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SERVIÇOS DE GESTÃO DE

PROJECTO PARA A
IMPLEMENTAÇÃO EFICAZ DO
PRODESI EM ANGOLA
Diagnóstico Sectorial e Plano de
Acção para os Recursos
Geológicos
20 de Maio 2020
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
2
Sumário Executivo
Sumário Executivo (1/4)

1. Recursos Minerais metálicos e recursos minerais não metálicos são apreciados separadamente. Por um lado o tipo e volume de
investimento e, por outro o horizonte temporal para implementar um projecto extractivo são substancialmente distintos num e noutro
caso: i) investimentos de risco no upstream da Cadeia de Valor (CV) e financiamento de capital intensivo (≥ 108 USD) no midstream,
bem como horizontes temporais alargados para arranque da actividade extractiva (> 10 anos), são características do sector dos
metálicos. Os valores para estas variáveis são consideravelmente menores no sector dos não metálicos.
2. A matriz de análise das diversas CV tipifica vários factores de progressão e localiza-os entre cada dois segmentos sucessivos.
Dificuldades e constrangimentos de progressão são notificados desta forma, a qual foi sendo aplicada nas visitas de terreno.
3. O uso dessa matriz de análise pode ser aplicado a todo o sector ou somente a projectos individuais. Desta forma poderão ser
referidas fragilidades só conjunturais, estruturais relativas ao contexto económico ou intrínsecas ao projecto individual.

Recursos Minerais Metálicos


1.
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Em Angola, os segmentos iniciais da CV para os Recursos Minerais Metálicos devem ser incrementados vigorosamente. A
consequência prática desta asserção é a necessidade de continuar a captar investimento em prospecção mineira. O esforço que o
Governo de Angola tem vindo a desenvolver para atingir tal desiderato deve ser continuado. O novo Código Mineiro e o PLANAGEO
são exemplos paradigmáticos e emblemáticos dessa estratégia política de longo prazo. Em termos práticos é fundamental prosseguir
na definição das regras e formas de public disclosure dos resultados de toda a actividade geológico-mineira precedente. Esta questão
é complexa, eminentemente técnica e, por consequência, justifica atenção específica e com tratamento independente.

4
Sumário Executivo (2/4)

2. Nos segmentos extractivos e beneficiadores do raw material mineral já existe alguma actividade em Angola, ainda que reduzida. Entre
os produtos PRODESI têm sido repetidamente referidos os casos do minério de Ferro e do Ouro como aqueles em que mais
rapidamente pode haver produção extractiva.
3. As dificuldades sentidas no arranque dos projectos têm sido relacionadas com a obtenção de financiamento. Para estes casos é
importante não perder de vista a possibilidade de aprofundamento dos estudos de viabilidade técnico-económica (EVTE), que
deverão ser elaborados segundo as normativas inclusas em códigos internacionais (e.g. UNFC-AMREC, JORC).
4. Para os projectos em fase de desenvolvimento, designadamente no que respeita ao cálculo e aumento de reservas provadas, mais
premente se torna o seguimento das normativas contidas nesses códigos, designadamente para os casos em que se admite ou
pretende a transferência de direitos concessionados, em que ocorrerão processos de due dilligence.
5. Apesar de recorrente, não pode deixar de ser feita referência a dificuldades infraestruturais, designadamente no que respeita a
infraestruturas viárias e portuárias ou a redes de distribuição de energia eléctrica. Contudo a influência negativa de deficiências neste
domínio afecta de forma desigual os sectores dos metálicos e dos não-metálicos. No caso dos Recursos Minerais Metálicos, dada a
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raridade da ocorrência de jazigos desse tipo, essa insuficiência não é uma impossibilidade é, isso sim, uma variável do EVTE.
6. Para o conjunto de constrangimentos colocados por excesso e complexidade do processo administrativo ou por eventuais excessos
de carga fiscal, terá de se seguir a via da concertação de esforços entre sector privado e comissões interministeriais para
aperfeiçoamento continuado desses regimes legais para o sector em apreço.

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Sumário Executivo (3/4)

Recursos Minerais Não Metálicos: Rochas Ornamentais (Huíla)


1. No Sudoeste de Angola há um recurso de características singulares a nível mundial: as rochas anortosíticas negras, vulgo “Granito
Negro de Angola”. Essas rochas e a ocorrência de mármores brancos - rochas com aproveitamento ornamental de procura quase
intemporal - motivaram o surgimento do sector.
2. Porém a crescente competitividade neste sector faz com que essa singularidade não seja, por si só, garantia de sucesso económico.
Passos decisivos devem ser dados para um aumento na competitividade internacional das rochas ornamentais angolanas.
Constatam-se deficiências notórias na avaliação e caracterização do recurso explorável.
3. Incrementos de agregação de valor podem ser obtidos pela aposta em segmentos do upstream da CV. Concretamente na
caracterização quantitativa e qualitativa do recurso a explorar. Também aqui o Governo de Angola através do MIREMPET está a dar
passos que poderão ser determinantes para benefício do sector privado: Construção do Centro Tecnológico da Rocha do Lubango e
Elaboração de Mapas de Minerais e Rochas Industriais.

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Nota prévia:
O decreto de estado de emergência em finais do passado mês de Março obrigou a interromper todo o plano de visitas programada para os
Recursos Minerais Não metálicos nas províncias da Huíla, Namibe e Benguela (Rochas ornamentais, areias, argilas e gesso natural). Por
tal motivo apenas se apresentam resultados parcelares, portanto, provisórios, e apenas para o sector das rochas ornamentais na Huíla.

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Sumário Executivo (4/4)

4. Só a melhoria na caracterização do recurso permitirá alcançar objectivos centrais no midstream extractivo e beneficiador: i) cálculo de
reservas e sua distribuição espacial para planeamento de produção e consequente garantia de fornecimento ao cliente; ii)
caracterização qualitativa do recurso para certificação da qualidade do produto e, mais tarde, desejavelmente, para certificação de
origem.
5. Os objectivos inscritos no ponto anterior contribuirão, também, para decisões mais fundamentadas relativamente a investimentos em
unidades transformadoras. Com efeito, é importante reforçar o investimento visando a agregação de valor por via da transformação de
blocos de rocha tal qual. É desejável um aumento da razão “exportados transformados/ blocos exportados” a acompanhar o também
desejável aumento em valor absoluto dessas duas quantidades.
6. O facto do material explorado ser, primordialmente, destinado a fins ornamentais, faz com que os padrões de exigência qualitativa
sejam elevados e, por consequência, conduzam a enormes quantidades de rejeitados. A venda do tal qual ou a transformação
(ornamental ou outra) destes rejeitados como subproduto deverá ser continuadamente estudada e incrementada. A caracterização e
desenvolvimento inicial do recurso é fundamental para este objectivo.
7. About Us
Os produtores do sector referem, repetidamente, a possibilidade de baixar custos de produção através de melhorias infraestruturais.
Neste ponto, deve ser equacionada a melhoria da qualidade do serviço ferroviário que constitui alternativa à rede rodoviária existente
até ao porto de Moçamedes. Por outro lado, a agregação de valor por incremento de unidades transformadoras exigirá uma melhoria
sensível no fornecimento energético.
8. Tal como no caso dos metálicos, simplificações de burocracia administrativa e fiscal, bem como avaliação de eventual sobre taxação a
este sector produtivo de forte pendor exportador, deve ser continua e equilibradamente resolvida entre representantes do sector
privado e comissões interministeriais.

7
Visão Geral do Sector
VISÃO GERAL DO SECTOR

Introdução
Apresenta-se um esquema geral da abordagem adoptada para caracterização do sector e estabelecem-se as cadeias de valor para o caso
geral dos recursos minerais. Referem-se, desde logo, as razões fundamentais de tratar separadamente os recursos em minerais metálicos
e os recursos em minerais e rochas industriais vulgo, respectivamente, recursos metálicos e recursos não metálicos.

1. Recursos Não 2. Recursos


Metálicos Metálicos

Areias Naturais Lista de recursos minerais Ferro (Fe)


Calcário inscritos no PRODESI Bauxite (Al)
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Gesso Natural Metais base (Cu, Pb, Ni, Zn ou, com
critérios mais abrangentes: Cu, Pb, Ni, Zn,
Minerais não-metálicos (argilas)
Al, Sn, W, Mo, Ta, Co, Bi, Cd, Ti, Zr, Sb, Mn,
Sílica / Quartzo Be, Cr, Ge, V, Ga, Hf, In, Re, Th)
Rochas Ornamentais Ouro (Au)

9
VISÃO GERAL DO SECTOR

Características distintivas que motivam a separação entre recursos


minerais metálicos e recursos minerais não metálicos
As principais razões para a separação entre Recursos em Minerais Metálicos e Recursos em Minerais e Rochas Industriais são as indicadas
de seguida:

1. Recursos Minerais Não 2. Recursos Minerais


Metálicos Metálicos

Ocorrência frequente. Ocorrência rara e teores reduzidos.

A obtenção do metal (“mineral commodity”) para a industria


A substância tal qual pode ser utilizada com um processo de
transformadora exige um longo e complexo processo de
beneficiação relativamente simples.
tratamento da substância tal qual (“raw material”).
O processamento é menos exigente em termos energéticos e O tratamento exige elevados consumos energéticos e
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técnicos. aprofundado e multidisciplinar know how técnico multidisciplinar.
Obrigatoriedade de estudos de comprovação de reservas
Os estudos para caracterização geológica do recurso são mais
provadas e respectivos teores, bem como estudos de viabilidade
simples. Os estudos de viabilidade técnica também. Regra geral
técnico-económica para a obtenção de financiamento. Estes estudos
não há obrigatoriedade do uso de códigos internacionais, ainda que
são regulados por normas internacionais (e.g. códigos JORC ou
tal seja aconselhável.
PARC).
Projectos não necessariamente com investimento de capital
Projectos com investimento de capital intensivo.
intensivo.
10
VISÃO GERAL DO SECTOR

Caracterização geral das rochas ornamentais (1/2)


O sector das rochas ornamentais em Angola radica num facto fundamental: a ocorrência de um recurso singular – as rochas anortosíticas
de cores escuras, vulgo “granito negro” – e um recurso clássico em termos ornamentais – os mármores. Este valor económico
intrínseco motivou o início da exploração de pedreiras para rocha ornamental. O sector desenvolveu-se, ganhou massa critica e dinâmica
própria, iniciando-se a exploração de outros tipos de rocha. No entanto, vários segmentos da cadeia de valor ainda revelam fragilidades e,
por consequência, a agregação de valor pode ser incrementada.
Uma das principais debilidades são as insuficientes avaliações e caracterização do Anortositos (granitos negros) da
Chibemba, Huíla
recurso, assim como a inexistência da certificação do produto. Acções concertadas entre as
várias instituições públicas tuteladas pelo MIREMPET e as associações de produtores poderão,
progressivamente, diminuir os efeitos desta insuficiência.
A caracterização do recurso deverá ser feita tendo em vista o seu melhor e mais abrangente
aproveitamento comercial, tendendo para o respectivo aproveitamento integral mas, também,
promovendo o fomento da agregação de valor através do investimento em unidades com
capacidade de transformação e, ou aumentando a eficiência/produtividade das existentes.
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Dificuldades de contexto e tributárias são também sentidas pelo sector. A sua resolução ou
atenuação significará importante redução de custos de produção.
Finalmente a parte comercial num sector de elevada competitividade internacional passará pelas
Fonte: PahlConsulting
acções de marketing internacional e procura contínua de fixação de mercados e novos clientes,
tarefa em que a certificação de produto desempenhará um papel central.

11
VISÃO GERAL DO SECTOR

Caracterização geral das rochas ornamentais (2/2)


Sendo assim, e tendo por base a caracterização feita na página anterior, duas vias de melhoria parecem evidentes para as rochas
ornamentais:

A articulação e coordenação de esforços e medidas entre entidades publicas e empresas (individuais ou em associação) no
sentido de promover a qualidade da caracterização do recurso para optimização do seu aproveitamento económico. As recentes
1
acções do MIREMPET (criação do Centro Tecnológico de Rocha Ornamental do Lubango, a produção de mapas de minerais e
rochas industriais e o incentivo e apoio para presença em certames internacionais) vão nesse sentido.

A possibildiade de investir no segmento da beneficiação e transformação do raw material no sentido: i) aumentar os valores
absolutos da exportação de blocos e produtos transformados (e.g. chapas polidas, ladrilhoes, outros) mas, também, de aumentar a
2
razão entre a razão “exportação de produtos transformados / exportação de blocos tal qual”; ii) estudar aproveitamentos maiores do
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recurso (subprodutos).

12
VISÃO GERAL DO SECTOR

Caracterização geral dos recursos minerais metálicos: introdução


Dada a enorme e evidente dependência das actuais sociedades, desenvolvidas e em desenvolvimento, de metais, não se fará qualquer
descrição das suas aplicações. Não é o contexto e, além do mais, esse desiderato faria com que este relatório aumentasse largamente a
sua extensão.
Para além disso, a abertura de novas explorações mineiras não se fará - designadamente para os metais-base e bauxite - seguramente, no
horizonte temporal do PRODESI. Quanto ao Fe e ao Au, dado que há reservas provadas e empresas a operar no terreno, com contratos
assinados e, muito provavelmente, com formas de financiamento conseguidas, não se coloca a sua integração nos projectos PRODESI.
Acresce a isto o facto de se tratarem de investimentos em capital intensivo.
Desta forma será feita a caracterização dos seguintes recursos metálicos:

Bauxite (principal
Ferro (Fe)
minério de alumínio, AI)

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Cobre e outros metais-
Ouro (Au)
base

13
VISÃO GERAL DO SECTOR

Caracretização geral dos recursos minerais metálicos: ferro e


bauxite
Bauxite (principal
Ferro (Fe)
minério de alumínio, AI)
São sobejamente conhecidos os jazigos de ferro itabirítico com Prossegue-se na pesquisa de informação fidedigna sobre a existência
abundantes reservas provadas na região da Jamba Mineira e de depósitos de bauxite (Al) em Angola. A informação recolhida até à
Cassinga (Huíla) objecto de exploração durante mais de duas data é desencontrada entre si. A este respeito, transcreve-se um
décadas, bem como na região do Cuchi. Jazigos de Fe e Mn são extracto de um relatório dos Serviços geológicos dos EUA.
conhecidos na região de Cassala – Quitungo (Cuanza Norte), tendo “A contract for the exploration of bauxite in Angola, between the
sido também objecto de explorações entretanto abandonadas. Government of Portugal and N. V. Billiton Maatschappji of The Hague,
Existem, portanto, reservas provadas que poderão vir a ser Netherlands, was announced in 1957 (Raker and Diggs, 1957. (b). A
exploradas num futuro próximo ainda que o início da actividade não more recent report (Mining World, 1960) notes that a Portuguese
esteja garantido. Recentemente foram celebrados contratos com aluminum company has developed bauxite deposits in the Dondo
empresas internacionais para o efeito. Outras ocorrências e depósitos district where an aluminum plant having a capacity of 50,000 tons a
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são conhecidos (e.g. Gouveia et al., 1993). Dependendo da
viabilidade técnico-económica dos vários projectos em conjugação
year is planned. No information is available on the size and grade of
the deposits; however, reserves and resources of at least small
com a capacidade produtiva da ADA, as necessidades do mercado tonnages must be present if the report of development and intended
interno deverão poder ser supridas. plant construction is correct (In USGS report – Bauxite reserves and
Minério de ferro itabirítico (Jamba Mineira, Huíla) potencial Aluminiun Resources of the world, 1967).”
Independentemente da procura de informação considera-se que não
haverá qualquer mina de minério de Al em Angola no horizonte
temporal do PRODESI, dado que não há conhecimento seguro sobre
reservas provadas ou, mesmo, sobre qualquer projecto de
prospecção de depósitos de Al. 14
Fonte: PahlConsulting
VISÃO GERAL DO SECTOR

Caracterização geral dos recursos minerais metálicos: cobre e


outros metais-base e ouro
Cobre e outros metais-
Ouro (Au)
base
Os metais-base são: A ocorrência de Au livre em Angola, desde há muito conhecida e
• Cu, Pb, Ni, Zn explorada (SOMIL), tem sido confirmada pelo aumento de garimpo e
pela actividade recente de desenvolvimento económico de alguns
• Ou com critério mais abrangente: Fe, Al, W, Mo, Ta, Co, Bi, Cd, Ti, jazigos. Actualmente desenvolvem-se vários projectos de Au, alguns
Zr, Sb, Mn, Be, Cr, Ge, V, Ga, Hf, In, Re e Th deles já em fase de exploração experimental.
Apesar de se manter a circunstância de não se enquadrar no
horizonte temporal do PRODESI e, muito menos, no tipo de
investimento a realizar, especialmente na fase de prospecção, há
reservas e recursos de alguns destes metais base em Angola,
designadamente de Cobre, de Manganês, de Ti e, possivelmente, de
elementos de fonte básica e ultrabásica (Cr, Ni, Co e PGEs).
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Têm sido desenvolvidos esforços pelo Governo de Angola para captar
investimento na prospecção destes metais e de avaliação da
viabilidade técnica e económica de exploração de algumas reservas
já conhecidas.
Actualmente foram assinados importantes contratos de prospecção
para Cr, Co, Ni no Cunene e para Cu, Co e Ag no Moxico.

15
Caracterização das
Cadeias de Valor
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
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INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO

Introdução à análise da cadeia de valor (1/2)


No desenho geral da cadeia de valor para os Recursos Minerais, no sentido de relevar especificidades intrínsecas, é possível verificar a
diferença fundamental entre recursos metálicos e não-metálicos. Para além disso, indica-se a posição por segmento de produtos
transacionáveis, desde o material tal qual (mineral raw material), proveniente directamente da extração mineira, passando pelo material
beneficiado (concentrado mineral) e, por fim, até ao produto refinado (mineral commodity) que é entregue à industria transformadora.

Cadeia de Valor para os Recursos Minerais


Produto Final
Material
Material extraído beneficiado
1. Minerais tal qual
Não Metálicos
B. Avaliação F. Indústria
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia G. Comércio
(desenvolvimento) transformadora

About Us Matéria prima


para a indústria Produto Final
Concentrado (mineral commodity)
Mineral raw material mineral
(minério tal qual)

B. Avaliação F. Indústria
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia G. Comércio
(desenvolvimento) transformadora
2. Minerais
Metálicos 1. Upstream 2. Midstream 3. Downstream
18
INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO

Introdução à análise da cadeia de valor (2/2)


Nesta cadeia de valor consideram-se várias partes ou conjuntos de segmentos individuais:

1. Upstream 2. Midstream 3. Downstream


B. Avaliação F. Indústria
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia G. Comércio
(desenvolvimento) transformadora

A porção intermédia (midstream), ou etapa A parte final (downstream), ou de


A parte inicial (upstream), ou de
extractiva e beneficiadora com produção da obtenção e comercialização de
caracterização de recursos, engloba
matéria-prima para a industria transformadora, produtos finais, inclui o segmento
os segmentos A e B. Diz respeito à
representa o conjunto de segmentos relativos à relativo à industria
confirmação da existência do
exploração do recurso (mineral raw material) e à trasnformadora que origina
Recurso Mineral em quantidade e
sua transformação em matéria-prima utilizável pela produtos finais e sua
teor economicamente explorável.
industria transformadora (mineral commodity). comercialização.
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Fase inicial ou de caracterização de Fase intermédia ou etapa extractiva e Fase final ou de obtenção e
recurso beneficiadora com produção da matéria-prima para comercialização de produtos
a industria transformadora finais

A posição dos diversos factores de progressão na cadeia de valor pretende esquematizar a forma de analisar as dificuldades,
constrangimentos ou impossibilidades nessa progressão.
19
INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO

Factores de progressão na cadeia de valor


Uma vez desenhada a cadeia de valor, importa identificar os factores que determinam a progressão entre segmentos sucessivos. Com
efeito, se um factor é determinante para a passagem entre segmentos, a sua supressão ou deficiência criará, respectivamente, a
impossibilidade ou dificuldade de avanço. Tais factores são de várias ordens e podem ser classificados por tipo. Cada um desses tipos terá
maior influência, ainda que não exclusividade, dos diversos intervenientes do sector privado ou da intervenção do estado através das
diversas entidades públicas.

B. Avaliação F. Indústria
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia G. Comércio
(desenvolvimento) transformadora
1. Upstream 2. Midstream 3. Downstream

Factores de Progressão na Cadeia de Valor

A existência comprovada de recurso A progressão na cadeia de valor e, por consequência, a Uma vez garantida a existência de

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representa um valor económico intrínseco.
No upstream, a progressão na cadeia de
agregação de valor, está intimamente relacionada com a
capacidade técnica/ tecnológica e com a disponibilidade
matéria-prima para a indústria
transformadora, a progressão na
valor está intimamente relacionada com a energética para conduzir todo o processo de extração do raw cadeia de valor depende da
comprovação da existência do recurso e material e sua beneficiação/ refinação até à produção da capacidade produtiva instalada e, claro
da sua caracterização quantitativa matéria-prima (mineral commodity) para a indústria está, das necessidades/procura do
(reservas provadas) e qualitativa transformadora. Em paralelo é imprescindível a grarantia de mercado.
(qualidade/teor). financiamento para investimentos em capital intensivo. As
transações comerciais podem situar-se de imediato no raw Produção Industrial
material, e no concentrado mineral.
Comércio produtos
Valor económico intrínseco Agregação de valor na indústria extractiva
finais

20
INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO

Tipos de factores de progressão (1/2)


Os factores de progressão na cadeia de valor esquematizados de seguida têm aplicação generalizável quer às cadeias de valor dos
recursos metálicos, quer às cadeias de valor dos recursos não-metálicos. Como tal, pretendem constituir uma espécie de check list de
análise à maior ou menor facilidade de progressão entre segmentos sucessivos da cadeia de valor. Obviamente, haverá segmentos em que
alguns desses factores terão contribuição determinante e outros influência negligenciável ou mesmo nula.

Conjunto de factores que controlam a progressão na cadeia de valor com maior influência por parte dos intervenientes do
sector privado
Geológicos: Económico/financeiros:
• Conhecimento e Caracterização completa do recurso • Capacidade de obtenção de financiamento e planos de
Técnicos/tecnológicos: amortização devidamente sustentados por reservas provadas e
capacidade produtiva
• Métodos de exploração (planos de lavra), com objectivo de obter
a máxima recuperação in situ possível • Programas de financiamento público e privados
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• Existência de instalações de tratamento de minério e objectivos • Estudos de agregação de valor e marketing
de beneficiação (concentração) com maior rendimento e menor • Dados dos mercados interno e externo
dispêndio energético • Possibilidade de mobilizar, total ou parcialmente, recursos
• Existência de instalações metalúrgicas e know how cambiais
especializado Ambientais:
• Existência de industria transformadora • Plano de fecho de exploração e remediação ambiental

21
INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO

Tipos de factores de progressão (2/2)


Com efeito, se um factor é determinante, a sua supressão ou deficiência criará, respectivamente, a impossibilidade ou dificuldade de avanço.
Tais factores são de vária ordem e podem ser classificados por tipo. Cada um desses tipos terá maior influência, ainda que não
exclusividade, dos diversos intervenientes do sector privado ou da intervenção do estado através das diversas entidades públicas.

Conjunto de factores que controlam a progressão na cadeia de valor com maior influência por parte dos intervenientes do
sector público
Políticos: Contexto:
• Estratégias e programas governamentais • Infraestruturas viárias
• Confiança externa no regime político • Infraestruturas portuárias e aeroportuárias
Regulatórios/fiscais: • Redes de distribuição energética

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• Regime fiscal geral do país • Redes de distribuição de água
• Legislação fiscal específica do sector Sociais:
• Lei geral do sector extractivo (metálicos e não-metálicos) • Recursos humanos com know how específico
• Lei específicas para a concessão de direitos de prospecção e • Leis sociais de inclusão, particularmente importante em países
exploração de recursos minerais em vias de desenvolvimento onde importa o incremento e
• Taxas diversas (aeroportuárias, alfandegárias, etc.) melhoria do know how técnico endógeno.
• Programas de formação profissional
Ambientais:
22
• Leis ambientais
INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO

Relação entre cadeia de valor, economia e projectos comerciais


individuais (1/2)
O esquema apresentado na página 18 é facilmente relacionável com o esquema de classificação e gestão de recursos minerais das Nações
Unidas e União Africana (UNFC – AMREC)

Classificação de projectos de exploração de Recursos Minerais segundo o sistema de B. Avaliação


A. Prospecção
classificação e gestão de recursos minerais das Nações Unidas – União Africana. (desenvolvimento)
1. O 1.º conjunto de segmentos (upstream) é
paralelizável com os projectos não
comerciais.

C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia

2. A viabilidade técnica do 2.º conjunto de


segmentos (midstream) transformará um
projecto não comercial, num projecto
About Us potencialmente comercial.

F. Indústria
G. Comércio
transformadora

3. A sua viabilidade económica, que depende


da caracterização do mercado, 3º conjunto
de segmentos (downstream), transformará
um projecto potencialmente comercial num
Fonte: United Nations Framework Classification – African Mineral and Energy Resources Classification and Management System, versão 5.0 (2019) projecto comercial.
23
INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO

Relação entre cadeia de valor, economia e projectos comerciais


individuais (2/2)
Existem assim, duas vias de análise:

Geral - que analisa a observância dos diversos factores que controlam a passagem entre segmentos consecutivos da cadeia de
1 valor. Identificam-se, desta forma, constrangimentos, dificuldades ou impossibilidades de progressão por não observância desses
factores. Assim, ficará caracterizado um determinado sector da economia regional ou nacional.

2 Particular -, aplicável a cada projecto individual ou pequeno conjunto de projectos (cluster) que classifica cada um deles
relativamente à sua posição no esquema de classificação e gestão da UNFC-AMREC.

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A cada momento, o ponto 1 e o ponto 2 podem ser relacionados entre si e, portanto, é possível ter uma ideia se as dificuldades são
conjunturais, estruturais relativas ao contexto ou ambiente económico ou intrínsecas ao projecto individual.

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1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
25
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


prospecção da cadeia de valor das rochas ornamentais (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

IGEO / PLANAGEO GPDEI – Huíla


(MIREMPET) (Gabinete Provincial Desenvolvimento Económico Integrado)

• Realização de Cartografia Geológica de todo o território em • Juntamente com a DNRM tem, por atribuição legal, funções de
curso. Importante instrumento para selecção geral de áreas licenciamento, cadastro e fiscalização. Tem, portanto, um papel
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potenciais/produtivas; fundamental em dois planos:
• Realização de cartografia (escala 50K) de mapas de Minerais e 1) Manutenção de uma base de dados permanentemente
Rochas Industriais (30 folhas) em áreas selecionadas cruzando actualizada e georreferenciada das áreas livres e das
critérios de potencialidade geológica e proximidade a centros de áreas concessionadas;
desenvolvimento sócio-económico; 2) Estabelecimento de critérios objectivos (geológicos e
• Produção de informação geral e especializada para servir técnico-financeiros) para atribuição de concessões – é
directamente o sector privado produtivo (investidores em geral). importante haver uma verificação de capacidade técnico-
financeira das entidades privadas que solicitam de
concessões.
26
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


prospecção da cadeia de valor das rochas ornamentais (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

Associação Produtores R.O. 16 Empresas


(Huíla e Namibe) (12 delas exportadoras)

• A participação da Associação dos Produtores de Rochas • A par da produção de mapas e memórias que está a ser levada a
ornamentais da Huíla (e Namibe) nesta fase da cadeia de valores cabo pelo IGEO/MIREMPET, ou o suporte técnico que nesta área
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é limitada. pode ser dado pelo GPDEI – Huíla, o essencial da prospecção
deve ser feita pelas empresas e investidores do sector.
• Até aqui tem-se verificado muito empirismo que, em nossa opinião,
tem levado a uma considerável taxa de insucesso das
explorações. A par do empirismo, devem ser aprofundados
critérios e técnicas de prospecção de R.O na região – por exemlo
através de acções de formação promovidas pelo
IGEO/GPDEI/Associação Produtores.

27
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


avaliação da cadeia de valor das rochas ornamentais (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

IGEO GPDEI – Huíla


(MIREMPET) (Gabinete Provincial Desenvolvimento Económico Integrado)

• O MIREMPET, através do IGEO e respectivo Centro Tecnológico • Fala-se muito da falta de recursos humanos qualificados em
de Rochas – Lubango, está a desenvolver acções que poderão Angola. Neste contexto é importante salientar excepções. A actual
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vir a ser determinantes na melhoria do ambiente de negócios das
R.O. Com efeito, o processo de implementação de
equipa técnica do GPDEI – Huíla inclui técnicos com aptidões
técnico-científicas e experiência acumulada que serão
procedimentos de ensaios físico-mecânicos de rochas e fundamentais: i) no auxílio às empresas e futuros investidores no
caracterização química e petrográfica de litótipos e, respectiva aconselhamento técnico (prospecção e desenvolvimento); ii) na
acreditação, serão determinantes na garantias de: i) qualidade da regulação criteriosa da atribuição de licenças de exploração para
pedra angolana; ii) adequação do tipo de aproveitamento e R.O.
consequente aumento da possibilidade de exploração integral do
recurso.

28
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


avaliação da cadeia de valor das rochas ornamentais (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

Associação Produtores R.O. 16 Empresas


(Huíla e Namibe) (12 delas exportadoras)

• A associação pode ter uma influência na sensibilização dos • Ainda se assiste ao desmonte experimental como técnica de
produtores para que o desenvolvimento do recurso e, caracterização do recurso, bem como ao avanço de exploração
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consequentemente, o seu melhor aproveitamento económico,
também assente na respectiva caracterização (reservas,
condicionado à percentagem de recuperação de blocos de boa
qualidade, na frequente ausência de estudos geológicos e de
caracterização físico-mecânica e químico-petrográfica). reservas do maciço. Este é um aspecto em que é determinante a
mudança de estratégica das empresas. O número de casos de
insucesso, expresso em desmontes abandonados – alguns de
grandes dimensões – parece ser considerável.

29
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


exploração da cadeia de valor das rochas ornamentais
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

16 Empresas
(12 delas exportadoras)

• Tal como o desenvolvimento do Recurso, também a lavra ainda


se faz de forma excessivamente empírica. Sem retirar valor ao
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conhecimento empírico acumulado, deve dizer-se que ele não é
autossuficiente para garantir sucesso de exploração. Com efeito,
sem estudos de desenvolvimento do recurso, não pode haver
exploração planeada e, principalmente, não pode haver qualquer
estimativa de produção que, nestas condições, será sempre
contingente. Como garantir clientes sem previsão de produção?

30
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


beneficiação da cadeia de valor das rochas ornamentais
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

16 Empresas
(12 delas exportadoras)

• A caracterização do recurso, juntamente com os estudos de


mercado e acções de marketing comercial a jusante, é de grande
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importância para incrementar a tendência para o aproveitamento
integral. Não só a agregação de valor se pode fazer pelo
aumento proporcional da exportação de produtos transformados
(e.g. chapas polidas) em relação à exportação de blocos da
rocha tal qual mas, também, através do aproveitamento
alternativo de blocos de menor qualidade de R.O (ladrilhos,
revestimento de pavimentos (cubos, lancis), e aproveitamento de
rejeitados (agregados, etc.).

31
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


transformação da cadeia de valor das rochas ornamentais (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

DNRM (MIREMPET) GPDEI – Huíla


Associações de produtores (Gabinete Provincial Desenvolvimento Económico Integrado)

• A acção coordenada com outros ministérios (MINFIN e MEP) • Os GDPEI provinciais, neste caso o da Huíla, são fundamentais
deve ser considerada para diminuir as dificuldade na importação para, em conjunto com a Associação de Produtores
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de insumos vários, bem como no justo equilíbrio fiscal e tributário
de um sector já com dinâmica própria, alguma massa crítica, que
caracterizarem, com conhecimento de causa e proximidade à
realidade, as principais dificuldades de contexto, designadamente
explora um recurso único (neste caso os anortositos negros), as infraestruturais. Parcerias público-privadas poderão ser
mas que ainda está no dealbar de uma via desenvolvimento que estudadas, discutidas e decididas no âmbito das infraestruturas
tem de ser reforçado. viárias, de distribuição de água e, em especial, da produção de
energia. Esta última pode, inclusive, em muitos casos, ser pensada
como forma de mudança de paradigma: produção privada, cujo
excesso pode ser incorporado na rede pública de distribuição.

32
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


transformação da cadeia de valor das rochas ornamentais (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

16 Empresas
(12 delas exportadoras)

• Os investimentos em inovação relativa à transformação deverão


estar ligados à tentativa de aproveitamento, senão integral, pelo
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menos mais abrangente do recurso explorado. Esse maior
aproveitamento estará, seguramente, ligado ao estudo
aprofundado do recurso que houver sido feito na etapa de
desenvolvimento. Que não se pense que o investimento em
transformação é apenas uma agregação de valor conduzida pela
demanda de mercado. A transformação dever ser concebida,
também, por factores ao raw material e respectivas condições de
ocorrência.

33
CARACTERIZAÇÃO – ROCHAS ORNAMENTAIS

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


vendas da cadeia de valor das rochas ornamentais
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

IGEO Associação Produtores R.O.


(MIREMPET) (Huíla e Namibe)

• Nos últimos dois anos, o Ministério que tutela os Recursos • Também aqui a Associação, em conjunto com as entidades
Minerais tem promovido a presença angolana nos certames governamentais, pode ser determinante na definição de uma
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internacionais mais importantes a nível mundial, designadamente
Verona. O seguimento de acções conjuntas entre produtores
estratégia de marketing comercial – sem prejuízo da iniciativa de
cada produtor na procura de mercados e clientes – que passa pela
privados e a tutela do sector pode continuar a ser repensado com criação de uma espécie de Denominação de Origem Controlada
proveito na atração de interesse comercial para as rochas para alguns litótipos Angolanos. A singularidade de algumas
angolanas. Não importa apenas estar presente. É fundamental rochas, impõe uma marca de origem controlada. Com implantação
uma preparação cuidada do que mostrar e como mostrar. de controlos de qualidade acreditados, haverá, seguramente, uma
maior agregação de valor.

Expressa-se aqui o nosso mais vivo agradecimento à Direccão do GPDEI da Huíla pela disponibilidade e gentileza manifestadas desde o
primeiro contacto e aos seus técnicos pela preparação e acompanhamento às visitas de terreno a explorações de Rochas Ornamentais.
34
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
35
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


prospecção da cadeia de valor do ferro (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Ferrangol / Tosyali Iron & Steel – Angola


Projecto Mineiro - siderúrgico do Cutato – Cuchi
Projecto Cassinga
(E2 F2 G1,2)
(E2 F2 G1,2)
Projecto potencialmente comercial Projecto potencialmente comercial
• Dados abundantes de explorações coloniais (arquivo da CML • São conhecidas as ocorrências ferríferas na região sob a forma de
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/Ferrangol) com identificação de depósitos dos diferentes tipos de minério itabirítico e depósitos de sopé dos morros itabiríticos. Este
minério e zonas já exploradas. conhecimento vem do tempo colonial e foi agora reforçado no
• Dados recentes sobre a Geologia regional – Cartografia PLANAGEO. O presente projecto deverá ter efetuado
PLANAGEO. actualizações aos estudos geológicos preexistentes.

• Os dados existentes justificaram, cabalmente, a passagem para


a fase de desenvolvimento (cálculo de reservas).
• Novas campanhas de prospecção poderão surgir.

36
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


prospecção da cadeia de valor do ferro (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Projecto Cassala – Quitungo (minero-siderurgico)


Outros Projectos (embrionários)
Em fase de licitação
(E3 F3 G1,2,3,4)
(E3 F3 G1,2,3,4)
Projecto de prospecção Projecto de prospecção
• A identificação de depósitos de Fe itabirítico nos morros de • Consultar Ferrangol – se os projectos antes referidos não deverão
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Cassala e Quitungo há muito que é conhecida. produzir concentrado de ferro ou a commodity no horizonte
• Recentemente, em concurso internacional, foi licitada esta temporal do PRODESI, todos os outros, que eventualmente
concessão para Fe. estejam em fase de propspecção também não produzirão.

37
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


avaliação da cadeia de valor do ferro (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Ferrangol / Tosyali Iron & Steel – Angola


Projecto Mineiro - siderúrgico do Cutato – Cuchi
Projecto Cassinga
(E2 F2 G1,2)
(E2 F2 G1,2)
Potencialmente comercial Potencialmente comercial a comercial
• Cálculos de reservas da CML e da Ferrangol. Estudos de • Desconhecem-se estudos de cálculos de reservas. No entanto, em
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caracterização químico-mineralógica do minério itabirítico e Janeiro de 2020 foi emitida uma licença de exploração, pelo que
cálculos de reservas em trabalhos recentes (resultados na posse se deduz a existência dos estudos de avaliação de reservas e da
da Ferrangol) permitirão estabelecer o primeiro critério de viabilidade técnica da sua exploração.
decisão sobre a passagem para as actividades de exploração.

38
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


avaliação da cadeia de valor do ferro (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Projecto Cassala – Quitungo (minero-siderurgico)


Outros Projectos (embrionários)
Em fase de licitação
(E3 F3 G1,2,3,4)
(E3 F3 G1,2,3,4)
Projecto de prospecção Projecto de prospecção
• Há cálculos de reservas antigos e, também, anteprojectos de • Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto.
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exploração e tratamento de minério. Complementarmente, foram
estudados os problemas relativos às infraestruturas necessárias
e pormenorizados estudos das condições de exploração em
termos económicos.
• Dada a sua antiguidade, torna-se óbvio o carácter obsoleto
destes estudos face à conjuntura económica actual. Novos
estudos devem ser realizados.

39
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


exploração da cadeia de valor do ferro (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia (Prod.


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) de commodities)

Ferrangol / Tosyali Iron & Steel – Angola


Projecto Mineiro - siderúrgico do Cutato – Cuchi
Projecto Cassinga
(E2 F2 G1,2)
(E2 F2 G1,2)
Potencialmente comercial Potencialmente comercial
• O novo projecto cujo contrato foi assinado no final de 2019 • A licença de exploração está emitida. Essa licença seguramente
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seguramente irá elaborar ou terá já elaborado todo o estudo de foi emitida com base na apresentação de planos de lavra e de
viabilidade técnica da exploração do minério da região da Jamba viabilidade técnica da exploração.
Mineira e Cassinga, e respectiva viabilidade económica, estando
previsto um projecto siderúrgico associado. Consequentemente a
agregação de valor dos segmentos subsequentes da cadeia de
valor também está contemplada.

40
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


exploração da cadeia de valor do ferro (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Projecto Cassala – Quitungo (minero-siderurgico)


Outros Projectos (embrionários)
Em fase de licitação
(E3 F3 G1,2,3,4)
(E3 F3 G1,2,3,4)
Projecto de prospecção Projecto de prospecção
• Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto. • Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto.
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41
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


beneficiação da cadeia de valor do ferro (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Ferrangol / Tosyali Iron & Steel – Angola


Projecto Mineiro - siderúrgico do Cutato – Cuchi
Projecto Cassinga
(E2 F2 G1,2)
(E2 F2 G1,2)
Potencialmente comercial Potencialmente comercial a comercial
• A concepção deste projecto numa perspectiva integrada até à • Deve também ter sido entregue um modelo de concentração de
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fase siderúrgica implicará, claro está, a beneficiação/ minério, dado que já está construída uma instalação siderúrgica.
concentração do minério. As instalações de tratamento de Se o minério alimenta directamente tal instalação, então deverá
minério deverão ser projectadas e construídas. Esta realização ser minério secundário sem que seja necessário processo de
deverá levar este projecto mineiro-siderúrgico para prazos que beneficiação/ concentração.
ultrapassarão o horizonte temporal do PRODESI.

42
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


beneficiação da cadeia de valor do ferro (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Projecto Cassala – Quitungo (minero-siderurgico)


Outros Projectos (embrionários)
Em fase de licitação
(E3 F3 G1,2,3,4)
(E3 F3 G1,2,3,4)
Projecto de prospecção Projecto de prospecção
• Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto. • Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto.
About Us

43
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


metalurgia da cadeia de valor do ferro (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Ferrangol / Tosyali Iron & Steel – Angola


Projecto Mineiro - siderúrgico do Cutato – Cuchi
Projecto Cassinga
(E2 F2 G1,2)
(E2 F2 G1,2)
Potencialmente comercial Potencialmente comercial
• Está prevista a construção de uma instalação siderúrgica no • Está construída uma instalação siderúrgica no Cuchi para
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Namibe, aproveitando a proximidade em relação ao porto produção de Ferro Guza. Até há data ainda não entrou em
mineraleiro da Baía do Saco. Neste momento, dado que ainda funcionamento, tal como as explorações que estão previstas para
não se realizaram acções no segmento da exploração ou de a sua alimentação ainda não se iniciaram.
beneficiação do minério e, dado o horizonte temporal do
PRODESI, é extemporâneo estar a tecer quaisquer
considerações sobre a produção da commodity neste projecto.

44
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


metalurgia da cadeia de valor do ferro (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Projecto Cassala – Quitungo (minero-siderurgico)


Outros Projectos (embrionários)
Em fase de licitação
(E3 F3 G1,2,3,4)
(E3 F3 G1,2,3,4)
Projecto de prospecção Projecto de prospecção
• Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto. • Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto.
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45
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


fabrico da cadeia de valor do ferro
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Ferrangol / Tosyali Iron & Steel – Angola


Outros Projectos (embrionários)
Projecto Cassinga
(E3 F3 G1,2,3,4)
(E2 F2 G1,2)
Potencialmente comercial Projecto de prospecção
• Quer a produção industrial de insumos para consumo industrial, • Não se coloca a curto prazo dado o estado embrionário dos
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quer o fabrico de produtos finais não se coloca, dado que o projectos.
upstream e o midstream ainda não estão concretizados.

Projecto Cassala – Quitungo (minero-siderurgico)


Em fase de licitação
(E3 F3 G1,2,3,4)
Projecto de prospecção
• Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto.

46
CARACTERIZAÇÃO – FERRO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


vendas da cadeia de valor do ferro
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia


A. Prospecção F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Raw material) (Prod. de concentrado) (Prod. de commodities)

Projecto Cassala – Quitungo (minero-siderurgico)


Outros Projectos (embrionários)
Em fase de licitação
(E3 F3 G1,2,3,4)
(E3 F3 G1,2,3,4)
Projecto de prospecção Projecto de prospecção
• Não se coloca a curto prazo dado o estado inicial do projecto. • Não se coloca a curto prazo dado o estado embrionário dos
About Us projectos.

47
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
48
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


prospecção da cadeia de valor do cobre e outros metais base
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

Mavoio, Tetelo (Uíge) Cuchi – Menongue


SMC (General Mining – Ferrangol)

• A exploração de Cobre no tempo colonial, confirma a existência • Parceria assinada em 2019. numa primeira fase foi noticiado um
de depósitos. investimento de 5 milhões USD (investimento de risco).
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• Nos últimos anos tem-se sucedido novos projectos de • Zona com prospecções anteriores recentes sem resultados que
prospecção (e.g. Genius Mineira), especialmente no que toca a conduzissem à fase de avaliação de depósitos.
desenvolvimento de índices minerais já conhecidos. Os • Projecto em fase de prospecção, não se sabe sequer se surgirão
resultados têm permitido passar à fase de desenvolvimento e resultados que levem a passar para a fase de desenvolvimento.
avaliação de reservas.

49
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO
Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento
de prospecção e avaliação da cadeia de valor do cobre e outros metais
base
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

Alto Zambeze (Moxico)


Binga (Cuanza Sul)
AngloAmerican

• Importante contrato com uma companhia mineira de primeira • Dados do tempo colonial, definiram reservas de minério
grandeza à escala mundial . Porventura com alguma influência secundário na ordem de 7x106T com teores médios entre 2 e 2,5%
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dos dados obtidos pelo PLANAGEO, foi assinado em Novembro
de 2019, um contrato para prospecção de Cu-Co-Ag com esta
de Cu. Estes valores podem motivar novos trabalhos de
desenvolvimento e avaliação mas, nunca de exploração.
que é uma das maiores empresas de mineração do mundo.
• A prospecção está indicada para Cu, Co e Ag e, seguramente, a
escolha do alvo está relacionada com a garantia de continuidade
das estruturas geológicas que albergam ricos jazigos destes
metais na Zâmbia.
• Os trabalhos ainda não se iniciaram, mas irão para além do
horizonte temporal do PRODESI. Não há quaisquer garantias de
50
passarem para a fase de desenvolvimento e cálculo de reservas.
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


avaliação da cadeia de valor do cobre e outros metais base
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

Mavoio, Tatelo (Uíge)


SMC

• Desde 2009, tem sido feito a reavaliação dos depósitos de cobre


(Tetelo Mavoio Bembe. Foram efectuadas sondagens (50.000
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metros) para actualizar o estado dos recursos de inferido/
indicado para inferido/ medido. Sondados mais de 12.000 metros.
• Há reservas provadas que podem ascender até cerca de 20
milhões de toneladas de minério polimetálico. Não se possui
informação sobre teores médios.

51
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO
Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento
de exploração e beneficiação da cadeia de valor do cobre e outros
metais base
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas

Mavoio, Tetelo (Uíge)


SMC

• Os resultados obtidos até à data, e utilizados em vários estudos


de viabilidade técnico-económica, ainda não conseguiram atrair
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investimento para a exploração do jazigo.
• Este é um caso paradigmático do largo horizonte temporal dos
trabalhos de prospecção e desenvolvimento. De forma não
contínua levam já cerca de 10 anos. Mesmo na presença de
reserva provadas, o projecto apenas passou a potencialmente
comercial.
• A razão de fundo é simples. Já foram gastos vários milhões de
USD em estudos e a viabilidade técnico-económica ainda não
atraiu investimento que será sempre na ordem de 108 USD para
52
a exploração e tratamento de minério.
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Síntese da caracterização dos segmentos da cadeia de valor do cobre


e outros metais base
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

• Com excepção do projecto de prospecção de Cobre (e metais associados) do Mavoio, nenhum dos outros projectos reúne condições para
se tornar em exploração mineira no intervalo de 5 a 10 anos. Neste caso, a ocorrência de outros metais, pode ser uma mais-valia mas pode,
também, ser penalizante pois torna mais complexo o processo de beneficiação do minério, encarecendo-o substancialmente. A progressão
na cadeia de valor está muito dependente da obtenção de financiamento para prosseguir. Os estudos de viabilidade técnico-económica são
imprescindíveis. No entanto, com o volume de reservas provadas a não ultrapassar os 20 a 30x 106T, será muito difícil explorar a não ser
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que os teores sejam muito altos ou que o preço do metal suba consideravelmente.
• Acontece o mesmo com as reservas do Binga. Recentemente uma empresa de grande porte internacional referiu que para teores da ordem
dos 2% de Cu, só explorava com reservas da ordem de 100x106T.
• Os restantes projectos ainda estão na fase de prospecção não tendo sido iniciada qualquer actividade de terreno. ´Seguramente que há
potencial geológico, mas não há qualquer garantia que se vão descobrir depósitos que justifiquem estudos de desenvolvimento,
designadamente cálculo de reservas.
Todos estes projectos mostram ainda, claramente, um outro aspecto. A importância da existência de regras de public disclosure, total ou
parcial, de resultados anteriores, como forma dos actuais intervenientes adequarem melhor as actividades de prospecção e não gastarem
recursos financeiros a repetir trabalhos já realizados anteriormente. A função do estado neste desiderato é, absolutamente, determinante. 53
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


prospecção da cadeia de valor do ouro (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

M´Popo Chipindo

• Conjuntos de filões de quartzo estreitos e subparalelos, (0,5-1,5 • Com uma área de concessão inicial de 644,33 Km2 foi realizado o
metros) e (70-80o) de pendor, dentro de amplas zonas de estudo de prospecção por fases:
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fracturas e alteração em rochas do Proterozóico inferior. i. reconhecimento e geologia regional,
• Com uma área de concessão inicial de 3.384 Km2 foi reduzida ii. integração de resultados da primeira fase e o inicio do
para 1.930, 24 Km2. Foi realizado o estudo de prospecção detalhamento,
detalhado em mais de 80 Km2.
iii. integração final.
• Pesquisa detalhada.

54
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


prospecção da cadeia de valor do ouro (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

Lombige Bengo

• Trabalhos de prospecção em zona onde há registo de produção • Os trabalhos de prospecção levaram à identificação de depósitos
histórica (SOMIL). Não há informação sobre resultados que entre os 230 e os 270m de profundidade.
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levem à fase de avaliação de depósitos eventualmente
encontrados.

Buco Zau (Cabinda) Mongo-Mongo (Cabinda)

• Conhecimento histórico e trabalhos de prospecção efectuados • Foram feitos trabalhos de prospecção que levaram a avaliação de
que levaram à descoberta de depósitos aluvionares. depósitos.

55
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


avaliação da cadeia de valor do ouro (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

M´Popo Chipindo

• Foram identificadas 12 zonas mineralizadas com recursos • Foram identificadas 12 zonas mineralizadas com recursos
estimados de 9,2 milhões de toneladas, com um teor de 3 g/t e estimados de 9,2 milhões de toneladas, com um teor de 3 g/t e um
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um conteúdo de ouro de 876.603 Oz de Au. Tendo-se realizado
pesquisa detalhada em 3 delas. Foi finalizado o EVTEF.
conteúdo de ouro de 876.603 Oz de Au. Tendo-se realizado
pesquisa detalhada em 3 delas.
• Recursos estimados de 5,9 milhões de toneladas de minério,
com teor médio de 2,37 g/t Au, contendo cerca de 451.633 Oz de
Au (14,05 t de Au contido).

56
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


avaliação da cadeia de valor do ouro (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

Buco Zau (Cabinda) Mongo-Mongo (Cabinda)

• Novos estudos de Viabilidade Técnico-económica e fase de due • Há reservas calculadas. Desconhece-se se já foram levados a
diligences. cabo os necessários estudos de viabilidade técnico-económica.
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Bengo

• Não há dados sobre as reservas calculadas mas foi dada


informação que já foi emitida licença de exploração.

57
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


exploração da cadeia de valor do ouro
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

M´Popo Chipindo

• As reservas calculadas e recalculadas (dados Ferrangol) ainda • Mina em fase de exploração. Já foram produzidas as primeiras
não deram origem ao início da exploração. barras de Au. Não se possuem dados sobre a produção até ao
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• Deve rever-se o EVTEF? O início da exploração necessita de momento e sobre a produção prevista.
investimento.

58
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos no segmento de


exploração e beneficiação da cadeia de valor do ouro
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

Buco Zau (Cabinda) e Mongo-Mongo (Cabinda)

• Os recursos em Au são aqueles que se revelam mais próximos de dar origem a explorações. Já há, aliás, actividades mineiras iniciadas
(projecto Chipindo).
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• Não há quaisquer dúvidas sobre depósitos de Au em vários pontos de Angola. Contudo, a passagem à fase de exploração de mina,
carecendo de grandes investimentos, necessita de financiamentos avultados.
• Ou se atrai a atenção de grandes empresas mineiras com robustez financeira para suportar tais investimentos, ou os concessionários têm
de os obter em instituições de crédito.
• Este processo só terá sucesso com estudos e viabilidade técnico-económica multidisciplinares, sólidos e muito aprofundados que sigam
códigos internacionais.

59
CARACTERIZAÇÃO – COBRE E OURO

Identificação e caracterização de entidades e projectos nos 4


segmentos assinalados da cadeia de valor do ouro
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

• Samboto: Não se dispõe de dados sobre os trabalhos de prospecção efectuados ou sobre o cálculo de reservas. É referida uma exploração
experimental. Esta exploração é considerada com trabalho de desenvolvimento ou resulta já de um plano de lavra estruturado com base
num estudo de viabilidade técnico-económica
• Lombige e Bengo: Parece óbvio que o avanço em muitos destes projectos depende dos resultados de estudos de viabilidade técnico-
económica rigorosos, sem os quais, actualmente, não é possível encontrar investidores credíveis.
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Nota: Os dados sobre as concessões de Au foram fornecidos pela Administração da Ferrangol a quem se expressa o mais vivo
agradecimento pela disponibilidade manifestada.

60
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
61
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR - ROCHAS ORNAMENTAIS

Factores de progressão na cadeia de valor recursos minerais metálicos


e não metálicos Upstream e midstream

Os factores de progressão na cadeia de valor esquematizados no capítulo de introdução e enquadramento deste capítulo pretendem uma
enumeração o mais exaustiva possível. Esses factores tem aplicação generalizável quer às cadeias de valor dos recursos metálicos, quer às
cadeias de valor dos recursos não metálicos e, como tal, pretendem constituir uma espécie de checklist de análise à maior ou menor
facilidade de progressão entre segmentos sucessivos da cadeia de valor. Obviamente haverá segmentos em que alguns desses factores
terão contribuição determinante e outros influência negligenciável ou mesmo nula.

Nas próximas páginas é apresentado a aplicação de factores de progressão aos vários segmentos da cadeia de valor para os minerais
metálicos e minerais (ferro, cobre e ouro) não metálicos (rochas ornamentais). Na maior parte dos casos só se analisam segmentos de
upstream, dado que em Angola a indústria extractiva em minerais metálicos é praticamente inexistente.

62
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR - ROCHAS ORNAMENTAIS

Principais factores de progressão na cadeia de valor das rochas


ornamentais entre os segmentos de prospecção e avaliação
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas
(Beneficiação)

Conhecimento geológico: Sistema regulatório (Código Mineiro):

• Disponibilidade de Mapas geológicos • Licenciamento da exploração com critérios objectivos


• Acesso a Mapas temáticos (Mapas de Minerais e Rochas • Registo das concessões
industriais) • Avaliação da capacidade técnico-financeira dos solicitantes de
• Conhecimento histórico (resultado de trabalhos anteriores) concessões
• Área livre/ área concessionada

63
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR - ROCHAS ORNAMENTAIS

Principais fragilidades na cadeia de valor das rochas ornamentais


entre os segmentos de prospecção e avaliação (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas
(Beneficiação)

Dificuldades na obtenção da informação geológico-mineira preexistente e actual


A reestruturação do Serviço Geológico de Angola (IGEO – Instituto Geológico de Angola) e a construção de novas e modernas instalações equipadas com laboratórios
1 de análise de materiais geológicos, representa uma enorme melhoria na infraestrutura de suporte ao papel do estado como incentivador das actividades de prospecção.
Contudo, deverão ainda ser dados passos decisivos nos seguintes aspectos: organizar as bases de dados existentes, designadamente as resultantes do trabalho do
PLANAGEO e definir claramente as regras de public disclosure da informação geológico-mineira.
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Dificuldades em saber quais as áreas livres e as áreas concessionadas
O cruzamento da informação geológica e a informação existente sobre concessões activas é imprescindível na decisão de investimento em Prospecção Mineira. Neste
2
caso, para além da DNRM, os GPDEIs são os organismos públicos que, pela sua proximidade e consequente conhecimento, deverão chamar a si a manutenção do
registo actualizado. Obviamente que estarão em coordenação directa com a DNRM que superintende e centraliza a informação de todo este processo.

Deficiência frequente no uso de critérios técnico-científicos na condução das actividades de prospeção por parte dos pequenos investidores
Com efeito, tem-se assistido a um desmesurado empirismo na selecção de escolha de locais pra futuras explorações, sem quaisquer outros critérios que não sejam os
3
do empirismo básico e, consequentemente, sem informação preditiva da continuidade em profundidade ou em extensão das características pretendidas para o recurso a
explorar.
64
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR - ROCHAS ORNAMENTAIS

Principais fragilidades na cadeia de valor das rochas ornamentais


entre os segmentos de prospecção e avaliação (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas
(Beneficiação)

Risco de se voltar a um regime de atribuição não criteriosa de licenças de prospecção/ exploração, multiplicando os casos de concessões onde, muito
4 provavelmente, não haverá qualquer exploração ou onde poderá haver desmontes sem qualificação técnica ou critério de qualidade comercial. Estas possibilidades,
travarão a evolução sustentada desta actividade económica e o seu robustecimento em termos de qualidade comercial de um produto único.

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65
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR - ROCHAS ORNAMENTAIS

Principais factores de progressão na cadeia de valor das rochas


ornamentais entre os segmentos de avaliação e exploração
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas
(Beneficiação)

Conhecimento geológico: Sistema regulatório (Código Mineiro):

• Caracterização geológica do Recurso • Licenciamento/ contrato de exploração


• Caracterização qualitativa do recurso (químico-mineralógica, • Exigência, ainda que moderada, de qualidade técnica por parte do
sedimentológica, físico-mecânica, etc.) investidor ou, então, acompanhamento técnico por parte de
• Cálculo de reservas provadas entidades estatais (CTRL e GPDEI – Huíla)

• Estudo de viabilidade técnica


Investimento:

• Possibilidade de concorrer à aquisição de equipamentos

66
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR - ROCHAS ORNAMENTAIS

Principais fragilidades na cadeia de valor das rochas ornamentais


entre os segmentos de avaliação e exploração
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas
(Beneficiação)

Dificuldades devidas à deficiente caracterização do recurso


1 Quer no que respeita à caracterização geológica do maciço direccionada para a exploração de rochas ornamentais e caracterização físico-mecânica e químico-
petrográfica do produto. Consequências negativas em termos de insucesso de exploração e de adequação do aproveitamento técnico-comercial do recurso.

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Dificuldades relativas à definição e regras de atribuição de reservas e de acompanhamento do sector pelas entidades públicas que tutelam o
2 sector
A atribuição não criteriosa de licenças de exploração pode levar a consequências negativas para o desenvolvimento consistente do sector da R.O. na região.

Nota adicional:
Continua-se a repetir a abertura de pedreiras com período de vida reduzido devido ao insucesso da exploração por muito reduzida percentagem de exploração do
recurso, o que não parece ser a opção mais correcta.
67
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR - ROCHAS ORNAMENTAIS
Principais factores de progressão na cadeia de valor das rochas
ornamentais entre os segmentos exploração, beneficiação e
transformação
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas
(Beneficiação)

Know-how tecnológico: Factores financeiros:

• Estudos de viabilidade técnica (planos de lavra e projectos de • Obtenção de financiamento para equipamento de transformação
reequipamento para transformação e aproveitamento mais • Avaliação de excesso de tributação associada à exportação e
abrangente do recurso) utilização de infraestruturas portuárias

Factores de contexto:

• Garantia de fornecimento energético capaz. Possibilidade de


estudar fontes próprias
• Estruturas para escoamento do material explorado ou
beneficiado, designadamente estruturas portuárias
68
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR - ROCHAS ORNAMENTAIS

Principais fragilidades na cadeia de valor das rochas ornamentais


entre os segmentos exploração, beneficiação e transformação
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas
(Beneficiação)

1 Dificuldades devidas a elevados custos de contexto que diminuem a competitividade das empresas de extracção e transformação.

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Dificuldades relativas à baixa percentagem de empresas transformadoras que fazem com que a agregação de valor seja baixa. A percentagem de exportação de
2
blocos deve diminuir e, inversamente, aumentar a percentagem de exportação de transformados (chapas, etc.).

69
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
70
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais factores de progressão na cadeia de valor dos recursos


minerais metálicos entre os segmentos de prospecção e avaliação
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Conhecimento geológico-mineiro: Sistema regulatório (Código Mineiro) e de registo mineiro:


• Mapas geológicos • Licenciamento da prospecção
• Bases de dados geológico-mineiros • Registo das concessões (área livre e área concessionada)
• Conhecimento histórico (resultado de trabalhos anteriores) • Avaliação dos relatórios das concessionárias (códigos PARC ou
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• Área livre/ área concessionada JORC)

71
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais fragilidades na cadeia de valor do ferro entre os segmentos


de prospecção e avaliação (projectos actuais e futuros) (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Ferro

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Dificuldades na obtenção da informação geológico-mineira preexistente


A reestruturação do Serviço Geológico de Angola (IGEO – Instituto Geológico de Angola) e construção de novas e modernas instalações com laboratórios de análise de
1 materiais geológicos, representa uma enorme melhoria na infraestrutura de suporte ao estado como incentivador das actividades de prospecção. Porém, deverão ainda
ser dados passos decisivos nos seguintes aspectos: organizar as bases de dados existentes, as resultantes do trabalho do PLANAGEO e definir as regras de public
disclosure da informação geológico-mineira arquivada no IGEO/outras entidades estatais. As dificuldades de acesso referem-se igualmente a suporte físico e via web.
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Dúvidas sobre áreas livres e as áreas concessionadas
O cruzamento da informação geológica actualizada e a informação mineira preexistente é imprescindível na decisão de investimento em Prospecção Mineira. A estas
2 duas fontes de informação junta-se uma terceira: a informação sobre áreas com concessões activas e áreas livres. O acesso a esta informação deverá ser rápido e fácil,
designadamente através de plataformas digitais via internet. Tal não acontece actualmente em Angola. Ainda é difícil ter acesso à informação sobre concessões activas,
áreas cativas mas não concessionadas e áreas livres.

Informação clara sobre as competências dos organismos públicos do sector (tutela MIREMPET)
Organismos que disponibilizam informação geológico-mineira e públicos que têm à sua responsabilidade o registo de pedidos de concessões, inscrição e fiscalização de
3 actividades. O investidor deve saber claramente a quem se dirigir e quais as regras e procedimentos a seguir. O esforço de clarificação que tem vindo a ser feito pelo
Ministério que tutela o sector dos Recursos Geológicos, designadamente através do novo Código Mineiro, deve ser prosseguido. O investidor deve saber sem quaisquer
ambiguidades o que poderá obter do IGEO, e quais os assuntos a tratar com a DNRM, ou com as ex-Direcções Provinciais do MIREMPET, agora GPDEIs.
72
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais fragilidades na cadeia de valor do ferro entre os segmentos


de prospecção e avaliação (projectos actuais e futuros) (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Ferro

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Formas de pedido/ obtenção de concessões para prospecção


Igualmente deverá ser clarificado ao investidor o que tratar com a DNRM e com a Nova Agência para os Recursos Minerais. Para além disso, será importante discernir
4
claramente se há alguma diferença entre oportunidades de solicitar continuamente concessões para Prospecção Mineira e oportunidades geradas pelos anúncios de
licitação pública de áreas a concessionar para minerais metálicos.
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Nota adicional
• Se a intenção é atrair investimento (relatório McKinsey), será importante uma articulação de políticas no sentido de “to enable and support
coherent and consistent resource classification and management policies.”
• Dito de outra forma, é necessário uma articulação entre entidades do estado (Agência Nacional de Recursos Minerais, Direcção Nacional de
Recursos Minerais e IGEO) no sentido de fornecer (angolan public disclosure rules) a informação geológica o mais actualizada possível,
bem como a informação actualizada sobre zonas livres ou, se for esse o entendimento, sobre zonas para licitação.
• Para além disto é necessário que haja uma melhor organização e regras de divulgação claras dos arquivos históricos existentes em Angola.
A informação histórica, especialmente os relatórios técnicos, podem ser de grande utilidade. 73
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais fragilidades na cadeia de valor do cobre entre os segmentos


de prospecção e avaliação
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Cobre

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

As dificuldades referidas para o Fe são comuns a todos recursos em minerais metálicos:


• Dificuldades na obtenção da informação geológico-mineira preexistente
1 • Dúvidas sobre áreas livres e as áreas concessionadas
• Informação clara sobre as competências dos organismos públicos do sector (tutela MIREMPET)
• Formas de pedido/obtenção de concessões para prospecção
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As fragilidades referidas para o Fe são comuns a todos recursos em minerais metálicos, daí que se inscrevam novamente no ponto anterior. Subsistem duas diferenças:
O Fe tem um elevado valor de reservas provadas, ainda que o teor não seja muito elevado, e existam instalações capazes de beneficiar o minério (Cuchi), que no
2 entanto, ainda não entraram em funcionamento. Ou seja, em Angola há capacidade de produção de commodity através de sucata, ou beneficiar o minério no caso do
Cuchi. Para o Cobre ou outros metais, não há qualquer instalação de tratamento de minério de escala industrial. Contar com maiores reservas e com instalações de
tratamento de minério tornam a situação distinta.

No caso dos actuais projectos do Cobre e metais associados, não se pode falar em fragilidades mas, tão somente, nas dificuldades intrínsecas à obtenção de
3 financiamentos para prosseguir a actividade para além da fase de desenvolvimento. Só o recurso a sólidos projectos de viabilidade técnico-económica permitirão obter
os avultados financiamentos necessários.

74
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais factores de progressão na cadeia de valor dos recursos


minerais metálicos entre os segmentos de avaliação e exploração (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Conhecimento geológico-mineiro: Sistema regulatório (Código Mineiro) e de registo mineiro:


• Cartografia geológica do Recurso • Licenciamento/contrato de exploração
• Caracterização qualitativa do recurso (químico-mineralógica, • Fiscalização exigindo relatórios públicos de avanço segundo
sedimentológica, físico-mecânica, etc.) normas JORC ou PARC
• Cálculo de reservas provadas (códigos JORC ou PARC para os
minerais metálicos) Investimento:

• Estudo de viabilidade técnica (códigos JORC ou PARC) • Plano de investimento do concessionário assente em sólidos
estudos de viabilidade técnico-económica ou,
• Due diligence

75
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais factores de progressão na cadeia de valor dos recursos


minerais metálicos entre os segmentos de avaliação e exploração (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Nota adicional
• A chave aqui é, portanto, implementar procedimentos que conduzam a vias seguras de financiamento e investimento. Dito de outra forma e
citando o código UNFC-AMREC, para além de outros factores, impõem-se decisões no sentido de to enable and support coherent and
consistent resource classification and management policies.

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• Porque realmente se coloca a questão de estruturar a captação de investidores. Investidores sem know how técnico e credibilidade
administrativa e financeira, vão cativar áreas e, não realizando trabalho de qualidade, impedirão a progressão na cadeia de valor ou, no
mínimo adiarão essa progressão. Não se trata de controlo ou restrição estatal, trata-se de equilíbrio da gestão do bem público. Com efeito,
uma desejável e simplificação burocrática não pode redundar em perda de controlo sobre a qualidade do investimento.

76
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais fragilidades na cadeia de valor do ferro entre os segmentos


de avaliação e exploração (actuais projectos concessionados) (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Ferro

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Dificuldades intrínsecas à actividade de risco que é a prospecção de recursos minerais


A actividade de prospecção é uma actividade de risco. Iniciá-la não significa, na grande esmagadora maioria dos casos, chegar à definição de um depósito mineral,
1 muito menos à definição de reservas provadas em condições de explorabilidade económica. A perda de relatórios de trabalhos prévios ou a não obrigatoriedade de os
apresentar segundo moldes pré-estabelecidos, significará a perda de recursos financeiros futuros em actividades que porventura se pretendam realizar em áreas onde já
houveram trabalhos prévios.
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Dificuldades relativas à não observância de regras internacionais de apresentação de resultados da prospecção para obtenção de
financiamento
2 A progressão de actividades no sentido da exploração requer sucessivas avaliações e estudos de resultados entretanto obtidos durante os trabalhos de prospecção. O
financiamento da continuidade da actividade exige relatórios observando regras de códigos internacionais. A quebra do financiamento e, por consequência a interrupção
das actividades de desenvolvimento, está. Não raras vezes, relacionada com a falta de informação sólida sobre os resultados que vão sendo obtidos.

Dificuldades infraestruturais
Apesar do esforço contínuo para eliminar as deficiências na distribuição de energia, é das principais deficiências infraestruturais nos projectos industriais. Na indústria
3 extractiva, pode até inviabilizar a explorabilidade económica de recursos por aumento do custo de produção. As vias de comunicação não podem ser invocadas, mesmo
sendo favorável uma rede de estradas de qualidade, de acesso a infraestruturas portuárias. Mas, dada a raridade de um recurso mineral metálico, a localização, não é
escolhida em função da rede viária. Encontrando-se, as exploradoras deverão ter soluções de transporte de minério ou concentrado até ao eixo viário mais próximo.
77
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais fragilidades na cadeia de valor do ferro entre os segmentos


de avaliação e exploração (actuais projectos concessionados) (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Ferro

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Regimes fiscais e tributários


4 Por definição, um projecto de exploração mineira em recursos minerais metálicos é, sempre, um projecto de investimento em capitais intensivos (regra geral > 108 USD).
Projectos desta magnitude admitem sempre negociações em torno destes regimes, daí que a generalização de dificuldades neste âmbito não deva ser aqui colocada.

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78
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais fragilidades na cadeia de valor do cobre entre os segmentos


de avaliação e exploração (actuais projectos concessionados) (1/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Cobre

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Dificuldades intrínsecas à actividade de risco que é a prospecção de recursos minerais


A actividade de prospecção é uma actividade de risco. Iniciá-la não significa, na grande esmagadora maioria dos casos, chegar à definição de um depósito mineral,
1 muito menos à definição de reservas provadas em condições de explorabilidade económica. A perda de relatórios de trabalhos prévios ou a não obrigatoriedade de os
apresentar segundo moldes pré-estabelecidos, significará a perda de recursos financeiros futuros em actividades que porventura se pretendam realizar em áreas onde já
houveram trabalhos prévios.
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Dificuldades relativas à não observância de regras internacionais de apresentação de resultados da prospecção para obtenção de
financiamento
2 A progressão de actividades no sentido da exploração requer sucessivas avaliações e estudos de resultados entretanto obtidos durante os trabalhos de prospecção. O
financiamento da continuidade da actividade exige relatórios observando regras de códigos internacionais. A quebra do financiamento e, por consequência, a interrupção
das actividades de desenvolvimento parece estar, não raras vezes, relacionada com a falta de informação sólida sobre os resultados que vão sendo obtidos.

Dificuldades infraestruturais
Apesar do esforço contínuo para eliminar as deficiências na distribuição de energia, é das principais deficiências infraestruturais nos projectos industriais. Na indústria
3 extractiva, pode até inviabilizar a explorabilidade económica de recursos por aumento do custo de produção. As vias de comunicação não podem ser invocadas, mesmo
sendo favorável uma rede de estradas de qualidade, de acesso a infraestruturas portuárias. Mas, dada a raridade de um recurso mineral metálico, a localização, não é
escolhida em função da rede viária. Encontrando-se, as exploradoras deverão ter soluções de transporte de minério ou concentrado até ao eixo viário mais próximo.
79
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais fragilidades na cadeia de valor do cobre entre os segmentos


de avaliação e exploração (actuais projectos concessionados) (2/2)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Cobre

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Regimes fiscais e tributários


4 Por definição, um projecto de exploração mineira em recursos minerais metálicos é, sempre, um projecto de investimento em capitais intensivos (regra geral > 108 USD).
Projectos desta magnitude admitem sempre negociações em torno destes regimes, daí que a generalização de dificuldades neste âmbito não deva ser aqui colocada.

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80
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO

Principais fragilidades na cadeia de valor do ouro entre os segmentos


de avaliação e exploração (projectos actuais)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Ouro

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

1 Dificuldades intrínsecas à actividade de risco que é a prospecção de recursos minerais.

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2 Dificuldades relativas à não observância de regras internacionais de apresentação de resultados da prospecção para obtenção de financiamento.

81
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO
Principais factores de progressão na cadeia de valor dos recursos
minerais metálicos entre os segmentos de exploração, beneficiação e
metalurgia
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Know-how tecnológico: Factores financeiros


• Estudos de viabilidade técnica (planos de lavra e projectos de • Estudo de sustentabilidade do investimento intensivo efectuado
instalações de beneficiação de minério) • Obtenção de financiamento para projectos de investimento
intensivo e previsão de longo período de amortização

Factores de contexto:
• Garantia de fornecimento energético
• Estruturas para escoamento do material exporado ou beneficiado

82
FACTORES DE PROGRESSÃO E FRAGILIDADES NA CADEIA DE VALOR – FERRO, COBRE E OURO
Principais fragilidades na cadeia de valor do ferro entre os segmentos
de exploração, beneficiação e metalurgia (actuais projectos
concessionados)
1. Recursos 2. Recursos
Não Metálicos Metálicos

Ferro

B. Avaliação E. Metalurgia
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento) (Refinação)

Se um projecto de extração e concentração de minério metálico se inicia, seguramente foi assente em aturados estudos de viabilidade técnico-económica. Qualquer
empresa ou consórcio com suficiente envergadura financeira própria ou com recurso a financiamentos, tem recursos técnicos especializados e multidisciplinares para
1
levar a cabo tais estudos. Consequentemente não cabe aqui qualquer apreciação de fragilidades da cadeia de valor do Fe. Fundamental é, neste momento, avançar no
upstream.
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Possibilidade de substituição ou complemento dos segmentos de midstream pela reciclagem
Angola inaugurou há poucos anos uma aciaria (ADA). Tem produção de commodity metálica a partir de reciclagem de sucata. A projecção da garantia de obtenção de
2 matéria-prima (sucata) nos próximos anos é essencial e, deve ter sido levada a cabo. Porém, a abundância de reservas provadas (>109T) e a existência de mais
recursos suscita interesses mineiro-siderúrgicos (projecto Ferrangol / Tosyali Iron & Steel Angola e instalações siderúrgicas do Cuchi – Ferro guza). Este conjunto de
possibilidades (actuais e potenciais) de output interno da commodity metálica, permitirá avaliar da real capacidade de suprimento das necessidades do país em Fe.

83
Plano de Acção
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
85
GUIA DO INVESTIDOR

Introdução
No guia do investidor deve ser feita uma separação clara da parte dedicada aos Recursos em Minerais Metálicos e aos Recursos em
Minerais Não-Metálicos.

• No que respeita aos minerais metálicos, a informação contida no Guia do Investidor aplica-se a todos os recursos metálicos, estejam
eles inscritos no PRODESI ou não. No caso dos Recursos não-metálicos, justificam-se indicações distintas para cada um deles.
• Decisões sobre investimento em prospecção ou mineração de Recursos Minerais Metálicos necessitam, essencialmente, de informação
fidedigna e rigorosa que as sustente. Essa informação de natureza diversa deve ser compilada e preparada ou, em alternativa, devem
ser dadas indicações aos investidores onde e como obtê-la.

A informação essencial, inclui: • A compilação de toda esta informação exige trabalho aturado
• Informação geológico-mineira o mais actualizada possível. por parte de equipas técnicas conhecedoras das fontes de
informação. Assim, será aconselhável o trabalho conjunto entre
• Informação sobre a legislação que regulamenta o sector. equipas do MEP e do MIREMPET, dado haver objectivos
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• Informação actualizada sobre áreas livres e áreas comuns. Um guia do investidor desta natureza, servirá todas
concessionadas. as iniciativas do MIREMPET em roadshows e congresso
• Informação sobre regisme fiscal geral e, se for caso disso, internacionais do sector mineiro, bem como em todos os
particular para o sector particular. contactos institucionais dos dois ministérios. A sua formatação
para divulgação e acesso interactivo via web deve ser um
objectivo a curto prazo.
• Num primeiro momento, e na ausência de um trabalho final, o
guia do investidor deve referir as fontes da informação
pretendida pelos investidores. Referem-se de seguida.
86
GUIA DO INVESTIDOR

Informação fundamental para o guia de investidor em recursos


metálicos
B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

• Indicação de organismos, bases de dados e outras fontes de informação onde é possível recolher informação geológica recente e de
qualidade. Com o PLANAGEO, poderá surgir, logo que preparado e regulamentado o acesso, uma base de dados geológicos e de
ocorrências minerais de enorme valia.
• Indicação dos organismos e das regras de public disclosure de informação mineira fidedigna (histórico da actividade geológico-mineira
na área pretendida/concessionada).
• Disponibilização actualizada de áreas com concessões activas e área livre;
• Informação clara sobre as regras para manifestação de interesse em áreas livres e solicitação da respectiva concessão para prospecção.

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

• Normas que permitem solicitar concessão para exploração após findas as actividades de prospecção.
• Definição de normas claras para apresentação de relatórios públicos finda cada uma das fases de trabalho de desenvolvimento.

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas


(Desenvolvimento)

• Não se coloca. Um investidor capaz técnica e financeiramente nesta área económica tem a sua própria equipa de técnicos e consultores,
pelo que a maior garantia que poderá ter será a protecção do seu investimento através de EVTE sólidos, sem os quais, aliás, não obtém 87
financiamento capaz.
GUIA DO INVESTIDOR

Informação fundamental para o guia de investidor para recursos


minerais não-metálicos: rochas ornamentais

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

Conhecimento geológico:
• Indicação de organismos, bases de dados, fontes de informação onde é possível recolher informação geológico-mineira fidedigna
(histórico da actividade geológico-mineira na área pretendida/concessionada).
• Disponibilização actualizada de áreas com concessões activas e área livre – DNRM, e GPDEIs.
• Contactos da Associação de Produtores e dos organismos provinciais (GPDEIs) como fonte de expertise local sobre procedimentos
administrativos necessários para obtenção de concessões, bem com de conhecimentos técnicos que levaram a sucesso extractivo e
económico.

A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

Sistema regulatório:
• Normas claras para a obtenção de concessões para a exploração.
• Conhecimento de entidades que podem prestar serviços no domínio da pesquisa e caracterização do recurso (GPDEI e CTRL).

88
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
89
PROJECTOS BANDEIRA

Projectos bandeira – recusos minerais metálicos


Tendo por base as reuniões com os empresários e associações do sector, o obejctivo dos projectos bandeira seriam
identificadar um conjunto de empresas/ projectos com potencial de contribuição, no curto prazo, para os objectivos do
PRODESI.
A possibilidade de indicar projectos bandeira nos recursos metálicos está limitada ao reduzido número de projectos que
estão a explorar e, eventualmente aos projectos que estão em fase de desenvolvimento. Em nossa opinião esta opção
deveria ser tomada pela Ferrangol/ MIREMPET, pois tem impacto também em termos do guia do investidor.

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90
PROJECTOS BANDEIRA

Projectos bandeira – minerais não metálicos


A possibilidade de indicar projectos bandeira nos recursos não metálicos deve ser considerada com muitas reticências.
O facto das visitas terem sido interrompidas a meio, faz com que importantes unidades produtivas não tenham sido
visitadas. Nestas circunstâncias, qualquer indicação terá probabilidade de deixar de fora projectos importantes e de
sucesso, o que poderá dar origem a mal-entendidos. Eventualmente, à semelhança do que se propõe para os metálicos,
a decisão deve tomada pelo MIREMPET e as associações de produtores correspondentes.

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91
1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
92
INICIATIVAS A DESENVOLVER

Principais recomendações para mitigar as fragilidades na progressão


entre prospecção avaliação nas rochas ornamentais (draft provisório e
incompleto)
B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas
(Desenvolvimento)

Domínio
Recomendações – Rochas Ornamentais (implementação imediata) Público / Privado

Melhorar a articulação entre as entidades governativas tuteladas pelo MIREMPET por forma a que se haja um melhor acesso à
1
informação geológica existente.

2 Melhorar o acesso à informação sobre áreas cativas (projectos em actividade) e áreas livres.

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A participação dos GPDEI é fundamental no acompanhamento da prospecção e de atribuição de concessões devendo, para isso,
3
serem estabelecidos critérios claros e objectivos.

Promover acções de formação in situ sobre critérios de prospecção, avaliação e desenvolvimento de recurso. O MIREMPET,
4 enquanto entidade que tutela o sector, pode ter um papel fundamental neste âmbito. Igualmente a associação de produtores pode
ser decisiva neste ponto.
93
INICIATIVAS A DESENVOLVER

Principais recomendações para mitigar as fragilidades na progressão


entre avaliação e exploração nas rochas ornamentais (draft provisório e
incompleto)
A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

Domínio
Recomendações – Rochas Ornamentais (implementação no curto prazo) Público / Privado

Promover acções de formação na área de prospecção e pesquisa de maciços para rochas ornamentais; difundir os trabalhos de
4
cartografia de minerais e rochas industriais em curso, logo que seja possível. Definição de regras de public disclosure.

Estudos periódicos e atempados de caracterização de recurso e de viabilidade técnico-económica de continuidade ou incremento da


5
actividade extractiva.

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Continuar e incrementar os esforços de implementação de procedimentos normativos e acreditação de resultados do CTR-Lubango
6 como forma de dar aos produtores locais a possibilidade de melhor caracterizar o recurso e o produto. Esforço dos produtores para
caracterizarem o produto que vendem.

Estabelecer normas concretas para a apresentação de relatórios sobre projectos de viabilidade técnico-económica de exploração,
como forma de selecionar investidores capazes de iniciar e prosseguir actividade. Repete-se que não se trata de controlo ou
7
restrição estatal. Trata-se de equilíbrio da gestão do bem público ainda que ele seja concessionável. Qualquer desejável
simplificação burocrática não pode redundar em perda de controlo sobre a qualidade do investimento.
94
INICIATIVAS A DESENVOLVER
Principais recomendações para mitigar as fragilidades na progressão
entre exploração, beneficiação e transformação nas rochas
ornamentais (draft provisório e incompleto)
A. Prospecção B. Avaliação C. Exploração D. Beneficiação E. Transformação F. Vendas

Domínio
Recomendações – Rochas Ornamentais (implementação imediata) Público / Privado

Elaboração e apreciação de projectos para criação/reequipamento de unidades de transformação financiados no âmbito do


8
PRODESI.

Criação de Comissão Conjunta (Associação de Produtores / GPDEI / equipa interministerial) para discussão de parcerias para
9
resolução de deficiências infraestruturais.

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Criação de Comissão Conjunta (Associação de Produtores / GPDEI / equipa interministerial) para discussão da melhoria dos
10
processos administrativos e burocráticos relativos ao sector e para avaliação de eventual sobretaxação fiscal na exportação.

95
INICIATIVAS A DESENVOLVER

Principais recomendações para aumentar a atração de investimento


em prospecção e avaliação de recursos metálicos (Fe e outros) (1/2)
(capítulo em desenvolvimento)
B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

Domínio
Recomendações – Recurso Metálicos (implementação a curto prazo) Público / Privado

Melhorar a articulação entre as entidades governativas tuteladas pelo MIREMPET por forma a que haja um melhor acesso à
1
informação geológica existente, e às bases de dados sobre actividade mineira.

2 Melhorar o acesso à informação sobre áreas cativas (projectos em actividade) e áreas livres.

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O cruzamento da informação geológico-mineira com a informação actualizada sobre o cadastro é vital para a atração de
investimento. Será importante, num futuro próximo estudar não só as regras de public disclosure de informação geológico-mineira
3
mas, sobretudo, a forma de o fazer. Trata-se de matéria complexa, eminentemente técnica, que exige tratamento e estudo
dedicados.

Prosseguir nas acções de divulgação sobre o sector geológico-mineiro em Angola encetadas pelo MIREMPET em meados de 2018
(INDABA, Roadshows, Conferências e Encontros do Sector em Angola). Também aqui será conveniente preparar da melhor forma
4
possível a representação do país, seja a nível de entidades públicas, seja a nível de entidades privadas). Esta medida, deverá estra
articulada com o ponto anterior e com a elaboração de um Guia do Investidor dinâmico e de actualização periódica.
96
INICIATIVAS A DESENVOLVER
Principais recomendações para aumentar a atração de investimento
em avaliação/exploração e exploração/beneficiação/metalurgia de
recursos metálicos (Fe e outros) (2/2) (capítulo em desenvolvimento)
Domínio
B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas Público / Privado
(Desenvolvimento)

Manter bases de dados / arquivos com actualização no que respeita a relatórios (públicos ou privados) que reportam
1
estimativas/cálculos de reservas ou EVTEs e estabelecer regras claras de acesso a essa informação.

Estimular os concessionários com contratos com o estado, caso ainda não o façam, a seguir normativas de códigos internacionais no
2
que respeita a cálculos de reservas ou a EVTEs.

Aproveitar a criação recente da nova Agência Nacional dos Recursos Minerais (MIREMPET) para tratar de forma integrada os
3 About Us
aspectos anteriores, considerados fundamentais à atração de investimento mineiro e, também, para afinar os mecanismos de
acompanhamento da progressão de projectos mineiros desde as fases de prospecção e avaliação até ás fases extractivas. Em
suma, operacionalizar processos internos de monitorização da actividade mineira nas áreas concessionadas.

B. Avaliação
A. Prospecção C. Exploração D. Beneficiação E. Metalurgia F. Fabrico G. Vendas
(Desenvolvimento)

1 Ver ponto anterior. 97


1. Sumário Executivo
2. Visão Geral do Sector
3. Caracterização das Cadeias de Valor
3.1 Introdução e Enquadramento
3.2 Caracterização
3.2.1 Rochas Ornamentais
3.2.2 Ferro

Índice 3.2.3 Cobre e Ouro


3.3 Factores de Progressão e Principais Fragilidades
3.3.1 Rochas Ornamentais
3.3.2 Ferro, Cobre e Ouro

4. Plano de Acção
4.1 Guia do Investidor
4.2 Projectos Bandeira
4.3 Iniciativas a Desenvolver
4.4 Indicadores de Acompanhamento

5. Conclusão
98
INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO

Considerações gerais sobre os indicadores de acompanhamento do


sector dos recursos geológicos
O sucesso da aplicação dos indicadores de acompanhamento do sector dos recursos geológicos no âmbito do PRODESI
depende sempre da recolha e do fluxo de informação.
Angola é um País de grande dimensão geográfica, e apesar das facilidades de comunicação actuais, as províncias
Angolanas são ainda lugares distantes e isolados. A participação das entidades provinciais é fundamental na recolha
exaustiva da informação.
Outro aspecto a considerar é a sobreposição de competências e responsabilidades. Verifica-se, por vezes, a realização
do mesmo trabalho por entidades distintas e/ ou em tempos diferentes. Esta duplicação de tarefas dá origem a resultados
desencontrados e incompletos. A linha de fluxo desta informação até ao seu destino deve ser bem definida e
estabelecida.
Os indicadores propostos no presente relatório estão organizados segundo o esquema da cadeia de valor anteriormente
definido, ou seja, serão propostos indicadores para upstream e midstream da cadeia de valor dos recurso minerais
About Us
metálicos e para os recursos minerais não metálicos.
Os indicadores a seguir propostos são aqueles considerados fundamentais para o acompanhamento do sector dos
recursos geológicos na vertente de recursos minerais metálicos e não metálicos, nas várias fases das respectivas cadeias
de valor. Existem outros indicadores que poderão ser acrescentados ao processo de acompanhamento e monitorização
deste sector.

99
INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO – RECURSOS MINERAIS METÁLICOS

Indicadores propostos para o upstream da cadeia de valor dos recursos


minerais metálicos
Fase desenvolvimento (passagem a projectos
Identificação do Projecto Fase de Prospecção
potencialmente comerciais)

Estado de
Resultados alcançados Reservas Provadas
Estado desenvolvimento após o
em relatórios síntese calculadas (massa/teor)
Recurso Licença de (activa/ cálculo de reservas
Projecto (massas mineralizadas (com indicação da
Mineral Prospecção inactiva/ (Realização de EVTE em
identificadas / recursos normativa utilizada: JORC,
revogada) curso ou processo de due
estimados) PARC, outra)
dilligence)

Não interessa tanto a A existência de reservas provadas, por si só,


quantidade de projectos, mas Neste ponto, o que conta é a descoberta não é garante de início de actividade
É imprescindível que se chegue
sim o estado activo da de massas mineralizadas cujo volume extractiva, a partir da qual começa a haver
ao cálculo de reservas provadas
concessão. Ou seja, a medido ou inferido permita fazer transações comerciais (venda de minério ou
(massa e teor), ou seja, com
existência de pesquisa em estimativa de recursos. Só assim se de concentrado de minério). O know how
elevado grau de confiança (90 a
curso. Muitas concessões avança para a fase de desenvolvimento. requerido, os enormes investimentos
95%). O cálculo de reservas,
INDICADORES

inativas são um problema, pois Dito de outra forma, não importa dizer requeridos e as flutuações de preço das
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cativam áreas que deixam de
ser pesquisadas. Daí que os
que existem ocorrências de uma
determinada substância, é preciso que
quando usado para obter
financiamentos deve obedecer a
commodities metálicas fazem com que seja
imprescindível a existência de Estudos de
normativas inclusas em códigos
códigos mineiros incluam a haja massas de volumes consideráveis Viabilidade Técnica e Económica (EVTE).
internacionais.
possibilidade de revogar mineralizadas com esta substância. Também estes devem seguir normas
licenças de prospecção. internacionais.

O indicador de avanço é a
O indicador será, portanto, a
existência de relatórios de
O indicador é o número de existência de relatórios a reportar a
cálculo de reservas provadas O indicador de seguimento é o EVTE.
concessões activas. descoberta de massas de minério
segundo normas
com estimativa de volumes.
internacionais.

Projectos de Prospecção e Desenvolvimento Projectos Potencialmente Comerciais


100
INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO – RECURSOS MINERAIS METÁLICOS

Indicadores propostos para o midstream extractivo e beneficiador da


cadeia de valor dos recursos minerais metálicos
Indústria Transformadora e
Etapa Extractiva e de Concentração/ Beneficiação Metalurgia
Comércio de Produtos Finais
Quantidades de concentrado
Quantidades de minério
mineral produzidas com
extraídas com indicação de
indicação de massa e teor médio Quantidades
massa e teor médio (T e %, Indústria Comércio de
(T e %, transformáveis em de commodity
transformáveis em unidade transformadora produtos finais
unidade monetária se o minério é produzida
monetária se o minério é
transacionado como concentrado
transacionado como raw material
mineral

Se a exploração tem associadas Se houver Quantidade de


A partir da etapa instalações empresas
instalações de tratamento
extractiva passa a haver Se houver instalações metalúrgicas, metalúrgicas, para transformadoras que
(concentração de minério, ou
possibilidade de haver pode passar-se à produção da produção da utilizam total ou
seja, lavarias, então pode Consumo
comercialização de um commodity metálica. commodity a partir parcialmente a
agregar-se valor pela venda de interno de
bem, neste caso minério. de reciclagem, os commodity metálica.
um concentrado mineral. bens
INDICADORES

valores devem ser


About Us
O indicador será
portanto, as Também aqui o indicador é
O indicador será a quantidade de
commodity produzida (T), indicada
comparados. Se
houver garantia de
Quantidades de
matéria prima
produzidos
a partir da
commodity
quantidades produzidas uma quantidade: produção de para as diversas formas de venda fornecimento de consumida (importada
metálica
(T) e o respectivo teor concentrado (T) e respectivo (variáveis entre metais (p.ex. matéria-prima e vs. produzida
(importados
médio (% da substância teor médio na substância útil chapas e varão para o FE, lingotes capacidade internamente).
e/ ou
útil). Estas quantidades (%). Estas quantidades são para o Ouro, fio de vários diâmetros produtiva instalada,
produzidos
são transformáveis em transformáveis em unidade para o Cu, etc.). Este valor em a reciclagem pode Quantidades de bens
no País)
unidade monetária (p. monetária (p. ex. USD) em massa é transformável em unidade garantir, total ou produzidos (com
ex. USD) em função da função da variação do peço monetária e está regulada pelo valor parcialmente, a indicação do destino
variação do peço do do metal. das commodities metálicas nos produção da comercial: mercado
metal. mercados internacionais. commodity metálica. interno ou exportação).

Projectos Comerciais
101
INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO – RECURSOS MINERAIS NÃO METÁLICOS

Indicadores propostos para o upstream da cadeia de valor dos recursos


minerais não metálicos
Fase desenvolvimento (passagem a projectos
Identificação do Projecto Fase de Prospecção
potencialmente comerciais)

Reservas Provadas
Licença de Estado Resultados alcançados calculadas
Prospecção (activa/ em relatórios síntese (volumes/continuidade/qua Planos de lavra e plano de
Projecto Rocha
ou inactiva/ (maciços identificados/ lidade) negócios
Exploração revogada) recursos estimados) (com indicação dos
estudos correspondetes)

Não interessa tanto a


quantidade de projectos, mas A existência de reservas provadas, por si só,
sim o estado activo da não é garante de início de actividade
É imprescindível que se chegue
concessão. Muitas concessões extractiva, a partir da qual começa a haver
Será importante que se faça registo da ao cálculo de reservas provadas
inativas são um problema, pois transações comerciais (venda de blocos tal
prospecção e pesquisa efetuada e (volumes, qualidade e garantia de
cativam áreas que deixam de qual ou produtos transformados). A licença de
métodos empregues. continuidade) com elevado grau
INDICADORES

ser pesquisadas/exploradas. exploração deveria tomar ainda em


About Us
Daí que os códigos mineiros
incluam a possibilidade de
de confiança (90 a 95%).
consideração a existência de plano de
negócios e, obviamente, o plano de lavra.
revogar licenças.

O indicador será, portanto, a


existência de relatórios a identificar
O indicador será a quantidade
maciços com características que
O indicador é o número de de reservas provadas com
viabilizem a priori a exploração para
concessões activas. indicação de continuidade e
fins ornamentais. Devem conter
qualidade.
indicação de recursos estimados
(volumes e qualidade).

Projectos de Prospecção e Desenvolvimento Projectos Potencialmente Comerciais


102
INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO – RECURSOS MINERAIS NÃO METÁLICOS

Indicadores propostos para o midstream extractivo e transformador da


cadeia de valor dos recursos minerais não metálicos
Etapa Extractiva e de Concentração/ Beneficiação Exportação e Comercialização Interna

Quantidade de blocos extraídos Quantidade de produtos


(volumes) e indicação da transformados (chapa polida,
Exportação Comércio interno
respectiva qualidade (classes de ladrilhos, etc.), assim como tipo e
qualidade) quantidade de subprodutos

A transformação do bloco acrescenta


A unidade comercializada é o bloco. A valor. Regra geral a unidade de
qualidade do bloco é determinante no produção reporta a uma área (m2), que Os indicadores serão: Os indicadores serão:
seu valor. também pode ser transformada em
unidade monetária. • número e qualidade de blocos e • Tipo e quantidades de produtos
INDICADORES

indicação da respectiva comercializados internamente:


About Us O indicador será quantidade de
qualidade (num futuro próximo
devem ter certificação de qualidade ✓ Produtos transformados:
produtos transformados por tipo e, desejavelmente, denominação de chapas, ladrilhos, estatuária e
O indicador será o volume de blocos
(chapas polidas, etc). origem) lápides funerárias, etc.
produzidos para cada uma das
classes de qualidade. Estas
Outro indicador de registo importante • Tipo e quantidade de produtos ✓ Subprodutos: cubos, lancis,
quantidades são transformáveis em
será a tipo quantidade e valor de transformados (chapas polidas, agregados, etc.
unidade monetária (p. ex. USD) em
subprodutos aproveitados e ladrilhos, etc)
função da qualidade do bloco.
comercializados

Projectos Comerciais
103
Conclusão
Conclusão

Recursos em minerais metálicos e o PRODESI (1/2)


Há estudos recentes de elevada qualidade no que respeita à formulação de estratégias e metas económicas realistas para o sector dos
Recursos Geológicos não-diamantíferos e não petrolíferos. Destaca-se o Relatório McKinsey, (2016) que serviu de suporte à síntese
efetuada por equipa do MEP no âmbito do “Angola 2050” para o sector mineiro não diamantífero. Por outro lado, os dados comparativos
entre a produção de qualquer commodity metálica no país e a importação dessa commodity em Angola permitirão realçar os objectivos do
PRODESI.

Considerando os objectivos, características e horizonte temporal do PRODESI (Decreto Presidencial nº169/18 de 20 de Julho), e
dadas as características da cadeia de valor para os Recursos Minerais Metálicos, entre as quais se destacam:

Mesmo após a descoberta do depósito mineral,


desenvolvimento e definição de reservas provadas, o
A natureza de risco do investimento em prospecção
investimento à produção será sempre de capital intensivo –
regra geral > 108 USD)

Todas as etapas até à definição de reservas podem demorar vários anos. Disto mesmo dá conta o relatório
da McKinsey, (2016), onde se refere que “…de facto, de forma estrutural e à escala global, os projectos de
exploração mineira são caracterizados por períodos de desenvolvimento muito longos e taxas de sucesso
reduzidas”.

105
Conclusão

Recursos em minerais metálicos e o PRODESI (2/2)


Tendo em conta o que foi analisado, sustentam-se sérias dúvidas sobre o enquadramento da actividade deste sector no PRODESI. Com
efeito, todas estas características sugerem não incluir no âmbito do investimento PRODESI os recursos em minerais metálicos. Mesmo
alguns dos que estão incluídos no texto legal (Fe, Au, Al, metais-base). Por consequência não se indicam quaisquer critérios para eleição de
projectos candidatos a investimento. Note-se que, com isto, não se está a dizer que este sector económico não poderá ter contribuição
relevante para o PIB angolano. Mas isso será, seguramente, num horizonte temporal bastante mais alargado. Por consequência, cumpre
retirar daqui duas importantes conclusões:

A maior fatia de investimento tem de ser feita


pelo sector privado. É fundamental garantir
que tais intervenientes tem know how técnico O investimento público já foi feito
capaz de garantir os preceitos definidos por recentemente num visionário e abrangente
códigos internacionais para fazer progredir a projecto estratégico, o PLANAGEO. As etapas
cadeia de valor, designadamente no que presentes, visam a conclusão desse projecto e
respeita à produção de relatórios técnicos a readequação por afinação e melhoria de
elaborados segundo padrões/códigos alguns dos seus aspectos. Importará, a curto
internacionais, sem os quais não é possível prazo, definir as regras e formas de public
garantir financiamento ou due dilligences disclosure dos resultados que, sem margem
capazes. para dúvida, atrairão investidores capazes.

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Conclusão

Actuação no âmbito do PRODESI (1/2)


Apesar das circunstâncias é preciso questionar se o PRODESI pode intervir positivamente neste sector, principalmente no upstream
(prospecção e avaliação de recursos/reservas), que importa resolver e incrementar, e não no midstream (exploração do raw material,
respectiva beneficiação e metalurgia da commodity) ou no downstream (fabrico de insumos para consumo industrial ou fabrico de
produtos finais). Com efeito, sem resolução do upstream é muito difícil a actuação a jusante.

O ponto de partida poderá ser uma das


conclusões intermédias do relatório
Mackinsey (2016) que refere “…até
Contudo, “…em Angola esse papel
mais do que ser um motor de
pivot não se deverá concretizar já no Com vista nestes pontos é importante
emprego ou de contribuição para o
curto prazo para a maioria das fileiras fomentar o investimento em
PIB, o sector mineiro tende a ter um
não-diamantíferas, cujo upstream se prospecção. Dito de outra forma, atrair
papel pivot enquanto fonte alternativa
encontra ainda por resolver” (ibidem, investimento em prospecção.
de divisas estrangeiras” (transcrito
pg. 21).
para o relatório MEP – Angola 2050,
Sector Mineiro não-Diamantífero, pg.
20).

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Conclusão

Actuação no âmbito do PRODESI (2/2)

Se a acção PRODESI não tiver, obrigatoriamente, que se limitar ao investimento produtivo, há acções que podem ser efetuadas em
coordenação com outros ministérios, especialmente com o MIREMPET, das quais podem resultar proveitos a curto prazo,
designadamente no que respeita à captação de investimento.

Poderá haver intervenção do PRODESI influenciando


directamente (coordenação com o MIREMPET):

• Na continuação e incremento em roadshows internacionais e principais


eventos internacionais do sector com definição de estratégias de
participação bem estruturadas, designadamente através da divulgação do
Guia do Investidor;
• Na criação e melhoria de condições para atração de investimento: fiscais,
regulatórias e de public disclosure de informação. Note-se que não se trata
apenas de regras para o disclosure da informação, mas, principalmente, da
forma que a informação deverá ser preparada para tal. O trabalho
interministerial coordenado pode ser de grande alcance nestes aspectos; e
• Na aposta contínua na melhoria do know how dos técnicos angolanos.
Este ponto é absolutamente fundamental e de grande abrangência e alcance
futuros – especialmente dos quadros das instituições públicas que tutelam o
sector.
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