O MAIS ANTIGO JORNAL PORTUGUÊS ANO CLXXXV .

Nº 20841
FUNDADO EM 1835 TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
POR MANUEL ANTÓNIO DIÁRIO
DE VASCONCELOS
DIRETOR
PAULO SIMÕES

0,90 €
IVA inc.

www.acorianooriental.pt

Escolas Editor
Cada açoriano profissionais
com 37
diz que
investimento
produz 600 cursos
programados
na cultura
é lastimoso

quilos de lixo Governo está a avaliar

mais formação para dar
resposta à Covid-19 PÁGINA 5
Carlos Machado, à frente da
única editora no Pico, fala
da sua experiência PÁGINA8

durante o ano Câmara de

Ponta Delgada
apoiou 147
Detidos quatro
homens por
produção
Produção de resíduos por habitante nos Açores está acima da média famílias em e tráfico de
nacional e europeia. São Miguel é a ilha onde se produzem mais resíduos
per capita. São Jorge tem a menor produção de lixo por habitante PÁGINA 3 dificuldades anfetaminas
PÁGINA 7 PÁGINA 5

FRANCISCO CARREIRO

Azores Airlines
Venda de já voa entre
bicicletas os Açores e
aumenta o Continente
PÁGINA 11

em São Desporto

Miguel Rali Ilha Azul

adiado pela
após a segunda vez
pandemia este ano
PÁGINA 19

Região segue a tendência Santa Clara

nacional e europeia, com quer fechar
o crescimento a rondar os
25%, mas assente numa hoje as contas
lógica de exercício físico e da manutenção
não de transporte PÁGINA 2 PÁGINA 20

PUB PUB
2 Regional
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020

Procura por bicicletas cresce em

São Miguel após a pandemia
Região segue a tendência nacional e europeia, com o crescimento a rondar os 25 por cento, mas assente numa lógica de
exercício físico e não de transporte. Falta de políticas de incentivo apontada como uma das razões
FRANCISCO CARREIRO
NUNO MARTINS NEVES
nunomneves@acorianooriental.pt

A procura por bicicletas nos

Açores tem aumentado, se-
guindo uma tendência euro-
peia que se reflete em vários
países.
Ainda sem números reais, os
empresários avançam cresci-
mentos na ordem dos 25%, ha-
vendo casos em que a procura
triplicou em relação ao mesmo
período do ano transato.
Inglaterra e Itália foram dois
países europeus onde a bici-
cleta ressurgiu em força du-
rante a pandemia, seja como
forma de “fugir” aos lotados
transportes públicos, seja para
manter a condição física.
Em Portugal Continental, a
aposta nas duas rodas também
é forte: o Governo da Repúbli-
ca apoia a compra de bicicletas
elétricas urbanas num valor até
350 euros; e em Lisboa, a Câ-
mara Municipal anunciou um
Fundo de Mobilidade para in-
centivar a compra de bicicleta,
com apoios que podem chegar
aos 100 euros, para as tradi- Apesar do aumento da procura, a bicicleta tem sido usada quase sempre para lazer, e não como meio de transporte, como na Europa
cionais, e aos 350, para as elé-
tricas.
Na Região, é conhecido o in-
Ausência de políticas de incentivo “Há uma clara intenção de
procurar passar uns momen-
“camuflado. Isto porque tem
havido rutura de stock a nível
centivo financeiro para aquisi- afasta uso como meio de transporte tos ao ar livre em família”, su- nacional. Havendo stock, o
ção de veículos elétricos, dis- blinha. crescimento seria maior: nes-
ponível desde 6 de março, onde A compra de bicicletas por parte As poucas estruturas que têm Na Decathlon, o perfil do tes meses, estaríamos a falar do
os velocípedes com motor tam- dos açorianos não tem como fim sido criadas, que são sempre novo ciclista é quase idêntico, triplo da procura”.
bém são contemplados, com a o uso como meio de transporte, muito bem-vindas, são basica- com as bicicletas mais procu- Tanto na CC-Specialized
verba a atingir os 250 euros. afirma Francisco Carreiro. O em- mente destinadas ao lazer sem radas a serem as de uso mais como na Decathlon, a procu-
presário atribui culpas à falta de qualquer estratégia de mobili- ocasional, ou “novo utilizador”, ra por bicicletas elétricas tem
Procura esbarra políticas de incentivo, em con- dade. É ver o caso mais recente como explica Eduardo Lemos. sido crescente, fruto dos apoios
na falta de stock traciclo com o que se verifica na do litoral da Lagoa. É uma exce- “O que se tem sentido des- existentes.
Sem dados concretos, a procu- Europa, onde se aposta na bici- lente obra, mas apregoada de a retoma do comércio é que Mas o setor não vive apenas
ra de bicicletas em São Miguel cleta como forma de evitar os como integrada numa estraté- as pessoas têm optado por des- de bicicletas novas: Nuno Me-
tem sido crescente, com alguns transportes coletivos e promo- gia de mobilidade, quando não portos ao ar livre, para com- lo, da loja BiciMelo, em Ponta
empresários a afirmarem que ver o distanciamento social. passa duma via de lazer. De mo- pensar o confinamento, e um Delgada, também tem sentido
tiveram um aumento de 25%, “Continuamos na estaca zero! bilidade nada tem”, diz. dos artigos mais procurados um maior interesse por pessoas
como é o caso de Francisco Car- tem sido as bicicletas, princi- que habitualmente não seriam
reiro, da CC-Specialized. Ou- uso da bicicleta, privilegiando palmente para as crianças, mas praticantes de ciclismo.
tros, como o responsável pela atividades ao ar livre”, refere também para os adultos”. E se a falta de stock por vezes
loja Decathlon de Ponta Del- Francisco Carreiro. O responsável pela loja de é limitadora do negócio, este
gada, Eduardo Lemos, diz que O empresário - com loja si- Ponta Delgada do gigante fran- empresário sublinha um inte-
a procura “triplicou” em rela- Além do interesse na tuada em Ponta Delgada, de- cês enquadra o crescimento da ressante aspeto que tem sido
ção ao ano passado. compra de novas fronte ao Mercado da Graça - procura como algo que vinha padrão nas últimas semanas.
“Tem-se notado uma maior bicicletas, muitas assinala que a faixa etária en- em crescendo desde o final do “Temos tido pessoas com bi-
procura pelas bicicletas de tre os 35/45 anos tem sido a ano passado, mas que sofreu cicletas antigas, cheias de ‘pa-
gama de entrada, numa pers- pessoas têm que mais tem procurado, tan- um incremento nos últimos ranhos’, que estão a trazê-las à
petiva de lazer/exercício físico. procurado reparar os to homens como mulheres, ha- meses. Um crescimento “as- loja para as recuperar, de for-
Verifica-se uma maior predis- velocípedes antigos vendo também um interesse sustador”, que ainda não é pos- ma a poderem voltar a andar
posição de muitas pessoas pelo em bicicletas para crianças. sível quantificar, mas também com elas”. Ƈ
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
Cada açoriano produz em média
600 quilos de lixo durante o ano
Taxa de reciclagem já ultrapassa os 38 por cento nos Açores, mas ainda é em São Miguel e Terceira que a percentagem de
reciclagem é menor. No ano passado, cada açoriano produziu 1,6 quilos de lixo por dia, acima da média nacional e europeia
Produção per capita de resíduos nos Açores ainda está acima da média nacional e da União Europeia
RUI JORGE CABRAL
rcabral@acorianooriental.pt
Cada açoriano produziu em mé-
dia 600 quilos de resíduos urba-
nos durante o ano passado, o que
corresponde a 1,6 quilos de lixo
por dia. São Miguel é a ilha onde
se produz mais lixo per capita,
com cada micaelense a ser res-
ponsável pela produção de 647
quilos por ano, que correspon-
dem a 1,8 quilos por dia. Pelo con-
trário, São Jorge, com 429 quilos
de lixo per capita e 1,2 quilos por
dia, é a ilha açoriana onde os seus
habitantes produzem, em média,
menos lixo.
Os dados constam do relatório
síntese da produção e gestão de re-
síduos relativo a 2019, realizado
com base nos dados do Sistema
Regional de Informação sobre Re-
síduos (SRIR) e que ontem foi
apresentado na cidade da Horta.
Refira-se que, conforme refere
o relatório, a produção média diá-
ria de resíduos urbanos por ha-
bitante nos Açores está, com base
nos últimos dados conhecidos,
acima da média nacional, que é
de 1,4 quilos e da média da União
Europeia, que é de 1,3 quilos.
E atendendo a que sete das
nove ilhas dos Açores estão na
média ou abaixo da média na-
cional, verifica-se assim que é a
produção de resíduos nas ilhas
Terceira (1,7 quilos/dia por habi-
tante) e São Miguel (1,8 quilos/dia
por habitante) que ‘desequilibra’
os dados dos Açores, face à média
nacional e europeia.
O relatório refere também
que no ano passado foram va-
lorizados 55,2% dos resíduos ur-
banos produzidos nos Açores.
Dentro destes, 22,6% foram
para valorização material (reci-
clagem); 15,5% para valoriza-
ção orgânica (compostagem) e
17,2% para valorização energé-
tica (incineração), esta última
na ilha Terceira.
Os resíduos eliminados em
aterro representaram assim
44,8% do total de resíduos pro-
duzidos nos Açores, quando em
2012 essa percentagem ainda
atingia os 87%. E conforme sa-
lientou ontem em conferência de
Pandemia compromete valores da
reciclagem de resíduos para este ano
Se os dados de 2019 mostram
uma evolução na reutilização e
reciclagem de resíduos nos Aço-
res, os dados de 2020 deverão,
contudo, revelar uma regressão
conjuntural neste processo, de-
vido à pandemia de Covid-19.
Conforme afirmou ontem na
Horta a secretária regional da
Energia, Ambiente e Turismo,
Marta Guerreiro, “a necessidade
de medidas de controlo dos fato-
res de risco associados à gestão
dos resíduos nas ilhas com casos
imprensa na Horta a secretária
regional da Energia, Ambiente
e Turismo, Marta Guerreiro, 2019
foi o terceiro ano consecutivo em
que os Açores valorizaram mais
resíduos do que aqueles que fo-
ram depositados em aterro. E os
44,8% de resíduos urbanos que
ainda têm como destino final o
aterro estão muito ligados à ilha
de São Miguel, que no ano pas-
AO/ANA CARVALHO MELO
confirmados de infeção, como
foi a suspensão do tratamento
mecânico, com a consequente
eliminação, sem triagem prévia,
dos resíduos urbanos indiferen-
ciados, trará uma redução das
quantidades de resíduos enca-
minhados para valorização ma-
terial e orgânica, bem como um
incremento da eliminação, par-
ticularmente em aterro”. Marta
Guerreiro salientou, contudo,
que estes são “tempos de exce-
ção”.
sado depositou em aterro mais de
62 mil toneladas de resíduos, cor-
respondentes a cerca de 70 por
cento do total de resíduos produ-
zidos na maior ilha açoriana.
O relatório faz também o pon-
to de situação quanto ao posicio-
namento da Região face às me-
tas definidas no Plano Estratégico
de Prevenção e Gestão de Resí-
duos dos Açores (PEPGRA). A
Regional 3
taxa de reutilização e reciclagem
de resíduos - que exclui a valori-
zação por incineração - foi no ano
passado de 38,5% nos Açores,
uma meta que ainda está abaixo
dos 50% previstos no PEPGRA
para 2020. Para esta taxa de
38,5% no total dos Açores muito
contribuem as baixas taxas de re-
ciclagem em São Miguel (30,2%)
e Terceira (26,9%).
Mesmo assim, os Açores estão
bem acima do continente portu-
guês (que está abaixo dos 30%)
na taxa de reciclagem, embora es-
tejam neste particular ainda abai-
xo da média da União Europeia
(que já está perto dos 50%).
Em conferência de imprensa
na cidade da Horta para a apre-
sentação do relatório relativo à
produção e gestão de resíduos em
2019, a secretária regional da
Energia, Ambiente e Turismo,
Marta Guerreiro, afirmou que “o
Governo Regional tem assumi-
do um compromisso cada vez
mais vincado” numa gestão efi-
caz dos resíduos nos Açores,
“construindo um modelo assen-
te nos princípios do desenvolvi-
mento sustentável e da economia
circular”, apesar do aumento si-
gnificativo da população flu-
tuante, nomeadamente de turis-
tas, nos últimos anos.
Marta Guerreiro assinalou
que a valorização material (re-
ciclagem) de resíduos nos Aço-
res evoluiu de 9,6% em 2012
para para 22,6% em 2019, en-
quanto que a valorização orgâ-
nica (compostagem) evoluiu de
3,6% em 2012 para 15,5% em
2019. E destacou ainda o facto
de seis ilhas dos Açores (Flores,
Corvo, Faial, São Jorge, Gracio-
sa e Santa Maria) terem atingi-
do o “Aterro Zero” com a valo-
rização a 100% dos resíduos
urbanos produzidos nessas ilhas.
Conforme concluiu Marta
Guerreiro, “a evolução registada
ao longo dos últimos anos permi-
te inferir que, a partir do momento
em que entrem em funciona-
mento todas as infraestruturas
previstas para o Ecoparque da lha
de São Miguel, a Região está em
condições de cumprir com as me-
tas do PEPGRA”. Ƈ
4 Publicidade TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020 . AÇORIANO ORIENTAL
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
Escolas
profissionais
com 37 cursos
programados
No próximo ano letivo, mantém-se o número de
cursos profissionais. Mas governo está a avaliar
mais formação para dar resposta à Covid-19
PAULA GOUVEIA
pgouveia@acorianooriental.pt
As 17 escolas de ensino pro-
fissional da Região vão man-
ter, no próximo ano letivo, o
número de cursos que tem
sido aprovado nos últimos
três anos.
Como refere a diretora re-
gional do Emprego e Qualifi-
cação Profissional, Paula An-
drade, “vamos manter o
mesmo número de cursos que
temos vindo a ter nos últimos
três anos - ou seja, 37 cursos
por ano letivo”. Como repara a
diretora regional, “o atual qua-
dro comunitário está a atingir
o seu fim, e a sua dotação o que
nos permite é manter o mes-
mo número de cursos”.
Quatro detidos por tráfico e
produção de estupefacientes
Intervenção da PSP permitiu apreender vários objetos
O Comando Regional dos Aço-
res - Divisão Policial de Angra
do Heroísmo, através de ele-
mentos da Esquadra de Velas,
com a colaboração de elemen-
tos da Esquadra da Calheta, de-
Segundo a responsável,”a
oferta formativa para o pró-
ximo ano letivo estava prati-
camente delineada pelas es-
colas profissionais ainda
antes da situação atípica que
se viveu por todo o mundo, e
o contexto de crise. Houve
apenas algumas reestrutura-
ções, face ao contexto, mas
muito poucas”, revela. Deste
modo, quanto aos cursos es-
colhidos pelas escolas de en-
sino profissional, Paula An-
drade afirma que se mantém
“a tendência acentuada de
cursos na área digital, como
por exemplo Técnicas de co-
municação e serviço digital,
informática, programação, e
eletrónica e comunicações”.
PSP
teve quatro homens, com ida-
des entre os 34 e 45 anos, pela
prática do crime de tráfico e pro-
dução de estupefaciente, vul-
garmente denominado “Crystal
Meth”.
Escolas profissionais com vagas para 740 alunos no próximo ano letivo
Tendo cada curso uma mé-
dia de 20 alunos, no próximo
ano letivo, “estaremos a falar
de cerca de 740 alunos, nas 17
escolas de ensino profissional
dos Açores”.
A par desta oferta formati-
va, a diretora regional do Em-
prego e Qualificação Profis-
sional adianta que “o governo
regional está a alinhavar um
De acordo com comunicado
da PSP, no decorrer das dili-
gências, foram realizadas três
buscas domiciliárias e uma não
domiciliária, onde foram
apreendidos vários objetos re-
lacionados com a produção do
referido produto, um laborató-
rio clandestino de fabrico de An-
fetaminas, bem como 144 doses
de produto estupefaciente.
Foram ainda apreendidas vá-
rias viaturas e uma embarcação
de recreio, de valor elevado, por
haver suspeitas de estarem re-
lacionadas com o crime em
apreço, acrescentou a mesma
fonte.
De acordo com o comunica-
do do Comando Regional dos
Açores da PSP, os detidos se-
rão presentes a primeiro in-
terrogatório judicial para apli-
cação da conveniente medida
de coação.Ƈ SR
ESCOLA PROFISSIONAL DA POVOAÇÃO
conjunto de medidas que fará
parte do pacote de retoma,
nomeadamente ao nível da
qualificação que será neces-
sária às empresas e às pessoas
em situação de desemprego,
e que desse modo terão uma
oportunidade de, com uma
formação mais intensiva, in-
tegrarem o mercado de tra-
balho”.
Centros de
Atividades de
Tempos Livres
retomam o
funcionamento
A secretária regional da Soli-
dariedade Social disse ontem,
em Angra do Heroísmo, que os
Centros de Atividades de Tem-
pos Livres estão a retomar o
funcionamento de forma gra-
dual e demonstram capacida-
de de adaptação à nova reali-
dade, de acordo com as
orientações da Autoridade de
Saúde Regional.
Andreia Cardoso visitou on-
tem o Centro de Atividades de
Tempos Livres da Associação
Cristã da Mocidade, à seme-
lhança do que tem vindo a fazer
com as diversas respostas so-
ciais, por forma a inteirar-se de
como tem decorrido a reaber-
tura das valências e do seu fun-
cionamento com as novas re-
Regional 5
De acordo com Paula An-
drade, este ano, no contexto
atual, “houve uma preocupa-
ção do governo regional e das
escolas - tivemos uma reunião
este mês para avaliar a estra-
tégia de formação profissio-
nal - de fornecer às empresas
formação e recursos humanos
que estejam capacitados para
entrar no mercado de traba-
lho, nomeadamente no âm-
bito das medidas Covid-19 -
como por exemplo formação
para trabalhadores de em-
presas em lay-off ”.
Segundo Paula Andrade,
desde 2014, já foram investi-
dos cerca de 134,5 milhões de
euros em formação - cursos
profissionais, cursos de espe-
cialização tecnológica (nível
V) e Reativar, abrangendo
cerca de 11 mil jovens - recor-
rendo ao financiamento de
fundos comunitários - através
do PO Açores 2020.
A área do Turismo é uma
das áreas onde tem havido um
investimento significativo ao
nível da formação profissio-
nal, tendo absorvido cerca de
31,2 milhões de euros de in-
vestimento desde 2014. Des-
de então, foram lecionados 78
cursos de ensino profissional
na área do Turismo, abran-
gendo 1887 formandos, dos
quais 1536 já terminaram -
existindo ainda cursos a de-
correr. Ƈ
gras que se impõem, refere uma
nota do governo regional.
“À semelhança das creches e
jardins de infância, os CATL
também demonstram uma
grande capacidade de adapta-
ção à nova realidade, tendo pre-
parado a reabertura de forma
gradual e com o apoio da equi-
pa técnica de acompanhamen-
to aos planos de contingência”,
frisou na ocasião, adianta a
mesma nota.
“Sabemos que a adesão dos
pais vai aumentando com o
tempo e este reingresso de for-
ma faseada também é impor-
tante para as instituições, que
se vão preparando de forma
gradual para a nova realidade”,
acrescentou Andreia Cardoso.
Durante a fase de pandemia,
o Governo dos Açores compar-
ticipou financeiramente as ins-
tituições com valência de CATL
em toda a Região em quase 300
mil euros, valor corresponden-
te à comparticipação familiar
de que as famílias foram isen-
tadas durante o período de en-
cerramento. Ƈ PG
6 Regional
Entregue ao CESA estudos sobre
a população e recursos humanos
Fundação Gaspar Frutuoso entregou ao Conselho Económico e Social dos Açores estudos sobre a
população e recursos humanos dos Açores, acrescidos das respostas e estratégias nestes domínios
PAULO FAUSTINO
pfaustino@acorianooriental.pt
A Fundação Gaspar Frutuoso
entregou ao Conselho Econó-
mico e Social dos Açores (CE-
SA) estudos sobre a população
e recursos humanos dos Aço-
res, acrescidos das respostas e
estratégias nestes domínios.
A entrega daqueles estudos
aconteceu ontem, na sequência
de uma reunião que juntou o
presidente do CESA, Gualter
Furtado, o Secretário-Geral
deste Conselho, Renato Me-
Plenário do Conselho
Económico e Social
dos Açores irá reunir
a 26 deste mês para
debater estudos
deiros, e a Vice-Reitora da Uni-
versidade dos Açores (UAc),
Gabriela Silva, o presidente do
conselho diretivo da Fundação
Gaspar Frutuoso, Paulo Mene-
zes, o diretor do Centro de Eco-
nomia Aplicada, Mário Fortu-
na, e a representante do diretor
do Centro Interdisciplinar de
Ciências Sociais e investigado-
Sindicato aponta
baixos salários
e precariedade
O Sindicato das Indústrias
Transformadoras, Alimenta-
ção, Comércio e Escritórios,
Hotelaria e Turismo (SITA-
CEHT) dos Açores aponta os
baixos salários e a precarieda-
de como principais causas da
pobreza na Região, salientan-
do que as desigualdades são su-
periores à média nacional.
“Os dois fatores determi-
nantes em relação à pobreza
e à exclusão social nos Açores
são os baixos salários – e são
cada vez mais os trabalhado-
res nos Açores que são con-
Entrega de estudos ocorreu ontem, na sequência de uma reunião que juntou elementos do CESA e da UAc
ra, Gilberta Rocha, para além
do investigador Cabral Vieira.
Segundo informa nota de im-
prensa, estiveram envolvidos
nos trabalhos dois centros de
investigação da Universidade
dos Açores, representados por
Gilberta Rocha, Cabral Vieira,
Sandro Serpa e Tomás Denti-
nho.
frontados com essa situação
– e a qualidade do emprego.
(...)O trabalho precário está
enraizado e as condições dos
que têm trabalho efetivo têm
vindo a degradar-se”, afirmou
ontem o coordenador do SI-
TACEHT, Vítor Silva, numa
conferência de imprensa, em
Angra do Heroísmo.
As conclusões do sindicato
resultam de um trabalho rea-
lizado, desde novembro de
2019, em conjunto com a
União de Sindicatos de Angra
do Heroísmo, em que foi ana-
De acordo com a mesma fon-
te, o Conselho Económico e So-
cial dos Açores vai reunir em
plenário a 26 deste mês com o
objetivo de debater os referidos
estudos, com a participação dos
investigadores que os realiza-
ram, incluindo do presidente
da Fundação Gaspar Frutuoso.
Mais adianta que os estudos
lisado o reflexo do rendimen-
to e do emprego na pobreza e
na exclusão social nos Açores,
com base em estudos acadé-
micos, dados estatísticos e con-
tratos coletivos de trabalho,
entre outros.
As propostas do SITACEHT
para o combate à pobreza só se-
rão divulgadas na próxima se-
mana, mas a caracterização da
pobreza nos Açores, apresen-
tada ontem, coloca o arquipé-
lago no último lugar da tabela
em todos os indicadores.
“O que verificamos é que cres-
cem as desigualdades entre ri-
cos e pobres, num contexto em
que as taxas de risco de pobre-
za na nossa região são as maio-
res do país”, frisou Vítor Silva.
Segundo dados do Institu-
to Nacional de Estatística
(INE), os Açores apresenta-
vam em 2019 a maior taxa de
e as contribuições dos parcei-
ros sociais serão posterior-
mente disponibilizados à As-
sembleia Legislativa da Região
Autónoma dos Açores, Gover-
no Regional, autarquias, par-
ceiros sociais e a todos os que
manifestarem interesse em ace-
derem aos trabalhos em ques-
tão. Ƈ
pobreza e exclusão social do
país (36,7%, quando a média
nacional era 21,6%) e a maior
taxa de privação material se-
vera (13,1%, quando a média
nacional era de 5,6%).
A justificação está, segundo
o sindicato, na “precariedade
generalizada” e na diferença
salarial, já que, em média, os
trabalhadores por conta de ou-
trem no arquipélago têm um
salário líquido de 801 euros,
menos 110 euros do que a mé-
dia nacional, e 19% recebem
menos de 600 euros por mês.
“Apesar de o salário mínimo
aumentar, não há este mesmo
reflexo nas restantes catego-
rias profissionais, nem na res-
tante tabela salarial, o que faz
com que haja uma perda de
rendimentos por todos os ou-
tros trabalhadores e que cada
vez mais o salário mínimo re-
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
DIREITOS RESERVADOS
Epicentro perto da Ribeira Quente
Sismo de
magnitude 1,8
sentido na ilha
de São Miguel
Um sismo com magnitude 1,8 na
escala de Richter foi registado às
10h17 de ontem nos Açores, com
epicentro a cerca de seis quiló-
metros a sudeste da Ribeira
Quente, em São Miguel.
O Serviço Regional de Proteção
Civil e Bombeiros dos Açores
(SRPCBA) informa que, segun-
do o Centro de Informação e Vi-
gilância Sismovulcânica dos Aço-
res (CIVISA), o sismo “foi sentido
com intensidade II/III nas fre-
guesias da Ribeira Quente, Po-
voação e Furnas, concelho da Po-
voação”, na ilha de São Miguel.
A intensidade é medida na es-
cala de Mercalli Modificada.
“O CIVISA continua a acom-
panhar o evoluir da situação, emi-
tindo novos comunicados caso ne-
cessário”, acrescenta o
comunicado da Proteção Civil
açoriana. ƇLUSA
gional vá absorvendo todas as
categorias profissionais”, sa-
lientou o sindicalista, alegan-
do que o mesmo não aconte-
ce no resto do país. “Corremos
o risco de daqui a dois ou três
anos, se nada for feito para al-
terar esta situação, no setor
privado só haver salário míni-
mo regional e isto é gravíssi-
mo”, acrescentou.
Em ano de eleições regionais,
o SITACEHT quer trazer a po-
breza e a exclusão social à dis-
cussão e sensibilizar os partidos
políticos para a necessidade de
implementar medidas mais efi-
cazes. O trabalho desenvolvido
pelo SITACEHT deverá ser tra-
duzido num caderno reivindi-
cativo, apresentado até setem-
bro, e, numa segunda fase, os
dados recolhidos deverão ser
analisados pelo gabinete de es-
tudos da CGTP. Ƈ LUSA
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
Ponta Delgada apoiou cerca de 150
famílias através de 603 vales sociais
Foram atribuídos vales a 147 famílias
para enfrentarem as “graves dificuldades
socioeconómicas que surgiram” com a Covid-19
LUSA
Açoriano Oriental
A Câmara de Ponta Delgada
apoiou cerca de 150 famílias ca-
renciadas, através da atribuição
de 603 vales sociais, no âmbito
da pandemia de Covid-19, anun-
ciou a autarquia.
Numa nota enviada às reda-
ções, a maior autarquia açoria-
na adianta que o projeto Vales
de Apoio Social para Famílias
Carenciadas, uma das medidas
criadas pelo município para
“combater as graves dificulda-
des socioeconómicas que surgi-
ram no âmbito da Covid-19”,
apoiou um total de 147 famílias.
Os 603 vales sociais atribuí-
dos somam 12 060 euros.
Segundo a autarquia, presidi-
da por Maria José Duarte, a me-
dida excecional visou “colmatar,
no imediato, uma necessidade
básica, resultante de situações
de desemprego ou ausência pro-
longada ao trabalho, o que pro-
Vídeo para ajudar jovens
que vão estudar para fora
Apoiar os estudantes no continente é um dos objetivos da JAUPA
vocou a redução dos rendimen-
tos dos agregados familiares”.
Também devido à pandemia,
a autarquia disponibilizou a cer-
ca de uma centena de idosos iso-
lados “apoio regular” e “cedeu 77
camas articuladas, 37 cadeiras
de rodas, seis andarilhos e três
canadianas”.
Foram entregues 73 compu-
tadores a alunos das escolas do
1.º ciclo do ensino básico de Pon-
ta Delgada, com Internet de
banda larga incluída, “a título de
empréstimo”.
Os estudantes foram identifi-
cados pelas cinco escolas básicas
integradas do concelho.
Já o projeto de inclusão social
Casa Manaias, que apoia pessoas
em situação de sem-abrigo ou de
vulnerabilidade social do centro
histórico de Ponta Delgada, dis-
tribuiu “um total de 757 refeições
em março, 2.508 refeições em
abril e 1.885 refeições em maio”
e reforçou o apoio a cuidados de
DIREITOS RESERVADOS
Autarquia, presidida por Maria José Duarte, fez balanço dos apoios à população no âmbito da Covid-19
higiene pessoal e medicação.
Quanto ao Projeto “Zero Des-
perdício”, que conta com a As-
sociação de Seniores de São
Miguel como entidade rece-
tora dos alimentos doados e
a Câmara Municipal como en-
tidade responsável pela su-
JAUPA está a divulgar
nas escolas um vídeo
informativo que pretende
ajudar e facilitar a
integração a todos os
jovens que vão prosseguir
estudos fora dos Açores
RUI JORGE CABRAL
rcabral@acorianooriental.pt
A Associação de Jovens Aço-
rianos Unidos Pelos Açores
(JAUPA) está a divulgar pelas
escolas um vídeo informativo
que pretende ajudar e facilitar
a integração aos jovens que vão
ter de abandonar a Região para
prosseguir o seu percurso aca-
démico.
Segundo refere a JAUPA em
nota de imprensa, o objetivo
deste trabalho é não só o de aju-
pervisão do projeto, o grupo
de 98 voluntários “tornou pos-
sível que 13 agregados caren-
ciados, compostos na sua to-
talidade por 48 pessoas, fossem
apoiados diariamente com re-
feições”.
Foi também disponibilizada
dar os jovens açorianos numa
nova etapa em que vão estudar
fora, mas também fomentar os
laços com a Região, com vista a
um possível regresso.
O vídeo foi enviado a todas as
escolas secundárias e profis-
sionais da Região, estimando a
JAUPA que possa alcançar cer-
ca de sete mil jovens.
Esta associação de jovens
açorianos criou também no ano
passado um kit de estudante
com informações sobre as três
cidades mais procuradas pelos
jovens açorianos quando estu-
dam fora: Lisboa, Coimbra e
Porto.
Neste kit de estudante, é pos-
sível encontrar informações so-
bre os melhores lugares para ar-
ranjar casa, bem como o preço
médio dos quartos por cada ci-
dade, através de um levanta-
mento realizado em 150 quar-
tos, que permitiu estabelecer
uma média credível nas dife-
rentes cidades. O kit disponi-
biliza ainda informação sobre
todos os municípios que
apoiam os jovens com bolsas de
Regional 7
EDUARDO RESENDES
uma linha de apoio psicológico
para ajudar a população a lidar
com a pandemia e foram reali-
zados, “entre março a maio, 84
contactos de acompanhamento
psicológico e 16 de apoio social
de forma não presencial (telefo-
ne, skype, whatsapp)”.Ƈ
estudo, bem como alguns
apoios gerais a que os estudan-
tes se podem candidatar.
Outra informação importan-
te para os estudantes que vão
para fora é a relativa aos títulos
de transporte e sobre o local
onde fazer e renovar os passes,
havendo ainda informação so-
bre os lugares de estudo e con-
vívio para estudantes.
Por fim, o kit disponibiliza
contactos de membros da JAU-
PA que estudam ou estudaram
fora, nomeadamente em Lis-
boa, Coimbra e Porto e que po-
dem acompanhar e ajudar os
açorianos recém-chegados, de
forma a tornar o processo de in-
tegração mais fácil.
Em nota de imprensa, a JAU-
PA recorda que procura divul-
gar aos estudantes no conti-
nente português as condições
para um regresso à Região Au-
tónoma dos Açores, o que se faz
também através do assegurar
das melhores condições para os
estudantes açorianos, procu-
rando garantir que a sua liga-
ção aos Açores se mantém. Ƈ
8 Regional
Entrevista
Carlos Alberto Machado A única editora livreira do Pico, a
“Companhia das Ilhas”, sente os efeitos negativos da
pandemia, mas este é apenas mais um obstáculo do projeto
Pandemia revela
‘estado lastimoso’
do investimento
na cultura
CÉLIA MACHADO
Açoriano Oriental
O casal Sara Santos e Carlos Alberto Ma-
chado criou, em 2011, nas Lajes do Pico,
a “Companhia das Ilhas”, um investimento
num ramo difícil e pouco acarinhado,
como ambos afirmam. O projeto resiste à
ausência de “medidas de apoio aos edi-
tores” nos Açores. O Açoriano Oriental es-
teve à conversa com Carlos Alberto Ma-
chado, entre obras publicadas e outras a
aguardar por uma oportunidade.
A Companhia das Ilhas nasceu em
2011. Em traços gerais, como tem sido
esta caminhada?
A “Companhia das Ilhas” nasceu em
tempos difíceis, até parecia que o mun-
do poderia acabar por um desses dias. Por-
quê? Estávamos em 2011, em maio, e Por-
tugal entrara num “período negro”: crise,
austeridade, troika. Digamos: não foi um
começo fácil. Diziam-nos: então, em ple-
na crise, com despedimentos em massa,
empresas a fecharem portas, inseguran-
ça e, até, medo, vocês, no meio do Atlân-
tico, numa ilha de menos de 15 mil habi-
tantes e numa Vila com não mais de 300
pessoas, criam uma editora livreira? Pois
foi. E talvez, dizemos nós agora, tenha sido
essa a nossa primeira marca identitária:
acreditar que era possível “fazer coisas” no
meio da descrença generalizada.
À partida, já sabia que não seria fá-
cil manter uma editora independen-
te, com a dimensão que tem e sediada
numa ilha como o Pico, com baixa den-
sidade populacional, com poucas ini-
ciativas literárias. Se fosse possível vol-
tar atrás, teria avançado com a
“Companhia das Ilhas”?
Hoje, passados mais de 200 títulos di-
ferentes é legítimo que se pergunte: valeu
a pena, vale a pena continuar? Generi-
camente, sim. Mas é evidente que, como
não somos como aquele senhor que não
tinha dúvidas e raramente se enganava,
digamos que não faríamos tudo do modo
como fizemos, nos mesmo ritmos, etc. E
a com a consciência do que somos e do que
podemos fazer no contexto açoriano e na-
cional, encaramos o futuro próximo de
modo diferente.
A pandemia de Covid-19 afetou o
mundo, ainda afeta... No caso parti-
cular da sua editora, qual o impacto?
A Covid-19 e a pandemia apenas vieram
colocar a nu o estado lastimoso da Região
e do País no que toca aos investimentos
nas pessoas, na cultura que tudo cimen-
ta. “Tapam-se buracos”, aumenta a de-
magogia e o populismo, os governos fin-
gem que gostam muito de livros e dos
autores, etc. No caso particular dos Aço-
res, nem uma só medida de apoio aos edi-
tores. Continuamos sem uma política cul-
tural, ativa e participada, nos domínios do
livro e da leitura, multissetorial, que abran-
ja a Escola, a edição, a distribuição, a pro-
moção, etc., etc.
Este ano, já publicámos 14 títulos dife-
rentes – em junho atingimos 200 títulos
– e vamos continuar, embora a um ritmo
menor (a nossa média anual tem sido de
20 livros, quase 40 em 2019): até ao fim
do ano contamos publicar mais 5 ou 6, en-
tre eles o início da Obra Completa de Ur-
bano Bettencourt, a continuação da Obra
Completa de Vitorino Nemésio (que o mu-
nicípio da terra que viu nascer o grande
poeta, o da Praia da Vitória, não quis pa-
trocinar) e, nos seguintes, a continuidade
das Obras Completas de Álamo Oliveira
e de José Martins Garcia.
Por causa da Covid-19, muita gente
viu-se obrigada a permanecer em casa.
Esta teria sido a melhor altura para o li-
vro ganhar um papel de maior rele-
vância, mas não o conseguiu. Não há
como “roubar” algum espaço às tecno-
logias de informação?
Há cada vez menos leitores, menos li-
vrarias no país, as dívidas das livrarias têm
largos meses e vão aumentando. As pes-
soas ficaram em casa a ver televisão e agar-
radas às “redes sociais”: mais do mesmo,
“No caso particular dos Açores, nem
uma só medida de apoio aos editores.
Continuamos sem uma política
cultural, ativa e participada”.
portanto. O digital e o papel não são an-
tagónicos. Quem lê, lê. Ponto.
A venda de livros é mais rentável, no
caso da “Companhia das Ilhas”, pela
internet ou presencialmente, em fei-
ras e outros eventos de promoção das
obras?
A “Companhia das Ilhas” cresceu nes-
tes nove anos pela qualidade do seu ca-
tálogo e por uma gestão de independên-
cia face aos poderes instituídos e ao
chamado mercado livreiro – a distribui-
ção dos seus livros é feita diretamente para
as livrarias, sem qualquer tipo de inter-
mediários. Hoje, está presente nos maio-
res grupos livreiros online e na generali-
dade das livrarias independentes, em todo
o território nacional. Este é também um
motivo de atração para muitos autores que
querem ver os seus livros com padrões edi-
toriais de qualidade acima da média, gra-
ficamente singulares e num contexto de
proximidade com o que de melhor se faz
em Portugal, beneficiando ainda de uma
distribuição cuidada e criteriosa. O equi-
líbrio financeiro é fundamental, pois to-
dos sabemos que a grande maioria dos
projetos editoriais de pequena e média di-
mensão no país faliu por evidentes desa-
justes entre a sua identidade editorial e os
anseios de (desmedida) notoriedade.
A editora tem um rol de autores pu-
blicados bastante diversificado.
Os “cartões de apresentação” de uma
editora são sempre os seus autores: são
mais de 120, não contando com os de 7 an-
tologias. Podemos destacar alguns que os
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
CÉLIA MACHADO
leitores mais facilmente reconhecerão:
António Cabrita, Carlos Alberto Macha-
do, Leonor Sampaio da Silva, Luiz Fa-
gundes Duarte, Nuno Dempster, Onési-
mo Teotónio Almeida, Rui Pina Coelho,
Urbano Bettencourt, Maria Graciete Bes-
se e Vitorino Nemésio. Mas a editora tam-
bém se orgulha de ter pela primeira vez
publicado alguns autores (ou ter dado con-
tinuidade às suas primeiras obras), como
Leonardo Sousa, Maria Brandão, Nuno
Costa Santos ou Rosalina Marshall.
O futuro do livro assusta-o?
Os livros e a leitura são domínios mi-
noritários e o Estado tem de intervir para
que os editores sobrevivam. Em muitos
países da Europa, em especial os do norte,
os governos têm políticas permanentes e
sistemáticas de apoio aos editores, com-
prando antecipadamente centenas de li-
vros para distribuição pelas bibliotecas pú-
blicas, cumprindo assim dois objetivos:
oferta maior e mais diversificada para a lei-
tura pública, garantia da vida financeira
das editoras. Por aqui, zero!
Quanto ao futuro, não temos muitas es-
peranças nas instituições, dos governos ou
outras. Acreditamos no nosso trabalho ri-
goroso e intelectualmente honesto; acre-
ditamos nos leitores fiéis que compram e
leem os nossos livros, por gosto e porque
consideram ser um dever de solidarieda-
de.
Deixámos de concorrer a apoios estatais
dominados por lógicas abstrusas e de ami-
guismo bacoco. Denunciaremos os abusos
e as represálias do poder, tenha a cor que ti-
ver, por dizermos publicamente coisas in-
cómodas. Não temos de pagar favores a nin-
guém. Continuamos como queremos,
acabaremos quando quisermos. Ƈ
AÇORIANO ORIENTAL . TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020 Publicidade 9
10 Publicidade TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020 . AÇORIANO ORIENTAL
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
SATA retomou ligações
entre o Continente
e os Açores
Desde ontem que a TAP deixou de ser a única companhia a
fazer ligações para o arquipélago no cenário de pandemia
LUSA
Açoriano Oriental
A transportadora aérea SATA retomou
ontem as ligações entre o continente
português e as ilhas de São Miguel e
Terceira, deixando a TAP de ser a úni-
ca companhia a fazer ligações para o
arquipélago no atual cenário de pan-
demia.
Desde ontem, indicou o Governo Re-
gional enquanto acionista da SATA,
são retomadas “as ligações aéreas de
transporte de passageiros com o ter-
ritório continental português, de for-
ma progressiva e gradual”, tendo sido
fixado 15 de julho como a “data limi-
te para a normalização” da operação
para as ilhas de Santa Maria, Pico e
Faial, que recebem também voos de
Lisboa, ao abrigo das obrigações de
serviço público.
Apesar do aumento esperado de via-
gens para os próximos tempos, o exe-
cutivo açoriano vai manter a exigên-
cia de teste à Covid-19 à chegada ao
arquipélago, até 1 de julho, mas nas
ilhas de São Miguel e Terceira o resul-
tado passará a ser conhecido em 12 ho-
ras.
Desde meados de maio que os Aço-
res deixaram de exigir o cumprimen-
to de quarentena obrigatória à chega-
Governo decide
comparticipar prejuízos
na área da floricultura
O Governo dos Açores vai comparti-
cipar, num apoio extraordinário e com
verbas próprias da Região, os prejuí-
zos financeiros apurados entre os pro-
dutores de flores entre 13 de março e
31 de maio, na sequência da pande-
mia.
Uma portaria ontem publicada em
Jornal Oficial refere que este apoio
abrange os floricultores das ilhas de
São Miguel, Terceira e Faial, e visa
compensar “as perdas decorrentes do
encerramento de mercados e comér-
cio de flores e outras plantas orna-
mentais devido ao surto de Covid-19”.
Citado numa nota do executivo, o
da à Região, sendo a medida
substituída pela realização de testes
à Covid-19, caso os passageiros não
tivessem realizado um teste nas 72
horas anteriores ao embarque. Os
passageiros eram, no entanto, obri-
gados a aguardar pelo resultado
numa unidade hoteleira indicada
para o efeito, o que poderia demo-
rar no máximo de 48 horas.
Até ontem, as ligações aéreas de
Lisboa para as ilhas de São Miguel e
Terceira eram asseguradas apenas
pela TAP, que nunca deixou de ope-
rar para a Região, mesmo no pico da
Covid-19.
A Ryanair deve retomar a sua ope-
ração para os Açores também este
mês.
Após a reabertura do espaço aéreo
nacional, a Azores Airlines, do gru-
po SATA, deverá também “retomar
as ligações aéreas internacionais, de
forma progressiva e gradual”, em
função da sua capacidade e da evo-
lução da pandemia nos países de des-
tino.
Os Açores vão colocar entretanto
todas as ilhas com ligações aéreas ao
exterior (São Miguel, Terceira, Pico,
Faial e Santa Maria) em situação de ca-
lamidade pública, até 1 de julho. Ƈ
secretário regional da Agricultura e
Florestas, João Ponte, salienta que,
face aos “acentuados” prejuízos eco-
nómicos e à quebra de rendimento ve-
rificada entre os floricultores nos Aço-
res, por impossibilidade de venda e
expedição de flores para fora da Re-
gião, “impunha-se tomar medidas
para minimizar esta realidade”. De
acordo com a portaria, o apoio finan-
ceiro a conceder aos floricultores “será
calculado atendendo ao número de
hastes/pés que existem em campo ou
em conservação com calibre e em con-
dições de serem comercializadas no
período estipulado”. ƇLUSA
Regional 11
PUB
ANÚNCIO
VENDA EM HASTA PÚBLICA DE UM IMÓVEL DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES,
NA ILHA DAS FLORES
1 – Descrição sucinta do objeto do procedimento:
Vai à venda em hasta pública, no estado em que se encontra, o imóvel abaixo identificado, no local, data
e hora indicados.
2 – Indicações adicionais:
Este anúncio, além das publicações no Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores e num jornal
de grande circulação, é afixado na Direção Regional do Orçamento e Tesouro, sita à Rua Dr. José
Bruno Tavares Carreiro, nº 6 - 7º Piso, em Ponta Delgada, na Direção de Serviços do Património, sita
à Avenida Infante D. Henrique, n.º 38 – 1º Andar, em Ponta Delgada, nos Serviços da Ilha das Flores
da Vice-Presidência do Governo Regional, sita na Rua Dr. Armas da Silveira, nº 1, 9970-331 Santa
Cruz das Flores, na Delegação da ilha das Flores da Secretaria Regional dos Transportes e Obras
Públicas, sita na Praça Marquês de Pombal, 9970-314 Santa Cruz das Flores, nos Serviços de
Finanças e nas Câmaras Municipais da ilha das Flores, na Junta de Freguesia da localização do imó-
vel, e ainda, na Delegação da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
3 - Elementos do imóvel a alienar:
4 - Local, data e hora limite para entrega das propostas:
As propostas de aquisição devem ser entregues por mão própria ou dar entrada por correio, sob
registo, até às 15:00 horas do dia 16 de julho de 2020, nos Serviços da ilha das Flores da Vice-
Presidência do Governo Regional, sita na Rua Dr. Armas da Silveira, nº 1, 9970-331 Santa Cruz
das Flores,também na mesma hora e data.
5 - Modo de apresentação das propostas:
5.1 - As propostas devem ser apresentadas em sobrescrito fechado, identificando-se no exterior
do mesmo o proponente e o imóvel a que respeita, que, por sua vez, é encerrado num segundo
sobrescrito dirigido ao presidente da comissão e endereçado ao serviço onde é realizada a praça.
5.2 - A proposta a apresentar deve indicar um valor para arrematação do imóvel superior à base
de licitação, em conformidade com o ponto 7.2.
5.3 – A proposta é acompanhada de um cheque de montante correspondente a 5% do valor da
proposta, emitido à ordem da Direção Regional do Orçamento e Tesouro.
6 – Local, data e hora do início e funcionamento da praça:
6.1 - A praça terá lugar no próximo dia 17 de julho de 2020, pelas 10:00 horas, no salão nobre
da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, sito na rua Senador André de Freitas, 9970-320
Santa Cruz das Flores, salvo se, por razões de força maior, a praça deverá efetuar-se 24 horas
ou 48 horas após a data inicial e no mesmo local.
6.2 - Na praça pode licitar qualquer interessado, mesmo que não tenha apresentado proposta.
7 - Critério de adjudicação:
7.1 - O imóvel será adjudicado pelo preço mais alto, sendo aberta licitação entre os concorrentes
e todos os presentes que estejam interessados em participar no ato público, tenham ou não apre-
sentado proposta.
7.2 – O valor mínimo dos lanços é o indicado no quadro supracitado no ponto 3.
8 - Modalidades de pagamento admitidas:
8.1 – O pagamento do preço é efetuado a pronto.
8.2 - O adjudicatário provisório deve, de imediato, efetuar o pagamento de 10 % do valor da adju-
dicação.
8.3 - A quantia remanescente é liquidada no prazo de 30 dias, a contar da data da notificação
da adjudicação definitiva.
9 - Impostos e emolumentos devidos:
9.1 - No prazo de 10 dias, a contar da adjudicação provisória, o adjudicatário deverá comprovar
o pagamento do imposto de selo e do imposto municipal sobre a transmissão onerosa de imóveis
que forem devidos.
9.2 – Deverá, ainda, apresentar documento que comprove a sua situação regularizada relativa-
mente a contribuições para a Segurança Social, bem como documento que comprove a sua situa-
ção regularizada relativamente a impostos devidos em Portugal.
10 - Consulta das peças do procedimento:
As peças do procedimento poderão ser consultadas na Direção de Serviços do Património, nas
horas de expediente, das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 horas, podendo ainda ser obtida infor-
mação através do telefone 296301100, ou para o email: maria.lm.cordeiro@azores.gov.pt
Poderão, ainda, ser consultadas, nos Serviços de Ilha das Flores da Vice-Presidência do Governo,
sita na Rua Dr. Armas da Silveira, nº 1, 9970-331 Santa Cruz das Flores, para o telefone
292592846, ou para o email: isabel.am.freitas@azores.gov.pt, no mesmo horário.
O DIRETOR REGIONAL DO ORÇAMENTO E TESOURO,
José António Gomes
12 Publicidade TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020 . AÇORIANO ORIENTAL

AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
Agricultura, ambiente e bom senso
Os consumidores de uma for-
ma geral, mas também os agri-
cultores, estão sensíveis às
questões ambientais e climáti-
cas que passaram a estar, de
forma transversal, na vida so-
cial, política e económica sen- RURAL AZORES distintas e interesses ambien-
ANTÓNIO
do objeto da comunicação glo- ALMEIDA
bal. DEPUTADO
NA ALRAA PELO
Os Açores, procuram, na sua PSD/A
mensagem institucional, asse-
gurar em toda a linha a sustentabilida-
de ambiental como o elemento de atra-
tividade turística, muitas vezes
induzindo a confusão entre paisagem e
ambiente.
Na Agricultura da União Europeia
discute-se o Pacto Ecológico Europeu,
que integra os objetivos a Agenda 2030
e do desenvolvimento sustentável das
Nações Unidas.
Assente em dez pilares, saliento dois
pilares do Pacto Ecológico Europeu
com influência particular no futuro da
Agricultura dos Açores já na próxima
década: a Agricultura Verde e a Investi-
gação e Inovação.
O Mundo, a Europa e os Açores vão
fazer parte de um novo paradigma que
obriga ao debate, à compreensão, mas
também ao bom senso na adoção de
políticas de desenvolvimento sustentá-
vel, mas também de crescimento do
rendimento das pessoas.
A contradição pode vir a ser evidente: a União Europeia disponibilizar, com
Exercício físico em tempo de pandemia
Apesar das recomendações das autori-
dades de manter o isolamento social
para controlar a pandemia pelo coro-
navírus, muitas pessoas praticam ati-
vidades físicas ao ar livre, correndo ou
pedalando por ruas movimentadas, ci-
clovias e nas praias. Ainda que pareça
uma saída permitida, para o bem da
própria saúde, a prática de atividades
físicas ao ar livre só é recomendada
pela Organização Mundial da Saúde
caso seja realizada respeitando o dis-
tanciamento físico de pelo menos dois
metros para evitar a propagação do ví-
rus. Portanto, recomenda-se a prática
regular de atividade física, respeitan-
do as regras amplamente difundidas e
onde não pode faltar acima de tudo
bom senso.
Sabe-se que a prática de exercício
promove a melhoria da aptidão mus-
cular e cardiorrespiratória, reduz o
risco de hipertensão arterial, doença
cardíaca coronária, derrames, diabe-
tes, obesidade, vários tipos de cancros,
entre muitos outros benefícios. Além
disso, o exercício físico tem sido um
forte aliado contra o stress adicional
causado pela quarentena, que pode
um mundo construído de eco-
nomias tão diferentes a con-
correrem entre si, nos mesmos
mercados, com níveis de sub-
sidiação diferentes, regras de
trabalho e de segurança social
tais opostos.
Temo que o discurso não ve-
nha a condizer com as práticas
e que se possam criar injusti-
ças à escala global que vão interferir nos
mercados onde os Açores vão promover
o seu Turismo, a sua Agricultura e os
serviços relacionados.
No caso agrícola podemos estar a fa-
lar em exigências que impliquem uma
nova forma de utilização dos solos, no
uso de fertilizantes e de fitofármacos,
na densidade dos encabeçamentos, etc.
conduzindo os agricultores a reduzir as
produtividades por hectare e por ani-
mal e, resultando daí, um aumento si-
gnificativo dos custos de produção e,
por via disso, dos preços dos produtos
agrícolas, ou então na degradação ain-
da maior do rendimento.
Ora esta estratégia, em muitos casos,
não “bate certo” com a preocupação de
alimentar o mundo com bens alimen-
tares baratos e acessíveis a todos, atenta
a população pobre ou no limiar da po-
breza em todo o mundo.
Restará saber que mecanismos pensa
desafiar a saúde mental dos
cidadãos. Logo, a prática do
mesmo e de atividades de re-
laxamento podem ser ferra-
mentas valiosas para ajudar a
manter a calma e continuar a
proteger a sua saúde durante CANTINHO
DA SAÚDE
esse período. ANA CATARINA
Na lista de recomendações SIMÕES
ENFERMEIRA
sobre as atividades físicas du-
rante a pandemia da Covid-
19, as autoridades de saúde ressaltam
a importância de lavar as mãos com
água e sabão ou utilizar álcool em gel
antes de sair e assim que chegar em
casa. Deve optar-se por escolher locais
com menos circulação de pessoas e
também horários que não coincidam
com grandes aglomerados. A prática
de exercícios físicos deve ser interrom- nham um comportamento sedentário.
pida na presença de sintomas relacio-
nados à COVID-19 como febre, tosse
seca e dificuldade respiratória.
No caso de não se sentir seguro na
prática de atividade física no exterior
opte por praticá-las em casa. As ativi-
dades de vida diária são excelentes al-
ternativas para manter uma rotina fi-
sicamente ativa. Subir e descer
recurso a fundos públicos e da respon-
sabilidade de todos os Estados Mem-
bros para apoiar essa estratégia.
Os agricultores ficam confusos, e com
razão, pois na União Europeia anda-
ram a ser financiados para aumentar as
produções no pressuposto de assegurar
o autoabastecimento alimentar e a pre-
ços competitivos.
Por outro lado, reduzir as áreas desti-
nadas à agricultura no mundo para sal-
vaguardar a biodiversidade e a susten-
tabilidade ambiental, sem recurso a
novas técnicas e tecnologias para au-
mentar a produtividade das áreas afe-
tas à produção agroalimentar, associa-
das ao crescimento da população
mundial, acabam parecendo incoeren-
tes.
Os Açores, com a sua reduzida di-
mensão geográfica e produtiva, têm de
encontrar neste mundo global e confu-
so, um caminho consistente, sem fun-
damentalismos, mas que procure na di-
versidade e na distinção das suas
produções agrícolas o valor adequado e
justificado para garantir um nível de
vida e de rendimento dos agricultores
compatível com a necessidade de man-
ter a sua atividade e permanência nos
territórios rurais a par dessa sustenta-
bilidade ambiental. Ƈ
escadas, brincar com animais
de estimação, jardinagem e
dança são algumas das inú-
meras atividades que deverão
ser incentivadas e praticadas.
Na ausência de acessórios
para execução de exercícios
físicos de força utilize o peso
corporal ou adapte utensílios
diversos (por exemplo, garra-
fas, almofadas ou elásticos) e não se
esqueça de reservar momentos para
alongamento e relaxamento, o que po-
derá ajudar no combate ao stress e an-
siedade. Evite permanecer por longos
períodos sentando, deitado ou a usar
dispositivos eletrónicos. Reforce a
atenção nas crianças para que não te-
Mas havendo a possibilidade, dê pre-
ferência a ambientes abertos e bem
ventilados para a prática de exercícios
físicos, fazendo sempre uma boa hi-
gienização, inclusive de acessórios e
equipamentos utilizados durante e
após a prática de atividade física. Ƈ
Opinião 13
A nova
normalidade
CÁ À MINHA
MODA
JOÃO PACHECO
DE MELO
MICRO-EMPRESÁRIO
Como se o normal não fosse o que
resulta do consolidar de tudo o que
de novo acontece, temos ultima-
mente sido confrontados com o
conceito do “novo normal”, que
mais confunde do que explica, o
que quer que seja. Olhando para
um exemplo que vem de cima, ve-
jamos:
Ainda a pandemia estava para se
confirmar como tal e já o Presiden-
te da República Portuguesa, MRS,
desaparecendo da circulação, en-
trou em quarentena. Como que
sentindo falta do espaço onde me-
lhor se movimenta: “luzes da ribal-
ta”, beijos e “selfies”, algum tempo
depois, mais Primeiro-ministro
que o próprio, MRS voltou à rua re-
comendando confinamentos e cui-
dados vários, ao mesmo tempo
que, qual cata-vento (deve se ter
lembrado da “continuidade territo-
rial” que outrora também incluía
Moçambique), em sentido contrá-
rio, não teve pejo em prejudicar os
Açores com a questão dos voos da
TAP.
Não tardou muito para que (é a eco-
nomia, estúpido – bem sei!) as suas
recomendações e exemplos (só faltou
fotografar os pratos que degustou) já
fossem no sentido do desconfinamen-
to, subordinados ao dito “novo nor-
mal”, claro! E foi já a desconfinar que
MRS regressou aos Açores, de FAL-
CON, (tal como tempo antes fizera
chegar até si o embaixador que nos
Açores mantêm), para um suposto
“mea culpa”, sem no entanto deixar de
voltar a exibir os “tiques colonialistas”
que o enformam. Logo depois teve o
seu mini 10 de Junho, felizmente, até
para o OGE, sem o aparato bélico que
em tempos, para a mesma celebração,
fez deslocar aos Açores numa tão in-
compreensível quanto extravagante
exibição de poder. Agora, ao que pare-
ce, Sexa voltou a “sair de cena”, de
novo já aparece pouco na rua, quiçá
consequência da vaga de multiplica-
ção de corona que assola Lisboa. Mas
como o palco numa hora destas é ne-
cessidade imperiosa, nada como a te-
lescola para cumprir a função garan-
tindo distanciamento social. Nem é
novo, nem anormal. É o que há! Ƈ
Por decisão pessoal, o autor do texto
não escreve segundo o Novo Acordo
Ortográfico
14 Opinião AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020

Os Açores na Europa há 35 anos

Passaram por estes dias 35 to, foi acompanhada, logo em
anos sobre a solene cerimónia 1976, pelo pedido formal de
de assinatura do Tratado de abertura de negociações para
Adesão de Portugal ás Comu- a adesão ao Mercado Comum
nidades Europeias. No cená- e demais organizações com o
rio, carregado de História, do mesmo conexas.
claustro do Mosteiro dos Je- POLÍTICA Por essa altura, davam os
JOÃO BOSCO
rónimos, em Lisboa, dava-se MOTA primeiros passos as novas en-
por terminada uma longa e AMARAL tidades de governo próprio
difícil negociação, que se ar- dos Açores, em aplicação da
rastou por quase uma década, Constituição da República. A
e iniciava-se um novo capítulo da vida integração europeia aparecia-nos
do nosso País, após meio milénio de como uma mudança de rumo, uma
deriva imperial, dispersa por vários verdadeira “Revolução Copernicana”,
outros continentes. tão constante tinha sido, ao longo de
O sonho da Europa Unida já tinha séculos, a fixação do Povo Açoriano no
sido antes aflorado entre nós, mas era Novo Mundo, para onde emigraram
tido como subversivo pelos teóricos do sucessivas gerações de conterrâneos
Estado Novo, impregnados de precon- nossos, formando comunidades per-
ceitos colonialistas, dos quais resulta- feitamente identificadas com as pecu-
va a peregrina ideia segundo a qual liaridades culturais das nossa Ilhas.
“Portugal não é um país europeu e ten- Além disso, algumas ilhas ligadas a
de cada vez mais a sê-lo cada vez me- países europeus, concretamente o Rei-
nos”. Alguns chegavam mesmo a de- no Unido e a Dinamarca, tinham fica-
fender a transferência da capital para do de fora da CEE e era patente o des-
Luanda, esquecidos da natural evolu- conforto pelo menos de uma delas, a
ção desencadeada pela ida da Corte Gronelândia, com a sua integração, da
para o Brasil, escapando às Invasões qual aliás se desvinculou anos depois.
Francesas... Foi por isso preciso estudar o assunto
A Revolução do 25 de Abril, também em profundidade, antes de decidir so-
nestes domínios, marcou uma ruptura bre ele. A importância do sector agrí-
com o passado recente. A descoloniza- cola açoriano e a atenção então dedi-
ção vinha acompanhada com a demo- cada na Europa aos problemas
cratização, traduzida esta na instaura- correspondentes, determinaram a de-
ção das liberdades públicas e dos cisão positiva da nossa Região Autó-
direitos dos cidadãos; e ficava assim noma. Uma decisão diferente teria
aberta a porta para o ingresso de Por- certamente suscitado delicados pro-
tugal no concerto europeu das nações blemas políticos e até constitucionais,
democráticas, empenhadas na tarefa para os quais haveria de se ter encon-
magna da integração, com vista à con- trado solução.
solidação da paz e do progresso econó- Participámos desde o primeiro mo-
mico, social e cultural. mento nas complexas e fatigosas ne-
A entrada de Portugal no Conselho gociações em Bruxelas, determinados
da Europa, a mais antiga das institui- a defender os nossos interesses pró-
ções criadas logo após o fim da II prios, por sinal nisso sempre secunda-
Guerra Mundial, como membro de dos pelos sucessivos titulares do Go-
pleno direito, fortemente comprome- verno da República. O nosso ponto de
tido no respeito da democracia, dos di- vista era que precisávamos de soluções
reitos humanos e do Estado de Direi- particulares para os problemas insula-
res, que atendessem ao nosso afasta-
mento geográfico e à nossa pequena
dimensão.
Tratámos por isso de movimentar as
outras ilhas europeias, certamente en-
frentando dificuldades similares. Com
o apoio da Conferencia Permanente
dos Poderes Locais e Regionais, orga-
nismo especializado do Conselho da
Europa, foi promovido, logo a partir
de 1977, um processo que viria a origi-
nar a realização da I Conferencia das
Ilhas Europeias, em 1981, nas Caná-
rias, e da II Conferencia das Ilhas Eu-
ropeias, em 1984, nos Açores. Foi sen-
do desenhada por essa via uma nova
solidariedade inter-insular europeia,
bem como uma doutrina sobre o des-
envolvimento, político, económico, so-
cial e cultural dos Povos Insulares,
fundamentada no princípio do respei-
to dos direitos humanos respectivos. A
Comissão das Ilhas, instituída em
1979, por iniciativa açoriana, na Con-
ferencia das Regiões Periféricas Marí-
timas da Europa, teve nestas tarefas
um papel instrumental.
A doutrina em causa foi fazendo o
seu caminho dentro dos países envol-
vidos e no seio das Instituições Euro-
peias. Teve imediata aplicação na De-
claração sobre os problemas
específicos dos Arquipélagos Portu-
gueses dos Açores e da Madeira, anexa
ao Tratado cujo aniversário agora se
comemora. Daí saltaria, já abrangen-
do as outras ilhas longínquas, designa-
das de ultraperiféricas, para um anexo
ao Tratado de Maastricht, incluindo
então um compromisso formal para a
implantação nas ilhas em causa de ní-
veis de bem estar e de qualidade de
vida equivalentes aos valores médios
do conjunto dos países membros. No
Tratado de Amesterdão e no malogra-
do Tratado Constitucional constava já
de um artigo do próprio tratado, o que
veio a repetir-se no Tratado de Lisboa,
passando assim a dispor do particular
valor cogente do Direito Primário da
União Europeia.
Com a sua participação no processo
de integração europeia, Portugal ad-
quiriu visibilidade e poder, que muito
têm favorecido a projecção mundial
dos seus interesses. Além disso, a soli-
dariedade europeia permitiu acelerar
a modernização do País e tem ajudado
a resolver os problemas que vão sur-
gindo, como se espera que venha a
acontecer em relação às consequen-
cias da pandemia ainda em curso. E o
mesmo se pode dizer dos Açores, be-
neficiando do estatuto europeu de re-
gião ultraperiférica, com modulação
de políticas comunitárias e avantaja-
dos auxílios financeiros.
Nada disso nos faz perder a noção da
importância das nossas ligações tran-
satlânticas, que são de resto um valor
em caixa nas relações com o todo na-
cional e a União Europeia. Um pri-
meiro e significativo sinal ficou dado
logo a 1 de Janeiro de 1986, data da en-
trada de Portugal nas Comunidades
Europeias: no Palácio da Conceição,
ao tempo sede da Presidência do Go-
verno da Região Autónoma dos Aço-
res, foi içada a bandeira da Europa;
mas na varanda principal também fi-
guravam as bandeiras dos Estados
Unidos da América e do Canadá, onde
vivem mais açorianos do que no pró-
prio arquipélago. Ƈ
Por convicção pessoal, o Autor não res-
peita o assim chamado Acordo Orto-
gráfico.

Diga Leitor
O Retrocesso luções criativas e inovadoras. te, evitando a degradação, con- Os decisores políticos locais um determinado período para

Ambiental
Nos últimos anos, houve uma
aceleração da implementação
de medidas de combate às alte-
rações climáticas quer pela co-
munidade, quer pelas institui-
ções públicas e privadas.
O esgotamento dos recursos
naturais estava a desencadear
múltiplas mudanças económi-
cas e culturais, e emergia a ne-
cessidade de um processo de so-
A poluição, as secas, as en-
chentes, e as catástrofes provo-
cadas pelas alterações climáti-
cas têm sido cada vez mais
frequentes nestes últimos tem-
pos, evidenciando a necessida-
de de alteração dos hábitos e
das atitudes do ser humano,
para práticas mais sustentáveis,
que permita deixar um mundo
mais seguro para as gerações
vindouras.
“Ser sustentável é utilizar os
recursos naturais de maneira
inteligente provocando o me-
nor impacto ao meio ambien-
taminação do meio e preser-
vando estes recursos para usos
futuros”. (Dione da Conceição
Miranda)
A reabertura da economia em
época COVID-19 traz-nos mui-
tas incertezas, principalmente
no âmbito da execução da pre-
venção dos possíveis impactos
na saúde pública. As medidas
impostas para minimizar o con-
tágio da pandemia passam pela
obrigatoriedade de voltar a uti-
lizar utensílios descartáveis –
“single use” –, criando maior
pressão sobre o ambiente.
terão de ter um papel funda-
mental na implementação de
medidas de informação, pre-
venção e educação no que diz
respeito à gestão de resíduos. O
princípio do poluidor-pagador
deverá ser encarado por todos
os intervenientes do setor eco-
nómico como uma responsabi-
lidade social, o uso de descar-
táveis é uma ameaça iminente
para o meio ambiente. As em-
presas devem, por isso, tomar,
sem demora, as medidas de
prevenção necessárias.
Um produto descartável leva
se decompor na natureza. Os
plásticos, por exemplo, demo-
ram entre 50 a 100 anos para se
decompor. Ou seja, quando usa
um produto de plástico descar-
tável ele levará quase a sua vida
inteira para se decompor.
Se cada cidadão fizer a sua
parte, o planeta fica a ganhar. Ƈ
MÁRIO RUI FARIAS PACHECO
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
O passado marca o presente
Amadou Diallo era um jo-
vem guineense, que partiu
rumo aos Estados unidos da
América com a perspetiva de
estudar e aprofundar os seus
conhecimentos em informá-
tica. POLÍTICA
ALEXANDRA
Amadou Diallo tinha 23 MANES
anos quando, no dia 4 de fe- COORDENADORA
DO BE/TERCEIRA
vereiro de 1999, morreu víti-
ma de 41 (quarenta e um ti-
ros), disparados por 4 polícias à
paisana do departamento policial de
Nova York, que se sentiram ameaça-
dos pelo jovem, que se encontrava à
entrada do seu apartamento, no
Bronx.
Amadou Diallo estava desarmado.
Após várias manifestações e da alte-
ração de local para o julgamento, os
policias foram declarados inocentes.
Cheryl Araújo tinha 21 anos quan-
do foi violada por 4 homens, em cima
de uma mesa de bilhar, com os aplau-
Diga Leitor
A Secção Regional Açores da
Ordem dos Arquitetos deve estar
ao serviço dos seus membros
Entre os dias 17 e 26 de junho a
Ordem dos Arquitetos vai a votos.
Estas eleições, para o Triénio
2020-2022, revestem-se de par-
ticular importância pela altera-
ção dos estatutos da Ordem, que
permitem a criação de 7 secções
regionais distribuídas por todo
o país, numa clara vontade de des-
centralização administrativa e
maior proximidade às diferentes
realidades territoriais. A imple-
mentação da Secção Regional
Açores da Ordem dos Arquitetos
é, assim, a grande novidade, de-
safio e oportunidade para uma re-
presentatividade, apoio e coesão
dos arquitetos que exercem na re-
gião.
Apesar do esforço realizado pela
Delegação da Ordem dos Arqui-
Os textos enviados para publicação nas rubricas “Diga Leitor” e “Carta ao Diretor” devem indicar nome, morada e telefone. Não publicamos os artigos assinados com pseudónimos ou iniciais. O Açoriano Oriental reserva-se
ao direito de selecionar ou resumir por razões de espaço ou clareza. Rua Dr. Bruno Tavares Carreiro, 34/36 - 9500-055 Ponta Delgada - São Miguel - Açores. Email: acorianooriental@acorianooriental.pt
Diretor Editorial: Paulo Simões C.P.: 8136
sos de outros dois homens,
num café, em New Bedford,
no ano de 1983.
Ao longo do processo de
julgamento acabou por ser
Cheryl a julgada. Toda a sua
vida foi escrutinada. “O que
foi fazer ao café durante o
período da noite?”; “Em al-
gum momento poderá ter
dado indicações de que que-
ria sexo com os homens em ques-
tão?”; “Que trazia vestido?”... ques-
tões como essas foram colocadas pela
defesa dos homens.
Dos 6 homens, 4 foram considera-
dos culpados e os outros dois inocen-
tes. Passados perto de 3 anos, Cheryl
acabou morrendo vitima de um aci-
dente de viação. Deixou 2 filhas órfãs.
Os homens condenados foram liber-
tados pouco tempo depois.
À altura, a comunidade luso des-
cendente manifestou-se amplamente
tetos existente até à data no ar-
quipélago, claramente insufi-
ciente para a resolução dos pro-
blemas desta classe profissional
na região, acreditamos que a Sec-
ção Regional Açores possa ter ou-
tra autonomia para dar apoio à
prática profissional, melhorar as
condições de trabalho, proteger e
valorizar o setor, reforçar a fisca-
lização e promover uma maior
união entre os arquitetos.
Para isto, e tal como indica o
nome da lista B - candidata à Sec-
ção Regional Açores: A ordem és
tu! - a ordem é cada um de nós, e
é o que nós fizermos dela. A Or-
dem não pode ser vista apenas
como a entidade a quem pagamos
quotas para ter acesso a uma cer-
tidão ou que nos permite desen-
Coordenadores Editoriais:
Luís Pedro Silva C.P.: 5155A; Paula Gouveia C.P.: 3785A
Editores de fecho de Edição:
Ana Carvalho Melo, CP: 5068A; Ana Paula Fonseca C.P.: 1886;
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Coordenadora AOonline e Revista Açores:
Ana Carvalho Melo, CP: 5068A;
Serviço de Apoio Editorial: Maria Cordeiro (Secretariado
de Redação e Planeamento).
ESTATUTO EDITORIAL: www.acorianooriental.pt/pagi-
na/estatuto-editorial
PROPRIEDADE: AÇORMEDIA, COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA
E EDIÇÃO DE PUBLICAÇÕES, S.A.
Opinião 15
a favor dos homens que haviam viola- mal, fazemos parte deste mundo.
do a jovem. Portanto, se querem que “All Lives
Passados quase 30 anos sobre estes Matter” não se esqueçam de que o ra-
acontecimentos impõe-se uma refle- cismo mata; que a violência domesti-
xão: o que mudou? ca mata; e que está nas mãos de todos
George Floyd morreu recentemen- e todas nós travarmos uma batalha
te após um ato de violência policial. contra isso.
As mulheres continuam a ver a sua Finalizando, lamento que muitas
vida escrutinada e todos os seus atos pessoas prefiram o conforto de não
avaliados. As perguntas colocadas a manifestarem a sua opinião e de não
Cheryl continuam a fazer parte do marcarem a sua posição perante estes
quotidiano do século XXI. atos. “Agradar a gregos e a troianos” é
O racismo, a violência domestica, a sinónimo de passividade e resulta
violência policial, por vezes, exercida, sempre favoravelmente para o opres-
não são coisas do passado. São temas sor. Ƈ
que estão bem presentes nos dias de
hoje. São estruturais, estão enraiza-
dos e são culturais, infelizmente. Es-
tes temas estão presentes na nossa
sociedade e têm de ser falados/deba-
tidos para que se resolvam!
Dizer que por ter acontecido na
América não é problema nosso, não é
argumento, pois para o bem e para o
volver a nossa prática profissio- complemente a reforma, numa os outros, centrados nas nossas
nal. A Ordem é mais do que isto, fase mais tardia da vida. preocupações e lutas individuais,
tem de ser muito mais do que isto. Cabe a cada um de nós, juntos, quando as questões e problemas
A ordem deve trabalhar em
prol da seriedade e viabilidade
exigir que a Ordem dos Arquite-
tos, e no caso particular, a Secção
que nos assolam são, na sua gran-
de maioria, comuns. Estamos ha-
económica da profissão, da sua Regional Açores, faça mais, re- bituados a uma prática profissio-
representatividade na sociedade presente mais, apoie mais, pro- nal multidisciplinar, num
e junto dos poderes públicos e as- teja mais, divulgue mais e integre trabalho colaborativo entre vá-
sociativos, da regulação dos pro- mais. rios intervenientes, para um bem
cedimentos administrativos, do A lista B “A ordem és tu”, lide- comum: a materialização dos
reforço da fiscalização da prática rada a nível nacional pela Arqui- nossos projetos. Apregoamos a
profissional. A Ordem deve ter teta Cláudia Costa Santos, tem importância do nosso papel na
uma palavra a dizer no combate um programa muito concreto, sociedade, enquanto participan-
à precariedade e no fomento de baseado nas questões levantadas tes e decisores na definição do ter-
boas práticas laborais. E por fim pelo Plano Estratégico para o Se- ritório e da qualidade de vida re-
a Ordem tem o dever moral de tor da Arquitetura 2018/2038, sultante. Está na hora de termos
promover uma classe profissio- recentemente concluído. Nesta uma participação ativa, cons-
nal mais apoiada, solidária e linha de ação, a Secção Regional ciente e interessada, de traba-
protegida na saúde com a dispo- dos Açores, representada pelo ar- lharmos em rede em prol da va-
nibilização de um cartão de saú- quiteto Manuel Marchã, candi- lorização do arquiteto e da
de (recentemente protocolado dato a Presidente do Conselho Di- arquitetura nos Açores.
pelas Secções Regionais Norte e retivo, conta com um coletivo de Porque a Ordem és Tu! Ƈ
Sul), a implementação de um se- arquitetos como tu, com vontade SÍLVIA SANTOS
guro de acidentes pessoais, que de fazer a diferença, de forma CANDIDATA ÀS ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS
ARQUITETOS PELA LISTA B “A ORDEM ÉS TU”
garanta apoio em situações de im- pragmática, séria e eficaz.
previsibilidade associada à prá- Mas este trabalho tem de ser
tica profissional, ou ainda a cria- conjunto. Não podemos conti-
ção de um fundo de pensões, que nuar de costas voltadas uns para
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Chefe de Departamento Financeiro: Eusébio Simão Governo dos Açores
Daniel Proença de Carvalho (Presidente) Diretor de Publicidade: António Filinto Esta publicação é apoiada pelo
Guilherme Pinheiro, Pedro Gonçalves de Melo, Departamento de Produção: Amândio Botelho (Chefe); PROMEDIA - Programa Regional
Paulo Rego e Afonso Camões (Administradores). Carlos Sousa (Designer); Eduardo Resendes (Fotografia). de Apoio à Comunicação Social Privada
Matriculada na Conservatória do Registo Publicidade: Paulo Jorge (Chefe de Equipa de Vendas).
Comercial de Ponta Delgada
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Redação: acorianooriental@acorianooriental.pt Tiragem média diária abril de 2020: 4030 exemplares da Ordem do Infante Autonómica do Município
Dom Henrique de Mérito Cívico de Ponta Delgada
16 Economia
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020

Reengenharia de processos Euronext

Nesta fase de desconfinamento é
fundamental recuperar a confiança
de todos os agentes económicos e
acelerar a adoção de processos que
permitam transações comerciais de
forma fácil, rápida e segura.
ECONOMIA
Muitas empresas e organizações
FLÁVIO TIAGO
vão ter de repensar e redesenhar os PROFESSOR
processos de venda, de entrega e de UNIVERSITÁRIO/ CEO os esforços na reengenharia de pro-
pagamento de produtos e serviços.
Este é um desafio e ao mesmo tempo uma
oportunidade de transformar a forma como
os colaboradores desempenham as suas
funções, mas sobretudo a forma como as or-
adequar o seu modelo de trabalho.
É necessário repensar as questões
relacionadas com a organização in-
terna, ao mesmo tempo que o foco
se mantém nas necessidades dos
clientes.
Nesta etapa desafiante da vida das
organizações é essencial concentrar
cessos, aproveitando para ponderar
as possibilidades de redução de custos e de
desenvolvimento de novos produtos e servi-
ços que respondam às novas expectativas,
exigências e necessidades dos mercados re-
Lisboa
PSI20 4.326,78 pts
viços para transmitir profissionalismo e, aci-
ma de tudo, segurança. Estes são elementos
críticos para se retomar rapidamente a “nor-
malidade”. -0,76%
Nos últimos dias tive a oportunidade de vi-
sitar alguns estabelecimentos comerciais e de
MAIOR SUBIDA MOTA ENGIL
restauração, testemunhando a forma, exem-
plar, como os nossos empresários têm sabido
implementar práticas que transmitem segu-
rança e competência, que ajudam a ultrapas- 0,84 %
sar este momento que agora vivemos.
É agora indispensável que haja uma res-
posta positiva e mais vigorosa por parte dos MAIOR DESCIDA IBERSOL
consumidores que pode ser alavancada por

-2,41%
ganizações criam valor com vista a obter a gionais, nacionais e internacionais. uma campanha comunicacional regional
satisfação dos clientes. Na área dos serviços em geral, e nos negó- criativa e sustentada. A Economia dos Aço-
A tecnologia vai ter um papel basilar nesta cios ligados ao turismo em particular, vai ser res precisa, os açorianos agradecem! Ƈ
reengenharia de processos, porém cabe às necessário desmaterializar processos e pro-
pessoas desempenhar um papel extrema- cedimentos, digitalizar operações e ajustar Flavio@BorgesTiago.com COTAÇÕES
mente importante – aceitar, contribuir e os comportamentos dos prestadores de ser-
NOME FECHO VAR.%
DIREITOS RESERVADOS ALTRI 4,1480 0,58

Crédito ao BCP
CORT. AMORIM
0,1120
9,3900
-0,44
0,43

consumo cai CTT

EDP
2,1550
4,0700
-1,15
-0,90
64% em abril EDP RENOVÁVEIS
GALP ENERGIA
11,4800
10,6500
-1,54
-1,39
para 203 ME IBERSOL 5,6600 -2,41
JER. MARTINS 15,0350 -0,36
MOTA-ENGIL 1,2040 0,84
O montante dos novos créditos ao NAVIGATOR 2,1380 -0,74
consumo diminuiu 64% em abril, NOS 3,7360 -1,16
face ao mesmo mês do ano ante- NOVABASE 3,1300 -0,32
rior, para 203,066 milhões de eu- PHAROL 0,1046 -0,19
ros (ME), de acordo com os dados REN 2,4300 0,00
ontem divulgados pelo Banco de SEMAPA 8,3300 0,36
Portugal. SONAE CAPITAL 0,5360 -2,19
Face ao mês anterior de março, SONAE SGPS 0,6310 -1,10
quando tinham sido contratados
551,6 milhões de euros de crédito Taxas de Juro
ao consumo, o montante que os Euribor 3 meses
portugueses contrataram à ban-
ca e às financeiras caiu 63,2% em
abril, mês de confinamento devi-
do à pandemia de Covid-19.
-0,366%
Receita diminui 221,7 milhões de euros e a despesa aumenta 28,5 milhões na autarquia
O montante de crédito pessoal Euribor 6 meses
para a finalidade de educação,

Câmara de Lisboa estima impacto -0,199%

saúde, energias renováveis e lo-
cação financeira de equipamen-
tos atingiu em abril 955 mil euros,
sendo aquele que teve a descida
de 250 ME devido à pandemia Euribor 12 meses

mais expressiva, de 88% face a
abril do ano passado, e de 83,9%
face a março.
Já outros créditos pessoais sem
finalidade específica, lar, consoli-
dado e outras finalidades caiu em
abril mais de 60%, face a abril de
2019, totalizando 97,92 milhões
de euros.
Nos cartões de crédito, linhas
de crédito, contas correntes ban-
cárias e facilidades de descoberto
a queda foi de quase 58%, para
32,970 milhões de euros.
No crédito de automóveis usa-
dos a descida foi de 68,1%, para 48
milhões de euros, e no de auto-
móveis novos a queda foi de 74,6%
para 12 milhões de euros. Ƈ
A Câmara de Lisboa estimou on-
tem que a pandemia de Covid-19
irá causar um impacto financeiro
de 250 milhões de euros (ME) nas
contas do município, com a receita
a diminuir 221,7 milhões e a des-
pesa a aumentar 28,5 milhões.
A estimativa ontem apresenta-
da em conferência de imprensa
pelo vice-presidente da autarquia,
que é também responsável pelo
pelouro das Finanças, João Pau-
lo Saraiva, corrige os números que
tinham sido avançados no início
do mês e que apontavam para um
impacto de cerca de 273 milhões
de euros.
-0,124%
“É uma nova estimativa em face milhões do valor cobrado em ta-
daquilo que temos, os dados que xas. Em “vendas de bens e servi-
temos neste momento, e que está
corrigida para 250 milhões”, afir-
ços”, a quebra estimada é de 28,6
milhões de euros e as receitas ex-
Câmbio
mou João Paulo Saraiva, adver- traordinárias deverão diminuir indicativo
tindo que “as previsões são fei- 64,6 milhões de euros. Principais Moedas
tas ao dia” e que ninguém A maior ‘fatia’ do aumento da
consegue arriscar se haverá ou despesa, estimado em 28,5 mi- Os valores apresentados
não uma mudança que obrigue a lhões de euros, irá para a “aquisi- são em relação ao euro.
rever em alta ou em baixa as esti- ção de bens e serviços”, com uma PAÍS MOEDA
mativas. previsão de 16,5 milhões de euros.
EUA DÓLAR 1,1253
Ao nível da diminuição da re- Em “transferências e subsídios”
JAPÃO IENE 120,83
ceita, num total de 221,7 milhões está prevista uma despesa de 10,7
REINO UNIDO LIBRA 0,89648
de euros, a Câmara de Lisboa es- milhões de euros e para a “aqui-
SUÍÇA FRANCO 1,0679
tima uma quebra de 95,3 milhões sição de bens de capital” é esti-
BRASIL REAL 5,8049
de euros do valor arrecado com a mado um gasto de 1,3 milhões de
cobrança de impostos e de 33,2 euros. Ƈ
AÇORIANO ORIENTAL . TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020 Publicidade 17
18 Publicidade TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020 . AÇORIANO ORIENTAL

NECROLOGIA NECROLOGIA

LUÍZ SENRA AGUIAR ANA ISABEL BOUZON DE ALMEIDA

DE MEDEIROS
Faleceu no dia 13, do corrente mês, no
Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta
Delgada, Luíz Senra Aguiar de Medeiros, com
78 anos de idade, era viúvo de Maria
Filomena Soares Medeiros.
O seu funeral realizou-se ontem, dia 15, pelas
09h00, no cemitério de São Joaquim.
À família enlutada as nossas sentidas condo-
lências.
Faleceu ontem dia 15-06-2020, com 48 anos
de idade, Ana Isabel Bouzon De Almeida,. A
extinta era filha de José Manuel Alves Pereira
De Almeida e de Maria da Glória Alves Bouzon
De Almeida (falecida) e mãe de Tomás Bouzon
De Almeida Sousa Lima. O seu corpo encon-
tra-se em câmara ardente na Capela de Nossa
Senhora das Dores em São José (Ponta
Delgada). A missa de corpo presente realiza-se
hoje pelas 10h00 na Igreja de São José (Ponta
Delgada). Sentidas Condolências.

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AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
Asfalto mariense dará o tiro de partida aos ralis açorianos em 2020
Rali de Santa Maria
é a nova prova de
abertura do CAR
Automobilismo. Ilha Azul foi adiado para
data ainda por definir. Campeonato dos
Açores de Ralis começa a 15 de agosto
NUNO MARTINS NEVES
nunomneves@acorianooriental.pt
Teima em sair do papel a edição
de 2020 do Campeonato dos
Açores de Ralis (CAR). A Fe-
deração Portuguesa de Auto-
mobilismo e Karting (FPAK)
publicou ontem mais uma ver-
são do calendário deste ano,
onde o Rali de Santa Maria é
agora a nova prova de abertura
do Regional, depois do Ilha
Azul ter sido adiado.
Previsto para os dias 10 e 11
de julho, a 31.ª edição da cor-
rida faialense foi adiada para
data ainda por definir, lê-se no
calendário (atualizado) publi-
cado ontem pela FPAK.
Isso faz com que o CAR ape-
nas arranque em agosto, no as-
falto mariense, com a prova a
disputar-se nos dias 15 e 16 e a
Proximidade da data
e a ausência de
autorização por parte
da ARS podem ter
estado na origem do
adiamento do Ilha Azul
ARQUIVO AO / JOSÉ LUÍS GARCIA
marcar o início de cinco corri-
das em quatro meses, não con-
tando aqui com a futura data da
prova em terra organizada pelo
Clube Automóvel do Faial.
De recordar que este é o ter-
ceiro adiamento do arranque
do CAR, depois do Azores
Rallye, previsto para a março, e
do Rali Sical, em maio, tendo
este último sido cancelado.
Assim sendo, com o início do
Regional para daqui a dois me-
ses, os clubes ganham alguma
folga, pois ainda não obtiveram
luz verde da Autoridade Re-
gional de Saúde para a retoma
da atividade desportiva.
Calendário 2020
15 e 16 de agosto
XXXIX Rallye Além Mar San-
ta Maria (asfalto)
19 e 20 de setembro
Azores Rallye (terra)
17 e 18 de outubro
IX Pico Rali (asfalto)
6 e 7 de novembro
Além Mar Rali (terra)
27 e 28 de novembro
20.º Rali Além Mar/42.º Ilha
Lilás (asfalto). Ƈ
Mafalda
Botelho fica no
União Sportiva
Basquetebol. A jovem micae-
lense Mafalda Botelho vai con-
tinuar no plantel sénior do
União Sportiva, anunciou on-
tem o clube na rede social Fa-
cebook. Formada nas escolas do
Sportiva, a atleta sub-19 agra-
dece a oportunidade de conti-
nuar a competir no escalão sé-
nior, querendo “agarrar todas
as oportunidades que me forem
dadas”. Esta é a segunda reno-
vação da equipa, depois de Vâ-
nia Sengo. Nas contratações, o
Sportiva já garantiu as inter-
nacionais portuguesas Ana Ra-
mos e Emília Ferreira. Ƈ NMN
Luís Abreu
faleceu
aos 40 anos
Basquetebol. O treinador Luís
Abreu, que comandava o Ter-
ceira Basket antes da paragem
das competições devido à pan-
demia da Covid-19, faleceu no
passado sábado, revelou a Fe-
deração Portuguesa de Bas-
quetebol.
Abreu tinha 40 anos e estava
na formação açoriana desde fe-
vereiro. Antes, o treinador li-
derou as equipas femininas do
Carnide Clube e do Sporting.
Luís Abreu foi encontrado já
sem vida na sua casa e a causa
de morte não foi divulga-
da.ƇLUSA
Regresso
do WRC está
“em estudo”
Automobilismo. O regresso do
campeonato do mundo de ralis
(WRC) está a ser estudado para
setembro, com vários cenários
em cima da mesa, disse hoje o
presidente da Federação Inter-
nacional do Automóvel (FIA).
“O WRC está a estudar vários
cenários para voltar à competi-
ção em setembro, incluindo a
reorganização no calendário de
eventos que foram adiados,
para garantir as melhores opor-
tunidades de se completar a
temporada 2020”, explicou
Todt, na abertura de uma série
de conferências virtuais orga-
nizadas pela FIA. Ƈ LUSA
Desporto 19
Vamos falar de futebol
Autonomia
No último sábado realizou-se, na Nova Zelân-
dia, um jogo oficial de râguebi com a presença
de mais de 20 mil pessoas, que puderam as-
sistir ao vivo ao jogo sem quaisquer restri-
ções. A Nova Zelândia é um país “covid free”,
DESPORTO ou seja, sem casos ativos de coronavírus, tal
PEDRO
BERMONTE como é a Região AUTÓNOMA dos Açores
PROFESSOR neste momento, e que é constituído por duas
/TREINADOR
ilhas principais e algumas ilhas menores, ou seja
é um arquipélago, tal como é a Região AUTÓNOMA
dos Açores, neste caso constituído por nove ilhas.
Este país do hemisfério sul passou, em março, para um nível de
confinamento extremamente agressivo e tal como muitos outros
países, fechou as fronteiras, bares, escolas, praias, restaurantes,
etc, tendo o país passado por um período de quarentena total.
No dia 8 de junho essa quarentena foi encerrada e entre as
medidas adotadas destaca-se a realização de eventos despor-
tivos com presença de público. “É um prémio para o esforço
dos cinco milhões de neozelandeses”, afirmou o ministro do
Desporto, Grant Robertson. Um prémio com direito, inclusi-
ve, a abraços e apertos de mão entre jogadores e público.
Não é fácil entender que um país inteiro, com quase 5 milhões
de habitantes possa estar a desfrutar de um desconfinamento
quase total e tenha direito inclusive ao prémio dos eventos des-
portivos com público e que uma Região AUTÓNOMA como os
Açores, com cerca de 160 mil habitantes, mantenha muitas das
suas instalações desportivas encerradas e ou tremendamente
condicionadas na sua utilização, e que todas as provas desporti-
vas estejam canceladas ou adiadas para data incerta.
Minto, não estão todas canceladas, porque há um jogo de
futebol que se irá realizar no dia 11 de julho na ilha de São Mi-
guel, para decidir o campeão da AFPD e qual a equipa que irá
ascender ao Campeonato dos Açores. Esta será uma tremen-
da exceção às medidas em vigor, numa solução inédita para
se apurar o campeão do equivalente a uma segunda distrital,
permitindo que os atletas seniores dos clubes em questão vol-
tem a treinar e competir por um período de três semanas.
Enquanto isso, centenas de jovens continuam impedidos
da sua prática desportiva regular nos seus clubes, em função
das restrições aplicadas à prática desportiva neste momento,
como por exemplo, o facto de ter de se manter a distância de
isolamento social de 2 metros no mínimo, impedindo a prá-
tica de qualquer jogo competitivo que implique contacto,
nomeadamente o futebol. Apesar disso muitos clubes já co-
meçarem a retomar a sua atividade com treinos de técnica
individual, por exemplo, como forma de prosseguir com a
prática desportiva dos seus atletas e minorar os estragos fi-
nanceiros provocados pela paragem da atividade.
O problema é que um pouco por toda a parte na região já se
verifica uma crescente quebra dessas restrições, seja numa
qualquer tabela de basquetebol, onde já se vê muitos jovens a
jogar um renhido 3x3 com várias “lutas” na tabela, ou numa
praia mais deserta onde é disputado um voleibol mais inten-
so (aqui o contacto é entre os elementos da mesma equipa),
e/ou num qualquer polivalente exterior, onde a bola já rola
para intensas peladinhas entre os mais jovens e não só.
Esta é uma fase decisiva no combate a esta terrível pandemia,
onde o bom senso será fundamental para manter os procedi-
mentos de segurança adequados por parte de todos. Apertar de-
masiado a corda irá levar a uma crescente saturação da popula-
ção, ao ponto de se correr o risco da corda rebentar e a situação
ficar descontrolada, levando à adoção de comportamentos de
risco e o ignorar de muitas das restrições impostas. Ƈ
Outros artigos do autor em:
— em AO online (APP) e/ou
www.acorianooriental.pt
 20 Desporto
João Henriques destaca que nesta fase do campeonato o Santa Clara elevou os seus níveis de eficácia
Vitória encarnada abre as
portas do primeiro objetivo
Futebol. Santa Clara poderá arrumar, quase em definitivo, a questão da manutenção na
I Liga, caso conquiste os três pontos na receção ao Portimonense, em jogo da 27.ª jornada
ARTHUR MELO
ajmelo@acorianooriental.pt
O Santa Clara poderá dar esta
tarde um enorme passo rumo à
manutenção na I Liga, caso
consiga levar de vencida o Por-
timonense, em jogo da 27.ª jor-
nada da I Liga.
Os algarvios são o primeiro
clube abaixo da linha de água
(em zona de despromoção) e
caso vença o desafio, o Santa
Clara fica com uma vantagem
de 17 pontos, quando ficam a
faltar 21 pontos em disputa até
final do campeonato.
João Henriques explicou des-
te modo a importância do en-
contro desta terça-feira frente
aos algarvios.
“Um jogo com um adversário
direto, a primeira equipa que
está abaixo da linha de água, é
tremendamente importante.
Chegar aos 37 pontos e cavar
uma vantagem dessas a sete jor-
nadas do fim, obviamente é um
passo muito importante para
encerrarmos praticamente a
questão da manutenção”, real-
çou ontem à tarde o técnico en-
carnado em conferência de im-
prensa realizada na Cidade do
Futebol, em Oeiras.
O treinador do Santa Clara
afirmou ainda que a equipa aço-
riana respira, nesta fase do cam-
peonato, grande confiança, des-
Testes realizados 48 horas antes do jogo
“recolheram resultados negativos”
Os testes de deteção laborato-
rial à Covid-19 realizados ao
plantel do Santa Clara, 72 horas
antes do encontro de hoje com o
Portimonense, deram “resulta-
dos negativos”, anunciou ontem
o clube em comunicado.
A sessão foi realizada “conforme
as recomendações da Direção
Geral de Saúde - 48 horas antes
do início da partida - e recolhe-
tacando os bons níveis de
eficácia patenteados pelo gru-
po nos últimos encontros, bem
como a manutenção da sua
identidade.
“Estamos numa fase em que
continuamos a criar oportuni-
dades, à semelhança do que fi-
zemos anteriormente, neste
momento com mais eficácia,
devido à confiança, à estabili-
ram resultados negativos, na to-
talidade dos elementos testa-
dos (toda a comitiva)”, especifica
a nota dos encarnados.
O clube adianta ainda que on-
tem, 24 horas antes do encontro
com os algarvios, foi realizado
“novo teste de deteção laborato-
rial ao SARS-CoV2, cumprindo
os pressupostos recomendados
pela DGS”.
FPF/DIOGO PINTO
dade na tabela classificativa. Os
pontos dão tranquilidade e con-
fiança à equipa, para eles faze-
rem o que sabem e podem fa-
zer. Vamos continuar a ser uma
equipa pragmática, eficaz, or-
ganizada, competitiva, que é o
que queremos ser sempre em
todos os jogos, e este não foge à
regra, sabendo que tem uma
carga emocional acrescida por-
que defrontamos um adversá-
rio direto para o objetivo prin-
cipal e sabemos que no final
desta partida poderemos con-
cluir a primeira fase, que é a ma-
nutenção”, vincou João Henri-
ques.
O Santa Clara – Portimonen-
se, da 27.ª jornada da I Liga,
tem início esta terça-feira pelas
18h00.
Gustavo Correia, da Associa-
ção de Futebol do Porto, é o ár-
bitro nomeado para dirigir a
partida na Cidade do Futebol,
em Oeiras. Ƈ
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
Paulo Sérgio
“otimista” em
vitória sobre o
Santa Clara
Futebol. O treinador do Por-
timonense manifestou-se oti-
mista em conquistar hoje os
três pontos na deslocação ao
Santa Clara, no jogo da 27.ª jor-
nada da I Liga, embora reco-
nheça que “seja uma tarefa di-
fícil”.
“Sabemos que vamos ter uma
tarefa difícil, pois vamos de-
frontar uma boa equipa, bem
trabalhada, consistente e com
bons jogadores individuais. Es-
tamos otimistas em conseguir
trazer os três pontos que é aqui-
lo que almejamos”, assegurou o
técnico Paulo Sérgio.
Na conferência de antevisão
ao jogo com o Santa Clara, o téc-
nico dos algarvios afirmou que
a equipa está preparada para
um confronto que se antevê
“muito competitivo, duro, para
o qual os jogadores estão pre-
parados e avisados, mas con-
fiantes em conseguir a vitória”.
“Tivemos uma boa semana de
trabalho, com uma ótima res-
posta dos atletas e é isso que nos
dá confiança para pensarmos
que vamos preparados para
competir pelos pontos em dis-
puta”, indicou.
Paulo Sérgio revelou que pe-
diu aos jogadores que entrem
no jogo “concentrados e com
uma postura consistente, para
evitar que andem com o credo
na boca à procura de dar a vol-
ta ao resultado”, como sucedeu
no jogo com o Benfica, na jor-
nada anterior, em que os algar-
vios empataram (2-2) depois de
terem estado em desvantagem
por dois golos.
“Quer com o Benfica quer
com o Sporting de Braga [der-
rota por 3-1] complicámos as
coisas com as faltas de concen-
tração e uma atitude menos au-
daz, menos aguerrida desde o
primeiro minuto, o que nos fez
correr no segundo tempo atrás
do prejuízo”, referiu.
Segundo técnico, diante do
Benfica, campeões nacionais
em título, faltou ao Portimo-
nense “mais atrevimento e
maior determinação em alguns
momentos do jogo”, principal-
mente na primeira parte.
O Portimonense, 17.º e pe-
núltimo classificado, com 20
pontos, defronta hoje o Santa
Clara, oitavo, com 34, na Cida-
de do Futebol, às 18h00. Ƈ LUSA
 Xadrez 21
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020

COORDENAÇÃO
ASSOCIAÇÃO DE XADREZ
DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
LUÍS SOARES | ALEXANDRA PEREIRA

www.facebook.com/axraacores

Luís Soares
vence uma boa prova e inclusive che-
gou a estar em vantagem con-
tra José Guerra e venceu Nu-

Campeonato no Sá, mostrando assim estar

num bom momento de forma.
Em relação a destaques, des-
tacamos pela positiva as pres-

Regional tações de Ricardo Torres, Da-

niela Arruda, Afonso Serrano e
Francisco Torres.

de Rápidas Ricardo Torres, apesar da sua

Realizou-se no passado dia 11
de junho o Campeonato Re-
gional de Rápidas Online.
A prova contou com a parti-
cipação de 29 jogadores e de-
correu em Sistema Suíço à me-
lhor de 14 rondas, tendo um
ritmo rápido de jogo de 3 mi-
nutos + 2 segundos de incre-
mento por lance.
Após as 14 rondas Luís Soa-
res do Núcleo Sportinguista de
São Miguel, foi o grande ven-
cedor da competição com
12.5/14, tendo cedido um em-
pate contra Ricardo Torres e
perdeu contra José Guerra.
Na 2ª posição ficou José
Guerra do Operário Clube
Desportivo a apenas 0.5 pon-
to de distância do 1º classifi-
cado.
José Guerra, esteve na lide-
rança da prova até pratica-
mente ao final da competição,
contudo, as derrotas contra Nu-
no Sá e Daniela Arruda, com-
prometeram a liderança des-
cendo assim na penúltima ron-
da para a 2ª posição.
Finalmente, na 3ª posição fi-
cou César Moniz do Operário
Clube Desportivo, com 10.5/14.
O jogador do Operário fez
tenra idade, mostrou que já con-
segue pontuar contra os jogado-
res de topo da região obtendo a 5ª
posição da classificação geral, Da-
niela Arruda, apesar de estar nos
últimos anos ausente das provas
de caráter regional, voltou em
grande e logo a pontuar contra
José Guerra, o que mostra que o
seu nível não só se manteve como
poderá estar mais elevado e Afon-
so Serrano e Francisco, conse-
guem e 8º e 10º lugar, apesar de
serem muito jovens. Ƈ

Análises a partidas melhor na diagonal anterior. Problema

Benjamin Gledura (2583)
Hikaru Nakamura (2785)
1.Nf3 d5 2.g3 g6 3.c4 dxc4
(Também podia ser jogado
3...c6 4.Bg2) 4.Na3 Bg7 5.Nxc4
Nc6 6.d3 e5 7.Bd2 Nge7 8.Rc1
(Esta linha seria semelhante
8.Bg2 0-0 9.0-0) 8...Be6 9.Bg2
a5 10.0-0 0-0 11.b3 Esta linha
já tinha sido jogada entre
Pantsulaia e Wesley So em
2016, mas Nakamura inova a
partir deste ponto. 11...f6
(11...h6) 12.Qc2 Qd7 13.Rfd1
Rfd8 14.Bc3 Pequeno erro po-
sicional. O bispo branco estava
Agora as pretas têm uma dia-
gonal bastante apetecível e
eventualmente já a poderão ex- BRANCAS
JOGAM
plorar. 14...Nd5 15.Bb2 Bh6
16.e3? Novo erro posicional. ao E GANHAM
avançar e3 o peão d fica fraco.
Melhor seria: Cf-d2 ou até Ta1 Nakamura,Hikaru
assumindo a perda da diagonal. vs
16...a4 17.a3? As brancas estão Han, Yiming
a abrir buracos na sua estrutu- Grand Pacific
ra de peões a cada lance que fa-
zem. Melhor seria Db1 de modo
a manter a estrutura. O pro-
blema desta lance é que agora
existem mais duas debilidades
a explorar. a3 e ainda pior b3.
17...axb3 18.Qb1 Bf8 19.d4 Sabia que...
exd4? É muito estranho que as
brancas não tenham escolhi- Levon Aronian descobriu o melhor lance e jogou Dc8!.
do Cxd4. 20.Bxd4 Qf7 O problema é que agora as negras têm o rei muito exposto e não é
21.Qxb3? (21.Bb2) 21...Nb6 possível evitar o mate sem perder muito material.
22.Nfd2 Nxc4 23.Nxc4 Na5 As negras continuaram com Rf7 mas após Df8! Rg6 Cf4 obriga
Benjamin Gledura desistiu nes- obrigou as negras a desistirem. Pois após Rg5 h4, Rg4 f3#.
te lance. Ƈ Combinação brilhante e Aronian.

Curiosidades
Pior simultânea de sempre
Em 1910, o mestre Austríaco
Josef Krejcik deu uma simul-
tânea contra 25 tabuleiros e
perdeu todas as partidas.
Primeiro quadro de Xadrez
O primeiro quadro conhecido
com o tema do xadrez é The
Chess Players, pintado em
1490. (À direita)
Campeonato do Mundo
de 1972
Durante o Campeonato do
Mundo de Reikja-
vik (Islândia), em
1972, entre Fischer
e Spassky, a dele-
gação russa atri-
buiu o mau jogo de
Spassky a algum
tipo de corrente
que emanava da
cadeira de Fischer,
até ao ponto de
apresentar uma reclamação a
respeito.
Conclusão, a cadeira foi pos-
ta de quarentena e submetida a
vigilância policial durante 24
horas, quando foi analisada me-
diante raios-X e diversos testes
químicos.
Partida mais longa por
correspondência
A partida mais longa de xadrez
por correspondência foi efe-
tuada por dois jogadores sul-
africanos que estiveram a jogar
a mesma partida durante 53
anos. Esta partida não termi-
nou devido à morte de um des-
tes jogadores.
Misha Osipov a estrela
russa
O jovem Misha Osipov, tem
apenas 5 anos e já venceu o
Grande Mestre Yuri Aver-
bakh e quando tinha apenas
3 anos, defrontou Anatoly
Karpov.
Blackburne e recordista
de jogos oficiais
O Grande mestre inglês
Blackburne (1842-1924) jogou,
em 40 anos, cerca de 50.000
partidas oficiais.
Mates em finais
Uma final de rei e torre pode
formar 216 posições diferentes
de mate enquanto uma de rei
e dama contra rei, pode ocupar
364 posições. Ƈ
22 Classificados
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MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE
Torna público que se encontram convocados para reunirem em sessão ordinária os Exmºs
Membros da Assembleia Municipal da Ribeira Grande, a qual irá ter lugar no Auditório da
Escola Secundária da Ribeira Grande, no dia 18 de junho de 2020, pelas 20:00 horas, com
a seguinte ordem de trabalhos:
A) PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA
- Registo das presenças
- Aprovação da ata da sessão de 30 de abril de 2020
B) ORDEM DO DIA NOS TERMOS DO ARTIGO 53º, nº 1 da Lei nº 75/2013, 12 de setembro
1. Terceira Revisão ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano de 2020;
2. Contrato Interadministrativo de Delegação de Competências entre a Câmara Municipal de
Ribeira Grande e a Junta de Freguesia da Vila de Rabo de Peixe;
3. Contrato Interadministrativo de Delegação de Competências entre a Câmara Municipal de
Ribeira Grande e a Junta de Freguesia de Conceição;
4. Regulamento de Águas e Serviços Urbanos no Concelho de Ribeira Grande;
5. Apreciação das medidas de apoio excecional face a pandemia Covid 19 (Artº 7º B, da Lei
6/2020, de 10 de abril, alterada pela Lei nº 12/2020, de 07 de maio);
6. Doação e afetação para o domínio público municipal de uma parcela de terreno do no
âmbito da obra de “Alargamento da Rua do Forno de Telha - Lomba de São Pedro”;
7. Apreciação da informação escrita do Presidente da Câmara sobre atividade camarária
bem como a situação financeira da mesma.
Para constar passo o presente e outros de igual teor que irão ser afixados nos lugares de estilo.
Paços do Município, 05 de junho de 2020.
O Presidente da Assembleia,
José António Pereira Garcia
 Informações úteis 23
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020

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COLISEU MICAELENSE TOTOLOTO LOTARIA CLÁSSICA
MOVIMENTO MARÍTIMO PONTA DELGADA 3.ª a 6ª das 13h00 às 19h00 Sorteio de 08 de junho (semana 23)
Sorteio de 13 de junho (sorteio 48)
MODERNA Sábado das 14h00 às 19h00
Terça a sábado das 14h00 às 19h00 11 17 18 19 46 + 10 1ºPrémio 59804 €1.200.000,00
MUTUALISTA Largo de Camões
Nos dias de espectáculo das 13h00 2ºPrémio 17448 €120.000,00
CORVO - Em Lisboa Telefone: 296 305780
às 22h00 - Telefone: 296 209 502 3ºPrémio 43247 €60.000,00
FURNAS - Em Vila do Porto, saindo às RIBEIRA GRANDE EUROMILHÕES
17 para Lisboa TEATRO MICAELENSE
CENTRAL Sorteio de 12 de junho (sorteio 47)
TRANSINSULAR Terça a sábado das 14h00 às 19h00
Rua de São Francisco Nos dias de espectáculo das 16h30 LOTARIA POPULAR
MONTE BRASIL - Em Ponta Delgada NÚMEROS: 2 24 39 45 46
Telefone: 296 473135 às 21h30 - Telefone: 296 308 350 Sorteio de 11 de junho (semana 24)
MONTE DA GUIA - Em Lisboa, sain- ESTRELAS: 4 8 1ºPrémio 78120 50.000,00
VILA DO PORTO TEATRO RIBEIRAGRANDENSE
do para Leixões ABÍLIO BOTELHO Seg. a sex. - 09h00 às 17h00, 2ºPrémio 68520 6.000,00
M1LHÃO
MALENA – Em Ponta Delgada Rua Teófilo Braga ininterruptamente 3ºPrémio 12705 3.000,00
Sorteio de 12 de junho (sorteio 24)
SÃO JORGE - Em Ponta Delgada Telefone: 296 882236 Telefone: 296 470 340/296 474 100 4ºPrémio 10706 1.500,00
GSLINES NÚMEROS: TQB 30112
Série Premiada: 1.ª
INSULAR - Em Lisboa
LAURA S - Em Ponta Delgada, lar- Telefones úteis
gando para Horta Museus
PARECE MACHADO
296 205 500 296 629 757 MUSEU CARLOS MACHADO MUNICIPAL NORDESTE
BAÍA DOS ANJOS - Em Ponta Delga- PSP Serviço (DE 1 DE OUTURO A 31 DE MARÇO) De 2.ª a 6.ª feira das
da, com saída para Vila do Porto Ponta Delgada S.O.S. Mulher Terça a domingo, das 09h30 às 17h00 08h30 às 12h30 e das 13h30 às 16h30
Sem interrupção para almoço.
Inclui feriados. Encerra às segundas. MUSEU DO TRIGO
MOVIMENTO AÉREO 296 306 580 296 285 399 DA POVOAÇÃO
GNR APAV PÓLO MUSEOLÓGICO DO De 3ª a sexta das 09h00 às 17h00
SATA AIR AZORES COLISEU MICAELENSE sábado, domingo e feriados
Ponta Delgada Ponta Delgada
Aeroporto de Ponta Delgada Visita sujeita a marcação das 11h00 às 16h00
PARTIDAS: Às 07h05 para Santa prévia - 296209505
Maria; 07h15, 14h00, 16h00 para Ter- 296 301 301 808 246 024 NÚCLEO MUSEOLÓGICO
ceira; 09h00 para Horta; Bombeiros Linha MUSEU HEBRAICO SAHAR HAS- DO PRESÉPIO
CHEGADAS: De Santa Maria Ponta Delgada Saúde Açores SAMAIM DE PONTA DELGADA - De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 13h30
08h25; da Terceira às 12h15, 17h15, PORTAS DO CÉU (SINAGOGA) 14h30 às 18h00
Segunda a Sexta, das 13h00 às 16h30 Sábado e domingo: Encerrado
20h00; da Horta às 13h25
296 203 000 296 249 220 MUNICIPAL DA NÚCLEO ETNOGRÁFICO
Aeroporto da Terceira Hospital Centro de Saúde RIBEIRA GRANDE DO CABOUCO
PARTIDAS: Às 08h25 para São Jor- Ponta Delgada de Ponta Delgada Segunda a sexta das 09h00 às 17h00
De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 13h30
ge; às 10h20 para Corvo; às 12h15, MUSEU VIVO 14h30 às 18h00
17h15, 20h00 para Ponta Delgada; às
10h20 para Graciosa; às 15h10 para
296 281 777 296 205 246 DO FRANCISCANISMO
Segunda a sexta das 09h00 às 17h00
Sábado e domingo: Encerrado

Pico; às 17h10 para Horta
CHEGADAS: Às 07h55 de Ponta
Delgada; às 09h50 de S.Jorge; às
11h45 da Graciosa; às 16h45 do Pico
Aeroporto da Horta
PARTIDAS: Às 10h15 para Flores;
às 12h35 para Ponta Delgada; às
18h45 para Terceira
CHEGADAS: De Ponta Delgada às
09h50; da Terceira às 17h45; das Flo-
res às 12h10
SATA INTERNACIONAL PDL -
AZORES AIRLINES
Aeroporto de Ponta Delgada
PARTIDAS: Às 15h55 para Lisboa
CHEGADAS: De Lisboa às 13h55
Marinha - Salvamento
Ponta Delgada
Missas
PONTA DELGADA
Matriz de 2ª a 6ª 12h30, 18h30; sábado
12h30; domingo 10h00, 12h00, 17h00;
Santuário do Santo Cristo 2ª a 6ª
08h00; domingo 08h00, 12h00; S. Pe-
dro 2ª a 6ª 19h00; sábado 19h00; domin-
go 10h00, 11h00, 12h15, 19.00; Imacula-
do Coração de Maria 2ª a 6ª 18h00;
sábado 17h30; domingo 10h00; S. José
2ª a 6ª 18h30; sábado 18h00; domingo
11h00, 18h00; Nª Srª de Fátima Lagedo
2ª , 4.ª e 6.ª às 19h00, sábado às 21h00;
domingo às 12h00; Capela da Casa de
Saúde de Nossa Senhora da Concei-
ção 3.ª e 6.ª às 17h30; domingo 10h30;
Bibliotecas
PÚBLICA E ARQUIVO DE P. DELGADA
De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 19h00
MUNICIPAL DE PONTA DELGADA
De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00
ARQUIVO MUN. DE PONTA DELGADA
De 2ª a 6ª feira das 08h45 às 12h30
e das 13h45 às 16h15
CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA
2.ª feira das 09h00 às 17h00;
de 3.ª a 6.ª feira das 09h00 às 19h00
e sábado
das 10h00 às 17h00
MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE
De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
ARQUIVO MUNICIPAL
DE RIBEIRA GRANDE
De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
MUNICIPAL DANIEL DE SÁ - R. GRANDE
De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
Polícia Marítima MERCEARIA CENTRAL
Ponta Delgada CASA DO ARCANO CASA TRADICIONAL
RIBEIRA GRANDE De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 13h30 e
Segunda a sexta das 09h00 às 17h00 das 14h30 ás 18h00
Santa Clara 3ª a 6ª às 18.00; sábado MUSEU DA EMIGRAÇÃO
Sábado e domingo: Encerrado
18.00; domingo 12.30; Clínica do Bom AÇORIANA
Jesus sábado às 17h00, Domingo às Segunda a sexta das 09h00 às 17h00 MUSEU MILITAR DOS AÇORES
Sábado das 10h00/13h00 e das De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00
09h00; Saúde - Arrifes sábado 18h00;
14h00/17h00 sábado e domingo das 10h00 às 13h30
domingo 08h00, 12h00; Capela de São
e das 14h00 às 18h00
João de Deus -Fajã de Baixo sábado
CENTRO DE ARTES Encerrado aos Feriados
17h30; domingo 10h30; Nossa Senhora CONTEMPORÂNEAS
da Oliveira - Fajã de Cima Terça a sexta De terça a domingo das 10h00 às NÚCLEOS MUSEOLÓGICOS
às 09h30; sábado 19h30; domingo 18h00 RIBEIRA CHÃ
11h00; Nossa Senhora dos Anjos - Fajã
CASA DOS VULCÕES Visita Guiada: 2ª a 6ª das
de Baixo 2.ªs a 6.ªs 19.00; sábado 18.30;
Atalhada, Rosário, 9560 Lagoa 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00
domingo 09h00, 11h30, 18h30; Hospital
Domingo 10h30; Nossa Senhora das COLEÇÃO VISITÁVEL
MUSEU DO TABACO A MAIA
Mercês - Bairros Novos 4ª feira 19h00; DA MATRIZ DE LAGOA
De segunda a sexta feira
sábado 16h00; domingo às 11h00; Nª Srª
das 09h00 às 17h00; De 3ª a 6ª feira das 10h00 às 13h30
das Neves - Relva sábado 19h00; do- 14h30 às 18h00.
sábado às 12h00 e das 12h30 às 17h00
mingo 12.00 Sábado: 10h00 às 13h30
MUNICIPAL VILA FRANCA
DO CAMPO CENTRO CULTURAL DA CALOURA
De 3ª a 6ª feira das 09h00 às 12h30 De 2.ª feira a sábado
das 10h30 às 12h30 e das 13h30
e das 14h00 às 17h00; sábado
MUNICIPAL DE VILA FRANCA e domingo das 14h00 às 17h00 às 17h30
De 2ª a 6ª feira das 08h30 às 16h30
MUNICIPAL DA POVOAÇÃO
De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
CENTRO DE MONITORIZAÇÃO
E INVESTIGAÇÃO DAS FURNAS
16 de setembro a 14 de junho: De 3ª a do-
mingo das 09h30 às 16h30 e das 13h30 às
17h00; 15 de junho a 15 setembro: De se-
gunda a domingo das 10h00 às 18h00
MORADA DA ESCRITA CASA
ARMANDO CÔRTES RODRIGUES
Horário: das 14h00 às 17h00 (terça, quar-
ta, sexta e sábado). E ncerrada:
domingo, segunda e quinta
MUNICIPAL TOMAZ BORBA VIEIRA
De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 13h30
e das 14h30 às 18h00
sábado e domingo: encerrado
24 Passatempos
Sudoku
1111198
Completar
a grelha de
forma a que
cada linha, cada
coluna e cada
uma das caixas
3x3 contenham
todos os
números de 1 a 9.
KRAZYDAD.COM
Palavras cruzadas
HORIZONTAIS: 1. Sistema de antiblo-
queio das rodas de um automóvel. Na-
vegante. 2. Que tem dois frutos. Sétima
nota da escala musical. 3. Alameda.
Que perdeu o gume. 4. Aquele que tra-
ta as mãos ou as unhas dos seus clien-
tes. Nome com que se designa o aspec-
to inconsciente da personalidade. 5.
Ácido desoxirribonucleico. Purificar. 6.
Tecido felpudo de lã. Que tem o sabor
do limão ou do vinagre. 7. Sulco na
pele. As vossas pessoas. 8. Sexta nota
da escala musical. Belicoso. 9. Campo.
É portador de. 10. Satélite de Júpiter.
Pantomina. 11. Abertura da parte supe-
rior da laringe. O meridiano.
POR MARIA HELENA MARTINS
TARÓLOGA
TEL. 210 929 000
SITE: www.mariahelena.pt
EMAIL: mariahelena@mariahelena.pt
BLOG: http://concultoriodeastrolo-
gia.blogs.sapo.pt
Facebook: http://www.facebook.com/
MariaHelenaMartinsMHM
Grau de dificuldade fácil
VERTICAIS: 1. Anno Domini (abrev.). Ár-
vore africana cuja madeira se emprega
em construção e de cujas folhas os indí-
genas tecem barretes. 2. Bismuto (s.q.).
Suf. de filiação, descendência. Ligeiro. 3.
Periférico para digitalização. Corroo. 4.
Naquele lugar. Cano. 5. Processo Revolu-
cionário em Curso (sigla). Actua. Berílio
(s.q.). 6. Terra alagadiça. Subida de pre-
ços. 7. Noroeste (abrev.). Caminho orlado
de casas dentro de uma povoação. Mem-
brana ocular colorida, situada no interior
do globo ocular. 8. Armadilha para pás-
saros. Galicismo (abrev.). 9. Costume. Al-
ternadamente. 10. Tio ou tia (infant.). So-
frimento físico ou moral. Banto ou bantu.
11. Detestável. Artigo antigo.
Horóscopo
Carneiro 21/03 a 20/04
Momento favorável para fa-
zer novas amizades. Enriqueça a sua
vida. Anda mais enervado e terá ten-
dência para ser explosivo. Descon-
traia através do exercício físico.
Touro 21/04 a 20/05
Para resolver uma desaven-
ça com o seu par não tema ser firme.
Para controlar a transpiração apli-
que nas axilas algodão embebido
numa infusão de alecrim.
Gémeos 21/05 a 20/06
Está numa ótima fase a nível
amoroso. Mime o seu par. Pode ter
dores de cabeça fortes, causadas
pelo stress. Estabeleça objetivos e
cumpra-os. Alcançará o sucesso.
Grau de dificuldade médio
Pintar
Caranguejo 21/06 a 22/07
Um amigo pode pedir-lhe
conselhos. Seja sincero e ajude-o.
Para manter uma pele saudável
coma legumes de folha verde. De-
sempenhe as tarefas com prudência.
Leão 23/07 a 22/08
Viva a sua relação com maior
entrega. Amar só faz sentido dessa
forma. Sempre que possa, vá até ao
campo. O ar puro é precioso para a
saúde. Avizinham-se boas novidades.
Virgem 23/08 a 22/09
Prepare um jantar especial.
O romantismo quebra a rotina da re-
lação. Coma mais fruta. Uma maçã
por dia, dá uma vida sadia. Seja mais
dedicada ao seu trabalho.
Sudoku
Infantil
1111168
Completar
a grelha de
forma a que
cada linha, cada
coluna e cada
uma das caixas
3x3 contenham
todos os
números de 1 a 6.
Balança 23/09 a 23/10
Evite dar ouvidos a terceiros.
Ouça mais o seu coração. Observe a
natureza e recupere a harmonia in-
terior. Período equilibrado nas fi-
nanças. Desfrute desta fase.
Escorpião 24/10 a 21/11
A relação na qual anda a in-
vestir dará frutos. Viverá dias felizes.
Sentirá a energia renovada. Conse-
guirá combater o nervosismo e a an-
siedade.
Sagitário 22/11 a 20/12
Possível paixão súbita e in-
tensa. Tome precauções para não
correr riscos. A sua saúde está está-
vel. Continue a cuidar de si. Surpre-
sas agradáveis a nível profissional.
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
Soluções
SUDOKUS 1111140
SUDOKUS 1111111
Revezes. 10. Titi, Dor, Tu. 11. Odioso, El.
Paul, Alta. 7. NO, Rua, Íris. 8. Boiz, Gal. 9. Uso,
Scanner, Roo. 4. Ali, Tubo. 5. PREC, Age, Be. 6.
VERTICAIS: 1. AD, Mabela. 2. Bi, Ada, Ágil. 3.
Agro, Traz. 10. Io, Bailete. 11. Glote, Sul.
Baeta, Azedo. 7. Ruga, Vos. 8. Lá, Belígero. 9.
Alea, Boto. 4. Manicuro, Id. 5. ADN, Luir. 6.
HORIZONTAIS: . 1. ABS, Nauta. 2. Dicarpo, Si. 3.
PALAVRAS CRUZADAS:
Capricórnio 21/12 a 19/01
O amor traz leveza à sua vida.
Mantenha-se otimista. Coma mais
legumes e fortaleça o organismo.
Fase favorável no que respeita ao di-
nheiro.
Aquário 20/01 a 19/02
Um amigo pode pedir a sua
opinião. Seja sincero e ajude-o a en-
contrar a melhor solução. Beba
mais sumos naturais, está a precisar
de vitaminas.
Peixes 20/02 a 20/03
No amor, poderá ser sur-
preendido por alguém que conhece
há relativamente pouco tempo. Dê
atenção à sua imagem, vai sentir-se
melhor.
AÇORIANO ORIENTAL . TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020 Publicidade 25
26 Publicidade TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020 . AÇORIANO ORIENTAL
 Meteo&Tv 27
AÇORIANO ORIENTAL
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020

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Lua Nova Q. Crescente Lua Cheia Q. Minguante Sol

23/06 01/07 05/07 13/07 Nascer do Sol Pôr do Sol
às 06h20 às 21h06

Humidade prevista Índice UVA Marés

para hoje amanhã Efetivo de ontem 8 Hoje Baixa-mar às 05h11 e 17h28 Amanhã Baixa-mar às 06h08 e 18h25
73% 76 % Previsto para hoje 6 Preia-mar às 11h25 e 23h35 Preia-mar às 12h18 e --h--

Grupo Ocidental Grupo Central Grupo Oriental

16/20 15/22 15/22
18 18 19

Períodos de céu muito nublado Céu geralmente pouco nublado. Períodos de céu muito nublado com
com abertas. Vento do quadrante leste bonançoso abertas. Aguaceiros, mais frequen-
Aguaceiros, mais frequentes na (10/20 km/h). tes a partir da tarde.
madrugada e manhã. Mar de pequena vaga. Vento do quadrante leste bonançoso
a moderado (10/30 km/h).
Vento nordeste fresco a muito Ondas nordeste de 1 a 2 metros.
Mar de pequena vaga.
fresco (30/50 km/h) com rajadas Ondas norte de 1 metro, passando
até ao quadrante leste.
Mar cavado a grosso.
INFORMAÇÃO DO IMPA Ondas nordeste de 1 a 2 metros.

Frente Frente Frente Frente Isóbaras Alta Baixa

Fria Quente Oclusa Estacionária Pressão Pressão

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99.4
08.15 Zig Zag 05.30 Bom Dia Portugal 06.00 Zig Zag 05.00 Edição da Manhã 06.00 Notícias
08.30 Estudo do Meio e 09.00 Praça da Alegria 12.00 Os Daltons 08.00 Alô Portugal 07.00 Diário da Manhã 07.00 Noticiario Nacional
Cidadania - 1.º e 2.º anos 12.00 Jornal da Tarde 12.40 Chovem Almôndegas 09.00 O Programa da Cristina 09.14 Você na TV! 07.30 Sintese de Noticias
09.00 Educação Artística - 13.30 À Roda da Alimentação 12.55 Folha de Sala 12.00 Primeiro Jornal Apresentado por Manuel Nacionais
1.º ao 9.º anos 13.46 Mesa Portuguesa... 13.00 Sociedade Civil 13.15 Linha Aberta Luís Goucha, “Você na TV!” 07.40 Revista de Imprensa
09.30 Estudo do Meio e Com Estrelas 14.00 A Fé dos Homens 14.15 Amor Maior é um espaço que privilegia Regional, Nacional
Cidadania - 3.º e 4.º anos Com Certeza! 14.30 E2 - Escola Superior 15.00 Júlia a conversa e a cumplicida- e Internacional
10.00 Educação Física - 14.14 A Nossa Tarde de Comunicação Social 17.00 Amor à Vida de com os telespectadores 07.48 Meteorologia
3.º e 4.º anos Pensado a partir da essên- 15.00 Quando os Marsupiais Telenovela 12.00 Jornal da Uma 08.00 Noticiário Regional
10.30 Zig Zag cia da apresentadora, Tânia Voam: As Florestas de 18.10 Quem Quer Namorar 13.45 Destinos Cruzados 08.20 Negocios e Empresas
11.00 Aprender em Casa Ribas de Oliveira, o progra- Eucaliptos com o Agricultor? 15.15 A Tarde é Sua 08.30 Sintese de Noticias
13.00 Jornal da Tarde - Açores ma “A Nossa Tarde” tem, da Austrália 18.57 Jornal da Noite «A Tarde é Sua» é o progra- Nacionais
13.20 RTP3 / RTP Açores por isso, um lado mais emo- 16.00 Espaço Zig Zag 20.50 Nazaré ma em direto nas tardes da 08.35 A Opinião de Daniel
16.00 Noticias do Atlântico- cional, com base em histó- 19.40 Conta um Conto 21.30 Terra Brava TVI, apresentado por Fáti- Oliveira
Açores rias com final feliz, e um 19.50 Crias Eduarda e Tiago discutem ma Lopes. Os temas cen- 09.00 Noticiário Regional
16.30 Caminhos lado divertido, ou não fosse 19.55 Banda Zig Zag mais uma vez. Tiago diz que tram-se em todas as áreas 10.00 Noticiario Nacional
17.00 Açores Hoje a nossa Tânia uma pessoa 20.00 The Athena ela não leva Martim a lado da sociedade: a família, dos 11.00 Noticiario Nacional
17.45 Portugal no Mundo - que gosta de dar umas so- 20.30 Jornal 2 nenhum. No meio da dis- afetos e da saúde, famosos, 12.00 Noticiario Nacional
Best Of noras gargalhadas 21.12 A Diplomata cussão conta tudo o que ela frivolidades. Moda e as 12.25 Negocios em Português
18.37 Volta ao Mundo 16.30 Portugal em Direto 22.05 Nada Será fez, que Martim não é filho grandes polémicas da 12.30 Noticiario Regional
18.55 Os Nossos Dias 18.09 O Preço Certo Como Dante deles mas sim dela e de atualidade vão também fa- 13.15 Mapa Mundo
19.38 Todas as Palavras 18.59 Telejornal 22.33 Onde os Livros São Francisco. Martim está à zer parte dos conteúdos do 14.00 Noticiario Nacional
20.00 Telejornal Açores 20.00 Príncipes do Nada o Mundo porta. programa. 16.20 Bolsa/Reuters
20.42 Terra Príncipe 20.35 Joker Uma viagem à descoberta 22.15 Quem Quer Namorar 17.22 Ver P’ra Crer 16.30 Sintese de Noticias
21.00 Gente da Cidade 21.20 Fabrico Internacional do mundo através de bi- Com o Agricultor? 18.00 Big Brother - Diário Nacionais
21.26 Vejam Bem 21.53 A História da Europa bliotecas itinerantes muito 22.25 Amor de Mãe 18.57 Jornal das 8 16.45 Negocios e Empresas
22.16 Lisboa Azul 22.52 A Nova Viagem de Sinbad originais e dos seus biblio- Telenovela 20.45 Quer o Destino 18.00 Noticiario Nacional
22.37 Paraíso 23.22 Grandes Invenções tecários improváveis 23.20 Passadeira Vermelha 21.30 Espírito Indomável
23.06 Faz Faísca 00.19 A Sétima Viagem 22.47 Sono de Inverno 00.35 Quem Quer Namorar 22.37 Big Brother - Extra
00.00 Noticias do Atlântico de Sinbad 02.01 Sociedade Civil Com o Agricultor? 23.37 Big Brother
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Loja Açores
T-shirt
assaltada
A loja Açores T-shirt, locali-
zada na baixa de Ponta Delga-
da, foi assaltada no passado fim
de semana, tendo sido furtados
do seu interior mais de 200 ar-
tigos, revelam os donos no seu
sítio da rede social Facebook.
Do estabelecimento, que
também foi vandalizado, foram
subtraídos óculos de sol, câma-
ra, ferramentas e braceletes de
basalto, além do fundo de ma-
neio do caixa.
A Brigada Anticrime da PSP
deslocou-se ao local para apu-
rar mais elementos. ƇPF
TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2020
www.acorianooriental.pt
Email: acorianooriental@acorianooriental.pt | Telefone: + 351 296 202 800 | FAX: + 351 296 202 826
Flagrante
SÃO ROQUE
Não estará em falta uma passadeira junto a esta placa de sinalização na Rua da Praia dos Santos?
PSD/M quer rever Lei
de Finanças Regionais
O grupo parlamentar do PSD
na Assembleia da Madeira de-
fendeu ontem que a Lei de Fi-
nanças Regionais tem de ser
“revista o mais urgentemente
possível” porque o diploma em
vigor não consegue responder
às necessidades da região.
Em conferência de imprensa, o
líder da bancada da maioria so-
cial-democrata no parlamento
madeirense, Jaime Filipe Ramos,
argumentou que, devido à pan-
demia da Covid-19, que afetou
gravemente a economia regional,
foi constatável que “a Madeira não
teve ao seu dispor os instrumen-
tos e as ferramentas necessárias
para acudir à população”.
O deputado social-democrata
madeirense defendeu a necessi-
dade de uma lei que “salvaguarde
os interesses dos madeirenses e
porto-santenses, que seja justa e
equilibrada entre as duas regiões”,
e acrescentou que o objetivo é con-
seguir uma “lei que seja positiva
para ambas [as regiões autóno-
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DIREITOS RESERVADOS
mas] e não negativa, privilegian-
do uma em detrimento da outra,
que seja feita ao interesse dos ci-
dadãos das ilhas, da Madeira e dos
Açores e não ao interesse da cor
que domina”. No entender do lí-
der do grupo parlamentar do
PSD/Madeira, a “lei atual tem ser-
vido mais os interesses dos Aço-
res do que os da Madeira por ques-
tões do Governo da República”.
Jaime Filipe Ramos enun-
ciou vários aspetos a alterar na
lei, entre os quais o equilíbrio
orçamental, as transferências
do Orçamento do Estado para
a saúde e educação, critérios”
de distribuição do Fundo de
Coesão Nacional, e o IVA ‘per
capita’. Ƈ PG/LUSA
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Black Lives…
EM 200
PALAVRAS
NUNO BARATA
GESTOR PORTUÁRIO
O mundo ocidental, contempo-
râneo, humanista, revolucioná-
rio mas racionalista, consumista,
assustado também, vive dias de
agitação por causa da morte bár-
bara de George Floyd há cerca de
um mês. Decorrem protestos,
pelo mundo quase todo, sobre a
forma como as polícias tratam os
negros fazendo realçar de forma
inequívoca o racismo latente por
toda a humanidade ocidental. É
verdade, as polícias de todo o
mundo tratam mal os que são di-
ferentes, ainda há pouco tempo
em Portugal um cidadão estran-
geiro foi espancado até à morte
numa sala do SEF. Todos os dias
são brutalmente assassinadas
pessoas por polícias e desapare-
cem outras tantas. Estranho po-
rém que a gente se escandaliza,
apenas, com esse acontecimento
na maior democracia do Mundo
enquanto as tiranias permane-
cem impunes e envoltas em si-
lêncios barulhentos.
A BBC dedicou grande parte
das suas edições online a carac-
terizar 10 coisas que mudaram
no mundo desde o homicídio
de Floyd, mas há uma coisa que
não mudou. África permanece
um continente esquecido onde
morrem todos os anos milhões
de pessoas, novos velhos e
crianças, de fome, guerras, ge-
nocídios, malária, ébola e ou-
tras minudências. Black Lives
Matter, but not everyone. Ƈ
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