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DO NEGÓCIO
Professores:
Me. Anderson Katsumi Miyatake
Esp. Fernando Cesário
DIREÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Definição conceitual de planejamento e os cenários como base de sua
construção.
•• Fazer a análise organizacional a partir do entendimento da sua missão, visão,
valores e objetivos organizacionais.
•• Entender a matriz SWOT e a sua aplicação prática dentro do processo de
Planejamento de Marketing.
•• Quais são as forças competitivas e como são aplicadas no Planejamento de
Marketing, a partir da Matriz de Porter.
PLANO DE ESTUDO
A palavra planejar pode ser conceituada de várias formas, mas algumas definições
chamam a atenção – dentre elas, a feita por Barbosa e Brondani (2005), quando
afirmam que planejar significa uma forma sistemática de definição de objetivos
e ações que serão escolhidas conforme a melhor opção para o atingimento do
objetivo proposto. Além disso, os autores consideram que planejar também diz
respeito à tomada de decisões no presente, mas que buscam impactos futuros.
Dentro desta perspectiva, é possível concluir que planejamento pode
facilmente ser aplicado a inúmeras atividades humanas. Ainda para Barbosa e
Brondani (2005), tem-se a ideia de que o planejamento existe desde a pré-história,
verificada pelos agrupamentos humanos, em que existia a necessidade de se
planejar a caça, pesca e ainda garantir estoque mínimo necessário para os dias
ruins de caça e/ou pesca ou períodos de escassez de alimentos. Conhecendo
o significado do termo planejar e entendendo sua importância nas atividades
cotidianas, é possível afirmar que gerenciar sem planejamento é um grande
risco para as empresas. Como gerenciar o negócio, lidando com diferentes
expectativas dos colaboradores, com as mudanças do ambiente e atender às
necessidades e expectativas dos clientes? Difícil né? Imagina fazer isso sem
planejamento, sem indicadores e nem parâmetros.
Especificamente, neste material, vamos trabalhar com o planejamento de
Marketing, que visa estruturar as atividades de forma a orientar as ações das
organizações em termos de planejamento dos produtos e serviços e das ações
a serem feitas para interagir com o público-alvo do negócio.
Também aprenderemos algumas técnicas utilizadas pelas organizações. A
análise estratégica, por meio da missão, visão, valores e objetivos, permitem
que as ações possam ser norteadas. Outras duas técnicas são a Análise SWOT
e as 5 Forças de Porter.
introdução
6 Pós-Universo
Planejamento
Estratégico
saiba mais
O artigo de Quintella e Pinto Junior retrata o caso real da empresa Nintendo.
A história da empresa é analisada utilizando a Análise SWOT e as 5 Forças
de Porter. A partir dessas ferramentas de análise, os autores explicam como
o mercado de jogos passou por momentos de mudanças, período em que
o segmento quase se extinguiu, observando como os desenvolvedores e
a tecnologia reinventaram o mercado de jogos. Quintella e Pinto Junior
apontam ainda que, devido a essa nova realidade, as estratégias de negócio
da empresa tiveram que se adaptar em consonância com as exigências do
mercado e, em decorrência da falta de cautela nas ações não planejadas
ou não elaboradas, os responsáveis quase fizeram o negócio ir à falência.
Como o nosso material trata de Marketing, o foco será direcionado para essa abordagem.
De acordo com Seitz (2005, p. 94), o planejamento de Marketing consiste nas atividades
de “fixação de objetivos, avaliação de oportunidades, planejamento de estratégias
de Marketing, desenvolvimento dos planos de Marketing e desenvolvimento do
programa de Marketing”. Quando falamos em planejamento estratégico, estamos
nos referindo a algo mais amplo e que envolve toda a organização e os setores
da administração. O planejamento de Marketing está alinhado ao planejamento
estratégico corporativo.
Pós-Universo 9
quadro resumo
O Marketing desempenha um importante papel no planejamento estratégico
da empresa de diversas maneiras. Para começar, oferece uma orientação
filosófica – o conceito de Marketing – segundo a qual a estratégia da
empresa deve concentrar-se em atender às necessidades de importantes
grupos de consumidores. Em segundo lugar, oferece subsídios para os
planejadores estratégicos, uma vez que ajuda a identificar oportunidades
de mercado atraentes e avalia o potencial da empresa para obter vantagem
com essas oportunidades. Para completar, em cada unidade de negócios, o
Marketing traça estratégias para se alcançar os objetivos da unidade. Uma
vez estabelecidos esses objetivos, a tarefa do Marketing é fazer com que
sejam atingidos de maneira lucrativa
Fonte: Kotler e Armstrong (2003, p. 42).
Análise
Estratégica
Missão
É o principal norteador da organização porque representa o motivo da existência do
negócio. Deve ser elaborada preferencialmente em uma frase e responder o que é a
empresa é. Para quem está fora da organização deve mostrar a finalidade da empresa
e, para quem trabalha na organização, é o ponto de partida para os negócios que
estão sendo criados. Para os negócios existentes, é o norteador para evitar a perda
de foco (MAXIMIANO, 2004).
Pós-Universo 11
A missão “descreve o que a empresa faz” (HILL; JONES, 2012, p. 45). Para Philip
Kotler (2005 apud LUCCA, 2013, p. 3):
““
Uma missão bem difundida desenvolve nos funcionários um senso comum
de oportunidade, direção, significância e realização. Uma missão bem explícita
atua como uma mão invisível que guia os funcionários para um trabalho
independente, mas coletivo, na direção da realização dos potenciais da empresa.
Kotler e Armstrong (2003, p. 33) orientam quatro perguntas para se pensar na missão:
“Qual é o nosso negócio? Quem é o cliente? O que leva valor para os consumidores?
Qual deveria ser nosso negócio?” Com isso, os autores afirmam que é possível pensar
no propósito da organização, pois funciona como uma mão invisível motivadora que
orienta a todos. A missão, ainda de acordo com os autores, deve ser orientada para o
mercado, pois produtos e tecnologias ficam ultrapassados, mas uma missão voltada
para o mercado dificilmente se torna obsoleta.
Na missão do negócio, é necessário refletir as atividades da empresa, o público, a
utilidade, a forma e a responsabilidade diante do público e das instituições em geral.
saiba mais
A missão de uma empresa caracteriza-se por ser o motivo de existência de uma
empresa. É na missão que se extrai o maior compromisso de uma organização.
Visão
A visão, ao contrário da missão, pode ser alterada e representa algo mais mensurável e
que se deseja atingir com o tempo. A visão é o que a organização pretende, apontando
um caminho e direcionando os esforços. Para quem está dentro ou fora do negócio,
é possível saber o que o empreendimento quer e o patamar que pretende alcançar
nos próximos anos (MAXIMIANO, 2004).
Oliveira (2013, p. 65) estabelece que visão
““
[...] é conceituada como os limites que os proprietários e principais executivos
da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais
longo e uma abordagem mais ampla. Nesse contexto, a visão proporciona
o grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e
implementado pela empresa. A visão representa o que a empresa quer ser
no futuro próximo ou distante, de acordo com o horizonte de tempo que os
executivos da empresa conseguem visualizar, com adequada competência
estratégica.
É fundamental ressaltar que a visão deve ser algo possível de ser alcançado. Além do
mais, deve estar compatível com a realidade do negócio.
Valores
Tendo em vista que as organizações são formadas por pessoas e pessoas possuem
um conjunto de valores próprios, faz-se necessário definir os valores desejados e
praticados em cada organização, para que não haja divergências comportamentais
capazes de ferir os princípios da empresa.
Como Nogueira (2014, p. 43) bem pontua,
““
[...] ao restringir uma lista de valores desejados a serem praticados pelos seus
membros, a organização determina um padrão esperado de conduta. Esse
padrão possui um forte poder de normatizar e padronizar a maneira como
as pessoas agem em uma organização. É como misturar cores diferentes e
analisar qual pigmento se sobressai na mistura.
Pós-Universo 13
Objetivos e Metas
Os objetivos são traçados para cumprir a visão e devem estar de acordo com os valores,
sempre atendendo à missão do negócio. Orientam as ações para que exista foco
nos passos dados pelo negócio. Quando não sabemos o que e quando queremos,
qualquer resultado positivo já representa uma vitória.
Os objetivos podem indicar quantificações, parâmetros e intenções. Lembrando
que cada um dos setores deve ter objetivos específicos porque deve atender a algo
mais amplo. Para isso, podem ser criados grupos específicos.
É necessário também supervisionar e controlar para saber se estão sendo atingidas
ou não. É importante que todos saibam que existem metas e objetivos a serem
cumpridos. Por isso, é importante que esteja ao alcance de todos (MAXIMIANO, 2004).
Para Oliveira (2013, p. 149) “objetivo”:
““
[...] é o alvo ou ponto quantificado, com prazo de realização e responsável
estabelecidos, que se pretende alcançar através de um esforço extra. [...] Os
objetivos podem ser conceituados como o estado, situação ou resultado
futuro que o executivo pretende alcançar. Na realidade, o termo objetivo
relaciona-se a tudo que implica na obtenção de um fim ou resultado final.
saiba mais
Existem diferenças entre metas e objetivos. Os objetivos são aspectos mais
genéricos que indicam desejos e a forma como que se pretende alcançar,
ou seja, são intenções gerais da empresa. As metas são desafios que devem
ser mensuráveis e ligadas aos objetivos, apontando grupos ou indivíduos.
Elas devem ser consideradas de forma SMART, que representam as palavras:
Específicos, Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e Temporais.
fatos e dados
O planejamento é fundamental nos negócios e a falta dele é uma das
causas de mortalidade das empresas. Negligenciar a necessidade de
planejamento nos negócios, mesmo que pequenos, leva à perda de foco e
a má administração. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), a mortalidade de empresas pode ser atribuída
a esses fatores. A taxa apontada pela instituição é de que uma em cada
quatro empresas fecha até dois anos depois de criada. Por isso, não deixe
de planejar o seu negócio!
Fonte: adaptado de Sebrae (2016, p. 76-78).
Mais uma parte da unidade está encerrada. Indico a vocês que releiam o material,
consultem o material indicado e façam as atividades com bastante atenção.
reflita
Uma viagem de volta ao mundo no barco. É possível fazer de duas formas:
planejada ou não planejada. Podemos fazer uma viagem no total improviso,
sem uma equipe qualificada e sem conhecer o trajeto. Isso não quer dizer
que não teremos sucesso na empreitada, mas os riscos de insucesso são
maiores. Você arriscaria fazer essa viagem com a sua família? Da mesma
forma acontece com as organizações. Você pode conduzir o negócio de
forma planejada, aumentando as possibilidades de ter sucesso ou gerenciar
o negócio de forma não planejada e correr mais riscos. Com isso, faço o
seguinte questionamento: Qual a sua escolha?
Pós-Universo 15
Análise SWOT
Após a definição dessas importantes etapas que servem para direcionar o negócio, é
importante analisar a organização interna e externamente. Uma técnica comumente
utilizada é a SWOT que deriva das palavras em Strenght, Weakness, Opportunity, Threats.
No Brasil, é chamada de FOFA, pois são as iniciais das palavras Forças, Oportunidades,
Fraquezas e Ameaças.
De forma interna, pensamos nos pontos fortes e fracos da organização, sendo
os pontos fortes aspectos positivos que podem ser diferenciais competitivos, e os
pontos fracos como aqueles que a organização precisa melhorar. A análise interna
envolve pontos que podem ser mais facilmente alterados pela organização.
Seitz (2005, p. 102) considera os seguintes aspectos como internos:
Como exemplos de pontos fortes, podemos citar bons salários, funcionários bem
treinados, boa localização, qualidade dos produtos, força da marca, preço competitivo,
atendimento personalizado, máquinas e equipamentos modernos, bom processo de
comunicação, entre outros que dependem do segmento de negócio em que se atua.
Para analisar as fraquezas da organização, reflita:
•• Quais são as deficiências dos colaboradores que não são aceitáveis no negócio?
reflita
Aspectos podem representar ameaças para uma organização e não para
outra. Para uma indústria, as leis ambientais relacionadas à reciclagem podem
ser grandes obstáculos, mas para consultorias e cooperativas de reciclagem,
esse mesmo obstáculo pode ser a grande oportunidade de aumentar os
rendimentos.
É importante esclarecer que não existe a maneira correta, mas a mais adequada ao
momento. É por isso que determinadas ações podem dar certo em um contexto e
no futuro serem inadequadas. Isso ocorre devido às mutações do mercado. Quem
conseguir se adequar às necessidades dos clientes gerando valores e impactos
positivos vai conseguir se manter no mercado por mais tempo.
A terceira parte da unidade encerra aqui. Recomendo que releiam o material e
façam as atividades de estudo propostas.
Pós-Universo 19
Forças
Competitivas
de Porter
1. Sobre objetivos e metas, quais das alternativas abaixo apresentam afirmações corretas:
3. Quando analisamos a Matriz SWOT ou FOFA, uma das suas perspectivas diz respeito
a questões internas, pois analisamos as forças e fraquezas organizacionais. Quais das
questões, a seguir, identificam possíveis pontos para análise das forças e fraquezas de
uma organização? A análise interna envolve pontos que podem ser mais facilmente
alterados pela organização.
4. Dentro das 5 Forças de Rivalidade de Porter, uma das mais importantes diz respeito
à Rivalidade entre Concorrentes. Das alternativas abaixo, qual(is) são afirmações
corretas sobre ela?
O Planejamento é uma atividade fundamental para lidar com os negócios atuais. A globalização e
a competitividade exigem uma análise estratégica contínua. Somente dessa forma conseguiremos
ter mais chances de criar e manter os negócios.
A Matriz FOFA ou Análise SWOT permite analisar internamente e externamente a empresa. Trata-
se de uma ferramenta para compreender o ambiente que envolve a empresa e a direcionar as
ações para corrigir os pontos fracos e se precaver contra as ameaças, mas também aproveitar as
oportunidades e utilizar os pontos fortes para se fortalecer no mercado.
As 5 Forças de Porter são importantes para a compreensão dos agentes que possuem mais
influência no negócio podendo ser os consumidores, os concorrentes, os fornecedores e também
aspectos como ameaça de novos entrantes e produtos que podem substituir a necessidade do
consumidor.
Para que ambas possam fornecer informações relevantes, é fundamental conhecer o mercado
em que atua. Aquele que conhece o ambiente em que está inserido tem mais condições de
minimizar a possibilidade de erros e fracassos para obter sucesso no mundo dos negócios.
material complementar
Na Web
Todos os tipos de negócios podem fazer a análise estratégica. O Poder Judiciário, o Poder
Público, empresas de economia mista, empresas privadas, ONGs e empresas públicas. Selecionei
alguns para você:
CHIAVENATO, I.; SAPIRO, A. Planejamento estratégico. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
COELHO, T. Cinco passos para uma meta. Administradores.com. 22 set. 2013. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/cinco-passos-para-uma-meta/73152/>.
Acesso em 02 mar. 2019.
CROCCO, L.; TELLES, R.; GIOIA, R. M.; ROCHA, T.; STREHLAU, V. I. Marketing aplicado: o planejamento
de marketing. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
HILL, C.; JONES, G. O essencial da administração estratégica: casos reais e aplicação prática da
teoria. São Paulo: Saraiva, 2012.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.
LUCCA, G. Gestão estratégica balanceada: um enfoque nas boas práticas estratégicas. São
Paulo: Atlas, 2013.
NAKAGAWA, M. Análise SWOT. 2012. Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios. Disponível
em: <http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_Analise-Swot.PDF>. Acesso
em: 25 mar. 2019.
NOGUEIRA, C. S. (Org.). Planejamento estratégico. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia, práticas. 31. ed. São Paulo:
Atlas, 2013.
referências
QUINTELLA, H. L. M. M.; PINTO JUNIOR, R. P. S. O caso Nintendo. In: SSIA - SEMINÁRIO DE SISTEMAS
INDUSTRIAIS E AUTOMAÇÃO, 2., 2007. Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: CEFET, 2007, v. 1.
p. 1-25. Disponível em: <www.eng.uerj.br/deptos/professor/142/O_CASO_NINTENDO-corrigido.
doc>. Acesso em: 02 mar. 2019.
SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Sobrevivência das empresas
no Brasil. Marco Aurélio Bedê (Coord.). Brasília: Sebrae, 2016. Disponível em: <https://m.sebrae.
com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-102016.pdf>.
Acesso em: 02 mar. 2019.
Objetivos são essenciais para determinar direção, mensurar resultados, porém sempre
devem estar alinhados à missão e aos valores de um negócio.
Economia faz parte do ambiente externo, por ser uma questão sob a qual a empresa
não possui força.