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CAPÍTULO_7.

RELÉS DE SOBRECORRENTE
Capítulo 7.1 - APLICAÇÃO DE RELÉS DE SOBRECORRENTE
7.1 Introdução
O relé é definido como sendo um dispositivo sensor que comanda a abertura do
disjuntor quando surgem, no sistema elétrico protegido, condições anormais de
funcionamento.
O modo geral de atuação de um relé pode ser sintetizado em quatro etapas:
• O relé encontra-se permanentemente recebendo informações da situação elétrica do
sistema protegido sob a forma de corrente, tensão, frequência ou uma combinação
dessas grandezas (potência, impedância, ângulo de fase, etc.);

• Se, em um dado momento, surgirem condições anormais de funcionamento do


sistema protegido tais que venham a sensibilizar o relé, este deverá atuar de acordo com
a maneira que lhe for própria.

• A atuação do relé é caracterizada pelo envio de um sinal que resultará em uma ação
de sinalização (alarme), bloqueio ou abertura de um disjuntor (ou nas três ao mesmo
tempo).

• A abertura ou disparo do disjuntor, comandada pelo relé, irá isolar a parte defeituosa
do sistema.

Neste capítulo será visto, inicialmente, informações sobre relés de sobrecorrente, e


depois, a aplicação destes para proteção de sistemas primários de distribuição.
7.2 Relés de sobrecorrente

Conforme o próprio nome sugere, têm como grandeza de atuação a corrente elétrica
do sistema. Isto ocorrerá quando esta atingir um valor igual ou superior ao ajuste
previamente estabelecido (corrente mínima de atuação).

No caso de serem usados para proteção de circuitos primários (classe 15kV, por
exemplo), são ligados de forma indireta através de transformadores de corrente.

7.2.1 Curvas características


Quanto ao tempo de atuação, possuem curvas características de dois tipos: de tempo
definido e de tempo dependente

a) De tempo definido
Uma vez ajustados o tempo de atuação (ta) e a corrente mínima de atuação (IMIN,AT), o
relé irá atuar neste tempo para qualquer valor de corrente igual ou maior do que o
mínimo ajustado (Fig.7.1).
Fig. 7.1 – Curva característica de tempo definido

b) De tempo dependente
O tempo de atuação do relé é inversamente proporcional ao valor da corrente. Isto é,
o relé irá atuar em tempos decrescentes para valores de corrente igual ou maior do
que a corrente mínima de atuação ( corrente de partida ou starting current) (Fig.7.2).
Fig. 7.2 – Curva característica de tempo dependente

As curvas de tempo dependente são classificadas em três grupos: Normalmente


Inversa (NI) , Muito Inversa (MI) e Extremamente Inversa (EI), conforme mostra a
Fig. 7.3 .
Fig. 6.3 – Curvas características normalmente inversa (NI), muito inversa (MI)
e extremamente inversa (EI)
Essas curvas são definidas, por norma, a partir de equações exponenciais do tipo:
Onde:
k1 e k2 : constantes que, dependendo do valor recebido, irão definir os grupos (NI, MI
ou EI):
• K1 = 0,14 e K2=0,02 ⇒ CURVA NORMALMENTE INVERSA;
• K1 = 16,5 e K2=1 ⇒ CURVA MUITO INVERSA;
• K1 = 80 e K2=2 ⇒ CURVA EXTREMAMENTE INVERSA;
I : corrente que chega ao relé através do secundário de um TC;
IS : corrente de ajuste ou de partida (starting current);
TMS : os valores numéricos atribuídos a TMS fazem as curvas se deslocarem ao longo
do eixo dos tempos. Estes valores geralmente variam de 0,1 a 1, com passo de 0,01
(Fig.7.4).

Comumente os catálogos dos fabricantes fornecem dez curvas por grupo, conforme
exemplo mostrado na Fig.6. 4 . Nesta figura, estão dadas curvas NI de um determinado
relé, cuja a equação é:
Fig.7. 4 – Curvas características normalmente inversa (NI)

Por norma, essas curvas são traçadas para valores do múltiplo (m) variando,
geralmente, de 1,5 a 20, em um sistema de eixos ortogonais com escala log x log.
7.2.2 Unidades instantânea (50) e temporizada (51)

Geralmente os relés de sobrecorrente são compostos por duas unidades: instantânea


e temporizada.

Nos esquemas elétricos que representam equipamentos de proteção, estas recebem


os números 50 e 51, respectivamente (Fig. 7.5). Neste caso, o relé tem as funções 50 e
51. Se o relé está ligado para proteção de fase, as suas unidades são conhecidas como
50 e 51 de fases. No caso de está realizando a proteção de neutro ou terra, fala-se em
unidades 50 e 51 de neutro ou terra (50N e 51N ou 50G e 51G )

A unidade 50, atua instantaneamente ou segundo um tempo previamente definido.


Já a unidade 51, pode atuar com curvas de tempo dependente ou de tempo definido.

As unidades temporizadas ou de tempo dependente permitem dois tipos de ajustes:


corrente mínima de atuação e curva de atuação.

As unidades instantâneas trabalham com dois ajustes: corrente mínima de atuação e


tempo de atuação (tempo previamente definido). Antigamente, estas unidades
(eletromecânicas) não permitiam o controle de tempo, isto é, atuavam num tempo
muito pequeno (da ordem de milisegundos), sem nenhum ajuste. Hoje, os relés
digitais possibilitam ajustes de tempo de atuação destas unidades.
7.2.3 Esquema básico de ligação

O esquema básico tradicional de proteção de um alimentador radial, trifásico e


aterrado, na saída de subestação, utiliza três relés de fase e um de neutro ou terra,
ligados através de três transformadores de corrente, comandando um disjuntor
(52), conforme está mostrado na Fig.7.5.

Fig. 7.5 – Esquema básico da proteção de sobrecorrente da saída de um alimentador


primário radial
Os relés de fase irão proporcionar proteção ao alimentador contra os curtos-circuitos
que envolvam, principalmente, as fases (trifásico e bifásico). O relé de neutro ou
terra dará proteção contra os curtos para a terra (fase-terra e bifásico-terra).

A vantagem desse esquema é que, para qualquer tipo de curto-circuito, haverá, no


mínimo, dois relés sendo percorrido pela corrente de curto.

Atualmente, com o emprego de relés digitais, os quatro relés do esquema da Fig. 7.5
são substituídos por um único que realiza as funções 50 e 51 de fase e terra. Além
disso, desempenham outras funções tais como: medição de corrente, registros de
dados, de perturbações, etc. São conhecidos como relés de multi-funções.

Geralmente os esquemas de proteção são apresentados em um diagrama unifilar,


onde os equipamentos envolvidos recebem uma numeração padronizada. Na Fig.
7.6, está mostrado o diagrama unifilar do esquema de proteção da Fig. 7.5.
Fig. 7.6 – Diagrama unifilar do esquema de proteção da saída de um alimentador
radial

7.3 Determinação de relação de TC

Para se fazer o ajuste da corrente de atuação de um relé de sobrecorrente indireto,


é necessário, em primeiro lugar, a definição da relação do TC que irá alimenta-lo.
A relação do TC (RTC) que alimenta um relé deve atender aos seguintes requisitos:

• A corrente nominal primária do TC deve ser maior do que a razão entre o curto-
circuito máximo (no ponto da instalação) e o fator de sobrecorrente do TC (FS).
Geralmente, FS=20 .
A corrente nominal primária do TC deve ser maior do que a máxima corrente de carga a
ser considerada:

EXEMPLO : a= 10% , horizonte


de estudo é de 5 anos

X X
7.4 Critérios para ajustes de corrente mínima de atuação

Na medida do possível, os ajustes de corrente mínima de atuação de relés de


sobrecorrente devem observar os critérios dados a seguir.

I) Unidade 51 de fase

a) Quando o relé for instalado no circuito alimentador da subestação, a qual não


possui equipamento de proteção para transferência, sua corrente mínima de atuação
deverá ser maior que a somatória da máxima corrente de carga do circuito em estudo
com a máxima corrente de carga do circuito que eventualmente venha a ser
transferido, multiplicada pelo fator de crescimento de carga (k) e dividida pela
respectiva RTC.
b) Quando o relé for instalado no circuito alimentador da subestação, a qual possui
equipamento de proteção para transferência, sua corrente mínima de atuação deverá
ser maior que a corrente de carga máxima multiplicada pelo fator de crescimento de
carga (k)e dividida pela respectiva RTC.

O fator de crescimento de carga k , é dado pela expressão:

Onde, a% é a taxa anual prevista para o crescimento e n o número de anos para o qual
o estudo está sendo planejado.

c) A corrente mínima de atuação deverá ser ajustada num valor menor do que a
corrente de curto-circuito bifásico dentro da sua zona de proteção, incluindo sempre
que possível os trechos a serem adicionados quando em condição de manobras
consideradas usuais.
II) Unidade 51 de neutro

a) Quando o sistema for ligado em estrela aterrado, ou delta aterrado através de um


transformador de aterramento, e não possuir cargas ligadas entre fase e terra ou
neutro, o relé de neutro deverá ter a sua corrente mínima de atuação ajustada para
um valor menor que a corrente de curto-circuito fase-terra mínimo dentro da sua zona
de proteção. E deverá ser maior do que 10% da corrente de carga do circuito devido
erros admissíveis nos transformadores de corrente.

b) Quando o sistema for ligado em estrela aterrado, ou delta aterrado através de um


transformador de aterramento, e possuir cargas ligadas entre fase e terra ou neutro, o
relé de neutro deverá ter a sua corrente mínima de atuação ajustada para um valor
menor que a corrente de curto-circuito fase-terra mínimo dentro da sua zona de
proteção. E deverá ser maior do que 10% a 30% da corrente de carga do
circuito devido aos desequilíbrios admissíveis do sistema.
Conforme os critérios anteriores, os relés de fase e neutro devem ser sensíveis ao
menor curto-circuito mínimo no final do trecho dentro de sua zona de proteção.
Geralmente devido a carga do circuito nem sempre é possível atender as esta
condição, portanto recomenda-se instalar chaves-fusíveis ou religadores na rede para
diminuir o trecho protegido.

III) Unidades 50 de fase e neutro

As unidades instantâneas dos relés de fase e neutro não deverão ser sensíveis aos
curtos-circuitos localizados após o primeiro equipamento de proteção instalado a
jusante.

Geralmente a unidade instantânea é ajustada para proteger 80% do trecho


compreendido entre sua localização e o ponto de instalação do primeiro equipamento
de proteção a jusante (Fig. 7.7).

Fig. 7.7 – Alcance máximo de unidade instantânea


a) A unidade instantânea do relé de fase não deverá ser sensível às correntes de
energização do circuito. Entretanto, poderão ser ajustadas para atuar para curtos-
circuitos bifásicos e trifásicos próximos do primeiro equipamento de proteção a jusante.

O fator de multiplicação (3 a 8) que será tomado, dependerá da característica da carga


do circuito. Em sistema com muito transformador e motor de indução, geralmente se
trabalha com fator 8.

b) A unidade instantânea do relé de neutro .Quando o sistema for ligado em estrela


aterrado, ou delta aterrado através de um transformador de aterramento, e possuir
cargas ligadas entre fase e terra ou neutro, a unidade instantânea do relé de neutro
não deverá ser sensível às correntes de energização dessas cargas. No entanto, poderá
ser ajustada para atuar para curtos-circuitos fase-terra nas proximidades do primeiro
equipamento de proteção a jusante.
Onde :

7.5 Ajuste de curvas corrente x tempo das unidades temporizadas

As curvas de tempo das unidades de fase e neutro deverão ser escolhidas de modo a
atender a seletividade com os equipamentos de proteção a jusante e a montante, e
também com a curva de recozimento dos condutores. Considere-se, por exemplo, o
trecho de sistema de distribuição dado na Fig. 7.8. Para haver seletividade entre os
equipamentos de proteção empregados, as suas curvas de tempo deverão obedecer
aos coordenogramas dados nas Figuras 7.9 (coordenação de fase) e 7.10
(coordenação de neutro).
Fig.7.8 – Trecho de um sistema de distribuição primário
Fig. 7.9 – Coordenograma de FASE: relé x relé e relé x elo-fusível
Fig. 7.10 – Coordenograma de NEUTRO: relé x relé e relé x elo-fusível
7.6 Seletividade relé x relé

Geralmente esta situação ocorre em subestações, onde um conjunto de relés funciona


como proteção principal e outro como proteção de retaguarda (Fig. 7.8).

Para se obter seletividade entre esses dois conjuntos de relés, as curvas de tempo dos
relés principais (fase e neutro) deverão estar abaixo das curvas dos relés de
retaguarda (fase e neutro), respectivamente, no mínimo 0,4 s , no ponto mais crítico,
em todo o trecho protegido pelos relés principais, para as correntes de curtos-
circuitos de fase e terra.

7.7 Seletividade relé x elo-fusível


A seletividade estará garantida, para o todo o trecho protegido pelo elo-fusível,
quando as curvas de tempo dos relés de fase e neutro estiverem, no ponto mais
crítico, no mínimo 0,2s, acima da curva de tempo total de interrupção do elo, para as
correntes de curtos-circuitos de fase e terra.
RESUMO ( RELÉ DE SOBRECORRENTE )
RESUMO ( RELÉ DE SOBRECORRENTE )
7.8 Excercício de aplicação

Fazer o estudo de seletividade da proteção do trecho de sistema da distribuição


primária, trifásica e aterrada na subestação dado na Fig. 7.11.

X X

Fig. 7.11- Sistema de distribuição para estudo de proteção


Observações :
• Fora das subestações, os curtos-circuitos fornecidos são os trifásicos, bifásicos e fase-
terra mínimos;
• Os valores das correntes de curtos-circuitos no ponto de entrega da concessionária
(barra de alta tensão da subestação do consumidor) devem ser fornecidos pela mesma;
• Para calcular os curtos-circuitos na barra de baixa tensão do consumidor, considere a
resistência de terra da malha igual a 10Ω.

Resolução:

1) Fator de crescimento de carga (k)

• Taxa de crescimento : a= 10% ao ano ;


• Horizonte de estudo : 5 anos

K=(1+0,1)5 = 1,61

2) Dimensionamento das relações dos TCs (RTC)

a) Concessionária
• I N, P ≥ 1,61 x 245 ⇒ I N, P ≥ 394 A

• I N, P ≥ 7960 / 20 ⇒ I N, P ≥ 398 A
O TC com corrente nominal primária de 400 A, satisfaz as duas condições : 400 / 5 ou
80:1
b) Consumidor
Para dimensionar a RTC do consumidor, é necessário calcular a corrente de carga. Para
isso, será usado a carga nominal do transformador: I C ,CONS. = 2000 / (13,8 x 1,732) = 84 A
Aplicando um fator de crescimento de 1,61 (k=1,61) e os mesmos critérios anteriores, (
I N, P ≥ 1,61 x 84 ⇒ I N, P ≥ 135,24 A e I N, P ≥ 2200/20 ⇒ I N, P ≥ 110 A )obtêm-se: 150/5 ou
30:1
3) Dimensionamento do elo (valores dados )

a) Elo-fusível
I N , ELO ≥ 1,61 x 22 ⇒ I N, ELO ≥ 35,4 A e I N , ELO ≤ 1/4 x 303 ⇒ I N, ELO ≤ 75,75 A
Elo-fusível escolhido : 40K
4) Ajustes das correntes de atuação dos relés da concessionária
a) Unidades 51 de fases

• (1,61 x 245) / 80 ≤ I MIN, AT ≤ 1593 / 80 ⇒ 4,9 ≤ I MIN, AT ≤ 19,9 ⇒ I MIN, AT = 5 A


Corrente de partida que as unidades deverão ser ajustadas : 5 A

b) Unidades 50 de fases

• I AT , INST ≥ (8 x 245) / 80 ⇒ I AT , INST ≥ 24,5 A


• I AT , INST ≥ 1,4 x 2900 / 80 ⇒ I AT , INST ≥ 66,6 A
Para satisfazer aos critérios, ajustam-se as unidades 50 de fase para 68 A

c) Unidade 51 de neutro

• (0,1 x 1,61 x 245) / 80 ≤ I MIN, AT ≤ 220 / 80 ⇒ 0,49 ≤ I MIN, AT ≤ 2,75 ⇒ I MIN, AT = 0,5 A
Corrente de partida que a unidade deverá ser ajustada : 0,5 A
d) Unidade 50 de neutro
• I AT , INST ≥ (0,1 x 8 x 245) / 80 ⇒ I A , INST ≥ 2,5 A
• I AT , INST ≥ 1,4 x 600 / 80 ⇒ I A , INST ≥ 10,5 A
Para satisfazer aos critérios, ajusta-se a unidade 50 de neutro para 11 A

5) Determinação das curvas dos relés da concessionária

Estas curvas deverão coordenar com as curvas do elo-fusível e dos relés do


consumidor. Este estudo de coordenação será feito pelo método ponto a ponto.
As curvas de tempo dos relés deverão coordenar com o elo-fusível 40K na faixa de
correntes entre 1593 A e 2900 A.

a) Curvas das unidades 51 de fases


Neste caso, deve-se trabalhar com as correntes de curtos-circuitos que envolvem
somente as fases (trifásico e bifásico).

Inicialmente, acha-se os tempos de interrupção do 40K para as correntes limites da


faixa de coordenação 1593 A e 2900 A (Fig. 7.12).

• t INT. 40K PARA A CORRENTE DE 1593 A = 0,03s


• t INT. 40K PARA A CORRENTE DE 2900 A = 0,01s
Fig. 7.12 – Curvas corrente x tempo do elo-fusível de 40K
Pelos critérios de seletividade relé x elo, a curva escolhida deverá ser tal que:

• t RELÉ ≥ 0,03 + 0,2 ⇒ t RELÉ ≥ 0,23 s , para a corrente de 1593 A


• t RELÉ ≥ 0,01 + 0,2 ⇒ t RELÉ ≥ 0,21 s , para a corrente de 2900 A

Como geralmente as curvas de tempo dos relés são fornecidas em função de múltiplo (m),
então deve-se calcular os múltiplos para essas correntes.

m = I P / (RTC x I PARTIDA AJUSTADA NO RELÉ)


• m1 = 1593 / (80 x 5) = 4,0
• m2 = 2900 / (80 x 5) = 7,3

A seletividade está garantida quando as duas condições seguintes são satisfeitas


conjuntamente :

a.1) Para o m1 = 4,0 , escolhe-se, dentro do grupo de curvas mais conveniente (a NI, por
exemplo) , a curva que satisfaz a primeira condição : t RELÉ ≥ 0,23 s (Fig 7.13);
a.2) Para o m2 = 7,3 , escolhe-se, dentro da mesma família do caso anterior, a curva que
satisfaça a segunda condição : t RELÉ ≥ 0,21 s (Fig. 7.13) .

De acordo com a Fig. 7.13, escolhe-se, inicialmente, a curva 0,2 (TMS = 0,2 ), para as
unidades de fases, pois satisfaz ao critério de seletividade relé x elo.
Fig. 7.13 – Curvas NI de unidades 51 de fase e neutro da concessionária
b) Curvas da unidade 51 de neutro

Neste caso, deverão ser empregadas as correntes de curtos-circuitos envolvendo a terra


ou o neutro. Para o tipo de sistema em estudo (trifásico a três fios, aterrado na
subestação), serão usados somente os curtos-circuitos fase-terra mínimos, cujos valores
limites no trecho protegido pelo 40K , são 600 A e 303 A. Para estas correntes, os
tempos de interrupções do elo estão dados na Fig. 7.12.

• t INT. 40K PARA A CORRENTE DE 303 A = 1,80s


• t INT. 40K PARA A CORRENTE DE 600 A = 0,12s

Pelos critérios de seletividade relé x elo , tem-se:


• t RELÉ ≥ 1,80 + 0,2 ⇒ t RELÉ ≥ 2,00 s , para a corrente de 303 A
• t RELÉ ≥ 0,12 + 0,2 ⇒ t RELÉ ≥ 0,32 s , para a corrente de 600 A

Os múltiplos são :
• m3 = 303 / (80 x 0,5) = 7,6
• m4 = 600 / (80 x 0,5) = 15
Levando-se em conta as mesmas considerações que foram feitas na determinação da
curva da 51 de fase, e observando-se a Fig. 7.13 , escolhe-se, a princípio, a curva 0,9
( TMS =0,9 ) para a 51 de neutro.

6) Ajustes das correntes de atuação dos relés do consumidor


a) Unidades 51 de fases

A corrente de atuação das unidades de fases deverá ser igual ou maior do que a
corrente de carga máxima do consumidor multiplicada pelo fator de crescimento. A
corrente de carga máxima será tomada igual a corrente nominal do transformador
(I C ,CONS. = 84 A). Será usado o fator de crescimento de carga k=1,61 .

• I MIN , AT ≥ (1,61 x 84) / 30 ⇒ I MIN , AT ≥ 4,5 A


Essas unidades deverão ser ajustadas na corrente de partida 5 A .

b) Unidade 51 de neutro

Considerando o fator de desequilíbrio igual a 10% , resulta :


• I MIN , AT ≥ (0,1 x 1,61 x 84) / 30 ⇒ I MIN , AT ≥ 0,45 A
Essa unidade deverá ser ajustada na corrente de partida 0,5 A
7) Determinação das curvas dos relés do consumidor

Para se fazer este estudo, será empregado o critério de seletividade relé x relé. Para isso,
será considerado que os relés de fases e neutro do consumidor têm as curvas MI
apresentadas na Fig. 7.15.

a) Curvas das unidades 51 de fases


Inicialmente, calculam-se os múltiplos das correntes que limitam a faixa de coordenação
dos relés de fases da concessionária e do consumidor (1905 A e 2200 A).

• Múltiplos dos relés de fases da concessionária: m1= 1905 / (80 x 5)=4,9 ;


m2 = 2200 / (80 x 5)=5,5 ;
• Múltiplos dos relés de fases do consumidor : m3= 1905 / (30 x 5)=12,7;
m4 = 2200 / (30 x 5)=14,7

Entrando com o valor de m1 (4,9) , na curva 0,2 da 51 de fase da concessionária (Fig.


7.16) , obtêm-se o tempo de atuação em torno de 0,30s . Com m2 (5,5) , obtêm-se o
tempo de atuação de aproximadamente 0,25s . Isto é:

m1= 4,9 e DT = 0,2 ⇒ t RELÉ , CONCES. = 0,30s (Fig. 7.16) ;


m2= 5,5 e DT = 0,2 ⇒ t RELÉ , CONCES. = 0,25s (Fig. 7.16) .

Pelo critério de seletividade relé x relé, deve-se escolher uma curva tal que:
t RELE , CONCES. ≥ t RELÉ , CONS. + 0,4 s , então :
Ou seja, para se garantir seletividade entre as unidades de fases dos relés da concessionária
e do consumidor, as respectivas curvas devem estar afastadas, no mínimo, 0,4s , no ponto
mais crítico. Isto só será possível se a 51 de fase da concessionária estiver ajustada na curva
0,5 (DT= 0,5) ou superior, e a 51 de fase do consumidor estiver na curva 1/2 (DT=1/2).

Nestas condições, tem-se :


m1= 4,9 e DT = 0,5 ⇒ t RELÉ , CONCES. = 0,9s (Fig. 7.16) ;
m2= 5,5 e DT = 0,5 ⇒ t RELÉ , CONCES. . = 0,8s (Fig. 7.16) ;
m3= 12,7 e DT = 1/2 ⇒ t RELÉ , CONS. = 0,3s (Fig. 7.15) ;
m4= 14,7 e DT = 1/2 ⇒ t RELÉ , CONS. = 0,2s (Fig. 7.15)
Portanto, o critério está sendo atendido.

b) Curvas das unidades 51 de neutro


Para a determinação da curva do relé de neutro do consumidor será usada a corrente de
curto-circuito fase-terra mínimo (220 A).
• Múltiplos dos relé de neutro da concessionária: m1 = 220 / (80 x 0,5)=5,5 ;
• Múltiplos dos relé de neutro do consumidor : m2 = 220 / (30 x 0,5)=14,7
Escolhendo-se a curva 1 (DT=6) para a 51 de neutro do consumidor, o critério de
seletividade está atendido com folga, pois :

m1= 5,5 e DT = 0,9 ⇒ t RELÉ , CONCES. = 2,50s (Fig. 7.16) ;


m2= 14,7 e DT = 3 ⇒ t RELÉ , CONS. = 1,40s (Fig. 7.15) .
(t RELÉ , CONCES. - t RELÉ , CONS. ) = (2,50 – 1,40) = 1,10 ≥ 0,4

A seguir, as Figuras 7.17 e 7.18 mostram os coordenogramas elo x relé e relé x relé. É
importante observar que os gráficos estão em escala aproximada.
0,3
0,2

12,7 14,7

Fig. 7.15 – Curvas MI de unidades 51 de fase e neutro do consumidor


2,5

0,9
0,8

0,30
0,25

4,9 5,5
Fig. 7.16 – Curvas NI de unidades 51 de fase e neutro da concessionária
Fig. 7.17 – Coordenograma relé da concessionária x elo
Fig. 7.18 – Coordenograma relé do consumidor x relé da concessionária
Resumo do estudo :

• Elo-fusível : 40K ;
• Chave-fusível : INOM. = 100 A ; Cap. de interrup. = 5kA ; VNOM. = 14,5kV ; Classe =15kV;
NBI=95kV ;
• Relação dos TCs da concessionária: 400 / 5 A (80:1) ;
• Ajustes dos relés da concessionária:
• Corrente de partida das 51 de fases: 5 A ;
• Curva das 51 de fases : DT = 0,5
• Corrente de atuação das 50 de fases : 68 A;
• Corrente de partida da 51 de neutro : 0,5 A;
• Curva da 51 de neutro : DT = 0,9;
• Corrente de atuação da 50 de neutro : 11 A;
• Relação dos TCs do consumidor: 150 / 5 A (30:1) ;
• Ajustes dos relés do consumidor:
• Corrente de partida das 51 de fases: 5 A ;
• Curva das 51 de fases : DT = 1/2
• Corrente de partida da 51 de neutro : 0,5 A;
• Curva da 51 de neutro : DT = 3;
DEFASAMENTO ANGULAR NAS
LIGAÇÕES DOS
TRANSFORMADORES
RESOLUÇÃO DE PARTE DA LISTA DE EXERCÍCIOS
RELATIVO À DEFASAMENTO ANGULAR DE
TRANSFORMADORES
N’

Yy0
Dd0
N

γ β α

Dz0
N’

γ β α

Zz0
N

Yd1

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