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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”


PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE RISCO COMO FERRAMENTA DE


MITIGAÇÃO DE SINISTRO E AUMENTO DE QUALIDADE NA
LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO

Por: Leandro Neves de Souza

Orientador
Prof. Ms. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro
2010
2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE RISCO COMO FERRAMENTA DE


MITIGAÇÃO DE SINISTRO E AUMENTO DE QUALIDADE NA
LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO

Apresentação de monografia à Universidade


Candido Mendes como condição prévia para
conclusão do curso de Pós Graduação “Lato
Sensu” em Logística Empresarial
Por: . Leandro neves de Souza
3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar,


pois ele foi responsável por mais esta
vitória na minha vida, minha esposa e
filhos e todos aqueles que de alguma
forma me ajudaram nessa caminhada.
4

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha filha


Gabrielle, um símbolo de superação.
5

RESUMO

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transporte (CNT )


em 2006 indica que o transporte representa aproximadamente 60% de todo os
custos logístico e no caso da distribuição, tem interação direta com o cliente ou
consumidor final, caracterizando assim a sua importância para o processo,
onde qualquer interferência pode acarretar em insatisfação por parte do
cliente. O transporte de carga principalmente no modal rodoviário apresenta
uma série de não conformidades, entretanto, o que atualmente vem chamando
a atenção são os crescentes números de assaltos efetuados por quadrilhas
especializadas em roubo de carga, que estão causando grandes transtornos
para os operadores logísticos e transportadoras, que tem a missão de
identificar no mercado ferramenta capaz de mitigar ou pelo menos reduzir o
volume de assaltos, de forma a garantir maior qualidade e pleno atendimento
ao planejamento logístico, neste contexto, o gerenciamento de risco vem se
apresentando como principal ferramenta para auxiliar no atingimento deste
objetivo garantindo qualidade e um diferencial competitivo para as empresas
que adotam.
6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada no presente trabalho, será basicamente de


Pesquisa bibliográfica em Livros e revistas acadêmicas da área baseada
inicialmente nos seguintes autores: Novaes (2004) e Ballou (1998) e sites na
internet especializados na matéria, por apresentarem acervo material completo
tais como, dados, pesquisas, artigos e cases que vão auxiliar na exploração do
tema.
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPITULO I - Logistica 10

CAPITULO II - Distribuição Física e Transporte 13

CAPITULO III - Panorama de Roubo de Carga no Transporte 23

CAPITULO IV - Gerenciamento de Risco 30

CONCLUSÃO - 34

BIBLIOGRAFIA - 37

INDICE - 38
8

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem o intuito de identificar através da literatura


disponível e cases empresariais, se o Gerenciamento de Risco é uma
ferramenta capaz de mitigar as ocorrências de assaltos no transporte de carga,
manutenindo assim a qualidade e o planejamento logístico.
O trabalho foi dividido em quatro capítulos, onde o objetivo foi
contextualizar o leitor com os principais conceitos de logística, traçando um
panorama do roubo de carga e finalizando com a definição e apresentação
das principais ferramentas de Gerenciamento de risco.
No primeiro capitulo é demonstrado os principais conceitos de
logística, onde segundo Novaes (2004) é o processo de planejar, implementar
e controlar de maneira eficiente o fluxo de armazenagem de produtos, bem
como os serviços de informações associados, cobrindo desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do
consumidor, este conceito nos remete a quatro variáveis que norteiam a
logística contemporânea; valor de lugar, valor de tempo, valor de qualidade, e
valor da informação, variáveis estas que quando atendidas pressupõe um
diferencial competitivo para empresa.

No segundo capitulo o foco e na distribuição e no transporte, que é


parte integrante do processo logístico, segundo Novaes (2004) é a parte da
logística responsável pelo deslocamento dos produtos certos, para os lugares
certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo
possível. A principal ferramenta da distribuição é o transporte que representa
60% de todos os custos logísticos, desta forma qualquer melhoria implantada
no sistema de transporte para reduzir custo e mitigar os riscos terá como
conseqüência para empresa o aumento de competitividade, através do
aumento da satisfação dos clientes.
9

O terceiro capitulo tem como objetivo demonstrar para o leitor, a


situação que hoje vive o País com relação ao roubo de carga, e para tanto,
alguns gráficos e estatísticas de evolução de delitos por região, por volume em
reais e quantidades são apresentados, ilustrando a falta de segurança que
hoje os operadores logísticos e transportadores vivem.

O quarto capitulo conceitua o Gerenciamento de risco, que segundo a


NTC & Logística em seu sitio define como um conjunto de técnicas e medidas
preventivas que visam identificar, avaliar e evitar ou minimizar os efeitos de
perdas ou danos que possam ocorrer no transporte de mercadorias, desde a
origem até o destino da carga, garantindo que o produto esteja no local
desejado, dentro do prazo previsto e de acordo com sua conformidade. O que
vai ao encontro dos preceitos logísticos, que é disponibilizar o produto no lugar
certo na hora certa em quantidade adequada ao menor custo possível.

Neste capitulo é ressaltado através de cases a importância que o GR


teve no processo logística da empresa .

Por fim o trabalho é concluído sob a luz da analise da importância do


Gerenciamento de Risco no processo Logístico.

empresa funciona bem, será capaz de gerar suficiente valor


econômico para satisfazer os que contribuem com seu trabalho para gerá-lo.

CAPÍTULO I
LOGÍSTICA
10

1.1 Origem da logistica

Apesar do termo ser contemporâneo para a maioria das pessoas, a


logística como conceito já era utilizada para atender as necessidades militares
desde a segunda guerra mundial . Para que houvesse o suprimento no campo
de batalha de medicamentos, alimentos e munição, na hora certa, era
necessário que uma equipe traçasse uma estratégia que permitisse o pronto
atendimento, ou, o atendimento das necessidades militares no menor tempo
possível com a efetividade desejada.

Esse tipo de tarefa na época , embora a sua importância, uma


atividade acessório que não tinha o devido reconhecimento.

1.2 Conceito de logística

Com o advento da globalização e conseqüente abertura de mercados,


verificou-se que os produtores e os consumidores se encontravam
geograficamente dispersos. As matérias-primas não necessariamente estão
próximas aos locais em que se estabelecem as empresas que as utilizam
como insumos em seus processos produtivos, e, posteriormente, estes bens
vêm a ser consumidos em terceiros territórios. Assim como nos ataques
militares, a logística é absolutamente fundamental no contexto das empresas,
para eliminação destas lacunas espaciais e temporais que impedem que haja
o fluxo ótimo de insumos e produtos. Os novos nichos de mercado, compostos
por consumidores cada vez mais apropriados de que qualidade é condição
sine qua non, passam então a exigir que os produtos estejam no local e na
hora exatos em que são demandados. Embora caracterizem um público que
também espera a prática do preço justo estes consumidores crescentemente
se tornam mais sensíveis a serviço, para determinar a escolha do produto que
será adquirido, em detrimento inclusive de qual seja a sua marca.
11

Martin Chistopher (1997) define logística como o processo de gerenciar


estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais,
peças e produtos acabados – e os fluxos de informações correlatas – através
da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as
lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo
custo

Para Moura (1989) a logística consiste em fazer chegar a quantidade


certa de mercadorias certas, nas condições e ao mínimo custo; a logística
constitui-se em um sistema global, formado pelo inter-relacionamentodos
diversos segmentos ou setores que a compõe. Compreende a embalagem e a
armazenagem, o manuseio a movimentação e o transporte de um modo geral.

Segundo Novaes (2004), Logística é :

“O processo de planejar, implementar e controlar


de maneira eficiente o fluxo de armazenagem de
produtos, bem como os serviços de informações
associados, cobrindo desde o ponto de origem até o
ponto de consumo, com o objetivo de atender aos
requisitos do consumidor”

Cada autor tem uma definição própria para logística, entretanto, todos
convergem para o mesmo ponto, que é o cerne da logística, ou seja,
disponibilizar o produto certo, no lugar certo, na hora certa com qualidade e ao
menor custo possível.

Esse conceito está relacionado diretamente com quatro variáveis que


são à base da Logística moderna. São eles:

Valor de Lugar: é importante entender que para que o consumidor


usufrua o produto em toda a sua plenitude , é necessário que a mercadoria
12

seja colocada no lugar desejado, ou seja, só produzir a cerveja não é


suficiente e necessário que ela esteja disponível no ponto de venda para
consumo.

Valor de tempo: Para o consumidor o produto tem que estar no lugar


certo, porém, no tempo adequado.Se a cerveja chegar no bar ao termino do
jogo final da copa do mundo também não terá valor para o cliente, pois mesmo
tinha interesse de consumo durante o jogo e não após.

Valor de Qualidade: alem de está no lugar certo e no tempo adequado,


é importante que o produto preserve as especificações com as quais foram
vendidas, ou seja, se ao abrir a cerveja o cliente identifica que a mesma está
com gosto ruim, todo o planejamento logístico se perde, aos olhos do
consumidor.

Valor da Informação: Os consumidores de hoje estão atentos aos seus


pedidos e precisam ser atualizados constantemente quanto ao seu
andamento.

Nesse contexto a logística é reconhecida como diferencial competitivo


entre as empresas já que, usando da maneira correta sem nenhum tipo de
interferência, permite a eliminação, ou atenuação de barreiras entre o mercado
e o consumidor.

CAPITULO II
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA E TRANSPORTE
13

2.1 Conceito de distribuição física

Segundo Novaes (2004), a distribuição é a parte da logística


responsável pelo deslocamento dos produtos certos, para os lugares certos,
no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo
possível e tem como foco principal. Neste contexto já se vê o grau de
complexidade deste processo, como se não bastasse a dificuldades inerentes
ao próprio processo de distribuição, a mesma ainda está suscetível a
interferências externas tais como desastres naturais , condições de rodovia e a
possíveis abordagens de meliantes na tentativa de subtrair a carga , e cada
uma destas ocorrências refletem diretamente na qualidade do serviço
prestado. É verdade que pode ocorrer algumas intempéries não passíveis de
controle ou prevenção, dada a sua força maior, entretanto, em alguns casos
como o de Roubo de carga, é possível adotar medidas preventivas que
inibam a ação dos meliantes..

2.2 Transporte

O Transporte está intimamente ligado ao processo logístico, e a


principal ferramenta da distribuição, para que o produto seja deslocado do
ponto de origem até o consumidor final é necessário que haja um intermediário
(transporte), Arbache ( 2004) relata que o transporte representa mais de 50
% dos custos logísticos, desta forma se torna evidente o seu papel estratégico
no processo, tendo em vista ser um fator que influencia diretamente no preço
do produto e na qualidade percebida pelo cliente.

O transporte é um elemento de enorme peso no


custo de distribuição ou logístico, para a maioria
dos produtos, e muito importante para os
resultados obtidos no serviço ao cliente. Seu
desempenho pode influenciar o resultado final e uma
operação, alterando a percepção de qualidade do
serviço, pelo comprador. (ARBACHE et al, 2004, p.63).
14

Nesse contexto, as empresas buscam fazer as suas entregas da


maneira menos onerosa possível. Mantendo-se competitiva através da
redução dos seus custo e consequentemente no preço ofertado para os seus
clientes, contudo, as transportadoras e operadores logísticos estão suscetíveis
aos riscos do transporte, de acordo com Baraldi (2004)’, os “riscos
empresariais são todos os eventos ou expectativas de eventos que impedem
que as empresas e as pessoas que nela trabalham, de ganhar dinheiro e
respeito”. Como eventos e expectativas incluem-se também as situações que
ocorrem, a revelia da empresa, como a violência e o roubo de cargas, os
acidentes de percurso devido as péssimas condições de nossas estradas,
entre outros, incluindo a fraude.

Para a distribuição urbana de entrega e coleta de mercadorias o modal


mais indicado é o rodoviário, que segundo dados da CNT (2006) carrega 60
% de todas as cargas transportadas no Brasil

Por fim é importante registrar que, qualquer melhoria implantada no


sistema de transporte para reduzir custo e mitigar os riscos terá como
conseqüência para empresa o aumento de competitividade, através do
aumento da satisfação dos clientes.

No próximo tópico veremos os principais modais de transporte


utilizados para distribuição de produtos, cabe ressaltar que, tendo em vista o
foco do trabalho, o modal rodoviária será o utilizado para efeito de estudo de
gerenciamento de rico, entretanto, com objetivo de fornecer informações que
vão favorecer o discernimento do leitor todos os modais serão sucintamente
abordados.

2.2.1 Modais de transporte para distribuição de produtos

A escolha do modal de transporte para atendimento a determinada


empresa é definido com base em quatro variáveis: tipo de produto, tempo de
15

entrega , cubagem ocupada e valor agregado, com base nestas informações é


possível determinar o modal que poderá atender com o menor tempo possível
e nível de serviço desejado. Veja abaixo as características de cada modal de
transporte segundo artigo publicado no Sitio FIESP

Aéreo

É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado,


pequenos volumes ou com urgência na entrega. O Estado de São Paulo tem
hoje 32 aeroportos sob sua administração e 5 aeroportos com a INFRAERO
administrando (Guarulhos, Congonhas, Viracopos, São José dos Campos e
Campo de Marte).

O transporte aéreo possui algumas vantagens sobre os demais modais,


pois é mais rápido e seguro e são menores os custos com seguro, estocagem
e embalagem, além de ser mais viável para remessa de amostras, brindes,
bagagem desacompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria
perecível, animais, etc.

Vantagens

• É o transporte mais rápido

• .Não necessita embalagem mais reforçada (manuseio mais


cuidadoso);

Desvantagens

• Menor capacidade de carga;

• Valor do frete mais elevado em relação aos outros modais.

Ferroviário

A malha ferroviária brasileira possui aproximadamente 29.000 km e no


Estado de São Paulo cerca de 5.400 km. Os processos de privatização do
sistema iniciou-se em 1996, e as empresas que adquiriram as concessões de
16

operação desta malha, assumiram com grandes problemas estruturais. A


transferência da operação das ferrovias para o setor privado foi fundamental
para que esse setor voltasse a operar.

As empresas que operam a malha ferroviária brasileira são:

ALL – América Latina Logística,


CFN – Companhia Ferroviária do Nordeste,
CVRD/EFC – Cia. Vale do Rio Doce – Estrada de Ferro Carajás,
CVRD/EFVM – Cia. Vale do Rio Doce - Estrada de Ferro Vitória Minas,
FCA - Ferrovia Centro Atlântica,
Ferroban - Ferrovia Bandeirantes,
Ferronorte – Ferrovias Norte Brasil
Ferropar – Ferrovias do Paraná
FTC - Ferrovia Tereza Cristina,
MRS Logística,
Ferrovia Novoeste,
Ferrovia Norte-Sul, *
Portofer**,

* Norte-Sul – administrada pelo governo federal


** Portofer – administra a malha ferroviária do Porto de Santos
Vantagens:

• .Adequado para longas distâncias e grandes quantidades:

• .Menor custo de seguro;

• Menor custo de frete.

Desvantagens:

• Diferença na largura de bitolas;

• Menor flexibilidade no trajeto;

• Necessidade maior de transporto


17

Hidroviário

A Hidrovia Tietê-Paraná têm papel importante na logística das matérias


primas produzidas no Estado, particularmente no caso da movimentação de
graneis e seus insumos. Com a interligação entre os rios Tietê e o Paraná,
concluída 1999 em direção ao sul e vice-versa através da Eclusa de Jupiá, a
Hidrovia ampliou seu raio de ação em mais de 700 km, totalizando 2.400 km
entre rotas principais e secundárias, possibilitando, a baixo custo, o transporte
de mercadorias entre os países do bloco do Mercosul. Além disso, obras de
sinalização, recuperação e proteção de pontes, balizamento, dragagens,
retiradas de pedras e controle eletrônico, realizadas nos últimos anos, têm
possibilitado ampliar o volume transportado. Embora o transporte na Hidrovia
Tietê-Paraná apresente grandes taxas de crescimento, da ordem de 15% ao
ano, com algumas iniciativas se poderá crescer a taxas ainda maiores,
aumentando sua contribuição para o equilíbrio da matriz de transporte.

Portos / Terminais :

CNAGA – Conchas
Nova Meca – Anhembi
Cana Marambaia – Bariri
EPN – Anhembi
Gasa – Andradina
Sartico – Santa Maria da Serra
Usina Diamante – Jaú
Quintella – Pederneiras
Cargill – Três Lagoas (MS)
Terminal Intermodal – Panorama
Terminal Intermodal – Presidente Epitácio
Terminal Intermodal – Bataguassú (MS)

Principais produtos transportados : soja, óleo vegetal, trigo, milho,


açúcar, cana de açúcar, sorgo, madeira e outros.
18

Marítimo

O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio


internacional ou longo curso refere-se ao transporte marítimo internacional.
Inclui tanto os navios que realizam tráfego regular, pertencentes a
Conferências de Frete, Acordos Bilaterais e os outsiders, como aqueles de rota
irregular, os “tramps”.

Vantagens

• Maior capacidade de carga

• Carrega qualquer tipo de carga;

• Menor custo de transporte.

Desvantagens

• Necessidade de transbordo nos portos

• Distância dos centros de produção;

• Maior exigência de embalagens;

• Menor flexibilidade nos serviços aliado a freqüentes


congestionamentos nos portos

Rodoviário

No Brasil algumas rodovias ainda apresentam estado de conservação


ruim, o que aumenta os custos com manutenção dos veículos. Além disso, a
frota é antiga (aproximadamente 18 anos ) e sujeita a roubo de cargas. O
transporte rodoviário caracteriza-se pela simplicidade de funcionamento.

Vantagens:

• .Adequado para curtas e médias distâncias;

• .Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no


acesso às cargas;
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• .Menor manuseio da carga e menor exigência de embalagem;

• .Serviço porta-a-porta: mercadoria sofre apenas uma operação


de carga (ponto de origem) e outra de descarga (local de
destino);

• .Maior freqüência e disponibilidade de vias de acesso;

• .Maior agilidade e flexibilidade na manipulação das cargas;

• Facilidade na substituição de veículos, no caso de acidente ou


quebra;

• Ideal para viagens de curta e média distâncias.

Desvantagens

• Fretes mais altos em alguns casos;

• Menor capacidade de carga entre todos os outros modais;

• Menos competitivo para longas distâncias,

2.2.2 Panorama do transporte rodoviário do Brasil

Apesar do alto custo operacional e do consumo excessivo de óleo


diesel, o transporte de carga pelo modal rodoviário, conforme gráfico abaixo, é
o de maior representatividade, sozinho detém 60,45% de tudo o que é
transportado neste país, tendo como grande vantagem competitiva sua
flexibilidade operacional frente aos outros modais.
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Gráfico 1 – Divisão percentual de volume de carga por modal


Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)

Conforme a avaliação analítica da Pesquisa Rodoviária CNT (2006), o


estado geral das rodovias considera eqüitativamente os pesos das
características de pavimento, sinalização e geometria de via. Os resultados
obtidos na avaliação dos 87.592 km de rodovias pesquisadas indicam situação
geral desfavorável das rodovias brasileiras pavimentadas: 64.699 km -
equivalentes a 73,9% da e em 22.893 km, as condições de conservação foram
classificadas nas categorias ótimo ou bom.

Gráfico 2 – Condições gerais das rodovias Brasileiras


Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)

O Gráfico acima demonstra claramente que a competitividade das


empresas Brasileiras ficam prejudicadas a medida que, o custo logístico e
21

onerado em função das condições das rodovias. Para melhor entendimento é


de suma importância perceber os indicadores que validaram esse resultado:

Sinalização

A sinalização viária é um dos elementos mais importantes para a


avaliação das condições de segurança oferecidas pela rodovia aos seus
usuários. Uma sinalização adequada poderia reduzir drasticamente a
ocorrência de acidentes em nossas estradas e as suas conseqüências
negativas para o custo de transporte.

Gráfico 3 – Condições gerais nas sinalizações das rodovias Brasileiras


Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)

Pavimento

O gráfico abaixo demonstra a grande extensão de malha rodoviária


deficiente que apresenta, conforme identificado na pesquisa, uma grande
quantidade de afundamentos, buracos oscilações e trechos totalmente
destruídos .
22

Gráfico 4 – Condições gerais do pavimento das rodovias Brasileiras


Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)

Geometria da via

Conforme gráfico abaixo a maioria das estradas Brasileiras não


apresentam condições ideais de geometria que ocasiona reduções de
velocidade operacional e aumento de tempos de viagens. Esses problemas
estão intrinsecamente relacionados à ausência de acostamentos e a ausência
de faixas adicionais situação que reduzem a segurança e, potencialmente,
geram problemas de saturação da capacidade viária.

Gráfico 5 – Condições gerais na geometria das rodovias Brasileiras


Fonte: Panorama do transporte CNT (2006)
23

Os gráficos acima demonstram total falta de competência pública na


administração das rodovias Brasileiras, o que sobremaneira prejudica o
processo logístico do País , diminuindo a competitividade das empresas
Brasileiras frente a outros países, a medida que, com custo Logístico maiores,
tende-se a ter produtos mais caros e com pouca competitividade no mercado
externo.

CAPITULO III
PANORAMA DO ROUBO DE CARGA NO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO

O transporte rodoviário de carga, conforme estimativa do relatório CNT


(2006) é responsável por pelo menos 60% de toda a carga transportada no
País. O desempenho deste modal de transporte é bastante afetado pelas
condições de insegurança em nossas estradas, resultando numa alta
incidência e roubos e de prejuízos para as transportadoras e operadores
logísticos . Segundo a Confederação Nacional de Transporte (CNT)o
panorama do país vem sendo delineado pela falta de ação pública eficaz no
combate as quadrilhas especializadas e agentes criminosos que interceptam
a movimentação de mercadoria em todo território Nacional.

3.1 Estatística Nacional de roubo de cargas.

Segundo a Associação de Nacional de Transporte de carga e Logística (


NTC & Logística) de 2003 a 2008 tivemos um acumulado de 71.300
ocorrências de roubos e furtos no transporte de carga nas rodovias e vias
urbanas Brasileiras.
24

Gráfico 6 – Evolução anual de ocorrências

Esses números se tornam mais assustadores quando transformados em


valores, neste mesmo período (2003-2008) houve uma perda acumulada de
4.280 bilhões de reais, é preciso entender que esses dados interferem
diretamente no preço final do produto para consumidor e na qualidade dos
serviços prestados, já que a incidência de assalto significa a não entrega do
produto, apesar do caso ser fortuito não é bem visto pelo cliente, pois as suas
expectativas não foram atendidas.

Gráfico 7 – Evolução anual de ocorrências p/valores

Quando estratificamos essas informações percebemos que a grande


concentração de ocorrências se encontram no Sudeste do País contabilizando,
25

conforme gráfico abaixo, 79,82%do total de roubos e furtos de cargas


rodoviárias ocorridas no país entre 2003 e 2008.

Figura 1 – Distribuição do roubo de cargas no Brasil

O prejuízo acumulado só da região Sudeste é de 2.043 bilhões de reais


entre 2005 e 2008 conforme tabela abaixo:

Tabela 1 – Evolução por regiões do roubo de carga

Segundo estudo realizado pela COMPSUR (2006), identifica-se que as


mercadorias mais visadas pelos bandos que atuam em vias nacionais são os
eletroeletrônicos, os medicamentos e os têxteis, devido ao seu maior valor
26

agregado. Juntos, estes itens perfazem um total de mais de 50 % das cargas


roubadas no Brasil. Porém, se for considerado o item facilidade de venda dos
produtos receptados, os cigarros e os alimentos são roubados mais
freqüentemente, por terem preços mais acessíveis ao repasse.. As cargas
subtraídas causam prejuízos de grande montante às transportadoras e aos
operadores logísticas que atuam no Brasil, motivo pelo qual evidencia-se a
preocupação com a implementação de um sistema que mitigue ou reduza esse
tipo de ocorrência.

3.2 Roubos de carga no Rio de |Janeiro

O Estado do Rio de janeiro na ultima década, vem se destacando


negativamente no cenário nacional com seus altos índices de violência dentre
os diversos setores da sociedade, o mercado logístico esta sobremaneira
sendo afetado a medida que os indicadores de roubos de cargas continuam
em níveis alarmantes, e esse fato prejudica diretamente a sociedade local, que
vê o mercado de trabalho esvaziando já que muitas empresas em função das
condições inseguras, ocasionadas pela ineficiência do poder público, estão
instalando suas matrizes em outras praças. Dada a situação que se instaurou
no Estado, algumas empresas de transporte cobram frete diferenciados em
função do riscos e as seguradoras, dependendo da carga, se negam a fazer a
apólice. Não é preciso dizer que todo esse conjunto gera um aumento de custo
logístico, que tende a ser repassado para o preço final do produto onde o
maior prejudicado é o consumidor final.

3.2.1 Estatística de roubo de cargas por área do estado do Rio de


janeiro.

O numero de ocorrências de roubo de carga pela regiões do Estado


apresentou a seguinte distribuição, conforme demonstra tabela abaixo:
27

Capital 58,9%

Interior 16,4%

Baixada
15,8%
Fluminense

Grande Niterói 8,9%

Tabela 2 – Percentual de ocorrência de roubo de carga/RJ


Fonte: GEPDL/ISP

Bezerra, Maisa (2006) em sua dissertação enriquece a tabela acima


trazendo a seguinte informação: na capital. 84,9% dos casos ocorreram na
zona norte; 14% na Zona Oeste e 1,2% na Zona Sul. Na Zona sul são
encontradas grandes favelas, como Rocinha e Vidigal, porém é na Zona Norte
no entorno da Av.Brasil, na qual estão Como Vila do João, Morro do Alemão e
favela da Maré, que, apesar de apresentar condições similares às da Zona
Sula, são, muitas vezes, utilizadas como rota de fuga por marginais que
roubam veículos de carga.

BAIXADA FLUMINENSE

ITAGUAÍ S.GONÇALO

MANGARATIBA RIO DE JANEIRO NITERÓI MARICÁ

Figura 2 – Mapa do Rio de Janeiro

As áreas do interior do Estado que apresentam maiores incidências de


delito de roubo de carga englobam as cidades de Laje de Muriaé, Porciúncula,
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

1996 196 216 265 250 244 237 254 251 250 272 249 319
28
3003

1997 256 198 227 246 276 259 286 257 308 310 275 265 3163
1998 322 257 313 222 246 240 256 204 210 188 289 328 3075
1999 269 234 286 267 233 284 271 297 247 243 243 298 3172
2000 245 293 274 303 327 324 278 252 255 252 271 316 3390
2001 265 212 291 213 247 273 264 284 296 270 281 347 3243
2002 336 297 416 459 412 251 293 317 296 353 366 482 4278
2003 357 443 310 303 345 312 239 218 214 233 229 260 3463
2004 312 207 244 260 292 276 212 210 190 191 213 201 2808
2005 205 163 230 175 174 191 163 182 162 148 175 193 2161

Natividade, Varre-Sae, Cardoso de Moreira,Italva, Itaperuna, Bom Jesus de


Itabapoana, Teresópolis e São José do Rio Preto.

Na capital são apontados os bairros de Olaria, Penha, Complexo do


Alemão, Brás de Pina, Cordovil, Jardim América, Parada de Lucas, Vigário
Geral, Irajá , Vicente de Carvalho, Acari, Madureira, Coelho neto, Pavuna e
Rocha Miranda bem como bairros vizinhos, esse totalizando 35% dos roubos
de cargas ocorridos no Estado.

Na Baixada, a concentração maior de roubo de carga está em Duque de


Caxias (34%), seguido por Nova Iguaçu (15%), São João de Meriti (7,5%) e
Belford Roxo (5,3%).

Tabela baixo demonstra a evolução dos roubos de carga do Estado do


Rio de janeiro de 1996 até 2005:

Tabela 3 – Evolução do quantitativo de roubo de cargas no Rio de Janeiro

Em 2004 e 2005 houve uma significativa diminuição na quantidade de


ocorrências de assaltos no Rio de Janeiro, cabe ressaltar que este fato não se
deve ao fato da melhoria do trabalho policial e sim a um maciço investimento
tecnológico realizado pela empresas em ferramentas de Gerenciamento de
Risco, principalmente no rastreamento dos veículos.

Por fim, é visível a falta de segurança que hoje existe para as operações
logísticas do transporte rodoviário,Não só no estado do Rio de Janeiro, mas
tem todo Território Nacional, tendo em vista os altos índices de assalto , a
necessidade de solução imediata para esse problemas fez com que surgisse
29

algumas empresas engajadas neste nicho de negócio fornecendo soluções


que prometem através de aparatos tecnológicos e inteligência em riscos,
mitigar ou reduzir sensivelmente as ocorrências de assaltos. No próximo
capítulo veremos quais são as principais ferramentas que auxiliam no
Gerenciamento de Risco

CAPITULO IV
GERENCIAMENTO DE RISCO

A NTC &Logística em seu sitio define Gerenciamento Risco (Gris) como


um conjunto de técnicas e medidas preventivas que visam identificar, avaliar e
evitar ou minimizar os efeitos de perdas ou danos que possam ocorrer no
transporte de mercadorias, desde a origem até o destino da carga, garantindo
que o produto esteja no local desejado, dentro do prazo previsto e de acordo
com sua conformidade. Neste contexto fica claro que o processo de Gris no
transporte de carga se inicia com o recebimento da mercadoria pelo
embarcador estendendo-se até a entrega do produto ao seu destinatário, ou
seja, o transportador é responsável pela segurança da carga enquanto esta
estiver em seu poder (na coleta, na armazenagem temporária, na transferência
e na entrega). A análise de riscos é que vai indicar-lhe os pontos de maior ou
menor risco e levá-lo ao tratamento adequado a cada etapa do processo.

Segundo NTC & Logística as principais atribuições do Gerenciamento


de Rico no Transporte rodoviário de carga são:

• Redução dos riscos e da sinistralidade envolvidos na atividade


empresarial, com conseqüente redução dos prêmios de seguros.

• Preservação de vidas humanas e de bens materiais (segurança


do patrimônio da corporação).Viabilização de seguros adequados às
atividades operacionais da empresa, permitindo a redução de custos e a
competitividade no mercado.
30

• Cumprimento dos compromissos com clientes, garantindo que os


produtos estarão no lugar certo e na hora certa.

• Diferencial competitivo no mercado

• Aumento da produtividade e da lucratividade.

• Manutenção da imagem da empresa.

• Motivação dos funcionários.

O Gerenciamento de Risco hoje já pode ser considerada parte


integrante da logística, onde a empresa que melhor utilizar as ferramentas de
Gris, terá um diferencial competitivo a seu favor num mercado extremamente
competitivo.

4.1 Ferramentas de Gerenciamento de Risco.

Como foi visto no tópico anterior, o Gerenciamento de Risco é o agente


integrador das várias ferramentas disponíveis, desta forma, a seguir será
apresentado de forma sucinta as principais ferramentas de Gerenciamento
Risco, conforme figura abaixo:

Ferramentas de Gris
Figura 3– Ferramentas do Gerenciamento de Risco

Rastreamento
Monitoramento
31

4.1.1 Rastreamento:

É o conjunto de equipamentos que permitem localizar o veículo e tomar


ações que reduzam o impacto do delito, normalmente é equipado com
software e alguns hardware chamado de módulo e inteligência embarcada,
que é composto de:

• Localizadores via celular e/ou satélite: localiza o veículo e envia


comandos para central de monitoramento, que trabalha 24 horas sem
ineterrupção.

• Sensores : proporciona abertura de portas da cabine e do baú e


detecta vandalismo.

• Atuadores: trava das portas do Baú, corte de combustível e


alarme áudio-visual (sirene/pisca) e outros.

4.1.2 Monitoramento

É o acompanhamento, em tempo real, de um veículo rastreado com


possibilidade de realizar comunicação unilateral ou bilateral e de atuação
remota, com objetivo de mitigar riscos. Através de software próprio o sistema
oferece informações sobre o posicionamento dos veículos obtidas por meio
gráfico, apresentando estradas, principais acidentes geográficos, cidades e
bairros.

Com o uso desta tecnologia, empresas do segmento de transporte


rodoviário de cargas irão se beneficiar das informações em tempo real,
fornecida pelo sistema, otimizando rotas de coleta e entrega, diminuindo
assim, os riscos de possíveis ocorrências de sinistro.

4.1.3 Apoio tático

É o serviço de suporte a segurança por meio de moto


acompanhamento, pronta resposta e prospecção. Essa ferramenta tem o
cunho preventivo, identificando situações de perigo para posterior
comunicação a central de monitoramento, para que a mesma adote as ações
necessárias para evitar que haja a ocorrência.
32

4.1.4 Escolta

É o serviço de acompanhamento ostensivo de veículo realizado em


veículo identificado com, no mínimo, dois vigilantes devidamente capacitados,
uniformizados e armados, com objetivo claro de inibir ações de meliantes.
Normalmente essa ferramenta só é utilizada para transporte de cargas com
elevado valor comercial e atratividade, já que o custo de manutenção da
ferramenta e alto.

4.2 Relevância do Gerenciamento de Risco

Os dados e informações mostrados até agora neste trabalho evidenciam


que o Gerenciamento de Risco, frente as condições nacionais de segurança ,
é uma ferramenta indispensável para mitigar ou reduzir as ocorrência de
assaltos, em que num mercado altamente competitivo, as transportadores e
operadores logísticos se vêem obrigados incorporar esta tecnologia como
forma de sobrevivência..

Para ratificar o exposto Bezerra, Maisa (2006) em sua dissertação


realizou uma serie de entrevistas com profissionais envolvidos no setor com
os seguintes resultados:

Um Embarcador de Cosméticos ressaltou que a gestão de risco tem


caráter estratégico para empresa, afirmando que não contrata transportador
para efetuar sua distribuição sem que o mesmo possua Gerenciamento de
Risco eficiente, no que diz respeito a equipamentos modernos de
rastreamento, alarmes, sensores e pessoal devidamente treinados. Por conta
desta exigências os índices de sinistralidade diminui de 80% a 85% do ano de
2004 até o final de 2005. No decorrer de 2006, essa melhora vem sendo
mantida, demonstrando que o Gerenciamento de Risco, agregado a operação
é importante e fundamental para se chegar ao resultado esperado, que se
33

resume entregar ao cliente final a mercadoria solicitada, no prazo acordado


sem indícios de avaria.

Para o distribuidor de medicamentos, que recebe mercadorias de


diversas transportadoras, o Gerenciamento de Risco e imprescindível para o
transportador e para sua operação de entregas no Rio e região metropolitana
do Rio de Janeiro que envolve cerca de 120 veículos de carga.

Os cases listados abaixo foram frutos de visitas nas respectivas


empresas para identificar as sua melhores praticas.

BR Distribuidora: obteve taxa de redução de 40% nas ocorrências após


a implantação do Gerenciamento de risco;

Unilever : em 2000 tinha um a perda em função do roubo de carga de 5


Milhões, já em 2006 conseguiu um redução de 80% deste através da utilização
das ferramentas de segurança;

Souza Cruz: conseguiu uma redução de 47% entre 2001 e 2007 na


quantidade de delitos .

Os Exemplos acima demonstram claramente que o Gerenciamento de


Risco quando bem aplicado é o principal aliado do processo logístico, pois ,
permite o atendimento das premissa da logística: “ disponibilizar o produto no
lugar certo, em quantidade adequada, no momento certo, com qualidade e ao
menor custo possível.

CONCLUSÃO

A logística é um processo que ao longo dos anos vem ganhando


espaço no ambiente empresarial, é uma ferramenta que quando usada
estrategicamente de maneira correta, consegue agregar valor ao produto e
34

reduzir custos que influenciam diretamente nos preços praticados aos


consumidores.

A distribuição é uma das partes do processo logístico responsável


pelo deslocamento dos produtos certos, para os lugares certos , e a sua
principal ferramenta é o transporte que é responsável por mais de 50% de
todos os custos logísticos, este fato torna visível a importância desta etapa do
processo, que mesmo com um planejamento afinado está suscetível as
interferências externas tais como , condições climáticas, trânsito e a subtração
da carga por meliantes.

Na distribuição urbana, o modal mais utilizado é o rodoviário que


apresenta maior flexibilidade, entretanto, pode-se verificar com os números
apresentados no trabalho, que a ineficiência do poder público em gerir as
rodovias, dada as condições de sinalização, pavimentação e segurança,
trazem prejuízos aos consumidores finais a medida que, o aumento dos
custos logísticos refletem diretamente no preço do produto.

O modal rodoviário de carga, em função da situação das rodovias


aliado ao clima de impunidade que assola o País, vem obtendo um alto índice
de assalto, trazendo grandes prejuízos as transportadoras, operadores
logísticos e as empresas que utilizam o modal, desta forma, a cada dia as
empresas vem buscando soluções que mitigue ou reduza essas ocorrências.

Nesse contexto, várias empresas especializadas surgiram com


ferramentas de segurança, que quando utilizadas corretamente, podem reduzir
a incidência de assaltos, contribuindo positivamente para o processo logístico.

O Gerenciamento de Risco é o agente integrador das diversas


ferramentas de segurança existente tais como: rastreamento, monitoramento,
assessoria, apoio tático e escoltas. A ele cabe a indicação dos pontos de
maior ou menor risco para o tratamento adequado em cada etapa do processo
, garantindo que os produtos estarão no lugar certo e na hora certa, gerando
para empresa, redução do risco e da sinistralidade, preservação da vida
humana e de bens materiais e um diferencial competitivo no mercado.
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Por fim, o trabalho nos leva a concluir , que dado o cenário exposto,
com situações irregulares das estradas e o crescente numero de ocorrência de
sinistros efetuados por quadrilhas especializadas em roubo de cargas, torna-se
necessário à adoção de medidas que mitiguem os riscos, de forma a garantir o
cumprimento do planejamento logístico, e o Gerenciamento de Risco através
das diversas ferramentas de segurança apresentadas no trabalho, corroborado
pelos cases ilustrados, torna-se o principal aliado das empresas de transporte
e operadores logísticos para redução do volume de assaltos e
consequentemente garantir a qualidade da prestação do serviço conforme
acordado com o cliente.
36

BIBLIOGRAFIA

ARBACHE, F. S. et al. Gestão de logística, distribuição e trade


marketing. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

BALLOU, R. H. Logística Empresarial: transportes, administração de


materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT). Transporte de


cargas no Brasil – ameaças e oportunidades para o desenvolvimento do
país. Disponível em <http://www.cnt.org.br>. Acesso em: 25 NOV 2009.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição:


estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

NTC & LOGÍSTICA. Roubo/furto de cargas – situação nacional.


Disponível em <http://www.ntcelogistica.org.br>. Acesso em 10 JAN 2010.

BARALDI, P. Gerenciamento de risco: a gestão de oportunidades, a criação de


controles internos e a avaliação de riscos nas decisões gerenciais. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2004.

MOURA, Reinaldo Aparecido. Logistica: Suprimentos, Armazenagem e


Distribuição Física, São Paulo: Instituto de Movimentação e Armazenagem de
Materiais – IMAM, 1989

CHRISTOPHER, Martins. Logistica e Gerenciamento da Cadeia de


Suprimento: estratégias para redução dos custos e melhoria dos serviços:
Pioneira, 1997.
37

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I
LOGISTICA 10
1.1 – Origem da logística 10
1.2 – Conceito de logística 10
CAPÍTULO II
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA E TRANSPORTE 13
2.1 – Conceito de distribuição física 13
2.2 – Transporte 13
2.2.1 – Modais de transporte para distribuição
de produtos 15
2.2.2 – panorama do transporte rodoviário
do Brasil 18
CAPITULO III
PANORAMA DO ROUBO DE CARGA DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DO BRASIL 23
3.1 - Estatistica nacional do roubo de cargas 23
3.2 - Roubos de carga no Rio de Janeiro 26
3.2.1 - Estatística de roubo de cargas por
38

área do estado do Rio de janeiro. 27


CAPITULO IV
GERENCIAMENTO DE RISCO 30
4.1 - Ferramenta de gerenciamento de risco
4.1.1 - Rastreamento 31
4.1.2 – Monitoramento 32
4.1.3 – Apoio tático 32
4.1.4 – Escolta 32
4.2 – Relevância do gerenciamento de risco 33
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA 37
ÍNDICE 38
39

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


PROJETO A VEZ DO MESTRE

GERENCIAMENTO DE RISCO COMO FERRAMENTA DE


MITIGAÇÃO DE SINISTRO E AUMENTO DE
QUALIDADE NA LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO

Autor: LEANDRO NEVES DE SOUZA

Avaliado por: Prof. Ms. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Data da entrega: Conceito:


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