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Etapa
2ª Fase: CONHEÇA SUA BÍBLIA – ANTIGO TESTAMENTO.
Tempo
10 meses – 1 estudo introdutório, 39 estudos com exercícios e compartilhar.
Visão
Voltar à Palavra de Deus para conhecê-lo e ter caráter e relacionamentos
transformados.
Objetivos
Após o curso os alunos terão facilidade para:
1. Relacionar fatos, personagens e livros do Antigo Testamento.
2. Identificar os modos de Deus agir na história.
3. Demonstrar o relacionamento de Deus com o seu povo no período do Antigo
Testamento e suas implicações.
4. Descobrir o caráter dos servos de Deus, bem como a verdadeira espiritualidade
demonstrada na vida do povo de Israel.
Metodologia
Exposição e análise de texto bíblico com reflexão, vivência e compartilhar, buscando
mudança de valores e de atitudes. O trabalho pedagógico demandará três aspectos: a
busca individual através de exercícios (Entrando em forma), oração e leitura bíblica
diária; a realização conjunta por meio da exposição compartilhada e do trabalho em
pequenos grupos para reflexão e relacionamento.
Uma boa opção pedagógica, ficando na liberdade do facilitador usar ou não, é o
COMPANHEIRO DE CAMINHADA. O facilitador divide os alunos em duplas, sendo homens com
homens e mulheres com mulheres, para que ambos possam compartilhar em horários
que não sejam os da Escola Bíblica (ou pessoalmente ou por telefone ou e-mail), para
oração, crescimento, tirar dúvidas, etc.
Tema
CAMINHANDO SOB A LUZ DE DEUS I
Texto
“Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para os meus caminhos. ” Salmo
119.105
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Assuntos
POÉTICOS
18. Os filhos de Deus e o sofrimento
19. Louvor a Deus: a gratidão de um povo
20. O caráter do sábio
21. A conclusão da vida
22. Celebrando o amor
Leitura Bíblica
Para você ter um melhor proveito dos estudos, além de estudar a lição e responder os
exercícios, leia os capítulos da Bíblia propostos na “Leitura Semanal”. A proposta é que
você leia o Velho Testamento em 40 semanas (aproximadamente 10 meses). A leitura
está em ordem cronológica dos acontecimentos ocorridos com o povo de Deus. Tenha
um caderno de anotações para anotar o que ficou importante para você na leitura e
eventuais dúvidas para perguntar ao facilitador.
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S Gênesis 01 a 04
T Gênesis 05 a 07
Q Gênesis 08 a 10
Q Gênesis 11 e 12 & Jó 01 e 02
S Gênesis 13 e 14 & Jó 03 e 04
S Gênesis 15 e 16 & Jó 05 e 06
PENTATEUCO
HISTÓRICOS POÉTICOS
Composição
do Antigo
Testamento
1. Conteúdo
Os reformadores reafirmaram o que nos primeiros séculos do cristianismo era afirmado pelos
cristãos com suas próprias vidas. A Bíblia É e CONTÉM a Palavra de Deus.
BÍBLIA – palavra de origem grega PALAVRA DE DEUS – É todo o conteúdo da Bíblia
cujo significado literal é “livros”. A revelando o pensar e o agir de Deus antes e na história,
Bíblia é uma coleção de livros e está bem como o seu caráter, a sua vontade, as suas
dividida em duas partes: o Antigo declarações e afirmações. A Palavra de Deus escrita é a
Testamento (que contém 39 livros) e forma de preservá-la para testemunho a todos os povos
o Novo Testamento (com 27 livros), e culturas, declarando em todos os tempos que o Deus
fazendo um total de 66 livros. eterno, Criador e Mantenedor de toda a vida, é Fiel.
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Deus, na sua infinita sabedoria e para manifestar a sua glória resolveu tornar-se conhecido.
Sendo assim, Ele estabeleceu comunicação com a raça humana, obra das suas mãos. Deus,
então, é o comunicador; a Bíblia é o veículo, ou meio da comunicação de Deus; e o homem é
o alvo dessa comunicação de Deus.
Alguém pode até dizer que a Bíblia contém mistérios, profecias e parábolas impossíveis de ser
entendidas. Nesse caso, a própria Bíblia nos dá um conselho em Deuteronômio 29.29. A
experiência dos missionários é prova suficiente de que qualquer pessoa, de qualquer cultura
pode compreender a comunicação de Deus através da sua Palavra.
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4. Revela a vontade daquele que fala
A Bíblia é o nosso referencial, a nossa bússola, por que ela manifesta com clareza à vontade
de Deus para nossas vidas. Se obedecermos a sua Palavra, certamente estaremos fazendo a
sua vontade. O salmista diz que só há uma maneira de não pecar contra o Senhor: é se
guardarmos no coração a sua Palavra (Sl 119.11). Semelhantemente o evangelista Mateus diz
que errar demonstra desconhecimento das Escrituras e do poder de Deus (Mt 22.29).
De Gênesis a Apocalipse Deus revela, de maneira clara, a sua vontade para que o seu povo
tenha sempre a direção certa e possa à medida que caminha tomar as decisões corretas que
louvam e glorificam ao Senhor.
É assim que em Isaías 1, depois de declarar o pecado de Israel, Deus os convida para uma
mudança de posição (Is 1.18-20). E em Isaías 55 Deus faz um convite esperando uma resposta
por parte dos seus ouvintes (Is 55.1-7). A conclusão de tudo é que a Palavra de Deus jamais
fica sem resposta (Is 55.11).
6. Oração de compromisso
“Desvenda Senhor os meus olhos para que eu contemple as maravilhas da tua Lei. ”
Salmo 119.18
Escreva um compromisso com Deus em relação a sua Palavra.
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1. Introdução ao Pentateuco
O Pentateuco é um conjunto de cinco livros reconhecido como da autoria de Moisés, também
chamados de “a Lei” ou os “cinco rolos da Lei”. Dois aspectos são distintos no Pentateuco:
Relacionamento de Deus com o seu povo, o qual é visto no chamado de Abraão e dos
demais patriarcas, na libertação do povo do Egito, na separação do povo para a santidade,
na disciplina e cuidado enquanto caminham para a posse da terra prometida e na fidelidade
de Deus no cumprimento de suas promessas.
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Assim temos o seguinte quadro:
O lado humano
Gênesis Ruína – através do pecado do homem.
Êxodo Redenção – pelo “sangue” e “poder”.
Levítico Comunhão – com base na expiação (sacrifício).
Números Orientação – direção pela vontade de Deus.
Deuteronômio Destino – mediante a fidelidade de Deus.
O lado divino
Gênesis Soberania divina – na criação e eleição.
Êxodo Poder divino – na redenção e emancipação.
Levítico Santidade divina – na separação e santificação.
Números Bondade e severidade divina – julgando e cuidando.
Deuteronômio Fidelidade divina – na disciplina e no destino.
(Extraído da obra “Examinai as Escrituras” de J. Sidlow Baxter, editado por Edições Vida Nova, 1992).
2. Conteúdo
A palavra Gênesis significa “no princípio” ou “em princípio”. Nesse livro escrito por Moisés,
vamos encontrar o relato da criação e de todos os aspectos e implicações que se seguiram à
manifestação do poder criador de Deus, conforme o esboço a seguir:
3. Contexto
No relato de Gênesis, Deus revela a Moisés como Ele Quem é Deus?
mesmo criara todas as coisas, tendo como ponto de
partida a palavra princípio. “No princípio criou Deus o céu .................................................................................
e a terra”. É assim que o universo é formado pelo poder da .................................................................................
Palavra de Deus (Hebreus 11.2). .................................................................................
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UMA VISÃO DO MUNDO BÍBLICO
Extraído da obra “Conhecendo minha Bíblia”, Ralph W. Neighbour Jr., editado por Ministério Igreja em Células.
DEUS ETERNO Antes da criação do universo Ele já estava lá. Ele estabelece os limites de
tempo. A palavra “princípio” dá essa ideia de que a partir dali começa-se a contar o tempo,
e a história tem seu início. Ele encerra tudo dentro desse tempo, mas Ele mesmo fica fora
dele, pois é eterno (2 Pe 3.8). Ele também estabelece os limites de espaço… criou os céus
e a terra… o céu e a terra são pontos que estabelecem limites de espaço. Deus, porém,
está fora desses limites (Sl 90.2; Is 66.1).
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Os evolucionistas querem que, em nome da “ciência”, creiamos que um universo tão
grande e tão complexo seja mero produto do tempo e do acaso. Gênesis apresenta o
universo como resultado da criação. Deus é o criador e todas as coisas criadas têm uma
finalidade (Cl 1.16).
DEUS JUIZ Tendo Adão e Eva desobedecido a ordem de Deus, Ele os chama para a
prestação de contas. Não tendo eles como se justificar, Deus os expulsa do jardim do Éden
e eles passam a viver com a condenação de morte com a qual foram julgados. O ser
humano não suporta essa ideia, por isso, a qualquer custo quer que acreditemos que no
final Deus deixará a todos na impunidade (Gn 3.23-24; Ap 21.8).
DEUS DA ALIANÇA Em Gênesis Deus se revela estabelecendo aliança com Adão (2.15-
17), com Noé (cap. 9) e com Abraão (15.12-21).
DEUS QUE INTERVÉM PARA MUDAR A HISTÓRIA A ação de Deus na vida de pessoas
em Gênesis tem um significado muito especial. Ele intervém para salvar, para constituir
família, para disciplinar, para mudar de cidade, para mudar a vida de um povo e muitas
outras situações. Para exemplo podemos destacar a vida de Abraão e a vida do Egito (12-
25; 39-50).
5. Compartilhar
1) Quais as mudanças que Deus operou na história da sua vida?
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Entrando em forma
ESTUDO 01 – No princípio: acontecimentos e personagens
Livro: Gênesis
Nº de Capítulos: 50
Escritor: Moisés
Época: Provavelmente por volta de 1400 a.C.
1. O livro de Gênesis faz parte do Pentateuco ou os “5 Livros da Lei”. Quais são os outros
4 livros que compõem o Pentateuco?
4. Em Gênesis capítulo 1 está escrito a ordem na qual Deus criou todas as coisas.
Escreva essa ordem abaixo:
1º Dia 5º Dia
2º Dia 6º Dia
3º Dia 7º Dia
4º Dia
6. O capítulo 3 de Gênesis trata da Queda ou Pecado Original cometido por Adão e Eva.
Na sua opinião, o que teria sido esse pecado?
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7. Qual a mais trágica consequência do pecado de Adão e Eva?
12. Qual poderia ser o sentimento por trás das construções da cidade e da torre de
Babel? (11.1-4)
13. O que Deus de fato queria com a confusão das línguas em Babel?
14. Deus queria começar um povo que lhe fosse obediente. Para isso, Ele chamou Abraão
e lhe deu uma ordem. Que ordem Deus deu a Abraão?
11
15. Qual foi a atitude de Abraão em relação à ordem de Deus?
16. Quais outros três personagens formaram com Abraão os patriarcas do povo de Israel?
, ,
e
Nome dos filhos de Jacó com Zilpa: e
12
…do dilúvio:
…da torre de Babel:
…do chamado de Abraão:
…de Melquisedeque:
…de Deus mudar o nome de Abrão e Sarai:
…da circuncisão:
…da destruição de Sodoma e Gomorra:
…do nascimento de Isaque:
…de Deus provar a Abraão pedindo o sacrifício de Isaque:
…do nascimento de Jacó:
…da fuga de Jacó:
…de José vendido pelos irmãos:
…de José interpretando o sonho de Faraó:
…de José governador do Egito:
1. Por que é importante para o cristão conhecer e crer no relato do livro de Gênesis?
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1. Conteúdo
O livro de Êxodo começa com a expressão “e estes são os nomes” (1.1), o que dá a ideia
de ser uma continuação de Gênesis. A referência tem a ver com a família de Jacó e sua
entrada no Egito.
Nos 40 capítulos de Êxodo, Moisés apresenta o grande livramento de Deus na vida do seu
povo e todas as implicações que envolveram esse grande acontecimento que, enquanto
fato histórico, aponta para a redenção espiritual do Israel de Deus, formado por pessoas
de todas as raças, tribos, línguas e nações. O conteúdo de Êxodo pode ser assim
representado:
1 12 35 40
Faraó Deus Moisés
Escravidão Libertação Gratidão
14
2. Contexto
Israel foi para o Egito quando José era governador. Uma grande fome assolava a terra, mas
no Egito havia fartura, isso, porque Deus havia mandado para lá um dos filhos de Jacó e
este foi usado por Deus para preservar a descendência de Abraão (Gn 45.5-8; 50.19-21).
Toda a família de Jacó que entrara no Egito somava 70 pessoas (1.5).
Depois da morte de José, houve uma mudança de governo, ou dinastia, no Egito. O novo
Faraó não conhecera José e temendo uma rebelião dos estrangeiros que habitavam no
Egito, especialmente dos hebreus (israelitas), em virtude do seu crescimento populacional,
os escravizou (1.8-14).
3. Escravidão
É nesse contexto de dura servidão que nasce
Pergunte as pessoas que estão a sua direita e
Moisés, descendente da tribo de Levi, filho
a sua esquerda o que elas entendem por
de Anrão e Joquebede. Ele é salvo da morte liberdade. Anote as respostas abaixo.
sendo resgatado do rio pela filha de Faraó e
criado no Egito como filho da princesa. Por .................................................................................................................
causar a morte de um egípcio, foge para o .................................................................................................................
deserto de Midiã, onde se casa com Zípora. .................................................................................................................
No alto do monte Horebe, admirado com um
.................................................................................................................
arbusto (tipo de vegetação) que está em .................................................................................................................
chamas, mas não se queima, Moisés ouve a .................................................................................................................
voz de Deus e é por Ele comissionado para .................................................................................................................
conduzir o povo para fora do Egito. Depois .................................................................................................................
de muito relutar, somente tendo recebido .................................................................................................................
poderes miraculosos e a ajuda de Arão é que .................................................................................................................
Moisés resolve voltar ao Egito para falar a .................................................................................................................
Faraó sobre a libertação do povo. Foi .................................................................................................................
necessário acontecer 10 catástrofes .................................................................................................................
(pragas), cada uma enviada por Deus para .................................................................................................................
mostrar aos egípcios que seus deuses não .................................................................................................................
podiam livrá-los, mas, o Deus dos hebreus .................................................................................................................
era o único Senhor: “E saberão os egípcios
que eu sou o Senhor” (7.5). A morte dos primogênitos (primeiro filho) foi a mais dura
tragédia para Faraó que imediatamente quase expulsou os israelitas do Egito. O povo
estava pronto para partir, como lhe ordenara o Senhor, com seus poucos objetos (pois
eram escravos) e com os presentes dados pelos egípcios. São aproximadamente 3 milhões
de pessoas que deixam o Egito e rumam para a terra prometida pelo Senhor onde Abraão,
Isaque e Jacó haviam morado. Terra que emanava leite e mel, mas, sobretudo, terra de
liberdade. Faraó, arrependido de ter permitido a saída do povo, ajunta o seu exército e sai
em perseguição aos israelitas, encontra-os diante do mar Vermelho e é detido por Deus
até que todo o povo atravesse o mar Vermelho. Faraó e seu exército foram mortos e o
povo recomeça a caminhada. No Sinai, enquanto Moisés sobe ao monte a fim de receber
as tábuas da Lei, o povo convence Arão, responsável pela vida espiritual do povo naquele
15
momento, a fazer um bezerro de ouro para ser adorado e festejado como se fosse Deus.
O Sinai foi para o povo um lugar de impaciência, rebeldia, falsa adoração, de juízo, de
intercessão, de perdão, de conhecer a vontade de Deus através dos 10 Mandamentos que
trata do relacionamento do povo com Deus e cada um com o seu próximo; e da lei
cerimonial, que trata do culto a Deus e tem como figura central o tabernáculo sendo a
casa ou habitação de Deus.
4. Libertação
A permanência de Israel no Egito foi de aproximadamente 400 anos conforme Deus havia
dito a Abraão em Gênesis 15.13-14. Foi um período de dura escravidão, entretanto, sua
libertação foi tão fascinante que serve como comparação da libertação espiritual realizada
por Cristo.
Como escravo do Egito, Israel estava sujeito aos seus limites. Qualquer um que
ultrapassasse as fronteiras seria tido como fugitivo e, consequentemente, poderia ser
punido com a morte. Israel, portanto, estava condenado a viver dentro dos limites do
Egito. Faraó sabia que se Israel ultrapassasse as fronteiras, dificilmente ele conseguiria
trazê-los de volta. Desta forma, por ocasião da quarta praga, Faraó chama Moisés e lhe
diz: “Ide, oferecei sacrifício ao vosso Deus nesta terra” (8.25). Enquanto Israel estivesse
nos limites do Egito, eles continuariam sendo escravos.
O apóstolo Paulo diz: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o
reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). Cristo nos conduziu para fora dos limites do império
que escraviza e oprime (Jo 8.36).
Após a morte dos primogênitos, Israel sai do Egito, mas Faraó não quer perder o domínio
sobre seus escravos. Então, numa demonstração de poder e força, Faraó reúne todo o seu
exército e o seu povo e sai para subjugar novamente a Israel (14.5-9). No mar Vermelho
Deus manifesta o seu poder e extermina completamente o poder do Egito (14.28-31).
Vendo o livramento do Senhor, Moisés entoa um cântico (15.1-19).
Paulo diz que Cristo nos livrou do domínio da morte (Rm 6.9) e do domínio do pecado (Rm
6.14). O autor de Hebreus nos diz o que Cristo fez com sua morte (Hb 2.14-18). É o grande
livramento de Deus.
Certamente Israel sai do Egito, mas, os 400 anos passados com os egípcios influenciou
profundamente os descendentes de Abraão. Essa influência é percebida quando Moisés
sobe o monte Sinai e o povo fica só. O povo se impacienta com a demora de Moisés e
16
resolve construir seu próprio deus. O bezerro de ouro (cap. 32) não surge por acaso: ele é
resultado da influência do Egito. O principal deus egípcio era “Apis”, representado por um
touro. Adorando ao bezerro de ouro Israel estava imitando os egípcios. O Sinai é lugar de
cortar o vínculo espiritual com o Egito. Para tanto, Moisés:
Deus fez uma aliança com o povo que tem a ver com fidelidade (34.10-17). O apóstolo Paulo
exorta aos que foram libertos pelo poder de Deus que não se submetam a práticas de
idolatrias, pois alguns ainda não estão livres da influência que receberam quando ainda eram
escravos (I Co 8.5-7; 10.14-22).
Quando Israel começa a experimentar a tão sonhada liberdade, por mais absurdo que pareça,
o povo desejou voltar ao cativeiro; teve saudades do Egito. Dois fatores trouxeram à mente
do povo as lembranças da terra do Egito: a fome e a sede (16.1-3; 17.1-3). As lembranças do
Egito ainda estavam muito vivas na memória do povo. Para eliminá-las Deus faz um milagre:
Ele manda carne (codornizes) e pão (o maná) e faz sair água da rocha (16.11-21; 17.5-6).
O apóstolo Paulo nos fala da mudança que deve acontecer na mente daqueles que foram
salvos pela graça de Deus e que agora caminham em liberdade (Tt 2.11-14). As lembranças
do passado que deveriam nos levar a cometer as mesmas atitudes pecaminosas são
substituídas por uma nova maneira de pensar e de agir (Cl 3.1-17).
5. Conclusão
A ênfase de Êxodo está no Deus libertador. O seu poder se manifesta para livrar os filhos de
Israel do domínio, do poder, da influência e das lembranças do Egito. Esse fato chama a
atenção para a história da salvação de como Deus manifestou o seu poder para salvar o
pecador por meio de Jesus Cristo.
6. Compartilhar
1) O que representa liberdade para você?
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Entrando em forma
ESTUDO 02 – Livres para servir
Livro: Êxodo
Nº de Capítulos: 40
Escritor: Moisés
Época: Provavelmente por volta de 1400 a.C.
1. Quando começa a narrativa de Êxodo, onde estavam os israelitas e por que foram para
lá?
2. Depois da morte de José, dois fatos acontecem aos filhos de Israel. Mencione-os (1.7,13).
18
6. Como Deus se apresenta a Moisés diante da sarça ardente? (3.6,14)
7. Qual a reação de Moisés quando Deus o enviou para tirar Israel do Egito?
8. Sob que condições Moisés aceitou ir ao Egito para libertar o seu povo? (4.21)
9. Qual a atitude de Faraó quando Moisés lhe disse para deixar ir os filhos de Israel?
(5.1-14)
10. A Páscoa deveria ser celebrada perpetuamente pelos filhos de Israel? Por quê?
(12.14,12)
11. Que ordem Deus deu a Moisés diante do mar Vermelho? (14.15-16)
12. Qual a atitude de Moisés quando Deus havia decidido exterminar o povo por causa do
bezerro de ouro? (32.10-14)
19
1. Quantos anos Moisés viveu no Número dos homens a pé que
Egito: saíram do Egito:
Quantos anos Moisés passou no A ordem dos chefes dada pelo sogro de
deserto: Moisés:
, , e
, ,
Nome dos que foram ordenados como , e
sacerdotes:
20
5ª
6ª
7ª
8ª
9ª
10ª
21
1. Conteúdo
O primeiro verso de Levítico comunica a ideia central do livro: “Chamou o Senhor a Moisés e,
da tenda da congregação, lhe disse: …” (1.1). O Senhor chamou ou, o Deus que chama, é o
centro do terceiro livro de Moisés que pode ser dividido da seguinte maneira:
Expiação
22
2. Contexto
O povo de Israel continuava acampando na região do Sinai. Os últimos capítulos de Êxodo
narram a escolha dos sacerdotes, a preparação das vestes sacerdotais e do óleo da unção,
bem como foram acabados o tabernáculo e todos os seus utensílios.
Assim, a narrativa de Êxodo termina com tudo pronto. É, então, nos vinte e sete capítulos de
Levítico que temos o relato do início do funcionamento do tabernáculo.
3.1. SACRIFÍCIOS
A justiça de Deus não permite impunidade, mas para mostrar sua graça Ele apresenta
livramento para o seu povo. Os sacrifícios são a maneira pela qual Deus pune uma vítima
inocente em lugar do pecador culpado. Nos sacrifícios observam-se dois aspectos:
No livro de Levítico jorra muito sangue. Isso aponta para um fato: “Por que a vida da carne
está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma,
porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. ” (17.11).
3.2. SACERDOTE
Ser descendente de Levi (a tribo de Levi foi separada por Deus para o ministério sacerdotal.
Começa com Arão e seus filhos.)
23
• O sangue na orelha significa cobrir os sentidos (lavar a
mente – santidade no pensar);
• O sangue na mão direita significa santidade no trabalho
diário.
• O sangue no pé direito significa santidade no andar
diário.
SEM PURIFICAÇÃO O RESULTADO É CONTAMINAÇÃO. EM VEZ DE ABENÇOAR
VAI CONTAMINAR.
Por a vida no altar de Deus para receber os dons e em
seguida reapresentá-los a Deus com a certeza de que
pertencem a Ele e que é necessário prestar contas. SEM
CONSAGRAÇÃO O RESULTADO É AUTO-GLORIFICAÇÃO.
Extraído da obra “Examinai as Escrituras” de J. Sidlow Baxter, editado por Edições Vida Nova, (1992).
O tabernáculo era o referencial da presença de Deus no meio do povo. De certa forma, ele
era a resposta de Deus para o desejo de Moisés: “Se a tua presença não vai conosco não nos
deixe subir deste lugar. ” (Êx 33.12-16).
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O tabernáculo assume papel muito importante na vida do povo. É lá que Deus vai se dirigir ao
povo por meio de Moisés e é lá que o povo vai se dirigir a Deus por meio do sacerdote. Todas
as ofertas e todos os sacrifícios serão levados e efetuados ali. É, por assim dizer, o lugar da
adoração; é o centro da vida espiritual e política de Israel.
Coatitas
Para refletir
Nessa primeira parte de Levítico vimos que para
o povo “chegar a Deus” era necessário sacrifício ..............................................................................................................
..............................................................................................................
e sacerdote. Agora compare tudo com João
..............................................................................................................
1.29,36; Hebreus 4.14-16; Hebreus 9.11-28;
..............................................................................................................
Hebreus 10.19-22. Escreva nas linhas ao lado
como você se encontra em relação a Deus (Longe ..............................................................................................................
coisa?). ..............................................................................................................
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4. Como ficar em Deus
À vontade de Deus para o seu povo era que este pudesse andar na Sua presença e não apenas
ter encontros ocasionais com Ele. Levítico mostra que meio Deus oferece para tornar isso
possível.
A santidade do povo estava intimamente ligada à santidade de Deus (10.3). A razão única para
o povo de Deus ser santo era que Ele era Santo (19.1-2). A ideia de santidade, apresentada em
Levítico, tem dois aspectos:
Deus ordena a Moisés que estabeleça datas para que haja festa no acampamento do Seu povo.
As festas estão relacionadas a acontecimentos nos quais Deus interviu na vida do povo ou para
agradecer as bênçãos recebidas. Assim temos:
A ideia de pertencimento aparece ora do povo em relação a Deus (Lv 26.12; Is 43.1), nesse
aspecto Deus chamou Israel para que fosse seu povo; ora de Deus em relação ao povo (Lv
11.44-45; Dt 7.9). Deus se apresenta como o Deus de Israel.
Esse aspecto do chamado de Deus assume importância muito grande, tanto no que diz
respeito à coletividade, ou seja, o povo, quanto aos indivíduos em particular. Eles precisam
assumir que são diferentes de todos os demais povos e indivíduos da terra.
Esse fato vai influenciar diretamente a questão do pensar e do agir. Diz respeito à mudança
de valores e de atitudes. O chamado para ser muda a mentalidade e o propósito da vida. Foi
assim com Abraão (Gn 12.1-3). Ser bênção é o novo propósito de Abraão. O que faz de Israel
ser diferente é seu relacionamento com Deus e com o próximo (Êx 7.16; Lv 19.1-37).
O apóstolo Paulo fala qual deve ser o propósito da vida do cristão (Cl 3.12-17).
Fica bastante claro que o chamado de Deus não é temporário, passageiro ou transitório. Pelo
contrário, a atitude de Deus de chamar, tem caráter eterno porque baseia-se em alianças
eternas. Quando Deus chama a Abraão Ele diz: “… em ti serão benditas todas as famílias da
terra. ” (Gn 12.3b). A ideia é um projeto duradouro. Quando Deus faz a promessa da terra a
Abraão Ele afirma: “porque toda essa terra que vês, eu te darei, a ti e à tua descendência, para
sempre. ” (Gn 13.15). Quando Deus fala sobre a festa das primícias Ele diz: “… é estatuto
perpétuo, por vossas gerações, em todas as vossas moradas. ” (23.14).
O apóstolo Paulo fala que a nossa esperança não está limitada a esta vida (I Co 15.19). O
Senhor Jesus, consolando os discípulos, afirma que o seu projeto ultrapassa esta vida (Jo 14.3).
Baseado nisso, afirmamos que o chamado de Deus implica em permanecer para se apropriar
de tudo o que Deus prometeu.
Obedecer a Deus vai fazer parte da vida do povo, mais precisamente do seu relacionamento
com o Senhor. A obediência, como resultado do amor e do temor a Ele, por reconhecer que
tudo o que Ele ordena será sempre o melhor para a vida (Êx 24.7).
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O apóstolo Paulo fala da obediência do coração, que não é imposta, mas flui do seu interior,
tendo em vista estar repleto da Palavra de Deus (Rm 6.17).
O chamado de Deus implica em obediência, pois isso tem a vem com a vida dos seus filhos (Dt
30.15-20).
6. Compartilhar
1) De que maneira podemos demonstrar o chamado de Deus em nossas vidas?
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Entrando em forma
ESTUDO 03 – O Senhor chamou
Livro: Levítico
Nº de Capítulos: 27
Escritor: Moisés
Época: Provavelmente por volta de 1400 a.C.
7. De que maneira Arão deveria entrar no santuário e com o quê no dia da Expiação?
(16.1-4)
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10. Quantas vezes você já conseguiu ler o livro de Levítico todo?
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1. Conteúdo
2. Contexto
Do final do livro de Êxodo
até o início de Números há Você saberia dizer…
um intervalo de … o número de membros da sua igreja:
aproximadamente um mês. … o número de membros de sua denominação:
Nesse período, foi dado … o número de evangélicos em seu país:
todas as ordenanças de … o número de cristãos no mundo:
Levítico e, desde a saída do
Egito, já havia se passado
cerca de um ano. Começa, então, a preparação para partirem do Sinai; era, pois, necessário
saber quantos homens preparados para a guerra havia entre o povo. Por isso, o livro
começa com uma ordem de Deus a Moisés para ser levantado o censo. O resultado foi
603.550 homens, de vinte anos para cima.
3. A preparação (cap. 1 a 9)
O período de preparação pode ser dividido em duas partes:
Tendo como base o número de homens aptos para a guerra, calcula-se que o número dos
filhos de Israel, naquele momento, ultrapassava os dois milhões de pessoas. Para que
houvesse ordem e segurança, o povo foi distribuído por tribo e assentado cada tribo no seu
devido lugar.
Depois da contagem dos homens com idade acima de 20 anos era necessário, também, contar
os levitas, entre os contados acima de 30 a 50 anos achou-se 22 mil. Novamente nos
deparamos com uma questão de quantidade e disciplina. Quando eles partissem, cada um
deveria estar ciente do seu trabalho, assim, todos participariam e não sobrecarregaria
ninguém. A distribuição era a seguinte:
GUERRA COMUNHÃO SERVIÇO
Soldado Sacerdote Levita
Guerreiro Adorador Obreiro
603.550 Arão, Eleazar e Itamar 22.000
Há uma diferença entre o trabalho dos sacerdotes e o trabalho dos levitas. Os sacerdotes eram
encarregados do trabalho cerimonial, sacrificial e espiritual do Tabernáculo. Já os levitas
32
tinham a responsabilidade de armar e desarmar, carregar, zelar, bem como cuidar dos animais
para o sacrifício e preparar o incenso para o tabernáculo.
No Novo Testamento, as três funções parecem estar presentes em cada crente. Ele é, ao
mesmo tempo, sacerdote (I Pe 2.9), soldado (II Tm 2.3-4) e servo (Gl 5.13).
Novamente Deus traz à tona a questão da santidade (5.1-4). Lançar fora do acampamento o
imundo e o leproso é mais do que uma questão cerimonial ou de por em risco a saúde; é,
sobretudo, uma questão espiritual. Em muitos lugares nas Escrituras essas duras atitudes de
separar pessoas do meio do povo tem uma comparação com o pecado. Nesse caso, a ideia é
que santidade exige uma separação de tudo o que pode contaminar os filhos de Deus. O verso
3 esclarece essa ideia: “tanto homem como mulher os lançareis; para fora do arraial os
lançareis, para que não contaminem o arraial, no meio do qual eu habito. ” (Lv 5.3). O
compromisso do povo com a santidade está relacionado diretamente com a presença do Santo
no meio deles. Enquanto Deus estiver no meio do Seu povo a resposta deste será sempre um
compromisso com a santidade. Essa é a qualidade que jamais os filhos de Deus devem perder
(Hb 11.14-17).
Por fim, a celebração da Páscoa. Por meio dela o povo estava reafirmando sua fé em Deus, no
Deus que os libertara do Egito e que os estava levando para a terra prometida a seus pais. A
Páscoa é, por assim dizer, a confirmação de que eles sabem por que estão ali e para onde
estão indo.
____________ ____________
___________
33
Assim, eles partem do Sinai e em poucos dias chegam a Cades-Barnéia, ficando muito
próximos de Canaã. Eles haviam saído do Egito há dois anos; alguns dias os separavam da terra
do descanso, mas, somente 38 anos mais tarde é que puderam tomar posse da terra
prometida.
Deus ficou desgostoso com aquela geração e disse: “é povo de coração transviado, não
conhece os meus caminhos. Por isso, jurei na minha ira: não entrarão no meu descanso. ” (Sl
95.10-11). O fato de não conhecer os caminhos do Senhor fez que Israel se perdesse às portas
de Canaã e, em vez de continuar, voltou para o deserto e lá ficou até que morresse toda a
geração que viram as maravilhas do Senhor, mas desviaram dele o seu olhar e se perderam.
Quando Israel saiu do Egito, com ele saíram outros grupos de pessoas semitas que estavam
vivendo debaixo da mesma escravidão, Êxodo 12.38 refere-se a um misto de gente, ou
enxame. Até aí não há nenhum problema, mas por falta de sabedoria, ou por que houvesse
laços familiares entre eles, Israel não efetuou a devida separação. O que eles tinham em
comum, estava no passado, era a escravidão. Já que estavam livres, cada um deveria tomar o
seu rumo. Israel, todavia, permitiu que eles continuassem, apesar das diferenças. O resultado
dessa concessão foi que muitas vezes eles fizeram Israel pecar.
Em Números 11.4 esses grupos são chamados de populacho e são responsáveis por despertar
no coração do povo saudades do Egito. Isso foi tão forte, que os filhos de Israel começaram a
chorar lembrando-se das comidas do Egito.
Em qualquer época da história do povo de Deus, sempre houve populacho de plantão, gente
que não consegue compreender que a história é dinâmica e repleta de transformações, gente
que anda a caça de um ouvido para lamentar que no tempo do líder tal era assim, que no
passado se fazia diferente etc. Esse burburinho no coração de muita gente faz um mal
desgraçado porque aliena a pessoa, impedindo-a de colocar-se no propósito de Deus para o
seu tempo apesar de todas as mudanças que estejam acontecendo. Ficar sentado lamentando
o passado e alimentando nostalgia no coração dos outros é próprio do populacho e é pecado
contra Deus que é o Senhor da história.
Por ordem de Deus, Moisés selecionou 12 homens sendo um de cada tribo e os mandou para
espiar a terra. O trabalho dos 12 homens era observar alguns aspectos: a terra se boa ou má;
se fértil ou estéril; o povo que habitava na terra se forte ou fraco; se muito ou pouco; as
cidades se arraiais ou fortalezas. Eles deviam fazer um relatório e apresentar o fruto da terra.
Moisés não podia imaginar que o resultado do trabalho dos espias fosse gerar uma crise de
incredulidade tão intensa que fizesse o povo se dispor a voltar para o Egito (14.4). Os espias
se dividiram em dois grupos, ficando um grupo com 10 e o outro com 2.
34
MAIORIA MINORIA
Samua, Safate, Jilgeal, Palti, Gadiel, Gadi, Josué e Caleb
Amiel, Setur, Nabi e Geuel
RELATO RELATO
A terra é boa A terra é boa
Os moradores são gigantes Os moradores são gigantes
As cidades fortificadas As cidades fortificadas
Os habitantes mais fortes Os habitantes mais fortes
RESULTADO RESULTADO
Incredulidade A glória do Senhor
Medo Os crentes permanecem para tomar posse da
Fracasso bênção
Morte
Os 10 espias agiram como vírus de doença infectocontagiosa. Em pouco tempo todo o povo
foi contaminado com a incredulidade. A decisão de Deus foi que aquela geração ficaria perdida
no deserto, até que todos os que não creram no seu poder para livrá-los, tivessem seus
cadáveres enterrados nas areias.
Leia Hebreus 3.12-19 e escreva que exortação este texto tem para nós hoje.
O coração do povo de Israel estava sempre muito propenso a ser inflamado pelo
descontentamento e por isso se rebela contra a autoridade que representava Deus. O livro de
Números registra dois casos que terminam com o julgamento de Deus sobre os rebeldes:
35
Primeiro caso
Segundo caso
Como filhos de Deus, nosso coração também é terreno fértil onde pode ser plantada a
semente da rebelião. No início parece ser simples zelo pelas coisas do Senhor, pela igreja ou
por costumes que consideramos justos e bons. Em nome disso, nos levantamos contra pessoas
por entendermos que elas estão falhando. Então, passamos a nos opor contra tudo que parta
delas e o próximo passo é envenenar outros para nos apoiar a causa de eliminá-las. Precisamos
ter cuidado para que em nome do “zelo”, na verdade não estejamos nos rebelando contra
Deus. Obedecer a Deus será sempre melhor do que qualquer outra atitude (I Sm 15.22-23).
Deus sempre quis livrar o seu povo do engano da idolatria, mas volta e meia eles estavam, de
alguma maneira, envolvidos e fascinados com os ídolos. Nos capítulos 22 a 24 de Números nos
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é contado de um certo Balaque, rei dos moabitas, e de sua obsessão por destruir Israel.
Percebendo que na luta física não conseguia, pois Israel tinha a bênção do Senhor, ele resolveu
apelar para a ajuda espiritual e, para isso, contratou um profeta de nome Balaão. Balaque
entendia que se Balaão amaldiçoasse a Israel, então ele teria como ser vitorioso. Pensando na
recompensa, nem mesmo uma jumenta falando, conseguiu fazer o profeta desistir do seu
intuito. Por três vezes, em vez de amaldiçoar Israel, Balaão abençoou. Vendo-se frustrado,
Balaque despediu a Balaão. Mas antes de ir, o profeta deixou escapar um conselho para
Balaque (II Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14). O conselho de Balaão tinha uma finalidade: levar o povo à
idolatria, porque isso seria abandonar o Senhor. Foi exatamente o que aconteceu (confira em
Números 25.1-18).
Visão de Balaão
Deus propositadamente os perdeu no deserto. Não foi por acaso nem por acidente. Foi
propósito de Deus para disciplinar o seu povo (Dt 8.2-5).
Para refletir
Em nosso tempo, o que a geração mais antiga está deixando para as gerações mais novas?
1º Deus deve ser aquele que escolha. Moisés sabe que Deus ama aquele povo mais do que
ele. Sabe que a escolha de Deus será sempre o melhor para o seu povo. O novo líder deve ser
escolhido por Deus (27.16).
2º Moisés pensa nas características do novo líder: “Alguém que saia adiante deles, e que entre
adiante deles, e que os faça sair e que os faça entrar. ” (27.17). Um verdadeiro pastor.
Deus escolhe a Josué, homem em quem há o Espírito e transforma-o num líder tão capaz
quanto Moisés.
6. Conclusão
O livro de Números nos dá um relato fantástico de como Deus guia o seu povo no deserto. Ali,
Deus revela dois aspectos do Seu caráter: severidade com a antiga geração e bondade com a
nova geração.
A caminhada de Israel no deserto pode muito bem ser comparada à caminhada da vida cristã.
Nela estamos sujeitos a nos perder em meio ao saudosismo que aliena a vida, tirando-a do
propósito de Deus; em meio a uma crise de incredulidade que gera desespero pela incerteza
em relação ao poder de Deus; em meio à rebeldia do coração contra Deus, cegamente
atingindo pessoas ao nosso redor; em meio à idolatria na busca por deuses que nos satisfaçam
os caprichos. Mas Deus nos deixa no deserto para provar o nosso coração e nos disciplinar.
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1) Leia Romanos 11.22 e I Coríntios 10.12. Como podemos relacionar estes textos ao estudo
do livro de Números?
38
Entrando em forma
ESTUDO 04 – Perdidos no deserto
Livro: Números
Nº de Capítulos: 36
Escritor: Moisés
Época: Provavelmente por volta de 1400 a.C.
5. Que tribo não deveria ser contada e qual o trabalho específico dessa tribo?
39
9. O que Moisés dizia na partida e na pousada do povo? (10.35-36)
10. Por que Moisés achou pesado ser líder do povo? (11.10-15)
11. Por que o povo chorou e gritou depois de ouvirem o relato dos dez espias? (13.25 -
14.1)
12. Qual a punição para os que foram incrédulos quanto à posse da terra prometida?
40
Número das lâmpadas
Número dos espias:
do santuário:
Quantidade de trombetas que eram Quantas tribos desejavam
usadas para avisar o povo: habitar a Transjordânia:
Quantos homens carregaram um
cacho de uva: Número das cidades refúgio:
4. Que objeto foi levantado no deserto para livrar o povo das serpentes venenosas:
41
1. Conteúdo
A palavra Deuteronômio vem do grego e significa segunda Lei (Deutero = segunda; Nomos =
lei).
42
2. Contexto
Finalmente Israel está acampado
defronte a Canaã. Todo o trajeto
desde o Egito até esse lugar durou
40 anos. Quantas coisas
aconteceram nessa trajetória que
ficaria marcada na história desse
povo. O que os separava da terra
prometida era apenas o rio Jordão
(observe o mapa).
Deuteronômio são as
últimas instruções de Moisés ao
povo antes que entrasse na terra
da promessa. Mas, por que seria
preciso repetir a lei para o povo?
Vale a pena lembrar que a Lei foi
dada à geração que saiu do Egito,
mas aquela geração ficou no
deserto. Naquele momento,
estavam os filhos, prestes a tomar
posse da terra, sendo
extremamente necessário que eles soubessem porque estavam ali e como eles Extraído da
obra “Conheça sua Bíblia –Vol. 2”, Júlio A. Ferreira,
editado por Luz Para o Caminho.
deveriam viver quando cruzassem o Jordão. Certamente eles tinham algum
conhecimento da Lei porque estavam presentes com seus pais, e participaram dos
acontecimentos que culminaram com a situação deles ali; mas era preciso que tudo o que
Deus falou a seus pais fizesse parte da vida deles a partir daquele momento (4.1-2).
Toda a preocupação de Moisés tem a ver com o relacionamento do povo com Deus e o
testemunho deles diante das outras nações. Observe o que já aconteceu:
43
• Quanto tempo você tem de vida cristã?
Ele é Fiel – O Deus que realiza suas promessas, sejam elas de bondade (1.8) ou de
severidade (1.34-37). O Deus que se revela em Deuteronômio é o Deus que cumpre todas
as suas promessas (7.9).
Ele ama – Deuteronômio é o único livro do Pentateuco que apresenta essa característica
do relacionamento de Deus com o seu povo (4.37; 7.7-8; 10.15; 23.5). Assim, em
Deuteronômio Deus declara, de forma belíssima, o seu amor por Israel.
Ele é Protetor – O Deus que livra, guarda e protege o seu povo (1.30-31; 3.21-22). Aqui
está presente o cuidado de Deus com seus filhos; como um Pai, Ele conduz seus filhos em
segurança.
Ele é Provedor – Aquele que provê o suprimento das necessidades (2.7). Durante 40 anos
o povo não tinha onde plantar nem colher. Primeiro porque estavam numa terra
desértica, de solo estéril, e segundo porque eram nômades. Todavia, não lhes faltou
comida, nem água nem vestes, nem sandálias. O Deus Provedor estava lá com eles.
Ele é incomparável – Não pode jamais ser confundido com os astros, com os homens ou
com os animais (4.15-19). A idolatria é pecado porque ela atribui uma forma ou aparência
a Deus confundindo-o com a criação, desviando assim, a adoração. Os filhos de Israel vão
ser tentados a adotar os deuses das outras nações e seduzidos a adorá-los. Por isso,
precisavam estar convencidos que seu relacionamento era com o verdadeiro Deus que,
ainda que não possa ser visto, está presente e pode ser ouvido (4.7,11-12). Se Israel se
desviasse do Senhor e passasse a andar no caminho da idolatria, então, Deus
44
manifestaria o seu zelo (4.23-24). A palavra zelo indica que Deus rejeita completamente
a ideia de ver o seu povo se comprometendo com os ídolos. O seu compromisso será
sempre com o Senhor (4.32-40).
Ele é Misericordioso – Ainda que o povo cometa pecado, se voltar para o Senhor, Ele não o
desamparará porque sua misericórdia O levará a poupá-lo da destruição (4.31).
Ele é Poderoso – O seu poder foi manifesto através de sinais e maravilhas (6.22-23).
Ele ouviu o clamor dos filhos de Israel quando experimentavam a aflição, a dor, a opressão e
a humilhação da escravidão (Êx 3.7);
Ele libertou Israel. O Egito era incomparavelmente mais forte do que Israel, mas o
Senhor os tirou de lá (6.21);
Ele abriu o mar Vermelho. Esse fato impedia a captura de Israel e derrotou completamente o
poder opressor do Egito;
Ele guiou e sustentou no deserto. Foram 40 anos de caminhada; isso só foi possível porque o
Senhor estava com eles para guiá-los e sustentá-los (8.11-16);
Ele livrou dos inimigos. Alguns povos se levantaram para impedir que Israel chegasse ao seu
destino. O Senhor, porém, de todos livrou o seu povo (3.2-11).
A palavra de Moisés nos primeiros capítulos de Deuteronômio é lembra. Israel deve refletir
sobre o conhecimento de Deus e sobre tudo o que ele fez. Isso fortaleceria sua fé e os prepararia
para entrar e tomar posse da terra. Assim eles são encorajados a confiar no Senhor e não temer
os desafios porque eles conhecem a Deus e sabem que Ele é poderoso (7.12-26).
No início do capítulo 10, até o verso 11, a argumentação de Moisés aponta para o passado. A
partir do verso 12 ele convoca o povo para assumir, no presente, um estilo de vida diferente
daquele praticado por seus pais, a geração que morreu no deserto. “Agora, pois, ó Israel, que é
que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor, teu Deus, e andes em todos os seus
caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma,
para guardares os mandamentos do Senhor e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu
bem? ” (10.12-13).
45
Israel não pode adiar essa decisão para quando tiver entrado na terra de Canaã. Ela precisava
ser tomada ali, antes de atravessar o Jordão. Obedecer a Deus não podia ser postergado, deixado
para depois, como se fosse uma mera opção entre muitas outras. Para o povo de Deus que o
conhecia, que conhecia os seus feitos, não podia haver outra resposta a não ser a que se
submete a Ele com amor e temor (10.16-17).
“Para guardares os mandamentos do Senhor e os seus estatutos que hoje te ordeno…” (10.13).
Os estatutos, mandamentos e juízos do Senhor são o conjunto de princípios que regulam o
relacionamento com Deus e com o próximo. Deus não os escreveu apenas em tábuas (10.4),
mas, também, os pôs no coração e na boca do povo (30.11-14).
A obediência requerida por Deus aos seus filhos é a que brota do coração, que submete o interior
do ser e, então, todo o pensamento, toda a palavra e toda a ação será resultado dessa
obediência do coração.
A intenção de Deus com o seu povo em relação à obediência era que por meio dela Israel
aprendesse a depender de Deus em todos os aspectos da vida. Que eles não seriam
abandonados ou entregues à própria sorte, a partir dos Jordão, antes, o Senhor estava com eles
noite e dia para guardar a sua aliança e manifestar neles todo o seu propósito: de dar a posse
da terra (11.8; 22-25); de prolongar os seus dias (11.9; 20-21); de abençoar (28.1-14); de
abundância e prosperidade (7.12-15; 8.6-10; 29.9).
Essas três perguntas acima não têm a intenção de analisar filosoficamente a questão da
obediência, mas serve para nos fazer entender a sua importância no relacionamento com Deus.
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Fazer a escolha certa só é possível se o povo já conhece a Deus e o que Ele fez, e, se está vivendo
em obediência. No capítulo 30, a partir do verso 15, Moisés desafia o povo a escolher a vida e o
bem e projeta para o futuro as implicações dessa escolha. Quando eles cruzarem o Jordão e
entrarem na terra prometida essa escolha fará toda a diferença.
As palavras de Moisés são claras. Não há muitas opções para escolher, a não ser a vida e o bem
ou a morte e o mal; em outras palavras, pode ser dito como bênção ou maldição. Se Israel
escolher a maldição, ou seja, abandonar o Senhor e a sua Lei, então o resultado será a morte:
“Porém, se o teu coração se desviar, e não quiserdes dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares
a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não
permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres. ” (30.17-
18).
Mas, se Israel escolher a bênção, isto é, amar, temer e servir ao Senhor, o resultado será a vida:
“Se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o Senhor, teu Deus, e andes nos
seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então,
viverás e te multiplicarás; e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-
la.” (30.16).
Quando o povo se levantar para cruzar o Jordão e entrar na posse da terra de Canaã, eles devem
estar conscientes da escolha que fizeram porque eles serão observados noite e dia pelo Senhor,
que os ama e, pelas nações que estarão ao seu redor, que os odeiam.
6. Conclusão
Deuteronômio encerra, com três momentos sublimes, a despedida de Moisés:
6.1. CÂNTICO
O capítulo 32 contém o louvor do servo do Senhor que exalta sua majestade, seu poder, sua
fidelidade, sua misericórdia e sua severidade manifestados na vida do seu povo.
É um final feliz. Moisés sabe que não entrará na terra prometida, sabe que sua missão foi
completada e isso não lhe dá sentimento de tristeza ou desespero. Ele canta e se alegra no
Senhor.
6.2. BÊNÇÃO
Moisés faz ao povo o que os patriarcas fizeram aos seus filhos, pois os chamava e a cada um,
falando nome por nome, ministrava sua bênção. Moisés fez o mesmo proferindo bênção a cada
tribo, mencionando o cabeça de cada uma delas.
Moisés demonstrou ser um líder corajoso, humilde, manso, fiel, cuidadoso, amoroso, intercessor
e comprometido. Naquele momento ele demonstra afeto de pai daquele povo impaciente,
inconstante, murmurador, descontente, de coração duro e difícil de ser conduzido. O autor de
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Hebreus se refere a Moisés dizendo que ele “permaneceu firme como quem vê aquele que é
invisível. ” (Hb 11.27b).
6.3. TRANSFERÊNCIA
Moisés morre e Josué assume a liderança do povo e não há nenhuma manifestação contrária
porque o povo sabe que a escolha de Josué foi feita por Deus. Moisés mesmo havia imposto as
mãos sobre ele para demonstrar que ele teria a mesma autoridade. Quando Josué assume o
cargo, “… estava cheio do espírito de sabedoria… os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram
como o Senhor ordenara a Moisés. ” (34.9).
7. Compartilhar
1) Que lembrança de Deus é mais forte em nossa memória?
3) Podemos afirmar que nossas escolhas, como filhos de Deus, têm glorificado o Seu nome?
48
Entrando em forma
ESTUDO 05 – Entre a morte e a vida
Livro: Deuteronômio
Nº de Capítulos: 34
Escritor: Moisés
Época: Provavelmente por volta de 1400 a.C.
2. Quais as características dos homens que seriam aptos para auxiliar Moisés na liderança
do povo? (1.13)
3. Que ordem Deus deu a Israel com respeito aos filhos de Amon? (2.19)
4. Qual a reação de Deus quando Moisés lhe pediu para entrar na terra de Canaã?
(3.25-28)
49
7. Leia Deuteronômio 4.15-19 e responda o que o Senhor está proibindo Israel de fazer?
10. Que atitude o povo deveria tomar em relação aos mandamentos do Senhor? (6.6-9)
50
1. Número de dias da jornada entre Horebe e Cades-Barnéia:
51
4. Quanto tempo Israel levou de Cades-Barnéia até o ribeiro de Zerede?
Quantos dias Moisés passou em cima do monte para receber as segundas tábuas da Lei?
52