voltados para o
controle do uso e ocupação do solo; (2) alternativas de regularização fundiária das posses
urbanas e (3) gestão democrática das cidades tendo como elemento central a estruturação
de órgãos colegiados de política urbana em nível federal, estadual e municipal, além de
mecanismos de participação direta dos cidadãos (audiências e consultas públicas,
iniciativas populares de projeto de lei etc.). De certa forma o Plano Diretor mantém um
papel central em relação ao conjunto de instrumentos estabelecidos, exceto em relação aos
planos cuja abrangência extrapola os limites do município, que obviamente devem dialogar
com os Planos Diretores, mas que não se subordinam a ele.

Os instrumentos da política urbana previstos no Estatuto da Cidade estão em


grande parte condicionados à sua previsão nos planos diretores municipais e alguns,
inclusive, necessitam de leis específicas ou algum tipo de regulamentação posterior para
que possam ser aplicados. Configura-se, com isso, um longo caminho a percorrer até que
estes instrumentos sejam efetivamente aplicados, demandando, portanto, certa agilidade
nas decisões tomadas na esfera municipal para que estes possam ser utilizados como
estratégias de implementação das políticas sociais e em especial a de habitação. Neste
campo, destacam-se alguns instrumentos cruciais tanto para constituir uma reserva ou
banco de imóveis para servirem a novos empreendimentos habitacionais, como para
promover a regularização fundiária dos assentamentos precários. Estes instrumentos são as
Zonas Especiais de Interesse Social, a Concessão de Direito Real de Uso, o Parcelamento,
Edificação ou Utilização Compulsórios, a Usucapião de Imóvel Urbano (individual e
coletivo), o Direito de Superfície, o Direito de Preempção, entre outros. A Medida Provisória

6
ALFONSIN, B. O estatuto da Cidade e a construção de cidades sustentáveis, justas e democráticas. 2º
Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente. Canela, R.S. 2001.

71
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2.220/2001 também instituiu a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, que é o
instrumento correspondente à Usucapião, aplicado para imóveis públicos.

A aplicação destes instrumentos pode garantir conquistas importantes no campo das


políticas sociais, associando-as às políticas territoriais. Para isso, porém, as leis urbanísticas
como o plano diretor, lei de uso e ocupação do solo e lei de parcelamento do solo devem
adotá-los, definindo regras precisas para a sua aplicação. Assim, por exemplo, no caso das
Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), é importante que estejam demarcadas no
território municipal, o que pressupõe uma opção assumida pela municipalidade em
determinar alguns imóveis dirigidos exclusivamente para novos empreendimentos
habitacionais destinados à população de baixa renda ou para a regularização dos
assentamentos precários, em consonância com a demanda e o déficit habitacional
devidamente mensurado.

Da mesma forma, o instrumento do parcelamento, utilização ou edificação


compulsórios, que força a utilização dos imóveis ociosos ou sub-utilizados, depende do
estabelecimento de critérios de localização e de padrões tipológicos de imóveis
interessantes para serem empreendidos. A Concessão de Direito Real de Uso, Concessão
de Uso Especial para Fins de Moradia e a Usucapião são instrumentos jurídicos que podem
estar associados ao instrumento da ZEIS, contribuindo para o processo de regularização
fundiária. Como estratégia de enfrentamento dos mecanismos do mercado especulativo,
tanto as ZEIS como o parcelamento e edificação compulsórios são oportunos até como
medidas de acomodação do valor dos imóveis demarcados para a produção de habitação
social, contando com fatores depreciativos e mecanismos fiscais de contenção do aguardo
para valorizações futuras. Neste sentido, se os planos diretores não avançarem na
aplicabilidade destes instrumentos, o plano setorial de habitação deverá reforçar a sua
regulamentação de forma a garantir que estes mecanismos tornem-se estratégicos para a
constituição de uma reserva fundiária futura, especialmente para os empreendimentos
habitacionais de interesse social.

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7.1.2. Lei Federal de Parcelamento do Solo Urbano – 6766/79

A lei federal 6766/79 instituiu nacionalmente, em 1979, as regras gerais para o


parcelamento do solo urbano nos municípios brasileiros, estabelecendo, inclusive,
parâmetros urbanísticos mínimos a serem atendidos pelos municípios, desconsiderando as
diferenças regionais, não desprezíveis. Esta lei com constituiu-se em um regulador
importante de produção de moradia, crucial no momento em que foi promulgada, mas já
atrasada frente ao explosivo crescimento da população urbana que se iniciou a partir dos
anos 1940. Na maioria das cidades brasileiras e, principalmente naquelas pertencentes às
regiões metropolitanas, a onda urbanizadora passou bem antes que esta lei federal fosse
promulgada, instalando-se um padrão periférico de crescimento, que associou a produção
de lotes irregulares e a ocupação indevida de áreas ambientalmente frágeis, produziu
grandes manchas urbanas ilegais ao lado de ilhas de regularidade, criando-se, assim, duas
cidades7, legal e ilegal.

Supõe-se que a lei 6766/79 foi apresentada como uma resposta ao avanço do
padrão irregular de ocupação sintonizado com as características de renda e emprego que
já determinavam a não inclusão da maior parte da população brasileira do mercado formal
de moradia ou de programas governamentais de provimento de habitação social. Ainda
assim, a lei passou longe de promover qualquer aproximação com a realidade territorial e
foi, como outros instrumentos normativos instituídos, mais um fator favorável à produção de
irregularidades fundiárias.

Embora esta lei tenha estabelecido uma série de regras importantes, antes
negligenciadas pelo Decreto Lei 54/37, como os procedimentos para a aprovação do
parcelamento do solo no município, os procedimentos registrários e as garantias para a
execução de obras mínimas de infra-estrutura, discriminadas e exigidas na lei, ela
estabeleceu parâmetros e medidas que não garantiram maior racionalidade nos padrões
urbanísticos adotados e a inclusão territorial de uma parcela significativa da população
brasileira, principalmente nas grandes cidades. O que se viu, após a sua promulgação e
aplicação nos municípios brasileiros, foi a continuação do processo de irregularidades
consubstanciado pelo aparecimento de novos parcelamentos que, não raras vezes,
7
ROLNIK, R. Instrumentos Urbanísticos contra a Exclusão Social. Raquel Rolnik e Renato Cymbalista (orgs.). São
Paulo, Polis, 1997, p. 7-9.

73
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esbarravam em algum aspecto estabelecido pela lei, impedindo, portanto, que o seu
processo de implantação seguisse o curso normal, desencadeando uma série de novos
processos de irregularidades posteriores.

Deve-se ressaltar que em muitos municípios brasileiros a estrutura administrativa das


prefeituras, ora contribuiu para promover tais irregularidades, omitindo-se do processo de
licenciamento e fiscalização, ora foi vítima diante da falta de uma estrutura capaz de conter
os históricos processos de irregularidades. A morosidade e a ausência, durante anos, do
Poder Judiciário nestes processos de irregularidades acentuaram esta problemática, questão
que só recentemente tem sido contornada com o envolvimento das promotorias de
urbanismo e meio ambiente nas ocorrências relacionadas ao parcelamento do solo.

Neste sentido é que muitas das regras estabelecidas pela lei 6766/79 têm sido, já
há algum tempo, questionadas pelos urbanistas e já é sob a ótica da regularização
fundiária – tema, aliás, que se tornou candente nos fóruns relacionados à habitação nos
últimos anos – que grande parte dos questionamentos foi contextualizada. Ao elaborarem
suas leis de parcelamento do solo específicas, muitos municípios incorporaram as regras
estabelecidas pela 6766/79 e as aplicaram, muitas vezes desconsiderando as
peculiaridades locais. Um exemplo disto é o parâmetro do lote mínimo estabelecido pela lei
e reproduzido por boa parte dos municípios. O inciso II do artigo 4º estabelece que os lotes
devem ter área mínima de 125 m², autorizando o estabelecimento de lotes menores
quando destinados à urbanização específica ou à edificação de conjuntos habitacionais de
interesse social. Poucos foram os municípios que estabeleceram 125 m² como parâmetro
mínimo para o tamanho de lote e raríssimos foram os que incluíram um tamanho menor
para os casos de interesse social. O custo do terreno, excessivo principalmente nas regiões
metropolitanas eleva a necessidade de promover adensamentos compatíveis, associando
custo do terreno à capacidade de pagamento da população de menor renda. A vinculação
do tamanho de lote a determinados padrões de ocupação também determina esta
compatibilidade, tendo sido desconsiderada por vários municípios. A alternativa para o
enfrentamento da incompatibilidade entre as disposições das leis de uso do solo com as
necessidades da habitação de interesse social tem sido a instituição de leis específicas de
interesse social e, mais recentemente ainda, a instituição das zonas especiais de interesse

74
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social, instrumento previsto no Estatuto da Cidade, incipientemente aplicado por alguns


municípios.

Em 1999, a lei 6766 sofreu algumas alterações com a promulgação da lei federal
9785/99. Aspectos pertinentes aos preceitos constitucionais, como a vinculação de
determinados parâmetros a índices dispostos no plano diretor foram incorporados (como a
vinculação entre o total de áreas públicas a serem destinadas e a densidade prevista para o
empreendimento). Assim também aspectos referentes à regularização de parcelamentos
foram complementados, inclusive de caráter registrário. Do ponto de vista urbanístico,
destacam-se o parágrafo único do artigo 43 no tocante à exigência da destinação das
áreas públicas dispostas no artigo 4º, podendo, nos casos de regularização, ser substituídas
por pecúnia ou área equivalente, no dobro da diferença entre o total exigido e o
efetivamente destinado, e o artigo 53-A que considerou de interesse público os
parcelamentos vinculados a planos ou programas habitacionais de iniciativa das Prefeituras
Municipais e do Distrito Federal, ou ainda, entidades autorizadas por lei, em especial as
regularizações de parcelamento e assentamentos. Do ponto de vista registrário, destaca-se
a inclusão do parágrafo 3º do artigo 26 que atribuiu, nos parcelamentos populares, à
Cessão de Posse com Imissão Provisória na Posse o caráter de escritura pública, admitindo-
o como instrumento passível de realização de registro do parcelamento.

Desde 2000, está em discussão na Câmara dos Deputados, o PL 3.057, conhecido


como projeto de lei da responsabilidade territorial que, se aprovado, substituirá a Lei
6766/79. Em discussão já há dez anos no Congresso Nacional, este PL modificará com
radicalidade muitos dos dispositivos vigentes pela legislação atual, mas seu caráter
polêmico tem dificultado a sua aprovação. Deve-se ressaltar que as mudanças
constitucionais e o impulso promovido pela promulgação da lei 10.257/01 colocaram em
outro patamar a discussão sobre o parcelamento do solo para fins urbanos e integram os
dispositivos propostos por este PL, principalmente no que se refere à concepção da gestão
plena dos municípios, para aqueles que tenham plano diretor e uma estrutura de gestão
condizente com as exigências licenciadoras e a inclusão de conceitos e capítulos referentes
à regularização fundiária, para a qual foram designadas três categorias: a regularização
fundiária sustentável, a regularização fundiária de interesse social e a regularização
fundiária de interesse específico. A este respeito, cabe destacar a consolidação da questão

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até mesmo em normativas ambientais, como é o caso da Resolução CONAMA 469/2006


que dispôs sobre os casos excepcionais de intervenção ou supressão de vegetação em
Áreas de Proteção Permanentes (APPs), nos casos de utilidade pública, interesse social ou
baixo impacto ambiental, em resposta aos tradicionais problemas provocados pela
aplicação das disposições do Código Florestal (Lei Federal 4771/65) em APPs urbanas.

A assunção da realidade territorial nas disposições a serem aplicadas por esta futura
lei é um aspecto que merece ser observado, mas encontrará dificuldades diante do caráter
não aplicativo de muitos planos diretores e da ausência de mecanismos locais que
referendem ou implementem as disposições de regularização fundiária. Além disso, mais
uma vez, a morosidade provocada pela polêmica instaurada no seu processo de discussão
colocá-la-á novamente com atraso frente a dinâmica urbanizadora que passa por um
segundo momento de explosão recente, esta provocada por uma onda expansiva das
atividades do mercado imobiliário.

7.1.3. Legislação federal de promoção habitacional

Outra gama de normativas a ser considerada no PLHIS diz respeito aos aspectos de
promoção dos programas habitacionais. Este campo teve significativas contribuições
recentes, principalmente com a promulgação da Lei Federal 11.124/2005 que instituiu o
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social e cria o Fundo Nacional de Habitação
de Interesse Social. Esta lei é decorrente da Política Nacional de Habitação, publicada em
novembro de 2004 pelo Ministério das Cidades, que definiu uma série de princípios,
objetivos gerais e diretrizes voltados para a promoção da habitação de interesse social. A
lei é estratégica ao compor um sistema integrado pelas três esferas de governo,
corroborando os princípios do pacto federativo, bem como a necessária articulação com
outras políticas setoriais, o que é explicitado logo em seu artigo 4º: “compatibilidade e
integração das políticas habitacional federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, bem
como das demais políticas setoriais de desenvolvimento urbano, ambientais e de inclusão
social.”

Ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social cabe a gestão dos recursos


do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de

76
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Serviço), do FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social) e outros fundos ou


programas que vierem a ser criados. Ressalte-se que o FGTS não foi incluído no rol dos
recursos do FNHIS, que é composto por recursos do FAS (Fundo de Apoio ao
Desenvolvimento Social), dotação do Orçamento Geral da União, recursos provenientes de
empréstimos externos e internos para programas de habitação; contribuições de pessoas
físicas ou jurídicas, entidades e organismos de cooperação nacionais ou internacionais;
receitas operacionais ou patrimoniais realizadas com recursos do FNHIS, outros fundos,
recursos ou programas que vierem a ser a ser incorporados ao FNHIS. Os recursos do
FNHIS serão aplicados de forma descentralizada por intermédio dos Estados, Distrito
Federal e municípios. Neste aspecto, cabe ressaltar que a lei exige que cada um dos entes
destas três esferas constitua fundo com dotação orçamentária própria, destinado a
implementar a Política de Habitação de Interesse Social; constitua Conselho que contemple
a participação de entidades públicas e privadas, bem como de segmentos da sociedade
ligados á área de habitação; apresente plano habitacional de interesse social,
considerando especificidades do local e da demanda; firme Termo de Adesão ao FNHIS,
entre outras condições.

A lei reforça o papel dos conselhos estaduais e municipais. Os estados que


aderirem ao Sistema deverão atuar como articuladores das ações do setor habitacional no
âmbito do seu território, promovendo a integração dos planos habitacionais dos municípios
aos planos de desenvolvimento regional, coordenando atuações integradas que exijam
intervenções intermunicipais, em especial nas áreas complementares à habitação, e dando
apoio aos municípios para a implantação dos seus programas habitacionais e suas políticas
de subsídios. O papel dos conselhos municipais será o de fixar critérios para a priorização
das linhas de ação, alocação de recursos e atendimento dos beneficiários dos programas
habitacionais. Estes também promoverão ampla publicidade das formas e critérios de
acesso aos programas, das modalidades de acesso à moradia, das metas anuais de
atendimento habitacional, dos recursos previstos e aplicados, identificados pelas fontes de
origem, das áreas objeto de intervenção, dos números e valores dos benefícios e dos
financiamentos concedidos, de modo a permitir o acompanhamento e fiscalização pela
sociedade das ações do SNHIS. Além disso, os conselhos deverão dar publicidade às
regras e critérios para o acesso a moradias no âmbito do SNHIS, em especial às condições

77
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de concessão de subsídios. A Resolução 13/2007 definiu como principais ações para a


distribuição de recursos do FNHIS a provisão habitacional de interesse social, a melhoria
das condições de habitabilidade de assentamentos precários, além da elaboração de
planos habitacionais de interesse social e desenvolvimento e da qualificação da política
habitacional e a prestação de serviços de assistência técnica para Habitação de Interesse
Social.

Fica claro que os conselhos municipais deverão aprofundar as discussões sobre as


regras locais de atendimento habitacional, tendo um papel proeminente até mesmo na
concepção destes critérios, questões que são parte integrantes dos planos locais de
habitação. Ao estabelecer que o acesso à moradia deve ser assegurado aos beneficiários
do SNHIS, de forma articulada entre as três esferas do governo e priorizando as famílias de
menor renda, a lei explicita que os benefícios concedidos no âmbito do sistema poderão ser
representados por subsídios financeiros destinados a: complementar a capacidade de
pagamento das famílias beneficiárias; equalização de operações de crédito realizadas por
instituições financeiras autorizadas pelo Conselho Monetário Nacional e fiscalizadas pelo
Banco Central do Brasil; isenção ou redução de impostos municipais, distritais, estaduais ou
federais incidentes sobre o empreendimento, no processo construtivo, condicionado à
prévia autorização legal; além de outros benefícios não caracterizados como subsídios
financeiros, destinados a cobrir o custo de construção ou aquisição de moradias. Estas
medidas indicam algumas regras que o município pode adotar no que se refere à política
de subsídios, lembrando que a própria lei incluiu as diretrizes pelas quais os benefícios
serão concedidos: identificação dos beneficiários dos programas realizados no âmbito do
SNHIS no cadastro nacional, de modo a controlar a concessão dos benefícios; valores de
benefícios inversamente proporcionais à capacidade de pagamento das famílias
beneficiárias; utilização de metodologia aprovada pelo órgão central do SNHIS para o
estabelecimento dos parâmetros relativos aos valores dos benefícios, à capacidade de
pagamento das famílias e aos valores máximos dos imóveis, que expressem as diferenças
regionais; concepção do subsídio como benefício pessoal e intransferível, concedido com a
finalidade de complementar a capacidade de pagamento do beneficiário para o acesso à
moradia, ajustando-a ao valor de venda do imóvel ou ao custo do serviço de moradia,
compreendido como retribuição de uso, aluguel, arrendamento ou outra forma de

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pagamento pelo direito de acesso à habitação e impedimento de concessão de benefícios a


proprietários, promitentes compradores, arrendatários ou cessionários de imóvel residencial.

Cabe ressaltar no âmbito destas diretrizes, a previsão de um cadastro nacional de


beneficiários, de modo a controlar a concessão de benefícios, assim como o
estabelecimento de parâmetros quanto aos valores de benefícios, capacidade de
pagamento das famílias e os valores máximos dos imóveis, questões que estão sendo
discutidas no Plano Nacional de Habitação. Parte das regras e disposições relativas à
aplicação dos recursos do FNHIS programadas para o período 2008-2011 estão contidas
nas resoluções e instruções normativas do Conselho Gestor do Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social.

Dois outros instrumentos normativos devem ser ainda destacados aqui. O primeiro é
a Lei 10.998/2004 que alterou o Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social
(PSH), antes tratada na Medida Provisória 2.212/2001. Nesta lei estão explicitadas as
finalidades para as quais os subsídios são concedidos, quais sejam: a complementação da
capacidade financeira do proponente para pagamento do preço do imóvel residencial, do
valor necessário a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro das operações de
financiamento realizadas pelas instituições financeiras ou agentes financeiros do SFH,
compreendendo as despesas de contratação, de administração e cobrança e de custos de
alocação, remuneração e perda de capital, e do valor necessário a assegurar o equilíbrio
econômico-financeiro das operações de parcelamento, realizadas pelas instituições
financeiras ou agentes financeiros do SFH, compreendendo as despesas de contratação e
administração do crédito e remuneração das instituições ou agentes.

O segundo é a Resolução 518/06, do Conselho Curador do FGTS, que alterou e


consolidou a Resolução 460/04 que tem como objetivo viabilizar o acesso à moradia para
famílias de baixa renda através de operações de financiamento com subsídios / desconto,
organizados de forma coletiva e em parceria com o Poder Público ou Entidade
Organizadora. Com o estabelecimento da Resolução 460/04, 50% da rentabilidade do
Fundo foi disponibilizado para complementar a capacidade de financiamento do
beneficiário com renda limitada a R$ 1.875,00 nas regiões metropolitanas e municípios
com mais de 100 mil habitantes e R$ 1.125,00 nos demais municípios.

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Ainda em nível federal devem ser mencionadas três importantes referências para o
PLHIS: os programas “Minha Casa Minha Vida” e PAC – Programa de Aceleração do
Crescimento, e o Plano Nacional de Habitação. Este último, denominado “Pacto Nacional
pela Moradia Digna”, foi concebido entre 2007 e 2009 a partir de amplo processo
participativo, com horizonte de planejamento de 15 anos, prevendo-se revisões periódicas
de forma a promover sua articulação com outros instrumentos de planejamento
orçamentário-financeiro do Governo Federal. Dessa forma, estão previstas revisões do
PLANHAB nos anos de elaboração dos Planos Plurianuais em 2011, 2015 e 2019.

O Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, embora não vinculado


diretamente ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, é financiado em grande
parte com recursos do Orçamento Geral da União e inclui o saneamento e a habitação
entre as áreas estratégicas de desenvolvimento. Sua relevância para o PLHIS pode ser
identificada, por exemplo, nas possibilidades de utilização dos recursos do programa para
a realização de obras de saneamento necessárias para a regularização de assentamentos
precários.

O programa “Minha Casa, Minha Vida” – PMCMV, instituído pela Lei federal n°
11.977 de 2009, alterada pela MP 514-A de 2010, tem como objetivo o estímulo ao
mercado privado de habitação popular para famílias com renda de até R$ 4.650,00 ou,
atualizado esse valor, até o limite de dez salários mínimos, com a previsão de subsídios
para famílias com renda de até R$ 1.395,00, valor que não poderá ultrapassartrês salários
mínimos quando atualizado. A lei trata também de conceitos e princípios, além de
estabelecer procedimentos para a regularização fundiária de assentamentos urbanos.
Segundo o estabelecido na lei, o PMCMV compreende dois subprogramas, O Programa
Nacional de Habitação Urbana – PNHU, e o Programa Nacional de Habitação Rural –
PNHR. Através de repasses da União ao Fundo de Arrendamento Residencial e ao Fundo
de Desenvolvimento Social, com participação da União no Fundo Garantidor da Habitação
Popular e com concessão de subvenção econômica da União ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, o PMCMV atuará em uma estrutura normativa
paralela ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS.

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7.2. Legislação Estadual

7.2.1. Constituição do Estado de São Paulo de 1989


A Constituição do Estado de São Paulo trata do desenvolvimento urbano no
Capítulo II, artigos 180 a 183. No artigo 180 são estabelecidas diretrizes de
desenvolvimento urbano a serem observadas pelos municípios, dentre as quais cabe
destacar a disposição da alínea “a” do inciso VII que, com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3 de 2007, possibilita que as áreas definidas em projetos de loteamento
como áreas verdes ou institucionais tenham a sua destinação alterada nos casos de
loteamentos em que essas áreas estejam total ou parcialmente ocupadas por núcleos
habitacionais de interesse social destinados à população de baixa renda, e cuja situação
esteja consolidada ou seja de difícil reversão8. Esse dispositivo contribui sobremaneira para
os processos de regularização fundiária de favelas e outros tipos de assentamentos em
áreas de uso comum do povo, tornando possível a sua desafetação nos casos de
regularização de interesse social. O Parágrafo 1º desta emenda especifica que as exceções
serão admitidas desde que a situação das áreas objeto da regularização esteja consolidada
até dezembro de 2004 e mediante a realização de compensação, que poderá ser
dispensada, desde que se comprove a existência de áreas públicas suficientes no entorno
do assentamento.

A questão da regularização também aparece com força no artigo seguinte ao


dispor que os municípios estabelecerão, observadas as diretrizes fixadas para as regiões
metropolitanas, microrregiões e aglomerações urbanas, critérios para a regularização e
urbanização de assentamentos e loteamentos irregulares. Outra emenda constitucional (16,
de 25/11/2002) acrescentou mais um parágrafo ao artigo, vedando aos municípios, nas
suas leis edilícias, a exigência de apresentação de planta interna para edificações
unifamiliares, uma iniciativa que procurou facilitar os procedimentos burocráticos para a
aprovação de projetos residenciais de pequeno porte. Assim também as disposições
relativas à produção de habitação popular foram estabelecidas no artigo 182, incumbindo

8
A redação original estabelecia que as áreas definidas em projeto de loteamento como áreas verdes ou
institucionais não poderiam, em qualquer hipótese, ter sua destinação, fins e objetivos originariamente
estabelecidos alterados.

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ao estado e municípios promover programas de construção de moradias populares, de


melhoria de condições habitacionais e melhoria do saneamento básico.

Importa concluir destas disposições que, além da exigência constitucional de se


promover programas de produção de moradias populares, muitos instrumentos jurídicos
voltados à regularização fundiária foram incorporados, mas devem, sobretudo, serem
assumidos pelos municípios, aos quais caberá a sua aplicação. A despeito dos mecanismos
instituídos pela Constituição estadual, que procuraram abrigar situações de irregularidade
que demandam uma ação institucional, eles devem ser complementados por mecanismos
de abrangência municipal, diretriz que a promulgação do plano diretor pode auxiliar nos
aspectos que regulamentam a questão da habitação e toda a sua problemática.

7.2.2. Legislação estadual de promoção habitacional

Há um amplo conjunto de leis estaduais que estabelecem regras para a promoção


habitacional no estado de São Paulo e orientam a vinculação aos programas executados
pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento habitacional e Urbano) para a produção e
gestão de moradias. De certa forma, o governo estadual paulista assumiu um rol até
extenso de mecanismos e programas, instituídos por lei e isto já representa um avanço, do
ponto de vista institucional. Para fazer frente à escassez de recursos destinados à habitação
a partir do fim do BNH, a partir de 1989 o estado vem promulgando leis que estabelecem
o acréscimo de um ponto percentual à alíquota de 17% prevista na Lei 6734/89, que
disciplina o ICMS, destinando essa majoração a programas habitacionais. A última edição
deste tipo de legislação foi em 2007, com a promulgação da Lei 12.786/07, que
prorrogou até 31 de dezembro de 2008 a elevação deste um ponto percentual, prevista
anteriormente na lei 11.601/2003. E necessário observar que a edição de leis anuais se
revela necessária para não caracterizar a destinação desse recurso para programas
habitacionais como uma garantia plena, pois tal vinculação contraria dispositivo
constitucional que proíbe a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa.
Dessa forma. diferentemente dos primeiros anos, quando havia regras claras quanto à
aplicação de recursos em programas habitacionais pela CDHU, estabelecidos, inclusive por

82
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decretos estaduais (como os decretos 31.357/90 e 33.119/91), as leis que dispõem sobre
a majoração da alíquota do ICMS não vinculam a aplicação deste percentual em
programas habitacionais.

Em 1990, foi promulgada a Lei 6.756/1990, que criou o Fundo de Financiamento


e Investimento para o Desenvolvimento Habitacional e Urbano, ao qual competia investir
em projetos de assentamento humano destinados à geração de condições de vida
adequadas à população de diferentes níveis de renda, viabilizando o acesso à habitação e
serviços urbanos. A Instituição de um Conselho de Orientação, definição dos recursos que
constituem o Fundo, além das regras quanto à gestão patrimonial foram assuntos tratados
por esta lei. Recentemente, a Lei 12.801/2008 autorizou o Poder Executivo a adotar
medidas visando à participação do Estado no Sistema Nacional de Habitação de Interesse
Social – SNHIS, criando, além disso, o Conselho de Habitação (CEH), o Fundo Paulista de
Habitação de Interesse Social (FPHIS) e o Fundo Garantidor Habitacional (FGH). Esta lei
não revogou a lei de 1990, o que suscita dúvidas em relação à sua vigência. O fato é,
porém, que a nova lei insere-se no marco jurídico federal, o que representa um avanço do
ponto de vista do arranjo institucional e da aplicação de medidas para a construção do
pacto federativo entre União, estados e municípios nas políticas relacionadas à habitação.

Vários aspectos da Lei 12.801/2008 devem ser destacados. O primeiro diz respeito
à determinação de que a participação do estado no SNHIS seja direcionada ao
atendimento da população de baixo poder aquisitivo, enquadrada na faixa de renda
familiar de até 5 salários mínimos. O atendimento a famílias com renda de até 10 salários
mínimos é permitido, desde que não ultrapasse 20% do total do orçamento da Secretaria
de Habitação e da CDHU. Uma segunda observação se refere à obrigatoriedade de
inclusão dos programas e ações previstos nos planos estadual e municipais de habitação de
interesse social (PLHIS) nos Planos Plurianuais (PPAs), leis de diretrizes orçamentárias (LDOs)
e leis orçamentárias anuais (LOAs). Outro destaque é a criação do Conselho Estadual de
Habitação com atribuições específicas, como propor programas e ações para o
desenvolvimento da política estadual de habitação de interesse social, acompanhar a
implantação de programas e ações desta natureza, promover a cooperação entre as várias
esferas de governo, incentivar, estruturar e fortalecer os conselhos voltados à política
habitacional, ampliar os mecanismos de controle social sobre as políticas de habitação,

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além de outras medidas de interesse para a promoção habitacional do estado de São


Paulo. A lei criou também o Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social (FPHIS),
explicitando quais serão seus recursos, dentre os quais se destacam as dotações
orçamentárias anuais que lhe forem atribuídas e os recursos do FNHIS. Interessante notar
que, além da criação do Conselho Estadual de Habitação, a lei criou um Conselho Gestor
deste Fundo, com participação paritária entre membros do executivo estadual e da
sociedade civil, neste caso com poder deliberativo para definir as diretrizes de aplicação
dos recursos do Fundo e aprovar planos de aplicação e de metas do FPHIS. Um último
destaque é a criação do Fundo Garantidor Habitacional, cujos recursos serão utilizados
para garantir riscos de crédito e de perfomance, equalizar taxas de juros, conceder aval e
apoiar operações de securitização.

No tocante à aplicação dos recursos do Fundo Paulista de Habitação de Interesse


Social, a Lei 12.801/08 estabelece que os recursos do FPHIS em áreas urbanas devem se
submeter à política de desenvolvimento urbano expressa no plano diretor aprovado, e que
deve ser priorizado o atendimento aos Municípios ou regiões que disponham de fundos e
conselhos de habitação e desenvolvam planos municipais ou regionais de habitação de
interesse social, bem como Municípios e demais agentes promotores e financeiros que
adotem medidas e mecanismos que agilizem a aprovação e regularização dos
empreendimentos habitacionais de interesse social.

O rol de possibilidades na utilização destes recursos é bastante amplo e abriga, de


certa forma, o conjunto de programas variados instituídos pelo governo do estado por lei
ou decreto, ao longo das décadas de 1990 e 2000, dentre os quais se destacam: a lei
9.142/95, que dispôs sobre o financiamento e desenvolvimento de programas
habitacionais sociais destinados à população de baixa renda, incluindo a construção de
moradias, a produção de lotes urbanizados, a urbanização de favelas, a intervenção em
cortiços e em habitações coletivas de aluguel, a reforma e recuperação de unidades
habitacionais e a construção ou reforma de equipamentos comunitários vinculados aos
projetos habitacionais; a Lei 9788/97, que criou o Programa Cooperativo para a
Construção de casas Populares; o Decreto 43.132/98, que instituiu o Programa de
Atuação em Cortiços (PAC); a Lei 10.365/99, que autorizou o Estado a implantar o
Programa de Locação Social (ainda que não vinculado à formação de um parque público

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de locação); o Decreto 44.782/00 que instituiu o Programa de Lote Social Urbanizado


(PROLURB); a Lei 11.330/02, que dispôs sobre a ampliação da área de intervenção do
Programa de Atuação em Cortiços (PAC); o Decreto 48.982/04 que criou o programa de
Crédito para a Compra de Terra, visando a construção de casas populares; a Lei
12.148/05 que instituiu a Política de Incentivo e Apoio à Ação Comunitária em
Condomínios e Conjuntos Habitacionais do Estado; e o Decreto 52.050/07 que instituiu o
Programa de Regularização de Núcleos Habitacionais (públicos ou privados) – Cidade
Legal.

A Lei 12.801/08 compreende um amplo conjunto de ações que poderão ser


financiados com os recursos do FPHIS, quais sejam: a aquisição, locação, arrendamento,
construção, conclusão, ampliação, melhoria, reforma de unidades habitacionais em áreas
urbanas e rurais; a aquisição de terrenos destinados à implantação de intervenções
habitacionais; a produção e financiamento de lotes urbanizados; a produção e
financiamento de empreendimentos habitacionais dotados de infra-estrutura urbana básica
e equipamentos comunitários; a regularização fundiária e urbanística de áreas
caracterizadas de interesse social; a urbanização ou reurbanização de áreas degradadas ou
assentamentos informais; a produção de equipamentos comunitários; o investimento em
obras e serviços de saneamento básico, infra-estrutura e equipamentos urbanos,
complementares aos atendimentos habitacionais de interesse social; a aquisição de
materiais para construção, ampliação e reforma de moradias em processos de
regularização; a recuperação ou construção de imóveis em áreas encortiçadas ou
deterioradas, centrais ou periféricas, para fins habitacionais de interesse social; o repasse
de recursos aos agentes financeiros e promotores e aos fundos municipais e regionais,
visando a sua aplicação em programas e ações aprovadas pelo Conselho Gestor do FPHIS;
a concessão de subsídios, observadas as normas pertinentes e os limites orçamentários
estabelecidos; a constituição de contrapartidas, para viabilizar a completa realização dos
programas implementados com recursos do FPHIS; o ressarcimento dos custos operacionais
do agente operador.

Diante deste montante de ações possíveis, caberá aos municípios organizarem-se


institucionalmente, segundo as regras estabelecidas pela lei, para que possam adquirir
recursos necessários a realizá-las, questão que passa efetivamente pelo estabelecimento de

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diretrizes a serem traçadas pelo plano de habitação local e pela constituição de um


arcabouço jurídico-institucional que seja condizente com a estrutura instituída pelo Estado.

7.3. Legislação Municipal

A Lei Orgânica do Município de Itapetininga aborda a questão habitacional em seu


Artigo 243, estabelecendo que cabe ao município promover, de acordo com sua política
urbana e respeitadas as disposições do Plano Diretor, programas de habitação popular
destinados a melhorar as condições de moradia da população carente do Município. A Lei
estabelece ainda que as ações do município devem buscar ampliar o acesso a lotes
mínimos dotados de infra-estrutura básica, estimular e orientar tecnicamente projetos
comunitários e associativos de construção de habitação e serviços, bem como urbanizar,
regularizar e titular as áreas ocupadas por população de baixa renda passíveis de
urbanização.
Para as finalidades deste Plano toma-se como referências, além do Plano Diretor e
da legislação de uso e de parcelamento do solo, legislação específica de política
habitacional, como a que institui a Política Municipal de Habitação (Lei 5.264/08), e
algumas normas de regularização de parcelamento do solo que vêm sendo editadas nas
três últimas décadas.

7.3.1. A Política habitacional no Plano Diretor (Lei Complementar nº 19/2007)

O Plano Diretor de Itapetininga não destaca a habitação no capítulo em que trata


das políticas setoriais. A abordagem da questão habitacional no Plano está inserida no
campo de seus princípios fundamentais e objetivos gerais (Título I), bem como no Título II,
que cuida do ordenamento territorial, com menção específica às Zonas Especiais de
Interesse Social, e na disciplina dos instrumentos de Política Urbana incorporados pelo
Plano (Título III).

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Entre os princípios que fundamentam o Plano inclui-se a função social da cidade


(inciso I do art. 3°), destacando-se que a redução da segregação sócio-espacial, a justa
distribuição dos ônus e benefícios do crescimento urbano, o direito à terra urbanizada e o
direito à moradia são, segundo o Plano, aspectos importantes compreendidos na noção de
função social da cidade. No campo dos objetivos gerais do Plano, expressos em seu artigo
8°, os incisos II, III, IV, V e VII podem ser entendidos como aqueles especialmente voltados à
questão habitacional: combater a especulação imobiliária; garantir a justa distribuição dos
benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização particularmente no que se refere
às condições habitacionais e de infra-estrutura e serviços públicos; urbanizar
adequadamente os vazios urbanos e integrar os territórios da cidade; produzir habitação de
interesse social com qualidade; promover um plano de regularização fundiária nos
assentamentos informais urbanos; e induzir a utilização de imóveis não edificados,
subutilizados e não utilizados.
No capítulo que trata das diretrizes específicas das políticas setoriais é possível
identificar a presença da questão habitacional nas diretrizes do Planejamento Municipal
quando há referência à aplicação dos instrumentos de gestão da política urbana do
Estatuto da Cidade para a implantação de políticas fundiárias, e quando é mencionada a
necessidade de revisão, atualização e aperfeiçoamento das leis que se referem ao uso e
ocupação do solo adequando-as às disposições do Plano. Na Política Urbanística e
Ambiental o tema se coloca na diretriz que estabelece a necessidade de fiscalização para
evitar ocupação irregular de áreas de interesse ambiental e de risco.

7.3.1.1. Ordenamento territorial no Plano Diretor

O Plano Diretor estabelece um macrozoneamento para o Município, dividindo o seu


território em quatro macrozonas, adotando o “critério da diversidade cultural,agrícola e
ambiental”. São elas: Macrozona Rural 1 – MZR 1 – caracterizada pela existência de
grandes propriedades e atividades econômicas significativas; Macrozona Rural 2 – MZR 2 –
onde predominam pequenas propriedades e atividades econômicas de subsistência;
Macrozona de Proteção e Reflorestamento – MZPR – que compreende a área de domínio

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do Estado na Estação Experimental de Itapetininga; e a Macrozona Urbana – MZU –


constituída pela sede do município e pelas sedes dos distritos.

Figura 7.1. Macrozoneamento do Município de Itapetininga

Fonte: Plano Direto de Itapetininga, Prefeitura Municipal de Itapetininga, 2007.

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Alterando o zoneamento estabelecido pela Lei 2.097/79, lei de uso e ocupação do


solo, o Plano Diretor estabelece seis diferentes zonas para a Macrozona Urbana: ZPR 1 –
Zona de Uso Predominantemente Residencial de Baixa Densidade, que corresponde ao
Jardim Colombo e Vila Nastri II; ZPR 2 – Zona de Uso Predominantemente Residencial de
Média-Baixa Densidade que compreende os bairros Estância Conceição, Vila Apolo,
Parque Atenas do Sul, Jardim Shangrilá, Terras de Santo Antônio, Jardim Aeroporto e Vila
Barth; ZM 1 – Zona de Uso Misto de Média Densidade, caracterizada nas demais áreas do
perímetro urbano; ZM 2 – Zona de Uso Misto de Baixa Densidade, que corresponde à
área de infra-estrutura consolidada localizada no platô central; ZCL – Zona de
Centralidade de Alta Densidade, corresponde aos lotes lindeiros às Avenidas Padre
Albuquerque e Avenida José de Almeida Carvalho do início até a Avenida Maria do
Bonsucesso de Proença Moraes e Dr. Virgilio de Resende, do início até a Rua Plínio
Salgado, que constituem os dois principais eixos viários do Município; e ZUI – Zona de Uso
Industrial, que é constituída por quatro áreas, duas referenciadas ao Norte e ao Sul da
Rodovia Raposo Tavares, a terceira na gleba da Nishinbo do Brasil e a quarta em faixa de
300 metros ao longo da SP 127 em direção ao Norte até o limite do perímetro urbano. (ver
Figura 7.1)
O Plano Diretor identifica também três Zonas Especiais que se sobrepõem ao
zoneamento e compreendem áreas do território que exigem tratamento especial na
definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo: as Zonas Especiais de
Interesse Histórico-Cultural – (ZEIHC); as Zonas Especiais de Proteção Ambiental –
(ZEPAM); e as Zonas Especiais de Interesse Social – (ZEIS). São identificadas quatro Zonas
de Interesse Histórico Cultural: o Centro histórico, a área dos Colégios, o Pátio Ferroviário
e o Casarão do Tropeiro. Quanto às Zonas de Interesse Ambiental, correspondem às áreas
de preservação permanente (APP) dos Ribeirões do Chá, dos Cavalos, da Ponte Alta,
Taboãozinho, Piçarrão e seus afluentes.
As ZEIS são definidas como porções do território destinadas prioritariamente à
recuperação urbanística, à regularização fundiária e à produção de habitação de interesse
social (HIS), e dividem-se em dois tipos: ZEIS A, que são áreas com predominância de
terrenos ou edificações subutilizados situados em áreas dotadas de infra-estrutura e serviços
urbanos, onde há interesse do Município em proceder à recuperação urbanística, não

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sendo mencionada a produção de HIS; e as ZEIS B, áreas ocupadas por população de


baixa renda, abrangendo favelas, loteamentos precários e empreendimentos habitacionais
de interesse social, onde há interesse do Município em promover a recuperação urbanística,
a regularização fundiária, a produção e manutenção de Habitações de Interesse Social
(HIS), incluindo equipamentos sociais e culturais, espaços públicos, serviço e comércio. O
Plano identifica apenas uma área de ZEIS A, que corresponde a parte do terreno do antigo
Centro de Tradição Tropeiro Boiadeiro. Quanto às ZEIS B, estão localizadas nos seguintes
bairros: Jardim Bela Vista, Jardim São Camilo, Parque São Bento, Vila Belo Horizonte, Vila
Mazzei, Vila Palmeira, Vila Sotemo, Taboãozinho, Varginha e nos assentamentos ao longo
do Córrego da Vila Nastri 1 e 2.

7.3.1.2. Instrumentos urbanísticos propostos no Plano Diretor

Além das ZEIS, o Título III do Plano enumera os instrumentos de Política Urbana que
serão adotados no Município, destacando sete que são objeto de capítulos específicos:
parcelamento, edificação ou utilização compulsória; IPTU progressivo no tempo e
desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública; outorga onerosa do direito
de construir; transferência do direito de construir; operações urbanas consorciadas; direito
de preferência; e estudo de impacto de vizinhança.
O capítulo que trata do parcelamento, edificação ou utilização compulsória não
identifica nenhuma área específica passível de ser gravada com tal instrumento, admitindo-
o genericamente para qualquer área localizada na Macrozona Urbana, desde que
considerada solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado. Nesse sentido, a lei
considera solo urbano não edificado os terrenos e glebas, de um mesmo proprietário, com
área superior a 125m2, no todo ou em partes, localizados na MZU, quando o coeficiente
de aproveitamento utilizado for igual à zero. Solo Urbano subutilizado é caracterizado em
três situações: quando localizado Macrozona Urbana, cujo coeficiente de aproveitamento
seja inferior ao mínimo definido para a zona em que está inserido; imóveis vagos há mais
de cinco anos, localizado nas ZC – Zona de Centralidade de Alta Densidade, ZEIHC 1 –
Zona Especial de Interesse Histórico e Cultural e ZM 2 – Zona de Uso Misto de Baixa

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Densidade; e glebas ou terrenos maiores que 10.000 m2 em ZM 1 – Zona de Uso Misto de


Média Densidade, dotada de infra-estrutura viária, de saneamento ambiental e de energia.
Quanto ao solo urbano não utilizado, nos termos do Plano é todo tipo de edificação que
esteja comprovadamente desocupada há mais de dois anos a partir de sua promulgação,
ressalvados os casos de imóveis integrantes de massa falida. A lei estabelece também os
prazos e procedimentos a serem adotados para a aplicação do instrumento.
O IPTU progressivo no tempo é previsto para os casos de descumprimento dos
prazos e etapas previstos para o parcelamento, edificação ou utilização compulsória, e
poderá ser sucedido por desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública
depois de cinco anos de cobrança sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação da
dar uso ao imóvel.
O Plano Diretor prevê também a possibilidade de concessão de Outorga Onerosa
do Direito de Construir na Zona de Centralidade Linear de Alta Densidade –(ZCL), e em
áreas onde esse direito possa ser exercido acima do permitido pela aplicação do
coeficiente de aproveitamento básico, até o limite estabelecido pela lei de uso e ocupação
do solo. A lei condiciona essa concessão à aprovação do Conselho Municipal do Plano
Diretor, que deverá também definir os critérios para o cálculo da contrapartida financeira.
Quanto à aplicação desses recursos, ao invés de destiná-los para as necessidades da
habitação como têm feito inúmeros municípios, a lei estabelece que serão destinados à
ampliação do leito carroçável e calçadas ao longo da ZCL.
Outro instrumento previsto no Plano é a transferência do direito de construir ou
alienação total ou parcial do potencial não utilizado no próprio lote, que se aplica em
quatro situações: imóvel localizado na Macrozona Urbana que apresente interesse histórico;
imóvel que seja lindeiro ou defrontante às zonas especiais de interesse ambiental (ZEPAM);
imóvel que exerça função ambiental importante; e imóvel que sirva a programas de
regularização fundiária ou urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e
HIS. Neste último caso, a transferência de potencial construtivo só será concedida ao
proprietário que doar o imóvel ao Município.
As Operações Urbanas Consorciadas, que constituem intervenções e medidas
coordenadas pelo Município com a participação dos proprietários, moradores, usuários
permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações

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urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental em determinado


perímetro contínuo ou descontinuado, estão previstas no Plano Diretor para, dentre outras
finalidades, implantação de programas de HIS ou solução habitacional dentro de seu
perímetro ou vizinhança próxima, no caso da necessidade de remover os moradores. Cada
operação urbana deverá ser objeto de lei específica após aprovação pelo Conselho
Municipal do Plano Diretor, e os recursos da contrapartida a ser exigida dos proprietários,
usuários permanentes e investidores privados em função dos benefícios recebidos, serão
aplicados dentro do perímetro da Operação Urbana em programa de intervenções a ser
definido na lei de criação da operação.
A problemática habitacional está contemplada também com a instituição do Direito
de Preferência, pois o Plano Diretor prevê que o Poder Público poderá exercer o direito de
preferência gravando com este instrumento imóvel urbano objeto de alienação onerosa
entre particulares nos casos em que a área seja necessária para regularização fundiária e
execução de programas e projetos habitacionais de interesse social. São delimitadas duas
áreas para incidência desse direito: o Horto religiosoe o CASI,ambas destinadas à criação
de espaços públicos e áreas verdes, remetendo-se para lei posterior a delimitação de outras
áreas de incidência do direito.
O último instrumento a receber destaque no Plano Diretor é o Estudo de Impacto de
Vizinhança, cuja elaboração e aprovação serão necessárias no licenciamento de
empreendimentos considerados impactantes sob os aspectos urbanístico e ambiental.
Nesses casos, dentre as possíveis condições para a aprovação está a destinação de
percentual de habitação de interesse social no empreendimento.
No Título que trata da gestão da Política Urbana o destaque é a criação do
Conselho Municipal do Plano Diretor, colegiado com caráter consultivo e deliberativo em
matéria de natureza urbanística e de política urbana, composto de forma paritária por
representantes do Poder Público e da Sociedade Civil. Dentre as competências do Conselho
cabe destacar: acompanhamento da implementação do Plano Diretor, analisando e
deliberando sobre questões relativas à sua aplicação; deliberação sobre proposta de
alteração da Lei do Plano Diretor, sobre projetos de lei de interesse da política urbana e
sobre as omissões e casos não perfeitamente definidos pela legislação urbanística
municipal; acompanhamento da implementação dos instrumentos urbanísticos, em especial

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da outorga onerosa do direito de construir e das operações urbanas consorciadas, que


deverão ser submetidas à sua aprovação. Considerando a ênfase dada ao poder de
deliberação do Conselho, sua instalação parece ser condição essencial para a
aplicabilidade do Plano.
Além do Conselho Municipal do Plano Diretor, a lei prevê também que a
participação popular na gestão da Política Urbana se fará através de audiências públicas e
de consulta popular através de plebiscito e referendo
Uma última observação importante sobre o Plano Diretor diz respeito ao dispositivo
que prevê a sua revisão após cinco anos, cabendo ao Poder Executivo instalar, após dois
anos de vigência do Plano, audiência pública para sua análise e revisão e encaminhar
projeto de lei alterando, substituindo ou excluindo dispositivos discutidos e aprovados pela
audiência pública.

7.3.2. Uso, ocupação e parcelamento do solo

Um aspecto fundamental a ser considerado no campo da política habitacional é a


estrutura legal de aplicação das regras de uso, ocupação e parcelamento do solo. Por um
lado, porque tanto o poder público quanto a iniciativa privada deverão seguir estas regras
para produzir habitação adequada à demanda populacional e, por outro, porque tais
regras deverão ser compatibilizadas com o Plano Diretor para que se cumpram os
princípios e se atinjam os objetivos nele traçados. Ainda que o Plano Diretor tenha
estabelecido um novo zoneamento para a cidade e tenha incluído um conjunto de
instrumentos tratados no Estatuto da Cidade, o município de Itapetininga encontra-se em
um período de transição, determinado principalmente pela impossibilidade de utilizá-los,
uma vez que as disposições estabelecidas pelo plano diretor não são auto-aplicáveis. Com
relação à ocupação do solo, o Plano Diretor se limita a estabelecer que coeficiente de
aproveitamento, taxa de ocupação, taxa de permeabilidade do solo, recuo e gabarito são
parâmetros urbanísticos reguladores, remetendo à lei específica o detalhamento desses
parâmetros. Assim, até que se produza legislação complementar ao Plano Diretor, no que
diz respeito aos parâmetros de uso e ocupação do solo continuam a vigorar as disposições

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da Lei 2.097/79 e suas alterações. Quanto ao parcelamento do solo, são as leis nº


1.310/67 e nº 1.732/73 que disciplinam o tema.
Algumas observações merecem ser feitas com relação a essa legislação em vigor, a
começar pela Lei n° 2.097, de 05 de março de 1979, que disciplina o Uso e Ocupação do
Solo. Em primeiro lugar, quanto ao zoneamento a lei delimita nove diferentes zonas, sendo
que o uso habitacional é permitido em cinco delas: na Zona Central, nas Zonas
Residenciais de Alta, Média e Baixa densidade e nos Bairros Jardins, estes últimos com uso
exclusivamente habitacional, enquanto que nas demais zonas é permitido uso misto. A lei
define os seguintes parâmetros de ocupação para as diferentes zonas de uso: coeficiente
máximo de aproveitamento, taxa máxima de ocupação, recuos mínimos, dimensões
mínimas dos lotes, capacidade de estacionamento no interior dos lotes e altura máxima das
edificações. Com relação ao gabarito de altura os parâmetros restritivos estabelecidos pela
lei 2.097/79 foram alterados pelas leis 2.364/83 e 2.548/86, que passam a permitir a
verticalização sem restrições em todas as zonas da cidade. Limites de altura para as
edificações voltam a ser estabelecidos para área incluída na Zona Central através da Lei
2.569/86, estabelecendo-se o limite de 5,50m, alterado para 15m pela lei n° 2.976/90.
Quanto à definição do tamanho mínimo dos lotes, a lei define 250m2 para a Zona
Residencial de Alta Densidade, 300m2 para a Zona Central e Zonas Residenciais de Média
e Baixa Densidade e 600m2 para os Bairros Jardins. Como foi editada antes da Lei federal
6.766/79, a lei de uso e ocupação do solo não prevê lotes mínimos de 125 m2 e
tampouco a possibilidade de tamanhos menores para os casos de interesse social. A esse
respeito cabe menção à Lei municipal n° 2.127 de outubro de 1979, que prevê a
possibilidade de aprovação de construções em lotes com área inferior a 250m2 desde que
regularizada sua situação jurídica e urbanística antes da vigência da lei de uso e ocupação
do solo.
Quanto ao parcelamento do solo, as leis que disciplinam o tema são as leis
1.310/67 e 1.732/73, ambas anteriores à lei federal de parcelamento do solo urbano, que
é de dezembro de 1979. Esses dois diplomas legais têm como foco os procedimentos a
serem seguidos e os requisitos exigidos para a aprovação de loteamentos e
desmembramentos. Dentre os requisitos exigidos, apenas a lei 1.310/67 faz menção à
dimensão mínima de lotes, que é estabelecida em 250 m2. Quanto à Lei nº 1.732/73, três

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dispositivos merecem destaque: o artigo 19, que amplia as exigências quanto às obras de
infra-estrutura a serem executadas pelo loteador, acrescentando redes de água e esgotos,
rede elétrica, iluminação pública, pavimentação, e até arborização de vias públicas e
parques; o artigo 5°, que estabelece o caucionamento de 1/3 dos lotes como garantia das
obras de infra-estrutura do loteamento, alterado pela Lei n° 5.339/09, que permite a
substituição da caução de lotes por garantia de instituição financeira ou outra garantia real;
e o § 1° do artigo 17, que proíbe a Prefeitura de alienar ou outorgar direito real de uso das
áreas destinadas à implantação de equipamento para recreação ou comunitário.

7.3.3. Legislação de promoção habitacional

A principal referência legal de promoção habitacional do município de Itapetininga


é a Lei n° 5.264, de maio de 2008, que fixa as diretrizes gerais da Política de Habitação,
cria o Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social – CMHIS, e o Fundo Municipal
de Habitação de Interesse Social – FMHIS. Entretanto, antes da edição dessa lei é possível
identificar textos legais que o município tem produzido para enfrentar a problemática da
habitação de interesse social e que ainda se encontram em vigor.

A primeira lei a ser destacada é a Lei nº 2.796, de setembro de 1988, que autoriza
a desafetação de oito áreas de uso comum, pertencentes a sistemas de recreio de
loteamentos regulares, com a finalidade de doar lotes mínimos de 125m2 a famílias
carentes para a construção de moradias econômicas. Essa lei foi alterada em junho de
1989 através da Lei n° 2.875 e em outubro de 1989 pela Lei 2.991, que reduzem a
incidência da lei a cinco áreas: duas na Vila Piedade, uma na Vila Carolina e duas no
Jardim Maricota. As alterações prevêem também que os lotes serão doados diretamente a
munícipes ou a Sociedades Comunitárias de Habitação Popular constituídas
especificamente para esse fim, encarregadas de implantar o loteamento e promover a
doação dos lotes para as famílias beneficiadas. Importante observar que essas leis
antecedem a promulgação da Constituição Estadual que, como já visto, trazia dispositivo
vedando a alteração da destinação das áreas definidas como áreas verdes ou institucionais
nos projetos de loteamento.

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Ainda no final dos anos 1980 foi editada a Lei n° 2.808/88 que autoriza a
Prefeitura a fornecer projetos de moradia econômica devidamente aprovados, bem como
assistência de profissionais habilitados para acompanhar a construção dessas moradias. A
lei define como moradia econômica a construção de um só pavimento, unifamiliar e
destinada ao uso do proprietário, de até 60 m2 (depois reduzido para 50m2), em cuja
construção se empreguem materiais simples e econômicos, que na construção utilize mão-
de-obra remunerada de baixa qualificação e que a construção seja administrada pelo
próprio proprietário. Importante observar que a lei não permite a edificação de moradias
econômicas na Zona Central. Em 1989 a Lei n° 2.956 disciplina o fornecimento, através da
Empresa Municipal de Urbanização de Itapetininga, de material de construção para
proprietários de lotes urbanos com piso salarial de até três salários mínimos, a serem pagos
em até 120 parcelas mensais. Esta lei sofreu seguidas alterações sendo revogada pela Lei
4.088/97, que amplia o fornecimento de material de construção também para reformas e
ampliações de habitações populares, ampliando também o prazo de pagamento para 240
meses nos casos de construção de moradia econômica e fixando-o em 60 meses para
reforma ou ampliação de habitação popular.

No início da década de 1990 um conjunto de leis é editado 9 para autorizar a


Prefeitura a empreender parcelamentos, construir habitações econômicas ou fornecer
materiais de construção, promover a cessão dos lotes em comodato ao beneficiários
(famílias com renda até 3 salários mínimos), com doação definitiva dos terrenos após o
pagamento das prestações referentes à construção das casas.

Em 1997 a Lei nº 4.088 institui o Pro-Lotes Itapetininga, Programa de Doação e


Comercialização de Lotes, destinado a atender a população de baixa renda. A Prefeitura é
autorizada a promover o parcelamento de áreas integradas ao seu patrimônio dominial,
doar ou vender e financiar os lotes para pessoas com renda familiar de até 30 UFMs (no
caso de doação até 10 UFMs), e aplicar no Programa as disposições da Lei 4.058/97, que
trata do fornecimento de materiais de construção. Nesse mesmo ano três grandes áreas
são disponibilizadas para promoção de parcelamento pela prefeitura, com venda de lotes

9
Destacam-se as seguintes áreas: Lei 3.082/ 90 – uma área no Jardim Fogaça desafetada da classe de uso
comum do povo; Lei 3.260/92 – uma área na Vila Arruda ; Lei 3.261/92 – área no Distrito Gramatinho; Lei
3.323/92 – duas áreas na Vila Arruda e uma no Jardim Fogaça.

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para pessoas com renda familiar de até três salários mínimos. Duas dessas áreas, uma no
Bairro Taboãozinho e outra no Bairro Belo Horizonte, resultam de permuta com áreas de
sistemas de recreio que foram desafetadas da Vila Rubens e do Jardim Marabá, e são
tratadas nas Leis 4.082/97 e 4.064/97. A terceira área, objeto da Lei 4.033/97, é fruto da
desafetação de parte do sistema viário do Bairro Taboãozinho, com autorização para
doação de lotes a ocupantes que construíram suas residências na área e venda dos lotes
remanescentes.

Uma menção necessária na legislação de conteúdo habitacional é a Lei nº 3.449,


de julho de 1993, que dispõe sobre a constituição do Conselho Municipal de Bem-Estar
Social e cria Fundo Municipal a ele vinculado. Embora a lei estabeleça que a finalidade do
Conselho é assegurar a participação da comunidade na elaboração e implementação das
políticas sociais, dentre as quais a de habitação, quando dispõe sobre a aplicação dos
recursos do Fundo enumera apenas ações de política habitacional e estabelece também
que o Fundo Municipal de Bem estar Social ficará vinculado à Empresa Municipal de
Urbanização de Itapetininga - EMURBI. Não há informação se o Conselho e o Fundo foram
regulamentados ou, se o foram, por quanto tempo estiveram ativos. Por outro lado, a lei de
criação não foi revogada.

7.3.3.1. Lei 5.264/08 – Política Municipal de Habitação

A Lei que estabelece as diretrizes gerais da Política de Habitação de Itapetininga


contém inúmeras disposições que merecem ser comentadas. Já no artigo 2º a lei explicita o
entendimento legal de conceitos relevantes, dentre os quais se destacam:

 Família de baixa renda – aquela cuja situação sócio-econômica, definida segundo


seu padrão de consumo, não lhe permita arcar, total ou parcialmente, com os
custos de quaisquer formas de habitação a preço de mercado.

 Lote social – lote de terreno urbano, situado em loteamento ou desmembramento


aprovado pelo órgão municipal competente e registrado no Cartório de Registro de
Imóveis, cujo preço seja igual ou inferior ao que vier a ser determinado por

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Conselho Municipal de Habitação, atendendo a parâmetros técnicos de padrão de


consumo familiar.

 Habitação de interesse social – habitação urbana, nova ou usada, com o respectivo


terreno e serviços de infra-estrutura, com destinação a famílias de baixa renda.

 Padrão de consumo familiar – parâmetro para definir os indicadores de


implementação, de aferição dos programas habitacionais, e de enquadramento
para o acesso à política de subsídios. Na metodologia para sua aferição, que
deverá ser estabelecida em regulamento da lei, deverão ser considerados variáveis
como nível de renda, tamanho e faixa etária da família, grau de escolaridade,
número de membros da família que trabalham e hábitos locais ou regionais.

Cabe observar que a lei prevê, em suas Disposições Transitórias, que enquanto não
forem estabelecidos e regulamentados os indicadores que permitem aferir o padrão de
consumo das famílias, serão considerados como projetos habitacionais de interesse social
aqueles destinados a famílias com renda mensal de até três salários mínimos.

Nos termos da lei o público alvo dos programas habitacionais de interesse social é
classificado em três estratos, identificado em função da capacidade de pagamento, que tem
como base o padrão de consumo familiar: o Grupo 1 compreende as famílias sem
capacidade de pagamento, localizadas abaixo da linha de pobreza; o Grupo 2 é
constituído pelas famílias com baixa capacidade de pagamento, que conseguem atender
suas necessidades básicas exceto despesas com moradia, e aquelas com capacidade de
pagamento, que conseguem atender suas necessidades básicas e apresentam alguma
capacidade para assumir despesas com moradia; no Grupo 3 estão as famílias que têm
capacidade de poupança, ainda que reduzida. A lei exclui da Política de Habitação de
Interesse Social as famílias que têm capacidade de investimento e podem resolver suas
necessidades de moradia por meio do mercado.

A Lei enumera seis possíveis modalidades de programas e projetos habitacionais


que poderão ser financiadas com recursos do Fundo Municipal de Habitação de Interesse
Social:

 Produção de loteamentos, lotes urbanizados, unidades e conjuntos habitacionais;

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 Revitalização e/ou requalificação de áreas degradadas;

 Regularização fundiária e urbanística;

 Melhoria das condições de habitabilidade das moradias já existentes;

 Financiamento individual para aquisição de lote, aquisição de materiais de


construção ou construção em lote próprio;

 Assistência técnica e social às famílias moradoras de áreas de risco.

Além desses, a lei identifica cinco programas específicos: Bolsa Moradia, Cesta
básica de materiais de construção, Programas estruturais em área de risco, Locação Social
e Serviço de assistência técnica em habitação de interesse social. Com relação à concessão
de subsídios, a lei estabelece que o Conselho de Habitação aprovará os tipos de subsídios,
as características das famílias que poderão recebê-los, bem como os critérios a serem
observados para sua concessão, suspensão ou restabelecimento.

Com relação ao Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social, sua


composição é definida com representantes do Poder Público e da Sociedade Civil
Organizada, assegurando a indicação de representantes dos movimentos populares na
forma a ser estabelecida por regulamento a ser editado pelo Poder Executivo, garantindo-se
princípios democráticos de escolha. Dentre as competências do Conselho estão a
proposição e aprovação de diretrizes, prioridades, estratégias e instrumentos da Política
Municipal de Habitação de Interesse Social, de planos de aplicação dos recursos do Fundo
Municipal de Habitação de Interesse Social – FMHIS, a definição das condições básicas de
subsídios e financiamentos com recursos do Fundo, a regulamentação, fiscalização e
acompanhamento de todas as ações referentes aos subsídios habitacionais, e a aprovação
das contas do FMHIS. Optou-se na lei municipal pela criação de um único Conselho que
será, portanto, o gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social.

Na previsão de recursos do FMHIS, se destacam as dotações orçamentárias anuais


destinadas a Habitação Social, os recursos do FNHIS e as receitas patrimoniais do
município arrecadadas a título de aluguéis e arrendamentos. A regulamentação do acesso
a esses recursos será feita através de ato do Poder Executivo, a partir de proposta do

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Conselho, estando previstas as seguintes formas de concessão: fundo perdido, apoio


financeiro reembolsável, financiamento de risco e participação societária.

8. ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL, RECURSOS E FONTES

8.1. Organização Institucional

Uma ampla reforma administrativa foi feita na Prefeitura de Itapetininga através da


Lei Complementar n° 27, de 23 de dezembro de 2008. Foram criadas quatro novas
Secretarias (Planejamento, Governo, Negócios Jurídicos e Trânsito e Cidadania),
promoveu-se a divisão da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo em duas pastas
(Cultura e Turismo e Esporte e Lazer), e transformou-se a Secretaria de Industrialização e
Desenvolvimento em Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento e a Secretaria do Meio
Rural e Abastecimento em Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. A lei que instituiu a
reforma não redefiniu atribuições e quadro de pessoal, remetendo para ato do Executivo a
sua regulamentação.
Através do Decreto n° 485, de janeiro de 2009, foi regulamentada a Secretaria de
Planejamento, desenhada com um perfil que contempla a área de gestão urbana,
planejamento e acompanhamento de programas de desenvolvimento econômico, em
parceria com a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento e com a Secretaria de Gabinete,
coordenação do planejamento e execução de políticas, programas e ações desenvolvidas
pela administração municipal, juntamente com a Secretaria de Governo, e produção e
sistematização de dados e informações necessários ao desenvolvimento das ações de
governo. Além dessas áreas, é prevista também a atuação da Pasta de Planejamento em
parceria com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente na área de política ambiental. O
regulamento estabelece as seguintes atribuições para a Secretaria:
 Promover a execução das políticas e diretrizes da administração municipal na
área de gestão urbana no município.

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 Elaborar, controlar, avaliar e propor a aplicação e revisão do Plano Diretor e de


outros instrumentos que visem a ordenar a ocupação, o uso ou a regularização
da posse do solo urbano.
 Coletar e sistematizar informações e dados, e a montagem de acervos,
cadastros e arquivos de suporte à gestão urbana.
 Elaborar, acompanhar e fiscalizar a execução dos planos de urbanização do
município.
 Promover, em conjunto com as demais secretarias municipais, o
acompanhamento técnico-gerencial dos projetos de desenvolvimento
econômico do município.
 Atuar em apoio às demais secretarias municipais, em especial a Secretaria
Municipal de Trabalho e Desenvolvimento, para a atração e implantação de
novas empresas no município e para promover as suas potencialidades
econômicas.
 Promover e apoiar pesquisas científicas voltadas para a melhoria da qualidade
de vida, aumento da produtividade e outras demandas e potencialidades da
população de Itapetininga.
 Desenvolver, em conjunto com as demais secretarias municipais, ações e
programas para implementação de uma política de mobilidade urbana.
 Desenvolver, em conjunto com a Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente,
ações e programas para implementação de uma política ambiental.
 Coordenar, em conjunto com as demais secretarias municipais, o processo de
concessões de áreas públicas para investimentos de interesse do Município.
 Coordenar, em conjunto com a Secretaria de Gabinete, o planejamento e a
execução integrada das políticas, programas e ações da administração
municipal.
 Coordenar, em conjunto com a Secretaria de Gabinete, a estratégia e a
metodologia de gestão e acompanhar os programas e projetos prioritários do
Governo Municipal.

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Embora nesse conjunto de atribuições da Secretaria não se encontrem referências


explícitas à Política de Habitação, em sua estrutura organizacional é criado o Departamento
de Habitação de Interesse Social (DHIS), ao qual compete:
 Executar a política municipal de habitação;
 Desenvolver e executar programas de regularização fundiária;
 Desenvolver e executar programas de moradia de interesse social;
 Elaborar projetos habitacionais, e executar a construção de unidades
habitacionais em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Município,
Estado e União;
 Acompanhar, em conjunto com a Secretaria de Obras, a construção de
unidades habitacionais decorrentes de programas habitacionais dos quais o
Município participe.

Além do Departamento de Habitação de Interesse Social, outras três unidades


compõem a pasta de Planejamento: Assessoria Técnica e Administrativa, Departamento de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Departamento Técnico de Acompanhamento e
Integração de Programas. A Assessoria Técnica tem funções que se assemelham a uma
chefia de gabinete, atuando no apoio aos demais departamentos para viabilização dos
programas e projetos da Secretaria, além de funções administrativas e assessoria direta ao
Secretário. O Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Urbano desenvolve as
ações na área de gestão urbana, especialmente aquelas voltadas para o acompanhamento
e produção da legislação urbanística para o uso, ocupação e parcelamento do solo, além
da importante função de acompanhar a implantação e aplicação do Plano Diretor. Quanto
ao Departamento Técnico de Acompanhamento e Integração de Programas, suas funções
estão voltadas para a articulação institucional e produção e sistematização de dados e
informações de interesse da Secretaria e da Administração em geral.
As atribuições dessas três unidades previstas no Decreto nº 485/09 complementam
as do DHIS no que diz respeito ao desenvolvimento de ações necessárias à efetivação da
Política de Habitação, dentre as quais se destacam:
 Elaboração, acompanhamento e avaliação de legislação urbanística de uso,
ocupação e de parcelamento do solo, adequando-a ao Plano Diretor;

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 Organização e sistematização de informações necessárias ao desenvolvimento de


planos, projetos e programas; desenvolvimento de estudos, projetos e pesquisas
para suporte do planejamento urbano;
 Fornecimento de informações específicas para os projetos de edificações e
parcelamento e ocupação do solo;
 Promover a integração e interação entre os diversos órgãos da Secretaria e com os
demais órgãos da Administração.

Esse desenho institucional confere um papel estratégico à Secretaria de


Planejamento, e um conjunto de atribuições que requer uma estrutura de pessoal que conte
com profissionais de formações técnicas diversas. Entretanto, a Secretaria parece encontrar-
se ainda em fase de implantação, pois o citado decreto regulamentador não estabelece
quadro de pessoal para a Pasta, apresentando apenas uma relação de treze cargos de
provimento em comissão a ela vinculados. Além do Secretário, são previstos quatro cargos
de Diretor, um de Supervisor e sete de Assessoria. Desses cargos apenas um Diretor e um
Assessor encontram-se lotados no Departamento de Habitação, o que é seguramente
insuficiente para dar cumprimento a todas as atribuições da unidade.
Por outro lado, considerando que a problemática habitacional não se resolve de
forma isolada, é importante identificar na estrutura da Prefeitura os parceiros prioritários
para o desenvolvimento de ações integradas. O Decreto 485/09 já prevê algumas
parcerias da Secretaria de Planejamento com outros órgãos de governo, como com a
Secretaria de Gabinete nas ações de planejamento de governo e integração de políticas e
programas, e com a Secretaria de Obras no acompanhamento da construção de unidades
habitacionais de programas dos quais o município participe. Outras possibilidades de
convergência de ações podem ser identificadas a partir da análise das atribuições
específicas de outras Secretarias tais como: com a Secretaria de Promoção Social na
assistência e promoção da inclusão social de famílias em situação de vulnerabilidade; com
a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente na discussão de diretrizes ambientais para os
projetos de parcelamento do solo em áreas de interesse social; com a Secretaria de Obras
na elaboração e construção de projetos habitacionais; com a Secretaria de Negócios
Jurídicos no desenvolvimento dos programas de regularização fundiária; com a Secretaria

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de Trabalho e Desenvolvimento na qualificação profissional do trabalhador desempregado


ou de baixa renda e no desenvolvimento de políticas de geração de renda; com a
Secretaria de Governo no desenvolvimento de esforços no sentido de integrar a população
ao processo de gestão pública.

8.1.1.Conselhos Municipais

Ainda no plano institucional é necessário mencionar os Conselhos municipais, que


podem se constituir em valiosos aliados na construção das propostas do PLHIS, na medida
em que congregam representantes da sociedade civil organizada já envolvidos com o
processo de gestão das políticas públicas. A Lei Orgânica do Município já conferia essa
importância aos Conselhos ao estabelecer no Capítulo do Poder Executivo, em seu Artigo
86, que eles seriam instituídos por lei de iniciativa do Executivo, a fim de garantir a
participação de representantes da comunidade no acompanhamento das políticas públicas
municipais.
Em Itapetininga existem, pelo que foi possível apurar através da legislação,
dezesseis Conselhos Municipais. Á exceção do Conselho Municipal de Meio Ambiente,
instituído em 1985, os demais foram criados após a promulgação da Lei Orgânica do
Município. Além do Conselho do Plano Diretor e do Conselho Municipal de Habitação, já
criados e ainda não regulamentados, na década de 1990 foram instituídos os seguintes
Conselhos Municipais: de Educação, de Cultura, de Turismo, da Assistência Social, de
Desenvolvimento Rural, de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, de Esportes,
dos Direitos do Idoso, do Bem-Estar Social (já mencionado), e Conselho Multidisciplinar de
Urbanismo. Em 2002 foi criado o Conselho do Orçamento Participativo e, em 2009 os
Conselhos dos Direitos da Mulher e dos Direitos da Criança e do Adolescente. Desses
colegiados apenas os de Urbanismo e do Bem-Estar Social não estão previstos na Lei
Orgânica do Município. Boa parte desses Conselhos tem caráter deliberativo e alguns,
inclusive, foram criados por exigência legal, como o da Assistência Social e o de Educação.
É necessário destacar, entretanto, que à exceção daqueles criados por exigência legal, o
funcionamento desses Conselhos parece ser bastante precário, pois não foram

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disponibilizadas informações sobre suas rotinas de reuniões ou sobre a estrutura de apoio


com que contam na Prefeitura.

8.1.2.Programas e Projetos em andamento

Além das parcerias com a CDHU e com o Ministério das Cidades e Caixa
Econômica Federal para a construção de unidades habitacionais, tratados no item 6, a
Prefeitura de Itapetininga firmou convênio com o Governo do Estado, através da Secretaria
de Estado da Habitação, para desenvolvimento do Programa Estadual de Regularização de
Núcleos Habitacionais – Cidade Legal, instituído, como já visto, pelo Decreto estadual n°
52.052/07, que tem por objetivo a fornecer aos municípios orientação técnica para as
ações municipais na regularização de parcelamentos de solo e de núcleos habitacionais.
Em Itapetininga o programa atende a seis núcleos: Vila Sudeste, Central Parque 4L, Vila
Mazzei, Vila Sotemo, Vila Paulo Ayres e Rechã.
Como propostas ainda em discussão dois outros programas devem ser
mencionados: o Programa Cesta Básica, destinado à aquisição de material de construção
através de cartão de débito a ser utilizado nos estabelecimentos comerciais da cidade que
trabalham com material de construção a partir da definição de um valor a ser concedido a
cada participante do programa; e a criação do Sistema de Informações Habitacionais do
município, com criação de um banco de dados georreferenciado. Segundo informações do
Departamento de Habitação, o Programa Cesta Básica está em fase de formatação, com a
produção de Projeto de Lei para sua instituição.

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8.2. Recursos e fontes

Na análise dos recursos e fontes dos recursos municipais procurou-se utilizar


informações sobre receitas correntes, compreendendo a arrecadação municipal e todas as
transferências realizadas pelo Estado e União. A avaliação das despesas considera as
despesas realizadas por diferentes setores, estando apresentada também por unidade
orçamentária. As fontes utilizadas foram a Fundação SEADE, que apresenta dados já
sistematizados até 2008, possibilitando a construção de uma série histórica de dez anos, e
a Prefeitura de Itapetininga, através da consulta aos balancetes dos últimos cinco anos. As
informações sobre receitas seguem nas tabelas abaixo, onde se procurou apresentar em
separado os valores das receitas provenientes de transferências.

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Tabela 8.1. Composição da Receita Municipal corrente – 1999 -2008 (em reais de 2010)
Variável 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Total de Receitas Municipais 102.548.917 102.830.181 107.796.956 119.762.105 117.939.615 123.490.714 126.204.670 144.087.426 179.704.262 189.462.141
Correntes (Em reais de 2010)
Total da Receita Tributária Municipal 18.689.048 17.047.351 16.453.101 17.530.749 16.886.167 19.517.846 19.286.946 21.448.342 23.404.382 23.899.562

Total de Deduções da Receita 9.339.564 8.235.824 8.525.099 9.354.483 10.634.104 15.072.154 16.580.149
Municipal Corrente
Total de Arrecadação de Impostos 13.415.683 12.097.839 12.200.842 13.459.205 13.512.182 14.177.415 15.984.568 17.809.796 19.757.989 20.207.579
Municipais
Arrecadação de IPTU 5.609.625 5.117.591 4.911.823 4.831.412 4.588.460 5.006.209 5.218.401 5.659.430 5.664.212 5.522.591
Arrecadação de ISS 6.414.231 5.613.229 5.986.445 6.338.866 6.217.151 6.766.689 8.052.971 9.047.100 9.556.747 10.469.803
Arrecadação de ITBI 1.939.883 1.905.306 1.815.489 1.439.161 1.138.201 935.514 1.097.972 1.255.720 1.862.260 1.863.177
Arrecadação de IVVC -
Total de Arrecadação Municipal de 4.239.569 4.271.407 4.006.506 3.981.731 3.348.178 5.326.647 3.299.387 3.622.497 3.646.394 3.691.983
Taxas
Arrecadação Municipal de 1.033.794 678.108 245.754 89.812 25.806 13.785 2.989 16.051 - -
Contribuições de Melhoria
Receita Municipal de Contribuições - - - 7.616.302 7.423.015 6.607.474 6.559.403 6.818.941 9.299.865 5.093.490
Receita Municipal Patrimonial 306.747 300.092 1.295.522 2.515.218 2.886.418 2.611.651 2.915.011 3.687.292 3.070.679 3.902.714
Receita Municipal de Atividades 216.099 179.852 133.729 99.363 3.275.657 3.615.008 1.516.123 1.487.411 8.717.827 1.777.542
Diversas
Total de Outras Receitas Municipais 6.202.709 4.770.997 341.605 4.310.026 7.275.366 8.450.756 5.221.196 5.841.840 6.827.423 7.863.579
Correntes
Total de Rec. Munic. de Capital 1.246.517 787.919 552 6.098.379 4.187.367 1.811.227 1.418.452 2.276.636 3.592.949 5.342.997
Receitas c/ Alienação de Bens 9.656 89.871 - 299.539 - 34.799 - 144.456 - 15.046
Receitas Municipais com - 1.357.140 520.655 - - 20.462 27.300 3.998
Amortização de Empréstimos
Total da Receita Municipal com 1.236.860 698.045 552 4.441.703 3.666.715 1.776.428 1.418.452 2.111.718 3.565.649 5.323.954
Transf. de Capital
Fonte: Fundação Seade, Informações dos municípios paulistas, 2010
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Tabela 8.2. Composição da Receita Municipal corrente – transferências 1999 -2008 (em reais de 2010)
Variável 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Receita Municipal por 104.803.60 128.384.08 146.925.25
77.134.316 80.531.889 86.329.293 87.690.449 80.192.992 82.687.976 90.705.991
Transferências Correntes 0 3 2
Receita Municipal por
102.371.61 123.766.13 140.590.44
Transferências Correntes 74.923.573 78.183.869 83.279.634 84.557.574 76.244.876 79.773.864 89.013.421
4 7 5
Intergovernamentais
Total da Receita Municipal por
26.211.065 23.922.369 24.405.338 24.136.604 21.981.486 23.633.037 29.148.767 32.849.725 44.652.024 50.611.371
Transferências Correntes da União
Receita Municipal - Transferências
177.928 2.766.832 3.158.223 3.963.531 5.455.135 4.996.888 15.548.813
de Recursos do SUS
Receita Municipal - Transferências
- - - - - - -
de Recursos do FNAS
Receita Municipal - Transferências
- - - 3.115.961 3.684.424 4.508.280 4.796.422
de Recursos do FNDE
Receita Municipal - Transferências
17.652.528 14.414.828 18.157.740 19.668.664 17.591.361 17.680.452 20.683.058 22.397.873 33.853.830 28.743.946
da Cota-Parte do FPM
Receita Municipal – IRRF 464.299 913.868 875.956 849.768 1.568.370 1.469.003 1.615.223 1.847.543 2.674.769 2.352.009
Receita Municipal - Transferências
611.991 353.329 251.411 398.903 255.344 177.770 181.966 209.803 215.961 257.031
da Cota-Parte do ITR
Receita Municipal - Transferências
8.690.996 8.451.891 10.402.685 11.979.198 13.413.581 17.195.344 24.942.849
Multigovernamentais do Fundeb
Total da Receita Municipal por
48.712.509 54.261.500 58.874.297 51.729.974 45.811.501 45.590.697 47.885.456 56.108.307 61.918.770 65.036.226
Transferências Correntes do Estado
Receita Municipal por Transf. da
36.344.292 34.813.871 42.601.448 40.821.622 35.837.254 37.928.368 40.448.978 47.554.456 52.457.578 55.263.347
Cota-Parte do ICMS
Receita Municipal por Transf. da
6.328.700 6.235.453 6.965.856 6.922.730 6.027.809 6.350.851 6.662.476 7.750.054 8.521.294 8.924.542
Cota-Parte do IPVA
Receita Municipal por
- - 484.074 412.844 327.125 346.324 388.275 438.950 532.471 543.091
Transferências da Cota-Parte do IPI
Receita Municipal por
2.174.476 3.132.873 3.948.116 2.914.113 1.439.566 2.359.844 4.411.387 6.334.806
Transferências de Convênios
Receita Municipal - Demais
36.269 3.049.662 - - - 253.006 72.143 206.558 -
Transferências Correntes
Fonte: Fundação Seade, Informações dos municípios paulistas, 2010
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Tabela 8.3. Receita Orçamentária

Ano Receita orçamentária (acumulado do ano)


2005 92.555.675,66
2006 108.053.076,95
2007 144.258.310,33
2008 169.575.139,07
2009 193.236.376,81
Fonte: Secretaria Municipal de Administração e Finanças, 2011

Apesar das diferenças nos valores apresentados pelas duas fontes, é possível constatar
aumento constante da receita corrente nos últimos cinco anos. Entretanto, quando observados os
dados apresentados pela Fundação SEADE referentes aos últimos dez anos identifica-se uma queda
de 1,53% da receita entre 2002 e 2003, associada a uma queda de cerca de 10% da receita
corrente proveniente de transferências intergovernamentais, mantendo tendência já apresentada
entre 2001 e 2002, além da queda significativa de 34,60% das receitas de capital do Município. A
receita volta a crescer a partir de 2004, ficando em torno de 4,70% até 2006, quando salta para
11,41%. Esse crescimento da receita atinge o expressivo percentual de 24,72% entre 2006 e 2007,
e apresenta um recuo para 5,43% entre 2007 e 2008. Em 2009 há um novo salto e, de acordo
com os dados do balancete da Prefeitura de Itapetininga, o crescimento atinge quase 14%.

As transferências intergovernamentais no período 1999/2008 têm aumento de 87,64%,


percentual ligeiramente acima dos 84,75% de crescimento total da receita corrente no mesmo
período, o que demonstra certo equilíbrio nas variações quando considerada a média do período.
Com efeito, ao se analisar a evolução da participação das transferências intergovernamentais no
total da receita corrente, percebe-se que o percentual apresentado em 1999, 74,06%, é pouco
menor do que os 74,20% apresentados em 2008, indicando forte dependência desses recursos na
composição da receita corrente municipal. É interessante observar, entretanto, que quando essa
participação apresenta queda acentuada, de 7% em 2002, não há redução no total das
transferências, que tiveram um aumento, ainda que irrelevante. Essa queda se deve, portanto, a
aumento efetivo da arrecadação municipal no ano, que teve variação positiva significativa nas
receitas de contribuições, patrimonial, outras receitas correntes e receitas de capital.

É importante observar também que a partir de 2004 transferências intergovernamentais


vêm apresentando tendência de crescimento, sendo que as transferências da União apresentam
percentuais maiores, exceto em 2006, quando esse aumento foi de 11,3%, mas chegando a 35,9%

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em 2007. Nas transferências da União deve-se destacar o significativo incremento da cota-parte do


FPM em 2007, embora tenha caído em 2008, e os valores do SUS em 2008. Quanto às
transferências do Estado, os aumentos a partir de 2004 têm sido menores que os da União,
ficando abaixo de 10%, exceto pelo ano de 2006, quando foi de 17,17%. Cabe observar que a
partir de 2001 a cota-parte do ICMS vem crescendo em importância no total dos repasses do
Estado, constituindo-se na maior transferência realizada para o município e na maior fatia do bolo
orçamentário. Diretamente associado ao desenvolvimento econômico municipal, o ICMS constitui-
se em recurso estratégico pelo que representa no montante da arrecadação municipal,
especialmente porque não é um recurso carimbado.

No que diz respeito à arrecadação municipal, deve-se observar o incremento


significativo no valor das taxas em 2004, superando inclusive a arrecadação com o IPTU, das
contribuições em 2007, do ISS em 2005, 2006 e 2008, da receita patrimonial em 2006 e 2008, e
do total de receitas de capital em 2007 e 2008. Quanto ao IPTU, com oscilações ao longo do
período apresentou uma evolução negativa de 1,56% ao final dos dez anos que deve ser
investigada, pois pode indicar necessidade de revisão da planta genérica de valores ou mesmo
uma política de isenção excessivamente onerosa para o município. Revisão de alíquotas, adoção
do IPTU progressivo e modernização do cadastro técnico multifinalitário são medidas que podem
aumentar a arrecadação desse imposto.
As tabelas abaixo apresentam dados sobre a composição das despesas realizadas por
funções em série de dez anos da Fundação Seade, e dados sobre as despesas do período de 2005
a 2009, extraídos dos balancetes fornecidos pela Secretaria de Administração e Finanças da
Prefeitura. A tabela com os dados da Prefeitura está referenciada no total empenhado por unidade
orçamentária por ser informação comum aos cinco balancetes encaminhados para consulta.

Os dados das duas tabelas revelam de forma bastante clara que a habitação não tem
sido uma política priorizada em termos de investimentos municipais. Além dos significativos gastos
com educação e saúde, por força de obrigações legais e das transferências do Sistema Único de
Saúde, as despesas com Administração e planejamento e com a rubrica urbanismo respondem por
cerca de 80% do total das despesas.

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Tabela 8.4. Despesas municipais 1999 – 2008 (em reais de 2010)


1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Despesa com Agricultura - 35.709 - 1.903 - 22.268 18.147
Despesa com Indústria, Comércio e
36.017 177.401 162.963 124.777 219.127 260.475 517.562
Serviços
Gestão Municipal em Meio Ambiente 27.336 47.651 - - 4.020 157.338 2.053.649
Despesa com Saúde 25.928.008 29.168.318 33.849.673 24.787.604 29.909.597 43.236.136 52.427.815
Despesa com Transporte 27.287 - - - 2.742.866 3.018.433 3.424.687
Despesa com Administração e
13.154.621 15.227.477 16.078.335 29.775.747 39.299.664 17.892.640 16.984.215
Planejamento
Despesa com Assistência 3.897.760 3.535.106 4.414.302 1.732.988 2.448.679 2.750.156 4.153.101
Despesa com Previdência 8.093.938 7.836.361 7.838.897 8.079.505 9.387.681 5.744.117 6.325.366
Despesas com Desporto e Lazer 1.061.671 978.832 856.564 1.115.296 2.605.331 2.245.105 2.067.562
Despesa com Educação 28.851.879 34.708.882 30.150.885 36.248.377 39.116.208 47.477.223 55.162.043
Despesa com Cultura 1.526.440 1.436.339 1.509.617 1.252.415 1.399.574 2.098.696 1.926.263

Despesa com Habitação - - 129.653 997.068 1.415.267 705.972 548.522


Despesa com Urbanismo 24.585.651 16.791.770 17.856.117 2.755.798 3.735.199 25.191.261 24.422.054
Despesa com Investimentos - Total 7.578.656 4.613.249 9.897.654 18.213.238 12.228.476 11.346.766 8.533.394 16.067.368 17.420.380 28.829.412
Despesa com o Legislativo 4.518.462 4.895.606 4.913.307 4.712.335 5.302.011 4.088.935 2.806.340
Total de Despesas Municipais
90.672.981 96.907.039 89.938.042 92.683.919 100.689.234 106.930.484 105.369.892 116.607.156 141.940.765 149.700.160
Correntes
Total de Despesas Municipais 100.246.273 102.789.922 101.066.016 114.820.559 114.888.662 119.244.985 117.869.263 137.585.223 167.105.103 183.592.151
Fonte: Fundação Seade, Informações dos municípios paulistas, 2010
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Os gastos com habitação foram insignificantes em 2004, passando a irrisórios 0,8%


do total das despesas em 2005 e atingindo o “pico” de 1% em 2006. Em 2007 e 2008
caíram para 0,4% e 0,3% respectivamente. A implantação de uma efetiva Política de
Habitação pode começar a reverter esse quadro, especialmente no que diz respeito às
fontes de recursos que seus instrumentos podem viabilizar. A criação de fundos com
recursos próprios e a utilização de recursos oriundos da aplicação de instrumentos
urbanísticos previstos no Plano Diretor, como outorga onerosa do direito de construir e IPTU
progressivo, podem se constituir em fontes alternativas de recursos de grande relevância.
Além disso, é necessário dimensionar o montante de recursos necessários para o
desenvolvimento de ações que enfrentem a problemática habitacional no município e, a
partir daí, construir parcerias com a União e o Estado para seu enfrentamento.

Tabela 8.5. Despesas Municipaispor unidade orçamentária - total empenhado (2005-2009)

Unidades 2005 2006 2007 2008 2009


Câmara Municipal 3.687.818,90 4.220.871,25 3.420.572,05 2.611.305,68 2.871.860,05
Gabinete 2.228.764,48 3.099.577,29 3.701.470,15 3.995.468,02 3.683.458,67
Administração 11.188.607,96 11.595.378.01 19.572.542,35 19.090.920,72 21.963.397,14
Educação 28.367.563,12 31.139.969,36 39.716.762,10 51.328.404,97 56.900.884,67
Saúde 19.398.494,06 23.810.691,04 36.168.907,75 48.784.198,60 52.399.538,68
Obras e Serviços 14.356.767,30 18.671.142,41 21.826.699,76 25.625.694,03 23.887.196,39
Promoção Social 2.227.858,60 3.122.714,94 3.681.300,63 5.523.464,01 6.451.176,92
Industrialização e
- 174.443,51 217.897,61 481.592,85
Desenvolvimento
Meio Rural e
2.309.970,92 2.838.902,24 2.717.329,91 3.458.816,09
Abastecimento
Cultura, Esportes e
2.006.706,99 3.382.916,16 3.960.000.64 4.047.274,50
Turismo
Agricultura e Meio
2.835.885,94
Ambiente
Planejamento 488.164,25
Trânsito e Cidadania 1.489.906,63
Trabalho e
367.803,34
Desenvolvimento
Governo 330.811,74
Negócios Jurídicos 320.293,29
Cultura e Turismo 2.275.448,91
Esporte e Lazer 2.124.332,05
Total
Fonte: Secretaria Municipal de Administração e Finanças, 2011.

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Complementando as informações sistematizadas pelo Seade, a tabela anterior


apresenta as despesas do Município por unidade orçamentária, já contemplando em 2009
as novas Pastas definidas a partir da reforma administrativa. Ainda que 2009 seja o
primeiro ano em que as despesas são definidas em função da reorganização das
Secretarias, chama a atenção a diminuta participação da Secretaria de Planejamento, Pasta
à qual está vinculado o Departamento de Habitação, no total das despesas empenhadas,
especialmente se for considerada a extensão de suas atribuições, tema já abordado.

8.3. Programas e linhas de financiamento do

Governo Federal e Estadual para Política de


Habitação

8.3.1. Recursos da União

PAC – Programa de Aceleração do Crescimento

O Programa de Aceleração do Crescimento – PAC está organizado em três eixos


estruturais de investimentos: infraestrutura logística, que envolve a construção e ampliação
de redes rodoviárias, ferroviárias, portuárias, hidroviárias e aeroportuárias; infraestrutura
energética, que envolve ações para geração e transmissão de energia elétrica, petróleo,
gás natural e energias renováveis; e infraestrutura social e urbana, que compreende ações
na área de saneamento, habitação, metrôs, trens urbanos, recursos hídricos, assim como
engloba as ações para a universalização do Programa Luz para Todos.
O Programa é executado sob coordenação, supervisão, acompanhamento e
avaliação do Ministério das Cidades, e sob operacionalização da Caixa Econômica Federal
– CEF. Os recursos do Programa se concentram em dois grandes grupos:
 Recursos fiscais consignados no Orçamento Geral da União – OGU e no Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS, repassados aos municípios
com caráter não oneroso; e

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 Recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS ou do Fundo de


Amparo ao Trabalhador – FAT, repassados aos municípios com caráter oneroso.
Além destes recursos, somam-se aos investimentos do Programa os valores das
contrapartidas dos estados, Distrito Federal e municípios, que podem se apresentar sob a
forma de recursos físicos ou financeiros, desde que mensuráveis. Os valores das
contrapartidas são calculados sobre o valor total do investimento, determinados pelo
Ministério das Cidades, considerando-se a capacidade financeira da unidade beneficiada e
seu Índice de Desenvolvimento Humano. No caso dos Municípios, consideram-se os
seguintes limites mínimos para contrapartida:
 2% para municípios com IDH menor ou igual a 0,5;
 3% para municípios com IDH maior que 0,5 e menor ou igual a 0,6;
 4% para municípios com IDH maior que 0,6 e menor ou igual a 0,7;
 8% para municípios com IDH maior que 0,7 e menor ou igual a 0,8; e
 20% para municípios com IDH maior que 0,8.
No eixo de investimento sobre habitação, o PAC concentra recursos em
urbanização de assentamentos precários, intervenção que envolve ações de infraestrutura;
saneamento; produção habitacional para atendimento de demanda de reassentamento e
remanejamento; melhorias habitacionais e ações complementares; equipamentos públicos
e recuperação ambiental; e trabalho social e regularização fundiária. As famílias a serem
beneficiadas pelo Programa, no âmbito da urbanização, regularização e integração de
assentamentos precários, devem possuir renda mensal de até R$ 1.050,00.

Programa Minha Casa, Minha Vida

Gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela Caixa Econômica


Federal, o Programa Minha Casa, Minha Vida possui sete modalidades direcionadas a
diferentes faixas de renda, que operam a partir de diversas fontes de recursos.
Com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial – FAR, a linha programática
“Imóvel na Planta” consiste na aquisição de unidades habitacionais ainda não construídas a
serem adquiridas por famílias com renda bruta mensal de até R$ 1.395,00 através de

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venda com parcelamento. Esta modalidade abrange apenas capitais, regiões


metropolitanas e municípios com população acima de 50 mil habitantes.
Já os recursos do FGTS e do Fundo Garantidor da Habitação são destinados ao
financiamento às empresas da construção civil do mercado imobiliário para a produção de
habitação popular para famílias com renda mensal de até R$ 4.650,00. A execução das
obras dos empreendimento do Programa é realizada por Construtora contratada pela
CAIXA, que se responsabiliza pela entrega dos imóveis concluídos e legalizados. Há
também o financiamento de infraestrutura, interna e/ou externa, para produção de
empreendimentos habitacionais populares, no amparo do Programa MCMV, que é
operacionalizado com recursos do BNDES sob a linha de Crédito Corporativo. Estas
modalidades abrangem todos os municípios brasileiros.
Para municípios com população até 50 mil habitantes, o programa realiza a oferta
de recursos orçamentários por meio de leilão aos Agentes ou Instituições Financeiras do
Sistema Financeiro de Habitação, os quais operarão os recursos junto às Prefeituras
Municipais. Ainda no âmbito do Minha Casa, Minha Vida, o Programa Habitacional
Popular Entidades opera investimentos que subsidiam financiamento habitacional às
famílias com renda mensal de até R$ 1.395,00, organizadas coletivamente por Entidade
Organizadora, por meio de recursos provenientes do Orçamento Geral da União – OGU,
aportados ao Fundo de Desenvolvimento Social – FDS. O programa atende três
modalidades: aquisição de lote urbanizado e construção de unidades habitacionais;
construção de unidades habitacionais; e aquisição de material de construção para reforma
ou ampliação.
O Programa compreende ainda a modalidade de habitação rural, que opera com
recursos do Orçamento Geral da União – OGU e que consiste na concessão de subsídios
a agricultores familiares para aquisição de material de construção para produção de
unidades habitacionais em área rural. As famílias a serem beneficiadas devem possuir
renda anual bruta de até R$ 10.000,00.
Para as modalidades imóvel na planta e construção de unidades habitacionais, o
número de unidades habitacionais por empreendimento é estabelecido em função da área
e do projeto. Para a população com renda familiar de até 3 salários mínimos, as unidades

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habitacionais podem ser casas térreas ou apartamentos, sendo as áreas mínimas por
tipologia assim estabelecidas:
 Casa térrea: área útil mínima de 32 m², 02 quartos, sala, cozinha, banheiro e
área de serviço;
 Apartamentos: área útil mínima de 37 m², 02 quartos, sala, cozinha, banheiro e
área de serviço.
Os valores máximos das unidades habitacionais são dispostos na Portaria nº
93/2010 do Ministério das Cidades e estabelecidos de acordo com a localidade e em
função das tipologias. Municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes são
atendidos em função do déficit habitacional.
Para as famílias com renda até 3 salários mínimos, as unidades habitacionais são
vendidas com as seguintes condições:
 Subsídio integral com isenção do seguro;
 Prestação de até 10% da renda, por 10 anos, com prestação mínima de R$ 50
por mês.

Recursos Orçamento Geral da União – OGU e Fundo


Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS

 Programa urbanização, regularização e integração de assentamentos precários


Utilizando recursos do Orçamento Geral da União e do Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social (FNHIS), este programa apóia os estados, municípios e o
Distrito Federal nas ações destinadas a melhorar as condições de habitabilidade dos
assentamentos humanos precários e na execução de intervenções necessárias à segurança,
salubridade e habitabilidade de população localizada em área inadequada à moradia,
visando a sua permanência ou realocação.
Os beneficiários deste Programa devem ter renda de até R$1.050,00, residentes em
assentamentos humanos precários.
As unidades da Federação beneficiárias devem aportar contrapartida constituída por
recursos financeiros, bens ou serviços financeiramente mensuráveis, passíveis de compor o

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investimento, em respeito ao cronograma físico-financeiro estabelecido para o


empreendimento. O aporte de contrapartida é obrigatório e calculado em valor
correspondente aos percentuais estabelecidos pelo Ministério das Cidades sobre o valor do
repasse da União, em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vigente à
assinatura do contrato. Obras e serviços executados antes da assinatura do contrato de
repasse de recursos da União não poderão ser aceitos como contrapartida, nem compor o
valor do investimento.
Cabe ao poder público na qualidade de proponente e agente executor: elaborar a
proposta de intervenção acompanhada de toda a documentação necessária, em resposta
às demandas e necessidades sociais, bem como incentivar a participação dos beneficiários
nas principais etapas do projeto e administrar e fiscalizar a execução dos trabalhos
necessários à consecução do objeto contratado, observando critérios de qualidade técnica,
prazos e custos previstos contratualmente.
O repasse dos recursos da União aos estados ou municípios para a execução de
ações integradas de urbanização com construção / aquisição de unidades habitacionais,
em municípios integrantes de regiões metropolitanas, fica limitado a R$23.000,00 por
família beneficiada. Além disto, há um limite ao repasse de recurso por intervenção de
acordo com o tamanho do assentamento em questão:
- Assentamentos com até 100 domicílios: R$ 2.000.000,00 por intervenção;
- Assentamentos entre 100 e 4.000 domicílios: R$ 5.000.000,00 por intervenção; e
- Assentamentos com mais de 4.000,000 domicílios: R$ 10.000.000,00 por
intervenção.
Deverá ser aberta uma conta na Caixa Econômica Federal para o depósito dos
recursos.

 Programa de Habitação de Interesse Social – Ação Apoio à Provisão Habitacional de


Interesse Social
Esta Ação tem por objetivo apoiar os estados, Distrito Federal, municípios e
entidades privadas sem fins lucrativos na viabilização do acesso à habitação digna, regular
e dotada de serviços públicos, em localidades urbanas ou rurais, mitigando as
desigualdades sociais e contribuindo para a ocupação urbana planejada.

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Utiliza recursos do FNHIS para a: construção ou aquisição de unidades


habitacionais; produção ou aquisição de lotes urbanizados; e requalificação de imóveis
existentes para fins habitacionais.
As unidades da Federação beneficiárias devem aportar contrapartida constituída por
recursos financeiros, bens ou serviços financeiramente mensuráveis, passíveis de compor o
investimento, em respeito ao cronograma físico-financeiro estabelecido para o
empreendimento. O aporte de contrapartida é obrigatório e calculado em valor
correspondente aos percentuais estabelecidos pelo Ministério das Cidades sobre o valor do
repasse da União, em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vigente à
assinatura do contrato. Obras e serviços executados antes da assinatura do contrato de
repasse de recursos da União não poderão ser aceitos como contrapartida, nem compor o
valor do investimento.
Este Programa destina-se às famílias com renda mensal de até R$1.050,00.
As unidades da Federação beneficiárias devem aportar contrapartida constituída por
recursos financeiros, bens ou serviços financeiramente mensuráveis, passíveis de compor o
investimento, em respeito ao cronograma físico-financeiro estabelecido para o
empreendimento. O aporte de contrapartida é obrigatório e calculado em valor
correspondente aos percentuais estabelecidos pelo Ministério das Cidades sobre o valor do
repasse da União, em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vigente à
assinatura do contrato. Obras e serviços executados antes da assinatura do contrato de
repasse de recursos da União não poderão ser aceitos como contrapartida, nem compor o
valor do investimento.
Este Programa possui três modalidades de atendimento: 1) produção ou aquisição
de unidades habitacionais; 2) produção ou aquisição de lotes urbanizados; e 3)
requalificação de imóveis.
O repasse dos recursos da União aos estados ou municípios para a construção ou
aquisição de unidades habitacionais, em municípios integrantes de regiões metropolitanas,
fica limitado a R$23.000,00 por família beneficiada. No caso de produção ou aquisição
de lote urbanizado e requalificação de imóvel, o valor do repasse é de R$9.000,00 por
família beneficiada. Nos casos em que houver a construção ou aquisição de unidades
verticalizadas, poderá haver um aumento de até 20%.

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O limite ao repasse de recurso por intervenção de acordo com o tamanho do déficit


habitacional do município em questão:
- Municípios com déficit habitacional até 4.999 domicílios: R$ 50.000,00 por
intervenção;
- Municípios com déficit habitacional entre 5.000 e 9.999 domicílios: R$
1.000.000,00 por intervenção;
- Municípios com déficit habitacional entre 10.000 e 29.999 domicílios: R$
2.500.000,00 por intervenção; e
- Municípios com déficit habitacional acima de 30.000: R$ 5.000.000,00 por
intervenção.
Deverá ser aberta uma conta na Caixa Econômica Federal para o depósito dos
recursos.

 Apoio à Prestação de Serviços de Assistência Técnica para Habitação de Interesse


Social
Este Programa, que utiliza recursos do FNHIS, objetiva melhorar o padrão mínimo
de salubridade, segurança e habitabilidade das edificações produzidas no âmbito do
processo de auto-gestão habitacional, por intermédio de apoio à prestação de serviços de
assistência técnica. Contempla:
- Assistência técnica individual para o desenvolvimento de projeto técnico e o
acompanhamento da execução das obras e serviços;
- Assistência técnica coletiva para o desenvolvimento de projetos técnico e jurídico e
de trabalho social;
- Assistência técnica para mobilização e organização comunitária ou projetos e
ações de regularização fundiária.
O repasse dos recursos da União a estados e municípios fica limitado aos seguintes
parâmetros:
- Assistência técnica individual: R$ 40.000,00, para a faixa de atendimento entre
100 e 200 famílias;

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- Assistência técnica coletiva: R$ 40.000,00, para a faixa de atendimento entre 100


e 200 famílias;
- Assistência técnica para mobilização e organização comunitária: R$ 30.000,00
para a faixa de atendimento entre 100 e 200 pessoas.

Para a modalidade Prestação de Serviços de Assistência Técnica, o limite de ações


de atendimento que os municípios componentes de Região Metropolitana (ou assemelhado)
tem é de 6 ações, e os municípios com mais de 1 milhão de habitantes é de até 15 ações
(Estados ou Distrito Federal: até 20 ações).

 Apoio à Elaboração de Planos Habitacionais de Interesse Social


Este programa, financiado pelo FNHIS, tem como objetivo apoiar os municípios na
elaboração de Plano Local de Habitação de Interesse Social, requisito para adesão ao
SNHIS previsto na Lei 11.124/2005.
O Programa se destina ao poder público estadual, municipal e do Distrito Federal.
As unidades da Federação beneficiárias devem aportar contrapartida constituída por
recursos financeiros, bens ou serviços financeiramente mensuráveis, passíveis de compor o
investimento, em respeito ao cronograma físico-financeiro estabelecido para o
empreendimento. O aporte de contrapartida é obrigatório e calculado em valor
correspondente aos percentuais estabelecidos pelo Ministério das Cidades sobre o valor do
repasse da União, em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vigente à
assinatura do contrato. Obras e serviços executados antes da assinatura do contrato de
repasse de recursos da União não poderão ser aceitos como contrapartida, nem compor o
valor do investimento.
O valor a ser repassado para os municípios fica entre R$ 10.000,00 (mínimo) e R$
60.000,00 (máximo); já para os estados e o DF este valor pode ser de até R$ 250.000,00.

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 Apoio à Produção Social da Moradia


Este programa, financiado com recursos do FNHIS e das contrapartidas
obrigatórias, tem como objetivo apoiar entidades privadas sem fins lucrativos, vinculadas ao
setor habitacional, no desenvolvimento de ações que resultem no acesso à moradia digna,
situada em localidades urbanas ou rurais. As ações do programa são direcionadas a
famílias com renda de R$ 1.125,00 mensais, que podem ingressar nas seguintes
modalidades:
 Produção ou Aquisição de Unidades Habitacionais;
 Produção ou Aquisição de Lotes Urbanizados; e
 Requalificação de Imóveis.
A habilitação das entidades é pré-requisito para a participação no Programa. Para
se habilitar, os dirigentes máximos das entidades privadas sem fins lucrativos devem seguir
as orientações estabelecidas nos termos do Capítulo III das Resoluções nº 18 e nº 19, de
2008, do Conselho Gestor do FNHIS, e realizar o preenchimento de formulário eletrônico
específico junto ao Agente Operador da Ação (Caixa Econômica Federal).
Além do limite de renda familiar mensal, o programa veda:
 Proprietários, compradores ou titulares de direito de aquisição, arrendamento ou
uso de imóvel residencial, regular e dotado de infra-estrutura mínima (água, esgoto
e energia), com padrão mínimo de edificação e habitabilidade definido pelas
posturas municipais em qualquer parte do país;
 Beneficiários de recursos do Orçamento Geral da União repassados com a
finalidade de provisão habitacional; ou
 Titulares de contrato de financiamento obtido com recursos do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço – FGTS, ou em condições equivalentes ao Sistema Financeiro
da Habitação – SFH, em qualquer parte do país.

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Recursos Orçamento Geral da União – OGU

 Programa Intervenções em Favelas


Este Programa tem como objetivo implantar ações integradas de habitação,
saneamento e inclusão social necessárias à regularização fundiária, segurança, salubridade
e habitabilidade da população que habita áreas inadequadas à moradia.
Além dos recursos provenientes do Orçamento Geral da União (OGU), este
Programa também conta com recursos dos Agentes Executores (contrapartida) e de outras
fontes que vierem a ser definidas.
São destinatários finais deste programa as áreas ocupadas há mais de 5 anos, com
pelo menos 60% das famílias residentes com renda até R$ 1.050,00 e localizadas em áreas
de situação que configure risco ou insalubridade, ou seja, áreas nas quais seja proibido o
uso para fins habitacionais.
Cabe ao poder público na qualidade de proponente e agente executor: elaborar a
proposta de intervenção acompanhada de toda a documentação necessária, em resposta
às demandas e necessidades sociais, bem como incentivar a participação dos beneficiários
nas principais etapas do projeto e administrar e fiscalizar a execução dos trabalhos
necessários à consecução do objeto contratado, observando critérios de qualidade técnica,
prazos e custos previstos contratualmente.
O repasse dos recursos da União aos estados ou municípios para a execução de
ações integradas de urbanização com construção / aquisição de unidades habitacionais,
em municípios integrantes de regiões metropolitanas, fica limitado a R$23.000,00 por
família beneficiada. Este valor pode ser acrescido em até 20% nos casos de construção ou
aquisição de unidades habitacionais verticalizadas.

 Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat – (PBQP-H)


Este Programa tem como objetivo elevar a qualidade e produtividade da
construção civil e aumentar a competitividade do setor visando a criação de soluções mais
baratas e de melhor qualidade nos produtos e serviços necessários à produção de unidades
habitacionais. O Programa é direcionado a empresas da construção civil e é pré-requisito
para que estas ingressem no Programa Minha Casa, Minha Vida.

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O PBQP-H prevê a criação e implantação de mecanismos de modernização


tecnológica e gerencial que envolve ações como: avaliação da conformidade de empresas
de serviços e obras, qualificação de materiais, componentes e sistemas construtivos,
capacitação profissional e assistência técnica à construção civil, normalização técnica,
capacitação laboratorial, avaliação de tecnologias inovadoras, informação ao consumidor
e promoção da comunicação entre os setores envolvidos.

Recursos do Fundo de Garantia por Tempo de


Serviço – FGTS

 Carta de Crédito Individual


Neste Programa são utilizados recursos do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) para: aquisição de unidade habitacional nova, construção de unidade
habitacional, aquisição de unidade habitacional usada, conclusão, ampliação, reforma ou
melhoria de unidade habitacional, aquisição de material de construção, ou ainda,
aquisição de lote urbanizado.
O poder público não participa diretamente do programa, mas sua participação é
desejável, especialmente nas operações efetuadas de forma coletiva, com aquisição de
material de construção e para fins de redução de exigências construtivas, taxas e/ou
emolumentos.
A demanda deste programa é constituída por famílias com renda mensal bruta de
até R$ 3,9 mil, as quais devem contratar operação de financiamento habitacional junto às
instituições financeiras e retornar os encargos mensais. No caso de financiamento de
imóveis em municípios integrantes de Regiões Metropolitanas do estado de São Paulo,
como a RMC, são admitidas famílias com renda mensal bruta de até R$4.900,00. Nestes
casos, o valor de venda/avaliação/investimento também se eleva atingindo R$130.000,00.
O prazo de amortização máximo é de 30 anos.

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 Carta de Crédito Associativo


Este Programa tem por objetivo conceder financiamentos a pessoas físicas,
organizadas sob a forma de grupos associativos (condomínios, sindicatos, cooperativas,
associações, pessoas jurídicas voltadas à produção habitacional e Companhias de
Habitação – COHAB, ou órgãos assemelhados).
Com a utilização de recursos do FGTS, ele permite a produção de lote urbanizado,
a construção de unidade habitacional ou a aquisição de unidade nova produzida no
âmbito do próprio programa.
Os empreendimentos de reabilitação urbana objetivam a aquisição de imóveis,
conjugada com a execução de obras e serviços voltados à recuperação e ocupação para
fins habitacionais, admitidas ainda obras e serviços necessários à modificação de uso. Os
projetos deverão estar comprovadamente inseridos em planos municipais de reabilitação de
áreas urbanas dotadas de infra-estrutura, equipamentos e serviços públicos.
Assim como na Carta de Crédito Individual, aqui o poder público não participa
diretamente do programa, mas sua participação é desejável, especialmente nas operações
efetuadas de forma coletiva, com aquisição de material de construção e para fins de
redução de exigências construtivas, taxas e/ou emolumentos.
A demanda deste programa é constituída por famílias com renda mensal bruta de
até R$ 3,9 mil, as quais devem contratar operação de financiamento habitacional junto às
instituições financeiras e retornar os encargos mensais. No caso de financiamento de
imóveis em municípios integrantes de Regiões Metropolitanas do estado de São Paulo,
como a RMC, são admitidas famílias com renda mensal bruta de até R$4.900,00. Nestes
casos, o valor de venda/avaliação/investimento também se eleva atingindo R$130.000,00.
O prazo de amortização máximo é de 30 anos. Há contrapartida para o financiamento.
Os projetos desenvolvidos que busquem recursos neste programa devem seguir às
diretrizes estipuladas tais como o atendimento às recomendações do Plano Diretor
Municipal, do Estatuto do Idoso e às normas de preservação ambiental.

 Programa de Apoio à Produção de Habitações - Pró-Moradia


Este Programa financia, com recursos do FGTS, empreendimentos de produção
habitacional ou reabilitação urbana, voltados à população-alvo do FGTS, por intermédio

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de financiamentos a pessoas jurídicas do ramo da construção civil. Os empreendimentos de


reabilitação urbana objetivam a aquisição de imóveis, conjugada com a execução de obras
e serviços voltados à recuperação e ocupação para fins habitacionais, admitidas ainda
obras e serviços necessários à modificação de uso. Os projetos deverão estar
comprovadamente inseridos em planos municipais de reabilitação de áreas urbanas
dotadas de infra-estrutura, equipamentos e serviços públicos.
A demanda deste programa é constituída por famílias com renda mensal bruta de
até R$ 3,9 mil, as quais devem contratar operação de financiamento habitacional junto às
instituições financeiras e retornar os encargos mensais.
O valor de financiamento poderá chegar a R$ 78.000,00, nos casos de
empreendimentos situados nos municípios integrantes das regiões metropolitanas dos
Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Para obter recursos deste Programa, os projetos deverão seguir às diretrizes
estipuladas tais como o atendimento às recomendações do Plano Diretor Municipal, do
Estatuto do Idoso e às normas de preservação ambiental.

Recursos Fundo Arrendamento Residencial – FAR

 Programa de Arrendamento Residencial – PAR


Este Programa, financiado com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial
(FAR)10, tem por objetivo a oferta de unidades habitacionais para a população de baixa
renda por meio de arrendamento com opção de compra. O programa atua nas capitais
estaduais, regiões metropolitanas e municípios com mais de 100.000 habitantes.
A demanda é composta por famílias com renda de 3 até 6 salários mínimos (SM)
(R$1.800,00), as quais devem participar de um grupo de pessoas ou associação. Nos
casos de proponentes ao arrendamento de unidades habitacionais de empreendimentos
reformados, inseridos ou não em programas de requalificação de centros urbanos ou

10
O FAR foi criado exclusivamente para aplicação no PAR e é composto com recursos onerosos provenientes de
empréstimo junto ao FGTS e recursos não onerosos provenientes do FAS, FINSOCIAL, FDS e PROTECH.

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recuperação de sítios históricos o limite da renda mensal é de R$2.100,00. No caso do


atendimento de militares das forças armadas e profissionais da área de segurança pública
esse valor sobre para R$2.800,00.
Podem ser construídas unidades habitacionais novas em áreas indicadas pela
Prefeitura, governo estadual ou construtoras e podem ser reformados prédios em áreas
centrais, os quais estejam degradados e ocupados. As unidades são arrendadas às famílias
por um prazo de 15 anos; após este período, o valor pago mensalmente é subtraído do
valor de venda do imóvel. A mensalidade varia conforme o valor de venda do imóvel: para
famílias com renda de até 4 SM, o valor da mensalidade é de 0,5% do valor de venda do
imóvel; para famílias com renda superior a 4 SM, o valor da mensalidade equivale a 0,7%
do valor de venda do imóvel.
As seguintes atribuições cabem aos Estados, DF e Municípios: identificar os locais
para implantação dos projetos; indicar as famílias a serem beneficiadas; promover ações
facilitadoras e redutoras dos custos de implantação dos projetos, tais como, redução de
tributos, contribuições e taxas; aportar recursos financeiros, bens ou serviços
economicamente mensuráveis, necessários à realização das obras e serviços do
empreendimento.

Recursos Fundo Desenvolvimento Social – FDS

 Programa Crédito Solidário – PCS


Este programa, financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Social (FDS)11, volta-se
para o atendimento da população de baixa renda, com renda de até 3 SM (R$1.050,00),
residente em áreas urbanas ou rurais, que esteja organizada por cooperativas, associações
e entidades da sociedade civil. É admitida a participação de famílias com renda bruta
mensal superior a 3 e até 5 SM (R$1.750,00), limitadas a: 35% da composição do grupo
associativo, no caso de propostas em municípios de regiões metropolitanas e capitais
estaduais; e 20% de composição do grupo, no caso de propostas apresentadas nos demais
municípios ou em áreas rurais.

11
O Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) foi criado pela Lei nº 8.677/93.

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Fornece crédito diretamente ao beneficiário para: aquisição de material de


construção; aquisição de terreno e construção; construção em terreno próprio; conclusão,
ampliação ou reforma de unidade habitacional. A contrapartida mínima do mutuário é de
5% do valor do investimento habitacional, que poderá ser integralizada com recursos
próprios, com itens do investimento não financiados com recursos do FDS.
O poder público não participa diretamente do programa, mas sua participação é
desejável no sentido de apoiar a inclusão das famílias no programa e de reduzir exigências
construtivas, taxas ou emolumentos.

Recursos Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)

 Projetos Multissetoriais Integrados


No âmbito dos Projetos Multissetoriais Integrados (PMI) operados pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, este Programa oferece
urbanização e implantação de infraestrutura urbana básica em assentamentos precários,
áreas de risco e de sub-habitação, visando o atendimento à população com renda familiar
mensal de até 3 salários mínimos, através de financiamento de projetos de investimentos e
ações integradas.
Estados, Distrito Federal e Municípios devem enviar propostas de operações de
crédito por meio de Carta-Consulta ao BNDES, conforme calendário definido pelo
Ministério das Cidades.

8.3.2. Estado de São Paulo

Programa Parceria com Municípios – Administração Direta e Auto-Construção


Este programa, da Companhia Estadual de Desenvolvimento Habitacional e Urbano
(CDHU), tem como objetivo atender a famílias com renda entre 1 a 10 salários mínimos,
com prioridade para aquelas com renda familiar de até 3 salários mínimos, idosos e
portadores de necessidades especiais. Adota a tipologia de 2 ou 3 dormitórios (horizontal
ou vertical). Os recursos financeiros são repassados para as prefeituras, visando a

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construção de unidades habitacionais novas, sob administração direta ou autoconstrução.


O município deve doar o terreno à CDHU e executar o trabalho de organização social e
ações complementares.

Programa Parceria com Municípios – Empreitada Global


Neste Programa, a CDHU estabelece parceria com os municípios para a construção
de unidades habitacionais (UHs), diretamente pela Companhia, para o atendimento de
famílias com renda entre 1 a 10 salários mínimos, com prioridade para aquelas com renda
familiar de até 3 salários mínimos, idosos e portadores de necessidades especiais. Adota a
tipologia de 2 ou 3 dormitórios (horizontal ou vertical). O município deve doar o terreno à
CDHU e executar o trabalho de organização social e ações complementares; poderão
também se responsabilizar pela execução da infra-estrutura.

Programa Parceria com Associações e Cooperativas – Gestão Compartilhada


Este programa tem como objetivo a construção de unidades habitacionais (UHs)
novas, com 2 ou 3 dormitórios (horizontal ou vertical), em empreendimentos de até 160
UHs. Objetiva atender famílias com renda mensal de 2 a 10 salários mínimos, dando
prioridade àquelas que recebem até 3 salários mínimos. A CDHU faz a gestão do
empreendimento junto com as entidades sociais.

Programa Parceria com Associações e Cooperativas – Mutirão Associativo/Autogestão


Este programa tem como objetivo a construção de unidades habitacionais novas,
com 2 ou 3 dormitórios (horizontal ou vertical), por meio de mutirão e com autogestão. A
demanda desse programa é composta por famílias com renda mensal de 2 a 10 salários
mínimos, mas dá-se prioridade àquelas que recebem até 3SM. Os recursos são repassados
às entidades sociais para a aquisição de material de construção e para o pagamento de
serviços a cargo da entidade.

Moradia Indígena
Este Programa visa à construção de unidades habitacionais destinadas às
comunidades indígenas localizadas em terras da União. Recursos aplicados diretamente

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pela CDHU ou repassados às Prefeituras Municipais. A FUNASA deve se responsabilizar


pela implantação da infraestrutura.

Moradia Quilombola
Programa destinado à construção de unidades habitacionais destinadas às
comunidades indígenas localizadas em áreas reconhecidas como remanescentes de
quilombos. Recursos aplicados diretamente pela CDHU ou repassados às Prefeituras
Municipais.

Moradia rural
Programa destinado à construção de UHs novas em lotes rurais e/ou em conjuntos
habitacionais inseridos na malha urbana, que pode ser efetuada pela administração direta
ou por autoconstrução. As famílias a que se destina este programa devem ter chefe ou
cônjuge trabalhador rural, cuja renda familiar mensal esteja entre 1 e 10 salários mínimos.

Programa Habitacional de Integração – PHAI


O Programa se destina a servidores públicos estaduais ativos lotados nos órgãos da
administração direta e indireta dos poderes executivo, legislativo e judiciário e do Ministério
Público, os quais devem ter uma renda entre R$1.000,00 e R$4.150,00. São cartas de
crédito para aquisição de unidades habitacionais, novas ou usadas, no mercado
(financiamento Banco Nossa Caixa). O valor máximo de avaliação do imóvel é de R$
80.000,00 e o valor máximo de financiamento é de R$ 60.000,00. A prestação mensal é
fixa ao longo do financiamento no valor mínimo de R$ 250,00 e o prazo máximo de
amortização pela Tabela Price é de 300 meses.

Atuação em Cortiços
Este programa tem como objetivo atender as famílias com renda familiar mensal de
1 a 10 salários mínimos, moradoras de cortiços em áreas pré-identificadas. São ofertadas
cartas de crédito para: aquisição de unidades habitacionais no mercado; aquisição de
imóveis encortiçados para demolição e construção de novo empreendimento habitacional
para a demanda encortiçada; aquisição de imóveis vazios já existentes na área dos cortiços

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afetados ou em outra área aceita pelos beneficiários e reforma e/ou ampliação desses
imóveis mediante a emissão de cartas de créditos associativas e certificados de subsídios;
aquisição de terrenos na área de origem do cortiço, ou em outras áreas aceita pelos
Beneficiários, e construção de imóveis destinados à moradia dos Beneficiários nessas áreas;
ajuda de custo para famílias ou pessoas sem renda ou que não estejam interessadas em
assumir financiamento habitacional moradoras em cortiços erradicados.

Urbanização de Favelas – intervenção CDHU


Este Programa visa atender as famílias moradoras de áreas de favelas e
assentamentos precários, objeto de urbanização, recuperação ambiental e obras públicas
de estruturação urbana, as quais constituem demanda de interesse social. As intervenções
são executadas diretamente pela CDHU.

Urbanização de Favelas – parceria com Municípios


Este Programa visa atender as famílias moradoras de áreas de favelas e
assentamentos precários, objeto de urbanização, recuperação ambiental e obras públicas
de estruturação urbana, as quais constituem demanda de interesse social. A CDHU repassa
os recursos financeiros aos municípios para que executem as intervenções propostas.

Repasse aos Municípios


Este Programa visa atender às famílias provenientes de remoção de áreas de risco,
favelas e assentamentos precários, bem como áreas sobre influência de intervenções de
obras públicas e áreas de proteção ambiental onde não é possível a urbanização. Os
recursos são repassados aos municípios para construção de novas UHs, isoladas ou em
conjuntos habitacionais, com infraestrutura e equipamentos urbanos; ou para aquisição de
unidades no mercado.

Reassentamento – produção CDHU


Este Programa visa atender às famílias provenientes de remoção de áreas de risco,
favelas e assentamentos precários, bem como áreas sobre influência de intervenções de
obras públicas e áreas de proteção ambiental onde não é possível a urbanização. Os

130
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recursos são repassados aos municípios para construção de novas UHs, isoladas ou em
conjuntos habitacionais, com infraestrutura e equipamentos urbanos; ou para aquisição de
unidades no mercado. Ressalta-se que a opção de construção de UHs se dá por meio da
modalidade de Empreitada em terrenos municipais doados à Companhia.

Cidade Legal – regularização fundiária


Este Programa visa implementar e agilizar os processos de regularização fundiária
de parcelamentos do solo e núcleos habitacionais, públicos ou privados, localizados em
área urbana ou de expansão urbana através de um Convênio de Cooperação Técnica que
oferece orientação e apoio técnico às Prefeituras Municipais.

Programa Especial de Melhorias - PEM


Este Programa visa garantir a melhoria das condições de habitabilidade de bairros
degradados ou conjuntos habitacionais de interesse social, onde vivem famílias com renda
de 1 a 5 salários mínimos. Os recursos do Programa, repassados a fundo perdido, com a
previsão de contrapartida municipal mínima de 20% do valor total do investimento, podem
ser aplicados para implantação de infraestrutura, equipamentos coletivos e serviços
públicos, ações de inclusão social e também reformas e ampliações de unidades
habitacionais.

Programa Vila Dignidade


Este Programa tem por objetivo a construção de vilas habitacionais (até 24
moradias e áreas de convivência social) para o atendimento de idosos com renda mensal
de até 2 salários mínimos. Os recursos são repassados ao município, que se responsabiliza
pela gestão social do programa. A construção é feita pela CDHU, em terreno próprio ou da
Prefeitura.

Programa São Paulo de Cara Nova


O Programa objetiva a execução de obras e serviços de melhoria habitacional e de
infraestrutura, de equipamentos sociais e comunitários e de recuperação de áreas
condominiaisde conjuntos habitacionais ou assentamentos em processo de urbanização
realizados pela CDHU. Os recursos são repassados ao município por meio de convênio,

131
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aplicados a fundo perdido e definidos de acordo com as operações a serem realizadas. Os


recursos também podem ser aplicados em ações de capacitação para treinamento e
organização dos moradores para a realização das intervenções.

Parceria em Programas Federais


Este Programa destina-se exclusivamente a famílias de agricultores e trabalhadores
rurais de baixa renda, pertencentes a entidades habitacionais (associações ou
cooperativas), que tenham operações aprovadas pela Caixa Econômica Federa (CEF), no
âmbito do Programa Federal Minha Casa Minha Vida. O Programa promove a junção de
recursos das três esferas governamentais para serem aplicados na construção de moradias
em áreas rurais.

Programa Parceria com entidades representativas dos trabalhadores


Este Programa tem por objetivo a construção de novas moradias para a população
organizada através de entidades representativas dos trabalhadores (sindicatos). Os recursos
destinam-se a famílias com renda mensal de um a 10 salários mínimos, no entanto,
prioriza-se o atendimento de famílias com renda mensal de até 5 salários mínimos.

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Tabela 8.6. Quadro síntese dos Programas e Linhas de Financiamento do Governo Federal
Programa Abrangência Fonte de Recursos Objetivo Modalidade Limite Renda familiar
Programa de Todos os Municípios Aumentar a economia, combinando Infraestrutura logística
-
Aceleração do OGU/FNHIS/FGTS/FAT geração de empregos, distribuição Infraestrutura energética
Crescimento – PAC de renda e inclusão social. Infraestrutura social e urbana12 Até R$ 1.050,00
Capitais, Regiões
Fundo de
Metropolitanas,
Arrendamento Aquisição de UH Imóvel na planta Até R$ 1.395,00
Municípios acima de
Residencial – FAR
50 mil habitantes
Todos os Municípios Financiamento às empresas da
FGTS e Fundo
construção civil do mercado
Garantidor da Construção de UH Até R$ 4.900,00
imobiliário para a produção de
Habitação
habitação popular
Financiamento de infraestrutura,
interna e/ou externa, para produção
BNDES Linha de Crédito Corporativo -
de empreendimentos habitacionais
Minha Casa, Minha
populares ao amparo do PMCMV
Vida (PMCMV)
Municípios com até 50 Aquisição de terreno e
mil habitantes Financiamento habitacional às construção de UH
OGU famílias organizadas coletivamente, Construção de UH Até R$ 1.395,00
por Entidade Organizadora Aquisição de material de
construção (reforma/ampliação)
Área rural (todos os Concessão de subsídios a Aquisição de material de Renda anual bruta
Orçamento Geral da
municípios) agricultores familiares para construção para produção de de até R$
União – OGU
produção de UH em área rural. UH 10.000,00
Programa Habitacional Fundo de Concessão de financiamentos a a) aquisição de terreno e
Popular Entidades - até R$ 1.395,00
Desenvolvimento Social beneficiários organizados de forma construção;

12
Modalidade focada nos programas Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários e PPI – Intervenções em Favelas
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PHPE - FDS associativa por uma Entidade b) construção em terreno próprio


Organizadora – EO (Associações, ou de terceiros, e
Cooperativas, Sindicatos e outros)
c) aquisição de imóvel novo
produzido no âmbito deste
programa ou para
requalificação.
Urbanização, Estados, Municípios e
Regularização e Distrito Federal Ações/ intervenções de melhoria das
Urbanização de assentamentos
Integração de condições de habitabilidade de Até R$ 1.050,00
precários
Assentamentos assentamentos precários
Precários
Estados, Distrito Construção ou aquisição de
Federal, Municípios e Viabilizar o acesso à habitação unidades habitacionais
Apoio à Provisão entidades privadas sem digna, regular, dotada de serviços Produção ou aquisição de lotes
Habitacional de fins lucrativos Até R$ 1.050,00
públicos em localidades urbanas ou urbanizados
Interesse Social
rurais Requalificação de imóveis
existentes para fins habitacionais
Estados, Municípios e Assistência Técnica Individual
Apoio à Prestação de Distrito Federal OGU/FNHIS Melhorar o padrão mínimo de
Serviços de Assistência salubridade, segurança e Assistência Técnica Coletiva
-
Técnica para Habitação habitabilidade de UH através de Assistência Técnica para
de Interesse Social serviços de assistência técnica mobilização e organização
comunitária
Apoio à elaboração de Poder Público Estadual, Apoiar os municípios na elaboração
Desenvolvimento institucional,
Planos Habitacionais de Municipal e do Distrito de Plano Local de Habitação de -
realização de planos e projetos
Interesse Social – PLHIS Federal Interesse Social
Entidades privadas sem Apoiar entidades privadas sem fins Produção ou aquisição de UH
fins lucrativos (todos os lucrativos, vinculadas ao setor
Apoio à Produção municípios) Requalificação de UH
habitacional, no desenvolvimento de Até R$ 1.125,00
Social da Moradia
ações que resultem no acesso à Produção ou aquisição de lotes
moradia digna, situada em urbanizados
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localidades urbanas ou rurais

Projetos Prioritários de Estados, Municípios e Implantar ações integradas de Urbanização sem


Investimentos - PPI Distrito Federal habitação, saneamento e inclusão construção/aquisição de UH
Até R$ 1.050,00
(Intervenções em social necessárias à regularização Urbanização com
Favelas) urbanística e fundiária construção/aquisição de UH
Construtoras e OGU Aumentar competitividade do setor
Programa Brasileiro da
incorporadoras (todos da construção civil visando soluções
Qualidade e
os municípios) mais baratas e de melhor qualidade
Produtividade do
nos produtos e serviços para
Habitat - PBQP-H 13
produção UH
Pessoa Física (todos os Aquisição de UH nova
municípios) Financiamento a pessoas físicas Aquisição de UH usada
para aquisição, construção,
Construção de UH
conclusão, ampliação, reforma ou
Carta de Crédito Conclusão, Ampliação, Reforma
melhoria de unidade habitacional; Até R$ 3.900,00
Individual ou Melhoria UH
aquisição de cesta de material de
construção; aquisição de lote Aquisição de material de
urbanizado. construção
Aquisição de lote urbanizado
Pessoa Física FGTS Produção de lote urbanizado
organizada sob a Financiamento a pessoas físicas
Construção de UH
forma de grupos organizadas sob a forma de grupos
Carta de Crédito associativos para produção de lote Aquisição de UH nova produzido
associativos (todos os no âmbito do Programa Até R$ 3.900,00
Associativo municípios) urbanizado, construção de unidade
habitacional, aquisição de unidade Reabilitação urbana (aquisição
nova e reabilitação urbana de imóveis + execução de obras
e serviços)
Programa de Pessoa jurídica do Financiamento a pessoas jurídicas
ramo da construção Produção de UH Até R$ 3.900,00
Atendimento do ramo da construção civil para

13
O Programa é pré-requisito para construtoras/ incorporadoras ingressarem no Programa Minha Casa, Minha Vida.
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Habitacional através do civil (todos os produção habitacional ou Reabilitação urbana (aquisição


Poder Público - Pró- municípios) reabilitação urbana de imóveis + execução de obras
Moradia e serviços)
Capitais estaduais, Oferta de unidades habitacionais
Programa de Fundo de Construção de UH nova
Regiões Metropolitanas para a população de baixa renda De R$ 1.800,00 a
Arrendamento e Municípios com mais Arrendamento
por meio de arrendamento com R$ 2.800,00
Residencial – PAR de 100 mil habitantes Residencial (FAR) Reforma de UH em área central
opção de compra
Pessoa Física Aquisição de material de
organizada sob a construção
forma de grupos Financiamento a pessoas físicas
Aquisição de terreno e
associativos (todos os Fundo de organizadas sob a forma de grupos
Programa Crédito construção de UH
municípios) Desenvolvimento Social associativos, residentes em áreas Até R$ 1.050,0014
Solidário Construção UH em terreno
(FDS) urbanas ou rurais, para aquisição
próprio
de UH.
Conclusão, ampliação ou
reforma de UH
Estados, Distrito Urbanização e implantação de
PMI - Projetos Urbanização, regularização e
Federal e Municípios Fundo de Amparo ao infraestrutura urbana básica em Até 3 salários
Multissetoriais integração de assentamentos
Trabalhador (FAT) assentamentos precários, áreas de mínimos
Integrados precários
risco e de sub-habitação.

Fonte: elaboração DEMACAMP, a partir de dados disponíveis no site do Ministério das Cidades (www.cidades.sp.gov.br) e da Caixa Econômica Federal
(www.caixa.gov.br), consulta realizada em abril de 2011.

14
É admitida a participação de famílias com renda bruta mensal superior a 3 e até 5 SM (R$1.750,00), limitadas a: 35% da composição do grupo associativo, no
caso de propostas em municípios de regiões metropolitanas e capitais estaduais; e 20% de composição do grupo, no caso de propostas apresentadas nos demais
municípios ou em áreas rurais.
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Tabela 8.7. Quadro síntese dos Programas do Governo Estadual


Programa Objetivo Modalidade Limite Renda familiar
Construção de unidades habitacionais novas, sob Administração direta
Programa Parceria com Municípios De 1 a 10 salários mínimos
administração direta ou autoconstrução Auto-Construção
Programa Parceria com Municípios Construção de unidades habitacionais novas pela
Construção de UH De 1 a 10 salários mínimos
– Empreitada Global CDHU
Programa Parceria com Construção de UHs novas, com 2 ou 3 dormitórios
Construção de UH com gestão
Associações e Cooperativas – (horizontal ou vertical), em empreendimentos de até De 2 a 10 salários mínimos
compartilhada (CDHU e entidades)
Gestão Compartilhada 160 UHs.
Aquisição de material de
Construção de UHs novas, com 2 ou 3 dormitórios
Programa Parceria com construção
(horizontal ou vertical) por meio de mutirão associativo De 2 a 10 salários mínimos
Associações e Cooperativas Pagamento de serviços a cargo de
e com autogestão
entidade
Construção de UH para atendimento de comunidades
Moradia Indígena Construção de UH15 -
indígenas localizadas em terras da União
Construção de UH para atendimento de comunidades
Moradia Quilombola indígenas localizadas em áreas reconhecidas como Construção de UH -
remanescentes de quilombos.
Construção de UHs novas em lotes rurais e/ou em
Construção de UH para
Moradia Rural conjuntos habitacionais na malha urbana, por De 1 a 10 salários mínimos
trabalhadores rurais
administração direta ou por autoconstrução.
Cartas de crédito a servidores públicos estaduais para
Programa Habitacional de
aquisição de unidades habitacionais, novas ou usadas, Aquisição de UH no mercado De R$1.000,00 e R$4.150,00
Integração – PHAI
no mercado.
Atuação em Cortiços Cartas de crédito para famílias moradoras de cortiços Aquisição de UH no mercado De 1 a 10 salários mínimos

15
FUNASA deve se responsabilizar pela implantação da infraestrutura.
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em áreas pré-identificadas. Aquisição de imóveis encortiçados


para demolição e construção de
UH
Aquisição de imóveis vazios
/ocupados + reforma e/ou
ampliação
Aquisição de lotes
Construção de UH em áreas de
cortiço
Ajuda de custo (auxílio moradia)
Urbanização, recuperação ambiental e obras públicas
Urbanização de Favelas – Urbanização e integração de
de estruturação urbana, executadas pela CDHU em -
intervenção CDHU assentamentos precários
assentamentos precários de interesse social
Repasse de recursos para urbanização, recuperação
Urbanização de Favelas – parceria ambiental e obras públicas de estruturação urbana, Urbanização e integração de
-
com Municípios executadas pelo município em assentamentos precários assentamentos precários
de interesse social
Repasse de recursos a municípios para atendimento de Construção de UH (isoladas ou
famílias de remoção de áreas de risco, favelas e conjuntos habitacionais)
Repasse aos Municípios assentamentos precários, áreas sobre influência de -
intervenções de obras públicas e áreas de proteção Aquisição de UH no mercado
ambiental
Repasse de recursos e construção de UH para Construção de UH – Empreitada
atendimento de famílias de remoção de áreas de risco, Global
Reassentamento – produção CDHU favelas e assentamentos precários, áreas sobre -
influência de intervenções de obras públicas e áreas de Aquisição de UH no mercado
proteção ambiental
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Regularização fundiária de parcelamentos do solo e


Cidade Legal – regularização Regularização Fundiária (Convênio
núcleos habitacionais, públicos ou privados, localizados -
fundiária de Cooperação Técnica)
em área urbana ou de expansão urbana
Melhoria das condições de habitabilidade de bairros
Programa Especial de Melhorias -
degradados ou conjuntos habitacionais de interesse Melhoria Habitacional De 1 a 5 salários mínimos
PEM
social
Construção de vilas habitacionais (até 24 UH e áreas
Programa Vila Dignidade de convivência social) para o atendimento de Construção de UH Até 2 salários mínimos
população idosa
Execução de obras e serviços de melhoria habitacional
(infraestrutura, equipamentos sociais e comunitários,
Programa São Paulo de Cara Nova recuperação de áreas condominiais)em conjuntos Melhoria Habitacional -
habitacionais ou assentamentos em processo de
urbanização realizados pela CDHU
Construção de UH em área rural para agricultores
Renda anual bruta de até R$
Parceria em Programas Federais familiares inscritos no Programa Minha Casa, Minha Construção de UH
10.000,00
Vida (Habitação Rural)
Construção de novas moradias para a população
Programa Parceria com entidades
organizada através de entidades representativas dos Construção de UH De 1 a 10 salários mínimos
representativas dos trabalhadores
trabalhadores (sindicatos)

Fonte: elaboração DEMACAMP, a partir de dados disponíveis no site da Secretaria do Estado da Habitação de São Paulo (www.habitacao.sp.gov.br),
consultarealizada em abril de 2011.
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Parte II.
Necessidades Habitacionais de
Itapetininga

140
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9. A PRECARIEDADE HABITACIONAL EM ITAPETININGA

A Parte I deste Diagnóstico identificou alguns problemas habitacionais decorrentes


de desequilíbrios da evolução urbana de Itapetininga ao longo do tempo e outros
decorrentes dos mecanismos de intervenção e gestão dos empreendimentos públicos
voltados a atender adquirentes de baixa renda. Cabe agora, em síntese, destacar as
questões centrais desses problemas que fundamentam a análise das precariedades, sua
quantificação e a formulação das propostas para superá-las.
A expansão territorial sem ordenamento da periferia urbana criou um tecido urbano
disperso e fragmentado. A localização de indústrias fora da cidade e de macro-
equipamentos cujos acessos se dão por rodovias e estradas vicinais, induziu
simultaneamente essa dispersão. Resultam desse padrão de ocupação diversos loteamentos
isolados irregulares entremeados de vazios urbanos especulativos. A baixa densidade
populacional bruta dessa ocupação periférica encarece os custos dos sistemas de infra-
estrutura que dão pretexto para a não execução a contento das redes e serviços locais de
cada bairro pelo respectivo loteador.
A intervenção mais sistemática do poder público, em especial da Prefeitura, tardou
a acontecer e é ainda incipiente. Observa-se neste Diagnóstico que as ações
empreendedoras da Prefeitura começam em 1990 e são “corretivas” e parciais em
loteamentos contíguos à mancha urbana central (provavelmente por facilidades de infra-
estrutura) e, simultaneamente, os primeiros conjuntos habitacionais (inclusive da CDHU) são
empreendidos em glebas distantes da mancha urbana. Observa-se ainda que, na mesma
época surgem favelas e ocupações de faixas ou áreas ociosas de particulares cujos
moradores passam a demandar ações “corretivas” e parciais do poder público. (ver Tabela
6.3. 1º período)
A falta de políticas urbanas e de ações “preventivas” para disciplinar os novos
empreendimentos e as dimensões amplas do tecido urbano da periferia criam uma relação
causa-efeito onde a cada tentativa de regularização pontual correspondem novas
ocupações, ainda que de pequeno porte. Nem mesmo a ação mais incisiva do poder
público no período seguinte (1995-2002) consegue reduzir significativamente a

141
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disseminação da precariedade habitacional a várias partes da área urbanizada de


Itapetininga.

9.1. Tipos e características dos assentamentos

precários

Ao classificar os assentamentos precários do município quanto à origem, o


Diagnóstico Habitacional de Itapetininga, produzido em 2009, identifica duas
configurações: favelas, que são as ocupações por não proprietários sem plano de
ocupação pré-fixado, e loteamentos irregulares, que se caracterizam por projetos
implantados por agente promotor e/ou incorporador em desacordo com a legislação, com
ou sem aprovação prévia.

A partir das vistorias realizadas e do levantamento de informações disponíveis e


tendo em vista as especificidades locais das áreas objeto de intervenção, optou-se pela
revisão da caracterização dos assentamentos precários, definindo-se as seguintes
configurações:

 Favelas – ocupação por não proprietários de áreas públicas patrimoniais ou de uso


comum do povo sem projeto prévio, que podem ou não ser consolidadas integral
ou parcialmente com base nos dispositivos do Estatuto da Cidade.
 Ocupações - ocupação por não proprietários de áreas privadas que podem ou não
ser total ou parcialmente consolidadas.
 Loteamentos irregulares - áreas particulares arruadas, parceladas e comercializadas
por agente empreendedor, clandestinamente ou sem aprovação municipal ou sem
o devido registro do loteamento.
 Re-parcelamento – ocupações irregulares que contaram com a interveniência da
PMI para regular partedo parcelamento, sendo originalmente áreas públicas de uso
comum (sistemas de lazer) desafetadas e doadas, ou áreas privadas que constituíam
partes ou o todo de loteamentos pré-existentes.

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 Empreendimento habitacional público degradado – empreendimentos públicos que


apresentam unidades ocupadas irregularmente.

Na Tabela 9.1 abaixo estão relacionadas as 20 áreas que deverão ser objeto de
intervenção do PLHIS, com a identificação de sua origem.

Tabela 9.1. Assentamentos precários de Itapetininga objeto do PLHIS


Nome Configuração Origem
Diagnóstico Adotada pelo
Habitacional PLHIS
1. Jd. Bela Vista favela favela Ocupação de área de lazer e
de APP
2. V. Belo Horizonte cortiço favela ocupação de área do DER
3. V. Belo Horizonte — favela Ocupação de APP e faixa de
estrada de domínio do DER
4. Vila Nastri I A favela favela Ocupação de área de lazer
5. Vila Nastri I B favela favela Ocupação faixa de linha de
transmissão de energia
6. Vila Nastri I C favela favela Ocupação de área de lazer e de
APP
7. Vila Nastri II A/B favela favela Ocupação de APP
8. Vila Francisca I favela favela Ocupação de APP
9. Vila FranciscaII favela ocupação Ocupação de parte de quadra
de loteamento
10. Central Pq 4L favela favela Ocupação de área de lazer e de
APP
11. V. Paulo Ayres loteamento favela Ocupação de área de lazer e de
irregular faixa de estrada de domínio do
DER
12. V. Carolina favela Ocupação de APP
13. Vila Sotemo favela ocupação Ocupação de área para
alargamento de estrada
14. Vila Mazzei loteamento ocupação Ocupação de lotes da quadra 3
irregular do loteamento
15. V. Palmeira (PitoAceso) favela ocupação Ocupação de faixa para
alargamento de rua
16. V. Piedade A/B loteamento re- Ocupação de área lazer
irregular parcelamento
17. Jd. Maricota A/B EHPúblico re- Ocupação de área lazer
parcelamento
18. Vila Sônia EHPúblico EHPúblico Ocupação de apartamentos
19. Vila Sudeste EHPúblico EHPúblico Loteamento privado
desapropriado pela PMI
20. Rechã (Vicente Langoni) loteamento loteamento Loteamento privado
irregular irregular
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

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Dessas vinte áreas oito constam como objeto de análise no âmbito do Programa
Cidade Legal: Vila Piedade A/B, Jardim Maricota A/B, Vila Sudeste, Central Parque Quatro
L, Vila Mazzei, Vila Sotemo, Rechã e Vila Paulo Ayres, sendo que apenas das duas primeiras
foram localizados relatórios, ainda que preliminares.
Na maioria dos assentamentos enquadrados como favela ocorreu a ocupação de
sistemas de lazer de loteamentos existentes e de áreas de preservação permanente – APP.
Duas dessas favelas se localizam em áreas non aedificandi (faixa de estrada de domínio do
DER e faixa de segurança de linha de transmissão de energia), e em apenas uma delas –
favela da Vila Belo Horizonte – se dá ocupação de área pública patrimonial, no caso uma
área pertencente ao Departamento de Estradas de Rodagem – DER.
Dos quatro assentamentos enquadrados como ocupação cabe destacar que dois
deles – Pito Aceso/Vila Palmeira e Vila Sotemo – situam-se em áreas sobre as quais incide
diretriz de alargamento de rua, mas que ainda é particular. A Vila Francisca II é
caracterizada como ocupação, que constitui parte de quadra de loteamento regular cuja
planta não foi localizada.
O grupo cuja tipologia é identificada como re-parcelamento é constituído por dois
assentamentos – V. Piedade e Jd. Maricota – que têm sua origem na ocupação de sistemas
de lazer de loteamentos devidamente aprovados, cujas áreas foram desafetadas e doadas
para Associações de moradores com a finalidade de regularizar a ocupação, conforme já
mencionado no Capítulo 6.
Os dois assentamentos enquadrados na tipologia Empreendimentos Habitacionais
Públicos apresentam problemas de regularização, sendo que o Vila Sudeste, cuja área foi
desapropriada pela Prefeitura, é objeto de análise do Programa Cidade Legal para
regularização fundiária. Quanto à irregularidade do conjunto habitacional Vila Sonia,
empreendimento promovido pela CDHU, está limitada à ocupação de 32 apartamentos.
Apenas o assentamento do Distrito de Rechã foi enquadrado na tipologia
loteamento irregular, pois é único em área privada cuja origem está associada a
empreendedor privado que promoveu o parcelamento sem projeto prévio aprovado.
Abaixo apresentamos mapa com a localização desses vinte assentamentos.

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Figura 9.1. Mapa de localização dos assentamentos precários de Itapetininga


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9.2. Classificação dos assentamentos precários

As condições dos assentamentos precários identificados foram analisadas com o


objetivo de enquadrá-los a partir de dois critérios de classificação:
a) quanto ao estágio e perspectiva de consolidação
b) quanto ao tipo de intervenção que irão demandar

Estas duas operações têm uma relação direta com o equacionamento dos déficits
qualitativos (inadequação) e quantitativos (déficit habitacional), como será visto no capítulo
seguinte, além de oferecer bases para a estimativa de custos das intervenções futuras.

9.2.1. Classificação quanto ao estágio ou


perspectiva de consolidação

A classificação quanto à perspectiva de consolidação adota como referência as


definições propostas por DENALDI (2008), que classifica os assentamentos precários em
três categorias: consolidados, consolidáveis e não consolidáveis.
¨Consolidados são assentamentos que já estão integrados urbanisticamente e
dotados de infra-estrutura básica. Não são necessárias intervenções físicas que alterem sua
morfologia (reparcelamento de lotes, redefinição de sistema viário), assim como a execução
de obras de infra-estrutura básica. Os assentamentos podem, porém, não estar
regularizados e sua população pode apresentar demandas específicas por programas de
pós-ocupação, sociais e equipamentos e serviços públicos.
Consolidáveis são os núcleos que apresentam condições favoráveis de recuperação
urbanística e ambiental e de reordenamento urbano (abertura ou readequação de sistema
viário, implantação de infra-estrutura básica, regularização urbanística do parcelamento do
solo), com ou sem necessidade de remoção (reassentamento) de parte das famílias
moradoras. A remoção pode ser necessária para eliminar situações de risco, promover o
desadensamento, para executar intervenções urbanas ou, ainda, em função de restrições
legais à ocupação.

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Não consolidáveis são os assentamentos que não apresentam condições de


recuperação urbanística e ambiental e de reordenamento urbano. Trata-se de áreas
comprometidas por situações de risco e insalubridade não solucionáveis como, por
exemplo, as que se localizam sobre aterro sanitário, oleoduto, viário estrutural da cidade,
áreas de risco, de preservação ambiental e non aedificandi. Os núcleos não consolidáveis
são objeto de intervenção do tipo “remoção” e reassentamento em novas áreas.”
Além das três categorias acima, é necessário ressaltar que em Itapetininga se
apresentam situações de assentamentos que abrigam setores consolidáveis ao lado de
outros que não o são, levando à necessidade de adoção da classificação intermediária de
parcialmente consolidáveis.
Para enquadramento de um assentamento ou de setores do mesmo quanto à
consolidação são levados em conta fatores como a morfologia do sítio, os diferentes tipos
de risco, densidades elevadas, precariedade das construções, que produzem situações de
risco e insalubridade, bem como a localização em áreas ambientalmente inadequadas
como APPs e áreas verdes, ou ainda a localização em áreas non aedificandi.

Assentamento não consolidáveis


Em Itapetininga são 6 (seis) os assentamentos nesta categoria, totalizando 289
domicílios que deverão ser removidos. Os fatores que determinaram esta classificação
foram a localização em APP e em faixa de linha de linha de transmissão de energia, que
compreendem diferentes situações de risco, além da ocupação de faixa de diretriz viária
(Pito Aceso). Abaixo são apresentados os assentamentos não consolidáveis com a
identificação do número de domicílios a serem removidos.

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Tabela 9.2. Assentamentos não-consolidáveis de Itapetininga


Nome Origem N° de domicílios
V. Belo Horizonte (DER) Ocupação de área do DER 08
Pito Aceso/V.Palmeira Ocupação de diretriz viária 250
V. Nastri I B Ocupação de faixa de linha 02
de transmissão
V. Francisca I Ocupação de APP 10
V. Francisca II ocupação de quadra 11
V. Carolina ocupação de APP 08
TOTAL 289
Fonte: Elaboração DEMACAMP, 2011.

É necessário registrar que a demarcação das faixas das áreas de preservação


permanente – APPs – foi feita considerando-se as dimensões estabelecidas pelo Código
Florestal, Lei federal 4771/65, que nas áreas analisadas é de 30 metros. Sobre os
assentamentos Vila Francisca II e Pito Aceso/Vila Palmeira, cabe a observação de que o
primeiro poderia ser considerado consolidável e o segundo parcialmente consolidável, mas
a opção da Prefeitura é pela remoção total das unidades.

Assentamentos consolidáveis
Os assentamentos classificados como consolidáveis apresentam diferentes
necessidades de intervenção, com situações que envolvem, inclusive, o remanejamento de
unidades. No quadro abaixo estão relacionados os 3 (três) assentamentos com as
respectivas necessidades de remanejamento.

Tabela 9.3. Assentamentos consolidáveis de Itapetininga


Nome N° de domicílios N° de remanejamentos
Piedade A e B 36
V. Nastri I C 15 15
V. Sotemo 131 11
TOTAL 146 26
Fonte: Elaboração DEMACAMP, 2011.

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Chama a atenção nesse grupo o expressivo número de domicílios que deverão ser
remanejados, que compreendem 17,8% do total.

Assentamentos parcialmente consolidáveis


Foram classificados como parcialmente consolidáveis os assentamentos que
apresentam índices de remoção superiores a 10% do total de domicílios. O grupo envolve
assentamentos com um total de 344 domicílios, computando-se a necessidade de 85
remoções, o que representa quase 25% do total.

Tabela 9.4. Assentamentos parcialmente consolidáveis de Itapetininga

Nome N° de domicílios N° de remoções


Vila Nastri II A/B 40 16
Jardim Bela Vista 80 22
Jd. Maricota A e B 46 06
Central Pque. Quatro L 88 10
V. Belo Horizonte 40 16
V. Mazzei 50 15
TOTAL 344 85

Fonte: Elaboração DEMACAMP, 2011.

Nesse grupo é necessário observar que podem se apresentar eventuais


discrepâncias quanto à denominação e delimitação dos assentamentos, pois três deles – V.
Mazzei, Jd. Maricota e Central Parque Quatro L – são objeto do Programa Cidade Legal,
cujo foco está voltado na agilização de processos de regularização fundiária, e encontram-
se em fase de checagem de informações de campo com informações contidas em plantas e
documentos disponíveis.

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Assentamentos consolidados

Os 5 (cinco) assentamentos considerados consolidados abrigam 473 domicílios que


demandam basicamente regularização fundiária e/ou registrária.

Tabela 9.5. Assentamentos consolidados de Itapetininga


Nome origem N° de domicílios
V. Paulo Ayres ocupação de área de uso comum 22
V. Nastri I A ocupação de área de lazer 30
V. Sonia ocupação de unidades 32
V. Sudeste loteamento assumido pela PMI 229
Rechã loteamento clandestino 160
TOTAL 473
Fonte: Elaboração DEMACAMP, 2011.

Três desses quatro assentamentos – Vila Paulo Ayres, Vila Sudeste e Rechã – estão
sob análise do Programa Cidade Legal. Quanto ao assentamento Vila Nastri I A, há
divergências sobre sua delimitação, que se confunde com a do Central Parque 4L, que está
em fase de levantamento de dados pelo Programa Cidade Legal. Assim, sua delimitação e
o número de unidades estão sujeitos a confirmação, bem como a identificação de possíveis
remoções.

9.2.2. Classificação quanto ao tipo de

intervenção

A identificação dos diferentes tipos de intervenção nos assentamentos precários tem


por base a classificação adotada pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das
Cidades, utilizada no Plano Nacional de Habitação: urbanização simples, urbanização
complexa, remanejamento (ou re-locação) e re-assentamento (ou re-alocação). Esses
conceitos, explicitados a seguir, são de grande relevância para a avaliação dos custos
básicos das intervenções necessárias.

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Urbanização – viabiliza a consolidação do assentamento com a manutenção total


ou parcial da população local. Compreende a abertura, readequação ou consolidação do
sistema viário, a implantação de infra-estrutura completa, o re-parcelamento do solo
quando necessário, a regularização fundiária e, se necessário, a execução de obras de
consolidação geotécnica, construção de equipamentos sociais e promoção de melhorias
habitacionais.
Urbanização simples – compreende a intervenção em assentamentos que possuem
baixa ou média densidade, traçado regular, não apresentam necessidade de realização de
obras complexas de infra-estrutura urbana, consolidação geotécnica e drenagem, e
apresentam baixo índice de remoções (até 5%).
Urbanização complexa – compreende a intervenção em assentamentos com alto
grau de densidade, com alto índice de remoções, que não apresentam traçado regular
e/ou com necessidade de realização de complexas obras geotécnicas ou de drenagem
urbana tais como canalização de córregos, contenção de encostas, criação de solo, etc.
Remanejamento (relocação) – trata-se de casos de reconstrução de unidades no
mesmo perímetro do assentamento que está sendo urbanizado. A população é mantida no
local após a substituição das moradias e tecido urbano. A intervenção, nesse caso, também
pode envolver a abertura de sistema viário, implantação de infra-estrutura completa,
parcelamento do solo, construção de equipamentos e regularização fundiária.
Re-assentamento (re-alocação) – compreende a remoção para outro terreno fora
do perímetro da área de intervenção. Trata-se da produção de novas moradias destinadas
aos moradores removidos de assentamentos não consolidáveis ou consolidáveis.
A utilização desses conceitos na classificação dos assentamentos precários não foi
rigorosa, mas procurou tomar o cuidado de não comprometer sua finalidade principal, que
é a produção de um referencial para a projeção dos custos básicos das intervenções
necessárias para o enfrentamento dos problemas identificados.
Feitas essa observações,a Tabela 9.2. seguinteapresenta a classificação dos
assentamentos precários de Itapetininga quanto ao tipo de intervenção.

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Tabela 9.6. Quantificação das intervenções em Itapetininga

Tipo de intervenção Áreas N° de domicílios


Urbanização simples Piedade A/ B 36
Vila Nastri II A/B 24
Vila Belo Horizonte 24
Jardim Maricota A/B 40
Vila Sotemo 120
Vila Mazzei 35
Jardim Bela Vista 58
Total 337
Urbanização complexa Central Parque Quatro L 78
Total 78
Remanejamento Vila Nastri I C 15
Vila Sotemo 11
Total 26
Reassentamento Vila Paulo Ayres 22
Jardim Maricota A/B 06
Vila Francisca I 10
Vila Francisca II 11
Vila Nastri I B 02
Central Parque Quatro L 10
Vila Nastri II A/B 16
Vila Carolina 08
Jardim Bela Vista 22
Vila Belo Horizonte 16
Vila Belo Horizonte (DER) 08
Pito Aceso/V. Palmeira 250
Vila Mazzei 15
Total 396
Regularização fundiária Vila Nastri I A 30
Vila Paulo Ayres 22
Vila Sonia 32
Rechã 160
Vila Sudeste 229
Total 473
TOTAL GERAL 1.310 domicílios
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

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A partir dos números obtidos com essa classificação verifica-se que os


assentamentos precários de Itapetininga não demandam, na sua grande maioria,
complexas obras de infra-estrutura, enquadrando-se na demanda por urbanização simples.
Apenas um assentamento– Central Parque Quatro L – é classificado como de urbanização
complexa. Entretanto, é importante destacar que o número de remoções estimado é
bastante significativo (396 domicílios de um total de 1.310), correspondendo a 30% do
total.
Na tabela a seguir encontram-se sistematizadas todas as informações constantes
deste capítulo.

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10. NECESSIDADES HABITACIONAIS

10.1. Conceito de Necessidades Habitacionais

O conceito de necessidades habitacionais no Brasil vem sendo elaborado com maior


sistematicidade e aprofundamento desde o começo da década de 1990, sob coordenação
do Governo Federal e desenvolvimento pela Fundação João Pinheiro. Atualmente, nos
estudos estatísticos em nível federal, o conceito das necessidades habitacionais engloba três
aspectos metodológicos, quais sejam, o déficit habitacional, a inadequação de moradias e
a demanda futura por moradia. Esses três aspectos das necessidades habitacionais podem
ser assim caracterizados:

A metodologia de cálculo das necessidades habitacionais, desenvolvida e


aprimorada pela Fundação João Pinheiro, englobando o déficit habitacional, que
demanda incremento e reposição do estoque de moradias, e o conjunto de
domicílios em situações inadequadas, que demanda ações de melhorias do ponto de
vista urbanístico e da regularização fundiária sem precisar produzir unidades novas,
significa uma mudança da base conceitual sobre como enfrentar o problema da
habitação de interesse social. (...) Complementando a análise, tem-se ainda a
demanda demográfica, que dimensiona as moradias a serem acrescentadas ao
estoque habitacional a fim de acomodar o crescimento populacional projetado em
determinado período. Essa estimativa das necessidades de incremento do estoque de
moradias, não considera o déficit habitacional acumulado nem a inadequação de
parcela do estoque existente. (CARDOSO, ARAÚJO e GHILARDI, 2009: 87; grifo
nosso).

O déficit habitacional engloba tanto os domicílios que devem ser repostos, ou seja,
aqueles sem condições de habitabilidade pela precariedade da construção ou pelo
desgaste da estrutura física, quanto os domicílios que precisam ser incrementados ao
estoque, ou seja, aqueles com coabitação familiar ou locais de moradia destinados para
fins não residenciais.

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O déficit por reposição de estoque é composto pelas seguintes variáveis (FJP, 2004:
07):

Domicílios rústicos: “não apresentam paredes de alvenaria ou madeira aparelhada,


o que resulta em desconforto para seus moradores e risco de contaminação por doenças e
devem, portanto, ser repostos”.

Depreciação dos domicílios: “está relacionada ao pressuposto de que há um limite


para a vida útil de um imóvel. Para o cálculo desse componente do déficit tomou-se
inicialmente 50 anos de construção como o limite para a necessidade de reposição do
estoque. Em seguida, aplicou-se um percentual sobre o montante de imóveis residenciais
construídos até 1950, devido às suposições de que parcela desconhecida desse estoque
possa ter sido alvo de manutenção e reformas, mantendo assim suas condições de uso, e
que outra parcela tenha assumido usos não-residenciais ou sido substituídas por novas
edificações”.

O déficit por incremento do estoque é composto pelas seguintes variáveis (FJP,


2004: 07 e 08):

Domicílios improvisados: “engloba todos os locais destinados a fins não-


residenciais que sirvam de moradia, o que indica claramente a carência de novas unidades
domiciliares”.

Coabitação familiar16: “compreende a soma das famílias conviventes secundárias


que vivem junto a outra família em um mesmo domicílio e das que vivem em cômodos
cedidos ou alugados. As famílias conviventes secundárias são constituídas por, no mínimo,
duas pessoas ligadas por laço de parentesco, dependência doméstica ou normas de
convivência e que residem em um mesmo domicílio com outra família, denominada
principal. O responsável pela família principal é também o responsável pelo domicílio. As
famílias residentes em cômodos – cedidos ou alugados – foram incluídas no déficit
habitacional porque esse tipo de moradia mascara situação real de coabitação em
domicílios formalmente distintos”.

16
Mudanças recentes na metodologia de cálculo do déficit tem incorporado questões sobre os motivos da
convivência familiar para caracterizá-la ou não como demanda para uma nova unidade habitacional. (cf. )

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Ônus excessivo com aluguel: “corresponde ao número de famílias urbanas, com


renda familiar de até três salários mínimos, que moram em casa ou apartamento
(domicílios urbanos duráveis) e que despendem mais de 30% de sua renda com aluguel”.

A inadequação de domicílios refere-se àqueles domicílios que não têm condição de


habitabilidade para seus ocupantes, o que não implica na necessidade de construção de
novas moradias. Devido às especificidades da metodologia de cálculo, somente é possível
a estimativa da inadequação de moradias para a área urbana. Diferentemente dos
componentes do déficit habitacional, não é possível somar os componentes da
inadequação, pois não são mutuamente exclusivos.

Os componentes da inadequação de moradias são os seguintes (FJP, 2004: 08):

Domicílios com carência de infra-estrutura: “todos aqueles que não dispunham de


ao menos um dos seguintes serviços básicos: iluminação elétrica, rede geral de
abastecimento de água com canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou
fossa séptica e coleta de lixo”.

Adensamento excessivo: “ocorre quando o domicílio apresenta um número médio


de moradores superior a três por dormitório. O número de dormitórios corresponde ao total
de cômodos que, em caráter permanente, serviam de dormitório para os moradores do
domicílio. Incluem-se aí os que assim são utilizados em função de inexistir acomodação
adequada a essa finalidade. Para o cálculo do indicador foram considerados somente os
membros da família principal, uma vez que as famílias secundárias foram incorporadas ao
déficit habitacional”.

Inadequação fundiária: “refere-se aos casos em que pelo menos um dos moradores
do domicílio tem a propriedade da moradia, mas não possui total ou parcialmente, o
terreno ou a fração ideal de terreno (no caso de apartamento) em que aquela se localiza”.

Inexistência de unidade sanitária domiciliar exclusiva: “define o domicílio que não


dispunha de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio”.

Para o cálculo do déficit habitacional nos municípios, a única fonte de dados


estatísticos disponível são os Censos Demográficos, aplicados a cada dez anos. O último

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Censo com dados processados e disponíveis para elaboração dos dados do déficit
habitacional é o Censo Demográfico 2000.

Para o cálculo do déficit habitacional e da inadequação para o nível municipal,


houve algumas limitações estatísticas para utilização dos dados disponíveis no Censo 2000.
Assim, para o nível municipal, a Fundação João Pinheiro calcula o que denominou como
déficit habitacional básico, dado que alguns componentes do déficit e da inadequação não
foram passíveis de cálculo. O quadro abaixo resume os componentes do déficit e da
inadequação que estão disponíveis para o Brasil, Unidades da Federação, Municípios e
Microrregiões:

Quadro 10.1. Comparação entre a metodologia de cálculo do déficit e da inadequação


dos domicílios para as unidades da federação e municípios
Brasil e Unidades da Federação Municípios e Microrregiões
Déficit Habitacional
• Componentes: • Componentes:
֜ Reposição do estoque ֜ Reposição do estoque
− Domicílios rústicos − Domicílios rústicos (estimativa)
− Depreciação
֜ Incremento do estoque ֜ Incremento do estoque
− Domicílios improvisados − Domicílios improvisados
− Coabitação familiar − Coabitação familiar
− Famílias conviventes secundárias − Famílias conviventes secundárias
− Cômodos alugados e cedidos − Cômodos próprios, alugados e cedidos
(coabitação disfarçada) (coabitação disfarçada)
− Ônus excessivo com aluguel
• Apenas o componente Depreciação não pode • Somente o componente Incremento do estoque
ser calculado por faixas de renda pode ser calculado por faixas de renda
• Cálculo para áreas: • Cálculo para áreas:
− urbana − urbana
− rural − aglomerado rural de extensão urbana
− restante da área rural
Inadequação dos Domicílios
• Componentes: • Componentes:
− Densidade excessiva de moradores por − Densidade excessiva de moradores por
dormitório dormitório
− Carência de serviços de infra-estrutura − Carência de serviços de infra-estrutura
(energia elétrica, abastecimento de água, (energia elétrica, abastecimento de água,
esgotamento sanitário, coleta de lixo) esgotamento sanitário, coleta de lixo)
− Inadequação fundiária urbana − Inadequação fundiária urbana
− Inadequação em função da depreciação − Inexistência de unidade sanitária domiciliar
− Inexistência de unidade sanitária domiciliar exclusiva
exclusiva (antiga unidade sanitária domiciliar interna)

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(antiga unidade sanitária domiciliar interna)


• Apenas o componente Inadequação em • Todos os componentes calculados por faixas
função da depreciação não pôde ser calculado de renda
por faixas de renda
• Cálculo para área: • Cálculo para área:
− urbana − urbana
− aglomerado rural de extensão urbana
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI).

10.2. O Déficit Habitacional (quantitativo e

qualitativo) em Itapetininga

Os números do déficit habitacional (quantitativo) 2000 para Itapetininga


apresentam os seguintes dados:

Tabela 10.1. Déficit Habitacional Básico 2000 (Quantitativo) – Itapetininga, SP


Componentes do Déficit Habitacional Total % dos domicílios
Domicílios Improvisados 96 0,29%
Famílias Conviventes 1.861 5,58%
Cômodos 159 0,48%
Domicílios Rústicos 193 0,58%
TOTAL 2.309 6,92%
Fontes: Fundação João Pinheiro (FJP), Déficit Habitacional no Brasil 2000.

Tais dados referem-se ao ano 2000; atualizando-os para o ano de 2010 – a partir
dos primeiros dados divulgados pelo Censo 2010, considerando o mesmo percentual de
domicílios em déficit no ano 2000 – temos um total de 2.931 domicílios considerados
déficit habitacional em Itapetininga, conforme tabela abaixo.

Tabela 10.2. Atualização do Déficit Habitacional - 2010 (Quantitativo) – Itapetininga, SP


Domicílios Particulares Ocupados – 2010 (a) 42.350
% dos domicílios em déficit -2000 (b) 6,92%
Déficit Habitacional atualizado - 2010 (a * b) 2.931

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Fonte: Elaboração DEMACAMP a partir de Censo Demográfico 2010 – IBGE e Fundação João Pinheiro
(FJP), Déficit Habitacional no Brasil 2000

A inadequação habitacional (déficit qualitativo) de Itapetininga apresenta os


seguintes dados abaixo:

Tabela 10.3. Inadequação Habitacional 2000 (Qualitativo) – Itapetininga, SP


Componentes da Inadequação Habitacional Total % dos domicílios
Inadequação Fundiária 833 2,74%
Adensamento Excessivo 3.032 9,99%
Domicílios sem Banheiro 567 1,87%
Carência de Infra-Estrutura 1.753 5,77%
Fontes: Fundação João Pinheiro (FJP), Déficit Habitacional no Brasil 2000.

Tais dados referem-se ao ano 2000; atualizando-os para o ano de 2010 – a partir
dos primeiros dados divulgados pelo Censo 2010, considerando o mesmo percentual de
domicílios em déficit no ano 2000 – temos a tabela abaixo:

Tabela 10.4. Atualização da Inadequação Habitacional – Itapetininga, SP


Componentes Total 2010 % dos domicílios
Domicílios Particulares Ocupados – 2010 42.350 100%
Inadequação Fundiária (atualizado 2010) 1.162 2,74%
Adensamento Excessivo (atualizado 2010) 4.230 9,99%
Domicílios sem Banheiro (atualizado 2010) 791 1,87%
Carência de Infra-Estrutura (atualizado 2010) 2.446 5,77%
Fonte: Elaboração DEMACAMP a partir de Censo Demográfico 2010 – IBGE e Fundação João Pinheiro
(FJP), Déficit Habitacional no Brasil 2000.

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10.3. Demanda Demográfica Futura por Moradias

Os dados da demanda futura por moradias apresentam a projeção do total de


domicílios que irão se formar no município em determinado período. Esse montante
apresenta o desafio de atendimento adequado com produtos habitacionais de modo a que
não se tornem novas necessidades habitacionais (déficit ou inadequação). O estudo
Demanda Futura por Moradias, elaborado pelo CEDEPLAR-UFMG e sob contratação da
Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, com o objetivo de subsidiar a
elaboração do Plano Nacional de Habitação – PlanHab, traz dados sobre a projeção no
número de domicílios para a escala municipal até o ano de 2023.

As projeções do CEDEPLAR-UFMG concebem a demanda futura por moradia como


a quantidade de unidades residenciais que deverão atender todas as famílias que formarão
um novo domicílio. Trata-se de um estudo de caráter demográfico, baseando-se, portanto,
em tendências de projeção populacional e de modelos demográficos. Como coloca o
próprio estudo, “a demanda demográfica acompanha normas sociais de organização
familiar, casamentos, idade de saída da casa dos pais e o próprio crescimento da
população. A demanda, então, é demográfica porque o pressuposto da necessidade é
baseado em evento demográfico e o montante é estimado por meio de projeção
populacional e modelo demográfico” (OLIVEIRA, GIVISIEZ e RIOS-NETO, 2009: 15).

Portanto, deve-se frisar que se trata de um estudo com caráter demográfico, que
não projeta mudanças de caráter econômico, como o impacto de grandes projetos,
mudanças na economia regional, que podem transformar o fluxo migratório do município e
alterar a dinâmica demográfica local. Também deve-se destacar que o estudo do
CEDEPLAR-UFMG trata especificamente da projeção dos domicílios e não da população,
como comumente se verifica nos estudos sobre projeção demográfica. Particularmente para
a área habitacional, esse estudo abre uma perspectiva de abordagem para além dos
indivíduos (projeção populacional), tratando da projeção da formação e dissolução de
domicílios, considerando, por exemplo, categorias de tamanho de domicílio, que deverão
ser atendidos com soluções habitacionais. De acordo com os objetivos de identificação das
principais necessidades habitacionais do município, para o planejamento da demanda por

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terra urbanizada e custos de atendimento habitacional, consideramos que esses dados, com
as devidas ressalvas, poderão ser adotados pelo PLHIS.

Para Itapetininga, a projeção do CEDEPLAR-UFMG sobre o total de domicílios entre


os anos de 2010 e 2023 traz os seguintes valores:

Tabela 10.6. Projeção do total de domicílios, Itapetininga (2010-2023)

Ano Total de Domicílios


2010 47.199
2011 48.501
2012 49.709
2013 50.853
2014 51.963
2015 53.072
2016 54.212
2017 55.410
2018 56.688
2019 58.061
2020 59.515
2021 61.027
2022 62.574
2023 64.132

Fonte: elaboração DEMACAMP a partir de OLIVEIRA, GIVISIEZ e RIOS-NETO (2009).

Para os objetivos do Plano Local de Habitação, interessa abordar o fluxo de


formação de novos domicílios, que traz a quantidade de domicílios que irão se formar por
ano e que deverão ser atendidos adequadamente para que não se tornem uma
necessidade habitacional. No período de projeção do Plano de Habitação (2011-2023), a
demanda por moradia totalizada é de 16.933 domicílios, sendo 5.518 na faixa de 0 a 3
salários mínimos e 3.382 na faixa de 3 a 5 salários mínimos17.

17
Consideramos a distribuição por faixas de renda de acordo com o Censo 2000, dado que é a última fonte de
informação censitária disponível para o nível municipal.

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A tabela abaixo apresenta o fluxo de formação de novos domicílios entre os anos


de 2011 e 2023 em Itapetininga:

Tabela 10.7. Projeção de novos domicílios, Itapetininga (2011-2023)

Faixas de Renda Distribuição % Total


0 a 3 s.m. 32,59% 5.518
3 a 5 s.m. 19,97% 3.382
Subtotal 0 a 5 s.m. 52,56% 8.900
5 a 10 s.m. 25,61% 4.336
Mais de 10 s.m. 21,83% 3.697
TOTAL 100% 16.933

Fonte: elaboração DEMACAMP a partir de OLIVEIRA, GIVISIEZ e RIOS-NETO (2009) e Censo


Demográfico 2000 - IBGE.

11. ATENDIMENTO E CUSTOS

A conclusão deste Diagnóstico informa os custos previstos para assegurar o


atendimento do déficit habitacional atual e projetado até 2023 conforme calculado no
Capítulo anterior. A base numérica do déficit quantitativo consta das Tabelas 10.6 e 10.7 e
o cálculo de custos incluirá o déficit qualitativo, ou seja, as necessidades de intervenções
para regularização, urbanização e melhorias habitacionais dos assentamentos identificados
na Tabela 9.1.
O repertório de custos e parâmetros urbanos para o cálculo do déficit baseou-se
nos modelos praticados no município. Quando necessário, recorreu-se à analogia com
outros municípios de porte similar a Itapetininga no interior do Estado de São Paulo, aos
custos praticados pelo Programa Minha Casa Minha Vida e a outros indicadores gerais do
Ministério das cidades. Todo o cálculo é feito a custos nominais de 2010, deixando-se para

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as Propostas do PLHIS a depuração, detalhamento e retificação dos valores, associando-os


aos programas de ação em HIS e a distribuição desses custos ao longo do tempo.

11.1. Atendimento da demanda por novas moradias

A inadequação habitacional em Itapetininga é de 8.629 domicílios em 2010,


conforme soma da Tabela 10.4. As remoções por inadequação de localização nas 20
áreas de intervenção somam 422 domicílios (396 reassentamentos e 26 remanejamentos)
conforme consta da Tabela 9.2, e, portanto, esse número será adotado como déficit
habitacional dentro dos assentamentos. A demanda por habitação futura (2011 a 2023),
na faixa de 0 a 3 salários mínimos é de 5.518 domicílios conforme Tabela 10.7. O
resultado da adição da demanda futura com o déficit dentro dos assentamentos
corresponde a 5.940 unidades, que é o número total de novas habitações que precisam ser
produzidas ao longo do tempo para resolver o déficit dessa faixa de renda mais baixa.
Os números do déficit quantitativo (produção de novas unidades) no horizonte de
tempo até 2015 estão próximos da expectativa de promoção do setor público e do
mercado (cerca de dez mil novas unidades); há disparidades entre a oferta e demanda por
faixa de renda – excesso de oferta nas faixas mais altas e insuficiência nas faixas mais
baixas.

11.1.1. Indicação de áreas aptas para HIS

A localização de áreas destinadas a novos empreendimentos habitacionais em geral


será objeto de critérios mais detalhados nas Propostas deste PLHIS. O Plano Diretor de
Itapetininga (Lei complementar 19/07) prevê dois tipos de zonas especiais de interesse
social (ZEIS) e as define no texto como sendo: A) o terreno do antigo Centro de Tradição
Tropeiro Boiadeiro e B) dez áreas já ocupadas e que necessitam de regularização e
intervenções urbanas e as favelas do Córrego Cachoeirinha. As áreas da ZEIS B vão abrigar
os domicílios já existentes em situação de regularização e, eventualmente, parte dos re-

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assentados citados, pois dispõem de terrenos que podem ser desapropriados ou


desafetados para assentar mais famílias.
A área do Centro de Tradição com cerca de 4 hectares (ha) pode ser destinada a
resolver parte dos domicílios da demanda futura. Seu projeto atual prevê alguns
equipamentos sociais de abrangência maior de atendimento, dada a localização do terreno
em área urbana já consolidada. O Diagnóstico Habitacional de Itapetininga de 2009
apontou outras sete áreas “com potencial para compor o banco de terras” do município:
1. Área ao norte na vertente oeste do alto curso do Ribeirão dos cavalos – consta ter
sido doada à CDHU e localiza-se nas imediações da Vila Belo Horizonte, com
aproximadamente 4 ha;
2. Espólio de Lucia Derze, a leste, na margem esquerda do Ribeirão do Taboãozinho –
é contígua ao conjunto habitacional do mesmo nome (originalmente denominado
de Gramadinho) e tem cerca de 13,5 ha;
3. Área a sudeste próxima ao Ribeirão do Chá – em frente da Vila Harmonia com
cerca de 6 ha;
4. Espólio de Domingos Nalesso, a sudoeste, margem direita do curso médio do
córrego Piçarrão – faz fundos com o bairro Atenas do Sul e tem aproximadamente
5,6 ha;
5. Fausto Adalberto Minelli ou sucessores, a sudoeste, margem esquerda do córrego
Piçarrão – é contígua à anterior, tem cerca de 23,6 ha;
6. Francisco Soares da Silva, a sudoeste, na mesma micro-bacia – faz divisa com a
anterior e é a maior de todas com cerca de 52,5 ha;
7. Espolio de Antonio Cavalheiro Salem, a noroeste, entre o córrego São José e o
Ribeirão dos Cavalos – entre a Vila Piedade e o Jardim Santa Inês tem
aproximadamente 8 ha.

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Localização das áreas

Figura 11.1. Mapa da cidade com as áreas em potencial para compor o Banco de Terras do
Muncípio.

Fonte: Diagnóstico Habitacional de Itapetininga, 2009

As sete glebas listadas somam uma área aproximada de 113 ha. No padrão de lote
mínimo de 125 m² adotado em Itapetininga para HIS pode-se estimar 40 unidades (casas)
por hectare, o que totalizaria 4.520 unidades, ou seja, 77,5% do déficit de novas moradias.
A identificação das glebas aqui descritas pelo Diagnóstico Habitacional foi
realizada no ano de 2009 na vigência do Plano Diretor de Itapetininga (Lei Complementar
nº 19/07). Os “instrumentos da política urbana” que constam do Título III, em especial do
Capítulo I “do parcelamento, urbanização ou utilização compulsória” (artigos 36 e 37), não
foram usados para dispor dessas áreas para a construção das HIS. Outros instrumentos que
dependem de maior prazo para a obtenção das áreas – no Capítulo II “do IPTU progressivo
no tempo e desapropriação com pagamento em títulos” (artigos 38 e 39) ou no Capítulo VI

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“do direito de preferência” (artigos 53 a 59) – não foram aplicados, segundo informações
obtidas na Prefeitura.

11.1.2. Parâmetros para atendimento e dimensionamento

A promoção habitacional de HIS em Itapetininganos últimos 20 anos (como já foi


comentado no Capítulo 6) combinou as duas vertentes: do setor público e do setor privado.
A comercialização de lotes em áreas da periferia urbana foi, durante muitas décadas, o
principal produto que o mercado ofereceu para atender a demanda popular por casa
própria. A aquisição do lote pago à prestação induziu um padrão deautoconstrução de
unidades térreas isoladas. Foi verificada na pesquisa de campo a ocorrência desse padrão
tanto em lotes de um só proprietário (unifamiliar) como de duas ou mais casas
(multifamiliar) por desdobro do lote. O lote padrão de 250 m² abriga em geral duas
unidades e, em lotes maiores, foram encontradas até quatro unidades.
Não consta ter havido qualquer programa público de assistência técnica à
autoconstrução das casas. A Política Municipal de Habitação (Lei 5.264/08) cria em seu
artigo 14, o Serviço de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social que poderá
assumir a produção de moradias nos casos de re-assentamento. Nos primeiros
empreendimentos públicos de lotes urbanizadospromovidos na década de 90 as plantas de
casas populares eventualmente fornecidaspela Prefeituraforam alteradas com o passar dos
anos. Os lotes urbanizados de dimensões inferiores a 250 m² foram comercializados nos
re-parcelamentos de áreas loteadas por particulares, mas na maioria dos casos com casas
padrão edificadas pela Prefeitura ou pela CDHU. Os lotes dos empreendimentos públicos
mais recentes recebem unidades unifamiliares devido às suas dimensões reduzidas que
impedem o desdobro.
A casa unifamiliar autoconstruída é, portanto, uma tipologia de grande produção
em Itapetininga e deve permanecer como uma das alternativas de solução da demanda por
HIS. Do mesmo modo, a casa unifamiliar produzida em série em conjuntos habitacionais
representa a maior parte da oferta pública de HIS e tende a continuar no repertório das
soluções tipológicas. Ressalve-se que o primeiro empreendimento público de HIS construído

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em 1968, a Vila Nova Itapetininga, consistiu em 50 casaspadrão térreas unifamiliares. Ali


foi adotada uma tipologia de casa evolutiva isolada no lote cuja ampliação, no entanto,
chegava à divisa lateral gerando paredes geminadas – o que aconteceu praticamente em
todas as casas do conjunto.
Coube à CDHU introduzir duas tipologias de maior adensamento: o sobrado
geminado e o prédio de apartamentos com quatro pavimentos. Na metade da década de
90foram construídos 101 sobrados no conjunto da Vila Sônia e esta tipologia não foi mais
adotada desde então. Os motivos do abandono da solução de sobrados não foram
fornecidos pela Prefeitura, mas cabe ainda pesquisar o fato junto à CDHU.
Os prédios de apartamentos com quatro pavimentos, ou habitações multifamiliares
verticais representam a solução de maior adensamento para o atendimento da demanda
por HIS. Em Itapetininga é uma solução até agora restrita à produção da CDHU, que
utiliza um tipo específico: uma “planta em H” com quatro apartamentos por andar e escada
central semi-aberta acopladas duas a duas em linha e em nível, formando um bloco
contínuo com 8 unidades por pavimento e 2 escadas separadas.
A Prefeitura não estabeleceu normas quanto às dimensões de lotes para a
construção de novas moradias ou para re-assentamento (lotes urbanizados); também não
estão estabelecidas as dimensões mínimas para a regularização fundiária de favelas e
ocupações. No que se refere aos parâmetros de ocupação de terrenos e de áreas
construídas das edificações foram adotados, na tabela abaixo, padrões encontrados em
cidades de porte similar; no caso de apartamentos, constam as dimensões utilizadas pela
CDHU para prédios “duplo H” já executados no município:

Tabela 11.1. Parâmetros adotados para área construída e fração ideal por tipologia
Tipologia Área (m2) Fração ideal ou lote (m2)
Apartamentos 50* 70
Casa unifamiliar em série 42 125
Casa unifamiliar autoconstruída 30 140
(*) área privativa + área comum
Fonte: elaboração DEMACAMP

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11.1.3 Proporção de unidades por tipologia

Itapetininga é uma cidade com padrão de ocupação disperso e horizontal. A


demanda de novas moradias para as famílias na faixa de renda de até três salários
mínimos, conforme calculada no início deste Capítulo, é de 5.940 unidades – sendo 5.518
para atender a demanda futura até 2023 e 422 para atender as remoções e
remanejamentos. Ressalve-se que no cálculo do déficit habitacional do Capítulo anterior já
foram consideradas as unidades atualmente em construção. Portanto, o número de
unidades aqui considerado representa um investimento a ser planejado para o período.
No que se refere às unidades para re-assentamento é necessário respeitar o
princípio da proximidade em relação ao local de remoção. Para tanto, as 396 unidades
serão construídas em diversas localizações e em pequenas quantidades valendo-se da
produção de lotes urbanizados com casas unifamiliares autoconstruídas. Quanto às 26
unidades destinadas a remanejamentos, representam pequenas quantidades que deverão
ser produzidas nos respectivos assentamentos. O programa específico para atender a essas
demandas deve incluir o financiamento direto ao morador e a assistência técnica por parte
da Prefeitura.
No que se refere à demanda futura desta faixa de renda é preciso avaliar melhor o
número atual de famílias residentes em apartamentos produzidos pela CDHU. É conhecida
a resistência dessas famílias a residir em apartamentos e a correspondente aspiração de
possuir uma casa em lote. Dados referentes à comercialização mediante sorteio de alguns
conjuntos de apartamentos da CDHU não ajudam a estabelecer parâmetros reais, pois as
estatísticas de sorteio fixam o mínimo de 30% das unidades a comercializar com
adquirentes de faixa de renda mais baixa, mas o recadastramento feito seis meses após a
entrega das unidades, detecta 22% de sub-locação e sendo a maior parte desses casos
(cerca de 60% nos conjuntos maiores) de adquirentes de renda mais baixa. Vale dizer que o
mínimo de 30% se reduz a 16,8% de moradores com até 3 salários mínimos de renda.
As informações citadas foram obtidas junto ao escritório regional da CDHU em
Campinas e referem-se aos dois últimos conjuntos implantados nesse município que tem
respectivamente 2.380 unidades (CDHU “F”, 2006) e 1532 unidades (CDHU “E”, 2009).
O repasse do imóvel – seja por venda “de gaveta” ou por aluguel – se dá para novos

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moradores com renda maior, ainda que dentro da faixa de interesse social. Não há dados
atualizados a respeito da renda dos moradores atuais dos dois conjuntos de apartamentos
da CDHU de Itapetininga (CDHU “C”, 1992 e CDHU “F”, 1998), mas pode-se assumir um
comportamento similar apesar da comercialização das primeiras unidades ter ocorrido há
mais tempo.
A maior parte da produção de unidades voltadas para a faixa de renda mais baixa
do período entre 2003 e 2010 valeu-se da tipologia de casas unifamiliares em série. Tais
atendimentos tornam-se viáveis graças às concessões de subsídios incluídas nos
financiamentos do Fundo Nacional de Habitações de Interesse Social (FNHIS) obtidos nos
contratos mais recentes pela Prefeitura de Itapetininga – ver Tabela 6.3.
Considere-se, por último, que existe uma demanda por casa unifamiliar
autoconstruída expressa por famílias em situação de co-habitação ou morando em casas
de aluguel. No cadastro de inscrições para o programa Minha Casa Minha Vida da
Prefeitura constam 10.249 pessoas, das quais a grande maioria (9.761) na faixa de renda
de até 3 salários mínimos. A condição de moradia atual aponta cerca de metade morando
em casa alugada.
Feitas essas considerações, o parâmetro de proporcionalidade das alternativas para
a construção das 5.940 novas moradias, passa a ser:

 15% de apartamentos = 891


 70% de casas unifamiliares em série = 4.158
 15% de casas unifamiliares autoconstruídas = 891

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11.1.4. Terrenos e áreas construídas

O cálculo das áreas brutas de terrenos para a construção de novas moradias na


proporção acima, parte dos parâmetros apresentados na Tabela 11.1. Trata-se aqui de
definir as necessidades quantitativas tanto em relação às edificações quanto à aquisição de
terras.
As definições e diretrizes para plano, programas e projetos que viabilizem essa
produção constarão da Proposta, cabendo aqui apenas enumerá-las:
1. A localização diferenciada das glebas buscando compatibilizá-las com as diretrizes
gerais de uso e ocupação do Plano Diretor de Itapetininga e buscando ainda
reduzir os vazios e a fragmentação atual do tecido urbano.
2. O porte dos empreendimentos adotando uma variação a cada caso e adequando
essa variedade às condições dadas das áreas a serem negociadas.
3. A economia de localização que vai alem do custo de cada terreno em si, pois deve
incluir as condições de provimento de redes e serviços de infra-estrutura e de
abastecimento.
4. A garantia de proximidade ou de inclusão dos equipamentos sociais na gleba, cujas
áreas não constam deste cálculo inicial.
5. A conveniência de planejar combinações destas tipologias e soluções com outras
que atendam às demandas de outros intervalos de renda (mais altos) dentro da
faixa de interesse social.
6. A compatibilização de adensamento de cada empreendimento com a característica
do seu entorno – atual ou prevista no Plano Diretor.
7. O atendimento a todas as exigências ambientais – que pode resultar em menor
aproveitamento da gleba – e a pertinência de cada área à micro-bacia ou sub-
bacia urbana.

O cálculo de áreas de terrenos ou glebas para a tipologia de apartamentos foi uma


simples multiplicação da fração ideal. O terreno destinado a casas unifamiliares em série
foi calculado para ter 65% de sua área parcelada em lotes. No cálculo do terreno para as
casas unifamiliares autoconstruídas o aproveitamento é de 75%. Não foi incluída área

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construída para esta última tipologia, pois se supõe haver financiamento direto ao morador
e assistência técnica à autoconstrução da Prefeitura.

Tabela 11.2. – Demanda de terrenos e de construção por tipologia

Tipologia Unidades % relação Terrenos construção


Nº ao total m² m²

Apartamentos 891 15% 62.370 44.550

Casas construídas em série 4.158 70% 799.615 174.636

Casas autoconstruídas 891 15% 166.630 26.730

Total 5.940 100% 1.031.015 245.916


Fonte: elaboração DEMACAMP

11.2. Atendimento da demanda por inadequação

O déficit por inadequação habitacional no município de Itapetininga corresponde à


quantidade de moradias que necessitam de melhorias que assegurem condições básicas de
habitabilidade aos seus ocupantes. O significado de cada uma dessas melhorias foi
descrito no Capítulo 10 e as dimensões relativas a cada tipo de inadequação serão agora
sucintamente apresentadas.
Não foi calculado o déficit qualitativo fora dos assentamentos, ou seja, fora das 20
áreas identificadas e descritas nas fichas. Pode-se afirmar que mais de 80% do déficit
qualitativo de moradias na faixa de renda até três salários mínimos de Itapetininga está
nesses assentamentos. É preciso, no entanto, obter mais informações sobre a precariedade
habitacional para dar mais consistência aos números e valores na elaboração das
Propostas deste PLHIS.
Do universo de 1.310 domicílios encontrados nos 20 assentamentos, 422 serão
removidos e reassentados e já estão incluídos no déficit quantitativo. Por outro lado, são
considerados consolidados 473 domicílios que necessitam de regularização fundiária, mas
já dispõem de redes e serviços de infra-estrutura urbana.

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Baseado nos critérios definidos para o cálculo do déficit qualitativo e contados os


domicílios por assentamento, conclui-se que há necessidade de urbanização simples em
337 domicílios e de urbanização complexa em 78 domicílios. É importante notar que ao
mapear as áreas objeto de urbanização muito provavelmente os projetos de infra-estrutura
serão indutores de urbanização em bairros vizinhos ou até mesmo de vazios urbanos nas
imediações de cada assentamento.
Não foi feita uma contagem das moradias que necessitam ser melhoradas em cada
assentamento. Durante o trabalho de campo foram feitas algumas contagens parciais a
título de amostra e concluiu-se por uma porcentagem de 45% dos domicílios como
demanda. Estimou-se assim a demanda total de 589 domicílios em melhorias
habitacionais. Aqui também é recomendável ajustar esse número à realidade por ocasião
do detalhamento da Proposta e fazer a retificação cabível.
O déficit qualitativo apurado no Diagnóstico está provavelmente subestimado,
faltando acrescer o déficit por reposição de estoque (domicílios rústicos e depreciação dos
domicílios) e parte dos componentes do déficit por incremento de estoque (domicílios
improvisados, coabitação familiar, ônus excessivo com aluguel e inexistência de unidade
sanitária básica) – (título 10.1).

11.3 Custos de atendimento da demanda

11.3.1 Demanda por novas moradias

A composição de custos de produção de novas moradias envolve três grandes


parcelas: o custo de construção da unidade habitacional, o da infra-estrutura e o do
terreno. As referências de custos de produção de novas unidades foram obtidas junto à
Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, atualizadas pelos custos
praticados nos programas pertinentes do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e
Minha Casa Minha Vida que resultam em:

 Casas construídas em série: R$ 42.000,00 por unidade

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 Unidades multifamiliares verticais: R$ 46.000,00 por apartamento

No cômputo global não são incluídos os custos de construção das casas autoconstruídas
(890 unidades).
Os custos de infra-estrutura imputados a cada unidade habitacional foram
padronizados conforme custo de urbanização simples e se aplica tanto para apartamentos
e as novas casas em série, quanto para as casas autoconstruídas. Adotou-se também o
valor praticado pela SNH/MCidades de R$ 7.500,00 por unidade.
Não foi levantado o custo da terra para as áreas aptas para HIS citadas no item
11.1.1 deste Capítulo. A diversidade de localizações, com certeza traria valores
diferenciados por metro quadrado para cada gleba. Estimou-se um valor médio a partir de
dados do setor imobiliário de Itapetininga, resultando no valor de R$ 26,00 / m². Na
Tabela 11.3 a seguir os valores da terra só figuram no total por tipologia.

Tabela 11.3. Custo final do atendimento por novas moradias (R$)

Tipologia Unidades Unitário Edif + infra Terrenos TOTAL


Nº c/ infra global global Por tipo

Apartamentos 891 53.500 47.668.500 1.621.620 49.290.120

Casas em série 4.158 49.500 205.821.000 20.789.990 226.610.990

Autoconstruídas 891 11.500* 10.246.500 4.332.380 14.578.880

TOTAIS 5.964 114.500 253.736.000 26.743.990 290.479.990


(*) inclui custo da assistência técnica
Fonte: elaboração DEMACAMP

11.3.2 Demanda por Inadequação

A principal referência de custos para atendimento do déficit qualitativo também é a


Secretaria Nacional de Habitação que apresenta os seguintes custos médios por família,
segundo categorias de intervenção já definidas:

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 Urbanização complexa R$ 13.000,00


 Urbanização simples R$ 7.000,00
 Regularização fundiária R$ 1.300,00
 Melhoria Habitacional R$ 6.000,00

Ressalte-se mais uma vez que na Tabela seguinte os números de unidades


inadequadas que demandam recursos no déficit qualitativo estão subestimados, pois
referem-se apenas aos assentamentos precários identificados no Capítulo 9.

Tabela 11.4. Custos finais do atendimento da inadequação (R$)


Unidades Valor (em R$)
Urbanização simples 337 R$ 2.359.000,00
Urbanização complexa 78 R$ 1.014.000,00
Regularização fundiária 473 R$ 614.900,00
Melhoria habitacional 589 R$ 3.534.000,00
Total do custo R$ 7.521.900,00
Fonte: elaboração DEMACAMP

11.4. Resumo geral dos custos

O atendimento dos déficits quantitativo e qualitativo, mais a demanda futura


prioritária por novas moradias – na faixa de renda até três salários mínimos – no horizonte
temporal deste Plano, no município de Itapetininga, orça em R$ 298.001.890,00. A esse
montante deve ser apurado e acrescido o valor correspondente à demanda qualitativa de
moradias precárias fora dos assentamentos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALFONSIN, B. O estatuto da Cidade e a construção de cidades sustentáveis, justas e democráticas.


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Habitação”. Brasília: Ministério das Cidades/Secretaria Nacional de Habitação, 2004.

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação. “Capacidades administrativas,


déficit e efetividade na política habitacional”. Brasília/São Paulo: Centro de Estudos da
Metrópole / CEBRAP, 2007.

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação. “Curso à Distância: Planos Locais
de Habitação e Interesse Social”. Brasília: Ministério das Cidades/ Secretaria Nacional de
Habitação, 2009.

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação. “Guia de adesão ao Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS”. Brasília: Ministério das Cidades, 2008.

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versão para debates”. Brasília: Ministério das Cidades/ Secretaria Nacional de Habitação,
2010.

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projeção da demanda demográfica habitacional, o déficit habitacional e assentamentos
subnormais”. Brasília: Ministério das Cidades, 2007.

CARDOSO, Adauto Lúcio, ARAÚJO, Rosane Lopes e GHILARDI, Flávio Henrique. “Necessidades
habitacionais no Brasil. In: MINISTÉRIO DAS CIDADES e ALIANÇA DAS CIDADES (2009).
Ações integradas de urbanização de assentamentos precários. Brasília/São Paulo: Ministério
das Cidades/Aliança das Cidades. Primeira reimpressão, 2009.

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OLIVEIRA, E. “Demanda Futura por moradias no Brasil 2003-2023: uma abordagem demográfica”.
Brasília: Ministério das Cidades, 2009.

ROLNIK, R. Instrumentos Urbanísticos contra a Exclusão Social. Raquel Rolnik e Renato Cymbalista
(orgs.). São Paulo, Polis, 1997, p. 7-9.

Leis, Decretos, Pareceres, Regulamentos e


Documentos

BRASIL, Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001 – Estabelece diretrizes gerais da Política
Urbana (Estatuto da Cidade).

BRASIL, Lei Federal nº 11.124 de 16 de junho de 2005 – Dispõe sobre o Sistema Nacional de
Habitação de Interesse Social (SNHIS), cria o Fundo Nacional de Interesse Social (FNHIS) e
institui o Conselho gestor do FNHIS.

ITAPETININGA, Prefeitura Municipal de. Diagnóstico Habitacional, 2009.

ITAPETININGA, Prefeitura Municipal de; KAIRÓS, Desenvolvimento Social. Diagnóstico Social


Intraurbano. Disponível em http://www.itapetininga.sp.gov.br/diagnostico-social/mapa.html, consulta
realizada em março de 2011.

ITAPETININGA, Prefeitura Municipal de. Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável 2010-
2013.

Sítios Eletrônicos

www.itapetininga.sp.gov.br

www.camaraitapetininga.sp.gov.br

176
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ANEXO 1.
Relatório do Processo Participativo
da Etapa 2. Diagnóstico

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RELATÓRIO DO PROCESSO PARTICIPATIVO


ETAPA 2. DIAGNÓSTICO HABITACIONAL

O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/01) estabelece em seu artigo 2º, inciso
II, que a política urbana deve ser exercida com “gestão democrática por meio da
participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da
comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos
de desenvolvimento urbano”. Atendendo a essa determinação legal, ao longo dos últimos
10 anos o Ministério das Cidades instituiu mecanismos de gestão democrática, instalando o
Conselho das Cidades e promovendo Conferências para a discussão dos problemas
urbanos nas três esferas de governo.
Em observância ao Estatuto da Cidade, a Lei 11.124/2005, que institui o SNHIS,
exige a adoção de metodologia participativa na elaboração dos Planos Habitacionais de
Interesse Social (PLHIS) desenvolvidos no âmbito dos governos federal, estadual e
municipal. A participação popular no caso dos PLHIS adquire importância maior na medida
em que não há a obrigatoriedade de transformação desses Planos em lei, apesar de sua
elaboração ser requisito obrigatório para os municípios e estados acessarem os recursos do
FNHIS. O PLHIS, portanto, não deve ser apenas um plano governamental, uma vez que
não se estrutura somente em ações governamentais, mas um plano que agrega ações
importantes do setor produtivo e da sociedade civil, valorizando esforços que se
fundamentam no princípio da parceria e da responsabilidade compartilhada.
Um dos desafios para a implementação de uma metodologia participativa é, muitas
vezes, a falta da cultura democrática e participativa da população e dos órgãos técnicos.
Dessa forma, considerando que as realidades dos municípios brasileiros não são iguais e,
portanto, requerem alternativas de participação diferentes, o Ministério das Cidades prevê a
possibilidade de criação de comissões especiais para a discussão dos conteúdos do PLHIS
quando não houver instância representativa constituída e atuante no município.
O Plano Nacional de Habitação foi elaborado a partir da interlocução entre
diferentes agentes do poder público integrantes do Sistema Nacional de Habitação com a
sociedade civil, representada através dos movimentos sociais, das entidades empresariais e
de trabalhadores, Organizações não Governamentais e instituições de ensino e pesquisa

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que têm atuação no setor, buscando a construção coletiva de soluções para o


enfrentamento dos graves problemas habitacionais do País. Entre 2007 e 2009 foram
organizados diversos debates regionais e setoriais, que se constituíram em importantes
espaços de interlocução política, proposição e deliberação.
No Estado de São Paulo a construção do Plano Estadual iniciou-se em 2009, e está
em fase final, com previsão de encaminhamento da proposta para aprovação pelo
Conselho Estadual de Habitação até dezembro de 2011. No âmbito do estado oito
Encontros Regionais foram realizados, envolvendo a participação de 1.473 representantes
de 415 municípios, com predominância de representantes das prefeituras. O Encontro das
Regiões de Sorocaba e Registro aconteceu em outubro de 2010, e envolveu a participação
de 72 municípios, dentre eles Itapetininga.
A interlocução da Prefeitura de Itapetininga com os movimentos sociais de moradia
e demais segmentos envolvidos com a questão habitacional no município ainda não se
realiza de forma institucionalizada, pois o Conselho Municipal de Habitação, embora
criado em 2008, ainda não foi instituído. Entretanto, no final dos anos 1980 é possível
identificar ações de parceria entre o Município e a população moradora de assentamentos
precários, através de suas associações, utilizando-se de leis que autorizavam a desafetação
de áreas públicas de uso comum que eram doadas a Sociedades Comunitárias de Ação
Popular para implantar loteamento e promover a doação de lotes mínimos para famílias
carentes, conforme foi visto no item 7.3.3. do Diagnóstico.
Conforme definido na Proposta Metodológica do Plano, a participação da
sociedade civil na elaboração do PLHIS de Itapetininga adota a forma representativa, via
conselhos municipais atuantes. Contudo, a ausência de canais institucionais de
participação levou à adoção de forma alternativa, criando-se uma dinâmica de discussões
entre a equipe contratada e os técnicos da Prefeitura. A esse respeito deve ser ressaltado
que essa forma de participação foi adotada apenas para a fase de Diagnóstico, indicando-
se a necessidade de criação de fóruns de discussão ampliados na fase de definição de
estratégias e aprovação de propostas.
Na elaboração da segunda etapa do PLHIS de Itapetininga – Diagnóstico – o
processo participativo teve como objetivo principal o nivelamento de informações, bem
como a construção de uma leitura comum de problemas prioritários, estratégia

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fundamental para viabilizar o processo de tomada de decisões da próxima etapa. Nesse


sentido, foram realizadas cinco reuniões técnicas com a equipe da Prefeitura Municipal,
composta pelos seguintes representantes das secretarias envolvidas com o tema
habitacional:

Quadro 1. Equipe técnica do PLHIS no âmbito da Prefeitura de Itapetininga


Secretaria Nome Função
Diretora de Habitação
Marina Raquel Caron de Campos
Coordenação geral do PLHIS
Secretaria de André Pascoal de Lima Hamaue Assessor
Planejamento Rosa Maria Isaac Ferreira Arquiteta
Cássio Henrique Matarazzo
Advogado
Carreira
Secretaria de Negócios
Enio Vasques Advogado
Jurídicos
Rosemara Peixoto de Camargo Assistente Social
Secretaria de Promoção
Elza Rita de Cássia Silva Melo
Social Assistente Social
Teotonio dos Santos
Secretaria de Obras Paola Francielli Nunes Técnica estagiária
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2010.

Estas reuniões contemplaram um caráter formativo, com o objetivo de que os


membros e agentes das diversas secretarias envolvidas se tornassem co-participantes na
construção do planejamento habitacional da cidade, ao mesmo tempo em que pactuassem
propostas e pontos polêmicos na busca do consenso para a conclusão desta fase do Plano.
Nesse processo foi possível promover coleta e intercâmbio de informações acerca das
questões necessárias à elaboração do Diagnóstico, bem como debater a problemática
habitacional da cidade, apontando possíveis soluções. É necessário destacar o papel
desempenhado pelos fiscais da Secretaria de Obras nesta etapa do PLHIS, pois o seu
conhecimento da cidade foi de grande importância para a identificação das áreas que
serão objeto de intervenção e no resgate de informações sobre suas origens.
A formulação do Diagnóstico se deu, portanto, no âmbito de reuniões entre
técnicos da empresa contratada e membros da equipe destacada pela PMI para
acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos. As datas, participantes e temas tratados
nessas reuniões encontram-se no quadro a seguir:

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Quadro 2. Quadro Registro das reuniões da Etapa 2 de elaboração do PLHIS de Itapetininga


Data Participantes Objetivos/temas abordados
27/01/2011 Messias Ferreira Lucio, Marina
1. Capacitação do Grupo em relação aos
Raquel Caron de Campos, André
conteúdos do Plano
Pascoal de Lima, Cássio Henrique
2. Apresentação dos conteúdos a serem
Matarazzo Carreira, Rosa Maria Isaac
desenvolvidos na fase 2 - Diagnóstico;
Ferreira, Paola Francielli Nunes, Ênio
3. Definição e debate sobre os dados
Vasques, Ari Vicente Fernandes,
necessários à elaboração do Diagnóstico e que
Ernestina Gomes de Oliveira, Joana
deveriam ser disponibilizados pela Prefeitura
Zavaglia Ribeiro. (ver lista de
(conforme relação anexa).
presença em anexo)
21/02/2011 1. Coleta de dados sobre as características e
Marina Raquel Caron de Campos,
processo de urbanização de Itapetininga -
André Pascoal de Lima, Cássio
dados de domínio dos técnicos da Prefeitura –
Henrique Matarazzo Carreira, Pedro
visando contextualizar a problemática
fiscal, Ari Vicente Fernandes,
habitacional da cidade.
Ernestina Gomes de Oliveira, Camila
2. Vistorias técnicas para caracterização dos
Argento.
assentamentos precários de Itapetininga
22/02/2011 Marina Raquel Caron de Campos,
1. Coleta de dados disponíveis sobre as áreas
André Pascoal de Lima, Paola
a serem objeto de intervenção do PLHIS
Francielli Nunes, Pedro fiscal, Ari
2. Vistorias técnicas para caracterização dos
Vicente Fernandes, Ernestina Gomes
assentamentos precários de Itapetininga
de Oliveira, Camila Argento.
06/04/2011 Marina Raquel Caron de Campos, 1. Coleta de dados ainda pendentes
Paola Francielli Nunes, André Pascoal 2. Checagem dos dados coletados nas vistorias
de Lima, Cássio Henrique Matarazzo técnicas;
Carreira, Ênio Vasques, Rosa Maria 3. Pactuação de prazos para encaminhamento
Isaac Ferreira, Ari Vicente Fernandes, das informações ainda pendentes;
Ernestina Gomes de Oliveira, Camila 4. Definição da data de entrega do Relatório
Argento. fiscais Pedro e ?? 2.1
18/07/2011 1. Apresentação e discussão do Diagnóstico
completo;
Cássio Henrique Matarazzo Carreira,
2. Revisões essenciais a serem feitas no
Paola Francielli Nunes, André
Diagnóstico pela PMI, e definição de
Eduardo Turazza, Ari Vicente
estratégias, como condição para a elaboração
Fernandes, Ernestina Gomes de
da Parte 3 - Propostas do Plano Local (PLHIS),
Oliveira, Camila Argento, Natasha
que deverá ser discutida e referendada em
Mendes
fórum ampliado que contemple participação
(ver lista de presença em anexo)
dos segmentos da sociedade civil envolvidos
com a problemática habitacional no Município.
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

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Na primeira reunião foram apresentados os slides a seguir sobre os conteúdos do


Diagnóstico, identificadas as principais fontes de informação, e discutidas as
responsabilidades pela disponibilização das mesmas, ficando acordado que caberia à
Prefeitura providências no sentido de levantar os documentos necessários para que a
equipe contratada procedesse à análise e sistematização dos dados e informações (relação
anexa). Nesta reunião foi destacada a importância de envolvimento dos técnicos da
Prefeitura, uma vez que a coleta de informações dependeria do conhecimento das fontes de
dados de suas respectivas áreas de atuação, bem como a necessidade de agilizar a
instituição do Conselho Municipal de Habitação.

Figuras 1. Slides sobre conteúdos do Diagnóstico

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Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

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Diante da ausência de dados e informações sistematizados, nos dias 21 e 22 de


fevereiro a equipe contratada reuniu-se com os técnicos da Prefeitura para colher
informações sobre o processo de urbanização do Município e sobre os assentamentos
precários do Município, realizando debates técnicos e vistorias para identificar as
características dessas áreas.
Em reunião de 06 de abril, tendo em vista a falta de informações relevantes para a
conclusão do diagnóstico e a necessidade de cumprimento do prazo para a entrega do
produto 2.1., foram checados dados coletados nas vistorias técnicas e pactuados prazos
para o envio de informações necessárias ainda pendentes, bem como a definição da data
de entrega do Relatório. No mesmo dia foram feitas novas vistorias a áreas que
apresentavam informações conflitantes em diferentes documentos consultados (Diagnóstico
habitacional e plantas de loteamentos)
O Diagnóstico completo foi apresentado e discutido em reunião realizada no dia
18 de julho, conforme slides a seguir. Nesta oportunidade foram acordados prazos para a
necessária revisão do Diagnóstico, bem como para a definição de estratégias a serem
adotadas para a etapa 3 do PLHIS

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Figuras 2. Slides da apresentação do Diagnóstico Habitacional

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Fonte: Elaboração DEMACAMP, 2011.

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Figuras 3. Fotos da reunião

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ANEXO A
RELAÇÃO DE DADOS
Documentos e informações necessárias para a elaboração
do PLHIS de Itapetininga

1. Arquivo digital do Plano Diretor vigente

2. Mapas do Plano Diretor vigente em arquivo digital

3. Diagnóstico (caderno de subsídios) completo do Plano Diretor vigente ou anterior


em arquivo digital
4. Plano de Desenvolvimento Econômico ou similar (se possível em arquivo digital)

5. Listagem e mapeamento das Intervenções Estratégicas previstas no município


(modificam a dinâmica do território), tais como indústrias e empreendimentos
com previsão de instalação nos próximos anos;
6. Listagem e mapeamento das Indústrias que se instalaram no município entre
1999 a 2009 (arquivo digital)
7. Mapeamento dos grupos de renda no território
8. Plano Viário ou de Mobilidade Urbana existentes
9. Plano de Desenvolvimento Rural ou similar (documento para identificação da
Política prevista e adotada para a Zona Rural: qual a característica predominante
– agricultura familiar ou agronegócio)
10. Plano de Turismo/ Projetos/ Diagnósticos Turísticos existentes (arquivo digital)
11. Plano Saneamento/ Projetos/ Diagnósticos Ambientais existentes (arquivo digital)
12. Base cartográfica do município em arquivo .dwg (AUTO CAD), contendo: curvas
de nível, lotes, praças, vias, etc; macrozoneamento, delimitação urbano-rural,
zoneamento, áreas de preservação ambiental; principais equipamentos públicos;
delimitação de zeis, áreas de preempção e outros instrumentos do Estatuto da
Cidade; áreas pavimentadas e não pavimentadas; e iluminação pública
13. Lista e mapeamento dos empreendimentos habitacionais privados aprovados nos
últimos 10 anos, contendo: ano de aprovação e nº unidades habitacionais
produzidas, localização e faixa de renda dos beneficiados (arquivo digital)
14. Lista e mapeamento dos empreendimentos habitacionais públicos aprovados nos
últimos 10 anos, contendo: ano de aprovação, nº unidades habitacionais
produzidas, localização, agente produtor e programa de vinculação (governo
federal, estadual ou municipal) e faixa de renda dos beneficiados (arquivo digital)
15. Lista e mapeamento dos empreendimentos habitacionais produzidos por outros
agentes (cooperativas, entidades assistenciais, movimentos organizados, etc): ano
de produção, nº unidades habitacionais produzidas, localização e faixa de renda
dos beneficiados (arquivo digital)

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16. Identificação dos principais agentes imobiliários locais: construtoras,


cooperativas, movimentos organizados, entidades assistenciais, imobiliárias
(venda e locação).
17. Lista e mapeamento dos novos empreendimentos em processo de análise,
contendo: promotores e perfil dos lançamentos - nº unidades previstas, faixa de
renda dos beneficiados - programa de vinculação (se cabível)
18. Relatório dos programas habitacionais concluídos e em andamento (com fases,
custos das atividades e ações e mapa de localização das áreas atendidas)
19. Lista dos atores sociais do município afetos ao tema da habitação (ou similar):
movimentos sociais, entidades, associações de bairro, etc.
20. Leis Específicas de Interesse Social (delimitação de zeis, áreas de preempção,
IPTU progressivo, outros instrumentos do Estatuto da Cidade)
21. Leis Específicas de assistência técnica ou similar (auxílio moradia, etc)
22. Planos Locais e Setoriais (Turismo, Desenvolvimento, Saneamento, Mobilidade
Urbana, Transporte, etc)
23. Operações urbanas e Leis específicas para atração de investimentos (incentivos
fiscais)
24. Leis Específicas Ambientais
25. Lei Orgânica do Município
26. Leis complementares de uso, ocupação e parcelamento do solo, código de obras
e edificações, etc. e leis sobre alteração do perímetro urbano
27. Lei do Conselho Municipal de Habitação
28. Lei do Fundo Municipal de Habitação
29. Lei de criação de outros conselhos afins (meio ambiente, cidade,
desenvolvimento, etc)
30. Estrutura Administrativa e Recursos Humanos
31. Organograma da Habitação na Prefeitura (arquivo digital)
32. Fundos existentes e respectivos recursos (habitação, saneamento, etc) (arquivo
digital)
33. Recursos e fontes de investimentos existentes para habitação, saneamento e
infraestrutura (arquivo digital)
34. Receita Orçamentária e Despesas do município por Secretaria e departamento
(últimos 5 anos) – arquivo digital
35. Programas federais, estaduais e municipais implementadas na área habitacional
(últimos 5 anos) – arquivo digital
36. Valor dos repasses de recursos por programa especificado em: valor global, valor
do repasse e contrapartida – arquivo digital
37. Lista e mapeamento das áreas a serem diagnosticadas no Plano de Habitação:
loteamentos precários, irregulares e clandestinos; favelas; coabitações;
ocupações em áreas de risco; ocupações e habitações em áreas inadequadas
(zona urbana e rural); e conjuntos habitacionais degradados.
38. Diagnósticos de Risco e Dados da Defesa Civil
39. Diagnósticos e Relatórios do Programa Cidade Legal (se cabível)

197
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40. Projetos sociais e ambientais – informações sobre assentamentos


41. Mapeamento das regiões não atendidas ou atendidas deficientemente pelo
serviço de abastecimento de água
42. Mapeamento das regiões não atendidas ou atendidas deficientemente pelo
serviço de coleta e tratamento de esgoto
43. Cadastros e Banco de Dados Assistência Social e Habitação
44. Censo Habitacional – Cadastros de demanda por habitação (Minha casa, minha
vida, etc)
45. Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico)
46. Cadastros da Saúde (SUS, Programa Saúde da Família)
47. Planta Genérica de Valores do município (arquivo digital)
48. Identificação e mapeamento dos imóveis de propriedade da Prefeitura Municipal
49. Identificação e mapeamento das áreas patrimoniais do Estado e da União
50. Lotes, glebas e imóveis vazios: informações cadastrais, tributárias e infraestrutura
51. Lista e mapeamento dos imóveis inscritos na divida ativa comprometidos com
mais de 50% do valor venal
52. Lista e mapeamento dos imóveis que pagam ITR
53. Critérios municipais adotados para isenção do IPTU
54. Obras previstas e principais dificuldades para a extensão ou regularização dos
serviços de saneamento
55. Valor médio da terra por região (mercado)
56. Estimativa de custos utilizados por empresas privadas (habitação de mercado
popular)
57. Custos de referência adotados pelo município para: aquisição das terras privadas
incluídas no banco de terras; intervenções pontuais, obras emergenciais e defesa
civil; melhorias habitacionais; regularização fundiária; urbanização com
implantação de infra-estrutura em assentamentos precários; unidade habitacional
unifamiliar com execução de infra-estrutura pública; unidade habitacional
verticalizada com execução de infra-estrutura condominial e pública; unidade
habitacional em conjunto combinado (50% vertical 50% horizontal)

198
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ANEXO B
LISTAS DE PRESENÇA DAS REUNIÕES

199
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ANEXO 2.
Fichas de Caracterização dos
Assentamentos precários vistoriados
em Itapetininga

201
PIEDADE
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

B
B
A MICROBACIA

RIBEIRÃO DOS CAVALOS


CÓRREGO SÃO JOSÉ
A

REGIÃO

NORTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
PIEDADE
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
(X) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: A: 2.597,58m² B: 3.605,00m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 36 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
(X) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto (X) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
(X) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária (X) hidrômetro coletivo
( )Pública : ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
(X)Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: (X) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão (X) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento ( ) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Ocupação de área pública doada pela prefeitura para associação de
moradores regularizar a ocupação.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)
Parcialmente Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA BELO HORIZONTE
FOTO AÉREA BASE NORTE

TATUÍ
TATUÍ N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

RIBEIRÃO DOS CAVALOS


CÓRREGO SÃO JOSÉ

REGIÃO

NORTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA BELO HORIZONTE
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 53.241,99m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 40 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
(X) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
(X) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
(X) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: (X) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
(X) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim ( ) não (X)parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão (X) rede oficial com posteamento regular
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes (X) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
(X) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Ocupação em área de lazer do loteamento.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples Com remoção de 16 domicílios em APP e na faixa de domínio do


DER
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)
Parcialmente Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA PAULO AYRES
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

RIBEIRÃO DOS CAVALOS

REGIÃO

NORTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
VILA PAULO AYRES
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
(X) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 12.000m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 22 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
(X) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
(X) região central secundária Rede pública de abastecimento de água ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X) pública: ( ) patrimonial (X) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( ) particular
Rede pública de energia elétrica ( ) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento ( ) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
(X) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples Urbanização simples de 22 domicílios


Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA SUDESTE
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

RIBEIRÃO DOS CAVALOS

REGIÃO

NORTE

LEGENDA
EMP. HAB. PÚB. DEGRADADO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA SUDESTE
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
(X) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 46.148,49m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 229 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X) pública: (X) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( ) particular
Rede pública de energia elétrica ( ) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: ( ) Asfalto ( ) Cimento ( ) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Loteamento privado desapropriado em 2003 pela PMI.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA BELO HORIZONTE| DER
FOTO AÉREA BASE NORTE

TATUÍ
TATUÍ N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

RIBEIRÃO DOS CAVALOS


CÓRREGO SÃO JOSÉ

REGIÃO

NORTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA BELO HORIZONTE| DER
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela (X) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 2.181,75m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 8 (X) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
(X) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: (X) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica ( ) sim (X) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % (X) com interligação clandestina
(X) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão (X) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
(X) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Ocupação em área do DER.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
JD MARICOTA
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

B
MICROBACIA

RIBEIRÃO DO CHÁ
A
B
REGIÃO

LESTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
JD MARICOTA
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
(X) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ (X) outros: ocupação em linha de drenagem natural.

Área: A: 1.772,91m² B: 5.300,00m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 46 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
(X) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto (X) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
(X) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
( )Pública: ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
(X)Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: ( ) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
(X) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Ocupação em área de lazer do loteamento.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Urbanização simples Remoção de aproximadamente 6 domicílios em possível área de


Parcialmente risco.
Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA FRANCISCA I
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO CONCEIÇÃO
CÓRREGO NASTRI

REGIÃO

SUL

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA FRANCISCA I
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela (X) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 5.694,36m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 10 (X) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim (X) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
(X) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água ( ) sim (X) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial (X) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica ( ) sim (X) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
(X) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
(X) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA FRANCISCA II
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO CONCEIÇÃO
CÓRREGO NASTRI

REGIÃO

SUL

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA FRANCISCA II
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
(X) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado (X) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 5.158,96m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 11 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
(X) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
(X) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
( )Pública: ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
*não foi possível consolidar informações sobre Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
a situação fundiária (X) com medidor individual
( ) com medidor coletivo
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com interligação clandestina
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial
(X) encosta íngrime - declividade ___ % Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim (X) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rodovia ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) faixa de domínio de ferrovia ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) iluminação pelas moradias
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios
( ) sem restrições e condicionantes Pavimentação
( ) área/diretriz de utilidade pública (X) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho

Características Topográficas Marcantes: Transporte público ( ) sim ( ) não


( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Histórico
(X) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não A pricípio a área poderia ser consolidada, a opção do governo foi
Reassentamento (realocação) por remoçao total.
consolidável
VILA NASTRI I A
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO CONCEIÇÃO
CÓRREGO NASTRI

REGIÃO

SUL

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA NASTRI I A
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 6.066,49m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 30 (X) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
(X) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto (X) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
(X) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial (X) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Ocupação em área de lazer do loteamento.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA NASTRI I B
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO CONCEIÇÃO
CÓRREGO NASTRI

REGIÃO

SUL

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA NASTRI I B
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 4.924,74m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 2 (X) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
(X) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto (X) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
(X) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: (X) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
(X) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA NASTRI I C
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO CONCEIÇÃO
CÓRREGO NASTRI

SOROCABA
REGIÃO

SUL

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL

SOROCABA PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA NASTRI I C
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 22.415,19m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 15 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto (X) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
(X) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial (X) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA NASTRI II
FOTO AÉREA BASE NORTE

SOROCABA N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

SOROCABA

MICROBACIA
A
CÓRREGO CONCEIÇÃO
CÓRREGO NASTRI

REGIÃO

SUL

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
B CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA NASTRI II
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: A: 18.110,00m² B: 1.118,30m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 40 (X) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim (X) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
(X) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial (X) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: (X) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: ( ) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
(X) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples Remoção de 16 unidades.


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
CENTRAL PARQUE QUATRO L
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO CONCEIÇÃO
CÓRREGO NASTRI

SOROCABA

REGIÃO

SUL

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
CENTRAL PARQUE QUATRO L
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação (X) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 24.952,72m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 88 (X) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
(X) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
(X) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim (X) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
(X) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água ( ) sim (X) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial (X) uso comum do povo (X) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica ( ) sim (X) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % (X) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim ( ) não (X)parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão (X) rede oficial com posteamento regular
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: ( ) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
(X) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
(X) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa Com remoção de 10 domicílios por possível risco
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA CAROLINA
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO PIÇARRÃO

REGIÃO
SOROCABA
OESTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA CAROLINA
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação (X) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 5.954,62m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 8 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim (X) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
(X) região central secundária Rede pública de abastecimento de água ( ) sim (X) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial (X) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial (X) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão (X) rede oficial com posteamento regular
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: ( ) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
BELA VISTA
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

SOROCABA
MICROBACIA

CÓRREGO PIÇARRÃO

REGIÃO

OESTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
BELA VISTA
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
(X) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação (X) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 24.500,00m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 80 (X) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim (X) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
(X) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária (X) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
( )Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim ( ) não (X)parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão (X) rede oficial com posteamento regular
(X) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes (X) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: ( ) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
(X) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Ocupação em área de lazer do loteamento.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples Remoção de 22 unidades.


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
PITO ACESO / VILA PALMEIRA
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO PIÇARRÃO

REGIÃO

OESTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
PITO ACESO
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
(X) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 38.419,20m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 250 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
(X) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X) pública ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) particular ( ) interligação clandestina

Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: Rede pública de energia elétrica ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor individual
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com medidor coletivo
( ) faixa de domínio de rodovia ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de ferrovia
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) sem restrições e condicionantes ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
(X) área/diretriz de utilidade pública ( ) iluminação pelas moradias

Características Topográficas Marcantes: Pavimentação


( ) terreno acidentado ( ) Asfalto ( ) Cimento ( ) Terra/Cascalho
( ) terreno plano e/ou declive suave
( ) encosta Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) desnível em relação à malha urbana
( ) outros: ______________________ Histórico
Ocupação de faixa de rua.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA SÔNIA
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

CÓRREGO PIÇARRÃO

REGIÃO

OESTE

LEGENDA
EMP. HAB. PÚB. DEGRADADO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO
LIMITE MUNICIPAL
UNIDADES DEGRADADAS
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA SÔNIA
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
(X) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 162 m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 32 apartamentos ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim (X) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto (X) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
(X) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
( ) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
( )Pública: ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
(X)Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento ( ) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA SOTEMO
FOTO AÉREA BASE NORTE

N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

ANGATUBA

CONCEIÇÃO

MICROBACIA

RIO ITAPETININGA

REGIÃO

SUDOESTE

LEGENDA
ASSENTAMENTO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO
PERÍMETRO URBANO (FOTO)
SOROCABA LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA SOTEMO
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 38.818,85m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 131 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
(X) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
(X) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
(X) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
(X)Pública: ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
(X)Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: (X) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
(X) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias (X) sim ( ) não ( )parcial
( --) faixa de domínio de rede de alta tensão (X) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
(X) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: (X) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
( ) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Ocupação em faixa de estrada.
A ocupação encontra-se no limite do perímetro urbano.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples Remanejamento de 11 unidades que estão ocupando a faixa de


domínio da rodovia
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
VILA MAZZEI
FOTO AÉREA BASE NORTE

GUAREI N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

RIBEIRÃO DO BARRO BRANCO

REGIÃO

NORTE

LEGENDA
LOT. IRREG. / CLANDESTINO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
fonte: Google - dados cartográficos - 2011
VILA MAZZEI
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
(X) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
( ) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: 9.370,20m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 50 (X) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
( ) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
(X) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
(X) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água (X) sim ( ) não ( )parcial
(X) hidrômetro individual
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
( )Pública: ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
(X)Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: (X) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: ( ) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
(X) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________ Ocupação em área particular.

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples Remoção de 15 unidades.


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
RECHÃ
FOTO AÉREA BASE NORTE

ANGATUBA ANGATUBA
ITAPETININGA ITAPETININGA
N
LOCALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO

MICROBACIA

RIO ITAPETININGA

REGIÃO

NOROESTE

LEGENDA
LOT. IRREG. / CLANDESTINO
APP - 30m
CURVA DE NÍVEL
PERIMETRO URBANO

LIMITE MUNICIPAL
RECHÃ
DADOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Tipo de Assentamento: Risco:
( ) favela ( ) deslizamento ___ domicílios
( ) ocupação ( ) inundação ___ domicílios
( ) re-parcelamento ( ) solapamento ___ domicílios
(X) loteamento irregular/clandestino ( ) erosão ___ domicílios
( ) empreendimento habitacional público degradado ( ) sem risco
obs:_______________________________________ ( ) outros: ______________________

Área: m² Padrão Construtivo das Habitações:


Número de domicílios: 160 ( ) rústico (madeira ou alvenaria precária) ___ domicílios
(X) padrão consolidável
Inserido no Cidade Legal:
( ) sim ( ) não Infra-estrutura urbana
Rede pública de coleta de esgoto ( ) sim ( ) não ( ) parcial
Localização: Destino final do esgoto
( ) região central (limítrofe) ( ) ETE ( ) lançamento in natura em corpo d´agua ( ) outros
(X) região periférica
( ) região central secundária Rede pública de abastecimento de água ( ) sim ( ) não (X)parcial
(X) hidrômetro individual (em implantação)
Situação Fundiária ( ) hidrômetro coletivo
( )Pública: ( ) patrimonial ( ) uso comum do povo ( ) interligação clandestina
(X)Particular
Rede pública de energia elétrica (X) sim ( ) não ( )parcial
Restrições Legais e Condicionantes Ambientais: ( ) com medidor individual
( ) margem de córrego e/ou planície aluvial ( ) com medidor coletivo
( ) encosta íngrime - declividade ___ % ( ) com interligação clandestina
( ) faixa de domínio de rodovia
( ) faixa de domínio de ferrovia Rede pública de iluminação nas vias ( ) sim ( ) não ( )parcial
( ) faixa de domínio de rede de alta tensão ( ) rede oficial com posteamento regular
( ) domicílios em APP ou APA:___ domicílios ( ) rede não oficial com posteamento intermitente
( ) sem restrições e condicionantes ( ) iluminação pelas moradias
( ) área/diretriz de utilidade pública
Pavimentação
Características Topográficas Marcantes: ( ) Asfalto ( ) Cimento (X) Terra/Cascalho
( ) terreno acidentado
(X) terreno plano e/ou declive suave Transporte público ( ) sim ( ) não
( ) encosta
( ) desnível em relação à malha urbana Histórico
( ) outros: ______________________

CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE INTERVENÇÃO


CLASSIFICAÇÃO TIPO DE INTERVENÇÃO PROPOSTA COMPLEMENTARES
Consolidado Desenvolvimento de outras ações, como regularização
fundiária e pós-uso.

Urbanização simples
Consolidável Urbanização complexa
Remanejamento (relocação)

Parcialmente Urbanização simples


Consolidável
Urbanização complexa
Não
Reassentamento (realocação)
consolidável
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA
ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO

Relatório
Estratégias de
Ação
Versão Final

PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE


INTERESSE SOCIAL

INTERESSADO

Prefeitura do Município
de Itapetininga

Campinas
DEZEMBRO 2011

1
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA
ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO

Equipe DEMACAMP Planejamento, Projeto e Consultoria

Coordenador geral Eleusina Lavôr Holanda de Freitas

Urbanista Sênior Ari Vicente Fernandes

Advogado Ernestina de Oliveira

Arquiteta Urbanista Joana Zavaglia Ribeiro


Camila Argento

Sociólogo Sylvio Fleming Batalha da Silveira


Flávio Henrique Ghilardi

Estagiárias Natasha Mendes

2
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA
ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO

INDICE
RELATÓRIO 3.2
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
Versão final

PRELIMINARES: DO DIAGNÓSTICO ÀS AÇÕES 4

1. PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO PLHIS 6

2. COMPONENTES ESTRUTURADORES DO PLHIS 8

3. PROGRAMAS DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL 20

4. METAS DE ATUAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE 31


HABITAÇÃO POR PLANO PLURIANUAL (2011-2023)

5. MONITORAMENTO 32

BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA 36

ANEXO 31
REGISTRO DO PROCESSO PARTICIPATIVO
DA ETAPA 3

3
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA
ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO

PRELIMINARES: DO DIAGNÓSTICO ÀS AÇÕES

O Diagnóstico Habitacional elaborado no 1º semestre de 2011 revelou o quadro


de potencialidades e fragilidades da administração, assim como as práticas e ações do
setor privado e do setor público detectadas nas últimas décadas no Município de
Itapetininga.
Destacamos, a seguir, algumas constatações do Diagnóstico que devem subsidiar
as Propostas do Plano:

1. Os números do déficit quantitativo (produção de novas unidades) apurados para o


horizonte de tempo até 2015 estão próximos da expectativa de promoção do setor
público e do mercado (cerca de dez mil novas unidades); há disparidades entre a
oferta e demanda por faixa de renda – excesso de oferta nas faixas mais altas e
insuficiência nas faixas mais baixas.
2. O déficit qualitativo do Diagnóstico (título 10.1) está provavelmente subestimado,
faltando acrescer o déficit por reposição de estoque (domicílios rústicos e
depreciação dos domicílios) e uma parte dos componentes do déficit por
incremento de estoque (domicílios improvisados, coabitação familiar, ônus excessivo
com aluguel e inexistência de unidade sanitária básica); os levantamentos desses
dados precisam ser realizados com urgência.
3. A descontinuidade da promoção de unidades habitacionais ao longo do tempo
precisa ser substituída por um plano que assegure a regularidade de oferta da
produção pública e privada, a médio e longo prazo.
4. A intervenção do município na promoção de HIS é diversificada quanto às formas
de empreendimentos e tipologias edificadas nos últimos 20 anos, porem falta
gestão pública articulada e encadeamento dessas ações; em conseqüência disso, a
Prefeitura perde em eficácia e no cumprimento dos prazos.
5. O controle social com participação dos segmentos envolvidos no plano e gestão da
execução de HIS – que é uma exigência do SNHIS, do Estatuto da Cidade e de

4
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA
ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO

resoluções do Ministério da Cidade – ainda não está implantado no município de


Itapetininga.
6. O compartilhamento dos recursos orçamentários até 2023 para todas as ações
referentes às HIS, prevê aportes de 65% da União, 25% do Estado de São Paulo e
10% de recursos próprios da Prefeitura de Itapetininga; os valores destinados a
cada ano supõem uma certa flexibilidade entre os programas nos aportes anuais, a
ser detalhada no plano plurianual e nos orçamentos municipais futuros.

5
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA
ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO

1. PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO PLHIS

1.1. Princípios norteadores do PLHIS

As ações propostas no Plano de Habitação de Interesse Social de Itapetininga têm


como base os princípios, objetivos e diretrizes já acordados em diferentes momentos do
processo de tomada de decisões no Município, bem como aqueles definidos pelas políticas
nacional e estadual de habitação, a seguir descritos:
 Função social da cidade e da propriedade, conforme o Art. 182 da Constituição
Federal, princípio expresso na LOM de Itapetininga no parágrafo único de seu
artigo 241, e, ainda, no art. 4° da Lei do Plano Diretor.
 Gestão democrática e participativa, de acordo com o previsto no art. 2°, II do
Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), com a participação dos diferentes segmentos
da sociedade, de forma a garantir descentralização, controle social e transparência
dos procedimentos decisórios, conforme o art. 3º, III, do Plano Diretor de
Itapetininga, bem como o art. 4º, III da Lei Municipal 5.264/08.
 Integração com as políticas habitacionais federal e estadual, bem como com as
demais políticas setoriais do município, em particular com as políticas de inclusão
social, de geração de renda, ambientais e de desenvolvimento urbano, conforme o
estabelecido no art. 4º da Lei Federal 11.124 e art. 4º da Lei 5.264/08.
 Garantia da moradia digna como direito universal e fator de inclusão social,
prevista na Constituição Federal e no art. 4º da Lei federal 11.124/05.
 Melhoria da qualidade e redução dos custos da produção habitacional, mediante
adoção de processos tecnológicos adequados e discutidos com os usuários.

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1.2. Objetivos do PLHIS

Para que esses princípios se concretizem, o PLHIS tem como objetivo geral orientar
as ações do poder público para a produção e gestão de habitação de interesse social, de
forma a assegurar às famílias de baixa renda o acesso gradativo à moradia digna. A partir
desse objetivo geral definem-se alguns objetivos específicos, dentre os quais se destacam:

 Redução progressiva do déficit habitacional com a produção de lotes urbanizados,


produção de novas habitações e melhoria das condições de habitabilidade das
habitações existentes;
 Promoção da regularização fundiária e urbanística dos assentamentos precários
com re-assentamento de moradores de áreas impróprias e em situação de risco;
 Promoção de ações de desenvolvimento institucional, para a melhoria da
capacidade de gestão de planos e programas habitacionais;
 Fomento à participação da iniciativa privada na produção de HIS em terrenos bem
localizados e com um novo patamar de qualidade.

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2. COMPONENTES ESTRUTURADORES DO PLHIS

Antes de enunciar as propostas, programas e ações serão apresentados os


elementos estruturadores do Plano Local de Habitação de Interesse Social. Os obstáculos e
as dificuldades acima detectadas no diagnóstico exigem um esforço de método e de
inovações administrativas por parte da Prefeitura, a seguir descritas:

a) O PLHIS de Itapetininga deve estar referenciado nas políticas nacional, estadual e


municipal (Lei nº 5.264/08) de HIS; a realização do Plano se faz através de
programas e de suas correspondentes ações ao longo do tempo e do espaço
(distribuídas no território municipal).
b) A promoção de unidades habitacionais para as faixas de renda de interesse
social, seja ela de iniciativa pública ou privada, deve estar submetida aos ritmos e
prazos estabelecidos neste Plano, sob gestão da Prefeitura e sob controle da
sociedade.
c) Todas as estratégias de ação serão agrupadas em três linhas permanentes e
simultâneas de atividades: 1) produção de novas unidades habitacionais, 2)
regularização fundiária e urbana e 3) meios de gestão pública e controle social.
d) As intervenções sobre o território obedecerão a critérios específicos e
diferenciados para cada escala de abrangência: municipal, urbana e local.

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2.1. Políticas, Plano, Programas e Ações

O Plano Local de Habitação de Interesse Social de Itapetininga é o conjunto de


estudos e propostas que estabelece as diretrizes e estrutura as ações da Prefeitura sobre o
assunto, com horizonte de 12 anos. Conforme as disposições da Lei Federal nº 11.124/05
o PLHIS habilita o município a firmar novos contratos com o Governo Federal e com o
Governo de São Paulo e ter o aporte de recursos financeiros e suporte técnico pertinente a
todas as ações necessárias para a habitação popular previstas no Plano.

A eficiência do PLANO depende de sua compatibilidade com as POLÍTICAS que são


definidas pelas respectivas leis federal, estadual e municipal. Sua eficácia reside na
formulação criteriosa de PROGRAMAS que passam a ter existência permanente no
horizonte de 12 anos. Estes, por sua vez, terão resultados positivos a depender de um
conjunto de AÇÕES articuladas entre si e que materializam as metas e os objetivos
definidos no plano; por estarmos tratando de planos de habitação boa parte das ações está
condicionada a PROJETOS.
As condições peculiares destes componentes no que se refere às relações do
município de Itapetininga com a União e com o Estado, foram tratadas no Capítulo 7 do
Diagnóstico – “Marco Jurídico-Institucional”. Resumem-se, a seguir as considerações de
cada componente, visando objetivar a apresentação das propostas do PLHIS.

2.1.1. Políticas de Habitação de Interesse Social

Coube ao Ministério das Cidades formular em 2004 a nova Política Nacional de


Habitação, colocando a Questão Habitacional como uma Política de Estado, ressaltando a
importância do seu papel na regulação urbana e do mercado imobiliário, na provisão da
moradia e na regularização dos assentamentos precários. A nova Política Nacional de
Habitação obedece a dois objetivos básicos no âmbito dos objetivos estratégicos do
governo: universalizar o acesso à moradia digna, e gerar emprego e renda dinamizando a
economia.

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As estratégias para atingir estes objetivos são as seguintes:


1. Fortalecer o papel do Estado na gestão da Política e na regulação dos agentes
privados;
2. Concentrar esforços e, de forma articulada, canalizar recursos não onerosos dos
três âmbitos de governo para enfrentamento dos problemas habitacionais;
3. Priorizar o atendimento da população de baixa renda com subsídio;
4. Estimular o mercado para atender as faixas de renda média sem subsídio;
5. Buscar a expansão do crédito habitacional ampliando fontes de recursos
existentes e criando ambiente de mercado estável;
6. Enfrentar o problema habitacional de forma articulada com as políticas
fundiária, de saneamento e de transporte, e em consonância com as diretrizes da
política urbana.

O marco regulatório da nova Política foi a criação do Sistema Nacional de


Habitação de Interesse Social – SNHIS (Lei Federal 11.124/05) que resultou na exigência
de três requisitos básicos para a adesão de Prefeituras e Governos de Estado:
 Constituir o Fundo de Habitação de Interesse Social;
 Constituir um Conselho Gestor do Fundo de Habitação de Interesse Social; e
 Elaborar o Plano Estadual e o Plano Local de Habitação de Interesse Social
(PLHIS).

O Estado de São Paulo se integra a essa política e, como visto no Capítulo 7 do


Diagnóstico do PLHIS de Itapetininga, edita a Lei Estadual 12.801/2008, que estabelece as
bases para a adesão do Estado ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social –
SNHIS, inserindo-o no marco jurídico federal.
As condições institucionais para a inserção do Município de Itapetininga no SNHIS
são dadas a partir da edição da Lei municipal nº 5.264/08, que estabelece diretrizes gerais
para a Política Municipal de Habitação e cria o Conselho Municipal de Habitação de
Interesse Social e o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social. Além do
cumprimento das condições impostas pelo SNHIS, o Município promove também em 2008,
através da Lei Complementar nº 27, reforma administrativa que cria o Departamento de
Habitação de Interesse Social junto à Secretaria de Planejamento.

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2.1.2. Plano de Habitação de Interesse Social

O Plano Nacional de Habitação – PLANHAB – foi elaborado pelo Governo Federal


de 2003 a 2005 em consonância com a respectiva política nacional. Ele expressa em seus
diversos programas e instrumentos o acúmulo de muitos anos de lutas sociais pela reforma
urbana (cujo marco regulatório foi o Estatuto da Cidade, Lei Federal 10.257/01), pela
moradia como direito de todos e pelo controle público e democrático dos recursos
destinados à sua construção.

O Plano Estadual de Habitação encontra-se em fase de elaboração, o que


representa um avanço do ponto de vista do arranjo institucional e da aplicação de medidas
para a construção do pacto federativo entre União, estados e municípios nas políticas
relacionadas à habitação. No tocante à aplicação dos recursos do Fundo Paulista de
Habitação de Interesse Social, a Lei 12.801/08 estabelece que os recursos do FPHIS em
áreas urbanas devem se submeter à política de desenvolvimento urbano expressa no plano
diretor aprovado, e que deve ser priorizado o atendimento aos municípios ou regiões que
disponham de fundos e conselhos de habitação e desenvolvam planos municipais ou
regionais de habitação de interesse social, bem como municípios e demais agentes
promotores e financeiros que adotem medidas e mecanismos que agilizem a aprovação e a
regularização fundiária e urbana dos empreendimentos habitacionais de interesse social.
O Plano Municipal deve, portanto, ser compatível com os planos Nacional e
Estadual, assim como guardar estreita coerência com as respectivas políticas habitacionais.
Por se tratar de um plano de âmbito municipal, o PLHIS deve ser compatível com os demais
planos do município de Itapetininga, em especial com o Plano Diretor de Desenvolvimento.
Sua característica de plano setorial – aborda todos os aspectos relacionados à habitação –
exige ainda uma sintonia com outros planos setoriais de âmbito federal, estadual e regional
a exemplo do desenvolvimento urbano, saneamento, transportes e acessibilidade, meio
ambiente, dentre outros.

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2.1.3. Programas e Ações

Há muitas décadas o governo federal e o governo estadual se utilizam de


programas para agilizar suas ações na administração direta e indireta. No capítulo 8 do
Diagnóstico, item 8.3 – “Programas e linhas de financiamento do Governo Federal e
Estadual para a Política de Habitação” são descritos os que estão hoje em disponibilidade
para todos os municípios paulistas. Destaquem-se os Quadros 8.6 e 8.7 ao final do
capítulo onde constam resumos dos respectivos programas federais e estaduais.
Observa-se que, no caso desses programas, a origem ou iniciativa nem sempre
pertence aos entes administrativos específicos de habitação. Essa interdisciplinaridade,
também denominada como “ações transversais”, é uma característica atual dos entes
administrativos públicos e pode ser contemplada também pelo poder municipal.
Nos PLHIS é desejável que sejam contemplados todos os programas que possam
atender direta ou indiretamente as metas e objetivos da política habitacional do município.
A multiplicidade de fontes de recursos exigirá, com certeza, procedimentos adequados e
cuidadosos tanto no que se refere às ações de solicitação (projetos específicos dentro de
cada programa) quanto às de prestações de contas.
Uma vez que os Programas desta proposta passem a ter existência duradoura, é
preciso estabelecer seus procedimentos e rotinas. São esses cuidados que propiciam a
eficácia tanto do ponto de vista administrativo (interno à PMI), quanto do ponto de vista de
suas exterioridades: relações adequadas com os entes públicos federais e estaduais e
transparência em relação ao controle social local.
Os programas e ações do plano são a sua expressão material, seu objeto de
relação constante com o Conselho Municipal de Habitação. A este cabe discutir e aprovar
os projetos, fiscalizar e acompanhar o desempenho e as demais condições de
aprimoramento dos programas e do Plano.

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2.2. Promoção Pública e Privada de Habitações de


Interesse Social

Assim como não há uma produção predominantemente pública das HIS, também
não existe uma produção privada de HIS nos moldes do livre mercado imobiliário. A
Constituição brasileira assegura o direito à moradia dentre os demais direitos sociais.
Assim, a família que adquirir sua moradia através de um programa de HIS e algum tempo
depois puder adquirir outro imóvel residencial, irá negociá-lo no mercado.
As responsabilidades dos entes públicos e das empresas privadas são definidas pelo
bem social a ser produzido – significa que os agentes públicos e privados estão
comprometidos com a natureza social desse produto. A HIS não é uma mercadoria, é um
bem social.
O Governo federal articulou através do Programa “Minha Casa Minha Vida” uma
composição possível de unidades para atender faixas específicas de renda com até 10
salários mínimos (sm), desde que uma porcentagem dessas unidades seja destinada à faixa
mais baixa, com até 3 sm. Essa composição deveria ocorrer dentro do mesmo
empreendimento, mas tem sido aceita em alguns municípios como passível de ser cumprida
em duas ou mais localidades distintas e, por vezes, distantes entre si. Essa distorção precisa
ser evitada para não geral uma segregação espacial de moradores por estrato de renda.
O empreendimento do MCMV que produzir um conjunto de unidades, com
tipologias diferentes para cada estrato de renda, comercializará todas elas através do
financiamento público e social, portanto em condições especiais de juros para todos e com
subsídios proporcionalmente crescentes para os adquirentes das faixas de renda menores.
Quando se tratar de iniciativa de empresas privadas é justo que as unidades construídas
sejam remuneradas pelo seu custo total real acrescido do lucro do mercado, mas não
podem ser pagos os sobre-preços de incorporação e comercialização, pois estas atividades
serão feitas através do poder público.
Por último, todas as empresas privadas que participam da promoção de HIS, devem
assumir os compromissos e preceitos legais estabelecidos pela Política Nacional de
Habitação: barateamento dos custos de produção pela utilização de métodos e técnicas
inovadas – é o mais importante – sem perda de qualidade do produto; a redução do custo

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de cada unidade pelo aperfeiçoamento da produção em escala; o zelo pelas questões


ambientais (da gleba e de seu entorno) e de salubridade das moradias; os projetos e a
execução de infra-estrutura adequada com aproveitamento de energias não poluentes – e
outros tantos.

2.2.1. Promoção Pública de HIS

As ações e empreendimentos de iniciativa pública serão voltados para atender as


famílias situadas nos estratos mais baixos de renda. Prioridade especial será dada às
remoções e re-assentamento de moradores em áreas de risco e de danos ambientais, assim
como para atender situações de urgência social, devidamente detectadas.
O Cadastro de Inscritos no programa MCMV do Departamento de Habitação da
Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Itapetininga – devidamente aperfeiçoado – será
utilizado como base da comercialização de todas as unidades empreendidas. O
empreendedor privado pode realizar comercializações de unidades fora desse Cadastro
desde que não impute esses custos ao agente financeiro ou ao comprador.
O setor público responde ainda pelo exame e aprovação de todos os
empreendimentos, pela concessão ou intermediação de licenças e certificações legais
exigíveis. No que se refere à operação financeira, todos os empreendimentos dos
programas de HIS serão acompanhados pelo setor público – desde o orçamento e
solicitação do financiamento, passando pela contratação, até as medições e liberações de
recursos para a execução das obras. Contará para tanto com o suporte técnico e
administrativo da Prefeitura, bem como com a fiscalização e controle social por parte do
Conselho Municipal de Habitação.

2.2.2. Promoção privada de HIS

Os empreendimentos de HIS de iniciativa privada deverão ser submetidos a exame


especial dos órgãos competentes da PMI. A seqüência desse exame especial compreenderá
necessariamente o pedido de diretrizes e certidão de conformidade ao programa, o alvará

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de aprovação do projeto, o alvará de construção ou autorização do início de obra e o


habite-se. A Prefeitura regulamentará esses procedimentos após a conclusão e aprovação
deste Plano Local.
Essa tramitação será acompanhada pelo Conselho Municipal de Habitação de
Itapetininga. Ao Conselho cabe ainda dar pareceres sobre cada empreendimento, solicitar
estudos e informações sobre o trâmite de aprovação e participar do acompanhamento das
obras e do processo de comercialização das unidades.
As empresas privadas que participarem dos empreendimentos de promoção pública
também estarão sujeitas ao acompanhamento do Conselho: no processo licitatório (mesmo
nos casos de carta-convite), nos termos da contratação e na execução da obra ou serviço
contratado.

2.3. Diretrizes por Linhas de Ações

Todas as ações abrangidas por este Plano destinam-se a assegurar a política e os


Programas de HIS em Itapetininga referenciados em três linhas:
1. Produção de novas unidades para HIS
2. Regularização fundiária e urbana
3. Meios de gestão pública e controle social

2.3.1. Produção de novas unidades para HIS

Compreende a promoção pública e privada de novas unidades habitacionais em


série, de lotes urbanizados com assistência técnica à auto-construção, bem como toda a
infra-estrutura urbana necessária e os equipamentos sociais e de serviços executados nas
correspondentes áreas institucionais e de sistemas de recreação e lazer. Compreende ainda
a produção em série de unidades em loteamentos existentes por auto-construção assistida
ou mutirão simples e mutirão com empreita, a promoção de empreendimentos por
cooperativas ou entidades associativas.

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2.3.2. Regularização fundiária e urbana

Compreende as ações a serem tomadas face às terras irregulares do município que


abriguem HIS ou que possam vir a abrigá-las. Os assentamentos irregulares identificados
no Diagnóstico – bem como outros que sejam detectados – serão alvo de ações realizadas
de acordo com planos e projetos específicos de urbanização que definem as necessidades
de remoção e re-alocação de domicílios, re-assentamentos (o que remete à linha anterior) e
melhorias habitacionais. As intervenções do poder público devem ser articuladas e
concomitantes nos aspectos jurídico-administrativos (registro, matrículas, titulação), técnico-
urbanístico (projetos, obras) e de inclusão social (comunidades afetadas).

2.3.3. Meios de gestão pública e controle social

É o conjunto das atividades meio da administração municipal necessário à


realização dos objetivos (fins) referentes às novas unidades e à regularização do existente.
Compreende aprimoramentos ou reformulações da estrutura administrativa municipal
(criação, implantação e ampliação de órgãos), introdução de inovações na gestão (técnicas
de informações, organização e métodos, transversalidades), capacitação e aperfeiçoamento
(de servidores do quadro, técnicos de empresas afins e representantes dos diversos
segmentos em conselhos) e as interfaces administrativas técnicas e financeiras com a União,
o Estado e a sociedade a quem cabe o controle de todas as ações do Plano.

Como foi detectado no Diagnóstico, o município de Itapetininga reúne as condições


subjetivas para a implementação dessas três linhas, com destaque às ações realizadas nos
últimos 20 anos:
 Promoção pública e privada de novas unidades habitacionais e oferta de lotes
urbanizados no mercado ou por iniciativa da Prefeitura na re-urbanização de
antigos loteamentos privados transformados em empreendimentos públicos;
 Regularização de assentamentos populares por iniciativa própria da Prefeitura, em
convênio com associações de moradores, em parcerias público privadas (através da

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CDHU) e, mais recentemente, através do Programa Cidade Legal do Governo do


Estado;
 A reforma administrativa que criou o Departamento de Habitação de Interesse
Social, a Lei da Política Habitacional que instituiu o Conselho Municipal de
Habitação, o respectivo Fundo, alem das operações de financiamento com recursos
do Estado e da União intermediadas pela Prefeitura.
As condições objetivas serão obtidas à medida que o Plano identifique novas ações
que completem o quadro, bem como permita ajustar ações já praticadas a esse conjunto,
articuladas entre si mediante Programas regulares e permanentes.

2.4. Escalas de Abordagem

As ações da Prefeitura para a realização deste Plano devem ser sistematizadas e


articuladas nas três escalas de abordagem de sua competência: municipal, urbana e local.
A atribuição de responsabilidades separadas por esses três níveis supõe alterações
administrativas, como parte integrante desta Proposta. Seguem as definições de
abrangência e o repertório básico das ações propostas para cada escala.

2.4.1. Escala municipal

Compreende toda a extensão do município de Itapetininga e arredores e os


condicionantes decorrentes de sua inserção regional, conforme descrita no Diagnóstico. O
predomínio da área rural sobre as urbanas exige um estudo mais sistemático das condições
atuais e das demandas futuras de HIS na zona rural. Pertencem também a esta escala de
abordagem as ações e programas voltados à produção e regularização de HIS e a
loteamentos populares nas sedes urbanas dos seis distritos.

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2.4.2. Escala urbana

Refere-se à área do distrito sede delimitada pelo atual perímetro urbano e acrescida
dos territórios e vetores destinados à expansão urbana futura, definidos pelo Plano Diretor e
por leis e normas co-relacionadas. A abordagem da questão habitacional nesta escala deve
levar em conta os aspectos físico-territoriais e o fato urbano existente e planejado. No
primeiro conjunto destaca-se o georeferenciamento dos assentamentos residenciais ao
sistema hídrico da sede urbana – utilizado no diagnóstico – quase completamente inserida
nas sub-bacias do Ribeirão dos Cavalos e do Ribeirão do Chá. No que se refere ao fato
urbano destacam-se os usos do solo não residenciais de grande porte (também
denominados como macro-equipamentos) e o sistema de circulação viária urbana
associado ao sistema rodoviário.

2.4.3. Escala local

Trata-se aqui das glebas ou áreas selecionadas pelo poder público ou pela
iniciativa privada para a execução de novos conjuntos destinados a HIS, bem como das
áreas ocupadas que são objeto de regularização fundiária e urbana. É imprescindível que
esta escala de abordagem leve sempre em consideração o entorno imediato da área sob
intervenção, para assegurar a compatibilidade e adequação do projeto de HIS com a sua
vizinhança. Tal compatibilidade deve ser alcançada tanto nos aspectos físico-territoriais –
áreas ambientalmente frágeis, capacidade de suporte, tipologias adequadas, densidade
adequada, etc. – quanto nos aspectos urbanísticos propriamente ditos – infra-estrutura
disponível, acessibilidade, impacto de vizinhança, indução à ocupação, dentre outros.

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2.5. Matriz: Diretrizes Gerais para HIS

Quadro 1.1. Matriz das Diretrizes Gerais da HIS


Linhas de Ações Municipal Urbana Local
- Estabelecimento de metas e - Planejamento dos
- Projeção da expansão nas cronograma empreendimentos: tipos,
sedes distritais - Instituição de ZEHIS agrupamentos, fases,
- Programas para habitações - Seleção de áreas segue o equipamentos sociais, etc.
rurais zoneamento do Plano Diretor - Diversidade de soluções:
PRODUÇÃO PÚBLICA
- Evitar as áreas de - Evitar formação de vazios promoção consorciada,
DE NOVAS UNIDADES
conurbação urbanos cooperativa, mutirão, etc.
- Evitar ocupação residencial - Utilizar a divisão em micro- - Adequação dos terrenos e
ao longo dos eixos bacias urbanas redes locais
rodoviários - otimizar a provisão das redes - Administração e fiscalização
e serviços sócio-ambientais da obra c/ futuros moradores
- Normas de composição das
- Subordinar localização das unidades por faixa de renda
- Controle dos parcelamentos
PRODUÇÃO PRIVADA novas unidades ao PLHIS - Regulação dos contratos de
rurais para fins residenciais
DE NOVAS UNIDADES - Observar todas as diretrizes parcerias
- Excluir bairros jardins
acima - Acompanhamento pelo
Conselho
- Levantamento topo-gráfico
- Impedir ocupações e favelas cadastral de cada área
- Cadastro dos assentamentos em áreas de risco, de proteção - Regularização cartorária,
nos distritos ambiental e públicas aquisição, emissão de posse
- Inventário da condição da - Universalização da pela Prefeitura (Cidade Le-gal)
REGULARIZAÇÃO
moradia rural regularização de HIS - Projeto urbano
FUNDIÁRIA PÚBLICA
- Normalizar usos não - Programa especial para - Remanejamento de unidades
residenciais fora do perímetro erradicação no local
urbano - Seleção de áreas próximas - Comissão de
para o re-assentamento acompanhamento e gestão em
cada área
- Controle Municipal dos - Aquisição da terra c/
REGULARIZAÇÃO procedimentos - Atender somente as áreas de mediação da PMI
FUNDIÁRIA PRIVADA - Fiscalizar os novos HIS - Observar todas as diretrizes
empreendimentos acima
- Produção de manuais e
- Constituição imediata do cartilhas
Conselho e do Fundo de HIS - Capacitação dos quadros
- Inclusão dos Distritos na
- Gestão conjunta de ações técnicos da Prefeitura
GESTÃO PÚBLICA E gestão e controle
para HIS - Formação de gestores e
CONTROLE SOCIAL - Representação de
- Serviço público de conselheiros
moradores rurais
informações sobre o trâmite das - Produção de leis e normas
ações pertinentes

Fonte: Elaboração DEMACAMP, 2011.

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3. PROGRAMAS DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Para a implementação do Plano Local de Habitação de Interesse Social de


Itapetininga, propõe-se a estruturação de programas habitacionais a serem desenvolvidos
pela Prefeitura no horizonte de planejamento do Plano (2011-2023). De acordo com os
objetivos e estratégias enunciados anteriormente, são propostos programas que atenderão
aspectos específicos das necessidades habitacionais do município, identificadas no
diagnóstico.
Os programas de habitação de interesse social propostos são:

 Programa de Desenvolvimento Institucional da Política Municipal de Habitação –


tem como objetivo, inicial, criar e estruturar instâncias administrativas e mecanismos
normativos e legais relacionadas à política habitacional do município,
principalmente de interesse social. Visa, portanto, constituir e sistematizar a gestão
da política de habitação, além de capacitar os agentes envolvidos, sejam governo,
sociedade civil ou setor produtivo ligado a construção civil.

 Programa de Provisão de Habitação de Interesse Social – com o objetivo de


promover a produção habitacional com qualidade e bem localizada no território,
atendendo as necessidades do déficit habitacional, demanda futura prioritária e de
remanejamento e re-assentamento nas ocupações precárias;

 Programa de Regularização Urbanística e Fundiária de Assentamentos Precários –


trata-se de um programa para atendimento das necessidades de urbanização e de
regularização fundiária dos assentamentos precários do município (favelas,
ocupações e loteamentos precários), os quais não demandam intervenções em
grande escala;

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 Programa de Reforma e Readequação de Moradias – promover a melhoria da


qualidade das moradias de baixa renda, ofertando acesso à material de construção
e assistência técnica em todas as etapas de atendimento.

Deve-se destacar que a implementação desses programas deverá estar integrada ao


ciclo de planejamento orçamentário da Prefeitura – Plano Plurianual, Lei de Diretrizes
Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual, de modo a prever fontes de recursos para a
viabilização. Além disso, devem estar articulados aos instrumentos de política urbana, como
o Plano Diretor Participativo e os instrumentos urbanísticos (dação em pagamento, ZEIS,
outorga onerosa, parcelamento e edificação compulsória etc.) e, também, a outros planos
setoriais, como o Plano Municipal de Saneamento Básico.

3.1. Programa de Desenvolvimento Institucional

O objetivo inicial do programa é criar uma estrutura institucional na área


habitacional adequada ao enfrentamento do tamanho da problemática habitacional no
município. Para tanto, deverão ser executadas medidas administrativas tanto para a
formação de uma capacidade institucional na área (com constituição de equipe técnica,
capacitação, fortalecimento da estrutura de apoio etc.) quanto para implementação de
instrumentos legais e normativos correlatos ao setor (implementação e revisão da lei do
Plano Diretor, normatização e implementação de Fundos e Conselhos etc.).
Também deverão ser levadas a cabo medidas para o fortalecimento da gestão
participativa e do controle social acerca da Política Municipal de Habitação, principalmente
com a institucionalização e capacitação de gestores do fundo e do conselho de habitação.
Por fim, mostra-se essencial a estruturação de um sistema de informações,
monitoramento e avaliação da política municipal de habitação, de modo a promover a
organização e divulgação dos dados e permitir o acompanhamento das ações realizadas
na área.
A partir desses objetivos específicos do programa, propõem-se três subprogramas:

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1. Sub-Programa 1: Fortalecimento das Capacidades Administrativas da Política


Municipal Habitacional e Adequação dos Instrumentos Normativos e Legais;
2. Sub-Programa 2: Fortalecimento da Gestão Participativa e do Controle Social da
Política Municipal de Habitação; e
3. Sub-Programa 3: Desenvolvimento do Sistema de Informações, Monitoramento e
Avaliação da Política Municipal de Habitação.

Fontes de Recursos
 Federal e Estadual: parcerias com essas esferas de governo.
 Municipal: Orçamento municipal

Metas de Investimento
Para as metas de investimento do Programa de Desenvolvimento Institucional,
propõe-se a aplicação de recursos da ordem de R$ 100 mil anuais, que poderão ser
utilizados em estudos, projetos e assessorias para subsidiar as medidas de aperfeiçoamento
da estrutura administrativa e normativa da política municipal de habitação, além da
capacitação da gestão participativa. O município deverá arcar com a maior parte deste
recurso (60%), visto que é o principal demandatário e beneficiário dessa política, prevendo-
se, também, uma pequena participação do Estado (15%) e da União (25%).

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Tabela 1.1. Metas de Investimento (R$) – Programa de Desenvolvimento Institucional da


Política de Habitação, por Plano Plurianual - PPA (2011-2023)

Metas por Esfera de Município Estado União TOTAL


PPA Governo 60% 15% 25% 100%
2011-2013 R$ mil por ano 60 15 25 100
R$ Total Período 180 45 75 300
2014-2017 R$ mil por ano 60 15 25 100
R$ Total Período 240 60 100 400
2018-2021 R$ mil por ano 60 15 25 100
R$ Total Período 240 60 100 400
2022-2023 R$ mil por ano 120 30 50 200
R$ Total Período 240 60 100 400

TOTAL 2011-2023 R$ Total Período 900 225 375 1.500

Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

3.2. Programa de Provisão de Habitação de


Interesse Social

O programa tem como objetivo ofertar novas unidades habitacionais, produzidas


com qualidade e bem localizadas no tecido urbano da cidade, de modo a atender o déficit
habitacional, a demanda futura e as necessidades de remanejamento e re-assentamento
em ocupações precárias.
Vale destacar que a perspectiva de produção de novas unidades para a população
de baixa renda, em Itapetininga, atende parcela considerável das necessidades
habitacionais do município. Assim, deverão ser considerados dois aspectos nesse
programa: atenção para a construção de grandes conjuntos habitacionais, que poderão se
conformar em bolsões de concentração da pobreza urbana, gerando maiores questões
sociais a serem enfrentadas pelo poder público; a consideração da diversificação da
solução habitacional para a população de baixa renda, ofertando-se outros produtos além

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da produção de novas unidades, tais como serviços de melhoria habitacional, assistência


técnica, lotes urbanizados ou regularização urbanística e fundiária.

Fontes de Recursos

 Federal: Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS; Orçamento


Geral da União; Programa Minha Casa, Minha Vida (FAR, FGTS e Entidades –
FDS); Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS; PAC.

 Estaduais: Recursos da Secretaria do Estado de Habitação e CDHU.

 Municipal: Orçamento municipal; Fundo Municipal de Habitação; Contrapartidas;


terrenos adquiridos ou negociados pela Prefeitura.

Metas de Investimento

O cálculo dos custos de atendimento por novas moradias, efetuados no


diagnóstico, balizam a proposta de metas de investimento da Prefeitura no programa:

Tabela 1.2. Custo final do atendimento por novas moradias (R$)

Unitário Edif. + infra Terrenos TOTAL


Tipologia Nº Unidades
c/ infra global global Por tipo

Apartamentos
891 53.500 47.668.500 1.621.620 49.290.120
Casas em série
4.158 49.500 205.821.000 20.789.990 226.610.990
Auto-construídas
891 11.500* 10.246.500 4.332.380 14.578.880
TOTAIS
5.964 114.500 253.736.000 26.743.990 290.479.990
(*) inclui custo da assistência técnica
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

Assim, calculou-se uma escala de atendimento que se ampliará ao longo dos anos.
Visto que o programa Minha Casa, Minha Vida tornou-se atualmente o principal

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instrumento da produção habitacional no município, projetou-se um maior aporte de


recursos do Governo Federal no programa:

Tabela 1.3. Metas de Investimento (R$) – Programa de Provisão de Habitação de Interesse


Social, por Plano Plurianual - PPA (2011-2023)

PPA Metas por Esfera de Município Estado União TOTAL


Governo 10% 25% 65% 100%
2011-2013 R$ milhões por ano 1,66 4,17 10,50 16,33
R$ Total Período 5,00 12,50 32,50 50,00
2014-2017 R$ milhões por ano 2,00 5,00 13,00 20,00
R$ Total Período 8,00 20,00 52,00 80,00
2018-2021 R$ milhões por ano 2,50 6,25 16,25 25,00
R$ Total Período 10,00 25,00 65,00 100,00
2022-2023 R$ milhões por ano 3,00 7,50 19,50 30,00
R$ Total Período 6,00 15,00 39,00 60,00
Total Período
TOTAL 2011-2023 29,00 72,50 188,50 290,00
R$ milhões
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011

3.3. Programa de Regularização Urbanística e


Fundiária de Assentamentos Precários

O programa deve promover a integração física dos assentamentos precários


(favelas, ocupações e loteamentos irregulares) ao conjunto da cidade, garantindo a
melhoria das condições de habitação e a segurança na posse aos moradores. Trata-se de
um programa de menor escala na política habitacional do município, visto que Itapetininga
não apresenta uma grande problemática quanto à precariedade habitacional que
demandem amplas ações de regularização urbanística e fundiária.
Basicamente, a Prefeitura de Itapetininga deverá acessar recursos de outras esferas
de governo, ou aplicar recursos próprios, para a elaboração de projetos e execução das
ações de regularização urbanística e fundiária nos loteamentos irregulares de baixa renda.

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Fontes de Recursos

 Federal: FNHIS (OGU) - Urbanização, Regularização e Integração de


Assentamentos Precários; OGU - Projetos Prioritários de Investimentos - PPI
(Intervenções em Favelas); FGTS - Programa de Atendimento Habitacional através
do Poder Público - Pró-Moradia; FAT - Projetos Multissetoriais Integrados – PMI;

 Estadual: Urbanização de Favelas – intervenção CDHU; Urbanização de Favelas –


parceria com Municípios; Cidade Legal – Regularização Fundiária; e

 Municipal: Recursos próprios.

Metas de Investimento
O cálculo dos custos de atendimento por inadequação, efetuados no diagnóstico,
balizam a proposta de metas de investimento da Prefeitura no programa:

Tabela 1.4. Custos finais do atendimento da inadequação (R$)


Tipo de intervenção Unidades Valor (em R$)
Urbanização simples 337 R$ 2.359.000,00

Urbanização complexa 78 R$ 1.014.000,00

Regularização fundiária 473 R$ 614.900,00

Total do custo R$ 3.987.900,00


Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

Assim, calculou-se uma escala de atendimento que se ampliará ao longo dos anos.
Visto que o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC mostra-se como um dos
principais programas para atendimento aos assentamentos precários dos municípios,
projetou-se um maior aporte de recursos do Governo Federal no programa:

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Tabela 1.5. Metas de Investimento (R$) – Programa de Regularização Urbanística e


Fundiária de Assentamentos Precários - PPA (2011-2023)
PPA Metas por Esfera Município Estado União TOTAL
de Governo 10% 25% 65% 100%
2011-2013 R$ mil por ano 20,00 50,00 130,00 200,00
R$ Total Período 60,00 150,00 390,00 600,00
2014-2017 R$ mil por ano 30,00 75,00 195,00 300,00
R$ Total Período 120,00 300,00 780,00 1.200,00
2018-2021 R$ mil por ano 35,00 87,50 227,50 350,00
R$ Total Período 140,00 350,00 910,00 1.400,00
2022-2023 R$ mil por ano 40,00 100,00 260,00 400,00
R$ Total Período 80,00 200,00 520,00 800,00
TOTAL Total Período
400,00 1.000,00 2.600,00 4.000,00
2011-2023 R$ mil
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

3.4. Programa de Reforma e Readequação de


Moradias

Este programa tem o objetivo de atender os domicílios de baixa renda que


necessitam de melhorias habitacionais, tais como reforma, conclusão e ampliação da
moradia. Para tanto, serão ofertadas linhas de financiamento e subsídio para o acesso à
material de construção, necessariamente conjugado ao acesso à serviços de assessoria
técnica habitacional, tais como arquitetônico, engenharia, jurídico e social. Além disso,
deverão estar associadas medidas de capacitação de mão-de-obra (do próprio beneficiário
ou de terceiros) que realizarão os serviços.
Para a oferta de assistência técnica, deverá se organizar uma equipe própria da
Prefeitura que possa acompanhar a execução das melhorias habitacionais, contando com
arquiteto, engenheiro, mestre de obras, pedreiro e servente. Essa equipe poderá estar
presente nos bairros a serem atendidos, capacitando os moradores ou coordenando
equipes quando houver a terceirização de serviços.

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Fontes de Recursos

 Federal: Programa Carta de Crédito – FGTS (modalidade operações coletivas e


individual); FNHIS - Ação Provisão Habitacional de Interesse Social - Modalidade:
Assistência Técnica.

 Estadual: PEM - Programa Especial de Melhorias.

 Municipal: Recursos próprios da Prefeitura.

Metas de Investimento

O cálculo dos custos de atendimento por melhorias habitacionais, efetuados no


diagnóstico, balizam a proposta de metas de investimento da Prefeitura no programa:

Tabela 1.6. Custos finais do atendimento da melhoria habitacional (R$)


Tipo de intervenção Unidades Valor (em R$)
Melhoria habitacional 589 R$ 3.534.000,00
Total do custo R$ 3.534.000,00
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

Assim, calculou-se uma escala de atendimento que se ampliará ao longo dos anos,
projetando-se um maior aporte de recursos do Governo Federal no programa, visto que
existem mais linhas de financiamento nessa esfera para este tipo de ação:

Tabela 1.7. Metas de Investimento (R$) – Programa de Reforma e Readequação de


Moradias, por Plano Plurianual - PPA (2011-2023)
PPA Metas por Esfera Município Estado União TOTAL
de Governo 10% 25% 65% 100%
2011-2013 R$ mil por ano 20,00 50,00 130,00 200,00
R$ Total Período 60,00 150,00 390,00 600,00
2014-2017 R$ mil por ano 25,00 62,50 162,50 250,00
R$ Total Período 100,00 250,00 650,00 1.000,00
2018-2021 R$ mil por ano 30,00 75,00 195,00 300,00

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R$ Total Período 120,00 300,00 780,00 1.200,00


2022-2023 R$ mil por ano 35,00 87.50 227.50 350,00
R$ Total Período 70,00 175,00 455,00 700,00
TOTAL Total Período
350,00 875,00 2.275,00 3.500,00
2011-2023 R$ mil
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.27

Os investimentos necessários para a implementação do PLHIs de Itapetininga no


período 2011-2023 somam R$ 299.000.000,00 (duzentos e noventa e nove milhões de
reais), recursos que deverão ser assumidos pelas três esferas de governo em proporções
diferenciadas. A Tabela 1.8 apresenta a síntese de desembolso de cada esfera de governo,
com metas de aporte de recursos em cada PPA compreendido no período.

Tabela 1.8. Investimentos TOTAIS necessários para a implementação do PLHIS de


Itapetininga 2011-2023, por período (R$)

PPA Município Estado União TOTAL

2011-2013 5.300.000,00 12.845.000,00 33.355.000,00 51.500.000,00


2014-2017 8.460.000,00 20.610.000,00 53.530.000,00 82.600.000,00
2018-2021 10.500.000,00 25.710.000,00 66.790.000,00 103.000.000,00
2022-2023 6.390.000,00 15.435.000,00 40.075.000,00 61.900.000,00

TOTAL 30.650.000,00 74.600.000,00 193.750.000,00 299.000.000,00


2011-2023
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011

O investimento do Município no PLHIS corresponde a 10,25% do total a ser


investido no período 2011-2023, enquanto que o Estado deverá responder por 24,95% e a
União por 64,80% dos recursos necessários.
É importante destacar as metas de investimento que devem ser assumidas pelo
Município de Itapetininga para a implementação do Plano Municipal de Habitação de
Interesse Popular no período 2011-2023. Assim, a Tabela 1.9 apresenta a síntese dos
investimentos do município por período, discriminando os aportes a serem feitos em cada
um dos programas.

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Tabela 1.9. Metas de Investimento em Habitação do Município por Plano Plurianual -


PPA (2011-2023)

PPA Programa Investimento em R$


2011-2013 Desenvolvimento Institucional 180.000,00
Provisão de Habitação de Interesse Social 5.000.000,00
Regularização Urbanística e Fundiária 60.000,00
Reforma e Readequação de Moradias 60.000,00
Sub Total 5.300.000,00
2014-2017 Desenvolvimento Institucional 240.000,00
Provisão de Habitação de Interesse Social 8.000.000,00
Regularização Urbanística e Fundiária 120.000,00
Reforma e Readequação de Moradias 100.000,00
Sub Total 8.460.000,00
2018-2021 Desenvolvimento Institucional 240.000,00
Provisão de Habitação de Interesse Social 10.000.000,00
Regularização Urbanística e Fundiária 140.000,00
Reforma e Readequação de Moradias 120.000,00
Sub Total 10.500.000,00
2022-2023 Desenvolvimento Institucional 240.000,00
Provisão de Habitação de Interesse Social 6.000.000,00
Regularização Urbanística e Fundiária 80.000,00
Reforma e Readequação de Moradias 70.000,00
Sub Total 6.390.000,00
TOTAL GERAL – 2011-2023 30.650.000,00
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011

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4. METAS DE ATUAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE

HABITAÇÃO POR PLANO PLURIANUAL (2011-2023)

Como agenda de implementação do PLHIS de Itapetininga, são definidas as


seguintes metas de atuação da Política Municipal de Habitação no horizonte dos próximos
Planos Plurianuais:

PPA 2011-2013
 Constituição e estruturação do Sistema Municipal de Habitação (Secretaria de
Habitação, Conselho de Habitação de Interesse Social, Fundo de Habitação de
Interesse Social)
 Capacitação do Conselho e do Fundo Municipal de Habitação;
 Criação do Sistema de Informações, Monitoramento e Avaliação;
 Conclusão dos empreendimentos habitacionais de baixa renda;
 Elaboração de estudos para urbanização de assentamentos precários;

PPA 2014 – 2017


 Contratação de novos empreendimentos habitacionais de baixa renda;
 Captação de recursos para projetos de urbanização de assentamentos precários;
 Implementação do programa de Reforma e Readequação de Moradias;
 Revisão participativa do Plano Local de Habitação.

PPA 2018 – 2021


 Urbanização dos assentamentos precários e foco em medidas de controle urbano de
ocupações;
 Implementação do programa de Reforma e Readequação de Moradias e foco na
orientação técnica para construção e reforma;
 Revisão participativa do Plano Local de Habitação.

PPA 2021– 2023


 Equacionamento da questão habitacional em Itapetininga;
 Medidas de orientação para melhoria habitacional e de fiscalização de ocupação
indevida.

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5. MONITORAMENTO

O monitoramento de um plano consiste no acompanhamento das ações e verificação se


os seus rumos (diretrizes) estão corretos, possibilitando que as metas sejam atingidas. Mudanças de
rumos, reorientação de ações e até mesmo redução das expectativas do alcance de algumas metas
são parte do processo de planejamento instaurado pelo plano. Nesse sentido, o monitoramento
deve ser entendido como uma peça de orientação e controle do processo dinâmico de
implementação da política municipal de habitação de Itapetininga.
Diante da problemática apresentada no diagnóstico e dos cálculos efetuados a partir da
constatação das necessidades habitacionais presentes e futuras do Município de Itapetininga foi
possível definir os principais programas do PLHIS e estabelecer metas financeiras e de atuação para
atendimento dessas necessidades.
Considerando a realidade institucional do Município, que em um primeiro momento não
comporta a adoção de sistemas de monitoramento mais complexos, com a identificação de metas
quantitativas e qualitativas dentro de cada programa, propõe-se a aplicação dos seguintes
procedimentos de monitoramento nos três anos iniciais de vigência do PLHIS:

a) O sistema de acompanhamento de metas de investimento

Um aspecto fundamental para a avaliação dos resultados do Plano é a comparação do


realizado com as metas e objetivos do mesmo. Este aspecto pode ser avaliado em distintos níveis, o
mais genérico deles se refere à comparação entre o investimento programado e o executado para
cada um dos programas. Os indicadores são os valores utilizados por quadriênio, traduzidas em
METAS ANUAIS em cada programa, conforme previsto nas tabelas 1.1., 1.3., 1.5 e 1.7 do Capítulo
3. Os principais objetivos do sistema em foco são:
1. Identificar transtornos e dificuldades para o cumprimento das metas de investimento, a fim
de identificar as fontes dos mesmos para pôr em prática ações corretivas ou efetuar a
necessária redefinição das metas;

2. Dispor de informação que permita estabelecer uma programação melhor dos investimentos
futuros.

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3. Compartilhar com outros atores sociais e institucionais os acertos das previsões.

A comparação deve ser realizada anualmente e o fórum privilegiado dessa prestação de


contas é o Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social, criado pela Lei Municipal n°
5.264/2008, que tem dentre suas atribuições o acompanhamento e avaliação da Política Municipal
de Habitação, bem como a gestão dos recursos do Fundo Municipal de Habitação de Interesse
Social. Por este motivo o Conselho deve ser constituído o mais breve possível.

b) O sistema de acompanhamento dos objetivos e estratégias de ação


O foco desse sistema é a evolução qualitativa do Plano e os indicadores propostos devem
possibilitar o monitoramento das ações e verificar se os objetivos estão sendo atingidos em cada
etapa ou fase programada pelo plano. Tendo como referencial os objetivos a serem atingidos, o
Quadro abaixo aponta alguns indicadores:

Quadro 1.2. – Indicadores de evolução do PLHIS de Itapetininga

Objetivo Ações Indicadores


1. Promoção de ações de - Constituição imediata do Conselho e do - evolução da dotação orçamentária
desenvolvimento Fundo de HIS municipal para habitação
institucional, para a - instituição de Sistema de Informações - evolução do n° de funcionários na
melhoria da capacidade sobre Habitação área de habitação
de gestão de planos e - Adequação da estrutura de pessoal do
programas habitacionais Departamento de Habitação de Interesse - material de capacitação produzido
Social - n° de eventos de capacitação
- Capacitação dos quadros técnicos da
Prefeitura - n° de funcionários e conselheiros
capacitados
- Formação de gestores e conselheiros
- Produção de leis e normas pertinentes - instrumentos legais de regulação
- Produção de material destinado à produzidos
formação e capacitação

2. Redução progressiva do - Estabelecimento de metas e cronograma - número de UH por


déficit habitacional com a - Elaboração de Programas para empreendimento
produção de lotes habitações rurais - quantidade de diferentes tipologias
urbanizados, produção de
- Instituição de ZEHIS e aplicação de habitacionais em cada
novas habitações e
instrumentos do Estatuto da Cidade para empreendimento
melhoria das condições
de habitabilidade das evitar formação de vazios urbanos - número anual de novas unidades de
habitações existentes - Otimização das redes e serviços sócio- HIS;
ambientais
- Definição de diversidade de soluções: - evolução anual do número de
iniciativas de produção habitacional no
promoção consorciada, cooperativa,

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mutirão, etc. município envolvendo a esfera pública


- Administração e fiscalização de obra em e a privada
parceria com futuros moradores - evolução do estoque de terra da
- Definição de diretrizes para a produção de PMI destinadas a HIS
HIS
- projetos de iniciativa pública
elaborados anualmente, com número
unidades
- comissões de moradores para
acompanhamento de obras
3. Promoção da - Cadastro dos assentamentos precários - número de domicílios em
regularização fundiária e com levantamento cadastral de cada área assentamentos irregulares comparado
urbanística dos - Inventário da condição da moradia rural ao número de domicílios formais por
assentamentos precários faixa de renda:0 a 3 sm; 3 a 5 sm; 5 a
- Universalização da regularização de HIS
com reassentamento de 10 sm
moradores de áreas - Programa especial para erradicação de
moradores de áreas de risco - número de domicílios sem acesso
impróprias e em situação
- Seleção de áreas para reassentamento direto por via pública em favelas
de risco
- Regularização cartorária, aquisição, urbanizadas e regularizadas;
emissão de posse pela Prefeitura - número de famílias em situação de
- Elaboração de projetos de urbanização risco
- evolução anual do número de
domicílios em favelas;
- número de famílias em situações
vulneráveis atendidas pelos programas
sociais do município;
- n° de projetos de urbanização
elaborados e executados;
- n° de levantamentos topográficos
realizados
- n° de remanejamentos e
reassentamentos realizados
- n° de títulos de posse ou
propriedade conferidos
4. Fomento à participação - Controle dos parcelamentos rurais para - número anual de convênios firmados
da iniciativa privada na fins residenciais com a iniciativa privada, governo
produção de HIS em - Subordinação da localização das novas federal e estadual
terrenos bem localizados e unidades de HIS ao PLHIS - valores conveniados
com um novo patamar de - Observação das diretrizes previstas para
qualidade a produção pública de HIS - produção habitacional privada
- Elaboração de normas de composição - evolução do atendimento do déficit
das unidades por faixa de renda habitacional e déficit qualitativo no
- Regulação dos contratos de parcerias município
com Poder Público - Evolução do atendimento da
- Acompanhamento pelo Conselho demanda futura por novas moradias.
Fonte: elaboração DEMACAMP, 2011.

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c) Avaliação participativa

A Avaliação Participativa constitui procedimento que deve permear todo o processo


de monitoramento. No triênio inicial do PLHIS de Itapetininga a avaliação participativa será
centrada no Conselho Municipal de Habitação, que definirá um pequeno número de
indicadores a serem utilizados anualmente para avaliação da execução do Plano.

É importante que seja realizada também a avaliação pós-ocupação dos


empreendimentos promovidos no período, de modo a levantar o grau de satisfação das
famílias beneficiadas pelos programas de habitação vinculados ao PLHIS. Estas pesquisas
deverão ser periódicas (anuais) e deverão avaliar a qualidade do projeto, índice de
inadimplência, conservação das áreas coletivas, adaptações posteriores ao projeto inicial, e
demais aspectos relacionados ao referido empreendimento.

Ainda no primeiro triênio deve ser realizada a Conferência Municipal de Habitação,


que se constituirá em fórum privilegiado para a avaliação e (re) definição das metas
previstas nos quatro programas propostos pelo Plano.

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Federal, Brasília, 2004.

OLIVEIRA, Elzira Lúcia de; GIVISIEZ, Gustavo Henrique Naves; RIOS-NETO, Eduardo Luiz
Gonçalves. Demanda futura por moradias no Brasil 2003-2023: uma abordagem
demográfica. Brasília: Ministério das Cidades, 2009.

ROSSETTO, Rossella. Metodologia para dimensionamento de custos e metas em planos


habitacionais. Aula proferida no curso “Metodologia e Informações Básicas para Elaboração
de Planos Locais e Regionais de Habitação”. São Paulo: Casa da Cidade, 2009.

Leis, Decretos, Pareceres e Regulamentos

BRASIL, Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001 – Estabelece diretrizes gerais da Política
Urbana (Estatuto da Cidade).

BRASIL, Lei Federal nº 11.124 de 16 de junho de 2005 – Dispõe sobre o Sistema Nacional de
Habitação de Interesse Social (SNHIS), cria o Fundo Nacional de Interesse Social (FNHIS) e
institui o Conselho gestor do FNHIS.

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ANEXO

REGISTRO DO
PROCESSO
PARTICIPATIVO DA
ETAPA 3

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REGISTRO DO PROCESSO PARTICIPATIVO


ETAPA 3. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

O processo de elaboração da terceira etapa (Estratégias de Ação) do Plano Local


de Habitação de Interesse Social de Itapetininga teve como objetivo a construção das
propostas da política municipal de habitação, à luz da contextualização da problemática e
das necessidades locais abordadas no Diagnóstico.
A etapa ocorreu entre outubro e dezembro de 2011 e foi finalizada com a
realização de uma Audiência Pública, ocorrida em 23.11.2011, que reuniu membros do
poder público local e de instituições públicas, da sociedade civil e também membros
representantes do movimento e associações de moradia da cidade. No âmbito do poder
público local, esteve presente a equipe da Secretaria Municipal de Planejamento,
representada no Grupo de Trabalho estabelecido para subsidiar a elaboração do Plano.
O encontro realizado contemplou também um caráter deliberativo e teve como
objetivo o debate, a pactuação, formulação e definição dos objetivos, diretrizes, metas e
estratégias de ação do Plano de forma a garantir legitimidade e aplicabilidade da política
local de habitação. A atividade procurou associar ao debate técnico a capacitação dos
atores envolvidos para implementação e acompanhamento da Política Habitacional
formulada, tendo em vista que permitiu a orientação e esclarecimento sobre questões
ligadas ao planejamento e política urbana, diante da contextualização da problemática
habitacional da cidade.
A seguir, são apresentadas as fotos e a lista de presença da atividade.

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Fotos da Audiência Pública

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Lista de Presença da Audiência Pública

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