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Sábado, 13 de Junho de 2020


Correio dos Açores
Director:
i Américo
A é i Natalino
li Viveiros
i i - Director-Adjunto:
i Adj Santos
S
www.correiodosacores.pt
Narciso
i Diário
iá i ffundado
d d em 1920 por Joséé Bruno Carreiro
C i e Francisco
i Luís
í Tavares Ano 100 n.º 32154 Preço: 0,90 Euros

Se a Região não “acelerar a entrega


dos resultados dos testes” à Covid
perde turistas para outros destinos
Carlos Santos, Presidente do OTA
Alerta do Presidente do Observatório de Turismo págs. 2 e 3

Colégio do Castanheiro vai adoptar


metodologias usadas na pandemia
Segundo Vasco Cordeiro
quando os alunos voltarem à escola
Com mais ou menos dificul-
Programa ‘Viver Açores’ dades, o Colégio do Castanheiro
diz que cada vértice do triângulo
vai ser incentivo às viagens encarregados de educação, pro-
fessores e alunos foi de extrema
entre as ilhas da Região pág. 3 importância em cada decisão to-
mada. Quando regressarem no
próximo ano lectivo há ferramen-
tas e metodologias usadas no con-
finamento que vão ser ajustadas às
aulas presenciais.
págs. 4 e 5

Ribeira Grande
No Alcides colocou placa
Empresários e sindicatos do município
almoçaram no restaurante na Praça do
para dar sinal de confiança Emigrante em
Os empresários insistem que o Governo dos Açores homenagem aos
deve transformar em apoios a fundo perdido os créditos
concedidos às empresas para fazerem face à Covid-19.
pág. 9
que partiram pág. 15 João Miranda, Director Pedagógico do Colégio do Castanheiro
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2 entrevista Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

Alerta de Carlos Santos, Presidente do Observatório de Turismo dos Açores

Se a Região não “acelerar a entrega dos


resultados dos testes” à Covid-19 pode
perder turistas para outros destinos
Carlos Santos é presidente da direcção do Observatório do Turismo dos Açores e professor na Universidade dos
Açores. Como especialista nesta área defende que este poderá ser o momento oportuno para a Região repensar a
dependência do turismo que existe tradicionalmente em destinos insulares, o que os torna demasiado vulneráveis
em situações como as que hoje se verificam. No entanto, acredita que os turistas nacionais serão muito importantes
para salvar quer as empresas turísticas, quer o turismo nos Açores, o que deverá por outro lado obrigar a que se
aumente a rapidez da entrega dos resultados dos testes para despiste de infecção pelo novo coronavírus, evitando
assim que os turistas prefiram explorar outros destinos sem que fiquem restritos a um quarto de hotel.

Correio dos Açores - Tendo como base os qualificados aumentará, quando passar a fase ac-
impactos ocorridos com a chegada do novo tual, pois necessitamos urgentemente de qualifi-
coronavírus, como avalia a queda abrupta car a oferta. Portanto, essas escolas continuarão
que o turismo sofreu no mundo inteiro e nos a ter procura e os seus formandos continuarão a
Açores em particular? ter oportunidades de emprego. Claro que a oferta
Carlos Santos, Presidente da Direcção do de formação deve adaptar-se para responder às
Observatório do Turismo dos Açores - O tu- novas necessidades sentidas no mercado de tra-
rismo e os transportes aéreos,foram dos sectores balho turístico.
que mais sofreram com a presente crise causada
pela pandemia Covid-19, a todos os níveis, mun- Acredita que o “Destino Açores” possa ter
dial, nacional e regional. ficado prejudicado com a questão das quaren-
E, sabendo que uma grande maioria das reser- tenas obrigatórias?
vas para a época alta de 2020 foram canceladas, Vejamos a situação actual. Muitos paí-
isso atingiu sobretudo destinos como os Açores, ses fecharam as suas fronteiras e impuseram
com uma grande sazonalidade da actividade tu- controlos dentro da zona Schengen, incluindo a
rística, destruindo receitas, que em muitos negó- obrigatoriedade de períodos de quarentena. Por-
cios são fundamentais para fazer face a custos tanto, milhões de turistas europeus ficaram im-
fixos na época baixa e para pagar salários. pedidos de viajar e, neste momento, representam
No caso particular dos Açores, cuja depen- uma importante procura latente.
dência excessiva do turismo considero não ser Portugal, incluindo os Açores, levantou a
“saudável”, as consequências são mais devasta- obrigatoriedade de um período de quarentena.
doras, como, aliás, sucede em todos os destinos, Existe sim a obrigatoriedade dos turistas terem
sobretudo os insulares, com uma dependência do feito testes à Covid-19 72 horas antes da parti-
turismo que os torna particularmente vulneráveis da ou serem testados à chegada. Mas, ainda não
a choques negativos externos, como é o presente estão abertas as fronteiras ao turismo. A partir
caso. de 15 de Junho deverão abrir os voos para o es-
Esta é uma oportunidade para repensar este trangeiro, incluindo para destinos fora da União
assunto, no meu entender.Falando em números, Carlos Santos: “Os turistas nacionais são muito importantes para salvar Europeia.
os Açores registaram no mês de Março uma di- as empresas turísticas e o turismo nos Açores Neste contexto, as quarentenas é claro que
minuição homóloga de -58% na procura turísti- prejudicam qualquer destino, sobretudo se forem
ca, nomeadamente dormidas e hóspedes, face a que não seja afectada por uma segunda vaga procura turística interna e, também, da procura exigidas apenas por alguns destinos. No caso
2019. E uma diminuição homóloga de – 99% de do vírus, por exemplo, e que factores podem de turistas de Portugal continental. Mas, será um dos Açores, as quarentenas coincidiram com um
passageiros desembarcados nos aeroportos da re- condicionar essa retoma? período difícil, com gastos acrescidos com as período em que os transportes aéreos reduziram
gião no mês de Abril. Neste momento, a questão de apontar datas medidas de segurança e higiene e rendimentos substancialmente os voos para a Região e, por-
Claro que o Governo português criou medi- concretas de recuperação do turismo, carece de em baixa. tanto, não havia grande procura de turistas nacio-
das para mitigar os efeitos da crise nos negócios credibilidade. Contudo, a pressão para uma re- Claro, que para complicar a situação das nais e estrangeiros.
turísticos e salvaguardar postos de trabalho, como toma económica gradual e a existência de uma empresas, notemos, de novo, que as procuras, re- Também penso que não chegou a afectar ne-
o lay-off, os apoios modulados de acordo com a procura turística latente, leva-me a crer que o ano feridas atrás, estão ambas dependentes dos trans- gativamente a nossa imagem de destino acolhe-
quebra de facturação, à retoma da actividade, à de 2021 será um ano de recomeço da activida- portes aéreos. dor e pronto a receber turistas. Claro que neste
liquidez das empresas, entre outros apoios. de turística, provavelmente ainda sem atingir os momento, é preciso acelerar a entrega dos resul-
Mas, muitos desses apoios dirigem-se sobre- níveis de 2019, prevendo uma retoma completa Entretanto, mesmo em crise, as escolas tados dos testes, pois perante a necessidade de
tudo a empresas que são viáveis e que precisam em 2023. profissionais continuarão a leccionar cur- esperar mais do que um dia pelos resultados, fe-
de ultrapassar crises passageiras de tesouraria, o No caso dos Açores, existem duas ameaças, sos direccionados para o turismo. Que refle- chado num hotel, muitos turistas irão para outros
que me parece correcto. A crise económica resul- que colocam incertezas adicionais nas expecta- xos podem ocorrer nessas escolas no que diz destinos.
tante da pandemia irá ditar o desaparecimento de tivas de recuperação dos negócios turísticos e do respeito quer à ocupação dos cursos, quer à Por outro lado, julgo que poucos turistas es-
muitas empresas e negócios inviáveis. Por analo- destino, nomeadamente: uma derivada da possi- empregabilidade no futuro? tarão dispostos a sujeitarem-se a vários testes em
gia, da mesma maneira que a pandemia “limpou” bilidade de uma segunda vaga do coronavírus, e, A formação dada nas Escolas Profissionais férias. Não havendo demoras, a exigência de um
os estratos da população mais frágeis, o mercado outra resultante da imprevisível e complexa recu- não é dirigida apenas às necessidades de curto teste 72 horas antes de chegar ao destino Açores
também “limpará” as empresas mais frágeis. peração dos transportes aéreos. prazo, mas também às necessidades de médio considero ser positiva, pois dá uma imagem de
prazo e a procura de mão-de-obra qualificada não destino preocupado com os aspectos de segu-
Quando acredita que o turismo – bem Na sua opinião, como será o resto do ano vai desaparecer, do mesmo modo que o turismo rança, o que é muito valorizado hoje em dia pela
como os demais sectores associados – irão para as empresas do sector turístico? não vai desparecer. maioria dos turistas. Isto, para além, claro está,
começar a sentir uma retoma verdadeira, O resto do ano de 2020 depende muito da Aliás, julgo que a procura por trabalhadores de “proteger” os residentes de contaminações in-
Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 entrevista/regional 3

A Covid-19 “é uma
oportunidade única
para o turisno nos Açores”

Programa ‘Viver os Açores’


vai ser um incentivo para
os açorianos viajarem
entre as ilhas da Região,
anuncia Vasco Cordeiro
O Presidente do Governo anunciou ontem que na próxima semana entrará em funcionamento
um novo programa, denominado ‘Viver os Açores’, para fomentar o turismo interno e que prevê
a atribuição de apoios aos açorianos que pretendam passar férias noutras ilhas que não a da sua
residência.
“Posso anunciar que, durante a próxima semana, entrará em funcionamento um novo progra-
A natureza preservada dos Açores é uma mais-valia crescente para a Região ma criado pelo Governo dos Açores, chamado ‘Viver os Açores’, que se traduz no incentivo aos
residentes à realização de férias em outras ilhas da Região que não a da sua residência”, afirmou
Vasco Cordeiro.
desejáveis. um peso enorme na decisão de viajar em férias. Se, Segundo o Presidente do Governo, que falava na ilha de Santa Maria, este incentivo para a
Muitos países europeus estão a optar por abrir ao em Portugal continental as pessoas se podem deslo- realização de férias interilhas corresponde a um apoio financeiro para a aquisição, pelos çorianos,
turismo doméstico em primeiro lugar, para depois, car por outros meios, incluindo o carro, o comboio de serviços de transporte aéreo e marítimo, de alojamento, de alimentação, de actividades turísti-
abrir gradualmente ao turismo internacional, impon- ou o autocarro, isso facilitará muito o crescimento cas e de aluguer de viatura.
do certas restrições em relação à entrada de turistas do turismo doméstico. Mas, esse não é o caso de “Com a perfeita consciência que não é o mercado interno que substitui aquilo que são os
estrangeiros que sejam provenientes de países com deslocações em férias para os Açores. fluxos turísticos provenientes do exterior, o Governo dos Açores está a trabalhar no sentido de
grande incidência da Covid-19. No entanto, a procura por um destino seguro e de potenciar e valorizar, ao máximo, esse mercado interno”, afirmou Vasco Cordeiro.
É o caso de Espanha, que abre primeiro o país natureza pode trazer turistas nacionais aos Açores. De acordo com o Presidente do Governo, pelas circunstâncias que são conhecidas de todas
ao turismo doméstico a partir de 22 de Junho, e ao Não nos esqueçamos da concorrência da Madeira, relativas à pandemia de Covid-19, o Executivo açoriano está, assim, a “lançar mão de todos os
turismo internacional gradualmente a partir de 1 de que neste momento, tal como sucede com os Açores, mecanismos que tem à sua disposição para fomentar o turismo interilhas”, numa altura em que os
Julho. A França que espera abrir as fronteiras a turis- não tem casos activos de Covid 19. mercados externos “não estão tão pujantes”.
tas estrangeiros da UE e do espaço Schengen a partir Resta-nos contar com o turismo intra e inter Vasco Cordeiro adiantou, por outro lado, que está a ser desenvolvido, quer pela tutela, quer
de 15 de Junho. A Alemanha abriu as suas fronteiras insular. Mas, de novo, no caso do turismo inter- pelo Conselho de Administração da SATA, um trabalho para permitir que o transporte aéreo
a turistas austríacos e do Luxemburgo e reabre a tu- ilhas,existe a barreira do transporte aéreo. Estou no possa servir melhor a ilha de Santa Maria.
ristas do Reino Unido, do espaço Schengen e da UE, entanto, convencido de que esse turismo crescerá, “Esse trabalho inclui a ligação directa com Lisboa, um reforço de ligações da operação
apartir de 15 de Junho. apesar de não ser recíproco, ou seja, será mais de inter-ilhas e a criação de tarifas promocionais nesse âmbito”, adiantou Vasco Cordeiro, ao salien-
Em muitos países a abertura não é idêntica em umas ilhas para outras, como, por exemplo, de S. tar que, sobretudo nas ligações aéreas com o exterior, existem “cuidados que ainda se deve ter”,
todas as suas regiões. Finalmente e em relação ao Miguel para as ilhas do Grupo Central. tendo em conta a situação da Covid-19 em outras partes do país.
Reino Unido, aos turistas britânicos que queiram Muitas vezes, o turismo no local de residência, No âmbito do conjunto de contactos e visitas que tem realizado nas várias ilhas, Vasco Cor-
regressar a casa em proveniência dos Açores, é- ou na sua proximidade, é limitado, não porque haja deiro visitou as jazidas fósseis da Pedreira do Campo, onde salientou o trabalho da Universidade
lhes exigido, caso tenham completado um período falta de locais belos, e com uma oferta de qualidade, dos Açores para a criação de um plano de acção para o Paleoparque de Santa Maria, criado em
de auto-quarentena nos Açores, que preencham um mas porque uma das motivações da procura turísti- 2018, e que se prevê que esteja concluído no mês de Julho.
questionário e enviem um formulário às autoridades ca é a procura por aquilo que é “diferente”, ou seja, O Paleoparque de Santa Maria integra 20 jazidas fósseis e, no âmbito desse plano de ação, se-
de saúde dos Açores, pedindo uma autorização para em outros países, mesmo que o mesmo tipo de oferta rão estabelecidas as medidas e ações de conservação e salvaguarda dos recursos e valores naturais
viajar para fora da Região, que depois de preenchida exista no local de residência. e, simultaneamente, de usufruição sustentável destas áreas.
e assinada pela autoridade de saúde regional, deve
ser mostrada no aeroporto, na partida. Poderá o novo coronavírus alterar em algum
Estas são as medidas que Portugal e os Açores
têm interesse em monitorizar, pois são tomadas pelos
sentido o “tipo” de turismo que os Açores atra-
em?
Consumo das famílias
principais mercados emissores de turistas internacio- A Covid-19 é uma oportunidade única para os
nais para Portugal e para os Açores. Açores se posicionarem competitivamente junto de
nichos de mercado que valorizem a nossa oferta, que
açorianos caiu 4,1% em Abril
De que forma serão importantes os turistas agora, felizmente está na moda. É preciso aproveitar Segundo o Indicador de Consumo Privado nos Açores o consumo das famílias açorianas
nacionais durante os próximos meses? esta oportunidade. registou uma diminuição homóloga de 4,1% em Abril de 2020, anunciou o SREA.
O turismo doméstico sempre foi a salvação dos O Indicador de Consumo Privado dos Açores resulta de uma combinação linear de 13 séries
destinos turísticos que sofrem choques negativos Como poderá recuperar a Região de um ce- explicativas do consumo privado dos Açores em volume, entre eles: Gasolina sem chumbo de 95
instantâneos na procura externa de turistas interna- nário que se revela pior do que aquele que existia e 98 octanas, Electricidade consumida pelas famílias, População empregada, Automóveis novos
cionais. Claro que os turistas nacionais são muito antes de o espaço aéreo ser liberalizado? ligeiros de passageiros vendidos, Compras Multibanco (soma de levantamentos em caixas auto-
importantes para salvar as empresas turísticas e o Com muita focagem nas estratégias turísticas máticos e pagamentos efectuados em terminais de pagamento automático), Serviços Multibanco
turismo nos Açores. competitivas de longo prazo, com a ajuda do Estado (pagamentos de serviços em caixas automáticos), Bens Alimentares vendidos no comércio a reta-
Contudo, a necessidade de apanhar um avião português e apoios da União Europeia, com a retoma lho, Crédito ao consumo concedido às famílias, Rendas (através da proxy estimada do número de
para aqui chegar será uma condicionante do cresci- dos transportes aéreos e com a restauração da con- alojamentos), Medicamentos vendidos em farmácias sujeitos a receita médica, Transportes aére-
mento do turismo proveniente do restante território fiança dos consumidores. os, Transportes marítimos e Transportes terrestres. O valor assim obtido é calibrado com base nas
nacional. As pessoas têm algum receio de viajar de estimativas anuais do consumo das famílias dos Açores (estimado pelo SREA) e nas estimativas
avião e todos os impedimentos nos aeroportos têm Joana Medeiros quinquenais que resultam dos dados do Inquérito às Despesas das Famílias (INE).
4 reportagem Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

Como a escola se adaptou ao confinamento


Colégio do Castanheiro vai adoptar
metodologias usadas na pandemia
quando todos os alunos voltarem à escola
O apoio da psicóloga da escola foi de extrema importância nesta altura de confinamento e em que os jo-
vens tiveram de se adaptar à nova realidade de aulas não presenciais. Com mais ou menos dificuldades, o
Colégio do Castanheiro diz que cada vértice do triângulo encarregados de educação, professores e alunos
foi de extrema importância em cada decisão tomada. Quando regressarem no próximo ano lectivo há fer-
ramentas e metodologias usadas no confinamento que vão ser ajustadas às aulas presenciais.

Antes do período das férias da Páscoa as dos alunos, ao pé das equipas. Isso é comprome-
escolas foram encerradas nos Açores devido à tido. Mas o que posso dizer é que dentro aquilo
pandemia da Covid-19 e houve necessidade de se que era expectável à distância, todos nós apren-
encontrarem alternativas para que os jovens não demos”. E nesse aspecto, “todos demos o nosso
deixassem de ter aulas mesmo não podendo fre- melhor e conseguimos manter a excelência nesse
quentar a escola. patamar. Da cidadania, da forma como os alunos
O Colégio do Castanheiro não foi excepção. estavam, e da nossa entrega e dos alunos”. E dá
Entre a incerteza do que se seguiria e o período um exemplo: “Eu sou de Matemática e quando
de interrupção lectiva para as férias da Páscoa, foi comecei as aulas à distância, eu não tinha nada
preciso pôr mãos à obra para que após esta inter- para escrever. Então um amigo disse-me para
rupção se voltasse a uma nova normalidade. dar aulas com o rato e eu achei aquela ideia ma-
O Director Pedagógico do Colégio do Casta- luca, mas agora estou perito em dar aulas com o
nheiro, João Miranda, explica que durante a inter- rato. Nós fomo-nos superando e isso fez com que
rupção da Páscoa ao estabelecimento de ensino aprendêssemos muita coisa”.
privado apenas se deslocava uma pessoa para fa- Outro exemplo são as aulas de 90 minutos
zer manutenção nos equipamentos, mas também que presencialmente são completamente diferen-
no parque ambiental onde existem animais. “A tes de serem dadas através de um computador.
partir dessa altura, os professores foram heróis “Os meus alunos diziam que 90 minutos de aula
e, durante esse período de interrupção da Páscoa, ia ser impensável. Eu dizia que eles faziam isso
abdicaram desse tempo para poderem preparar na escola, que era a mesma coisa. Mas não era.
as aulas à distância”, acrescentando que para as Então, dávamos meia hora de aula, fazemos 15
tomadas de decisão nesses tempos de incertezas minutos de intervalo e voltávamos para o resto da
foi de extrema importância “um triângulo”, com- João Miranda conta como o Colégio do Castanheiro teve de se adaptar à nova aula. E eles vinham com outra força, com outra
posto por encarregados de educação, alunos e normalidade e como o apoio da psicóloga foi fundamental disponibilidade. Porque é essa a nossa preocu-
professores. pação”, explica João Miranda que diz que houve
“Os encarregados de educação, porque fomos eles mostraram isso”. Depois porque estavam em É possível manter a excelência necessidade de se criar dinâmicas.
invadir a privacidade do lar familiar. Muitos en- teletrabalho, mas tinham também a família em nestes moldes? Porque ter crianças sentadas à frente de um
carregados de educação também entraram em te- casa, também em teletrabalho e os que tinham computador sem poder sair durante tantas horas
letrabalho, tivemos de criar condições com esses filhos, a assistir às aulas em casa e “souberam “É uma questão muito pertinente”, responde é complicado, o Colégio do Castanheiro sentiu
encarregados de educação para invadirmos o seu dedicar-se aos filhos e aos alunos”. Os profissio- João Miranda que revela que no Castanheiro “so- necessidade de ter um acompanhamento ao nível
lar para os nossos alunos terem um espaço e terem nais “mostraram que afinal ser professor não é só mos uma família” e a proximidade dos professo- psicológico. “A nossa psicóloga falava connosco,
equipamentos para poderem ter respostas. Mesmo dar aulas. É preparar aulas, é estar com a família, res com os alunos permite perceber o estado de com os alunos, o que nos ajudou muito na estraté-
nos horários, quando os fizemos, auscultámos os é chamar a atenção, falar e dialogar com os pais, espírito dos mais novos. “O olhar deles transmite- gia, na forma de abordarmos as questões. Porque
pais para sabermos os equipamentos que tinham, ter tempo para falar com os alunos, motivar os nos logo alguma coisa. A forma como interage preocupava-nos muito saber se os alunos estavam
tudo durante o período da Páscoa. Foram disponí- alunos, dar-lhes alento. E a verdade é que tudo foi com os colegas em sala de aula, permite-nos afe- bem psicologicamente”, acrescenta.
veis na inter-ajuda nos momentos difíceis e fáceis, feito em tempo recorde e criámos uma platafor- rir muito”, e nesta altura de aulas não presenciais É que os alunos não reagiram todos da mesma
foram sempre impecáveis. O primeiro vértice ma que contratualizámos, e que nos dava segu- isso não foi possível. forma e João Miranda dá o exemplo de um pai
deste triângulo foi os encarregados de educação”, rança em termos de resposta com tablets, PC’s e Os trabalhos de grupo e em equipa continu- que lhe contou que “o filho pensava que estava
refere o também professor de Matemática. telemóveis, com a possibilidade deles assistirem”, am a ser feitos, noutros moldes, mas “é um pou- de castigo em casa. Que não ia ao Colégio porque
Depois acrescentam-se a esta figura geomé- refere. co difícil orientar os alunos todos como fazemos estava de castigo. O pai já lhe tinha mostrado na
trica os alunos, “porque se adaptaram a uma nova O responsável Pedagógico do Colégio do presencialmente, em que os professores vão ao pé televisão que estavam todos os meninos assim,
realidade. Tiveram de viver o seu dia-a-dia em Castanheiro lembra também que foi necessário
casa mas com escola. Sem aquela socialização mexer nos programas a leccionar e nos horários.
que tinham, as brincadeiras, socializar, e depois Todos os dias havia aulas e a presença diária junto
fazerem por respeitar novas regras, saberem estar dos alunos não foi descurada. “Era uma constan-
disponíveis”. te. Tanto é que criámos muitas dinâmicas mas não
Depois, os professores que reforça “nada dis- colocámos em causa os conteúdos programáticos,
to se faz sem professores”. João Miranda diz que conseguimos cumprir com um ritmo mais lento,
esta pandemia veio provar “uma máxima que te- mantendo o que era o principal. Com planifica-
mos que podemos ter as melhores instalações do ção, plataformas, questionários inter-activos, fa-
mundo, e nós felizmente temos boas instalações, lando com os alunos e esta foi, em traços gerais,
mas depois temos pessoas. As pessoas fazem a a nossa primeira resposta. Começámos muito
diferença. E as pessoas fizeram essa diferença. lentamente, com pouca coisa, depois fomos exi-
Os professores foram heróis”. Primeiro, porque gindo um pouco mais e mais e conquistámos os
“mostraram logo porque é que escolheram esta alunos. Agora estão é cansados”, diz João Miran-
profissão e deram resposta. Nos momentos difí- da que reconhece que esta altura do ano é sempre
ceis os professores têm de estar com os alunos e a mais cansativa para os alunos, seja com aulas
este é um momento difícil, não podemos abando- presenciais ou não presenciais.
nar os nossos alunos, temos de estar com eles. E
Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 reportagem/publicidade 5

Encarregados de educação, alunos


e professores formaram ‘triângulo’
importante para segurar níveis de sucesso
mas só no primeiro dia de aulas, quando ele viu dos”. As salas também tiveram de ver reduzido o Outra questão é que há plataformas que não quando os alunos faltavam enviávamos as aulas
que todos os colegas estavam no monitor e que número de alunos, nove por sala. eram exploradas tanto como o são agora. “A pla- gravadas. Mas agora temos a possibilidade de eles
a professora também estava, é que acreditou que “A tudo isso tivemos de nos adaptar. E quan- nificação, as plataformas dos quizz e jogos, que poderem assistir ao mesmo tempo que os colegas
não era um castigo, que estavam todos em casa”. do toda a gente pensava que ao voltar à escola ía- são uma forma de fazer jogos e testes que eles a partir de casa”, refere.
mos fazer uma festa, isso não foi possível”, além gostam e que podem responder por telemóvel. Algo que o Colégio já fazia, embora não com
Nem tudo foram maravilhas disso, como o Colégio do Castanheiro é o único Agora vamos transportar para as aulas porque não tanta regularidade, era convidar pessoas para falar
da Região com organização de aulas por semes- usávamos tanto e agora estamos peritos. Foi uma com os alunos por vídeo-conferência. Algo que
Mas nem tudo se desencadeou de forma posi- tre, também foi necessário adaptar as aulas para formação imediata e obrigatória” que agora vai saiu reforçado durante este tempo de confinamen-
tiva logo desde o início e o Director Pedagógico as disciplinas semestrais. “Como o confinamento ser transportada para o dia-a-dia da escola. to. “Alguns professores tinham relutância em fa-
do Castanheiro dá o exemplo do desafio das aulas começou quase no início do segundo semestre, O Castanheiro passou a ter uma equipa para zer isso, mas agora viram que é uma realidade e
presenciais, que já recomeçaram para os alunos para não comprometer, estamos agora a dar umas criar desafios para os alunos. “Desafios da Ourite- pode ser feito mais no futuro”, diz.
do 11º e 12º anos que se inscreveram para os exa- aulas semestrais só três dias por semanas”, expli- ca, que é a nossa biblioteca, perguntas de formação Agora, com o cansaço que já se instalou nos
mes nacionais, que têm de ser geridas com as au- ca. geral, do 3º ciclo para ver quem ficava à frente. Es- alunos, por ser final de ano lectivo e por se toda a
las não presenciais. tes desafios tiveram uma boa adesão. Os meninos incerteza de uma nova realidade, “estamos na fase
“Ajustar as aulas presenciais e não presenciais O que vão adaptar ao futuro estavam todo o dia em casa e precisavam de se da manha”, diz, em jeito de brincadeira.
foi um desafio” e dá como exemplo um dia tí- Mas o confinamento trouxe coisas positivas entreter sem ser só a questão académica. Também “Às vezes nas aulas pergunto como é que se
pico enquanto professor: “de manhã estava a que o Colégio já está a pensar em adaptar no fu- criámos grupos em que eles pudessem interagir faz isto ou aquilo, num exercício, e eles dizem que
dar aulas presenciais, à tarde estive a dar aulas turo. “Um exemplo concreto é quando o aluno es- uns com os outros. O brincar online que foi uma não ouvem bem porque a rede está fraca. Mas esta
não presenciais, e enquanto estou a dar aulas tiver com febre e não puder ir à escola, se depois coisa nova” e a que grande parte deles aderiu. Até plataforma que usamos, tem uma coisa gira é que
presenciais, tenho alunos que estão em aulas não melhorar um bocadinho, pode assistir em casa às houve alunos a fazer piqueniques online, embora se um aluno estiver com rede fraca, acende uma
presenciais. Temos uma tendência a esquecer-nos aulas. Os apoios que muitas vezes os alunos pre- a grande dificuldade fosse com os alunos do 1º luz amarela. É normal eles começarem a ficar
que alguém nos está a ver em casa. E isso também cisam durante os períodos de interrupção lectivos, ciclo onde os interesses entre meninos e meninas saturados. Mesmo com aulas presenciais nesta al-
é uma experiência nova”. dúvidas que queiram esclarecer iremos ter sem- são muito diferentes e foi mais complicado “mas tura já demonstravam algum cansaço e agora não
Depois houve necessidade de se adaptarem a pre pessoas disponíveis para os esclarecer, porque há a possibilidade de brincar online”. é diferente”, conclui João Miranda.
ter e dar aulas de máscara, “que para quem usa permite estar à distância. Eles estão em casa mas Agora, com as plataformas que foram contra- Carla Dias
óculos não é fácil. Ficamos com os óculos emba- saberem que têm alguém disponível foi bastante tadas pelo Colégio do Castanheiro permite explo-
ciados, os alunos ficam com os óculos embacia- positivo”, refere. rar outras modalidades também. “Por exemplo,
6 entrevista Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

Duarte Nuno Chaves, investigador e Presidente da Casa da Madeira nos Açores

Estudo vai ligar o sector turístico a conteúdos


históricos dos Açores e valorizar o turismo
cultural e religioso na Região
Duarte Nuno Chaves, natural da cidade do Funchal, é investigador do CHAM - Centro de Humanidades,
que é uma unidade de investigação inter-universitária vinculada à Faculdade de Ciências Sociais e Huma-
nas da Universidade Nova de Lisboa e à Universidade dos Açores. É Doutor em História da Arte pela Uni-
versidade de Évora, com a tese dedicada ao estudo das “Imagens de vestir da procissão dos Terceiros no
Arquipélago dos Açores”. Paralelamente é Presidente da Casa da Madeira nos Açores.

Para além de investigador, o que faz Em resposta directa à sua questão, cer-
na Universidade dos Açores? tamente que continuaremos a beneficiar
Investigador Duarte Nuno Chaves com esta nova dimensão de uma sociedade
- Para além de investigador e de colabo- ultra conectada e globalizada”.
rar na qualidade de docente convidado,
estou a desenvolver um projecto de pós- Que pontos comuns se podem encon-
doutoramento, financiado pelo Fundo Re- trar nas áreas de investigação em Histó-
gional de Ciência e Tecnologia, que tem ria e museologia?
como objectivo articular a área do turismo Os cruzamentos interdisciplinares en-
e a produção de conteúdos históricos. Este tre a História e a Museologia são funda-
projecto pretende contribuir para a criação mentais para a construção e compreensão
de uma linguagem comum aos vários acto- dos conteúdos que nos são dados a conhe-
res envolvidos na área do turismo cultural cer pelos museus. De entre as várias fun-
e religioso. ções que estão consagradas aos espaços
A investigação desenvolve-se no âm- museológicos, a preservação e a difusão da
bito geográfico das regiões autónomas dos nossa memória cultural, são fundamentais
Açores e Madeira, sendo que propõe um para conhecermos o nosso património cul-
conjunto de estudos comparativos que pro- tural nas suas dimensões materiais e ima-
porcionem um melhor entendimento e co- teriais.
nhecimento sobre os contextos e conteúdos Para além da História, outras discipli-
de algumas manifestações de religiosidade nas do conhecimento científico colaboram
católica, dedicada ao culto e veneração po- na recolha de fontes e produção de conte-
pular que é consagrada aos santos. údos, como sejam a Antropologia, a Geo-
O turismo cultural e religioso, enquanto grafia, a Sociologia, a Filosofia, etc…
factor de sustentabilidade local, não pode Em termos pessoais e profissionais a
esquecer o seu compromisso com a memó- minha participação e colaboração com o
ria. A título de curiosidade, posso afirmar Museu Vivo do Franciscanismo, na Ri-
que, durante a primeira metade do Século beira Grande, tem sido um bom exemplo
XX, nos arquipélagos dos Açores e Madei- desta realidade. O meu trabalho de inves-
ra, mais de meia centena de eventos de re- tigação histórica tem contribuído para a
ligiosidade popular, de cariz franciscano, Duarte Nuno Chaves recorda o impacto da Gripe Espanhola em São Miguel... construção de vários projectos que este
oriundos dos séculos XVII e XVIII, caíram espaço museológico tem realizado nos úl-
no esquecimento, sem que tenham sido re- tinha entre mãos, nomeadamente a redac- como o teletrabalho, que nos facilitam uma timos anos e, em contrapartida, a minha
alizados estudos que viabilizassem o seu ção de alguns artigos científicos. Sobre rápida adaptação funcional, potenciando participação neste projecto possibilitou
registo para memória futura. esta questão, escrevi um pequeno texto novas soluções de mobilidade e descon- desenvolver os meus conhecimentos sobre
para a página do Fundo Regional de Ciên- finamento virtual, que proporcionam uma a presença da Ordem de S. Francisco no
Como viveu os dias de confinamento cia e Tecnologia, onde destaquei a nossa nova sustentabilidade da nossa sociedade, espaço insular e atlântico.
por causa da pandemia Covid-19? Com capacidade de suprirmos as adversidades com alguma arte e engenho à mistura. M.S.
esta, as videoconferências foram uti- ao longo da nossa história: “Apesar de já
lizadas mais do que nunca. Considera se ter desvanecido da nossa memória bio-
que estas poderão ser ferramentas que gráfica, há precisamente 100 anos, o mun-
deverão ser mais utilizadas a partir de do estava a viver um terrível surto pandé-
agora? mico – a Pneumónica ou Gripe Espanhola
Depois de um primeiro momento de (1918/19).
preocupação com o evoluir da situação, A Gripe Espanhola vitimou, em algu-
tive que adaptar as minhas rotinas diárias, mas zonas de Portugal, mais de 10 por
tendo em atenção que iria ficar confinado cento da nossa população, só na ilha de
à minha habitação, por um período, que na São Miguel foram perto de dois mil óbi-
altura estava dependente do evoluir da cri- tos. Apesar das dificuldades vividas neste
se pandémica. Um dos problemas iniciais período, do Século XX, terem sido amplia-
do confinamento foi o quebrar das rotinas das pelas carências avultadas no âmbito
e a necessidade de rapidamente nos adap- da saúde pública, se compararmos com os
tarmos a um novo ritmo de vida familiar e constrangimentos provocados pelo Covid-
profissional, com o recurso a uma sociabi- 19, em 2020, reparamos que o confina-
lização e profissionalização virtual. mento da população foi uma das soluções
A quarentena e, como consequência, o adoptadas com sucesso, em ambos os ca-
confinamento, não tiveram influência na sos, para estancar o contágio.
minha produção científica, já que acabei A nossa grande vantagem na actuali-
por terminar os trabalhos e projectos que dade é possuirmos um conjunto de meios, Procissão dosTerceiros da Ribeira Grande
Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 entrevista 7

Identidade insular dos Açores, Madeira


Canárias e Cabo Verde aproximam
os quatro arquipélagos da Macarronésia
Duarte Nuno Chaves ultima a edição do livro «Conventos Franciscanos nos Açores do Século XXI:
Memórias da Província de S. João Evangelista». Segundo o investigador “este trabalho resulta de
um levantamento histórico e de um trabalho fotográfico, e surge da necessidade de um melhor
conhecimento, em pleno Século XXI, do actual estado de conservação e inserção urbanística dos
antigos espaços conventuais franciscanos, originários da presença dos frades menores nas ilhas dos
Açores, particularmente durante o período da Idade Moderna”.

Sendo natural da ilha da Madeira, o


que o motivou a escrever sobre o Senhor
dos Terceiros e os seus santos de vestir?
Posso responder-lhe em sentido inverso,
o escrever sobre o “Senhor dos Terceiros
e os seus santos de vestir”, nomeadamente
sobre a presença franciscana nos Açores,
levou-me a redescobrir a Madeira.
Desde muito jovem que demonstrei o
interesse pelo conhecimento histórico. A
investigação não tem naturalidade, nesse
sentido, o papel do investigador e do histo-
riador é o de, através do estudo das fontes,
redescobrir factos e ocorrências, efectuando
a sua análise crítica, permitindo-nos chegar
a conclusões sobre acontecimentos do pas-
sado.
Ao investigar a presença franciscana nos
Açores, nos séculos XV a XIX, facilmente
descobri que teria que estudar as relações
arquipelágicas entre madeirenses e açoria-
nos, para assim conseguir compreender a
importância que estes religiosos tiveram na
construção de uma identidade cultural insu- Actuação da Orquestra de Ponteado no Museu Vivo do Franciscanismo, em Julho de 2019. Esta orquestra é constituída por um grupo
lar”. de jovens madeirenses tocadores dos tradicionais cordofones madeirenses (rajão, braguinha e viola de arame).

Em que medida, ao nível da investiga- além da Madeira, partilhar conhecimento Vai ser reeditado um tex- Setembro? Para além das fotografias, o
ção e das academias universitárias, pode com colegas das Canárias e Cabo Verde. que podemos esperar?
haver uma maior partilha do saber, entre Dando continuidade, e futuramente, estão to com mais de 70 anos Na sequência do trabalho que realizei
os dois arquipélagos? em perspectiva outros projectos com insti- da autoria de um frade durante o período de confinamento, estou
Ao nível do conhecimento da nossa me- tuições destes arquipélagos”. a ultimar a edição do livro «Conventos
mória cultural, essa partilha tem existido nos franciscano, Bartolomeu Ri- Franciscanos nos Açores do Século XXI:
últimos anos. O CHAM tem realizado, des- A Casa da Madeira nos Açores conse- beiro, que ao visitar os Aço- Memórias da Província de S. João Evange-
de 2010, em colaboração com a Santa Casa gue aproximar os dois arquipélagos? lista». Este trabalho resulta de um levanta-
da Misericórdia das Velas e outras institui- A Casa da Madeira nos Açores tem res produziu um conjunto mento histórico e de um trabalho fotográ-
ções, como a Casa da Madeira nos Açores, contribuído, ao longo dos últimos 34 anos, de artigos de divulgação, fico, e surge da necessidade de um melhor
um conjunto de colóquios sobre questões de para aproximar e dar a conhecer, cultural- conhecimento, em pleno Século XXI, do
identidade insular, usualmente na ilha de S. mente, os dois arquipélagos, a açorianos e que seriam editados origi- actual estado de conservação e inserção ur-
Jorge, e de forma pontual em outras ilhas do madeirenses. Para os que não conhecem, a nalmente no “Diário dos banística dos antigos espaços conventuais
Arquipélago dos Açores. Casa da Madeira nos Açores (CMA) é uma franciscanos, originários da presença dos
Em 2016, o Centro de Estudos de Histó- instituição de utilidade pública, que tem Açores”, de Setembro frades menores nas ilhas dos Açores, par-
ria do Atlântico, centro de investigação da como principal missão a promoção e divul- a Dezembro de 1947 e, pos- ticularmente durante o período da Idade
Direcção Regional de Cultura do Governo gação do património cultural madeirense no Moderna.
Regional da Madeira, juntou-se a esta par- Arquipélago dos Açores. Foi fundada em
teriormente, na “Colectânea É uma edição da editora Letras Lava-
ceria e como resultado, realizamos um co- 1986 por um grupo e madeirenses radicados de Estudos” das Missões das em colaboração com o Museu Vivo do
lóquio na Madeira em 2018. Estes eventos na ilha de S. Miguel. Nas últimas três décadas Franciscanismo e o CHAM - Centro de Hu-
tiveram como consequência a edição de três de existência, a CMA tem desenvolvido um
Franciscanas em 1949. manidades, com a previsão de lançamento
publicações de estudos, no âmbito da His- vasto rol de actividades culturais de divulga- para Setembro.
tória Insular e Atlântica: «Aquém e Além ção do Arquipélago da Madeira nos Açores, Paralelamente, nesta publicação, vamos
de São Jorge: Memória e Visão» no ano de contribuindo, assim, para a aproximação dos reeditar um texto com mais de 70 anos, da
2014; «Açores e Madeira: percursos de me- laços identitários destes dois povos insula- Gaspar Frutuoso enquadra-se no âmbito da autoria de um frade franciscano, Bartolomeu
mória e identidade» de 2017; «Memória e res. Tem a sua sede localizada na Freguesia necessidade de acentuar o atlantismo que a Ribeiro, que ao visitar os Açores produziu
Identidade Insular: Religiosidade Festivida- de São José, Concelho de Ponta Delgada, na presença da Casa da Madeira nos Açores, um conjunto de artigos de divulgação, que
des e Turismo nos Arquipélagos da Madeira Rua da Vitória, 31 C, sendo que possui uma representa nas relações entre estes dois ar- seriam editados originalmente no “Diário
e Açores» em 2019 e para 2020 vamos lan- pequena sala auditório (Sala Gaspar Frutuo- quipélagos, que vivem uma comunhão de dos Açores”, de Setembro a Dezembro de
çar uma publicação intitulada «Questões de so), equipada com uma biblioteca composta identidade e insularidade”. 1947 e, posteriormente, na “Colectânea
Identidade Insular na Macaronésia». por um acervo temático que aborda assun- de Estudos” das Missões Franciscanas em
Esta ligação aos arquipélagos que com- tos da história e cultura do Arquipélago da O que nos poderá dizer acerca do seu 1949.
põem a Macaronésia permitiu-nos, para Madeira. O projecto de criação da Biblioteca novo projecto que deverá ser lançado em Marco Sousa
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Cesto da Gávea “É preciso fazer passar a mensagem


de que é confortável vir aos Açores”,
defende Mário Fortuna

Por: Vasco Garcia

Re-qualquer-coisa
Os Scorpions, grupo de rock alemão dos anos 90 do século XX, tornou
célebre a canção “Wind of change” no seguimento da queda do muro de Berlim,
quando o desfazer da URSS conduzia ao fim da chamada Guerra Fria. Era uma
composição cuja letra exprimia crença num mundo em mudança para a paz
e progresso, diferente das canções folk de Bob Dylan, popularizadas 20 anos
antes nos Estados Unidos como bandeiras de protesto social. Dylan e “Blowin’
in the wind” entraram para a história da música e da política usando a mesma
mensagem simbólica do vento que traz a mudança. Os jovens da geração dos
anos 60 vibraram e acreditaram no futuro com Dylan, os dos anos 90 com os
Scorpions, mas num e noutro caso, o mundo fingiu que escutava e fez orelhas -
moucas a grande parte das mensagens, assim se chegando aos nossos dias. Associações empresariais e sindicais de São Miguel e Santa Maria debateram o futuro da economia

No entanto, houve uma das mensagens resultantes das turbulências que Sentados à mesa do restaurante “Alcides”, em Pon- defendeu que tem de ser permitida “uma maior abertu-
assolaram a Europa do pós-1945 que, mau grado os altos e baixos sofridos, aca- ta Delgada, dez associações empresariais e sindicais ra” da economia açoriana, tendo como principal eixo, o
bou por vingar até hoje. Trazendo consigo um vento de paz e progresso interno, das ilhas de São Miguel e Santa Maria, deram um si- sector do turismo.
a evolução do projeto europeu, desde os anos da CECA-Comunidade Europeia nal de confiança aos consumidores açorianos. Câmara “O impulsionar da economia açoriana passa por im-
do Carvão e do Aço, indutora da criação da CEE-Comunidade Económica de Comércio e Indústria de Ponta Delgada; Associação pulsionar o turismo. Temos que ter ligações com o ex-
Europeia (à qual aderimos em 1986, como 12º Estado Membro) por sua vez Agrícola de São Miguel; Associação dos Industrias de terior. É preciso fazer passar uma mensagem de que é
precursora da União Europeia atual, o caminho foi longo, difícil e ocasional- Construção Civil e Obras Públicas dos Açores; Associa- fácil, de que é confortável vir aos Açores e as pessoas
mente conflitual. Um dos escolhos ultrapassados, mas que deixou sequelas, foi ção da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal; podem considerar os Açores como um destino para pas-
a proposta de uma Constituição Europeia, elaborada por uma comissão liderada Associação de Hotelaria de Portugal; Associação de Tu- sar férias”, afirmou Mário Fortuna.
pelo ex-Presidente da França Valéry Giscard d’Estaing e rejeitada em referendo rismo dos Açores; Associação de Alojamento Local dos Dando como “praticamente perdido” o mês de Ju-
pela Holanda e pela França, curiosamente hoje em polos opostos quanto aos Açores; Associação Regional das Empresas de Activi- nho, Mário Fortuna aponta para os restantes meses do
fundos de socorro à crise pandémica. As recentes declarações da Presidente da dades Turísticas dos Açores; Associação Portuguesa das verão (Julho e Agosto) chamando a atenção para os en-
CE-Comissão Europeia, assumindo que o total geral dos fundos de recuperação Agências de Viagens e Turismo e União Geral de Tra- traves que as actuais medidas de controlo continuam a
económica atingiriam 2,4 milhões de milhões de euros (biliões, em português balhadores, defendem a despenalização do escalão mais ter na entrada de turistas na Região.
de Portugal; trilhões, no mais internacional português do Brasil) seguidas de alto do IVA para o diferencial máximo de 30%, assim “Os mecanismos de controlo que existem ainda sus-
aumento da proposta de aquisição de dívida pelo Banco Central Europeu em como a despenalização do IRC e a melhoria do sistema citam muitas reservas e estão a evitar que haja maior
mais 600.000 milhões, significam que desta vez, Ursula von der Leyen e a CE de deduções à colecta. procura pelos Açores (…) Temos a noção de que não
jogam forte no futuro dos 27 Estados Membros. O que está na calha já não é As associações presentes na iniciativa defendem estamos a ser atractivos. Perante as rotinas e os protoco-
uma bazuca, é um míssil de ogiva nuclear à altura do alvo a destruir. igualmente que os recursos vindos da Europa devem ser los estabelecidos, muita gente opta por escolher outros
reservados para conversões a fundo perdido nas activi- destinos”, alertou o Presidente da CCIPD.
Todo este arsenal financeiro gigante para reparar os danos de um agen- dades privadas mais afectadas, ao invés de serem consu- Questionado sobre as respostas económicas e fi-
te infecioso infinitesimal, que o desleixo ecológico e a incúria sanitária do Ho- midos no saneamento do sector público. nanceiras criadas para ajudar no combate à pandemia
mem, associados ao seu desprezo pelos avisos da Ciência, deixaram propagar O encontro, organizado pela Câmara do Comércio e de Covid-19, Mário Fortuna começou por “concordar”
estupidamente. Todo o mundo foi apanhado em contrapé, das salas de aula à Indústria de Ponta Delgada (CCIPD), revestiu-se de ca- com a resposta inicial dada perante este problema, mas
indústria automóvel, simplesmente por falta de visão, ou pior, por só terem vi- rácter simbólico, com o a intenção de transmitir um sinal afirma que agora, é necessário pensar em novas formas
são no lucro imediato e especulativo. Visão, foi o que teve a equipa da Reitoria de confiança aos consumidores locais. de ajudar o sector perante uma crise que se projectava ser
da nossa Universidade, quando apostou fortemente na rede informática, há mais “Pretende-se demonstrar que a economia está aberta, de pouco tempo, mas que “está a transformar-se numa
de 20 anos: de 66.000 contos/330.000 euros de investimento em 1997, ultra- os serviços estão abertos e as pessoas têm de ganhar con- crise de vários meses”, e por essa razão, obriga a um
passámos os 136.000/680.000 em 1998. Antevimos a exigência do século XXI fiança e voltar a fazer aquilo que faziam antes”, come- reconfigurar de políticas.
no ensino e na gestão universitárias, começando pela instalação do SIGUA- çou por explicar Mário Fortuna, Presidente da Câmara “O balanço das empresas não aguenta com tanto
Sistema de Informação e Gestão da Universidade dos Açores. Paralelamente, do Comércio e Indústria de Ponta Delgada. crédito sobretudo numa altura em que se estavam a fa-
montada a rede de computadores (se a memória não me trai, teremos adquirido Para além desta mensagem de confiança que preten- zer investimentos pesados e logo a seguir quebra-se a
900) foi possível o uso da teleconferência, tornada de utilização corrente. Pre- deu transmitir, a iniciativa teve também como objectivo procura para valores ínfimos quando comparados com
via-se, no tempo em que “timonei” a Universidade dos Açores, que o rumo da a partilha de preocupações, de informações e de perspec- aquilo que era expectável. As empresas estão demasiado
modernidade estava na aposta em novas tecnologias, ideia consolidada bastante tivas que cada uma das entidades tem perante o futuro da fragilizadas, demasiado endividadas, também por causa
mais tarde, quando assisti no Clube de Amesterdão (um think-tank internacio- economia açoriana. destas linhas de apoio que foram necessárias. Nós temos
nal a que pertenci vários anos) a uma demonstração do que vai ser o futuro do “É fundamental fazer isto agora. Fala-se muito do defendido que muito deste crédito deve ser transforma-
teletransporte virtual. O que não se previa era a rapidez da mudança, devido ao que vai ser a economia no futuro próximo e estamos do em fundo perdido, com vários objectivos pelo meio”,
alvorecer da IA-Inteligência Artificial, com aplicações espantosas como o recre- naturalmente preocupados. Esta retoma vai ser lenta e defende Mário Fortuna.
ar da imortalidade virtual na figura de Pinchas Gutter, sobrevivente do campo penosa em muitos sentidos. O nosso propósito é colher O responsável pela Câmara do Comércio e Indús-
nazi de Maidanek. Metido numa esfera gigante (a “bolha”) rodeado por 6.000 e preparar informação para partilhar com as autoridades tria de Ponta Delgada considera que ainda não é possí-
lâmpadas LED e filmado por 20 câmaras de alta definição, Gutter respondeu a para que se possam desenhar políticas direccionadas vel contabilizar quantas empresas cessaram actividade
milhares de perguntas sobre os mais diversos temas da sua vida, sempre vestido para que este problema não seja ainda maior”, explicou durante este período, salientando que algumas das que
e calçado da mesma maneira durante 1 semana, várias horas por dia. Usando Mário Fortuna. reabriram, nomeadamente no sector da restauração e ser-
a IA, o “boneco” criado originou no ecrã um Gutter igualzinho, que responde O Presidente da Câmara de Comércio e Indústria de viços, registam, actualmente, uma grande quebra relati-
às perguntas mais diversas como se estivesse vivo. A experiência foi repetida Ponta Delgada afirmou a sua concordância perante as vamente ao passado recente.
com mais duas dezenas de sobreviventes do Holocausto, numa iniciativa da medidas iniciais de “forte confinamento inicial”, impos- “O consumo interno, não passava de 30 a 40% de
Fundação Shoah/University of Southern California. Uma vez recriada a ima- tas pelas autoridades regionais em resposta à pandemia todo o consumo. Se temos a metade disso, estamos a pe-
gem em 3D, o holograma dará vida virtual aos personagens, mesmo após a sua de Covid-19, como forma de proteger a saúde dos aço- dir as empresas para abrirem com uma perspectiva de
morte biológica. Podemos imaginar a revolução que tais inovações tecnológicas rianos e do Serviço Regional de Saúde perante um vírus 20% daquilo que era a procura com pessoas ainda re-
provocarão no ensino, na economia e na saúde, no campo financeiro e na socie- que não era totalmente conhecido. Mas à luz dos actuais ticentes quantos às saídas e quanto às idas aos restau-
dade humana em geral. São estes ventos de mudança que devem fazer refletir os eventos, em que os Açores não registam casos positivos rantes. É um processo bastante difícil”, salientou Mário
políticos, porque se os ignorarem, serão varridos como seres inúteis. É apenas activos pelo novo Coronavírus e em que, o Serviço Re- Fortuna.
uma questão de tempo. gional de Saúde já se encontra preparado e equipado, o
principal responsável da referida associação empresarial Luís Lobão
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Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 publicidade 11
12 opinião/regional Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

PSD/Açores defende que linha


Era uma vez de crédito para as Pescas deve
na América chegar aos pescadores açorianos
Jaime Vieira num requerimento enviado à Assembleia Legislativa
quer saber se houve negociações com o Governo da República
dar resposta aos inúmeros problemas financei-
ros que o sector das Pescas está a atravessar. O
sector, nos Açores, precisa de uma ajuda con-
creta e rápida”, avançou.
“Atente-se que o arquipélago não dispõe
de uma linha de crédito regional específica
Por: Pedro Paulo Carvalho Silva para aquele fim, desde que terminou a que li-
gava a Lotaçor aos bancos BANIF e BES, en-
Ao iniciar deste escrito gostaria que ficasse bem claro que não sou nenhuma es- tão avalizada pela tutela”, recordou.
pécie de Catão moderno que vem diabolizar ou branquear a América por aquilo que O objectivo da iniciativa em causa “é co-
ela está a ser e a fazer sob a égide do seu atual presidente. locar uma verba no montante de 20 milhões de
Sigo o lema, a inscrição aposta à entrada de uma das salas da Universidade Cop- euros à disposição do sector, sendo que a me-
tulense de Madrid: “Que não entre por esta porta alguém que não saiba Geome- dida foi criada em Abril, no quadro temporário
tria”. de medidas de auxílio face ao atual contexto da
O que é que têm os gregos a ver com os americanos? Covid-19”, refere.
Os gregos inventaram a democracia, ao mesmo tempo que mantiveram a escra- “Podem candidatar-se a essa linha de crédi-
vatura, enquanto que os americanos do norte adoptaram a democracia “ab initio” e to, para além do sector produtivo, as grandes
adoptaram o regime esclavagista no sul do país que Abraham Lincon veio a abolir, empresas das áreas da transformação e do co-
tendo sido depois assassinado num teatro, julgo que como “revanche” desse facto. mércio e, ainda as empresas de aquicultura”,
É preciso ver que a América nasce da matança dos índios, a quem roubaram as acrescenta, alertando que “as possibilidades
terras, perpetrada pelos espanhóis e outros colonos, ou seja, a sua grandeza assenta Jaime Vieira, deputado do PSD/Açores de sobrarem verbas para as empresas açorianas
no crime primordial do homicídio em massa dos índios autóctones. podem ser mínimas, o que deixará o sector numa
O deputado do PSD/Açores Jaime Vieira situação ainda mais difícil”, disse.
Charles Dickens e Alexis de Tocqueville visitaram, cada um no seu tempo, a alertou para a necessidade de a Linha de Cré-
América do Norte e discordaram do tipo de sociedade e de homem que estava a ser Segundo o deputado, o plafond global de cré-
dito Nacional para as Pescas, medida criada no dito “será concedido por entidades bancárias que
criado. âmbito do quadro motivado pela Covid-19, ser
Muito provavelmente não era o tipo de homem e de sociedade idealizados por celebrem protocolo com o IFAP e, tanto quanto
acessível aos pescadores da Região. foi anunciado, o mesmo foi subscrito por pelos
Thomas Jefferson e George Washinton, pais fundadores da América. Num requerimento enviado à Assembleia
A actual ordem política da América está a fazer renascer o espírito do Ku Klux bancos nacionais e, mesmo, pelos de âmbito re-
Legislativa, o social democrata indaga “se hou- gional”.
Klan, assente na supremacia absoluta da raça branca sobre a raça negra. ve alguma negociação com o Governo da Re-
Isto mesmo ficou demonstrado agora com o assassínio bárbaro de um negro por “Trata-se de um importante instrumento para
pública para garantir a atribuição de uma parte todos os operadores da economia da Pesca que,
um polícia de raça branca com filmagem em directo da morte por asfixia. daquele apoio aos Açores”, explica.
Penso que tal monstruosidade não teria ocorrido no tempo da Administração por razões várias e agravadas pela pandemia,
“Caso isso tenha acontecido, é preciso es- tenham necessidade de recorrer ao financiamen-
Obama. clarecer qual o montante da verba reservada a
Aliás, em termos de lideranças, as coisas não estão nada famosas pois temos pre- to bancário, investindo num período de quebra
favor dos operadores da Pesca na Região”, as- acentuada de rendimentos, em situação de in-
sidentes que são autenticas bombas atómicas activas a liderar grandes países. sim como “quantos armadores, empresas do co- segurança e, de certa forma, impossibilitados
Penso que há um claro retrocesso civilizacional. mércio ou da indústria já acederam ao referido pelo normal funcionamento dos mercados e das
É isto um homem ? empréstimo”, prossegue o deputado. empresas”, concluiu Jaime Vieira numa nota à
Esta foi a pergunta que Primo de Levi fez a respeito dos nazis. Jaime Vieira salienta o facto “de se estar a imprensa.
Esta era a perplexidade de Hanah Arendt a respeito dos criminosos nazis durante viver uma situação extraordinária, que motivou
o julgamento de Eichman em Jerusalém. a criação dessa linha de crédito nacional para
A banalidade do mal é por demais evidente.
Quem faz o que o polícia americano fez ao negro reduzido a impoteência é tudo
menos um homem. Deputados socialistas congratulam-se com aprovação da deliberação
A total ausência de compaixão pelo ser humano que sofre, o desprezo pela vida
humana, tudo isso são coisas que eu julgava já estarem fora deste mundo que habi-
tamos.
Açores e Madeira autorizadas
Pelos vistos, continuam neste mundo e estão nele profundamente enraizadas.
Uma vida humana não vale nada, mas nada vale uma vida humana, disse uma
vez escritor francês Andre Malraux e disse-o egregiamente.
a aumentar o seu endividamento
Os assassinos, muitas vezes, servem-se das ideologias e até das religiões para, a
coberto delas, satisfazerem a sua crueldade e derramar o sangue dos outros. líquido até 10% do PIB
E agora a morte é filmada em direto, como se de um espectáculo se tratasse (ma-
cabro, é certo, mas não deixa de ser espectáculo), Os deputados do Partido Socialista dos Aço- Governo no Programa de Estabilização Económi-
A Pandemia da Covid-19 veio por a nu muitas fragilidades escondidas, o que é res, à Assembleia da República, congratulam-se ca e Social (PEES), no qual consideraram “uma
com a aprovação, em Conselho de Ministros, da alteração ao artigo 77º da lei do Orçamento de
próprio das crises da vida dos povos e das pessoas. Sujeito à prova de fogo, o sistema
proposta de Orçamento de Estado Suplementar Estado para 2020, relativo às necessidades de
como é constitucionalmente frágil, colapsa.
para 2020, documento que inclui a deliberação financiamento dos Açores e da Madeira, aten-
Embora ande agora toda a gente mascarada, o verdadeiro rosto normalmente
sobre o limite da dívida para as Regiões Autóno- dendo assim às especificidades regionais e ao
anda coberto pela mascara da aparente normalidade das coisas, mas as crises reve-
mas dos Açores e da Madeira. impacto da Covid-19 na economia dos dois ar-
lam o melhor e o pior de cada um, com máscara ou sem máscara.
“Com esta aprovação, as Regiões Autónomas quipélagos”.
A pratica originaria da America do “money and business” (dinheiro e negócios)
estão autorizadas a aumentar o seu endividamento Realçam ainda que, “é assim que se trabalha!
dá, por vezes, estes péssimos resultados, origina pandemias de saúde, de economia e
líquido até 10% do Produto Interno Bruto, uma Não com iniciativas desgarradas, sem qualquer
de solidariedade porque alicerces dessa natureza são podres e apodrecem moralmen-
medida que visa a cobertura de necessidades sentido prático, face à emergência e às necessida-
te os indivíduos em particular e as sociedades em geral. excepcionais de financiamento para fazer face des das populações, como tentou fazer o PSD na
Não se deve por os negócios e o dinheiro acima da saúde e de muitas outras aos efeitos causados pela pandemia da COVID- semana passada, apesar de avisado, quando apre-
coisas. 19”, afirmam os deputados, acrescentando ainda sentou proposta que só o permitiria para 2021”.
E a teoria da superioridade de uma raças sobre as outras; o racismo e a xenofobia, que a medida prevê a suspensão “dos limites ao De acordo com os deputados do Partido So-
que julgava tinham sido enterradas com Adolf Hitler. endividamento regional estabelecidos na Lei de cialista dos Açores à Assembleia da República,
Pelos vistos, para mal dos homens livres, não foram. Atacam de novo e em for- Finanças das Regiões Autónomas”. “esta medida terá efeitos à data de entrada em
ça. Para Isabel Almeida Rodrigues, Lara Marti- vigor do Orçamento de Estado Suplementar, dan-
Mas uma coisa é certa: nunca esses alienados e criminosos vão poder calar a voz nho e João Castro, citados em comunicado, esta do assim às Regiões Autónomas, mais um ins-
da consciência histórica dos homens esse grão de luz que salva a humanidade do proposta do Orçamento de Estado Suplementar trumento de resposta, face à emergência desta
triunfo do império das trevas. vai ao encontro do que já havia sido inscrito pelo crise.”
Correio dos Açores publicidade
14 opinião/regional Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

Gualter Furtado destaca importância do documento para definir estratégia


Combater o racismo
Estudos sobre a população dos
Açores apresentados Segunda-feira
Gualter Furtado, Presidente do Con- pelos Directores dos Centros e Investi-
selho Económico e Social dos Açores, gadores, representados por Gilberta Ro-
anunciou que conforme o planeado e cha e Cabral Vieira. De referir que estes
contratado com a Fundação Gaspar Estudos foram da Responsabilidade de
Por: José Pacheco de Almeida Frutuoso encontram-se concluídos os uma equipe de Investigadores composta
estudos sobre a “Caracterização da Di- por Gilberta Rocha, Cabral Vieira, San-
nâmica recente dos Açores e Estratégia dro Serpa e Tomaz Dentinho, contando
Ao longo dos séculos, o racismo marcou a vida de milhões de para a Recuperação Populacional por ainda com a colaboração de Carlota
pessoas, que dele foram vítimas, sem que a sociedade os protegesse, Ilha” e a “Evolução das Qualificações Gois e Raquel Maciel.
antes pelo contrário, ignorando o que se passava. da População Ativa nos Açores”. Os Estudos serão apresentados e
O assassinato de George Floyd, um negro dos Estados Unidos da Numa sessão de trabalho a realizar discutidos na Sessão Plenária do Conse-
América, que um polícia asfixiou, apertando-lhe o pescoço, durante na próxima Segunda-feira, pelas 10h00, lho Económico e Social dos Açores, no
mais de oito minutos, incendiou o mundo, que finalmente acordou nas instalações da Direcção Regional do dia 26 de Junho. De seguida, estes estu-
para o racismo. Emprego e Qualificação Profissional, dos serão partilhados com a Assembleia
Durante dias, houve manifestações contra o racismo, em centenas em Ponta Delgada, e respeitando todas Legislativa da Região Autónoma dos Gualter Furtado, Presidente do Conselho
de cidades por todo o mundo, incluindo Portugal. as regras de segurança, o Presidente Açores, Governo dos Açores, Poder Económico e Social dos Açores
Os negros, os ciganos e muitas outras etnias foram vítimas de do Conselho Económico e Social dos Local, Organizações da sociedade civil
racismo, e só agora vão merecer a necessária proteção, se os governos Açores, Gualter Furtado, acompanhado Açoriana e todos os interessados que o com o envelhecimento, despovoamen-
dos países, em todo o mundo, tomarem as medidas necessárias para do Secretário Geral do CESA, Renato solicitem. to, desertificação e escassez de recursos
que se combata de verdade o racismo. Medeiros, vão reunir com a equipa con- Estes estudos sobre a População dos humanos qualificados. Estamos, pois,
Para além disso, é muito necessário que as famílias eduquem os junta dos Centros de Economia Aplica- Açores são fundamentais para uma es- na presença de factores de natureza es-
seus filhos para o combate ao racismo. da do Atlântico-Açores (CEEAplA-A) tratégia de sustentabilidade das diferen- trutural e fortemente condicionantes do
É também imperativo que nas escolas, e todos os estabelecimen- e Centro Interdisciplinar de Ciências tes ilhas do arquipélago açoriano, sendo nosso Desenvolvimento, refere Gualter
tos de ensino, os professores eduquem os alunos a combater o racis- Sociais (CICS.NOVA.UAc), composta que algumas delas se vêm confrontando Furtado.
mo.
Cabe também à ONU, à União Europeia, e a todos os grandes
países, este imperativo combate ao racismo.
Sei que hoje as sociedades ainda não estão preparadas para o im-
perativo combate ao racismo, e cabe a cada um de nós fazer o nosso
Terra Nostra Garden Hotel, ícone
melhor para erradicar este flagelo.
Recordo que o holocausto, levado a cabo pela Alemanha nazi, é
talvez o exemplo mais dramático do que pode fazer o racismo.
da hotelaria açoriana, reabre dia 18
Devo referir também o que os europeus fizeram na África, com a Hospitalidade Açoriana, criando assim
escravatura de milhões de negros africanos levados para as américas programas especiais que serão divulgados
e trazidos para a Europa. ao longo deste ano. O primeiro, TN Espe-
Também os nativos das américas foram vítimas do racismo pro- cial Verão, será dedicado aos clientes que
vocado pelos europeus, quando lá chegaram. anseiam por revisitar, recordar e desfrutar
Infelizmente, os portugueses tiveram um papel muito ativo, prati- de uma imensidão de frescura e liberda-
cando a escravatura em África e nas américas. de, não esquecendo o variado e colorido
Portugal está em dívida para com muitos povos e tem de ser um pequeno-almoço, agora à carta, o restau-
bom exemplo no combate ao racismo, nos nossos dias. rante e os seus incontornáveis clássicos,
como o bar e a sua esplanada onde são
servidos os mais surpreendentes cocktails.
Face às exigências que o contexto exige,
a colecção de hotéis do Grupo Bensaude
Zonas balneares de Ponta Delgada apresenta-se com uma atitude segura para
que os visitantes possam continuar a viver
vigiadas a partir de Segunda-feira experiências repletas de autenticidade,
Cenário do Parque Terra Nostra que envolve com a sua magia o Hotel nas Furnas num ambiente saudável e acolhedor para
todos. Todos os hotéis da Bensaude Ho-
A Bensaude Hotels Collection vai re- o Parque Terra Nostra, um dos mais bo- tels Collection são já detentores do selo
abrir dia 18 de Junho aquele que é consi- nitos e emblemáticos parques do Mundo “Clean & Safe” atribuído pelo Turismo
derado por muitos um lugar verdadeira- pelo qual os visitantes se apaixonam e re- de Portugal e pelo Turismo dos Açores,
mente mágico – o Terra Nostra Garden gressam para estar em contacto com uma reforçando a segurança de hóspedes e co-
Hotel. relaxante e inspiradora natureza luxu- laboradores, garantindo assim o cumpri-
Embaixador da hotelaria nos Açores, riante. O Terra Nostra Garden Hotel quer mento de todas as orientações da Direção
como refere a nota do grupo à imprensa, o voltar a acrescentar experiências à histó- Geral da Saúde (DGS) e da Direção Re-
Terra Nostra Garden Hotel funde-se com ria de cada um, com sorrisos, conforto e gional da Saúde (DRS).

As zonas balneares concessionadas ao Município de


Ponta Delgada serão vigiadas a partir da próxima segunda- Clientes do Banco Santander começaram a receber
feira, dia 15.
A Praia das Milícias, Praia do Pópulo, Forno da Cal,
Praia de São Roque, Poços Capelas/São Vicente Ferreira,
os valores do reforço da Linha Açores Covit-19
Poços Sul dos Mosteiros e Praia dos Mosteiros vão dispor, O Banco Santander começou a das necessidades das empresas.
como já é habitual, do serviço dos nadadores salvadores, creditar ontem a conta dos clientes Os contratos foram assinados no
todos os dias das 9h30 às 19h00. que aderiram ao reforço da Linha princípio da semana, e os primeiros
No sentido de garantir a sua e a segurança dos outros, Açores Covit-19. clientes começaram a receber ontem os
durante esta época balnear é recomendada uma distância Cerca de 15 dias após o anúncio montantes contratados. De acordo com
mínima de 1,5 metros entre utentes no areal/solário, uma feito pelo Governo dos Açores do fonte bem colocada junto do Banco
distância de 3 metros entre chapéus de sol, estadias de curta reforço de 150 milhões de euros na Santander nos Açores, o banco terá sido
duração, cumprimento da etiqueta respiratória e cuidados Linha Açores Covit-19 de apoio às o primeiro a disponibilizar as verbas
redobrados para não ficarem resíduos fora dos contentores/ empresas, o Banco Santander come- contratadas de reforço de 150 milhões
baldes. çou a creditar ontem as contas dos de euros que o Governo disponibilizou
Ainda devido aos constrangimentos associados à clientes que aderiram a esta mesma às empresas, e na próxima semana vão
pandemia, este ano, excepcionalmente, é proibida a reali- linha, num processo que foi extrema- continuar a ser contratualizados novos
zação de actividades desportivas nestas zonas. mente célere, e que vai ao encontro processos já aprovados.
Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 regional/opinião 15

Autarquias e instituições de São Miguel juntam-se à iniciativa


A violência entre a
Ribeira Grande coloca placa do liberdade, o racismo
município na Praça do Emigrante e a apropriação
em homenagem aos que partiram
balho. Ademais, com os seus valores
e através da participação cívica e polí-
tica, têm contribuído para a afirmação
de Portugal e dos Açores no mundo”.
Fez questão de garantir que “a
Cultura não tem dimensão” e manifes- Por: Fernando Marta
tou, em nome pessoal e institucional, o Professor
reconhecimento “a quem consegue le- ferdomarta@gmail.com
var o nome dos Açores e de Ponta Del-
gada mais longe”, deixando ainda, em
nome de Ponta Delgada, uma “palavra Na obra As origens do totalitarismo, a filósofa alemã de origem
de conforto para as famílias dos nossos judaica, Hannah Arendt, refere que «o racismo deliberadamente
conterrâneos que foram vitimados pela irrompeu através de todas as fronteiras nacionais, definidas por pa-
pandemia, bem como para aqueles que drões geográficos (…) e negou a existência político-nacional como
estão a sentir os seus efeitos negati- tal. A ideologia racial (…) acompanhou o desenvolvimento da co-
vos”, desejando que em breve seja pos- munidade das nações europeias até se transformar em arma que des-
sível “abraçar os nossos emigrantes e truiria essas nações. Os racistas (…) foram os únicos que negaram
potenciar o relacionamento entre Pon- o princípio sobre o qual se constroem as organizações de povos – o
ta Delgada e a diáspora”, reafirmando princípio de igualdade e solidariedade de todos os povos garantido
Ponta Delgada com forte potencial pela ideia de humanidade».
Projecto da Praça do Emigrante será inaugurada em Julho “enquanto destino turístico e enquanto Naquela obra, Arendt debruça-se longamente sobre o nazismo e
destino de negócios. Queremos que os o estalinismo, relembrando que «a questão alemã» teve por origem
laços culturais perdurem”. precisamente uma ideia senil de aprimoramento da raça, que tanta
Numa iniciativa da Câmara Mu- lectivas têm em associar-se a esta obra
O presidente da Câmara Municipal literatura nos tem demonstrado como um erro histórico com mais de
nicipal da Ribeira Grande e da As- que é um marco de inegável qualidade
do Nordeste, António Miguel Soares, setenta e cinco anos, a que o mundo teve de acudir, tendo perante ela
sociação dos Emigrantes Açorianos, e impacto visual na Ribeira Grande”.
associou-se à Associação dos Emi- estado perto de sucumbir. A origem racial, que tem sido o catalisador
o presidente da Câmara da Ribeira Acompanhado pelo Presidente da
grantes Açorianos no projecto da Praça comum para tanta violência, voltou às primeiras páginas, aos noti-
Grande, Alexandre Gaudêncio, assi- Associação dos Emigrantes Açoria-
do Emigrante, que será inaugurada em ciários e às redes sociais com redobrada pertinência e ainda mais
nalou o 10 de Junho, Dia de Portugal nos, Rui Faria, Alexandre Gaudêncio
julho na cidade da Ribeira Grande. A acuidade. E se o racismo é uma doença que devemos exterminar, jus-
e das Comunidades Portuguesas, com realçou também o “empenho e dedi-
homenagem do município do Nordeste tificar violência gratuita contra outros cidadãos, contra as forças da
a colocação da placa do município na cação de Luís Silva, ex-presidente da
à emigração foi feita através da depo- autoridade e contra o património público e privado com a luta contra
Praça do Emigrante em homenagem a Associação dos Emigrantes Açoria-
sição de uma placa num dos murais da o racismo, é errado. Serve apenas para dar argumentos aos extremos
todos aqueles que ao longo de décadas nos, que tem sido incansável na di-
Praça do Emigrante com uma mensa- que parecem tocar-se cada vez mais, como Francisco Assis comen-
emigraram em busca de melhores con- vulgação do projeto nas comunidades
gem de acolhimento e de solidarieda- tava há dias.
dições de vida. No evento participou emigradas”, reconhecendo, a propó-
de com a comunidade nordestense da Alguns membros do governo e da comunicação social chinesa
também a Presidente da Câmara Mu- sito, a “profícua parceria estabelecida
diáspora. têm feito por comparar os protestos violentos recentes contra o ra-
nicipal de Ponta Delgada, Maria José com a Associação dos Emigrantes
Outros municípios açorianos, enti- cismo – cujo rastinho foi mais uma morte de um negro às mãos da
Duarte, que simbolicamente colocou Açorianos no desenvolvimento des-
dades, instituições e particulares estão polícia – às manifestações que há mais de um ano têm tomado o seu
a Placa Município de Ponta Delgada te projecto, bem como a dedicação
presentes nos murais da Praça do Emi- lugar na antiga colónia britânica de Hong-Kong. Ao contrário das pri-
num dos 2 murais da Praça do Emi- da artista plástica Liliana Lopes.”
grante. meiras, estas manifestações têm por incentivo um movimento a favor
grante.
Localizada na Avenida José Nunes de uma democracia multipartidária, em muitos aspetos semelhante
“Homenagem aos emigrantes que Presidente da Câmara de
da Ponte, a Praça do Emigrante tem àquela em que vivemos.
honram e perpetuam a memória da P. Delgada enaltece emigrantes
aproximadamente 4000m² e apresen- Aproveitando o facto de Trump pedir o fim das manifestações
sua terra” é o que se pode ler na pla-
ta três componentes: globo, pedra e (violentas) nos EUA, as autoridades chinesas perguntavam por que
ca colocada por Alexandre Gaudêncio À margem do evento, a Presiden-
mar. O piso da praça simboliza o mar, razão aquela dualidade de critérios, quando o mesmo responsável
tendo o Presidente dito que este é “o te da Câmara Municipal, Maria José
executado em calçada branca e basalto norte-americano incentivava a que naquela região administrati-
reconhecimento da autarquia aos emi- Lemos Duarte, enalteceu o papel dos
negro. O globo, com quatro metros va especial chinesa, sob o poder de Pequim, elas se mantivessem.
grantes que mantêm vivas as tradições emigrantes açorianos espalhados pelo
de diâmetro, revestido por calçada e A resposta parece estar implícita. Enquanto os quatro polícias que
açorianas na diáspora”, recordando mundo, sublinhando a importância de
basalto negro representa a Terra e a pe- participaram na detenção de Floyd foram acusados de homicídio –
que existem “cerca de setenta placas os Açores terem dado “muitos valores
dra onde assentará o globo representa em diferentes graus – um recente relatório do Conselho Indepen-
atribuídas, número que dá conta do in- ao Mundo, através dos nossos emi-
a(s) ilha(s). dente para as Queixas da Polícia (IPCC) ilibava todos os membros
teresse que pessoas individuais ou co- grantes. Eles são um exemplo de tra-
das forças de autoridade envolvidos nos protestos. Nem o noticiado
envolvimento de gangs e polícias foi narrado. Segundo o IPCC, as

Tradições culinárias recebem acusações de brutalidade policial não podem ser usadas como «arma
de protesto político».
Mais recentemente, no Público, Jorge Almeida Fernandes notava

tratamento Fringe por Gorm3sa uma «crise social na China» que levaria a enfraquecer a direção cen-
tralizada do PCC e, com isso, a alavancagem do nacionalismo seria
ainda mais evidente, levando a manifestações tidas por xenófobas. Já
res, porque a oitava edição do certame explica Ilda Costa-Sarnicki, onde o Hua Chunying, outra representante de Pequim, escreveu numa rede
acontece apenas online. seu palco, na Cozinha Gorm3sa, é o social, em nome do governo do qual é porta-voz, sobre os confrontos
Pela primeira vez no Azores Fringe seu nicho de criatividade e onde os norte-americanos, que «todas as vidam contam. Estamos firmemente
- o festival internacional de artes dos ingredientes são transformados em ar- ao lado dos nossos amigos africanos». Se aquela fosse a porta-voz de
Açores para o mundo - uma proposta tes comestíveis. Os seus pratos, desde qualquer outro poder governamental, facilmente seria acusada de ra-
de gastronomia foi recebida da Gor- os mais simples aos mais elaborados, cismo. Tal como muitos racistas, considera que os negros são sempre
m3sa, o que incentivou o coordenador requerem acima de tudo sabores e africanos. E sobre a expressão “todas as vidas contam”, não é menos
Terry Costa a abrir para a partilha e aromas cativantes que apelam a todos verdade que as estatísticas mostram que umas parecem contar mais
incluir cocktails e ainda a jardinagem, os sentidos. Aqui, a chefe da Cozinha do que outras.
Gastronomia é o estudo da relação Conclui Pedro Tadeu na TSF, de forma cristalina, que «não há
entre comida e cultura, a arte de prepa- já que tinham sido duas propostas em Gorm3sa vai mostrar como se confe-
anos anteriores e que ainda não tinham ciona receitas tradicionais e apresenta diferença entre a miséria humana que leva alguém da esquerda dita
rar e servir alimentos ricos, delicados libertária escrever “um polícia bom é um polícia morto” com alguém
e apetitosos e, agora, faz parte do pro- visto programa executado. em formato de restaurante 5 estrelas.
“A essência da Gorm3sa é a paixão “Ultimamente, o meu objetivo é inspi- da direita de tendência neonazi gritar “um preto bom é um preto mor-
grama do Azores Fringe Festival - em to”: são dois imbecis».
mostra e provados pelos seus criado- por todos os aspectos da gastronomia” rar amor e confiança na cozinha.”
publicidade Correio dos Açores

 
 

 

      

  
 
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Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 opinião 17

Chá da Cesta - 33

Ilha da Madeira - I
obra publicada em 1861, em Londres.5 Cro- neiro de 1881. É tido como uma dos primeiros estudioso continental da flora, em trabalho
nologicamente, ocorre pela mesma altura em que trouxeram chá do Brasil para São Miguel. saído em 1948, repete a existência oitocentista
que se diz que, na ilha de São Miguel, Betten- Foi Coronel de Milícias de Ponta Delgada de chá naquela Ilha.13 Seguindo o que fora
court Leite o tentava nas Calhetas. Apesar de por Patente de 1812. Partira para a Madeira dito anteriormente, Mendes Ferrão repete
toda a sua potencialidade, em 1888, ainda não em 22 de Agosto de 1811 e dali seguira para ainda o que já se sabia: que houve cultivo
se dera o passo decisivo na ilha da Madeira: o Brasil onde casou a primeira vez a 25 de de chá na Madeira no primeiro quartel do
“de experiências isoladas do cultivo para Janeiro de 1813. Casou segunda vez, com a século XIX, e que tal ocorreu numa proprie-
ornamento.”6 cunhada, em Lisboa a 9 de Novembro 1824.8 dade denominada Quinta do Jardim da Serra,
Por: Mário Moura
Doutor em História do Atlântico Será outra pista, no caso, a ligar a Madeira e propriedade do cônsul inglês Henry Veich (ou
Universidade dos Açores São Miguel? Veitch). Veicula ainda que, o que já outros
Na advertência introdutória à relação que haviam dito, que das folhas colhidas chegou a
Chá na Ilha da Madeira? Convém ter sem- José do Canto redigiu em 1851, das plantas fabricar-se chá preto. Adianta um dado actual:
pre em mente que a Madeira era um espaço que cultivava na Ilha, intitulada Hortus Can- a cultura do chazeiro na Madeira desapareceu
permeável à influência do Império Britânico. tuanus, o autor diz o que pensa da aclimatação completamente.14 Outra pista, vem em entrada
Saliente-se o facto de ter sido ocupada duas de novas espécies: “(…) O clima de Portugal, publicada no volume II do Dicionário da
vezes por tropas Britânicas, primeiramente de Madeira e Açores é acomodado a toda a cas- História de Portugal, dirigido pelo historiador
Julho de 1801 a Janeiro de 1802, em seguida, ta de produções vegetais. (…) O homem só, madeirense Joel Serrão. A publicação vai de
de Dezembro de 1807 a Outubro de 1814. neste recanto do mundo, tem sido, há séculos, 1963 a 1971, cujo autor é identificada pelas
E não só. A Madeira, em finais do século testemunha impassível de tanta maravilha: iniciais F.C. da C. (provavelmente o historia-
XVIII era muito visitada por britânicos ‘(…) nunca ao seu artifício deveu a natureza o dor e antropólogo micaelense Francisco Car-
estudiosos de plantas exóticas e tropicais, que mais leve auxílio. (…).”9 A natureza dos reiro da Costa). Aí repete-se o que Cristóvão
ali as deixavam de quarentena no regresso solos da Ilha é pródiga e aberta a todo o tipo Moniz já dissera.15
das suas expedições, antes de as submeterem de introduções.10
aos climas menos temperados da Europa Não sei se são dados actualizados ou se se Lugar das Areias, Rabo de Peixe, 6 de
continental.’1 referem ao chá que existiu, no entanto, é gente Junho de 2020
Outra pista ligando a Madeira às Ilhas
Britânicas e ao Mundo científico de então:
‘o British Museum, a Linean Society, o Kew
Gardens, a Universidade de Kiel, a Univer-
sidade de Cambridge, o Museu de História
Natural de Paris (guardavam no seu acervo) [Henry Veitch (1782-1857)]
importantes colecções de fauna e flora das Fonte: https://gw.geneanet.org/brynjulf?lang=en&n=veitch
ilhas.’ Pela Madeira, ‘passaram destacados &oc=1&p=henry
especialistas da época, sendo de realçar John
Byron, James Cook, Humbolt, John Forster. Uma outra achega chega-nos de José do
Darwin esteve nas Canárias e Açores (1836) Canto, o que nos leva a ter de admitir outro
e mandou um discípulo à Madeira.’2 contributo para o chá Madeirense, além de
Isto tudo teve reflexos práticos na própria Veitch. Fidélio de Freitas Branco responde, a
Ilha da Madeira, ‘ (…) em 1757 o inglês 21 de Maio, à curiosidade de José do Canto,
Ricardo Carlos Smith fundou no Funchal que lhe escrevera para o Funchal a 3 daquele
um dos jardins onde reuniu várias espécies mesmo mês. Perguntara quem tinha/tivera
com valor comercial. Já em 1797 Domingos chá na Madeira. Responde-lhe Fidélio, após
Vandelli (1735-1816) e João Francisco de ter indagado junto de diversas pessoas: “(…)
Oliveira no estudo sobre a flora apresentou no G. Duff Dunbar.”7
ano imediato um projecto para um viveiro de Quem, então, Veitch, Dunbar? Ou ambos?
plantas. que foi criado no Monte e manteve- Em que pé ficamos? Que o assunto ainda
se até 1828.’ não está esclarecido. De onde terão vindo
Não ficou por aí o interesse madeirense as sementes e as plantas de chá? Podem ter
pelos jardins e plantas económicas: ‘(…) vindo do Brasil, mas também de qualquer área
José Silvestre Ribeiro, governador civil, de influência Britânica. Por exemplo, havia de São Miguel a escrever sobre o chá da Ma-
avançou em 1850 com um plano de criação por esta altura alguma cultura de chá na Ilha 1 Soromenho, Ana, Um certo Olhar, in Revista do
deira. Assim, em 1892, Gabriel de Almeida, Expresso, 17 de Agosto de 2019, p. 58.
do Gabinete de História Natural, a partir da de Santa Helena. Não esquecer que os Kew refere que o chá, na Ilha da Madeira, vegeta 2 Vieira, Alberto, As Ilhas Atlânticas. Para uma visão
exposição inaugurada a 4 de Abril no Palácio Gardens em Londres tinham chá. perfeitamente 11 e, em 1895, repetindo o que dinâmica da sua História, p. 250.
3 Vieira, Aberto, As Ilhas, a cana de açúcar e a História
de S. Lourenço.’ O que fracassou dois anos Um episódio que pode não querer dizer escreve em 1888, Cristóvão Moniz alude ao do meio ambiente; https://silo.tips/download/as-ilhas-a-
depois, porém, a 23 de Setembro, daquele nada mais do que isso. José Inácio Machado caso do chá da Madeira.12 cana-de-aucar-e-a-historia-do-meio-ambiente
4 Simmonds, Ob. Cit., 1854, p. 94.
ano de 1852, o alemão Frederico Welwists- Faria e Maia nasceu a 1 de Março de 1793, em 5 Moniz, Cristóvão, Ob. Cit., Maio de 1888, p.32.
ch, que passou pelo Funchal a caminho de Ponta Delgada, onde vem a falecer a 1 de Ja- Outro testemunho mais tardio, no caso um 6 Idem
7 Cf. UACSD/FAM-ABS-JC/Documentação não
Angola, propõe ‘a criação de um jardim de inventariada (Nestor Sousa), “Carta de Fidélio de Freitas
aclimatação no Funchal e em Luanda.’ Diga- Branco, Funchal, a José do Canto, Ponta Delgada”, 21 de
Maio de 1886
se que Welwistsch se correspondia com José 8 Rodrigues, Rodrigo, Ob. Cit., 2008, vol. 4, p. 2347;
do Canto e que a Madeira servia de ligação Albergaria, Eduardo Soares de, Ob. Cit.,2013, p.101.
9 Cf. UACSD/FAM-ABS-JC/Documentação não
entre das ‘colónias aos jardins de Lisboa, tratada/Cx.156, [Hortus Cantuanus: relação das plantas
Coimbra e Porto.’ Outro alemão, o Padre cultivadas na IIha de S. Miguel por José do Canto], 1851.
10 Na extensa lista de plantas, da qual apenas se respiga
Ernesto João Schmitz, ‘como professor do algumas, completa-nos a achega: “(fl. 10 v.) (…) protea (…)
seminário diocesano [do Funchal], levou (fl. 15 v.) (…) (fl. 19 v.) (…) 91 coffea /97 arábica/ árvore
do café (…) (…) azálea (…) (fl. 21 v.) (…) pittosporum
à criação em 1882 um Museu de História (…) (fl. 39 v.) (…) Hidrangea /Hortensia (…) (fl. 42 v.) (…)
Natural, que hoje se encontra integrado no poinsettia (…) (fl. 45v.) (…) metrosiderus (…) (fl. 46 v.) (…)
eucaliptos (…) (fl. 67 v.) maracujá (…) (FL. 69 V.) hibiscus
actual Jardim Botânico.’3 (…) (fl. 70 v.) (…) camélia (não a sinensis) (…) (fl. 92 v.)
Perante este quadro, não será de admirar (…) plátano (…) (fl. 98 v.) (…) araucária (…) (fl. 99v) (…)
acácia (…) (fl. 104 v.) bancksia, bouganvílea (…) (fl. 108)
que, na década de 20, do século XIX, Henry criptoméria Japónica (…).”
Veitch (1782-1857), um ex-cônsul Britânico 11 Almeida, Ob. Cit., 1892, p.4.
12 Moniz, Ob. Cit.,, 1895, p.32.
a residir na Ilha, tenha cultivado e, ainda que 13 Lacerda, Ob. Cit., 1948, pp. 16-17.
de pouca qualidade, produzido chá. Em 1854, 14 Mendes Ferrão, Ob. Cit., 1992, p. 160.
15 Costa, Idem, Francisco Carreiro da, Chá, in Dicio-
P. L. Simmonds dá-nos disso testemunho.4 nário de História de Portugal, Joel Serrão, vol. II, Porto,
Francisco Travassos Valdez confirma-o, em 1963-1971, p. 47.
18 regional/publicidade Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

Bolieiro defende reabertura total


e imediata da lota de Rabo de Peixe
O Presidente do PSD/Açores defendeu on- dimentos dos pescadores”, dado que não conse-
tem a reabertura total e imediata da lota de Rabo guem escoar atempadamente o peixe, o que pro-
de Peixe, alegando que a situação actual “não voca uma “baixa nos preços do pescado”.
tem justificação” e está a criar um “enorme “Por exemplo, um pescador da vila de Rabo
constrangimento económico e social” aos pes- de Peixe recebeu apenas 150 euros por 1.000
cadores da vila. quilos de lulas. Isto é resultado desta decisão
“Defendemos a reabertura total e imediata sem fundamento de não querer reabrir a lota.
da lota de Rabo de Peixe, respeitando as regras Também os consumidores são prejudicados,
de segurança, higiene e distanciamento social. pois deixam de ter acesso ao peixe mais fres-
A situação actual não só não tem qualquer jus- co”, frisou. O Presidente do PSD/Açores alertou
tificação, como também está a criar um enorme também o “grande desinvestimento” na manu-
constrangimento económico e social para os tenção das estruturas da Lotaçor em Rabo Peixe,
pescadores e suas famílias”, afirmou José Ma- que se “têm vindo a degradar”.
nuel Bolieiro, após uma visita ao Porto de Pes- “Assiste-se ao aumento dos roubos nas ca-
cas de Rabo de Peixe, e transcrita numa nota à sas de aprestos dos pescadores, porque não há
imprensa. substituição da iluminação daqueles espaços. Há
O líder social-democrata, acompanhado pelo pescadores que ficam, durante noites e madruga-
Presidente da Junta de Freguesia de Rabo de das, a preparar as artes ao relento, sem quaisquer
Peixe, Jaime Vieira, esteve reunido com pesca- condições”, disse.
dores, que manifestaram a sua perplexidade pela Segundo o líder social-democrata, “as pró-
não reabertura total da lota. “Num momento em prias caixas de pescado não são substituídas há
que os Açores estão em processo de desconfina- muitos anos, estando num estado completamen-
mento, em que há ligações inter-ilhas e os ser- te impróprio para a sua utilização, provocando
viços públicos estão a retomar a sua actividade, lesões nos pescadores”. lota e do tempo de espera para o recebimento do uma quebra acentuada dos seus rendimentos,
não faz sentido a lota não reabrir como estava “Isto não pode ser assim. Às vezes pequenos valor do pescado. Isto tem de mudar”, afirmou. os pescadores de Rabo de Peixe não desistiram.
antes da pandemia”, sublinhou. investimentos fazem toda a diferença na quali- Bolieiro elogiou ainda o trabalho dos pesca- Continuaram a lutar e a trabalhar para que não
José Manuel Bolieiro sublinhou que as actu- dade e bem-estar de quem trabalha. Este é um dores de Rabo de Peixe, que “nunca desistem faltasse peixe na nossa mesa. Temos todos de
ais condições de funcionamento da lota de Rabo exemplo. Acresce a esta falta de investimento perante as adversidades”. reconhecer e agradecer esta atitude”, concluiu.
de Peixe estão a provocar uma “quebra nos ren- a imprevisibilidade dos horários de abertura da “Mesmo em situação de pandemia e com
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Descoberta publicada na revista The Lancet

Mulheres com menor risco de terem


doenças cardiovasculares
Investigadores da Universidade de Gotemburgo, Suécia, compararam o risco de doenças cardiovasculares
em homens e mulheres e concluíram que as mulheres têm um menor risco associado.
A investigação analisou dados Os investigadores afirmam que cirurgia de bypass coronário, mais
de mais de 160.000 homens e mu- é normal manifestar-se preocupa- frequentemente do que as mulheres.
lheres, no total, em 27 países e ve- ção com o facto de as mulheres com Para além disso, as mulheres tinham
rificaram que o risco de as mulheres DCV receberem um tratamento me- um menor risco de um novo EM.
adoecerem e morrerem de doenças nos intensivo do que os homens. No A investigação ainda concluiu
cardiovasculares é inferior ao dos entanto, estes pensam que não se tra- que em países de baixos rendimen-
homens da mesma idade, indepen- ta de uma questão de discriminação. tos como o Bangladesh, a Índia e o
dentemente do local do mundo em Os investigadores explicam que Paquistão, cerca de 40% dos homens
que vivem. as mulheres têm alterações menos e mulheres morrem nos 30 dias após
Em comparação com os homens, acentuadas nas artérias coronárias, o EM ou o AVC, enquanto a propor-
as mulheres saudáveis e sem antece- o que significa que não precisam de ção correspondente para países de
dentes de doenças cardiovasculares um tratamento tão intensivo. elevados rendimentos como a Suécia
(DCV) tinham uma maior propensão O estudo mostrou também que ho- e o Canadá é inferior a 10%.
para tomarem medicamentos preven- mens com enfarte do miocárdio (EM)
tivos, uma pressão sanguínea bem receberam tratamentos invasivos, ALERT Life Sciences Compu-
controlada e evitavam fumar. como a angioplastia coronária ou a ting, S.A.

CONVOCATÓRIA

Nos termos do nº 1, nº 2 e nº 3 do artigo 18º, e para o efeito do disposto na alínea b) artigo 27º, dos Estatutos, con-
voco os sócios da ACRA – Associação dos Consumidores da Região Açores, no uso dos seus direitos sociais, para uma
Assembleia Geral, a realizar no próximo dia 23 de Junho de 2020, terça-feira, pelas 20h00:

• em Ponta Delgada-Rua Ernesto do Canto nº 40 -1º


• em Angra do Heroísmo-Canada Nova de Santa Luzia, 1, 1º piso, Gabinetes 2 e 2A
• na Horta – Largo Duque D' Ávila e Bolama, 4, 2º Dtº

com a seguinte Ordem de Trabalhos:

• Apreciação e votação do Relatório e Contas


• Diversos

A comunicação da reunião entre os três locais será assegurada por meios áudio-visuais.

Não se verificando quórum à hora marcada, a Assembleia reunirá e deliberará validamente, com o número de associa-
dos presentes meia hora depois, conforme dispõe o n.º 7 do supracitado Art.18.º.

Ponta Delgada, 09 de Junho de 2020

O Presidente da Assembleia Geral

Prof. Doutor Francisco Cipriano da Cunha Martins

MESTRE DOS MESTRES


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Grande mestre e espiritualista, curandeiro, com conhecimentos e poderes absolutos de magia negra-e
branca. Conhecedor dos casos mais desesperados, ajuda a resolver qualquer problema grave ou de difícil so-
lução com rapidez, eficácia e sabedoria em curto prazo, como por exemplo: amor, saúde, negócios e invejas,
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Correio Desportivo Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

I Liga de Futebol

Mais um golo de Thiago Santana


e a estreia de Cryzan a marcar Foto Henrique Barreira
O CD Santa Clara somou mais um ponto importante na sua
caminhada rumo à manutenção, no campeonato de futebol
da I Liga, em empatar diante do Vitória de Setúbal, a duas
bolas.
Pelos “encarnados” de Ponta triunfo do Famalicão no terreno Desportivo das Aves – FC Porto,
Delgada marcaram Thiago Santa- do Gil Vicente, por 3-1, e termina às 20h15.
na e Cryzan. este sábado com o embate entre Quarta-feira: Paços de Ferreira
No final da partida, o treina- Sporting de Braga e o Boavista, a – Belenenses, 18h00; Rio Ave –
dor João Henriques mostrou-se partir das 20 horas. Benfica, 20h15.
frustrado com o empate alcança- Na quarta-feira, e para além do Quinta-feira: Boavista – Vitó-
do diante do Vitória de Setúbal. empate do Santa Clara, diante do ria de Setúbal, às 18h00; Sporting
“Sentimos que merecíamos sair Vitória de Setúbal, a duas bolas, – Tondela, às 20h15.
daqui com 36 pontos”. o Benfica foi também a Portimão, Sexta-feira: Vitória de Gui-
O técnico apontou as falhas empatar 2-2, com o Portimonen- marães – Moreirense, às 18h00;
defensivas e o desacerto no últi- se, ao passo que o FC Porto apro- Famalicão – Sporting de Braga,
mo passe como as principais cau- veitou a escorregadela do Benfica às 20h15.
sas para o empate, reiterando que para isolar-se na liderança, após
as expectativas da equipa técnica vencer o Marítimo, por 1-0. O “Golos Solidários”
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e do plantem saíram defraudadas Porto soma agora 63 pontos, mais rendem
com a divisão de pontos. dois do que as “águas” (61).
O Santa Clara chega assim Na quinta-feira, o Belenenses A iniciativa do CD Santa Cla-
aos 34 pontos e ficou muito mais empatou com o Vitória de Gui- ra de transformar golos em Euros,
próximo do objectivo, num jogo marães, 1-1, e o Tondela derrotou fez com o CD anta Clara doasse
em que Thiago Santana voltou a o Desportivo das Aves, por 2-0. 250 Euros a três instituições.
marcar, apontado o quarto golo Ontem à noite jogaram-se Segundo nota enviada ao nos-
em apenas três jogos. mais duas partidas, concretamen- so jornal, a Santa Clara Açores,
Já Cryzan estreou-se a marcar. te o Moreirense – Rio Ave e o Futebol SAD informa que “ao
Recorde-se, que o jogador chegou Sporting – Paços de Ferreira. abrigo da iniciativa Golos Soli-
em Janeiro e, cumpridos apenas A jornada ficará completa este dários e tendo em conta os três
48 minutos, divididos entre cinco sábado com o embate Sporting golos apontados diante do SC
jogos fez o golo ao pé. de Braga – Boavista, uma partida Braga, doou 250 Euros às seguin-
Diante do SC Braga, o avan- que será disputada a partir das 20 tes instituições: Santa Casa da
çado brasileiro já havia entrado horas. Misericórdia da Praia da Vitoria,
bem na partida, sendo peça fun- Santa Casa da Misericórdia do
damental para segurar o jogo e Santa Clara – Portimonense Corvo e Casa de Infância de San-
para criar desequilíbrios à defen- Terça-feira to António”.
siva adversária. Em declarações aos canais
Na última jornada, no Bonfim, A jornada 27 arranca na pró- oficiais do clube, Rui Cordeiro
assumiu o papel de “actor prin- xima segunda-feira, na Madeira, salientou a importância do clu-
cipal” no desenlace da partida. com o Marítimo – Gil Vicente be se integrar na comunidade,
O golo, dentro da pequena área, e o CD Santa Clara joga no dia “ajudando os mais desfavoreci-
com um remate à meia volta, per- seguinte, na Cidade do Futebol, dos e, muitas vezes, esquecidos”.
mitiu à equipa chegar ao empate e frente aos algarvios do Portimo- O Presidente do CD Santa Clara
corrobora a teoria de que Cryzan nense. reforçou também “o papel fun-
é um verdadeiro “matador”. No demais, o programa com- damental que as IPSS têm, desde
pleto da 27.ª jornada é o seguin- sempre, desempenhado na socie-
Jornada arrancou te: dade”.
com triunfo do Famalicão Segunda-feira: Marítimo – Gil Relembramos que esta inicia-
Vicente, às 18h00. tiva “Golos Solidários” decorre-
A 26.ª jornada da Liga NOS Terça-feira: Santa Cla- rá, pelo menos, até final do cam-
arrancou na terça-feira com o ra – Portimonense, às 18 horas; peonato.

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Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 desporto/opinião 23

PSD indigna-se com acordo


O direito à escolha
para instalar Academia
de Futebol no Tecnoparque é agora ou nunca
Para o PSD/Lagoa “é fundamental
para o futsal açoriano
que a Câmara da Lagoa dê prioridade
aos apoios aos clubes desportivos do
concelho, quer no futebol quer noutras
modalidades, cujas dificuldades são José Araújo

conhecidas”. Nos últimos dias, por estes Açores fora, tem havido reuniões e discussões nas redes sociais para
se fazer escolhas sobre o futuro do futsal açoriano e a sua participação nas provas nacionais. Em São
Miguel foi promovida uma reunião e bem, com os clubes de futsal por parte da Associação de Futebol
A Comissão Política Concelhia do mentos avultadíssimos financiados direc- de Ponta Delgada para apresentar a proposta ou até acolher sugestões.
PSD/Lagoa e os eleitos social-democra- tamente e indirectamente pelo orçamento Já tinha havido reuniões com as Associações e FPF, mas sem consultas aos seus clubes, e até FPF
tas na Câmara e na Assembleia Munici- camarário", acrescentam. já tinha feito com os clubes participantes nas provas nacionais, isto antes da pandemia. Na reunião de
pal manifestaram a sua indignação face E questionam igualmente sobre "que clubes nesta ilha já houve uma para apresentar o documento, publicado no Site da Federação Portuguesa
à notícia divulgada na imprensa, de que mais-valias representarão dois relvados de Futebol e que está em consulta pública, e quem sabe auscultar ideias dos seus associados. Na reunião
a autarquia e a Santa Clara Açores-Fute- para o desenvolvimento de um Tecnopar- por cá houve de tudo e até momentos calorosos por parte dos representantes dos clubes na defesa das
bol SAD terem praticamente fechado um que?". suas opções. Já dei o meu contributo, elaborei um regulamento e enviei para as associações deste país e
acordo para a cedência de um espaço na Para o PSD/Lagoa "é fundamental Federação Portuguesa de Futebol, tal como foi sugerido na consulta pública, dever cumprido.
zona do Tecnoparque para construir a sua que a Câmara da Lagoa dê prioridade aos
Academia de Futebol. apoios aos clubes desportivos do conce- Quais as medidas a tomar pelos clubes
Os social-democratas consideram "a lho, quer no futebol quer noutras moda-
decisão inaceitável", lamentando que os lidades, cujas dificuldades são conheci- Assim, antes de se tomar qualquer opinião sobre qualquer que seja o formato da prova deve-se fazer
vereadores do PSD "tenham sido colo- das". sempre um levantamento dos custos financeiros e compará-los com outras possíveis opções, “trabalho
cados à margem do processo e que tenha Assim, a Comissão Política e os elei- de casa”. É preciso não esquecer que para sairmos das ilhas temos de utilizar o transporte aéreo e o entre
sido sonegada toda e qualquer informação tos do PSD na autarquia da Lagoa, "nada ilhas é muitas vezes mais penalizador do que ir para o continente e regressar, sem lesar os atletas que
sobre o mesmo. Ainda mais numa matéria têm contra a criação da Academia do San- são amadores. Os valores despendidos nas passagens aéreas são muito aproximados. O apoio pelo uso
desta importância, e que de acordo com a ta Clara e da eventual mudança das suas da palavra Açores nas camisolas perde-se, pois não há a divulgação da Região no continente, pois este
referida notícia, já se encontra numa fase instalações para o nosso concelho. Pelo é o objectivo desta ajuda.
muito avançada, incluindo até os projec- contrário, entendemos que seria de mútuo
tos de arquitectura", dizem. interesse". Quem devemos ouvir
"Que motivos justificam o facto deste "E, da mesma forma, concordamos
processo ter sido escondido de uma parte que a autarquia possa colaborar nesse ob- Ouvir sim, os dirigentes dos clubes e saber ouvir quem por lá passou ao longo dos anos por estas
dos eleitos na Autarquia pelo povo lago- jectivo, mas com toda a transparência", experiências ao nível das provas nacionais, analisar o que lhes foi dito e refletir, se de facto é o que que-
ense?", questionam. referem. remos e podemos para o nosso clube.
Para a concelhia do PSD, aquela even- Porém, o local adequado "não é segu- Fazer uma análise da qualidade da prova em termos desportivos e tirar a conclusão, se de facto a
tual opção "já deveria ter sido objecto de ramente o que está a ser negociado, ha- modalidade evolui participando com equipas medianas que não têm espaço para progredir por falta de
avaliação e discussão prévia em sede da vendo inúmeras alternativas que poderão competitividade, estes sim, são os elementos fundamentais para uma análise correcta com visão e o
própria Assembleia Municipal". servir aquele objectivo sem comprometer pensamento no futuro.
Além disso, "está em causa ocupar um espaço com uma vocação tão distin-
aparentemente uma área tão significativa ta", adiantam. O papel do clube
como são dois relvados para a prática de "Esperamos que a Câmara da Lagoa
futebol, num espaço limitado em termos de esclareça, urgentemente, os vereadores Se na Associação da sua área de jurisdição um clube for campeão, ou comprar os direitos desportivos,
superfície, sem qualquer enquadramento do PSD e os lagoenses sobre este assun- para dar o salto para outra “dimensão”, tem de pensar em não dar “um passo maior do que perna”. É
em matéria de planeamento urbano". to, e que procure outras alternativas de muito bonito festejarmos a conquista do campeonato num dia, mas depois dos festejos ainda há vida e
Relembrando que "a vocação princi- localização para acomodar o projeto em tem de ser bem pensada.
pal do Tecnoparque não se coaduna com causa, garantindo que a sua concretização Deve o clube olhar para o modelo da sua organização interna, se tem directores qualificados e ou
aquele propósito, tanto mais que possui nunca será no Tecnoparque. Sempre sem até renumerados, treinadores qualificados com nível II, pois ainda temos ilhas em que eles são escassos,
infraestruturas e arruamentos de elevada esquecer e dando prioridade aos clubes escalões de formação de obrigação, instalações desportivas condignas para jogos e treinos, certificação
qualidade, a que corresponderam investi- do concelho", concluem. adequada do clube, e os custos fixos com a organização dos jogos mensais, tudo isto tem muito que se
lhe diga.

A ideia da participação do clube

Participar no Continente com uma equipa bem estruturada para os desafios que vão enfrentar não é
a mesma coisa do que participar numa Série Açores que vai ser despromovida da 2.ª para a 3.ª Divisão
por parte da Federação, na época 2021-2022. A mesma é composta por oito clubes, enquanto as demais
séries no continente são de dez. Os clubes que transitam para 2.ª fase para apuramento de quem vai
descer aos regionais, passam com 50% dos pontos com arredondamento. Este método está ultrapassado
e foi “relegado” no Campeonato de Portugal em futebol, porque não acabar no futsal. Será que Isto foi
pensado pelos clubes dos Açores?
O momento actual é o de agora ou nunca no Futsal para uma transformação em qualidade pelos joga-
dores e equipas a participar nas provas nacionais no continente. A sugestão é simples, para a participação
dos Açores é ter um clube na 2.ª Divisão e dois na 3.ª Divisão, mas inseridos nas séries continentais. As
formas das descidas e subidas (liguilha e campeonato açoriano) já foram todos usados e regulamentada
é só aplicar, pois já está tudo “inventado”.
E recordando o que é a evolução do jogador açoriano, qualquer que seja a modalidade que pratique,
o seu desenvolvimento passa pelo contacto com colegas e equipas mais evoluídas que estão em campe-
onatos fora do Arquipélago dos Açores. Tenho apontado nos meus artigos de opinião, vários exemplos
da evolução destes jogadores que conseguiram chegar a patamares superiores, tudo isto porque os seus
clubes participavam em provas nacionais e no continente.
24 motores Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

João Tavares (1)


Foi a primeira realidade do género em S. Miguel e, de certeza, nos Açores. Um piloto integrado
numa equipa de um concessionário, com meios consideráveis, com divisões de tarefas precisas,
com uma equipa de mecânicos, com carros que só eram utilizados para competir, evidenciando
uma dedicação exclusiva, quase profissional, totalmente focado nas vitórias. Contudo, pela mes-
ma altura, uma estrutura menos visível, mas próxima, era a do Larama e é, justamente, em João
Tavares que aquele piloto vai encontrar concorrência. Por isso, são estes dois nomes que vão dis-
cutir as vitórias nos ralis em S. Miguel na segunda metade dos anos 1970.

motocross. Fui das primeiras pes- O que pode dizer sobre o Já na época, a vossa equipa o melhor açoriano. Seguem-se
soas a fazê-lo cá e fui campeão na Larama, enquanto piloto, que era uma realidade pioneira na outros bons resultados em alguns
modalidade. Nestas participações, nessa altura era um seu direto ilha. Estruturas do género já ralis regionais e na Volta de 1980
eu também treinava para as provas adversário? existiam no continente, mas cá obtém o 4º da geral, sendo, outra
e, no seguimento, uma das minhas Eu tenho muito respeito e ainda não. Por exemplo, treinava- vez, o melhor açoriano.
grandes preocupações nos ralis uma boa relação com o Larama, se, competia-se e depois ia-se Na Volta à Ilha de 80, o Américo
era preparar-me o suficiente, com porque foi dos pilotos que me trabalhar, tudo com o carro de Nunes é navegado pelo Carlos Ri-
bastante consistência. fez evoluir enquanto meu mais prova! ley e fica à minha frente por uma di-
direto adversário. Foi um pi- Tínhamos já uma equipa bem ferença de segundos, o que é muito
Nessa sua primeira partici- loto que puxou muito por mim estruturada, na minha opinião, já pouco num rali desta envergadura,
pação, o carro sofreu alguma e, provavelmente, ele deve ter poderia ser considerado um piloto muito duro (13 concorrentes à
alteração especial? sentido a mesma coisa, porque semiprofissional. Por conseguinte, chegada e 20 desistências). Posso
Não, do que me recordo só uns nós andávamos ali na disputa dos com vista a participar num rali afirmar que, para além do Larama,
amortecedores Bilistein, a gás, e os troços ao segundo. começava a treinar, em média, foi uma das lutas mais fortes que
pneus de terra. De resto, os raports com um mês e meio de antecedên- tive nos ralis. Tive a sorte de ter esta
João Tavares, num momento de boa não foram alterados, tinha o arco cia, com um carro de treinos, que luta com este grande piloto do qual
disposição e simpatia, clima que mar- de segurança e praticamente pou- primeiro foi o 1604 do Roberto eu já na infância era fã. De forma
cou a entrevista. co mais. Aliás, o carro nem tinha Mota. Também fazia preparação que foi um rali extremamente duro
autoblocante. física, tinha cuidado com a alimen- e discutido ao segundo até ao últi-
Estreia-se em 1975, logo numa tação, não tomava álcool, cheguei, mo troço, literalmente!
Volta à Ilha! No ano seguinte, em 76, vence inclusivamente, até numa das pro-
Sim, em 1975 faço o meu o rali de Natal na estreia do 1904 vas, a ser vitaminado por injeção. Em 81, com uma lista de
primeiro rali, uma Volta à Ilha, (ex-carro do irmão Luís Alberto). participantes semelhante e um
2ª fase, upgrade com o bem prepa-
porque foi o primeiro rali que tive No ano de 77, com o mesmo car- rol de desistências também se-
rado Opel Kadett GT/E, que além de
oportunidade de fazer. Participo ro, desiste na Volta à Ilha, cuja melhante, obtém o 4º lugar, atrás
competitivo era bonito. Após uma
com o Opel 1604, o antigo carro edição ficou envolta em polémica do Horácio Franco, que tripula 1
carreira curta em S.Miguel, este
do Roberto Mota. Neste rali, o com a vitória do Larama/Horácio Escort RS.
carro conheceu uma outra, na Ilha
meu irmão, Luís Alberto, também Franco. Lembra-se desse caso? Terceira. Exatamente. Esse carro do
participa, mas com um 1904, carro Lembro-me sim. Horácio era um carro muito bem
com o qual venho a competir após preparado que pertencia ao Carlos
ele desistir dos ralis. À chegada, numa Volta à Ilha com Torres (Escort MK2 RS 2000). Era
Naquela época eram os candi- Deq Mota no Kadett GT/E. um carro muito potente, com 190,
Conseguindo o 4ºlugar final! datos às vitórias! ou 200 e tal cavalos, e o Horácio
O 4º da geral e o 1º açoriano. Pois, porque nós tínhamos me- soube tirar o devido partido.
No entanto, o que me causou mais lhores condições, o Larama tinha
impacto foi ter obtido na Tronquei- um Escort fantástico de fábrica, Em 1979 dá-se a estreia do Tem alguma recordação desta
ra tempos cimeiros, disputando um carro fabuloso e eu, depois do Kadett GT/E, um carro já num Volta à Ilha?
assim os primeiros lugares, num 1904, tinha o Kadett GT/E, um outro patamar competitivo. Na A recordação que tenho é a de
troço muito trabalhoso, com pilotos Ao volante do 1904 SR, “herdado” do ir- carro também muito interessante. Volta à Ilha desse ano consegue ter ficado atrás do Horácio (risos).
como o Mário Silva, o Giovanni mão Luís Alberto, que utiliza na 1ª fase Eram dois carros que estavam mais o 3º lugar.
Salvi, o Manuel Inácio (vencedor da sua carreira. ou menos equilibrados entre si. O 1904 passou para carro de Em 1982, com a aquisição
do rali). Isto marcou-me bastante, treinos e eu estrei-me aqui no GT/E, do Opel Ascona 400 de grupo 4,
porque o meu desejo era participar, Em 79, vence o Rali de In- um carro excelente, especificamen- abrem-se novas possibilidades
conduzir, e não estava preocupado O que nos pode dizer sobre verno, ainda com o 1904, sendo te preparado para fazer ralis, feito competitivas e uma nova fase na
com tempos. isso? o último rali que faz com ele. em Portugal pelo mestre Raimundo, carreira de João Tavares. Este será
Nessa Volta à Ilha, houve coisas Continuava a ser o mesmo carro que era um especialista, com tudo o tópico da segunda parte desta
Preparou-se, treinou com (tempos eventualmente adulte- que o seu irmão utilizou? o que era necessário para ser um entrevista.
cuidado para esse seu primeiro rados) que não batiam certo, não Sim, sim! Faz todo esse percur- competitivo grupo 1, com 130 Jorge Alves
rali? tinham lógica. Havia, na altura, so (carro que já competia em 1973). cavalos, penso eu. Fotos: Raúl Resendes e João Tavares
Sou uma pessoa que quando se uma atmosfera de luta pela inde- Era um ótimo carro. Tinha cerca de
propõe fazer algo, procuro fazê-lo pendência dos Açores, houve aí 115/120 cavalos, o que na altura já Na Volta à Ilha desse ano con- Nota: Parte 2 na edição de
bem. Antes dos ralis, eu já fazia muita coisa à mistura. era muito bom. segue o 3º lugar da geral sendo 20/6.
Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 passatempos 25

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na bola de cristal: - Vejo uma morena que o ruas da cidade pequena, sede de seu regimento. “Quando você elimina o impossível, o que
fez sofrer muito no passado. Agora vejo uma Cada vez que um recruta faz continência, ele diz: ______ por mais incrível que pareça, só pode ser ser a verdade.”
loira que o fará sofrer muito no futuro. - É - O mesmo pra você. Depois de muitas vezes, o a __________.” sobra por mais incrível que pareça só pode
minha mulher! Ela pintou o cabelo! amigo lhe pergunta: - Por que você diz sempre “Quando você elimina o impossível, o que
isso? - Já fui recruta e sei o que eles desejam Arthur Conan Doyle
mentalmente quando batem em continência!

Sopa de Letras
Labirinto
26 televisão Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020

Amor de Mãe - SIC Quer o Destino - TVI


signos
Astrólogo Luís Moniz
site:http://meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO BALANÇA
(21/03 a 20/04) (23/09 a 23/10)

Depois de uma época de reestruturações Estabeleça prioridades e mantenha o


e de ruturas, começa a avistar a “luz ao foco dirigido para um objetivo concre-
01:40 TecNet:T3 Ep.26 01:42 Anatomia de 05:48 Os Nossos 01:00 Capitão Roby:T1 01:00 Querido, Mu- fundo do túnel”. Os contatos, parcerias e to, de modo a poder concentrar as suas
01:50 Fotobox:T5 Ep.25 Grey:T14 Ep.5 Dias:T2 Ep.269 Ep.10 dei a Casa! acordos estão protegidos. energias num determinado propósito.
01:59 Rumos:T11 Ep.21 02:21 Anatomia de 06:32 Repórter África - 01:56 Mar de Paixão
02:15 Volante:T19 Ep.8
02:29 Covid-19: Palavra Grey:T14 Ep.6 2ª Edição 03:15 TV Shop
02:45 Televendas SIC TOURO ESCORPIÃO
03:05 O Sábio Ep.135 07:00 Euronews 05:00 Os Batanetes
Pública:T1 Ep.64 04:30 Os Malucos do (21/04 a 20/05) (24/10 a 21/11)
03:50 Televendas 07:55 Espaço Zig Zag 05:15 Campeões e
03:32 Onde Está o Te- Riso:T10 Ep.6
05:05 Mundo 14:45 O Carlos Detectives A conjuntura traz-lhe uma energia muito
souro Ep.12 Atravessa uma fase muito protegida
Maravilhoso:T1 Escolhe:T1 05:00 Etnias:T20 Ep.14 06:00 O Bando dos
04:00 Telejornal Açores
favorável à concretização dos seus obje- em termos emocionais, familiares e
Ep.5 Ep.23 05:45 Lego Ninjago:T10 Quatro
04:38 Conselho de 14:55 Folha de Sala 07:00 Detective
tivos. Decerto sente que tem condições profissionais. Seja uma pessoa organi-
05:30 Espaço Zig Zag Ep.1
Redação:T6 Ep.11 15:00 O Mundo da Maravilhas para estabilizar a sua vida. zada para dominar as várias situações.
05:31 #FicoEmCasa a 06:00 Lego Ninjago:T10
05:30 Consulta Externa Obesidade 07:55 Inspetor Max
Imaginar:T1 Ep.7 Ep.2
16:25 Dez por 09:00 Missa
2020:T1 Ep.23 05:36 Ema e Gui
Cento:T2 Ep.3 06:15 Power Rangers 12:00 Jornal da Uma GÉMEOS SAGITÁRIO
05:53 Mar, a Última 05:43 Little People:T2
17:20 Europa Minha Ninja Steel:T2 13:30 Somos Portu- (21/05 a 20/06) (22/11 a 20/12)
Fronteira:T1 Ep.5 Ep.18
17:40 Biosfera:T18 Ep.1 gal, Sempre
06:39 Desliga a 05:49 Lulu 18:15 Anti-Stress É possível que tenha de tomar uma deci-
Ep.21 06:45 Uma Aventura:T5 Momento propício para vivenciar uma
Cambalhota:T2 19:00 Jornal das 8 são complexa e essencial para o futuro,
Televisão:T1 Ep.5 18:10 Faça Chuva energia muito positiva. Encare todas as
Ep.47 Ep.13 20:45 Quer o
07:30 Açores Hoje Faça Sol:T3 mas procure não adiar constantemente a questões quotidianas de forma muito
06:02 Zig Zag:T21 Ep.148 07:30 Uma Aventura:T5 Destino:T1
2019:T8 Ep.109 Ep.13 redefinição do rumo a seguir. alegre, otimista e entusiasmante.
06:17 Gawayn:T1 Ep.26 Ep.14 Ep.72
08:18 Biosfera:T17 Ep.33 18:40 A Feira das
06:30 As Aventuras de 08:00Olhó Baião:T2 22:00 Espírito
Vaidades:T1
08:44 Ilha a Cores Ep.3 Max - Atlantos:T2 Indomável:T1
Ep.1 Ep.41 CARANGUEJO CAPRICÓRNIO
09:03 Gawayn:T1 Ep.40 Ep.2 Ep.21
19:25 As Grandes 11:00 Nosso Mundo
(21/06 a 22/07) (21/12 a 19/01)
09:16 Ema e Gui Ep.5 06:44 Radar XS Extra:T1 Mentiras da Duas famílias,
Ep.13 - Mountains, separadas há Altura certa para afastar preocupações A nível profissional, sente necessida-
09:23 RTP3 / RTP Açores História:T1 Ep.4
16:00 Notícias do Atlân- 06:46 Desafio Life Above the décadas por e começar a viver, de acordo com a sua de de analisar o passado e de agarrar o
20:20 Cuidado Com a
tico #FicoEmCasa:T1 Língua!:T9 Ep.2 Clouds:T1 Ep.3 uma rivalidade vontade. Assuma o seu poder de escolha, presente de modo a aproveitar as novas
Ep.15 12:00 Primeiro Jornal mortal, reen- alinhado com o seu espirito. oportunidades de realização.
16:32 Atlântida Madeira 20:40 Fora do
07:00 Bom Dia Portugal - contram-se no
2020 Baralho:T1 Ep.5 13:15 Alta Definição:T1
Fim de Semana presente para
21:30 Jornal 2 14:00 E-Especial:T2
18:04 Europa Minha:T3 um último ajus- LEÃO AQUÁRIO
09:16 A Terra do Extremo 22:04 Folha de Sala
Ep.25 Ep.23 te de contas. (23/07 a 22/08) (20/01 a 19/02)
Norte:T1 Ep.1 22:12 Aniversário do
18:20 Conselho de 14:45 Cinema No seio deste
10:11 Verão M:T1 Ep.6 Centenário de
Redação:T6 Ep.11 16:45 Cinema rancor antigo, É tempo de elevar o seu amor-próprio Está a entrar numa nova fase da sua
10:55 Santo António Leonard Berns-
19:09 Lugares de 12:00 Jornal da Tarde tein 18:57 Jornal da Noite
dois jovens vão e de cuidar de si. Procure renovar os vida, que dá lugar a uma época de
viver um amor laços existentes e mostre o seu caráter reestruturações importantes e inevitá-
Verão:T1 Ep.4 13:30 Voz do Cidadão:T1 23:50 Paixão 20:30 Olha por Mim:T1 impossível, bondoso em todas as relações.
20:00 Telejornal Açores Ep.12 22:57 O Carteiro Toca Ep.5 veis, mas seja leal à sua consciência.
cujo desenlace
13:54 Santo António Sempre Duas 22:00 Quem Quer
20:45 Largo do Caldas poderá ser
18:09 O Preço Certo Vezes
21:39 Pianomania! Namorar Com o fatal. Será que
18:59 Telejornal 01:10 Três Meninas:T1 VIRGEM
- Menahem Agricultor? - A o amor vai ser PEIXES
20:18 O Preço Certo Es- Ep.3 mais forte do (23/08 a 22/09) (20/02 a 20/03)
Pressler:T1 Ep.2 02:05 Fora do Semana:T3 Ep.7
pecial Professores que o sangue?
22:41 Desliga a Baralho:T1 Ep.4 22:30 Amor de Mãe
22:24 Jogo da Caixa:T1 22:30 Cabelo Pante- No trabalho, pode contar com uma longa O relacionamento amoroso reflete o
Televisão:T1 Ep.5 Ep.6 03:00 Euronews Ep.65 ne - O Sonho etapa muito tranquila. Daqui em diante, amadurecimento natural de ambos os
terá uma nova forma mais competente de elementos do par, que lhe transmite bas-
Qualquer alteração à programação que publicamos é da responsabilidade das respectivas estações enfrentar as suas atividades. tante serenidade e muita estabilidade.

Previsão do estado do tempo nos Açores ESTATUTO


EDITORIAL

1 - O Correio dos Açores de-


fine-se como um órgão de comuni-
cação social de grande informação
regional.

2- O Correio dos Açores


orienta-se por critérios de rigor e
criatividade editorial, sem qual-
quer dependência de ordem ideo-
lógica, política e económica.

3- O Correio dos Açores


afirma-se ainda como um porta-
voz dos princípios e valores defen-
didos e aceites pelos Açoreanos
na defesa da sua Autonomia e no
integral respeito pelos princípios
consagrados na Constituição da
República.

Informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera 4 - O Correio dos Açores


Centro Centro procurara veicular temas sociais,
Frente fria Frente quente Frente Oclusa Frente Estacionária de Alta Pressão de Baixa Pressão políticos e culturais diversificados,
correspondendo às motivações e
GRUPO OCIDENTAL GRUPO CENTRAL GRUPO ORIENTAL interesses de um público plural,
debatendo ideias suscetíveis de
Céu muito nublado, com abertas para a tarde. Descida da temperatura Céu muito nublado, com abertas para a tarde. Descida da Períodos de céu muito nublado, tornando-se encoberto. Des- promoverem o enriquecimento da
temperatura do ar. cida da temperatura do ar.
do ar. opinião pública, sempre norteados
Períodos de chuva na madrugada e manhã, passando a Períodos de chuva a partir da tarde, passando a aguaceiros pelos valores éticos e cívicos.
Períodos de chuva na madrugada, passando a aguaceiros. aguaceiros. para a noite.
Condições favoráveis para a ocorrência de trovoadas. Condições favoráveis para a ocorrência de trovoadas.
Vento noroeste moderado a fresco (20/40 km/h) com rajadas até 55 Vento noroeste bonançoso a moderado (10/30 km/h), tempo- 5 - O Correio dos Açores com-
Vento oeste bonançoso a moderado (10/30 km/h),
rariamente de norte. tornando-se moderado a fresco (20/40 km/h) promete-se a assegurar o respeito
km/h, rodando para norte.
ESTADO DO MAR com rajadas até 60 km/h e rodando para noroeste. pelos princípios deontológicos e
ESTADO DO MAR Mar de pequena vaga a cavado. pela ética profissional dos jornalis-
ESTADO DO MAR
Mar cavado. Ondas nordeste de 1 metro, passando a norte e aumentando Mar de pequena vaga a cavado. tas, assim como a boa-fé dos seus
para 2 a 3 metros. Ondas nordeste de 1 a 2 metros, passando a norte. leitores.
Ondas norte de 1 metro, aumentando para 3 a 4 metros.
Temperatura da água do mar: 18ºC Temperatura da água do mar: 19ºC
Temperatura da água do mar: 18ºC
Correio dos Açores, 13 de Junho de 2020 agenda 27

INFORMAÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

FARMÁCIAS MUSEUS MOVIMENTO AÉREO MOVIMENTO MARÍTIMO TABELA DAS MARÉS


Ponta Delgada – Famácia Popular Ponta Delgada NAVIOS DA MONTE BRASIL – Em
R. Machado dos Santos 34 Museu Carlos Machado
Azores Airlines Baixa-mar:
Voos suspensos TRANSINSULAR viagem de Lisboa para
Tel.: 296 205 530 Inverno (de 1 de outubro a 31 de março) 0:04 – 12:20
Terça a domingo, das 9h30 às 17h Ponta Delgada
Air Açores Preia-mar:
Ribeira Grande - Farmácia Ribeirinha Verão (de 1 de abril a 30 de setembro) MONTE DA GUIA – Em
Rua Direita 1ª parte, nº1 Terça a domingo, das 10h às 17h30
Chegada a Ponta Delgada de: 6:10 - 18:30
Santa Maria: 8:25 Ponta Delgada largando
Telefone: 296479202 Museu Hebraico Sahar Hassamaim de Ponta Graciosa: 16:15 para Lisboa e Leixões
Delgada - Portas do Céu (Sinagoga) TEATRO MICAELENSE
HOSPITAIS Segunda a Sexta, das 13h00 às 16h30
Terceira: 12:55; 17:55; 20:00
Horta: 13:25
MALENA – Em Ponta Delgada
Ponta Delgada - 296 203 000 Museu Militar dos Açores S. JORGE – Na Graciosa largando Para Ponta
Nordeste - 296 488 318 - 296 488 319 Dias úteis: 10h00 - 18h00 Partida de Ponta Delgada para: Delgada PROGRAMAÇÃO
Vila Franca - 296 539 420 Fim-de-semana: 10h00 - 13h30 / 14h30 - 18h00 Santa Maria: 7:05 SUSPENSA
R. Grande - 296 472 128 - 296 472727 Encerra aos feriados Horta: 9:00
Povoação - 296 585 197 - 296 585 155 Pico: 12:20
Ribeira Grande Terceira: 7:15; 14:00; 16:00 INSULAR - Em COLISEU MICAELENSE
POLÍCIA Museu Municipal Ponta Delgada lar-
TAP
Ponta Delgada - 296 282 022, Museu “Casa do Arcano”
Chegada a Ponta Delgada de: gando para Lisboa PROGRAMAÇÃO
296 205 500 e 296 629 630 Museu da Emigração Açoriana Lisboa: 12h15 LAURA S - Em viagem para Ponta Delgada SUSPENSA
Trânsito - 296 284 327 Museu Vivo do Franciscanismo
R. Grande 296 472 120, 296 473 410 Casa Lena Gal
Lagoa - 296 960 410 Aberto de 2ª a 6ª - 09.00/17.00H
Partida de Ponta Delgada para: ASSOCIAÇÃO DE TÁXIS
Lisboa: 12h55
Vila Franca - 296 539 312 NAVIOS FURNAS - Em Lisboa. DE SÃO MIGUEL
Furnas - 296 549 040, 296 540 042 Museu Municipal do Nordeste DA MUTUALISTA CORVO - Nas Velas
Povoação - 296 550 000, 296 550 001, 296 Aberto de 2.ª a 6.ª das 09h00 AÇOREANA
550 005 e 296 550 006 saindo às 20 horas para
às 12h00 e das 13h00 às 16h00
Nordeste - 296 488 115, 296 480 110, Ponta Delgada.
296 480 112 e 296 480 118
Maia - 296 442 444, 296 442 996 SERVIÇOS CULTURAIS
R. Peixe - 296 491 163, 296492033
Capelas - 296 298 742, 296 989 433 Povoação
BAÍA DOS ANJOS:
Santa Maria - 296 820 110, Biblioteca:
296 820 111, 296 820 112 e 296 820 110 Em Ponta Delgada
De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00 Transporte Marítimo (INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE
GNR Museu do Trigo Parece Machado, Lda PÚBLICA)
De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00
Central 296 30 25 30
Largo Dr. Manuel Carreiro, 9504-514 Ponta Delgada
TelFixo: 296 306 580 / Fax: 296 306 598
Sábados, Domingos e Feriados 11h00 às 16h00 EFEMÉRIDES 296 20 50 50
Horário de Funcionamento
Email: ct.acr@gnr.pt
1611 - O astrônomo holandês David destituir o general Onganía.
POLÍCIA MUNICIPAL
Ribeira Grande
Fabricius observa, pela primeira vez, 1976 - Militares uruguaios depõem
TÁXIS
Centro Comunitário e de Juventude
Rua Manuel da Ponte, n.º 34 manchas no Sol. o presidente Juan María Bordaberry.
de Rabo de Peixe
9500 – 085 Ponta Delgada Teatro Ribeiragrandense
1721 - Aliança entre a Espanha, 1988 - As forças iraquianas contém
Tel. 296 304403/91 7570841 França e Inglaterra para garantir o com dificuldade a ofensiva iraniana
Horário da 2ª a 6ª das 9h às 17h
Fax: 296 304401 cumprimento dos tratados de Utrecht, do Lago dos Peixes, na Guerra Irão-
E-Mail: policiamunicipal@mpdelgada.pt
Baden e de Londres. Iraque.
BOMBEIROS MISSAS 1763 - Nasce José Bonifácio de An- 1990 - O líder sul-africano Nelson
Semana >> 08h00 – Santuário do San-
drada e Silva, estadista brasileiro. Mandela pede ao Parlamento Europeu
Ponta Delgada - Urgência 296 301 301
Normal 296 301 313 to Cristo 08h30 – Matriz de 2ª a 6ª feira 1773 - Nasce Thomas Young, físico, ajuda económica para custear os gastos
Ginetes - 296950950 09h30 – Fajã de Cima (3ª a 6ª) 12h30 médico e egiptólogo britânico. do retorno de 20 mil exilados políticos
Nordeste - 296488111
Vila Franca - 296539900
– Matriz 17h30 - Casa Saúde Nossa Se-
nhora da Conceição (excepto segunda e
1790 - Nasce José António Paéz,
herói da Independência da Venezuela.
a seu país.
1996 - O Parlamento da Bélgica
296 38 2000
Ribeira Grande: 296 472318,
296 470100
sexta-feira). 18h00 – Igreja do Imaculado
Coração de Maria 18h30 - Matriz; São
1812 - Os Estados Unidos declaram elimina a pena de morte, excepto para 96 29 59 255
guerra à Grã-Bretanha. crimes de guerra e contra a segurança
Lomba da Maia - 296446017, 296446175
Povoação - 296 550050, 296 550052
José; 19h00 – São Pedro; Igreja Nª Sra.
de Fátima -Lajedo; Santa Clara; Fajã de 1859 - O presidente do México, nacional. 91 82 52 777
Centro de Enfermagem Bombeiros de Baixo (3ª e 5ª); Saúde - Arrifes - (3ª e 5ª); Benito Juárez, declarou propriedade 2000 - O turco Ali Agca, autor do
Ponta Delgada Milagres - Arrifes - (4ª e 6ª). nacional todos os bens da igreja. atentado contra o Papa João Paulo II,
JOGOS SANTA CASA
Todos os dias das 17h00 – 20h00
Incluindo Sábados, Domingos e Feriados 1888 - Nasce Fernando Pessoa, abandona a prisão de Arcona para ser Euromilhões
Sábado >> 12h30 - Matriz 17h – Clínica poeta português. extraditado para a Turquia, após ter sido Próximo sorteio sexta-feira
do Bom Jesus 17h30 – Igreja do Cora-
MARINHA ção Imaculado de Maria; Capela de São 1902 - O Governo do Czar reforça perdoado pelo presidente italiano. € 50.000.000
Último sorteio 09/06/2020
Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Ma- João de Deus -Fajã de Baixo; Casa Saú- as medidas para impor a língua russa 5 15 27 36 46 + 2 8
rítimo (MRCC Delgada) de Nossa Senhora da Conceição. 18h00 na Finlândia.
Tel. 296 281 777
– São José; Sete Cidades, Feteiras, Saúde 1944 - Primeiro ataque das bombas M1lhão
- Arrifes. 18h30 – Matriz; Santa Clara; voadoras V-1 contra Londres (Inglater- Pensamento do dia: “Mesmo as Próximo sorteio sexta-feira
Polícia Marítima de Ponta Delgada (PM Delgada)
Fajã de Baixo. 19h00 - ;Mosteiros, São € 1.000.000
Tel. 296 205 246 Pedro; Relva; São Roque, Candelária;
ra), durante a II Guerra Mundial. noites totalmente sem estrelas podem
Último sorteio 05/06/2020
Ginetes 19h00 - Fajã de Cima; Milagres 1953 - O presidente colombiano, anunciar a aurora de uma grande rea-
PORTO DE ABRIGO - Arrifes. 20h00 - Covoada. Laureano Gómez, é deposto do seu lização” - Martin Luther King (pastor e
TJX 07355

Estação Costeira Porto de Abrigo cargo por um golpe militar dirigido pelo activista pollítico norte-americano. Totoloto
Tel. 296 718 086 Domingo >> 08h00 – Santuário Santo general Gustavo Rojas Pinilla. Próximo sorteio sábado
Cristo; Saúde – Arrifes, Mosteiros 09h00 1970 - A Junta das Forças Armadas Este é centésimo sexagésimo quar- € 2.600.000
GABINETE DE APOIO À VÍTIMA – Igreja Senhora das Mercês; Clínica
nomeia o general Roberto M. Levin- to dia do ano. Faltam 201 dias para Último sorteio 10/06/2020
do Bom Jesus; Fajã de Baixo; Piedade - 16 26 35 40 45 + 12
296 285 399 (número regional) Arrifes. 09h30 - Piedade – Arrifes; 10h00 gston presidente da Argentina, após acabar 2020.
707 20 00 77 (número único) – Matriz; Igreja Coração Imaculado de Lotaria clássica
apav.pontadelgada@apav.pt Maria – São Pedro; Santa Clara; Mi-
2.ª a 6.ª das 9:30 às 12:00 e das 13:00 lagres – Arrifes 10h30 – Capela de São CINEMA Próxima extração 15/06/2020
€ 600.000
às 17:30 João de Deus - Fajã de Baixo; Covoada;
BIBLIOTECAS Hospital Divino Espírito Santo; Várzea; CINEPLACE PARQUE ATLÂNTICO Última extração 08/06/2020
1º PRÉMIO 59804
Sete Cidades, Candelária, Milagres -
Ponta Delgada Arrifes; Casa Saúde Nossa Senhora da
De 2.ª a 6.ª das 9h00 às 19h00 Lotaria popular
Sábado das 14h00 às 19h00 Conceição. 11h00 – São José; São Pedro; Encerrado por tempo indeterminado Próxima extração 18/06/2020
Biblioteca Municipal Ernesto do Canto Fajã de Cima 11h30 - Santa Clara; Fajã € 112.500
Rua Ernesto do Canto s/n 9500-313 de Baixo; São Roque 12h00 – Santuário Última extração 11/06/2020
Tel: 296 286 879; Fax: 296 281 139 Santo Cristo; Matriz; Relva; Mosteiros; 1º PRÉMIO 78120
Email: biblioteca@mpdelgada.pt
Horário: 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00 Ginetes, Feteiras; Saúde - Arrifes; Igreja Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada
Horário de verão (durante as férias escola- Nª Sra. de Fátima Lajedo. 12h15 – Igreja Totobola
res): 2ª a 6ª feira das 8h30 às 16h3 de São Gonçalo - São Pedro 17h00 – Ma- Horário das Exposições
Próximo concurso domingo
triz 18h00 – São José 18h30 – Fajã de € 14.000
Ribeira Grande Sábados: das 14h00 às 17h00
Arquivo Municipal; Biblioteca Municipal Baixo 19h00 – São Pedro 2.ª feira a 6.ª feira: das 9h00 Último concurso 07/06/2020
De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 17h00 às 17h00 221 XXX 22X 1X11 2

Director Américo Natalino Viveiros Director-adjunto Santos Narciso Sub-director João Paz
Chefe de Redacção Nélia Câmara Redacção Carla Dias; Joana Medeiros; Rita Frias, Marco Sousa (Desporto) Fotografia Pedro Monteiro Revisão Rui Leite Melo Paginação, Composição e Montagem
João Sousa (Coordenação); Luís Craveiro; Flávio Cordeiro Marketing Madalena Oliveirinha; Pedro Raposo Correio Económico Luís Guilherme Pacheco; Óscar Rocha Colaboradores João Bosco Mota
Amaral; João Carlos Abreu; Vasco Garcia; António Pedro Costa; Álvaro Dâmaso; Gualter Furtado; Carlos Rezendes Cabral; Eduardo de Medeiros; Valdemar Oliveira; Pedro Paulo Carvalho da Silva; João
Carlos Tavares; Teófilo Braga; Sónia Nicolau; Alberto Ponte; Arnaldo Ourique; Fernando Marta; José Maria C. S. André; Frederico Cardigos; Sérgio Rezendes; Khol de Carvalho; João-Luís de Medeiros;
António Benjamim; Luís Anselmo; Beja Santos; José Adriano Ávila; Marcos Couto; Mário Moura; Dionísio Faria e Maia; Fernando Melo; Carlos E. Pacheco Amaral; Ferreira Almeida; Mário Chaves Gouveia;
Maria do Carmo Martins; Áurea Sousa; Paulo Medeiros; José Luís Tavares (Desporto)
Tiragem: 4.030 exemplares
Propriedade Gráfica Açoreana, Lda.
Contribuinte 512005915 Gráfica Açoreana, Lda.
Número de registo 100916 Rua Dr. João Francisco de Sousa, n.º 16 – 9500-187 Ponta Delgada – S. Miguel – Açores Governo dos Açores
Conselho de Gerência - Américo Natalino Pereira Viveiros; Paulo Hugo Falcão Pereira Esta publicação tem o apoio do
de Viveiros; Dinis Ponte Serviços Administrativos 296 709 887 / 296 709 888 / geral@correiodosacores.net PROMEDIA III - Programa Regional
Capital Social 473.669,97 Euros Redacção 296 709 882 / 296 709 883 / jornal@correiodosacores.net / (desporto): desporto@correiodosacores.net de Apoio à Comunicação Social Privada
Sócios com mais de 5% do Capital da Empresa Américo Natalino Pereira Viveiros; Publicidade e Marketing 296 709 889 / pub@correiodosacores.net
Octaviano Geraldo Cabral Mota; Paulo Hugo Falcão Pereira de Viveiros Informática 296 709 885

Estatuto Editorial disponível na página da internet em www.correiodosacores.pt


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Presença massiva de escolas dos Açores

Olimpíadas. Não as do Físico …


mas as da Física
tendo dotes ou investindo a sua energia nelas, passam boa parte dos
melhores anos da sua vida em salas de aulas. Para além do efeito
que estas “Olimpíadas” provocam na dedicação dos alunos, são
um sinal de retorno para a acção dos professores. Um docente que
investe o seu tempo na motivação e formação destes alunos, sente a
satisfação de ter gerado um movimento que poderá continuar bem
para além do tempo obrigatório de aulas. Se um aluno não captar
o ensinado ou não atribuir relevância ao captado, de pouco serviu
o processo instrutivo a não ser para ajudar a obter um “emprego”
onde um título é obrigatório. Os alunos que se inscreveram e par-
ticiparam nestas provas atribuíram relevância a esta área do saber.
Essa adesão resulta em boa parte do empenho dos respectivos pro-
fessores durante os anos em que lhes deram formação.
Para além da relevância atribuída à matéria existe a ques-
tão da imagem. Alguns destes alunos tem vidas intensamente
diversificadas, não perdendo por investir numa ou noutra dis-
ciplina parte do tempo disponível para aos outros lados bons da
juventude. Alguns conseguem até conciliar a alta competição no
domínio físico com competição deste nível no domínio intelectual.
O curriculum de alguns participantes deste ano e de anos passados
atesta isso.
Estas provas podem não ser sobre “rocket science” mas pro-
movem a consciência da valia da ciência com a sua ligação à vida
real. Baseadas nos conhecimentos adquiridos em período escolar, pub

põem em jogo a sua aplicação a situações que para os concorrentes


podem ser inéditas. Nestas provas pode estar em jogo algo que
nos os exames tradicionais não está presente.Eventos desta nature-
za contrariam a celebre frase de John Maynard Keynes onde este
afirmava que: “Education Is the Inculcation of the Incomprehen-
sible Into the Ignorant by the Incompetent”. Em provas destas os
No passado dia 6 de Junho realizou-se a Fase Regional das concorrentes compreenderam o que lhes havia sido apresentado
Olimpíadas de Física. Estas foram destinadas a apurar os partici- porque haviam saído do estado de ignorância. A competência dos
pantes ou equipas que integrarão a Fase Nacional e as fases que professores ficou provada por os terem motivado e conduzido nes-
se seguirão - Olimpíadas Ibero-americanas e Olimpíadas Inter- se caminho. Seria bom que este tipo de atitude de professores e
nacionais de Física. Estes eventos são conduzidos em Portugal este tipo de eventos não fossem excepções. Estas provas podem
pela Sociedade Portuguesa de Física e integram-se numa rede expressar resultados formativos alternativos aos dos exames.
transnacional com propósitos semelhantes. A Fase Regional das Olimpíadas de Física deste ano contou
Independentemente dos objectivos últimos das organizações nos Açores com envolvimento de número significativo de Escolas.
promotoras, estas “competições” geram sensação de algum retorno Os concorrentes foram alunos enquadrados no Escalão A (9º ano
aos alunos do ensino do Terceiro Ciclo e do Secundário que têm / equipas) e Escalão B (11º / individuais). Os resultados foram os
dotes nestas matérias ou que investem muito do seu tempo e ener- que se apresentam nos quadros a seguir:
gia para ir mais longe neste domínio do saber.
Nos dias que correm o mundo move-se com a ajuda de má-
quinas de todo o tipo e estas movem-se segundo as leis naturais,
incluindo as da Física e da Química.
Conhecer ou interpretar essas leis e forças e desenvolver dotes
para orienta-las para o benefício da sociedade é algo em que vale
a pena investir. Promover eventos destes, dando uma imagem de
especial valor ao tema, é algo que contribui para a diluição da ima-
gem de irrelevância objectiva que alguns alunos atribuem a algu-
mas disciplinas que fazem parte do curriculum do ensino liceal.
A física e a química não são apenas um veículo para a conquis-
ta de uma nota que facilite a entrada numa Universidade e para a
captura de uma ocupação profissional medianamente remunerada.
Estas disciplinas, assim como as outras, devem servir de instru-
mentos de promoção da realização pessoal daqueles que, gostando,
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