Sei sulla pagina 1di 12

Lançamento das Estruturas

de Edificações

Prof. Henrique Innecco Longo


e-mail longohenrique@gmail.com

P2 V1 P3 P4
P1

L1 L2 L3

P6 V2 P7 P8
P5

L4 L5 L6

P9 P10 V3 P11

L7 L8
6m
P13 V4
P12 P14

L9 L10 L11

P15 P16 V5 P17 P18


V10
V7

V8

V9

L12 L13 L14

P19 P20 V6 P21 P22

Departamento de Mecânica Aplicada e Estruturas


Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro

2ª Edição
2011
Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 1

Lançamento das Estruturas de Edificações


Prof. Henrique Innecco Longo
e-mail: longohenrique@gmail.com

Resumo: A finalidade é definir algumas diretrizes para o lançamento das lajes, vigas e pilares das
estruturas de edificações.

1 Importância do lançamento da estrutura


O lançamento da estrutura consiste em definir as posições dos elementos estruturais, tais como
lajes, vigas e pilares na planta de fôrmas do pavimento. Este lançamento representa uma das etapas
mais importantes do projeto, exigindo do engenheiro muita experiência e conhecimento.

A concepção estrutural mais adequada deve atender a segurança, economia (custo e durabilidade) e
ao aspecto arquitetônico (estética e funcionalidade). Um lançamento bem feito irá facilitar os
cálculos, simplificar a execução e reduzir os custos da construção. Por outro lado, um lançamento
mal feito poderá comprometer a construção, trazer grandes dificuldades no cálculo estrutural e
até mesmo prejuízos financeiros.

2 Estrutura de uma edificação


A estrutura de uma edificação é responsável pela resistência e pela estabilidade da construção. A
estrutura funciona como um todo, mas na prática ela é dividida nos seguintes componentes básicos:
lajes, vigas, pilares e fundações. Esses elementos estruturais são representados nas plantas de
fôrmas.

• lajes - elementos planos horizontais que suportam as cargas verticais que atuam diretamente
no pavimento do edifício.

• vigas - elementos lineares horizontais, que servem de apoio para as lajes, recebem as cargas
das paredes de alvenaria que atuam diretamente sobre ela e se apoiam nos pilares.

• pilares - elementos lineares verticais, funcionam como elementos de contraventamento para


a ação do vento e transmitem as cargas verticais paras as fundações

• fundações – recebem as cargas dos pilares e as transmitem para o solo. Elas podem ser rasas
(sapatas ou blocos) ou profundas (bloco sobre estacas ou tubulões)

• paredes estruturais, as escadas e as caixas d’água - estruturas complementares que também


fazem parte da estrutura do edifício.

As estruturas podem ser construídas em concreto armado, em concreto protendido ou em estrutura


metálica. No Brasil, as estruturas das edificações geralmente são quase todas em concreto armado.
Em alguns casos as lajes podem ser em concreto protendido e os pilares em estruturas metálicas.
Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 2

3 Plantas de Fôrmas
A estrutura de uma edificação fica representada pelos desenhos de execução de fôrmas com plantas
e cortes de todos os elementos estruturais. De acordo com a NBR-7191 (1982), estes desenhos
devem ser feitos na escala 1:50 ou, quando não houver prejuízo da clareza do desenho, na escala
1:100. De um modo geral, além dos cortes longitudinais e transversais, as plantas de um edifício são
assim distribuídas:

• Planta do Subsolo
• Planta do Teto do Subsolo
• Planta do Teto do Pavimento Térreo
• Planta do Teto do Pavimento de Uso Comum
• Planta dos Pavimentos Tipo
• Planta do Teto da Cobertura

A figura 1 está mostrando um corte transversal esquemático de um edifício de 10 pavimentos, com


subsolo, térreo, pavimento de uso comum, 10 pavimentos tipo e cobertura.

COBERTURA

100

90

80

70

60

50

40

30

20
10

PAV. USO COMUM

TÉRREO

SUBSOLO

Fig. 1 – Corte esquemático de um edifício residencial


Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 3

Posição do observador na planta de fôrmas

As plantas de fôrmas se referem ao teto de um determinado pavimento de modo que o observador


esteja olhando do piso inferior para este teto. Assim as vigas são desenhadas com linhas contínuas,
com exceção das vigas invertidas, que são representadas por linhas tracejadas. Já as plantas de
arquitetura se referem ao piso e o observador está olhando de cima para baixo.

Escolha da classe do concreto

Nas plantas de fôrmas também são especificados o tipo de concreto a ser utilizado em toda a
construção. De acordo com a NBR-6118(2003), as classes do concreto com armadura passiva
(concreto armado) vão desde a classe C20 até a classe C50. No caso de concreto protendido, as
classes vão desde C25 até a C50.

A escolha da classe de concreto deve ser feita em função da classe de agressividade ambiental,
conforme mostrado na tabela 1 para o concreto armado (CA) e para o concreto protendido (CP).

Por exemplo, para a classe II (agressividade moderada), deve usado pelo menos o C25 para o
concreto armado e C30 para o concreto protendido. Já para a classe IV (agressividade muito forte),
é preciso utilizar no mínimo o concreto C40, tanto para o concreto armado como para o concreto
protendido.

Tabela 1 – Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto (NBR-6118)


Concreto Classe de agressividade
Tipo I II III IV
CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40

Cotas das plantas de fôrmas

As cotas das plantas de fôrmas devem ser determinadas a partir das plantas de arquitetura,
acrescentando-se os revestimentos das paredes para se obter as cotas entre as vigas (fig.2):

l = la + r

l - cota da planta de fôrma


la - cota da planta de arquitetura
r - soma dos revestimentos das paredes

viga
la parede
l

Fig. 2 - Cotas das plantas de arquitetura e de fôrma


Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 4

4 Sistemas estruturais do pavimento


Os sistemas estruturais do pavimento mais utilizados atualmente nas construções brasileiras são os
seguintes: lajes e vigas, lajes lisas (lajes cogumelo), lajes nervuradas e lajes pré-moldadas. A
figura 3 mostra um pavimento com lajes e vigas e a figura 4 um piso com lajes lisas.
P2 P3
V1a V1b V1c P4
P1
V4b

V5b

V7b
L1 L3

V6b
L2

P5 V2a P6 P8
V2b P7 V2c
V4a

V7a
V6a
V5a

L4 L5 L6

P10 P12
P9 P11
V3a V3b V3c

Fig. 3 – Sistema estrutural com lajes e vigas

P1 P2 P3 P4

P5 P6 P7 P8

P9 P10 P11 P12

Fig. 4 - Sistema estrutural com laje lisa apoiada em pilares


Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 5

A figura 5 mostra um piso com lajes nervuradas apoiadas em vigas, sendo que no contorno foram
projetadas faixas maciças.

V1a V1b
V4b

V5b

V6b
V2a V2b
V4a

V5a

V6a
V3a V3b

Fig.5 - Sistema estrutural com lajes nervuradas apoiadas em vigas

Desafio 1 - A figura mostra o teto de um pavimento com 9 pilares distribuídos regularmente. De


que maneira é possível definir o sistema estrutural mais adequado para este teto?

P1 P2 P3

7m

P4 P5 P6

7m

P7 P8 P9

10m 10m
Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 6

5 Numeração dos elementos estruturais


Este critério de numeração deve ser feito de modo a facilitar a localização dos elementos estruturais.

Numeração das lajes


A numeração das lajes começa no canto superior esquerdo da planta e segue no sentido da esquerda
para a direita, sempre em linhas sucessivas. Os rebaixos ou superelevação das lajes devem ser
indicados em cm, precedido do sinal + ou - .As lajes são representadas pela letra L seguido do seu
respectivo número, como na figura 3. Em cada pavimento da edificação é feita uma numeração
diferente para as lajes. Assim, a numeração das lajes de cada pavimento começaria pela laje L1 até
a última laje deste pavimento. As espessuras das lajes devem ser obrigatoriamente indicadas em
cada laje ou em nota aparte.

Numeração das vigas


As vigas dispostas horizontalmente no desenho são numeradas partindo-se do canto superior e
prosseguindo-se por alinhamentos sucessivos até atingir o canto inferior direito. As vigas dispostas
verticalmente no desenho são numeradas, partindo-se do canto inferior esquerdo para cima por
fileiras sucessivas até atingir o canto superior direito. As vigas de apenas um só vão são
representadas pela letra V seguido do seu respectivo número (por exemplo, a viga V6 da figura 3).
Os vão das vigas contínuas são definidos por letras, indo da esquerda para a direita. Cada vão da
viga V1 da figura 3, por exemplo, é referenciada por V1a, V1b e V1c. É importante frisar que as
letras se referem ao vão entre pilares, como a viga V2 que se divide em V2a e V2b. A numeração
das vigas é diferente em cada pavimento. Ao lado da designação de cada viga, devem ser indicadas
as dimensões b x h.

Numeração dos pilares


A numeração dos pilares é feita partindo do canto superior esquerdo do desenho para a direita em
linhas sucessivas. Os pilares são representados pela letra P seguido do seu respectivo número,
conforme mostrado na figura 3. Essa numeração deve ser única em toda a estrutura, ou seja, cada
pilar tem a mesma numeração desde a fundação até o nível mais alto do edifício. As dimensões dos
pilares são escritas ao lado de cada pilar.

Desafio 2 – Numere as lajes, vigas e pilares do pavimento da figura.


Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 7

6 Lançamento da estrutura
Na prática, o lançamento inicial da estrutura de cada pavimento pode ser feito em papel transparente
colocado sobre a planta de arquitetura. Ao utilizar um programa gráfico de computador, o
lançamento definitivo é desenhado na própria tela do computador. Neste caso, as diversas plantas
de fôrmas são desenhadas sobre as plantas de arquitetura. Desta maneira, o engenheiro poderá ter
uma visão melhor do posicionamento das vigas e das interferências dos pilares em todos os níveis
da edificação. É conveniente começar o lançamento pelo pavimento tipo, depois pelos pavimentos
inferiores e os superiores.

Juntas de dilatação

É sempre recomendável que a maior dimensão da estrutura em planta fique no máximo igual a 30m
para atenuar os efeitos da retração e da variação de temperatura. Quando isto não for possível, deve-
se projetar uma junta de dilatação, dividindo a estrutura em uma ou mais partes, conforme figura 6.
É importante observar que é preciso projetar vigas e pilares nos dois lados da junta, pois cada trecho
da estrutura é calculado independente um do outro.

JUNTA DE
DILATAÇÃO

Fig. 6 – Edificação com uma junta de dilatação


Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 8

Lançamento dos pilares

Os pilares geralmente são retangulares e devem ser colocados de modo que sirvam de apoio para as
vigas. Eles devem ser posicionados de modo que formem um sistema estrutural de vigas
estaticamente equilibrado. A distribuição dos pilares deve ser a mais uniforme possível para que
não haja alguns pilares muito carregados e outros menos. A distância entre os pilares não deve ser
nem muito grande, pois os pilares e as vigas estariam muito carregadas, e nem muito pequena para
evitar que a estrutura fique com excesso de pilares. Nos edifícios residenciais usuais, podemos ter:

distância entre pilares 4m ≤ l ≤ 8m

Não há posições fixas para os pilares. No entanto, eles geralmente são embutidos nas paredes de
alvenaria e são posicionados em lugares estratégicos, tais como:

• nos cantos da edificação


• nos cantos das escadas (fig.7a)
• em torno do poço dos elevadores (fig.7b)
• nos cantos dos prismas de ventilação e iluminação
• nos cruzamentos de vigas (não necessariamente em todos cruzamentos)

(b)

(a)

Fig. 7 – Pilares em volta de escada e de elevadores


Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 9

Posicionamento dos pilares nas estruturas submetidos à ação do vento

A orientação dos pilares deve atender não apenas os aspectos estruturais e arquitetônicos, mas
também devem ser definidas para evitar problemas de instabilidade global da edificação. Os pilares
e as paredes estruturais devem estar bem posicionados, bem distribuídos e devem ser rígidos para
que as deformações da estrutura sejam pequenas e para garantir a estabilidade da obra sob a ação do
vento. Os pilares e paredes estruturais formam a estrutura de contraventamento e devem estar em
locais que atendam aos projetos de instalações e de arquitetura. Quando os pilares e as paredes
estruturais não forem suficientemente rígidos, a ação do vento poderá provocar consideráveis
esforços de segunda ordem. Para reduzir estes esforços, é preciso aumentar a rigidez ou a
quantidade dos elementos de contraventamento, tomando-se sempre o cuidado para não interferir
nos aspectos arquitetônicos. Algumas sugestões podem ser adotadas:

• aumentar as dimensões dos pilares e paredes estruturais.


• introduzir paredes estruturais em torno dos elevadores e das escadas
• substituir algumas paredes de alvenaria por paredes estruturais.
• projetar pilares pouco espaçados formando um núcleo rígido central
• projetar paredes estruturais no contorno da edificação.
• colocar vigas adicionais para contraventar melhor a estrutura

Na planta de fôrmas da figura 8, por exemplo, foram projetadas paredes estruturais em torno dos
elevadores para enrijecer mais a estrutura. Se houvesse necessidade, poderiam também ser
colocadas paredes em torno da escada nesta estrutura.

P1 P2 P3 P4

L1 L2 L3

P6 P7 P8
P5

L4 L5 L6

P9 P10 PAR P11

L7 L8 V11
6m

P13
P12 P14

Fig.8 – Edificação com paredes estruturais em torno dos elevadores


Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 10

Verificação das interferências dos pilares nos demais pavimentos

No lançamento dos pilares é preciso verificar as suas interferências em todos os pisos, desde a
cobertura até o nível mais baixo da edificação. Nas figuras 9 e 10 são mostrados pilares que
interferem no projeto arquitetônico, Quando não for possível usar o mesmo pilar até no nível de sua
base, pode-se usar as vigas do teto do pavimento térreo para fazer a transição. A solução de vigas de
transição não é muito aconselhável tendo em vista que estas vigas devem ser muito rígidas para
suportar as cargas dos pilares que são normalmente muito elevadas.

Fig.9 – Pilar no meio de uma sala, prejudicando a circulação de pessoas e a estética

Fig.10 – Pilar próximo à rampa de carros, dificultando a passagem de veículos


Lançamento das Estruturas de Edificações - prof. Henrique Longo pág. 11

Lançamento das vigas

As vigas geralmente são projetadas de modo que fiquem embutidas nas paredes de alvenaria e
devem estar preferencialmente apoiadas sobre os pilares. Em determinados casos, é preciso projetar
uma viga apoiada sobre outra tendo em vista que nem sempre é possível colocar pilares em todos os
cruzamentos das vigas por questões arquitetônicas. Em edifícios residenciais usuais, os vãos das
vigas podem ser os seguintes:

vãos das vigas 4m ≤ l ≤ 8m

Em alguns casos excepcionais impostos pela arquitetura, deve-se adotar vigas invertidas, ou seja,
vigas que ficam no lado de cima das lajes.

Lançamento das lajes

De um maneira geral, o posicionamento das lajes fica definido com o lançamento das vigas, pois as
lajes ficam apoiadas nas vigas em seu contorno. Algumas podem ter um bordo livre e outras, como
as lajes das varandas, podem estar em balanço. Nos edifícios residenciais usuais, podemos ter:

vãos das lajes 4m ≤ l ≤ 8m

As lajes das varandas também podem ter um pequeno rebaixo de 3 a 5cm para evitar que a água
entre no interior do apartamento. Para reduzir um pouco esse desnível na laje, pode-se usar uma
espessura de revestimento da varanda menor do que a da laje vizinha.

Lançamento das estruturas complementares

A caixa d’água elevada e a casa de máquinas dos elevadores, localizadas em um piso acima do
último pavimento, devem estar bem posicionadas de modo que, de preferência, fiquem apoiadas nos
pilares existentes ou, em casos excepcionais, em vigas de cobertura. A caixa d’água enterrada não
deve estar ligada com a estrutura do edifício e deve estar convenientemente localizada para não
interferir nas fundações.

Referências Bibliográficas
NORMA NBR-6118,“Projeto de Estruturas de Concreto– Procedimentos”, ABNT, mar. 2003.

NORMA NBR-6118, "Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado", ABNT, 1978.

NORMA NBR-6120, "Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações", ABNT, nov.1980.

NORMA NBR-7191, “Execução de Desenhos para Obras de Concreto Simples ou Armado”,


ABNT, fev. 1982.

Potrebbero piacerti anche