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ORIXÁ IANSÃ E O RITUAL FÚNEBRE

MISTERIOS DE ORUNMILA

O Ritual Fúnebre nas religiões de matriz africana


(Candomblé) tem denominações de acordo com a nação
que o realiza. Chama-se Axexé (Ixexe) para os Yorubás,
Sirrum para os Fon e Mukundu para os Bantos. Essas
solenidades fúnebres são realizadas em associação com a
cosmovisão até os dias atuais, com a tradição do povo de
Axé (pessoas do culto de matriz africana) que através dos
contos, danças, iguarias e de suas vestimentas brancas
ajudam o iniciado (que não pode ser recém-iniciado) no
rompimento da sua ligação do mundo material (Aiye)
para o mundo espiritual (Orum).
O iniciado que completou suas “obrigações” (rituais
temporais de dedicação e tradição no culto Afro),
termina o seu ciclo da vida com a solenidade fúnebre do
Axexe (Yoruba), que no momento de sua morte ele passa
a ser denominado Ara-Orum (Corpo – Céu/Mundo
espiritual).
Iku é a divindade da morte e quem executa o término da
vida dos seres no Aiye (Terra), porém, quem determina
esse momento é somente Olodumare (Ser Superior), o
criador do céu e da terra, quem estabeleceu a existência
do universo e também conhecido como Olorum (Reino
do Céu).
Nesse processo de “desligamento” do mundo material
para o espiritual alguns Orixás auxiliam o iniciado até o
Orum como por exemplo Obaluaiye, Nana e
princiapalmente Oya (Iansã), a senhora dos ventos, entre
outros.
O rito fúnebre nasceu com permissão de Olorum como
conta um lindo Itan (História) do amor de Oya pelo seu
pai adotivo.
Conta-se que Oya passou a viver nas terras de Ketu, onde
foi adotada por um caçador chamado Odulecê, que era o
líder dos caçadores e que criou Oya, que com o seu
modo “ligeiro” e esperto logo tornou-se a predileta do
caçador e de todo povo do Ketu. Mas, quando Iku
(Morte) levou Odulecê, Oya ficou muito triste com a
perda de seu pai adotivo e reuniu todos os instrumentos
de caça de Odulecê e os enrolou em um pano branco. Em
seguida, ela preparou todas as suas comidas prediletas,
cantou e dançou por sete dias para homenagear o seu
querido pai adotivo e com ela se reuniram todos os
caçadores da terra. Na sétima noite, Oya entrou na mata
escura e depositou ao pé de uma árvore sagrada os
pertences de Odulecê. Olorum, que tudo vê, ficou
emocionado com o gestos de Oya e transformou o
caçador Odulecê em Orixá, e deu à Oya o título de
Oyamesan (a responsável por levar os espíritos dos
mortos até os 9 Orun/Céu) e com essa passagem, Oya
pode rever Odulecê, que virou o Orixá Odê (caçador) e
recebeu dele o Iru Exim (rabo de cavalo) como presente
para quando precisar “espantar” os espíritos (Eguns). E
pode também acompanhar os espíritos dos iniciados até
os noves Orun após o Axexe (ritual sagrado fúnebre dos
iniciados no Candomblé).

OS NOVE ORUN
• Orun Rere – Espaço para pessoas que fizeram o bem no
Aiye (terra).
• Orun Alàáfia – Espaço Triângulo para pessoas de índole
pacífica.
• Orun Funfein – Espaço para os inocentes, sinceros,
puros de coração e de boas intenções.
• Orun Baba Eni – Espaço para sacerdotes, Babalorixás,
Iyalorixás, Ogans, Ekedi e outros cargos.
• Orun Aféfé – Espaço para aqueles que irão voltar ao
Aiye, que irão reencarnar, local para “correção” do
espírito.
• Orun Isòlú – Espaço em que Olorum irá “julgar” para
qual Orun o espírito vai ficar.
• Orun Àpáàdi – Espaço para os espíritos impossíveis de
serem “modificados”, sem esperança de melhoras.
• Orun Burúkú – Espaço muito ruim, Ibonan “quente
como pimenta”, reservado para pessoas ruins, malvadas
e maléficas.
• Orun Marè – Espaço para as divindades, seres
supremos como a Olodumarè e todas as divindades do
panteão Africano.

A morte para o culto de matriz africana não é o fim e sim


um recomeço, um encontro com a ancestralidade, onde
o povo do santo não ficará sozinho, pois ele cumpre o
seu destino no Aiye (terra) e depois passa a integrar o
mundo astral, onde os homens têm a sua individualidade
preservada no culto de Egungun e as mulheres no
coletivo da grande mãe ancestral, Iyami. É como se canta
nos ritos fúnebres uma cantiga conhecida que fala de
tradição e ancestralidade, os princípios do povo de Axé.

“Axexe, axexe Mojuba ô”


(Tradição dos ancestrais – “Ixexe”)
Axexe, axexe OMOM…
(Somos filhos dessa tradição – “Ixexe”)

Colaborador: Equipe Mistérios de Órunm

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