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ITAJUBÁ
2019
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ITAJUBÁ
2019
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RESUMO
Grande parte dos gastos da Universidade Federal de Itajubá, UNIFEI, está relacionado ao uso
de energia. Atualmente, o uso desses recursos pela Universidade, em sua maior parte, é
proveniente de usinas hidrelétricas. Nesse contexto, o presente projeto tem como objetivo
estudar a viabilidade da implantação de painéis geradores de energia solar na UNIFEI,
campus de Itajubá. Além da redução de custos, o aproveitamento da radiação solar emitida
sobre a Terra é uma alternativa sustentável de energia. As principais contribuições seriam a
redução dos gastos com energia e o fomento ao interesse em fontes de energia solar pelos
pesquisadores da universidade.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVO 5
2.1. Objetivo Geral 5
2.2. Objetivos Específicos 5
3. JUSTIFICATIVA 6
4. REFERENCIAL TEÓRICO 7
4.1. Cenário Energético Brasileiro 7
4.2. Energia proveniente do sol 7
4.3. Radiação Solar 7
4.4. Energia Solar Fotovoltaica 8
4.5. Impactos ambientais 8
4.6. Viabilidade econômica 9
4.7. Análise de Viabilidade Econômica em universidades 9
5. METODOLOGIA 10
6. CRONOGRAMA 11
7. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES 12
REFERÊNCIAS 13
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1. INTRODUÇÃO
O Brasil se diferencia de outros países por possuir uma matriz energética com
elevada presença de energias renováveis, como biomassa de cana e energia hidráulica. De
acordo com a Empresa de pesquisa energética (EPE), em 2015, 75% da oferta de energia
elétrica nacional estava associada a fontes renováveis – 64% hidráulica, 8% biomassa, 3,5
eólica e 0,01% solar (EPE, 2016a). A energia hidráulica foi utilizada como principal fonte de
geração do sistema elétrico brasileiro durante décadas, devido à competitividade econômica e
à abundância de recursos hídricos nacionalmente. Porém, desvantagens como incertezas
hidrológicas e polêmicas em torno da construção de reservatórios vêm dificultando a
construção de novas hidrelétricas (EPE, 2016b). A crise hídrica que afetou o país
recentemente levou a um aumento da utilização de termelétricas e também a elevação do
preço da energia (CERQUEIRA et al., 2015). Seria viável então utilizar outros meios de
obtenção de energia. Bermejo (2011) aponta para a necessidade de reproduzir os processos e
regras dos ecossistemas naturais para atingir a sustentabilidade, fechando os ciclos de
materiais e utilizando energias renováveis, como a energia solar.
Nesse contexto, entram as universidades que utilizam grandes quantidades de energia
elétrica para abastecer seus campus, na Universidade Federal de Itajubá José Rodrigues
Seabra, o perfil de consumo elétrico do campus é de tendência crescente, isto é atribuído ao
crescimento da planta física e porem ao crescimento do pessoal e dos equipamentos que se
precisam para o desenvolvimento do serviço educacional (OCAMPO 2015). com os cortes
feitos pelo Ministério da Educação (MEC) que bloqueou, no final de abril, uma parte do
orçamento das 63 universidades e dos 38 institutos federais de ensino. O corte, segundo o
governo, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras,
equipamentos e realização de pesquisas, segundo noticiou o website g1.globo.com1
A preocupação com os cortes se faz vigente a uma das soluções que se apresenta, é o
aproveitamento de energia solar através de sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Além de
ser uma energia renovável, outro benefício do uso da energia solar é a redução da conta de
luz, após período de amortização do investimento (BESSO, 2017).
Nesse contexto de necessidade de diversificar as matrizes energéticas este projeto
propõe a seguinte problemática: seria viável a implementação de painéis solares no campus
José Rodrigues Seabra da Universidade federal de Itajubá?
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<https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/05/15/entenda-o-corte-de-verba-das-universidades-federais-e-
saiba-como-sao-os-orcamentos-das-10-maiores.ghtml?
fbclid=IwAR1lpJvilZL798HQqeQw99i557tSNtW_sDoiW94Pmixqtb7BDqi0VvHBRbQ>
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2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Analisar a viabilidade de implementação de painéis solares no campus José
Rodrigues Seabra da Universidade federal de Itajubá.
2.2. Objetivo Específico
Caracterizar as ações de implementação de fontes de energias alternativas em outras
universidades.
Analisar as condições ambientais de implementações de painéis solares no campus
Rodrigues Seabra da Universidade federal de Itajubá.
Levantar o custo de instalação, previsão de retorno, impactos ambientais.
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3. JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento da sociedade globalizada e tecnológica aos moldes que
conhecemos gerou um crescimento imensurável no conforto humano, contudo, um dos preços
a ser pago é o alto consumo de energia. Ao longo dos anos, só no Brasil, houve um
crescimento de 38,8% na média de consumo de energia per capto entre 2000 e 2015,
correspondendo ao dobro do crescimento médio mundial (WORLD BANK GROUP, 2015a).
O aumento da demanda energética sustentado majoritariamente por combustíveis fósseis tem
tido impactos ambientais e na saúde humana que vem sendo discutidos mundialmente, devido
a gravidade da situação. Por esses motivos, além da questão de sustentabilidade, há cada vez
mais uma preocupação mundial pela geração de energia sustentável, renovável e de menor
custo (FREITAS & DATHEIN, 2013), sendo a energia solar a que apresentou maior adesão
(WORLD BANK GROUP, 2015b).
Motivado por uma tendência mundial e pela necessidade de retenção de gastos devido
ao contingenciamento de gastos na educação feito pelo Ministério da Educação, segundo o
website g1.globo.com.br2 em 04/05/2019, o grupo viu a necessidade de empreender um estudo
aprofundado visando não só o estudo da viabilidade do projeto como forma de redução de
custos, mas também a reflexão sobre a questão da sustentabilidade através do uso das fontes
renováveis de energia, provenientes de recursos não esgotáveis e sustentáveis.
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https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/05/15/entenda-o-corte-de-verba-das-universidades-federais-e-saiba-
como-sao-os-orcamentos-das-10-maiores.ghtml?
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4.1. Cenário Energético Brasileiro
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O Brasil é o 10º maior consumidor de energia do mundo e o maior da América do Sul.
O Brasil caminha para consolidar-se como uma grande superpotência energética no século
XXI, aproximando-se da condição da Arábia Saudita.
Atualmente a matriz energética brasileira dispõe de 4.226 usinas de geração de
eletricidade e de capacidade instalada de 144.504.258 kW. As fontes de energia estão
distribuídas da seguinte forma: Hidroelétrica 62,21%, fóssil 18,08%, biomassa 8,61%, eólica
4,06%, nuclear 1,38% e solar 0,01%. Os 5,65% restantes correspondem à energia importada
de países estrangeiros, como Paraguai, Argentina, Venezuela e Uruguai (ANEEL, 2015).
A energia elétrica é baseada na produção de diferenças de potencial elétrico entre dois
pontos. Com isso, os elétrons se movem entre esses pontos criando uma corrente elétrica. Ela
pode ser utilizada em diversos equipamentos de uso doméstico e industrial. A energia elétrica
é gerada através das águas, sol e vento e é considerada uma forma de energia limpa, pois
apresenta baixos índices de produção de poluentes.
A energia elétrica é obtida da conversão direta da luz por meio do efeito fotovoltaico.
Esse efeito, relatado por Edmond Becquerel, em 1839, é o aparecimento de uma diferença de
potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção
da luz (CRESESB, 2006). O primeiro aparato fotovoltaico foi montado em 1876 e apenas em
1956, iniciou-se a produção industrial (CRESESB, 2006).
O efeito fotovoltaico ocorre em materiais ditos semicondutores, que são caracterizados
pela presença de bandas de energia onde elétrons são permitidos, chamadas bandas de
valência, e outras bandas que são vazias, chamadas bandas de condução. Essas células
fotovoltaicas trabalham no princípio de que os fótons incidentes, colidindo com os átomos dos
materiais semicondutores, fazem com que os elétrons sejam deslocados. Se estes elétrons
puderem ser capturados antes de retornarem a seus orbitais atômicos, podem ser aproveitados,
livres, como corrente elétrica (COMETTA, 1978).
4.5 Impactos ambientais
Conforme Alselma e Tsoutousapud Junqueira e Uturbey (2017, p. 50),
A geração de energia elétrica está sempre atrelada a impactos
ambientais e as diferentes tecnologias de geração afetam ao
meio ambiente de forma diversa. A geração solar fotovoltaica
é em geral considerada uma fonte limpa. Esta afirmação é
adequada quando se considera apenas a etapa de operação das
usinas já construídas, dado que não existem emissões de
gases poluentes. Entretanto, ao observar o ciclo de vida
completo da tecnologia, observa-se que a etapa de produção
das células fotovoltaicas envolve o manuseio de diversas
substâncias poluidoras.
Essas substâncias poluidoras consistem nas matérias-primas que constituem as placas
fotovoltaicas como o silício, que necessita ser purificado depois de extraído para ser
transformado em silício metalúrgico e posteriormente ser disposto em células voltaicas nos
módulos, esses processos demandam muita energia elétrica e há emissão de gases poluentes
nas etapas de purificação (JUNQUEIRA; UTURBEY 2017).
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5. METODOLOGIA
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6. CRONOGRAMA
Os tópicos abaixo apresentam o cronograma referente ao projeto de implementação de placas
fotovoltaicas no campus José Rodrigues Seabra da Universidade Federal de Itajubá,
município de Itajubá:
1- Levantamento do consumo de energia no campus Unifei, dos últimos 12 meses.
2- Compilar dados retirados da fatura.
3- Levantamento bibliográfico referente a implementação de fontes de energias alternativas
em outras universidades.
4- Coleta de dados sobre a insolação local e aspectos bioclimáticos da região de Itajubá MG.
5- Elaborado um projeto de arquitetura e de elétrica para realizar uma simulação do sistema
de geração de energia solar através de placas fotovoltaicas.
6- Análise de viabilidade de projetos para a tomada de decisão de se investir ou não no projeto
utilizando.
1 x
2 x
3 x x x
4 x x x x
5 x x x x
6 x x
REFERÊNCIAS
13
BERMEJO, R., 2011, Manual para una economia sostenible. Los Libros de laCatarata,
Madrid.
Entenda o corte de verba das universidades federais e saiba como são os orçamentos das
10 maiores. G1, 2019. Disponível em:
<https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/05/15/entenda-o-corte-de-verba-das-
universidades-federais-e-saiba-como-sao-os-orcamentos-das-10-maiores.ghtml?
fbclid=IwAR1lpJvilZL798HQqeQw99i557tSNtW_sDoiW94Pmixqtb7BDqi0VvHBRbQ>.
Acesso em: 12 junho 2019.
ENERGY PARTNERS. Innovation and the Learning Curve: reducing costs and creating
value 2006.
ERGE, T.; HOFFMANN, V.; KIEFER, K. The German experience with grid-connected
PVsystems. Solar Energy, v.70, p.479-487, 2001.
HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin; DOS REIS, Lineu Belico. Energia e Meio
Ambiente. Tradução técnica: Lineu Belico dos Reis, Flávio Maron Vichi, Leonardo Freire
Mello. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Estudo de caso: uma estratégia de pesquisa. Editora Atlas,
2006.
“IES”: Estudo de Caso Universidade Federal de Itajubá. 2015. 169 f. Dissertação (Mestrado
em Engenharia de Energia) – Universidade Federal de Itajubá, Itajubá, 2015.
WORLD BANK GROUP (b). “Renewable energy consumption”, 2014. Disponível em:
<https://data.worldbank.org/indicator/EG.FEC.RNEW.ZS?
end=2015&start=1990&type=points&view=chart&year=2015> Acesso em: 28 maio 2019.