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A radiação emitida pelos corpos celestes

Ao olharmos para as estrelas vemos que elas emitem luz. Esta luz nada mais é do que uma forma de
radiação, parte da energia produzida no seu interior, que se propaga pelo espaço sob a forma de uma onda
eletromagnética. Nesta parte do curso trataremos a radiação emitida por um corpo em termos de suas
propriedades ondulatórias.

Para estudar a radiação emitida pelos corpos celestes precisamos antes definir algumas grandezas básicas
do movimento ondulatório.
Caracterizamos uma onda pelo seu:

• comprimento de onda: que é a distância entre os máximos de uma onda.

• freqüência: que é o número de máximos da onda que passam por segundo por um determinado ponto.
propriedade símbolo unidade de medida

freqüência Hertz (Hz) = ciclos/segundo


centímetro (cm)
comprimento de onda ou Ångstroms (Å) = 10-8 cm
ou nanometros (nm) = 10-9 m = 10-7 cm = 10Å

A velocidade de propagação de uma onda eletromagnética é representada pela letra c e corresponde a


c = 2,99792458 x 108 m/seg ~ 3,00 x 108 m/seg no vácuo

Se máximos da onda passam por um determinado ponto a cada segundo, cada um deles separados por
cm, então a velocidade de propagação da radiação eletromagnética é dada por:

velocidade de propagação da radiação eletromagnética = c

c= x = freqüência x comprimento de onda


Temos, então, que a freqüência e o comprimento de onda se relacionam pelas expressões:

= c/

ou

= c/

A Radiação Eletromagnética

Luz visível, ondas de rádio, microondas, raios X, todas são formas diferentes da radiação eletromagnética.
Cada uma delas esta definida em um certo intervalo de comprimentos de onda e energia. Ao conjunto de
todos os valores possíveis da radiação eletromagnética damos o nome de "espectro eletromagnético".

As diversas partes do espectro eletromagnético são:

intervalo comprimento de onda características


é a freqüência mais alta, o comprimento de onda
raios gama abaixo de 0,1 Å mais curto, a energia mais alta

raios X 0,1 Å - 100 Å


ultravioleta 100 Å -- 3000 Å
3000 Å a 10000 Å = 1 µm (1 é o único tipo de radiação eletromagnética que os
luz visível
micrometro ou micron) nossos olhos podem perceber.

infravermelho 1 µm - 1 mm
é a freqüência mais baixa, o comprimento de onda
ondas rádio acima de 1 mm mais longo, e a energia mais baixa.

Na imagem abaixo, passe o cursor do "mouse" sobre a representação da onda eletromagnética, na parte de
baixo da figura, para ver como o Universo aparece em cada região do espectro eletromagnético.
Uma melhor divisão do espectro eletromagnético está em

O Espectro Eletromagnético

O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação eletromagnética. Se tomarmos a ordem de


energia decrescente e comprimento de onda crescente o espectro eletromagnético inclui:

região do espectro eletromagnético comprimento de onda

raios gama menos que 0,1 Å (Ångstrom)

raios X 0,1 a 200 Å

raios ultravioleta 200 a 4000 Å

luz visível 4000 a 7000 Å

infravermelho próximo 7000 Å a 10 microns


infravermelho infravermelho médio 10 microns a 60 microns

infravermelho longínquo 60 microns a 300 microns

sub milimétrico 300 microns a 1 milímetro


ondas de rádio rádio milimétrico 1 milímetro a 1 centímetro

microondas rádio 1 milímetro a vários centímetros

É interessante notar que as equações de Maxwell não estabelecem qualquer limite sobre os possíveis
comprimentos de onda. Lembrando que a energia de uma onda é inversamente proporcional ao seu
comprimento de onda, vemos que quanto maior for menor será a energia que a onda transporta, sendo
assim cada vez mais difícil detectá-la.
Em todos os intervalos acima a astronomia pode realizar medições. Hoje possuímos detectores capazes de
capturar fótons com quaisquer comprimentos de onda.

Os corpos celeste emitem radiação eletromagnética de todos os comprimentos de onda ao mesmo tempo.
No entanto, nossos olhos só conseguem perceber a parte do espectro que é chamada de luz visível. Hoje a
astrofísica possui detectores especiais capazes de observar todas as regiões do espectro eletromagnético.
Deste modo conseguimos ter uma descrição completa de toda a energia que está sendo irradiada por um
corpo celeste.

A radiação térmica e a energia térmica

Qualquer objeto com uma temperatura superior a zero graus emite energia.
Esta energia liberada é conhecida como "radiação térmica". Para a astrofísica é
mais comum nos referirmos a esta radiação térmica como "radiação de corpo
negro".

A relação entre a quantidade de energia emitida por um corpo, o comprimento


de onda (ou freqüência) desta radiação e a temperatura do corpo é uma
equação conhecida como lei de Planck, em homenagem ao físico alemão Max
Planck que primeiro a descobriu. A lei de Planck é dada por:

E=h

onde h = 6,625 x 10-27 erg seg é a constante de Planck. Assim, vemos que uma
onda é caracterizada pela sua energia E.
Como = c/ temos que
E = hc/

Para um objeto aquecido a uma dada temperatura, T, a equação de Planck nos dá a quantidade de energia
emitida em cada comprimento de onda.
No entanto, em algumas regiões do espectro eletromagnético as ondas transportam uma energia muito
baixa.

Por exemplo, a rádio do Ministério da Educação (rádio MEC) se anuncia como 98,8 FM. Isto significa que
seus transmissores emitem uma freqüência = 98,8 megahertzs = 98800000 ciclos/segundo. Deste modo, a
onda eletromagnética transmitida pela rádio MEC tem um comprimento de onda de cerca de = c/ =
30000000000/98800000 = 303,64 centímetros, medido entre os pontos máximos dos campos elétrico e
magnético da onda. A energia desta onda rádio é obtida fazendo-se E = h = 6,625 x 10-27 x 98800000 =
6,5 x 10-19 ergs. Considerando que um erg é aproximadamente a energia que uma mosca gasta ao decolar
de uma parede, percebe-se que as ondas rádio não transportam muita energia.

Verifica-se experimentalmente que, quanto maior é a temperatura de um objeto, mais energia ele emite.
Também se observa que, à medida que a temperatura do objeto aumenta, ele passa a emitir a maior parte
desta radiação em energias cada vez maiores. Energia mais alta significa radiação de comprimento de onda
mais curto.
O comprimento de onda do máximo da curva é dado pela equação:

com o comprimento de onda em Ångstroms (Å) e temperatura em Kelvin.


A tabela abaixo mostra alguns objetos astronômicos, suas temperaturas normais e os comprimentos de onda
onde eles emitem a maior parte de sua radiação.

Radiação Térmica de Objetos Astronômicos


temperatura
objeto máximo do comprimento de onda região espectral
(em Kelvins)
radiação de fundo cósmica 3 1 mm microonda (IR-Radio)
nuvem molecular 10 300 m infravermelho
ser humano 310 9,7 m infravermelho
bulbo de luz incandescente 3000 1 m - 10000 Å IR / visível
Sol 6000 5000 Å visível
estrela quente 30000 1000 Å ultravioleta

gás inter-aglomerado 108 0,3 Å raios X

A luminosidade de um corpo celeste

Se somarmos a energia luminosa emitida, em todos os comprimentos de onda, por um dado objeto celeste
vamos obter a energia total radiante proveniente dele. A este valor total da energia damos o nome de
luminosidade do corpo celeste.
A luminosidade de um objeto depende, de uma maneira muito sensível, da temperatura e também do
tamanho (área de superfície) do objeto de modo que:
onde L é a luminosidade, R é o raio da área visível do objeto e T é a temperatura medida em "Kelvins".

A letra representa a constante de Stephan-Boltzmann cujo valor é

= 5,67 x 10-8 W m-2 K-4


Aqui W é a unidade de potência chamada "watt".

As leis da Radiação

As propriedades médias ou globais que descrevem a interação da radiação eletromagnética com a matéria
são sistematizadas em um simples conjunto de regras que recebe o nome de leis da radiação.

Estas leis se aplicam quando o corpo radiante tem certas característica especiais que leva os físicos a
classificá-lo como um corpo negro.
Para os físicos, um corpo negro é aquele corpo capaz de absorver toda a radiação incidente sobre ele, sem
refletir absolutamente nada.
Geralmente as condições de corpo negro se aplicam quando o corpo tem uma interação muito fraca com o
meio ambiente que o circunda, podendo então ser considerado estar em um estado de equilíbrio com o meio
que o envolve.

Embora as estrelas não satisfaçam perfeitamente as condições necessárias para serem classificadas como
"corpo negro", elas o fazem com uma aproximação suficientemente boa. Esta é a razão pelo qual os
astrofísicos consideram as estrelas como sendo, aproximadamente, "corpos negros".

A lei da radiação de Planck

A principal lei que governa a radiação de corpo negro é a lei da radiação de Planck.
A lei de Planck nos dá a intensidade da radiação emitida por um corpo negro, por área de superfície unitária,
em uma direção fixada (ângulo sólido), como uma função do comprimento de onda, para uma temperatura
fixada.

A lei de Planck pode ser expressa através da seguinte equação:


Os gráfico obtidos a partir da lei de Planck têm a forma característica mostrada abaixo.

A lei de Planck dá, para cada temperatura, uma distribuição que tem seu máximo em um certo comprimento
de onda. No entanto, o máximo desta curva se desloca para comprimentos de onda mais curtos à medida
que as temperaturas ficam mais elevadas e a área sob a curva cresce rapidamente com o aumento da
temperatura.

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