DIDÁTICA (2020.01) PROFA. ANTONIA MARCOS CAIO DA SILVA ARRUDA 20172014040150
O Texto inicia contextualizando o termo “política”. Em que desde a
antiguidade clássica, a partir da palavra grega polis, que se refere a tudo que diz respeito à cidade, por conseguinte, ao que é público. O conceito de Política passa, então, a designar um campo dedicado ao estudo da esfera de atividades humanas articulada às coisas do Estado.
Na modernidade, Política passa, então, a designar um campo dedicado ao
estudo da esfera de atividades humanas articulada às coisas do Estado, como: atuar, proibir, ordenar, planejar, legislar, intervir, com efeitos vinculadores a um grupo social definido e ao exercício do domínio exclusivo sobre um território e da defesa de suas fronteiras. Na analise de Marx, há uma relação entre a sociedade civil e o Estado. O Estado, impossibilitado de superar contradições que são constitutivas da sociedade, administra-as, mantendo controle sobre ela. Gerando uma correlação de forças entre o Estado e sociedade civil, nesse confronto abrem- se possibilidades para implementar políticas sociais, um equilíbrio de compromissos, empenhos e responsabilidades.
É necessária a compreensão da realidade e da política, para se ter
referências para políticas educacionais. Ao longo da história, a educação adapta-se aos modos de formação técnica e comportamental adequados à produção e à reprodução das formas particulares de organização do trabalho e da vida.
O texto está dividido em três capítulos. No primeiro, apresenta uma síntese
das políticas educacionais empreendidas no Brasil, a partir dos anos 1930, e as reformas de ensino delas decorrentes. Concluir com indicações sobre o consenso produzido entre os educadores a partir de meados da década de 1970 e que encontraria, nos anos 1980, as condições para florescer. Em um segundo momento, é analisado as iniciativas reformistas dos governos Fernando Henrique Cardoso em relação à educação. Um "revolução" da educação nacional, por meio da legislação, mas também pelo financiamento de programas governamentais e uma série de ações não-governamentais. Teve o envolvimento de inúmeros intelectuais em análises de projetos educacionais, em fóruns, em reuniões da área, na exploração de iniciativas desenvolvidas por empresas, no processo de difusão de suas propostas em publicações oficiais e oficiosas.
Nessas circunstâncias, percebem-se dois movimentos simultâneos e
articulados: a afirmação da idéia de educação continuada que rompe as fronteiras dos tempos e locais destinados a aprender (família, trabalho, comunidade). Por outro lado, reafirma-se a importância do sistema de ensino e as políticas ligadas a ele, como: o livro didático, a avaliação, as reformas curriculares, a formação de professores e a universidade.
Há outro aspecto a considerar. A forma de se obter o consenso da área
educacional foi da lingüística. Os termos e conceitos foram sendo absorvidos pela retórica pragmática com o objetivo de instigar a obediência e a resignação pública, o novo vocabulário se fez necessário para erradicar o que se considera obsoleto e criar novas formas de controle, regulação e regimes administrativos. A ação de Fernando Henrique Cardoso de substituir a "ação estatal" (burocrática, ineficiente), pela "ação pública" (responsabilizando a população). Contradizem os discursos weberianos do presidente, onde Weber identificaria que, muitas vezes por vaidade o demagogo se obriga·a contar com o "efeito". Corre o risco de tomar-se um "ator, bem como o de ver com leviandade a responsabilidade das conseqüências de seus atos, passando a interessar-se apenas pela 'impressão' que causa". Não parecer que cabe ao cidadão comum ou à comunidade a responsabilidade de solucionar os escândalos que se encontram no Brasil e na América Latina de um modo geral.