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02 A natureza humana
PÁG. 08
08 Empatia
PÁG. 52
03 Relacionamentos Sustentáveis
PÁG. 16
09 Níveis de escuta
PÁG. 56
10 Diálogos transformadores
PÁG. 60
05 A violência do silêncio
PÁG. 30
A fórmula da CNV -
16 Aprenda a fazer pedidos
11 Bloqueio da empatia
PÁG. 70
PÁG. 108
17 Autoconexão
PÁG. 124
12 Autenticidade
PÁG. 74
Transformando o mundo
18 PÁG. 130
13 Os 4 passos da CNV
PÁG. 80
Sentimentos
19 Livros
PÁG. 134
14 PÁG. 88
15 Necessidades humanas
PÁG. 100
Convidada:
O conflito sempre vai existir.
Mais do que isso: ele é essencial
Juliana Calderón Carolina Nalon
para nosso desenvolvimento e
para a evolução da sociedade.
É ele que nos movimenta,
nos faz buscar por novas
soluções e desperta diferentes
mentalidades que precisam ser
acordadas.
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Para melhores diálogos e relacionamentos
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Para melhores diálogos e relacionamentos
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Sabe por que você não lembra muito bem? Porque essa aula
nunca aconteceu. Na maioria das escolas por aí, ninguém
aprende nada sobre relacionamento e comunicação
interpessoal.
Passamos anos decorando a fórmula de Bhaskara,
desenhando o caminho do alimento até o intestino e
entendendo o relevo do Brasil. Tudo isso para sair da
escola, arrumar um emprego e ser demitido por não saber
trabalhar em equipe ou colaborar dentro de projetos.
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Dificilmente a gente percebe quando nossa comunicação nos comunicando por meio de um formato de violência.
está sendo violenta, porque não entendemos o que é E isso nos distancia cada vez mais das pessoas sem que a
realmente ser violento. Quando procuramos por um gente se dê conta.
culpado, julgamos ou comparamos, também estamos
Para além das ideias de certo e
errado, existe um caminho.
Eu me encontrarei com você lá.
Rumi
Precisamos de uma
comunicação que não nos
afaste da compaixão, mas sim
que nos aproxime dela. Pois é
a compaixão que nos ajudará
a cultivar relacionamentos
sustentáveis.
Para nossa sorte, essa
comunicação aí já existe, e
o nome é Comunicação Não
Violenta. Corre para o próximo
capítulo que a gente vai te
contar mais sobre ela!
A língua do coração
A Comunicação Não Violenta (ou CNV, como chamaremos
ao longo deste ebook) nasceu com base em uma pesquisa
contínua desenvolvida pelo psicólogo e mediador de
conflitos, Marshall B. Rosenberg, após entender que a
chave dos conflitos entre as pessoas era a linguagem.
Marshall Rosenberg
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Por meio da CNV, podemos despertar sentimentos e
reações diferentes daquelas que foram automatizadas em
nós pela violência do mundo. Dessa forma, conseguimos
resultados transformadores.
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http://dsco.la/intro-marshall
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AS palavras podem ser mais violentas do que bombas
Quando tudo o que precisamos é de uma resposta, o
silêncio pode se tornar a violência mais cruel. Você já deve
ter sentido como se o silêncio de alguém fosse uma facada
no seu estômago.
Mas, se é possível se sentir tão violentado pelo silêncio,
afinal, o que é violência? E o que queremos dizer quando
falamos de uma comunicação “não violenta”?
A violência não se limita a uma agressão física, um
xingamento ou um levantar da voz. É possível ser violento
falando baixinho e devagar. E é possível ser violento sem
falar uma palavra sequer.
A violência está no julgamento
e no sentimento de dívida.
Onde não há lugar para que a nossa compaixão se
manifeste naturalmente, há violência. Por isso, quando
alguém não permite que a gente doe amor, preocupação
ou dedicação por nosso próprio prazer e iniciativa, nos
sentimos violentados.
É como se tivéssemos algum tipo de dívida com
aquela pessoa. E este sentimento de dívida é uma
espécie de ofensa à nossa capacidade humana de doar
voluntariamente.
Sempre que sustentamos essa postura, reafirmando-a
através da nossa comunicação, ferimos as pessoas e a nós
mesmos.
A linguagem utilizada em um diálogo pode fazer com
que as pessoas se sintam atacadas. Nem todos tomamos
consciência disso, mas nossas necessidades são agredidas
a todo momento por nossas habilidades falhas de
comunicação.
Você já se perguntou o quanto você gosta de ser violento?
Já parou para pensar no que você ganha com isso?
Quando as pessoas sentem que elas têm a obrigação de
demonstrar preocupação, dedicação, apoio ou amor, elas
o fazem. Mas nem sempre você está recebendo tudo o que
acha que está, seja no formato de um gesto, uma palavra
ou outra expressão humana.
Nossa comunicação
tem devastado nossos
relacionamentos.
Se nossas palavras continuarem provocando
destruição ao invés de transformação,
chegaremos a um ponto em que não teremos mais
o que reconstruir. Por isso, essa é a hora certa de
agir.
A Comunicação Não Violenta é isto: reconstrução.
Ela está aqui como sua ferramenta pessoal de
transformação e, também, autoconhecimento.
É indispensável que comecemos todos a refletir
sobre a maneira como estamos utilizando a
comunicação dentro das relações que permeiam
nossas vidas.
Suas palavras estão agindo como lápis ou como armas?
Uma única expressão se comunica não apenas com
os ouvidos, a mente e o corpo de uma pessoa, mas
também com seu coração. Só que para se comunicar
com compaixão, antes é preciso aprender a dar e
receber com o coração.
Entre a culpa e compaixão: quem ganha?
Você se lembra da última vez que alguém fez uma
crítica sobre você? Provavelmente não faz muito tempo.
Independentemente de quem tenha vindo essa crítica - seu
chefe, amigo, pai, filha, namorado etc. -, você deve ter se
sentido péssimo. E talvez não tenha reagido da maneira
que gostaria.
Essa sensação terrível que temos quando percebemos um
erro está diretamente relacionada à nossa necessidade de
aceitação e compreensão.
Em contrapartida, nossa crença está enraizada no
dualismo: certo e errado, culpado e inocente, punição
e recompensa. A forma como enxergamos o mundo e
como nos comunicamos com as pessoas é extremamente
influenciada por esta ideia dual.
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Marshall Rosenberg
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A complexidade das relações no ambiente profissional
Depois de estudar cenários de conflito dentro de diferentes
ambientes - familiar, profissional e até em áreas de guerra
-, Marshall Rosenberg deu um depoimento polêmico e
muito significativo, afirmando que o ambiente corporativo
é o mais violento em que ele já esteve.
Pois é, mesmo depois de conhecer vítimas de guerra, a
violência mais absurda que Marshall já presenciou foi
dentro de um escritório. Já pensou que loucura é isso?
Se pararmos para pensar bem, ele não poderia estar
mais certo. Embora enfrentemos diversos conflitos em
nossa vida, o ambiente no qual estamos mais propensos
a encontrar desafios de comunicação interpessoal é,
certamente, o profissional.
Por muito tempo, escutamos que lugar de trabalho não é
lugar para nossas emoções. Desenvolvemos nosso pensar
e nosso agir, mas renunciamos o nosso sentir. E, com isso,
nos afastamos de nossas necessidades mais importantes
quando estamos diretamente focados na vida profissional.
É como se nossas necessidades deixassem de existir
quando entrássemos no ambiente de trabalho. E isso é
inegavelmente insustentável.
Além de prejudicar a saúde emocional, o desempenho e a
produtividade dos colaboradores de qualquer empresa, isso
também afasta as pessoas e gera conflitos desnecessários.
Quando estes conflitos acontecem, três questões precisam
ser respondidas:
Problema Complicado
Problema complexo X
O problema complicado é aquele que é operacional,
sistemático. Pode ser um engarrafamento no trânsito, uma
falta de luz, um erro na entrega de um produto etc.
Já o problema complexo, é qualquer problema que
envolve vidas e vontades independentes. Ele é mais do
que sistemático: ele é sistêmico. E seu sistema engloba as
ligações humanas e emocionais dentro de uma estrutura.
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Gestor e colaborador
É importante que a gestão de uma empresa seja
feita levando em consideração as necessidades
individuais de seu gestor em equilíbrio com as
necessidades de seus colaboradores como pessoas
e profissionais.
Muitas diferenças surgem no caminho, mas
numa comunicação que se baseia na clareza e
transparência (não apenas de opiniões, mas de
sentimentos também), os conflitos tornam-se bem
menos ameaçadores.
Se você é gestor, pode utilizar a CNV para
expressar seus sentimentos aos seus
colaboradores e, é claro, principalmente, para
escutá-los. Uma gestão verdadeiramente eficaz
está sempre atenta às necessidades daqueles
que fazem parte do propósito e dos resultados da
empresa.
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Colaborador e colaborador
Em meio a tanta diversidade de opiniões e
interesses, a CNV tem tudo para se tornar uma
metodologia ainda mais poderosa, já que ela
pode manter a ordem e o alinhamento entre os
colaboradores de uma empresa.
Todos possuímos responsabilidades, pesos,
urgências e necessidades diferentes que podem
entrar no caminho de nossas relações dentro
do trabalho. Como comunicar aquilo de que
precisamos sem ferir o outro, de forma que ele
compreenda e possa, de fato, colaborar com uma
solução?
A CNV é muito utilizada para aproximar ou
então restaurar a relação entre colaboradores.
A comunicação consciente entre as partes
é fundamental para o desenvolvimento dos
processos e das pessoas que formam uma
empresa.
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Colaborador e consumidor
Se o seu trabalho tem contato frequente com
seus consumidores, usuários ou clientes, você
sabe exatamente porque a comunicação é tão
importante nestas relações.
Nem sempre a área de atendimento de uma
empresa está realmente preparada para lidar com
os problemas que aparecem pelo caminho. E isso
acontece por causa da nossa dificuldade em lidar
com a complexidade.
A CNV pode ser utilizada em um acordo com o
cliente, na hora de ajudar um usuário no processo
de utilização do produto ou em qualquer outro
tipo de interação.
Trabalhar com pessoas não é nada fácil, mas uma
comunicação eficaz pode servir de ferramenta
para o entendimento e a solução de problemas
(ainda que simples) do dia a dia desta relação.
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Gestor e investidor
A relação entre o gestor e o investidor de uma
empresa é um quebra-cabeça. A negociação
entre eles é intensa e requer um balanço de
necessidades muito explícito, o que nem sempre
acontece.
Interesses e imposições entram em constante
conflito nesta relação. Mas, a partir da prática da
CNV, é possível encontrar um modelo sustentável
de acordo entre estas duas figuras dentro das
organizações.
É preciso apenas que ambos estejam dispostos a
escutar e expressar abertamente, dando espaço
para a construção de um relacionamento melhor.
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Para melhores diálogos e relacionamentos
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O eixo da recepção do outro
A Comunicação Não Violenta possui dois eixos, e o
primeiro deles é a empatia.
A empatia pode ser resumida na nossa habilidade
socioemocional de se colocar no lugar do outro. Por isso, o
eixo da empatia é o eixo da recepção do outro .
Ele diz respeito a como escutamos - e compreendemos - os
sentimentos e as necessidades das pessoas. E não apenas
como sentimos essa empatia, mas como a demonstramos
ao outro.
Algumas pessoas chegam até nós com uma alta carga
emocional e jogam em nossa direção expressões
distorcidas de como elas se sentem e do que elas precisam
de nós.
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Para melhores diálogos e relacionamentos
Esse eixo da CNV está ligado à humildade de reconhecer Se queremos começar a entender, precisamos estar abertos
a ausência total de controle dentro das relações para escutar.
humanas. É parte da nossa aceitação de que nunca Quando nos comunicamos por meio da CNV, não apenas
saberemos realmente como é estar no lugar do outro. falamos com o coração, mas escutamos com ele . E,
independentemente de como a pessoa esteja tentando
Você pode se colocar no se comunicar, precisamos ter a capacidade de escutar,
também, o que não está sendo dito.
lugar do outro, mas você
No próximo capítulo, a gente vai te ajudar com isso dando
nunca será o outro. alguns conhecimentos essenciais para o desenvolvimento
da sua escuta.
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Desenvolvida pelo escritor e professor do MIT Otto Scharmer, a Teoria U tem como propósito engajar e movimentar
pessoas por meio da conexão humana. Segundo a teoria, a escuta possui 4 níveis diferentes de consciência . Vamos
conhecer cada um deles?
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Para melhores diálogos e relacionamentos
Ao começarmos a praticar uma escuta cada vez mais consciente, notamos com mais facilidade o efeito engrandecedor
desta habilidade. Entendemos o quão longe a escuta pode nos levar em nossas relações mesmo sem pronunciarmos uma
só palavra.
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Transformando a família
Na véspera de Natal, Cristina fez um post com o tema De repente, Cristina lembrou-se da importância da
“política” em sua rede social particular, e sua mãe autoempatia. Parou, respirou, conectou-se com o que
interpretou como sendo uma indireta para ela - o que não estava sentindo e precisando, e só então foi capaz de se
era o caso. conectar com o que sua mãe estaria sentindo e precisando
também. Mas o fato é que ela não tinha mais energia para
Então, a mãe fez uma série de comentários com pontos de
discutir. Ela estava desgastada, precisava de um tempo.
exclamação na postagem, questionando e condenando o
que a filha havia postado. Escreveu o seguinte para a mãe:
Cristina ficou muito irritada e pediu para que ela parasse "Mãe, imagino que você se sinta julgada e menosprezada
de comentar em suas postagens - algo que a mãe fazia por mim, por isso me ‘testa’. Fico triste, porque gostaria
com frequência. As duas, então, passaram a brigar ainda de ter uma relação de amizade e troca de ideias (em vez
mais acaloradamente pelo WhatsApp. A coisa foi piorando, de ‘testes’ e provocações) com você, e neste momento não
até que a mãe disse que só estava “testando” a filha. Isso estamos conseguindo fazer isso. Ainda tenho muito o
porque Cristina era uma estudante de Comunicação que aprender sobre tolerância, paciência, empatia e não
Não Violenta, mas, segundo sua mãe, no fundo, era violência.
“intolerante”.
Por isso, estou estudando e buscando isso para minha
Cristina ficou ainda mais irritada, e já ia responder vida cada vez mais. Quem sabe um dia eu consiga ser
novamente quando se deu conta do que estava um ser de luz que não se irrita nunca, independente
acontecendo. Elas estavam em uma espiral destrutiva. do que ouça e de quem fale. Tomara. Estou buscando.
Nenhuma das duas estava em condições de oferecer Mas algumas relações são mais complexas e demandam
empatia à outra. uma energia que nem sempre temos para despender, e
a nossa, às vezes, é assim. Faz parte dessa busca saber
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Para melhores diálogos e relacionamentos
quando é hora de parar, quando é hora de se acolher e No fim das contas, a qualidade da relação delas era muito
ficar em silêncio também. mais importante do que o desentendimento relacionado
à postagem em si. E tudo isso foi possível porque elas
Agora, estou sem energia para ser empática e tolerante
conectaram com seus sentimentos e necessidades
com você e preciso desse silêncio para ficar bem de novo...
profundas.
Vamos dar um tempinho e ter uma ceia de Natal amorosa
e pacífica com a família? Te amo."
Note que ela usou pseudo-sentimentos para oferecer
empatia à mãe, o que não é ideal, mas, neste caso, eles
foram bem precisos. Veja a resposta da mãe de Cristina:
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Transformando os relacionamentos
Paula e Júlia tinham acabado de terminar
um relacionamento amoroso conturbado,
estressante; repleto de ciúmes, ofensas, brigas
e términos repentinos. Estavam separadas
há três meses e, embora não considerassem
retomar o relacionamento, não conseguiam
parar de pensar uma na outra ou de falar uma
da outra.
Paula desabafou com um amigo sobre como
havia se sentido durante o relacionamento
com Júlia e do quanto a amava apesar de
tudo, mas jamais havia dito tudo aquilo
diretamente para Júlia. Jamais havia falado de
seus sentimentos.
Então, já que Paula não conseguia tirar
isso da cabeça, seu amigo a sugeriu que ela
conversasse com Júlia mais uma vez, sem
nenhuma intenção além de esvaziar tudo
aquilo, de contar a ela tudo o que tinha
guardado em seu peito por tanto tempo.
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Depois de criar coragem, Paula marcou um café com a por Júlia finalmente saber o que tinha se passado dentro
ex, explicou o objetivo da conversa e se abriu, expressou dela durante todo o tempo em que estiveram juntas.
todos aqueles sentimentos a ela de forma autêntica, pela
Para sua surpresa, no dia seguinte, Júlia ligou com um
primeira vez.
convite para o cinema. Contrariando todas as previsões,
A resposta de Júlia foi: “Espero que você entenda que eu desde então, elas nunca mais se separaram. Foram morar
não tenho nada para te dizer agora”. Mas tudo bem, porque juntas, casaram-se e são daqueles casais que inspiram
Paula estava aliviada e orgulhosa por ter se expressado e qualquer um pelo amor, parceria e cumplicidade.
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Transformando o trabalho
Um senhor, internado no hospital, estava proibido pelo
médico de se levantar da cama. Mas como estava há
muito tempo na mesma posição, passou a insistir para a
enfermeira que o deixasse levantar.
A enfermeira respondeu várias vezes que ela sentia
muito, mas que não era possível, porque aquelas eram
ordens do médico. O senhor começou a ficar cada vez mais
incomodado e irritado, gritando que queria se levantar.
A enfermeira já não sabia o que fazer para acalmá-lo,
quando disse:
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Autenticidade é a prática
diária de abandonar quem nós
pensamos que devemos ser e
abraçar quem somos.
Brené Brown
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Não é à toa que essa realidade acaba refletindo na nossa Às vezes, exageramos na sinceridade achando que estamos
comunicação. Geralmente, quando tentamos nos expressar sendo autênticos, mas acabamos deixando o egocentrismo
por meio de uma linguagem inconsciente, geramos uma falar mais alto e comunicamos de forma violenta o que
reação defensiva no outro, porque utilizamos as palavras poderia ter sido expressado com mais empatia.
como barreiras, e não como pontes.
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1.Observações 3.Necessidades
2.Sentimentos 4.Pedidos
Em cada um deles, estaremos construindo um pedaço
da mensagem que comunicará os seus sentimentos e
necessidades para o outro, de forma que vocês possam
buscar uma solução coerente juntos.
Então, é muito importante ter um cuidado especial para
entender e trabalhar cada um dos passos.
Pensando nisso, vamos te guiar por cada um deles:
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1. Observações
As observações são tudo aquilo que pode ser filmado com Observações são os fatos, as ações, o que houve. Elas
uma câmera, é o que aconteceu exatamente na situação. não carregam julgamento, diagnóstico ou interpretação
Quando fazemos observações, geralmente as confundimos alguma. É a descrição factual das ações.
com nossas interpretações pessoais dos cenários. E esse é o
O primeiro componente da CNV questiona:
ponto mais importante deste componente: a diferenciação
entre observação e interpretação. • O que aconteceu exatamente?
Por exemplo, imagine que, dentro de um conflito, você diz: • Quais são os fatos que têm relação com essa situação?
"eu estou sendo traída". Isso pode ser realmente o que você
sente, e o contexto pode representar uma espécie de traição
para você. Mas o que é traição para você não é o mesmo
para a pessoa por quem você se sente traída.
Talvez você se sinta traída porque seu colega de trabalho
não esboçou animação com seu projeto dentro da empresa,
mas aquilo não é traição para ele. Na perspectiva dele, ele
jamais te traiu. A traição é apenas a sua interpretação,
enquanto a observação seria, na verdade, que ele não se
demonstrou empolgado com a sua conquista pessoal.
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2. Sentimentos
Se lá no primeiro componente já começamos atribuindo O segundo componente da CNV questiona:
culpa a outra pessoa, nossa interpretação nos leva
por caminhos ainda mais tortuosos. A situação mal • O que você sentiu ou como está se sentindo diante
interpretada desperta sentimentos ruins e, por acreditar dessa situação?
que a outra pessoa é a culpada, direcionamos estes
sentimentos a ela. Nos convencemos de que aquele
sentimento foi causado pela pessoa, ou seja, projetamos
de fora para dentro.
3. NECESSIDADES
Na maioria das vezes, as pessoas não conseguem O terceiro componente da CNV questiona:
escutar nossas necessidades. E isso acontece porque, ao
responsabilizar e culpar o outro pelo contexto do conflito • Do que você precisa?
e por nossos sentimentos, ele se sente atacado por nossa • Quais necessidades suas não foram atendidas
comunicação. nessa situação?
Existem muitas estratégias possíveis para atender a
uma mesma necessidade. Mas é preciso avaliar quais
sentimentos essas estratégias vão despertar, se elas vão
estar mesmo atendendo à necessidade ou se vão acabar
criando um problema para uma outra necessidade.
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4. PEDIDOS
Em alguns casos, utilizamos a CNV para escutar as Parece fácil, mas não, não para por aí. O pedido precisa
necessidades de outra pessoa, mas, na maioria deles, ser mais específico ainda. Afinal, se você quer que alguém
a utilizamos para expressar as nossas necessidades. te ame, o que as pessoas precisam fazer para que você se
Apostamos na comunicação para mostrar ao outro no sinta amado? Quais são as ações que você espera de uma
que ele está “errando” e pedir por algo quando ele não pessoa que te ama? Seja claro, detalhista.
compreende o que pode fazer com base somente em
Uma das respostas possíveis seria:
nossos sentimentos.
A questão é: “Eu gostaria que você pegasse na
Não sabemos como pedir. minha mão mais vezes e estivesse
Os pedidos são a cereja do bolo da CNV. É aquilo que
comigo nos momentos difíceis.”
a pessoa poderia fazer para te ajudar a atender sua Temos, então, um pedido que pode ser entendido e
necessidade. E ele deve ser um pedido específico de ação, atendido facilmente. Mas e se a resposta dessa pessoa
claro e prático. tivesse sido essa daqui?
Vamos usar como exemplo o seguinte pedido:
“Eu gostaria que você adivinhasse
"Eu quero que você me ame." o que eu quero.”
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Esta foi a necessidade expressada por uma das pacientes De fato, é o que faria com que essa pessoa se sentisse
de Marshall Rosenberg, sobre a qual ele disserta em seu amada. Mas no caso, um pedido não vai solucionar a
livro. Vemos claramente que a necessidade verbalizada questão, e sim sua capacidade de resolver essa carência
neste pedido não é uma necessidade que pode ser inconcebível.
atendida.
Este quarto componente é o que mais precisamos,
justamente porque é o que mais erramos na hora de nos
comunicar.
O ponto mais importante dele é a diferenciação entre
pedidos e exigências. Mesmo quando estamos pedindo
por algo, devemos considerar os sentimentos do outro
e buscar por estratégias que estejam alinhadas com as
necessidades de ambos
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Para melhores diálogos e relacionamentos
Os quatro passos ou componentes da CNV servem para que Nos próximos dois capítulos, aprofundamos melhor os
você possa compreender melhor o que está acontecendo dois componentes principais: sentimentos e necessidades
com você e com a pessoa, além de te capacitar para humanas, antes de partir para a prática da Comunicação
demonstrar empatia e se expressar de forma autêntica. Não Violenta.
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Cansado Manipulado
Receoso Desrespeitado
Magoado Injustiçado
Desamparado Menosprezado
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De acordo com a sua perspectiva, pode até parecer que aquela pessoa está, de Traído Usado
fato, te desrespeitando. Mas essa é uma das muitas percepções que podem ser
consideradas. Intimidado Desrespeitado
Não precisa haver um culpado para que seus sentimentos sejam escutados e Manipulado Excluído
atendidos. Pelo contrário, quando nos expressamos de maneira não violenta,
nos tornamos muito mais propensos a sermos compreendidos pelo outro. Rejeitado Violentado
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1. SInto que estou...
Acredite ou não, às vezes usamos a palavra "sentir" sem
falar de nossos sentimentos. Quando acompanhada de
termos como "que", essa palavra acaba expressando uma
ideia do que acreditamos estar sentindo, que não condiz
com nosso sentimento autêntico
SENTIMENTOS ≠ PENSAMENTOS
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O terceiro componente da Comunicação Não Violenta
Não somos muito bons em entender e comunicar nossas
necessidades. Muitas vezes, conseguimos apontar
exatamente o que nos incomoda, mas não somos capazes
de verbalizar aquilo que precisávamos que fosse feito.
Somos melhores analisando o erro do outro do que
expressando claramente nossas necessidades . Quando elas
não são aceitas, responsabilizamos o outro e evidenciamos
o que percebemos como suas falhas.
Um bom exemplo que Marshall dá em seu livro é o da
esposa que desabafa para o marido: “Você ama mais o
trabalho do que a mim”. À primeira vista, sua declaração
pode ser compreendida pelo marido como uma crítica,
desencadeando uma discussão. Mas o que ela realmente
quer dizer com sua afirmação é que sua necessidade de
contato íntimo não está sendo atendida.
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Tome como exemplo esta primeira frase: O mais importante no início é entender que ali há
uma necessidade e que a acusação feita não é uma
“Eu odeio quando você grita comigo!” crítica pela qual devemos nos sentir afetados, apenas
uma versão meio deformada da mensagem real.
A primeira conclusão que podemos tirar desta afirmação é que Então, qual é a necessidade presente nesta frase?
esta pessoa está dizendo “por favor”. É como se ela dissesse “Por
Tudo vai depender do contexto, da pessoa, das
favor, me ajude! Eu tenho uma necessidade.”.
pessoas. Mas, em um primeiro momento, mesmo que
Se ouvimos isso de alguém e conseguimos identificar esta você esteja dentro da situação, é possível que você
primeira mensagem, já estamos no caminho da CNV. também não consiga identificar a necessidade.
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Pessoa A
"Você está magoado porque eu estou gritando?"
Pessoa B
“Não! Eu estou nervoso porque você sempre grita comigo!”
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Para melhores diálogos e relacionamentos
Exemplo 1
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Exemplo 2
“Quando você me manda mensagem de uma em uma hora
(observação), eu me sinto sufocado (sentimento), porque eu gostaria
de não ter que dar satisfações a todo momento (necessidade).”
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Exemplo 1
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Exemplo 2
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Perceba que o narrador conseguiu ser empático com as necessidades da pessoa enquanto expressava o seu pedido,
buscando por um caminho do meio que pudesse atender a ambos. Vamos ver um pouco mais disso no próximo cenário...
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ESCUTANDO O OUTRO
Entender a nós mesmos, identificando as violências Mas vamos te dar mais uma ferramenta essencial para
silenciosas presentes em nossas linguagens, nos faz a CNV. Ela vai te ajudar a incentivar a abertura do outro,
aprender mais sobre o outro. É uma prática informal da prolongando sua escuta e dando espaço para que a pessoa
escuta empática. Frente a qualquer conflito, você pode possa se expressar ainda mais.
sempre escolher entre se expressar ou simplesmente
Esta ferramenta é, na verdade, a técnica de parafrasear.
escutar, o que te levará por um caminho diferente.
Durante o curso, falamos um pouco dela e agora iremos
A CNV não é apenas sobre conseguir o que desejamos ou aprofundá-la.
o que precisamos. Às vezes, a melhor solução para um
Dá uma olhada neste primeiro exemplo:
conflito ou um pequeno desentendimento é escutar.
Quando o outro não possui ainda a habilidade de expressar
seus sentimentos e necessidades, você tem o papel de o
“Achei um tremendo
ajudar a expor sua perspectiva. Só assim você conseguirá
compreender o que você pode fazer por aquela pessoa ou
desrespeito você não aparecer
por aquela situação em que vocês se encontram.
para a reunião no horário
A escuta consciente tem o poder de identificar a
necessidade por trás das falas das pessoas. combinado.”
Boa parte das análises que fizemos até aqui, de construção Este é um exemplo comum de narração que não utiliza
de falas que têm como intuito a sua própria expressão, já a CNV. Temos aí um desabafo que contém boa parte das
te deram repertório para ser capaz de escutar a verdadeira informações que precisamos para guiar a conversa através
intenção por trás das falas de outras pessoas. da escuta empática.
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O narrador apresenta uma observação, porém atribuindo seus sentimentos à pessoa com quem está falando. Segundo ele,
essa pessoa faltou com respeito ao não aparecer para a reunião no horário.
Ele se sentiu atacado pela atitude desta pessoa, por isso utilizou um pseudo-sentimento e não esclareceu completamente
sua necessidade.
O primeiro passo aqui seria escutar esse narrador e reconhecer seus sentimentos, por exemplo:
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Pessoa 1
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Exemplos
Exemplo nº1 Exemplo nº2
Pessoa 1 Pessoa 1
- “Você não está nem aí para o que eu quero! - “Essa empresa é um lixo, não cumpre nenhuma
Não me pergunta nada!” de suas promessas.”
Pessoa 2 Pessoa 2
- “Você está se sentindo aborrecido porque - “Você está frustrado porque algo na comunicação
gostaria de maior participação nas escolhas do nosso produto acabou causando algum mal-
da minha vida?” entendido na sua compra?”
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Já deu para entender como funciona, mas é preciso tomar Parafrasear é remanejar o discurso de uma pessoa de
alguns cuidados na hora de parafrasear. forma que ele fique mais aberto, esclarecido e objetivo, a
Parafrasear não é repetir o que a pessoa acabou de dizer. fim de facilitar o entendimento entre as duas (ou mais)
Nos exemplos que demos aqui, isso ficou bem claro. pessoas.
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Existem muitas técnicas, como por exemplo a meditação e Segundo Eckhart Tolle, autor do livro "O Poder do Agora",
a atenção plena - mais conhecida pelo termo Mindfulness o grande desafio do ser humano é deixar de acreditar que
-, das quais você pode usufruir para se reconectar. somos nossas próprias mentes, nos distanciando de nossos
pensamentos em vez de nos identificarmos com eles. Para
O Mindfulness consiste na habilidade de se colocar em
isso serve o Mindfulness: despertar a consciência de nosso
modo de auto-observação do momento enquanto ele
eu observador.
acontece. É a mente consciente e desperta.
http://dsco.la/mindfulness-poder
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http://dsco.la/palestra-eckhart
http://dsco.la/eckhart-audiobook
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O Mindfulness é apenas uma das muitas técnicas que E, é claro, não só isso vai te ajudar na conexão com outras
você pode utilizar para se colocar no momento presente e pessoas, mas na autoconexão, que é um dos pilares mais
começar a se conectar mais com as coisas que acontecem determinantes da metodologia e dos processos da CNV.
ao seu redor.
Se você está se perguntando por onde começar no meio
Quanto mais conectado você se torna consigo mesmo, mais de tanta coisa, é aqui. Comece por você mesmo. Comece
fácil é se conectar com outras pessoas. Sua empatia, escuta pelo agora. Afinal, de nada adianta buscar pelas respostas
e capacidade de comunicação são potencializadas pela quando você não está pronto para escutá-las.
atenção plena.
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Comunicação Não Violenta: técnicas A linguagem da paz em um mundo Como se relacionar bem usando a
para aprimorar relacionamentos de conflitos: sua próxima fala Comunicação Não Violenta
pessoais e profissionais mudará seu mundo (Thomas d’Ansembourg)
(Marshall Rosenberg) (Marshall Rosenberg)
Por meio deste livro, você pode
Neste livro, Marshall Rosenberg Em mais um de seus livros, Marshall aprender um pouco mais sobre a
compartilha toda sua experiência e fala especificamente do poder da Comunicação Não Violenta, só que
técnica em torno da Comunicação linguagem como ferramenta de agora pelo olhar de outro educador
Não Violenta, ensinando maneiras paz para diminuir a violência e o que, apesar de seguir os mesmos
práticas de aplicá-la em todos os sofrimento da sociedade. princípios da metodologia de Marshall
âmbitos da vida Rosenberg, tem experiências de seu
trabalho como advogado e conselheiro
http://dsco.la/linguagem-da-paz
para agregar ao seu aprendizado.
http://dsco.la/cnv-marshall
http://dsco.la/como-se-relacionar
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(Roman Krznaric)
Este livro traz uma visão científica fundamental para
quem quer compreender melhor de onde vem essa
Neste livro, Roman Krznaric compartilha o conhecimento
natureza e a nossa capacidade de se colocar no lugar
de seus estudos acerca da empatia, histórias primordiais
do outro. Frans De Waal faz a comparação da natureza
para o entendimento aprofundado do tema e insights
humana com outros animais, defendendo que o instinto da
incríveis.
compaixão humana condiz muito mais com a realidade do
ser humano.
http://dsco.la/poder-da-empatia
http://dsco.la/era-da-empatia
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http://dsco.la/poder-do-agora
http://dsco.la/audiolivro-eckhart
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EM INGLÊS
A coragem de ser imperfeito A Sutil Arte de Ligar o F*da-se: The Empathy Factor
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O filme conta a história de um pai O filme acompanha a história de A trama segue a trajetória de Truman
que cria seus seis filhos nas florestas Vera Drake na Inglaterra dos anos Capote, um romancista que decide
de Washington, passando por 50. Vera pratica abortos ilegalmente descobrir a história do assassinato de
grandes aventuras e aprendizados em mulheres de sua região e precisa uma família do Kansas e dá de cara
que colocam à prova o verdadeiro provar para a justiça sua inocência e a com um livro que viria a se tornar um
significado de ser pai. moral existente em seu trabalho. grande marco da literatura moderna.
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Filmes Estes filmes nos convidam a exercitar a empatia por pessoas que fazem
parte de minorias políticas, marginalizadas em nossa sociedade:
O filme conta a história de Claireece O filme acompanha a vida de Auggie Neste stand up de comédia, Hannah
Preciosa Jones - mais conhecida como Pullman, um garoto que nasceu com Gadsby conta sua experiência
Preciosa -, uma garota de 16 anos, uma deformidade facial e está indo como lésbica e toda sua visão
grávida do próprio pai pela segunda para uma escola regular pela primeira acerca da agressividade do humor
vez e vítima de abuso de sua mãe. vez, onde enfrentará grandes desafios autodepreciativo, que faz com que
Preciosa descobre uma nova chance em uma realidade diferente da qual muitas pessoas odeiem a si mesmas e
para mudar sua vida com a ajuda da ele cresceu. aos outros.
professora de sua nova escola, Sra.
Rain.
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Este filme retrata, com humor e Este filme, baseado em uma O filme conta a história de Daniel
leveza, a empatia e a compaixão história real e decisiva para a Índia, Blake, um senhor desempregado e
de um pai por seu filho. Em plena demonstra o quanto a não violência incapacitado de trabalhar por causa
Segunda Guerra Mundial, ambos tem a capacidade de gerar grandes de uma doença. Em busca de uma
são levados para um campo de transformações. A trama conta os recolocação no mercado de trabalho,
concentração nazista, no qual o pai acontecimentos mais importantes ele tem uma série de diálogos com
precisa usar sua imaginação para da vida de Mohandas Gandhi, o líder diferentes profissionais ao longo da
convencer o filho de que tudo à sua indiano que enfrentou o domínio trama, como, por exemplo, assistentes
volta é uma grande brincadeira, britânico sobre seu país através da paz sociais. É interessante perceber como
afastando-o do verdadeiro horror de e do diálogo. nenhuma destas pessoas com quem
sua realidade. ele conversa consegue, de fato, escutá-
lo e compreender suas necessidades.
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Séries
Esta série segue a rotina de Otis, um virgem do ensino The Office é uma série de comédia misturada com uma
médio que vive com sua mãe, uma terapeuta sexual. Após espécie de “pseudo-documentário”. Nela, acompanhamos
começar a compartilhar com seus colegas todo o seu a rotina de um chefe egocêntrico e seus empregados
vasto conhecimento sobre sexo, aos poucos, Otis acaba se dentro de um escritório supertradicional. A trama toda
tornando o terapeuta oficial dos adolescentes de sua escola. é uma grande sátira sobre o ambiente corporativo e o
A história é repleta de exemplos de comunicação empática comportamento humano.
e não violenta.
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