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MARKETING POLÍTICO
Com a Campanha no Bolso
FRANCA/SP • 2012
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
ISBN 978–85–7681–
CDD 324
Ilustração e
Designer Gráfico: Halans Nicácio
Agradecemos a Deus,
a nossos familiares e a todos aqueles que,
de uma forma ou de outra,
contribuíram com suas ideias e seu fazer político
para que esta obra fosse escrita.
Prefácio .................................................................................................................................................. 11
Advertência ..................................................................................................................................... 17
I – Relembrando coisas importantes ..................................................... 19
II – Para quando for falar em público ............................................... 39
III – Para quando tiver que enfrentar objeções
de eleitores ..................................................................................................................... 61
IV – Para quando der entrevistas ................................................................ 63
V – Algumas dicas de campanha para o dia-a-dia ....... 65
VI – Para quando for sair em passeata ........................................... 75
VII – Para quando as coisas parecem não estar
dando certo ................................................................................................................ 78
VIII – Para quando for tirar fotos ............................................................ 83
IX – Para quando for participar de um debate ................... 86
X – Você já é um vencedor ............................................................................... 95
Anotações .......................................................................................................................................... 97
Bibliografia ....................................................................................................................................... 99
9
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PREFÁCIO
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vitória.
Sem dúvida uma obra que não pode faltar aos
que pretendem ingressar na vida pública.
Contudo, nesta oportunidade em que estamos
prefaciando este trabalho, é de mister importância
que, sem sair do tema “política”, avancemos um
pouco mais. A Unimed, em especial a Federação
das Unimeds do Estado de São Paulo, Fesp, é
absolutamente pioneira nesta seara de difícil
percurso, qual seja, a política corporativa no
segmento do cooperativismo médico.
Com a criação do NAE, Núcleo de Assuntos
Estratégicos, em 2003, encarregado de buscar
representatividade política e institucional para o
sistema, a Fesp criou talvez o mais bem arquitetado
projeto de política institucional que temos notícia.
E eu me sinto particularmente honrado, e até com
uma ponta de vaidade – que faço questão de não
esconder – ao dizer que participei e participo desta
história que, sem dúvida, há de continuar sempre
somando pontos positivos para a vitória final da
empresa cooperativada.
O cooperativismo é sem dúvida, a meu ver, a
12
via mais democrática e segura para o
desenvolvimento de nosso país. Contudo, sempre
nos faltou voz em Brasília para que pudéssemos
fazer valer nossas ideias, principalmente aquelas que
dizem respeito ao cooperativismo de trabalho
médico. O NAE aos poucos está conseguindo isso.
E mais, tem ser vido de modelo a inúmeras
Federações e Singulares que querem entrar nesta
corrente moderna que pode mudar para melhor os
rumos do cooperativismo em todo o país.
Com a criação do Comitê Político, a Unimed
do Brasil entrou de vez nesta luta e as ações, a nível
nacional, passaram a ter uma coordenação mais
intensa, principalmente no que tange ao
relacionamento das Unimeds com os deputados
unimedianos e com a Organização das Cooperativas
Brasileiras, a OCB. Deste relacionamento, e com a
ação decisiva da Fesp, está sendo iniciado um
trabalho intenso e sério em busca dos pleitos que
precisamos para fazer desabrochar o cooperativismo
brasileiro dentro de uma dinâmica mais moderna e
que de fato atenda às necessidades de todos aqueles
que exercitam o cooperativismo como forma de
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trabalho, criação e distribuição de riquezas.
Conquistar mais espaço nas Câmaras
Municipais, nas Assembleias Legislativas e na
Câmara Federal e Senado é o caminho mais eficiente
para divulgar os ideais cooperativistas, e mais: mudar
a legislação atual, antiga e anacrônica, além de
sensibilizar órgãos públicos para que tenham uma
visão mais atualizada do cooperativismo, seguindo
os modelos internacionais, principalmente dos
países onde as cooperativas têm mais apoio, e uma
legislação mais moderna, o que proporciona à
empresa cooperativada maior espaço de trabalho.
Por isso, é que atuamos de forma plena nas
disputas eleitorais: precisamos de voz, precisamos
estar na sala de parto onde nascem as leis para
implantar a filosofia cooperativista moderna que
todos esperam que o Brasil possua.
Este pensamento e esta ação se tornam mais
relevantes ainda quando consideramos que o ano
de 2012 será o Ano Internacional do
Cooperativismo, e a política será tema de debates
acalorados. Tenho certeza de que a nossa
experiência será de grande valia aos que entendem
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que, através da ocupação de espaços políticos,
podemos pular etapas e com isso fortalecer de
for ma significativa os caminhos que o
cooperativismo deve trilhar para que realmente ele
ganhe a sua tão sonhada emancipação e ocupe o
lugar que merece na vida econômica e social de
nossa pátria.
Assim, 2012 é a oportunidade que temos de
fazer as mudanças necessárias que o cooperativismo
brasileiro precisa. Mais ainda, nas eleições
municipais, devemos fazer esforços para ampliação
de nosso espaço político, divulgando a filosofia
cooperativista nas Frencoops, federal, estadual e
municipal, criando mecanismos que possam facilitar
o surgimento de mais e mais cooperativas, sempre
respeitando a qualidade dos cooperados, a ética e a
oportunidade de sucesso empresarial.
Por isso, ao entregar esta obra aos que
procuram galgar degraus na vida pública, fizemos
questão de discorrer sobre nossos ideais
cooperativistas, mas sobretudo desejamos sucesso
aos que querem militar nas casas de lei e no
executivo de todos os municípios do país.
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Valorizem o cooperativismo, aproveitem as
sugestões dadas pelos autores deste livro, e não se
esqueçam de carregá-lo no bolso. Talvez seja
justamente ele quem vá fazer a diferença entre a
vitória e a derrota para você no pleito que se
avizinha.
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ADVERTÊNCIA
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1) Família
Acerte os
ponteiros em casa. Se a
sua família não entrar na
campanha é ruim, e lhe
enfraquece, mas se ela for
contra, desista, a sua vida
vai ser um inferno, mesmo
que você ganhe.
O ideal, na campanha política, é que todos
participem, começando com a família, os amigos
da família e os amigos dos amigos da família.
Uma boa ideia para envolver a família é criar
comitês. – no partido e na campanha. O comitê de
juventude, onde os filhos pedem pelos pais
candidatos, o comitê das mulheres quando o
candidato for do sexo masculino. Mulher falando
para mulher tem força de convencimento. Lembre-
se sempre disso: o primeiro passo é a família.
2) Partido
Cuidado com o partido – sua organização
pode cometer erros. Não basta ele ser favorável ao
seu nome, é preciso que a papelada de seu registro
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de candidatura esteja certa. Tem gente que ficou
sem candidatura por conta de erros involuntários (e
até voluntários), inclusive muitos entraram numa
armação e ficaram de fora da disputa eleitoral.
Um dos erros mais comuns de candidatos é
ver seus companheiros de partido como inimigos
eleitorais. Eles são, no fundo, seus parceiros, pois é
com o voto de todos que se ganha, apenas procure
estar na ponta, mas não complique a candidatura
de ninguém porque sua vitória depende da soma
dos votos de todos.
3) Caixa de Campanha
Em uma campanha eleitoral se gasta dinheiro
até para perder. No começo, ninguém banca e o gasto
será todo seu. Aí é que está o caso. Com medo de
gastar, você segura o ritmo e justamente por não ter
ido longe, na hora dos investimentos ninguém
investe em você. O
custo / benefício das
ações deve ser o melhor
possível sempre, mas no
começo esta relação tem
que ser ainda melhor,
21
afinal cada tostão investido tem que ter retorno certo
de voto amanhã. Um bom conselho é que, para fazer
sua campanha, inicie imediatamente uma poupança,
a qual não pode ser menor do que 10% dos seus
rendimentos. Lembre-se, se você não acreditar em
você mesmo, quem acreditará?
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o candidato tem propostas sérias ou não. Lembre-
se de que quando você vence, deixa de ser um
cidadão comum e passa a ser um líder. Não
decepcione as pessoas que votaram em você, porque
a reconquista é 10 vezes mais difícil e trabalhosa
do que a conquista que você obteve.
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6) Pesquisa
Sem pesquisa ninguém consegue achar o
caminho do sucesso. Não há vento favorável para
quem não sabe aonde quer ir. Isto é, sem saber
qual o seu público alvo, os locais onde fazer
campanha, o discurso que deve usar e quais os
temas relevantes que a população quer discutir,
não dá para pôr a campanha na rua. A pesquisa,
somente ela, lhe dá esta orientação. Se não fez
nenhuma, faça. Se seu partido tem uma em mãos,
estude-a, mas jamais saia nas ruas sem saber o que
dizer ao povo em cada lugar ou segmento social
no qual está buscando votos. Lembre-se de que,
com a Internet, há inúmeras pesquisas disponíveis,
principalmente as que falam sobre anseios de nosso
povo. Aproveite!
7) Posicionamento
Você já sabe: posicionamento é o espaço que
um candidato ocupa na mente do eleitor. Você vai
lutar a campanha toda para se posicionar na mente
dos seus eleitores, por isso seja fiel às suas ideias,
ao seu perfil, à sua plataforma de campanha. Quem
pula de galho em galho, querendo todo o eleitorado,
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acaba ficando sem ninguém. Mais ainda, o
posicionamento não é privilégio seu. Muitos estarão
se apresentando como candidatos da educação, do
esporte, da ecologia, do seu bairro, enfim, você não
estará só, por isso cuide da campanha, ela é que irá
diferenciá-lo dos demais. E, esteja atento: bom
discurso, boas ideias, simpatia com o eleitorado,
presença constante junto ao seu público alvo são
fundamentais. Procure se fortalecer ao máximo onde
você já é forte e melhorar o que puder onde é fraco,
em suma, onde você está bom, fique ótimo; onde
está mal, fique bem. Consulte sempre sua equipe
de trabalho, ela deve ajudar você no posicionamento
que escolheu para enfrentar a eleição.
8) Perfil
Seu perfil praticamente,
já existe. É a somatória
daquilo que você foi ao longo
de sua história na comunidade,
mais o que a pesquisa disse
que você deveria ser. Algumas
histórias de vida podem até
ser fabricadas em parte, mas
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não dá para fazer um “outro” você. Por isso, veja
onde você pode se encaixar, isto é, quem pode
querer um candidato como você, e aí está seu
público alvo. Não se desvie dele nunca. Não se
esqueça: ressalte suas qualidades e esconda seus
defeitos se for possível e se não for, seja o primeiro
a falar de seus defeitos, pois poderá colocá-los
ao eleitorado de uma maneira mais suave. Se você
não fizer isso, seus adversários irão atacá-lo
através dos defeitos que você possui e tenta
esconder.
9) Plataforma
Ela é a bandeira de um candidato, não dá para
ficar sem ela. Todo eleitor deseja saber por que você
está se candidatando, suas ideias, seus projetos para
cada segmento social, cada localidade, e isto forma
a sua plataforma de campanha. Estude bem os
argumentos que irão pôr suas ideias em prática, veja
como vai defender suas bandeiras, principalmente
as sociais, porque seu discurso nasce daí. A
participação da sua equipe de campanha neste
momento é de fundamental importância. A
construção conjunta de sua platafor ma de
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campanha dará legitimação aos seus colaboradores,
melhorando assim seu corpo de assessores.
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11) Começando a campanha
Campanha se começa em casa, na família. O
passo seguinte é criar a sua equipe número 1. Quem
estiver com você nas primeiras horas, sentará à mesa
em caso de vitória, por isso, escolha certo sua equipe
nº 1, pois provavelmente ela lhe acompanhará
durante toda a sua vida política. Nada impede depois
em ampliá-la, melhorá-la, mas no começo a equipe
número 1 é um “petit” comitê, preferencialmente
composta por voluntários com ideais e bandeiras
semelhantes às suas que lhe ajudar a pensar, e agir
quando dos primeiros passos. Você precisa se reunir
com esta equipe semanalmente, de preferência longe
dos demais membros da campanha, e procure ouvir
seu time, discuta com eles soluções e estratégias,
possíveis falhas e quando as estratégias chegarem aos
demais membros envolvidos, veja se todos as
compreendem e são capazes de realizá-las. Lembre-
se: sua equipe número 1 tem que ser uma engrenagem
de facilitação da campanha.
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12) Agenda
Ela organiza tudo, sem ela seria o caos. Deve
ser feita por uma só pessoa e de sua inteira
confiança. Depois de feita a agenda, siga-a, as ações
de campanha estão nela. Quem tem agenda muito
cheia ou muito vazia vai mal. É preciso dosar suas
ações, mas jamais fique parado sem nada a fazer:
quem acorda pela manhã e pensa “hoje não tenho
nenhum compromisso”, com certeza está
começando a perder a eleição
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oportunidades que lhe aparecem para falar ao povo
sobre suas ideias, o eleitor precisa ser convencido
de que você é o melhor. E por fim, é preciso que
aquilo que você fez ecoe na comunidade. Eco é feito
pelos cabos eleitorais, mas também pelas entrevistas,
pelos noticiários e pelos sites e redes sociais que
todo candidato tem que ter. Crie o seu site, ou o seu
blog, isto leva você além de si mesmo; em outras
palavras, jogue sua foto e suas ideias na mídia, na
web e o eco começará as ser feito. Nesta eleição, as
redes sociais poderão fazer a diferença, por isso
participe delas, contrate especialistas para saber o
que estão fazendo ou pensando, visite os sites de
outros candidatos, enfim, procure aprimorar este lado
“web” de sua campanha - falaremos sobre isso mais
à frente.
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pela campanha. Depois da TV, hoje é o elemento
mais dispendioso da campanha, e está provado que
quanto mais cabos eleitorais você tiver (inclua aí os
voluntários) maiores serão suas chances de vitória.
O cabo eleitoral não é mais o dono dos votos como
antes (aliás, se um cabo eleitoral disser a você que
tem 300 votos, saia fora dele, quem tem isso é
candidato e não cabo eleitoral).
Atualmente, o cabo eleitoral é um “promoter”
do candidato. Sua função é abrir portas, apresentar
pessoas, fazer rádio-peão. Por isso precisa ter bom
relacionamento no pedaço onde atua e precisa ser
treinado, precisa ter material constante e precisa
estar atento a tudo para ser um grande informante
do que acontece na sua região de atuação. O cabo
eleitoral precisa ter tarefas explícitas, e se der, metas
diárias. A coordenação da campanha deve se reunir
diariamente com ele.
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Na sua simplicidade, o que ele queria dizer
era que é preciso re-visitar seus eleitores. Não basta
apenas uma visita, uma promessa, é preciso que o
eleitor saiba que você pensa nele, tem interesse nele
e por isso, não visite apenas, re-visite para não perder
o que você já conseguiu. Não é fácil conseguir tempo
e atenção de seu eleitor, mas a persistência, a
paciência e visitá-los algumas vezes e não uma vez
só é que pode garantir o voto.
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c) Tenho pessoas de vários locais e bairros
atuando como cabos eleitorais?
d) E mulheres, minha equipe tem pessoas
do sexo feminino, há um discurso para
elas?
e) Como está o caixa de campanha, vou
conseguir manter um bom ritmo de
campanha?
f) Tenho material suficiente para atender as
necessidades de propagação de meu
nome?
g) Minha propaganda ficou boa, as pessoas
têm gostado, dá para mudar ou não
preciso?
h) E o meu visual, tenho bandeiras, faixas
de rua, elas estão dando certo?
i) As reuniões em casas de família estão
produzindo efeito, o que está errado e
precisa ser corrigido?
j) Tenho veículos suficientes para a minha
locomoção e a locomoção da equipe?
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k) Meu comitê está organizado, o
comando está dando conta do que
precisa ser feito?
l) Minha agenda está bem coordenada,
tenho eventos diários e os tenho
cumprido?
m) Tenho re-visitado meus eleitores para
não perder o vínculo?
n) Minhas mensagens, jingle, estão prontos
e rondando o tempo todo?
o) Meus carros de som estão circulando nos
locais corretos diariamente? O som é de
boa qualidade?
p) Como estão os layouts dos novos
materiais a serem feitos: folder, jornais?
q) Tenho faixas de residências sendo
colocadas em muitas casas?
r) Meu discurso tem sido aceito com
interesse, o que preciso mudar?
s) Meu site / blog tem tido acessos? Tenho
um esquema fluente de e-mails para falar
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com as pessoas? Como estão os
comentários sobre minha campanha nas
redes sociais?
t) Como estão os adesivos de carro, tenho
carros em boa quantidade com eles?
u) Minha contabilidade, como está, tenho
seguido as normas para aprovação de
minhas contas de campanha?
v) Estou preparando um esforço de
campanha para os últimos 15 dias, com
re-visitas, passeatas e novas ações para
conquistar mais votos?
x) Estou preparando a boca de urna e
mapeando os colégios e cabos eleitorais?
y) Vou fazer carreata separada ou participar
da carreata do partido? Se for no partido,
o que posso fazer para destacar minha
presença (carros diferentes, jingle,
pessoas, etc)?
w) O que mais devo pensar para fazer o que
devo corretamente na campanha?
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z) Já marquei data para a reunião final de
campanha para motivar a equipe toda para
a boca de urna?
z’) Como a imprensa especializada está
vendo minha campanha? Como posso
melhorar isso?
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fazer as mudanças que quiser num piscar de olhos.
Por isso, tenha cuidados especiais ao usá-las.
Ninguém gosta de ver o seu espaço invadido sem
permissão, e mais que isso, ninguém gosta de se
sentir enganado.
Mas, se você souber usar esta mídia e cair nas
graças do pessoal que lá está, tenha a certeza de
que terá eleitores fieis, com grande capacidade de
mobilização e que ajudarão em muito a sua
campanha. Por isso, atenção, faça o melhor e contrate
pessoas capazes que saibam trabalhar com esta
mídia nova e de grande importância na comunicação
globalizada.
Por fim, comunicar-se com o eleitor é
fundamental
A campanha toda será uma procura incessante
de comunicação com o eleitorado.
Há técnicas de comunicação que auxiliam
quando você for falar com seus eleitores. Quem se
comunicar melhor, com propaganda certa para
mostrar a si mesmo como alternativa viável, será o
escolhido.
A tarefa não é fácil, mas é gratificante, afinal
a disputa política sai da disputa em si e entra no
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terreno do pessoal, é você que está no jogo, um ser
humano que pode ser aprovado ou reprovado pela
comunidade. Quem quer uma disputa mais terrível?
Seja como for, não desista nunca, porque voto
é patrimônio, quanto mais se consegue, mais
importância se tem nos meios políticos. Lembre-se,
eleição é fila, e a fila anda. Fique colado nela.
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II - PARA QUANDO FOR FALAR EM
PÚBLICO
As pessoas têm
receio de falar em público,
e é até justificável, mas
depois de um certo tempo,
isso tem que acabar
porque um político que
não fala, que não conduz,
que não embala os ouvintes, terá dificuldades para
vencer na vida pública.
Assim, relaxe, cuide do tom de voz, tenha em
mente quase que decorado o texto escolhido e fale
com naturalidade.
As pessoas querem ouvir você, querem saber
sobre suas ideias, então dê o recado com confiança.
Ninguém gosta de discursos imensos. É
preferível um texto curto e direto. Dá a sensação de
que poderia ser dito mais coisas, mas você optou
por ser direto, isto é bom, a oratória moderna é
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dinâmica.
Ademais, existem questões que parecem
periféricas, mas não são, elas entram como
componentes na oratória. Vamos ver:
a) Aparência – todo mundo está olhando
para você e, antes mesmo de começar a
falar, o ouvinte faz uma imagem sua. Por
isso, cuidado ao se vestir. Nada de ser
espalhafatoso. O jeans é usado por ricos
e pobres e é um bom caminho. A cor
branca é sempre básica e todos aceitam
bem. Evite contrastes agressivos. Esteja
próximo da aparência do grupo que está
visitando para mostrar que você é “gente
do mesmo time”.
b) Movimentação em cena – ao falar, não
fique parado. Locomova-se devagar e olhe
para todos os lados da platéia. Nada de
ficar apertando as mãos no peito, pôr as
mãos na cintura, nos bolsos e nas costas,
ou desviar o olhar para um ponto fora do
local onde todos estão.
c) A mímica ajuda – fazer gestos corretos
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complementa sua oratória. A cabeça pode
confirmar ou negar conforme seu texto.
Use os braços para reforçar as frases ou
ideias que está expondo Além disso, o
olhar contribui para fixar alguns pontos,
use isso. Evite o gesto chulo.
d) A voz – a impostação já era, seja você
mesmo. A entonação (aumentar o tom em
algumas palavras) ajuda no andamento do
discurso. Treine isso.
e) O silêncio diz muito, não se esqueça, às
vezes deve-se calar para sugerir. Saber usar
o silêncio é uma arte, fazer pausas que
significam coisas, que criam suspense, é
ajudar sua oratória ser sempre melhor.
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Treine na frente do espelho para melhor ver
sua performance, é o que fazem os oradores, e não
só eles, os comunicadores de TV. Se puder, filme e
analise sua aparência e seu discurso junto de sua
equipe número 1 para corrigir os erros que está
cometendo. No livro, Marketing Político, fidelize seu
eleitor e vença sempre, há todo um capítulo sobre
oratória. Em caso de dúvida, consulte a obra.
O que falar? Se você estiver com dificuldades
em exercitar a oratória, observe atentamente um
bom orador e imite-o. Existe um tipo de texto curto,
geralmente laudatório que culmina sempre com uma
posição de quem está falando sobre o assunto. É
chamado de alocução.
Candidato quase sempre faz alocução e não
discursos, a não ser nos grandes comícios e apenas
o candidato majoritário. Vereadores falam pouco e
precisam ser diretos para serem entendidos e não
cansarem a platéia. O eleitor não aceita mais o blá-
blá-blá de antigamente e quer que o candidato vá
direto ao ponto, que diga o que pensa fazer pela
comunidade e pelas pessoas individualmente.
É difícil dizer isso, mas as alocuções são
geralmente superficiais, falam tudo sem se
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prenderem a nada especificamente. Contudo, elas
atingem a consciência do ouvinte-eleitor e atendem
ao que se propõem as campanhas políticas, isto é,
tratar dos temas de for ma genérica, sem
detalhamento, mas com endereço certo a cada
público.
Decorar algumas alocuções ajudará qualquer
candidato a se sair bem de enrascadas quando for
instigado a falar. Não devem ser a tônica da oratória
do candidato, que deve buscar conteúdo mais
aprimorado, mas elas ajudam em momentos de
emergência durante a campanha.
As alocuções a seguir estão prontas, você
pode usá-las do jeito que estão, embora possa
ocorrer que outro candidato também leia a obra e
diga o mesmo. Por isso, seria interessante dar alguns
toques pessoais à sua fala para ser diferente.
Entenda estes exemplos como modelos,
aprimore-os se quiser, mas mantenha a unidade e
concisão. Falta um final que depende de você.
Terminar com “pensem nisto”, “farei isso se for
eleito”, “confiem em mim e faremos isso juntos”,
ou outro final de seu agrado é importante, embora
alguns textos, ao final, já sejam conclusivos.
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Separamos as alocuções mais necessárias para cada
tipo de público a respeito do qual o candidato vai
precisar se referir em suas falas e reuniões.
Vale a pena reforçar: os textos a seguir não
devem engessar você, mas servem para “quebrar o
galho” em momentos em que não se sabe o que dizer.
São falas curtas para usos emergenciais. Por isso, o
livro foi feito para andar no bolso do candidato...
Para os jovens
Houve um tempo em que ser jovem era ficar na fila dos mais
velhos à espera de uma oportunidade. Este tempo acabou.
Hoje o jovem é dinâmico, competente, e, por seus próprios
méritos, abre as portas do futuro e transforma o amanhã em agora.
Ser jovem hoje é exatamente isso: antecipar, por esta razão é que o
mundo moderno é da juventude e graças a ela é que o progresso
começou a caminhar, não a 20, mas a 100km por hora..
Entendo que devemos cada vez mais ampliar os canais de
acessos e incentivar o jovem a ser o comandante de seu destino na
busca do sucesso. Por isso, quero democratizar as oportunidades,
dando aos jovens condições de crescimento para que eles possam
transformar a sociedade, tornado-a cada vez mais humana,
progressista e justa.
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Para os idosos
Não há maior injustiça do que se
esquecer de quem fez o progresso que temos hoje.
A terceira idade tem o mérito de ter trazido
até aqui tudo aquilo que foi construído dentro
da sociedade.
E mais: a experiência adquirida ao
longo dos anos não pode ser esquecida em nome
da renovação, porque a sabedoria vem com a
idade. Aqueles que sabem disso valorizam os
idosos, cuja tarefa social já foi cumprida e hoje merecem o descanso,
merecem as preferências, e sobretudo merecem ser ouvidos. Sou daqueles
que acreditam que a fórmula correta do progresso é a força da
juventude somada à experiência dos mais velhos. Assim, valorizar a
terceira idade com projetos sociais e de lazer, criar mecanismos para
facilitar a vida dos mais velhos com salários justos e espaços sociais
específicos de modo que eles possam interagir com a juventude é a
fórmula mais eficiente do progresso humano, saudável e justo.
Sobre a mulher
Não há desenvolvimento social e econômico sem a mulher.
Diferentemente de antes, a mulher hoje conquistou seu espaço e em
inúmeras tarefas superou o homem. Dotada de sensibilidade e capacidade
de realização, a mulher é a incansável trabalhadora que administra o
lar, educa os filhos e hoje começa a sair para o trabalho, ou quando
não, trabalha em casa para aumentar o orçamento familiar.
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O resultado disso é que a vida melhorou depois que a mulher
se tornou mais atuante. Hoje ela avança e começa a participar mais
intensamente da vida pública. Sua capacidade tem ajudado na escolha
de melhores representantes para as câmaras municipais e prefeituras,
por isso sua voz deve ser sempre ouvida.
É imperativo que cada dia mais sejam criadas opções de
trabalho para as mulheres, dotando-as de conhecimento para a vida
profissional, através de cursos de capacitação, porque com a
participação feminina, a sociedade pode avançar ainda mais na direção
do progresso.
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prática desportiva, não se importando com a faixa etária ou condição
social, porque o esporte é a mais democrática das opções de
desenvolvimento individual, pois prestigia a habilidade e o esforço de
cada um, igualando-os nas pistas e nos campos.
Incentivar o esporte, envolver o jovem, é meta prioritária de
qualquer administração municipal. Vamos fazer isso juntos.
Sobre a educação
Ao contrário da indústria cultural importada, que manipula
e condiciona as mentes dos jovens, a educação amplia os horizontes e
mostra o mundo como ele é. Mais que isso: o educador não só abre as
portas do discernimento como ajuda a decidir para a escolha correta
entre o certo e o errado.
Por isso, não há como separar a educação do desenvolvimento
e do futuro das pessoas. Somente com o saber é que o jovem estará
preparado para o amanhã, pois todos afirmam sabiamente que a
moeda do século XXI é o conhecimento e cabe à escola dar isso aos
seus alunos. Assim sendo, a função do professor assume uma nobreza
e importância sem par. São eles que alfabetizam, que abrem as
mentes, que estabelecem rumos saudáveis para o adequado
comportamento social.
Com a vida difícil de hoje, as famílias delegaram aos professores
muito do que os pais faziam antes. Por isso, o mestre deve ser visto
não com carinho, geralmente piegas, mas sobretudo como um agente
transformador da sociedade, que merece pagamento justo, dignidade,
condições de trabalho para transformar o mundo para melhor. Sem
ele, não há futuro.
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Contra a violência
Para tudo há
limites. A violência chegou
a índices que não podemos
mais tolerar. No fundo, nós
estamos presos e limitados, enquanto os bandidos nos aprisionam em
nossos próprios lares através do medo.
Se as autoridades não buscarem alternativas seguras para
dar ao cidadão a tranqüilidade que ele precisa, nossa sociedade pode
caminhar para o caos. A polícia e o judiciário precisam de mais
energia para fazer cumprir as penas contra os que infringem as leis,
e ambos, polícia e judiciário precisam ser incorruptíveis para poder
fazer prevalecer a justiça, a paz e a ordem. Assim, todos nós devemos
cobrar dos governantes ações efetivas de proteção à família, ao
trabalhador, de forma que possamos sair às ruas em segurança
para trazer para o nosso lar o sustento que precisamos. A segurança
é um direito que todos temos, resta apenas ao governo cumprir a sua
parte, para que possamos desempenhar a parte que nos cabe de
forma a construir um melhor futuro através do trabalho digno e
produtivo que conduz ao progresso.
Sobre o emprego
Nossa comunidade é competente – homens, mulheres, jovens
e idosos – o que precisam é de apenas uma oportunidade para
mostrar que podem crescer e isso vem com o trabalho. Não se
trata apenas de ganhar o pão de cada dia, mas ganhar dignidade
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para viver. Sem trabalho, o ser humano se vê à míngua, desesperado
e envergonhado perante à sociedade e à própria família. Por esta
razão, é que a tarefa fundamental do poder público é abrir postos
de trabalho, trazer indústrias, amparar o comércio e para aqueles
que não acham colocação, facilitar ações que lhes permitam conseguir
sustento para o seu lar. Isto se faz com cooperativas de mão de
obra, se faz com facilidades para o comércio autônomo, se faz com
cursos simples para funções importantes e complexas como eletricistas
instaladores, digitadores de computação, culinária para as mulheres,
cursos de cabeleireira, manicure entre outros. Quando o poder
público vira as costas para as necessidades de abertura de empregos
para seus munícipes, está abrindo a porta para a malandragem,
o crime, o negócio fácil tão nocivo aos cidadãos, principalmente os
jovens. Emprego, oportunidades de trabalho, eis a fórmula para
uma cidade mais humana, feliz, onde as pessoas, com dignidade,
podem viver melhor.
Sobre o lazer
Nem só de pão vive o homem. Além da palavra do
senhor, há a necessidade do lazer. Quem trabalha ou busca
emprego a semana toda; quem sofre as agruras da vida de hoje
em dia que não está fácil, haja vista o custo da mesa, o custo do
remédio, do transporte; para quem sua a camisa pelos seus
familiares, tem que existir algo mais do que a TV nos finais de
semana. O poder público pode e deve facilitar o lazer aos
moradores da sua cidade. As festas populares e religiosas, os
shows em espaços públicos, a criação de mais praças com parquinho
49
para as crianças, os passeios pela natureza são, sim senhor, de
obrigação do governo municipal e estadual. Mais que isso, a
paixão do brasileiro é o futebol. Valorizar os campeonatos
amadores da cidade, melhorando os campos para que as famílias
possam ir, esposas e filhos, e enxergar o morador da cidade
como mais do que um votante apenas, é ver nosso povo como
gente e não como máquina, como número de IPTU. Todos
merecem o lazer e o poder público não pode se furtar a isso.
Sobre voluntariado
O governo não pode fazer tudo, e às vezes nem competência
possui para isso. A sociedade, então, cansada de ver as coisas por
serem feitas, colocou a mão na massa. Hoje, ser voluntário e atuar
na comunidade não é apenas importante para a sociedade, é uma
questão de realização pessoal. Dar de si para os necessitados, ajudar
os que precisam mais do que você, é atender ao apelo divino de
propagar a felicidade nesta vida. Mais ainda: é mostrar a todos
aqueles que não se importam com o próximo que existe a fraternidade
e ela veio para ficar desta vez. Estender a mão às vezes é mais do
que curar uma ferida e todos aqueles que fazem isso em prol dos
miseráveis e desvalidos, melhoram a comunidade onde vivem e,
principalmente, tornam viva entre nós a palavra do criador. Ser
voluntário é ampliar o senso de irmandade que todos temos dentro
de nós. Basta olhar para trás para se ver que há os que precisam de
nossa mão amiga, de nossa palavra de consolo de nosso amparo. Aos
que fazem isso, o meu obrigado e parabéns pela sua coragem e
desprendimento.
50
Sobre os deficientes
A vida está difícil para nós? Todos
concordamos que sim. Se nós que somos
perfeitos, sentimos o peso da vida, imagine
aqueles que possuem uma deficiência. Para
eles, o fardo é maior, é custoso, é suado, mas
mesmo assim, eles não desistem e provam
com sua dignidade e esforço que o que
precisam é apenas uma oportunidade de
mostrar que são capazes, igualmente a nós.
Por isso, abrir vagas para deficientes nas empresas como manda a
lei, é importantíssimo e cabe ao poder público fiscalizar se isto está
sendo feito. Melhorar as vias de acesso para que os deficientes possam
transitar com segurança, é obrigação do poder público e precisamos
cobrar para que isso também aconteça. Ter transporte coletivo apto
a acolher os que têm deficiência física é mais do que uma lei, é
humanitário. Criar uma legislação que possibilite aos cegos, aos surdos,
aos cadeirantes terem acesso a tudo o que a vida pode lhes dar é
missão dos homens públicos e aqueles que não o fizerem, não apenas
estão sendo maus políticos, estão sendo maus cidadãos, egoístas e
sobretudo insensíveis a quem precisa de apenas uma oportunidade
para mostrar que é igual a todos nós.
51
cereais também, na seqüência natural da vida Enfim, tudo aquilo que
depende da natureza, ela cumpre, e o faz bem. Mas e o que depende de
nós? Cuidamos dos rios, da terra, do ar, das matas ciliares? Se não
mantivermos a harmonia, o planeta um dia irá acabar por falta daquilo
que ele nos deu e que nós destruímos. Por isso, a ecologia é importante,
por isso poluir, mais do que uma violação da lei, é construir um futuro
pior para todos nós, nossos filhos e netos. Quando falamos que a
humanidade irá pagar, falamos que nossos filhos, nossos netos assumirão
a dívida que estamos fazendo. Quando destruímos a natureza, estamos
destruindo as oportunidades de vida futura para nossa família. Por isso,
seja ecologicamente correto – reutilize, reduza, recicle. Não polua, preserve
a natureza, plante uma árvore, não estrague as águas porque a harmonia
da vida depende de que estas ações sejam feitas agora, porque o amanhã
de todos nós será o resultado das boas os más ações que praticamos hoje.
52
além de ir buscar empresas de fora e facilitar para que elas gerem
trabalho digno e riqueza. Na guerra fiscal, é preciso oferecer vantagens
para atrair mais investidores, enfim, a tarefa é exclusivamente do poder
público e não dos cidadãos. Quem dorme em berço esplêndido, perde as
oportunidades de sucesso que a vida oferece. Desenvolvimento econômico,
empreendedorismo, palavras mágicas, capazes de tornar a cidade mais
próspera e a sua gente mais rica e feliz. Vamos acordar o poder municipal
e fazê-lo trabalhar pelo progresso de todos nós.
53
Sobre saúde
Sem saúde nenhum ser
humano pode se capacitar para a
conquista de um futuro melhor. Os que
podem, pagam planos de saúde, os que
não podem, precisam do serviço público
– o nosso SUS.
Nesta hora, quando o cidadão está doente e que mais precisa
de atenção e carinho, os postos de atendimento não podem ser insensíveis
a isso e lhes fechar as portas. Os atendentes precisam ser mais humanos,
os médicos precisam chegar na hora e cuidar com carinho daqueles que
estão fragilizados pela doença. É neste momento que a mão do
administrador público tem que se fazer sentir. Humanizar os postos
de saúde, dar remédios gratuitamente de verdade, sem falta constante
dos mais caros no estoque, e oferecer tratamento digno e carinhoso aos
doentes é o que devemos exigir dos governantes. É o dinheiro público
quem paga as contas e este mesmo público precisa receber o que procura.
Saúde é um direito constitucional, por isso é preciso fazer valer este
direito, dando ao cidadão o atendimento e a cura que precisa, para
que, ele estando sadio, possa enfrentar o dia-a-dia, e com forças, trabalhar
para seu bem e de sua família. Chega de falar em crise na saúde, chega
de ver pessoas morrendo nas filas de atendimento, chega de esperas
longas para internações e exames. O administrador público, a prefeitura,
precisam assumir esta responsabilidade que é dela, precisa ser mais
criativa e atender a nossa gente. Qualquer outra coisa que fale palavras
suaves para pedir paciência que a solução virá, é mentira, porque a
doença não espera. Por isso, é tempo de agir e cuidar da saúde de nossa
gente.
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Sobre corrupção
Não dá mais! Chegamos ao limite da paciência: ou acabamos
com a corrupção, ou a corrupção acaba com a gente. O corrupto é um
ladrão altamente nocivo porque ele não rouba somente o dinheiro,
rouba a saúde, o emprego, a educação, a segurança pública, a casa
própria, enfim, ele rouba a vida das pessoas. Aquilo pelo qual pagamos
ao governo para que este nos devolva com benefícios é a razão de ser
do estado. Por isso, é preciso mobilização para que os corruptos sejam
julgados rapidamente, para que as leis sejam mais rígidas e que eles
paguem pelo mal que nos fazem. A sociedade tem um dever com os
cidadãos que é não permitir que uns poucos pilantras fiquem com
aquilo que é de todos nós. Por isso, escolham certo seus representantes,
coloquem no poder pessoas que têm história de vida confiável. Fazer
isso hoje é cuidar de um melhor amanhã para todos nós.
Sobre habitação
O sonho do brasileiro é a
casa própria. Não se trata apenas
de um bem, ela é o porto seguro,
seu castelo, onde a família se
abriga e se protege das dificuldades
da vida. Ter onde morar é saber
que temos um porto seguro que nos
ampara ao final de um dia de
trabalho. Mais que isso: um chefe de família precisa ter o orgulho de
ter construído seu lar, sua casa. A casa própria é o marco de vitória
de todos aqueles que lutaram pelo pão de cada dia. Por isso, é que os
55
programas habitacionais precisam sair do papel e mais, oferecermos
oportunidade a todos para que tenham o seu próprio lar. O programa
Minha Casa, Minha Vida tem procurado proporcionar a casa
própria, ou um apartamento, a um número imenso de famílias. Mas
para isso, o governo federal precisa do apoio do poder público municipal,
através da doação do terreno para a construção dos imóveis, além da
infraestrutura e o planejamento urbano. Somente assim teremos condições
de oferecer ao povo moradias com prestações que o povo pode pagar. É
tempo de criarmos mecanismos capazes de possibilitar casas mais baratas
com prestações que cabem no bolso dos que mais precisam. A casa
própria é um direito do cidadão que trabalha; ter moradia é ter
orgulho de sua função social, é a prova de que se venceu na vida.
56
momento de eleição devemos pensar principalmente nisso. Precisamos acertar
na escolha para que os próximos quatro anos não sejam perdidos. É tempo
de aprimorar a reflexão para separar o joio do trigo; é tempo de analisar
as opções que temos frente a nossos olhos; é tempo de avaliarmos o futuro
que queremos. Tenho a certeza interior de que iremos acertar porque somos
pessoas do bem e buscamos o mesmo destino feliz e próspero capaz de dar a
nossa gente a felicidade que ela almeja, e aí sim, mais orgulhosos ainda de
nossa cidade, poderemos gritar a plenos pulmões que temos orgulho em ser
daqui.
b) Semana da Pátria
Se hoje, neste sete de setembro, comemoramos o grito do
Ipiranga dado por D. Pedro, mais ainda devemos comemorar a
trajetória de vida feita pelo nosso povo daquela data até aqui porque
a independência somos nós. Nenhum país se faz independente com um
grito num tempo qualquer do passado, ao contrário, é a vontade do
trabalho, a produção, as alegrias e as tristezas de um povo que fazem
sua independência. Por isso, neste sete de
setembro, temos que fazer um voto de união e
fidelidade aos destinos de nossa pátria. Só com
o trabalho digno para todos, o fim da miséria,
saúde e qualidade de vida, educação e abertura
de oportunidades de sucesso, casa própria,
segurança e perspectiva de futuro, só assim é
que um povo será independente de verdade. Isto
requer suor de nossa parte, esforço dos
59
governantes, sensibilidade para tratar do dinheiro público e assim,
com justiça, distribuir o bem comum. Um Brasil independente ainda
está por vir, por isso estejamos preparados, vamos cumprindo a nossa
parte, vamos juntos nesta caminhada de desenvolvimento rumo a um
amanhã melhor, mais justo e verdadeiramente independente.
c) Formaturas em geral
Finda o ano escolar e com ele mais uma etapa de vossas vidas.
O diploma que ora recebem é o marco final de um longo caminho
percorrido. Mas é mais que isso: é a chave para o futuro que se
descortina frente a vossos olhos. Com esta chave, as portas do sucesso
irão se abrir a todos aqueles que, com dedicação, ética, enfrentarem
sem medo o amanhã. A vida e o futuro lhes pertencem e agora, mais
aptos e preparados, vencerão. Formandos, nossa cidade, nosso estado,
nosso país, esperam por vocês. Nossa sociedade quer vê-los triunfar.
Precisamos de profissionais capazes, profissionais honrados e honestos
que possam com o seu saber tornar melhor a vida das pessoas, que com
sua capacidade possam fazer render mais a terra, produzir mais a
indústria, comercializar com mais eficiência os produtos, profissionais
que possam prestar seus serviços de maneira honesta e eficiente. Ide
pois, desempenhar sua funções, com respeito e capacidade para fazer
desta terra um lugar mais digno e desta gente um povo mais feliz.
61
f) Tenha uma atitude otimista para o futuro
e se mostre capaz de fazer a mudança para
melhor.
62
IV - PARA QUANDO DER ENTREVISTAS
Nas entrevistas
estão as chances de
exposição na mídia.
Elas são importantes
demais para fazê-las
de qualquer jeito,
portanto, prepare-se
bem. O repórter quer
sempre uma história,
um fato, uma
explicação, uma polêmica. Ele vive da notícia. Por
isso, a novidade é sempre importante e o jornal, o
rádio, a TV que conseguir dar ao público esta
novidade em primeira mão,tem vantagens sobre as
demais mídias.
Numa entrevista qualquer, é importante:
a) Não mentir, não exagerar, não pressionar
o repórter
63
b) Achar um gancho para ser notícia
c) Ter dados e fotos à mão para comprovar
sua fala
d) Despertar confiabilidade
e) Procurar ser simpático, sem ser puxa-saco.
64
V - ALGUMAS DICAS DE CAMPANHA
PARA O DIA-A-DIA
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b) Não ligar demais para os boatos ou a
ciumeira
Boato e ciumeira são coisas que existem em
demasia nos comitês e entre as pessoas da campanha.
Eles merecem atenção, mas se o candidato se envolver
nisso, está perdido. Tente evitá-los e, se acontecer,
procure esclarecer o boato e deixar claro à equipe que
todos são peças fundamentais para a vitória e que uma
equipe só terá sucesso quando trabalhar e sonhar em
harmonia.
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apenas conhecida, por isso não fique imaginando
que, porque você é famoso, os votos serão seus.
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g) Apesar de precisar de um pequeno
grupo para decisões, cuidado para não criar o
“clube do bolinha”
Sua equipe número 1 não precisa ser grande,
mas não fique confinado. Se os demais membros do
grupo não se sentirem enturmados, o candidato
poderá perder a eficiência do pessoal. Todos
precisam ter a sensação de que fazem parte do
“grande time”, ninguém quer ficar no banco...
68
j) Escolha bem o motorista de campanha
Além de precisar
ser bom de volante, ele
tem que ser de absoluta
confiança do candidato, e
mais, não pode ser
dispensado no meio da
campanha.
Motorista ouve tudo, sabe de tudo e se “der
com a língua nos dentes”, pode complicar, afinal
muito da campanha se decide no carro.
k) Cuide da saúde
Tome um polivitamínico, evite excessos
gastronômicos e de álcool, e não fique doente. Sair
da campanha por doença, nem que seja por alguns
dias, pode ser irrecuperável. Isto sem contar os
boatos que podem advir de qualquer resfriado...
69
m) Cuidado com o “porra-louca”
Ele cria confusão, principalmente se “ama” o
candidato. Ele pode dar um soco em alguém e dizer
que o candidato é quem mandou, ou perder o
controle numa discussão simples em que o nome
do seu candidato foi dito de maneira desrespeitosa,
e, de uma hora para outra, os jornais estampam que
um cabo eleitoral do candidato é violento, e isso é
duro de tirar de cena.
70
p) Observe a regra do Duda Mendonça
O Duda, em seu livro, deixa claro que ele
sempre pensa assim: numa campanha, 30% é do meu
candidato; 30% está com o adversário mais forte; e
40% é preciso buscar fora. Só que, a primeira ação
é com seus 30% (motivar, instrumentalizar, etc)
caso contrário, ao buscar os 40% perde-se os 30%
que já se tem. Em outras palavras: é preciso cuidar
da boiada.
q) Re-visitar é mister
Não basta uma visita para se ter certeza do
voto, é preciso re-visitar, ou pelo menos o cabo
eleitoral ir na casa das pessoas mais importantes,
mostrando que o candidato não se esqueceu dele.
Eleitor – como consumidor – quer atenção, e mais
ainda, é volúvel, qualquer coisinha e lá se foi aquilo
que se conquistou. Mesmo se o candidato não puder
ir, o cabo eleitoral da região deve re-visitar os
eleitores “em nome do candidato”, isto confere
importância a quem é visitado.
71
r) Binômios equivocados na campanha
Muita opulência / muita pobreza; muita
razão/ muita emoção; muito homem / muita
mulher; autoridade / autoritarismo. Não se esqueça,
nem 8 nem 80.
72
Ter credibilidade, passar isso ao povo, da mesma
forma a competência, a humildade é ter um perfil
altamente aceitável.
73
w) Não seja mal-humorado
O povo já está cheio de gente baixo astral,
imagine se o candidato for desse tipo também, por
isso o otimismo em dias melhores, no futuro, é a
melhor postura. Além disso, seja paciencioso, o
eleitor quer ser ouvido, quer que suas ideias cheguem
até o candidato, quer que o candidato goste de sua
sugestão. Não se irrite e ouça o eleitorado.
74
VI - PARA QUANDO FOR SAIR
EM PASSEATA
75
f) Quais são as maiores dificuldades do
bairro que eu preciso saber?
g) Quais são minhas plataformas de
campanha para a população daquele lugar?
h) Quem são os meus concorrentes diretos
no local?
i) Com que roupa devo ir?
76
f) Tenho bastante pessoal de rua para
animação em frente ao palco?
g) Minha equipe de segurança está
completa?
h) Já estudei os temas que são de relevância
para o povo do local e preparei meu
discurso?
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VII - PARA QUANDO AS COISAS
PARECEM NÃO ESTAR DANDO CERTO
79
Tema: Avaliação Prévia do Candidato e da Equipe
18) Qual o tempo que vou dedicar à campanha?
19) Quais as qualidades que possuo e que serão boas
na campanha?
20) Quais os meus maiores defeitos?
21) Como corrigi-los?
22) Quem pode me auxiliar na correção dos meus
defeitos?
23) As qualidades das pessoas da equipe estão sendo
bem direcionadas?
80
Tema: Desenvolvimento da Campanha
27) Todos os recursos e elementos necessários para
desenvolver a campanha foram obtidos?
28) Todas as ações previstas no cronograma estão
sendo desenvolvidas?
81
Responda para si mesmo as questões e você
descobrirá onde as falhas estão acontecendo.
Mas é fundamental que a sua equipe número
1 ajude na análise das respostas. As pessoas
costumam ser “bondosas” demais consigo mesmas
e deixam passar defeitos que podem estar
prejudicando sua ação na campanha.
Ou então, acabam sendo “severas” demais e
distorcem a verdade dos fatos.
Lembre-se: o questionário é um elemento
balizador de correção de rumos e tem que produzir
um resultado prático, isto é, promover novas ações
para otimizar os resultados a serem alcançados.
82
VIII - PARA QUANDO FOR TIRAR FOTOS
Nas fotos de
estúdio, busque a sua
melhor aparência e tome
cuidado com:
a) Barba feita
b) Cabelo penteado
c) Sorria moderadamente (gargalhar não é
fotogênico)
d) Leve várias camisas de cores diferentes
e) Tire fotos com grava e sem ela
f) Busque sempre um fundo que contraste
com a camisa
g) Nunca fique de frente como foto de
documento público.
83
Alguns candidatos dão pouca importância à
foto de campanha, isto é um erro., Procure um
estúdio sério e, se der, uma produtora, eles têm mais
experiência e serão os seus melhores conselheiros.
Por outro lado, as fotos na rua são instantâneos
do candidato com o público, por isso a pose não é
requerida. Além do mais, o fundo deve ter
significado, isto é, tem que estar alinhado com a
cena.
a) Pessoas em volta sempre ajudam a foto
ser mais densa.
b) Apesar da demagogia, crianças no colo,
estar junto de idosos, estudantes, ou em
campo de futebol sempre dão boas
imagens.
c) Esteja sempre em atividade, andando,
falando, isto dá dinamismo na foto.
d) Tire fotos em locais que a maioria da
população conhece – marcos públicos,
catedral, edifícios históricos, enfim,
mostre que o fundo é da cidade.
84
Importante: a equipe nunca deve sair sem
máquina fotográfica. As oportunidades aparecem
quando menos se espera e um instantâneo, às vezes,
vale mais que mil palavras.
85
IX - PARA QUANDO FOR PARTICIPAR
DE UM DEBATE
Geralmente,
debates acontecem
nas cidades com
grande número de
eleitores. Cidades
pequenas não
adotam esta prática, mas sempre é possível acontecer.
Nesta hora, leve em consideração algumas
dicas que são fundamentais:
1) Ganha o debate não aquele que é o
melhor em ideias, mas aquele em quem o
povo acreditou mais. Isto é, o debate não
é uma disputa, é um show.
2) Assim sendo, é importante a roupa
alinhada, a gravata combinando,
aparência, enfim, fique o mais elegante
possível.
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3) Depois, a forma de falar. Se o candidato
demonstrar segurança no que diz, se tiver
números para provar seus argumentos e
buscar a emoção, é melhor. Não adianta
falar que a habitação será desenvolvida
na cidade, é preciso dizer que “todo cidadão
tem direito a um lar, um teto, um cantinho seu
porque assim a família estará protegida”. Isto
emociona mais e a emoção vale muito
4) O que o candidato vai fazer no seu
governo deve ter sempre o povo como
beneficiário maior. Falar em orçamento
da prefeitura, ajustar os cofres públicos é
besteira, porque isto não interessa ao
contribuinte que paga os impostos e quer
o retorno de seu dinheiro. Por isso, é
preciso falar que o adversário gastou mal,
comparar gastos, coisas do tipo: “com o
que se gastou naquela meia-ponte que tem
artesanato dava para construir uma escola, ou
não sei quantas casas populares”, é melhor
do que apenas falar das cifras.
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5) Todo debate tem regras. Estude-as.
Geralmente na primeira pergunta cada um
fala de si e o que pretende. Neste
momento, é preciso ter segurança e
apelar para os valores que a
comunidade defende. No legislativo, é
importante chamar pelo bairrismo da
cidade, do bairro ter seu representante,
fixar que a região precisa ser bem
representada para proporcionar mais
empregos, segurança e assistência social.
É importante dizer que o debate deve
ficar restrito aos projetos de governo,
deixando de lado as ofensas pessoais.
6) Depois os jornalistas perguntam. As
respostas devem ser sempre objetivas e
colocando o povo em primeiro lugar. Não
se esqueça de ver com sua equipe, ou em
pesquisas, quais são os problemas da
cidade, ou região, e discuta possíveis
respostas. Se conseguir frases de efeito
nessa hora, possivelmente elas serão
notícias.
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7) A seguir, um faz pergunta para o outro.
NUNCA PERGUNTE a seu adversário
mais direto o que ele vai fazer pela
educação, saúde ou qualquer coisa que
seja, porque aí você está dando palanque
para ele. Estas questões devem ser feitas
aos candidatos menos perigosos, porque
na réplica você pode dar as ideias que tem
sobre o tema perguntado.
8) Para inimigos diretos, as questões devem
sempre ser aquelas que possam mostrar
o desconhecimento ou fragilidade do
adversário. Por exemplo, se o candidato
for apoiado pelo prefeito e existe uma
guarda municipal na cidade que faz
muitas multas, pergunte a ele quanto estas
multas estão rendendo e o que é feito com
o dinheiro arrecadado. Se for muita grana,
é ruim porque tirou do povo, se for pouca
grana, para que, então, multar. E na
réplica, dizer que é contra isso porque o
desenvolvimento da cidade não deve ser
feito com o sacrifício da população, etc.
Se o candidato disser que vai acabar com
89
isso, você na réplica deve perguntar se ele,
então, acha que o prefeito, que o apóia,
está errado.
9) Se o adversário não for candidato do
prefeito, ou se for o próprio prefeito em
reeleição, perguntar sempre o que ele já
fez pela cidade, ou o que falta. O que ele
fez é sempre pouco e se não ele não fez
por que votar nele? Ou se falta, por que
não foi feito, então.
10) Outra coisa importante: se um candidato
adversário está falando mal do outro, é
interessante fazer com que eles discutam
no debate. Por exemplo, perguntar o que
existe de verdade na afirmação do
candidato A na entrevista que ele deu
sobre o candidato B. Neste caso, quem
pergunta nem réplica faz, deixa os dois
“quebrarem o pau” e fique fora.
11) O debate deve ser sempre bem
preparado. O candidato deve levar e
colocar à sua frente os dados que possui
sobre o que pretende fazer pela
90
comunidade. Quando o adversário estiver
fazendo a pergunta para você, ao perceber
o tema, abaixe os olhos para ler dados,
etc, já que as atenções estão em quem
faz as perguntas. Seja sempre natural ao
responder e pareça ser o senhor da
situação já que você está preparado, para
isso Um debate sem preparação é
suicídio.
12) Responda sempre aquilo que gostaria
que lhe tivessem perguntado e não
propriamente o que perguntaram.
Responda o que gosta de responder, ligue
os assuntos para fazer isso ser possível.
Se sua bandeira é segurança, falar sempre
de que vale a casa própria, escola, centro
de saúde, etc, se o munícipe perde a vida
por falta de polícia nas ruas, etc.
13) Finalizando: se puder fazer algum
acordo antes do debate com outro
candidato, cujo inimigo é comum, melhor.
Neste caso, combine como embaraçar seu
oponente mais sério. Aliás, as perguntas
91
embaraçosas, as acusações devem ser
feitas por outra pessoa e não você. Na
hora H, deixe a briga para eles.
Em tempo: ao
“enfrentar” uma
platéia, em discursos
ou debates, é
fundamental
observar que ela é
sempre diferente, e
poderá ser favorável
ou hostil ao orador.
Assim, apresentamos os tipos mais comuns
de plateias e o comportamento adequado que o
orador deve ter em cada um dos tipos de público.
• Tipo e plateia: amamos você
(amigável, cordata)
Seu comportamento: caloroso, aberto,
sorridente, generoso
Características da sua fala: Humor,
exemplos pessoais, liberdade
92
• Tipo de plateia: somos imparciais
(analítica, objetiva, imparcial)
Seu comportamento: controlado,
austero, confiante, gestos comedidos
Características da sua fala: fatos reais,
estatísticas, sem humor e piadinhas
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X - VOCÊ JÁ É UM VENCEDOR
95
profissionais, isto é, estão trocando as suas
profissões (ou parte delas) pelo mandato
profissionalizado. Por isso, você precisa cuidar da
política com muito carinho. Não é uma questão de
representatividade popular apenas, é um projeto de
vida, uma vez que aqueles que entram geralmente
não saem por vontade própria, só quando perdem a
eleição seguinte. E mais, mesmo após perderem, se
preparam para voltar porque ser político é bom,
confere poder, abre portas, dá a chance de realizar
coisas para o povo e isto é gratificante.
Por isso, mantenha uma postura inatacável,
faça muitos votos porque, mesmo se não der para
ser desta vez, você estará na fila e será sempre um
vencedor.
96
ANOTAÇÕES
Nem tudo está aqui, por isso, anote o que você
percebeu nas suas andanças de campanha e vá
fazendo sua própria maneira de encarar situações
dentro do processo eleitoral.
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98
BIBLIOGRAFIA
99
impresso por:
100